10 DC 9 F
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10 DC 9 F
Le
MICHÈLE SIMONSEN
Maître de conférences à l'Université de Copenhague
2 0 mille
ISBN 2 13 045917 x
SPÉCIFICITÉ
I. — Traits particuliers
du répertoire français
1. C o n t e s s p é c i a l e m e n t r é p a n d u s e n F r a n c e . — A ) LA BÊTE
À SEPT TÊTES (T. 300) e t LE ROI DES POISSONS (T. 303) s o n t
répandus chez nous au point que K u r t R a n k e , qui a comparé
p r è s d e 1 000 v e r s i o n s d u m o n d e e n t i e r , e s t i m e q u ' i l s o n t d û
n a î t r e e n F r a n c e (1). I l s ' a g i t d ' a i l l e u r s d ' u n r é c i t t r è s a n c i e n ,
p u i s q u e le m o t i f d e l ' o b j e t m e r v e i l l e u x q u i a v e r t i t le f r è r e
resté à la m a i s o n des dangers que c o u r t son j u m e a u est a t t e s t é
e n E g y p t e a u X I I I siècle a v a n t J . - C . e t q u ' o n a p u le r a p p r o -
c h e r d u m y t h e grec d e « P e r s é e e t A n d r o m è d e », l u i m ê m e
version incomplète d ' u n récit encore plus ancien qui survit
d a n s n o s c o n t e s (2).
C ) LA F I L L E D U D I A B L E ( T . 3 1 3 ) . — C e c o n t e e s t t r è s p o p u -
l a i r e e n F r a n c e , o ù il a s o u v e n t p o u r t i t r e L a M o n t a g n e v e r t e
ou L a M o n t a g n e noire. L'histoire d ' u n héros entré a u service
d ' u n m a g i c i e n , p a r q u i il s e v o i t i m p o s e r d e s t â c h e s i m p o s s i b l e s
et q u i les e x é c u t e g r â c e a u x p o u v o i r s m a g i q u e s de la fille d e
celui-ci, a fait r a p p r o c h e r ce c o n t e d u m y t h e de M é d é e et
J a s o n . Ce c o n t e est l'un des plus a n c i e n s d u r é p e r t o i r e indo-
européen, c o m m e l'indique l'abondance des éléments magiques :
p â t é s m a g i q u e s o u g o u t t e s d e s a n g q u i r é p o n d e n t à la p l a c e
des fugitifs, o b j e t s j e t é s en r o u t e qui se t r a n s f o r m e n t en
obstacles, m é t a m o r p h o s e m o m e n t a n é e des héros poursui-
vis, etc.
2. C o n t e s s e p r é s e n t a n t e n F r a n c e s o u s u n e f o r m e t r è s d i f
férente. — A ) BARBE-BLEUE (T. 312). — E n F r a n c e , ce c o n t e ,
qui a p e u t - ê t r e é t é i n f l u e n c é p a r les l é g e n d e s r a p p e l a n t les
c r i m e s de Gilles d e R a i s , a p o u r h é r o s u n m a r i m o n s t r u e u x ,
m a i s d e f o r m e h u m a i n e . A i l l e u r s , il s ' a g i t d ' u n a n i m a l f a b u -
l e u x q u i e n l è v e s u c c e s s i v e m e n t t r o i s s œ u r s e t les s o u m e t à l a
t e n t a t i o n d e la c h a m b r e i n t e r d i t e . L a c a d e t t e , p l u s r u s é e , v i e n t
au secours de ses aînées.
B ) L E S E N F A N T S É G A R É S DANS LA F O R Ê T ( T . 3 2 7 ) . — C e
c o n t e est c o n n u d e n o s j o u r s s o u s le t i t r e d u « P e t i t P o u c e t »
d e p u i s q u e le r é c i t de P e r r a u l t , q u i l ' a p e u t - ê t r e c o n f o n d u a v e c
« T o m P o u c e » (T. 700), a éclipsé les v e r s i o n s d e la t r a d i t i o n
orale. Celles-ci o n t g é n é r a l e m e n t p o u r h é r o s u n frère e t u n e
s œ u r , « F i n o n e t F i n e t t e », « F u r o n e t F u r e t t e », e t c . , c e q u i l e s
r a p p r o c h e d e l a v e r s i o n d e G r i m m , H a n s e l et Gretel. M a i s là
s ' a r r ê t e l a r e s s e m b l a n c e , p u i s q u e c h e z G r i m m les h é r o s a r r i v e n t
à la m a i s o n d e s u c r e r i e s d ' u n e s o r c i è r e qui les f a i t p r i s o n n i e r s .
A u m o m e n t d ' ê t r e r ô t i , le frère est s a u v é p a r sa s œ u r qui, fei-
g n a n t la maladresse, e n f o u r n e la sorcière.
E n F r a n c e , les e n f a n t s a r r i v e n t c h e z u n o g r e o ù ils p a s s e n t
la n u i t . A y a n t é c h a n g é d e s signes d i s t i n c t i f s a v e c les e n f a n t s
d e l ' o g r e , q u i s o n t t u é s à l e u r p l a c e , les h é r o s s ' e n f u i e n t , t r a -
v e r s a n t u n e r i v i è r e a v e c la c o m p l i c i t é d e l a v a n d i è r e s . L ' o g r e
p a r t à leur p o u r s u i t e e t se noie.
C) L E P E T I T CHAPERON ROUGE ( T . 3 3 3 ) p r e n d u n e t o u t a u t r e
f o r m e c h e z n o u s q u e d a n s la v e r s i o n r e c u e i l l i e p a r les f r è r e s
G r i m m , q u i est la p l u s r é p a n d u e d a n s les p a y s a n g l o - s a x o n s
et q u i sert de b a s e à t o u t e s les i n t e r p r é t a t i o n s p s y c h a n a l y -
t i q u e s (3). C h e z n o u s , l ' e n f a n t n ' e s t p a s s a u v é e p a r u n c h a s s e u r
q u i o u v r e le v e n t r e d u l o u p ; o u b i e n le c o n t e s ' a r r ê t e à la
m o r t d e l ' e n f a n t , o u b i e n celle-ci, p r é t e x t a n t u n b e s o i n n a t u r e l ,
d e m a n d e à s o r t i r ; le l o u p lui a t t a c h e u n lien à la j a m b e , m a i s
elle l ' a c c r o c h e à u n p r u n i e r e t s ' e n f u i t (4).
1. L e m e r v e i l l e u x . — E n g é n é r a l , l e s c o n t e s f r a n ç a i s s o n t
moins étranges, plus familiers que ceux des autres pays. Les
êtres surnaturels y sont moins n o m b r e u x qu'en Allemagne ou
q u ' e n R u s s i e . A l o r s q u ' a i l l e u r s , les h é r o s s o n t e n p r o i e a u x
géants, magiciens, sorciers, nains, sirènes, esprits et m o n s t r e s
d e t o u t e s s o r t e s , e n F r a n c e ils o n t s u r t o u t a f f a i r e a u x o g r e s
et au diable. Les ogres sont parfois des géants, mais leur carac-
t é r i s t i q u e essentielle est d e se n o u r r i r d e c h a i r h u m a i n e . Q u a n t
a u x fées, elles s o n t b e a u c o u p p l u s r a r e s q u ' o n n e p e n s e d a n s
la t r a d i t i o n orale. C e p e n d a n t , les h é r o s p e u v e n t a u s s i a v o i r
affaire au « Sarrazin » ou a u x korrigans — petits nains —, en
Bretagne ; au Drac, monstre aquatique, en Gascogne ; au
Tartaro, sorte de cyclope, au pays basque ; ou bien au « Bzou »
o u a u « B r o u », c ' e s t - à - d i r e a u l o u p - g a r o u , c o m m e l e p e t i t
c h a p e r o n r o u g e o u la p e t i t e fille q u i c h e r c h e ses f r è r e s ; à u n
l é z a r d o u à u n e « g r o s s e b ê t e ».
2. T o n f a m i l i e r . — L e s c o n t e s t r a d i t i o n n e l s , a u c o n t r a i r e
de ceux de Perrault, sont situés dans u n milieu modeste,
s o u v e n t p a y s a n . L a b e r g è r e é p o u s e le fils d u roi, « e t le r e p a s
d e n o c e s e u t l i e u à m ê m e la p r a i r i e » (5). L a C e n d r o u s e se r e n d
n o n p a s a u bal, m a i s à la messe. Le père de la Belle r e n c o n t r e
la B ê t e a u r e t o u r d e la foire. L e loup, a p r è s a v o i r t u é la g r a n d -
mère, m e t « sa t ê t e sur u n e assiette, sa v i a n d e d a n s l'arche et
( 3 ) C e c o n t e , q u i se d i t d e l a m ê m e m a n i è r e d a n s le T y r o l e t d a n s
le n o r d d e l ' I t a l i e , s e m b l e e n r e v a n c h e n e p a s a v o i r f a i t p a r t i e d e l a
t r a d i t i o n a l l e m a n d e a v a n t l a c o l l e c t e d e G r i m m , q u i le t e n a i t d ' u n e
conteuse d'origine française.
(4) V o i r P a u l D E L A R U E , L e s c o n t e s m e r v e i l l e u x d e P e r r a u l t e t
la t r a d i t i o n p o p u l a i r e , Bulletin folklorique d ' I l e - d e - F r a n c e , 1951
et 1953.
(5) L a M a r g a r i d e t t a , G a s t o n MAUGARD, C o n t e s des P y r é n é e s ,
P a r i s , E r a s m e , 1955.
son sang dans la bassie », ou en réserve dans des bouteilles sur
le dressoir, accroche ses tripes à la porte : on a remarqué que
c'est là la manière traditionnelle d'apprêter le cochon fraîche-
ment tué (6). La bonne et la méchante sœur dont la complai-
sance est mise à l'épreuve sont priées d'épouiller la Sainte
Vierge, et les prétendants bernés par la fille du Diable (T. 313)
passent la nuit à vider le pot de chambre. Le style des conteurs
est souvent familier, quels que soient les événements qu'ils
racontent. La fille du Diable s'appelle « la blonde », et la prin-
cesse, sauvée des dents du dragon par le héros, un jeune homme
qui fait son tour de France et qui passait par là, s'étonne des
menaces de l'imposteur dans les termes suivants : « Mais j'ai
pas de sous ! Je viens de pouvoir être mangée par la bête à
sept têtes, alors j'ai pas de sous sur moi !... (7). La mère qui
veut donner son fils à manger à son mari « met la marmite sur
le feu, prit une hatsou (une hache) et a coupé son petit en
morceaux, le met dans sa marmite et ramasse les petits mor-
ceaux, les orteils de ses pieds et de ses doigts, et sa langue et
ses yeux, et les a mis cuire dans une casserole pour faire une
petite sauce... » (8).
QU'EST-CE
QU'UN CONTE POPULAIRE?
« Populaire :
« 1. Qui appartient au peuple, émane du
peuple.
« 2. Propre au peuple.
« 3. Qui plaît au peuple, au plus grand
nombre. »
(Dictionnaire Robert.)