José Alexandre de Campos
José Alexandre de Campos | |
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Nascimento | 1794 Trancoso |
Morte | 1850 Pinhel |
Cidadania | Reino de Portugal |
Alma mater | |
Ocupação | professor universitário, político |
José Alexandre Caetano de Campos e Almeida (Trancoso, 1794 — Pinhel, 1850) foi um professor da Universidade de Coimbra, doutor em Leis por aquela instituição, que exerceu importantes funções políticas, entre as quais as de deputado e de Ministro da Justiça e Cultos.[1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Estudou na Universidade de Coimbra onde obteve o grau de doutor em leis em 21 de Junho de 1818. Maçon, aderiu ao ideário liberal, sendo por isso perseguido em 1823 e 1828, tendo neste último ano sido afastado de professor em Coimbra e encarcerado em Almeida.[1]
Com a vitória liberal na Guerra Civil Portuguesa regressou à carreira docente por decreto de 14 de Julho de 1834.
Foi deputado de 1834 a 1842 e vice-reitor da Universidade de Coimbra entre 1834 e 1835. A nomeação para o cargo de vice-reitor foi iniciativa dos chamorros, grupo a que estava ligado, mas foi por eles demitido, sob a acusação de despotismo, tendo, então, passado para a oposição.[1] Considerado um orador parlamentar veemente e violento, foi subscritor da acusação de alta-traição aos implicados na belenzada de Novembro de 1836 e foi pesidente do Congresso Constituinte de 1837.
Foi Ministro da Justiça no 9.º governo da Monarquia Constitucional, presidido por Sá da Bandeira e o quarto gabinete do setembrismo, em funções de 10 de agosto de 1837 a 9 de março de 1839. Neste governo foi considerado o inspirador do decreto de 17 de Novembro de 1836 que criou os liceus.[1][2]
Voltou a ser preso em 1847.
Criou na Universidade de Coimbra a cadeira de Economia Política, que regeu nos intervalos das funções políticas.
Foi parente de Francisco António de Campos e sogro de Joaquim Simões Ferreira, também deputado e jornalista.