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Ibiapina

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Este artigo é sobre um município. Para o sacerdote, veja Padre Ibiapina.

Ibiapina
  Município do Brasil  
Igreja Matriz de Ibiapina
Igreja Matriz de Ibiapina
Igreja Matriz de Ibiapina
Símbolos
Bandeira de Ibiapina
Bandeira
Brasão de armas de Ibiapina
Brasão de armas
Hino
Gentílico ibiapinense
Localização
Localização de Ibiapina no Ceará
Localização de Ibiapina no Ceará
Localização de Ibiapina no Ceará
Ibiapina está localizado em: Brasil
Ibiapina
Localização de Ibiapina no Brasil
Mapa
Mapa de Ibiapina
Coordenadas 3° 55′ 22″ S, 40° 53′ 20″ O
País Brasil
Unidade federativa Ceará
Municípios limítrofes Norte: Ubajara Sul: São Benedito, Graça Leste: Mucambo Oeste: São João da Fronteira (Piauí)
Distância até a capital 360 km
História
Fundação 1878 (146 anos)
Administração
Prefeito(a) Marcos Antonio da Silva Lima (PSB, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [1] 414,902 km²
População total (estimativa IBGE/2021[2]) 25 165 hab.
Densidade 60,7 hab./km²
Clima Tropical Subúmido, Tropical de altitude e Tropical Semiárido Brando
Altitude 878,42 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000 [3]) 0,646 médio
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 132 135,599 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 5 514,61

Ibiapina é um município brasileiro do estado do Ceará. Sua população estimada em 2021, era de 25 165 habitantes.[2]

O topônimo "Ibiapina" vem do tupi e significa "terra pelada", através da junção dos termos yby ("terra") e apin ("rapado, pelado")[5].

Sua denominação original era São Pedro, depois São Pedro da Baepina ou Baiapina, São Pedro de Ibiapina e, desde 1938, Ibiapina.

Antes da chegada dos colonizadores portugueses, no século XVII, o atual território de Ibiapina era habitado por nações indígenas Tupis (Tabajara) e tapuias (cararijus).[6][7] Existiam mais de setenta aldeias indígenas na região, sendo conhecidos os chefes tabajaras Irapuã ("Mel Redondo") e seu irmão, Jurupariaçu ("Demônio Grande").[8] É uma das regiões do Ceará no qual os indígenas já tinha contatos e negociavam com os franceses estabelecidos em São Luis do Maranhão antes da chegada dos portugueses.

Os portugueses chegaram a partir de 1603, com a expedição de Pero Coelho de Souza e tinham, como intuito, encontrar um caminho por terra para poder expulsar os franceses do Maranhão. Nessa expedição, também veio o jovem Martim Soares Moreno. Pero Coelho e suas tropas guerrearam com os nativos, vencendo-os e fechando um acordo de paz com os mesmos, porém, quando este e suas tropas avançaram na direção do Piauí, foram derrotados pelos indígenas e franceses.[8]

Em 1607, os padres Francisco Pinto e Luís Figueira chegaram à região, encontrando as aldeias dispersas, em conflito e amedrontadas com relação aos portugueses. Estes ficaram quatro meses na região e, depois do assassinato do padre Francisco Pinto, o padre Luiz Figueira fugiu da região.[8]

Em 1656, vieram os jesuítas do Maranhão com a catequização ao longo da Grande Serra. Nesse período, formou-se o aldeamento a que se denominou Baepina.

Até 1741, pertenceu à Capitania do Piauí, quando, então, passou à jurisdição do Ceará. Até hoje, existe um litígio entre os dois estados sobre as divisas territoriais.[9]

Neblina matinal, fenômeno bastante comum no período chuvoso

Tropical semiúmido com pluviometria média de 1081 mm [10] com chuvas concentradas de janeiro a maio.[11]

A vegetação predominante é a Caatinga, mas outros três tipos vegetacionais são encontrados na região: a Floresta Subperenifólia Tropical Plúvio-Nebular (Mata Úmida, Serrana), a Floresta Subcaducifólia Tropical Pluvial (Mata Seca) e o Carrasco[12]

Referências
  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  2. a b «Estimativa populacional 2021 IBGE». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 28 de agosto de 2021. Consultado em 28 de agosto de 2021 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  5. NAVARRO, E. A. Método Moderno de Tupi Antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos. Terceira edição. São Paulo: Global, 2005. p. 323
  6. Sebok. Lou, Atlases published in the Netherlands in the rare atlas collection. Compiled and edited by Lou Seboek. National Map Collection (Canada), Ott
  7. Aragão, R. B, Indios do Ceará e Topônimios indígenas, Fortaleza, Barraca do Escritor Cearense. 1994
  8. a b c http://www.institutodoceara.org.br/Rev-apresentacao/RevPorAno/1903/1903-RelacaodoMaranhao1608.pdf[ligação inativa]
  9. «Zona de Litígio entre Ceará e Piauí». Colégio Militar de Porto Alegre. 27 de fevereiro de 2008. Consultado em 24 de janeiro de 2009 
  10. Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos - FUNCEME.
  11. Instituto nacional de Pesquisa espacial - INPE.
  12. FIGUEIREDO, M. A. A cobertura vegetal do Ceará (Unidades Fitoecológicas). pp. 28-29. In: Atlas do Ceará. Fortaleza, IPLANCE, 1997. 

Ligações externas

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