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O dia começou como qualquer outro nos laboratórios CSI, com o sol matinal lançando raios dourados sobre a cidade de Nova York. No entanto, para Danny Messer, Mac Taylor, e Don Flack, este dia tinha um significado especial. Danny estava no final de sua gravidez, e todos sabiam que o momento do parto poderia chegar a qualquer instante.
- Ei, não esqueçam que eu estou quase explodindo aqui. - Brincou Danny enquanto se movia com cuidado pelo laboratório. Seus passos eram mais lentos do que o normal, mas o brilho em seus olhos mostrava que ele estava pronto para a nova fase que estava por vir.
- Explodir não é a palavra que eu usaria, mas acho que você tem razão. - Mac, concentrado em uma análise, olhou para Danny e sorriu. - Está quase na hora.
- Você tem certeza que deveria estar aqui hoje, Danny? - Don, sempre alerta e cuidadoso, observava os dois. - Não quero que algo aconteça longe do hospital.
- Don, eu estou bem. - Danny rolou os olhos com carinho. - Além disso, vocês dois estão aqui. O que poderia dar errado?
A manhã passou sem grandes incidentes, e a equipe CSI estava focada em um caso complicado que envolvia uma série de roubos e assassinatos na cidade. Enquanto Mac e Lindsay analisavam as evidências, Don e Sheldon discutiam as possíveis conexões entre os suspeitos.
- O que você acha, Don? O mesmo grupo pode estar envolvido em todos os casos? -Sheldon perguntou, enquanto digitava furiosamente em seu tablet.
Don, no entanto, estava apenas parcialmente envolvido na discussão. Seu olhar vagava frequentemente em direção a Danny, que estava sentado em uma cadeira ao fundo, tentando se manter confortável.
- É possível. - Respondeu Don, sem realmente se comprometer. - Mas precisamos de mais provas concretas antes de tirar conclusões.
- Você está bem, Danny? - Aiden, que estava acompanhando Flack, perguntou, sentando-se ao lado dele e oferecendo um sorriso simpático.
- Sim, só um pouco cansado. - Admitiu Danny, passando a mão sobre a barriga inchada. - Acho que estou mais ansioso do que qualquer outra coisa.
- Com razão. - Aiden riu. - E quando esse bebê finalmente chegar, você vai se perguntar como conseguiu viver sem ele.
- Isso se o Don não enlouquecer de preocupação antes. - Brincou Lindsay, juntando-se à conversa. - Sério, ele já é o pai mais coruja que eu conheço, e o bebê ainda nem nasceu.
- Eu só quero garantir que tudo corra bem. - Defendeu-se Don, com um sorriso sem graça. - Não é todo dia que se tem um filho, sabem.
Enquanto a equipe ria e conversava, Danny sentiu uma contração, muito mais forte do que as anteriores. Ele ofegou suavemente, tentando não alarmar ninguém, mas Mac percebeu imediatamente.
- Danny? Está tudo bem? - Mac perguntou, sua voz carregada de preocupação.
Danny assentiu, mas outro aperto doloroso o fez cerrar os dentes.
- Eu... acho que precisamos ir ao hospital. - Ele disse, a voz tremendo levemente.
- Vamos, Danny. Não vamos perder tempo. - Don estava ao seu lado em segundos, ajudando-o a se levantar.
Os colegas assistiram enquanto Mac e Don levavam Danny para fora, oferecendo palavras de encorajamento e promessas de que estariam lá para o que precisassem.
- E não esqueçam de me mandar uma foto do bebê assim que ele nascer! - Aiden, sempre espirituosa, gritou.
A viagem para o hospital foi curta, mas cada segundo parecia uma eternidade para os três. As contrações de Danny estavam se intensificando, e Mac segurava sua mão enquanto Don dirigia, tentando manter a calma.
- Estamos quase lá, Danny. Só mais um pouco. - Disse Mac, sua voz baixa e reconfortante.
Chegando ao hospital, foram rapidamente encaminhados para a sala de parto. No entanto, um obstáculo inesperado surgiu. As regras do hospital só permitiam um acompanhante na sala, e a enfermeira explicou isso de forma prática e direta.
- Infelizmente, só um de vocês pode entrar. - Disse ela, sem perceber a tensão crescente entre os três.
Danny olhou para Mac e Don, sua expressão endurecendo.
- Eu não vou fazer isso sem os dois. Eles têm que estar comigo.
- Senhor, eu entendo que isso é importante para vocês, mas as regras são claras. - A enfermeira insistiu, tentando manter a calma. Danny, porém, não estava disposto a ceder.
- Então, mude as regras. Eles são meu suporte, e eu não vou passar por isso sem eles.
Mac e Don tentaram intervir, sugerindo que poderiam se revezar, mas Danny não estava disposto a negociar. A situação rapidamente se transformou em uma discussão tensa, com Danny insistindo que não faria o parto sem os dois ao seu lado.
Do lado de fora, uma parte da equipe que pôde segui-los para o hospital, podia ouvir a confusão.
- Esse é o nosso Danny, sempre lutando pelo que quer. - Lindsay murmurou enquanto trocava um olhar divertido com Sheldon.
Finalmente, a supervisora do hospital foi chamada, e após uma breve conferência, uma exceção foi feita.
- Ok, eles podem ficar. - Disse a enfermeira, visivelmente exasperada. - Mas vocês precisam seguir todas as nossas instruções à risca. - Danny suspirou de alívio, sentindo-se mais calmo agora que Mac e Don estavam ao seu lado.
- Eu disse que conseguiríamos. - Ele sussurrou para os dois, um sorriso cansado surgindo em seu rosto.
- Nós estamos aqui, Danny. Vamos passar por isso juntos. - Mac beijou-lhe a testa, enquanto Don apertava sua mão.
As horas se arrastaram enquanto Danny enfrentava as contrações, mas algo não estava certo. Após mais algumas horas, o médico fez um anúncio que fez o coração de todos parar por um segundo.
- Vocês vão precisar de uma cesárea. O senhor Messer não está conseguindo dilatação suficiente.
O silêncio na sala era quase tangível. Mac e Don, sempre fortes e seguros, trocaram olhares preocupados enquanto o médico explicava o que seria necessário.
- Isso é seguro? Há riscos? - Perguntou Mac, sua voz tensa.
- O procedimento é seguro e rotineiro. - Assegurou o médico. - Mas precisamos agir rapidamente para garantir a saúde do senhor Messer e do bebê.
- Façam o que for necessário. Eu só quero que nosso bebê nasça saudável. - Danny, já exausto, assentiu, confiando na equipe médica. Mac e Don se revezaram tentando manter Danny distraído enquanto a equipe preparava a sala para a cesárea.
- Você lembra de quando discutimos sobre o nome? - Mac perguntou, tentando trazer à tona um assunto mais leve.
- Sim. - Respondeu Danny, forçando um sorriso. - Eu ainda gosto de Peter.
- Peter é um bom nome. - Don concordou, tentando manter a conversa fluida para acalmar os nervos de todos. - Forte, clássico. Combina com ele.
A preparação para a cesárea foi rápida, mas para Danny e seus parceiros, o tempo parecia se estender infinitamente. Quando finalmente estavam na sala de cirurgia, Mac e Don, ambos usando trajes cirúrgicos, ficaram ao lado de Danny, segurando suas mãos enquanto ele era anestesiado.
- Você está com a gente, Danny? - Perguntou Mac, sua voz suave enquanto acariciava o cabelo de Danny.
- Essa merda dói, mas sim, estou aqui. - Respondeu Danny, sentindo a calma retornar lentamente enquanto olhava para seus parceiros. - Não vou a lugar nenhum.
Os médicos trabalharam de forma eficiente enquanto Don e Mac conversavam com Danny e logo o momento tão esperado chegou. O choro de um recém-nascido preencheu a sala, trazendo lágrimas aos olhos de Danny.
O médico levantou o bebê, permitindo que Mac, e Don vissem seu filho pela primeira vez.
- Ele é perfeito. - Sussurrou Mac, sua voz embargada de emoção.
Don, com as mãos trêmulas de emoção, foi o escolhido para cortar o cordão umbilical. Ele segurou a tesoura com firmeza, sabendo que estava realizando um ato simbólico, ligando-os como família. Mac, ao lado, sorriu enquanto Don completava a tarefa, e então o bebê foi enrolado em uma manta hospitalar e cuidadosamente colocado nos braços de Danny.
- Bem-vindo ao mundo, Peter. - Disse Mac, com uma suavidade que contrastava com sua habitual seriedade. - Nós te amamos tanto.
- Estamos juntos nisso, Danny. Para sempre. - Don inclinou-se e beijou Danny suavemente, as emoções transbordando enquanto observava seu filho nos braços do homem que amava.
Danny, exausto mas radiante, sorriu para seus parceiros, sentindo o peso da jornada que haviam enfrentado juntos e a alegria do que estava por vir.
- Nós conseguimos. Agora, vamos para casa e começar nossa nova vida.