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Florbela Espanca

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Florbela Espanca
Florbela Espanca
Retrato de Florbela Espanca
Nascimento 8 de dezembro de 1894
Vila Viçosa
Morte 8 de dezembro de 1930 (36 anos)
Matosinhos
Residência Matosinhos (Porto)
Nacionalidade Portuguesa
Cidadania Portuguesa
Etnia Caucasiana
Cônjuge Alberto de Jesus Silva Moutinho (1913-1920)

António José Marques Guimarães (1921-1925)
Mário Pereira Lage (1925-1930)

Educação Faculdade Direito Universidade de Lisboa
Ocupação Poeta
Principais trabalhos Livro de Mágoas;Livro de Soror Saudade; Charneca em Flor; Dominó Preto; As Máscaras do Destino e Diário

Florbela Espanca (Conceição, Vila Viçosa, 8 de dezembro de 1894Matosinhos, 8 de dezembro de 1930),[1] batizada como Flor Bela Lobo, e que opta por se autonomear Florbela d'Alma da Conceição Espanca,[2] foi uma poetisa portuguesa. A sua vida, de apenas 36 anos, foi plena, embora tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos, que a autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade, carregada de erotização, feminilidade[3] e panteísmo. Há uma biblioteca com o seu nome em Matosinhos.

Antiga fotografia da poetisa portuguesa Florbela Espanca (1894–1930)

Filha de Antónia da Conceição Lobo e do republicano João Maria Espanca (1866–1954), nasceu no dia 8 de dezembro de 1894 em Vila Viçosa, no Alentejo. O seu pai foi sobretudo um antiquário e um fotógrafo, tendo também ganho a vida com outras atividades, como a de projeção de filmes. De facto, foi um dos introdutores do "Vitascópio de Edison" em Portugal.

O seu pai era casado com Mariana do Carmo Inglesa Toscano, que era estéril, sendo filho de José Maria Espanca (1830–1883) e Joana Fortunata Pires Espanca (1830–1917). Com a autorização da mulher, João Maria relacionou-se com a camponesa Antónia da Conceição Lobo, filha de pais incógnitos, criada de servir, mulher bela e vistosa. Assim nasceram Florbela, batizada na freguesia de Conceição (Vila Viçosa) a 20 de junho de 1895, e, três anos depois, Apeles, em 10 de março de 1897, ambos registados como filhos de Antónia e pai incógnito.[4][5] João Maria Espanca criou-os na sua casa. Apesar de Mariana ter passado a ser madrinha de batismo dos dois, João Maria só reconheceu Florbela como a sua filha em cartório 18 anos após a morte desta.[6]

Entre 1899 e 1908, Florbela Espanca frequentou a escola primária em Vila Viçosa.[4] Foi naquele tempo que passou a assinar os seus textos Flor d’Alma da Conceição.[7] As suas primeiras composições poéticas datam dos anos 19031904:[6] o poema "A Vida e a Morte", o soneto em redondilha maior em homenagem ao irmão Apeles e um poema escrito por ocasião do aniversário do pai "No dia d'anos", com a seguinte dedicatória: «Ofereço estes versos ao meu querido papá da minha alma».[8] Em 1907, Espanca escreveu o seu primeiro conto: "Mamã!" No ano seguinte, faleceu a sua mãe, Antónia, com apenas 29 anos, vítima de nevrose.[6]

Espanca ingressou então no Liceu Nacional de Évora, onde permaneceu até 1912.[9] Foi uma das primeiras mulheres em Portugal a frequentar um curso liceal.[7] Durante os seus estudos no Liceu, Espanca requisitou diversos livros na Biblioteca Pública de Évora, aproveitando então para ler obras de Balzac, Dumas, Camilo Castelo Branco, Guerra Junqueiro, Garrett. Quando ocorreu a revolução de 5 de outubro de 1910, Espanca está há dois dias com a família na capital, no Francfort Hotel Rossio, mas não se conhecem comentários seus à sua vivência deste dia.[1]

Florbela Espanca, por Bottelho (2008).

Pouco antes de complemtar 19 anos, por despacho do juiz da Comarca de Vila Viçosa de 28 de novembro de 1913, obteve o alvará de emancipação. Assim, a 8 de dezembro de 1913, dia do seu 19.º aniversário, casou-se no n.º 55 da Rua Gomes Jardim, em Vila Viçosa, freguesia de São Bartolomeu, com Alberto de Jesus Silva Moutinho, seu colega da escola, então de 20 anos, natural de Évora (freguesia de Santo Antão), filho de Manuel de Jesus Silva Moutinho e Costa, natural da freguesia de Aveloso, concelho de Meda, e de Antónia Rita da Silva Moutinho, natural de Évora (freguesia de São Pedro).[10][11] O casal morou primeiro em Redondo.[6] Em 1915, instalou-se na casa dos Espanca em Évora, por causa das dificuldades financeiras.[7]

Em 1916, de volta a Redondo, a poetisa reuniu uma seleção da sua produção poética desde 1915, inaugurando assim o projeto Trocando Olhares.[6] A coletânea de oitenta e cinco poemas e três contos serviu-lhe mais tarde como ponto de partida para futuras publicações.[12] Na época, as primeiras tentativas de promover as suas poesias falharam.

No mesmo ano, Espanca iniciou-se como jornalista em Modas & Bordados (suplemento de O Século de Lisboa), em Notícias de Évora e em A Voz Pública, também eborense.[6] A poetisa regressou de novo a esta cidade em 1917. Completou o 11.º ano do Curso Complementar de Letras e matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.[7] Foi uma das catorze mulheres entre trezentos e quarenta e sete alunos inscritos.[4] Aí teve como colegas de curso os escritores e poetas Américo Durão e Mário Beirão.[13]

Um ano mais tarde, a escritora sofreu as consequências de um aborto involuntário, que lhe teria infetado os ovários e os pulmões.[6] Repousou em Quelfes (Olhão), onde apresentou os primeiros sinais sérios de neurose.[7]

Em 1919, saiu a sua primeira obra, Livro de Mágoas, um livro de sonetos. A tiragem (duzentos exemplares[6]) esgotou-se rapidamente.[7] Um ano mais tarde, sendo ainda casada, a escritora passou a viver com António José Marques Guimarães,[7] alferes de Artilharia da Guarda Republicana.

Em meados do 1920, interrompeu os estudos na Faculdade de Direito. A 30 de abril de 1921, por sentença proferida na Comarca de Vila Viçosa, obteve o divórcio de Alberto de Jesus Silva Moutinho. Em 29 de junho de 1921, pôde finalmente casar-se com António Guimarães. O casal passou a residir no Porto, mas, no ano seguinte, transferiu-se para Lisboa, onde Guimarães se tornou chefe de gabinete do Ministro do Exército.[6] Neste ano, o seu pai divorciou-se de Mariana, casando no ano seguinte com Henriqueta de Almeida.

Em 1922, a 1 de agosto, a recém-fundada Seara Nova publicou o seu soneto Prince charmant…, dedicado a Raul Proença.[6] Em janeiro de 1923, veio a lume a sua segunda coletânea de sonetos, Livro de Sóror Saudade, edição paga pelo pai da poetisa. Para sobreviver, Espanca começou a dar aulas particulares de português.[6]

Em 1925, divorciou-se pela segunda vez.[7] Esta situação abalou-a muito. O seu ex-marido, António Guimarães, abriu mais tarde uma agência, "Recortes", que colecionava notas e artigos sobre vários autores. O seu espólio pessoal reúne o mais abundante material que foi publicado sobre Espanca, desde 1945 até 1981. Ao todo são 133 recortes.[7] Ainda em 1925, a poetisa casou com o médico Mário Pereira Lage, que conhecia desde 1921, e com quem vivia desde 1924. O casamento decorreu em Matosinhos, no Distrito do Porto, onde o casal passou a morar a partir de 1926.[6] Em dezembro de 1925, falece também a "madrasta" e madrinha de Florbela, que lhe lega vários bens.

Em 1927, a autora principiou a sua colaboração no jornal Dom Nuno de Vila Viçosa, dirigido por José Emídio Amaro.[6] Naquele tempo, não encontrava editor para a coletânea Charneca em Flor. Preparava também um volume de contos, provavelmente O Dominó Preto, publicado postumamente apenas em 1982. Começou a traduzir romances para as editoras Civilização e Figueirinhas do Porto.[6] No mesmo ano, em 6 de junho, Apeles Espanca, o irmão da escritora, de apenas 30 anos, faleceu num trágico acidente de avião, perto de Belém.[6] A sua morte foi devastadora para Espanca. Em homenagem ao irmão, Espanca escreveu o conjunto de contos de As Máscaras do Destino, volume publicado postumamente em 1931. Entretanto, a sua doença mental agravou-se bastante.[7] Em 1928, ela teria tentado o suicídio pela primeira vez.[6]

Em 1930, Espanca começou a escrever o seu Diário do Último Ano, publicado só em 1981. A 18 de junho, principiou a correspondência com Guido Battelli, professor italiano, visitante na Universidade de Coimbra, responsável pela publicação da Charneca em Flor em 1931.[6] Na altura, a poetisa colaborou também no Portugal feminino de Lisboa, na revista Civilização e no Primeiro de Janeiro, ambos do Porto.[6]

Espanca tentou o suicídio por duas vezes mais em outubro e novembro de 1930, na véspera da publicação da sua obra-prima, Charneca em Flor.[7] Após o diagnóstico de um edema pulmonar,[7] a poetisa perdeu definitivamente a vontade de viver. Não resistiu à terceira tentativa do suicídio. Faleceu em Matosinhos, no dia do seu 36.º aniversário, a 8 de dezembro de 1930. A causa da morte foi uma "overdose" de barbitúricos.[6] A poetisa teria deixado uma carta confidencial com as suas últimas disposições, entre elas, o pedido de colocar no seu caixão os restos do avião pilotado por Apeles quando sofreu o acidente.[6] O corpo dela jaz, desde 17 de maio de 1964, no cemitério de Vila Viçosa, a sua terra natal.[4]

Leia-se a quadra desse "admirável soneto que é o seu voo quebrado e que principia assim":[14]

Não tenhas medo, não! Tranquilamente,//Como adormece a noite pelo outono,//Fecha os olhos, simples, docemente,//Como à tarde uma pomba que tem sono…

Em 1949, a Câmara Municipal de Lisboa homenageou a poetisa, dando o seu nome a uma rua junto à Avenida da Igreja, em Alvalade.[15]

Autora polifacetada: escreveu poesia, contos, um diário e epístolas; traduziu vários romances e colaborou ao longo da sua vida em revistas e jornais de diversa índole, Florbela Espanca antes de tudo é poetisa. É à sua poesia, quase sempre em forma de soneto, que ela deve a fama e o reconhecimento. A temática abordada é principalmente amorosa. O que preocupa mais a autora é o amor e os ingredientes que romanticamente lhe são inerentes: solidão, tristeza, saudade, sedução, desejo e morte. A sua obra abrange também poemas de sentido patriótico, inclusive alguns em que é visível o seu patriotismo local: o soneto "No meu Alentejo" é uma glorificação da terra natal da autora.

Se tu viesses ver-me...

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...

Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...

Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri

E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...

Florbela Espanca (‘’Charneca em flor’’)

Somente duas antologias, Livro de Mágoas (1919) e Livro de Sóror Saudade (1923), foram publicadas em vida da poetisa. Outras, Charneca em Flor (1931), Juvenília (1931) e Reliquiae (1934) saíram só após o seu falecimento. Toda a obra poética de Espanca foi reunida por Guido Battelli num volume chamado Sonetos Completos, publicado pela primeira vez em 1934. Em 1978 tinham saído 23 edições do livro.[16] As peças anteriores às primeiras publicações da poetisa foram coligidas pela primeira vez por Rui Guedes nas OBRAS COMPLETAS DE FLORBELA ESPANCA — 8 volumes, recolha, leitura e notas Rui Guedes; prefácio de Jose Carlos.

Seabra Pereira, em Lisboa, Dom Quixote, 1985–1986. Mais tarde, em 1994, Mária Lúcia Dal Farra, editou o volume que incluía também esses primeiros textos, em Trocando Olhares.

A prosa de Espanca exprime-se através do conto (em que domina a figura do irmão da poetisa), de um diário, que antecede a sua morte, e em cartas várias. Algumas peças da sua correspondência são de natureza familiar, outras tratam de questões relacionadas com a sua produção literária, quer num sentido interrogativo quanto à sua qualidade, quer quanto a aspetos mais práticos, como a sua publicação. Nas diferentes manifestações epistolares sobressaem qualidades que nem sempre estão presentes na restante produção em prosa — naturalidade e simplicidade.[3]

António José Saraiva e Óscar Lopes na sua História da Literatura Portuguesa[16] descrevem Florbela Espanca como sonetista de "laivos anterianos"[16] e semelhante a António Nobre. Admitem que foi "uma das mais notáveis personalidades líricas isoladas, pela intensidade de um emotivo erotismo feminino, sem precedentes entre nós [portugueses], com tonalidades ora egoístas ora de uma sublimada abnegação que ainda lembra Sóror Mariana, ora de uma expansão de amor intenso e instável(…)".[16]

A obra de Espanca "precede de longe e estimula um mais recente movimento de emancipação literária da mulher, exprimindo nos seus acentos mais patéticos a imensa frustração feminina das (…) opressivas tradições patriarcais."[16]

Rolando Galvão, autor de um artigo sobre Florbela Espanca publicado na página eletrónica Vidas Lusófonas,[3] caracteriza assim a obra florbeliana:

"Como dizem vários estudiosos da sua pessoa e obra, Florbela surge desligada de preocupações de conteúdo humanista ou social. Inserida no seu mundo pequeno burguês, como evidencia nos vários retratos que de si faz ao longo dos seus escritos. Não manifesta interesse pela política ou pelos problemas sociais. Diz-se conservadora. (…) O seu egocentrismo, que não retira beleza à sua poesia, é por demais evidente para não ser referenciado praticamente por todos. Sedenta de glória, diz Henrique Lopes de Mendonça, transcrito por Carlos Sombrio.

Na sua escrita há um certo número de palavras em que insiste incessantemente. Antes de mais, o EU, presente, dir-se-á, em quase todas as peças poéticas. Largamente repetidos vocábulos reflexos da paixão: alma, amor, saudade, beijos, versos, poeta, e vários outros, e os que deles derivam. Escritos de âmbito para além dos que caracterizam essa paixão não são abundantes, particularmente na obra poética. Salvo no que se refere ao seu Alentejo. Não se coloca como observadora distante, mesmo quando tal parece, exterior a factos, ideias, acontecimentos."[3]

O autor do artigo lembra também a correspondência da poetisa com o irmão, Apeles, e com uma amiga próxima, que apenas viu em retrato. Repara que os excessos verbais da escritora são provocados pela sua imoderação para exprimir uma paixão. A sua exaltação do amor fraternal é considerada fora do comum. Galvão repara que esses limites alargados na expressão do amor, da amizade e das afeições, são na obra florbeliana uma constante.[3]

Florbela Espanca por outros poetas

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Florbela Espanca causou grande impressão entre seus pares e entre literatos e público de seu tempo e de tempos posteriores. Além da influência que seus versos tiveram nos versos de tantos outros poetas, são aferidas também algumas homenagens prestadas por outros eminentes poetas à pessoa humana e lírica da poetisa. Manuel da Fonseca, em seu "Para um poema a Florbela" de 1941, cantava "(…)«E Florbela, de negro,/ esguia como quem era,/ seus longos braços abria/ esbanjando braçados cheios/ da grande vida que tinha!»". Também Fernando Pessoa, em um poema datilografado e não datado de nome "À memória de Florbela Espanca", descreve-a como "«alma sonhadora/ Irmã gémea da minha!»".[17]

Florbela Espanca na música

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O grupo musical português Trovante musicou o soneto "Ser poeta", incluído no volume Charneca em Flor. A canção intitulada "Perdidamente", com música de João Gil, tornou-se numa das músicas mais populares da banda. Faz parte do álbum Terra Firme, lançado em 1987.[18] O cantor e compositor brasileiro Fagner interpretou o poema "Fanatismo", da coletânea Soror Saudade, com sua composição do mesmo nome no álbum Traduzir-se (1981) e também "Fumo", Tortura” e “Frieza” no álbum Fagner (1982) (ver:[19])

A banda de pós-punk portuguesa, dos anos 80, Morituri, no tema Tédio, incluía trechos dos poemas Tédio, Desalento e Mais Triste do Livro de Mágoas.

Em 2001 a cantora brasileira Nicole Borguer estreou seu primeiro álbum Amar — Um Encontro com Florbela Espanca, musicando sonetos de diversas fases da poetisa, com estilos musicais também diversos. Em 2013 a artista portuguesa Senhora Dona Morte lança 18 dos sonetos da poetisa com o título Florbela.

Ainda é possível encontrar seus poemas Caravelas e Desejos Vãos na obra da fadista Mariza.

Florbela Espanca em filmes

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Florbela Espancafilme de 1978 (24 minutos aproximadamente) na rede de televisão portuguesa RTP.

Em 2012, a RTP exibiu a minissérie em três capítulos Perdidamente Florbela, — programa com Dalila Carmo no papel de Florbela, Ivo Canelas no papel de Apeles e Albano Jerónimo no papel de Mário Lage,[20] programa esse adaptado à sétima arte e exibido em salas de cinema com o título de Florbela.[21]

Bibliografia ativa

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  • 1919 Livro de Mágoas. Lisboa: Tipografia Maurício.
  • 1923 Livro de Sóror Saudade. Lisboa: Tipografia A Americana.
  • 1931 Charneca em Flor. Coimbra: Livraria Gonçalves.
  • 1931 Juvenília: versos inéditos de Florbela Espanca (com 28 sonetos inéditos). Estudo crítico de Guido Battelli. Coimbra: Livraria Gonçalves.
  • 1934 Sonetos Completos (Livro de Mágoas, Livro de Sóror Saudade, Charneca em Flor, Reliquiae). Coimbra: Livraria Gonçalves.
  • 1985/86 Obras Completas de Florbela Espanca. 8 vols. Edição de Rui Guedes. Lisboa: Publicações Dom Quixote.
  • 1994 Trocando Olhares. Estudo introdutório, estabelecimento de textos e notas de Maria Lúcia Dal Farra. Lisboa: Imprensa Nacional/ Casa da Moeda.

Epistolografia

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  • 1931 Cartas de Florbela Espanca (A Dona Júlia Alves e a Guido Battelli). Coimbra: Livraria Gonçalves.
  • 1949 Cartas de Florbela Espanca. Prefácio de Azinhal Abelho e José Emídio Amaro. Lisboa: Edição dos Autores.
  • 1926 Ilha azul, de Georges Thiery. Figueirinhas do Porto.
  • ____ O segredo do marido, de M. Maryan. Biblioteca das Famílias.
  • 1927 O segredo de Solange, de M. Maryan. Biblioteca das Famílias.
  • ____ Dona Quichota, de Georges de Peyrebrune. Biblioteca do Lar.
  • ____ O romance da felicidade, de Jean Rameau Biblioteca do Lar.
  • ____ O castelo dos noivos, de Claude Saint-Jean
  • ____ Dois noivados, de Champol. Biblioteca do Lar.
  • ____ O canto do cuco, de Jean Thiery. Biblioteca do Lar.
  • 1929 Mademoiselle de la Ferté (romance da actualidade) de Pierre Benoit. Série Amarela.
  • 1932 Máxima (romance da actualidade, de A. Palácio Váldes. Coleção de Hoje.)

Algumas reedições

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  • ESPANCA, Florbela. Poemas de Florbela Espanca. Edição preparada pó Maria Lúcia Dal Farra. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
  • ____. Sonetos Completos. 7ª ed. Prefácio de José Régio. Coimbra: Livraria Gonçalves, 1946.
  • ____. As Máscaras do Destino. 4ª ed. Prefácio de Agustina Besa Luís. Amadora: Bertrand Editora, 1982.
  • ____. Contos Completos. 2ª ed. Venda Nova: Bertrand Editora, 1995.
  • ____. Obras Completas de Florbela Espanca, Lisboa: Publicações D. Quixote, 1992.
  • ____. Obras Completas — Poesia (1903–1917). Coleção Obras Completas de Florbela Espanca. Vol. I. Lisboa: Publicações D. Quixote, 1985.
  • ____. Poesia Completa. Prefácio, organização e notas de Rui Guedes. Coleção Autores de Língua Portuguesa — Poesia. Venda Nova: Bertrand Editora,1994.
  • ____. Sonetos. Prefácio de José Régio. Lisboa: Bertrand Editora, 1982.

Bibliografia passiva

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  • ALEXANDRINA, Maria. A Vida Ignorada de Florbela Espanca. Porto: Edição da Autora, 1964.
  • ALONSO, Cláudia Pazos. Imagens do Eu na poesia de Florbela Espanca. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1997.
  • BESSA-LUÍS, Agustina. Florbela Espanca. Biografia. Lisboa: Guimarães, 2001 (4ª ed.).
  • ____. Florbela Espanca. A Vida e a Obra. Lisboa: Arcádia, 1979.
  • COELHO, Jacinto do Prado. Dicionário de Literatura. 3ª ed. Vol. I. Porto: Figueirinhas, 1982.
  • FERNÁNDEZ, José Carlos, "Florbela Espanca: A Vida e a Alma de uma Poetisa", Lisboa, Nova Acrópole, 2011. [2]
  • FARRA, Maria Lúcia Dal. Afinado desconcerto (contos, cartas, diário). São Paulo: Iluminuras, 2001.
  • ____. Florbela Espanca. Rio de Janeiro: Agir Editora, 1994.
  • ____. "Florbela inaugural". Literatura portuguesa Aquém-Mar, Annie Gisele Fernandes e Paulo Motta Oliveira, pp. 197–211. Campinas: Editora Komedi, 2005.
  • ____. "Florbela: um caso feminino e poético". Poemas de Florbela Espanca. São Paulo: Martins Fontes, 1996, pp. V-LXI.
  • FRANÇA, José Augusto. Os anos vinte em Portugal: estudo de factos sócio-culturais. Lisboa: Editorial Presença, 1992.
  • FREIRE, António. Florbela Espanca, poetisa do amor. Porto: Salesianas, 1994.
  • ____. O Amor Lusíada em Florbela Espanca. Vale do Cambra: Câmara Municipal de Vale do Cambra, 1997.
  • GUEDES, Rui. Acerca de Florbela. Coleção Florbela Espanca. Lisboa: Publicações D. Quixote, 1986.
  • ____. Fotobiografia. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1985.
  • MACHADO, Álvaro Manuel. Dicionário de Literatura Portuguesa. Lisboa: Editorial Presença, 1995.
  • ____. Poesia Romântica Portuguesa. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1982.
  • MATTOSO, José. História de Portugal. Vol. V (de VIII). Lisboa: Editorial Estampa, 1993.
  • MOISÉS, Massaud. Literatura portuguesa moderna: guia biográfico, crítico e bibliográfico. São Paulo: Editora Cultrix, Editora da Universidade de São Paulo, 1973.
  • NEMÉSIO, Vitorino. "Florbela". Conhecimento da Poesia. Baía: Universidade da Baía, 1958.
  • NORONHA, Luzia Machado Ribeiro de. Entreretratos de Florbela Espanca: uma leitura biografemática. São Paulo: Annablume, 2001.
  • PAIVA, José Rodrigues de. Estudos sobre Florbela Espanca. Recife: Associação de estudos portugueses Jordão Emerenciano, 1995.
  • RÉGIO, José. Ensaios de Interpretaçăo Crítica. Coleção Obras Completas. Lisboa: Portugália Editora, 1964.
  • SARAIVA, António José, LOPES, Óscar. História da Literatura Portuguesa. 9ª ed. Porto: Porto Editora, 1976. pp. 967.
  • SENA, Jorge de. Florbela Espanca ou a Expressão do Feminino na Poesia Portuguesa. Porto: Fenianos, 1947.
  • SILVA, Zina Maria Bellodi da Silva. Florbela Espanca: Discurso do Outro e Imagem de Si. São Paulo: Araraquara, 1987.
  • SIMÕES, João Gaspar. História da Literatura Portuguesa do Século XX. 1959.
  • SOMBRIO, Carlos. Florbela Espanca. Lisboa: Edições Homo, 1948.
  • ALMEIDA, Patrícia e ALBERTO, Carlos (fotos). "Mostra Sobre Florbela Viaja de Vila Viçosa para Lisboa". A Capital, 27 de fevereiro de 1995.
  • BARBOSA, Graça. "Florbela em pedra de Ançã". Público, 13 de setembro de 1994.
  • BATTELLI, Guido, "Florbela — Recordações e impressões críticas". A Cidade de Évora: Boletim de Cultura da Câmara Municipal (1ª Série), nº 29, 1952, pp. 409–430.
  • ____. "O Alentejo na Poesia de Florbela Espanca". A Cidade de Évora: Boletim de Cultura da Câmara Municipal (1ª Série), nº 25, 1951, pp. 289–298.
  • CORREIA, Dores. "Bela Alentejana de um tempo em flor" — Imenso Sul, janeiro a março de 1995.
  • DAL FARRA, Maria Lúcia. "[Recensão crítica a 'Contos e Diário', de Florbela Espanca; 'Florbela Espanca — Fotobiografia', de Rui Guedes; 'Contos', de Florbela Espanca]". Revista Colóquio/Letras. Recensões Críticas, n.º 92, Júl. 1986, p. 87–90.
  • ____. "[Recensão crítica a 'Cartas (1906–1922)', de Florbela Espanca; 'Cartas (1923–1930)', de Florbela Espanca]". Revista Colóquio/Letras. Recensões Críticas, n.º 99 de setembro de 1987, p. 109–111.
  • ____. "No centenário de Florbela Espanca (1894–1930). A interlocução de Florbela com a poética de Américo Durão". Revista Colóquio/Letras. Ensaio, n.º 132/133, de abril de 1994, p. 99–110.
  • ____. "A Condição Feminina na Obra de Florbela Espanca". In: A Cidade de Évora: Boletim de Cultura da Câmara Municipal (1ª Série), nº 69, 1986, pp. 51–61.
  • DAVID, Celestino. "O Romance de Florbela". A Cidade de Évora. Évora, n. 15/16 e 17/18, respectivamente p. 41–100 e 353–435, março–junho de 1948 e março–junho de 1949.
  • DOMINGOS, Paulo Costa. "A Flor da Charneca". Expresso, 10 de dezembro de 1994.
  • ESPANCA, Túlio Alberto da Rocha. "Dupla Homenagem a Poetas do Alentejo: O cinquentenário da morte de Florbela Espanca; Autobiografia de Celestino David". In: A Cidade de Évora: Boletim de Cultura da Câmara Municipal (1ª Série), nº 63, 1980, pp. 303–332.
  • FALCATO, João. "Crónica de Domingo. Florbela Espanca regressa à sua terra da verdade". Diário de Notícias, 31 de maio de 1964.
  • FERREIRA, António Mega. "As imagens paradas de Florbela" — Expresso, 28 de dezembro de 1985.
  • FRANÇA, Elisabete, GASTÃO, Ana Marques. "Cem anos: sonetos fora de época". Diário de Notícias, 8 de dezembro de 1994.
  • GUSMÃO, Armando Nobre de. "Algumas poesias juvenis de Florbela Espanca". A Cidade de Évora: Boletim de Cultura da Câmara Municipal (1ª Série), nº 45, 1962, pp. 235–243.
  • IANNONE, Carlos Alberto. "Bibliografia de Florbela Espanca". A Cidade de Évora: Boletim de Cultura da Câmara Municipal (1ª Série), nº 48, 1965, pp. 51–64.
  • LARANJO, Tânia, MOREIRA, Henrique (fotos). "Florbela em Matosinhos cem anos depois". Jornal de Notícias, 3 de janeiro de 1995.
  • LOPES, Norberto, "Florbela, escolar de Direito", Diário de Notícias, 14 de novembro de 1981.
  • LOPES, Óscar. "Florbela a Alentejana Livre". In: Jornal das Letras no. 631, de 21 de dezembro a 3 de janeiro de 1995, pp. 42–43.
  • LOPES, Silvina Rodrigues. "[Recensão crítica a 'Poesia I (1903–1917) e II (1918–1930)', de Florbela Espanca]". In: Revista Colóquio/Letras. Recensões Críticas, n.º 92, julho de 1986, pp. 86–87.
  • MARTINHO, Fernando J. B. "Variante Inédita de "Desejos Vãos" de Florbela Espanca". A Cidade de Évora: Boletim de Cultura da Câmara Municipal (1ª Série), nº 63, 1980, pp. 333–338.
  • MOURÃO, Paula. "Florbela: o ‘Diário’ de 1930". A planície e o abismo: Actas do Congresso sobre Florbela Espanca. Org. Universidade de Évora. Lisboa: Vega, 1997. pp. 109–116.
  • NUNES, Maria Manuela Moreira. "Florbela Espanca". A Cidade de Évora: Boletim de Cultura da Câmara Municipal (1ª Série), nº 45, 1962, pp. 161–234.
  • OLÍVIA, Maria, VALENTIM, Marques (fotos). "Ser Poeta". Correio da Manhã, 21 de agosto de 1994.
  • RÉGIO, José. "Sobre o caso e a arte de Florbela Espanca". In: Sonetos completos. Coimbra, Livraria Gonçalves, 1946.
  • ROCHA, Andrée. À procura da Florbela". JL, 5/1/1982: 2–3, repr. in: Temas da Literatura Portuguesa, Coimbra, 1986. pp. 141–148.
  • ROCHA, Clara. "[Recensão crítica a 'Diário do Último Ano', de Florbela Espanca]". Revista Colóquio/Letras. Recensões Críticas, n.º 69, setembro de 1982, p. 79–80.
  • RODRIGUES, Lopes. "Nótulas Florbelianas:. Boletim da Biblioteca Municipal de Matosinhos. Matosinhos, 3 de agosto de 1956, pp. 3–53.
  • SIMÕES, Casimiro. "Estátua de Florbela Espanca assinala cem anos que nasceu". O Dia, 3 de setembro de 1994.

— — — — — — — — — 

  • "Florbela Espanca: a poetisa do amor". O Dia, 15 de outubro de 1982.
  • "A vida, o talento e as tendências mórbidas de Florbela Espanca — Revelações inéditas". O Globo, 14 de março de 1983.
  • "De mim ninguém gosta, de mim nunca ninguém gostou — Revelações inéditas II". O Globo, 15 de março de 1983.

Bibliografia em linha

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  • BARREIRA, Cecília. "Florbela Espanca." Figuras da cultura portuguesa. Instituto Camões
  • BRAGA, Thomas J. "Florbela Espanca: The Limbs of a Passion". Hispania
  • FARRA, Maria Lúcia Dal. "A Florbela de Augustina"
  • GALVÃO, Rolando. "Florbela Espanca". Vidas Lusófonas
  • PIRES, Sandra Mendonça. "Enantidromia de Florbela Espanca: um percurso, ao contrário, através da vida e dos lugares da poetisa". Tinta lusa. Instituto Camões
  • SILVA, Lígia Michelle de Melo. "O discurso erótico de Florbela Espanca". Revista Autor

Referências fora do texto

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  • Florbela! Flor Bela! Exposição. Vila Viçosa: Biblioteca Florbela Espanca, 1994
  • Comemorações do 1º Centenário de Florbela Espanca. Évora: Grupo Pró-Évora, 1996
  • A Planície e o Abismo. Congresso Sobre Florbela Espanca. Lisboa: Vega, 1997


Ligações externas

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Referências
  1. a b Rui Guedes. Acerca de Florbela. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1986. p. 24
  2. Coleção Florbela Espanca Espólio da Biblioteca Nacional in "O Espólio"; é o nome que consta do seu registo de casamento com Alberto de Jesus Silva Moutinho.
  3. a b c d e Galvão, Rolando. «"Florbela Espanca" (biobibliografia)». Vidaslusofonas.pt. Consultado em 22 de Julho de 2009. Arquivado do original em 10 de julho de 2009 
  4. a b c d «Cronologia da vida de Florbela Espanca». Prahoje.com.br. Consultado em 22 de Julho de 2009. Arquivado do original em 31 de outubro de 2016 
  5. «Livro de registo de batismos da paróquia de Vila Viçosa - Conceição (1895)». digitarq.adevr.arquivos.pt. Arquivo Distrital de Évora. p. 19v e 20, assento 41 
  6. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t Maria Lúcia Dal Farra. Afinado desconcerto (contos, cartas, diário). São Paulo: Iluminuras, 2001. p. 58
  7. a b c d e f g h i j k l «Biografia de Florbela Espanca». Prahoje.com.br. Consultado em 22 de julho de 2009. Arquivado do original em 31 de outubro de 2016 
  8. Biblioteca Nacional de Portugal, manuscrito "No dia d'annos" [1]
  9. Pires, Sandra Mendonça (2002). «"Enantiodromia de Florbela Espanca: um percurso, ao contrário, através da vida e dos lugares da poetisa" no site Tinta Lusa da página do Instituto Camões». Instituto-camoes.pt. Consultado em 22 de Julho de 2009 
  10. «Livro de extratos de registos de casamentos da Conservatória do Registo Civil de Vila Viçosa (1913)». digitarq.adevr.arquivos.pt. Arquivo Distrital de Évora. p. 66v, assento 34 
  11. «Livro de transcrições de registos de nascimento da Conservatória do Registo Civil de Vila Viçosa (1913)». digitarq.adevr.arquivos.pt. Arquivo Distrital de Évora. p. 1v, assento 4 
  12. Purl.pt http://purl.pt/272/2/n1/n10_item9/index.html  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  13. Revista COLÓQUIO/Letras n.º 132/133 (Abril-Setembro 1994). A interlocução de Florbela Espanca com a poética de Américo Durão, pág. 102.
  14. António Ferro. "Uma grande poetisa portuguesa", in Intervenção Modernista. Lisboa: Verbo, 1987, p. 381
  15. https://www.facebook.com/423215431066137/photos/pb.423215431066137.-2207520000.1448280984./784818741572469/?type=3&theater
  16. a b c d e António José Saraiva, Óscar Lopes. História da Literatura Portuguesa. 9ª ed. Porto: Porto Editora, 1976. p. 967
  17. Florbela Espanca, 1894-1930. Poemas de Florbela Espanca / Estudo introdutório, organização e notas de Maria Lúcia Dal Farra - São Paulo: Martins Fontes, 1996. páginas XXV e XXVI. ISBN 85-336-0566-8
  18. «Biografia dos Trovante». Macua.org. Consultado em 22 de julho de 2009 
  19. Letras.terra.com.br http://letras.terra.com.br/fagner/45922  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  20. Perdidamente Florbela - Séries Nacionais - RTP
  21. Crítica | Florbela