Agaricus
Agaricus | |||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Classificação científica | |||||||||||||
| |||||||||||||
Espécies | |||||||||||||
Lista de espécies do gênero Agaricus | |||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||
|
Agaricus é um grande e importante gênero de cogumelos, contendo tanto espécies comestíveis como venenosas, possivelmente com mais de 300 membros em todo o mundo.[1][2] O gênero inclui o cogumelo comum ("botão" ou champignon de Paris, Agaricus bisporus) e o cogumelo do campo (Agaricus campestris), que é o cultivo dominante de cogumelos no Ocidente.
As espécies de Agaricus apresentam geralmente frutificações carnosas, maioritariamente de tamanho médio a grande; o chapéu é hemisférico inicialmente, depois convexo e finalmente mais ou menos aplanado ou ligeiramente deprimido, de cor esbraquecida ou parda. O pé é cilíndrico e tanto regular como engrossado ou atenuado para a base; sempre porta um anel, mais ou menos desenvolvido, que pode ser persistente ou caduco e se separa com facilidade da carne do chapéu.
Filogenética
[editar | editar código-fonte]O uso da análise filogenética para determinar as relações evolutivas entre as espécies do gênero Agaricus tem aumentado o conhecimento deste gênero taxonomicamente confuso, apesar de que muito trabalho ainda precise ser feito para delinear a relações infragenéricas. Antes dessa s análises, o gênero, circunscrito por Rolf Singer (1986), era dividido em 42 espécies agrupadas em cinco seções baseadas nas reações do tecido fúngico com o ar ou outros reagentes químicos, assim como diferenças na morfologia.[3] Análises de polimorfismo de longitude de fragmentos de restrição demonstraram que este esquema classificatória precisa de revisão.[4]
Seções
[editar | editar código-fonte]O gênero é dividido em várias seções:
- Seção Agaricus
- Seção Arvense Konrad & Maubl.
- Contêm 19 espécies em seis subgrupos similares ao A. arvensis, e com ciclo de vida heterotálico.[5]
- Seção Xanthodermatei Singer.
- Definido por Singer em 1948, esta seção inclui espécies com várias características similares a espécie-tipo A. xanthodermus.[6] A seção forma um único clado baseado em análise de ITS1+2.[7]
- Seção Chitonioides Romagn.
- Seção Sanguinoletti (Jul. Schaff. & F. H. Möller) Singer.
- Seção Spissicaules (Hainem.) Kerrigan
- Seção Duploannulatae Wasser ex Wasser
- Baseada em análises de sequências de DNA, a seção Duploannulatae (também conhecida como Hortenses) pode ser dividida em seis clados distintos, cinco dos quais correspondem a espécies bem definida do hemisfério norte: A. bisporus, A. subfloccosus, A. bitorquis, A. vaporarius e A. cupressicola. O sexto clado compreende o complexo de espécies A. devoniensis.[8]
Espécies
[editar | editar código-fonte]- ↑ Bas C. (1991). A short introduction to the ecology, taxonomy and nomenclature of the genus Agaricus, 21-24. In L.J.L.D. Van Griensven (ed.), Genetics and breeding of Agaricus. Pudoc, Wageningen, Países Baixos.
- ↑ Capelli A. (1984). Agaricus. L.: Fr. (Psalliota Fr.). Liberia editrice Bella Giovanna, Saronno, Itália.
- ↑ Singer, Rolf (1987). Agaricales in Modern Taxonomy. [S.l.]: Lubrecht & Cramer Ltd. ISBN 3-7682-0143-0
- ↑ Bunyard BA, Nicholson MS, Royse DJ (1996). «Phylogeny of the genus Agaricus inferred from restriction analysis of enzymatically amplified ribosomal DNA». Fungal Genet Biol. 20 (4): 243–53. doi:10.1006/fgbi.1996.0039
- ↑ Calvo-Bado L, Noble R, Challen M, Dobrovin-Pennington A, Elliott T (2000). «Sexuality and genetic identity in the Agaricus section Arvenses». Appl. Environ. Microbiol. 66 (2): 728–34. doi:10.1128/AEM.66.2.728-734.2000
- ↑ Singer R. (1948). Diagnoses Fungorum Novorum Agaricalium. Sydowia 2: 26–42.
- ↑ Kerrigan RW, Callac P, Guinberteau J, Challen MP, Parra LA (2005). «Agaricus section Xanthodermatei: a phylogenetic reconstruction with commentary on taxa». Mycologia. 97 (6): 1292–315. doi:10.3852/mycologia.97.6.1292
- ↑ Challen, M.P.; Kerrigan, R.W.; Callac, P. (2003). «A phylogenetic reconstruction and emendation of Agaricus section Duploannulatae». Mycologia. 95 (1): 61-73