Helibras
Helibras | |
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Subsidiária | |
Atividade | Aeronáutica / Defesa |
Fundação | 14 de abril de 1978 |
Sede | Itajubá, Minas Gerais, Brasil |
Proprietário(s) | Airbus Helicopters |
Presidente | Alberto Duek |
Empregados | 500 |
Produtos | Helicópteros |
Empresa-mãe | Airbus Group |
Subsidiárias | Subsidiaries |
Acionistas | Bueninvest / MGI |
Website oficial | www |
A Helibras é uma empresa brasileira que produz helicópteros para uso civil e militar. É a subsidiária da Airbus Helicopters no Brasil.[1]
História
[editar | editar código-fonte]A história da Helibras começa em 1978, na cidade de São José dos Campos (SP), com um projeto do grupo francês Aérospatiale desenvolvido após uma licitação do governo brasileiro para a produção de helicópteros. Dois anos depois (1980), a empresa muda-se para Itajubá (MG), cidade em que sua fábrica permanece instalada.[2][3]
Já em 1988, o consórcio Helibras/Aérospatiale/Engesa vence uma concorrência internacional que leva a empresa a fornecer ao Exército Brasileiro 36 helicópteros Pantera e 16 Esquilos, também são adquiridos outros 20 Esquilos.[4]
O ano de 1992 é marcado pela fusão das divisões de helicópteros dos grupos Aérospatiale e Daimler Chrysler Aerospace, dando início à Eurocopter, que se torna a nova matriz da Helibras.[5]
No ano de 1998, a Helibras completa seu 20º aniversário. Nesse período, a empresa inaugura instalações no Campo de Marte, em São Paulo, para sediar o departamento comercial e a oficina de manutenção.[2]
Oito anos após entregar o helicóptero de número 200, a Helibras registra 400 aeronaves entregues ao mercado brasileiro. Dois anos depois, entrega o primeiro EC155 VIP do Brasil.[6]
Em 2002, outro helicóptero chega ao mercado brasileiro, desta vez é o Esquilo EC130, lançado pela Eurocopter no ano anterior. Em 2004, o modelo Dauphin começa a operar no Brasil em missões offshore.[7]
Em 2005 e 2006, os helicópteros EC135 chegam ao Brasil para a realização de missões offshore e atendimento médico de urgência. O primeiro órgão público a utilizar este modelo biturbina foi o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.[6]
No ano de 2008 a Helibras completa 30 anos e assina contrato com as Forças Armadas para a aquisição de 50 helicópteros EC725.[8][9][10]
Em 2012, a empresa inaugurou novo hangar em sua fábrica, em Itajubá (MG), que passa a abrigar a linha de montagem dos helicópteros Esquilo e EC725/ EC225.[11]
No começo de 2013, a Helibras completou 35 anos de atuação no Brasil. A empresa inaugurou, no mesmo ano, um serviço dedicado ao pós-vendas chamado de Centro de Suporte ao Cliente (CSC). A base, localizada em Atibaia, interior de São Paulo, recebe e gerencia as solicitações dos clientes de todo o país relacionadas à manutenção, reparo, fornecimento de peças, garantia e assistência técnica. A empresa também anunciou que, no decorrer de 2014, terá condições de definir o tipo e categoria do helicóptero que será projetado e desenvolvido no Brasil.[12][13]
Em janeiro de 2014 houve uma reestruturação no Grupo Airbus, que havia sido anunciada em julho de 2013, sendo extinta a EADS (que controlava a Eurocopter).[14]
Na nova organização do grupo, a Eurocopter passou a ser Airbus Helicopters, uma das três divisões da Airbus e que passou a ser a controladora da Helibras.[15]
Em 2015, após redefinições na Airbus Helicopters, a identificação das aeronaves recebeu a letra "H", em substituição às identificações antigas "EC" (Eurocopter) e "AS" (Aérospatiale). A numeração passou a definir a categoria em ordem crescente de peso e as versões militares receberam em sua identificação também a letra "M".[16]
Em outubro do mesmo ano, o prédio do Centro de Treinamento e Simuladores da Helibras no Rio de Janeiro foi oficialmente entregue, juntamente com o Full Flight Simulator (FFS), simulador de H225 e H225M, para treinamentos de pilotos civis e militares. Este é o segundo centro de treinamento da empresa no país e o primeiro com simulador.
Atuação no mercado brasileiro
[editar | editar código-fonte]Em 2013, a Helibras detinha mais de 50% de toda a frota nacional de helicópteros a turbina, com atuação nos segmentos civil, governamental, militar e de óleo & gás.[17][18]
Produtos
[editar | editar código-fonte]Modelos de helicópteros de uso civil
[editar | editar código-fonte]Fontes: Helibras[19] e Defesanet.[16]
- H120 - monomotor leve com capacidade para quatro passageiros e um piloto.
- AS350 B2 Esquilo - monoturbina leve multifunção para cinco ou seis passageiros e um piloto.
- H125 – nova e atual versão, ainda mais potente do modelo monoturbina leve multifunção, para cinco ou seis passageiros e um piloto.
- H130 - monoturbina leve multifunção da família Esquilo, com capacidade para seis ou sete passageiros e um piloto, com rotor de cauda do tipo fenestron.
- AS355 NP - versão biturbina do Esquilo com capacidade para cinco ou seis passageiros mais um piloto.
- H135 - biturbina leve e multifunção para até sete passageiros e um piloto, com cauda elevada para acesso direto ao compartimento de bagagem e rotor traseiro do tipo fenestron.
- H145 - biturbina multifunção com capacidade para transportar até dez pessoas, com cauda elevada para acesso direto ao compartimento de bagagem e rotor traseiro tipo fenestron.
- AS365 N3+ Dauphin: biturbina médio multifunção com capacidade para até onze passageiros e um piloto.
- H155 - biturbina multifunção de cabine ampla, rotor principal com cinco pás e rotor traseiro tipo fenestron, tem capacidade para até doze passageiros mais um piloto. Utilizado no mercado civil e offshore.
- H175 - bimotor multifunção de porte médio, rotor principal com cinco pás e capacidade para até dezesseis passageiros e dois pilotos em sua configuração offshore.
- AS332 L1 - Super Puma - biturbina médio de uso civil empregado principalmente para operações offshore, pode transportar até vinte passageiros.
- H225 - Biturbina médio com cinco pás, é uma evolução da família Super Puma, destinado ao mercado civil e offshore. Transporta até 25 passageiros e dois pilotos.
- H160 - Primeiro helicóptero projetado sob o novo padrão de qualidade e design da Airbus Helicópteros. O protótipo realizou os primeiros testes no segundo semestre de 2015.[20]
Modelos para uso militar
[editar | editar código-fonte]Fonte: Helibras[19]
- H125M - versão de combate do AS350, é denominado Fennec quando em configuração militar. É um helicóptero monoturbina utilizado pelas Forças Armadas do Brasil em diferentes versões.
- AS555 SN – versão biturbina do AS350 configurado para operações navais. É utilizado pela Marinha do Brasil.
- H135M - versão militar do H135. Helicóptero utilitário leve biturbina, pode ser configurado para missões de combate, busca, salvamento e transporte.
- AS565 Panther: helicóptero médio, biturbina e multimissão, é a versão militar do Dauphin. Utilizado pelo Exército Brasileiro.
- H145M – versão militar do H145, transporta dois pilotos e até dez soldados.
- AS532 AL Cougar - esta é a versão "alongada" da família Cougar. Este helicóptero pode transportar 25 combatentes ou seis feridos em macas, e mais dez passageiros.
- H225M - helicóptero biturbina médio com capacidade para transportar até 28 combatentes e dois pilotos. Utilizado pelas Forças Armadas Brasileiras, desde 2012 é produzido no Brasil.[22]
- Tigre HAP/HCP - aeronave de combate ar-ar e apoio de fogo; helicóptero de médio porte de seis toneladas, motorizado com duas turbinas MTR 390.
- NH90 - biturbina da classe de nove toneladas para transporte tático e missões navais.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- ↑ «Airbus Foundation e a Helibras lançam segunda edição do Flying Challenge Brasil». Helibras. Consultado em 24 de março de 2020
- ↑ a b «Defesanet». Consultado em 2 de abril de 2013
- ↑ LYNCH, Pedro (2003). O voo do Falcão Cinza 1 ed. Rio de Janeiro: [s.n.] p. 171-217
- ↑ «Helibras». Consultado em 2 de abril de 2013. Arquivado do original em 26 de janeiro de 2013
- ↑ «SIMMMEI – Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Itajubá». Consultado em 22 de março de 2013. Arquivado do original em 22 de fevereiro de 2014
- ↑ a b «Revista Flap» (PDF). Consultado em 4 de abril de 2013
- ↑ «Helibras». Consultado em 4 de abril de 2013. Arquivado do original em 26 de janeiro de 2013
- ↑ «Altovoô.com». Consultado em 25 de março de 2013. Arquivado do original em 20 de agosto de 2013
- ↑ CLARO JÚNIOR, Oswaldo (2012). Nas Garras do Puma. 3º/8º Grupo de Aviação 2 ed. Rio de Janeiro: Adler Ed. p. 75
- ↑ BITTENCOURT LYNCH, Pedo Augusto. A viabilização da indústria de asa rotativa no Brasil – A Marinha e os 35 anos da Helibras. Revista Marítima Brasileira, edição jan./mar.2013. Páginas 45-56.
- ↑ «Terra Economia». Consultado em 12 de maio de 2013
- ↑ «G1 Economia». Consultado em 18 de novembro de 2013
- ↑ «Piloto Policial». Consultado em 18 de novembro de 2013
- ↑ «EADS Announces Name Change, Restructuring» (em inglês). Defencenews. 31 de julho de 2013. Consultado em 13 de fevereiro de 2014
- ↑ «Who We Are» (em inglês). Airbus Helicopters. 2014. Consultado em 13 de fevereiro de 2014. Arquivado do original em 14 de janeiro de 2014
- ↑ a b Defesanet (20 de abril de 2015). «Helibras Renomeia produtos dentro da Geração H da Airbus Helicopters». Defesanet. Consultado em 2 de junho de 2015
- ↑ Guia Offshore Magazine, setembro de 2012. Páginas 24 a 29.
- ↑ «Conexão Itajubá». Consultado em 5 de abril de 2013
- ↑ a b «Helibras ingressa na Geração H da Airbus Helicopters». Helibras. 13 de abril de 2015. Consultado em 2 de junho de 2015. Arquivado do original em 5 de março de 2016
- ↑ «H160 está próximo de realizar o seu primeiro voo». Plan Brasil. 1 de junho de 2015. Consultado em 2 de junho de 2015
- ↑ Guilherme Wiltgen (13 de novembro de 2014). «Exército possui uma das frotas de helicópteros mais modernas da América Latina». Defesa Aérea e Naval. Consultado em 2 de junho de 2015
- ↑ CLARO Júnior, Oswaldo (2012). Nas garras do Puma. 3º/8º Grupo de Aviação 2 ed. Rio de Janeiro: Adler. p. 75