Finuídia
Finuídia (em latim: Finuidia; em sueco: Finnveden) ou Finheídia (em latim: Finheidia; em sueco: Finnheden) era uma das treze terras pequenas (semelhantes às folclândias da Uplândia) que se formaram a Esmolândia, na Suécia, e compreendia sua porção sudoeste.
História
[editar | editar código-fonte]Finuídia era uma das treze terras pequenas (folclândias) que formaram a Esmolândia. Judicialmente, pertencia ao Distrito de Tio, que grosseiramente corresponde ao atual condado de Cronoberga e que se formou, no mais tardar, sob o rei Canuto I (r. 1167–1196).[1] O lago Bolmen estava no coração da província e Bolmsö, uma grande ilha sua, era, historicamente, o ponto de encontro da ting local.[2] Era subdivida em três hundredos: Sunderbo, Vestbo e Ostbo.[3] Eclesiasticamente, pertenceu original à Diocese de Escara, mas depois ficou sob controle da Diocese de Lincopinga. Nela estava em vigor a Lei da Esmolândia[4] e se sabe, através de evidência documental, que sua nobreza não fazia a devida observância do princípio comum de partilha de bens, havendo declarações de partilha apenas para o século XVII.[5]
Foram achadas 32 pedras rúnicas em Finuídia.[6] A Finuídia foi citada em três pedras rúnicas da Era Viquingue, duas na própria região e uma na área de Estocolmo, bem como pelo historiador bizantino do século VI Jordanes que, ao falar da Escandza (Escandinávia) cita os finaítas (finnaithae), o povo de Finuídia.[7] Túmulos com cremação com armas da Idade do Ferro e Era Viquingue foram encontrados na Finuídia e se assemelham aos da Gotalândia e Suelândia.[8] Outrossim, tais túmulos eram uniformes e estavam coincidentemente colocados nas fronteiras de Finuídia.[9] Fragmentos da cerâmica produzida nas costas do mar Báltico chegou na região no século XI e foi mantida até o começo do XIII.[10]
Na Idade Média, foi sede de ao menos um husaby (fazendas diferenciadas por suas casas).[11] Em 1248, Birger e o rei Érico XI deram um alqueire do dízimo de Niudúngia e Finuídia ao mosteiro onde o "bispo Culão àquela época era cancelário real".[12] Entre 1349-1350, quando a Peste Negra atingiu a Suécia, há registro da doações de bens da Finuídia às instituições religiosas. [13]
- ↑ Strauch 2011, p. 422-423.
- ↑ Hansson 1999, p. 49-51.
- ↑ Strauch 2011, p. 423.
- ↑ Strauch 2011, p. 424.
- ↑ Strauch 2011, p. 430.
- ↑ SR 1961, p. 332.
- ↑ Thurston 2016, p. 63.
- ↑ Strauch 2011, p. 43.
- ↑ Roslund 2007, p. 105.
- ↑ Roslund 2007, p. 359; 363.
- ↑ Line 2007, p. 282.
- ↑ Line 2007, p. 192.
- ↑ Benedictow 2006, p. 176.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Benedictow, Ole Jørgen. The Black Death, 1346-1353: The Complete History. Woodbridge: Boydell Press
- Hansson, Martin (1999). «Från renjägare till viking» (PDF) (em sueco). Universidade de Lund
- Line, Philip (2007). Kingship and State Formation in Sweden 1130-1290. Leida e Nova Iorque: BRILL
- Roslund, Mats. Guests in the House: Cultural Transmission Between Slavs and Scandinavians 900 to 1300 A.D. Leida e Nova Iorque: Brill
- «Sveriges runinskrifter». Kungl. Boktryckeriet P. A. Norstedt & Söner. 4 (2). 1961
- Strauch, Dieter (2011). Mittelalterliches Nordisches Recht Bis 1500: Eine Quellenkunde. Berlim e Nova Iorque: Walter de Gruyter
- Thurston, Tina L. (2016). Landscapes of Power, Landscapes of Conflict: State Formation in the South Scandinavian Iron Age. Nova Iorque, Boston, Dordrecht, Londres e Moscou: Kluwer Academic Publishers