Nothing Special   »   [go: up one dir, main page]

Saltar para o conteúdo

Castelo do Mau Vizinho (Vila Real)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

 Nota: Não confundir com a fortificação no concelho de Arraiolos, igualmente denominada de Castelo do Mau Vizinho.
Castelo do Mau Vizinho
Informações gerais
Estilo dominante Castelo roqueiro
Construção Idade Média
Património de Portugal
Classificação  Imóvel de Interesse Público [♦]
DGPC 73938
SIPA 6015
Geografia
País Portugal
Localização Cimo de Vila da Castanheira
Coordenadas 41° 49′ 01″ N, 7° 13′ 59″ O
Mapa
Localização em mapa dinâmico
[♦] ^ DL nº 1/86, de 3 de Janeiro

O Castelo do Mau Vizinho, também referido como Castelo dos Mouros, é um castelo roqueiro de construção medieval localizado na freguesia de Cimo de Vila da Castanheira, município de Chaves, no Distrito de Vila Real, em Portugal.[1]

Isolado num penedo sobranceiro à margem direita do rio Mousse (Mouce?), afluente do rio Mente, na vertente nordeste da serra do Candedo, na realidade trata-se de um sítio arqueológico de natureza ainda não inteiramente compreendida pelos estudiosos. Alguns autores sustentam que se trata de um santuário pré-romano, composto por um altar e por locais de sacrifício. Outros autores argumentam, por outro lado, que o sítio não apresenta o mesmo tipo de estruturas (cultuais e defensivas) identificados na região.

Descoberto pelo arqueólogo António da Eira e Costa entre o final da década de 1960 e o início da de 1970,[2] foi objeto de três campanhas:

  • no Verão de 1981 – conduzida por Adérito Medeiros Freitas, António da Eira e Costa e Joaquim Rodrigues dos Santos Júnior, promoveu trabalhos de limpeza e esquematização;[3]
  • em Setembro de 1988 – conduzida pela mesma equipe, com a participação de Norberto dos Santos Júnior, prosseguiu os trabalhos de limpeza e esquematização;[3] e
  • Setembro de 1989 – conduzida por Adérito Medeiros Freitas e António da Eira e Costa, completou os trabalhos, com fundos da Câmara Municipal de Chaves.[4]

Como consequência desses trabalhos, o sítio encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público por Decreto publicado em 3 de Janeiro de 1986.

O material trazido à luz pela pesquisa arqueológica neste sítio é constituído por um cossoiro de barro[5] e fragmentos de telha e de cerâmica, correspondentes à Idade Média.

Características

[editar | editar código-fonte]

A estrutura denominada como castelo constitui-se no topo cortado do penedo de xisto, na cota de 562 metros acima do nível do mar, limitado por encaixes para o assentamento da estrutura de um possível torreão central. Envolvendo o espaço deste recinto central (c. 184 metros quadrados), ergue-se uma cerca de pedras de xisto argamassadas que se desenvolve em dois troços. Externamente a esta cerca, existem uma série de cavidades na rocha, para o assentamento de estruturas perecíveis (como a madeira), que constituiriam uma segunda linha defensiva. O conjunto é acedido por um alinhamento de degraus escavados na rocha.

Referências
  1. Ficha na base de dados SIPA
  2. COSTA, António da Eira e. "O Castelo do Mau Vizinho". Trabalhos de Antropologia e Etnologia (v. XXII, fascículo 3). Porto: Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia, 1973. p. 345-351.
  3. a b COSTA, António da Eira e; FREITAS, Adérito Medeiros; SANTOS JÚNIOR, Joaquim Rodrigues dos. "Campanha de trabalhos. Castelo do Mau Vizinho. Cimo de Vila da Castanheira – Chaves". Trabalhos de Antropologia e Etnologia (v. XXIV, fascículo 2). Porto: Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia, 1982. p. 293-320.
  4. COSTA, António da Eira e; FREITAS, Adérito Medeiros; SANTOS JÚNIOR, Joaquim Rodrigues dos; SANTOS, Joaquim Norberto dos. "O santuário do Castelo do Mau Vizinho". Revista de Guimarães (v. 99). Guimarães, Jan.-Dez. 1989. p. 368-410.
  5. Bola com um orifício ao centro para colocação de um mastro.

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]