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Carlos Graça

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Carlos Graça
Carlos Graça
6.º Primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe
Período 25 de outubro de 1994
a 31 de dezembro de 1995
Presidente Miguel Trovoada
Antecessor(a) Evaristo Carvalho
Sucessor(a) Armindo Vaz d'Almeida
Dados pessoais
Nascimento 22 de dezembro de 1931
São Tomé, Província de São Tomé e Príncipe
Morte 17 de abril de 2013 (81 anos)
Lisboa, Portugal
Partido MLSTP-PSD

Carlos Alberto Monteiro Dias da Graça, conhecido por Carlos Graça (São Tomé e Príncipe, 22 de dezembro de 1931 - Lisboa, 17 de abril de 2013) foi um médico, político e escritor saotomeense.

De família caboverdeana, Carlos Graça exerceu em São Tomé e Príncipe as funções de médico e político, envolvido na luta pela independência de sua terra. Faleceu em Lisboa, após longa enfermidade.

Foi médico particular do então presidente do Gabão Omar Bongo.

Desde cedo (1961), no Comité de Libertação de São Tomé e Príncipe (CLSTP) em Libreville (Gabão), participou das lutas políticas pela libertação de São Tomé e Príncipe, tendo sido co-fundador do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe (MLSTP) em 1972.

Nos preparativos para a independência, em 1974, assumiu a função de ministro de assuntos sociais.

Após a independência de seu país, exerceu as seguintes atividades:

  • Ministro da Saúde e dos Assuntos Sociais no governo de transição e nos primeiros governos após a independência até janeiro de 1977, quando demitiu-se por discordar da opção socialista, exilando-se no Gabão;
  • em 1979, foi condenado à revelia a 24 anos de trabalho forçado;
  • em 1983, foi presidente da Frente de Resistência Nacional de São Tomé e Príncipe (FRNSTP);
  • em 1986, saiu da FRNSTP;
  • de 1988 a 1990, foi ministro dos Negócios Estrangeiros;
  • em 1990 foi eleito secretário geral do MLSTP, então transformado em partido, o PSD;
  • primeiro ministro de 1994 a 1996;
  • candidatou-se a presidente, em 1996, tendo sido derrotado.

Carlos Graça publicou as seguintes obras:

  • Ensaio sobre a condição humana - Instituto para a Democracia e o Desenvolvimento, 2004;
  • João Paulo II Político - União UNEAS, 2007;
  • Che Guevara, personagem mítico - IDD;
  • Memórias políticas de um nacionalista santomense sui generis - UNEAS, 2012.[1]

Participou do VII Congresso Internacional de Médicos Escritores e Artistas Lusófonos, promovido pela União de Médicos Escritores e Artistas Lusófonos (UMEAL) em Lisboa, em setembro de 2010, pleiteando presidir o próximo congresso em São Tomé. Porém a saúde não o deixou cumprir o pleiteado, e o congresso foi transferido para Curitiba, Brasil.

Sua saúde debilitou-se mais, vindo a falecer em 17 de abril de 2013.[2]

Voto de pesar

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Pelo seu falecimento, a Assembleia de São Tomé e Príncipe aprovou voto de pesar.[3]

O primeiro ministro Gabriel Costa assim se expressou a respeito:[4]

O Movimento pela Libertação de São Tomé e Príncipe MLSTP/PSD, através de Alcino Pinto, também se pronunciou:

Ligações externas

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Referências
  1. Nón, Téla (24 de fevereiro de 2012). «Livro de memórias de Carlos Graça está a ser devorado». Téla Nón. Consultado em 16 de abril de 2022 
  2. RDP-África, RTP, Rádio e Televisão de Portugal-. «Morreu Carlos Graça, ex-Primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe - Noticias Africa - RDP África». www.rtp.pt. Consultado em 16 de abril de 2022 
  3. «Voto de Pesar em memória do Dr. Carlos Graça». www2.camara.leg.br. Consultado em 16 de abril de 2022 
  4. a b Nón, Téla (18 de abril de 2013). «MLSTP e ADI condoídos com a morte de Carlos Graça». Téla Nón. Consultado em 16 de abril de 2022