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Arquidiocese de Campo Grande

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Arquidiocese de Campo Grande
Archidiœcesis Campi Grandis
Arquidiocese de Campo Grande
Localização
País  Brasil
Dioceses sufragâneas Corumbá (diocese-mãe)
Coxim
Dourados
Jardim
Naviraí
Três Lagoas
Estatísticas
População 1010905
643244 católicos[1]
Área 43 762 km²
Arciprestados 6
Paróquias 53[1]
Sacerdotes 137[1]
Informação
Rito Romano
Criação da diocese 15 de junho de 1957 (67 anos)
por Papa Pio XII,
pela Bula "Inter Gravíssima"
Elevação a arquidiocese 27 de novembro de 1978 (45 anos),
por Papa João Paulo II,
pela Bula "Officci Nostri"
Catedral Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Abadia e Santo Antônio
Padroeiro Nossa Senhora da Abadia
Governo da arquidiocese
Arcebispo Dimas Lara Barbosa
Arcebispo emérito Vitório Pavanello, S.D.B.
Jurisdição Arquidiocese Metropolitana
(Região Oeste 1)
Outras informações
Página oficial www.arquidiocesedecampogrande.org.br
Mapa
Mapa da área da arquidiocese
dados em catholic-hierarchy.org

A Arquidiocese de Campo Grande (em latim: Archidioecesis Campi Grandis) é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica situada em Campo Grande, no estado brasileiro de Mato Grosso do Sul.[2]

Possui 53 paróquias divididas em 6 foranias, servidas por 137 padres, abrangendo uma população de 1 010 905 habitantes, com 63,6% da dessa população jurisdicionada batizada (643 244 católicos).[3]

Atualmente 6 dioceses em todo o território de Mato Grosso do Sul fazem parte da província eclesiástica da Arquidiocese (unidade arquidiocesana desmembrada de Corumbá). Desde 2011, o arcebispo de Campo Grande é o prelado brasileiro Dom Dimas Lara Barbosa. Sua é a Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Abadia e Santo Antônio.

Apoiada pelas comunidades religiosas presentes em Campo Grande, a diocese possui uma vasta rede de serviços de assistência social e de educação. A Arquidiocese de Campo Grande tem Nossa Senhora da Abadia como santa padroeira.

A Diocese de Campo Grande foi erigida pelo Papa Pio XII em 15 de junho de 1957,[2] através da bula papal Inter Gravissima, recebendo territórios da Diocese de Corumbá e da Prelazia de Registro do Araguaia (atualmente Diocese de Guiratinga).[4] Era sufragânea da Arquidiocese de Cuiabá. A Regional Extremo Oeste se originou da Assembleia da CNBB, que foi realizada em Roma no fim do Concílio Ecumênico Vaticano II. Foi criada do desmembramento da Regional Centro-Oeste e também incluía os restantes das dioceses do estado de Mato Grosso e tinha a sua sede na cidade de Cuiabá.[5]

Em 3 de janeiro de 1978 foi desmembrada para dar origem às dioceses de Coxim e Três Lagoas. Foi elevada a arquidiocese em 27 de novembro de 1978 pelo Papa João Paulo II,[2] através da bula Officci Nostri.[6]

Para ter um melhor funcionamento, foi decidida pela Presidência do CNBB a transferência de sua sede em 8 de junho de 1971 para a cidade de Campo Grande (atual capital de Mato Grosso do Sul). A Regional Oeste se originou da reunião da 25ª Assembleia Geral da CNBB que ocorreu entre 21 de abril e 1 de maio de 1987 e foi determinado ali a divisão da Regional Extremo-Oeste em Regional Oeste 1 (com sede em Campo Grande) e 2 (com sede em Cuiabá), por causa da extensão territorial do antigo Mato Grosso e também de sua divisão política. Sua primeira Assembleia foi realizada entre 6 e 9 de novembro de 1987 e presidida por Dom Onofre Cândido Rosa, na época bispo da Diocese de Jardim. Manteve-se a sequência de numeração anterior de assembleias, sendo essa a 26ª Assembleia.[5]

Faz parte das Regionais Oeste 1 e 2:

  • Seminário Maior Regional Maria Mãe da Igreja: inaugurado em 20 de abril de 1986
  • Instituto Filosófico e Teológico do Oeste 1 e 2 (ITEO): fundado em 31.07.1973, com o curso de filosofia iniciado em março de 1974 e o de teologia em março de 1977 em instalações provisórias; em 19 de março de 1990 ganhou instalações próprias e na mesma época foi assinado o termo de afiliação à Pontifícia Faculdade de Nossa Senhora da Assunção-SP
  • Tribunal Eclesiástico: começou a funcionar em março de 1990, cuja jurisdição compreende as Dioceses dos Regionais Oeste 1 e 2
  • Curso de Atualização Religiosa e Teológica (CART): começou a funcionar em 1973, destinado exclusivamente para Padres, Religiosos e Religiosas e a partir de 1980 foi aberto aos leigos engajados nas pastorais e movimentos e professores de ensino religioso.
  • Conferência dos Religiosos (CRB-Regional Campo Grande): que funcionou na sede do Regional desde 1971 até o ano de 1997, quando adquiriu sede própria (09.02.1998).
  • Missão Franciscana da 1ª Ordem de São Francisco: doou para a CNBB o Imóvel, tanto o terreno e o prédio, local em que funciona a sede do regional desde 1971. Rua Abílio Barbosa, 169, Bairro São Francisco.

A Regional Oeste 1 é representado pela Província Eclesiástica de Campo Grande e é integrada por seis dioceses: Campo Grande, Corumbá, Dourados, Coxim, Jardim e Três Lagoas.

O território é subdividido em 50 paróquias e 1 quase-paróquia pessoal, agrupadas em 7 foranias, conforme sua localização geográfica: Forania Centro, Forania Norte, Forania Sul, Forania Oeste, Forania Leste, Forania Sudeste e Forania Rural.[7] Segue:

Arcebispos e Bispos

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Responsáveis pela arquidiocese:[2]

Nome Período Notas
Arcebispos
Dimas Lara Barbosa 2011- Atual
Vitório Pavanello, S.D.B. 1986-2011 atual Arcebispo emérito
Antônio Barbosa, S.D.B. 1978-1986
Arcebispo-coadjutor
Vitório Pavanello, S.D.B. 1984-1986
Bispos
Antônio Barbosa, S.D.B. 1958-1978
Bispos-auxiliares
Janusz Marian Danecki, O.F.M.Conv. 2015-2024 Faleceu
Eduardo Pinheiro da Silva, S.D.B. 2005-2015 Nomeado bispo de Jaboticabal

Anualmente, a arquidiocese organiza 4 grandes e tradicionais procissões anuais:

  • a Festa de Santo Reis, realizada em janeiro, pertence às comemorações natalinas e é comemorada em Janeiro, mês em que os Reis Magos chegaram a Belém para visitar Jesus. Cada Folia é composta por foliões. Em Campo Grande essa folia é feita geralmente em bairros, pois guarda características culturais das zonas rurais e do interior.
  • a Festa de São Benedito, realizada na primeira semana de maio, São Benedito, santo protetor dos negros, é homenageado com uma semana de terço. No sábado acontece uma festa e, no domingo, um churrasco comunitário. A festa se tornou uma das mais tradicionais de Campo Grande. Desde 1905, os devotos do santo e descendentes da Tia Eva reúnem-se para a realização de eventos culturais, bailes, degustação de comidas típicas, leilões e jogos de quermesse, rezas e espetáculo com fogos de artifício.
  • o Arraial de Santo Antônio, realizado no dia 13 de junho, em homenagem ao padroeiro de Campo Grande (Santo Antônio). São montadas mais de cem barracas no local (de brincadeiras, comidas, artesanato, entre outros), sendo grande parte organizada por entidades assistenciais. Também há concurso de quadrilhas, fogueira de 100 metros de altura e shows musicais de artistas regionais e nacionais.
  • a Festa de Nossa Senhora do Caacupé, realizado no dia 8 de Dezembro. Nossa Senhora do Caacupé foi trazida da cultura religiosa paraguaia - "Virgencita de Caacupé" - e recebe homenagens durante missas e rezas seguidas de almoços, jantares à base de pratos usuais da cozinha paraguaia e bailes. A principal manifestação desta festa acontece entre os membros da Associação da Colônia Paraguaia, embora existam cultos particulares reunindo familiares distribuídos por diversos bairros da cidade.

Estas procissões são as mais importantes expressões públicas de piedade popular local, sendo participadas por várias centenas de católicos devotos.

Referências
  1. a b c GCatholic, dados de 2022
  2. a b c d Cheney, David M. (2019). «Diocese of Campo Grande». The Hierarchy of the Catholic Church. Consultado em 16 de julho de 2019. Cópia arquivada em 16 de abril de 2019 
  3. Dados atualizados no Catholic Hierarchy
  4. «Bula Inter Gravissima» (em latim). AAS L (1958), págs. 57-60 
  5. a b «História do Regional». CNBB Regional Oeste 2 
  6. «Bula Officci Nostri» (PDF) (em latim). AAS LXXI (1979), págs. 8-9 
  7. «Lista de Paróquias da Arquidiocese de Campo Grande» 

Ligações externas

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