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Amicacina

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Amicacina
Alerta sobre risco à saúde
Nome IUPAC 6-O-(3-amino-3-desoxi-alfa-D-glucopiranosil)-4-O-(6-amino-6-

desoxi-alfa-D-glucopiranosil)-N[-[(2S)-4-amino-2- -hidroxibutanoil]-2-desoxi-D-estreptamina.

Identificadores
Número CAS 37517-28-5
Propriedades
Fórmula química C22H43N5O13
Massa molar 585.53 g mol-1
Aparência Pó branco ou quase branco[1]
Solubilidade em água Ligeiramente solúvel na água[1]
Solubilidade Pouco solúvel no metanol, praticamente insolúvel na acetona e no álcool.[1]
Farmacologia
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

A amicacina é um fármaco antibiótico da classe dos aminoglicosídeos. Tem maior atuação sobre bactérias gram-negativas e é bactericida. Pode produzir oto e nefroxidade.[2]

Quimicamente, é um derivado semi-sintético da canamicina.[2]

Indicações terapêuticas

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Estudos clínicos demonstraram que a injeção de sulfato de amicacina é eficaz na septicemia bacteriana (incluindo sepse neonatal); em infecções graves do trato respiratório, ossos e articulações, sistema nervoso central (incluindo meningite) e pele e tecidos moles; infecções intra-abdominais (incluindo peritonite); e em queimaduras e infecções pós-operatórias (incluindo cirurgia pós-vascular). Estudos clínicos demonstraram que a amicacina também é eficaz em infecções graves complicadas e recorrentes do trato urinário causadas por esses organismos. Os aminoglicosídeos, incluindo a injeção de sulfato de amicacina, não são indicados em episódios iniciais não complicados de infecções do trato urinário, a menos que os organismos causadores não sejam suscetíveis a antibióticos com menor toxicidade potencial.[3]

Efeitos colaterais

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Todos os aminoglicosídeos têm o potencial de induzir toxicidade auditiva, vestibular e renal e bloqueio neuromuscular. Ocorrem com maior frequência em pacientes com história corrente ou pregressa de insuficiência renal, de tratamento com outras drogas ototóxicas ou nefrotóxicas e em pacientes tratados por períodos mais longos e/ou com doses superiores às recomendadas.[3]

Neurotoxicidade, nefrotoxicidade e/ou ototoxicidade pode acometer de 1 à 10% dos pacientes tratados com amicacina.[4] Os demais efeitos colaterais (menos de 1%) são: hipotensão, dor de cabeça, febre medicamentosa, erupção cutânea, náusea, vômito, eosinofilia, parestesia, tremor, artralgia, fraqueza e reação alérgica.[4]

Neurotoxicidade-Ototoxicidade

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Os efeitos tóxicos no oitavo nervo craniano podem resultar em perda de audição, perda de equilíbrio ou ambos. A amicacina afeta principalmente a função auditiva. O dano coclear inclui surdez de alta frequência e geralmente ocorre antes que a perda auditiva clínica possa ser detectada.[3][5]

Neurotoxicidade-bloqueio neuromuscular

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Paralisia muscular aguda e apnéia podem ocorrer após o tratamento com medicamentos aminoglicosídeos.[3]

Nefrotoxicidade

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Elevação da creatinina sérica, albuminúria, presença de glóbulos vermelhos e brancos, cilindros, azotemia e oligúria foram relatados. As alterações da função renal geralmente são reversíveis quando o medicamento é descontinuado. Como seria de se esperar com qualquer aminoglicosídeo, notificações de nefropatia tóxica e insuficiência renal aguda foram recebidas durante a vigilância pós-comercialização.[3]

Interações medicamentosas

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Diuréticos de alça (intravenoso) podem resultar em aumento da ototoxicidade.

  1. a b c Farmacopeia Portuguesa VII
  2. a b Diagnóstico e tratamento. pag. 1592
  3. a b c d e «Amikin (Amikacin): Uses, Dosage, Side Effects, Interactions, Warning». RxList (em inglês). Consultado em 2 de fevereiro de 2021 
  4. a b «Amikacin dosing, indications, interactions, adverse effects, and more». reference.medscape.com. Consultado em 3 de fevereiro de 2021 
  5. Black, R. E.; Lau, W. K.; Weinstein, R. J.; Young, L. S.; Hewitt, W. L. (1 de junho de 1976). «Ototoxicity of Amikacin». Antimicrobial Agents and Chemotherapy (em inglês) (6): 956–961. ISSN 0066-4804. PMC 429657Acessível livremente. PMID 938024. doi:10.1128/AAC.9.6.956. Consultado em 4 de fevereiro de 2021 


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