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Ela era dos carros. Ele era das motos. Ela ouvia hip hop americano e R&B. Ele ouvia trash e rock n' roll. Ela acreditava no esoterismo. Ele era cético. Ela era de touro. Ele era de escorpião. Ela amava agridoce. Ele preferia apenas o doce. Ela era mais emocional. Ele era mais racional. Ela tinha 27. Ele tinha 30.
Eram completamente opostos, mas amavam algo mais do que amavam um ao outro: a velocidade.
– Você tem certeza disso? - O rapaz deu aquele meio sorriso que ela achava encantador.
– Absoluta. - A mulher afirmou.
– Eu não vou segurar a moto. Você quer voar? Então vai voar. - Continuou com o maldito sorriso.
– Tá bem, vamos fazer logo isso! - Ela rebateu.
– Okay, sobe. Me segure firme, não solte por nada, tudo bem? - Ele jogou o cigarro que fumava no chão e se ajeitou no banco da sua Harley.
Ela colocou o capacete e seguiu as instruções passadas. A mão esquerda dele foi imediatamente para a coxa dela acariciando, enquanto a direita segurava o guidão. As mãos dela apertaram firmemente a cintura dele, conforme foi pedido. E então, ele deu partida e acelerou como se a rua fosse somente deles. Ele cruzava a estrada de um lado para o outro, sem usar os freios e sem seguir qualquer regra de trânsito. A pista limpa, sem nenhum outro veículo passando. Naquele momento, a rua era completamente deles.
A moto voava e a viciada em carros, desta vez, só conseguia sentir o vento batendo em seu corpo, a mão dele em sua coxa e a melodia de Harleys In Hawaii em sua mente. Ela se sentia livre.
Ele parou no final da estrada enquanto o sol daquele domingo estava se pondo de fundo em um céu mesclado de tons rosas e roxos.
– Vamos de novoooooo! - Ela desceu agitada e empolgada – Acho que devíamos sair da cidade, o que acha??
– Ei, calma aí, viciadinha. Uma emoção de cada vez. - Ele riu acendendo seu cigarro mentolado. Outra coisa que eram completamente diferentes: ele fumava igual uma chaminé e ela detestava o cheiro, mas achava extremamente sexy vê-lo espalhando a fumaça pelo ar.
– Meu Deus, eu me sinto tão viva! - Ela se aproximou pela frente dele. – E estranhamente muito segura também. Você faz com que a velocidade seja a mesma coisa que viver.
Eles trocaram olhares tão intensos que era palpável o desejo deles naquele momento. Ele a puxou para um beijo e imediatamente também para seu colo, a encaixando no motor da moto. O cigarro já tinha sido arremessado para longe dando caminho para suas mãos percorrerem o corpo dela e apertá-la urgentemente. Tudo era muito voraz. Avassalador.
O roqueiro escorpiano segurava uma mão na cintura dela para manter o equilíbrio de ambos e com a outra abriu o zíper da calça de couro que ela vestia para enfiar seus dedos no seu lugar favorito. Começou os movimentos de vai e vem que faziam o corpo dela descer e subir de acordo com suas carícias, além de provocar sonoros gemidos que saíam descompassados da boca dela. Ele aproximou seu ouvido da boca dela para ouvir mais de perto porque era como uma música que ele adorava tocar.
O rapaz parou os movimentos perto do ápice da mulher e antes mesmo que alguma reclamação viesse, enfiou sua língua na boca dela para manter a urgência dos seus corpos.
Ela interrompeu o beijo para buscar ar. Ele a encarou chupando os dedos que minutos antes estavam dentro dela, segurou em suas bochechas e disse:
– Você é minha, garota. Vamos pra casa. - A encarava maldoso e possessivo.
– Completamente sua, Bieber. - Ela sustentava o mesmo olhar.
Naquele instante, Hailey se lembrou exatamente do primeiro momento que cruzou seu olhar com o dele. Estava em um bar qualquer da cidade com seus amigos. Todos conversavam sobre algum assunto que ela não fazia questão de estar incluída, quando de repente olhou despretensiosamente para fora e chocou-se com a beleza dele: alto, levemente bronzeado, cabelos loiros e medianos, uma barba que claramente parecia que ele lutava muito para fazê-la crescer, muitas tatuagens, um nariz esculpido pelos deuses e um sorriso arrebatador.
Foi o maldito sorriso que a fez ficar paralisada encarando o rosto mais bonito que já tinha visto em sua vida e os olhos mais doces também. Naquele momento, ela teve a certeza que era completamente dele.
Se ajeitaram e se direcionaram para a casa dele. Estavam, no mínimo, desesperados. Foram entrando no quarto enquanto se beijavam, mas Bieber queria ir com mais calma.
Se desvencilhou do beijo, a sentou na cama e pôs a música “Teenage Fever” do Drake para tocar. Essa canção despertava arrepios nele e por isso a guardou para a garota perfeita. Deixou uma meia luz e lentamente foi a despedindo, peça por peça enquanto percorria seu corpo com beijos molhados. O olhar dela acompanhava cada movimento. Hailey o deixou conduzi-la, dando liberdade para que fosse seu dominador.
Bieber terminou de despir ela e tirou a própria roupa ficando somente de cueca box preta, deixaria essa peça pra Hailey tirar, foi o que pensou. Admirava ela deitada em sua cama, não conseguia parar de olhá-la, era milimetricamente perfeita. Tudo nela. Estava obcecado.
Bieber se lembrou do instante que a viu naquela mesa de bar cercada por uns caras, amigos dela, que naquele momento pareciam babacas demais para terem uma deusa daquelas como companhia. Antes mesmo de entrar no local já tinha avistado a moça. Mesmo sentada, era possível ver o quanto era alta por causa das suas pernas longínquas cruzadas perfeitamente e descobertas devido a saia que usava. A pele branca, porém com um leve bronzeado de quem pega sol, contudo nem tanto. Os cabelos loiros e curtos, o nariz desenhado milimetricamente empinado, os olhos intensos e a boca carnuda pintada por um vermelho um tanto quanto convidativo que o fazia desejar borrar todo o batom com um beijo profundo.
Naquele instante, ele sabia que ela era completamente dele.
Seu devaneio foi interrompido pelo desespero que o consumiu. A fome que sentia era tremenda.
Bieber puxou Hailey da cama trazendo-a para o seu colo e em seguida prensando seu corpo em uma das paredes. Suas mãos logo prenderam as dela no topo de sua cabeça, enquanto seus lábios percorriam o seu segundo lugar favorito: o pescoço.
Ele lambia, chupava, mordia e deixava marcas arroxeadas em toda extensão do pescoço de Hailey até a altura da clavícula, pensando que assim ela se lembraria dele e a quem ela pertencia. Ela adorava observar as marcas depois, porque todas as vezes que passava a mão por cima de alguma, se recordava exatamente de como tinham sido feitas.
Ele desistiu de deixar que ela tirasse sua cueca, porque queria estar dentro dela o quanto antes. Então apenas abaixou o tecido em uma altura que pudesse encaixar seu membro nela.
A penetrou profundamente em movimentos acelerados, mas sincronizados com suas respirações. Era como se dançassem. O encaixe perfeito do amor que transbordava no suor de seus corpos. Não tinha como desacelerar. Hailey era como a Harley de Bieber. Ele a pilotava na velocidade máxima para poder se sentir vivo.
Bieber notava que precisava ir cada vez mais fundo, quase como se pudesse atravessá-lá, ao mesmo tempo que a beijava e colocava seus dedos no seu ânus, porque seu lado dominador gritava que estivesse dentro de todos os buracos existentes no corpo da sua amada.
E Hailey recebia cada penetração com louvores, pois amava sentir que pertencia à Justin. Ela faria qualquer coisa por ele. Seria seu amor todos os dias da semana, porque cada vez que ele estava dentro dela, ela sentia como se estivesse em seu próprio carro ou na moto de Bieber percorrendo a estrada enquanto o velocímetro batia acima de 100km/h.
Ela sabia que amar Bieber era perigoso, mas amar a velocidade também era, então por que não amar os dois?
O rapaz não era o exemplo de cara que Hailey queria apresentar para os seus pais ou que eles quisessem conhecer. Britney Spears nunca errou quando disse “Mamãe, estou apaixonado por um criminoso”, ela pensou. Eles se completavam de uma forma que nem eles mesmos sabiam que era possível. Tão diferentes, mas tão iguais também.
Na sua última penetrada, ela gemeu melodicamente, enquanto os olhos dele reviraram absorvendo a sensação. Eles gozaram juntos e caíram no chão exaustos.
Bieber a olhou acalmando as respirações enquanto se questionava onde Hailey estava esse tempo todo, porque a esperou por todos esses anos de sua existência. Era o seu amor de domingo a domingo.
Com a testa grudada na dela e sentindo seu coração chocar-se contra o dele, perguntou:
– Baby, casa comigo?