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Amara Moira

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Amara Moira
Nascimento 26 de fevereiro de 1985 (39 anos)
Campinas, São Paulo, Brasil
Residência São Paulo, São Paulo
Alma mater Universidade Estadual de Campinas
Ocupação

Amara Moira (Campinas, 26 de fevereiro de 1985) é uma escritora, professora de literatura e ativista brasileira.[2] Moira é doutora em teoria literária pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)[1] e tornou-se a primeira mulher trans a obter o título pela referida universidade usando seu nome social.[2]

Seu nome é inspirado na Odisseia de Homero, em que as moiras eram videntes que previam um destino amargo para Ulisses [3]. Portanto, seu nome significaria "destino amargo".

Ativismo e produção literária

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Durante seu doutorado na UNICAMP sobre a produção literária de James Joyce, iniciou seu processo de transição de gênero. Tinha, então, 29 anos de idade [4]. Na sequência, iniciou sua atividade como prostituta e como escritora de um blog, onde relatava suas experiências e a de outras colegas na profissão. Tal período foi inspiração para a escrita posterior de seu livro, E se eu fosse puta, lançado em 2016[5]. Atualmente, não trabalha mais como profissional do sexo, mas é uma defensora da regulamentação da prostituição no Brasil[6]. Além disso, Amara acredita que a literatura é fonte de transformação social[7][8].

  • 2016 – E se eu fosse puta – Hoo Editora [7] ISBN 9788593911224
  • 2017 – Vidas trans: a coragem de existir – em co-autoria com João W. Nery, Márcia Rocha e T. Brant, prefaciado por Laerte Coutinho e Jaqueline Gomes de Jesus. [9] Editora Alto Astral
  • 2021 – Neca + 20 poemetos travessos – Editora O Sexo da Palavra
  • 2022 – Y si yo fuera puta – Editorial Mandacaru (tradução para o espanhol: Lucía Tennina, Penélope Serafina Chaves Bruera e Amara Moira) ISBN 9789874767158

Participações em antologias

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  • 2019 – A resistência dos vagalumes – participação com o conto Neca, Editora Nós ISBN 9788569020462
  • 2021 – Partes de uma casa – Coletânea de contos organizada por Rafaela Pechansky, com prefácio de Itamar Vieira Júnior – participação com o conto Luan Ângelo, TAG Experiências Literárias ISBN 9786588526033

Ligações externas

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Referências
  1. a b c «'Nos tratam como se a gente fosse um bicho exótico', diz escritora trans». Folha de S. Paulo. 23 de fevereiro de 2021 
  2. a b «A travesti com o poder da palavra que virou doutora». HuffPost Brasil. 12 de março de 2018. Consultado em 8 de março de 2019 
  3. «Uma conversa com Amara Moira, travesti e escritora que milita pela descriminalização da prostituição». Sul 21. 14 de maio de 2017. Consultado em 8 de março de 2019 
  4. «Mulher de pênis». www.uol. Consultado em 8 de março de 2019 
  5. Faria, Celso (3 de agosto de 2021). «Entrevista com a escritora Amara Moira, autora de Neca». e-Urbanidade – Canal de Notícias Culturais. Consultado em 27 de novembro de 2022 
  6. Cetrone, Camila (1 de julho de 2021). «"Quero que a prostituição seja tema presente na minha obra", diz Amara Moira». iG. Consultado em 27 de novembro de 2022 
  7. a b «Amara Moira, travesti e estudiosa de James Joyce, lança livro de memórias sobre prostituição - Cultura». Estadão. Consultado em 8 de março de 2019 
  8. «Amara Moira e Ricardo Lísias arrancam aplausos e gargalhadas ao falar de autoficção na Flip». O Globo. Consultado em 27 de novembro de 2022 
  9. Glioche, Reinaldo (5 de julho de 2017). «Vidas Trans - A Coragem de Existir é uma aula de humanidade - Cultura - iG». Gente. Consultado em 8 de março de 2019 
  10. Moira, Amara (2020). «'Fizera-se Mulher': Cassandra Rios, Visionária Maldita». Cadernos de Literatura Comparada (43): 11–19. ISSN 1645-1112. doi:10.21747/21832242/litcomp43a1. Consultado em 27 de novembro de 2022