Nothing Special   »   [go: up one dir, main page]

Saltar para o conteúdo

Chapada Diamantina

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Chapada Diamantina
chapada
Trilhas Rio entre paredões Turismo na natureza
Pico do Itobira Quilombolas de Rio de Contas Cachoeira do Buracâo
Pico da Serra das Almas Igreja de Pedra
Morrão
Gruta da Pratinha Arte rupestre Cachoeira da Fumacinha
Panorama da "Chapada Velha"
Pantanal de Marimbus Lençóis Rio Brumado
Bahia Amostras da vastidão da Chapada Diamantina Bahia
País Brasil
Cidades Abaíra • Andaraí • Barra da Estiva • Barra do Mendes • Boninal • Bonito • Brotas de Macaúbas • Érico Cardoso • Ibicoara • Ibitiara • Iramaia • Iraquara • Itaetê • Jacobina • Jussiape • Lençóis • Marcionílio Souza • Morro do Chapéu • Mucugê • Nova Redenção • Novo Horizonte • Palmeiras • Paramirim • Piatã • Rio de Contas • Rio do Pires • Ruy Barbosa • Seabra • Souto Soares • Tapiramutá • Utinga • Wagner[nota 1]
Mapa
Localização da Chapada Diamantina na Bahia
Coordenadas 12° 52′ 49″ S, 41° 22′ 20″ O

A Chapada Diamantina é uma região de serras, situada no centro do estado brasileiro da Bahia, parte de uma vasta cordilheira conhecida por Cadeia do Espinhaço[nota 2] "(...) é um extenso planalto (38 000 km²), que corresponde a 15% do Estado da Bahia"[2][nota 3] Nela nascem quase todos os rios das bacias do Paraguaçu, do Jacuípe e do Rio de Contas. Ali estão as maiores altitudes da Região Nordeste do Brasil: o Pico do Barbado, com 2 033 metros, Pico do Itobira e o Pico das Almas.[3][4] A formação geográfica faz parte do conjunto de serras e planaltos do Leste e do Sudeste do relevo brasileiro e constitui-se como prolongamento da Serra do Espinhaço, portanto, é um escudo cristalino formado no Pré-Cambriano.[5][6] Em suas variadas paisagens, com ecossistemas que incluem a caatinga, cerrado, campos rupestres e até ilhas de mata atlântica, existem diversas áreas de proteção ambiental nas três esferas administrativas - federal, estadual e municipal, tais como o Parque Nacional da Chapada Diamantina, o Parque Estadual do Morro do Chapéu ou a Área de Proteção Ambiental Marimbus-Iraquara.

A vegetação é exuberante, composta de espécies da caatinga semiárida e da flora serrana, com destaque para as bromélias, orquídeas e sempre-vivas. Sua população total estimada em 2014 era de 395 620 habitantes. Sendo Seabra, Morro do Chapéu e Iraquara as três cidades mais populosas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).[7][8][9] "A Chapada Diamantina é uma vasta extensão de terras com características geográficas, sociais, econômicas, culturais e dialetais diferenciadas do restante do estado da Bahia. Como descreve Seabra (2017, p. 9) “[...] desponta como um conjunto de terras elevadas que parte do coração da Bahia até alcançar o norte de Minas Gerais. Na Bahia, a região montanhosa se estende por 41.994 km2 [...]”, o equivalente, por sua extensão territorial, a muitos países da Europa." (citado na obra: "O país do garimpo e sua sócio-história").[10]

A partir de 2015 o governo do estado efetuou a subdivisão administrativa do território baiano em vários "Territórios de Identidade" (TI) dando a um deles o nome de Território de Identidade Chapada Diamantina e integrado por vinte e quatro dos municípios localizados na região central; além dela há o TI do Piemonte da Chapada Diamantina. Paralelamente a esta divisão existe ainda, independente daquela, a divisão do território em treze "zonas turísticas", sendo a Zona Turística da Chapada Diamantina uma delas.

A região apresenta características históricas e culturais peculiares, com repercussão no vocabulário, manifestações religiosas e sociais próprias. Ali nasceram alguns expoentes nacionais como Milton Santos, Abílio César Borges, Afrânio Peixoto, Moraes Moreira, entre outros. Nos últimos anos a Chapada vem produzindo alguns dos melhores cafés brasileiros, e sua economia vem se diversificando além do turismo.

Período pré-colonial e povos indígenas

[editar | editar código-fonte]

Durante a última glaciação, há cerca de 24 mil anos, a Chapada tinha maior umidade e clima mais ameno, sendo então habitada por seres da megafauna, cujos restos foram encontrados em alguns trechos de sua área, e que atestam que a configuração do terreno já era similar à que atualmente se vê.[11] A localização de mais de quatro mil ossos, dos quais um exemplar de megatério completo, na gruta do Poço Azul inspirou a realização de um premiado documentário intitulado O Brasil da Pré-História: o mistério do Poço Azul, em 2007, exibido em mais de cinquenta países antes de sua estreia na televisão brasileira.[12]

A presença humana na Chapada Diamantina remonta a 12 mil anos atrás, conforme atestam artefatos como fósseis e pinturas rupestres encontrados em sítios arqueológicos.[13][14][15] Quando da chegada dos colonizadores, a Chapada Diamantina era habitada por povos indígenas pertencentes ao tronco macro-jê, genericamente apelidados de tapuias, sobretudo os cariris. Essas populações praticavam o extrativismo dos frutos locais (como o umbu), caça, pesca e cultivos de plantas como o amendoim, macaxeira e batata-doce, num estilo de vida nômade ou seminômade. Com a colonização da Chapada, os indígenas sofreram intenso combate na chamada "guerra de conquista" do território, sendo tratados como bárbaros, e foram perseguidos, catequisados, forçados ao aldeamento e vítimas de outras formas de assimilação ou aniquilação, para darem lugar aos empreendimentos levados a cabo no processo de expansão lusitana do território, como a instalação de fazendas, currais, garimpos, etc. Muitos dos indígenas da Chapada foram aculturados. Dentre os remanescentes dos primeiros habitantes dessa região da Bahia, está uma aldeia dos paiaiás, um ramo dos cariris, localizada entre os municípios de Utinga e Morro do Chapéu.[16]

Sítios arqueológicos

[editar | editar código-fonte]
Arte rupestre da Serra das Paridas.

O primeiro estudioso que registrou gravuras rupestres na região foi o pesquisador espanhol radicado na Bahia Valentín Calderón, localizando nas décadas de 1960 e 1970 figuras que qualificou como de feição "geométrica ou muito primitiva. Encontramo-la (...) em diversos pontos da Chapada, especialmente nos sopés desta, perto da estrada que vai de Irecê ao Morro do Chapéu".[13]

O sitio da Serra das Paridas (Lençóis) e a Lapa do Sol (Iraquara), são dois dos pontos com inscrições rupestres que podem ser visitados por turistas.[13] Em 2016 a emissora pública alemã Zweites Deutsches Fernsehen, com assessoramento científico da Universidade Federal da Bahia, realizou na Chapada várias filmagens para uma série documental chamada Terra X intitulada “Os primeiros americanos”, com a participação de Carlos Etchevarne, visitando os Complexos Arqueológicos Serra das Paridas, em Lençóis, e Lagoa da Velha, em Morro do Chapéu.[17]

Início da colonização

[editar | editar código-fonte]

A primeira expedição a alcançar a Chapada Diamantina teria sido a do fidalgo português Vasco Rodrigues Caldas em 1560, que solicitara ao governador-geral Mem de Sá autorização para penetrar nos sertões nos moldes da anteriormente realizada por Francisco Bruza Espinosa e, partindo pelo rio Paraguaçu, foi possivelmente o primeiro colonizador europeu a atingir a Chapada, na região dos atuais municípios de Itaetê, Nova Redenção e Andaraí.[18] Em carta do padre Manuel da Nóbrega, este teria registrado que ele "destruiu aldeias, massacrou e trouxe muitos cativos para Salvador" e, noutra expedição dois anos depois, em informe do padre Leonardo Valle, teria retrocedido ante a resistência dos tupinaés.[19]

A região da Chapada Diamantina começou a ser povoada no século XVII, com a pecuária associada à Casa da Ponte de Antônio Guedes de Brito.[20] Ao longo da segunda metade do século XVII e início do XVIII, bandeirantes paulistas e sertanistas baianos desbravaram a Chapada Diamantina, à procura de pedras preciosas, empreendendo a então chamada “guerra justa” contra indígenas hostis e procura por possíveis quilombos. Nesse contexto, em meados do século XVII, foram descobertas as jazidas de ouro em Jacobina, o que trouxe para essa área um grande número de portugueses e paulistas.[21][22][23]

A colonização do sertão não foi pacífica, nem as entradas e bandeiras em busca de ouro e pedras preciosas tiveram facilidades, e Urbino Vianna registrou a seguinte frase do historiador Oliveira Vianna: "cada curral avançado no deserto é uma vendeta contra a selvageria. Cada sesmaria, um futuro campo de luta. Cada engenho uma fortaleza improvisada".[24]

Ciclo do ouro

[editar | editar código-fonte]

Em 1710, bandeirantes paulistas descobriram jazidas de ouro no atual município de Rio de Contas, o que trouxe para essa área um grande número de portugueses, paulistas, mineiros, baianos e pernambucanos ávidos por riqueza, além de escravizados para trabalhar nas jazidas. Por volta de 1710, surgiu o povoado mais antigo da região, Mato Grosso.[25][26][27]

A descoberta de ouro no Rio de Contas Pequeno, quando era vice-rei Miguel Pereira da Costa gerou um extenso relatório por seu "Mestre de Campo do Engenho", em 1721, como registrou Urbino Vianna. Em razão desta descoberta, quando era vice-rei o Conde de Sabugosa, este manda erigir vilas - como Minas do Rio de Contas e Jacobina, e estradas de comunicação entre estas e as zonas mineiras ao sul e ao litoral, ao norte.[28] O autor afirma que, durante o ciclo do ouro, as vilas de Jacobina e Rio de Contas "estabeleceram um dique aos crimes, que se perpetravam em número assustador", tendo ocorrido apenas em Jacobina, entre 1710 e 1721, um total de 532 homicídios por armas de fogo.[29] Na década de 1720, sob ordens da Coroa Portuguesa, o sertanista Pedro Barbosa Leal construiu uma estrada ligando as vilas de Jacobina e Rio de Contas. No meio do caminho, na região do atual município de Piatã, também descobriu-se ouro e formou-se ali seu núcleo de povoamento.[27]

Casa de Câmara e Cadeia, em Rio de Contas: registro da riqueza no "ciclo do ouro" da Chapada.

Num primeiro momento o Conselho Ultramarino decidiu proibir a mineração em Rio de Contas e Jacobina, receando assim esvaziar as jazidas de Minas Gerais mas, ante a continuidade da exploração clandestina, voltou atrás em 1720, liberando a exploração de ouro, mas com o pagamento do quinto do ouro, assim ordenando também a construção de casas de fundição nas duas vilas para cobrar o imposto.[30] Muitos dos que foram atraídos para as minas de Jacobina e Rio de Contas nas primeiras décadas do século XVIII acabaram se desiludindo com as altas taxações sobre a mineração de ouro e acabaram se fixando em outras partes da Chapada Diamantina, se dedicando à agricultura e à pecuária.[31] Registrou o militar Durval Vieira de Aguiar (1979, p. 156) que "Rio de Contas nadou em ouro, de uma maneira tal que pareciam exageradas as arrobas de que falam os arquivos da Câmara e os próprio Compromissos das Irmandades. A moeda corrente era o ouro em pó ou em barra; sendo a oitava quase que a unidade monetária".[32]

Sobre o desenvolvimento da região aurífera da Chapada, Licurgo Santos Filho, no seu livro Uma Comunidade Rural do Brasil Antigo, registra que o povoamento iniciara-se às margens do rio Brumado (na época denominado "rio de Contas Pequeno"), onde hoje se acha a cidade de Livramento de Nossa Senhora, arraial que em 1724 se emancipara e, em razão de epidemias que ali grassavam, tiveram autorização para mudarem a sede, erguida onde hoje está a cidade de Rio de Contas, passando Livramento a ser conhecida como "Vila Velha".[33]

Santos Filho (1956, p. 6) registrou que a nova povoação "prosperou, [...] surgiram e multiplicaram-se as casas de taipa, de porta e janela, moradias dos mineiros e dos novos habitantes, comerciantes e homens de negócio, artífices e homens de ofício, autoridades, gente da Igreja, o cirurgião-barbeiro, o boticário, afinal, toda a população de uma vila florescente, afamada pelo ouro extraído em suas cercanias". O autor fala ainda que para lá acorreram "milhares, talvez, de cristãos-novos", ali refugiados das devassas no Reino, de tal forma integrando-se na vida local que, ao se instalar o Familiar do Santo Ofício Miguel Lourenço de Almeida, não há registro de qualquer perseguição, limitando-se este ao papel de "senhor feudal". Registra, ainda, as estradas da "rota de currais" pelas quais escoavam a produção e comunicava-se a região com a capital, Goiás e Minas Gerais, e também ao Piauí.[33]

Durval Aguiar (1979, p. 155-156) aventa como possibilidades então narradas para o fim desse ciclo as "exigências do opressivo imposto do quinto, feitas pelos agentes do fisco em favor do reino de Portugal; outros dizem que o governo português, no intuito de não provocar a usura dos invasores holandeses, a mandou proibir; outros, mais razoavelmente, asseveram que a mineração do ouro, já um tanto enfraquecida por todos esses e outros embaraços, só veio a cessar em 1844 quando foram descobertas as primeiras lavras de diamantes do Mucugê e Lençóis, que tanto floresceram de 1848 a 1872".[32]

"Vila Velha", desenho de Spix mostra a imponência da Chapada no horizonte, em 1817

O fato é que o escasseamento do ouro de aluvião provocara o esvaziamento da região em menos de um século, a ponto de, em sua passagem de 1818 pela região da Chapada, os naturalistas Spix e Martius registrarem que ali havia raros garimpeiros, sendo maiormente habitada por roceiros e, segundo lhes informara o vigário do lugar, na parte oriental da Chapada (de Rio de Contas a Jacobina), havia somente nove mil pessoas.[30] O relato dos exploradores europeus, então, não previu o que viria a se passar algumas décadas depois, com a descoberta do diamante: "A cordilheira sobre a qual nos achávamos estende-se para Nordeste, em considerável distância, com os nomes de Morro das Almas, Serra do Catolé, Serra da Chapada etc., passando até além da Vila de Jacobina, que é o principal ponto desta comarca mais ocidental da província da Bahia. Deve conter por toda parte, segundo notícias que nos foram dadas, a mesma formação de xisto quartzítico, portadora de ouro e, portanto, deve ser considerada como a irradiação mais setentrional daquele extenso sistema de montanhas, que se prolonga desde as planícies da província de São Paulo, com as diferentes designações de Serra da Mantiqueira, Serra da Lapa, Serra Branca, Serra das Almas, etc., através da província de Minas Gerais, e é o núcleo principal de sua riqueza mineral. Em Jacobina, exploram-se ainda hoje algumas minas de ouro, e ali, ou em Vila do Príncipe, é fundido todo o ouro encontrado na província da Bahia. A região entre Jacobina e Rio de Contas é, aliás, muito pouco povoada; e, flagelada constantemente pela falta de chuvas, torna-se difícil aqui o serviço da mineração".[34]

Poucos anos depois da passagem de Spix e Martius, a Chapada participou da Guerra de Independência da Bahia e segundo o historiador Luís Henrique Dias Tavares: “Foram os brasileiros que de fato libertaram a cidade do Salvador de armas nas mãos. Primeiro foram os brasileiros de Santo Amaro, Maragojipe, Cachoeira, São Francisco do Conde, Nazaré das Farinhas, Jaguaripe, que formavam um exército de esfarrapados. Depois, entraram os brasileiros que desceram lá de Caetité, do Sertão e da Chapada Diamantina, formando um exército das mais diferentes cores, de brasileiros filhos de escravos, descendentes de escravos, brasileiros brancos pobres que nada tinham além de uma roça de cana plantada para o senhor de engenho”.[35]

Ciclo do diamante

[editar | editar código-fonte]
O Museu Vivo do Garimpo, em Mucugê, numa típica casa de pedras dos tempos do garimpo

A região originalmente denominada "Lavras Diamantinas" veio a denominar toda a Chapada e "marca uma divisão histórica dos municípios pertencentes à região conforme apresentassem ou não possibilidade de extração da pedra. As cidades mais antigas pertencem assim à região das lavras, no centro da Chapada Diamantina", como assinalou Gabriel Banaggia.[36]

Com o título de Diamond Mine of Sincura, o jornal australiano The Maitland Mercury registrava, já em 1842, a existência da mineração na região da Serra do Sincorá, falando da insegurança na região do garimpo e da qualidade dos diamantes ali encontrados. A notícia narra que a descoberta dos diamantes fora feita por um escravo que, em outubro de 1841, tentara vender 700 quilates da pedra e fora aprisionado; sem dele conseguirem obter a indicação de onde estavam os diamantes, então permitiram-lhe a fuga convenientemente e puseram indígenas experientes para segui-lo, vindo a capturá-lo com o tesouro próximo a Cachoeira - então a segunda maior cidade do estado, confirmando a existência das pedras. Foi pesquisada então uma vasta área do Paraguaçu[nota 4] no entorno da serra do Sincorá, e as minas foram descobertas.[37]

A descoberta de diamantes em Lençóis, Mucugê e Andaraí, na década de 1840, trouxe para esses locais migrantes oriundos do Alto Sertão Baiano, litoral e Recôncavo Baiano, Minas Gerais e Jacobina, e também escravizados trazidos para o garimpo.[38][39][40][41][42][43]

Nos meses iniciais do garimpo, os primeiros aventureiros ("condenados e assassinos") para lá acorreram. Logo, milhares de pessoas estabeleciam os povoados, chegando Lençóis a contar com vinte mil moradores e três mil casas. Sem a presença estatal, os próprios mineiros estabeleceram seu código de regras. Três quintos da produção foi para a Inglaterra, um quinto para a França e Hamburgo e o quinto restante aos comerciantes do Rio de Janeiro e Salvador - uma quantidade tão grande que os lapidadores da Europa não conseguiam lapidar a metade e o preço da joia ameaçava desvalorizar-se.[37]

De sua passagem pela Chapada em 1880, registrou Teodoro Sampaio na obra O Rio São Francisco e a Chapada Diamantina: "Se, porém, quisermos determinar com mais precisão a zona diamantífera, no interior da Bahia, teríamos de destacar, entre os onze graus e os catorze graus de latitude sul, o mais largo trecho da chapada, cujos limites por linhas naturais seriam, a começar pelo oeste: o rio São Francisco desde o Xiquexique até a barra do Paramirim, e por este acima até as suas nascentes no pico das Almas, daí pelo curso do rio Brumado até sua barra no rio de Contas, seguindo depois por este abaixo até onde lhe entra pela esquerda o rio Sincorá. Daí, tomando para o norte, sobe o Sincorá até as suas cabeceiras e, transpondo a serra do mesmo nome, ganha as nascentes do rio Una, cujo curso desce até sua foz no Paraguaçu. Remonta o curso deste até a barra do rio Santo Antônio, e subindo por este acima vai até a foz do rio Utinga, cujo curso subirá até as suas cabeceiras nas vizinhanças do Morro do Chapéu, e, prosseguindo ao norte para além das nascentes do rio Jacuípe, sobe até o paralelo de onze graus de latitude sul, que ficará sendo o limite do lado setentrional".[44]

Réplica do Carbonado Sérgio, o maior diamante já descoberto no mundo.

A lavra dos diamantes se dava inicialmente no leito dos rios Cumbuca, Piabinha e Mucugê, bem como nos riachos e córregos afluentes. Mas mesmo áreas hoje centrais de povoamento, como o centro de Mucugê, também foram garimpadas. A divisão das partes dos rios entre garimpeiros legou alguns nomes daqueles que ali detinham a posse da lavra, como a Cachoeira do Tiburtino no Cumbuca, ou o poço de Zé Leandro, nomes que remetem aos gruneiros que ali trabalhavam, mesmo sem que tivessem a propriedade das terras, e que permaneceram até a atualidade.[45]

Essa atividade impactou não somente na vegetação nativa, como alterou mesmo o leito de rios em sua profundidade, curso e velocidade do fluxo pois, além da mineração diretamente neles, a atividade necessitava de bastante água para lavar o "cascalho", de forma que nos tempos em que não havia bombas, eram feitas barragens e aquedutos para os locais distantes dos leitos ou para cursos d'água secos na estiagem, onde chegavam por ação da gravidade, ainda existindo muitos vestígios dessas obras antigas, como ainda das casas de pedras erguidas muitas vezes junto aos paredões de rocha, grutas (ou "grunas"), que assim se tornavam elementos da arquitetura e são atualmente mais um dos atrativos turísticos.[45]

Exploração de carbonado

[editar | editar código-fonte]

O carbonado é uma forma de diamante de grande dureza que, durante a exploração da pedra preciosa na Chapada era simplesmente descartada pelos garimpeiros, que a chamavam de ferrujão. Assim como a joia, era encontrado no meio do cascalho, nas áreas de aluvião e foi apenas a partir de 1870 que se descobriu sua utilização industrial e passou a ter valor comercial, sendo a região um dos únicos depósitos então conhecidos.[46]

Rodrigues Lima cogitou a mudança da capital para as "Lavras".

Na chapada, segundo registrou Gonçalo de Athayde Pereira, seu comércio foi introduzido pelo francês Albano Chabaribère, que residia na região das Lavras, adquirindo-os pelo valor de 160 réis por oitava (medida equivalente a 17 quilates). O maior carbonado já encontrado pesava 3 167 quilates, pelo velho garimpeiro Sérgio Borges de Carvalho no garimpo do "Brejo da Lama" (a 10 km da cidade de Lençóis).[46] O carbonado Sérgio é considerado o maior diamante do mundo.[47] Foi, então, vendido para o comerciante José Bezerra por 114 contos de réis. Toda a produção era exportada, pois não existia seu uso no Brasil à época, tendo por destinos a Europa e Estados Unidos.[46]

A capital baiana na Chapada

[editar | editar código-fonte]

No final do século XIX, com a Proclamação da República, e o movimento de urbanização planejada que levou às mudanças das capitais mineira e goiana para novas cidades "edificadas para este fim", também na Bahia o então governador Rodrigues Lima cogitou a mudança da capital para a região do "Alto Paraguaçu, proximidades da serra do Sincorá", cabendo os estudos a uma comissão chefiada pelo engenheiro João Carlos Greenhalgh.[48]

"O local pretendido seria no distrito de Cascavel, hoje pertencente a Ibicoara-Ba. O lugar era promissor devido ao terreno ser bem nivelado, mas após avaliação técnica dos engenheiros responsáveis não foi aprovado pelo fato de a quantidade de água não ser suficiente para abastecer uma capital", como registrou Antônio Marcos de Almeida Ribeiro, aditando que, no mesmo período, houve a "cogitação de Lençóis sediar um vice-consulado francês, todavia nunca se constatou por documento a comprovação desse fato".[49]

Coronelismo e Horácio de Matos, "o supercoronel"

[editar | editar código-fonte]
Matos (sentado) e o comando do Batalhão Patriótico Chapada Diamantina

No final do século XIX e começo do seguinte, a política da Chapada era dominada por coronéis que formavam uma rede de inimizades e alianças, sendo os principais Militão Rodrigues em Barra do Mendes, Dias Coelho em Morro do Chapéu, Manuel Fabrício em Campestre (hoje distrito de Brotas de Macaúbas), José João de Oliveira e Clementino Matos em Brotas de Macaúbas. Neste contexto, sobrinho de Clementino e iniciado por Dias Coelho, de quem foi aprendiz, surgiu a figura de Horácio de Matos em meio a lutas. Após obter uma trégua nas disputas com Militão, Horácio recebe do tio moribundo a chefia do clã e, a partir dali, enfrenta diversas batalhas até tornar-se intendente da principal cidade da Chapada à época, Lençóis. Das batalhas havidas nas primeiras décadas do século XX, Horácio sagrou-se como a liderança de vasta região que lhe valeram o apelido de "governador do sertão" e, quando a Coluna Prestes cortou o país pregando a revolução, o "título" de coronel é feito fatual, chefiando então o "Batalhão Patriótico Chapada Diamantina" que perseguiu a Coluna desde a Bahia até o território boliviano, para onde o movimento revolucionário fugiu e se dissolveu.[50][51][52]

O brasilianista coreano radicado nos Estados Unidos, Eul-Soo Pang, assim resumiu o poderio de Horácio de Matos: "um comerciante e depois coronel guerreiro, sem instrução, de Lavras Diamantinas, na Bahia, foi reconhecido pelo governo federal, em 1920, como líder absoluto de uma região que abrangia doze municípios,[nota 5] com pleno direito de manter sua força armada pessoal e o privilégio de nomear seus próprios deputados nos legislativos estaduais e federal".[53] O mesmo autor ainda assinala, num subtítulo: "O Supercoronel Horácio de Matos e o PRD", assinalando que seu poderio somente era equiparável ao exercido pelo Padre Cícero, no Ceará.[54]

Em 1931, após promover o desarmamento do sertão exigido pelo interventor no estado com a instauração do Estado Novo, Horácio foi preso sem acusação e, logo após ser solto, na capital, foi assassinado ao lado da filha de seis anos, marcando assim o fim da era do antigo coronelismo.[51]

Estagnação, iniciativas e retomada econômica

[editar | editar código-fonte]
O Grace Memorial Hospital, nos anos 1920

Na década de 1910 o povoado de Ponte Nova foi escolhido para o estabelecimento de uma missão presbiteriana e já em 1916 ali se estabeleceu uma "Escola de Auxiliares de Enfermagem" que atendia doentes de toda a região da Chapada; o médico Walter Welcome Wood ali desenvolve um trabalho ao lado da primeira esposa, Grace Brown Wood, enfermeira, atendendo à epidemia de febre amarela e malária que ali grassava. Com a morte desta, em 1922, ele se especializa em doenças tropicais, em Londres e, voltando ao país, inaugura ali o Grace Memorial Hospital, pioneiro no atendimento médico na região e primeiro hospital de toda a Chapada. A unidade não funcionou em 1937-1938 por falta de diretor mas continuou, com ampliações e estabelecimento de escola de enfermagem, atendendo toda a Chapada - em 1941 tinha nove prédios, com 54 leitos.[55][56]

Durante a II Guerra Mundial as cidades de Andaraí, Mucugê e Seabra (junto a Caetité e Maracás) foram escolhidas para receberem alemães do estado a serem confinados.[57]

O fim da atividade garimpeira trouxe um período de decadência à região e a iniciativa de fazer do turismo uma atividade econômica viável teve início na década de 1960 com o então prefeito de Lençóis, Olímpio Barbosa Filho que, ainda, tentou implementar atividades agrícolas. A existência de casario antigo e rico patrimônio natural, junto a uma experiência neste sentido levada a cabo por uma cidade do estado de São Paulo, fez com que o governante criasse o Conselho Municipal de Turismo, e envolvesse toda a comunidade - " pedreiros, lavadeiras, estudantes e professores" - numa luta que levou, anos depois, à criação do Parque Nacional e à colocação da região como potencialmente turística nos projetos governamentais.[58]

Mapa orográfico da Bahia, com a Chapada ao centro, em formato de "V".

O relevo da Chapada é considerado do tipo apalacheano, marcado por "um relevo estrutural esculpido em antigas formações dobradas, exumadas pela denudação. Esse relevo caracteriza-se por um alinhamento paralelo de cristas e vales. As cristas formadas nos estratos mais resistentes e os vales formados nos menos resistentes", como o pesquisador M. A. Suertegaray registrou.[59] Tem seu limite sul com a Serra do Espinhaço.[60] Levando esse limite sul, o geólogo Ricardo Galeno Fraga de Araujo Pereira calcula que a área geograficamente ocupada pelo relevo da Chapada se amplia, ocupando um território de 64 303 km² (o que inclui, portanto, parte da área da Serra Geral e municípios como Caetité e Brumado, além daqueles da formação a oeste, como Macaúbas e outros).[34]

Seu relevo divide-se em dois grandes grupos: as serras da Borda Oriental e as da Borda Ocidental. Na Oriental predomina a Serra do Sincorá, possuindo altitudes que vão de 1 600 (a oeste) a 400 metros (a leste) e as cidades que a partir do século XIX viveram o ciclo do diamante. Na Borda Ocidental estão os cumes mais altos do estado, e cidades históricas que vivenciaram o ciclo do ouro, no século XVIII.[30]

Geograficamente o território da Chapada possui algumas divisões, baseadas na conformação geomorfológica das suas partes. Dentre estas, o Plano Diretor de Recursos Hídricos das sub-bacias dos rios Verde e Jacaré, de 1995, descreve as seguintes (em domínio público):

Serras da Borda Ocidental - "Englobam os relevos montanhosos da parte ocidental das áreas elevadas da Chapada Diamantina, com altitudes variando de 750 a 1 850 metros e médias situadas entre 1 000 e 1 200 metros. A morfologia está representada por elevações residuais, com cristas orientadas e paralelas aos vales estreitos entalhados sobre as rochas mais friáveis (siltitos, argilitos)".[61]

Pediplanos Centrais- "Compreendem relevos planos que se apresentam a diferentes níveis. Apresentam altitudes médias que variam de 1 000 a 1 200 metros, podendo chegar a 1 300 metros na região da Chapada da Aldeia de Baixo e na Serra da Estiva (...) As formas de relevo que constituem essa unidade, englobadas de aplanamento, resultam da superfície de aplanamento que foi degradada, retocada e inumada, interrompida por cristas residuais de camadas mais resistentes".[61]

Blocos Planálticos Setentrionais – "São representados por compartimentos elevados e feições estruturais esculpidas sobre os metassedimentos do grupo Chapada Diamantina. Compreendem elevações residuais correspondentes a uma anticlinal falhada e escavada, cujas bordas, situadas no contato metaconglomerados/metarenitos com metassiltitos/metargilitos, são escarpadas".[61]

Divisões políticas e regiões administrativas

[editar | editar código-fonte]

A formação geológica inspirou a delimitação de divisões administrativas homônimas para o planejamento de políticas públicas pelo Governo do Estado da Bahia.[62]:302[63]

Na divisão realizada em 1945 pelo Conselho Nacional de Geografia, que dividiu o país em zonas fisiográficas, a Zona da Chapada Diamantina contava, na época, com os seguintes municípios: Andaraí, Barra da Estiva, Brotas de Macaúbas, Ibitiara, Irecê, Ituaçu, Lençóis, Livramento do Brumado (atual Livramento de Nossa Senhora), Mucugê, Oliveira dos Brejinhos, Palmeiras, Piatã, Rio de Contas, Santo Inácio (Gentio do Ouro) e Seabra.[64]

Na regionalização instituída em 1991, foi delimitada a Região Econômica da Chapada Diamantina, abrangendo 29 municípios.[63][65] Paralelamente na mesma década, desenvolveu-se a regionalização do turismo na Bahia, na qual a Zona turística da Chapada Diamantina foi por algum tempo a única do interior baiano e chegou a ser dividida em quatro circuitos (Chapada Norte, do Diamante, do Ouro e Chapada Velha).[66][67] Em 2007, passou a vigorar uma nova regionalização que estabeleceu o Território de Identidade Chapada Diamantina,[63] composto por 24 municípios[68] e ocupado por uma população total de 359 677 habitantes (conforme censo de 2010), sendo Seabra, Morro do Chapéu e Iraquara os três municípios mais populosos.[69]:13-14 Sua área total é de 30,456 km² (quase a metade da região geográfica).[34] Os 24 municípios do território de Identidade são: Abaíra, Andaraí, Barra da Estiva, Ibitiara, Itaeté, Marcionílio Souza, Morro do Chapéu, Novo Horizonte, Palmeiras, Rio de Contas, Seabra, Souto Soares, Tapiramutá, Utinga, Wagner, Boninal, Bonito, Ibicoara, Iraquara, Jussiape, Lençóis, Mucugê, Nova Redenção e Piatã.[68]

Municípios constituintes da Chapada Diamantina

[editar | editar código-fonte]

De um modo geral, são considerados como municípios integrantes da Chapada Diamantina: Abaíra, Andaraí, Barra da Estiva, Barra do Mendes, Boa Vista do Tupim, Boninal, Bonito, Brotas de Macaúbas, Caém, Ibicoara, Ibitiara, Ipupiara, Iramaia, Iraquara, Itaetê, Ituaçu, Jacobina, Jussiape, Lajedinho, Lençóis, Marcionílio Souza, Miguel Calmon, Mirangaba, Morro do Chapéu, Mucugê, Mundo Novo, Nova Redenção, Novo Horizonte, Ourolândia, Palmeiras, Piatã, Piritiba, Rio de Contas, Saúde, Seabra, Serrolândia, Souto Soares, Tapiramutá, Umburanas, Utinga e Wagner. Há fontes que incluem os municípios de Érico Cardoso, Livramento de Nossa Senhora, Paramirim e Rio do Pires como parte da Chapada Diamantina; já autores como Renato Luís Bandeira acrescentam aquelas situadas nas serras ocidentais, como Boquira, Botuporã, Gentio do Ouro, Ipupiara, Macaúbas, Oliveira dos Brejinhos e Tanque Novo, e ainda aquelas mais ao norte, como América Dourada, Barro Alto, Cafarnaum, Canarana, Ibipeba, Ibititá, Irecê, João Dourado, Lapão (Bahia), Presidente Dutra e Uibaí.[64]

Possui um clima diferente da região de seu entorno, marcadamente de semiárido, ali se caracterizando por tropical semiúmido, com temperatura média anual entre 20°C e 24°C e, com a barreira orográfica que forma, possui uma média pluviométrica anual superior a 1 000 mm (em Lençóis essa média supera os 1 400 mm).[30]

Embora o conjunto seja definido como tropical semiúmido, a variação de altitudes e do relevo provoca a existência de vários microclimas. Assim, na sua porção ocidental as chuvas aumentam conforme cresce a altitude, de modo que nas partes baixas o índice anual pluviométrico é de aproximadamente 500 mm e nas altas ultrapassa os 1 000 mm. Na parte oriental essa taxa é varia entre 670 a 880 mm. O período chuvoso está no verão, de novembro a janeiro.[70]

Com uma extensão territorial equivalente à Bélgica, a região da Chapada Diamantina é conhecida por ser um “berçário de rios”, já que ali estão as nascentes de três importantes rios baianos - Paraguaçu, de Contas e Jacuípe -, e também de rios menores, como o Paramirim, Brumado, Salitre e Jacaré.[71][72]

Na região norte da Chapada (Jacobina, Morro do Chapéu), estão as nascentes dos rios Itapicuru e Jacuípe, além do Jacaré e Salitre. Na área central a bacia mais significativa é a do rio Paraguaçu, com nascente em Barra da Estiva, seguindo-se as sub-bacias de seus principais tributários, quais sejam: Santo Antônio, São José, Bonito e Utinga, e os rios e riachos que os alimentam são os responsáveis pela formação dos muitos canhões e cachoeiras que caracterizam a Serra do Sincorá. Ao sul a principal bacia é a do rio de Contas, que nasce na Serra da Tromba, cidade de Piatã, tendo por maiores afluentes os rios Brumado, das Furnas e o Água Suja e é uma região que apresenta conflitos pelo uso da água.[73]

Ver artigo principal: Geologia da Chapada Diamantina
Pesquisador na caverna Buraco do Cão, em Seabra

A formação do relevo chapadiano data de um processo que teve início há 1,7 bilhão de anos, no qual agiram dois processos tectônicos, a formação de mares, montes e desertos sucessivos (como o Deserto Tombador ou o Mar Bambuí) em processos de sedimentação e soerguimento, levando a uma diversidade geológica que deram a conformação atual onde a Chapada destaca-se do Supergrupo Espinhaço com várias formações geológicas (como a Ouricuri do Ouro, Mangabeira ou a Guiné) que hoje se vê no relevo sedimentar de planaltos, chapadas tabulares, cuestas, etc.[74][11][30]

A Chapada traz registros de três paleoceanos na configuração de suas rochas: o Mar Espinhaço, formado há cerca de 1,75 bilhões de anos,[75] e que, a seguir, deu lugar ao Deserto Tombador;[76] o Mar Caboclo, formado há cerca de 1,1 bilhão de anos com águas agitadas e, finalmente, o citado Mar Bambuí, de águas calmas e datado de cerca de 700 milhões de anos atrás.[75]

Conforme registrou o geólogo Oscar P. G. Braun em seu artigo Contribuição à Geomorfologia do Brasil Central, seu prolongamento dava-se rumo ao norte, possivelmente até o estado do Rio Grande do Norte, dando ao rio São Francisco outro rumo: "A serra do Espinhaço e seu prolongamento para o norte através da Bahia, até a Chapada Diamantina, provavelmente representava outro grande divisor da drenagem terciária. No cretáceo talvez esse divisor se prolongasse até o Rio Grande do Norte, condicionando o curso do ancestral rio São Francisco a desaguar no Maranhão. A mudança de curso desse rio criou níveis de base locais no Nordeste, em consequência dos quais desenvolveram-se pediplanos peculiares da paisagem nordestina, que não encontram correspondentes no centro-sul do país (ex.: "Superfície Soledade")".[77]

Tem-se que "O maior acervo espeleológico da América do Sul está integrado ao patrimônio natural da Chapada. Entre as centenas de cavernas, uma das mais conhecidas é a do Poço Encantado, cuja incidência de luz transforma a coloração da água, tão cristalina que permite observar o fundo, a 60 metros. Com características semelhantes, no Poço Azul é permitido mergulhar. Das cavernas secas, Torrinha, Lapa Doce, Paixão, Lapão, Bolo de Noiva, Fumaça, Gruta Azul e Brejões são as mais visitadas".[78] O cronista Renato Bandeira assim registrou: "Há grutas fantásticas. Existem centenas delas espalhadas pela região, sendo que as principais são: a do Lapão, em Lençóis; a da Pratinha, da Lapa Doce, da Torrinha em Iraquara; a dos Brejões, em Morro do Chapéu, a da Mangabeira em Ituaçu, a do Buraco do Cão, em Seabra e muitíssimas outras."[64]

O sistema de cavernas existente em Iraquara é considerado o mais importante do país, do qual faz parte a gruta do Ioiô, onde foram encontrados muitos fósseis.[79]

Fauna da Chapada
Mico na região central da Chapada.
Geco-de-dedos-nus do Vanzolini, fotografado em Mucugê.
O "gravatinha" é um dos atrativos.

A Chapada Diamantina configura-se em verdadeiro oásis em meio à caatinga possuindo, além desse bioma, elementos de campos rupestres, cerrado e floresta decidual.[30] "Num ambiente tão amplo e longe de ser explorado totalmente, pesquisadores do Ministério do Meio Ambiente catalogaram 854 espécies da flora e 506 da fauna – 55 mamíferos –, com destaque para a onça-pintada e o guigó-da-caatinga".[78]

A região possui espécie endêmicas únicas, muitas delas apenas recentemente descobertas e descritas, como o Geco-de-dedos-nus do Vanzolini, pequeno réptil listrado de hábitos noturnos nomeado em homenagem a Paulo Emílio Vanzolini.[80]

Em cavernas como a Gruna das Cobras e Gruna da Parede Vermelha pesquisadores têm encontrado espécies únicas, como a nova espécie de aracnídeo (Tmesiphantes hypogeus sp. nov.) nelas localizada e considerada a primeira espécie de tarântula troglóbia do Brasil,[81] a Caverna do Criminoso que é habitat de duas espécies de peixes troglóbios da família Copionodontíneos (bagres).[82] ou ainda a Gruna do Cantinho onde, em 2012, pesquisadores encontraram pequenas centopeias (lacraias)" pela primeira vez e, em novas pesquisas, foi identificada nova espécie cavernícola que foi batizada de Scolopocryptops troglocaudatus.[83]

Mesmo uma espécie pequena, mas "bela e rara", como o beija-flor-de-gravata-vermelha (Augastes lumachella) vem atraindo ornitólogos e curiosos; "esse animal existe somente na porção norte da Serra do Espinhaço, que abrange a Chapada" e é relativamente fácil de ser avistado mas, por viver num habitat tão restrito e sujeito ao fogo, é considerado em risco de extinção. O "gravatinha", como é chamado, é um dos atrativos para essa modalidade de turismo, sendo que a região da Chapada possui mais de quatrocentas espécies de aves, em razão da grande variedade de ecossistemas, como afirmou a bióloga Cristine Prates, única guia de ornitologia da Chapada e que, natural de Brasília, deixou a cidade para viver ali.[84]

Sempre-viva, nativa e ameaçada

A vegetação chapadense é considerada de "mosaico", por sua enorme variedade. Como afirmam SANTOS et al., "Diferentes tipos de vegetação coexistem em pequenas áreas, condicionadas por pequenas variações litológicas, topográficas, hidrológicas e microclimáticas. Em geral, as principais formações vegetais encontradas na Chapada Diamantina são: "campo limpo", "campos rupestres" (campos rupestres), "campos gerais" (campos campestres), cerrado vegetação) e "matas ou floresta estacional" (florestas ou mato ou floresta caducifólia) (...) Existem também zonas de transição com características próprias onde coexistem espécies de dois ou mais ecossistemas".[85] Possui uma grande riqueza florística, em que se destaca a "sempre-viva".[86]

Uma das plantas emblemáticas da região central da Chapada é a endêmica Syngonanthus mucugensis, espécie de "sempre-viva" nativa da região de Mucugê, com habitat em altitudes de 1 100 a 1 500 metros. Sua abundância inicial converteu-se numa fonte de renda aos moradores que, com o artesanato, tinham nela uma fonte de renda, gerando uma exploração que colocou-a em ameaça e motivou a criação do "Projeto Sempre-Viva", matriz que originou o Parque Municipal de Mucugê e ações para sua conservação.[86]

Ameaças aos ecossistemas

[editar | editar código-fonte]

Como afirmam SANTOS et al., o fogo está presente nas atividades tradicionais da região da Chapada, até mesmo no interior do Parque Nacional, e "No Brasil, pouco se sabe sobre a dinâmica das queimadas em regiões como a Chapada Diamantina, onde predominam os "campos rupestres", visto que a deflagração de queimadas neste ecossistema pode ser um distúrbio natural, e a atividade humana tende a aumentar a repetitividade e extensão desse fenômeno. No caso do PNCD, alguns estudos apontam para o fato de que, embora a área de conservação tenha sofrido incêndios florestais após sua implantação, algumas regiões do parque não são afetadas por incêndios há muitos anos. Em 2015 o Parque Nacional da Chapada Diamantina foi devastado por vários incêndios que duraram quatro meses, de setembro a dezembro, período típico de incêndios na região".[85] As queimadas são uma ameaça constante, e colocam em risco espécies únicas ali, como as sempre-vivas de Mucugê.[86]

Áreas de proteção ambiental

[editar | editar código-fonte]

O território da Chapada possui diversas áreas de proteção ambiental instaladas e outras, como os geoparques, projetadas.

Dentre as existentes estão o Parque Nacional da Chapada Diamantina, e parte da Floresta Nacional Contendas do Sincorá, mantidos pelo governo federal, as estaduais Área de Proteção Ambiental Gruta dos Brejões - Vereda do Romão Gramacho, a Área de Proteção Ambiental Marimbus-Iraquara, a Área de Proteção Ambiental da Serra do Barbado e a Área de Relevante Interesse Ecológico Nascentes do Rio de Contas, e também o Parque Estadual Morro do Chapéu e Parque Estadual das Sete Passagens. Na esfera municipal existem o Parque Natural Municipal do Morro do Pai Inácio, o Parque Natural Municipal do Boqueirão e o Parque Natural Municipal do Riachinho (em Palmeiras), o Parque Natural Municipal da Muritiba (mais conhecido como Serrano, em Lençóis), o Parque Municipal da Serra da Santana (em Piatã), o Parque Municipal Natural da Serra das Almas (em Rio de Contas), o Parque Municipal de Mucugê (nesta cidade, com o Museu Vivo do Garimpo), o Parque Natural Municipal do Espalhado (em Ibicoara) ou ainda o Monumento Natural da Cachoeira do Ferro Doido (em Morro do Chapéu).

Além das áreas de proteção públicas, tem-se as chamadas reservas particulares do patrimônio natural (com sigla RPPNs). A primeira delas oficializada na Chapada foi a RPPN Adília Paraguassú Batista, de 70 ha, localizada a 1 km da sede de Mucugê, entre a Serra do Cantinho e o Parque Nacional, e reconhecida pelo governo federal no ano de 2002.[87]

Parque Nacional da Chapada Diamantina

[editar | editar código-fonte]
Vista a partir do Morro do Pai Inácio
Parque Nacional da Chapada Diamantina (abreviado como PARNA-CD, no registro oficial) é um parque nacional brasileiro criado em 17 de setembro de 1985 através do decreto federal 91.655,[88] com uma área de 152 mil hectares na região central da Chapada Diamantina, distribuído pelos municípios de Lençóis, Mucugê, Ibicoara, Andaraí e Palmeiras, no estado da Bahia.[89][90] É administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[91][90]

Parque Estadual do Morro do Chapéu

[editar | editar código-fonte]
Arte rupestre pré-histórica no parque.
Parque Estadual do Morro do Chapéu é um parque estadual no estado da Bahia que protege uma área do bioma caatinga que abriga interessantes formações geológicas e pinturas rupestres pré-históricas.[92][93] As pinturas das grutas dos Brejões, Boa Esperança, Igrejinha e Cristal exigem proteção especial.[94] O parque fica no município de Morro do Chapéu, Bahia e tem uma área de 46 000 hectares (110 000 acres).[95] O parque fica em um trecho da Chapada Diamantina de grande beleza cênica e potencial turístico.[96] O parque contém sub-bacias dos rios Salitre, Jacaré, Utinga e Jacuípe. Estes, por sua vez, alimentam os rios Paraguaçu e São Francisco.[97] Foram catalogadas 543 nascentes importantes e o local tem potencial para funcionar como um geoparque.[94]

Área de Proteção Ambiental Marimbus-Iraquara

[editar | editar código-fonte]
Pântano na APA Marimbus-Iraquara.

A Área de Proteção Ambiental Marimbus-Iraquara é uma unidade de conservação brasileira do tipo área de proteção ambiental (APA) localizada na Chapada Diamantina. Foi criada em 1993 e sua área abrange partes dos municípios de Lençóis, Andaraí, Palmeiras, Iraquara e Seabra, todos no estado da Bahia.[98]

Sua criação foi motivada para proteger as áreas situadas a leste e norte do Parque Nacional da Chapada Diamantina, e que foram excluídas de seu perímetro, como o Quilombo do Remanso, parte do pantanal de Marimbus, lagoas, rios e matas em área de alagadiço situados ao leste daquele parque.[99]

Área de Proteção Ambiental Gruta dos Brejões - Vereda do Romão Gramacho

[editar | editar código-fonte]

A Área de Proteção Ambiental Gruta dos Brejões - Vereda do Romão Gramacho é uma reserva ambiental localizada na Chapada Diamantina, possuindo uma área total de 11 900 hectares no entorno da lapa dos Brejões, tendo sido criada em 1985.[100]

Localizada na região chamada de Piemonte da Chapada Diamantina, sua área ocupa terras dos municípios de João Dourado, Morro do Chapéu e São Gabriel, fazendo parte do sistema hidrográfico da bacia do São Francisco.[101]

"Sou do sertão da Bahia, da Chapada Diamantina."

Moraes Moreira, in: Entrevista Portal UAI

"A poesia e a narrativa nascem do coração e das vozes do povo. É assim que a Chapada Diamantina produz, além das belezas e riquezas naturais, expressões de amor à terra e registros de histórias do lugar (...) uma terra que é mãe e faz nascer gente de força e coragem, uma religiosidade forte, histórias de perda e dor em meio ao garimpo e à lida na roça", como registrou Flávia Aninger de Barros Rocha.[102]

Assinala Antônio Marcos A. Ribeiro que "a Chapada Diamantina é uma vasta extensão de terras com características geográficas, sociais, econômicas, culturais e dialetais diferenciadas do restante do estado da Bahia" e que "evidências que comprovam peculiaridades de um falar regional/popular na literatura que trata do garimpo nas lavras diamantinas".[49]

Natural de Ituaçu, o cantor e compositor Moraes Moreira inspirou-se na infância vivida na Chapada para seu último disco, Ser Tão, de 2018. Em suas palavras: “Sou do sertão da Bahia, da Chapada Diamantina. Para este disco, me inspirei muito no tempo do sertão. Foi uma volta às raízes, à vida de menino com a banda de músico, os violeiros e sanfoneiros da minha cidade". Irmão do poeta Zewalter, Moraes foi por este influenciado a produzir em cordel e veio a integrar a Academia Brasileira de Literatura de Cordel, onde ocupou a Cadeira 38.[103]

Religiosidade

[editar | editar código-fonte]
Altar na gruta da Mangabeira, palco de romarias, em Ituaçu

A religiosidade ancestral conservou-se em várias tradições populares, como é o caso do terno das almas, em Andaraí, que tem seu ápice na Semana Santa, onde realizam "uma espécie de penitência em que um grupo de pessoas, em sua maioria mulheres, sai pelos becos e ruas das cidades envoltas em lençóis brancos e, ao som da matraca, realizam as estações (paradas), nas quais entoam preces, benditos e incelências como um coro polifônico em favor das almas".[104] Romarias, como a que anualmente ocorre no antigo povoado de Morro do Fogo, em homenagem a Nossa Senhora do Carmo, atraem fiéis católicos e ainda turistas de aventura que, no dia da festa, participam das comemorações religiosas e, a seguir, da parte profana.[105]

Dentre as manifestações religiosas da Chapada tem-se o jarê, de matriz africana e diferenciada do candomblé, com quem guarda semelhanças. Existente na região de Lençóis, traz em suas práticas elementos de origem indígena.[36]

Em Rio de Contas ocorre a procissão de Corpus Christi no mês de junho de cada ano, a festejar o "Santíssimo Sacramento" - padroeiro da cidade, encerrando os festejos com a presença de uma multidão.[106]

O santuário construído na Gruta da Mangabeira, em Ituaçu, é palco de peregrinação anual com dezenas de milhares de fiéis. "A gruta, que possui um centro de turismo inteiramente dedicado para a sua visitação, possui toda a extensão de seu conduto principal alterada para facilitar o percurso dos visitantes, com portas, escadas e um complexo sistema elétrico. Em suas duas entradas principais foram construídas escadarias, além de que a principal entrada usada para dar acesso à caverna foi totalmente alterada para a implantação de uma igreja."[107]

Patrimônio tombado

[editar | editar código-fonte]
Cemitério bizantino de Mucugê
Mercado de Lençóis

Além das áreas de proteção ambiental, na Chapada existem diversos bens tombados nacionalmente pelo IPHAN ou estadualmente pelo IPAC. No primeiro caso tem-se como exemplo o Conjunto Arquitetônico de Rio de Contas (tombado em 1980) com monumentos como a Igreja de Nossa Senhora Santana, construída em alvenaria de pedra sem que tenha sido aplicada alguma camada de reboco (tombada em 1958).[108]

Constitui patrimônio nacional o Conjunto Arquitetônico e Paisagístico de Lençóis (tombado em 1973)[109] e também o de Mucugê (em 1980).[110] Nesta última cidade destaca-se o Cemitério Santa Isabel, chamado de "bizantino", uma das únicas necrópoles tombadas nacionalmente.[111] Em Andaraí existe o Conjunto Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico de Igatu e ruínas de habitações de pedra, no antigo povoado de Xique-Xique.[112][113]. Também o rio Mucugezinho foi, no ano 2000, junto ao Morro do Pai Inácio, listado pelo IPHAN como patrimônio tombado no livro dos registros "arqueológico, etnográfico e paisagístico".[114]

A gruta da Mangabeira, com várias modificações para acesso dos fiéis, possui uma igreja numa de suas entradas e foi tombada pelo IPHAN em 1962.[115]

"Nessas terras altas, cretáceas, xistosas, nesses ares finos e salubres, temperados e retemperadores, havia ouro e diamantes, das Minas do Rio de Contas e das Lavras Diamantinas; havia, pelo campo e pelas rechãs, mocambos e pastagens, para gado infinito, e aluviões adustos, para algodão e café..."

Afrânio Peixoto (in Sinhazinha, Ediouro, cap. 17)

Biblioteca Pública Municipal, de Andaraí, nomeada em homenagem a Herberto Sales

Luiz Alexandre Brandão Freire informa que "a região da Chapada Diamantina protagonizou obras de romance que também são fontes fundamentais para compreensão das dinâmicas históricas da região".[116]

Vários livros retratam a vida na Chapada Diamantina. O mais antigo deles, provavelmente, foi o romance "Lavras Diamantinas" que "foi escrito em 1870", embora publicado somente em 1967, por Marcelino José das Neves que, "na flor da mocidade (...) havia (...) seguido para a zona das 'lavras', eldorado que surgira e era procurado por aventureiros de todo o grande Estado, em cujo solo riquíssimo e ubérrimo, jazem as mais custosas gemas e cresce todo tipo de vegetação".[117]

De autoria de Lindolfo Rocha, o romance documentário Maria Dusá é ambientado na Chapada e traz a realidade vivida pelo desenvolvimento do ciclo do diamante, a partir de 1860. O vocabulário da obra "traz em si uma grande riqueza cultural, social e identitária de uma determinada comunidade linguística, isto é, reflete os usos, os costumes, a história e a memória do sertanejo chapadista", como assinalam Souza e Barreiros.[118][nota 6] Trazia por subtítulo (Garimpeiros) – romance de costumes sertanejos e "chapadistas", e teve capítulos publicados originalmente no Jornal de Notícias, em 1898.[119]

Herberto Sales, nascido em Andaraí, foi dos autores que mais trouxeram a Chapada Diamantina como cenário de suas obras, a principiar pelo seu romance de estreia, Cascalho, de 1944, seguido por "Além dos Marimbus" em 1945; "Cascalho" "é realmente um tratado, um referencial de garimpagem, envolvendo todas as lutas e conquistas pelo diamante, pelo dinheiro", no dizer de Lícia Maciel Neves.[120]

Na parte histórica tem-se como precursor Gonçalo de Athayde Pereira que, no dizer de Erivaldo Fagundes Neves, foi "o corógrafo da Chapada Diamantina" que "descreveu minuciosamente rios, serras, flora e fauna, produtos comercializados" mas que "usara como fonte, fundamentalmente, informes orais, que ofereceram dados circunstanciais, de modo genérico, sendo, por outro lado, ufanista, ao narrar paisagens".[121]

Ambientado na Chapada, a obra Torto Arado de Itamar Vieira Júnior tornou-se o livro mais vendido no Brasil pela Amazon no ano de 2021. Sem especificar um período histórico, o romance retrata as condições de quase escravidão vivida por trabalhadores nas fazendas locais.[122]

A Chapada foi cenário ou ambiente de algumas produções filmográficas, tanto no cinema como na televisão:

Show de Neide Vital no Carnaval de Rio de Contas, em 2012, por Luiz Tito

Carnaval de Rio de Contas

[editar | editar código-fonte]

A cidade de Rio de Contas realiza, anualmente, aquele que é considerado o mais importante carnaval da região sudoeste da Bahia, atraindo turistas de todas as partes.[128] O carnaval dessa cidade é um dos mais tradicionais do estado.[129]

A folia ali se dá "à moda antiga": mascarados e bandinhas tocando frevos e marchinhas desfilam por suas ruas históricas, embora em palcos ocorram shows com ritmos mais modernos. A festa se constitui uma opção para aqueles que gostam de tranquilidade durante a comemoração, longe dos centros onde ocorrem as grandes festas, como na capital Salvador.[130]

A festa, segundo registrou em 2014 o portal G1, tem início com o baile "Vermelho e Preto" no restaurante "Quintal", e nos dias seguintes com show principal em palco montado na praça da antiga Casa de Câmara e Cadeia e alternativos em palco armado na praça da matriz. Hotéis e pousadas ficam lotados e os próprios moradores alugam suas casas neste período, para atender à grande demanda turística.[131]

O ouro ainda é uma das principais riquezas da Chapada, sendo a mina de Jacobina a maior do Nordeste brasileiro; explorado por empresa canadense é um dos principais empregadores da cidade, havendo ainda a possibilidade de expansão da extração do mineral em Ibitiara, mais ao centro da Chapada.[132]

Na década de 1940 a Serra da Mangabeira teve explorada uma jazida de cristais óticos e atualmente produz quartzo rutilado, descartados então, "esfumaçados e incolores (...) encontrados em bolsas e fissuras dos veios".[133]

Como forma de sistematizar a atividade turística, a cadeia montanhosa foi dividida pela Bahiatursa em três "circuitos" distintos por suas afinidades históricas e culturais: Chapada Norte, com foco em Morro do Chapéu; Circuito do Diamante, abrangendo o PARNA-CD e região circunvizinha e, finalmente, o Circuito do Ouro, abrangendo a Área de Proteção Ambiental da Serra do Barbado e foco em Rio de Contas.[134]

Com mais de quarenta municípios integrando a Zona turística da Chapada Diamantina, a região foi escolhida em 2022 na plataforma "Melhores Destinos" como o melhor lugar a ser visitado no Brasil, e "ouviu 15 mil viajantes, brasileiros e estrangeiros, sobre custo-benefício, acolhimento, atrações, gastronomia e segurança. O destino baiano ficou com média 8,9 e faturou o primeiro lugar. A maior nota foi para o item segurança, com 9,2". O resultado foi apresentado pela comitiva governamental baiana durante a "Bolsa de Turismo de Berlim" de 2023.[135]

Parques eólicos

[editar | editar código-fonte]

Segundo o governo do estado informou, em 2019, "dos 23 projetos de parques eólicos na Bahia, 11 estão na Chapada Diamantina, nos municípios de Bonito, Brotas de Macaúbas, Cafarnaum, Campo Formoso, Dom Basílio, Gentio do Ouro, Itaguaçu da Bahia, Morro do Chapéu, Mulungu do Morro, Ourolândia e Várzea Nova".[136]

Na Chapada a agricultura tem um desenvolvimento que cresceu nas últimas décadas, com a irrigação oriunda de barragens ali construídas.

A Barragem do Apertado, no rio Paraguaçu, gerou um Agropolo onde o principal produto é a batata (uma das fazendas chegou a ter produção de 90 mil toneladas ao ano, em 2 000 ha plantados), além de frutas como a maçã que, na variedade "Eva", alcançou 40 toneladas por hectare com um produtor - todas as plantações, como a ameixa, se beneficiando da somatória de clima, altitude e água em abundância.[137]

Na cidade de Rio de Contas teve lugar a primeira plantação de azeitonas do norte e nordeste brasileiros, numa iniciativa de um empresário francês que, montando uma cooperativa na cidade, plantou no começo do século XXI três hectares do fruto numa altitude de aproximadamente 1 200m, de uma área total de sete mil hectares adquiridos. No ano de 2014 tiveram sua primeira colheita, com uma produção que surpreendeu a todos.[138] Em 2021 o azeite ali produzido venceu um prêmio internacional de qualidade em Paris com a medalha de ouro entre os óleos produzidos no hemisfério sul.[139]

Cafeicultura especial e premiada

[editar | editar código-fonte]
Sachê do café "Latitude 13°", de Mucugê.
Café Rigno, Cup of Excellence, de Piatã.

O café é atualmente um dos principais produtos das cidades de Piatã, Mucugê e Ibicoara onde, no censo agropecuário de 2017, existiam cerca de 1 461 cafeicultores. A "região também conta com grupos organizados de cafeicultores que buscam acessar variados mercados (como o gourmet, o orgânico e de Indicação Geográfica de Procedência da Chapada Diamantina)", como informa Murilllo Medeiros Carvalho.[140]

Em 2006 o café especial produzido na Fazenda Divino Espírito Santo em Piatã venceu um concurso da Associação Brasileira da Indústria de Café, se tornando o melhor café especial brasileiro. Na ocasião a Fazenda Brejos de Aguiar de Ibicoara ficou no quinto lugar na categoria de cafés naturais. A região tem se especializado no tipo "cereja descascado".[141]

Em 2018 o SEBRAE informava que "O café produzido na Chapada Diamantina, região localizada no centro da Bahia, já virou case de sucesso em vários eventos, festivais e concursos nacionais e internacionais. É tão apreciado, que é exportado para o Vaticano e já virou o café oficial do Papa Francisco", destacando que dentre os muitos prêmios recebidos pelos produtores chapadenses estava o "Cup Of Excellence 2018, um concurso para avaliar cafés especiais. Entre os 37 premiados na categoria “Pulped Naturals”, de cerejas úmidas despolpadas ou descascadas, 46% saíram de cafezais da Chapada".[142]

O café da "família Rigno, de Piatã (BA), na Chapada Diamantina, [é] a única tetra campeã do Cup of Excellence, o oscar dos cafés", segundo matéria do Globo Rural; na edição de 2022 dessa modalidade internacional de disputa, dos dez primeiros colocados seis eram de Piatã, que é a cidade situada na maior altitude do Nordeste (1 200 m).[143]

Em outubro de 2024 o café chapadense foi o primeiro produto baiano a receber o selo de indicação geográfica com denominação de origem. Concedido pelo INPI, o selo reconhece o café produzido em vinte e quatro municípios chapadenses após estudos realizados pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, e leva em consideração fatores sócio-ambientais e de solo, que dão características únicas ao sabor da bebida que, segundo o órgão, a tornam “encorpada, adocicada, com acidez cítrica, notas de nozes e chocolate, além de final prolongado”.[144]

O Morro do Pai Inácio, visto da BR-242
 • BA-142, na altura de Mucugê

A principal via de acesso da Chapada se dá pela rodovia federal BR-242 que, em 2015, recebeu o nome que homenageia o geógrafo Milton Santos,[145] nascido em Brotas de Macaúbas em 3 de maio de 1926, e falecido no dia 24 de junho de 2001.[146][147][148]

Dentre as rodovias estaduais que cruzam a região está a BA-052, conhecida como Estrada do Feijão, que liga Xique-Xique a Feira de Santana, passando por Morro do Chapéu.[149] A BA-142 é outra via importante, cortando a Chapada de norte a sul, ligando as cidades de Barra da Estiva, Ibicoara, Mucugê, Andaraí, Barra da Estiva, Ituaçu e Tanhaçu.[150] A BA-148 também faz a ligação norte-sul, e na Chapada atravessa as cidades de Dom Basílio, Livramento de Nossa Senhora, Rio de Contas, Jussiape, Abaíra, Piatã, Boninal, Seabra e Barra do Mendes; no trecho entre Livramento e Rio de Contas ela recebeu o nome de Estrada Parque Des. Antônio Carlos Souto, e foi construído no final da década de 1990.[151][152]

O Aeroporto Horácio de Mattos foi construído com o objetivo de fomentar o turismo na região, na cidade de Lençóis. Possui a segunda maior pista do estado mas, durante a pandemia de Covid-19 teve seu funcionamento suspenso por falta de empresa administradora,[153][154] sendo os voos retomados em novembro de 2022.[155]

Além do aeroporto de Lençóis, que é o maior e principal, existem "diversos pequenos campos de pouso ou aeródromos administrados pelo DERBA, pelas prefeituras dos municípios aonde se encontram ou até por particulares", como informou o governo estadual em 2004.[73]

Notas e referências

[editar | editar código-fonte]
Notas
  1. Como se pode ver do texto, há autores que ampliam essa lista, o que provavelmente se dá ao se considerar fatores geográficos, históricos, políticos e culturais, nem sempre coincidentes com as delimitações estatais.
  2. A formação tem início no estado de Minas Gerais, ao sul, estendendo-se até o norte para a Bahia até a Chapada Diamantina, voltando-se para o oeste com larguras que variam de 50 a 100 km, uma extensão total de 1 200 km (dos quais 550 km estão em solo mineiro) e altitudes que variam de 800 a 2 100 m.[1]
  3. Outros cálculos dão uma área superior a 41 000 km², como se vê no texto do artigo.
  4. Embora a matéria muitas vezes mencione o rio Paraguaçu, em outras passagens refere-se ao povoado de Paraguaçu; neste caso, fala de Mucugê, cujo nome original era "Vila de Santa Isabel do Paraguaçu" e depois São João do Paraguaçu.
  5. Essa área, atualmente, engloba mais de quarenta municípios, com as emancipações que ocorreram desde então.
  6. Esse texto está em Creative Commons 3.0, daí a sua citação aqui.
Referências
  1. Maíra Cristina de Oliveira Lima (2019). «Áreas de proteção ambiental municipais do Mosaico do Espinhaço: territórios protegidos?». UFMG. Consultado em 27 de dezembro de 2022. Cópia arquivada em 27 de dezembro de 2022 
  2. Flávia de Barros Prado Moura; José Geraldo Wanderley Marques; Eliane Maria de Souza Nogueira (2008). «"Peixe sabido, que enxerga de longe": Conhecimento ictiológico tradicional na Chapada Diamantina, Bahia» (PDF). Biotemas, nº 21 (vol. 3): 115-123. Consultado em 23 de janeiro de 2023. Cópia arquivada em 23 de janeiro de 2023 
  3. «Aventuras ECO: Pico do Barbado/Itobira». www.aventuraseco.com.br. Consultado em 8 de agosto de 2016. Cópia arquivada em 22 de agosto de 2016 
  4. «Incêndio atinge área da Bahia com pico mais alto do nordeste do país». G1. 21 de setembro de 2012. Consultado em 8 de agosto de 2016. Cópia arquivada em 7 de janeiro de 2023 
  5. Aristotelina Pereira Barreto Rocha.; et al. (2010). Geografia do Nordeste (PDF) 2. ed. ed. Natal: EDUFRN. ISBN 9788572738309. Consultado em 8 de agosto de 2016. Cópia arquivada (PDF) em 23 de dezembro de 2017 
  6. Letícia Couto Bicalho. Geografia. Juiz de Fora: 2014, UFJF. Disponível em: http://www.ufjf.br/cursinho/files/2014/05/Apostila.Geo_.Fisica.pdf Arquivado em 17 de janeiro de 2016, no Wayback Machine.. Acesso em 8 de agosto de 2016.
  7. IBGE (ed.). «Seabra». Consultado em 1 de abril de 2015 
  8. IBGE (ed.). «Morro do Chapéu». Consultado em 1 de abril de 2015 
  9. IBGE (ed.). «Iraquara». Consultado em 1 de abril de 2015 
  10. Antônio Marcos de Almeida Ribeiro (2021). «O léxico dos garimpeiros da Chapada Diamantina na obra 'Cascalho' de Herberto Sales». Revista Garimpus, 23 (Uneb). Consultado em 24 de janeiro de 2023. Cópia arquivada em 24 de janeiro de 2023 
  11. a b Natália Augusta Rothmann Eschiletti (3 de julho de 2020). «O perfil do geoturista no território proposto para o Geoparque Serra do Sincorá – BA». UCS. Consultado em 16 de março de 2023. Cópia arquivada em 6 de março de 2023. PDF arquivado como html. 
  12. «Museu de Araraquara, SP, exibe filme gravado na Chapada Diamantina, BA». G1. 12 de dezembro de 2014. Consultado em 5 de maio de 2023. Cópia arquivada em 8 de maio de 2023 
  13. a b c Carlos Alberto Santos Costa. «Representações rupestres no Piemonte da Chapada Diamantina (Bahia - Brasil)» (PDF). Universidade de Coimbra (pelo IPHAN). Consultado em 19 de julho de 2023 
  14. «#Chapada: Complexo Arqueológico Serra das Paridas é um tesouro na região do município de Lençóis». Jornal da Chapada. 24 de novembro de 2023. Consultado em 4 de dezembro de 2023 
  15. «Iraquara (BA) - histórico». IBGE Cidades. Consultado em 4 de dezembro de 2023 
  16. Solon Natalício Araújo dos Santos (2020). «Etnogênese Payayá: Pesquisa e Ensino da História Indígena na Chapada Diamantina» (PDF). Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Consultado em 18 de julho de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 18 de julho de 2023 
  17. Nicolas Etchevarne (23 de julho de 2016). «TV alemã visita e registra sítios arqueológicos da Chapada Diamantina». Bahia Arqueológica. Consultado em 8 de dezembro de 2023. Cópia arquivada em 27 de novembro de 2017 
  18. Renato Luís Sapucaia Ribeiro (2006). Chapada Diamantina: história, riquezas e encantos 4ª ed. Salvador: EGBA. p. p. 47. 234 páginas. ISBN 8575051385 
  19. Bonfim, Alexandre. «Capitania do Paraguaçu». BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Consultado em 24 de maio de 2023 
  20. Neves, Erivaldo Fagundes (2003). Posseiros, rendeiros e proprietários: estrutura fundiária e dinâmica agromercantil no Alto Sertão da Bahia (1750-1850) (PDF) (Tese de doutorado). Recife: UFPE. p. 171 
  21. Sanches, Nanci Patricia Lima (2008). Os livres pobres sem patrão nas Minas do Rio das Contas/Ba – Século XIX (1830-1870) (PDF) (Dissertação de mestrado). Salvador: UFBA. pp. 19–30 
  22. Marinho, Simone Ramos (2017). Club Rio Contense: sociabilidade, instrução e assistência no sertão republicano (Rio de Contas, 1902-1966) (PDF) (Tese de doutorado). Salvador: UFBA. pp. 37–38 
  23. «História de Jacobina». Prefeitura de Jacobina. 4 de janeiro de 2022. Consultado em 4 de dezembro de 2023. Cópia arquivada em 4 de dezembro de 2023 
  24. Vianna 1935, p. 91.
  25. Neves, Erivaldo Fagundes (2001). «História de família: origens portuguesas de grupos de consanguinidade do alto sertão da Serra Geral da Bahia». Revista de Pesquisa Histórica Clio. 19 (1): 111-140 
  26. «Página - IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional». portal.iphan.gov.br. Consultado em 4 de dezembro de 2023 
  27. a b França Nascimento, Ildimar (2009). E viva Santo Reis: um estudo sobre manifestações culturais em Piatã/Abaíra, Chapada Diamantina, Bahia. (PDF). Salvador: UFBA. pp. 21–29 
  28. Vianna 1935.
  29. Vianna 1935, p. 81-82.
  30. a b c d e f Roseli Senna Ganem; Maurício Boratto Viana (2006). «História ambiental do Parque Nacional da Chapada Diamantina - Ba» (PDF). Câmara dos Deputados. Consultado em 26 de março de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 5 de março de 2022 
  31. Enciclopédia dos Municípios Brasileiros (PDF). 21. Rio de Janeiro: IBGE. 1958. p. 350 
  32. a b Durval Vieira de Aguiar (1979). Descrições práticas da Província da Bahia : com declaração de todas as distâncias intermediárias das cidades, vilas e povoações 2ª ed. ed. Rio de Janeiro: Livraria Editora Cátedra. 320 páginas 
  33. a b Santos Filho, Licurgo (1956). Uma Comunidade Rural do Brasil Antigo (Aspectos da Vida Patriarcal no Sertão da Bahia nos Séculos XVIII e XIX) (PDF). São Paulo: Companhia Editora Nacional. 447 páginas 
  34. a b c Ricardo Galeno Fraga de Araujo Pereira (4 de junho de 2010). «Geoconservação e desenvolvimento sustentável na Chapada Diamantina (Bahia - Brasil)» (PDF). Universidade do Minho. Consultado em 8 de janeiro de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 16 de agosto de 2017 
  35. Poliana Antunes (29 de junho de 2019). «Conheça a história e a importância do 2 de Julho na Bahia». Tribuna da Bahia. Consultado em 1 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 29 de junho de 2019 
  36. a b Gabriel Banaggia (2017). «Conexões afroindígenas no jarê da Chapada Diamantina». Revista de Antropologia da UFSCar, 9 (2), p. 123-133. Consultado em 1 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 1 de outubro de 2023 
  37. a b «Diamond Mine of Sincura». NLA. The Maitland Mercury & Hunter River General Advertiser, the Athenaeum, (191): 4. 2 de maio de 1846. Consultado em 7 de outubro de 2023. Artigo original traduzido no Wikisource. 
  38. «História - Mucugê (BA)». IPHAN. Consultado em 4 de dezembro de 2023 
  39. «História - Lençóis (BA)». IPHAN. Consultado em 4 de dezembro de 2023 
  40. «Lençóis (BA) - histórico». IBGE Cidades. Consultado em 4 de dezembro de 2023 
  41. «Mucugê (BA) - histórico». IBGE Cidades. Consultado em 4 de dezembro de 2023 
  42. «Andaraí (BA) - histórico». IBGE Cidades. Consultado em 4 de dezembro de 2023 
  43. «Jacobina (BA) - histórico». IBGE Cidades. Consultado em 4 de dezembro de 2023 
  44. Teodoro Sampaio (2002). «A Chapada Diamantina». O Rio São Francisco e a Chapada Diamantina. [S.l.]: Companhia das Letras. p. 245. 352 páginas. ISBN 8535902562 
  45. a b Eliane Ramos Espírito Santo (2015). «O garimpeiro e o ambiente no município de Mucugê, Bahia, Brasil: uma abordagem etnoecológica» (PDF). UEFS. Consultado em 13 de abril de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 13 de abril de 2023 
  46. a b c «O Carbonado». Rio de Janeiro. Bahia Illustrada (nº 6): p. 22. 1 de maio de 1918. Disponível no acervo da Biblioteca Nacional do Brasil (pesquisa) 
  47. Maya Wei-Haas (11 de fevereiro de 2022). «Enorme diamante negro é vendido por mais de US$ 4 mi – e ninguém sabe de onde ele veio». nationalgeographicbrasil.com. National Geographic. Consultado em 1 de julho de 2024. Cópia arquivada em 12 de fevereiro de 2022 
  48. Erivaldo Fagundes Neves (2002). «Modernidade». História Regional e Local fragmentação e recomposição da história na crise da modernidade. Salvador: Arcadia. p. 14. 124 páginas. ISBN 8573950668 
  49. a b Antônio Marcos de Almeida Ribeiro (2021). «O léxico dos garimpeiros da Chapada Diamantina na obra cascalho de Herberto Sales». Seabra: Garimpus: Revista de Linguagens, Educação e Cultura na Chapada Diamantina, v. 2 n. 1, Uneb. Consultado em 11 de maio de 2023. Cópia arquivada em 11 de maio de 2023 
  50. Edízio Mendonça (2006). Campestre e seus Horrores. Salvador: EGBA. ISBN 85-7505-126-1 
  51. a b Elieser César (novembro de 2002). «O Coronel da Bahia». Salvador: Empresa Baiana de Jornalismo S.A. Memórias da Bahia (nº 4): pp. 6-21 
  52. Walfrido Moraes (1963). Jagunços e Heróis - A Civilização do Diamante nas Lavras da Bahia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira 
  53. Eul-Soon Pang (1979). «1 - Coronelismo: Um Enfoque Oligárquico da Política Brasileira». Coronelismo e Oligarquias (1889-1943): a Bahia na Primeira República Brasileira. Col: Retratos do Brasil. 128. Traduzido por Vera Teixeira Soares. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira. p. 53. 268 páginas 
  54. Pang, op. cit., p. 119
  55. Maria Elisa Lemos Nunes da Silva; Ricardo dos Santos Batista (2019). «O Grace Memorial Hospital e a Missão Presbiteriana norte-americana no Brasil: fontes para a história da assistência à saúde, 1955-1971». Scielo. Consultado em 10 de janeiro de 2024. Cópia arquivada em 24 de julho de 2021 
  56. Ester Fraga Vilas-Bôas Carvalho do Nascimento (2005). «Educar, curar, salvar: uma ilha de civilização no Brasil tropical» (PDF). PUC-SP. Consultado em 10 de janeiro de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 10 de janeiro de 2024 
  57. Fernanda Santana (28 de outubro de 2023). «A história de alemães confinados em campo de concentração baiano». Correio 24 Horas. Consultado em 8 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 28 de outubro de 2023 
  58. Ingrid Barbosa Gonçalves; Arthur Cavalcanti de Oliveira Damasceno (2019). «Povos originários do Sul da Chapada Diamantina: (re)conhecimento da história local e educação patrimonial» (PDF). Anpuh. Consultado em 8 de maio de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 8 de maio de 2023 
  59. SUERTEGARAY, M.A. (org.) Terra: feições ilustradas. Porto Alegre – RS: Editora da UFRGS, 2003.
  60. Rodrigo Valle Cezar (2011). Carta Geoambiental (1:50.000) e Trilhas Interpretativas da Zona Turística do Vale do Pati, Chapada Diamantina – BA (Tese). Instituto de Geociências e Ciências Exatas de Rio Claro. Consultado em 16 de janeiro de 2023. Cópia arquivada em 15 de maio de 2021 
  61. a b c «Plano Diretor de Recursos Hídricos | Bacia dos Rios Verde e Jacaré, Margem Direita do Lago de Sobradinho» (PDF). 1995. Consultado em 7 de outubro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 27 de janeiro de 2019 
  62. Maria Medrado Nascimento (2019). CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS EM ÁREAS DE PRESERVAÇÃO: O CASO DAS COMUNIDADES TRADICIONAIS DO PARQUE NACIONAL DA CHAPADA DIAMANTINA (PDF). Tempos Históricos (Tese de doutorado). 23. 299-327. ISSN 1983-1463 
  63. a b c Flores, Cintya Dantas (1 de junho de 2016). TERRITÓRIOS DE IDENTIDADE NA BAHIA: Saúde, Educação, Cultura e Meio Ambiente frente à Dinâmica Territorial (Dissertação de mestrado). Universidade Federal da Bahia. Consultado em 16 de janeiro de 2023 
  64. a b c Renato Luís Bandeira (2006). Chapada Diamantina: história, riquezas e encantos 4ª ed. Salvador: Secult-BA. 233 páginas. ISBN 8575051385 
  65. «REGIÕES ECONÔMICAS - ESTADO DA BAHIA - 2015» (PDF). Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia - Secretaria de Planejamento - Governo do Estado. 2015 
  66. Souza, Aline Conceição; Serra, Maurício. O processo de configuração do Território Turístico Baiano de 2004-2017 (PDF). VIII SEMANA DE ECONOMIA. Departamento de Economia da Universidade Estadual de Santa Cruz. Consultado em 16 de janeiro de 2023 
  67. Sousa, Andreia Rita Pereira de (2015). TURISMO E PRODUÇÃO DO TERRITÓRIO NA BAHIA: IMPACTOS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS EM VALENÇA (PDF) (Dissertação de mestrado profissional). Feira de Santana: Universidade Estadual de Feira de Santana 
  68. a b «Território da Chapada». Consultado em 2 de abril de 2015. Arquivado do original em 30 de setembro de 2015 
  69. «Municípios que compõem o Território da Chapada Diamantina» (PDF). Consultado em 27 de novembro de 2016. Arquivado do original (PDF) em 18 de junho de 2022 
  70. Milton Souza Ribeiro Miltão; A. V. Andrade-Neto; Rainer Madejsky. «Popularização da astronomia na Chapada Diamantina e Escolas Famílias Agrícolas do semi-árido - Bahia» (PDF). Rio de Janeiro: I Simpósio Nacional de Educação em Astronomia. Consultado em 27 de janeiro de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 28 de janeiro de 2024 
  71. «Chapada Diamantina é berçário de rios e guarda o Pico do Barbado». G1. 2 de agosto de 2017. Consultado em 4 de dezembro de 2023 
  72. «Biodiversidade». Guia Chapada Diamantina. Consultado em 4 de dezembro de 2023 
  73. a b Secretaria de Turismo (2004). «PDITS Chapada Diamatina» (PDF). Setur-BA. Consultado em 9 de dezembro de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 20 de setembro de 2018 
  74. Jonatas Batista Mattos; Francisco Carlos Fernandes de Paula (2022). «Análise geoambiental de uma microbacia hidrográfica no município de Lençóis, Chapada Diamantina (Bahia), Brasil». Scielo (Sociedade & Natureza, vol. 1, n. 29). Consultado em 16 de abril de 2023. Cópia arquivada em 16 de abril de 2023 
  75. a b Ricardo Borges (18 de março de 2021). «Os mares ancestrais da Chapada Diamantina». Geobservatório. Consultado em 16 de maio de 2023. Cópia arquivada em 16 de maio de 2023 
  76. Natália Augusta Rothmann Eschiletti (3 de julho de 2020). «O perfil do geoturista no território proposto para o Geoparque Serra do Sincorá – BA». UCS. Consultado em 16 de março de 2023. Cópia arquivada em 6 de março de 2023. PDF arquivado como html. 
  77. Oscar P. G. Braun (1970). «Contribuição à Geomorfologia do Brasil Central». IBGE. Consultado em 2 de dezembro de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 2 de dezembro de 2023 
  78. a b «Chapada Diamantina é berçário de rios e guarda o Pico do Barbado». G1. 2 de agosto de 2017. Consultado em 23 de fevereiro de 2023. Cópia arquivada em 3 de agosto de 2017 
  79. Estevan Eltink; Mariela Castro; Felipe Chinaglia Montefeltro; Mario André Trindade Dantas; Carolina Saldanha Scherer; Paulo Victor de Oliveira; Max Cardoso Langer (março de 2020). «Mammalian fossils from Gruta do Ioiô cave and past of the Chapada Diamantina, northeastern Brazil, using taphonomy, radiocarbon dating and paleoecology». Journal of South American Earth Sciences (em inglês). 98. ISSN 0895-9811. doi:10.1016/j.jsames.2019.102379. Consultado em 7 de abril de 2023 
  80. Cassimiro & Rodrigues (2009). «A new species of lizard genus Gymnodactylus Spix, 1825 (Squamata: Gekkota: Phyllodactylidae) from Serra do Sincorá, northeastern Brazil, and the status of G. carvalhoi Vanzolini, 2005.» (PDF). Zootaxa 2008: 38-52. Consultado em 6 de outubro de 2023 
  81. Rogério Bertani; Maria Elina Bichuette; Denis R. Pedroso (6 de março de 2012). «Tmesiphantes hypogeus sp. nov. (Araneae, Theraphosidae), a primeira tarântula troglóbia do Brasil». Scielo. Consultado em 25 de março de 2023. Cópia arquivada em 23 de maio de 2022 
  82. Bianca Rantin (2011). «Comportamento e distribuição de bagres subterrâneos e epígeos, subfamília Copionondontinae Pinna, 1992 (siluriformes, Trichomycteridae) da Chapada Diamantina, Bahia Central» (PDF). UFSCar. Consultado em 4 de junho de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 4 de junho de 2023 
  83. «Nova espécie de centopeia é descrita – a primeira troglóbia da Chapada Diamantina, Bahia e da Subfamilia Scolopocryptopinae!». Grupo Pierre Martin de Espeleologia. Consultado em 12 de julho de 2023 
  84. Fernando Barros (23 de novembro de 2023). «Belo e raro: conheça beija-flor que atrai observadores à Chapada Diamantina». Consultado em 23 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 23 de novembro de 2023 
  85. a b Sarah Moura B. dos Santos; António Bento Gonçalves; Washington Franca Rocha; Gustavo Baptista (março de 2020). «Assessment of Burned Forest Area Severity and Postfire Regrowth in Chapada Diamantina National Park (Bahia, Brazil) Using dNBR and RdNBR Spectral Indices». Geosciences (em inglês). 10 (3). ISSN 2076-3263. Consultado em 7 de abril de 2023 
  86. a b c Ricardo Borges (2020). «Chapada Diamantina Sempre Viva!». Geobservatorio. Consultado em 10 de janeiro de 2024. Cópia arquivada em 17 de outubro de 2023 
  87. «Plano de Manejo RPPN Adília Paraguassú Batista» (PDF). ICMBio. 8 de setembro de 2017. Consultado em 31 de janeiro de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 31 de janeiro de 2024 
  88. «DECRETO Nº 91.655, DE 17 DE SETEMBRO DE 1985». Câmara dos Deputados 
  89. Unidade de Conservação ... MMA.
  90. a b Hermes, Miriam (16 de setembro de 2016). «Parque Nacional da Chapada faz 31 anos». A Tarde. Consultado em 23 de setembro de 2016. Cópia arquivada em 15 de agosto de 2017 
  91. Parna da Chapada da Diamantina – Chico Mendes.
  92. Elba Moraes Rêgo Töth (1997). «CHAPADA DIAMANTINA: ROCHAS PRÉ-CAMBRIANAS E PINTURAS RUPESTRES DO HOMEM PLEISTOCÊNICO». Universidade Federal de Pernambuco. CLIO – Arqueológica. 12. 194. ISSN 2448-2331 
  93. Parque Estadual do Morro do Chapéu – INEMA.
  94. a b Anulado decreto que extinguiu o Parque ...
  95. PES Morro do Chapéu – ISA, Informações gerais.
  96. PES Morro do Chapéu – ISA, Características.
  97. Calheiros 2012.
  98. Institucional. «APA Marimbus / Iraquara». INEMA. Consultado em 25 de dezembro de 2022. Cópia arquivada em 5 de dezembro de 2019 
  99. Flávia de Barros Prado Moura; José Geraldo Wanderley Marques; Eliane Maria de Souza Nogueira (2008). «"Peixe sabido, que enxerga de longe": Conhecimento ictiológico tradicional na Chapada Diamantina, Bahia» (PDF). Biotemas, nº 21 (vol. 3): 115-123. Consultado em 23 de janeiro de 2023. Cópia arquivada em 23 de janeiro de 2023 
  100. Mylène Berbert-Born; Ivo Karmann. «Lapa dos Brejões». SIGEP. Consultado em 1 de janeiro de 2012. Arquivado do original em 15 de abril de 2012 
  101. Institucional. «APA Gruta dos Brejões / Vereda do Romão Gramacho». Inema. Consultado em 27 de dezembro de 2022 
  102. Flávia Aninger de Barros Rocha (2019). «Apresentação». Revista Pai Inácio de Literatura e Arte/UEFS. Consultado em 19 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 17 de outubro de 2022 
  103. Mariana Peixoto (11 de agosto de 2018). «Moraes Moreira: 'O cordel me deu um ritmo maravilhoso'». Portal Uai. Consultado em 19 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 20 de outubro de 2023 
  104. Carolina Pedreira (2010). «Vista do Reza não é música: a lamentação das almas na». UFRGS. Consultado em 10 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 19 de setembro de 2015 
  105. «MORRO DO FOGO: Momentos de uma Romaria que se foi…». O Eco. 2016. Consultado em 18 de fevereiro de 2023. Cópia arquivada em 18 de fevereiro de 2023 
  106. Samuel Rodrigues (19 de junho de 2019). «Hoje (19) e amanhã (20), Rio de Contas recebe multidão para a maior festa católica do ano». O Eco. Consultado em 16 de janeiro de 2023. Cópia arquivada em 17 de janeiro de 2023 
  107. Luiz Felipe Moretti Iniesta; Rodrigo Lopes Ferreira (16 de novembro de 2016). «Nova ordem de diplópoda é descrita para caverna na Bahia» (PDF). Sociedade Brasileira de Espeleologia. Consultado em 16 de outubro de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 16 de outubro de 2023 
  108. Fabiano Mikalauskas de Souza Nogueira (2010). «A representação de sítios históricos: documentação arquitetônica digital». UFBA. Consultado em 16 de janeiro de 2021. Cópia arquivada (PDF) em 17 de janeiro de 2021 
  109. «Lençóis - Conjunto Arquitetônico e Paisagístico». ipatrimônio. Consultado em 16 de julho de 2021 
  110. «Mucugê - Conjunto Arquitetônico e Paisagístico». ipatrimônio. Consultado em 16 de julho de 2021 
  111. a b Carolino Marcelo de Sousa Brito (março de 2013). «Ruínas sobre a Serra do Sincorá: a patrimonialização de Mucugê e do Cemitério Santa Isabel (Bahia, 1970-2012)» (PDF). Natal. Consultado em 15 de janeiro de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 15 de janeiro de 2023 
  112. «IPHAN». Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Consultado em 22 de julho de 2021 
  113. «Igatu (Andaraí - BA)». Portal IPHAN. Consultado em 21 de julho de 2021 
  114. Institucional (9 de dezembro de 2015). «Bens tombados e em processo de tombamento em andamento» (PDF). IPHAN. Consultado em 11 de janeiro de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 8 de novembro de 2022 
  115. Sociedade Brasileira de Espeleologia (15 de abril de 2008). «Lapa da Mangabeira» (PDF). SBE Antropoespeleologia (7). Cópia arquivada (PDF) em 11 de julho de 2023 
  116. Luiz Alexandre Brandão Freire (2020). «Lavras Diamantinas (Bahia, séc. XIX): Reflexões sobre a Historiografia» (PDF). Anpuh. Consultado em 25 de janeiro de 2023. Cópia arquivada em 26 de janeiro de 2023 
  117. Neves, Marcelino José das; Neves Lobão, Maria Theodolina (1967). «Prefácio». Lavras Diamantinas. Salvador: Fundação Gonçalo Muniz. 417 páginas 
  118. Damares Oliveira de Souza; Patrício Nunes Barreiros (4 de abril de 2023). «Crenças, atitudes linguísticas e ensino: um olhar sobre o romance Maria Dusá, de Lindolfo Rocha». Revista do GELNE, v. 25, n. 1. Consultado em 27 de dezembro de 2023. Cópia arquivada em 27 de dezembro de 2023 
  119. Júnia Tanúsia Antunes Meira (2015). «Uma escrita à margem: o romance Maria Dusá, de Lindolfo Rocha» (PDF). Universidade Estadual de Montes Claros. Consultado em 27 de dezembro de 2023. Cópia arquivada em 27 de dezembro de 2023 
  120. Hélio Pólvora; Ruy Espinheira Filho; Aramis Ribeiro Costa; et al. (2017). Dhan Ribeiro, ed. Herberto Sales: a saga de um bamburrar literário. Simões Filho: Kalango. 195 páginas. ISBN 9788589526913 
  121. Erivaldo Fagundes Neves; Delmar Alves de Araújo; Ronaldo de Salles Sena (2002). Bambúrrios e Quimeras (olhares sobre Lençóis: narrativa de garimpos e interpretações da cultura. Feira de Santana: UEFS - Grafinort. 260 páginas. ISBN 9788573950694 
  122. Amanda Capuano (28 de dezembro de 2021). «'Torto Arado' desbanca autoajuda e é o livro mais vendido do ano na Amazon». Veja 
  123. «Maria, Maria». Memória Globo. Consultado em 30 de dezembro de 2020. Cópia arquivada em 23 de outubro de 2021 
  124. Sérgio Rizzo (9 de dezembro de 2006). «Documentário faz retrato amargo de cidade mudada». Folha de S.Paulo. Consultado em 31 de janeiro de 2023. Cópia arquivada em 1 de fevereiro de 2023 
  125. Leda Zogbi (30 de abril de 2013). «Remapeada Gruta da Fumaça, Iraquara, Bahia». Conexão Subterrânea (N. 108): p. 2. ISSN 19811594 
  126. «Rede Globo filma novela na Bahia». bahia.ba.gov.br. 16 de maio de 2008. Consultado em 12 de maio de 2023. Cópia arquivada em 12 de maio de 2023 
  127. «O Brasil da Pré-História: o Mistério do Poço Azul» (PDF). fde.sp.gov.br. Consultado em 6 de maio de 2023. Cópia arquivada em 6 de maio de 2023. PDF arquivado como html. 
  128. «Carnaval: em Rio de Contas pousadas chegam a cobrar R$ 2.800 pelos quatro dias de folia». Sudoeste Bahia. 18 de janeiro de 2023. Consultado em 21 de janeiro de 2024. Cópia arquivada em 22 de janeiro de 2024 
  129. Will Assunção (22 de fevereiro de 2012). «Protesto marca Carnaval 2012 de Rio de Contas». Jussi Up. Consultado em 16 de janeiro de 2021. Cópia arquivada em 17 de janeiro de 2023 
  130. Glauco Wanderley (24 de fevereiro de 2009). «Folia à moda antiga em Rio de Contas». A Tarde. Cópia arquivada em 22 de janeiro de 2024 
  131. «Beleza histórica e natural de Rio de Contas atrai turistas durante todo ano». G1. 16 de dezembro de 2014. Consultado em 21 de janeiro de 2024. Cópia arquivada em 7 de agosto de 2016 
  132. João Brandão (2 de outubro de 2019). «Fonte de riqueza de Jacobina: conheça a mineradora que mais produz ouro no Nordeste». Bahia Notícias. Consultado em 9 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 9 de outubro de 2023 
  133. Brian Cook (1 de setembro de 2006). «"Bahia Gold" Golden Rutilated Quartz». Gems & Gemology. Consultado em 18 de outubro de 2023. Artigo com acesso disponível pela "Biblioteca da Wikipédia" 
  134. Giovanna Isabele Pereira da Silva (2 de agosto de 2022). «Turismo de base comunitária e suas funcionalidades: uma análise sobre a comunidade do Vale do Pati no Parque Nacional da Chapada Diamantina - BA» (PDF). Unesp. Consultado em 2 de março de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 3 de março de 2023 
  135. «Chapada Diamantina é eleita como o melhor lugar para se visitar no Brasil». Correio. 7 de março de 2023. Consultado em 3 de dezembro de 2023. Cópia arquivada em 3 de dezembro de 2023 
  136. Institucional (18 de abril de 2019). «Bahia é o primeiro em energia eólica no país». Seplan. Consultado em 9 de outubro de 2023 
  137. «Águas do Paraguaçu levam o cultivo de maçã e ameixa para a Bahia». G1. 31 de julho de 2011. Consultado em 21 de janeiro de 2024. Cópia arquivada em 22 de janeiro de 2024 
  138. «Rio de Contas, na Chapada Diamantina, colhe primeira safra de azeitonas do nordeste; pomar deve render 5 toneladas». G1. 1 de abril de 2018. Consultado em 21 de janeiro de 2024. Cópia arquivada em 1 de abril de 2018 
  139. «Primeiro azeite de oliva produzido na Bahia ganha prêmio internacional: 'É um gosto tropical', diz produtor rural». G1. 26 de setembro de 2021. Consultado em 21 de janeiro de 2024. Cópia arquivada em 26 de setembro de 2021 
  140. Murilllo Medeiros Carvalho (19 de junho de 2021). «Construtos do comportamento associados à adoção de práticas agrícolas no plantio de café da Chapada Diamantina-BA». Salvador: UFBA. Consultado em 23 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 1 de outubro de 2023 
  141. «O café especial produzido na região da Chapada Diamantina provou que é o melhor do Brasil». Revista Cafeicultura (após Correio da Bahia). 22 de dezembro de 2006. Consultado em 23 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 23 de novembro de 2023 
  142. Agência Sebrae (30 de novembro de 2018). «Café produzido na Chapada Diamantina vira sucesso internacional». Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios. Consultado em 23 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 31 de janeiro de 2019 
  143. Lívia Andrade (12 de dezembro de 2022). «O que é que o café baiano tem?». Globo Rural. Consultado em 4 de dezembro de 2023. Cópia arquivada em 12 de dezembro de 2022 
  144. Isadora Camargo (17 de outubro de 2024). «Café da Chapada Diamantina, na Bahia, ganha Indicação Geográfica». Globo Rural. Consultado em 22 de outubro de 2024. Cópia arquivada em 22 de outubro de 2024 
  145. Congresso Nacional (18 de março de 2005). «Lei 11.103 de 18 de março de 2005». Casa Civil da Presidência da República. Consultado em 27 de janeiro de 2023 
  146. Guto Gonçalves (24 de junho de 2001). «Professor Milton Santos morre de câncer na próstata aos 75 anos». Folha de S.Paulo. Consultado em 9 de outubro de 2023 
  147. «Entrevista explosiva com Milton Santos». Geledés. Consultado em 21 de novembro de 2014 
  148. «Milton Almeida dos Santos». Museu Afro Brasil. Consultado em 21 de novembro de 2018 
  149. «Conclusão de mais 244 km completa recuperação da Estrada do Feijão». Governo da Bahia. 2 de maio de 2012. Consultado em 8 de outubro de 2012. Cópia arquivada em 20 de janeiro de 2021 
  150. Francis Juliano. «BA-142 que interliga cidades da Chapada passa a ter nome de ex-prefeita». Bahia Notíticias. Consultado em 9 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 10 de outubro de 2023 
  151. «BA-148: trecho Livramento/Rio de Contas encontra-se em péssimas condições de uso e conservação». Portal Livramento. 11 de janeiro de 2017. Consultado em 9 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 10 de outubro de 2023 
  152. «Inaugurado o Trecho da BA-148 entre os municípios de Abaíra e Jussiape, interligando BR-242 até a BR-116». O Eco. 2012. Consultado em 9 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 10 de outubro de 2023 
  153. Polcri, Maysa (10 de janeiro de 2022). «Aeroporto de Lençóis permanece fechado desde o início da pandemia». Jornal Correio. Consultado em 30 de março de 2022 
  154. Alexandre Galvão (9 de Janeiro de 2015). «Sem iluminação, aeroporto de Lençóis só funciona até pôr do sol». Bahia Notícias. Consultado em 12 de Janeiro de 2015 
  155. «#Chapada: Gol inaugura voo entre Salvador e Lençóis». Jornal da Chapada. 9 de novembro de 2022. Consultado em 9 de outubro de 2023 

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]