Arq. Bras. Cardiol. 2020; 115(5): 971-972
Tecido Adiposo Epicárdico: Um Novo Parâmetro de Imagem Cardiovascular Profundamente Relacionado às Doenças Cardiovasculares
Prezado Editor,
Lemos com grande interesse o artigo intitulado “A relação entre o tecido adiposo epicárdico e a resistência à insulina em crianças obesas”. Nesse artigo, os autores realizaram ecocardiografia doppler tecidual para avaliar a espessura do tecido adiposo epicárdico (TAE), retardo eletromecânico (REM) e outras medições padrão em 94 pacientes pediátricos obesos. Pacientes com Avaliação do Modelo Homeostático para Resistência à Insulina (HOMA-IR) maior que o percentil 90 em uma curva de percentil específica para idade e sexo foram rotulados como tendo resistência à insulina (RI). O estudo apontou que o grupo com RI tinha espessura significativamente maior de TAE do que os pacientes incluídos sem RI (7,15 vs. 5,5 mm, p<0,004, respectivamente) e REM inter e intra-atrial prolongado no grupo IR em comparação com o grupo não IR (p<0,010; p=0,032, respectivamente). Além disso, os autores verificaram que um valor de corte para TAE de >3,85 mm poderia predizer RI com 92,5% de especificidade e 68,5% de sensibilidade (p=0,002). O estudo concluiu que o TAE poderia ser usado para identificar RI em crianças, pois afirma-se que o TAE é parâmetro barato e acessível que pode ser facilmente medido com ecocardiografia.
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Palavras-chave: Criança; Ecocardiografia / métodos; Obesidade; Pericárdio; Resistência à Insulina; Tecido Adiposo
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