PT2019895E - Estrutura de dobradiça para portas de fecho automático ou semelhantes, particularmente, portas de vidro ou semelhantes, e conjunto incorporando essa estrutura - Google Patents

Description

ΡΕ2019895 -1 - DESCRIÇÃO "ESTRUTURA DE DOBRADIÇA PARA PORTAS DE FECHO AUTOMÁTICO OU SEMELHANTES, PARTICULARMENTE, PORTAS DE VIDRO OU SEMELHANTES, E CONJUNTO INCORPORANDO ESSA ESTRUTURA"

Campo da invenção A presente invenção aplica-se ao campo de ferragens de articulações e suspensões para portas ou semelhantes e refere-se, particularmente, a uma estrutura de dobradiça para portas de fecho automático. A estrutura de dobradiça da invenção pode assegurar o fecho automático de qualquer tipo de porta, janela ou persiana, orientada horizontal ou verticalmente, particularmente, de portas de vidro. A invenção refere-se, ainda a um conjunto incorporando essa estrutura de dobradiça.

Antecedente da invenção A estrutura de dobradiça para portas de fecho automático ou semelhantes, particularmente portas de vidro ou semelhantes, é conhecida na técnica. -2- ΡΕ2019895

Estas estruturas de dobradiça da técnica anterior compreendem, como sabido, um elemento estacionário a fixar ao caixilho de uma porta, um primeiro elemento móvel a acoplar à porta e montado de modo articulado no elemento estacionário para rodar em torno de um eixo longitudinal entre uma posição de porta aberta e uma posição de porta fechada.

Estas estruturas de dobradiça da técnica anterior compreendem ainda meios de retorno automático da porta para a referida posição fechada durante a sua abertura.

Estas estruturas de dobradiça da técnica anterior sofrem de determinados inconvenientes bem reconhecidos.

Um primeiro inconveniente é o seu tamanho considerável, peso elevado e alto custo, devido ao facto de serem formadas por muitas peças diferentes que complicam ainda mais a sua montagem e manutenção.

Além disso, apresentam uma versatilidade reduzida e têm que ser substituídas ou reguladas de qualquer outra forma quando a porta ou caixilho na qual estão montadas mudam.

De igual modo, estas estruturas de dobradiça da técnica anterior não asseguram um movimento controlado da porta durante a sua abertura e fecho. Este problema é particularmente sentido em portas de vidro, cujos -3- ΡΕ2019895 movimentos de fecho e abertura têm que ser suaves para evitar danos irreversíveis na própria porta.

No entanto, o comportamento destas estruturas da técnica anterior é muitíssimo afectado pela massa da porta na qual estão montadas.

Além disso, durante o funcionamento, estas estruturas de dobradiça da técnica anterior são submetidas a variações na sua posição de fecho, o que conduz a inconveniências e maiores custos de manutenção.

Além disso, as estruturas conhecidas não permitem o movimento de fecho automático da porta após a abertura.

Conhece-se, do documento GB-A-396889, uma estrutura de dobradiça tendo todas as características do preâmbulo da reivindicação 1.

Sumário da invenção 0 objectivo principal desta invenção é resolver os inconvenientes supracitados ao proporcionar uma estrutura de dobradiça que permita uma manutenção fácil e conveniente e que tenha propriedades com bom desempenho, construção simples e baixo custo. -4- ΡΕ2019895

Um objectivo da invenção é proporcionar uma estrutura de dobradiça que permita o fecho automático da porta a partir da posição aberta.

Um objectivo particular é proporcionar uma estrutura de dobradiça que permita o movimento controlado da porta à qual está ligada.

Um outro objectivo é proporcionar uma estrutura de dobradiça que possa suportar portas e janelas pesadas sem alterar o seu comportamento e sem obrigar a qualquer regulação.

Um outro objectivo da invenção é proporcionar uma estrutura de dobradiça que tenha um número minimizado de peças e possa ser adaptada a múltiplos invólucros de diferentes formas e tamanhos.

Ainda um outro objectivo da invenção é proporcionar uma estrutura de dobradiça que possa manter a sua posição de fecho inalterada ao longo do tempo.

Outro objectivo da invenção é proporcionar uma estrutura de dobradiça muito segura que não apresente uma resistência ao movimento de fecho, mesmo quando puxada abruptamente. -5- ΡΕ2019895

Estes e outros objectivos, como melhor explicado em seguida, são satisfeitos por uma estrutura de dobradiça como definida na reivindicação 1.

De um modo vantajoso, o meio de fecho e o meio de amortecimento hidráulico estão retidos na primeira câmara de serviço.

Noutro aspecto, a invenção refere-se a um conjunto de dobradiça para portas de fecho automático ou semelhantes como definido na reivindicação 18.

Formas de realização vantajosas da invenção são definidas de acordo com as reivindicações dependentes.

Descrição Resumida dos Desenhos

Outras caracteristicas e vantagens da invenção irão ser mais evidentes após a leitura da descrição pormenorizada de algumas formas de realização preferenciais, não exclusivas, da estrutura e conjunto de dobradiça da invenção, que são descritas como exemplos não limitativos com a ajuda dos desenhos anexos, nos quais: A Fig. 1 é uma vista em planta de uma porta com a estrutura de dobradiça montada na mesma; -6- ΡΕ2019895 A FIG. 2 é uma vista axonométrica de uma primeira forma de realização da estrutura de dobradiça da invenção, na posição de porta fechada; A FIG. 3 é uma vista lateral em corte da estrutura de dobradiça da FIG. 2 segundo um plano A-A; A FIG. 4a é uma vista explodida da estrutura de dobradiça da FIG. 2 numa primeira configuração preferencial não exclusiva; A FIG. 4b é uma vista explodida da estrutura de dobradiça da FIG. 2 numa segunda configuração preferencial não exclusiva;

As FIGS. 5a e 5c são vistas axonométricas do meio 4 de fecho da estrutura de dobradiça da invenção; A FIG. 5b é uma vista em corte de alguns pormenores da FIG. 5a segundo um plano M-M; A FIG. 6 é uma vista ampliada de determinados pormenores da estrutura de dobradiça das FIGS. 5;

As FIGS. 7a e 8a são vistas em corte da estrutura de dobradiça da FIG. 2 segundo um plano B-B, respectivamente, nas posições de porta fechada e porta aberta; -7- ΡΕ2019895

As FIGS. 7b e 8b são vistas em corte da estrutura de dobradiça da FIG. 2 segundo um plano B-B em condições de porta parcialmente aberta durante, respectivamente, a abertura de porta e fecho de porta;

As FIGS. 9 e 10 são vistas em corte de formas de realização alternativas da estrutura de dobradiça da FIG. 2 segundo um plano A-A; A FIG. 11 é uma vista axonométrica de uma segunda forma de realização da estrutura de dobradiça da invenção; A FIG. 12 é uma vista em corte da estrutura da FIG. 11 segundo um plano C-C; A FIG. 13 é uma vista em corte da estrutura da FIG. 11 segundo um plano D-D; A FIG. 14 é uma vista explodida da estrutura da FIG. 11; A FIG. 15 é uma vista explodida do primeiro e segundo elementos de êmbolo da estrutura da FIG. 11; A FIG. 16 é uma vista explodida de determinados pormenores da FIG. 11, na qual o elemento estacionário é indicado a tracejado; -8- ΡΕ2019895 A FIG. 17 é uma vista em corte de uma primeira forma de realização preferencial, não exclusiva, do pino da estrutura da FIG. 11; A FIG. 18 é uma vista em corte do pino da FIG. 17 segundo um plano E-E; A FIG. 19 é uma vista em corte da uma segunda forma de realização preferencial, não exclusiva, do pino da estrutura da FIG. 11;

As FIGS. 20 a 23 são vistas em corte do dispositivo da FIG. 11 segundo os planos F-F e G-G, respectivamente, na posição de porta fechada, na posição de porta aberta e numa posição parcialmente aberta durante o fecho da porta; A FIG. 24 é uma vista de uma porta com a segunda forma de realização da estrutura de dobradiça da invenção montada na mesma; A FIG. 25 é uma vista axonométrica do conjunto da invenção; A FIG. 26 é uma vista axonométrica do conjunto da invenção na qual se mostra a primeira e segunda estruturas de dobradiça numa configuração explodida; A FIG. 27 é uma vista axonométrica do conjunto da invenção na qual se mostra, a tracejado, o primeiro e segundo elementos estacionários; -9- ΡΕ2019895 A FIG. 28 é uma vista do conjunto da invenção na qual a primeira e segunda estruturas de dobradiça estão cortadas segundo planos H-H, H'-H' respectivos; A FIG. 29 é uma vista do conjunto da invenção na qual a primeira e segunda estruturas de dobradiça estão cortadas segundo planos L-L, L'-L' respectivos e na qual estão na posição de porta fechada; A FIG. 30 é uma vista do conjunto da invenção na qual a primeira e segunda estruturas de dobradiça estão cortadas segundo planos L-L, L'-L' respectivos e na qual estão numa posição de abertura intermédia; A FIG. 31 é uma vista do conjunto da invenção na qual a primeira e segunda estruturas de dobradiça estão cortadas segundo planos L-L, L'-L' respectivos e na qual estão na posição de porta aberta; A FIG. 32 é uma vista do conjunto da invenção na qual a primeira e segunda estruturas de dobradiça estão cortadas segundo planos L-L, L'-L' respectivos e na qual estão numa posição de fecho intermédia.

Descrição pormenorizada de algumas formas de realização preferenciais

No que se refere às figuras supracitadas, mostram-se formas de realização de uma estrutura de -10- ΡΕ2019895 dobradiça para portas de fecho automático ou semelhantes indicadas, genericamente, pelo algarismo 1, que pode ser montada, de preferência, mas sem limitação, em portas de vidro.

Em todas as suas formas de realização, a estrutura 1 de dobradiça compreende, essencialmente, um elemento 2 estacionário a fixar num caixilho T de uma porta P e um elemento 3 móvel a fixar na porta P. O elemento 3 móvel é montado, de modo articulado, no elemento 2 estacionário para rodar em torno de um primeiro eixo X longitudinal entre uma posição de porta aberta e uma posição de porta fechada. A estrutura 1 de dobradiça compreende ainda um meio de fecho indicado, genericamente, pelo algarismo 4 e um meio de amortecimento hidráulico indicado, genericamente, pelo algarismo 5, que pode consistir, nas formas de realização aqui descritas, sem limitação, numa quantidade predeterminada de óleo. 0 meio 4 de fecho age sobre o primeiro elemento 3 móvel para retornar, automaticamente, a porta para a posição fechada durante a abertura e o meio 5 de amortecimento hidráulico age sobre esse elemento 3 para se opor ao e amortecer o movimento produzido pelo meio 4 de fecho. -11- ΡΕ2019895

Uma característica peculiar da invenção, comum a todas as formas de realização aqui descritas, é que o meio 4 de fecho e o meio 5 de amortecimento hidráulico estão retidos em, pelo menos, uma primeira câmara 6 de serviço no interior do elemento 2 estacionário.

Com esta configuração, pode obter-se uma estrutura de dobradiça que permita controlar o movimento de dobradiça da porta. Isto significa que, quando a porta está numa posição de porta aberta, o meio 4 de fecho irá agir sobre o elemento 3 móvel e gerar um binário para fazer com que a porta P rode para a sua posição fechada em torno do eixo X. Por outro lado, o meio 5 de amortecimento hidráulico irá sempre agir nesse elemento 3 móvel para gerar um binário resistente oposto ao binário gerado pelo meio 4 de fecho. A estrutura de dobradiça da invenção também proporciona uma segurança elevada dado que não oferece resistência ao movimento de fecho, mesmo quando puxada abruptamente. Isto irá impedir o ferimento de utilizadores descuidados, particularmente crianças. Independentemente da força exercida na porta, esta última irá sempre regressar suavemente à posição de porta fechada, proporcionando, desse modo, uma segurança à prova de crianças. A estrutura de dobradiça da invenção também é particularmente eficiente e económica, dado que pode manter inalteradas as suas caracteristicas ao longo do tempo, -12- ΡΕ2019895 mesmo quando utilizada em condições severas com alto teor de humidade e passagem de humidade.

Além disso, devido ao facto de o meio 4 de fecho e o meio 5 de amortecimento hidráulico estarem totalmente contidos em, pelo menos, uma primeira câmara 6 de serviço no interior do elemento 2 estacionário, a estrutura 1 de dobradiça é particularmente conveniente em termos de manuseamento e tem um tamanho pequeno e requisitos de espaço minimizados. Por conseguinte, a sua instalação não requer trabalhos específicos de alvenaria ou abertura de buracos. Como mostrado nas figuras em anexo, a estrutura 1 é fixa no caixilho de uma porta (ou numa parede) ao longo da extensão vertical da porta, acima do nivel do chão ou da parede na qual o elemento estacionário é fixo. 0 meio 4 de fecho inclui um primeiro elemento 11 excêntrico unitário com o primeiro elemento 3 móvel e tendo uma primeira superfície 16 de contacto substancialmente plana, e um primeiro elemento 12 de êmbolo que se pode movimentar no interior da referida primeira câmara 6 de serviço ao longo de um eixo Y transversal entre uma posição de fim de curso comprimida, correspondente à posição de porta aberta, e uma posição de fim de curso estendida, correspondente à posição de porta fechada. 0 elemento 12 de êmbolo tem uma face 17 frontal que é susceptível de se engatar por contacto na superfície 16 do elemento 11 excêntrico. -13- ΡΕ2019895

De acordo com a invenção, a primeira superfície 16 de contacto do primeiro elemento 11 excêntrico está desalinhado em relação ao eixo X longitudinal por uma distância g predeterminada, para que a face 17 frontal do elemento 12 de êmbolo, na sua posição final estendida, fique posicionada para lá do referido eixo X longitudinal.

Com esta configuração, permite-se um controlo excelente do movimento de fecho da porta. De facto, o desalinhamento da superfície 16 de contacto em relação ao eixo X longitudinal permite o fecho automático da porta. Isto significa que, quando a porta P é fechada, desde a posição totalmente aberta, como mostrado na Figura 8b, 22 e 31, devido à distância g entre o eixo X e a superfície 16, a face 17 frontal do elemento 12 de pistão irá, rapidamente (após uma rotação de alguns graus), começar a interagir com a superfície 16, rodando, desse modo, a porta P para a posição de porta fechada, como mostrado na Figura 7a, 20 e 29.

Uma primeira forma de realização preferencial, não exclusiva, da invenção é mostrada nas Figuras 2 a 8, na qual há apenas uma câmara 6 de serviço contendo o meio 4 de fecho e o meio 5 de amortecimento hidráulico.

Nesta forma de realização, como mostrado nas Figuras 4a e 4b, o elemento 2 estacionário pode ser definido por uma base 7 a fixar ao caixilho T por meio de parafusos a inserir nos furos 8, 8' 8", 8 , ao passo que o -14- ΡΕ2019895 elemento 3 móvel pode, por sua vez, compreender dois semi-invólucros 9, 9' a apertar um ao outro por parafusos 10, 10' .

De um modo vantajoso, o meio 4 de fecho inclui um elemento 11 excêntrico, melhor mostrado na Figura 5a, que pode rodar em torno do eixo X solidariamente com o elemento 3 móvel e é susceptivel de cooperar com um elemento 12 de êmbolo, melhor mostrado na Figura 5c, que se pode movimentar longitudinalmente no interior da câmara 6 de serviço. O termo "excêntrico", como aqui utilizado, destina-se a indicar um elemento mecânico de qualquer forma que esteja adaptado para transformar um movimento circular num movimento rectilineo.

Convenientemente, nesta forma de realização, 0 elemento 12 de êmbolo opera ao longo de uma linha Y substancialmente ortogonal à definida pelo eixo X longitudinal, por um requisito de espaço minimizado. Como mostrado, particularmente, nas Figuras 7 e 8, a linha Y é definida pelo eixo da câmara 6 de serviço cilíndrica.

Um pino 13, mostrado, particularmente, na Figura 5a, que define o eixo X, é proporcionado no elemento 2 estacionário. O pino 13, que tem que ser montado num receptáculo 24 cilíndrico do elemento 2 estacionário, tem uma parte 14 central adequadamente trabalhada que define o -15- ΡΕ2019895 elemento 11 excêntrico e partes 15, 15' laterais a ligar ao elemento 3 móvel. Com esta configuração, o excêntrico 11 roda solidariamente com o elemento 3 móvel. 0 elemento 11 excêntrico, que é definido pela parte 14 central do pino 13, compreende uma superfície 16 substancialmente plana, paralela ao eixo X e encostada à face 17 frontal do elemento 12 de êmbolo. Ao rodar em torno do eixo X, a superfície 16 interage com a face 17 frontal do elemento 12 de êmbolo para levar ao seu movimento rectilíneo ao longo da linha d. Com esta finalidade, a câmara 6 de serviço e o receptáculo 24 cilíndrico estabelecem uma comunicação mútua na área de contacto entre a superfície 16 do pino 13 e a face 17 frontal do elemento 12 de êmbolo.

De um modo vantajoso, como mostrado, particularmente, na Figura 5b, a superfície 16 tem uma distância g desde o eixo X de 1 a 6 mm, de preferência, de 1 mm a 3 mm e, mais preferencialmente, de cerca de 2 mm. Devido a essa distância, o movimento de fecho da porta irá ser totalmente automático.

Como mostrado na Figura 5c, o elemento 12 de êmbolo é composto por uma contramola 18, uma tampa 19 de fecho, um cilindro 20 de cobertura e uma válvula 21 de retenção, que definem meios para controlar o escoamento de óleo 5 na câmara 6, como melhor explicado em seguida. Tudo isto é "acondicionado" e introduzido, com a ajuda de uma -16- ΡΕ2019895 junta 22, na câmara 6 de serviço, definindo a tampa 19 de fecho a sua parede de fundo.

Deve compreender-se que a válvula 21 de retenção também pode ser montada no interior do cilindro 20 de cobertura, como mostrado, por exemplo, na Figura 4b. Neste caso, a face 17 frontal do elemento 12 de êmbolo é definida pela face 23 frontal do cilindro 20 de cobertura.

Como mostrado, particularmente, nas Figuras 7a, 7b, 8a e 8b, a parede 32 de extremidade do elemento 12 de êmbolo, que define a sua face 17 frontal, é susceptivel de dividir a câmara 6 de serviço num primeiro e segundo compartimentos 33, 34 de volume variável que são adjacentes e em comunicação fluida entre si. A contramola 18 está colocada no primeiro compartimento 33.

Esta forma de realização da estrutura de dobradiça da invenção permite uma instalação muito simples. O processo de instalação é efectuado, simplesmente, pela colocação do pino 13 no receptáculo 24 cilíndrico do elemento 2 estacionário, ligação das suas partes 15, 15' laterais ao elemento 3 móvel pela introdução das superfícies 25, 25' do pino 13 nos receptáculos 26, 26' do semi-invólucro 9', inserção dos vedantes 27, 27' para óleo, se houver, rolamentos 28, 28' axiais e suportes 29, 29' de rolamentos axiais no receptáculo 24, fixação do pino 23 ao invólucro 9' utilizando os parafusos 30, 30' e fixação do semi-invólucro 9 ao semi-invólucro 9' instalados, desse -17- ΡΕ2019895 modo, pelos parafusos 10, 10' . O elemento 12 de êmbolo, acondicionado como descrito acima, é introduzido na sua câmara 6 de serviço e a tampa 19 de fecho é apertada.

Este processo de montagem é concluído pela introdução de óleo 5 na câmara 6 de serviço, para amortecimento hidráulico do movimento de fecho produzido pelo meio 4 de fecho. Com esta finalidade, um orifício 31 de passagem pode ser formado no elemento 2 estacionário para definir um canal de introdução de óleo que permite a comunicação entre a câmara 6 de serviço e o ambiente externo, como mostrado na Figura 4a. Deve compreender-se que a quantidade de óleo a introduzir na câmara 6, bem como o volume desta última, são variáveis em função da massa da porta P a movimentar. O funcionamento da estrutura 1 de dobradiça é mostrado nas Figuras 7a, 7b, 8a e 8b.

Na posição de porta fechada, como mostrado na Figura 7a, a superfície 16 plana do pino 13 e a face 17 frontal do elemento 12 de êmbolo estão em contacto entre si de um modo substancialmente paralelo e encostadas. A contramola 18 é comprimida previamente entre o cilíndrico 20 e a tampa 19. Nesta posição, substancialmente toda a quantidade de óleo 5 encontra-se no primeiro compartimento 33 de volume variável que tem o volume máximo. De igual modo, a contramola 18 está com o seu alongamento máximo. -18- ΡΕ2019895

Quando um utilizador abre a porta P pela aplicação de uma carga EL externa à mesma, a porta P move-se no sentido da seta Fi, desde a posição de porta fechada até uma posição de porta aberta, como mostrado na Figura 7b. Este movimento faz com que a superfície 16 plana do pino 13 rode em torno do eixo X e, dai, interaja com a face 17 frontal do elemento 12 de êmbolo para comprimir a contramola 18. A superfície 16 plana do pino 13 e a face 17 frontal do elemento 12 de êmbolo estão afastadas obliquamente por um ângulo α que aumenta à medida que a porta é aberta. A parede 32 de extremidade do elemento 12 de êmbolo é, assim, deslocada ao longo da linha Y no sentido V. Ao mesmo tempo, devido ao movimento da parede 32 divisória, o óleo 5 é transferido do primeiro compartimento 33, cujo volume diminui, para o segundo compartimento 34, cujo volume, consequentemente, aumenta, através do orifício 35 da válvula 21 de retenção.

Nas formas de realização aqui ilustradas, a válvula 21 de retenção é definida por uma extensão 36 alongada da parede 32 de extremidade coaxial com a câmara 6 de serviço cilíndrica e é do tipo normalmente aberta, i. e., permitindo a passagem de óleo 5 do primeiro compartimento 33 para o segundo compartimento 34 quando a porta está a ser aberta e impedindo-o de retroceder quando a porta está a ser fechada. A Figura 8a mostra a posição de porta totalmente aberta. Nesta posição, a superfície 16 plana do pino 13 e a -19- ΡΕ2019895 face 17 frontal do elemento 12 de êmbolo são perpendiculares entre si. Como mostrado nesta figura, substancialmente toda a quantidade de óleo 5 está no segundo compartimento 34 de volume variável, que tem o volume máximo, enquanto o primeiro compartimento 33 tem o volume mínimo. De igual modo, a contramola 18 está na sua posição de máxima compressão, que corresponde ao seu alongamento mínimo.

Quando um utilizador roda a porta P desde a posição de porta totalmente aberta ou, equivalentemente, quando um utilizador liberta a porta desde uma posição de porta parcialmente aberta (í. e., quando a carga EL externa deixa de agir sobre a mesma) , o meio 4 de fecho inicia a sua acção sobre o elemento 3 móvel para fazer regressar, automaticamente, a porta P para a posição fechada. Ao mesmo tempo, o meio 5 de amortecimento hidráulico irá iniciar a sua acção sobre o elemento 3 móvel para se opor ao e amortecer o movimento de fecho produzido pelo meio 4 de fecho. A Figura 8b mostra a condição supracitada com a porta P numa posição de porta parcialmente aberta durante o fecho da porta, no sentido da seta F2. Nesta posição, a superfície 16 plana do pino 13 e a face 17 frontal do elemento 12 de êmbolo estão afastadas obliquamente por um ângulo α que diminui à medida que a porta é fechada. A mola 18 previamente comprimida executa a sua acção de oposição empurrando a face 17 frontal do elemento 12 de êmbolo -20- ΡΕ2019895 contra a superfície 16 do pino 13, fazendo, desse modo, com que as superfícies 16 e 17 deslizem uma contra a outra e a parede 32 de extremidade se movimente ao longo da linha Y no sentido Ψ . Ao mesmo tempo, devido ao movimento da parede 32 divisória, o óleo 5 é transferido do segundo compartimento 34, cujo volume começa a diminuir, para o primeiro compartimento 33, cujo volume, consequentemente, aumenta. No entanto, o óleo 5 já não se escoa através do orifício 35 da válvula 21 de retenção, que está fechada, mas regressa para o primeiro compartimento 33 através de um espaço 37 tubular entre a parede 38 lateral da câmara 6 de serviço e a parede 39 lateral do cilindro 22 de cobertura do elemento 12 de êmbolo. Uma regulação conveniente do tamanho da caixa 37 de ar pode aumentar ou diminuir o efeito de amortecimento proporcionado pelo óleo 5, o que faz com que a estrutura de dobradiça da invenção seja excepcionalmente segura.

Numa configuração alternativa da invenção, como mostrado na Figura 10, pelo menos, um furo 40 pode ser formado na parede 39 lateral do cilindro 20 de cobertura do elemento 12 de êmbolo para facilitar e/ou controlar o refluxo de óleo 5 para o primeiro compartimento 33. Uma configuração adequada dos tamanhos e/ou número de furos 40 permite controlar o movimento de retorno da porta P para a posição de porta fechada.

Numa outra forma de realização alternativa da invenção, como mostrado na Figura 9, a estrutura 1 pode -21- ΡΕ2019895 compreender um parafuso 41 para estrangular a caixa 37 de ar e, desse modo, regular o seu tamanho, como desejado, para alterar a velocidade de refluxo do óleo 5 e, assim, regular o efeito de amortecimento.

As Figuras 11 a 24 mostram, sem limitação, uma segunda forma de realização da estrutura de dobradiça da invenção indicada, genericamente, pelo algarismo 1' . Esta última compreende, essencialmente, um elemento 2 estacionário e um elemento 3 móvel a fixar a uma porta P pelos dois semi-invólucros 42, 42' . 0 elemento 2 estacionário é concebido para ser fixo a um suporte S estacionário, tal como uma parede ou um piso, através do rodapé 43, como mostrado na Figura 24.

Esta segunda forma de realização difere da primeira forma de realização na medida em que, embora o meio 4 de fecho esteja contido numa única primeira câmara 6 de serviço, o meio 5 de amortecimento hidráulico é contido nesta primeira câmara 6 de serviço e numa segunda câmara 44 de serviço, que está em comunicação fluida com esta. Como mostrado na Figura 14, tanto a primeira câmara 6 de serviço como a segunda câmara 44 de serviço estão totalmente contidas no invólucro em forma de caixa definido pelo elemento 2 estacionário.

Esta configuração permite controlar o movimento de portas P e/ou portões muito pesados. Este resultado é conseguido devido à segunda câmara 44 de serviço que -22- ΡΕ2019895 proporciona um volume adicional ao meio 5 de amortecimento hidráulico, podendo, assim, controlar-se eficazmente o movimento de objectos com massas muito grandes.

Nesta segunda forma de realização, o meio 4 de fecho compreende, além do primeiro elemento 11 excêntrico, um segundo elemento 45 excêntrico, que está apto a rodar em torno do eixo X solidariamente com o primeiro elemento 11 excêntrico, como mostrado, particularmente, na Figura 17. Além disso, o segundo elemento 45 excêntrico coopera com um segundo elemento 46 de êmbolo que se pode deslocar longitudinalmente ao longo da linha Y' no interior da segunda câmara 44 de serviço.

De um modo vantajoso, a linha Y', que é definida pelo eixo da segunda câmara 44 de serviço cilíndrica, é paralela à linha Y de movimento do primeiro elemento 11 excêntrico, minimizando, desse modo, requisitos de espaço.

Na segunda forma de realização, a parte 14 central do pino 13, que está sempre contida no interior do elemento 2 estacionário num receptáculo 24 cilíndrico, define o primeiro elemento 11 excêntrico e o segundo elemento 45 excêntrico. 0 pino 13 é, então, concebido para ser fixo no elemento 3 móvel por meio das superfícies 25, 25' de acoplamento das partes 15, 15' de extremidade. Particularmente, a superfície 25 de topo é concebida para -23- ΡΕ2019895 ser introduzida numa ranhura 47 do semi-invólucro 42 do elemento 3 móvel e a superfície 25' de fundo ser introduzida no rodapé 43 a fixar ao piso S.

Nesta forma de realização, o primeiro elemento 11 excêntrico e o segundo elemento 45 excêntrico são formados pela configuração especial da parte 14 central do pino 13. 0 primeiro elemento 11 excêntrico, como na primeira forma de realização, compreende uma primeira superfície 16 substancialmente plana, paralela ao eixo X e encostada à face 17 frontal do primeiro elemento 12 de êmbolo. 0 segundo elemento 45 excêntrico, colocado por cima do primeiro, é substancialmente definido por uma parede 48 tendo um par de segundas superfícies 49, 49' substancialmente planas paralelas ao eixo X e substancialmente perpendiculares à primeira superfície 16. A parede 48, com as suas superfícies 49, 49', está encostada à face 50 frontal do segundo elemento 46 de êmbolo. Com esta finalidade, como melhor mostrado na Figura 16, o receptáculo 24 cilíndrico é concebido para comunicar com a primeira câmara 6 de serviço e com a segunda 44, respectivamente, na área de contacto entre o primeiro elemento 11 excêntrico e o primeiro elemento 12 de êmbolo e na área de contacto entre o segundo elemento 45 excêntrico e o segundo elemento de êmbolo.

Este último, como o primeiro elemento de êmbolo, é substancialmente composto por uma segunda contramola 51, -24- ΡΕ2019895 uma segunda tampa 52 de fecho, um segundo cilindro 53 de cobertura e uma segunda válvula 54 de retenção, que define meios de controlo do escoamento do óleo 5 na segunda câmara 44 de serviço, como explicado acima. Todo o conjunto é "acondicionado" e introduzido com a ajuda de uma segunda junta 55 na segunda câmara 44 de serviço, definindo a tampa 52 de fecho a sua parede de fundo.

Como mostrado, particularmente, nas Figuras 20 a 23, a parede 50 de extremidade do segundo elemento 46 de êmbolo é definida por uma parede 56 que é susceptivel de dividir a segunda câmara 44 de serviço num terceiro e quarto compartimentos 57, 58 de volume variável que são adjacentes e em comunicação fluida entre si. A contramola 51 está colocada no quarto compartimento 58. O elemento 2 estacionário tem um canal 60, mostrado claramente na Figura 13, para estabelecer uma comunicação fluida entre a primeira e segunda câmaras 6, 44 de serviço. Além disso, o canal 60 compreende um parafuso 61 de estrangulamento para afinar o efeito de amortecimento do meio 5 hidráulico.

Na segunda forma de realização aqui descrita, a válvula 21 de retenção é do tipo normalmente aberta, i. e., permitindo a passagem de óleo 5 do primeiro compartimento 33 para o segundo compartimento 34 durante a abertura da porta e impedindo o refluxo do mesmo durante o fecho da porta, ao passo que a válvula 54 de retenção é do tipo -25- ΡΕ2019895 normalmente fechada, i. e., permitindo a passagem de óleo 5 do terceiro compartimento 57 para o quarto compartimento 58 durante a abertura da porta e impedindo o seu refluxo durante o fecho da porta.

Esta forma de realização da estrutura de dobradiça da invenção permite uma instalação muito simples, como na primeira forma de realização. 0 processo de instalação é simplesmente realizado pela colocação do pino 13 no receptáculo 24 cilíndrico do elemento 2 estacionário, ligando as suas partes 15, 15' laterais ao elemento 3 móvel, como descrito acima, inserção dos vedantes 27, 27' para óleo, se houver, rolamentos 28, 28' axiais e suportes 29, 29' de rolamentos axiais no receptáculo 24, fixação do semi-invólucro 42 ao semi-invólucro 42' instalados, desse modo, pelos parafusos 10, 10'. O primeiro elemento 12 de êmbolo, acondicionado como descrito acima, é introduzido na sua câmara 6 de serviço e a tampa 19 de fecho é apertada, ao passo que o segundo elemento de êmbolo é concebido para ser acondicionado e introduzido na segunda câmara 44 de serviço.

Este processo de montagem é concluído pela introdução de óleo 5 nas câmaras 6, 44 de serviço, para amortecimento hidráulico do movimento de fecho produzido pelo meio 4 de fecho. Isto pode ser conseguido utilizando o canal 31 de carregamento no elemento 2 estacionário, que estabelece uma comunicação entre o ambiente externo e a segunda câmara 44 de serviço, estando esta última, por sua -26- ΡΕ2019895 vez, em comunicação fluida com a primeira câmara 6 de serviço. Deve compreender-se que a quantidade predeterminada de óleo introduzido através do canal 31 irá ser distribuída pelo primeiro 33, segundo 34, terceiro 57 e quarto 58 compartimentos de volume variável. 0 canal 31, que é particularmente útil para a adição de óleo 5, quando necessário, é fechado pela tampa 59. 0 funcionamento da estrutura 1 de dobradiça é mostrado com mais pormenor nas Figuras 20 a 23. A Figura 20 mostra a posição relativa do meio 4 de fecho e do meio 5 de amortecimento hidráulico na posição de porta fechada. Nesta posição, a face 17 frontal do primeiro elemento 12 de êmbolo está encostada e é paralela à superfície 16 plana do primeiro elemento 11 excêntrico para manter a porta fechada, como na primeira forma de realização. A face 50 frontal do segundo elemento 46 de êmbolo está, por sua vez, encostada e é perpendicular à parede 48 com as suas superfícies 49, 49' . A primeira contramola 18 é previamente comprimida entre o cilindro 20 e a tampa 19 e a segunda contramola é comprimida entre a tampa 52 e o cilindro 53. Nesta posição, o primeiro 33 e terceiro 57 compartimentos de volume variável têm o volume máximo e o segundo 34 e quarto 58 têm o volume mínimo. De igual modo, o alongamento da contramola 18 está no máximo e o alongamento da segunda contramola 51 está no mínimo (posição de máxima compressão). -27- ΡΕ2019895

Quando a porta P é aberta, í. e., quando uma carga EL externa é aplicada à mesma, o elemento 3 móvel irá começar a rodar em torno do eixo X em relação ao elemento 2 estacionário, o pino 13 ir-se-á movimentar no sentido da seta Fi e a primeira superfície 26 do primeiro elemento 11 excêntrico e as segundas superfícies 49, 49' do segundo elemento 45 excêntrico irão começar a rodar solidariamente com este. Esta posição de porta parcialmente aberta durante a abertura da porta é mostrada na figura 21.

Devido à rotação do pino 13 e do impulso resultante exercido pela superfície 16 sobre a face 17 frontal do primeiro elemento 12 de êmbolo, este último começa a movimentar-se ao longo da linha Y no sentido V. Ao mesmo tempo, o segundo elemento 46 de êmbolo começa a movimentar-se ao longo da linha Y' no sentido V" oposto ao sentido V. À medida que a porta está a ser aberta, o ângulo α entre a primeira superfície 16 plana do pino 13 e a face 17 frontal do primeiro elemento 12 de êmbolo começa a aumentar, ao passo que o ângulo β entre as superfícies 49, 49' planas do segundo elemento 46 de êmbolo começa a diminuir.

Assim, o volume do primeiro compartimento 33 começa a decrescer quando uma carga é aplicada à primeira mola 18. Além disso, quando o volume do primeiro compartimento 33 diminui, o óleo 5 no seu interior começa a escoar-se para o exterior através do orifício 35 da válvula 21 para dentro do segundo compartimento 34 de volume -28- ΡΕ2019895 variável, que começa a receber óleo 5 e aumenta o seu volume.

Ao mesmo tempo, devido à rotação das superfícies 49, 49' e ao impulso resultante exercido pela face 50 frontal do segundo elemento 46 de êmbolo sobre as mesmas, o volume do quarto compartimento 58 começa a aumentar, à medida que ocorre o alívio da segunda mola 51. De igual modo, o volume do terceiro compartimento 57 começa a diminuir e, por conseguinte, o óleo 5 no seu interior começa a escoar-se para o quarto compartimento 58, cujo volume, consequentemente, aumenta. A Figura 22 mostra a posição de porta completamente aberta. Deve compreender-se que o dispositivo da invenção também permite uma abertura de 90° da porta na outra direcção. Nesta posição, o quarto compartimento 58 terá o volume máximo, ao passo que o segundo compartimento 34 terá o volume mínimo. A primeira mola 18 está na sua condição de carga máxima (alongamento mínimo) e a segunda mola 51 está na sua condição de carga mínima (alongamento máximo).

Quando um utilizador liberta a porta ou a movimenta da posição da Figura 22 para a posição fechada, a primeira mola 18 começa a ser descomprimida e o primeiro elemento 12 de êmbolo começa a empurrar a superfície 16 do pino 13, rodando-o, desse modo, no sentido da seta F2, devolvendo-o para a posição de porta fechada. Ao mesmo -29- ΡΕ2019895 tempo, as superfícies 49, 49' comprimem a segunda mola 51, pelo que o volume do quarto compartimento começa a diminuir e o óleo a escoar-se para fora deste. A Figura 23 mostra a condição supracitada, com a porta P numa posição de porta parcialmente aberta durante o fecho da porta, no sentido da seta F2. Nesta posição, a primeira superfície 16 plana do pino 13 e a face 17 frontal do primeiro elemento 12 de êmbolo são afastadas, obliquamente, formando um ângulo α que diminui à medida que a porta se fecha, ao passo que as segundas superfícies 49, 49' planas do pino 13 e a face 50 frontal do segundo elemento 46 de êmbolo são afastadas, obliquamente, formando um ângulo β crescente. A primeira mola 18 previamente comprimida efectua a sua acção de oposição empurrando a face 17 frontal do primeiro elemento 12 de êmbolo contra a primeira superfície 16 do pino 13, fazendo, desse modo, com que as superfícies 16 e 17 deslizam uma contra a outra e a primeira parede 32 de extremidade se movimente ao longo da linha Y no sentido V. Agora, a segunda mola 51 também é comprimida devido à pressão da segunda parede 48 do segundo elemento 45 excêntrico contra o segundo elemento 46 de êmbolo, que se movimenta ao longo da linha Y' no sentido V' oposto ao sentido V. A segunda válvula 54 é do tipo normalmente fechada e não permite a passagem do fluido de trabalho -30- ΡΕ2019895 através do seu orifício 62, pelo que o óleo 5 é forçado a escoar-se para o exterior pelo orifício 63 entrando na caixa 63 de ar definida pelas paredes 65, 66 laterais, respectivamente, da segunda câmara 44 de serviço e segundo cilindro 53 de cobertura. O óleo 5 que se escoa para fora, escoa-se através do canal 60 para o primeiro compartimento 33 cujo volume aumenta progressivamente. A primeira válvula 21, que é do tipo normalmente aberta, não permite a passagem de óleo 5 através do seu orifício 35, pelo que o óleo irá escoar-se do segundo compartimento 34 para o terceiro compartimento 57, que estão em comunicação fluida um com o outro.

De facto, na segunda forma de realização, como mostrado nas figuras, o fluido de trabalho segue um percurso na direcçâo anti-horária no interior do invólucro em forma de caixa definido pelo elemento 2 estacionário, para atrasar, hidraulicamente, o movimento rotativo do elemento 3 móvel em relação ao seu movimento de regresso para a posição de porta fechada. De igual modo, o fluido de trabalho também é atrasado durante a abertura da porta, para que a estrutura de dobradiça da invenção seja muito segura, mesmo no caso de instalações exteriores, nas quais o vento ou um utilizador descuidado pode exercer uma carga excessiva sobre a porta. -31- ΡΕ2019895

Numa forma de realização alternativa da invenção, como mostrado na FIG. 19, o primeiro elemento 11 excêntrico do pino 13 pode ter uma superfície periférica arredondada, e. g.r formada por rotação, para permitir que a porta P regresse de volta à posição de porta fechada desde qualquer posição de porta aberta. Esta forma de realização é particularmente vantajosa para portas corta-fogo.

As Figuras 25 a 32 mostram uma forma de realização preferencial, não exclusiva, de um conjunto de dobradiça, indicado, genericamente, pelo algarismo 70, a montar em portas P de fecho automático ou semelhantes. O conjunto 70 compreende uma primeira e uma segunda estruturas 71 e 72 de dobradiça, compreendendo cada estrutura um elemento 2, 2' estacionário a fixar ao caixilho T da porta P e um elemento 3, 3' móvel a fixar à porta P. Os elementos 3, 3' móveis são montados, de modo articulado, nos seus respectivos elementos 2, 2' estacionários para rodar em torno do eixo X. nesta forma de realização, a porta P age como um "veio de transmissão" entre as duas estruturas 71, 72 de dobradiça.

Como mostrado, particularmente, na Figura 28, o meio 4 de fecho e o meio 5 de amortecimento hidráulico estão contidos em duas câmaras 6, 44 de serviço no interior do invólucro em forma de caixa definido pelo primeiro elemento 2 estacionário da primeira estrutura 71 de dobradiça, ao passo que a segunda estrutura 72 de dobradiça compreende um segundo meio 80 de amortecimento que também -32- ΡΕ2019895 pode ser constituído por uma quantidade predeterminada do mesmo óleo utilizado na primeira estrutura 71 de dobradiça, contido noutra câmara 81 de serviço no interior do invólucro em forma de caixa definido pelo segundo elemento 2' estacionário.

Por outras palavras, a primeira estrutura 71 de dobradiça age sobre o elemento 3 móvel (e, daí, sobre o elemento 3' móvel) para gerar o binário C necessário para fazer com que a porta P rode para a sua posição fechada em torno do eixo X, ao passo que a segunda estrutura 72 de dobradiça age sobre o seu elemento 3' móvel (e, daí, sobre o elemento 3 móvel) para amortecer, hidraulicamente, o movimento produzido pela estrutura 71 de dobradiça, gerando, desse modo, um binário C' resistente oposto ao binário C.

Esta configuração permite um controlo de movimento optimizado de portas e portões muito pesados, durante os movimentos de abertura e fecho.

No que se refere à construção e funcionamento, a primeira estrutura 71 de dobradiça é muito semelhante à da primeira forma de realização, como aqui mostrado nas Figuras 1 a 10, ou à metade inferior da segunda forma de realização, como aqui mostrado nas Figuras 11 a 24. No entanto, a segunda estrutura 72 de dobradiça é muito semelhante, ainda em termos de construção e funcionamento, à metade superior da segunda forma de realização, como aqui -33- ΡΕ2019895 mostrado nas Figuras 11 a 24. A única diferença funcional e estrutural entre esta última e o conjunto 70 de dobradiça é que as câmaras 6, 44 de serviço e a câmara 81 de serviço não estão em comunicação fluida entre si, embora o seu funcionamento seja idêntico. Numa forma de realização alternativa, o conjunto 70 da invenção pode ser formado pela primeira forma de realização da estrutura de dobradiça, como mostrado nas Figuras 1 a 10 (estando o meio de fecho contido numa única câmara 6 de serviço) e a estrutura 72 de dobradiça. A segunda estrutura 72 de dobradiça compreende um segundo pino 13' tendo uma superfície 82 de contacto correspondente que é concebida para interagir com outro elemento 83 de êmbolo associado ao segundo meio 80 de amortecimento. A superfície 82 de contacto do segundo pino 13' é substancialmente perpendicular às superfícies 16 e 49 do primeiro pino 13 da primeira estrutura 71 de dobradiça.

Além disso, o segundo pino 13' tem uma parte 14' central que define um elemento 82 excêntrico correspondente, bem como partes 87, 87' laterais apropriadamente configuradas para serem associadas ao segundo elemento 3' móvel. O elemento 86 excêntrico interage com o correspondente elemento 83 de êmbolo como descrito acima. -34- ΡΕ2019895 A segunda estrutura 72 de dobradiça compreende ainda uma correspondente válvula 84 de retenção situada numa parede 85 de extremidade do elemento 83 de êmbolo para permitir a passagem de óleo 80 durante o fecho da porta e impedir o seu refluxo durante a abertura da porta. A parede 85 divide a câmara 81 de serviço em respectivos compartimentos 88 e 89 de volume variável, estando uma contramola 90 posicionada no compartimento indicado pelo algarismo 88.

Como mostrado, particularmente, nas Figuras 29 a 32, as válvulas 21, 54 e 84 de retenção associadas aos seus respectivos elementos 12, 46 e 83 de êmbolo são do tipo normalmente abertas.

Uma outra diferença entre a segunda estrutura 72 de dobradiça e a metade superior da segunda forma de realização, como mostrado nas Figuras 11a 24, é que a segunda válvula 84 de retenção é do tipo normalmente aberta (como as primeiras válvulas 21, 54), i. e., permite a passagem de óleo 5 do quarto compartimento 58 para o terceiro compartimento 57 durante a abertura da porta e impede o seu refluxo durante o fecho da porta.

Assim, ao contrário da segunda forma de realização, como mostrado nas Figuras 11a 24, as primeiras válvulas 21, 54 e a segunda válvula 84 de retenção agem nas mesmas direcções, i. e., abertas durante a abertura da porta e fechadas durante o fecho da porta. -35- ΡΕ2019895 A primeira e segunda estruturas 71 e 72 de dobradiça são montadas do mesmo modo que as descritas acima. Proporcionam-se dois canais 78, 79 para o enchimento de óleo 5, depois de a montagem ter sido concluída.

Em operação, a primeira e segunda estruturas 71, 72 de dobradiça são montadas na porta P e cooperam para controlar o seu movimento de dobradiça em torno do eixo X. Como mostrado na Figura 26, os seus pinos 13 e 13' são configurados de modo a que as superfícies planas sobrepostas do primeiro e as superfícies 82, 82' planas opostas do último fiquem perpendiculares entre si.

Para afinar o alinhamento da porta P, a primeira estrutura 71 de dobradiça pode ter pinos 75, 76 de regulação adequados. 0 funcionamento do conjunto 70 é idêntico ao da segunda forma de realização da estrutura de dobradiça, como mostrado nas Figuras 11 a 24, excepto pelo facto de o escoamento de óleo 5 ser controlado por válvulas 21, 54 de retenção normalmente abertas, ao passo que o óleo 80 é controlado pela válvula 84, que é do mesmo tipo. A Figura 29 mostra a primeira e segunda estruturas 71, 72 de dobradiça na posição de porta P fechada e a Figura 31 mostra a primeira e segunda estruturas 71, 72 de dobradiça na posição de porta P totalmente aberta. Deve compreender -se que, embora as -36- ΡΕ2019895

Figuras 29 a 32 mostrem apenas a parte superior da estrutura 71 de dobradiça, as partes da parte inferior, não mostradas, funcionam exactamente como as da parte superior.

Quando a porta P é aberta por um utilizador, i. e.r quando uma carga EL externa é aplicada à mesma, e. g., no sentido da seta Fi, como mostrado na Figura 30, o primeiro pino 12 e o segundo pino 13' rodam em torno do eixo X e fazem com que a superfície 16 sobrejacente e as superfícies 82, 82' planas opostas, respectivamente, rodem em torno do mesmo eixo X. A mola 18 do primeiro elemento 12 de êmbolo começa a ser comprimida, ao passo que a mola 90 começa a ser descomprimida.

Assim, o volume do primeiro compartimento 33 começa a diminuir à medida que a primeira mola 18 é submetida a uma aplicação de carga. Além disso, quando o volume do primeiro compartimento 33 diminui, o óleo 5 no seu interior começa a escoar-se para fora através do orifício 35 da válvula 21 para o segundo compartimento 34 de volume variável que começa a receber óleo 5 e a aumentar o seu volume.

Ao mesmo tempo, devido à rotação das superfícies 82' , 82, o volume do compartimento 8 9 começa a aumentar, à medida que a mola 90 começa a ser descomprimida. De igual modo, o volume do compartimento 88 começa a diminuir, por conseguinte, o óleo 80 no seu interior começa a escoar-se para o compartimento 89 adjacente, cujo volume, -37- ΡΕ2019895 consequentemente, aumenta. No entanto, dado que a válvula 84 é do tipo normalmente aberta, o óleo 80 não consegue passar através do orifício da válvula e irá escoar-se para o compartimento 89 através de uma caixa 91 de ar entre a parede 92 lateral da câmara 81 de serviço e a parede 93 lateral do elemento 83 de êmbolo.

Quando um utilizador liberta a porta ou a movimenta da posição da Figura 31 para a posição fechada, a primeira mola 18 começa a ser descomprimida e o primeiro elemento 12 de êmbolo começa a empurrar a superfície 16 do pino 13 rodando-o, desse modo, no sentido da seta F2 e fazendo-o regressar para a posição de porta fechada. Ao mesmo tempo, a superfície 82 (ou 82', dependendo do sentido de abertura da porta) comprime a mola 90, pelo que o volume do compartimento 89 começa a diminuir e o óleo 80 escoa-se daí para fora. A Figura 32 mostra a condição supracitada, com a porta P numa posição de porta parcialmente fechada durante o fecho da porta, no sentido da seta F2. A primeira mola 18, previamente comprimida, executa a sua acção de oposição ao empurrar a face 17 frontal do primeiro elemento 12 de êmbolo contra a primeira superfície 16 do pino 13, fazendo, desse modo, com que as superfícies 16 e 17 deslizem uma contra a outra e a primeira parede 32 de extremidade se movimente ao longo da linha Y no sentido V. nesta altura, a segunda mola 90 também é comprimida devido à pressão do elemento 86 excêntrico contra o elemento 83 de êmbolo que -38- ΡΕ2019895 se movimenta ao longo da linha Y' no sentido V' oposto ao sentido V. A primeira válvula 21, que é do tipo normalmente aberta, não permite a passagem de óleo 5 através do seu orifício 35, motivo pelo qual o óleo irá escoar-se do segundo compartimento 34 para o primeiro compartimento 33 através da caixa 37 de ar entre a parede 387 lateral da câmara 6 de serviço e a parede 39 lateral do cilindro 20. A válvula 84, que também é do tipo normalmente aberta, permite a passagem de óleo 80 através do seu orifício, para o fazer escoar desde o compartimento 89 de volume variável para o compartimento 88.

Deve compreender-se que a primeira 71 e a segunda 72 estruturas de dobradiça podem incluir meios de controlo de escoamento de fluido, como na primeira e segunda formas de realização descritas anteriormente. Isto irá proporcionar controlo durante a abertura e fecho da porta P. assim, a porta pode ser concebida para não opor resistência (ou muito baixa) a baixas velocidades de fecho e para aumentar a sua resistência à medida que a velocidade de fecho da porta P aumenta.

Devido a esta configuração, se a porta for instalada no exterior, pode ser concebida para ser facilmente aberta por utilizadores, não batendo com força por acção de agentes externos, tais como vento ou semelhantes. -39- ΡΕ2019895 A divulgação supracitada mostra claramente que a estrutura e conjunto de dobradiça da invenção satisfazem os objectivos pretendidos e, particularmente, satisfazem o requisito de assegurar o movimento controlado da porta durante a sua abertura e fecho.

Durante o fecho da porta, esse movimento controlado impede que a porta colida violentamente contra o seu caixilho, assegurando, desse modo, a sua integridade e longo tempo de vida. Por outro lado, durante a abertura, esse movimento controlado irá impedir uma qualquer abertura intempestiva da porta P devida a rajadas de vento, para proteger a porta e qualquer utilizador no raio de acção da mesma. A estrutura e conjunto de dobradiça da invenção são susceptiveis de sofrerem várias alterações e variantes, abrangidas pelo conceito inventivo divulgado nas reivindicações apensas. Todos os pormenores da mesma podem ser substituídos por outros equivalentes técnicos e os materiais podem variar consoante as diferentes necessidades, sem divergir do âmbito da invenção, como definido pelas reivindicações.

Embora a estrutura e conjunto de dobradiça tenham sido descritos recorrendo, particularmente, às figuras anexas, os algarismos indicados na divulgação e reivindicações só são utilizados com o intuito de melhorar -40- ΡΕ2019895 a inteligibilidade da invenção e não se destinam, seja de que modo for, a limitar o âmbito reivindicado.

Lisboa, 20 de Dezembro de 2010

Claims (22)

1. ΡΕ2019895 -1 - REIVINDICAÇÕES 1. Estrutura de dobradiça para portas de fecho automático ou semelhantes, compreendendo: um primeiro elemento (2) estacionário acoplável ao caixilho (T) de uma porta (P) montada de modo articulado num primeiro elemento (3) móvel da estrutura de dobradiça acoplável à porta (P) para rodar em torno de um eixo (X) longitudinal entre uma posição de porta aberta e uma posição de porta fechada; - um meio (4) de fecho agindo sobre o referido primeiro elemento (3) móvel para fazer regressar, automaticamente, a porta (P) para a referida posição fechada após abertura da mesma; - um meio (5) de amortecimento hidráulico agindo sobre o referido primeiro elemento (3) móvel para se opor ao e amortecer o movimento de fecho do referido meio (4) de fecho; - estando o referido meio (4) de fecho e referido meio (5) de amortecimento hidráulico alojados numa primeira câmara (6) de serviço situada no interior do referido primeiro elemento (2) estacionário; em que o referido meio (4) de fecho inclui um primeiro elemento (11) excêntrico unitário com o referido primeiro -2- ΡΕ2019895 elemento (3) móvel e tendo uma primeira superfície (16) de contacto substancialmente plana e um primeiro elemento (12) de êmbolo que pode ser deslocado no interior da referida primeira câmara (6) de serviço ao longo de um eixo (Y) transversal, entre uma posição final comprimida, correspondente à referida posição de porta aberta, e uma posição final estendida, correspondente à referida posição de porta fechada, tendo o referido elemento (12) de êmbolo uma face (17) frontal que é susceptível de se engatar na referida superfície (16) do referido elemento (11) excêntrico; em que o referido meio (4) de fecho inclui um primeiro meio (18) elástico de reacçâo que age sobre o referido primeiro elemento (12) de êmbolo para impelir a referida superfície (17) frontal contra a referida primeira superfície (16) de contacto do referido primeiro elemento (11) excêntrico; caracterizada por a referida primeira superfície (16) de contacto do referido primeiro elemento (11) excêntrico estar desalinhada em relação ao referido eixo (X) longitudinal por uma distância (g) predeterminada para que a face (17) frontal do referido elemento (12) de êmbolo na sua posição final estendida fique posicionada para lá do referido eixo (X) longitudinal de modo a permitir o fecho automático da porta; e por o referido primeiro elemento (12) de êmbolo ter uma parede (21) lateral substancialmente cilíndrica e uma parede (32) de extremidade definindo a referida face (17) frontal, sendo a referida parede (32) de -3- ΡΕ2019895 extremidade concebida para separar a referida, pelo menos uma, primeira câmara (6) de serviço num primeiro compartimento (33) de volume variável e num segundo compartimento (33, 34) de volume variável que são adjacentes e estão em comunicação fluida entre si para o amortecimento hidráulico, estando o referido primeiro meio (18) elástico de reacção situado no referido primeiro compartimento (33).
2. 2. Estrutura de dobradiça, como reivindicada na reivindicação 1, caracterizada por compreender um pino (13) situado no interior do referido primeiro elemento (2) estacionário e tendo um eixo coincidente com o referido eixo (X) longitudinal, tendo o referido pino (13) partes (15, 15') de extremidade susceptiveis de se acoplarem mutuamente, de modo articulado, ao referido elemento (3) móvel com o referido elemento (2) fixo e uma primeira parte (14) central tendo a referida primeira superfície (16) de contacto.
3. 3. Estrutura de dobradiça, como reivindicada na reivindicação 1 ou 2, caracterizada por a referida primeira superfície (16) de contacto ser substancialmente paralela ao referido eixo (X) longitudinal.
4. 4. Estrutura de dobradiça, como reivindicada na reivindicação 1, caracterizada por a referida primeira superfície (16) de contacto do referido primeiro elemento (11) excêntrico estar situado a uma distância (g) do -4- ΡΕ2019895 referido eixo (X) longitudinal compreendida entre 1 mm e 5 mm e, de um modo preferido, com cerca de 2 mm.
5. 5. Estrutura de dobradiça, como reivindicada na reivindicação 1, caracterizada por o referido primeiro compartimento (33) de volume variável estar configurado de modo a ter o seu volume máximo e o referido segundo compartimento (34) de volume variável configurado de modo a ter o seu volume mínimo quando a referida porta está na referida posição fechada.
6. 6. Estrutura de dobradiça, como reivindicada na reivindicação 5, caracterizada por compreender uma primeira válvula (21) de retenção na referida primeira parede (32) de extremidade do referido primeiro elemento (12) de êmbolo, sendo a referida primeira válvula (21) de retenção concebida para permitir o escoamento do fluido de trabalho do referido primeiro compartimento (33) para o referido segundo compartimento (34) após a abertura da porta (P) e para impedir o seu refluxo durante o fecho da porta.
7. 7. Estrutura de dobradiça, como reivindicada na reivindicação 6, caracterizada por a referida primeira parede (39) lateral do referido primeiro elemento (12) de êmbolo definir, com a parede (38) lateral da referida primeira câmara (6) de serviço, uma caixa (37) de ar, para controlar o refluxo do referido fluido de trabalho do referido segundo (34) para o referido primeiro -5- ΡΕ2019895 compartimento (33) de volume variável após o fecho da porta (P) .
8. 8. Estrutura de dobradiça, como reivindicada numa ou mais das reivindicações 1 a 7, caracterizada por o referido primeiro meio (18) elástico agir ao longo de uma direcção transversal que é substancialmente paralela ao referido eixo (Y) transversal em relação substancialmente ortogonal ao referido eixo (X) longitudinal.
9. 9. Estrutura de dobradiça, como reivindicada numa ou mais das reivindicações 1 a 8, caracterizada por o referido elemento (2) estacionário compreender um corpo em forma de caixa para alojar o referido meio (4) de fecho e referido meio (5) de amortecimento hidráulico.
10. 10. Estrutura de dobradiça, como reivindicada numa ou mais das reivindicações 1 a 9, caracterizada por compreender uma segunda câmara (44) de serviço, estando o referido meio (4) de fecho alojado na referida primeira câmara (6) de serviço e estando o referido meio (5) de amortecimento hidráulico alojado na referida primeira câmara (6) e na referida segunda câmara (44) de serviço.
11. 11. Estrutura de dobradiça, como reivindicada na reivindicação 10, caracterizada por o referido meio (5) de amortecimento hidráulico incluir um segundo elemento (45) excêntrico e um segundo elemento (46) de êmbolo que se pode deslocar longitudinalmente no interior da referida segunda -6- ΡΕ2019895 câmara (44) de serviço e é susceptível de cooperar com o referido segundo elemento (45) excêntrico.
12. 12. Estrutura de dobradiça, como reivindicada na reivindicação 11, caracterizada por a parte (14) central do referido pino (13) ter uma segunda superfície (49) de contacto sobrejacente à referida primeira superfície (16) de contacto, sendo a referida segunda superfície (49) de contacto substancialmente plana e definindo o referido segundo elemento (45) excêntrico.
13. 13. Estrutura de dobradiça, como reivindicada na reivindicação 12, caracterizada por o referido segundo elemento (46) de êmbolo ter uma segunda parede (56) de extremidade para dividir a referida segunda câmara (44) de serviço num terceiro e quarto compartimentos (57, 58) adjacentes de volume variável que estão em comunicação fluida mútua, estando um segundo meio (51) elástico para impelir o referido segundo elemento (46) de êmbolo contra o referido segundo elemento (45) excêntrico situado no referido quarto compartimento (58).
14. 14. Estrutura de dobradiça, como reivindicada na reivindicação 13, caracterizada por o referido meio (4) de fecho e/ou referido meio (5) de amortecimento hidráulico serem concebidos para que o referido terceiro compartimento (57) de volume variável tenha um volume mínimo e o referido quarto compartimento (58) tenha um volume máximo com a referida porta na referida posição fechada. -7- ΡΕ2019895
15. 15. Estrutura de dobradiça, como reivindicada na reivindicação 14, caracterizada por compreender uma segunda válvula (54) de retenção na referida segunda parede (56) de extremidade do referido segundo elemento (46) de êmbolo, para permitir o escoamento do fluido de trabalho do referido terceiro compartimento (57) para o referido quarto compartimento (58) durante a abertura da porta (P) e para impedir o seu refluxo durante o fecho da porta.
16. 16. Estrutura de dobradiça, como reivindicada na reivindicação 12, caracterizada por a referida segunda superfície (49) de contacto do referido segundo elemento (45) excêntrico ser substancialmente paralela ao referido eixo (X) longitudinal e substancialmente perpendicular à referida primeira superfície (16) de contacto do referido primeiro elemento (11) excêntrico.
17. 17. Estrutura de dobradiça, como reivindicada numa ou mais das reivindicações 13 a 16, caracterizada por os referidos primeiro e segundo meios (18, 51) elásticos terem direcções (Y, Y') operacionais substancialmente ortogonais ao referido eixo (X) longitudinal e em sentido (V, V) oposto.
18. 18. Conjunto de dobradiça de porta para fechar portas ou semelhantes, compreendendo uma primeira estrutura (71) de dobradiça, como reivindicada numa ou mais das reivindicações 1 a 17, caracterizado por compreender uma segunda estrutura (72) de dobradiça associada com a mesma -8- ΡΕ2019895 porta (P) numa posição escalonada longitudinalmente em relação à primeira estrutura (71) de dobradiça, em que a referida segunda estrutura (72) de dobradiça é semelhante à referida primeira estrutura (71) de dobradiça e difere desta na medida em que não tem um meio (4) de fecho e compreende um segundo meio (81) de amortecimento para travar e amortecer o movimento de fecho produzido pelo meio (4) de fecho da referida primeira estrutura (71) de dobradiça.
19. 19. Conjunto de dobradiça, como reivindicado na reivindicação 18, caracterizada por a referida segunda estrutura (72) de dobradiça compreender um segundo pino (13') tendo uma superfície (82) de contacto correspondente que é concebida para interagir com um correspondente meio (83) de êmbolo associado com o referido segundo meio (81) de amortecimento.
20. 20. Conjunto de dobradiça, como reivindicado na reivindicação 19, caracterizado por a referida segunda superfície (82) de contacto do referido segundo pino (13') ser substancialmente perpendicular a, pelo menos, uma das superfícies (6, 49) de contacto do primeiro pino (13) associada com a referida primeira estrutura (71) de dobradiça.
21. 21. Conjunto de dobradiça, como reivindicado na reivindicação 20, caracterizado por a referida segunda estrutura (72) de dobradiça compreender uma correspondente -9- ΡΕ2019895 válvula (84) de retenção situada numa parede (95) de extremidade do seu elemento (83) de êmbolo para permitir a passagem do fluido de trabalho durante o fecho da porta e impedir o seu reflexo durante a abertura da porta.
22. 22. Conjunto de dobradiça, como reivindicado na reivindicação 21, caracterizado por as válvulas (21, 54, 84) de retenção associadas com os correspondentes elementos (12, 46, 83) de êmbolo das referidas primeira e segunda estruturas (71, 72) de dobradiça serem do tipo normalmente abertas. Lisboa, 20 de Dezembro de 2010