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A Vida Provisória

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Vida Provisória
 Brasil
1968 •  pb •  88 min 
Género drama
Direção Maurício Gomes Leite
Produção Maurício Gomes Leite
Roteiro Maurício Gomes Leite
Elenco Paulo José
Dina Sfat
Joana Fomm
Mário Lago
Cinematografia Fernando Duarte
Distribuição Brasil Difilm - Distribuição e Produção de Filmes Brasileiros Ltda
Idioma português

A Vida Provisória é um filme brasileiro de drama de 1968 dirigido por Maurício Gomes Leite.[1] É o único filme não ficcional de Maurício que também é crítico de cinema.[2]

Em 1969 Maurício Gomes foi citado em texto de Jairo Ferreira pronunciando a seguinte frase: "Espero que A Vida Provisória seja recebido – e entendido – como uma dupla manifestação que envolve o ‘eu’ e o ‘nós’. O que há de pessoal no filme é marcadamente coletivo. E o que há de coletivo é extremamente pessoal."[3]

Filmes cujo conteúdo condenava o status quo eram alvo da censura do período militar. A Vida Provisória foi exibido com cortes no Festival de Brasília. Na foto artistas protestam contra a Ditadura Militar.[4]

O filme foi gravado em 1968 e as longas conversas entre Estevão (Paulo José) e Paola (Dina Sfat) no apartamento dela apontam para a ebulição que ocorria no mundo.[3] A Vida Provisória foi exibido no Festival de Brasília com cortes feitos pela censura.[5] No Brasil, no dia 21 de junho, aconteceu a Sexta-feira sangrenta , o estopim para que a Passeata dos Cem Mil acontecesse cinco dias depois. Em Dezembro de 1968 foi instituído o Ato Institucional n° 5 (AI-5).[6]

Mário Lago interpretou o general Passos em Vida Provisória.

Um jornalista mineiro (Paulo José), radicado no Rio de Janeiro, segue para Brasília para cobrir pronunciamento sob a entrega do controle de jazidas de Minas Gerais a empresas estrangeiras. Aproveitando a viagem deverá levar a um político documentos que lhe foram entregues por general Passos (Mário Lago) e que apontam a corrupção política na negociação das jazidas.[3] Do Rio a Belo Horizonte, recorda dois amores: Paola (Dina Sfat) e Lívia (Joana Fomm). Em Brasília não consegue fazer chegar os documentos a seu destino, sendo oprimido por forças do governo.[7]

Paulo José interpretou Estevão.
Ator/Atriz Papel
Paulo José Estevão
Dina Sfat Paola
Joana Fomm Lívia
Mário Lago General Passos
Ferreira Gullar Jornalista Augusto
Hugo Carvana Deputado Pedro Inácio
Paulo César Pereio Paulo César
Clementino Kelé Embaixador africano
José Lewgoy Homem de capa
Renata Sorrah Atriz do Filme B
Carlos Heitor Cony Assassino
José Wilker Assassino
Lúcia Milanez Ângela
Guará Rodrigues Ator do Filme B

Festival de Brasília

  • Prêmio Candango de Melhor Atriz Coadjuvante para Joana Fomm.

Prêmio Governador do Estado de São Paulo

  • Melhor argumento para Maurício Gomes Leite.[1]
Referências
  1. a b «A Vida Provisória». Cinemateca Brasileira. Consultado em 25 de dezembro de 2018 
  2. «'A vida provisória': política, militância e jornalismo em tempos de repressão». Escotilha. 8 de abril de 2018. Consultado em 10 de setembro de 2020 
  3. a b c «A Vida Provisória: Notas do subsolo – Calvero». Consultado em 14 de setembro de 2020 
  4. «Censura no Brasil». querepublicaeessa.an.gov.br. Consultado em 14 de setembro de 2020 
  5. «A vida provisória». Instituto Moreira Salles. Consultado em 14 de setembro de 2020 
  6. «Memorial da Democracia - 28 pessoas morrem na Sexta-Feira Sangrenta». Memorial da Democracia. Consultado em 14 de setembro de 2020 
  7. «FILMOGRAFIA - A VIDA PROVISÓRIA». bases.cinemateca.gov.br. Consultado em 14 de setembro de 2020 
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