Ibiapina
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Município do Brasil | |||
Igreja Matriz de Ibiapina | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | ibiapinense | ||
Localização | |||
Localização de Ibiapina no Ceará | |||
Localização de Ibiapina no Brasil | |||
Mapa de Ibiapina | |||
Coordenadas | 3° 55′ 22″ S, 40° 53′ 20″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Ceará | ||
Municípios limítrofes | Norte: Ubajara Sul: São Benedito, Graça Leste: Mucambo Oeste: São João da Fronteira (Piauí) | ||
Distância até a capital | 360 km | ||
História | |||
Fundação | 1878 (146 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Marcos Antonio da Silva Lima (PSB, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 414,902 km² | ||
População total (estimativa IBGE/2021[2]) | 25 165 hab. | ||
Densidade | 60,7 hab./km² | ||
Clima | Tropical Subúmido, Tropical de altitude e Tropical Semiárido Brando | ||
Altitude | 878,42 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2000 [3]) | 0,646 — médio | ||
PIB (IBGE/2008[4]) | R$ 132 135,599 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[4]) | R$ 5 514,61 |
Ibiapina é um município brasileiro do estado do Ceará. Sua população estimada em 2021, era de 25 165 habitantes.[2]
Etimologia
[editar | editar código-fonte]O topônimo "Ibiapina" vem do tupi e significa "terra pelada", através da junção dos termos yby ("terra") e apin ("rapado, pelado")[5].
Sua denominação original era São Pedro, depois São Pedro da Baepina ou Baiapina, São Pedro de Ibiapina e, desde 1938, Ibiapina.
História
[editar | editar código-fonte]Antes da chegada dos colonizadores portugueses, no século XVII, o atual território de Ibiapina era habitado por nações indígenas Tupis (Tabajara) e tapuias (cararijus).[6][7] Existiam mais de setenta aldeias indígenas na região, sendo conhecidos os chefes tabajaras Irapuã ("Mel Redondo") e seu irmão, Jurupariaçu ("Demônio Grande").[8] É uma das regiões do Ceará no qual os indígenas já tinha contatos e negociavam com os franceses estabelecidos em São Luis do Maranhão antes da chegada dos portugueses.
Os portugueses chegaram a partir de 1603, com a expedição de Pero Coelho de Souza e tinham, como intuito, encontrar um caminho por terra para poder expulsar os franceses do Maranhão. Nessa expedição, também veio o jovem Martim Soares Moreno. Pero Coelho e suas tropas guerrearam com os nativos, vencendo-os e fechando um acordo de paz com os mesmos, porém, quando este e suas tropas avançaram na direção do Piauí, foram derrotados pelos indígenas e franceses.[8]
Em 1607, os padres Francisco Pinto e Luís Figueira chegaram à região, encontrando as aldeias dispersas, em conflito e amedrontadas com relação aos portugueses. Estes ficaram quatro meses na região e, depois do assassinato do padre Francisco Pinto, o padre Luiz Figueira fugiu da região.[8]
Em 1656, vieram os jesuítas do Maranhão com a catequização ao longo da Grande Serra. Nesse período, formou-se o aldeamento a que se denominou Baepina.
Até 1741, pertenceu à Capitania do Piauí, quando, então, passou à jurisdição do Ceará. Até hoje, existe um litígio entre os dois estados sobre as divisas territoriais.[9]
Geografia
[editar | editar código-fonte]Clima
[editar | editar código-fonte]Tropical semiúmido com pluviometria média de 1081 mm [10] com chuvas concentradas de janeiro a maio.[11]
Vegetação
[editar | editar código-fonte]A vegetação predominante é a Caatinga, mas outros três tipos vegetacionais são encontrados na região: a Floresta Subperenifólia Tropical Plúvio-Nebular (Mata Úmida, Serrana), a Floresta Subcaducifólia Tropical Pluvial (Mata Seca) e o Carrasco[12]
- ↑ IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ a b «Estimativa populacional 2021 IBGE». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 28 de agosto de 2021. Consultado em 28 de agosto de 2021
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ NAVARRO, E. A. Método Moderno de Tupi Antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos. Terceira edição. São Paulo: Global, 2005. p. 323
- ↑ Sebok. Lou, Atlases published in the Netherlands in the rare atlas collection. Compiled and edited by Lou Seboek. National Map Collection (Canada), Ott
- ↑ Aragão, R. B, Indios do Ceará e Topônimios indígenas, Fortaleza, Barraca do Escritor Cearense. 1994
- ↑ a b c http://www.institutodoceara.org.br/Rev-apresentacao/RevPorAno/1903/1903-RelacaodoMaranhao1608.pdf[ligação inativa]
- ↑ «Zona de Litígio entre Ceará e Piauí». Colégio Militar de Porto Alegre. 27 de fevereiro de 2008. Consultado em 24 de janeiro de 2009
- ↑ Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos - FUNCEME.
- ↑ Instituto nacional de Pesquisa espacial - INPE.
- ↑ FIGUEIREDO, M. A. A cobertura vegetal do Ceará (Unidades Fitoecológicas). pp. 28-29. In: Atlas do Ceará. Fortaleza, IPLANCE, 1997.