Francis William Aston
Francis William Aston | |
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Francis William Aston | |
Invenção do espectrógrafo de massa, descoberta de isótopos | |
Nascimento | 1 de setembro de 1877 Birmingham |
Morte | 20 de novembro de 1945 (68 anos) Cambridge |
Nacionalidade | Britânico |
Cidadania | Reino Unido |
Alma mater | Universidade de Birmingham, Universidade de Cambridge |
Ocupação | físico, químico |
Distinções | Nobel de Química (1922), Medalha Hughes (1922), Medalha Real (1938) |
Empregador(a) | Universidade de Oxford, Universidade de Birmingham |
Orientador(a)(es/s) | Joseph John Thomson |
Instituições | Universidade de Cambridge |
Campo(s) | Física e química de isótopos |
Obras destacadas | espectrometria de massa |
Francis William Aston (Birmingham, Inglaterra, 1 de setembro de 1877 — Cambridge, Inglaterra, 20 de novembro de 1945) foi um físico e químico britânico.
Recebeu o Nobel de Química de 1922, "pela descoberta, utilizando o seu espectrômetro de massa, de isótopos, num grande número de elementos não radioactivos, e pelo enunciado da regra do número inteiro".[1]
Vida
[editar | editar código-fonte]Francis Aston nasceu no seio de uma família numerosa, o terceiro de sete filhos.[2] Estudou na Harborne Vicarage School e no Malvern College, antes de ingressar no Mason College (futura Universidade de Birmingham) em 1894. Entre os seus professores contavam-se Edward Frankland e William Augustus Tilden (química) e John Henry Poynting (física).
Recebeu uma bolsa de estudos (Forster Scholarship) em 1898, com a qual estudou as propriedades ópticas do ácido tartárico. Pouco tempo depois, ingressou como químico no laboratório de uma cervejeira, onde passou três anos. Nesse período, começou a interessar-se por processos físicos, como a existência de descargas eléctricas em tubos em vácuo.
Em 1903 obteve uma bolsa de estudos para estudar na Universidade de Birmingham. Em 1909 transferiu-se para o Laboratório Cavendish em Cambridge, convidado por Joseph John Thomson, onde trabalhou na identificação dos isótopos do neônio e pesquisou as descargas elétricas em tubos de baixa pressão. Aston tinha lido um livro publicado em 1908, Occult chemistry, pelos teósofos Annie Besant e Charles Leadbeat. Nesse livro, Besant e Leadbeater descreveram sua visão clarividente da estrutura interna dos átomos, inclusive de uma nova forma do elemento gasoso neônio, que chamaram metaneônio. Eles afirmaram que o metaneônio tinha o peso atômico de 22,33. Em 1912, Aston descobriu uma substância com esse peso atômico quando analisava o gás neônio (néon). Também a chamou de metaneônio em um artigo apresentado à reunião anual da Sociedade Britânica para o Progresso da Ciência. A descoberta de Aston se tornou uma descoberta-chave sobre a estrutura atômica (o que, anos mais tarde, levou ao desenvolvimento da bomba atômica).[3] Foi professor no Trinity College de Cambridge.
Voltou aos seus estudos após a I Guerra Mundial em 1919, inventando um espectrógrafo de massa, que lhe permitiu descobrir a causa das diferenças de massa de um certo número de isótopos não radiativos. Estes estudos lhe permitiram identificar, no mínimo, 212 dos 287 isótopos naturais e formular a "regra do número inteiro": definindo-se a massa do isótopo de oxigénio, todos os outros isótopos possuem massas muito próximas a números inteiros. Mais tarde, pode observar também desvios a esta regra. O espectrógrafo de massa é ainda hoje utilizado em campos tão diversos como Geologia, Química, Física Nuclear e Biologia.[4]
Em 1921 ingressou na Royal Society. Foi também membro de honra da Academia Russa de Ciências e da Accademia dei Lincei.
Foi honrado com o Nobel de Química de 1922, pelo êxito obtido ao determinar as massas atômicas de todos os elementos do sistema periódico. Em seu discurso, por alguma razão, se esqueceu de mencionar o livro dos teósofos como a fonte de inspiração para sua descoberta.[3] Pouco tempo depois, foi convidado a escrever a entrada sobre energia atómica na Enciclopédia Britannica.[4]
Aston era um praticante entusiasta de esqui, montanhismo, ténis e natação. Também tocava instrumentos musicais, nomeadamente o piano, violino e violoncelo.
Realizações
[editar | editar código-fonte]Entre suas obras mais importantes se encontram os seus livros Isótopos (Isotopes, 1922) e Massa-Espectro e Isótopos (Structural Units of the Material Universe, 1933). Recebeu as seguintes distinções:
- Medalha Mackenzie Davidson da Röntgen Society em 1920
- Medalha Hughes da Royal Society em 1922
- Nobel da Química de 1922
- Medalha John Scott em 1923
- Medalha Paterno em 1923
- Medalha Real em 1938
- Medalha Duddell da Sociedade de Física em 1941
- Doutoramento honoris causa pela Universidade de Birmingham
- Doutoramento honoris causa pela Universidade de Dublin
- ↑ «Nobel de Química» (em inglês). Consultado em 26 de Setembro de 2008
- ↑ «Biografia» (em inglês). Consultado em 26 de Setembro de 2008
- ↑ a b Radin, Dean. Mentes Entrelaçadas. Sinais de Fogo Publicações 2007.
- ↑ a b «Enciclopédia Britannica» (em inglês). Encyclopædia Britannica Online. Consultado em 26 de Setembro de 2008
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Francis William Aston em Nobelprize.org
- «Perfil no sítio oficial do Nobel de Química 1922» (em inglês)
Precedido por Frederick Soddy |
Nobel de Química 1922 |
Sucedido por Fritz Pregl |
Precedido por Niels Bohr |
Medalha Hughes 1922 |
Sucedido por Robert Andrews Millikan |
Precedido por Arthur Henry Reginald Buller e Nevil Vincent Sidgwick |
Medalha Real 1938 com Ronald Fisher |
Sucedido por David Keilin e Paul Dirac |
- Nascidos em 1877
- Mortos em 1945
- Nobel de Química
- Medalha Real
- Medalha Hughes
- Membros da Royal Society
- Blue plaques
- Professores da Universidade de Cambridge
- Químicos da Inglaterra
- Físicos da Inglaterra
- Químicos do século XX
- Alunos do Trinity College
- Alunos da Universidade de Birmingham
- Naturais de Birmingham (Inglaterra)