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Maurice Druon

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Maurice Druon
Maurice Druon
Nascimento 23 de abril de 1918
Paris
Morte 14 de abril de 2009 (90 anos)
Paris
Nacionalidade França francês
Ocupação Escritor
Prêmios Prémio Goncourt (1948)
Magnum opus Encontro nos infernos

Maurice Druon GCC (Paris, 23 de abril de 1918 – Paris, 14 de abril de 2009[1]) foi um escritor francês e decano da Academia Francesa de Letras.

Nascido em Paris, em 23 de abril de 1918, Maurice Druon tinha entre seus antepassados um bisavô brasileiro, o escritor, jornalista e político maranhense Odorico Mendes (1799-1864), que se notabilizou como tradutor de Homero e Virgilio.

Druon era sobrinho do escritor Joseph Kessel, com quem escreveu o "Canto dos Partidários", que, sobre uma música composta por Anna Marly, servira de hino aos movimentos da Resistência durante a Segunda Guerra Mundial.

O autor de Os Reis Malditos passou a sua infância na Normandia e fez os seus estudos secundários no Liceu Michelet. Laureado do Concurso geral (1936), começou a publicar, à idade de 18 anos, nas revistas e jornais literários e ao mesmo tempo era aluno de Ciências Políticas (1937-1939).

Aluno Oficial de Cavalaria na Escola Saumur (1940), participou da Campanha da França. Após a sua desmobilização, permaneceu na zona livre, e lá fez representar a sua primeira peça, Mégarée.

Durante a Segunda Guerra Mundial combateu no interior da França até o momento do Armistício (1941). Ingressou então nas forças da Resistência, deixando a França em 1942, atravessando clandestinamente a Espanha e Portugal para ingressar nas fileiras dos serviços de informações da chamada "França Livre", em Londres, trabalhando com De Gaulle. Torna-se Ajudante de Campo do General François de Astier do Vigerie, seguidamente é elevado ao posto "Honra e Pátria" antes de ser encarregado da missão, para o Comissariado do Interior e da Informação; é também correspondente de guerra junto dos exércitos franceses, até ao fim das hostilidades.

A partir de 1946, consagra-se à sua carreira literária, recebe o Prêmio Goncourt (1948) por sua novela As Grandes Famílias e diversos prémios prestigiosos pelo conjunto da sua obra.

Era conhecido mundialmente pela sua única obra infanto-juvenil, "Tistou les pouces verts", (No Brasil "O menino do dedo verde") publicada em 1957 com tradução de Dom Marcos Barbosa.

A 8 de dezembro de 1966, foi eleito, na Academia Francesa, à poltrona 30, sucedendo Georges Duhamel. Além disso foi Secretário Perpétuo dessa instituição, a partir de 1985, mas escolheu em 1999 renunciar a esta última função, cedendo o lugar a Hélène Carrère de Encausse.

Em abril de 1973 foi nomeado Ministro da Cultura francês, do gabinete Pierre Messmer. Logo após assumir o cargo, declarava não ter intenções de entregar verbas do governo a "subversivos, pornógrafos ou intelectuais terroristas". Com isso levantou contra si os protestos de milhares de artistas, escritores e políticos e foi tachado de "ditador intelectual".

Foi Ministro dos Negócios Culturais entre 1973 e 1974 e deputado de Paris de 1978 para 1981.

Maurice Druon recebeu a Grande-Cruz da Legião de Honra, era Comendador das Artes e das Letras e titular de muitas outras condecorações, entre as quais o grau de Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo, de Portugal, que recebeu a 23 de maio de 1994.[2]

Em 2 de março de 2007, torna-se decano da Academia Francesa, devido à morte do então decano, Henri Troyat.

Maurice Druon escreveu dúzias de livros entre 1942 e 2007, inclusive:

O Rei de Ferro: Primeiro livro da série, tem como personagem principal o Rei Filipe IV, o Belo e trata do período entre o fim do processo contra os Templários, retratando a aplicação da pena a Jacques de Molay até a morte de Filipe IV. Em francês, recebeu o título Le Roi de Fer.
A Rainha Estrangulada: O rei morreu! Viva o rei! Neste segundo livro da série, Druon retrata a subida ao poder de Luís X e todas as estratégias usadas para que ele se case com uma nova esposa. Mostra também o "embate final" entre o Conde de Valois e Marigny.

São também integrantes da série "Os Reis Malditos" os livros Os Venenos da Coroa, A Lei dos Varões, A Loba de França, O Lis e o Leão e Um Rei Perde a França.

  • As Grandes Famílias, de 1948
Referências
  1. «Le Monde, 14/04/09» 
  2. «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Maurice Druon". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 9 de agosto de 2019 
  3. The Guardian; My hero: Maurice Druon; acessado em 28 de junho de 2015
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Hermann Mathias Görgen
Sócio correspondente da ABL - sexto ocupante da cadeira 16
1995 — 2009
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José Saramago