A Vida Provisória
A Vida Provisória | |
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Brasil 1968 • pb • 88 min | |
Género | drama |
Direção | Maurício Gomes Leite |
Produção | Maurício Gomes Leite |
Roteiro | Maurício Gomes Leite |
Elenco | Paulo José Dina Sfat Joana Fomm Mário Lago |
Cinematografia | Fernando Duarte |
Distribuição | Difilm - Distribuição e Produção de Filmes Brasileiros Ltda |
Idioma | português |
A Vida Provisória é um filme brasileiro de drama de 1968 dirigido por Maurício Gomes Leite.[1] É o único filme não ficcional de Maurício que também é crítico de cinema.[2]
Em 1969 Maurício Gomes foi citado em texto de Jairo Ferreira pronunciando a seguinte frase: "Espero que A Vida Provisória seja recebido – e entendido – como uma dupla manifestação que envolve o ‘eu’ e o ‘nós’. O que há de pessoal no filme é marcadamente coletivo. E o que há de coletivo é extremamente pessoal."[3]
O filme foi gravado em 1968 e as longas conversas entre Estevão (Paulo José) e Paola (Dina Sfat) no apartamento dela apontam para a ebulição que ocorria no mundo.[3] A Vida Provisória foi exibido no Festival de Brasília com cortes feitos pela censura.[5] No Brasil, no dia 21 de junho, aconteceu a Sexta-feira sangrenta , o estopim para que a Passeata dos Cem Mil acontecesse cinco dias depois. Em Dezembro de 1968 foi instituído o Ato Institucional n° 5 (AI-5).[6]
Sinopse
[editar | editar código-fonte]Um jornalista mineiro (Paulo José), radicado no Rio de Janeiro, segue para Brasília para cobrir pronunciamento sob a entrega do controle de jazidas de Minas Gerais a empresas estrangeiras. Aproveitando a viagem deverá levar a um político documentos que lhe foram entregues por general Passos (Mário Lago) e que apontam a corrupção política na negociação das jazidas.[3] Do Rio a Belo Horizonte, recorda dois amores: Paola (Dina Sfat) e Lívia (Joana Fomm). Em Brasília não consegue fazer chegar os documentos a seu destino, sendo oprimido por forças do governo.[7]
Elenco
[editar | editar código-fonte]Ator/Atriz | Papel |
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Paulo José | Estevão |
Dina Sfat | Paola |
Joana Fomm | Lívia |
Mário Lago | General Passos |
Ferreira Gullar | Jornalista Augusto |
Hugo Carvana | Deputado Pedro Inácio |
Paulo César Pereio | Paulo César |
Clementino Kelé | Embaixador africano |
José Lewgoy | Homem de capa |
Renata Sorrah | Atriz do Filme B |
Carlos Heitor Cony | Assassino |
José Wilker | Assassino |
Lúcia Milanez | Ângela |
Guará Rodrigues | Ator do Filme B |
Prêmios
[editar | editar código-fonte]- Prêmio Candango de Melhor Atriz Coadjuvante para Joana Fomm.
Prêmio Governador do Estado de São Paulo
- Melhor argumento para Maurício Gomes Leite.[1]
- ↑ a b «A Vida Provisória». Cinemateca Brasileira. Consultado em 25 de dezembro de 2018
- ↑ «'A vida provisória': política, militância e jornalismo em tempos de repressão». Escotilha. 8 de abril de 2018. Consultado em 10 de setembro de 2020
- ↑ a b c «A Vida Provisória: Notas do subsolo – Calvero». Consultado em 14 de setembro de 2020
- ↑ «Censura no Brasil». querepublicaeessa.an.gov.br. Consultado em 14 de setembro de 2020
- ↑ «A vida provisória». Instituto Moreira Salles. Consultado em 14 de setembro de 2020
- ↑ «Memorial da Democracia - 28 pessoas morrem na Sexta-Feira Sangrenta». Memorial da Democracia. Consultado em 14 de setembro de 2020
- ↑ «FILMOGRAFIA - A VIDA PROVISÓRIA». bases.cinemateca.gov.br. Consultado em 14 de setembro de 2020