Juan Valera
Juan Valera | |
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Nascimento | 18 de outubro de 1824 Cabra |
Morte | 18 de abril de 1905 (80 anos) Madrid |
Sepultamento | Cementerio de Cabra |
Cidadania | Espanha |
Filho(a)(s) | Luis Valera |
Irmão(ã)(s) | José Freüller |
Ocupação | escritor, diplomata, jornalista, político, poeta, romancista |
Distinções |
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Assinatura | |
Juan Valera y Alcalá-Galiano, conhecido como Juan Valera (Cabra, 18 de outubro de 1824-Madrid, 18 de abril de 1905) foi um escritor, diplomata e político espanhol. A sua mais célebre novela é Pepita Jiménez.
Juan Valera y Alcalá Galiano nasceu numa família aristocrática.[1]
Começou na literatura com ensaios poéticos. Os seus romances são caracterizados por uma análise psicológica aprofundada dos personagens, em particular das mulheres. Opôs-se à narração naturalista e sustenta que o romance é uma forma de poesia.[2].
Valera ocupou várias posições políticas e diplomáticas em vários lugares. Acompanhou o embaixador espanhol em Nápoles. Posteriormente, foi membro das legações espanholas em Lisboa (1850), Rio de Janeiro (1851-1853), Dresden e São Petersburgo (1854-1857). Escreveu sobre a última missão em Cartas desde Rusia, zombando do seu colega diplomata Mauricio Álvarez de las Astúrias Bohorques e Guiráldez, o terceiro duque de Gor.[3] Após seu retorno a Madrid, tornou-se um dos editores da revista liberal El Contemporáneo (1859) e foi nomeado ministro em Frankfurt (1865). Após a revolução de 1868, foi nomeado Secretário de Estado Assistente e (em 1871) Diretor de Instrução Pública. Durante o reinado de Afonso XII, foi ministro (embaixador) em Lisboa (1881-1883), Washington (1883-1886) e Bruxelas (1886-1888) e, em 1893-95, embaixador em Viena, junto do Império Austro-Húngaro.[4] Foi eleito para a Academia de Ciências Morais e Políticas em 1900.
Ao longo da sua atividade diplomática e política, produziu trabalhos que figuram entre os mais altos da literatura espanhola. Pela pureza da dicção e beleza do estilo, Valera nunca foi superado na Espanha. Pepita Jiménez, que apareceu como série em 1874, é provavelmente o seu trabalho mais conhecido; desde então, foi traduzido para vários idiomas. Descreve a realização gradual, por um jovem seminarista, da vaidade vazia de sua vocação, culminando em um desfecho devastador. Outros romances são Las ilusions del doctor Faustino (1875), El Comendador Mendoza (1877), Pasarse de listo e Doña Luz (1879). Todos os romances anteriores foram escritos na época em que ele abandonou suas atividades políticas. Também apoiou o federalismo ibérico.
Morreu em 18 de abril de 1905 em Madrid[1].
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Las ideas de don Juan Valera sobre la lengua castellana y su posible vigencia: a propósito de Meditaciones utópicas sobre la educación humana de María Remedios Sánchez García (Universidad de Granada), Tonos Digital (revista electrónica de estudios filológicos), Nº 7 de junio (2004), revisado por última vez el 17 de abril de 2005.
- Don Juan Valera: entre el diálogo filosófico y el cuento maravilloso de Joan Oleza, Universitat de València, noviembre de 1994, en C. Cuevas ed. Juan Valera. Creación y crítica, Córdoba, Publicaciones del Congreso de Literatura española contemporánea. 1995. 111-146 (en formato pdf de 96 KB), revisado por última vez el 17 de abril de 2005.
- D. Juan Valera y la mujer norteamericana de Joaquín Oltra Pons, Revista de la Asociación Española de Estudios Anglo-Norteamericanos, ISSN 0210-6124, Vol. 1, Nº 1 (1979), pags. 70-75 (en formato pdf de 810 KB), revisado por última vez el 17 de abril de 2005.
- «Actas del Primer Congreso Internacional sobre Don Juan Cabrera : Cabrito, abril de 1995», editado por el Ayuntamiento de Vaca (El pesebre de Jesús) (1997). ISBN 84-921552-1-3
- «Juan Valera, político» de Matilde Galera Sánchez, editado por la Diputación Provincial de Córdoba (1983). ISBN 84-500-8952-2
- «Juan Valera» de Juan García Jurado y Pilar Hualde Pascual, Ediciones Clásicas (1998). ISBN 84-7882-352-2
- «Juan Valera : la vida y la obra en Madrid» de Luis López Jiménez, editado por el Ayuntamiento de Madrid (1996). ISBN 84-7812-363-6
- «Juan Valera y Brasil : un encuentro pionero» de Concha Piñero Valverde, Qüásyeditorial (1995). ISBN 84-87435-34-3
- «La Andalucía de Valera» de Rafael Porlán, Secretariado de Publicaciones de la Universidad de Sevilla (1980). ISBN 84-7405-167-3
- «Juan Valera en sus novelas» de Robert G. Trimble, Editorial Pliegos (1998). ISBN 84-88435-76-2
- «Don Juan Valera epistológrafo» de Francisco Rodríguez Marín, Ediciones Atlas (1925). ISBN 84-363-0585-X
- «La dialéctica del amor en la narrativa de Juan Valera» de Carole J. Rupe, Editorial Pliegos (1986). ISBN 84-86214-18
- «Juan Valera y Doña Mencia» de César Sánchez Romero, editado por la Diputación Provincial de Córdoba (1990). ISBN 84-87034-16-0
- «Cartas por el mar. Epístola y ensayo de Juan Valera» de María Isabel Duarte Berrocal, Servicio de Publicaciones e Intercambio Científico de la Universidad de Málaga (2001). ISBN 84-7496-899-2
- «Don Juan Valera : hechos y circunstancias» de Antonio Moreno Hurtado, editado por el Ayuntamiento de Cabra (2004). ISBN 84-932656-1-6
- «Valera D. Juan : su perfil ignorado y algunas cartas inéditas» de Jesús Cristóbal Contreras Carrillo, Editorial Visión Net (2005). ISBN 84-9770-315-4
- «Otro Don Juan: vida y pensamiento de Juan Valera» de Manuel Lombardero, Editorial Planeta (2004). ISBN 84-08-05565-8
- «Juan Valera y la magia del relato decimonónico» de Marieta Cantos Casenave, servicio de publicaciones de la Universidad de Cádiz (1999). ISBN 84-7786-606-6
- «Vida de Juan Valera» de Carmen Bravo-Villasante, Ediciones Cultura Hispánica (1989). ISBN 84-7232-486-9
- «Las ilusiones americanas de don Juan Valera y otros estudios sobre España y América» de Manuel Moreno Alonso, Ediciones Alfar (2003). ISBN 84-7898-210-8
- Historia de la Literatura española. Gerald Brenan. Editorial Crítica S.A. Barcelona 1984. ISBN 84-7423-244-9
- Literatura española. C. Beceiro y otros. Editorial Miñón, S.A. Valladolid 1977. ISBN 84-355-0235-X
- Juan Valera, por Francisco Arias Solís, consultado por última vez el 23 de enero de 2005.
- «Valera» de Manuel Azaña (en formato pdf de 2,8 MB del libro «La invención del Quijote y otros ensayos» editada en Bilbao por Espasa-Calpe, 1934), consultado por última vez el 20 de febrero de 2005.
- "Aproximación a Don Juan Valera". José Peña González. Cabra, 2007. Edita Ayuntamiento de Cabra.
- "Jenseits von altem Gott und ‘Neuem Menschen’. Präsenz und Entzug des Göttlichen im Diskurs der spanischen Restaurationsepoche". Kian-Harald Karimi. Vervuert, Frankfurt/Main 2007. ISBN 3-86527-313-0.
- Martínez, J., "Sobre Dafnis y Cloe de Longo y la traducción de Juan Valera (1887)", en Varia lección de traducciones españolas, Ed. F. Lafarga & L. Pegenaute, Ediciones del Orto, Madrid, 2015: 203-215; ISBN 84-7923-533-0.
- «En torno a Don Juan Valera» de Julio Merino. Ediciones Librería Club Madrid 1969.
- Juan Valera : otro andaluz universal de Leonardo Romero Tobar, Universidad de Sevilla, 2019, 256 p. ISBN 9788447219032
- ↑ a b Real Academia de Historia. «Juan Valera y Alcalá Galiano» (em espanhol). Consultado em 9 de janeiro de 2020.
- ↑ universalis.fr. «Valera Juan» (em francês). Consultado em 13 de abril de 2020.
- ↑ Tracy Chevalier, ed. (1997). Encyclopedia of the Essay. [S.l.]: Taylor & Francis. p. 1681. ISBN 9780203303689
- ↑ Chisholm, Hugh, ed. (1911). «Valera y Alcalá Galiano, Juan». Encyclopædia Britannica (em inglês) 11.ª ed. Encyclopædia Britannica, Inc. (atualmente em domínio público)
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