Balé Mulato
Balé Mulato | |||||||
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Álbum de estúdio de Daniela Mercury | |||||||
Lançamento | 25 de outubro de 2005 | ||||||
Gravação | Abril—Julho de 2005 | ||||||
Estúdio(s) | Estúdios Ilha dos Sapos Estúdio Canto da Cidade (Salvador, Bahia) | ||||||
Gênero(s) | |||||||
Duração | 51:21 | ||||||
Formato(s) | CD · download digital | ||||||
Gravadora(s) | EMI | ||||||
Produção | Daniela Mercury · Ramiro Musotto · Alê Siqueira | ||||||
Cronologia de Daniela Mercury | |||||||
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Singles de Balé Mulato | |||||||
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Balé Mulato é o oitavo álbum de estúdio da artista musical brasileira Daniela Mercury, lançado em 25 de outubro de 2005 pela EMI. Após a recepção crítica e comercial relativamente fraca de seu sétimo álbum, Carnaval Eletrônico (2004), que apresentou mudanças drásticas em seu estilo musical, onde as canções exploraram a sonoridade eletrônica, Mercury deixou a BMG e assinou brevemente com a Som Livre por onde liberou seu terceiro álbum ao vivo, Clássica (2005), no qual interpreta canções de jazz e MPB sob uma aparência mais discreta e enfatizando seu talento vocal. Todas essas transições sonoras levou os críticos musicais a acusá-la de "não ter voz própria e atirar para todos os lados". Em 2005, ela anunciou um novo contrato com a EMI e retornou aos estúdios em Salvador, onde ficou entre abril a agosto desenvolvendo material para seu lançamento seguinte. Mercury supervisionou a produção do trabalho com os colaboradores Ramiro Musotto e Alê Siqueira para criar um álbum voltando às suas raízes de axé, desejando distanciar-se um pouco de estilos eletrônicos; embora ainda continua-se a incorporar uma variedade de outros gêneros, como o samba e o pop.
Balé Mulato recebeu análises mistas dos profissionais especializados em música contemporânea, que elogiaram o retorno da intérprete à sua musicalidade de origem, o considerando um dos melhores de sua discografia, enquanto críticas foram feitas ao seu excesso de apelo comercial e a qualidade de suas canções. Comercialmente, o álbum registrou uma recepção positiva, tendo vendido mais de cem mil cópias no Brasil em menos de seis meses de lançado. Em Portugal, alcançou a segunda posição da tabela álbuns, tornando-se a mais alta posição já alcançada por um trabalho da artista nesse país. Como resultado, conseguiu duas certificações de ouro, ambas emitidas pela Pro-Música Brasil (PMB) e pela Associação Fonográfica Portuguesa (AFP).
De Balé Mulato, três singles foram lançados; "Olha o Gandhi Aí", "Topo do Mundo" e "Levada Brasileira", com destaque para o primeiro e o terceiro, que renderam a Mercury prêmios de melhor música no Troféu Band Folia. Além disso, a faixa "Pensar em Você" integrou a trilha sonora nacional da novela da Rede Globo, Belíssima (2005-06). A divulgação do projeto consistiu ainda em apresentações e entrevistas feitas em diversos programas de televisão no Brasil e em Portugal, além da turnê Balé Mulato (2006–08), que visitou a África, América do Sul, Europa e a Ásia e foi registrada no álbum ao vivo homônimo. Este último rendeu à cantora sua primeira vitória no Grammy Latino, na categoria Melhor Álbum de Música Regional ou de Raízes Brasileiras.
Antecedentes
[editar | editar código-fonte]Em 2000, Mercury saiu às ruas de Salvador com um trio elétrico que promovia a fusão do axé com a música eletrônica no Carnaval da Bahia. A ideia não foi bem recebida pelos foliões presentes, que vaiaram a cantora por duas vezes e responderam com sinais para que o trio passasse mais rápido.[1] Na sequência deste acontecimento, ela liberou Sol da Liberdade, seu primeiro álbum de estúdio distribuído sob um contrato de gravação com a BMG e a Ariola, após sete anos de permanência na Sony Music.[2] Com seu disco posterior, Sou de Qualquer Lugar (2001), ela iniciou uma tendência de incorporar elementos eletrônicos também em suas músicas, mais notavelmente o techno e a música dance.[3] Outra mudança notável, especialmente no encarte do material, foi seu visual, que agora trazia roupas mais modernas e cabelo lisos tingidos com mechas de castanho claro, deixando aflorar um lado mais sensual.[4] Todas essas mudanças foram recebidas friamente pela crítica especializada, que comentou que Mercury "parecia desnorteada, sem saber como se colocar no cenário atual da MPB no álbum".[5] Em 2003, a artista aceitou o convite da MTV Brasil para realizar um concerto para a série de registros ao vivo do canal, que foi gravado e lançado no mesmo ano como o seu segundo álbum ao vivo e primeiro em vídeo, MTV ao Vivo: Eletrodoméstico. O registro foi recebido de forma ambivalente pela crítica, mas atraiu elogios por mostrar que a intérprete era capaz de conciliar suas intervenções eletrônicas com a musicalidade afro-brasileira que a consagrou.[6]
Passado quatro anos desde a estreia de seu primeiro trio eletrônico, Mercury decidiu celebrar a data recrutando nove disco-jóqueis (DJs) brasileiros para ajudá-la na produção e na escolha do repertório para um novo álbum de estúdio. Como resultado, em 2004 chega às lojas Carnaval Eletrônico, que trouxe mudanças drásticas em relação aos anteriores, apresentando canções remixadas e deixando de lado o axé e focando-se totalmente no eletrônico.[7] O projeto rendeu a musicista sua primeira indicação ao Grammy Latino, onde concorreu ao prêmio de Melhor Álbum Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa, embora tenha atraído avaliações medianas da crítica e a menor vendagem comercial de sua carreira até então.[8][9][10] Apesar disso, o primeiro single lançado, "Maimbê Dandá" foi a música de maior sucesso do Carnaval de 2004.[11] Meses depois, a artista decidiu não renovar com a BMG, insatisfeita com o descaso da gravadora para com seus lançamentos.[12] Ao fim daquele ano, em outubro, ela realizou um concerto intimista na casa de shows Bourbon Street Music Club em São Paulo, sob uma aparência mais discreta onde deu ênfase a seu talento vocal, interpretando canções de jazz e MPB, dando origem à Clássica (2005) – álbum editado pela gravadora Som Livre em CD e DVD no ano seguinte.[13][14]
Desenvolvimento e lançamento
[editar | editar código-fonte]Com tantas transições em seu estilo musical, Mercury foi acusada de "não ter voz própria e atirar para todos os lados" pelos críticos musicais.[15] Depois de assinar um contrato de licenciamento com a EMI Music, a brasileira passou a preparar-se para o seu pretendido lançamento de retorno a musicalidade baiana.[16] A produção musical do projeto foi orquestrada pelo percussionista Ramiro Musotto e por Alê Siqueira, sob a direção artística da própria intérprete que fez questão de participar de todo o processo de pré, durante e pós-produção das músicas: "Eu acompanho cada nota colocada em meu disco; é tudo muito feito a partir do meu sentimento", declarou Mercury.[12][17] Enquanto gravava o álbum, a artista decidiu incluir a palavra mulato como título, após descobrir que seu uso se fazia presente apenas no português do Brasil, que não continha tradução em outra língua, além de representar figurativamente a mistura de elementos musicais no qual ela queria imprimir no trabalho. Em entrevista com o jornal português Destak, a musicista explicou de forma mais aprofundada o significado do título final:
“ | O nome veio porque é um disco dançante, então pensei em balé de rua, balé popular. Mulato porque é um disco muito brasileiro, mas também fusões internacionais. [...] Mulato é uma palavra criada da mestiçagem brasileira, do português do Brasil e não tem tradução noutra língua. Eu achei lindo porque eu acho que a música da gente não deve ser traduzida, deve ser sentida. E o português continua a ser a língua que eu desejo que o mundo aceite.[18] | ” |
As 14 músicas inclusas no alinhamento ao álbum foram gravadas nos estúdios Ilha dos Sapos e O Canto da Cidade, ambos em Salvador, entre abril a julho de 2005.[12][16] A capa de Balé Mulato foi fotografada por Mário Cravo Neto e criada por Gringo Cardia, na quadra da escola de samba Beija Flor de Nilópolis, na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro e apresenta Mercury a frente de dois porta-bandeiras, um branco e outro negro, representando a mestiçagem brasileira.[19] Seu encarte apresenta ensaios de fotos do Carnaval e dos morros.[19][15] Hagamenon Brito do Correio da Bahia comparou-o com o conceito do álbum da cantora, Feijão com Arroz, lançado em 1996, dizendo: "O próprio espírito de mix rítmico, de miscigenação do disco de 1996, está presente no projeto gráfico de agora, assinado por Gringo Cardia".[19] O produto final foi lançado digitalmente em 25 de outubro daquele ano.[20] No entanto, seu lançamento físico ocorreu apenas em 13 de novembro.[21]
Composição
[editar | editar código-fonte]O Balé Mulato é um disco que lembra muito os meus anteriores. É um pouco de tudo o que eu fiz, mas tem uma relação muito forte, em termos estéticos, com os discos Feijão com Arroz e Sol da Liberdade. Este novo disco não é eletrônico. É como se fosse a minha identidade. Foi uma pesquisa que trouxe um outro olhar sobre as minhas músicas e outras misturas.
—Mercury explicando a musicalidade do álbum.[22]
Inspirada pela musicalidade presente em seus álbuns Feijão com Arroz (1996) e Sol da Liberdade (2000), Mercury desviou Balé Mulato das sonoridade de estilos eletrônicos com influências do techno, bastante evidente em discos como Sou de Qualquer Lugar (2001) e Carnaval Eletrônico, e em vez disso, optou por explorar gêneros que "remetem às suas origens" como o samba-reggae e o axé[22][23] o que resultou em um disco "mais brasileiro".[24] Apesar de terem identificado em Balé Mulato bastante semelhanças sonoras com as primeiras gravações da cantora,[25] os críticos de música notaram que várias das canções presentes no projeto ainda incorporam diversas influências estilísticas, como resultado de sua "incansável pesquisa de gêneros musicais mundo afora",[17] que passa pela música pop, pelo samba de roda, samba carioca, reggae, frevo,[23] rock,[26] xote[27] entre outros. Comparando-o com seu trabalho anterior, Mercury definiu Balé Mulato como um trabalho "diferente dos outros, mas tem a minha identidade, que já é conhecida".[22] O crítico Marcello Santos notou que no álbum, Mercury "encontrou a fórmula com a medida exata da mistura do eletrônico com o percussivo [...] sem que nenhum deles perca o sabor original e sim ofereça novas alternativas ao se agrupar com outros elementos".[28] Liricamente, toca em temas como "amor e as contradições da vida e do cotidiano",[29] incitações à festa,[15] e a "exaltação ao Brasil da Bahia".[30] Em uma entrevista com a Folha de S.Paulo, a cantora explicou que as letras do álbum são "simples, mas que pra mim são muito bonitas e fazem com que as pessoas se identifiquem [...] Já outras músicas correm o risco de ser complicadas demais, mas acho que tem que ter esse entrave. Você não pode restringir o vocabulário de um disco".[15]
Escrita pelos músicos Jauperi e Gigi, a faixa de abertura do álbum, "Topo do Mundo", é uma balada pop.[28] Esta se inicia com fortes sons de violões que transmitem ao ouvinte a impressão de tratar-se de uma canção em formato acústico, com sua batida modificando-se para um tom dance mais cadenciado conforme progride.[28] O toque de um berimbau tocado por Ramiro Musotto agregado à frase "capoeira dim dim dim dim dom" inicia o segundo número do álbum, "Levada Brasileira", escrito por Pierre Onassis e Edilson.[27][28][12] A obra foi descrita como uma "electro-capoeira" por apresentar batidas pop somadas a batuques típicos do samba carioca e elementos eletrônicos adicionados através da programação também realizada por Musotto;[27][28] suas letras celebram a "mestiçagem" sonora da música realizada no Brasil.[12] Descrita por Mauro Ferreira do portal G1 como uma canção de letras libertárias, a terceira música "Amor de Ninguém (O Amor)" mantém o que um crítico chamou de "sincretismo musical" ao fundir samba-reggae com interpolações eletrônicas assim como nas composições anteriores.[12][28] Sua instrumentação provem de uma guitarra havaiana, flauta e naipes de metais que são gradativamente adicionados à medida que a música avança.[28] Em suas letras, a intérprete diz a pessoa amada que o amor não possui dono, como na linha, "o amor não é seu, não é meu nem de ninguém".[30] No próximo número, "Balé Popular", a voz de Mercury é entrelaçada a batuques típicos da capoeira com sons de berimbau percutido por Musotto.[12] Considerada por Ferreira a música que representa o "antropofágico espírito carnavalesco" do álbum,[12] suas letras proclamam o eterno otimismo do povo brasileiro, "A alegria / A alegria do povo é poder cantar / Espantar o mal para o amor valer / E o tambor que batuca é um toque assim é de Nazaré é de Caxixi".[30]
A balada pop "Pensar em Você" é sobre os efeitos que pensar na pessoa amada traz. Sua instrumentação é composta por um piano e um violoncelo.
"Topo do Mundo" inicia-se com sons de violão em seu instrumental. Em suas letras, a protagonista questiona o preço do afeto de seu amante e expõe os esforços que faria para tê-lo.
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Um acordeom tocado pelo músico Toninho Ferraguti permeia a quinta composição do disco, o xote "Toneladas de Amor",[28][27] cujo mote é a frase "e se ainda me quiser, eu não vou lhe decepcionar".[12][28] A guitarra presente nessa composição foi tocada por Márcio Mello, autor da música, que também participa vocalicamente da obra recitando o poema de sua autoria "Amor Santo".[12][27] Destoando sonoramente das anteriores, "Nem Tudo Funciona de Verdade" é uma faixa escrita por Tenilson Del Rey e Anderson Guimarães,[12] sendo derivada do gênero rock, com influências de MPB.[27][28] Seu arranjo vigoroso é construído com o uso de guitarras que dão o tom ao lado de violinos e violoncelos.[28] "Pensar Em Você" é uma delicada balada pop escrita por Chico César, cuja produção apresenta uma forte e simples melodia minimalista guiada por um piano elétrico tocado por Marcelo Galter, com o apoio de cordas arranjadas por Lincoln Olivetti.[12] César tinha composto o tema visando que o compatriota Roberto Carlos o gravasse. No entanto, o cantor por motivos desconhecidos não a quis, o que levou o compositor a oferecê-la a outros artistas.[23] A próxima música, "Quero Ver o Mundo Sambar", é uma composição da própria intérprete, que anteriormente havia sido gravado em seu sétimo disco de estúdio, Carnaval Eletrônico, em uma sonoridade electro-axé.[31] Aqui, alguns críticos notaram que a obra é retrabalhada numa síntese que funde elementos do samba carioca e do samba baiano,[31] com sons sutis de percussão, ao mesmo tempo em que imprime uma levada de samba funk.[31] Nas primeiras linhas, Mercury expressa seu amor pelo gênero: "o samba é meu chão, meu hino nacional, minha forma de oração, o meu carnaval", em uma das sequências finais da canção ela faz referência a outros artistas, "Caetano que é feito de bossa, de bossa / Com o ministro do samba Gil".[30]
A releitura de "Aquarela do Brasil" do compositor Ari Barroso, foi gravada como um samba de roda e é caracterizada pelo uso de palmas e incrementado com um coro de filhas de santo do candomblé do bairro do Candeal, Salvador,[23][27] que dão a "impressão de lavadeiras cantando".[32] Também possui influências sonoras de chula, no qual Santanna sentiu que traz "o Brasil para o Recôncavo e para o Nordeste [brasileiro] com os pífanos ao fundo".[32] Os vocais da cantora são acompanhados, em alguns momentos, pelo som de um berimbau, bem como de um violoncelo.[32] Outra regravação, "Meu Pai Oxalá", é um número escrito e interpretado por Toquinho e Vinicius de Moraes, sendo retrabalhado em sons eletrônicos com um forte riff de guitarra ditando o ritmo.[28] Liricamente, esta faixa é uma profunda e irradiante oração que demonstra como o sagrado consegue ter o máximo de majestade em si, enquanto em linhas como "Meu Pai Oxalá é o rei, venha me valer / o Velho Omulu, Atotô Abaluayê" ela pede a proteção dos Orixás.[30] A canção é sucedida por "Eu Queria", de autoria de Pierre Onassis, Edilson e Xel Guima.[12] Musicalmente derivada do samba-reggae, possui forte presença de bandolins.[28] Santos notou ainda elementos de música portuguesa em sua composição, na qual observou conter "a fusão de duas culturas diversas, com o fado dentro do axé".[28] "Sem Querer", a décima primeira obra do disco, é uma composição de Mercury. Em termos musicais, é um drum and bass com direito a vocais sobrepostos e um poema de sua própria autoria, num tom "altamente sofisticado".[28] Escrito por Totonho Matéria e Jô Vieira, "Olha o Gandhi Aí", traz Balé Mulato de volta ao axé e como o próprio título sugere é sobre os Filhos de Gandhy.[12][30] O posto final da lista é ocupado pelo frevo "Água do Céu",[27] escrito pela intérprete em parceria com Jorge Zarath, remetendo aos primeiros Carnavais, onde a guitarra baiana imperava.[12][28]
Crítica profissional
[editar | editar código-fonte]Críticas profissionais | |
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Avaliações da crítica | |
Fonte | Avaliação |
AllMusic | [33] |
Carnasite | [28] |
Folha de S.Paulo | [15] |
Istoé Gente | [24] |
Wilson & Alroy's Record Reviews | [34] |
Balé Mulato recebeu análises mistas por parte dos críticos especializados. Marcello Santos, resenhista do portal Carnasite, emitiu quatro estrelas totais ao produto, descrevendo-o como "na medida exata". Ele saudou o retorno musical da intérprete as suas origens e o disco por exibir "um vigor e uma atualidade em sua sonoridade que andaram meio que dispersos, ou mal aproveitados em trabalhos anteriores".[28] Hagamenon Brito do jornal Correio da Bahia criticou positivamente a obra, dizendo que ele soava como uma atualização de Feijão com Arroz (1996), e que a cantora continuava com a saudável mania de tentar conciliar mercado e qualidade.[19] O website Wilson & Alroy's Record Reviews também o comparou à Feijão com Arroz e concluiu dizendo que algumas canções "não são exatamente originais, mas já faz muito tempo que não ouvia um disco tão interessante sonoramente".[34] Rubens Lisboa, do website Infonet, avaliou positivamente Balé Mulato, considerando-o um dos melhores de sua discografia, e comentou que "em seu novo trabalho, Daniela retoma a mistura pop baiana que caracteriza a melhor fase de sua carreira, enveredando por um axé mais tradicional e básico sem, contudo, torná-lo simplista". Complementou dizendo que era "um disco feito com categoria sob medida para os amantes dos baticuns e similares", mas também observou que "como compositora, Daniela continua irregular, porém acertou ao dosar sua produção autoral".[27]
Numa análise mediana para o jornal Folha de S.Paulo, Ronaldo Evangelista deu-lhe duas estrelas de um total de quatro, escrevendo que "em Balé Mulato, a cantora não é mais do que ela mesma. Estão ali as músicas que incitam à festa, os refrões que se repetem à exaustão, as baladas no violão, as percussões que se misturam com ritmos eletrônicos, as covers de MPB e a animação e potência da sua voz". No entanto, também percebeu que "o problema é que muita coisa não funciona pelo esforço exagerado para tornar aquilo aceitável e pop. [...] Daniela Mercury e seu disco novo têm muitas qualidades, são agradáveis e devem encontrar seu público. Mas, em alguns momentos, é tudo apenas desinteressante".[15] José Flávio Júnior, da revista Istoé Gente, concedeu três estrelas ao projeto notando que Mercury "mostra ainda ter fôlego para experimentar"; contudo, sentiu que nele a artista "desiste totalmente do Brasil, assumindo nas entrelinhas que seu lugar não é mais aqui, onde perdeu espaço no mercado fonográfico e onde a crítica musical ignora seu pioneirismo e as subversões estéticas promovidas em quase 20 anos de carreira".[15] Além disso, Júnior considerou-o um disco de "repertório irregular", embora acredita-se que a faixa "Pensar em Você" apresentava potencial para "reconectar a artista com seu povo".[24] Mauro Ferreira, do G1, aclamou o trabalho e o elogiou por recuperar o "vigor discográfico" de Mercury "com uma coesão nem sempre presente em seu catálogo". Ele o definiu como seu "último grande álbum", mesmo após 15 anos de lançado.[12]
No fim de 2005, o trabalho foi eleito o quarto melhor lançamento brasileiro daquele ano por internautas da Istoé Gente.[35] Também rendeu a Mercury os troféus de Melhor Cantora Regional e Melhor Cantora por Voto Popular na 17ª cerimônia do Prêmio TIM de Música.[36][37]
Promoção
[editar | editar código-fonte]Após o lançamento de Balé Mulato, Mercury promoveu-o em várias aparições na televisão. O single "Topo do Mundo" foi apresentado ao vivo pela primeira vez em 30 de novembro de 2005 durante a participação da intérprete no programa da Rede Globo, Mais Você.[38] Ela veio a cantá-lo novamente em 2 de dezembro no Domingão do Faustão, juntamente com "Aquarela do Brasil", "Pensar em Você", "Levada Brasileira" e outras composições do álbum.[39] Na ocasião, a musicista também falou sobre do cancelamento de sua apresentação no Vaticano devido à sua posição favorável ao uso de preservativos como forma de prevenção à AIDS.[39] No dia 8, Mercury concedeu uma entrevista ao Programa do Jô, no qual conversou sobre o álbum e a polêmica do Vaticano, além de interpretar "Topo do Mundo" e seu sucesso anterior "Ilê Pérola Negra (O Canto do Negro)", faixa de seu sexto trabalho Sol da Liberdade (2000).[40]
Em fevereiro de 2006, a brasileira foi a Portugal para promover o lançamento do álbum no país, aparecendo em diversos programas da televisão portuguesa, como HermanSIC e Só Visto! da RTP, e K7 Pirata da SIC.[41] O Esporte Espetacular, exibido em 12 de fevereiro, exibiu uma matéria com a cantora que tratou sobre futebol e o conceito de seu single "Levada Brasileira", que era direcionado a Copa do Mundo FIFA de 2006.[42] Ainda no mesmo mês, três músicas do álbum, "Topo do Mundo", "Levada Brasileira" e "Pensar em Você", chegaram aos celulares da operadora TIM Brasil em truetone, formato digital para execução em telefones portáteis.[43] Em 2 de abril, retornou ao palco do Domingão do Faustão, onde recebeu discos de ouro por Balé Mulato e pelo DVD Baile Barroco e interpretou ao vivo "Levada Brasileira", "Maimbê Dandá" e "Só No Balanço do Mar".[44] Já no dia 18, Mercury executou "Levada Brasileira" durante sua participação no programa Hebe, apresentado por Hebe Camargo no SBT, que comemorava sua milésima edição.[45] Cinco dias depois, foi ao ar participação da musicista no Estrelas, onde recebeu a apresentadora Angélica em sua casa para conversarem assuntos da carreira e vida pessoal, dentre outros temas.[46] Em 8 de maio, ela apresentou-se no Domingo Legal com "Pensar em Você" e "Maimbê Dandá" e falou sobre os concertos que faria durante a Copa do Mundo na Alemanha.[47] Mercury esteve no especial de Copa do Mundo do dominical Tudo é Possível da Rede Record, exibido em 11 de junho; na atração, além de ter sido entrevistada por Eliana, deu voz a "Levada Brasileira" e outras canções de seu catálogo anterior.[48]
O trabalho foi promovido ainda através de uma turnê mundial, também intitulada Balé Mulato. Iniciada em 11 de março de 2006, no Citibank Hall, em São Paulo, e concluída dois anos depois, em 13 de novembro de 2008, no Master Hall, em Curitiba, Paraná, passando por cidades da América do Sul, África, Europa e Ásia.[49][50][51] O cenário do espetáculo, assinado pelo artista plástico Joãozito, remetia a estética barroca interagindo com imagens das favelas brasileiras emolduradas por panos de chita.[52] As coreografias traziam movimentos de danças da cultura afro-brasileira atrelados à dança contemporânea.[52] O concerto realizado em 17 de setembro de 2006, no Farol da Barra, em Salvador, foi gravado para um lançamento em CD e DVD. A apresentação gratuita fez parte das comemorações dos 60 anos do Sesc.[53] O audiovisual, intitulado Balé Mulato - Ao Vivo e dirigido por Lírio Ferreira, foi disponibilizado em novembro do mesmo ano.[54][55] Um ano depois, em 8 de novembro de 2007, o trabalho recebeu o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Regional ou de Raízes Brasileiras, o primeiro da cantora após quatro indicações frustradas.[56]
Singles
[editar | editar código-fonte]"Olha o Gandhi Aí" foi lançada como um single em 12 de janeiro de 2005, para o Carnaval, e acabou sendo adicionada à lista de faixas de Balé Mulato. A faixa foi vencedora do Troféu Band Folia, como melhor música.[57] "Topo do Mundo" foi lançada como o primeiro single oficial do trabalho em 11 de outubro de 2005.[58] Um vídeo musical acompanhante para a canção foi dirigido por Lírio Ferreira, e foi inspirado pelo Mito de Penélope. Nele, Mercury é uma costureira em um barracão de escola de samba à espera do seu amor que se encontra preso não se sabe bem o porquê. Ela trabalha em seu vestido de porta-bandeira, preparando-se para o Carnaval.[59] "Levada Brasileira" foi o segundo single oficial do disco, sendo trabalhada para o Carnaval de 2006. Com a faixa, Mercury foi novamente vencedora do Troféu Band Folia, ganhando um prêmio de melhor música pela canção.[60] "Pensar Em Você", apesar de não ter sido lançada como single, ganhou grande destaque após ser incluída na trilha sonora da telenovela Belíssima da Rede Globo.[61]
Alinhamento de faixas
[editar | editar código-fonte]Balé Mulato | ||||||||||
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N.º | Título | Compositor(es) | Duração | |||||||
1. | "Topo do Mundo" | Gigi · Jauperi | 3:06 | |||||||
2. | "Levada Brasileira" | Pierre Onassis · Edilson | 3:36 | |||||||
3. | "Amor de Ninguém (O Amor)" | Jorge Papapá | 3:54 | |||||||
4. | "Balé Popular" | Onassis · Edilson | 3:45 | |||||||
5. | "Toneladas de Amor" | Márcio Mello | 4:07 | |||||||
6. | "Nem Tudo Funciona de Verdade" | Tenison Del Rey · Gerson Guimarães | 2:52 | |||||||
7. | "Pensar Em Você" | Chico César | 3:13 | |||||||
8. | "Quero Ver o Mundo Sambar" | Daniela Mercury | 4:05 | |||||||
9. | "Aquarela do Brasil" | Ary Barroso | 4:33 | |||||||
10. | "Meu Pai Oxalá" | Toquinho · Vinícius de Moraes | 2:58 | |||||||
11. | "Eu Queria" | Onassis · Edilson · Xel Guima | 3:28 | |||||||
12. | "Sem Querer" | Mercury | 4:31 | |||||||
13. | "Olha o Gandhi Aí" | Tonho Matéria · Jô Vieira | 3:42 | |||||||
14. | "Água do Céu" | Mercury · Jorge Zarath | 3:55 | |||||||
Duração total: |
51:21 |
Créditos e pessoal
[editar | editar código-fonte]Lista-se abaixo os profissionais envolvidos na elaboração do de Balé Mulato, de acordo com o encarte dos álbum:[62]
- Locais de gravação
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- Visuais e imagem
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- Vocais
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- Produção
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- Instrumentação
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Desempenho comercial
[editar | editar código-fonte]No país natal de Mercury, o Brasil, Balé Mulato teve uma boa receptividade comercial. Em 17 de fevereiro de 2006, com apenas dois meses em que foi posto a venda, mais de 100 mil réplicas do produto já haviam sido adquiridas em todo o país, o que Vagner Fernandes do Jornal do Brasil considerou como um "ótimo número" para um período de intensa popularização da pirataria.[63] Posteriormente foi certificado com ouro pela Pro-Música Brasil (PMB) denotando vendas superiores a 50 mil cópias, sendo este o último trabalho de Mercury a alcançar algum nível de certificação na região.[10] O produto encontrou sucesso similar em Portugal, onde debutou na 12º colocação da tabela portuguesa de álbuns em sua primeira semana de lançamento no país.[64] Saltou para o número dois na atualização seguinte — onde permaneceu por uma semana — sendo barrado do topo por Ancora de Il Divo.[65] Esse foi o pico mais alto já alcançado por um álbum da artista nesse gráfico.[64] Em sua terceira semana caiu uma posição e continuou a regredir até deixar a parada no 29º posto, após dezoito semanas de permanência.[64] Foi certificado como ouro pela Associação Fonográfica Portuguesa (AFP) pelas vendas totais de 20 mil exemplares.[66]
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Certificações[editar | editar código-fonte]
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Histórico de lançamento
[editar | editar código-fonte]País | Data | Formato | Gravadora | Ref. |
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Brasil | 25 de outubro de 2005 | Download digital | EMI Brasil | [20] |
13 de novembro de 2005 | CD | [21] | ||
Portugal | 25 de outubro de 2005 | Download digital | [67] | |
Fevereiro de 2006 | CD | [68] | ||
Espanha | 25 de outubro de 2005 | Download digital | Sony BMG | [69] |
França | 29 de outubro de 2008 | CD | [70] | |
Estados Unidos | 31 de outubro de 2008 | [71] | ||
México | 12 de novembro de 2008 | CD+DVD | [72] | |
Alemanha | [73] |
- ↑ Sanches, Pedro Alexandre (6 de março de 2000). «"Trio tecno" de Daniela Mercury é vaiado». Folha de S. Paulo. Consultado em 8 de maio de 2017
- ↑ Santanna 2009, p. 285
- ↑ «Daniela Mercury foge do axé em novo álbum». Estadão. 28 de setembro de 2001. Consultado em 13 de agosto de 2016
- ↑ Santanna 2009, p. 288
- ↑ Ruiz, Silvia (22 de outubro de 2001). «Sou de Qualquer Lugar». Istoé Gente. Consultado em 18 de março de 2016
- ↑ Ferreira, Mauro (21 de abril de 2003). «MTV ao Vivo – Eletrodoméstico». Istoé Gente. Consultado em 1 de maio de 2017
- ↑ «Daniela Mercury vence batalha e lança CD eletrônico». Folha de S.Paulo. 2 de fevereiro de 2004. Consultado em 1 de maio de 2017
- ↑ «Lista dos brasileiros indicados aos prêmios Grammy Latino». Los Angeles: UOL. 14 de julho de 2004. Consultado em 27 de maio de 2017
- ↑ Sanches, Pedro Alexandre (23 de fevereiro de 2004). «Daniela Mercury abriga seu exílio na eletrônica». Folha de S. Paulo. Consultado em 7 de maio de 2017
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Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Santanna, Marilda (2009). «As Donas do Canto: O Sucesso das Estrelas-Intérpretes no Carnaval de Salvador». EDUFBA. 488 páginas. ISBN 978-85-2320-885-1
Ligações externas
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