Analise Matemática
Analise Matemática
Analise Matemática
Introdução ......................................................................................................................... 5
3. Conclusão ................................................................................................................ 20
Uma das características distintivas das funções de variáveis complexas é que elas podem
ser diferenciáveis em um sentido mais amplo do que as funções de variáveis reais. Isso
se deve à natureza suave e contínua dos números complexos, o que leva a propriedades
interessantes relacionadas à análise complexa. Além disso, as funções de variáveis
complexas têm aplicações em diversas áreas da física teórica, engenharia elétrica, teoria
dos sistemas dinâmicos e muitos outros campos.
A análise das funções de variáveis complexas envolve tópicos como séries de potências
complexas, integração ao longo de curvas no plano complexo e teoremas fundamentais
da análise complexa, como o teorema das singularidades ou o teorema da integral de
Cauchy.
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1. Números Complexos
1.1. Definição de números complexos
Um número complexo é qualquer número da forma 𝑧 = 𝑎 + 𝑏𝑖, em que a e b são números
reais e 𝑖 = √−1 é a unidade imaginária.
Definição 2
A diferença entre esse plano e o plano cartesiano é somente a interpretação: o eixo x desse
plano é chamado de eixo real, e o eixo y é chamado de eixo imaginário. Assim, para
representar um número complexo nesse plano, conhecido como plano de Argand-Gauss,
devemos transformar esse número em um par ordenado, em que a coordenada x é a parte
real do número complexo e a coordenada y é sua parte imaginária.
Feito isso, o vetor que representa um número complexo é sempre o segmento de reta
orientado que tem início na origem do plano de Argand-Gauss e finda no ponto (a, b), em
que a é a parte real do número complexo e b é sua parte imaginária.
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A representação geométrica do número complexo z = 2 + 3i.
Forma algébrica
Forma Trigonométrica
z = r(cosθ + i senθ)
Forma Exponencial
z = r(e^(iθ))
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1.3. Operações sobre números complexos
Módulo: O módulo de um número complexo é sempre um número real não negativo. |z|
= √(a² + b²)
𝑧 𝑛 = 𝑟 𝑛 (cos(𝑛𝜃) + +𝑖 sin(𝑛𝜃))
Onde:
𝑏
θ é o argumento de z, ou seja, 𝜃 = tan−1 (𝑎)
Exemplo:
Calcule (3 + 2i)4
𝑟 = √(32 + 22 ) = √13
2
𝜃 = tan−1 (3) ≈ 36.87° .
8
Portanto, (3 + 2)4 ≈ 240.178(cos 147.48° + 𝑖 sin 147.48°).
Propriedades Importantes:
(𝑎𝑚 )𝑛 = 𝑎 (𝑚∗𝑛)
(𝑎𝑏)𝑛 = 𝑎𝑛 𝑏 𝑛
(𝑧 𝑛 )(𝑚) = 𝑧 (𝑛∗𝑚)
𝜃 𝜃
𝑛√𝑧 = √𝑟 (cos ( ) + 𝑖 sin ( ))
𝑛 𝑛
Onde:
𝑏
θ é o argumento de z, ou seja, 𝜃 = tan−1 (𝑎)
Exemplo:
𝑟 = √(52 + 22 ) = √29
2
𝜃 = tan−1 (5) ≈ 22.64°.
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• 𝑖 2 = −1
• √−1 = 𝑖
Um número complexo é qualquer número que possa ser escrito como 𝑎 + 𝑏𝑖, onde 𝑖 é a
unidade imaginária e a e b são números reais.
Plano complexo
Tal como podemos usar a reta para visualizar o conjunto dos números reais, podemos
usar o plano complexo (também conhecido como plano de Argand) para visualizar o
conjunto de números complexos.
O plano complexo consiste em duas retas que se intersectam segundo um ângulo reto no
ponto (0,0).
A reta horizontal (que conhecemos como sendo o eixo das abcissas no plano Cartesiano)
é o eixo real.
A reta vertical (que conhecemos como sendo o eixo das ordenadas no plano Cartesiano)
é o eixo imaginário.
Qualquer número complexo pode ser representado por um ponto no plano complexo.
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Por exemplo, consideremos o número 3 − 5𝑖. Este número, também expresso como 3 +
(−5)𝑖, tem uma parte real igual a 3 e uma parte imaginaria a – 5.
Assim, o número 3 + (−5)𝑖 está associado ao ponto (3, −5). Em geral, o número
complexo 𝑎 + 𝑏𝑖 corresponde ao ponto (𝑎, 𝑏) no plano complexo.
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2. Funções de variáveis Complexas
2.1. Funções de variáveis Complexas
Uma variável complexa é uma regra que associa a cada numero complexo z(chamado de
variável independente) outro numero complexo w (chamado de valor ou imagem da
função). Essa associação pode ser representada por w = f(z).
Ex: a função 𝑓(𝑥) = 𝑧 2 é uma funcao de variavel complexa z, ela associa outro numero
𝑤 = 𝑧2.
lim 𝑓(𝑧) = 𝑤0
𝑧→𝑧0
se, dado 𝜀 > 0, é possível encontrar 𝛿 > 0 tal que, se 𝑧 ∈ 𝐷 satisfaz 0 < |𝑧 − 𝑧0 | < 𝛿,
então |𝑓(𝑧) − 𝑤0 | < 𝜖.
A definição de limite é similar ao caso de função de uma variável real, mas, pela falta de
representação gráfica de uma função complexa, esse conhecimento torna-se mais
abstrato. No entanto, a ideia é a mesma. Em outras palavras, a Definição anterior diz que
a função 𝑓(𝑧) pode ficar tão perto quanto deseja-se de w0, desde que z esteja
suficientemente próximo de z0.
Assim como os limites de funções em várias variáveis reais, o limite de uma função
complexa tendendo a um ponto z0 ∈ C pode ser avaliado ao se aproximar do ponto de
qualquer direção. Sendo assim, para que um limite exista, para qualquer dessas direções
escolhidas, o valor do limite obtido deve ser o mesmo. Então, caso sejam escolhidas duas
direções quaisquer, nas quais os limites obtidos sejam diferentes, pode-se afirmar que
esse limite não existe no dado ponto.
Função Contínua
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Quando f é contínua em todos os pontos de seu domínio, é dito, simplesmente, que f é
contínua.
Propriedades da Continuidade
0)
𝑙𝑖𝑚(ℎ → 0)(𝑓(𝑧 0 + ℎ)– 𝑓(𝑧 0 ))
𝑓’(𝑧 =
ℎ
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Para que a derivada exista, as derivadas parciais de u e v em relação a x e y devem existir
e ser contínuas em z₀. Ou seja:
∂u ∂v
e ∂y devem existir em z₀.
∂x
∂u ∂v ∂u ∂v
, ∂y, ∂y e ∂x devem ser contínuas em z₀.
∂x
Funções Analíticas
Uma função de variável complexa f(z) é dita analítica em um ponto z₀ se ela for derivável
em z₀ e a derivada for contínua em z₀. Ou seja, se f’(z₀) existir e f’(z) for contínua em z₀.
Uma função de variável complexa f(z) é dita analítica* em um ponto z₀ se ela for derivável
em z₀ e a derivada for contínua em z₀. Ou seja, se f’(z₀) existir e f’(z) for contínua em z₀.
𝑏
∫ 𝑓(𝑧)𝑑𝑧 = ∫ 𝑓(𝛾(𝑡))𝛾´(𝑡)𝑑𝑡
𝛾 𝑎
Observação:
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2. Quando γ é fechada, denotamos ∮𝛾 𝑓(𝑧)𝑑𝑧.
Série de Laurent
Para casos em que a função f(z) possui singularidades, não é possível representá-la como
uma série de Taylor em torno desses pontos. No entanto, pode-se expandi-la como série
de Laurent.
𝐶(𝑧0 , 𝑟, 𝑅) = {𝑧 ∈ 𝐶 ∶ 𝑟 < |𝑧 − 𝑧0 | < 𝑅}, 𝑐𝑜𝑚 𝑟 > 0 𝑒 𝑅 > 𝑟 Então f tem uma
representação da forma
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e γ é uma curva de Jordan contida em C(z0, r, R), contendo z0 em seu interior.
Exemplo
1. Dada a função
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considerando uma vizinhança do ponto z2 como sendo um disco de raio E2 e centro em
z2, f também é analítica nessa região. Sendo assim, os pontos z1 e z2 são pontos singulares
isolados.
1
2. O ponto z0 = 0 é ponto singular isolado da função 𝑓(𝑧) = z pois é o único ponto em C
Aplicando o corolário 11 a cada uma das integrais do lado direito da igualdade acima,
obtemos
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Antes de aplicarmos o teorema acima no calculo de integrais, vejamos como podemos
proceder para o calculo do resíduo de uma função f em um polo zo.
Multiplicando a expressão acima por z−zo e tomando o limite quando z tende a zo,
obtemos
Aplicação
Definição
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2. Se f é integrável em um intervalo (−∞, 𝑏], então define-se
Se, para cada caso, o limite existir e for igual a um número real, a integral é dita
convergente. Caso o limite não exista ou seja infinito, a integral é dita divergente.
em que f(x) é uma função real. É possível utilizar o Teorema do Resíduo para calcular
esse tipo de integral.
p(x)
Considera-se f como sendo uma função racional 𝑓(𝑥) = , em que p e q são
q(x)
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3. Conclusão
Os números complexos representam uma extensão significativa do sistema de números
reais, introduzindo a unidade imaginária “i” e permitindo a representação de quantidades
que não podem ser expressas apenas com números reais. A sua apresentação em formas
geométrica, algébrica, trigonométrica e exponencial proporciona uma riqueza de
representações que são úteis em diferentes contextos matemáticos e aplicados. As
operações sobre números complexos seguem propriedades específicas, como
comutatividade, associatividade e distributividade, permitindo manipulações algebraicas
consistentes. A elevação a uma potência e a extração da raiz de um número complexo têm
interpretações geométricas interessantes e propriedades que se alinham com as
expectativas da álgebra.
No plano complexo, conjuntos como retas, círculos e regiões delimitadas por curvas têm
interpretações claras e muitas vezes elegantes em termos de números complexos,
proporcionando uma conexão visual poderosa entre a álgebra e a geometria.
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4. Referência Bibliográfica
Brown, J. W. e Churchill, R. V. Variáveis complexas e aplicações. McGraw Hill Brasil,
2015.
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