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PT94156B - Aparelho e processo para colocacao selectiva de material fibroso em artigos de fibras - Google Patents

Aparelho e processo para colocacao selectiva de material fibroso em artigos de fibras Download PDF

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PT94156B
PT94156B PT94156A PT9415690A PT94156B PT 94156 B PT94156 B PT 94156B PT 94156 A PT94156 A PT 94156A PT 9415690 A PT9415690 A PT 9415690A PT 94156 B PT94156 B PT 94156B
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Roger Bergquist
Manfred Schroeder
Theodore Wein
Matthew Monetti
Paul Fung
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Mcneil Ppc Inc
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Description

Descrição
A presente invenção refere-se a métodos e aparelhos para colocar selectivamente um ou mais materiais fibrosos dentro de um produto já formado, Mais especificamente, a presente invenção permite a formação de diferentes tipos de materiais fibrosos num núcleo absorvente para produtos tais como pensos hi giénicos, fraldas ou análogos.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
As investigações anteriores na química dos materiais absorventes, particularmente, de materiais fibrosos tais como celulose, produziram ganhos significativos na eficácia dos produtos absorventes. Realizaram-se aperfeiçoamentos na absorção, retenção de fluídos e outras características que afectam o conforto do utilizador, tais como, menor dureza. Adicionalmente,
J.M.
verificou-se que se podem tratar determinados materiais de absorção em linha para os tornar hidrofóbicos ou repelentes de fluídos em alguma extensão. A maior parte dos produtos absorven tes têm pelo menos uma superfície principal que está exposta a um fluxo de fluído ou recolhe fluídos. Os materiais hidrofóbicos podem combinar-se com materiais absorventes para proporcionar uma estrutura que absorve e retém fluídos, ao mesmo tempo que evita a exsudação dos fluídos retidos a partir das extremidades laterais do penso, ou proporcionando uma camada que evite que o fluído atravesse completamente o penso desde a superfície absorvente principal ate à outra superfície.
Com os materiais avançados e as estruturas dos produtos absorventes aperfeiçoados aparece a necessidade conconri. tante de técnicas de fabrico avançadas. Isto ó particularmente verdade em relação a artigos tais como pensos higiénicos, ou fraldas descartáveis, revestimento de feridas e análogos, que são produzidos, necessariamente, em volumes extremamente elevados. Em muitos casos, os materiais que constituem tais produtos absorventes são fabricados na forma de folha. Noutros casos, os materiais podem estar em grânulos ou em unidades aleatoriamente agregadas, contudo, no início, normalmente, não incluíam fibras individuais. Assim, desenvolveram-se aparelhos e métodos em que os materiais de partida são moídos ou fisicamente unidos de outra forma para os tornar um material num estado fibroso, e este processo é conhecido como ”desfibração”. Por exemplo, a polpa de madeira podeser desfibrada num moinho de martelos ou moinho de disco convencionais. 0 material desfibrado é então facilmente moldado em artigos absorventes possuindo elevado nível de cor. sistência.
Verificou-se que um modo eficiente de manusear o material desfibrado para produção em massa de artigos absorventes é por criação de um fluxo, impregnado de ar, do material desfibrado. Utilizando esta técnica, o material pode ser transportado e manuseado de forma eficiente em maquinaria de produção de velocidade elevada. 0 material desfibrado impregnado de ar pode moldar-se em pensos absorventes ou análogos por passagem do fluxo de ar através de uma superfície foraminosa; se o orifício for de tamanho adequado, o material desfibrado é aí depositado, e este processo é conhecido como de camada pneumática”. Mais normalmente, os aparelhos podem ser construídos incluindo um sistema de impregnação de ar que liberta um fluxo de fibras para um tambor rotativo. Colocada na periferia do tambor está uma série de cavidades foraminosas ou moldes, normalmente na forma do artigo desejado. Em determinados casos, contudo, a periferia é uma superfície foraminosa contínua, o que permite a produção de uma folha esponjosa contínua. As fibras são depois depositadas na superfície foraminosa; nalguns casos, se a cavidade está muito cheia, remove-se o excesso por passagem da cavidade na proximidade de uma escova rotativa, um processo conhecido como escarvar”. Regulando a pressão interna do tambor, relativamente à pressão do fluxo impregnado de ar, pode controlar-se a densidade das fibras depositadas. Adicionalmente, em certos aparelhos cria-se uma pressão positiva em porções do tambor, o que permite que os artigos esponjosos sejam ejectados para o processo seguinte.
Um aparelho do tipo tambor de ar para a moldagem de pensos fibrosos a partir de uma folha de material fibroso está descrito na Patente Norte-Americana Nr. 4.005.957-Savich. 0 aparelho aqui descrito é constituído por um meio para desfibrar uma folha de material fibroso e proporciona um fluxo de fibras impregnadas de ar ao tambor rotativo. Colocam-se uma série de cavidades foraminosas na periferia do tambor, no qual se introduzem as fibras impregnadas de ar, produzindo um artigo esponjoso na reentrância. Savich preceitua a formação do artigo numa reentrância curva e a ejeeção do artigo esponjoso numa correia transportadora de vácuo plana, proporcionando assim um artigo com um lado curvo e um lado plano. A pressão diferencial entre o transportador de vácuo e o tambor rotativo é suficiente para co» primir o artigo esponjoso num artigo possuindo um peso específico relativamente maior.
Outro exemplo de aparelhos para a formação de camadas pneumáticas está descrito na Patente Norte-Americana 4.59S.44l-Stemmler, que descreve aparelhos para o fabrico de pensos absorventes moldados para se ajustarem ao corpo. Como atrás discutido, á muitas vezes desejável produzir artigos absorventes constituídos de dois ou mais materiais. Stemmler preceitua a utilização do que é essencialmente uma série de duas máquinas idênticas, separadas, de formação ligadas por uma roda de transferência. Um fluxo de fibras impregnado de ar é criado a partir de uma trama de celulose utilizando aparelhos separados ligados a cada uma das máquinas. A primeira máquina possui um tambor oco que possui reentrâncias nas quais passa um fluxo de fibras impregnadas de ar. As fibras impregnadas de ar são de positadas para formarem uma primeira camada componente doaartigo absorvente. A primeira camada do artigo é então transferida para a segundo máquina onde se tinha formado a segunda camada do artigo utilizando um segundo fluxo de fibras. As duas camadas são comprimidas em conjunto por um tambor de transferência que transporta o artigo de duas camadas resultantes para ser posteriormente comprimido e ejectado. Assim, Stemmler preceitua a formação de um artigo de duas camadas, sendo cada uma das camadas constituída por um material fibroso diferente. A referência preceitua a colocação de uma primeira camada e de uma segun da forma e área superficial essencialmente semelhantes por cima uma da outra, e a compreeaão das camadas para formar um arti go absorvente.
Um aparelho que incorpora aparelhos para desfibrar uma trama de material comprimido e molda a lanugem resultante em pensos absorventes está descrito na Patente Norte-Americana 4.674.966-Johnson, et al. (Johnson i). Um moinho de martelos cria a lanugem, que é transportada por um zóster de vácuo através de moldes intercalares que moldam a lanugem numa forma desejada. Os moldes são colocados num tambor circular; qualquer excesso é removido e reciclado quando cada um dos moldes sai do tambor. Os moldes ilustrados são de lados rectos e possuem uma superfície inferior foraminosa, por baixo da qual se deposita a estrutura para controlar a corrente de ar que transporta as fibras.
A utilização de fluxos múltiplos de fibras impreg nadas de ar é descrito no Pedido de Patente Britânico Nr. 2.191.793· A descrição dirige-se primeiro para a divisão dos ./ fluxos de fibras impregnadas de ar de uma forma livre de acumulações, Tais fluxos divididos são utilizados para formar artigos absorventes possuindo um núcleo central de material super-absorvente, revestido por uma camada maior de fibras, É importante manter os materiais utilizados para deposição, livres de acumulações ou outras irregularidades para assegurar um produto consistente e um processo ininterrupto, e contínuo de fabrico.
A referência britânica preceitua a utilização de dois aparelhos de formação de camadas pneumáticas tipo tambor. Num dos tambores de formação de camada pneumática, as fibras impregnadas de ar são misturadas com um material super-absorvente, antes da d£ posição, para formar um núcleo superabsorvente. As camadas sepa radas de penso produzidas por cada um dos aparelhos de formação de camadas pneumáticas são unidas, por compressão, uma por cima da outra, utilizando correias transportadoras e outros aparelhos de transferência externos à máquina de formação da camada pneumática.
A Patente Norte-Americana 4.592·70θ—Feist descreve aparelhos para a produção de artigos esponjosos de espessura não uniforme. 0 dispositivo aqui descrito é um aparelho de formação de camadas pneumáticas tipo tambor para o fabrico de artigos fibrosos absorventes discretos de matéria esponjosa. Feist utiliza um tambor de deposição rotativa possuindo uma variedade de cavidades de formação do artigo dispostas de forma espaçada em relação à periferia do tambor de deposição. Cada uma das cavidades possui uma parede inferior foraminosa. Propor cionando meios para dirigir as fibras impregnadas de ar para a periferia do tambor e meios para o vácuo retirar o ar impregnado através das paredes inferiores foraminosas e sair do aparelho, obtêm-se artigos absorventes discretos. A melhoria proporcionada por Feist consiste em dirigir o fluxo de fibras, essencialmente de forma radial, em direcção ao tambor, assegurando assim a deposição no fundo da cavidade de formação. Feist preceitua também a saída do ar retido através de cavidades adicionais essencialmente vazias dispostas a montante da cavidade na qual as fibras são depositadas.
Adicionalmente aos aparelhos para a formação de = 5 = ί
t
camada pneumática, foi também adequadamente estudado o controlo do fluxo de fibras impregnado de ar. Verificou-se que é mais fá cil regular a deposição de fibras esponjosas por regulação da área aberta da superfície de deposição foraminosa e, concorrentemente ou separadamente, regular a pressão e/ou velocidade no, ou próximo do ponto de deposição. Verificou-se, a este respeito, que se pode utilizar uma variedade de grades ou chicanas para se obterem determinadas condições adequadas quando tais aparelhos são colocados sob a superfície de deposição foraminosa, is to é, quando a superfície de deposição está colocada entre a corrente de ar e o aparelho de regulação.
Por exemplo, a Patente Norte-Americana 4.388.056 -Lee et al. descreve aparelhos para o fabrico contínuo de uma trama fibrosa esponjosa possuindo uma distribuição em peso de base padrão. A trama produzida possui alternativamente espaçadas regiões de peso específico relativamente elevada e regiões de peso específico relativamente baixo. Lee et al. preceitua a utilização de meios de modelação do fluxo de ar que se podem ajustar para produzir uma gama de diferenciais de pressão através da superfície inferior foraminosa da reentrância na qual as fibras impregnadas de ar são introduzidas.
Também, a Patente Alemã DE 3 5 θθ Al descreve um conjunto de formação de trama para utilização num aparelho de formação de camada pneumática de tipo tambor. Coloca-se uma série de aberturas ao longo da superfície inferior do conjunto, que é limitado para produzir um penso possuindo uma porção central com uma espessura um pouco superior à do remanescen te do artigo formado. As cavidades no tambor de deposição são subdivididas em várias zonas, possuindo cada zona uma linha separada de vácuo, regulada. 0 dispositivo descrito permite a pro, dução de artigos esponjosos de qualidade uniforme possuindo uma espessura variável.
Um aparelho e processos possuindo meios de regulação do fluxo de ar estão descritos na Patente Norte-Americana Nr. 4.666.647—Enloe et al. (Enloe i). 0 aperfeiçoamento de En’ loe 1 liga-se com o proporcionar aparelhos para a formação de = 6 =
artigos fibrosos depositados possuindo uma graduação não em eta pas do peso específico Enloe I perceitua a utilização de uma su perfície de formação côncava limitada por paredes em ângulo, sendo deste modo o artigo fibroso depositado, facilmente removível de uma superfície de formação foraminosa. Como apresentado nas Figuras 2 e 3 de Enloe I, os orifícios estão localizados na parte inferior e nos lados da reentrância na qual as fibras impregnadas de ar são depositadas.
Do mesmo modo, a Patente Norte-Americana 4.761.258—Enloe (Enloe II) descreve aparelhos para a formação de tramas fibrosas esponjosas. As tramas descritas possuem zonas de absorvência, em que determinadas áreas possuem um peso específico mais elevado, e assim uma absorvância mais elevada. Enloe II preceitua a deposição de fibras impregnadas de ar numa estrutura de formação de trama foraminosa. Um meio de regulação do fluxo de ar utilizando aberturas proporciona uma configuração seleccionada de fluxo de gás que resulta num conjunto de formação de trama que cria uma distribuição desejada do peso es, pecífico das fibras através da trama formada.
Finalmente, o Pedido de Patente Europeu Nr. 35300626.0 descreve métodos e aparelhos aperfeiçoados para o fabrico de artigos absorventes esponjosos discretos. Um aparelho tipo tambor é descrito, possuindo uma série de cavidades que possui paredes inferiores foraminosas. Como mostrado na Figura 2, a parede inferior foraminosa é, de preferência, uma estrutura de malha limitada, possuindo uma distribuição relativamente uniforme dos orifícios. Os artigos esponjosos são, então, ainda processados depois de deposição. Os artigos são compactados numa quantidade pré-determinada e em seguida ejectados, e os meios de compactação apresentados são constituídos por uma roda num encaixe, semelhante a uma engrenagem de roda dentada, com as cavidades do tambor de formação de camada pneumática.
Também conhecida na especialidade é a separação dos componentes da lanugem. Por exemplo, a Patente Norte-Americana 4.625.552—Johnson (Johnson II) descreve um instrumento para a separação de um ou mais dos componentes de qualquer amostra de lanugem. Como apresentado na referência, a ”lanugem” é uma reco = 7 =
lha de fibras de polpa de madeira que, se recicladas, durante um processo de produção podem também incluir bocados de desperdícios de recuperação, tais como plásticos ou outros materiais. Embora Johnson II se dirija fundamentalmente a aparelhos de ensaio para a determinação da composição de uma amostra de lanugem, o especialista é também capaz de preceituar como construir aparelhos que possam separar um ou mais dos componentes da lanu gem. Para se conseguir isto, agita-se a lanugem por intermédio de ar comprimido e separam-se as fibras soltas e retiram-se através de um crivo, por meio de vácuo, ao mesmo tempo que as porções não fibrosas da lanugem são deixadas numa câmara de agi tação. As fibras são retidas num crivo, enquanto que as fibras altamente desfibradas, partidas, são retiradas mais tarde a jusante num filtro.
Assim, embora sejam conhecidas diversas variantes de aparelhos de formação de camada pneumática e de controlo de deposição, é desejável proporcionar aparelhos susceptíveis de deposição contínua de dois ou mais materiais em áreas seleccionadas de um produto. No presente, tais construções estão limitadas à colocação de uma primeira camada no topo de uma segun da camada e compactaçao do conjunto resultante. Uma tal constru ção não é, contudo, preferida. No caso de muitos artigos absorventes, tais como os que combinam fibras absorventes e repelentes é ainda desejável que se construam aparelhos que exijam apje nas um custo e complexidade de equipamento de formação de camada pneumática reduzidos, ao mesmo tempo que permitam ainda que se depositem dois ou mais materiais continuamente. Finalmente, tais aparelhos devem, idealmente, ser flexíveis de tal forma que as características do produto e a geometria das áreas nas quais os materiais são selectivamente depositados possam ser facilmente alteradas.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
Verificou-se, assim, que aparelhos para a formação de artigos fibrosos possuindo pelo menos duas porções distintas de materiais fibrosos podem ser construídos. Tais aparelhos são constituídos por um primeiro moinho e um segundo moinho = 8 =
para a desfibração de dois materiais distintos. Os materiais de.s fibrados são em seguida impregnados de ar e transportados para o primeiro e segundo sítios de formação de camada de ar. Os sítios de formação da camada de ar estão localizados de tal forma que estão em comunicação com os aparelhos de formação de camadas de ar. Numa forma de realização mais preferida o aparelho de formação de camadas pneumáticas é constituído por uma primeira e segunda câmaras de formação em comunicação com um tubo que transporta as primeiras e segundas fibras impregnadas de ar ou outros materiais a serem depositados. Proporciona-se também um dispositivo de transporte de cavidade possuindo uma secção interior na qual se cria um vácuo} de preferência este dispositivo é do tipo de tambor rotativo. Na periferia do dispositivo de transporte ess tão colocadas uma variedade de cavidades de deposição, possuindo pelo menos, uma porção de cada uma das cavidades de deposição uma superfície foraminosa. Na secção interior dos meios de trans porte de cavidade está colocada uma câmara de vácuo, em comunicação com, pelo menos, uma porção de superfície foraminosa de uma cavidade de deposição. 0 sistema utiliza aparelhos de ar para criar diferenciais de pressão controlados entre os sítios de formação da camada de ar e a secção interior dos meios de transporte da cavidade. Em funcionamento, o primeiro material desfibrado é depositado em pelo menos uma porção da cavidade de deposição e o segundo material desfibrado é depositado em pelo menos uma porção de uma cavidade de deposição originando um artigo que possui pelo menos duas porções distintas de materiais fibrosos.
Depois de se formar o artigo ele é removido, de preferência por um fluxo de ar comprimido cuidadosamente controlado ao mesmo tempo que é simultaneamente transferido para uma correia ou tambor, de vácuo.
Em determinadas formas de realização, os aparelhos descritos são também dotados com equipamento de controlo am biental para regular a temperatura e a humidade dentro dos tubos, e isto é importante quando as fibras a serem depositadas são hidrofébicas para assegurar uma desfibração adequada e evitar as aglomerações no sistema. Em determinadas formas de realização pro • porciona-se também equipamento de “escarvar para remoção do ma= 9 =
terial esponjoso que se prolonga para além dos limites da cavida de de deposição, antes da ejecção do artigo fibroso.
Na presente invenção, a separação entre as camadas de materiais diferentes é mantida em grande parte pelo novo molde de rede de cesto” descrito. Por um controlo cuidadoso das pressões positivas e negativas sob a superfície inferior foraminosa do cesto, verificou-se que um primeiro material pode ser moldado com camada de ar numa área definida e retido enquanto que um segundo material é moldado com camada de ar noutra área definida. 0 molde de rede de cesto e aparelhos relacionados proporcionam uma série de chicanas sob o molde para controlar o fluxo de ar e uma porção de material alveolar que reduz a turbulência e ajuda a eliminar as correntes laterais que podem originar acumulações indesejáveis.
Proporcionam-se também métodos de produção de artL gos esponjosos de duas ou mais camadas ou porções claramente definidas .
DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
A Figura 1 representa uma vista parcial dos aparelhos de formação de camada de ar, preferidos da presente inven ção.
A Figura 2 é uma vista parcial duma câmara de deposição de um tambor de formação de camada de ar feitos de acordo com a presente invenção.
A Figura 3 é uma vista em corte transversal, ao longo da linha 3-3 na Figura 2 duma porção de uma câmara de dep£ sição preferida.
A Figura 4 é uma vista em corte transversal da ca vidade e rede de molde aperfeiçoadas encontradas nos aparelhos de formação de camada de ar da técnica anterior.
As Figuras 5A a 5C representam o processo da presente invenção utilizando uma vista de secção transversal da cavidade e rede de molde melhorados da presente invenção.
* A Figura 6 é uma vista em corte transversal ao • longo da linha 6-6 da Figura 5A que representa os elementos es10 a truturais colocados sob a cavidade e a rede do molde da presente invenção«
A Figura 7 é uma vista parcial de um dispositivo de formação de camada de ar representando o aparelho de remoção de objectos fibrosos da presente invenção·
A Figura 8 é uma vista em perspectiva da cavidade e rede de molde aperfeiçoados da presente invenção.
DESCRIÇÃO PORMENORIZADA
Como atrás discutido, é conhecido da técnica a utilização de uma câmara de moldagem que deposita o material des fibrado numa cavidade de moldagem numa configuração plana ou de contorno. Contudo, o sistema da presente invenção liberta múltiplos materiais desfibrados e/ou componentes em partículas em diferentes zonas da mesma cavidade de moldagem para a produção de um produto de protecção higiénica aperfeiçoado, pensos higiénicos, fraldas e análogos.
Os aparelhos e métodos da presente invenção permitem a deposição de dois ou mais materiais de uma forma tal que o produto resultante não se limita a ser formado de duas camadas de material diferente. Em vez disso, proporciona-se a capacidade para depositar selectivamente fibras de caracteristicas diferentes numa variedade de percursos e configurações. Mais preferivel mente, coloca-se uma •'chávena'* de fibras hidrofóbicas num dos la dos e ao longo da extremidade de um núcleo central de fibras absorventes. Quando se coloca o núcleo absorvente contra o corpo, uma tal construção absorve os fluidos através do núcleo, mas a chávena” hidrofobica evita o fluxo através ou exsudação da superfície frontal e dos lados do artigo. Estes novos aperfeiçoamentos da presente invenção relacionam-se principalmente com os aparelhos de formação de camada de ar do tipo que utiliza desfibradores auxiliares e dispositivos de medida de fibras ou partículas que libertam materiais diferentes em sítios específicos ao longo do tambor de formação, 0 processo resultante é conhecido como colocação selectiva.
Relativamente à Figura 1, é ilustrada uma repre11
sentação em diagrama de um aparelho preferido para a prática da presente invenção. Determinados pormenores, tais como linhas eléctricas e de vácuo foram omitidas para simplificar a descrição. Os especialistas conhecem bem tais aspectos dos aparelhos de formação de camada de ar e semelhantes. Um primeiro tipo de polpa de madeira ou outro material fibroso 11 e desfibrado num moinho de martelos ou moinho de disco convencional 12, e alimen tado num fluxo impregnado de ar que se move numa conduta de ar 15· 0 fluxo impregnado de ar de um primeiro material desfibrado desloca-se para uma primeira câmara de formação 16 que, de preferência, está adjacente a uma cavidade de moldagem 17. A cavidade de moldagem 17 é, de preferência, uma cavidade com uma variedade de cavidades colocadas na periferia de um tambor de deposição 21 dum dispositivo de formação de camada de ar tipo tambor rotativo. Contudo, podem ser substituídos rapidamente por ou tros aparelhos de formação de camada de ar. Por exemplo, pode também utilizar-se um transportador fechado que transporte as cavidades de molde que tenha um vácuo interior suficiente. Como pode ser ainda compreendido pelos especialistas, a alimentação dos materiais desfibrados ao tambor de deposição 21 é feita com directa dos materiais a uma câmara de formação a par inferior de um moinho ou por convexão através de uma
Uma fonte de váeuo 18 dirige os materiais desfias cavidades de moldagem 17 ao longo da periferia do tambor de deposição rotativo 21.
Como apresentado, uma conduta 22 liga uma primeira câmara de formação 16 à fonte de vácuo 18. Em algumas versões deste dispositivo, os materiais depositados, que enchem a cavida de de moldagem 17, em excesso são escarvadas e recirculados para a câmara de formação. Os núcleos absorventes preparados são em seguida depositados num tambor de transferência, discutido adian te, e tornam-se disponíveis para processamento posterior num pro duto acabado. A construção de fontes de vácuo e outro equipamento aqui descrito é, em geral, conhecida pelos especialistasj ela boração posterior será desnecessária nesta altura.
Na Figura 1 está também representado um segundo alimentaçao tir do lado conduta* brados para =
sistema de desfibração e impregnação de ar. Um segundo material fibroso 31 é desfibrado por um segundo moinho de martelos 32 ou aparelhos semelhantes. O segundo material desfibrado é transpor tado por uma conduta 35 até uma segunda câmara de formação 20, colocado num sítio fixo no tambor de deposição 21, 0 equipamento descrito relacionado com a deposição do segundo material fibroso pode ser do tipo convencional, atrás descrito. Alem disso, podem ser substituídos outros equipamentos ou materiais. Por exemplo, pode se desejado desitar uma espuma ou outro material, em vez de um segundo material fibroso.
Como é de compreender pelos especialistas, embora numa forma de realização mais preferida, seja depositada, em camada de ar, primeiro uma camada hidrofóbica de material fibroso, e em seguida uma camada de material absorvente, o presente aparelho não se limita ao fabrico deste tipo de construções. A presente invenção permite a formação de um artigo possuindo duas ou mais camadas, porções ou secções que são constituídas por materiais possuindo diferentes características. A presente invenção facilita, com vantagem, a produção de tais artigos a uma velocidade elevada e permite ainda que as camadas estejam nitidamente delimitadas.
Um aspecto da presente invenção inclui uma nova melhoria para um sistema de produção de núcleo moldado como des^ crito anteriormente. 0 sistema da presente invenção utiliza uma ou mais câmaras de formação auxiliares ao longo do tambor de for mação principal para a produção de núcleos especialmente absorventes. Os núcleos absorventes produzidos possuem fibras de dois ou mais tipos selectivamente colocadas em áreas distintas do artigo. Relativamente, de novo, à Figura 1, ilustra-se o sistema preferido para a libertação de polpa. Um pequeno tubo de queda 13 especialmente concebido localizado sob o primeiro moinho 12 faz a transição dos materiais seleccionados do moinho para uma corrente de ar 14 duma forma uniforme que reduz essencialmente a aglomeração das fibras. 0 material impregnado de ar desfibrado e, em seguida, transportado por uma conduta convencional 15 para , um aparelho de formação de camada de ar. Uma câmara de formação * limitada 16, de geometria específica deposita as fibras indivi= 13 = duais numa cavidade de molde 17í os pormenores da câmara de for mação 16 são apresentados adiante. Um molde especialmente οοηο,β bido, também apresentado adiante, conduz as fibras desfibradas para sítios seleccionados dentro dos limites da cavidade de molde 17. Proporciona-se uma zona neutral 19 localizada depois da primeira câmara de formação 16 para isolar as fases do processo de deposição.
Os materiais especiais, mais preferivelmente, uma polpa repelente ou hidrofóbica, são, de preferência, desfibrados num moinho de martelos sem rede 12 que roda entre aproxi madamente 5*000 e aproximadamente 7*000 RPM, mais preferivelmen te, a aproximadamente 6,000 RPM, com uma velocidade máxima peri férica de aproximadamente 4 148 m/min, a aproximadamente 5*795 m/min. mais preferivelmente de aproximadamente 5 154,5 m/min. Contudo, podem utilizar-se outros aparelhos de desfibração. Verificou-se, que para evitar a formação de aglomerados no desfibrador, a velocidade através da calha do moinho deve ser inferior a aproximadamente 7»l4 kg/hr.cm de largura do moinho de martelo. Os materiais que foram desfibrados e influenciados pelo vácuo a partir da fonte de vácuo auxiliar 18 são agora transportados num tubo de queda 13 misturados com ar condicionado 4-1, de preferência com uma humidade relativa (H.R.) compreendida entre aproximadamente 50$ d© H.R. e aproximadamente 75$ de
H. R. e, mais preferivelmente, de aproximadamente 65$ de H.R. As exigências de humidade são críticas para o transporte de fibras repelentes, devido à resistência à humidade de tais fibras relativamente à polpa absorvente convencional. Desenvolve-se uma cai ga estática elevada na desfibração e transporte destas fibras;
o ar humidificado reduz a aglomeração e aumenta a uniformidade de deposição das fibras. Assim, a qualidade do ar dentro dos apa relhos de retenção deve ser controlada. As fibras, uma vez trata das, com ar modificado, são transportadas através de condutas convencionais, e, de preferência, a uma velocidade compreendida entre aproximadamente 916,2 e aproximadamente 4 5θ0 m/min e, mais preferivelmente, a uma velocidade de, aproximadamente,
I. 832,4 m/min. á de considerar, contudo, que a velocidade depende dos materiais e da posição dentro do sistema. A velocidade varia muito através do sistema, mas mantém-se dentro duma gama específica. Noutras formas de realização ou para o fabrico de produtos possuindo uma camada diferente da camada de fibras repelentes, a humidade relativa pode ser menos crítica, embora possa ainda ser controlada em alguma extensão.
material de fibras repelentes e humidificado, desfibrado entra, em seguida, na câmara de formação 16, que é limitada, para depositar eficazmente as fibras transportadas em cavidades de molde abertas 17. A curvatura exacta da câmara de formação depende dos materiais a serem depositados e das condiçSes sob as quais a deposição tem lugar. Variando a velocidade, a pressão e o ângulo, os espeôialistas são capazes de obter os resultados aqui contemplados com um mínimo de experimentação. Mais pormenores da câmara de formação 16 são apresentados adian te com referência à Pigura 2. As pressões de formação na câmara de formação 16 estão compreendidas de preferência entre aproximadamente -7, 6 cm de H^O e aproximadamente -38,1 cm de HgO e, mais preferivelmente, a pressão é de aproximadamente -25,4 cm de HgO. As pressões diferenciais através da cavidade de molde variam, de preferência, entre aproximadamente -43,8 cm de H^O e aproximadamente -152,4 cm de HgO e, mais preferivelmente, é de aproximadamente -104,14 cm de H^O. As fibras depositam-se elas próprias em sítios seleccionados dentro da cavidade devido à compartimentação do molde e às chicanas correspondentes colocadas sob a cavidade do molde 17, que é apresentado com mais pormenor adiante. A uniformidade de deposição é controlada por con trolo rigoroso do material alimentado, controlo da humidade, controlo da velocidade de transporte de ar, e geometria da câmara de formação. As cavidades de molde 17 deslocam-se através da câmara de formação ló e passam numa zona neutra 19 onde é criado um diferencial de pressão através de um molde compreendido, de preferência, entre, aproximadamente -63,5 cm de H^O e aproximadamente -114,3 cm de Η^,Ο, com a câmara neutra possuindo, de preferência, uma pressão compreendida entre aproximadamente 0 cm de HgO e aproximadamente -12,7 cm de H^O. Esta zona neutra 19 separa as câmaras de deposição 16 e 20 e, de preferência, pos sui um comprimento compreendido entre aproximadamente 10$ a = 15 =
500# e, mais preferivelmente, aproximadamente 100# do comprimen to da cavidade do molde 17.
A cavidade do molde 17 desloca-se em seguida atrg; vés da zona neutra 19 para uma zona de deposição segunte 20 onde é processada pela deposição do material desfibrado impregnado de ar de uma forma convencional. Finalmente, um núcleo molda do completo é transferido da cavidade de molde 17 para a proximidade do aparelho de formação de camada de ar para posterior processamento. Como apresentado atrás, os especialistas facilmente perceberão as variações do processo descrito, por exemplo, a chavena de fibras que se forma pode ser cehia com espuma hidrofílica, em vez de fibras absorventes, e assim a segunda câmara de deposição 20 deve ter uma concepção algo diferente.
Relativamente à Figura 2, á ilustrada uma forma de realização preferida de uma câmara de formação l6 para utilização na presente invenção. Como atrás explicado, com referência à Figura 1, um fluxo de ar 14, transportando fibras ou outros materiais a ser depositados dentro de uma cavidade de molde, é transportado numa conduta 15 para a câmara de formação 16. Antes da câmara de formação 16 é colocado um cotovelo 162 com uma secção transversal rectangular. 0 raio de curvatura do cotovelo é do lado oposto da conduta dos moldes vazios que entram na câmara de formação 16, A acção do cotovelo 162 nos materiais transportados é a de concentrar os materiais em direcção à parede rectilínea 164 o que origina uma deposição rápida do material na cavidade de molde 17» As paredes laterais do cotovelo 162, a interligação da conduta 170 e a câmara de formação 16 estão, de preferência, à mesma distância; a distância á, de preferência, essencialmente igual â largura das cavidades do molde 17·
Quando uma cavidade de molde 17 entra na câmara de formação ló na intersecção com o tambor de deposição 21, o ar á retirado através da cavidade de molde 17 para uma câmara de vá cuo 23. Como mostrado na Figura 3» a câmara de vácuo 23 está ligada a uma fonte de vácuo 18 (não representada) por intermédio da conduta 22. Uma superfície foraminosa na cavidade do molde 17 retém o material impregnado de ar transportado. Relativamente, de novo, à Figura 2, quando a cavidade de molde 17 continua a ro = ló = dar de 0^ através de 0^, cada vez menos ar é retirado através dc molde, devido à formação de material depositado na superfície foraminosa da cavidade do molde 17. A quantidade média de fluxo de ar através do tambor de deposição $1, como uma função de 0, é determinada pelo ensaio da área de secção transversal, À^, da câmara de formação que diminui continuamente com o ângulo 0 para manter a velocidade do ar (pelo menos aproximadamente 91^,2 cm/min) na câmara de formação.
A câmara de sucção 23, como apresentada na figura 3, está colocada no interior do tambor de deposição 21, e ees tende-se de 0^ a 0^, como representado na Figura 2. A largura dg. câmara de sucção 23 é essencialmente a largura da passagem de fluxo nas cavidades de molde 17, como representado na Figura 3<>
Nas câmaras de formação convencionais, um controlo deficiente da velocidade do ar (magnitude e direcção) origine, “vértices** dentro da câmara, o que pode aglomerar as fibras em aglomerados de baixa densidade. As arestas nas câmaras originam a formação de aglomerados de baixa densidade que se quebram de forma aleatória e caem nas cavidades do molde.
Estes aglomerados de baixa densidade diminuem a integridade do produto absorvente, aumentando o colapso húmido e reduzindo o escoamento - o que são característioas indesejáveis. Além disso, devido ao deficiente controlo da velocidade do ar (magnitude e direcção), as câmaras de formação convencionais utilizam aproximadamente duas vezes o volume de ar de formação da câmara ló da presente invenção. Assim, a presente invenção exige fontes de vácuo, condicionadores de ar e colectores de poeiras menores, o que proporciona uma eficiência energética maior e funcionamento mais económico.
Outra vantagem da câmara de distribuição da presente invenção é que os moldes são rapidamente cheios, uma vez que muito do material é depositado inicialmente no ciclo de moldagem. Uma vez que o projecto elimina a circulação,de ar e arestas dentro da câmara que podiam causar aglomeração, os aglomerados e o enchimento indevido das cavidades de molde são essencial mente eliminadas. A concepção minimiza a quantidade de ar necesl·'·.
sário para o transporte e moldagem, contudo, o material é depositado com uma energia cinética elevada na rede o que origina um produto de densidade mais elevada, aumentando assim a integridade do produto moldado. A presente invenção proporciona tam bém novos meios para a colocação selectiva de fibras e outros materiais dentro do núcleo de um produto absorvente, tal como um penso higiénico. Esta invenção permite camadas múltiplas, ti ras, anéis e outras formas geométricas de fibras e partículas que sejam colocadas numa cavidade de molde e sejam construídas, umas no topo das outras ou lado a lado até se encher a cavidade do molde. Isto permite que materiais especiais sejam colocados e utilizados de forma optimizada dentro do núcleo de um produto absorvente.
Como representado na Figura 4, num processo de moldagem convencional, o ar e o material impregnado 200 é empur rado pelo vacuo através de uma rede plana ou bidimensional 210.
material é depositado na rede, e enche a cavidade de molde 212, Os moldes estão, de preferência, ligados a um tambor de r£ tação, e o tambor de moldagem de rotação roda no sentido dos ponteiros do relógio ou no sentido contrário aos ponteiros do relógio, de acordo com as exigências a ter para moldar o lado superior ou inferior do produto moldado, depois da transferência do tambor de moldagem.
I Na presente invenção como apresentado nas Figuras 5Α-5θ, utiliza-se uma rede tridimensional 220 e o material impregnado de ar 200 flui através do fundo e dos lados do cesto de rede, como ilustrado pelas setas. A área sob a rede 200, apei feiçoada está dividida em duas ou mais câmaras de sucção indeper dentes. Como ilustrado, a área sob a rede está dividida numa câmara anelar 230, que envolve o perímetro da área do objecto moldado. Uma segunda câmara 232 está colocada sob a porção central da cavidade do molde; mais preferivelmente, esta está colocada onde o material absorvente é selectivamente depositado. Quando se aplica uma fonte de vácuo a uma câmara de sucção particular, de preferência, na parte inferior e/ou lados do molde, o ar e as fibras impregnadas são selectivamente puxadas para uma secção . da rede e o material no ar é depositado nessa secção da rede, Co = 18 = mo é evidente para os especialistas, uma câmara de sucção pode ser colocada em qualquer porção da rede, o que origina a deposição do material em qualquer sítio na superfície de uma rede moldada. No exemplo apresentado na Figura 5, aplica-se a sucção a uma primeira câmara 230, o que origina a formação de um primeiro material no molde nas áreas acima da câmara 230, à qual se aplicou um vácuo, Mais preferivelmente, o primeiro material é um material fibroso hidrofobico. Depois de se terem depositado quantidades suficientes do primeiro material, o molde é exposto a vácuo contínuo na câmara 230 e aplica-se uma pressão positiva a outra câmara 232. Isto origina que qualquer material que se deposite inadvertidamente na área acima da outra câmara 232 seja deslocado para a área acima da primeira câmara 230, proporcionando assim uma camada nitidamente definida de material colocado apenas nas porções da rede 220 colocadas acima duma primeira câmara 230, Aplica-se em seguida a sucção às câmaras 230 e 232. A sucção na primeira câmara 230 retém o primeiro material na sua posição. Um segundo material é, em seguida, depositado na área por cima da outra câmara 232.
Relativamente às Figuras qualquer especia lista pode verificar o novo processo da presente invenção. Como representado pelas setas da Figura 5A, um primeiro material impregnado de ar é colocado em áreas específicas do molde por aber tura dessas áreas a um vácuo. Utiliza-se uma vedação 233 para separar outras porções da cavidade de deposição da fonte de vácuo. Como resultado, numa forma de realização preferida representada na Figura 5®, uma porção da cavidade de deposição é cheia com um primeiro material impregnado de ar. Na forma de realização preferida representada, um anel de material hidrofábico foi depositado, em camada de ar, à volta do perímetro da cavidade de deposição.
Um segundo material esponjoso é em seguida adicionado ao artigo, como apresentado na Figura 5θ· Como representado pelas setas, o fluxo impregnado de ar é posto em comunicação com a fonte de vácuo através, essencialmente, da área da cavidade de formação. 0 fluxo de ar através do primeiro material esponjoso mantém o material no lugar, ao mesmo tempo que a área ainda não chaia é agora chaia. Assim, numa forma de realização = 19 = mais preferível, quando se obtêm as condições representadas na Figura 5, o artigo está essencialmente completo em termos de ca mada de ar e pode ser removido para processamento posterior.
Relativamente à Figura 8, é mostrada uma vista de perspectiva de uma secção do tambor de deposição mostrando uma forma de realização típica de uma rede tridimensional feita de acordo com determinados aspectos da presente invenção. Pode verificar-se que a superfície foraminosa da rede tridimensional 220 cobre a superfície inferior e uma porção das paredes laterais, como atrás explicado. Os pormenores adicionais dos métodos de formação de camada de ar da presente invenção são discutidos atrás e adiante. Contudo, um especialista verifica imediatamente que se podem utilizar muitas variações dos aparelhos e métodos da presente invenção em combinação para produzir uma variante de produtos, contendo todos dois ou mais materiais distintos.
Para colocar as polpas, fibras e outros materiais dentro do molde e manter a sua colocação é importante controlar o fluxo de ar através da cavidade de molde quando ele entra e deixa uma câmara de formação particular. Na presente invenção, como apresentado na Figura 6, isto efectua-se por intermédio de uma variedade de divisórias axiais 250 colocadas sob a rede de formação 220 e que se prolongam para a superfície de formação e de vedação interior entre a cavidade do molde 17 θ a câmara de vácuo 176. Em determinadas formas de realização as porções axiais 25O podem ser constituídas por um material ”alvedar” que possui uma variedade de passagens axiais formadas nele.
As vantagens dos moldes de rede de ”oesto” da presente invenção são o de se poderem depositar dois ou mais ma teriais em locais seleccionados dentro do núcleo moldado e removê-los activamente de todas as outras áreas permitindo que materiais de propriedades diferentes sejam segregados e utilizados de forma optimizada. Assim, consegue-se uma delineação nítida entre os materiais, o que era impossível até agora.
Para fazer a ejecção dos artigos formados a partir das cavidades de molde 17 θ ao mesmo tempo evitar a separação das diferentes camadas dos materiais formados e manter o ar20 =
-__Ã?
tigo isento de deformação ou separação, quando ele sai do tambor de deposição 21 para o tambor de transferência 310, os aparelhos para ejecção do artigo formado utilizam um fluxo de ar controlado com precisão, como ilustrado na Figura 7.
A presente invenção proporciona aparelhos para alimentar ar comprimido 312 numa câmara 314 na qual a pressão é distribuída uniformemente. 0 ar é em seguida forçado através de uma ranhura estreita ajustável 316 que proporciona uma corrente de ar semelhante a uma lâmina como representado pela seta em 318. De preferência, proporciona-se um ajustamento multi-eixos e a abertura da ranhura pode variar entre aproximadamente 0 e aproximadamente Ο,Ο793θ cm. Por ajustamento multi-eixos quer-se significar que pode ser desejável dirigir o fluxo de ar com pre cisão, movendo o aparelho ao longo de um ou mais eixos lineares relativamente à cavidade de moldagem 17 e/ou articular o aparelho à volta de um ou mais eixos de rotação. 0 ajustamento de multi-eixos pode proporcionar-se de muitos meios práticos, bem conhecidos pelos especialistas. Por exemplo, determinados eixos de ajustamento podem ser construídos em suportes de montagem 320 que fixam o aparelho de remoção à estrutura do tambor de de posição ou ao próprio aparelho.
De preferência, a lâmina de ar funciona a uma pressão de aproximadamente 4-20 psi, e, mais preferivelmente, a uma pressão de 12 psi. Verificou-se que velocidades elevadas criadas por pressSes mais elevadas tendem a expulsar as fibras que formam o artigo.
aparelho representado na Figura 7 proporciona uma transferência suave dos artigos moldados num dispositivo de transporte de vácuo tal como uma correia ou um tambor de transporte, etc,. Como representado, o dispositivo de transferência mais preferível é um tambor de transferência 31θ· A lâmina de ar representada na Figura 7 permite que os artigos formados de duas ou mais camadas distintas de fibras sejam removidos eficaz, mente dos moldes de ”cesto“ da presente invenção. Verificou-se que o tambor de transferência por vácuo nem sempre retira o artigo formado de forma eficaz. Isto é devido ao enterlaçamento da fibra com os lados da cavidade de molde, o que cria uma maior resistência à remoção do artigo. A lâmina de ar da presente invenção levanta assim a primeira extremidade do artigo e assegura que a parte restante do artigo seja transferida suavemente do molde.
Embora tenham sido descritas determinadas formas de realização da presente invenção, com particularidade, esta in venção não se limita por qualquer meio às formas de realização descritas. Como várias modificações são imediatamente evidentes para os especialistas, deve-se fazer referência às reivindicações em apêndice para determinar o âmbito desta invenção.

Claims (1)

  1. REIVINDICAÇÕES
    - is Aparelho para formar artigos fibrosos possuindo pelo menos duas porções distintas de materiais fibrosos, caracte rizado por ser constituído por:
    a) primeiros meios para desfibramento de um primeiro material fi broso}
    b) canalização para arrastar e transportar o primeiro material fibrosos desfibrado para uma primeira camada pneumática}
    c) segundos meios para desfibramento de um segundo material fibroso}
    d) canalisação para arrastar e transportar o segundo material desfibrado para uma segunda camada pneumática}
    e) aparelho pneumático, constituído por:
    i) uma primeira câmara de formação em comunicação com uma canali. zação, criando uma primeira camada pneumática} ii) uma segunda câmara de formação em comunicação com uma canali zação, criando uma segunda camada pneumática} iii) meios de transporte de cavidades, possuindo uma secção interior} iv) uma diversidade de cavidades de deposição nos meios de transporte de cavidades, compreendendo pelo menos uma por22 ção de cada cavidade de deposição uma superfície foraminosa;
    v) meios de câmaras de vácuo, colocados na secção interior dos meios de transportes de cavidades, em comunicação cora pelo menos uma porção da superfície foraminosa de uma cavidade de deposição;
    vi) meios de manuseamento, pneumáticos, para criar um diferencial controlado de pressão entre as camadas pneumáticas e a secção interior dos meios de transporte de cavidades; e
    f) meios de ejecção para remover um artigo fibroso do aparelho de camadas pneumáticas pelo que o primeiro material desfibrado á depositado em pelo menos uma porção de uma cavidade de deposição e o segundo material desfibrado e depositado em pelo menos uma porção de uma cavidade de deposição resultando num artigo possuindo pelo menos duas por ções distintas de materiais fibrosos.
    - 25 Aparelho de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por ser constituído adicionalmente por meios de controlo ambiental para regular a temperatura e humidade dentro das canalizações.
    - 3a Aparelho de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por ser constituído adicionalmente por meios de chanfatadura para remocver material de camada pneumática desenvolvendo-se para além dos limites da cavidade de deposição antes de ejecção do artigo fibroso.
    - Aparelho de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por incluir adicionalmente meios para recolher o material de camadas pneumáticas removido e transportá-lo para um canal.
    - 5a Aparelho de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por incorporar adicionalmenteí uma diversidade de meios de trituração para desfibrar um material fibroso;
    uma canalização para arrastar e transportar o material fibroso desfibrado para uma diversidade de camadas pneumáticas} e uma diversidade de câmaras de formação em comunicação com uma canalização proporcionando uma diversidade de camadas pneumáticas;
    que se formam artigos fibrosos possuindo uma diversidade de por ções distintas de materiais fibrosos.
    - 6» Aparelho de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a porção de cavidades de deposição compreendendo uma superfície foraminosa ser constituída por uma superfície que forma uma superfície maior do artigo de camadas pneumáticas e ainda pelo menos por uma porção da parte lateral adjacente da cavidade.
    - 7- Aparelho de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por ser constituído adicionalmente por meios deflectores para regulação do fluxo de ar e pressão de porçSes distintas das cavidades de deposição.
    - 8 a- Aparelho de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por incorporar adicionalmente meios alveolares para ca nalizar o fluxo de ar através das cavidades de deposição, estan do os meios alveolares colocados entre a superfície foraminosa da cavidade de deposição e a fonte do vácuo,
    - 99 Aparelho de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por incorporar adicionalmente um aparelho para criar uma pressão positiva numa primeira porção de uma cavidade de de posição e uma pressão negativa numa segunda porção de uma cavidade de deposição.
    - 109 Aparelho de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a primeira câmara de formação depositar material das camadas pneumáticas numa forma essencialmente radial.
    11»
    Aparelho de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por incluir adicionalmente uma câmara de zona neutral dentro do aparelho de camadas pneumáticas que possui um comprimento circunferencial aproximadamente igual ao comprimento da cavidade de deposição, estando a zona neutral colocada entre a primeira câmara de formação e a segunda câmara de formação, sen do a pressão de vácuo na zona neutral essencialmente menor que a pressão de vácuo na primeira e segunda câmaras de formação.
    - 12» Aparelho de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por incorporar adicionalmente um tambor de transferencia para receber e transportar os artigos de camadas pneumáticas a partir do aparelho de camadas pneumáticas.
    - 13» Aparelho de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por incorporar adicionalmente meios de ejecção para r_e mover um artigo de camadas pneumáticas a partir do interior de uma cavidade de deposição.
    - 14» Aparelho de acordo com a reivindicação 13, carac terizado por os referidos meios de ejecção serem constituídos por meios de controlo de uma fonte de ar comprimido e de orientação do fluxo de ar comprimido contra o artigo de camadas pneui ticas.
    - 15» Aparelho de cavidades de deposição para formação de um artigo de camadas pneumáticas, em comunicação com um canal que transporta um fluxo de material fibroso impregnado de ar para uma camada pneumática, caracterizado por incorporar: uma porção da estrutura numa engrenagem vedante com a canalização} e uma porção foraminosa, sendo as pequenas aberturas foraminosas de um tamanho suficiente para reter os materiais fibrosos impregnados de ar, pelo que se forma um artigo de camadas pneumáticas na região da superfície foraminosa.
    = 25 =
    - 165 Aparelho de cavidades de deposição de acordo com a reivindicação 15, caracterizado por a porção das cavidades de deposição compreendendo uma superfície foraminosa ser constituí da por uma superfície que forma uma superfície maior do artigo de camadas pneumáticas e ainda pelo menos uma parte da porção lateral adjacente da cavidade.
    - 175 _
    Aparelho de cavidades de deposição de acordo com a reivindicação 15, caracterizado por incluir ainda meios deflectores para regulação do fluxo de ar e pressão das porções distintas da cavidade de deposição.
    - 18* Aparelho de cavidades de deposição de acordo com a reivindicação 15, caracterizado por incluir adicionalmente meios alveolares para canalizar o fluxo de ar através da cavida de de deposição, estando os meios alveolares colocados entre a superfície foraminosa da cavidade de deposição e a fonte de vácuo.
    - 195 Aparelho de cavidades de deposição de acordo com a reivindicação 15, caracterizado por incluir ainda um aparelho para criar uma pressão negativa numa primeira porção de uma cavidade de deposição e uma pressão positiva numa segunda porção de uma cavidade de deposição.
    - 20* Processo para a formação de artigos fibrosos pos, suindo pelo menos duas porções distintas de materiais fibrosos, caracterizado por:
    a) se desfibrar um primeiro material fibroso;
    b) se arrastar e transportar o primeiro material fibroso desfi brado para uma primeira camada pneumática;
    c) se desfibrar um segundo material fibroso;
    d) se arrastar e transportar o segundo material fibroso desfibrado para uma segunda camada pneumática;
    = 26 =
    e) se colocar em camadas pneumáticas os materiais fibrosos transportando os primeiros materiais fibrosos para uma primeira câmara de formação em comunicação com uma canalização^ criando uma primeira camada pneumática} transportando os se gundos materiais fibrosos para uma segunda câmara de formação em comunicação com uma canalização, criando uma segunda camada pneumática} criando um diferencial de pressão entre as camadas pneumáticas e uma câmara de vácuo} passando as primeiras e segundas fibras impregnadas de ar através de uma cavidade de deposição, compreendendo pelo menos uma por ção da cavidade de deposição uma superfcie foraminosa} e ejectando o artigo fibroso a partir do aparelho formador de camadas pneumáticas, pelo que o primeiro material desfibrado se deposita em pelo menos uma porção de uma cavidade de deposição e o segundo material desfibrado se deposita em pe. lo menos uma porção de uma cavidade de deposição resultando num artigo que possui pelo menos duas porções distintas de materiais fibrosos.
    - 219 Processo de acordo com a reivindicação 20, carac terizado por ainda se regular a temperatura e humidade numa carç. lização·
    - 229· Processo de acordo com a reivindicação 20, carac terizado por se remover o material em camadas pneumáticas que se desenvolve para além dos limites da cavidade de deposição, antes da ejecção do artigo fibroso.
    - 23& Processo de acordo com a reivindicação 22, carac terizado por se recolher o material em camadas pneumáticas remo vido e por o transportar para um canal.
    - 245 Processo de acordo com a reivindicação 20, carac.
    terizado por:
    se desfibrar uma diversidade de materiais fibrosos} se arrastar e transportar os materiais fibrosos desfibrados papa uma diversidade de camadas pneumáticas;
    e se proporcionar uma diversidade de câmaras de formação em comunicação com uma canalização criando uma diversidade de camadas pneumáticas, pelo que se formam artigos fibrosos possuindo uma diversidade de porções distintas de materiais fibrosos.
    - 255 Processo de acordo com a reivindicação 20, carac terizado por se regular o fluxo de ar e pressão de porções distintas das cavidades de deposição.
    - 26* Processo de acordo com a reivindicação 20, caracterizado por se canalizar o fluxo de ar através de cavidades de deposição, utilizando meios colocados entre a superfície foraminosa da cavidade de deposição e a fonte de vácuo.
    - 275 Processo de acordo com a reivindicação 20, caracs terizado por se criar uma pressão positiva numa primeira porção de uma cavidade de deposição e uma pressão negativa numa segunda porção de uma cavidade de deposição.
    - 28» Processo de acordo com a reivindicação 20, carac terizado por se remover a deposição de material de uma primeira câmara de formação por uma forma essencialmente radical.
    - 29a Aparelho de acordo com a reivindicação 20, carac terizado por se receber e transportar os artigos em camadas pneumáticas a partir do aparelho formador de camadas pneumáticas.
    - 30* Processo de acordo com a reivindicação 20, carac, terizado por se remover os artigos de camadas pneumáticas a par tir de uma cavidade de deposição.
    = 28 =
    - 31* Processo de acordo com a reivindicação 30, caracterizado por a remoção compreender o controlo de uma fonte de ar comprimido e orientação do fluxo de ar comprimido contra um arti go de camadas pneumáticas.
    - 32 & Aparelho de lâmina de ar para remoção de um artigo de camadas pneumáticas caracterizado por compreender meios pa ra controlo de um fluxo de ar comprimido para impelir o artigo de camadas pneumáticas contra o aparelho de transferência.
    - 33* Aparelho de lâmina de ar de acordo com a reivindi cação 32, caracterizado por o ar comprimido entrar no aparelho a <>
    uma pressão compreendida entre 27,6xl0J Pa e 136 Pa (4· psi e 20 psi) .
    - 3^* ”
    Aparelho de lâmina de ar de acordo com a reivindi cação 32, caracterizado por o ar comprimido entrar no aparelho a uma pressão de cerca de 82,8 Pa (12 psi).
    A requerente reivindica a prioridade do pedido norte-americano apresentado em 26 de Maio de 1989, sob o número de série 359,011.
    Lisboa, 25 de Maio de 1990
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