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Anais Pibic 2013 (12-2013)

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Alexandre Keiji Tashima
Ttulo: Purificao de IgGs contra metaloproteases de serpentes
Palavras-Chave: Soro antiofdico, anticorpos, metaloprotease, Bothrops jararaca, espectrometria de ma
Soros antiofdicos contendo imunoglobulinas de animais hiper-imunizados constituem o nico tratamento
cientificamente validado para o tratamento de envenenamentos por serpentes. Apesar de sua reconhecida importncia, o
tratamento com soros no est livre de efeitos colaterais, pois produzem reaes adversas como choque anafiltico e
doena do soro com frequncias relativamente altas. Alm disso, os protocolos de imunizao contra envenenamentos
permanecem praticamente inalterados ao longo de quase um sculo, o que evidencia a necessidade de se pesquisar novas
tecnologias para a melhoria desse tratamento. Pouco se conhece em relao estrutura primria dos anticorpos que
compem os soros antiofdicos, mas alguns trabalhos recentes demonstraram ser vivel o sequenciamento de anticorpos
atravs de anlises de seus peptdeos por espectrometria de massas, sequenciamento de novo e alinhamento dos
espectros por ferramentas de bioinformtica. Porm antes de se chegar s etapas de sequenciamento, necessrio obter
os anticorpos especficos purificados. Neste projeto, purificamos a bothropasina, a metaloprotease hemorrgica mais
abundante do veneno de Bothrops jararaca e a utilizamos como ligante em ensaios iniciais de cromatografia de afinidade
para obteno dos anticorpos especficos do soro antibotrpico obtido de cavalos. Foram obtidos fragmentos de anticorpos
que ainda precisam ser analisados quanto pureza. O soro antiofdico original foi analisado por digesto em soluo e por
eletroforese bidimensional seguida por digesto in-gel dos spots, anlise por espectrometria de massas e identificao das
protenas por ferramentas de busca em bancos de dados. Essas anlises demonstraram que o soro contm, alm dos
fragmentos F(ab)2, as protenas albumina, alpha-1-antiproteinase 2, clusterina e serotransferrina.
Participantes:

Orientador: Alexandre Keiji Tashima


Discente: Gabriela Mattioli

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Aline Garcia Barbosa
Ttulo: Estudo da ativao de receptores ativados por proteases (PAR) em clulas
endoteliais atravs de enzimas secretadas por clulas tumorais
Palavras-Chave: melanoma, receptor,protease,enzimas
A incidncia mundial de variados cnceres tem aumentado nas ltimas dcadas, principalmente devido a uma maior
exposio a agentes carcinognicos. No entanto, os tratamentos tradicionais contra o cncer no se mostram muito
eficazes, assim, muitas pesquisas esto sendo realizadas em torno da biologia tumoral bsica com intuito de gerar novas
alternativas teraputicas.
O desenvolvimento de tumores malignos se inicia com o surgimento de uma clula que sofreu sucessivas alteraes
genticas, promovendo a aquisio de alelos mutantes de proto-oncogenes, genes supressores de tumor, e outros genes
que controlam, direta ou indiretamente, a proliferao celular. Uma das principais alteraes adquiridas pelos tumores a
angiognese sustentada, um processo fisiolgico em que se formam novos vasos sanguneos a partir de vasos
pr-existentes. A angiognese desempenha funes essenciais para o desenvolvimento e progresso tumoral, garantindo o
fornecimento adequado de oxignio e nutrientes e uma forma eficiente para remover produtos residuais.
A angiognese fisiolgica fortemente regulada por um balano entre inibidores e indutores angiognicos, enquanto
que na tumoral ocorre um desequilbrio nesse balano, levando ao predomnio de estmulos pro-angiognicos. Alm disso,
proteases secretadas por clulas tumorais tambm podem induzir o switch angiognico, atuando tanto na biodisponibilidade
de angiomoduladores como tambm na ativao de receptores ativados por proteases (PARs), uma famlia de receptores
acoplados protena G (GPCRs). Proteases clivam o domnio N-terminal extracelular desses receptores, em stios
especficos, gerando um novo domnio N-terminal. Este, por sua vez, atua como um ligante tethered, que se liga ao receptor
e desencadeia mltiplas cascatas de sinalizao. Existem quatro membros desses receptores, PAR1, PAR2, PAR3 e PAR4,
que so ativados irreversivelmente por atividade proteoltica. Esses receptores so abundantemente expressos em vrios
tipos celulares, inclusive nas clulas tumorais e endoteliais. Vrias evidncias mostram que a ativao desses receptores
pelas proteases podem promover a proliferao celular, invaso, metstases, e angiognese tumoral. No entanto, a
determinao de quais as proteases envolvidas na induo da vascularizao tumoral por meio da ativao desses
receptores e os mecanismos moleculares subjacentes a esse evento ainda so pouco compreendidos.
O objetivo principal deste trabalho avaliar os efeitos da expresso e ativao de receptores ativados por proteases
(PAR) no desenvolvimento e progresso de melanoma murino B16F10-Nex2, principalmente em relao angiognese
tumoral, por meio de proteases secretadas pelo tumor. Ativao de PAR 1 em clulas endoteliais resulta na regulao
positiva de produtos gnicos envolvidos na invaso (MMP-2), e angiognese (IL-8, VEGF, bFGF, PDGF). Assim, PAR 1
contribui com a estimulao do crescimento de clulas tumorais e sua sobrevivncia atravs do reconhecimento da
atividade mitognica da trombina, e tambm facilita a invaso tumoral e metstase atravs da induo de molculas de
adeso celular, degradao da matriz por proteases e estmulo da secreo de fatores angiognicos no microambiente
tumoral.
O microambiente de tumores est repleto de proteases, as quais tm sido associadas ao poder invasivo do tumor.
Entretanto, pouco se sabe a respeito de enzimas secretadas pelas clulas tumorais capazes de ativar receptores PAR em
clulas endoteliais, o que pode constituir um importante mecanismo de ativao da angiognese no microambiente tumoral.
At o momento de desenvolvimento do projeto, identificamos a expresso de mRNA e proteica dos receptores em
clulas endoteliais humanas e clulas de melanoma murino, corroborando dados da literatura. Alm disso, verificamos que
clulas endoteliais ativadas para o processo angiognico, aumentam a expresso de mRNA de PAR 2 e PAR 4. A
funcionalidade dos receptores foi verificada por meio de ensaio de modulao de clcio. Clulas HUVEC responderam
positivamente quando estimuladas com agonistas de PAR 1, PAR 2 e PAR 4. Agonista de PAR 3 no foi capaz de promover
a modulao de clcio. O antagonistas dos receptores foram capazes de bloquear o processo.
Agonistas de receptores PAR no so citotxicos para clulas de melanoma e clulas endoteliais, em meio livre de
soro fetal bovino, mas so capazes de modular positivamente o crescimento das clulas. Agonistas de PAR 1 e 3 a 100 uM
e agonista de PAR 2 em todas as concentraes utilizadas estimularam o crescimento de HUVEC. Agonista de PAR 1 a 10
e 100 uM e agonista de PAR 2 em concentraes acima de 0,1 uM estimularam o crescimento das clulas de melanoma.
Apenas agonista de PAR 4 inibiu parcialmente o crescimento das clulas B16F10-Nex2 e HUVEC. Em contrapartida,
agonistas de receptores PAR a 10 e 100 uM no foram capazes de modular o processo angiognico em clulas endoteliais
plaqueadas sobre Matrigel. Os antagonistas de PAR 1 e PAR 4 foram citotxicos para clulas de melanoma apenas em
altas concentraes (100 uM). Antagonista de PAR 2 no apresentou nenhum efeito sobre clulas HUVEC nas
concentraes e tempo testados.
Os ensaios realizados at o momento mostraram a presena dos receptores ativados por proteases em clulas
endoteliais e melanoma murino. Os receptores esto funcionais, uma vez que em ensaios de modulao de clcio pode-se
observar a ativao dos mesmos. Os agonistas e antagonistas adquiridos para os ensaios esto sendo testados e em
breve, sero realizados os experimentos para verificar a possvel modulao angiognica por estes receptores.
Participantes:

Orientador: Adriana Karaoglanovic Carmona


Discente: Thaysa Paschoalin

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Aline Tiemi Asahi Baptista
Ttulo: Efeitos da varicocele na expresso do receptor de andrgeno em testculo e
epiddimo de ratos
Palavras-Chave: testiculo, epididimo, varicocele, receptor de andrgeno
Efeitos da varicocele na expresso do receptor de andrgeno em testculo e epiddimo de ratos.
Aline T. A. Baptista, Maria de Fatima M. Lazari, Thais F. G. Lucas, Catarina S. Porto. Setor de Endocrinologia
Experimental, Departamento de Farmacologia, Escola Paulista de Medicina, UNIFESP.
Introduo
A varicocele causa uma dilatao anormal do plexo pampiniforme, das veias espermticas e colaterais que chegam
ilaca e est associada com a infertilidade masculina. A varicocele est presente em 40% dos homens infrteis e a
correo desta patologia em adultos jovens melhora os parmetros seminais e apresenta uma taxa de gravidez espontnea
de 30% (para revises Benoff et al., 2009; Ficarra et al., 2012).
H uma grande dificuldade na realizao de estudos em homens devido limitao na quantidade de tecido obtido
de um paciente, proibio de interveno cirrgica para fins experimentais, variao entre os pacientes como idade, estgio
da varicocele e a presena de outras patologias. Assim, diversos modelos animais para o estudo da varicocele foram
desenvolvidos, sendo o mais comum o uso de ratos. A varicocele experimental esquerda induzida pela ocluso parcial da
veia renal esquerda e mimetiza a compresso anatmica da veia renal esquerda (fenmeno nutcracker) em humanos, o
que poderia ser a maior causa da ocorrncia natural de varicocele (Turner, 2001). Os mecanismos celulares e moleculares
responsveis pela infertilidade devido varicocele ainda no esto esclarecidos (para reviso Benoff et al., 2009).
A espermatognese um processo complexo, andrgenos, estrgenos e seus receptores, dentre outros fatores, so
importantes para o desenvolvimento deste processo e da fertilidade masculina (para revises Verhoeven et al., 2010; Lucas
et al., 2011). Estudos do nosso laboratrio mostraram que a induo da varicocele em ratos jovens (40 dias de idade) no
altera os nveis plasmticos e testiculares de testosterona e estradiol aps 4 semanas da cirurgia. A expresso dos
receptores de andrgeno (AR) no testculo esquerdo e direito e de protenas testiculares relacionadas com maturao e
capacitao dos espermatozoides est diminuda com a varicocele (Soares et al., 2013). importante enfatizar que as
alteraes nos nveis de testosterona testicular (Liu et al., 2007; Zheng et al., 2008; Luo et al., 2011) e na histologia
testicular (Choi et al., 1990; Duart et al., 2010) so dependentes da idade do animal no qual a varicocele induzida e do
perodo de durao da varicocele.
Recentes estudos sugerem alteraes induzidas pela varicocele na expresso de receptores estrognicos em
espermatozoides durante sua passagem pelo epiddimo e ducto deferente (Guido et al., 2011). Alteraes na expresso de
protenas do prprio epiddimo so tambm observadas em ratos pberes aps 2 e 4 semanas de induo da varicocele
(Xue et al., 2006; Tian et al., 2008; Ai et al., 2009).
A importncia de protenas presentes no testculo e no epiddimo tem despertado interesse nos estudos da
infertilidade masculina. Deste modo, os estudos dos efeitos da varicocele sobre a expresso proteica de diferentes alvos em
testculos e epiddimos de ratos podem apontar novos caminhos para o esclarecimento da infertilidade masculina.
Objetivo
O presente estudo visa avaliar os efeitos da varicocele induzida cirurgicamente em ratos pberes sobre a expresso
de receptores de andrgeno em testculo e epiddimo.
Mtodos
Ratos pberes (50-52 dias de idade) foram divididos em dois grupos experimentais, animais submetidos ocluso
parcial da veia renal esquerda para a induo da varicocele e animais falso-operados (controle). Aps 4 semanas da
cirurgia, os animais foram sacrificados e o dimetro da veia espermtica esquerda foi avaliado. Animais com um aumento
do dimetro da veia espermtica esquerda de cerca 3 vezes foram usados. Os testculos direito e esquerdo e os epiddimos
(divididos nas regies: segmento inicial/cabea, corpo e cauda, Turner et al., 2003) foram retirados e dissecados,
congelados em nitrognio lquido, pulverizados e estocados a -75C.
Os ensaios de Western blot foram realizados conforme previamente descrito (Fernandes et al., 2010; Gomes et al.,
2011), usando extrato total de testculo e de cada regio do epiddimo e anticorpos especficos contra AR (anticorpo
policlonal, produzido em coelho, contra sequncias de aminocidos da regio aminoterminal do AR humano, N-20, Santa
Cruz) e gliceraldedo 3- fosfato desidrogenase (GAPDH, controle endgeno) (anticorpo monoclonal, produzido em coelho,
contra GAPDH humana (Cell Signaling Technology). Os controles negativos dos ensaios de Western Blot foram realizados
pela incubao da membrana na presena do anticorpo primrio previamente incubado com o respectivo peptdeo
bloqueador.
Resultados
A varicocele causou uma diminuio na expresso do AR de 40% e 59% no testculo
respectivamente, quando comparada ao controle (P<0,05; teste t de Student). A varicocele no alterou
no segmento inicial/cabea e no corpo do epiddimo esquerdo e direito, quando comparada ao controle
Student). Com relao cauda do epiddimo, a varicocele no alterou a expresso do AR nesta regio
Porm, diminuiu a expresso do AR de 29% na cauda do epiddimo esquerdo (P<0,05; teste t de Student).

esquerdo e direito,
a expresso do AR
(P>0,05; teste t de
do epiddimo direito.

Concluso
A varicocele induzida em ratos na pr-puberdade (Soares et al., 2013) e na puberdade (presente estudo) diminui a
expresso do AR em ambos os testculos. A induo da varicocele na puberdade tambm leva diminuio da expresso
do AR na cauda do epiddimo. Esta regulao do AR pode ter um importante papel na disfuno testicular e/ou epididimal e,
consequentemente, na infertilidade masculina.
Financiamento: FAPESP, CNPq
Participantes:

Orientador: Catarina Segreti Porto


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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Aline Tiemi Asahi Baptista
Docente: Maria de Fatima M. Lazari
Discente: Thais F. G. Lucas

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Alyne Stella do Esprito Santo Pisano Dias
Ttulo: Estudo da reatividade vascular em ratos com diferentes fentipos de enzima
conversora de angiotensina I (ECA - EC 3.4.15.1) plasmtica
Palavras-Chave: ECA; fentipo; angiotensina II; acetilcolina; reatividade; aorta
O sistema renina-angiotensina desempenha uma funo chave na regulao da presso arterial. A ao biolgica
deste sistema mediada pelo octapeptdio angiotensina II (AII), resultado da clivagem de angiotensina Ipela ECA (enzima
conversora de angiotensina I), atravs de receptores especficos de membrana denominados de AT1 e AT2. Portanto, a
enzima conversora de angiotensina I (ECA) um importante alvo teraputico no tratamento da hipertenso arterial e o
entendimento desta patologia, bem como a compreenso dos mecanismos homeostticos de controle da presso arterial,
foi grandemente aumentado pelo estabelecimento de diferentes modelos animais. Estudos anteriores feitos em nosso
laboratrio mostraram que ratas fmeas da colnia Wistar 2-BAW apresentam atividade da ECA bastante dispersa,
podendo ser divididos em: animais com atividade da ECA alta (ECAa), ECA intermediria (ECAi) e ECA baixa (ECAb) que,
apesar dos fentipos enzimticos diferentes, so normotensos (Ninahuaman e col., 2007). Em continuidade a esse estudo,
a hereditariedade de tal caracterstica fenotpica foi demonstrada por Oliveira e col (2008) e, por cruzamento direcionado, foi
estabelecida uma colnia de ratos normotensos com fentipos de ECA plasmtica distintos (Wistar INFAR/ECAa e ECAb).
Alm disso, foi tambm demonstrado que a atividade da ECA plasmtica e a presso arterial (PA), uma vez estabelecidas
dos 60 dias de vida, no so alteradas durante at os 360 dias de vida. Este projeto teve por objetivos verificar a reatividade
vascular destes animais frente a agentes hipertensores e anti-hipertensivos pelo mtodo direto de medida da presso
arterial em animais anestesiados comparativamente ao registro da contrao da artria aorta isolada de animais ECAa e
ECAb. Foram utilizados ratos machos adultos, de 3-6 meses de idade, normotensos, com atividade de ECA plasmtica alta
(ECAa) e baixa (ECAb). A presso arterial foi registrada em animais anestesiados pela associao de pentobarbital (40
mg/Kg, i.p.) e uretana (800 mg/Kg, i.p.) e expressa em ? mm Hg. A reatividade vascular da artria aorta com e sem
endotlio foi avaliada na presena do agonista (fenilefrina) e/ou antagonista simptico (prazosin) pelo registro da contrao
vascular, em gramas. Os dados foram expressos como mdia erro padro da mdia e comparados pelo teste ?t?
(p<0.05). O projeto foi aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa da UNIFESP (CEP 1610/11). Nos animais ECAa e
ECAb, as PAs foram 120,3 6,4 mm Hg (n=4) e 115,0 7,8 mm Hg (n=4), respectivamente. Os efeitos pressricos da
administrao de acetilcolina (0,3 ? 30 ng/Kg, i.v.) e angiotensina II (AII 1 ? 100 ng/Kg, i.v.) e de seus respectivos
antagonistas, atropina (10mg/Kg, i.v.) e losartana (3mg/Kg, i.v.) foram avaliados nos ratos anestesiados. A resposta
administrao de acetilcolina foi dose-dependente, e no houve diferenas significativas entre ambos fentipos enzimticos.
Aps a administrao da atropina, um antagonista muscarnico, esse perfil foi mantido. A resposta vascular a A II foi
significativamente diferente nas duas maiores doses testadas, sendo nos animais ECAb 67% maior do que nos animais
ECAa (23,7 2,5 ? mm Hg, n=3) frente a maior dose de AII testada. Aps a administrao da losartana no houve diferena
significativa AII entre os fentipos. A reatividade vascular avaliada pela contrao da aorta foi verificada pela incubao de
fenilefrina (FEN 10-9- 10-4 M) e de seu antagonista prazosin (1nM). A resposta a FEN foi dose-dependente, e no
apresentou diferena significativa entre os fentipos, tanto antes quanto depois da incubao do antagonista, tanto na
presena (EC50= 1,50,6 x10-7 M) quanto na ausncia (EC50= 1,20,4x10-7 M) de endotlio. Baseado nos resultados
acima, podemos concluir que os animais ECAa e ECAb respondem de forma semelhante ao estmulo muscarnico. Em
relao a
AII, a maior resposta contrtil ao agonista e a maior sensibilidade ao bloqueio pelo losartana sugere que os
animais ECAb possam vir a apresentar diferenas na transduo, e/ou ativao do receptor AT1 ou novas vias de sntese
de AII. At o momento, o fentipo enzimtico plasmtico parece no influenciar na resposta vascular simptico. [Financiado
pelo CNPq]
Participantes:

Orientador: Maria Teresa Lima-Landman


Discente: Rosa O. G. Antunes
Discente: Joelmir L. V. Silva

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Amanda Caroline de Toledo
Ttulo: Estudo do estresse oxidativo heptico aps a inalao de crack em um modelo
experimental
Palavras-Chave: estresse oxidativo, resistncia a insulina
Uma das principais teorias para explicar o envelhecimento a Teoria dos Radicais Livres, proposta por Harmam
(1956), segundo a qual o acmulo de danos oxidativos, causados por radicais livres, incluindo espcies reativas de oxignio
(ERO) e de nitrognio (ERN), contribui para o envelhecimento e tambm para o surgimento de doenas comuns ao
envelhecimento, como por exemplo a resistncia insulina, um dos fatores desencadeadores do diabetes mellitus tipo 2. As
doenas comuns ao envelhecimento, por sua vez, terminam por causar mais estresse oxidativo, como num crculo vicioso.
A partir desse conceito, foi escolhido, como objeto de estudo, o fgado que, embora no tenha a insulina como reguladora
direta do ciclo glicoltico, acaba sendo afetado pela concentrao de glicose sangunea. Para avaliar o estresse oxidativo
heptico promovido pela resistncia insulina no envelhecimento esto sendo realizados experimentos em ratas Wistar,
distribudas em quatro grupos: jovens (5 meses) e idosas (25 meses), tratadas ou no com frutose 10% na gua de beber
durante 8 a 12 semanas. A resistncia insulina ser caracterizada por ensaios de tolerncia glicose (GTT) e insulina
(ITT), no incio e final do tratamento. Aps esse perodo de tempo, os animais sero anestesiados e sacrificados por
deslocamento cervical. O fgado ser perfundido e homogeneizado e as atividades citosslicas das enzimas antioxidantes
superxido dismutase (SOD) e catalase (CAT) sero avaliadas por espectrofotometria. Tambm sero quantificadas as
concentraes de glutationa reduzida e oxidada e nvel de peroxidao lipdica (TBARS). Os resultados preliminares
mostraram que com 8 semanas de tratamento, os animais comeam a apresentar sinais de resistncia insulina, mas esta
ainda no est totalmente estabelecida, de forma que o tratamento foi prolongado por 12 semanas. A avaliao inicial da
atividade de CAT no fgado dos grupos controle de jovens e idosas no demonstrou diferena significativa entre os grupos,
enquanto que a atividade da SOD mostrou-se levemente aumentada no grupo de idosas (p=0,0451), indicando a condio
de estresse oxidativo no tecido alvo. No presente momento, grupos de ratas jovens e idosas esto sob tratamento com
frutose, a serem avaliadas no prximo ms.
Participantes:

Orientador: Virginia B. C. Junqueira


Docente: Karin A. Simon
Discente: Jssica Rigolon
Discente: Thas Mingroni
Discente: Tarciso A. Sellani
Discente: Fernanda T. Malanconi

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Ana Carolina Anauate Pereira
Ttulo: Identificao e classificao de inibidores de proteases em transcriptoma de
intestino de fmeas ingurgitadas de Rhipicephalus microplus
Palavras-Chave: Rhipicephalus microplus, inibidores de proteases, transcriptoma, intestino
Identificao e classificao de inibidores de proteases em transcriptoma de intestino de fmeas ingurgitadas de
Rhipicephalus microplus
Pereira, A.C.A1, Gomes, C.M.1, Buarque, D.S.1, Tanaka, A.S.1
1Departamento de Bioqumica, Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de So Paulo, So Paulo, Brasil.
anauatte@gmail.com
O carrapato Rhipicephalus microplus o principal vetor de doenas bovinas, responsvel por prejuzos na
produtividade de carne, leite, na qualidade do couro e pode levar o animal morte, causando significativas perdas
econmicas para a pecuria no Brasil. O controle deste ectoparasita tem como mtodo principal o uso de acaricidas, o que
pode levar contaminao dos produtos bovinos, assim como do meio ambiente. Diante deste cenrio nosso grupo vem
estudando possveis alvos a serem utilizados em vacina para o controle deste ectoparasita. Aps a realizao de um
transcriptoma de intestino de fmeas de R. microplus, foram selecionados alguns inibidores de proteases para anlise
funcional. Os genes selecionados foram: dois genes que codificam protenas da famlia Kunitz (Kunitz), uma cistatina, uma
protena ligadora de manose e uma aspartil protease. Posteriormente, realizou-se reao de polimerizao em cadeia
(PCR) para verificar a expresso desses genes em diferentes tecidos (ovrio, glndula salivar, hemcito, corpo gorduroso e
intestino). Pode-se observar que todos os genes selecionados foram expressos em todos os tecidos analisados com
exceo do gene da cistatina que no est presente no ovrio e no hemcito. Em seguida, verificou-se a modulao da
expresso desses genes em ovrio e intestino infectado e no infectado com Escherichia coli. Os resultados mostraram que
os genes para: aspartil, Kunitz e ligadora de manose aumentaram a expresso no ovrio infectado quando comparada com
o controle salina (PBS), enquanto o gene para cistatina no apresentou diferena de expresso em relao ao controle. No
intestino, as expresses de todos os genes aumentaram, com exceo da ligadora de manose que diminiu. Assim, as
perspectivas desse projeto so: confirmar a modulao da expresso desses genes nos tecidos de carrapato infectados
com bactrias Escherichia coli e Micrococcus luteus e selecionar um alvo para realizar a produo e caracterizao
bioqumica da protena, assim como utilizar em experimentos de imunizao de bovinos.
Financiado por: FAPESP, CNPq, CAPES e INCT-Entomologia Molecular.
Participantes:

Orientador: Aparecida Sadae Tanaka


Discente: Ana Carolina Anauate Pereira
Discente: Ccera Maria Gomes
Discente: Diego de Souza Buarque

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Ana Maria Carlos Moreira
Ttulo: Efeito do Shear Stress sobre clulas endoteliais na expresso de molculas da
matriz extracelular
Palavras-Chave: Shear Stress, proteoglicanos, clulas endoteliais
?Efeito do Shear Stress sobre clulas endoteliais na expresso de molculas da matriz extracelular?
Ana Maria C. Moreira1, Thatiane A. Russo1, Danielle Stoll1, Helena B. Nader1, Juliana L. Dreyfuss1,2.
1.Laboratrio Carl Peter von Dietrich, Disciplina de Biologia Molecular, Departamento de Bioqumica, EPM/UNIFESP;
2. GRICES, Grupo Interdisciplinar de Cincias Exatas em Sade, Departamento de Informtica em Sade, EPM/UNIFESP
Os proteoglicanos podem disparar respostas celulares tanto ativando vias de sinalizao celular, quanto pela
translocao para compartimentos intracelulares, devido a interaes das cadeias polissacardicas (glicosaminoglicanos)
e/ou protena com ligantes especficos. Devido sua diversidade estrutural, os glicosaminoglicanos so capazes de se ligar
e interagir com uma variedade de protenas, como fatores de crescimento, quimiocinas, morfgenos, componentes de MEC,
enzimas, entre outros. Este trabalho almeja verificar a importncia dos glicosaminoglicanos (GAGs), proteoglicanos (PGs) e
outros componentes da matriz extracelular no processo de mecanotransduo em clulas endoteliais induzido pela fora
mecnica do Shear Stress, que a fora mecnica gerada pelo fluxo sanguneo.
Para o desenvolvimento deste trabalho foi utilizado o equipamento StreamerTM, que produz um um fluxo laminar
com velocidade e fora controladas a fim de mimetizar o Shear Stress, que em condies fisiolgicas gerado pelo sangue
em aproximadamente 12 dyn/cm2 e em condies patolgicas 4 dyn/cm2. Foram utilizadas clulas endoteliais derivadas de
aorta de coelho (EC-clone ClPs) cultivadas em lminas de vidro especiais para o equipamento cobertas com gelatina 0,1%
medindo 75 mm x 25 mm x 1mm e mantidas em incubadoras a 37?C sob tenso de 2,5% de CO2 at atingir 90% de
confluncia para exposio ao shear stress, entre 4 e 12dyn/cm2 por 4h, 16h ou 24h. A microscopia invertida de campo
claro mostrou que as ECs submetidas ao Shear Stress apresentam-se direcionadas no sentido do fluxo, o que no
acontece com ECs em culturas estticas. As clulas endoteliais submetidas ao Shear Stress foram submetidas a ensaios
de imunofluorescncia para sindecam 4 e perlecam, proteoglicanos de heparam sulfato, e conexina 43, molcula de juno
do tipo gap. As ECs foram visualizadas em microscpio confocal (LSM 710 Zeiss). A marcao para sindecam 4 revelou
que clulas expostas ao shear stress em 12 dyn/cm2 sofreram uma modificao da morfologia celular, sendo possvel
observar um direcionamento das clulas e ncleos alongados, quando comparadas ao controle (ECs em culturas estticas).
Alm disso, foi possvel visualizar uma diferena na localizao, disposio e quantidade de Sindecam 4 aps a exposio
das ECs ao Shear Stress nos perodos de 4, 16 e 24 h. O sindecam 4 est presente em maior quantidade nas membranas
celulares e principalmente nas bordas das membranas quando comparadas com ECs em cultura esttica. O perlecam,
proteoglicano de membrana basal apresenta-se bastante aumentado aps a exposio das ECs ao Shear Stress.
Resultados semelhantes foram encontrados para a conexina 43, onde foi possvel observar um aumento de expresso e
localizao difusa desta molcula de adeso aps a exposio das ECs ao Shear Stress.
Os resultados obtidos at o
presente momento indicam que os proteoglicanos de heparam sulfato so molculas fundamentais e so reguladas
positivamente no fenmeno do Shear Stress. A caracterizao molecular da influncia do Shear Stress normal (12 dyn/cm2)
e patolgico (4 dyn/cm2) nestas molculas de fundamental importncia para o melhor entendimento da homeostasia do
endotlio.
Participantes:

Orientador: Juliana L. Dreyfuss


Docente: Helena B. Nader
Discente: Thatiane A. Russo
Discente: Danielle Stoll

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Ana Paula Ramos da SIlva
Ttulo: ATIVIDADE DE METALOPROTEINASES HEPATICAS NA FIBROSE
EXPERIMENTAL INDUZIDA EM CAMUNDONGOS KNOCKOUT DE RECEPTOR B1 DE
CININAS
Palavras-Chave: Fibrose heptica, Metaloproteinases, Cininas
Recentemente, verificamos que a expresso do receptor B1 de cininas (B1R) esta aumentada com a progresso da
fibrose heptica (Nagaoka et al, 2006). Estudo com animais knockout de B1R revelou que a fibrognese aumentou em
modelo induzido por CCL4- e diminuiu em modelo de ligadura do ducto biliar (BDL). Na fibrose heptica h um balano
entre a expresso de metaloproteinases (MMP) e seus inibidores teciduais (TIMP) associados com o remodelamento e
reparo tecidual envolvidos na leso heptica.
Objetivo: Avaliar a expresso de MMP-2 e TIMP-1 em fgados de camundongos knockout de receptor B1 de cininas
submetidos a modelos experimentais de fibrose
Metodos: (CEP 0698/07) A fibrose foi induzida em camundongos selvagens e knockout de receptor B1 em duas
situaes: (1) injeo ip de CCl4 (diludo em leo, 3 vezes por semana); (2) ligadura do ducto biliar (BDL). Apos 6 sem de
induo por CCl4 ou 8 sem aps BDL, os fgados foram removidos, processados e analisados. A fibrose foi confirmada
histologicamente em fgados corados com Picrus Sirius. A participao das metaloproteinases (MMP) foi anteriormente
avaliada por: (1) zimograma; (2) atividade proteoltica (slopes) a partir da cintica enzimtica (UAF/s) do homogenato com
os
substratos
Mca-PLGL-Dpa-AR-NH2 (Substrato
1,
R&D
Systems)
para
atividade
total
das
MMPs
e
Abz-GPQGLAGQ-Eddnp (Substrato 2) seletivo para as gelatinases (MMP 2 e 9); e (3) agora por ensaios imunoenzimticos
(ELISA, R&D Systems), em placas de 96 poos, contendo anticorpo especfico para MMP 2 e para o inibidor tecidual TIMP
1. A analise estatstica foi realizada pelo programa GraphPad Prism 5.0 e foi utilizada test t student. O nvel de significncia
para rejeio da hiptese nula foi considerado inferior ou igual a 0,05.
Resultados: A avaliao da MMP-2 (ng/g fgado) por ELISA nos revelou maior quantidade nos fgados de animais
selvagens (39 11, n=3) em relao aos knockouts (17 4, n=3) no modelo de BDL. No grupo CCL4, pudemos observar o
mesmo perfil: fgados de animais selvagens (8 4, n=3) com maior contedo de MMP-2 em relao aos knockouts (3 1,
n=3). Em relao ao TIMP-1, tambm observamos maior quantidade de inibidor nos animais selvagens em relao aos
knockouts. No modelo BDL, TIMP-1 (pg/g fgado) estava em maior concentrao nos animais selvagens (3,7 0,8, n=3)
quando comparados com os respectivos knockouts (1,7 0,8, n=3). No modelo CCl4, os animais selvagens (1,0 0,7, n=3)
tambm apresentaram maior quantidade (pg/g fgado) de TIMP-1 que nos animais knockouts (0,3 0,1, n=3).
Conclusao: Nossos dados demonstram que na fibrognese heptica os animais knockouts de receptor B1 de cininas
apresentam menor quantidade de MMP-2 e TIMP-1 que os animais selvagens tanto no modelo de BDL quanto no modelo
CCl4.
Apoio Financeiro: FAPESP (08/08916-6 e 08/55928-0) e CNPq (477868)
Participantes:

Orientador: Marcia Regina Nagaoka


Docente: Marcos Leoni Gazarini Dutra
Docente: Maria kouyoumdjian
Docente: Durval Rosa Borges
Docente: Joo Bosco Pesquero
Docente: Adriana K. Carmona
Docente: Maria Aparecida Juliano
Discente: Karina Maxeniuc da Silva

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Andressa Ferri
Ttulo: Participao da sinalizao mediada pelo AMP cclico na regulao da
contrao muscular esqueltica
Palavras-Chave: msculo esqueltico; AMP cclico; contrao
A contrao muscular est envolvida em toda e qualquer atividade que gera movimento, sendo de suma importncia
para a independncia funcional do ser humano. No entanto, o processo contrtil pode estar prejudicado em condies
patolgicas ou de imobilismo, associadas s doenas neurodegenerativas e cerebrovasculares ou leso medular
traumtica. Com isso, para acelerar a recuperao da funo motora do paciente, o desenvolvimento de estratgias
teraputicas que estimulam a contrao muscular deve ser considerado. Dentre os vrios mecanismos fisiolgicos que
modulam a contrao muscular esqueltica, destacam-se aqueles que levam ao aumento intracelular do AMPc
(monofosfato cclico de adenosina). Hormnios e neurotransmissores que ativam receptores acoplados protena G
(GPCR) estimulatria (Gs) promovem a ativao da enzima adenilil ciclase (AC) e o aumento da formao basal do
segundo mensageiro AMPc, culminando no efeito inotrpico positivo sobre as fibras lentas e rpidas de msculos
esquelticos. O objetivo deste trabalho foi analisar o efeito de drogas que aumentam o AMPc intracelular, na contrao do
msculo esqueltico de mamfero. Para isso utilizamos como modelo experimental a preparao ex vivo do msculo
diafragma de camundongo, na qual avaliamos o efeito inotrpico do agonista de adrenoceptor ?2 clenbuterol (100 nM), do
inibidor da fosfodiesterase isobutil-metilxantina (IBMX, 50 uM) e do bloqueador de canais de Ca2+ do tipo L verapamil (10 a
50 uM). A contrao isomtrica do msculo diafragma foi induzida por estimulao eltrica transmural (0.1Hz, 2 ms de
durao) na presena de d-tubocurarina 10 uM. Sob estas condies, o clenbuterol 100 nM potenciou em 45% a contrao
muscular, efeito mimetizado pelo IBMX 50 uM. O verapamil promoveu efeito inotrpico positivo de forma
concentrao-dependente. Considerando a expresso de isoformas de AC sensveis ao Ca2+ no msculo esqueltico,
nossos resultados mostram que o aumento do AMPc intracelular, induzido tanto pela ativao de GsPCR com clenbuterol,
inibio da sua degradao com IBMX ou pela desrepresso de isoformas de AC sensveis ao Ca2+ com verapamil, resulta
na potenciao da contrao muscular. Esses dados colocam efetores envolvidos na cascata de sinalizao do AMPc como
alvos especficos para o desenvolvimento de drogas capazes de aumentar a fora de contrao e que atuem na teraputica
de condies que prejudiquem a independncia funcional do indivduo por reduo do processo contrtil.
Participantes:

Orientador: Rosely Oliveira Godinho


Discente: Thiago Duarte

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Andrey Pereira Lopes
Ttulo: Caracterizao Qumica e Avaliao do Efeito do Extrato Bruto, leos
Essenciais e D-limoneno obtidos da Espcie Vegetal Citrus aurantium L. (Rutaceae)
sobre o Desenvolvimento do Tumor Asctico de Ehrlich
Palavras-Chave: Rutaceae; Citrus aurantium L.; leo essencial; d-limoneno; tumor de Ehrlich; cncer
A espcie vegetal Citrus aurantium L. (Rutaceae) consiste em uma rvore de grande porte, com aproximadamente
oito metros de altura, cujos frutos so conhecidos popularmente como laranja amarga, os quais so utilizados na medicina
popular para o tratamento de diversas enfermidades. Sob o ponto de vista farmacolgico, so atribudas diversas atividades
espcie vegetal, tais como, anti-inflamatria, antioxidante e anticancergena. Aproximadamente 60% dos medicamentos
antineoplsicos utilizados tem em alguma instncia sua origem relacionada a uma fonte natural. Como os extratos e leos
vegetais constituem matrizes extremamente complexas, tcnicas hifenadas, como a cromatografia lquida acoplada
espectrometria de massas (CL-EM) e a cromatografia gasosa acoplada espectrometria de massas (CG-EM) foram
empregadas para a caracterizao qumica do extrato e dos leos, respectivamente. Para relatar o efeito antineoplsico do
extrato vegetal e dos leos essenciais in vivo, foi utilizado o modelo experimental de ratos com tumor asctico de Ehrlich,
uma neoplasia experimental transplantvel. A caracterizao qumica do extrato bruto das cascas de frutos da espcie
vegetal Citrus aurantium L. pela tcnica de CL-EM permitiu a identificao de compostos fenlicos, dentre eles, flavonoides
e cumarinas. A caracterizao qumica do leo essencial obtido das partes areas (leo de petitgrain) da espcie vegetal
Citrus aurantium L. pela tcnica de CG-EM permitiu a identificao de quatorze compostos, dentre eles, o linalol como
composto majoritrio. A caracterizao qumica do leo essencial das cascas de frutos da espcie vegetal Citrus aurantium
L. pela tcnica de CG-EM, por sua vez, permitiu a identificao de onze compostos, dentre eles, o d-limoneno como
composto majoritrio. No estudo in vivo, foram utilizados grupos de ratos machos adultos (Rattus norvegicus, Wistar). O
alojamento e a utilizao dos animais procederam de acordo com as diretrizes do Comit de tica em Pesquisa e as
normas de utilizao de animais de Laboratrio na Pesquisa e Ensino da Universidade Federal de So Paulo. Os animais
foram inoculados com clulas tumorais suspensas em soluo salina tamponada com fosfato. O tumor de Ehrlich foi
mantido em sua forma asctica por transplantes semanais na regio intraperitoneal dos animais, os quais foram divididos
em cinco grupos (n = 6), dentre eles, grupo 1 (controle), tratado com soluo salina; grupo 2, tratado com extrato bruto;
grupo 3, tratado com leo essencial das partes areas; grupo 4, tratado com leo essencial das cascas de frutos; grupo 5,
tratado com d-limoneno. Os animais foram observados por trinta dias. Os resultados foram analisados por meio do teste de
Mantel-Haesnzel. A anlise estatstica do nmero total de clulas tumorais recolhidas do fluido asctico dos animais
portadores do tumor asctico de Ehrlich no evidenciou diferenas significativas entre o grupo controle e os grupos
experimentais. Dessa maneira, o extrato bem como os leos vegetais provenientes do gnero Citrus no demonstraram
atividade antineoplsica expressiva junto ao modelo experimental de cncer proposto.
Participantes:

Orientador: Fbio Ferreira Perazzo


Docente: Paulo Csar Pires Rosa
Docente: Mrcio Adriano Andreo
Docente: Fernando Luiz Affonso Fonseca
Discente: Andrey Pereira Lopes
Discente: Bianca Souza Bagatela
Discente: Kleber Ren da Silva

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Barbara Ferreira e Liotti
Ttulo: Efeito dos cidos graxos palmtico e docosa-hexaenico sobre a viabilidade de
adipcitos da linhagem celular 3T3-L1
Palavras-Chave: Tecido adiposo; Lipogenese; Lipolise; Expressao genica
Introduo: Os cidos graxos (AG) regulam vrias funes celulares e tambm possuem funo importante na
expresso de genes nos pr-adipcitos e adipcitos. Foi demonstrado em estudos que o AG saturado palmtico (PA, C16:0)
induz reduo na captao de glicose e a reduo na sntese de glicognio em adipcitos, alm de promover o aumento da
secreo de adipocinas pr-inflamatrias e ser citotxico s clulas que so expostas a ele por perodos prolongados. J o
AG docosa-hexaenico (DHA, C22:6 ?-3) DHA est associado ao aumento da sensibilidade insulina e aumento na
concentrao sistmica de adiponectina, explicando parcialmente o efeito anti-diabtico do mesmo.
Objetivos: Determinar o efeito citotxico dos AG palmtico e DHA em pr-adipcitos diferenciados da linhagem
celular 3T3-L1.
Mtodos: Pr-adipcios 3T3-L1 foram cultivados em DMEM. A diferenciao foi induzida dois dias aps a
confluncia. Oito dias aps a diferenciao, as clulas foram tratadas com concentraes crescentes (1?M at 900?M) dos
respectivos AG por 24h. Para o estudo de viabilidade, as clulas foram lavadas com PBS, coletadas utilizando tripsina e
centrifugadas; o precitado obtido foi ressuspenso em PBS. Em seguida, as clulas foram coradas com iodeto de propdio
(IP) e analisadas usando citmetro de fluxo FACSCalibur. Para o estudo de fragmentao, as clulas foram centrifugadas e
ressuspendidas em tampo de fragmentao (IP, triton, citrato de sdio). As clulas foram ento analisadas em citmetro
de fluxo.
Resultados: Os resultados do teste de viabilidade celular e fragmentao de DNA avaliados nos adipcitos 3T3-L1
no dia 9 ps diferenciao, tratados com diferentes concentraes de DHA, mostraram que este AG no txico para estas
clulas at a concentrao de 100 ?M. Os resultados para o tratamento destas clulas com concentraes crescentes de
PA mostraram que concentrao igual ou inferior a 300uM no foi txica s clulas. Ainda, verifica-se que at a dose de 0,9
mM de PA, no ocorre fragmentao de DNA significativa, o que sugere que a morte celular que ocorre a partir de 300uM
seja por necrose, e no por apoptose.
Concluso: Nossos resultados mostraram que a concentrao mxima tolerada pelos adipcitos 3T3-L1 (quando
diferenciados) se situa em torno de 0,1 mM para o DHA e 0,3mM para o PA.
Apoio financeiro: FAPESP
Participantes:

Orientador: MARIA ISABEL CARDOSO ALONSO-VAL


Discente: LUCAS CURTOLO POIANI

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Brbara Raquel Munaretti Brisque
Ttulo: Efeito de cloridrato de amitriptilina em Leishmania
Palavras-Chave: Leishmania; amitriptilina; esfingomielinase.
A descoberta de que a degradao de esfingolipdeos do hospedeiro uma importante etapa para a adaptao de
Leishmania em fagolisossomos (Xu et al, 2011; Zhang et al, 2012) traz novas perspectivas para o estudo desse parasita.
Baseado nessa informao, este trabalho visa o estudo do papel de inibidores de esfingomielinases no crescimento e na
viabilidade de formas promastigotas de Leishmania (L.) amazonensis. Para isso, foi utilizado o cloridrato de amitriptilina
(Tryptanol, Merck), que age sobre a esfingomielinase acdica.
Inicialmente, parasitas foram isolados de leso de animais infectados com Leishmania (L.) amazonensis e cultivados
em meio de cultura 199 e LIT (Liver Infusion Tryptose) contendo hemina, soro fetal bovino, penicilina e estreptomicina a 23?
C em estufas B.O.D. . Foram realizadas curvas de crescimento, onde o nmero de parasitas por ml foi determinado aps
24, 48 e 72h, pela contagem com a cmara de Neubauer.
A soluo estoque de cloridrato de amitriptilina 2,5 mg/ml em DMSO foi mantida a 4 ?C.
Adicionaram-se
concentraes crescentes de amitriptilina (0,5; 1; 2 e 5g/ml) em culturas de formas promastigotas (0,3 x 10^7
parasitas/mL). Controles tambm foram realizados, utilizando concentraes equivalentes de DMSO.
A amitriptilina 5 g/ml inibiu completamente o crescimento dos parasitas e o valor do IC50 est sendo investigado
(valor estimado entre 0,5 e 2,0 g/ml).
A toxicidade da amitriptilina (1g/ml) foi determinada por citometria de fluxo,
utilizando SYTOX Blue, onde se verificou que, nessa concentrao, mais de 90% dos parasitas estavam viveis.
Outro dado que est sendo analisado o perfil de lipdeos (corados com o reagente de Dittmer-Lester) dos parasitas
tratados com diferentes concentraes de amitriptilina por cromatografia em camada delgada de alta resoluo (HPTLC).
Perspectivas futuras: determinar a concentrao de amitriptilina que inibe 50% e 90% do crescimento de formas
promastigotas e amastigotas de Leishmania (L.) amazonensis e determinar a expresso de esfingolipdeos nesses
parasitas.
Participantes:

Orientador: Anita H. Straus


Orientador: Erica V Castro

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Beatriz Nugent da Cunha
Ttulo: Identificacao bacteriana de isolados oculares utilizando a tnica de MALDI-TOF
Palavras-Chave: Maldi-TOF, espectrmetro, identificao rpida, patgenos oculares
Utilizao da Espectrometria de Massa pela Tcnica de MALDI-TOF para identificao de Bactrias Isoladas de
Infeces Oculares - Beatriz Cunha
Local de execuo: Laboratrio de Microbiologia Ocular e Molecular, Departamento de Oftalmologia, Universidade
Federal de So Paulo.
Introduo

A rpida identificao do microrganismo causador da infeco ocular crucial para a introduo de um


tratamento correto precocemente, colaborando para um melhor prognstico visual.
A grande maioria dos laboratrios clnicos utiliza mtodos clssicos de microbiologia para a identificao do
agente infeccioso. A utilizao de mtodos moleculares demanda o uso de diversos equipamentos e reagentes de alto
custo tornando difcil a implantao nos laboratrios clnicos.
Recentemente, a tecnologia de MALDI-TOF/MS (?Matrix Assisted Laser Desorption/Ionization
Time-Of-Flight/Mass Spectrometer) tm surgido como alternativa rpida e de menor custo para identificao bacteriana a
partir de amostras isoladas em cultivo. Nessa metodologia as protenas bacterianas so extradas e ionizadas em uma
matriz orgnica. O laser, aps incidir, provoca o desprendimento das protenas da matrix, estas se deslocam com
velocidades diferentes devido a suas massas, so detectadas pelo espectrmetro de massa, o que gera para cada bactria
um perfil protico diferente, o qual utilizado para sua identificao.
Objetivo
Utilizar a metodologia de MALDI-TOD para identificao bacteriana de isolados obtidos de infeces oculares, bem
como comparar os resultados com aqueles obtidos pela plataforma de identificao bioqumica automatizada Phoenix BD.
Material
Foram selecionados para o projeto isolados bacterianos recuperados de pacientes admitidos nos ambulatrios de
Oftalmologia ou no pronto atendimento de oftalmologia da Universidade Federal de So Paulo durante o perodo de janeiro
a junho de 2012 com diagnstico clnico de conjuntivite bacteriana, ceratite ou endoftalmite e que foram previamente
identificados pelo mtodo Phoenix BD.
Mtodos
A identificao por MALDI-TOF requer muitas etapas.
a)
Amostras congeladas do banco foram cultivadas por 2 dias consecutivos, em gar sangue ou gar nutriente,
para garantir a pureza da amostra.
b)
Com alas de 10uL, retirada parte de cada amostra e transferida para tubos de 1,5 mL para realizar o
processo de extrao de protena. Aps, as amostras podem ser congeladas (por no mximo uma semana).
c)
Uma alquota de 1uL do sobrenadante ser colocada na placa do MALDI-TOF, secada a temperatura ambiente,
e coberta com 1uL de matriz (essa etapa deve ser feita com no mximo 1 semana de intervalo da anterior).
d) Anlise das placas pelo espectrmetro Bruker Ultraflex II MALDI-TOF/TOF (Bruker Daltonics, Alemanha).
Os resultados dos perfis proteicos sero comparados na base de dados pelo software MALDI-biotyper e as
similaridade expressas de acordo com o score proposto pelo fabricante com intervalo de 0 a 3. Amostras com score <1,7
no podero ser identificadas, score >= 1.7 sero consideradas identificao do gnero e >=2.0 identificao de espcies.
Resultados
TOTAL: 20 amostras, sendo 14 acima de 2.000 (sendo apenas 2 destes com score acima de 2.300) e 6 com score
entre 1.700 e 1.999.
1.700-1.999 - 6 resulltados (provvel identificao de gnero)
2.000-2.299 - 12 resultados (segura identificao de gnero, provvel identificao de espcie)
2.300-3.000 - 2 resultados (altamente provvel identificao de espcie)
Concordncia de gnero e espcie entre o Phoenix e MALDI-TOF
Identificao de GNERO e ESPCIE
1.700-1.999: identificao de gnero em 5/6 (83,3%) e espcie em 3/6 (50%)
2.000-2.299: identificao de gnero em 9/12 (75%) e espcie em 7/12 (58,3%)
2.300-3.000: identificao de gnero em 2/2 (100%) e espcie em 2/2 (100%)
Total: identificao de gnero em 16/20 (80%) e espcie em 12/20 (60%)
Concluses
A amostragem ficou pequena (20) devido no disponibilidade da mquina no incio e no
dificuldades foi que poucas amostras obtiveram resultados com score ideal, acima de 2.3.
Os resultados foram muito precisos para o score ideal. Porm, para scores de
discordncia de gnero entre MALDI-TOF e Phoenix, e 41.7% de discordncia entre espcie.
que podem ter interferido, como erros na etapa de extrao da protena, e na manuteno do
com score entre 1.700-1.999 obtiveram resultados acima do esperado para identificao de gnero.

fim do processo. Uma das


2.000-2.299, houve 25% de
Existem algumas variveis
equipamento. As amostras

Participantes:

Discente: Beatriz Nugent da Cunha

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Bianca Naomi Sumitomo
Ttulo: Caracterizao de peptdeos bioativos do veneno da aranha Acanthoscurria
gomesiana
Palavras-Chave: Acanthoscurria gomesiana, peptdeos, espectrometria de massas, sequenciamento de
A diversidade de atividades biolgicas encontradas em secrees como hemolinfa e veneno de
aranhas tm motivado vrios grupos de pesquisa a procurar por biomolculas com potencial
teraputico. Estudos recentes indicaram a presena de componentes com atividade
antimicrobiana em venenos de vrias aranhas brasileiras. No entanto, poucos desses
componentes foram completamente caracterizados. O progresso da peptidmica de venenos
tem sido limitada em parte pela falta de sequncias depositadas em bancos de dados, o que
critico para espcies raras como a aranha caranguejeira Acanthoscurria gomesiana. De fato, o
nmero de peptideos de aranhas isolados e caracterizados estimado em apenas 0,01% de
todas as possveis sequncias existentes. Em muitos casos, os peptdeos de veneno tm de ser
sequenciados por degradao de Edman ou por anlise de espectros de MS/MS. Considerandose
o potencial biolgico de molculas presentes nos venenos e a importncia de se caracterizar
estas toxinas, conduzimos neste trabalho um estudo peptidmico do veneno da aranha
brasileira Acanthoscurria gomesiana atravs do fracionamento de peptdeos por RP-HPLC,
seguido por ensaios antimicrobianos, anlises por espectrometria de massas e sequenciamento
dos espectros para determinao das estruturas primrias dos peptdeos. Foram observadas
fraes com atividade antimicrobiana e novas estruturas de peptdeos puderam ser
determinadas por sequenciamento de novo de espectros de MS/MS.
Participantes:

Discente: Bianca Naomi Sumitomo

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Bruno Luis Otilio Oliveira
Ttulo: CLONAGEM E EXPRESSO DO GENE DA SUBUNIDADE AUTO INIBITRIA DA
CALCINEURINA, pbCNAI, DO Paracoccidioides brasiliensis
Palavras-Chave: Clonagem da subunidade auto inibitria
Aluno: Bruno Luis Otilio Oliveira
Orientadora: Cludia B. L. Campos
Ttulo: CLONAGEM E EXPRESSO DO GENE DA SUBUNIDADE AUTO INIBITRIA DA CALCINEURINA, pbCNAI,
DO Paracoccidioides brasiliensis
Resumo:
Esse projeto tem por objetivo clonar e expressar o domnio auto-inibitrio (AI) presente na subunidade A da
calcineurina, cujo dmero com a calcienurina B tem atividade fosfatase dependente de calmodulina e clcio. Estudos
realizados por Campos et al - 2008, afirmam que tal enzima tem um importante papel no dimorfismo do fungo
termodimrfico Paracoccidioides brasiliensis, o qual encontrado no meio ambiente (25C) em forma de miclio e quando
infecta seu hospedeiro humano (37C) se diferencia para levedura, sua forma patognica, ocasionando a
Paracoccidioidomicose. A ausncia ou inibio da calcineurina impede o dimorfismo e a proliferao de leveduras,
consequentemente impede a manifestao da doena. A expresso heterloga e purificao do domnio auto-inibitrio sob
a forma de um peptdeo permitir a realizao de ensaios bioqumicos com a enzima purificada nos quais se testar sua
potencial ao como inibidor da calcineurina do P. brasiliensis. A clonagem da regio do gene da calcineurina A
correspondente ao domnio auto-inibitrio foi programada de forma a tambm express-lo fusionado ao peptdeo TAT (Cell
Penetration Peptide), que tem capacidade de penetrar em clulas, para permitir tambm ensaios in vitro. Essa parte do
projeto no estava inicialmente prevista na proposta inicial. Assim, foram sintetizadas as fitas senso e anti-senso
correspondentes s sequncias codificadoras do TAT e da subunidade AI (Exxtend). Para o TAT, o oligonucleotdeo 5 GATCTTATGGCCGCAAAAAACGCCGCCAGCGCCGCCGCGGATCCGG TAC - 3 correspondente fita senso (TAT-5
) foi desenhado de forma a conter os stios para as enzimas BglII na extremidade 5 e KpnI na extremidade 3 (em
negrito e sublinhado). A sequncia da fita complementar (TAT 3) foi sintetizada como a seguir: 5CGGATCCGCGGCGGCGCTGGCGGCGTTTTTTGCGGCCATAA
3.
Para
o
domnio
auto-inibitrio
(AI)
foram
s i n t e t i z a d a
a
f i t a
s e n s o ,
5
GATCCCATAACTTCGAAGATGCTCGCAAGGTCGACCTACAGAACGAACGTCTTCCACCCACCCACGAAGAGA
3,
com o stio de restrio da enzima BamHI na extremidade 5 (em negrito e sublinhado) e a fita
anti-senso, 5 AGCTTCT
CTTCGTGGGTGGGTGGAAGACGTTCGTTCTGTAGGTCGACCTTGCGAGCATCTTCGAAGTTATGG
3,
com a sequncias do stio de restrio da enzima HindIII no terminal 5 (em negrito e sublinhado). O plasmdeo pqTev,
que ser usado para expresso heterloga do peptdeo TAT em bactrias, foi cortado com as enzimas BamHI e KpnI de tal
forma que as pontas protuberantes dos oligonucleotideos anelados sejam compatveis com o plasmdeo para permitir a
clonagem molecular. A digesto do pqTev
foi sequencial, primeiro foi utilizado a enzima KpnI, logo aps foi purificado,
desfosforilado (com a enzima CIAP, Calf Intestinal Alkaline Phofatase). A digesto foi confirmada por eltroforese em gel de
agarose 1%. Para controles, foi feita transformao posterior em bactria competente TOP10 (cepa da E. coli) e plaqueado,
em meio LB com ampicilina (50ng/uL) com plasmdeo incubado ou no com a enzima T4 ligase para controles da eficincia
de restrio e desfosforilao. Purificou-se o plasmdeo (utilizando o kit de purificao de PCR e gel da empresa EasyGen)
e foi ligado aos oligonucleotdeos do TAT previamente anelado para compor a dupla fita. Para tal, o TAT foi incubado em
TRIS (10mM , EDTA 1mM , NaCl 50nM) na sequncia trmica de 95C por 5, 73C por 10 e 25C por 10. A
ligao foi realizada com T4 ligase em propores diferentes de inserto: inserto de 1:3, inserto de 1:50 e com alta
concentrao. Aps duas tentativas de clonagem, nas quais foram repetidos os mesmos procedimentos, porm em que as
temperaturas de anelamentos dos oligonucleotdeos de 73C para 71C por 10, foi incorporado em TOP10 e plaqueou,
em placa de meio LB com ampicilina 50ng/uL, aps incubao. Foi realizada mini preparao de plasmdeo de seis colnias
obtidas de acordo com o protocolo de extrao plasmdeal (utilizando o kit de extrao plasmdeal da empresa EasyGen).
O material foi enviado para a empresa Proteobras para sequenciamento. A anlise da sequencia, feita com o programa
BLAST, disponvel no sitio www.blast.ncbi.nlm.nih.gov/Blast.cgi, mostrou que o plasmdeo era selvagem, portanto, no
houve clonagem. Atualmente a tcnica de HPLC (High-performance liquid chromatography) est sendo utilizada para
verificar se o anelamento do TAT est sendo eficiente em colaborao com o grupo do prof. Martin Wurtele. Em paralelo, foi
encomendado oligonucleotdeos para amplificar o gene GFP (Green Fluorescence Protein) presente no plasmdeo Pgipz
que ser utilizado como controle para verificar se o TAT adentrou a clula do fungo. O Oligonucleotdeo: 5 ?
CCGGCCAGATCTATGGAGAGCGACGAGAGCGGCC - 3 corresponde fita senso, foi desenhada de forma a conter o
stio de restrio da enzima BglII na extremidade 5 (em negrito e sublinhado). A fita complementar foi sintetizado como a
seguir: 5 ? CCGGCCGGTACCGGATCCTTATTCTTCACCGGCATCTGCATCCG ? 3, de forma a conter o stio de
restrio para a enzima KpnI na extremidade 5 (em negrito e sublinhado).
Participantes:

Discente: Glria Gallo


Discente: Melissa Grant
Discente: Nayara Chrissie

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Camila Baptista Dias
Ttulo: Estudo de penetrao cutnea do cido glico, acrescido em diferentes
concentraes em gel aquoso, em pele de sunos, com metodologia in vitro
Palavras-Chave: cido glico
A preocupao da dermatologia em relao as substncias com atividade antienvelhecimento intensifica a busca dos
pesquisadores por antioxidantes, que vem sendo veiculados em produtos de uso tpico, porm muitos estudos ainda
precisam ser feitos na rea, uma vez que muitos antioxidantes ainda no foram estudados com relao a sua atividade e
permeabilidade atravs da pele. crescente o interesse pelos antioxidantes naturais como o cido glico devido sua
baixa toxicidade em relao aos antioxidantes sintticos. Alm disso, embora os compostos sintticos BHT (butil
hidroxitolueno) e BHA (butil hidroxianisol) serem antioxidantes efetivos
muito utilizados nos medicamentos, cosmticos e
at alimentos, estudos apontam que podem apresentar atividades mutagnicas. Os estudos de permeabilidade cutnea so
muito importantes para o desenvolvimento de novas formulaes, uma vez que para a administrao tpica de
antioxidantes ser efetiva no combate aos radicais livres fundamental garantir uma boa penetrao na pele, alcanando as
camadas profundas da epiderme, sendo capaz de promover a neutralizao de radicais livres. Dentre as vrias substncias
que constituem o grupo de polifenis estudou-se neste trabalho o cido glico pertencente ao grupo hidroxibenzicos dos
cidos fenlicos. Este composto fenlico vem apresentando timos resultados quanto ao poder redutor,que ao doar um
eltron se oxida.Estudos explicam seu melhor poder antioxidante pelo nmero de hidroxilas no anel benznico uma vez
que compostos com dois ou trs substituintes possuem um maior poder antioxidante que compostos monohidroxilados.
Para garantir uma boa penetrao dos compostos antioxidantes na pele, a fim de obter resultados positivos no processo de
neutralizao dos radicais livres, extremamente importante a realizao dos estudos de penetrao cutnea. O objetivo
desse trabalho foi avaliar a penetrao e reteno cutnea passiva do cido glico, quando veiculado em duas diferentes
concentraes (0,6 e 1,2%), em gel aquoso, em pele de suno. A pele suna foi disposta entre o compartimento doador e
receptor da clula de difuso, sendo que a
derme ficou em contato com uma soluo receptora com temperatura
controlada. O meio receptor apropriado foi uma soluo tampo isotonizada de pH 7,4, sob agitao de 500 rpm. O sistema
foi mantido durante 6 horas, com a soluo receptora, e a cada uma hora medies por cromatografia lquida de alta
eficiencia foram feitas com 1 mL da soluo receptora, para anlise da quantidade de ativo permeado, a fim de determinar o
fluxo de permeao do ativo antioxidante. As camadas de pele, assim como o fluido receptor foram processadas para a
extrao da substncia ativa e quantitativamente analisada por HPLC. Verificou-se que o aumento da concentrao do
cido glico conferiu maior reteno do cido glico no estrato crneo, porem no alterou expressivamente a quantidade
deste ativo na epiderme vivel. Constatou-se ainda que no houve aumento linear do ativo no estrato crneo. Por meio do
mtodo de quantificao por HPLC no foi possvel identificar em qualquer perodo experimental, quantidades expressivas
deste ativo na soluo receptora, identificando a sua viabilidade de execuo com a aplicao tpica proposta. Assim, por
meio deste estudo, foi possvel reconhecer a possibilidade de aplicao de cido glico em gel para obter um produto tpico
com a finalidade de combater os radicais livres do tecido cutneo, princpalmente na concentrao de 1,2%.
Participantes:

Discente: Camila Baptista Dias

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Carla Mariane Aburaya
Ttulo: Gerao e caracterizao de uma linhagem de clulas endoteliais de
camundongos
Palavras-Chave: clula endotelial, xido ntrico, prostaciclina
Introduo e objetivos: O endotlio uma camada contnua de clulas que reveste a superfcie luminal de todos os
vasos sanguneos, controla o trfego de molculas e clulas sanguneas, a resposta inflamatria, o equilbrio entre
coagulao e fibrinlise e a regulao do tnus vascular atravs da produo de substncias vasodilatadoras e
vasoconstritoras. O estudo da fisiologia endotelial tem particular importncia, j que clulas endoteliais esto diretamente
envolvidas em um grande nmero de distrbios vasculares; no entanto, o estabelecimento e a manuteno de culturas
desse tipo celular so um desafio. A maioria das metodologias correntes utiliza enzimas proteolticas ou tcnicas
mecnicas, promovendo prejuzos ao funcionamento celular e/ou contaminao das culturas por outros tipos celulares.
Alm disso, culturas primrias de clulas endotelias tm um curto perodo de vida, atingindo a senescncia em 3 ou 4
passagens, o que limita os estudos a longo prazo. O presente trabalho teve o objetivo de estabelecer e caracterizar uma
linhagem celular espontaneamente imortalizada a partir de culturas primrias de endotlio provenientes de explantes
pulmonares de camundongos.
Metodologia: Foram utilizados camundongos C57bl6 machos, com 10-14 semanas de vida, proveninentes do Centro
de Desenvolvimento de Modelos Experimentais para Medicina e Biologia (CEDEME - UNIFESP). Todos os procedimentos
foram aprovados e realizados em conformidade com as orientaes do Comit de tica da UNIFESP (nmero do protocolo:
0928/05). Culturas primrias de endotlio foram estabelecidas a partir de explantes pulmonares incubados por 60 hs em
meio DMEM, sob 5% CO2, 370C. A excluso de uma possvel contaminao com clulas musculares lisas foi confirmada
pela no deteco de alfa-actina. Aps 5 a 6 passagens, os focos de clulas sobreviventes foram isolados e subcultivados
por at 100 passagens, originando as culturas espontaneamente imortalizadas. A partir dessas culturas, populaes
monoclonais foram obtidas por diluies seriadas, subcultivadas e comparadas s culturas primrias (n = 3 por grupo)
quanto: aparncia morfolgica; expresso dos marcadores especficos de clulas endoteliais [fator de von Willebrand
(vWF) e enzima conversora de angiotensina (ECA) por imunocitoqumica, endoglina, VE-caderina e VCAM-1 por citometria
de fluxo e Ulex europaeus (UEA-1) por citoqumica]; liberao de xido ntrico (NO) induzida por acetilcolina (ACh ? 1
mmol.L-1) e bradicinina (BK ? 1 mmol.L-1), avaliada pela sonda celular fluorescente DAF-2DA; e produo de
prostaciclina (PGI2) no sobrenadante das culturas, obtida por ensaio imunoenzimtico.
Resultados: As culturas primrias atingiram uma populao de 90.000 clulas na primeira passagem. O potencial
proliferativo atingiu o ponto mximo entre a terceira e quinta passagens, mas foi reduzido entre a quinta e sexta passagens,
quando a maior parte das clulas tornou-se senescente. Os focos das clulas sobreviventes foram subcultivados
sucessivas vezes e apresentaram um aumento progressivo da taxa de crescimento, que tornou-se estvel a partir da 50
passagem. Aps 100 passagens, as culturas monoclonais foram geradas e comparadas com as culturas primrias. Em
estgio de confluncia, ambas as culturas apresentaram a tpica aparncia ?cobblestone? exibida por clulas endoteliais
em cultivo. Em todas as culturas primrias houve marcao positiva para vWF, ECA e UEA-1, e o mesmo padro foi
repetido pelas populaes monoclonais.
A deteco das molculas endoglina, VE-caderina e VCAM-1 foi confirmada em
98, 97 e 97% das clulas de populaes monoclonais, respectivamente. A liberao de NO [expressa em unidades
arbitrrias (u.a.)] foi semelhante entre as culturas em estudo, tanto em condies basais quanto aps estimulao com ACh
(66,9 3,2 para culturas primrias vs 64,6 6,6 para populaes monoclonais) ou com BK (75,6 8,7 para culturas
primrias vs 64,9 5,5 para populaes monoclonais).
Da mesma forma, a produo de PGI2 (expressa em
pg.mL-1.mg-1) no diferiu entre as culturas primrias (777,9 22,6) e monoclonais (746,8 10,5).
Concluso: Estabeleceu-se com sucesso uma metodologia de obteno e cultivo de endotlio vascular de
camundongos. A partir da cultura primria, gerou-se uma linhagem espontaneamente imortalizada que possibilitou a criao
de populaes monoclonais de clulas endoteliais. Ambas as culturas mostraram-se competentes na manuteno das
principais propriedades morfolgicas e funcionais tpicas de endotlio, e podem ser utilizadas como uma ferramenta
adequada para os estudos que envolvam a fisiologia vascular.
Apoio Financeiro: Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de So Paulo (FAPESP 2007/59039-2) e Conselho
Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq).
Participantes:

Orientador: Liliam Fernandes


Docente: Richardt G. Landgraf
Discente: Tathiany Corteze Torres

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Caroline Fernandes Freire
Ttulo: PESQUISA E CARACTERSTICAS DE MARCADORES DE VIRULNCIA
ACESSRIOS EM AMOSTRAS DE Escherichia coli PRODUTORA DE TOXINA SHIGA
(STEC) DESPROVIDAS DO GENE eae
Palavras-Chave: STEC, ruminantes, genes, proteinas autotransportadoras
Nos ultimos anos houve um aumento significativo dos casos de Sndrome Hemoltico-Urmica (SHU) e infeces
entricas graves provocadas por Escherichia coli produtora de toxina Shiga (STEC). Embora a toxina Shiga tenha um papel
central na patognese das doenas causadas pelas STEC, principalmente por seus efeitos sistmicos, certo que fatores
adicionais de virulncia tambm participam deste processo. Diversos animais, principalmente ruminantes, so o principal
reservatrio natural de STEC. Conhecer o perfil de marcadores de virulncia nas cepas STEC do reservatrio animal tem
grande importncia no reconhecimento de cepas com maior potencial de causar doenas humanas graves.
O presente
estudo teve como objetivos pesquisar a distribuio das sequncias genticas para as protenas autotransportadoras EspP,
EspI e EpeA e os subtipos dos genes ehxA, espP e saa em 127 amostras STEC desprovidas do gene eae (eae-),
pertencentes a sorotipos diversos e isoladas de diferentes espcies de animais ruminantes. De modo geral, a frequncia de
identificao dos genes espP, espI, epeA, ehxA e saa foi de 58%, 42%, 30%, 56% e 76%, respectivamente. Observou-se
que as cepas isoladas de ovinos no possuem saa, epeA e espP; porm todas foram carreadoras de espI e a maioria (80%)
era carreadora de ehxA. Com relao aos bovinos, espP, ehxA e saa foram identificados em altas frequncias (71% a 95%),
enquanto epeA e espI ocorreram em 38% e 24% das cepas, respectivamente. Um nico subtipo de ehxA, tipo A, ocorreu
em todas as cepas de STEC isoladas de diferentes espcies. A presena de diversas variantes do gene saa, tanto de
carcaa de bovinos, como de fezes de gado leiteiro, gado de corte, assim como em bufalos e cabras foi identificada. Fomos
capazes de detectar seis variantes deste gene que diferem no nmero de unidades de repetio presentes na regio de
codificao. O gene saa foi significativamente associado com cepas STEC isoladas de bovinos, mas no com cepas STEC
de ovinos e caprinos, sugerindo que a Saa podem ter um papel importante na ligao com o intestino bovino. Nossos
resultados demonstraram tambm a ocorrncia de uma variante de saa que no havia sido descrita na literatura. Utilizando
o metodo de PCR-RFLP foi realizada a suptipagem para espP e verificamos que o subtipo C representa a maioria das
cepas espP-positivas (90%), porm o subtipo D tambm foi identificado em uma menor frequencia (8%). Alm disso,
identificamos um subtipo distinto, em uma cepa STEC isolada de caprinos, que no havia sido descrito anteriormente. Os
resultados obtidos em nosso estudo demonstraram que houve diferenas quanto ocorrncia dos genes estudados em
cepas STEC isoladas do reservatrio animal em nosso meio. Embora com relao s cepas STEC isoladas de bovinos,
nossos dados sejam semelhantes aos que foram descritos por outros autores, por outro lado, foi possvel demonstrar pela
primeira vez a ocorrncia e distribuio de espP, epeA, espI em cepas STEC isoladas no Brasil de ovinos, caprinos e
bufalinos.
Participantes:

Orientador: Beatriz Ernestina Cabilio Guth


Docente: Luis Fernando Dos Santos
Discente: Caroline Fernandes Freire

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Danielle Stoll
Ttulo: ?Efeito anti-angiognico de inibidores de galectina em modelos de
neovascularizao in vitro e in vivo?.
Palavras-Chave: Angiognese, DMRI, Galectina
?Efeito anti-angiognico de inibidores de galectina em modelos de neovascularizao in vitro e in vivo?.
Danielle Stoll1, Thatiane A. Russo1, Ana Maria C. Moreira1, Caio V. Regatieri2,
Dreyfuss1,3.

Helena B. Nader1,

Juliana L.

1.Laboratrio Carl Peter von Dietrich, Disciplina de Biologia Molecular, Departamento de Bioqumica, EPM/UNIFESP;
2. Departamento de Oftalmologia, 3. GRICES, Grupo Interdisciplinar de Cincias Exatas em Sade, Departamento de
Informtica em Sade, EPM/UNIFESP
O estudo de novas molculas com atividade anti-angiognica de fundamental importncia para tratar doenas que
envolvem a formao de novos vasos como a neovascularizao de coride secundria degenerao macular relacionada
idade e o cncer. As galectinas pertencem a uma famlia de protenas da classe das lectinas que reconhecem
especificamente os beta-galactosdeos. As galectinas esto envolvidas em uma variedade de processos biolgicos
incluindo a diferenciao, adeso, proliferao celular e apoptose. Sabe-se que a angiognese regulada por fatores de
crescimento como VEGF-A, EGF e TGF-? e seus receptores. Os receptores destes fatores de crescimento so receptores
de superfcie celular glicosilados e interagem diretamente com a galectina-3 mediando a angiognese in vitro. O objetivo
deste trabalho investigar se o ligante de galectina-3, o beta-galactosdeo anlogo de lactose D-galactopiranosil-??
D-tiogalactopiranosideo (TDG), que conhecido por bloquear a ligao carboidrato-dependente das galectinas aos seus
ligantes, capaz de inibir a angiognese in vitro e in vivo e testar a sua citotoxicidade em culturas de clulas de retina
ARPE-19 e clulas endoteliais de aorta de coelho. Foram realizados ensaios de citotoxicidade e proliferao e sero
realizados ensaios de adeso, migrao e formao de estruturas do tipo capilar em Matrigel com clulas endoteliais (ECs)
antes e aps o tratamento destas culturas com 0,01; 0,1; 1,0 ou 2 mg/mL de TDG. A citotoxicidade foi avaliada pelo ensaio
de MTT brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-difeniltetrazlio. Para este ensaio, 5x104 clulas ARPE-19 ou 3104 ECs
foram semeadas em placas de 96 poos e cultivadas durante 5 dias e em seguida expostas a diferentes concentraes de
TDG ou soluo salina por 24 h. Posteriormente, as clulas foram incubadas com MTT (0,5 mg/mL) por 2h, e ento lisadas
com isopropanol e absorbncia foi medida a 570 nm. Aps o tratamento com TDG, as ECs sofreram uma reduo de
viabilidade de 15 a 20% em todas as concentraes testadas, e esta reduo foi estatisticamente significante.
Em
contraste, apenas a concentrao de 1 mg/mL foi capaz de induzir citotoxicidade em clulas de retina. Esta concentrao
de TDG causou uma reduo de 26% na viabilidade das clulas ARPE-19, enquanto que as outras concentraes testadas
no foram capazes de influenciar a viabilidade das clulas de retina. A proliferao de clulas endoteliais foi avaliada por
contagem direta de clulas. Para este ensaio foram semeadas 1105 ECs em placas de 6 poos e estas clulas foram
tratadas com diferentes concentraes de TDG (0,01; 0,1; 1 ou 2 mg/mL) ou soluo salina (controle) e as clulas contadas
aps 24 horas e 48 horas de incubao. A proliferao das ECs foi diminuda na presena de TDG a partir da concentrao
de 0,1 mg/mL. Foram observadas redues na taxa de proliferao de 30 a 35% quando comparadas ao controle. Estas
diferenas foram estatisticamente significantes.
O oposto foi encontrado quando ECs foram tratadas com baixas
concentraes de TDG (0,01 mg/mL), ou seja, foi observado um aumento na proliferao em uma taxa de 30%, e este
aumento foi estatisticamente significante. Assim, os resultados apresentados at o instante sugerem que a droga estudada
um potencial candidato para tratamento da angiognese, pois no altera a viabilidade de clulas da retina e capaz de
reduzir significativamente tanto a viabilidade quanto a proliferao de clulas endoteliais.
Participantes:

Orientador: Juliana L. Dreyfuss


Docente: Caio V. Regatieri
Docente: Helena B. Nader
Discente: Danielle Stoll
Discente: Thatiane A. Russo
Discente: Ana Maria C. Moreira

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Douglas Santos da Silva
Ttulo: Expresso e localizao do sindecam-4 em clulas endoteliais resistentes ao
impedimento de adeso (anoikis) na presena de inibidores da via PI3K/AKT
Palavras-Chave: sindecam-4 clulas endoteliais tumor anoikis inibidor via pi3k
Os tumores produzem diversas molculas que facilitam sua proliferao, manuteno e invaso. Dentre elas
destacam-se os proteoglicanos. O sindecam-4 (syn-4), um proteoglicano de heparam sulfato (PGHS), pode atuar como
co-receptor de fatores de crescimento e protenas da matriz extracelular (MEC) aumentando a afinidade das molculas de
adeso a seus receptores especficos. Participa da adeso celular em contatos focais juntamente com integrinas e FAK
(quinase de adeso focal), conectando a MEC ao citoesqueleto. Alteraes na expresso do sindecam-4 tm sido
encontradas em clulas tumorais, indicando o seu envolvimento em neoplasias. A aquisio da resistncia morte celular
induzida por bloqueio da adeso ao substrato (resistncia ao anoikis) uma caracterstica da transformao neoplsica e
um passo crtico durante o processo metasttico.
Visando esclarecer o papel dos proteoglicanos e glicosaminoglicanos na resistncia ao anoikis e com isso gerar
subsdios para o entendimento dos processos de angiognese e metstase tumoral, clulas endoteliais de aorta de coelho
selvagens (EC) foram submetidas transformao induzida pelo impedimento de adeso e estudadas comparando-se com
clulas endoteliais transfectadas com o oncogene EJ-ras (EJ-ras EC), na presena ou ausncia de inibidores da via
PI3K/AKT, em relao expresso e localizao do sindecam-4 e sntese de glicosaminoglicanos sulfatados.
Para analisar a sntese de glicosaminoglicanos (GAGs), culturas confluentes de clulas endoteliais selvagens (EC),
transfectadas com o oncogene EJ-ras (EJ-ras EC) e clulas resistentes ao anoikis (Adh-1; Adh-2) foram mantidas em meio
F12 por 18 horas em presena de [35S]-sulfato. Nas ltimas duas horas da marcao foram adicionados os inibidores
LY294002 (30 g/mL) e U0126 (10 M), separadamente.
Aps esse perodo, os glicosaminoglicanos marcados do extrato
celular e do meio de cultura foram extrados, analisados e quantificados por eletroforese em gel de agarose aps exposio
a um filme radiosensvel. Os resultados mostram que no houve inibio na sntese do heparam sulfato do extrato celular e
do meio de cultura aps tratamento com os inibidores em todas as linhagens estudadas.
Para a localizao do sindecam-4, cerca de 10.000 clulas das linhagens celulares em estudo (EC, EJ-ras EC,
Adh-1, Adh-2), na presena ou no do inibidor LY294002, foram subcultivadas em lamnulas e incubadas com os anticorpos
primrio ?Anti-syn-4? e secundrio ?Goat anti-rabbit lgG fluorescein conjugated? conjugado com ?Alexa 594?. Para
visualizao do ncleo, foram tambm incubadas com DAPI diludo em PBS. As clulas foram observadas em microscpio
de varredura a laser confocal (LSM510, Zeiss). Verificou-se a presena do sindecam-4 na superfcie de todas as clulas
estudadas, sendo que em menor quantidade na superfcie das clulas Adh-1 e Adh-2. Na presena do inibidor, foi
observado menor quantidade do sindecam-4 na superfcie das clulas EC e EJ-ras EC em relao aos controles. O mesmo
no foi observado para os clones Adh-1 e Adh-2.
Conclumos que, nas clulas resistentes ao anoikis, a expresso e localizao do sindecam-4, bem como a sntese
de heparam sulfato, no sofrem alteraes em presena do inibidor da via PI3K/AKT.
Participantes:

Orientador: Carla Cristina Lopes


Docente: Helena Nader
Discente: Douglas Santos da Silva
Discente: Paulo Castanho de Almeida Pernambuco Fil
Discente: Ana Paula de Sousa Mesquita
Discente: Bruna Ribeiro Carneiro
Discente: Flora Rachel de Oliveira Carvalho Moura

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Elaine Renata Motta de Almeida
Ttulo: ESTUDO DE PARMETROS OXIDATIVOS HEPTICOS EM RATOS WISTAR
TRATADOS COM EXTRATO AQUOSO DE CASEARIA SYLVESTRIS
Palavras-Chave: Casearia sylvestris, estresse oxidativo, fgado, rato
Casearia sylvestris uma planta encontrada principalmente em regies tropicais da Amrica do Sul, e
popularmente conhecida como guaatonga ou erva de bugre. Suas folhas so utilizadas para extrair o ch que tem
propriedades antiinflamatrias, antilceras, antiofdica, entre outras. Atribui-se planta aes cicatrizantes, tnica e
depurativas.
Estudos apontam que a planta no possui toxicidade relevante em extrato aquoso e toxicidade moderada em extrato
etanlico. A pesquisa tem como objetivo o estudo dos efeitos da administrao oral de um extrato aquoso de C. sylvestris
nos parmetros pr e antioxidantes hepticos em modelo experimental. Para tanto, ratos Wistar machos de 3 meses de
idade foram divididos em dois grupos: controle (n=5) e tratado com extrato aquoso de C. sylvestris por gavage, uma vez ao
dia durante 7 dias (n=7). Aps esse perodo de tempo, os animais foram anestesiados e sacrificados por deslocamento
cervical. O fgado foi perfundido e homogeneizado e as atividades citosslicas das enzimas antioxidantes superxido
dismutase (SOD) e catalase (CAT) foram avaliadas por espectrofotometria, assim como foram quantificadas as
concentraes de glutationa reduzida e oxidada e potencial de peroxidao lipdica (TBARS). Nenhuma alterao foi
observada entre os grupos nas atividades das enzimas antioxidantes, ou no nvel de peroxidao lipdica. A concentrao
total de glutationa tambm se manteve igual nos dois grupos. No entanto, houve um aumento na concentrao de glutationa
oxidada no grupo tratado com extrato de C. sylvestris (p=0,0127). Essa observao indica uma alterao no estado redox
heptico que, apesar de ser pr-oxidativa, no parece estar relacionada a um dano oxidativo, como visto pela ausncia de
efeito nos resultados de TBARS. A relevncia desta observao ainda precisa ser melhor estudada. O prximo passo ser
avaliar a atuao do extrato de C. sylvestris concomitante a um desafio pr-oxidante e avaliar uma possvel ao
antioxidante do extrato. Auxlio financeiro: Fapesp, CNPq.
Participantes:

Orientador: Virginia Berlanga Campos Junqueira


Docente: Karin Argenti Simon
Discente: Jssica Lima Telles
Discente: Caio Csar de Souza Ribeiro
Discente: Fernada Malanconi Thomaz
Discente: Tarciso Almeida Sellani
Discente: Aline Zancheti Ameni

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: EMI FUJINO, ANA CAROLINA DE MELLO SANTOS, MRIO VICTOR
MALERBO DOS SANTOS, ROSA MARIA SILVA
Ttulo: DETERMINAO DO SUBTIPO DO GENE iss (Increased Serum Survival) EM
AMOSTRAS DE Escherichia coli ISOLADAS DE BACTEREMIA DE PACIENTES COM
CANCER.
Palavras-Chave: gene iss, Escherichia coli, bacteremia, cncer
A resistncia ao complemento presente no soro constitui um importante fator de virulncia para bactrias que
causam infeces extra-intestinais. Em Escherichia coli patognica extra-intestinal (ExPEC), responsvel por infeces
praticamente em qualquer stio extra-intestinal do ser humano, a expresso da resistncia ao complemento do soro tem
sido associada a dois marcadores genticos: o gene iss (increased serum survival) e o gene traT (um dos genes do operon
tra que promove a transferncia de plasmdeos por conjugao).
A literatura relata a ocorrncia de, pelo menos, trs alelos do gene iss, os quais teriam alguma ligao
epidemiolgica com o tipo de infeco causado por ExPEC. Assim, amostras isoladas de meningite neonatal e de
colisepticemia em aves (Avian Pathogenic E. coli-APEC) teriam o gene iss tipo 1, enquanto amostras de infeco urinria
teriam predominncia do gene iss 3. O alelo 2 foi detectado em amostras de E. coli causadoras de infeces do trato
intestinal. Os alelos 2 e 3 (presentes no cromossomo bacteriano) apresentam, respectivamente, 94 e 95 % de similaridade
em relao ao alelo 1 de localizao plasmidial.
Em trabalho recente de nosso laboratrio, verificou-se que amostras de ExPEC esto presentes no trato intestinal de
cerca de 30 % dos indivduos sadios, podendo constituir-se em uma fonte de auto-infeco ou fonte de contaminao para
infeces de origem exgena. Uma pesquisa preliminar sobre o tipo de gene iss dessas amostras fecais revelou uma
predominncia dos alelos iss 2 e 3.
Este trabalho pretendeu pesquisar a distribuio dos alelos do gene iss em amostras de ExPEC isoladas de
bacteremia de indivduos que apresentam como doena de base algum tipo de neoplasia maligna.
Foi estudada a distribuio dos alelos do gene iss em 78 amostras de E. coli isoladas de bacteremia de 78
indivduos de ambos os sexos, com idade entre zero e 89 anos, todos portadores de algum tipo de neoplasia maligna. Os
resultados foram comparados com os observados em 108 amostras de E. coli isoladas de fezes de indivduos sadios da
mesma faixa etria e de ambos os sexos. A amostragem de E. coli fecal representa a diversidade de alelos iss
predominantes nos indivduos hospedeiros aps anlise de cinco colnias por indivduo. A pesquisa dos alelos iss1, iss2 e
iss3 foi realizada por reao em cadeia da polimerase (PCR), empregando-se pares de iniciadores especficos. As
informaes sobre a origem filogentica das amostras foi obtida em estudos anteriores realizados em nosso laboratrio.
Cerca de 68 % das amostras de bacteremia apresentaram positividade para iss. O alelo iss3 foi o mais frequente
(32,1%) seguido da combinao iss2+iss3 (12,8%). A anlise da presena de cada alelo isoladamente apresentou iss3
como o prevalente (57,7%) seguido do alelo 1 (23,1%), independentemente da idade e sexo do paciente. As amostras
originrias do grupo filogentico B2, considerado virulento, apresentaram o maior ndice de positividade para o gene iss
(35,8%) sendo 90% do tipo iss3.
A comparao com o grupo de amostras fecais mostrou grande similaridade na distribuio de alelos iss,
ressaltando-se a maior frequncia de iss3 (22.2%) e iss2+iss3 (19,4%), e a preponderncia de iss3 independentemente da
associao com outros alelos (49,1%). A prevalncia de iss3 tambm foi independente da idade e do sexo do hospedeiro.
Embora as amostras fecais pertencentes ao filogrupo B2 (virulento) tenham apresentado baixa positividade para o gene iss
(~11%), este foi quase que exclusivamente do tipo 3 (85,5%), da mesma forma que o encontrado nas amostras de
bacteremia.
Os dados obtidos mostram que: 1) nos pacientes neoplsicos, o alelo iss3 encontrou-se associado s amostras de
bacteremia em geral e s do filogrupo virulento B2 em particular; 2) amostras fecais de indivduos sadios tambm
apresentaram o alelo 3 como mais frequente e tambm associado a amostras do filogrupo B2.
Pode-se supor que amostras de E. coli causadoras de infeces de corrente sangunea, em indivduos portadores de
neoplasias malignas, devem ter origem no trato intestinal, seja dos prprios indivduos, por meio de translocao bacteriana
via intestinal (infeco endgena), seja por aquisio de fonte exgena contaminada com amostras fecais. A comprovao
destas hipteses pode levar a aes no manejo dos pacientes neoplsicos que minimizem o risco de infeces
extra-intestinais por E. coli.
Participantes:

Orientador: Rosa Maria Silva


Discente: Mrio Victor Malerbo dos Santos
Discente: Ana Carolina de Mello Santos
Discente: Emi Fujino

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Estevo Melo Arantes
Ttulo: Efeito da fluoxetina em Leishmania L. amazonensis
Palavras-Chave: leishmaniose; fluoxetina
Estudos recentes de nosso lab. tm focado na determinao da composio lipdica da membrana de
tripanossomatdeos do gnero Leishmania, visando identificar seus componentes estruturais, bem como as vias
metablicas envolvidas em sua sntese, alm das eventuais variaes de expresso em funo do ciclo de vida do parasita
(amastigota e promastigota) e entre as diferentes espcies. Dentro dessa perspectiva, nosso projeto visa estudar o efeito da
fluoxetina na composio lipdica da membrana citoplasmtica de Leishmania Leishmania amazonensis. A fluoxetina
empregada no meio clnico como antidepressivo, por facilitar a neurotransmisso serotoninrgica e no contexto de
aplicao direta sobre a clula do protozorio, pretendemos avaliar se alm de inibir atividade esfingomielinase de clulas
de mamferos poderia inibir a enzima ISCL (Inositol phosphoSphingolipid phospholipase C-Like). Esta enzima responsvel
pela degradao da molcula de inositolfosfoceramida (IPC) que sintetizada exclusivamente pelo parasita e, de tal modo,
apresenta-se como um alvo para a finalidade teraputica.
Parasitas retirados de leso cutnea e de linfonodos de animal infectado pela Leishmania (L.) amazonensis foram
cultivados em meio de cultura 199 suplementado com soro fetal bovino 10%, hemina e urina 1%. As culturas foram
mantidas em estufa B.O.D. a 23C e curvas de crescimento foram avaliadas contando-se os parasitas aps 24, 48 e 72
horas, com auxlio da cmara de Neubauer.
Soluo estoque de cloridrato de fluoxetina 20mg/mL foi utilizada. Parasitas foram incubados com diferentes
concentraes (10,0; 8,0; 4,0 e 2,0 g/mL.).
Parasitas tratados com doses maiores de 10 g/mL mostraram-se inviveis em menos de 24 horas. Promastigotas
cultivados na presena de fluoxetina 2 g/mL
apresentaram crescimento interrompido a partir de 48 horas, apresentando
uma proporo maior de clulas arredondadas nas culturas (>50% dos parasitas). Aps 72 horas os parasitas foram
coletados e os lipdeos extrados com mistura de isopropanol:hexano:gua e clorofrmio:metanol. Os extratos lipdicos
foram analisados por High Performance Thin Layer Chromatography (HPTLC)
onde foi detectado na cultura tratada com
fluoxetina, um componente com migrao cromatogrfica de fosfatidilserina, no presente no extrato de parasitas controles.
Para melhor caracterizao, os extratos lipdicos sero avaliados por espectrometria de massa.
Perspectivas: determinar a concentrao de fluoxetina que inibe o crescimento de formas promastigotas e
amastigotas de Leishmania (L.) amazonensis em 50% e 90% e melhor caracterizar o a expresso de IPC e fosfolipdeo com
migrao cromatogrfica de fosfatidilserina nas culturas tratadas com fluoxetina.
Financiamento: CAPES, CNPq
Participantes:

Orientador: Anita Hilda Straus Takahashi


Orientador: rica V. Castro

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Fabiana Affonso Cortez Ribeiro Paz
Ttulo: Estudo da atividade de um complexo paladaciclo sobre a Leishmania
(Leishmania) amazonensis in vitro e in vivo
Palavras-Chave: Leishmania; complexo paladaciclo
Estudo da atividade de um complexo paladaciclo sobre a Leishmania (Leishmania) amazonensis in vitro e in vivo.
Aluna: Fabiana Affonso Cortez Ribeiro Paz. Orientadora: Dra. Clara Lcia Barbiri Mestriner. Laboratrio de Imunobiologia
de Leishmania ? Disciplina de Parasitologia ? Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia ? Escola Paulista
de Medicina - Universidade Federal de So Paulo.
As leishmanioses compreendem um grupo de parasitoses causadas por protozorios do gnero Leishmania e
transmitidas por insetos denominados genericamente flebtomos. Nos hospedeiros mamferos esses parasitas infectam
clulas do sistema monoctico fagocitrio, desenvolvendo-se na forma amastigota no interior dos vacolos parasitforos. No
sistema digestivo do inseto vetor os amastigotas transformam-se em promastigotas que se multiplicam e constituem as
formas infectantes para os hospedeiros mamferos. Atualmente estima-se que existam 12 milhes de indivduos com
leishmaniose no mundo, com incidncia anual de 2 milhes de novos casos. Alteraes ambientais como migraes
humanas intensas, urbanizao e desmatamento so os principais fatores de risco envolvidos com a ocorrncia dessa
doena. O tratamento das leishmanioses feito principalmente com a administrao de antimoniais pentavalentes
(Glucantime) que apresentam uma srie de efeitos colaterais devido s altas doses utilizadas e resistncia dos parasitas a
esses compostos. Isso implica na necessidade do desenvolvimento de novas drogas leishmanicidas, mais eficazes e
menos txicas. Dentro desse enfoque, o presente trabalho tem como objetivo testar a atividade do complexo paladaciclo
[Pd2(S(-)C2,N-DMPA)2(m-DPPE)]Cl2, denominado DPPE 1.1, sobre a L. (L.) amazonensis. Essa espcie uma das
responsveis pela forma cutnea da doena e sua distribuio predominante na Regio Amaznica. A atividade do DPPE
1.1 foi avaliada in vitro nas formas promastigotas da L. (L.) amazonensis cultivadas em meio axnico de cultura e sobre
macrfagos infectados com amastigotas do parasita. Inicialmente, determinou-se a concentrao do DPPE 1.1 capaz de
inibir 50% e 90% (EC50 e EC90, respectivamente) do crescimento dos promastigotas e dos amastigotas intracelulares. Foi
tambm realizada a cintica da atividade da droga, mantendo-a em contato com as culturas de macrfagos infectados por
3, 5 e 7 dias. A citotoxicidade do DPPE 1.1 para os macrfagos foi determinada pelo mtodo do MTT para o clculo das
concentraes da droga que destroem 50% e 90% dos macrfagos (CC50 e CC90, respectivamente) e do ndice de
seletividade (IS). Em paralelo foi tambm determinada a estabilidade do DPPE 1.1 mantido em DMSO 100% a 4C. Os
resultados obtidos podem ser assim resumidos: (1) o EC50 do DPPE 1.1 sobre as formas promastigotas da L. (L.)
amazonensis foi de 2,72 nM, 5,5 vezes menor que o EC50 da anfotericina B (EC50= 15,06 nM), outra droga de escolha para
o tratamento das leishmanioses, mostrando a maior eficincia da droga estudada; (2) a ao do DPPE 1.1 sobre os
amastigotas da L. (L.) amazonensis foi dose-dependente, tendo-se observado inibio da infeco de 78%, 73% e 95%,
aps 3, 5 e 7 dias de tratamento, respectivamente, utilizando-se 500 nM do DPPE 1.1; (3) o EC50 do DPPE 1.1 sobre os
amastigotas da L. (L.) amazonensis foi de 93,01 nM e o CC50 603 nM, determinado-se o IS de 6,48; (4) resultados
preliminares em relao estabilididade do DPPE 1.1 a 4C foram discordantes, assim, est sendo testado se o DPPE 1.1
em DMSO 100% estvel a -20C. Esses resultados mostram o potencial do DPPE 1.1 como droga leishmanicida e do
suporte para os estudos da sua atividade sobre a infeco in vivo que esto em andamento.
Apoio: CNPq.
Participantes:

Orientador: Clara Lcia Barbiri Mestriner

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Fabrcio Paula Leite Battisti
Ttulo: Efeito da Leptina sobre a produo de espcies reativas de oxignio e sobre a
secreo de insulina em ilhotas pancreticas isoladas: participao da enzima
NAD(P)H oxidase
Palavras-Chave: Leptina
Foram utilizados ratos da linhagem Wistar, com idade variando de 2 a 3 meses. Estes animais foram fornecidos pelo
CEDEME (Centro de Desenvolvimento de Modelos Experimentais) da Universidade Federal de So Paulo. Os animais
foram mantidos em gaiolas coletivas (5 por gaiola) temperatura de 23 2C sob ciclo de iluminao de 12/12 horas. Os
animais tinham livre acesso gua e a uma dieta padro (NUVILAB CR1, NUVITAL Nutrientes LTDA, Curitiba PR).
Os animais foram decapitados sem anestesia, exsanginados e submetidos a um banho de lcool a 70% na regio
abdominal para a assepsia. Em cada experimento, o nmero de animais que foram utilizados foi determinado de acordo
com a quantidade de ilhotas pancreticas necessrias para cada tcnica (em mdia 06 animais por experimento). Aps a
decapitao, foi feita uma laparotomia mediana e a exposio do ducto biliar comum que era clampeado na sua
extremidade distal, junto ao duodeno, e dissecado prximo ao pedculo heptico, por onde era introduzida uma cnula de
polietileno e injetada retrogradamente cerca de 20 mL de soluo de Hanks (NaCl 137 mM, KCl 5 mM, CaCl2 1mM, MgSO4
1mM, Na2HPO4 0,3 mM, KH2PO4 0,4 mM, NaHCO3 4 mM), equilibrada com carbognio ? mistura de O2/CO2 95:5 V/V),
com 5,6 mM de glicose e colagenase (0,7mg/mL) (Collagenase Type V ? Sigma Chemical Co.). O pncreas era ento,
retirado para dissecao e extrao de gnglios linfticos, gorduras e vasos sangneos. Em seguida, o pncreas era
fragmentado e transferido para um tubo tipo FALCON de 50 mL mantido em banho-maria a 37C por cerca de 25 minutos.
Aps o perodo de incubao, o tubo era agitado manualmente de forma a favorecer a completa digesto da parte excrina
do pncreas. O produto da digesto era transferido para um bequer contendo soluo de Hanks gelada, seguido de
homogeneizao, repouso por 2 minutos e aspirao do sobrenadante. Este procedimento de lavagem era repetido de 3 a 4
vezes. O produto final era transferido, com auxlio de uma pipeta Pasteur para uma placa de Petri, de fundo escuro, e as
ilhotas eram coletadas com o auxlio de lupa.
Aps isolamento, grupos de 5 ilhotas foram incubados por 1 hora em 16,7mM de glicose na presena e ausncia de
0,1M DPI (difenilenoiodnio). Aps o perodo de pr-incubao as ilhotas foram lavadas e posteriormente incubadas com
2,8mM glicose e/ou leptina diludo em Krebs Henseleit, suplementado com albumina bovina por 60 minutos. As ilhotas
foram mantidas em banho-maria a 37oC e ao final da incubao alquotas foram retiradas e armazenadas a ?20 oC para
posterior dosagem de insulina por radioimunoensaio.
Participantes:

Discente: Fabrcio Paula Leite Battisti

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Felipe de Oliveira Outi
Ttulo: Estudo de membranas celulares lipdicas por meio de dinmica molecular
atomstica e coarse grained
Palavras-Chave: Simulao computacional, bicamada lipdica, dinmica molecular
O estudo de bicamadas lipdicas (membranas) de grande interesse em bioqumica e biologia molecular. Conhecer
a sua estrutura e o seu comportamento dinmico ajuda a contribuir na compreenso de diversos processos bioqumicos.
Neste trabalho foram utilizados dois tipos de simulaes, atomsticas e coarse-grained, para estudar o
comportamento da membrana composta por lipdios DOPC. Nos dois modelos o sistema se constitua de lipdios em meio
aquoso. As simulaes foram realizadas com ensemble NPT, utilizando tambm de minimizaes de energia para estruturar
as molculas de lipdio, visando eliminar sobreposies das mesmas. O modelo atomstico foi realizado em 2ns enquanto o
modelo CG foi realizado em 12,5ns. Aps feito as simulaes, analisou-se nos dois modelos propriedades como: nmero de
stios de ligao, rea por lipdio, espessura da membrana e clculo do coeficiente de difuso, comparando os resultados
obtidos no modelo atomstico com os resultados no modelo CG.
Os resultados obtidos em ambas as simulaes esto em muito bom acordo com resultados simulados disponveis
na literatura.
Com este projeto um primeiro contato com tcnicas de simulao foi estabelecido e a anlise de um sistema de
interesse biolgico foi realizada.
Participantes:

Orientador: Eudes Fileti

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: FELIPE DE SOUZA VASCONCELLOS
Ttulo: Clonagem, Expresso e Purificao de uma Protenas Cas do sistema CRISPR
de bactrias termoflicas
Palavras-Chave: CAS CRISPR
O fenmeno do RNA inibitrio tem recebido elevada ateno na rea de biomedicina nos ltimos anos. Este projeto
visa analisar uma protena da famlia Cas, que est envolvida em recentemente descobertos processos de regulao e
processamento de RNA em procariontes. Protenas deste grupo participam no processamento do RNA inibitrio do assim
denominado sistema CRISPR (Clusters of Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats). Relatamos aqui os passos de
produo e caracterizao de uma protena que aparentemente desempenha papel reguladora desse sistema. Aps
clonagem do gene especfico em um vetor de expresso bacteriano, expressamos a protena em pequena escala em E.coli
BL21(DE3) e aps otimizao da expresso, expressamos e purificao na escala de 2L. Aps purificao com
cromatografia de afinidade e gel filtrao iniciamos uma tentativa de cristalizao da protena.
Participantes:

Orientador: MARTIN RODRIGO ALEJANDRO WURTE


Discente: FELIPE DE SOUZA VASCONCELLOS

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Felipe Marques de Carvalho Taguchi
Ttulo: Caracterizao molecular de Acanthamoeba spp associadas a infeces na
superfcie da crnea
Palavras-Chave: Acanthamoeba, ceratite, gene 18S rDNA, crnea
Introduo: Ceratites por Acanthamoeba (CA) so infeces potencialmente graves, com crescente incidncia, cujo
principal grupo de risco so usurios de lente de contato. Quando tardiamente diagnosticadas, eleva-se a taxa de
complicaes clnico-teraputicas, com consequncias srias que podem acarretar perda incapacitante de acuidade visual
ou mesmo enucleao. Por estes motivos, buscam-se melhorias constantes no diagnstico clnico-laboratorial dessa
doena a fim de implementar precocemente o tratamento adequado, o que aumenta a probabilidade de sucesso teraputico
e proporciona melhor qualidade de vida ao paciente. Assim, diferentes tcnicas de biologia molecular, em especial aquelas
baseadas em reao em cadeia da polimerase (PCR), tm sido propostas como metodologia complementar ao
procedimento laboratorial padro de cultivo com a finalidade de aumentar sua especificidade e sensibilidade diagnstica.
Anlises filogenticas das espcies de Acanthamoeba tm sido realizadas principalmente a partir de fragmentos do gene
codificante para a subunidade 18S do RNA ribossomal no DNA nuclear, denominada 18S rDNA. Tal gene contm mltiplas
regies intragnicas variveis, susceptveis diferenciao interespecfica. Uma vez que padres teraputicos devem ser
adotados conforme o grau de virulncia e resistncia de cada espcie, a amplificao do gene 18S rDNA desta ameba de
vida livre pela tcnica de PCR representa um desafio cujos resultados esperados podem representar um avano cientfico
relevante no campo da oftalmologia e cincias visuais, com vistas aplicabilidade prtica na rotina do laboratrio e na
pesquisa translacional. Neste estudo, propomos a elaborao de um protocolo de amplificao padronizado e reprodutvel
do gene 18S rDNA em tamanho integral de Acanthamoeba spp, objetivando identificar as principais espcies causadoras de
ceratite em nosso centro de referncia, alm de fornecer informaes laboratoriais precoces para auxiliar a tomada de
decises na prtica clnica. Propomos tambm estudar as diferentes regies de variao intragnica a fim de avaliar
caractersticas intrnsecas de cada espcie ou gentipo de Acanthamoeba spp isolados primariamente da superfcie da
crnea dos pacientes. Materiais e mtodos: Isolados clnicos obtidos a partir de amostras de tecido superficial da crnea de
pacientes suspeitos de CA foram submetidos a processo de axenizao. O DNA genmico (gDNA) dos trofozotos axnicos
foi extrado pelo mtodo de lise enzimtica com kit comercial, seguindo instrues fornecidas pelo fabricante. As solues
contendo gDNA, aps purificao e padronizao em 50ng/L, foram utilizadas para a amplificao do gene 18S rDNA, no
tamanho integral, atravs de ensaios de PCR. Os produtos gerados foram avaliados quanto positividade da amplificao
por meio de eletroforese em gel de agarose. Os fragmentos gnicos amplificados (amplicons) foram posteriormente
purificados, quantificados e padronizados para concentrao de cada amplicon em 40 ng/ L.
As reaes de
sequenciamento de nucleotdeos compreenderam ambas a fitas do gene 18S rDNA. As sequncias resultantes foram
analisadas com auxlio de recursos de bioinformtica, comparando-as com outras j existentes em banco de dados e
realizando seu estudo filogentico. Resultados: Foram examinadas 42 amostras, observando-se clinicamente grande
ocorrncia de lceras de crnea, em geral, recorrentes, associadas baixa de acuidade visual em usurios de lente de
contato. Elaborou-se com sucesso um protocolo de amplificao indito do gene 18S rDNA em tamanho integral. A
comparao dos padres dos amplicons demonstrou diferenas entre os tamanhos dos fragmentos gerados por cada
conjunto de primers para determinados isolados clnicos em relao cepa-referncia. A investigao filogentica tambm
evidenciou dados igualmente interessantes e demonstrou a ocorrncia de diferentes espcies de Acanthamoeba como
agentes etiolgicos de ceratite. Discusso e concluses: A apresentao clnica dos pacientes estudados e o predomnio do
quadro entre usurios de lente de contato corroboraram com os dados da literatura. As variaes entre os diferentes
fragmentos analisados e os dados obtidos a partir da inferncia filogentica agregam novos conhecimentos acerca das
espcies de Acanthamoeba. O estudo do gene 18S rDNA em tamanho integral, com o desenvolvimento e implementao
de tcnica molecular padronizada e reprodutvel, pioneiro e abre novas perspectivas para a pesquisa translacional e
caracterizao precoce de
agentes infecciosos complexos do ponto de vista das doenas externas oculares, bem como
para o estabelecimento e aprimoramento do diagnstico molecular da ceratite por Acanthamoeba spp.
Participantes:

Orientador: Denise de Freitas


Docente: Annete Silva Foronda
Docente: Fbio Ramos de Souza Carvalho
Discente: Felipe Marques de Carvalho Taguchi

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Fernanda Yukie Shimizu dos Santos
Ttulo: O papel das vesculas liberadas pelo T. cruzi na ativao do sistema imune
Palavras-Chave: vesculas, trypanossoma,imunidade
O papel das vesculas liberadas pelo Trypanosoma cruzi na ativao do Sistema Imune. Fernanda Yukie, Celina
Miranda e Ana Claudia Trocoli Torrecilhas. Laboratrio de Imunologia Celular e Bioqumica de Fungos e Protozorios,
UNIFESP, Diadema.
O Trypanosoma cruzi causador da Doena de Chagas, libera vesculas no meio extracelular contendo
glicoconjugados ancorados via glicosilfosfatidilinositol (GPIs) na superfcie do parasito, como a super-famlia da Tc-85/TS
(Transialidase) e mucinas. Trocoli Torrecilhas et al., (2009) mostraram que as vesculas aumentam o parasitismo tecidual,
elevam a expresso de mRNA de citocinas pr e anti-inflamatrias no tecido cardaco e aceleram a mortalidade nos animais
inoculados com vesculas e infectados com formas sanguneas de tripomastigota. O presente projeto tem como principal
objetivo estudar o efeito das vesculas liberadas pelo T. cruzi de graus diferentes de virulncia na ativao resposta imune
do hospedeiro. Resultados; Foram obtidos uma grande massa de material liberado pelos parasitas das formas
tripomastigotas das cepas Y, YuYu, CL-14 do T. cruzi. Comparamos a liberao de vesculas pelo parasita, quanto a adio
de Glicose no meio de cultura, variao no pH e na temperatura. Observamos aumento na liberao de vesculas no meio
de cultura com glicose em relao ao Soro Bovino Fetal (SBF), assim como a temperatura altera a liberao das vesculas.
Foram realizados ensaios de neutralizao da atividade indutora de citocinas pro-inflamatrias (IL-12, TNF-alfa) utilizando
anticorpos bloqueadores anti-TLR2 e anti-TLR4. A produo de citocinas foi bloqueada com adio do anticorpo anti-TLR4
em cultura de macrfagos estimuladas com LPS E.coli, em seguida, foram realizados os ensaios com anti-TLR2, com o
intuito de verificar se este capaz de bloquear a ativao das vesculas. A produo de IL-12 e TNF-a foi bloqueada
parcialmente (~42-68%) com adio do anticorpo anti-TLR2 em cultura de macrfagos de camundongos BALB/c
estimuladas com as vesculas. O material liberado por parasitas contm uma srie de molculas fundamentais no controle
da ativao da resposta imune inata (via TLR) do hospedeiro.
Participantes:

Discente: Fernanda Yukie Shimizu dos Santos

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Filipe de Oliveira Lima Lanigra
Ttulo: Purificao de inibidores de calicrena plasmtica
Palavras-Chave: inibidor; calicrena
Estudo do Potencial Antitumoral dos Inibidores de Calicrena isolados das sementes de Bauhinia forficata
Filipe de Oliveira Lima Lanigra, Mariana C. C. Silva, Adriana Miti Nakahata, Maria Kouyoumdjian e Oliva M.L.V.
Departamento de Bioqumica, EPM/ UNIFESP So Paulo, SP, Brasil.
Estudos realizados pelo grupo da Profa. Dra. Maria Luiza V. Oliva vem demonstrando a inibio do crescimento
tumoral in vitro por inibidores de proteases extrados de plantas brasileiras. O gnero Bauhinia pertence a famlia
Leguminosae, consistindo de aproximadamente 300 espcies, encontradas principalmente nas reas tropicais dos
continentes africano, asitico e sul americano (Silva & Filho, 2002; Filho, 2009). As sementes de B. forficata so abundantes
em inibidores de enzimas do grupo serino proteases.
A etapa inicial do presente trabalho consistiu no estabelecimento da metodologia para a extrao e a purificao dos
inibidores dessas sementes. Foram utilizadas tcnicas cromatogrficas de troca inica, DEAE-Sephadex e de afinidade em
coluna de tripsina-Sepharose. Assim, as sementes foram coletadas, lavadas em gua destilada e homogeneizadas com
tampo Tris\HCl 70 mM, pH 8,0. Em seguida, a mistura foi filtrada em gases e algodo obtendo-se o extrato salino o qual foi
aquecido a 60C e centrifugado a 3500 rpm. O sobrenadante obtido foi submetido precipitao cetnica (80 % v/v) e a
acetona residual eliminada pela evaporizao a temperatura ambiente.
O precipitado foi ressuspenso em tampo Tris/HCl 100 mM, pH 8,0 que foi subsequentemente aplicado em uma
coluna de DEAE-Sephadex e os inibidores foi eludo com tampo Tris\HCl 100 mM, pH 8,0 com adio de NaCl. A frao
contendo atividade inibitria de tripsina (BfTI) foi aplicado em uma coluna de tripsina-Sepharose e os inibidores eludos com
soluo de KCl 0,5 M, pH 2,0 com imediata neutralizao do pH. BfTI inibe calicrena plasmtica humana, quimotripsina,
alm da tripsina, com constante de inibio na ordem de nM.
Esta etapa esta sendo repetida para acmulo de material para estudos in vitro com clulas de cncer de mama da
linhagem MCF7 e MDA MB-231 uma vez que esses tumores so de difcil tratamento e alto ndice de mortalidade estimula a
busca de novos compostos naturais e sintticos, preferencialmente de baixo custo, para uso isolado ou adjuvante no
tratamento. Suporte: CNPq, FAPESP Proc.2009/53766-5 e CAPES (CEP N 1793/11).
Participantes:

Discente: Filipe de Oliveira Lima Lanigra

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Flvia Eichemberger Rius
Ttulo: Papel do nion superxido na regulao dos componentes do ciclo da
metionina na transformao de melancitos
Palavras-Chave: melancitos, melanoma, ciclo da metionina, cncer
Em 2006, Oba-Shinjo e colaboradores descreveram um modelo in vitro de transformao maligna de melancitos
induzido pelo bloqueio do contato de melancitos com seu substrato. Neste modelo, diversas alteraes foram encontradas
nas clulas transformadas, entre elas o aumento de espcies reativas de oxignio e alteraes no padro de metilao do
DNA.
Sabe-se que as espcies reativas de oxignio tm suas concentraes reguladas na clula por molculas
antioxidantes, das quais a de maior importncia a glutationa. Por outro lado, para a metilao do DNA necessrio a
presena da molcula S-adenosilmetionina (SAM), doadora universal dos radicais metila para as reaes de metilao da
clula. Tanto a GSH quanto a SAM esto envolvidas no ciclo da metionina, sendo a primeira produto final da via de
transulfurao, e a segunda, um intermedirio da via de transmetilao da homocistena.
Com esta associao, consistente a alterao nos nveis de molculas do ciclo da metionina, como SAM e a
metionina, em situaes de estresse oxidativo, observadas em diversos trabalhos, j que a GSH est em constante
demanda e desloca a reao para sua produo. Diante desses dados, objetivamos com este trabalho dosar os nveis das
molculas intermedirias do ciclo da metionina no modelo de transformao maligna de melancitos associado condio
sustentada de estresse (bloqueio de adeso ao substrato).
Participantes:

Orientador: Vnia D'Almeida


Orientador: Miriam Galvonas Jasiulionis
Discente: Fabiana Henriques Machado de Melo
Discente: Flvia Eichemberger Rius

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Flora Rachel de Oliveira Carvalho Moura
Ttulo: Estudo da adeso e proliferao em clulas endoteliais resistentes ao anoikis
na presena de inibidores da via Pl3K/AKT
Palavras-Chave: Anoikis, adeso celular, proliferao celular
A adeso celular tem importante papel na transformao neoplsica. Alteraes dos contatos clula-clula e
clula-matriz extracelular (MEC) esto entre as principais caractersticas das clulas tumorais.
Os tumores produzem
diversas molculas que facilitam sua proliferao, manuteno e invaso, com destaque para os proteoglicanos. O
sindecam-4, um proteoglicano de heparam sulfato, pode atuar como co-receptor de fatores de crescimento e protenas da
matriz extracelular (MEC) aumentando a afinidade das molculas de adeso a seus receptores especficos. Participa da
adeso celular em contatos focais juntamente com integrinas e FAK (quinase de adeso focal), ligando a MEC ao
citoesqueleto. Alteraes na expresso do sindecam-4 tm sido descritas em clulas tumorais (Lopes et al., 2006),
indicando o seu envolvimento em neoplasias. A aquisio da resistncia morte celular induzida por bloqueio da adeso ao
substrato (resistncia ao anoikis) uma caracterstica da transformao neoplsica e um passo crtico durante o processo
metasttico.
Clulas endoteliais submetidas transformao induzida pelo impedimento de adeso (Adh-EC)
foram comparadas com as clulas selvagens (EC) e as transfectadas com o oncogene EJ-ras (EJ-ras EC), em relao: ao
crescimento, proliferao e adeso a diferentes substratos em presena ou no de inibidores da via PI3K/AKT.
Cerca de 50.000 clulas EC, EJ-ras EC, Adh1-EC e Adh2-EC foram mantidas em meio F12 contendo soro fetal
bovino (SFB) 10% por 8 dias a 37C em atmosfera de CO2 (2,5%). A cada 2 dias as clulas foram soltas da placa de cultura
e contadas para a anlise do crescimento. As clulas EJ-ras EC e os clones Adh1-EC e Adh2-EC apresentaram maior taxa
de crescimento
em relao s clulas EC. Ao final do oitavo dia, as clulas EJ-ras EC e os clones Adh1-EC e Adh2-EC
cresceram quase 2 vezes mais quando comparadas com as clulas selvagens.
Para analisar a proliferao celular, as clulas EC, EJ-ras EC, Adh1-EC e Adh2-EC foram mantidas em cultura na
ausncia de SFB para entrarem em quiescncia. Aps esse tempo, as clulas foram estimuladas por 20 horas com SFB
10% e marcadas com BrdU por 24 horas. Nas ltimas 2 horas da marcao foram adicionados os inibidores LY294002
(inibidor de PI3K) (30 g/mL) e U0126 (inibidor de ERK) (10 M), separadamente. Os resultados obtidos com o tratamento
das clulas com o inibidor LY294002 indicam que ocorreu uma diminuio na proliferao celular em todas as linhagens,
com destaque para a Adh1-EC, que apresentou porcentagem de inibio em torno de 63%. Resultado semelhante foi obtido
utilizando o inibidor U0126. Todas as linhagens apresentaram inibio na proliferao celular em presena do inibidor,
sendo os clones Adh1-EC e Adh2-EC, aqueles que possuem maior porcentagem de inibio (73% e 72%, respectivamente).
Foram realizados ensaios de adeso empregando-se diferentes concentraes de laminina (LN) e colgeno tipo I
(Col I) para as clulas EC, EJ-ras EC e clones Adh1-EC e Adh2-EC em presena ou no dos inibidores LY294002 (inibidor
de PI3K) (30 g/mL) e U0126 (inibidor de ERK) (10 M). Os resultados obtidos foram inconclusivos e o ensaio ser repetido.
Os dados obtidos at o momento mostram que as clulas endoteliais resistentes ao anoikis apresentam maior taxa
de crescimento em relao s clulas EC. Tambm, em presena dos inibidores da via PI3K/AKT, houve maior inibio na
proliferao celular quando comparadas com as clulas selvagens.
Participantes:

Orientador: Helena B. Nader


Docente: Carla Cristina Lopes
Discente: Flora Rachel de Oliveira Carvalho Moura
Discente: Bruna Ribeiro Carneiro
Discente: Ana Paula de Sousa Mesquita
Discente: Paulo Castanho de Almeida Pernambuco Fil
Discente: Douglas Santos Silva

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Gabriel Esquitini Machado
Ttulo: Avaliao de um mtodo de multilocus sequence typing (MLST) para anlise de
clonalidade de isolados de Mycobacterium abscessus
Palavras-Chave: Mycobacterium abscessus; MLST, tipagem molecular, sequenciamento, PCR
Avaliao de um
Mycobacterium abscessus

mtodo

de

multilocus

sequence

typing (MLST)

para

anlise

de

clonalidade

de

isolados

de

Esquitini G1, Matsumoto CK1, Chimara E2, Palaci M3, Lima KVB4, Lopes ML4, Leo SC1
1: Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de
So Paulo, So Paulo, SP; 2: Ncleo de Tuberculose e Micobacteriose, Instituto Adolfo Lutz, So Paulo, SP; 3: Ncleo de
Doenas Infecciosas, Universidade Federal do Esprito Santo, Vitria, ES; 4: Instituto Evandro Chagas, FIOCRUZ, Belm,
PA
No Brasil, surtos causados por micobactrias de crescimento rpido tm sido descritos desde 1998, em pacientes
submetidos a procedimentos invasivos, tais como cirurgias oftalmolgicas, plsticas, laparoscpicas e artroscpicas,
procedimentos de esttica e vacinao. Na maioria dos casos, foram identificados isolados de Mycobacterium abscessus. O
problema j foi considerado uma emergncia epidemiolgica pelas autoridades federais brasileiras. Em situaes de surto,
a tipagem molecular dos isolados auxilia a investigao epidemiolgica, permitindo identificar se o surto foi causado por
uma nica cepa, sugerindo uma nica fonte de infeco, ou por mltiplas cepas, sugerindo contaminao a partir de vrias
fontes. A tcnica de eletroforese em campo pulsado (PFGE) considerada padro-ouro dentre as metodologias de tipagem
molecular, mas se trata de uma tcnica bastante trabalhosa e demorada e h poucos laboratrios de referncia no Brasil
capazes de execut-la. Neste projeto pretendemos avaliar a eficincia de um esquema de multilocus sequence typing
(MLST),um mtodo de tipagem mais especfico e acessvel, se comparado tcnica de PFGE,para tipagem de isolados da
espcie M. abscessus.
Um total de 63 isolados de M. abscessus foi estudado, sendo 47 associados a seis surtos, e 16 no relacionados
com surtos. O DNA foi extrado por fervura a partir de colnias isoladas diludas em TET (10 mM de Tris, pH 8,0, 1 mM de
EDTA e Triton X-100 a 1%). Sete genes housekeeping -argH, cya, glpK, gnd, murC, pta epurH - foram amplificados de
acordo
com
o
protocolo
descrito
no
site
de
MLST
de
M.
abscessus
do
Instituto
Pasteur
(http://www.pasteur.fr/recherche/genopole/PF8/mlst/primers_abscessus.html).
Os produtos amplificados foram purificados
com
kit
QIAquick
PCR
purification
(QIAGEN),
sequenciados
comkit
Big
DyeTerminator
cyclesequencing
(AppliedBiosystems) e aplicados no sequenciador ABI PRISM 3100 GeneticAnalyser/ HITACHI. As sequncias obtidas
foram analisadas com o programa BioEdit, verso 7.1.11 e as sequncias consenso foram submetidas ao site do Instituto
Pasteurhttp://www.pasteur.fr/recherche/genopole/PF8/mlst/Myco-abscessus.html,
que
identifica
o
alelo
para
o
gene
analisado. Os resultados obtidos com o esquema de MLST so comparados com os perfis de PFGE obtidos em outros
projetos realizados no laboratrio.
At o momento, foram concludas as anlises dos sequenciamentos de quatro genes (pta, glpK, cya, gnd).
Observou-se que os resultados obtidos foram congruentes com os perfis de PFGE para os mesmos isolados. Ou seja, at o
momento, o esquema de MLST tem sido capaz de agrupar os isolados provenientes de uma mesma cepa, bem como
discriminar isolados de diferentes cepas. Se estes resultados forem observados tambm para os demais genes (murC,
argH, purH), que ainda no foram analisados, o esquema de MLST viria a se confirmar como um mtodo eficaz e especfico
para tipagem de isolados de M. abscessus.
Participantes:

Orientador: Sylvia Luisa Pincherle Cardoso Leao


Discente: Gabriel Esquitini Machado

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Gabriela da Paz Silveira
Ttulo: Efeito adjuvante da Propionibacterium acnes sobre clulas troncos
mesenquimais murinas
Palavras-Chave: P. acnes , Clula-tronco mesenquimal, adjuvante
O uso de adjuvantes biolgicos, como a suspenso de Proprionibacterium acnesmorta pelo calor ou fenol,
atualmente alvo de diversos estudos em nosso laboratrio, tem sua eficcia observada tanto na imunoprofilaxia, como em
associao com drogas ou outros componentes utilizados em imunoterapia, uma vez que a bactria capaz de
potencializar e modular mecanismos da resposta imune inata e adaptativa.
A P. acnes aumenta a funo fagoctica e tumoricida de macrfagos; aumenta a resposta de anticorpos a diferentes
antgenos e induz sntese de citocinas pr-inflamatrias e quimiocinas. Foi realizada, em nosso laboratrio, a purificao e
caracterizao de um componente polissacardico solvel (PS) que se mostrou um componente bacteriano importante uma
vez que induz efeitos biolgicos semelhantes aos obtidos com suspenso de P. acnes. Ambos so capazes de modular
diferentes populaes celulares, aumentando o nmero de clulas dendrticas indiferenciadas na medula ssea de
camundongos tratados e, in vitro, so capazes de aumentar a maturao dessas clulas. Alm disso, atuam sobre as
clulas-tronco hematopoiticas induzindo aumento na porcentagem dessas clulas na medula ssea.
As clulas-tronco hematopoticas (CTH) esto localizadas na medula ssea onde dividem o espao com as
clulas-tronco mesenquimais (CTM). Sabe-se que h uma relao parcrina entre elas o que nos fez levantar a hiptese de
que a P. acnes tambm pudesse exercer algum efeito sobre as CTM.
A CTM tem sido foco de uma srie de estudos que visam a sua utilizao na terapia regenerativa principalmente por
causa da sua capacidade imunossupressora e de diferenciao, por ativar progenitores endgenos e por no haver
implicaes ticas em seu uso. So clulas multipotentes que tm a capacidade de originar linhagens celulares distintas e
especializadas (cardacas, renais, pulmonares, dentre outras). A utilizao das CTM em uma srie de estudos clnicos,
pr-clnicos e experimentais mostra resultados promissores para uma srie de doenas como, por exemplo,defeitos na
formao ssea, problemas cardacos, dentre outros.
Um dado importante a respeito das CTM o fato de que essas clulas expressam receptores toll-like (TLR), que
reconhecem componentes especficos de estruturas bacterianas, fngicas e virais. Tratar essas clulas com ligantes para
TLR altera a proliferao, diferenciao, migrao e a secreo de quimiocinas e citocinas. Os receptores toll-like tambm
so importantes para a P. acnes por participarem na induo da sntese de citocinas pr-inflamatrias por essa bactria,
como o TLR2, receptor responsvel pelo reconhecimento de peptideoglicanos e lipoprotenas.
O importante papel da CTM na medicina regenerativa associado capacidade da P.acnes de modular diferentes
populaes nos levou ao objetivo do presente estudo: avaliar os efeitos adjuvantes da suspenso de P.acnes morta pelo
calor e de seu componente polissacardico solvel (PS) sobre as clulas-tronco mesenquimais murinas.
CamundongosC57BL/6 foram tratados com P.acnes ou salina e deles extrados a medula ssea e o sangue.
Observamos que os animais tratados com P. acnes apresentaram aumento do nmero absoluto de clulas da medula
ssea quando comparados com os animais do grupo salina (controle).
Ao realizarmos anlise da populao de CTM, por citometria de fluxo, observamos que os animais tratados
apresentavam aumento no nmero absoluto dessas clulas tanto na medula ssea quanto no sangue, o que pode indicar
uma migrao dessas clulas, uma vez que so perivasculares e entram na circulao sangunea em resposta a algum
estmulo. O aumento de CTM na medula ssea estaria relacionado com maior proliferao destas clulas.
Assim foi realizado o cultivo de CTM obtidas de camundongos tratados com P. acnes com o intuito de avaliar sua
capacidade de proliferao. Os resultados preliminares indicam que as CTM obtidas dos animais tratados tm maior
capacidade de proliferao do que as do grupo sem tratamento. A porcentagem de proliferao foi avaliada em dois
intervalos de tempo 3 e 6 dias; em ambos, o grupo tratado com adjuvante apresentou maior porcentagem.
Neste trabalho pudemos demonstrar que a P. acnes foi capaz de aumentar o nmero de CTM na medula e no
sangue, bem como modular sua capacidade proliferativa, o que amplia as perspectivas do uso deste imunomodulador para
obteno de suspenses enriquecidas de tais clulas facilitando o seu uso em pesquisa experimental e clinica.
Participantes:

Orientador: Prof. Dra. Ieda Maria Longo Maugri


Docente: Prof. Dra Marimlia Porcionatto
Discente: Mayari Eika Ishimura
Discente: Daniela Teixeira

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Gabriela Mattioli
Ttulo: Purificao de IgGs contra metaloproteases de serpentes
Palavras-Chave: Soro antiofdico, anticorpos, metaloprotease, Bothrops jararaca, espectrometria de ma
Soros antiofdicos contendo imunoglobulinas de animais hiper-imunizados constituem o nico tratamento
cientificamente validado para o tratamento de envenenamentos por serpentes. Apesar de sua reconhecida importncia, o
tratamento com soros no est livre de efeitos colaterais, pois produzem reaes adversas como choque anafiltico e
doena do soro com frequncias relativamente altas. Alm disso, os protocolos de imunizao contra envenenamentos
permanecem praticamente inalterados ao longo de quase um sculo, o que evidencia a necessidade de se pesquisar novas
tecnologias para a melhoria desse tratamento. Pouco de conhece em relao estrutura primria dos anticorpos que
compem os soros antiofdicos, mas alguns trabalhos recentes demonstraram ser vivel o sequenciamento de anticorpos
atravs de anlises de seus peptdeos por espectrometria de massas, sequenciamento de novo e alinhamento dos
espectros por ferramentas de bioinformtica. Porm antes de se chegar s etapas de sequenciamento, necessrio obter
os anticorpos especficos purificados. Neste projeto, purificamos a bothropasina, a metaloprotease hemorrgica mais
abundante do veneno de Bothrops jararaca e a utilizamos como ligante em ensaios iniciais de cromatografia de afinidade
para obteno dos anticorpos especficos do soro antibotrpico obtido de cavalos. Foram obtidos fragmentos de anticorpos
que ainda precisam ser analisados quanto pureza. O soro antiofdico original foi analisado por digesto em soluo e por
eletroforese bidimensional seguida por digesto in-gel dos spots, anlise por espectrometria de massas e identificao das
protenas por ferramentas de busca em bancos de dados. Essas anlises demonstraram que o soro contm alm dos
fragmentos F(ab)2, as protenas albumina, alpha-1-antiproteinase 2, clusterina e serotransferrina.
Participantes:

Orientador: Alexandre Keiji Tashima

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Gilles Anderson Sousa Augusto
Ttulo: CARACTERIZAO ESTRUTURAL E FUNCIONAL DE PROTENA Cas DO
SISTEMA CRISPR DE BACTRIAS TERMOFLICAS
Palavras-Chave: Cristalografia, Protenas, Cas, CRISPR
O fenmeno do RNA inibitrio tem recebido elevada ateno na rea de biomedicina nos ltimos anos. Descobertas
recentes desvendaram alguns dos mecanismos pelos quais certas protenas altamente conservadas em procariontes atuam
no processamento natural de sequncias associadas de RNAi desses organismos, comportando-se como um elaborado
sistema de defesa contra aquisio de elementos genticos mveis provenientes da invaso de fagos lisognicos ou de
plasmdeos conjugativos. Outros estudos tm demonstrado a alta programabilidade desse sistema, empregando-o, com
bons resultados, como ferramenta de edio multignica in loci em clulas eucariontes. Tais pesquisas abrem novos
caminhos para a biologia molecular e engenharia gentica, com aplicaes em terapias que vo desde a criao de novos
antibiticos at reedio in vivo de mutaes genticas, esta ltima inscrita no quadro das terapias gnicas. Seguindo a
linha que investiga o funcionamento das protenas da famlia Cas do sistema CRISPR (Clusters of Regularly Interspaced
Short Palindromic Repeats) nativo de bactrias termoflicas, relatamos aqui os passos de produo e caracterizao de
uma protena que aparentemente desempenha papel regulador desse sistema. Esses passos so: clonagem do gene
especfico, expresso em pequena escala e otimizao da expresso, expresso e purificao em larga escala e realizao
de ensaios de cristalizao. Este trabalho parte de um projeto atual de pesquisa de nosso grupo cujo objetivo , com o
estudo do sistema CRISPR destes organismos modelos, abrir caminho ao desenvolvimento de novas tcnicas viveis para
combate a infeces resistentes que a farmacologia tradicional tem dificuldades em tratar.
Participantes:

Discente: Gilles Anderson Sousa Augusto

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Gustavo Parravano Barbosa
Ttulo: FILMES COMPSITOS DE QUITOSANA E ZELITAS TENDO PRATA PARA
APLICAO COMO CURATIVOS
Palavras-Chave: Filmes, quitosana, zelita, curativo
Filmes de quitosana podem ser utilizados como curativos cicatrizantes no tratamento de feridas crnicas e
queimaduras graves. A capacidade antimicrobiana destes filmes pode ser potencializada atravs da adio de prata aos
filmes. Embora a prata apresente boa atividade antimicrobiana, diversos trabalhos tm relatado sua citotoxicidade como um
fator negativo na utilizao da mesma. A citotoxicidade da prata pode ser contornada atravs da sua liberao prolongada
no meio biolgico. Uma das maneiras de prolongar a liberao da prata a sua utilizao em zelitas contendo este metal.
As zelitas so aluminossilicatos cristalinos que possuem a capacidade de trocar ctions com o meio. O objetivo deste
trabalho foi avaliar a adio de zelitas 4A e Clinoptilolita em filmes de quitosana. As zelitas foram inicialmente submetidas
troca inica do on Sdio, o ction de compensao normalmente encontrado na zelita, pelo on Prata. As trocas inicas
foram realizadas em temperatura ambiente durante 24 horas. Aps a troca inica, as zelitas foram adicionadas soluo
de quitosana, que foi homogeneizada (24.000 rpm/10 min), espalhada em placas de Petri e secas em estufa com circulao
forada de ar (40oC, 24h). Os filmes foram avaliados quanto permeao de vapor, taxa de permeao de vapor e
capacidade de movimentao de fluidos (Fluid Handling Capacity). Os resultados mostraram que os filmes contendo zelita
Ag-4A apresentam taxa de permeao de vapor e permeabilidade ao vapor dgua superior aos filmes contendo
Ag-Clinoptilolita. Resultados contrrios foram observados para a capacidade de movimentao de fluidos. Anlises de
espectroscopia de infravermelho, calorimetria diferencial de varredura, microscopia eletrnica de varredura encontram-se
em andamento.
Participantes:

Discente: Gustavo Parravano Barbosa

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Henrique Camara
Ttulo: Estudo da modulao da funo cardaca pelos receptores purinrgicos em
trios de ratos Wistar-EPM-1
Palavras-Chave: Cronotropismo, N Sinoatrial, Receptores Purinrgicos
Estudo da modulao da funo cardaca pelos Receptores Purinrgicos em trios de Ratos Wistar ? EPM-1
Camara, H.; Rodrigues, J. Q. D.; Silva Junior, E. D.; Galvo, K.M.; Caricati-Neto, A.; Jurkiewicz, N. H.; Jurkiewicz, A.
Escola Paulista de Medicina-UNIFESP.
Introduo e objetivos: A inervao autonmica (simptica e parassimptica) desempenha uma importante
modulao do cronotropismo e inotropismo atrial (Eckberg, 1997). As terminaes simpticas (Burnstock,1999) e
parassimpticas (Richardson,1987) liberam ATP como neurotransmissor e esta molcula, assim como seus metablitos
(ADP e adenosina) exercem efeitos no tecido cardaco por meio da ativao de receptores purinrgicos, os quais so
divididos em P1 (A1, A2A, A2B e A3) e P2 (P2X1-7 e P2Y1,2,4,6,11,12,13,14) (Burnstock,2003). descrito que a
adenosina, agonista seletivo do receptor purinrgico P1, possui efeitos cardioprotetores, porm os subtipos de receptores
purinrgicos P1 relacionados modulao do cronotropismo atrial no esto bem estabelecidos. Assim, o presente estudo
pretende identificar e caracterizar funcionalmente, os subtipos de receptores purinrgicos P1 presentes no ndulo sinoatrial
presentes no trio direito (AD) e avaliar sua participao na modulao do cronotropismo em ratos Wistar EPM-1 (NWR).
Materiais e Mtodos: Utilizamos AD de NWR com idade entre 4 a 6 meses. Os trios foram isolados do corao e fixados
com fio de algodo; em uma das suas extremidades foi conectado a uma haste de vidro imersa numa cuba de vidro de 10
ml e mantidos em soluo nutritiva de Krebs-Henseleit (pH 7.4) sob constante carbogenizao (95% O2, 5% CO2) a 36,5C.
A outra extremidade foi conectada a um transdutor de sinal mecnico, que capta o estmulo contrtil e o converte a um sinal
eltrico. Este sinal amplificado e convertido em um sinal digital, processado pelo Lab Chart, que possibilita a visualizao
do registro das contraes atriais na tela do computador. Realizamos ensaios de reatividade farmacolgica em AD com
adenosina (0,1 nM a 1mM) na presena ou ausncia dos antagonistas seletivos A1 (DPCPX), A2 (ZM241385) e A3
(MRS1220), nas concentraes 0,1M, 1M e 10M (Rocha-Pereira,2013). A partir dos registros de contrao calculamos
os parmetros farmacolgicos pD2 (afinidade aparente do agonista, e Emax (efeito mximo). A frequncia cardaca foi
expressa como mdia EPM e a ANOVA de uma via foi usada na comparao entre grupos. O valor de p<0,05 foi
considerado como estatisticamente significativo.Este trabalho foi aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa da UNIFESP
com o nmero 0193/12.Resultados: O AD isolado contraiu-se espontaneamente devido a presena do n sinoatrial. A
frequncia basal do AD variou entre 120 e 540 batimentos por minuto (bpm). Nos ensaios farmacolgicos, utilizou-se AD
com frequncia basal entre 220 e 4600 bpm, pois nesta condio as preparaes mantiveram suas propriedades de
contrao por 8h sem sofrer alterao significativa do cronotropismo basal. A estimulao farmacolgica do AD com
adenosina resultou em um efeito cronotrpico negativo (?10M),valor de pD2 3,99 0,09, que culminou na parada cardaca
na concentrao de 1 mM (Emx= 0 bpm). Observou-se que a curva de adenosina foi deslocada para a direita na presena
de DPCPX, valores de pD2 4,10 0,18; 3,00 0,13; e 2,14 0,14 para as concentraes 0,1 M, 1 M, e 10 M,
respectivamente, indicando um antagonismo competitivo. Na presena dos antagonistas seletivos dos receptores A2 e A3,
observou-se que no houve alterao da resposta cronotrpica negativa produzida pela adenosina (Emx= 0bpm). O
mesmo resultado foi observado na reverso da parada cardaca (protocolo curativo) induzida pela adenosina. Na presena
DPCPX (10 M) o fenmeno de parada cardaca foi anulado e o AD voltou a desenvolver contraes espontneas
(Emax=224,9 26,0 bpm). Os antagonistas seletivos dos receptores purinrgicos A2 e A3 no foram capazes reverter esta
resposta, (Emax= 0 bpm). Concluso: A ADO diminui o cronotropismo do AD confirmando a existncia de receptores
purinrgicos P1 no ndulo sinoatrial. Altas concentraes de ADO (1 mM) provocou o fenmeno de parada cardaca,
fenmeno reversvel, somente, pelo DPCPX ( 0,1 M), antagonista seletivo dos receptores A1. Apoio financeiro: Capes,
CNPq e FAPESP.
Participantes:

Discente: Henrique Camara

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Jacqueline Duarte Viana
Ttulo: Avaliao do microambiente tumoral e modelo de melanoma murino.
Palavras-Chave: Clulas B-1, Melanoma, CCR5
O melanoma uma neoplasia potencialmente letal que acomete populaes relativamente jovens. No Brasil,
neoplasias cutneas so as mais freqentes, contabilizando 25% dos tumores registrados. O tumor apresenta alto potencial
metasttico j em estgios iniciais. Alguns trabalhos demonstram que a interao entre clulas tumorais e clulas do
sistema imune pode alterar o desenvolvimento do tumor. Resultados recentes de nosso laboratrio demonstraram que
animais
deficientes
para
o
receptor
de
quimiocina
CCR5,
quando
inoculados
com
clulas
B-1 wild
type,
surpreendentemente no desenvolvem o melanoma, tumor causado pela linhagem B16F10. No entanto, ainda pouco
esclarecido o papel das citocinas e de outras clulas do sistema imunolgico neste modelo. A resposta imunolgica nos
animais CCR5-/- inoculados com clulas B-1 wild type consideravelmente eficiente. Assim o melhor conhecimento do
microambiente tumoral neste modelo, e a avaliao de clulas infiltrantes e citocinas do tumor, podem abrir portas para
possveis intervenes visando eliminao tumoral. Portanto, este estudo teve por objetivo caracterizar melhor o
microambiente deste modelo tumoral em animais CCR5-/- injetados com clulas B-1 wild type. A avaliao das clulas
infiltrantes do tumor foi feita por citometria de fluxo e os dados analisados no software GraphPad Prism. O tumor foi retirado
e macerado, foi feita a contagem de clulas do tumor de cada animal e do total de clulas foram separadas 106 clulas que
para serem submetidas fenotipagem por citometria utilizando anticorpos contra F4/80, CD11c, CD19, CD23, CD3, CD4,
CD8 e NK1.1. Resultados ainda preliminares mostram aumento na populao de linfcitos B-1 nos tumores do grupo de
animais CCR5-/- injetados com clulas B-1 wild type em relao aos grupos wild type e CCR5-/-, bem como um aumento da
populao de linfcitos TCD8 no mesmo grupo. Nos tumores do grupo wild type houve aumento da populao de
macrfagos em relao aos outros grupos. No houve diferena significativa nas outras populaes de leuccitos.
Avaliamos tambm a expresso de MHC classe I em clulas B16F10, j que houve aumento da populao de linfcitos
TCD8 no grupo CCR5-/- + B1 wild type e esses linfcitos so capazes de reconhecer essas molculas. Aparentemente o
aumento desta populao contribui para uma resposta eficiente contra o tumor. Foram submetidas citometria 2,25x106
clulas no marcadas (branco) e 2,25x106 marcadas com anti-MHC I biotinilado, que mostraram que h
expresso/marcao de MHC classe I em clulas B16F10. Tambm por citometria de fluxo analisamos a migrao das
clulas B-1 injetadas na cavidade peritoneal dos animais CCR5-/- e com essa populao marcada foi possvel observar que
grande parte das clulas B-1 injetadas migraram para o tumor e outra parte continuou na cavidade peritoneal. No foi
observada a presena significativa dessas clulas nos outros rgos analisados, como bao e linfonodos. Este estudo pode
levar a melhor compreenso do papel dos linfcitos B-1 neste modelo tumoral.
Participantes:

Orientador: Jos Daniel Lopes


Discente: Jacqueline Duarte Viana
Discente: Bruno Camolese Vivanco

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Jssica de Souza Sanches
Ttulo: ?Avaliao do potencial de inibio do MAb anti-Id 10.D7, que mimetiza o fator
de crescimento de endotlio vascular (VEGF), no crescimento de melanoma B16F10?
Palavras-Chave: melanoma, angiognese,VEGF, anticorpo monoclonal
O melanoma a principal doena fatal originada na pele. Os tratamentos convencionais possuem efeitos colaterais
e, por isso, novas abordagens tm sido investigadas. Dentre elas, destacam-se as anti-angiognicas. O fator de
crescimento endotelial vascular (VEGF) desempenha papel essencial no processo angiognico. O Bevacizumab um
anticorpo monoclonal anti-VEGF humanizado, que tem sido utilizado no tratamento de uma variedade de tumores. Porm,
efeitos adversos indesejveis que podem comprometer a utilizao desse anticorpo foram observados. O presente trabalho
prope estudar se o anticorpo monoclonal (MAb) anti-idiotpico (Id) do Bevacizumab 10.D7, obtido em nosso laboratrio,
tem atividade anti-angiognica quando utilizado como imungeno. Para isso, camundongos BALB/c foram imunizados com
o MAb anti-Id 10.D7 ou um MAb irrelevante, ambos conjugados a keyhole limpet homocyanin (KLH), uma protena
carreadora, 10 dias antes do implante de clulas de melanoma murino B16F10. O crescimento dos tumores nos diferentes
grupos de animais foi monitorado. O estudo mostrou que os animais imunizados com o MAb anti-Id 10.D7 apresentaram um
retardo no aparecimento de tumor, que passou a ser observado depois de 8 dias ou mais aps a inoculao das clulas
B16F10. No grupo controle, imunizado com MAb irrelevante, 50% dos animais apresentaram tumores palpveis no quinto
dia do experimento. Os resultados sugerem que o MAb anti-Id 10.D7 interfere no crescimento tumoral. Soros dos animais
foram colhidos para avaliao da presena de anticorpos anti-anti-Id ligantes de VEGF e, aps sacrifcio, os tumores foram
removidos para estudos que esto em andamento.
Participantes:

Orientador: Jane Zveiter de Moraes

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Jessica Timteo Jeremias
Ttulo: Anlise de componentes associados superfcie celular de fungos
Palavras-Chave: Paracoccidioides brasilienses, tiorredoxina, H+-ATPase
Paracoccidioides brasiliensis uma espcie fngica termodimrfica causadora da paracoccidioidomicose humana
(PCM), micose sistmica granulomatosa crnica e endmica na Amrica Latina. A fase infectante filamentosa, quando os
condeos so inalados pelo hospedeiro e evoluem para a fase leveduriforme patognica nos alvolos pulmonares.
Relaciona-se filogeneticamente aos patgenos Histoplasma capsulatum, Blastomyces dermatitidis e Coccidioides immitis.
As molculas secretadas para a parede celular fngica ou para o meio externo so a interface na interao
parasita-hospedeiro. Parte dessas molculas provavelmente atinge compartimentos externos por meio de vesculas
extracelulares semelhantes a exossomos. Estudo pioneiro do nosso grupo
caracterizou o proteoma do sobrenadante de
cultura da fase patognica do isolado Pb18. Foram detectadas centenas de protenas, entre elas potenciais fatores de
virulncia. O sobrenadante foi analisado quanto aos componentes da frao vesicular e de uma frao livre de vesculas.
Entre as protenas identificadas na frao ves, 72 ortlogos foram descritos em vesculas extracelulares de pelo menos
duas outras espcies fngicas, entre as quatro comparadas.
O projeto desenvolvido est inserido no projeto da tese de doutorado de Roberta P. da Silva e tem como objetivo a
expresso heterloga das protenas tiorredoxina (TRX, PADG_05504) e ATPase de membrana plasmtica (H+-ATPase,
PADG_08391). Ortlogos dessas protenas foram identificados em vesculas extracelulares de trs espcies de levedura,
assim como em uma frao de parede celular extrada com agente redutor. O laboratrio carece de marcadores de
vesculas extracelulares fngicas para estudos de biognese e para facilitar a purificao dessas estruturas por afinidade.
As protenas recombinantes so essenciais para a obteno de soros policlonais de coelho ou monoclonais de
camundongos.
As TRX fazem parte de um sistema redutor majoritrio nas clulas, esto presentes em diversos compartimentos e
exercem diversas funes como controle redox, proteo de protenas da agregao oxidativa, proteo contra estresse
ambiental e modulao da resposta inflamatria. Sua expresso induzida pelo estresse oxidativo por meio da ativao de
elementos de transcrio de resposta a oxidantes. No Pb18, o gene composto de 669 nt traduzidos em 118 aminocidos.
As ATPases so protenas integrais de membrana abundantes em clulas eucariticas. So compostas por um
polipeptdeo com aproximadamente 100 kDa ancorado na bicamada fosfolipdica atravs de quatro segmentos hidrofbicos
na extremidade N-terminal e por seis na extremidade C-terminal. A regio central situa-se no citoplasma e contm um
motivo conservado de ligao ao ATP (no domnio N) e o stio de fosforilao (no domnio P). A molcula alvo deste projeto
uma H+-ATPase
do tipo P2 H+/K+-ATPase, cujo funcionamento est associado capacidade de crescimento em
ambientes cidos ou adaptao a situaes adversas, nas quais necessria a manuteno de um pH compatvel com o
metabolismo. O gene PADG_08391 do Pb18 composto de 3354 nt traduzidos em 929 aminocidos.
A
partir
das
sequncias
dos
genes
TRX
e
da
H+-ATPase
(http://www.broadinstitute.org/annotation/genome/paracoccidioides_brasiliensis/MultiHome.html)
foram
desenhados
primers
sense e antisense (TRX (F): 5'- CTCGAGTGTCCACAATCTGCAAAAC-3'; TRX(R):
5'- AAGCTTACGTATGCTTCTTAATCGC
-3; ATPase (F): 5'- CTCGAGTGTCATTCTCACTCTGTTG-3; ATPase(R): 5- AAGCTTACATGATTCCGAGAATTTC -3'), para
realizar a sntese das fitas de cDNA correspondentes. Foram selecionadas regies hidroflicas, com potencial epitopos para
anticorpos, para clonagem e expresso usando os programas Edit Seq e Protean (DNAstar).
A sequncia dos oligonucleotdeos iniciadores foi analisada no site Idtdna (www.idta.com), que fornece a
temperatura de anelamento e a possibilidade de grampos na sequncia. Na sequncia desses iniciadores foram
adicionadas as sequncias de clivagem para enzimas de restrio XhoI e HindIII (Fermentas), necessrios para clonagem
nos vetores de expresso. Um estudo foi realizado de forma a se evitar stios internos dos genes alvos.
Para expresso da TRX foram feitas a amplificao do inserto por PCR com os devidos controles e a clonagem no
vetor pGEM-T (Fermentas), utilizando a enzima T4 DNA ligase (Fermentas), com posterior transformao em
Escherichia coli DH5-?. Em seguida, o plasmdeo foi purificado utilizando o mtodo de miniprep por lise alcalina, restringido
com as enzimas descritas e o inserto ligado em vetor de expresso pHIS. A tentativa de transformao em DH5-?, seguida
de purificao foi realizada, mas o processo foi improdutivo.
Quanto expresso da H+-ATPase, a amplificao por PCR e a purificao da banda em gel de agarose so os
nicos resultados substanciais. Diversas tentativas de proceder com o experimento foram feitas, mas foram improdutivas.
As prximas etapas envolvem a clonagem de TRX no vetor pHIS, seguida de purificao para transformao da
bactria BL21, concluindo com a expresso e purificao da protena. Para a protena ATPase, os mesmos passos sero
desenvolvidos.
Participantes:

Discente: Jessica Timteo Jeremias

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Jhon Helbert Soterio Pires
Ttulo: Anlise de componentes associados superfcie celular de fungos patognicos
Palavras-Chave: Paracoccidioides brasiliensis, hsp 60, ef1-alpha
Paracoccidiodes brasiliensis um fungo dimrfico trmico que causa a paracoccidioidomicose (PCM). Em
temperatura ambiente, a 25C, desenvolve-se na forma de miclio, responsvel pela infeco. A fase parasitria
desenvolve-se como de leveduras arredondadas com multibrotamentos tanto em cultura a 37 C como na temperatura
corprea do hospedeiro. Recentemente, o trabalho feito no laboratrio pela doutora Milene C. Vallejo publicado em 2011
caracterizou vesculas extracelulares de P. brasiliensis. Ensaios de immunoblot apresentaram antgenos proteicos reativos
ao soro de pacientes com PCM em preparaes de vesculas extracelulares. Adicionalmente, epitopos de
alfa-galactopiranosil foram obervados por microscopia eletrnica na parede celular e no lmen das vesculas. O secretoma
do isolado Pb18 de P. brasiliensis foi analisado separadamente para fraes de vesculas extracelulares e livre de vesculas
(ves-free) e os peptdeos totais foram caracterizados por cromatografia lquida associada espectrometria de massas
(LC-MS/MS). Nestas preparaes, foram identificadas 85 protenas em vesculas e 140 na frao ves-free, alm de 140
comuns s duas fraes. Segundo anlise no Gene Ontology, as protenas secretadas esto envolvidas principalmente com
o estresse oxidativo, interao entre organismos e outras funes; inmeras protenas so originalmente citoplasmticas.
Visando dar continuidade caracterizao de vesculas extracelulares de P. brasiliensis, o projeto da doutoranda Roberta
P. da Silva visa enfocar os aspectos funcional e comparativo entre Pb3 e Pb18 de P. brasiliensis. Deste modo, um dos
objetivos do projeto a expresso e estudo de protenas que despertaram interesse aps a anlise do proteoma de
vesculas de Pb3 e Pb18, os quais pertencem a grupos filogenticos distintos. Por trs desse objetivo est a necessidade
de identificar marcadores de vesculas para estudos de biognese e para fins de isolamento dessas estruturas com maior
eficincia do que aquela obtida por meio de centrifugao diferencial. Com este propsito, o presente projeto visa realizar a
expresso heterloga das protenas heat shock protein 60 (hsp60) e do fator de elongao 1-alfa (eF1-alfa) em bactrias E.
coli BL21(DE3)pLysS, com a posterior imunizao de coelhos e obteno de soros imunes como ferramentas biolgicas na
imunomarcao de vesculas e parede celular. A hsp60 uma chaperonina com 595 aminocidos localizada originalmente
na mitocndria, cujo gene possui 2171 pares de bases (pb). O eF1-alfa possui 460 aminocidos, codificados por 1924 pb.
Ambos os genes no apresentam introns. Por meio do programa DNAstar foram selecionadas as pores mais hidroflicas e
imunognicas das protenas e suas respectivas sequncias gnicas para que sejam amplificadas e clonadas. Deste modo,
as regies a serem amplificadas dos genes da protena hsp60 e eF1-alfa contm 952 e 730 pb, respectivamente. Os
primers
foram
desenhados
utilizando
o
programa
online
oligoAnalyzer
3.1
(http://www.idtdna.com/analyzer/Applications/OligoAnalyzer/) e a regio escolhida do gene HSP60 foi amplificada por PCR.
O amplicon gerado foi purificado do gel de agarose utilizando o kit NucleoSpin Extract II (Macherey-Nagel) e ligado ao
vetor de clonagem pGEM?T Easy (Promega) com a enzima T4 DNA ligase, de acordo com as instrues do kit pGEM-T
easy (Promega). O produto de ligao pGEM-hsp60 foi utilizado para transformar bactrias competentes DH5? que foram
plaqueadas em meio LB com
ampicilina, X-gal e IPTG, para a seleo de colnias transformadas com plasmdeos
(brancas) ou sem inserto (azuis). As mesmas passaram por minipreparao plasmidial por lise alcalina
para retirada dos
plasmdeos, seguida de digesto com as enzimas especficas (EcoR1 e HindIII), liberando o inserto de 952 pb. Os prximos
passos do projeto incluem ligar o inserto liberado do vetor pGEM-T Easy ao vetor de expresso pHIS1, e introduzi-lo em
bactrias E. coli BL21(DE3)pLysS para a expresso proteica. Por um erro cometido ao enviar o pedido dos primers para
amplificao do gene da protena eF-alfa, os experimentos de RT-PCR no foram bem sucedidos. Quando o erro foi
percebido, primers corretos foram redesenhados e esto em fase de sntese.
Participantes:

Docente: Prof Dra Rosana Puccia


Discente: Larissa V G Longo
Discente: Roberta Peres da Silva

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Joo Emanoel de Almeida
Ttulo: Estabilidade da membrana lisossmica de hemcitos como biomarcador de
qualidade ambiental em zonas estuarinas e costeiras
Palavras-Chave: Crassostrea rhizophorae, membrana lisossmica, Vermelho Neutro, esturio de Santo
Moluscos bivalves so utilizados desde a dcada de 1970 para estudos de monitoramento da qualidade ambiental
de reas costeiras em funo de apresentarem hbitos sedentrios e alimentao por filtrao, alm de representar um
item da alimentao humana com alto valor comercial. Estudos recentes tem demonstrado a bioacumulao de
contaminantes em bivalves coletados ou transplantados ao longo da regio costeira de So Paulo.
Com base nesses
estudos, e considerando a importncia ecolgica e comercial da ostra de mangue Crassostrea rhizophorae, torna-se
necessrio avaliar indicadores de estado fisiolgico de organismos nativos de regies altamente contaminadas como o
esturio de Santos, bem como avaliar a viabilidade do uso de respostas de biomarcadores nesta espcie como descritores
de qualidade ambiental de ecossistemas de manguezal.
Muitos estudos demonstram os efeitos de substncias qumicas
(orgnicas e inorgnicas) nos lisossomos de hemcitos de moluscos bivalves, indicando que a integridade da membrana
lisossmica pode ser afetada por xenobiticos, e relatam uma reduo do tempo de reteno do corante Vermelho Neutro
como resposta ao dano celular. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivos: i) avaliar a estabilidade da
membrana lisossmica de ostras C. rhizophorae coletadas ao longo do esturio de Santos; ii) identificar relaes entre as
alteraes celulares e o gradiente de contaminao ambiental do sistema estuarino; iii) avaliar a utilizao de respostas de
biomarcadores em C. rhizophorae como indicadores de exposio e efeito de contaminantes em programas de
monitoramento ambiental. Para tanto, 10 ostras foram coletadas em quatro pontos do esturio de Santos, desde a poro
mais interna no Canal da Piaaguera (Ponto 1) e Ilha de Bagres (Ponto 2), poro superior do esturio - Ponta da Praia
(Ponto 3), e aps a desembocadura do canal estuarino na Ilha das Palmas (ponto 4). Foram realizadas duas coletas: uma
representando o fim da estao seca (novembro) e outra representando o fim da estao chuvosa (abril). Os resultados do
tempo de reteno do Vermelho Neutro demonstraram danos acentuados estabilidade da membrana lisossmica dos
organismos coletados no Ponto 1, uma vez que no houve reteno do corante (tempo de 0 (zero) minutos), e uma
elevao gradativa do tempo de reteno no Ponto 2 (27 6 min.), Ponto 3 (33 6 min.) e Ponto 4 (45 17 min.). Estes
resultados corroboram com o gradiente de poluio da gua e do sedimento j relatados em estudos pretritos, indicando
estresse fisiolgico dos organismos nativos, e demonstrando a viabilidade deste biomarcador como descritor da qualidade
ambiental de ecossistemas costeiros tropicais.
Participantes:

Orientador: Camilo Dias Seabra Pereira


Docente: Igor Dias Medeiros
Docente: Augusto Cesar

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Julia Yoon
Ttulo: Determinao do papel da quinase AKT nuclear na resistncia ao anoikis em
linhagens celulares de melanoma
Palavras-Chave: anoikis, melanoma, AKT
Anoikis uma forma especializada de apoptose onde h rompimento das interaes clulas-matriz extracelular. A
ativao da via de sinalizao PI3K-AKT tem sido relacionada na preveno do anoikis em uma srie de linhagens
tumorais, incluindo melanomas. Apesar de vrios estudos mostrarem que o AKT encontra-se frequentemente ativado em
melanomas, contribuindo no processo de desenvolvimento do melanoma maligno, no se sabe muito como esta quinase
atua na resistncia ao anoikis e nem quais os substratos de AKT participam na regulao da sobrevivncia celular.
Entretanto, estudos recentes tem relatado que a atuao de AKT no exclusivamente citoplasmtica, mas que AKT pode
migrar para o ncleo em resposta a vrios estmulos. Estudos em andamento no nosso laboratrio identificou a presena de
AKT no ncleo em diferentes linhagens de melanoma que apresentam diferentes backgrounds genticos. Dessa forma, este
trabalho tem como objetivo determinar se o AKT nuclear interage com substratos nucleares envolvidos na regulao da
sobrevivncia celular em linhagens de melanoma e se isso modulado dependendo do status de adeso dessas clulas.
Para determinar a interao de
AKT com protenas nucleares que reconhecidamente atuam no ncleo, as diferentes
linhagens de melanoma foram cultivadas em condies de adeso ou em suspenso, e submetidas
a ensaios de
imunofluorescncia confocal e imunoprecitao utilizando-se extratos nucleares. Alm disso, determinamos se a inibio da
atividade de AKT, com o uso de inibidores farmacolgicos, foi capaz de inibir a sua translocao para o ncleo.
Participantes:

Orientador: Joel Machado Jr.


Discente: Julia Yoon
Discente: Larissa Leggieri Coa

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Juliana Mise
Ttulo: Anlise comparativa da atividade antimicrobiana e antitumoral da crotamina
recombinante
Palavras-Chave: crotamina; C. d. terrificus; antimicrobiano;
A crotamina uma toxina de baixa massa molecular (ou seja, aproximadamente 4,9 kDa) isolada da peonha da
cascavel Crotalus durissus terrificus. uma molcula composta por 42 resduos de aminocidos, com alto contedo de
resduos bsicos e a sua estrutura tridimensional determinada pela presena de trs pontes dissulfetos. Estas pontes
apresentam o mesmo padro de distribuio e conferem uma estrutura tridimensional semelhante ao das betas-defensivas
humanas, que esto presentes principalmente na epiderme e fazem parte da primeira linha de defesa do nosso organismo.
A crotamina foi inicialmente descrita devido a sua atividade sobre a musculatura esqueltica, promovendo a
imobilizao das patas traseiras de roedores. Mais recentemente, foi demonstrado ainda que a crotamina capaz de
atravessar a membrana plasmtica de clulas. A internalizao da crotamina parece ser dependente da sua interao com
os proteoglicanos, que so encontrados na superfcie destas membranas e em maior abundncia nas clulas
proliferamente ativas, como o caso caracterstico de clulas tumorais. Uma vez dentro da clula, a crotamina induz a
morte celular por apoptose, aps promover o extravasamento do contedo dos lisossomal e atuar na despolarizao das
membranas mitocondriais, com conseqente aumento citoplasmtico de clcio livre. Por ser uma molcula catinica, a
crotamina se liga ao DNA que possui cargas negativas, formando complexos, que permitem com que a crotamina atue
tambm como um vetor transportador de material nuclico para dentro da clula.
Diante dessas caractersticas e propriedades descritas para a crotamina que nos permitem sugerir vrias aplicaes
biotecnolgicas e para fins teraputicos, o nosso grupo vem estudando formas alternativas de obteo da crotamina,
incluindo a sua expresso na forma recombinante. Atualmente, a estratgia adotada e que vem sendo aprimorada pelo
grupo, prev a expresso em bactrias E. coli da linhagem M15pREP4, que so transformadas com o clone pCROTAG, que
possui o cDNA codificante para a crotamina inserido em fase de leitura aberta no vetor TAGZyme (Qiagen). A crotamina
recombinante assim obtida expressa em fuso com uma cauda de histidina na poro N-terminal, e que importante na
etapa de purificao da protena, podendo posteriormente ser clivada utilizando proteases especficas.
A atividade antimicrobiana da crotamina recombinante com a cauda de histidina foi avaliado empregando o teste por
diluio seriada em microplaca frente s linhagens de fungo Candida albicans e Candida krusei, demonstrando resultados
semelhantes aos obtidos para a crotamina nativa, embora tenha se observado uma atividade maior para a crotamina
recombinante frente ao C. albicans. Essa diferena poderia eventualmente estar relacionada com a presena da cauda de
histidina que poderia contribuir com cargas positivas extras, dependendo do pH do meio. Uma vez confirmado o sucesso da
retirada da cauda de histidinas, que est sendo avaliado por espectrometria de massa, pretendemos repetir os ensaios de
atividade antimicrobiana novamente para verificar eventuais diferenas na atividade antimicrobiana frente remoo da
cauda de histidinas. Posteriormente, estes mesmos testes comparativos sero realizados para a atividade antitumoral da
crotamina recombinante expressa em bactrias.
Apoio Financeiro: CNPq e FAPESP.
Participantes:

Orientador: Mirian A. F. Hayashi


Discente: Mrcia Neiva
Discente: Bruno Costa Andrade
Discente: Bruno Fukumori
Discente: Camila Yonamine

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Leonardo Andr Santos
Ttulo: Isolamento e anlise de fungos mesoflicos e termoflicos do processo de
compostagem da Fundao Parque Zoolgico do Estado de So Paulo, quanto
produo de celulases
Palavras-Chave: Celulases; Compostagem; Fungos; Fundao Parque Zoolgico de So Paulo; Etanol;
Abrangendo uma rea de aproximadamente 900.000 m e em sua maior parte coberta por Mata Atlntica Nativa, a
Fundao Parque Zoolgico de So Paulo possui um grande nmero de animais, incluindo espcies de vrias partes do
planeta. Visando a implementao do primeiro BioParque nacional, a Fundao implementou uma tcnica de compostagem
dos resduos orgnicos gerados nele. Essa tcnica tem por principal objetivo a ciclagem de matria orgnica e inorgnica
acelerando a degradao aerbica dos resduos orgnicos do solo pelos agentes microbianos, auxiliando na existncia de
locais geotermicamente estveis, dentro das composteiras, e permitindo a seleo, reproduo e persistncia de
microrganismos que alm de resistirem a uma faixa estreita de temperatura, tambm se adaptam a altas temperaturas para
sua sobrevivncia, fungos termoflicos, que sobrevivem entre faixas de 40-60C. J os fungos mesoflicos apresentam
faixas de temperaturas medianas entre 20-40C. Com isso, a procura por esses dois tipos de fungos com capacidade de
secretar celulases reforada pelo potencial biotecnolgico desta classe de enzimas microbianas. O potencial
biotecnolgico desses fungos visa produo de etanol de segunda gerao a partir do bagao de cana-de-acar
excedente oriundo das usinas. Sendo assim, a investigao do potencial biotecnolgico dos micro-organismos presentes na
compostagem da Fundao Parque Zoolgico de So Paulo tem uma crescente importncia abrangendo as mais diversas
aplicaes, incluindo a sntese de diversos compostos, como por exemplo, os biocombustveis, abrangendo a produo
enzimtica voltada ao interesse ambiental e industrial. O mtodo utilizado para preservao dos fungos foi em Agar extrato
de malte a 4C, os isolados foram cultivados em meio carboximetilcelulose como nica fonte de carbono. Para a inoculao,
determinao da produo de halo e medio do mesmo foi utilizada a metodologia de Nogueira & Cavalcanti (1996). Para
os isolados que apresentarem halo ser empregada a metodologia do papel filtro (Pfase) e com isso ser determinada a
atividade CMCase (endoglucanase) determinando quais organismos possuem atividade celuloltica. Os resultados obtidos
at o momento determina que dos 112 isolados 32 so mesoflicos e 1 termoflico e, 79 crescem em ambas as
temperaturas. Em relao a formao de halos, 58% dos fungos apresentaram halo. possvel concluir baseado na
literatura que grande parte da microbiota de fungos presente na composteira do Zoolgico de So Paulo apresenta
potencial biotecnolgico com aplicao em diversas reas, principalmente na produo de etanol de segunda gerao.
Participantes:

Discente: Leonardo Andr Santos

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Lucas Curtolo Poiani
Ttulo: Efeito dos cidos graxos palmtico e docosa-hexaenoico (?-3) na viabilidade
celular em clulas 3T3-L1 durante a adipognese.
Palavras-Chave: Tecido adiposo, adipognese e expresso genica
Introduo: Os cidos graxos (AG) so substratos energticos importantes e precursores dos triacilgliceris (TAG),
fosfolipdios e eicosanides. So os principais componentes da membrana celular, atuam como molculas de sinalizao, e
ligantes de receptores nucleares, regulando vrias funes celulares. Os AG saturados favorecem a deposio de gordura
frente AG poliinsaturado (PUFA). O cido palmtico (PA, C16:0) promove a secreo de citocinas pr-inflmatrias e a
exposio prolongada de clulas beta ao PA promove citotoxicidade. Por outro lado, o AG poliinsaturado
docosa-hexaenico (DHA, C22:6 ?-3) considerado anti-inflamatrio. Foi demonstrado um aumento de adiponectina em
camundongos que receberam uma dieta rica em DHA. Adicionalmente, estudos demonstram que PUFA reduzem a massa
do tecido adiposo.
Objetivo: Inicialmente, objetivou-se avaliar os efeitos dos AG PA e DHA sobre a viabilidade e a fragmentao do
DNA de clulas 3T3-L1 durante a diferenciao.
Materiais e mtodos: Pr-adipcitos 3T3-L1 foram tratados com soluo de AG (PA e DHA) diludos em etanol, em
concentraes crescentes (0 a 600M), durante a adipognese. Para tanto, as clulas foram cultivadas em DMEM at a
confluncia; a adipognese foi induzida pela adio de um coquetel de diferenciao por 48 h, na presena ou ausncia
dos referidos cidos graxos. A cultura se estendeu por mais 9 dias ps diferenciao, perodo em que os adipcitos j esto
maduros. O efeito desses AG na viabilidade celular e fragmentao de DNA foi analisada por citometria de fluxo
utilizando-se iodeto de propdio.
Resultados: Os resultados do teste de viabilidade celular e fragmentao de DNA avaliada nos adipcitos 3T3-L1 48
horas ps diferenciao e tratamento com diferentes concentraes de DHA (diludo em etanol), mostraram que este cido
graxo no txico para estas clulas at a concentrao de 25?M, j que no ocorre fragmentao de DNA significativa e
nem perda de integridade de membrana.Verificamos tambm que no houve toxicidade aps 48h de tratamento destas
clulas com PA na concentrao igual ou inferior a 100?M. O tratamento das clulas com 25 ?M de DHA ou de PA por 9
dias no demonstrou qualquer sinal de toxicidade aos adipcitos, aqui avalizados pela integridade da membrana da clula e
ausncia de fragmentao significativa de DNA.
Concluso: Conclumos pelos experimentos de toxicidade que a concentrao de 25 ?M de DHA e cido palmtico
bem tolerada pelos adipcitos 3T3-L1 em diferenciao e at o dia 9 ps diferenciao. Optamos assim por trabalhar com
esta dose dos respectivos cidos graxos (ambos diludos em etanol) em todos e os experimentos futuros.
Apoio financeiro: FAPESP
Participantes:

Orientador: MARIA ISABEL CARDOSO ALONSO-VAL


Discente: BARBARA FERREIRA E LIOTTI

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Lucyla Tiemi Nagura
Ttulo: Comparao molecular de enzimas do tipo tripsina presentes em diferentes
cepas de larvas do mosquito Aedes aegypti
Palavras-Chave: Aedes aegypti, enzima, tripsina
O mosquito Aedes aegypti o principal vetor do vrus da dengue, habitando principalmente as reas tropicais e
subtropicais em diferentes pases. Sabe-se que enzimas do tipo tripsina so as principais enzimas digestivas do mosquito
A. aegypti sendo expressas durante todos os estgios de desenvolvimento larval. O objetivo deste trabalho foi identificar
quais enzimas do tipo tripsina esto sendo expressas diferentes cepas de larvas de mosquitos A. aegypti em diferentes
ambientes. As cepas utilizadas no trabalho foram cepas resistentes (REC-R), cepas da linhagem Liverpool e cepas de
campo (Recife), para analisarmos se h diferena de expresso dessas enzimas em diferentes cepas ou ambientes.
Inicialmente foram realizados PCRs utilizando o cDNA do intestino de larvas de 4 instar como molde e oligonucleotdeos
para enzimas do tipo tripsina. Em seguida, os fragmentos de DNA obtidos foram ligados no vetor de clonagem pGEM ?T
easy. Os produtos das ligaes foram utilizados na transformao de bactrias E. coli DH5? por eletroporao, para a
construo das mini-bibliotecas. Clones positivos foram selecionados e utilizados em mini-preparaes de DNA plasmidial,
para obteno do DNA plasmidial que foi utilizado em reaes de
sequenciamento. As sequncias de nucleotdeos dos
clones foram analisadas em banco de dados do NCBI utilizando a ferramenta Blast (Basic Local Alignment Search Tool). Os
resultados obtidos revelaram que, as tripsinas majoritrias nas 137 sequncias obtidas de larvas da cepa REC R foram
AAEL010867 (33,0%), AAEL007593 (23,0%) e AAEL005607 (15,0%). Enquanto nas 109 sequncias de enzimas do tipo
tripsina obtidas de larvas da cepa Liverpool, as tripsinas majoritrias foram AAEL007969 (40,0%), AAEL010867 (19,0%) e
AAEL012852 (12,0%). E nas 82 sequncias da cepa de campo, as enzimas majoritrias foram AAEL010867 (55%),
AAEL011553 (22%) e AAEL007969 (11%). Os resultados sugerem que as enzimas digestivas diferem dentre os grupos
estudados, e que a enzima majoritria da cepa REC R e de Campo a mesma, sugerindo que a diferena ocorra entre as
cepas, mas no difere quanto a dieta das mesmas.
A perspectiva desse projeto ser a obteno de sequencias
de
enzimas do tipo tripsina das cepas Rockfeller, Higgs, para confirmar se o ambiente ou a diferena nas cepas interferem no
padro de expresso das enzimas do tipo tripsina.
Participantes:

Orientador: Aparecida Sadae Tanaka


Discente: Lucyla Tiemi Nagura
Discente: Tatiane Sanches Soares
Discente: Ccera Maria Gomes

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Ludmila Mintzu Young
Ttulo: Estado de Metilao e Expresso do Gene CBP na Doena de Alzheimer
Palavras-Chave: Doena de Alzheimer, epigentica, expresso gnica, metilao de DNA
INTRODUO
A Doena de Alzheimer (DA) uma afeco neurodegenerativa, progressiva e irreversvel. Estudos moleculares
permitiram a identificao de genes responsveis pela forma de acometimento precoce da doena, como os genes da
protena precursora da ?-amiloide (APP), Pr-Senilina 1 e 2 (PSEN1 e PSEN2, respectivamente). O alelo ?4 da
apolipoprotena E (APOE?4) foi caracterizado como fator de risco para a DA, foi relacionado forma de acometimento
tardio e espordica da doena. Estudos recentes relacionaram eventos epigenticos regulao de genes da DA.
Selecionamos os genes CBP, FAF1 e IGFBP3, que esto relacionados transcrio gnica e induo de apoptose, para
a anlise da regulao epigentica por meio da metilao do DNA e de expresso por meio da avaliao do RNAm.
OBJETIVO
Avaliar a expresso e os padres de metilao das regies promotoras dos genes CBP, FAF1 e IGFBP3; e associar
esses dados com a idade, sexo e DA.
METODOLOGIA
1. Casustica
Foram selecionados 30 pacientes com DA e 30 idosos controles.
2. Anlise dos Padres de Metilao dos Promotores Gnicos
Foram coletados cerca de 5mL de sangue perifrico de cada paciente e idoso controle. Foi feita uma extrao de
DNA pela tcnica de extrao com sais (sem utilizao de fenol). A quantificao do DNA foi feita no aparelho NANODROP
(Spectrophotometer ND ? 1000).
As amostras foram ento tratadas pelo mtodo de bissulfito de sdio, que possibilita a verificao do padro de
metilao de sequncias de DNA de interesse na medida em que as citosinas no metiladas so convertidas a uracilas pelo
bissulfito, enquanto que as citosinas metiladas so resistentes a essa mudana e, portanto, permanecem em estado de
citosinas. O tratamento foi realizado utilizando o EpiTect Bissulfite Kit (Quiagen). Foram selecionadas ilhas CpG nas regies
promotoras pelo programa MethPrimer.
Foi realizada a tcnica de PCR convencional para a amplificao da regio promotora dos genes de interesse. Esse
fragmento amplificado dever ser submetido anlise de sequenciamento para verificao das regies metiladas do DNA.
3. Anlise de Expresso Gnica
Foi utilizado QIAamp RNA Blood Mini Kit (Quiagen) para a extrao de RNA a partir de sangue perifrico, segundo
instrues do fornecedor. O RNA total foi quantificado no aparelho NANODROP e a sntese de cDNA a partir do RNAm fez
uso de High-Capacity cDNA Reverse Transcription Kits (Applied Biosistems), segundo instrues do fabricante.
A anlise da expresso dos genes CBP, FAF-1 e IGFBP3 em sangue perifrico ser realizada pela tcnica de
qRT-PCR, utilizando-se Ensaios de Expresso Gnica TaqMan comercializados pela Applied Biosistem.
4. Anlise estatstica
O padro de metilao de DNA e os nveis de expresso dos genes sero comparados entre as amostras dos
pacientes com DA e as amostras controles. A correlao entre o padro de metilao e os nveis de expresso dos genes
ser tambm realizada. As anlises estatsticas sero efetuadas de acordo com a distribuio das variveis, por meio de
testes paramtricos ou no paramtricos, usando-se o software SPSS, verso 18.0.
RESULTADOS
As amostras de DNA dos pacientes e controles j tratadas por bissulfito dos genes citados sero encaminhadas para
a anlise de sequenciamento do DNA. Tendo em vista a dificuldade de verificarmos regio rica em ilhas CpG do gene CBP,
focalizaremos o projeto na anlise dos dois genes IGFBP3 e FAF-1.
Para anlise de expresso desses genes, o cDNA sintetizado foi armazenado a -20C para subsequente anlise da
expresso por TaqMan via PCR-Real Time.
Participantes:

Discente: Ludmila Mintzu Young

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Luiza de Mello Oliveira Sisdelli
Ttulo: Estudo citogentico de lagartos da famlia Leiosauridae: contribuio ao
entendimento da evoluo cromossmica dos Iguania Pleurodonta
Palavras-Chave: Citogentica, cromossomos, Leiosauridae
Os Iguania Pleurodonta renem cerca de 1062 espcies distribudas em 12 famlias supostamente monofilticas. A
maioria das espcies estudadas citogeneticamente, principalmente em colorao convencional, apresenta o caritipo
conservado 2n=36, com 12 macrocromossomos (M) e 24 microcromossomos (m), porm variabilidade cromossmica tem
sido descrita em alguns gneros. Este trabalho faz parte de um projeto mais amplo, que visa caracterizar cartipos de
lagartos Iguania pleurodontes pouco conhecidos na literatura, e contribuir para o entendimento da evoluo cromossmica
do grupo. As preparaes cromossmicas foram obtidas a partir de medula ssea e testculos, e coradas com Giemsa, para
caracterizar nmero e morfologia dos cromossomos, e com nitrato de prata para localizar as regies organizadoras de
nuclolo (RONs). Foram descritos os caritipos de sete espcies, cinco pertencentes famlia Leiosauridae, Enyalius
bilineatus (1?), Pristidactylus scapulatus (1?), Leiosaurus catamarcensis (1?) e Diplolaemus bibronii (1?, 1?), uma da famlia
Dactyloidae (Anolis punctatus, 1?), e duas das famlias Polychrotidae (Polychrus marmoratus, 1?) e Liolaemidae
(Phymaturus excelsus, 1?). Exemplares de A. punctatus, E. bilineatus e P. marmoratus foram coletados em 3 localidades
brasileiras (estados de SP, MG, BA), sendo os demais provenientes de 4 localidades na Argentina (provncias de Mendoza,
La Rioja, Santa Cruz e Rio Negro); estas ltimas espcies tm seu caritipo descrito aqui pela primeira vez. O caritipo
conservado 2n=36, com 12M metacntricos e submetacntricos e 24m na maioria acrocntricos, foi observado em todas as
espcies de Leiosauridae. A regio da constrio secundria distal no brao longo do par 2 de macrocromossomos
portadora das Ag-RONs em E. bilineatus, Pristidactylus scapulatus, L. catamarcensis e D. bibronii. Por outro lado,
encontrou-se variabilidade cariotpica em A. punctatus, Phymaturus excelsus e Polychrus marmoratus. Em A. punctatus
observou-se
o
caritipo
2n=28 (12M+16m),
com
os
macrocromossomos
submetacntricos
e
microcromossomos
acrocntricos. Phymaturus excelsus apresentou 2n=40 (24M+16m) com a maioria dos macrocromossomos acrocntricos e
dois pares menores submetacntricos e os microcromossomos acrocntricos. Polychrus marmoratus possui 29
cromossomos acrocntricos que variam de tamanho gradativamente e um cromossomo Y submetacntrico grande,
resultado de determinao do sexo mltipla (X1X1X2X2:X1X2Y). As Ag-RONs de A. punctatus, Pymaturus excelsus e
Polychrus marmoratus se encontram na regio telomrica distal do brao longo de um par de macrocromossomos de
tamanho grande. A anlise dos dados cariotpicos aqui apresentados associados com aqueles da literatura para espcies
de Leiosauridae, luz de filogenias moleculares disponveis, indicam que o caritipo 2n=36 (12M+24m) pode ser o
ancestral nessa famlia e que nmeros diplides mais elevados (e.g. 38, 46) j descritos para espcies de Enyalius
poderiam ser originados por eventos de fisso cntrica. A variabilidade cariotpica de representantes de Anolis e Polychrus
apoia a alocao desses gneros em famlias distintas como sugerido recentemente.
Participantes:

Discente: Luiza de Mello Oliveira Sisdelli

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Magaly Maciel Freitas
Ttulo: Avaliao gentica de familias com criancas afetadas com Hipotireoidismo
Congenito
Palavras-Chave: Hipotireoidismo Congnito
Avaliao gentica de famlias com crianas afetadas com Hipotireoidismo Congnito ? presena de trs mutaes
no gene da tireoperoxidase em pacientes com bcio fetal
Freitas, Magaly Maciel1, Rodrigues Tania M.B2., Kim Yanagisaka1, Rubio Ileana G.S1.
1Departamento de Cincias Biolgicas, campus Diadema, Universidade Federal de So Paulo, Brasil
2Faculdade de Medicina ? Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil
O hipotireoidismo congnito (HC) a causa mais comum de retardo mental evitvel. A disgenesia tireoideana (DT)
ou anomalia na embriognese da glndula tireidea, a causa mais freqente do HC. Nos ltimos anos a incidncia do HC
por defeitos genticos na sntese hormonal ou disormonognese vem aumentando devido diminuio dos valores de corte
do TSH empregado na deteco da doena. As mutaes mais freqentes nas disormonogneses so os defeitos na
atividade da tireoperoxidase (TPO) (1/40.000 nascidos vivos), porm mutaes em outros genes como tireoglobulina, NIS,
DUOX2, e da pendrina tambm foram associadas doena. Estes defeitos moleculares apresentam na sua maioria padro
de herana autossmico recessivo, contudo alguns casos de mutaes monoalicas de TPO foram descritas. Pacientes
com mutaes no gene TPO e DUOX2 apresentam HC congnito permanente, podendo ser clnico ou subclnico
dependendo do tipo de mutao. Os pacientes apresentam elevados valores sricos de tireoglobulina e glndula tpica com
bcio de grau varivel.
O objetivo deste projeto foi realizar o diagnstico molecular de pacientes com HC de duas famlias brasileiras. Foram
estudados dois irmo da famlia 1, de 7 e 2 anos de idade, com HC que apresentaram bcio fetal diagnosticado na 28 e 26
semana de gestao ao exame ultrassonogrfico, respectivamente. Na primeira gestao o HC fetal foi confirmado via
cordocentese, TSH: 135 uUI/mL (vr: 0,3-5,0 uUI/mL), T4L: 0,57 ng/dL (vr: 0,8-2,0 ng/dL) e TG: 1,35-35 ng/mL, e na segunda
gestao foi indicado parto cesreo com 37 semanas para inicio imediato do tratamento para evitar possveis sequelas do
HC (TSH: 83,89 uUI/mL e TG: 530,6 ng/mL) . Os valores dos hormnios tireoideanos dos pais, no consanguneos, foram
normais. Foi estudada tambm uma criana de 1 ano de idade (famlia 2) com HC severo (TSH: 29,99 uUI/mL, TG 1018,9
ng/mL) com glndula tpica de volume normal.
Em funo das caractersticas clnicas e laboratoriais das crianas o gene da TPO foi o primeiro a ser investigado
quanto presena de mutaes. Foi realizado o sequenciamento dos 17 exons do gene TPO utilizando DNA de sangue
perifrico dos pacientes e pais. Quando no foi achada alterao gentica neste gene os 33 exons do gene DUOX2 foram
sequenciados. Todos os exons estudados foram amplificados pela reao da polimerase em cadeia (PCR) utilizando
primers intrnicos e o produto de PCR foi avaliado por eletroforese em gel de agarose 1,5% e sequenciado utilizando o kit
DNA sequencing Big Dye Terminator v (Applied Biosystems) .
Em ambos os irmos da Famla 1 foram localizadas trs mutaes no gene da TPO, todas em heterozigose. Foi
identificada uma nova mutao no exon 8, a 886delT, que muda o quadro de leitura e introduz um codon de parada na
posio 296 da protena (no exon 8), e o exon 11 apresentou as mutaes Gln660Gly (C.1978C>G) e Arg665Trp (C.1993
C>T). Ambas crianas herdaram as mutaes dos progenitores heterozigotos, o pai portador das mutaes Gln660Gly e
886delT e a me da Arg665Trp.
Na criana da Famlia 2 foram pesquisados os genes da TPO e DUOX2, porm nenhuma mutao foi encontrada.
Com base nos dados clnicos, outro gene associado a sntese hormonal deve estar envolvido na doena.
Este estudo descreve por primeira vez a presena de 3 mutaes no gene TPO em pacientes com HC. Estudos
prvios demostraram que a mutao Arg665Trp diminui drasticamente a atividade da enzima e foi associada a casos de HC
severos. J a mutao Gln660Gly foi identificada em casos mais leves de HC. Assim, o HC extremamente severo,
considerando o bcio fetal detectado em ambos irmos, pode ser consequncia da heterozigose composta formada pelas
mutaes Arg665Trp e a nova 886delT, estudos funcionais em andamento confirmaro esta hiptese. Este estudo tambm
corrobora que a presena de mutaes de TPO na populao no um evento raro.
Participantes:

Orientador: Professora Doutora Ileana Rubio


Docente: Tnia Rodrigues
Discente: Kim Yanagisaka

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Mrcio Henrique Mello da Luz
Ttulo: Formao de agregados de PrPC induzida por metablitos de dopamina e
ativao da resposta adaptativa a protenas mal enoveladas
Palavras-Chave: Protena Prion celular, Dopamina, Autofagia, Ubiquitina-proteassoma, estresse do Ret
A protena pron celular (PrPC) desempenha um papel essencial na sobrevivncia e manuteno celular. Seu
domnio N-terminal tem vrios resduos Trp e Gly que so mais susceptveis oxidao. Esta caracterstica junto com sua
alta expresso nos neurnios sugerem que PrPC pode ser importante para um mecanismo de limpeza de EROs (espcies
reativas de oxignio). O metabolismo da dopamina (DA) uma das vias que geram EROs e pode contribuir para a produo
de agregados proteicos que uma das caractersticas de diversas doenas neurodegenerativas. Com intuito de entender
melhor os mecanismos de neurodegenerao espordica, foi investigado os efeitos da dopamina sobre biossntese e
degradao de PrPC.
Para isso, as clulas N2a foram tratadas com 50 M e 100 M DA em DMEM contendo 0,5% de soro fetal bovino.
Aps 24 horas de tratamento, o nvel de PrPC e as molculas envolvidas nas vias de degradao foram analisados por
Western blot.
As clulas tratadas mostraram menor nvel da banda no glicosilada de PrPC em comparao com as clulas no
tratadas e um aumento na expresso da banda di-glicosilada. Ao mesmo tempo, uma reduo de beclina-1 e os nveis
crescentes de molculas de p62 e LC3-II foram observados, indicando que o fluxo de autofagia foi diminudo com o
tratamento de DA. Alm disso, um aumento sutil de nveis de BiP nas clulas tratadas com 50M indica que o estresse do
retculo endoplasmtico foi desencadeado, porm suficientemente para bloquear a sntese de protenas, uma vez que os
nveis da fosforilao de eIF2a (fator de incio de traduo eucaritico) foram mantidos com o tratamento com DA.
Estes dados sugerem que a PrPC est envolvida no metabolismo da dopamina e pode dar uma nova percepo para
um novo mecanismo de neurodegenerao.
Participantes:

Orientador: Kil Sun Lee


Discente: Marcelo Alberti Paiva da Silva

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Marghuel Aparecida Vieira Silveira
Ttulo: Bioprospeco da atividade proteoltica de clones metagenmicos atravs de
sondas fluorescentes
Palavras-Chave: metagenoma, petrleo, protease, sonda peptdica, clones
Estima-se que existam aproximadamente 107 espcies de microrganismos no planeta, representando uma grande
diversidade gentica, desempenhando importantes funes no equilbrio ecolgico (Maester, 2011), o que permite inferir
sobre o potencial de aplicao dos mesmos em diferentes abordagens biotecnolgicas. Atualmente, muitos institutos de
pesquisas, bem como indstrias tm construdo colees de culturas microbianas a partir de diversos ambientes.
Entretanto, conhecido que apenas uma pequena frao dos microrganismos naturais a um determinado ambiente pode
ser recuperada a partir dos mtodos tradicionais de isolamento e cultivo (Uchiyama & Watanabe, 2007). Dentro desta
problemtica, a abordagem metagenmica ambiental, onde no h necessidade da aplicao de tcnicas para o isolamento
de microrganismos, vem sendo, recente e crescentemente, reconhecida como uma atraente ferramenta no que se refere
obteno de novos biocatalistas a partir de comunidades microbianas nunca antes investigadas ou acessadas (Handelsman
et al., 1998; Lorenz et al., 2002; Ferrer et al., 2005). Enzimas, de maneira geral, passaram a ocupar papis importantes em
produtos e processos industriais, substituindo o uso de catalisadores qumicos, acarretando na diminuio de tempo,
energia e rejeitos industriais, dentre elas destacam-se as proteases, que so bioquimicamente diversas, tendo como
caracterstica e atratividade a fcil manipulao e versatilidade de aplicao em diferentes reas (sade, industrial e
ambiental) (Bon et al., 2008, Giongo, 2006);(Joo & Chang, 2005 apud Nascimento & Martins, 2006). Diante do exposto, o
presente projeto de pesquisa tem por objetivo avaliar clones fosmidiais advindos de uma biblioteca construda a partir de
amostras de petrleo de reservatrios biodegradados da Bacia Potiguar brasileira, quanto habilidade a produzir proteases
de interesse industrial e/ou ambiental. Neste sentido, at o presente momento, foram triados 384 clones e, como forma de
treinamento, 92 organismos isolados do processo de compostagem de resduos da Fundao Parque Zoolgico de So
Paulo de acordo com metodologia descrita por Oliveira et al. (2012) baseada no princpio de High Throughput Screening
(HTS), onde a atividade de proteases microbianas detectada a partir da clivagem de uma sonda peptdica denominada
como Abz-GXXXXXQ-EDDnp, havendo a liberao de fluorescncia quando a cultura apresenta ao proteoltica. Dentre os
microrganismos analisados, 3 clones e 24 organismos isolados do processo de compostagem apresentaram-se como hits
positivos. Os resultados apresentados, at o momento, indicam o potencial da microbiota amostrada quanto atividade
proteoltica.
Participantes:

Orientador: Suzan Pantaroto de Vasconcellos

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Maria Fernanda Campanholo
Ttulo: Papel da angiotensina II (via receptor AT1) nas alteraes cardiovasculares
induzidas pelo estresse crnico
Palavras-Chave: Estresse crnico; renina; angiotensina; sistema renina angiotensina
O estresse uma doena que afeta a sade de milhares de pessoas e um importante fator de risco para o
desenvolvimento de hipertenso, aterosclerose e diabetes. Outras alteraes cardiovasculares, como a hipertrofia cardaca
tambm parecem estar associadas aos prejuzos decorrentes do estresse. O protocolo de estresse crnico moderado e
imprevisvel (ECMI) um modelo animal de estresse crnico, e em estudo prvio do nosso grupo, foi observado que o
modelo induziu dislipidemia e disfuno endotelial, em ratos. Considerando que o aumento na atividade do sistema
renina-angiotensina (SRA) tem sido associado a estes fatores, o objetivo deste estudo foi investigar a participao do SRA
sobre o peso corporal, a tolerncia glicose, a presso arterial e o peso do corao e ventrculo esquerdo, em ratos
submetidos ao ECMI. Foram utilizados ratos machos Sprague-Dawley, com dois meses de idade. A durao do perodo
experimental foi de 7 semanas. Os animais foram divididos em 4 grupos experimentais: controle, ECMI, controle losartan
(antagonista do receptor AT1 - 50 mg/Kg/dia, v.o.) e ECMI losartan. No foram observadas diferenas significativas no peso
inicial dos grupos estudados (p > 0,05), e todos os grupos apresentaram peso final maior em relao ao peso inicial (p <
0,05). Ratos submetidos ao ECMI, tratados ou no com losartan, apresentaram menor peso corporal final em relao aos
grupos controle e controle losartan (p < 0,05). Com relao aos dados referentes ao teste de tolerncia glicose (TTG),
observamos que o grupo ECMI apresentou maior rea sob a curva (885,210,07 mmol x min/ L; p < 0,05) em relao aos
grupos controle (754,416,0 mmol x min/ L; p < 0,05), controle losartan (745,915,4 mmol x min/ L) e ECMI losartan
(816,417,0 mmol x min/ L; p < 0,05). No houve diferena significativa na resposta ao TTG entre os grupos controle
losartan e ECMI losartan (p > 0,05). O grupo ECMI apresentou aumento significativo na presso arterial sistlica e na
presso arterial mdia, nas semanas 4, 5 e 6 comparado ao grupo controle, sem diferena estatstica entre os grupos ECMI
losartan e controle losartan. No grupo ECMI houve aumento na presso arterial diastlica nas semanas 4, 5, 6, e 7, em
relao ao grupo controle . Porm, no houve diferena significativa entre os grupos ECMI losartan e controle losartan. Nas
semanas 1, 2 e 3, o tratamento com losartan diminuiu a presso arterial diastlica nos grupos controle losartan e ECMI
losartan, quando comparados aos grupos controle e estresse, respectivamente (p < 0,05). Aps 15 dias da ltima sesso de
ECMI, os animais foram sacrificados por decapitao, foi registrado o peso do corao (g) e do ventrculo esquerdo (g) e
foram calculadas as massas relativas dos mesmos (com relao s medidas da tbia (mm) e peso corporal (g)). At o
momento, foram coletados os dados dos grupos ECMI e ECMI losartan e, portanto no foi realizada anlise estatstica. Com
relao ao peso absoluto do corao (ECMI=1,400,09 vs. ECMI losartan=1,410,06 g) e ao peso do ventrculo esquerdo
(ECMI=0,990,08 vs. ECMI losartan=1,020,07 g), os resultados sugerem que o losartan no exerce efeito significativo
sobre os mesmos. Alm disto, a relao peso do corao / peso corporal (ECMI=3,340,08 vs. ECMI losartan=3,290,19
mg/g), peso do corao / comprimento da tbia (ECMI=36,561,99 vs. ECMI losartan=35,421,62 mg/mm) e peso do
ventrculo esquerdo / comprimento da tbia (ECMI=26,161,86 vs. ECMI losartan=25,821,77 mg/mm) sugerem que pode
haver uma modulao do SRA sobre estes parmetros. Estes resultados esclarecem parte dos mecanismos fisiolgicos
envolvidos nas alteraes metablicas e cardiovasculares decorrentes do estresse crnico, demonstrando que estas
alteraes so mediadas pelo receptor AT1, provavelmente pela ligao da angiotensina II ao mesmo. Alm disto, a
finalizao dos experimentos permitir avaliar se a angiotensina II tambm est relacionada ao desenvolvimento de
hipertrofia cardaca, associada ao estresse.
Participantes:

Orientador: Llia Firoozmand


Orientador: Tatiana de Sousa da Cunha
Docente: Fernanda Klein Marcondes
Discente: Maria Fernanda Campanholo
Discente: Ana Beatriz Brando
Discente: Rafaela Costa
Discente: Andrea Sanchez

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Mariana Eiras Borges
Ttulo: Efeito do treinamento fsico resistido na sensibilidade barorreflexa em ratos
SHR
Palavras-Chave: Treinamento resistido, barorreflexo e hipertenso
Introduo: A hipertenso arterial sistmica (HAS) uma doena multifatorial, caracterizada por nveis elevados da
presso arterial (PA) e atualmente acomete aproximadamente 22 a 44% dos brasileiros. Alteraes nos sistemas de
controle da PA esto entre as causas da HAS. Dentre os mecanismos que controlam a PA, podemos citar o barorreflexo, o
qual um mecanismo regulatrio de curto prazo, composto por barorreceptores que esto localizados na parede de
grandes vasos, como as artrias aorta e cartida. Os barorreceptores so terminaes nervosas livres, sensveis a
modificaes (vasodilatao e vasoconstrio) que ocorrem na parede do vaso.. Tanto a vasodilatao quanto a
vasoconstrio so capazes de ativar os barorreceptores, que por sua vez vo responder gerando potenciais de ao no
sistema nervoso central (SNC), a fim de restabelecer os nveis pressricos. Os barorreceptores possuem uma propriedade
definida como ?propriedade da adaptao? onde a sustentao de nveis anormais da PA, faz com que ocorra o
deslocamento da
faixa de funcionamento dos barorreceptores para um novo nvel de PA, podendo esta ser acima ou
abaixo do nvel normal de funcionamento. Essa nova faixa passa a ser reconhecida como a PA normal. Em indivduos com
HAS a sustentao de nveis elevados da PA promove um deslocamento da faixa do nvel PA para nveis mais elevados,
dessa forma, o aumento da PA no gera a ativao dos barorreceptores. Alm disso, em hipertensos essa adaptao est
acompanhada queda de sensibilidade dos barorreceptores. O treinamento fsico aerbio, por sua vez, j mostrou sua
importncia na manuteno da sensibilidade barorreflexa, no entanto, em relao ao treinamento resistido (TR) no existem
muitos registros na literatura quanto eficcia do mesmo no tratamento da HAS, bem como na sensibilidade do
barorreflexo. Portanto, o objetivo do presente estudo analisar a sensibilidade barorreflexa aps TR em ratos
espontaneamente hipertensos (SHR). Mtodos: At o momento, foram utilizados 20 ratos da linhagem Wistar de 8
semanas, divididos em grupo treinado (n=10) e grupo sedentrio (n=10). O grupo treinado foi submetido a um programa de
TR por 8 semanas, com aplicao do teste de carga mxima antes, durante e depois da aplicao do protocolo. O registro
indireto da presso arterial caudal, a frequncia cardaca (FC) e o peso corporal foram avaliados uma vez por semana at o
fim do experimento. Aps o protocolo de TR as cmaras cardacas e os msculos sleo, plantar, tibial e EDL foram
pesados. Os dados foram analisados por meio de teste T de Student ou ANOVA de duas vias com medidas repetidas, com
post hoc de Student-Newman Keuls (p?0,05). Todos as mesmas avaliaes esto sendo realizadas, no presente momento,
nos ratos SHR.
Resultados: O grupo controle treinado, quando comparado com o grupo controle sedentrio no apresentou
diferena significativa nos aspectos PAS (157 vs. 163 mmHg), PAD (70 vs. 75 mmHg), PAM (99 vs. 104 mmHg), FC (333
vs. 337 bpm), massa corprea (332 vs. 340g), massa do ventrculo esquerdo (0,81 vs. 0,80g), do ventrculo direito (0,15 vs.
0,23g), dos trios (0,04 vs. 0,1g), do sleo esquerdo(0,19 vs. 0,2g), do plantar esquerdo(0,34 vs. 0,33g) e do msculo
extensor longo dos dedos esquerdo (0,11 vs. 0,15g). O grupo controle treinado apresentou apenas um aumento significante
na massa do msculo tibial (0,69 vs. 0,64g).
Concluso: Os resultados obtidos at o presente momento no permitem realizar uma concluso, j que os animais
SHR esto sendo avaliados no presente momento.
Participantes:

Discente: Mariana Eiras Borges

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Mariana Marques Geraldo
Ttulo: Caracterizao da fagocitose de Leishmania amazonensis por linfcitos B-1
Palavras-Chave: Fagocitose, Clulas B-1, L. amazonensis
As leishmanioses so um grupo de doenas causadas por protozorios pertencentes ao gnero Leishmania. No
hospedeiro mamfero, o parasita fagocitado atravs da ligao entre molculas de superfcie do patgeno e receptores
expressos na superfcie das clulas fagocticas. Resultados recentes de nosso laboratrio demonstraram que fagcitos
derivados de clulas B-1, um subtipo de clulas B encontrado principalmente nas cavidades peritoneal e pleural de
camundongos, foram capazes de internalizar in vitro promastigotas de L. amazonensis. As promastigotas internalizadas
transformaram-se em amastigotas no interior das clulas. Contudo, ainda no foi verificado se esta fagocitose acontece
tambm in vivo, quais so os receptores envolvidos e as consequncias desses eventos para os linfcitos B-1 (produo de
citocinas e sinalizao intracelular). Portanto, este estudo teve por objetivo caracterizar melhor o processo de fagocitose de
L. amazonensis por fagcitos mononucleares derivados de linfcitos B-1. Conforme demonstrado anteriormente, o ndice
fagoctico para as clulas infectadas por 24 h com L. amazonensis foi maior em fagcitos derivados de B-1 (284,18
77,05), em comparao a macrfagos peritoneais (124,69 63,87) e macrfagos derivados de medula ssea (199,69
47,18). As citocinas produzidas pelas clulas infectadas com o parasita foram quantificadas por ELISA no sobrenadante das
culturas. Foi verificado que a produo de IL-10 foi maior nas clulas B-1 infectadas por 24 h em relao a macrfagos
infectados. Por outro lado, a quantidade de TNF-? produzido por fagcitos mononucleares derivados de linfcitos B-1
infectados foi significativamente maior em relao as mesmas clulas no infectadas (p<0.05). Resultados ainda
preliminares de cintica da fagocitose in vitro mostraram que nas clulas B-1 o ndice fagoctico manteve-se praticamente
igual nos tempos 16 h e 24 h. J macrfagos peritoneais e medulares apresentaram ndice fagoctico em 24 h
estatisticamente menor em relao ao tempo 16 h (p<0.05). A fagocitose in vivo de promastigotas de L. amazonensis por
linfcitos B-1 foi avaliada por citometria de fluxo. Para tanto, o parasita foi marcado com o corante vital 5,6 diacetato de
carboxifluorescena succinimidilo ster (CFSE) e posteriormente injetado na cavidade peritoneal de camundongos. Aps16
horas de infeco, as clulas peritoneais foram coletadas e marcadas para linfcitos B-1 (anti-CD19 e anti-CD23). A
avaliao da mediana da intensidade de fluorescncia FITC no gate de linfcitos B-1 (CD23-CD19+) mostrou que
camundongos infectados com as promastigotas marcadas com CFSE apresentaram maior marcao de FITC (225,5 77,1)
quando comparada com clulas B-1 de camundongos no infectados (99 4,24). Este fato foi atribudo a fagocitose do
parasita por clulas B-1. Tambm foi realizada cintica da fagocitose in vivo nos tempos de 8h, 16h e 24h, na qual foi
observada aumento de marcao de CFSE nas clulas CD23-CD19+ no decorrer do tempo. Este estudo pode levar a
melhor compreenso da interao de L. amazonensis com clulas B-1.
Participantes:

Orientador: Patricia Xander


Discente: Bruno Camolese Vivanco
Discente: Wagner Francisco Kennerly Marcondes Gon

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Mariana Teixeira Rodrigues
Ttulo: Avaliao da expresso dos miRNAS miR-200a, miR-200c, miR-203 E miR-205
em amostras de carcinoma epidermide de cabea e pescoo.
Palavras-Chave: Carcinoma Epidermide de Cabea e Pescoo; Marcadores moleculares; microRNAs
O carcinoma epidermide de cabea e pescoo (CECP) uma das 10 neoplasias mais comuns no mundo. Apesar
das diferentes estratgias teraputicas disponveis para o tratamento, estes tumores frequentemente evoluem com
recorrncias loco-regionais, sendo este, juntamente com a deteco tardia, os principais fatores responsveis pelas baixas
taxas de sobrevida observadas nestes pacientes. Por isso, de grande importncio o desenvolvimento de novas
ferramentas que contribuam para o diagnstico precoce destes tumores e possibilitem uma escolha mais eficaz do
tratamento a ser empregado.
Estudos recentes tm mostrado que os microRNAs atuam em diversas vias metablicas e influenciam todo o
metabolismo celular, participando , inclusive, de diversas vias envolvidas no processo de carcinognese e de formao de
metstases. Diante disto, o presente estudo pretende verificar se o perfil de expresso de quatro microRNAs (miR-200a,
miR-200c, miR-203 e miR-205), previamente descritos como expressos em CECP,
pode ser til na determinao do
prognstico destes pacientes, permitindo um delineamento mais adequado de terapia a ser empregada.
At o presente momento, a expresso destes 4 microRNAs foi avaliada em 19 amostras de CECP e em 9 amostras
de mucosa oral saudvel atravs da tcnica de qRT-PCR.
Os resultados preliminares obtidos mostram uma hipoexpresso do miR-200a em 69,2%
dos tumores T3/T4 e em
60% dos casos com estadio clnico III/IV. A anlise do miR-205 mostra que 84,6% dos tumores com hipoexpressos deste
microRNA so T3/T4 e 86,7% so de estdio clnico III/IV. Pacientes com hipoexpresso de miR-200a e miR-205 tendem a
apresentar uma pior sobrevida livre de doena loco-regional.
Estes resultados sugerem que a expresso dos microRNAs
miR-200a e miR-205 possa ser uma ferramenta til
para a determinao do prognstico dos pacientes acometidos por
CECP, entretanto, masic casos esto sendo avaliados para confirmar a significncia destes marcadores.
Participantes:

Orientador: Andr Lopes Carvalho


Orientador: Andr Luiz Vettore de Oliveira
Docente: Luiz Paulo Kowalski
Discente: Ana Carolina de Carvalho

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Marielle Cristina Chiaradia Loureiro
Ttulo: Caracterizao cromossmica de Bothriurus rochai occidentalis (Scorpiones,
Bothriuridae).
Palavras-Chave: caritipo, escorpio, meiose, nmero diploide
A famlia Bothriuridae ocupa uma posio basal dentro da superfamlia Scorpionoidea e possui 16 gneros e 147
espcies descritas taxonomicamente, as quais esto distribudas principalmente em ambientes subtropicais da Amrica do
Sul. Citogeneticamente, apenas 10 representantes desta famlia foram analisados, mostrando os seguintes nmeros
diploides: 2n=28, 42 e 46 em quatro espcies do gnero Brachistosternus; 2n=36, 42, 44, 46, 48 e 50 em cinco espcies de
Bothriurus; 2n=48 em uma espcie de Timogenes. Com relao a morfologia dos cromossomos, as cinco espcies
descritas apresentaram elementos metacntricos, submetacntricos e subtelocntricos. O objetivo deste trabalho
descrever as caractersticas cromossmicas de uma espcie de Bothriuridae da fauna brasileira, Bothriurus rochai
occidentalis quanto ao caritipo, comportamento cromossmico durante a meiose, padro de distribuio da
heterocromatina constitutiva e das regies organizadoras de nuclolo (RONs), visando entender os mecanismos
responsveis pela variabilidade cariotpica que tem ocorrido neste grupo. Os 18 espcimes examinados neste trabalho
foram coletados em Castelo do Piau, Piau, Brasil. As preparaes cromossmicas foram obtidas a partir das gnadas de
indivduos adultos, coradas com soluo de Giemsa 3%, submetidas tcnica de bandamento C e posteriormente coradas
com 4-6? diamidino-2-fenilindol (DAPI) ou impregnadas pelo on prata. O caritipo de B. rochai occidentalis mostrou
2n=18 para indivduos machos e fmeas, incluindo seis pares de cromossomos metacntricos (pares 1-5 e 7) e trs pares
acrocntricos (pares 6, 8 e 9). Os cromossomos decresceram gradualmente em tamanho. Espermatcitos em paquteno
revelaram 9 filamentos duplos e totalmente emparelhados, e ausncia de estruturas diferencialmente coradas ou
condensadas, as quais poderiam corresponder a cromossomos sexuais. Nos ncleos em ps-paquteno, os cromossomos
dos bivalentes estavam dispostos lado a lado, sem evidncia de quiasma. O emprego da tcnica de bandamento C revelou
heterocromatina constitutiva na regio centromrica da maioria dos cromossomos, com exceo de dois pares que no
evidenciaram marcao banda C positiva. Clulas impregnadas pelo on prata exibiram RON na regio terminal de um par
cromossmico. O gnero Bothriurus possui uma alta diversidade interespecfica de nmero cromossmico diplide, sendo
que o 2n=18 encontrado em B. rochai occidentallis corresponde ao menor nmero de cromossomos j descrito para uma
espcie de Bothriuridae. O nmero diploide observado em B. rochai occidentalis tambm difere bastante daqueles descritos
para outras espcies deste mesmo gnero, ou seja, 2n=44 e 2n=42 em B. araguayae, 2n=48 em B. flavidus, 2n=50 em B.
prospicuus, 2n=46 em B. rochensis, e 2n=36 em Bothriurus sp. Este resultado indica que fuses de todos os cromossomos
do complemento podem ter sido o rearranjo responsvel pela origem do nmero diplide de B. rochai occidentallis. O
comportamento aquiasmtico dos cromossomos durante a meiose verificado na espcie investigada neste trabalho uma
caracterstica compartilhada no apenas pelos botriurdeos, mas por todos os escorpies j examinados citogeneticamente.
A ocorrncia de RON em apenas um par cromossmico diferente do padro previamente estabelecido para outras duas
espcies desse mesmo gnero, B.araguayae e B.rochensis, ambos com trs pares portadores de RON. Assim, a
diferenciao do caritipo de B. rochai occidentallis provavelmente envolveu no apenas a reduo do nmero de
cromossomos, mas tambm a diminuio do nmero de RONs.
Participantes:

Discente: Marielle Cristina Chiaradia Loureiro

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Melissa Grant Hnni
Ttulo: CLONAGEM E EXPRESSO DO GENE DA SUBUNIDADE REGULATRIA DA
CALCINEURINA, pbCNB, DO FUNGO Paracoccidioides brasiliensis
Palavras-Chave: Calcineurina, Paracoccidioides brasiliensis
O projeto inicialmente tinha por objetivo realizar a clonagem e expresso do gene da Calcineurina B do fungo
termodimrfico Paracoccidioides brasiliensis. A calcineurina est presente em todos os organismos eucariticos, que
possuem ao menos um gene para cada subunidade desta enzima, conhecidas como a subunidade cataltica, ou
calcineurina A (CNA) e subunidade regulatria, ou calcineurina B (CNB). Assim como para outros fungos patognicos, a
calcineurina tem papel fundamental na sinalizao celular ligada a virulncia do P. brasiliensis. Conforme mostrado por
Campos e colaboradores (CAMPOS et al.,2008), a calcineurina controla mecanismos bioqumicos ligados transio
miclio-levedura e proliferao do P. brasiliensis. Neste relatrio sero apresentados os procedimentos usados para a
clonagem e expresso no s do gene da calcineurina B, mas tambm da calcineurina A.
RNA total de leveduras do P. brasiliensis foi extrado previamente pela professora Claudia para ser usado como
molde para a sntese de cDNA. Foram usados protocolos com as enzimas transcriptase reversa M-MLV RT e SuperScriptII
RT, ambos com primers randmicos e OligodT para estabelecer a melhor condio experimental. Para garantir a sntese
integral de cada um dos genes, foi escolhido o protocolo de oligodT e, atravs de quantificao por leitura tica foi possvel
determinar que a enzima SuperScriptII RT obteve uma concentrao final de cDNA mais alta em comparao M-MLV,
portanto foi escolhida a SuperScriptII. Para amplificar o cDNA da calcineurina A e da calcineurina B, foram produzidos
oligonucleotdeos especficos para o incio e fim da regio codificante. Para calcineurina A, o oligonucleotdeo 5`
(CCGGCCAGATCTATGGATGCCAAAATAGAGCG) foi desenhado de forma a conter um stio para a enzima BglII (em
negrito) seguido do ATG inicial (sublinhado). O oligonucleotdeo 3(CCGGCCAAGCTTAGCTGATCCTTCGGGCCATG)
por sua vez, foi desenhado de forma a conter um stio para a enzima HindIII (em negrito) seguido do cdon de terminao
(sublinhado), para que o gene amplificado pudesse ser inserido no vetor pqTev digerido com a enzima BglII e HindIII.
Contudo, o trecho codificante do gene da calcineurina A apresenta um stio para a enzima BglII na posio 760 pb, o que
implica na clonagem em duas etapas: primeiramente clonagem da regio mais 3 do gene, flanqueado pelos stios
BglII-HindIII no vetor pqTev digerido com as mesmas enzimas, seguido da digesto desta construo
com as enzima
BamHI-BglII e posterior clonagem do fragmento mais 5 do gene flanqueado pelos sitios BglII-BglII, j que as
terminaes protuberantes dos stios BglII e BamHI so compatveis. Para calcineurina B, o oligonucleotdeo 5
(CCGGCCGGATCCATGGCTGCGGAACCCAATGC) foi desenhado para conter um stio BamHI (em negrito) seguido do
ATG inicial (sublinhado). Por fim, o oligonucleotdeo 3 (CCGGCCAAGCTTAACAGACAGGGAAAAAGG) foi desenhado
com um stio para a enzima HindIII em negrito seguido do cdon de terminao (sublinhado). Todos os primers foram
desenhados com o trecho inicial CCGGCC de maneira a conferir estabilidade a eles.
A PCR foi realizada com Taq DNA polimerase produzida pelo grupo do professor Martin Wurtele (Unifesp-SJC), com
200 nM de cada um dos primers em um ciclo de 5 min a 95C seguido de 25 ciclos de 30 seg a 95C, 2 min a 50C, 1 min a
72C, com trmino da reao em 7 min a 72C. Com colaborao do grupo da professora Rosana Puccia (Unifesp-So
Paulo), a integridade e eficincia da sntese de cDNA foi testada usando oligonucleotdeos especficos para a amplificao
do cDNA do RNA da glicoproteina GP43. A PCR com os oligonucleotdeos para GP43 revelaram a amplificao de uma
banda de peso molecular esperado, porm os oligonucleotdeos para CNA e CNB no apresentaram banda, embora o
controle positivo com DNA genmico tenha produzido bandas de peso molecular esperado. Este resultado sugeria que
provavelmente os RNAs para os genes da calcineurina estavam muito pouco representados no pool de RNA. Portanto, foi
feita nova extrao de RNA, porm agora de P. brasiliensis na fase miceliana. Usando as mesmas condies
experimentais, a PCR com oligonucleotdeos para CNA do cDNA de miclio revelou uma banda de tamanho aproximado de
1800 pb em gel de agarose 1%, o que esperado para o gene da calcineurina A sem os ntrons. No foi conseguido ainda
a amplificao do cDNA para a calcineurina B.
Foi realizada uma digesto do material amplificado da calcineurina A com as enzimas BglII e HindIII e o material foi
submetido a eletroforese de maneira que se separasse em duas bandas de tamanho 759 pb e 1021 pb, conforme era
esperado devido presena do stio de BglII no gene. O gel de agarose foi cortado e cada banda foi purificada
separadamente (EasyPrep GEL/PCR Purificao EP-11-13323) para seguir para a clonagem no vetor pqTev. Atravs de
uma reao com ligase T4, o fragmento de 1021 pb (poro 3 do gene) foi ligado ao vetor pqTev j digerido e foi
transformado em Top10, plaqueado em meio LB com 50 g/ml de ampicilina e incubado a 37C por 16 h. A partir das
colnias obtidas, foi realizado pr-inculo em meio de cultura LB lquido com 50 g/ml de ampicilina por 16 h a 37C, para
extrao do plasmideo por miniprep (EasyPrep DNA Plasmidial Mini EP-14-13012). Aps digesto do plasmdeo obtido com
as enzimas BglII e HindIII e confirmada a presena do inserto de 1021 pb, o material seguiu para sequenciamento na
empresa Proteobras. A sequncia retornada foi comparada com o banco de sequncias do ncbi com o programa blast e foi
encontrado 92% de identidade com o gene da calcineurina A do P.brasiliensis, o que indica que a primeira parte da
clonagem foi bem sucedida.
A parte inicial deste projeto foi muito trabalhosa devido dificuldade em amplificar os genes a partir do cDNA de
levedura. Ainda buscamos a obteno da regio codificante do gene da calcineurina B. Este trabalho ser continuado no
sentido de clonar o fragmento 5 do gene da calcineurina A de 759 pb na construo j com a poro 3 do gene,
digerido com BamHI e BglII. Uma vez clonada a regio codificante total, ser feita expresso heterloga e purificao da
protena para ser usada em ensaio bioqumico e cristalografia. Paralelamente, ser buscada a clonagem da regio
codificante da calcineurina B. Para isso, j foram realizadas ensaios de PCR nos quais foram variadas as temperaturas de
anelamento dos primers para 48 e 55 C, porm ainda no foi observada amplificao. Outros parmetros de amplificao
sero variados, como o nmero de ciclos. Se ainda no houver xito, outros oligonucleotdeos sero produzidos para novos
ensaios.
Participantes:

Orientador: Claudia Campos


Docente: Martin Wurtele
Discente: Bruno Luiz Otilio
Discente: Gloria Gallo
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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Melissa Grant Hnni
Discente: Nayara Eroles

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Natalia Cristina Garrido Andrade
Ttulo: Efeito do anestsico Bupivacana na imunogenicidade de uma vacina de DNA
codificado mltiplos eptopos de linfcitos T CD4 do HIV
Palavras-Chave: HIV, T CD4, BUPIVACANA, VACINA DE DNA
A epidemia causada pelo vrus da imunodeficincia humana (HIV-1) a mais importante infeco emergente das
ltimas dcadas. A despeito dos avanos no conhecimento da patogenia do vrus e da resposta imune infeco, at o
momento no existe uma vacina eficaz contra a infeco pelo HIV. Diversas linhas de evidncia indicam que anticorpos
neutralizantes, linfcitos T CD4+ e T CD8+ desempenham um importante papel na imunidade contra o HIV. As vacinas
indutoras de resposta celular contra o HIV-1 desenvolvidas at o momento so em sua maioria destinadas a induzir
respostas mediadas por linfcitos T CD8+. Entretanto, a participao dos linfcitos T CD4+ na imunidade contra o HIV-1,
evidenciada por estudos com pacientes infectados, e modelos de vacinas experimentais tm corroborado com a importncia
do desenvolvimento de uma vacina indutora de tal subtipo celular. Em estudos prvios, o nosso grupo mostrou que a
imunizao de camundongos com uma vacina de DNA codificando 18 eptopos para linfcitos T CD4+ provenientes do
HIV-1 (HIVBr18) foi capaz de induzir resposta celular especfica e ampla de linfcitos T CD4+ e CD8+. No presente trabalho
avaliamos o efeito adjuvante do anestsico Bupivacana na imunogenicidade da vacina de DNA contendo eptopos para
linfcitos T CD4+ do HIV-1 (HIVBr18). Para tal, camundongos isognicos fmeas de 6 a 8 semanas de idade da linhagem
BALB/c (H-2d) receberam pela via intramuscular, 3 doses de 50g (dose sub-tima) da vacina de DNA HIVBr18 ou vetor
vazio (pVAX) na ausncia ou presena de uma soluo contendo 0,25% anestsico Cloridrato de Bupivacana. Duas
semanas aps a ltima dose, os animais foram sacrificados, e a resposta celular HIV-especfica foi avaliada atravs dos
ensaios de ELISPOT para IFN?, proliferao celular e deteco de citocinas intracelulares por citometria de fluxo.
Observamos que esplencitos de animais imunizados com a vacina HIVBr18 na presena de Bupivacana apresentaram
uma maior porcentagem de linfcitos T especficos que proliferam e produzem citocinas simultaneamente. Esses dados
iniciais mostram que o anestsico Bupivacana capaz de aumentar a magnitude da resposta imune especfica contra os
eptopos codificados pela vacina HIVBr18.
Participantes:

Discente: Natalia Cristina Garrido Andrade

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Natlia de Castro Medglia
Ttulo: ENVOLVIMENTO DO RETICULO ENDOPLASMTICO NA SINALIZAO DE
CLCIO EM MODELO CELULAR DE HUNTINGTON
Palavras-Chave: Clcio, Retculo Endoplasmtico, Doena de Huntington, Huntingtina
ENVOLVIMENTO DO RETICULO ENDOPLASMTICO NA SINALIZAO DE CLCIO EM MODELO CELULAR DE
HUNTINGTON
Medglia NC(1); Monteforte PT(1); Bincoletto C(1); Smaili SS(1).
1.Departamento de Farmacologia, Universidade Federal de So Paulo (UNIFESP), So Paulo/SP.
Introduo: A Doena de Huntington (DH) uma desordem neurodegenerativa progressiva e incapacitante do
sistema nervoso central. Trata-se de um distrbio gentico autossmico dominante causado por uma mutao no gene que
codifica a protena huntingtina. A huntingtina mutada (mHtt) forma agregados proteicos, denominados corpos de incluso
intracelulares. O acmulo destas protenas parece ativar a via autofgica e a morte celular. Estudos sugerem uma
associao da autofagia com a neurodegenerao. Entretanto, os mecanismos que levam a induo do processo
autofgico ainda no esto claros. O on clcio (Ca2+) um dos moduladores da autofagia e pode, portanto, estar envolvido
neste processo. Quando estimuladas, as clulas apresentam aumento na concentrao de clcio citoslico, que pode ser
resultado da liberao de Ca2+ armazenado em estoques intracelulares como o retculo endoplasmtico (RE). A ativao
de receptores de inositol trifosfato (IP3R) presentes na membrana desta organela promove a liberao do on Ca2+ para o
citosol.
Objetivo: Diante do exposto, este trabalho tem como objetivo avaliar a importncia do contedo de clcio do retculo
endoplasmtico em modelo celular da Doena de Huntington.
Material e mtodos: Foram utilizados fibroblastos embrionrios de ratos normais transfectados com huntingtina
normal (MEF +/+ ?4) ou com mHtt (MEF+/+ ?2). As clulas foram cultivadas em meio contendo DMEN high glicose
suplementado com 10% de soro fetal bovino e 1% de penicilina/estreptomicina. Para o estudo do clcio citoslico, as
clulas foram incorporadas com o indicador de Ca2+ FURA-2AM (30 min). As clulas foram estimuladas com noradrenalina
(NA, 10M e 100M) na presena ou ausncia do inibidor de IP3R: 2-Aminoetoxidifenil borato (2-APB, 100M, por 10 min).
Os experimentos foram realizados em microscpio de fluorescncia em tempo e espao reais.
Resultados: Primeiramente, foram testadas diferentes drogas para verificar quais induziam uma resposta de
aumento de clcio intracelular. As clulas MEF +/+ ?4 responderam ao Carbacol (CCH, 100M) e NA (100M). Uma vez
escolhida a NA, foi realizada uma curva dose-resposta para determinar quais concentraes seriam utilizadas. Nesta,
verificou-se que as concentraes de 1 M, 10M, 100M e 1mM induziram uma resposta de aumento de clcio citosolico,
sendo este mais evidente em 10M, 100M. Quanto ao padro de resposta obtida, foi observado que, nas clulas MEF +/+
?4, a noradrenalina induziu uma resposta de clcio rpida seguida por uma resposta de clcio sustentada. Por outro lado,
as MEF (+/+ ?2) exibiram, em sua maioria, uma resposta de clcio sustentada. Alm disso, o tratamento com 2-APB foi
capaz de diminuir as respostas de clcio observadas em ambas as linhagens celulares.
Concluso: Juntos, estes dados sugerem que o clcio proveniente do retculo endoplasmtico, pela via de ativao
de receptores de IP3, tem um importante papel em modelo celular de Huntington.
Apoio financeiro: CNPq.
Participantes:

Orientador: Soraya Soubhi Smaili


Docente: Cludia Bincoletto
Docente: Priscila Monteforte
Discente: Natlia Medglia

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Noemi dos Santos Arajo
Ttulo: Estudo Bioqumico de Protenas Processadoras de cidos Nuclicos de
Bactrias
Palavras-Chave: Sistema CRISPR/Cas, protenas processadoras de cidos nucleicos
Estudo Bioqumico de Protenas Processadoras de cidos Nuclicos de Bactrias
Aluna: Noemi dos Santos Arajo
Orientador: Dr. Martin Rodrigo Alejandro Wurtele Alfonso
O fenmeno do RNA inibitrio (RNAi) tem recebido ateno elevada na rea de biomedicina nos ltimos anos. Entre
os sistemas de RNAi procarioto, figura o recentemente descoberto sistema CRISPR/Cas, uma ferramenta que apresenta
implicaes importantes para o desenvolvimento de medicamentos. O sistema CRISPR (Clusters of Regularly Interspaced
Short Palindromic Repeats) compreende elementos genticos compostos por repeties palindrmicas separadas por
regies espaadoras (?spacers? de DNA). Estes spacers aparentemente originam-se de fontes extra-cromossomais e tem a
funo de proporcionar resistncia contra infeces por bacterifagos e transformaes por plasmdeos.
Sendo assim, o
sistema CRISPR consiste num sistema imune adaptativo que pode ser programado para rejeitar a transferncia horizontal
de cidos nuclicos indesejados. Apesar de no ser ainda completamente compreendido, o sistema CRISPR/Cas funciona
de tal forma que novos spacers de DNA extra-cromossomais so inseridos e transcritos. Este transcrito posteriormente
processado por protenas Cas (CRISPR associated proteins) para formar crRNA (CRISPR RNA) que, atravs de um
complexo formado por estas protenas, degrada DNA e RNA alvo.
Neste projeto, analisou-se o domnio cataltico de uma protena Cas deThermus thermophilus, sendo que este
domnio foi clonado, expresso de forma recombinante em E.coli e purificado. Posteriormente, realizaram-se ensaios
bioqumicos para anlise funcional in vitro, demonstrando a atividade nucleasse de cidos nuclicos deste domnio. Como o
sistema CRISPR participa na defesa de bactrias contra bacterifagos, este trabalho pode abrir caminho para a realizao
de estratgias de varredura de inibidores que possam contribuir para o tratamento de doenas causadas por estes
organismos.
Participantes:

Orientador: Dr. Martin Rodrigo Alejandro Wurtele Alfon


Discente: Noemi dos Santos Arajo

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Rafael Aparecido Riganti Francisco
Ttulo: Avaliao da expresso de diferentes marcadores em co-cultura de clulas de
Sertoli e germinativas, antes e aps estmulo com FBS ou relaxina.
Palavras-Chave: Relaxina, espermatognese, expresso gnica
Introduo. A regulao do processo de espermatognese envolve a ao de testosterona, de hormnio
folculo-estimulante (FSH) e de uma srie de fatores de crescimento autcrinos/parcrinos, alguns deles produzidos pelas
clulas de Sertoli. Nosso laboratrio trabalha com a hiptese de que relaxina (RLN), um hormnio de estrutura semelhante
insulina, possa exercer uma regulao autcrina/parcrina sobre a espermatognese, com base em duas evidncias
principais: o knockout de Rln em machos resulta em infertilidade, e RLN e seu receptor RXFP1 esto co-localizados em
clulas de Sertoli e RXFP1 est presente em clulas da linhagem germinativa. O objetivo do presente trabalho foi
caracterizar, em testculo de ratos imaturos e maduros e num modelo de co-cultura de clulas de Sertoli e germinativas,
estimulada ou no com RLN, a expresso gnica de: 1) Rln e receptores Rxfp1 (receptor preferencial) e RXFP2 (receptor
alternativo); 2) marcadores de diferentes fases da espermatognese: Zfp145 (ou Plzf, marcador de clulas tronco
espermatogoniais,
goncitos
e
espermatognias
indiferenciadas),
c-kit
(espermatognias
diferenciadas);
Sycp2
(synaptonemal complex protein, marcador de meiose), Hils1 (estgio inicial das espermtides), Acr (Acrosin, marcador de
acrossoma) e Odf2 (marcador de flagelo); 3) outros alvos no especficos de clulas germinativas, para auxiliar a avaliar a
funcionalidade e a diferenciao celular durante a co-cultura: metaloproteinases (Mmp2 e Mmp7); protenas de juno
(caderinas Cdh1 e Cdh2), e antgeno nuclear de proliferao celular (Pcna).
Mtodos. Os procedimentos foram aprovados pelo Comit de tica em Pesquisa da UNIFESP (CEP 0937/10). Foram
utilizados ratos Wistar machos, de 7 e 60 dias. Para a co-cultura, testculos de animais de 7 dias foram removidos e
submetidos a trs etapas de digesto enzimtica: a primeira com tripsina e DNase; a segunda com glicina e DNase e a
terceira com colagenase e DNase. As clulas foram plaqueadas em placas de 60 mm e cultivadas em meio F12/DMEM por
2 (D2), 5 (D5) e 8 (D8) dias, a 35C, em estufa com 5% CO2. As clulas foram incubadas, por um perodo inicial de 48 h, na
ausncia ou presena de RLN (100 ng/mL) ou soro fetal bovino (FBS, 0,5%). Aps os diferentes tempos de cultivo, as
clulas foram lavadas com tampo fosfossalino, e o RNA total dos testculos e das culturas extrado pelo mtodo do TRIzol.
A primeira fita de cDNA foi sintetizada utilizando kit Superscript (Invitrogen). Para a PCR em tempo real com o reagente
SybrGreen da Applied Biosystems, foram determinadas as melhores concentraes de cDNA e de primers, assim como a
sua eficincia. ?-actina (Actb) foi utilizada como controle endgeno. A amplificao foi realizada em sistema ABI 7500
Real-Time PCR System (Applied Biosystems). Cada amostra foi corrida em triplicata. Para cada gene foram realizados
experimentos independentes com cDNAs provenientes de 4 a 5 diferentes culturas.
Os dados foram analisados pelo
mtodo comparativo de CT, de acordo com o ABI PRISM User Bulletin #2.
Resultados. 1) Rln e receptores. A expresso de Rln diminuiu, em testculo, com o desenvolvimento sexual, e foi
aumentada em D2 pelo tratamento com RLN. A expresso de Rxfp1 tendeu a aumentar tanto em testculo, com a
maturao, como na co-cultura, com o tempo de cultivo, e foi aumentada em D5 pelo tratamento com FBS. A expresso de
Rxfp2 no variou com a maturao sexual ou com o cultivo. 2) Marcadores de clulas germinativas. O tratamento com FBS
diminuiu a expresso de Plzf e c-kit em D2, sugerindo um efeito inibitrio sobre a espermatognese. J o tratamento com
RLN aumentou a expresso de c-kit e Odf2 em D5, sugerindo um papel tanto nas etapas iniciais como mais avanadas da
espermatognese. 3) Quanto expresso dos demais marcadores, com a nica exceo de Mmp2, a variao na sua
expresso, ao longo do tempo de cultivo, pareceu acompanhar a variao que ocorreu no testculo, com o processo de
maturao sexual: a expresso de Pcna e de Cdh2 no variou e a expresso de Mmp7 e de Cdh1 diminuiu. Os tratamentos
com FBS ou RLN no alteraram significantemente a expresso desses genes, com exceo de uma diminuio, em D2, e
um aumento, em D8, na expresso de Mmp2, aps tratamento com FBS.
Concluses. O presente estudo permitiu um mapeamento amplo da expresso de diferentes marcadores na
co-cultura, e demonstrou que o modelo apropriado para o estudo das diferentes etapas da espermatognese. O aumento
concomitante da expresso de ckit e de Odf2 sugere que relaxina atua sobre etapas pr e ps-meiticas da
espermatognese. Este mapeamento, associado a estudos de expresso protica e do papel da RLN na organizao dos
tbulos seminferos, pode auxiliar a esclarecer o papel da RLN sobre a espermatognese, e indicar um possvel novo alvo
para a terapia da infertilidade masculina.
Apoio financeiro: CNPq e FAPESP.
Participantes:

Orientador: Maria F. M. Lzari


Orientador: Maristela T. Pimenta
Discente: Rafael A. Riganti

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Rui Toshio Takemoto de Mendona Alho
Ttulo: Caracaterizao e papel biolgico de protoplastos de Saccharomyces
cerevisiae na interao com clulas de mamferos
Palavras-Chave: Saccharomyces cerevisiae, infectividade, protoplasto, parede celular, membrana plasm
Caracterizao
mamferos

papel

biolgico

de

protoplastos

de

Saccharomyces

cerevisiae

na

interao

com

clulas

de

AUTORES: RUI TOSHIO TAKEMOTO DE MENDONA ALHO, TANIL GOES LACERDA FILHO & HELIO KIYOSHI
TAKAHASHI
Departamento de Boqumica- Disciplina de Biologia Molecular- Setor de Imunoqumica de Glicoconjugados- Ed. Jose
Leal Prado
Escola Paulista de Medicina
Universidade Federal de So Paulo.
Nos ltimos anos, Saccharomyces cerevisiae tem sido descrito como o agente de uma micose emergente em
pacientes imunocomprometidos. Esse fungo tem sido descrito como um patgeno oportunista ao infectar indivduos
imunocomprometidos, alm disso, algumas cepas apresentam resistncia a antifngicos usuais, como fluconazol. Assim,
de interesse uma melhor caracterizao de componentes estruturais, tanto de parede celular como de membrana
plasmtica, possivelmente envolvidos em processos de infectividade desse fungo.
O presente trabalho visa estabelecer ensaios de infectividade com a cepa CTT-2593 de S. cerevisiae, utilizando
leveduras intactas e/ou seus protoplastos. Em uma etapa posterior sero analisados os perfis de glicanas, lipdeos e
protenas das duas formas, tendo como objetivos investigar diferenas na composio da membrana plasmtica, induzidas
pela ausncia de parede celular, e que potencialmente possam estar relacionadas com processos de infeco.
Protoplastos de S. cerevisiae foram obtidos aps tratamento enzimtico com Zymolase 20T e visualizados aps
colorao das clulas com o marcador fluorescente Fungiflora Y.
A formao de protoplastos foi confirmada por
microscopia de fluorescncia, tendo sido definida que a concentrao ideal de Zymolase foi 0,2 mg/ml de tampo de
Sorbitol 1,2 M/ Fosfato 20 Mm, pH 7,5,
por 20 minutos a 37C. Nesta etapa do projeto, o teste de infectividade foi realizado
com leveduras no tratadas com Zymolase. Macrfagos peritoneais de camundongo BALB/c foram incubados com
leveduras de S. cerevisae na proporo de 3:1 em meio RPMI 1640 suplementado com soro fetal bovino 10% por 60 mins a
25 C. Em seguida, as clulas foram fixadas com PBS/formaldeido 4%, lavadas com RPMI1640 e coradas HEMA 3.
Por
microscopia ptica, verificou-se que leveduras de S. crevisae apresentam capacidade de invadir e infectar clulas
macrofgicas peritoniais de camundongos BALB/c.
Uma vez estabelecidos os protocolos corretos para obteno de protoplastos de S. cerevisae, ensaios sero
conduzidos para investigar o potencial infectivo dos protoplastos. Em paralelo, sero realizadas anlises comparativas dos
perfis de glicanas, lipdeos e protenas, entre S. cerevisae intactos e seus protoplastos por cromatografia lquida de alta
resoluo.
AUXILIO FINANCEIRO: CNPQ/FAPESP/CAPES
Participantes:

Orientador: Helio Kiyoshi Takahashi


Discente: Tanil Goes Lacerda Filho

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Samara Souza Barbosa
Ttulo: Uso do minigene C7H2 codificante de peptideo derivado da estrutura de CDRs
de Igg em estudo da atividade antitumoral melanoma murino
Palavras-Chave: melanoma, minigenes, peptdeos, apoptose
O melanoma um tumor maligno originado a partir de melancitos, sendo a principal causa de morte por doena de
pele; caracteriza-se pela alta capacidade de metstase no sistema nervoso central (SNC). O prognstico de pacientes com
melanoma metasttico desfavorvel, com sobrevida mdia de oito a nove meses, e o tratamento com frmacos
quimioterpicos e/ou compostos imunoterpicos e hormonais no tem fornecido respostas clnicas significativas na maioria
dos casos. O uso de peptdeos bioativos, derivados das regies CDRs de imunoglobulinas, apresenta-se como potencial
agente teraputico e/ou adjuvante da ao antitumoral a julgar pelos ensaios pr-clnicos disponveis. Neste projeto
propomos a clonagem de minigenes codificando o peptdeo C7H2, cuja atividade antitumotal em modelos murinos foi
comprovada anteriormente. Como objetivo geral deste trabalho visamos estudar a atividade antitumoral da expresso do
minigene codificante para o peptdeo sinttico C7H2 derivado da estrutura de CDRs de imunoglobulinas in vitro e in vivo.
Tais construes so compostas de eptopo nico com e sem a sequencia lder de Igk (C7K+ e C7K-) ou multisequencias
dos peptdeos separados por espaadores GlyProGlyProGly, com a presena ou ausncia da sequencia IgK (C7M- e
C7M+). A Subclonagem destas construes de minigenes sintticos foi realizada em vetor de clonagem pIRES-EGFP
(Clontech) entre os stios de restrio para as endonucleases XhoI e BamHI. At o momento, foram testadas algumas
linhagens tais como melanoma murino (B16F10), e linhagens derivadas do cordo umbilical (HUVEC) a fim de verificar o
melhor sistema para transfeco e funcionalidade do sistema minigenes-EGFP in vitro; bem como ensaios para avaliao e
comparao da expresso das construes transfectadas nessas linhagens celulares e seu possvel efeito apopttico por
marcao com DHE (Dihydroethidium) e Hoechst 33342 (Invitrogen), analisadas em Microscpio de fluorescncia invertido
(Zeiss), e por marcao com DAPI analisados por FACS. Ensaios com aplicaes de tais minigenes em modelo de
melanoma murino in vivo foram conduzidos utilizando-se de camundongos C57Bl/6. Os resultados preliminares
utilizando-se as construes de minigenes pIRESC7K+ e pIRESC7K- em linhagem celular B16F10 demonstraram uma
notvel condensao da cromatina quando comparadas com as clulas do controle, no transfectadas e significante
aumento na produo de superxido nas clulas que expressavam os minigenes quando comparadas aos controles.
Contudo, os efeitos foram mais efetivamente observados para a construo de localizao citoplasmtica (pIRESC7K-) Tais
resultados demonstram o efeito citotxico do minigene codificante para o peptdeo C7H2 e que ele induz a morte por
apoptose, que um evento celular no qual a clula sofre alteraes morfolgicas caractersticas como, por exemplo, a
condensao da cromatina e o estresse oxidativo observadas nestes experimentos. No experimento in vivo, testou-se a
ao antitumoral do minigene pIRESC7k- (localizao citoplasmtica): 4 grupos experimentais compostos por 5
camundongos C57Bl/6 cada, foram tratados com PBS, o vetor vazio pIRES e pCMV (vetor da interleucina 12, a qual tem
ao adjuvante) e dois grupos foram submetidos a administrao de pIRESC7k- e pIL12 diferenciando na aplicao, base
da cauda e intramuscular. As aplicaes foram feitas antes e aps os camundongos serem desafiados com clulas B16f10.
Aps 25 dias do inicio do tratamento o sangue dos camundongos foi coletado para analise de produo de anticorpos, e
posteriormente foram sacrificados para a contagem dos ndulos pulmonares. Pode-se verificar uma tendncia de proteo
para os animais que receberam aplicaes dos pIRESC7k- e IL12 e quanto a produo de anticorpos, no houve diferena
significativa entre os grupos analisados. A partir destes estudos, podemos esquematizar novos experimentos in vivo , assim
como aperfeioar novos testes in vitro, os quais esto sendo conduzidos com o intuito de reafirmar os resultados at agora
obtidos.
Participantes:

Orientador: Profa. Dra. Ndia Alice Pinheiro


Docente: Prof. Dr. LUiz R.R.G. Travassos
Docente: Prof. Dr. Armando Morais Ventura
Docente: Dra. Denise Arruda
Docente: Dra. Thaysa Paschoalin
Docente: Dr. Felipe Valena Pereira

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Sarah Franco Figueira
Ttulo: O papel de alteraes na adeso celular na regulao da localizao nuclear da
quinase AKT/PKB em linhagens celulares de melanoma que apresentam mutaes
oncognicas distintas
Palavras-Chave: Melanoma, Anoikis, AKT
A quinase AKT tem recebido considervel ateno devido larga importncia na regulao da sobrevivncia em
melanomas. Entretanto, a atuao de AKT no est condicionada somente aos seus estados ou nveis de ativao, mas
tambm dinmica da sua localizao na clula, podendo levar a interaes especficas em compartimentos distintos,
refletindo em efeitos biolgicos diversos.
Recentemente, observamos que clulas de melanoma resistentes ao anoikis
(morte celular por perda de adeso) apresentaram uma intensa concentrao de AKT fosforilado no ncleo, sugerindo que
modificaes no ?status? de adeso celular podem regular a dinmica da localizao de AKT neste compartimento. A
importncia biolgica da presena de AKT no ncleo durante a progresso tumoral e metstase pouco explorado,
principalmente em tumores altamente metastticos como melanomas. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi determinar
a se localizao celular de AKT modulada em consequncia de alteraes no status de adeso em diferentes linhagens
celulares de melanoma humano que apresentam mutaes distintas em B-RafV600E (A2058),
N-RasQ61R (SKMEL-02) ou
em clulas que so wild-type para B-Raf e N-Ras (MEWO). Nossos resultados mostraram que todas as linhagens
expressam a isoforma AKT1 durante o cultivo em condies de adeso e suspenso. Em contraste, a
AKT2 no est
expressa em nenhuma linhagem e
AKT3 somente na linhagem SKMEL02. Ensaios de imunofluorescncia indireta sobre a
localizao endgena de AKT revelaram que em geral h uma prevalncia de AKT fosforilado no ncleo das diferentes
linhagens celulares, independentemente do cultivo em condies de adeso ou suspenso. Adicionalmente,
clulas
transfectadas com construes GFP-AKT que codificam para a molcula de AKT total, mutada ou truncada
revelou que
todas as protenas de fuso foram encontradas no ncleo das linhagens celulares, independentemente do background
gentico. Estes resultados sugerem que tanto a fosforilao ou a atividade quinase de AKT no so pr-requisitos para sua
localizao nuclear.
Participantes:

Orientador: Joel Machado Jr.


Docente: Renata Pascon
Docente: Marcelo A. Vallin
Discente: Sarah Franco Figueira
Discente: Amanda Rodrigues da Silva

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Tathiany Corteze Torres
Ttulo: Expresso de receptores AT1 de angiotensina no endotlio vascular de
camundongos: influncia de receptores B2 de bradicinina.
Palavras-Chave: Endotlio; Angiotensina II; Bradicinina; Receptores
Introduo e Objetivo:
Vrios estudos demonstraram que o controle das funes circulatrias resultado, ao menos em parte, de interao
funcional e complexa dos vrios componentes dos Sistemas Calicrena-Cininas e Renina-Angiotensina. Neste contexto,
sabe-se que pode haver formao de heterodmeros estveis e funcionais entre receptores AT1 de angiotensina II (Ang II) e
receptores B2 de bradicinina (BK) em culturas de clulas de msculo liso vascular de ratos (Abdalla et al 2000) e em
plaquetas e vasos sanguneos de humanos (Quitterer et al 2004).
Alm dessas informaes, um estudo recentemente
realizado em nosso laboratrio demonstrou que a deleo gentica de receptores B2 induz significativa perda de resposta
vasoconstritora frente estimulao com Ang II em arterolas de resistncia de camundongos (dados no publicados). Em
conjunto, esses dados apontam para um papel importante de receptores B2 nos efeitos finais produzidos pela Ang II no
sistema vascular.
Inmeras ferramentas farmacolgicas, bioqumicas e moleculares tm auxiliado no entendimento dessa
inter-relao de cininas e angiotensinas, incluindo inibidores enzimticos, antagonistas especficos de receptores e a
utilizao de animais modificados geneticamente.
Entretanto, os mecanismos celulares envolvidos nesse fenmeno no
esto totalmente elucidados, principalmente no endotlio vascular.
Diante disso, o presente estudo tem o objetivo de
analisar a expresso gnica de receptores AT1 em clulas endoteliais de camundongos submetidos deleo gentica de
receptores B2 (B2-/-) e selvagens (WT) da linhagem de origem (C57Bl/6).
Mtodos:
Foram utilizados camundongos B2-/- e WT, machos, adultos (10-14 semanas), provenientes do Centro de
Desenvolvimento de Modelos Experimentais para Medicina e Biologia (CEDEME ? UNIFESP). Todos os procedimentos
foram previamente aprovados e realizados de acordo com o Comit de tica da UNIFESP (No. do protocolo 0928/05). Os
animais foram sacrificados por deslocamento cervical, os pulmes retirados, lavados com tampo fosfato (PBS), e
explantes de 1 cm3 foram distribudos em placas de cultura de 6 poos (35mm). Os tecidos foram recobertos com meio
DMEM suplementado com 20 % de soro fetal bovino e gentamicina (40mg/L), pH 7.4, e mantidos em incubadora de CO2
(5%) a 37C. Os explantes foram descartados aps 60 horas e os meios foram trocados a cada 2 a 3 dias. As culturas
primrias cresceram at atingirem confluncia e foram repassadas em proporo de 1:4 utilizando-se tripsina (0,1%). Aps
5 a 6 passagens, os focos de clulas sobreviventes foram identificados, isolados e subcultivados at a imortalizao da
linhagem.
As clulas endoteliais foram caracterizadas atravs de marcaes positivas para Ulex europaeus (100 g/mL)
em PBS/NONIDET 40 (0,01%), e por imunohistoqumica com anticorpo anti-Fator von Willebrand (vWF) (1:50).
Amostras
foram congeladas a -80oC e posteriormente em nitrognio lquido. Para a determinao de expresso gnica de AT1, as
clulas (n = 4 por grupo) foram despertadas e cultivadas em um frasco com rea de 150 cm2, at atingirem confluncia.
Aps a extrao de RNA pelo mtodo do TRIzol (Invitrogen) e verificao de sua integridade por espectrofotometria, as
amostras foram tratadas com DNAse a fim de se evitar a contaminao com DNA genmico. O cDNA foi construdo a partir
de 5 g de RNA, e 3 L de cada amostra foram empregados na Reao de Polimerase em Cadeia (PCR) em Tempo Real,
utilizando-se o mtodo de deteco Syber Green. Como gene normalizador, utilizou-se a expresso de TATA Binding
Protein (TBP). Trs rplicas foram feitas por amostra, a fim de assegurar significncia estatstica e os resultados foram
analisados pelo mtodo 2-??Ct (Livak & Schmittgen, 2001).
Resultados:
As culturas de endotlio vascular de camundongos foram obtidas e imortalizadas com sucesso. A caracterizao do
endotlio foi confirmada atravs da marcao positiva com Ulex e da deteco do vWF em grnulos citoplasmticos
concentrados no espao peri-nuclear de 92,4% das clulas analisadas. Os resultados dos ensaios de PCR mostraram uma
expresso consistente de receptores AT1 em clulas endoteliais cultivadas; entretanto, a expresso destes receptores em
amostras de camundongos B2-/- foi significativamente menor, correspondendo aproximadamente metade dos valores
encontrados para WT.
Discusso e concluso:
Os dados obtidos no presente estudo demonstram que, assim como previamente descrito em clulas de msculo
liso vascular, existe interao de receptores AT1 e B2 na clula endotelial. Esse fenmeno pode ser particularmente
importante em vista da funo modulatria que o endotlio exerce no controle vascular, integrando diversos sinais
reguladores do tnus e crescimento vascular atravs da liberao de fatores relaxantes e constritores, espcies reativas de
oxignio, alm dos prprios peptdeos BK e Ang II.
Apoio Financeiro: CNPq; FAPESP (2007/59039-2)
Participantes:

Discente: Tathiany Corteze Torres

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Morfologicas
Autor: Ana Clara Pires Sodr
Ttulo: Efeito de agentes quimioterpicos, usados para o tratamento de cncer
TESTICULAR (protocolo BEP), sobre a espermatognese e as populaes de
macrfagos testiculares e clulas de Leydig de ratos tratados a partir da
peripuberdade.
Palavras-Chave: cncer testicular, bleomicina, etoposide, cisplatina, clulas de leydig, macrfagos
EFEITO DE AGENTES QUIMIOTERPICOS USADOS PARA O TRATAMENTO DE CNCER TESTICULAR
(protocolo BEP) SOBRE O EPITLIO SEMINFERO E AS POPULAES DE
MACRFAGOS E CLULAS DE LEYDIG,
EM RATOS TRATADOS A PARTIR DA PERIPUBERDADE.
Autores: Sodr, A.C.P.; Oliva, S.U; Paccola, C.C.; Neves, F.M.O.; Miraglia, S.M.
Bolsista CNPq: Ana Clara Pires Sodr
Orientadora: Profa. Dra. Sandra Maria Miraglia
Co-orientadora: Profa. Dra. Samara Urban de Oliva
Colaboradoras: Doutorandas Camila C. Paccola e Flvia Macedo de Oliveira Neves
Departamento de Morfologia e Gentica - Disciplina de Biologia do Desenvolvimento
Este estudo parte de um projeto maior (Tese de Doutorado), aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa/
UNIFESP, sob o nmero 0078/12.
O cncer testicular causa danos espermatognese e pode levar pacientes jovens e aqueles j em idade
reprodutiva infertilidade. Dentre os vrios tratamentos quimioterpicos, a utilizao das drogas bleomicina, etoposido e
cisplatina (protocolo BEP) tem apresentado resultados promissores, com alto ndice de cura de cncer testicular. Porm, a
ao destes agentes no seletiva para as clulas tumorais, afetando tambm clulas normais em tecidos com alta
capacidade proliferativa, como o epitlio seminfero. Alm disso, agentes quimioterpicos podem tambm causar toxicidade
direta no s sobre clulas da linhagem germinativa, mas tambm sobre clulas somticas. O tecido intersticial (que
contem clulas somticas),desempenha papel fundamental na fisiologia testicular; nele ocorre biossntese de testosterona
pela Clula de Leydig (CL), importante na ocorrncia do processo espermatognico normal. Em ratos, desde a fase
intra-uterina at a fase adulta, surgem duas populaes distintas de Clulas de Leydig (CsL): as fetais e as adultas. Em
diferentes espcies de mamferos, este tecido contm, alm de CsL,
abundncia de macrfagos (Ms) envolvidos em
diversas interaes parcrinas. O recrutamento e a manuteno dos Ms testiculares residentes esto sob o controle das
CsL. Ms testiculares residentes, por sua vez, exercem importante papel na proliferao e no desenvolvimento normal das
CsL adultas. Na fase adulta, Ms residentes atuam na regulao da esteroidognese testicular. Aps terapias anticncer,
alta incidncia de infertilidade masculina pode ocorrer em pacientes que se encontrem em idade reprodutiva ou com
potencial capacidade reprodutiva, como em adolescentes e crianas. Desta forma, torna-se imprescindvel o conhecimento
da extenso do dano testicular, objetivando, assim, a melhora dos protocolos de tratamento com base na manuteno de
uma qualidade de vida futura dos pacientes, no que concerne ao retorno ou preservao da fertilidade. Desta maneira,
considerando: 1- a importncia dos Ms locais para o desenvolvimento e a proliferao das CsL;
2- a comprovada
paracrinia entre estes dois tipos celulares e seu papel na fisiologia testicular normal; 3- a escassez de literatura concernente
participao da interao macrfago-clula de Leydig na leso do epitlio seminfero, aps tratamentos com
antineoplsicos e 4- a alta possibilidade de cura desta doena e as possveis sequelas reprodutivas no ps-tratamento, o
objetivo deste estudo foi avaliar a extenso da leso espermatognica e as alteraes quantitativas tardias de Ms
testiculares e CsL, em animais tratados, a partir da peripuberdade, com o coquetel de drogas anticncer
Bleomicina,
Etoposido e Cisplatina (BEP). Foram utilizados, para este escopo, 20 ratos machos Wistar, com 41 dias de idade, divididos
em dois Grupos: 1) Controle (n=10): tratados com soluo fisiolgica estril a 0,9%,via intraperitoneal (i.p) e 2) BEP (n=10):
tratados com os trs agentes quimioterpicos, de acordo com protocolo utilizado em oncologia, que consiste em 3 ciclos de
tratamento (cada ciclo com durao de 3 semanas, totalizando 9 semanas). O etoposido (5 mg/kg) e a cisplatina (1mg/kg)
foram administrados, via i.p., por 5 dias consecutivos em cada ciclo, enquanto a bleomicina (0,5 mg/kg) foi administrada no
2o, 9o e 16o dias de cada um dos ciclos de tratamento. A seleo das doses utilizadas foi baseada em protocolo clnico
utilizado em humanos, sendo convertidas e ajustadas para o tratamento em ratos na fase de peripuberdade, de acordo com
a literatura. Os animais foram submetidos eutansia um dia aps o trmino do tratamento, aos 105 dias de idade. Os
testculos foram submetidos s analises histopatolgicas, morfomtricas, estereolgicas e imunohistoqumicas para
deteco da enzima 11?-Hidroxiesteride desidrogenase II em CsL. Os Ms testiculares recm-chegados e os residentes
foram identificados pelo mtodo histoqumico do cido peridico-reativo de Shiff. Os animais tratados com BEP
apresentaram redues do(s):
1- peso corpreo final; 2- pesos testiculares absoluto e relativo; 3- volume testicular e 4dimetro dos tbulos seminferos, quando comparados aos animais do grupo Controle. Alm disto, estes animais
mostraram ocorrncia de hipotrofia do epitlio seminfero, decorrente de morte de clulas da linhagem germinativa, a qual
resultou em vacuolizao intraepitelial e frequente processo de ?Sertolizao tubular?. Reduo da densidade numrica de
CsL e de Ms no tecido intersticial testicular foi tambm observada no grupo BEP. Os resultados mostraram que o
tratamento quimioterpico, desde a peripuberdade, seguindo o protocolo BEP, provocou efeitos tardios deletrios sobre o
processo espermatognico, alm de reduo significante das populaes de CsL e de Ms testiculares, conforme
constatado na fase adulta, indicando uma ao nociva destes quimioterpicos na interao macrfago-clula de Leydig,
com provvel alterao dos processos de proliferao e maturao das CLs da linhagem adulta.
Participantes:

Discente: Ana Clara Pires Sodr

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rea: Cincias Bsicas Morfologicas
Autor: Andrade, T. R. M.; Gimenez, A. D.; Ramos, L.; Gil, C. D.
Ttulo: EFEITO DO TRATAMENTO FARMACOLGICO COM O PEPTDEO MIMTICO DA
PROTENA ANEXINA A1 EM MODELO DE ALERGIA OCULAR
Palavras-Chave: lipocortina 1; mastcitos; eosinfilos; neutrfilos; dexametasona; imuno-histoqumica; i
A anexina A1 (ANXA1) uma protena de 37 kDa envolvida na inibio das snteses de eicosanoides e fosfolipase
A2, induzidas por glicocorticoides, o que lhe confere propriedades anti-inflamatrias. Objetivo: Avaliar o efeito do tratamento
farmacolgico com a protena ANXA1 em um modelo experimental de conjuntivite alrgica (CA). Mtodos: Nos dias 0 e 7,
camundongos machos Balb/c receberam injeo subcutnea de ovalbumina (OVA; 5 g) e, nos dias 14, 15 e 16 foram
desafiados com OVA (250 g) por instilao direta no saco conjuntival. Os animais do grupo controle foram imunizados e
desafiados somente com salina estril. Para os tratamentos farmacolgicos (dias 14-16), foram administrados via i.p. o
peptdeo Ac2-26 (regiao N-terminal da ANXA1; 100 g) ou dexametasona (Dex; 1mg/Kg). Aps 24 horas do ultimo desafio
com OVA ou salina estril (controle), os animais foram sacrificados e as analises realizadas por meio de: escore clnico;
dosagem de IgE, IL-10 e IFN-gama
no plasma; anlises histopatolgicas, quantitativas de clulas inflamatrias nos tecidos
oculares e; imuno-histoqumica para detectar a expresso endgena da ANXA1. Resultados: Os sinais clnicos da
conjuntivite (edema de conjuntiva, hiperemia de conjuntiva, edema de plpebra e lacrimejamento/secreo) foram
observados aps 20 minutos da ultima instilao de OVA nos olhos dos animais e a resposta humoral confirmada pelo
aumento significante de IgE no plasma, comparado ao grupo controle. Os tratamentos farmacolgicos com Dex e ANXA1
foram eficazes na diminuio dos sinais clnicos nos olhos comparados aos animais sem tratamento. Ainda, o efeito da
administrao de ANXA1 foi associado diminuio dos nveis de IFN-gama no plasma, mas no de IL-10, aps 24 horas
do ltimo desafio com OVA, comparado ao grupo CA no tratado. Nesse tempo experimental, as anlises histopatolgicas e
quantitativas das clulas inflamatrias tambm revelaram o efeito anti-inflamatrio da ANXA1 por meio da diminuio
significante do influxo de eosinfilos e neutrfilos na conjuntiva em relao aos animais no tratados. Efeito semelhante foi
observado para a Dex que causou reduo no nmero de leuccitos e mastcitos na lmina prpria da conjuntiva. Nos
tecidos oculares, a expresso da protena ANXA1 foi observada nas clulas epiteliais da conjuntiva, crnea e corpo ciliar,
clulas inflamatrias, particularmente neutrfilos, e retina em todas as condies experimentais. As anlises
densitomtricas revelaram modulao dos nveis de ANXA1 nos epitlios, com diminuio significante no epitlio corneano,
aps 24 horas do desafio com OVA, comparado ao controle. Por outro lado, o tratamento com Dex aumentou
significantemente a expresso de ANXA1 nas clulas epiteliais da crnea e da conjuntiva em relao aos animais no
tratados. J, os efeitos da administrao exgena de ANXA1 foram associados reduo significante de sua expresso
endgena nesses epitlios. Concluso: A regulao inibitria da secreo de IFN-gama pela ANXA1 representa um
mecanismo importante de sua ao anti-inflamatria no modelo experimental de CA e contribui para diminuir os sinais
clnicos da conjuntivite e migrao de clulas imunes inatas, especialmente neutrfilos e eosinfilos. Portanto, essa protena
representa um alvo potencial para o desenvolvimento de alternativas teraputicas nos processos de inflamao ocular.
Apoio financeiro: FAPESP.
Participantes:

Orientador: Cristiane Damas Gil


Discente: Alexandre Dantas Gimenez
Discente: Teresa Raquel de Moraes Andrade
Discente: Lisandra Ramos

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rea: Cincias Bsicas Morfologicas
Autor: Carolina Martinez
Ttulo: Expresso e distribuio celular de protenas juncionais no pncreas endcrino
de animais tratados com dieta hiperlipdica.
Palavras-Chave: juno aderente, juno comunicante, dieta hiperlipdica, pr-diabetes tipo 2
H evidncias que os contatos celulares mediados pelas junes intercelulares so fundamentais para a adequada
secreo de insulina. No entanto, pouco se sabe sobre a importncia do acoplamento celular mediado por protenas
associadas juno aderente e comunicante para a funo endcrina do pncreas de animais em fase inicial da
pr-diabetes tipo 2.
No presente estudo, foram utilizados camundongos C57BL6 alimentados por curto perodo de tempo (30 dias) com
dieta hiperlipdica (21 g.%), como modelo de induo da pr-diabetes tipo 2. A administrao de dieta hiperlipdica (HL) a
animais dessa linhagem vem sendo empregada para o estudo da patognese da diabetes tipo 2.
Esse trabalho teve como objetivos avaliar o padro de distribuio celular de protenas associadas s junes
comunicante (Cx36) e aderente (N-caderina, alfa e beta-cateninas), bem como investigar alteraes no grau de
fluorescncia da marcao intercelular exibida por essas protenas e o grau de expresso das mesmas em ilhotas
pancreticas de animais alimentados com dieta hiperlipidica (grupo dieta) e seu respectivo grupo controle (no qual os
animais foram alimentados com dieta padro, contendo 4,5g.% lipdios).
Para caracterizao e acompanhamento do modelo, foram avaliados alguns aspectos metablicos dos animais,
como: ganho de peso, glicemia ps prandial, peso dos depsitos de gordura (gonadal, mesentrica e retroperitoneal) e
insulinemia. A anlise semi-quantitativa do grau de fluorescncia da marcao intercelular das protenas juncionais foi
realizada pelo software ImageJ em imagens de ilhotas, cujas seces de pncreas foram submetidas a reaes de
imunoistoqumica. O grau de expresso dessas protenas tambm foi avaliado, por Western Blot, em homogenados de
ilhotas pancreticas de animais dos dois grupos.
Animais alimentados com dieta HL apresentaram aumento significativo do ganho de peso corpreo (14,1 1,8%
N=12), dos valores de glicemia ps-prandial (151,5 8,0 mg/dL N=8) e da insulinemia (2,0 0,5 ng/mL N=10), quando
comparados aos valores do grupo controle: 4,7 1,1% N=12, p<0,0001; glicemia 120,8 3,1 mg/dL N=8, p=0,003 e
insulinemia 0,6 0,1ng/mL N=12, p=0,003). Os pesos (g) dos depsitos de gordura acima mencionados tambm foram
significativamente maiores em animais do grupo dieta HL (p?0,01). A marcao para as protenas N-caderina, alfa e
beta-cateninas apresentou-se em linha na regio de contato intercelular entre as clulas endcrinas da ilhota de animais de
ambos os grupos. J a imunomarcao para Cx36 observada como pontos brilhantes na regio intercelular entre as
clulas beta pancreticas da ilhota, independente do grupo analisado. O grau de fluorescncia da marcao intercelular
para essas protenas foi significativamente maior em ilhotas do grupo dieta HL: N-caderina (p<0,0001); alfa-catenina
(p<0,0001) e beta-catenina (p=0,002), Cx36 (p<0,023) (N=4/grupo, por protena). No entanto, dados preliminares de
Western Blot no revelaram alterao do grau de expresso total (juncional e citoplasmtica) dessas protenas entre
homogenados de ilhotas desses dois grupos (N=2-3 experimentos/protena).
A anlise do grau de fluorescncia da marcao intercelular das protenas N-caderina, alfa e beta-cateninas e Cx36
sugere um aumento do contedo intercelular dessas protenas em ilhotas de animais que apresentam quadro metablico
indicativo da fase inicial da pr-diabetes tipo 2, o que pode estar associado a uma resposta funcional/metablica da clula
beta frente exposio dieta hiperlipdica.
Apoio Financeiro: CNPq, FAPESP
Participantes:

Orientador: Carvalho,C. P. F.
Docente: Oliveira, C. A. M.
Docente: Collares-Buzato, C. B.
Discente: Martinez,C.
Discente: Fontes, C. C.
Discente: Benfato, I. D.
Discente: Maschio, D. A.
Discente: Canuto,L. P.
Discente: Oliveira, R. B.

Ttulo: Expresso e distribuio celular de protenas juncionais no pncreas endcrino


de animais tratados com dieta hiperlipdica.
Palavras-Chave: juno aderente, juno comunicante, pncreas endcrino, dieta hiperlipdica, pr-diab
EXPRESSO E DISTRIBUIO CELULAR DE PROTENAS JUNCIONAIS NO PNCREAS ENDCRINO DE
ANIMAIS TRATADOS COM DIETA HIPERLIPDICA.
1Martinez, C.; 1Fontes, C. C.; 1Benfato, I. D.; 2Maschio, D. A.; 1Oliveira, C. A. M.; 2Canuto, L. P.; 2Oliveira, R.B.;
2Collares-Buzato, C. B.; 1Carvalho, C.P.F.
1Depto de Biocincias, UNIFESP - Baixada Santista, Santos/SP.2Depto de Histologia e Embriologia, IB-UNICAMP,
Campinas/SP.
H evidncias que os contatos celulares mediados pelas junes intercelulares so fundamentais para a adequada
secreo de insulina. No entanto, pouco se sabe sobre a importncia do acoplamento celular mediado por protenas
associadas juno aderente e comunicante para a funo endcrina do pncreas de animais em fase inicial da
pr-diabetes tipo 2.
No presente estudo, foram utilizados camundongos C57BL6 alimentados por curto perodo de tempo (30 dias) com
dieta hiperlipdica (21 g.%), como modelo de induo da pr-diabetes tipo 2. A administrao de dieta hiperlipdica (HL) a
animais dessa linhagem vem sendo empregada para o estudo da patognese da diabetes tipo 2.
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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Morfologicas
Autor: Carolina Martinez
Esse trabalho teve como objetivos avaliar o padro de distribuio celular de protenas associadas s junes
comunicante (Cx36) e aderente (N-caderina, alfa e beta-cateninas), bem como investigar alteraes no grau de
fluorescncia da marcao intercelular exibida por essas protenas e o grau de expresso das mesmas em ilhotas
pancreticas de animais alimentados com dieta hiperlipidica (grupo dieta) e seu respectivo grupo controle (no qual os
animais foram alimentados com dieta padro, contendo 4,5g.% lipdios).
Para caracterizao e acompanhamento do modelo, foram avaliados alguns aspectos metablicos dos animais,
como: ganho de peso, glicemia ps prandial, peso dos depsitos de gordura (gonadal, mesentrica e retroperitoneal) e
insulinemia. A anlise semi-quantitativa do grau de fluorescncia da marcao intercelular das protenas juncionais foi
realizada pelo software ImageJ em imagens de ilhotas, cujas seces de pncreas foram submetidas a reaes de
imunoistoqumica. O grau de expresso dessas protenas tambm foi avaliado, por Western Blot, em homogenados de
ilhotas pancreticas de animais dos dois grupos.
Animais alimentados com dieta HL apresentaram aumento significativo do ganho de peso corpreo (14,1 1,8%
N=12), dos valores de glicemia ps-prandial (151,5 8,0 mg/dL N=8) e da insulinemia (2,0 0,5 ng/mL N=10), quando
comparados aos valores do grupo controle: 4,7 1,1% N=12, p<0,0001; glicemia 120,8 3,1 mg/dL N=8, p=0,003 e
insulinemia 0,6 0,1ng/mL N=12, p=0,003). Os pesos (g) dos depsitos de gordura acima mencionados tambm foram
significativamente maiores em animais do grupo dieta HL (p?0,01). A marcao para as protenas N-caderina, alfa e
beta-cateninas apresentou-se em linha na regio de contato intercelular entre as clulas endcrinas da ilhota de animais de
ambos os grupos. J a imunomarcao para Cx36 observada como pontos brilhantes na regio intercelular entre as
clulas beta pancreticas da ilhota, independente do grupo analisado. O grau de fluorescncia da marcao intercelular
para essas protenas foi significativamente maior em ilhotas do grupo dieta HL: N-caderina (p<0,0001); alfa-catenina
(p<0,0001) e beta-catenina (p=0,002), Cx36 (p<0,023) (N=4/grupo, por protena). No entanto, dados preliminares de
Western Blot no revelaram alterao do grau de expresso total (juncional e citoplasmtica) dessas protenas entre
homogenados de ilhotas desses dois grupos (N=2-3 experimentos/protena).
A anlise do grau de fluorescncia da marcao intercelular das protenas N-caderina, alfa e beta-cateninas e Cx36
sugere um aumento do contedo intercelular dessas protenas em ilhotas de animais que apresentam quadro metablico
indicativo da fase inicial da pr-diabetes tipo 2, o que pode estar associado a uma resposta funcional/metablica da clula
beta frente exposio dieta hiperlipdica.
Apoio Financeiro: CNPq, FAPESP
Participantes:

Orientador: Carolina Prado de Frana Carvalho


Docente: Camila Aparecida Machado de Oliveira
Docente: Carla Beatriz Collares Buzato
Discente: Carolina Martinez
Discente: Camila Calvo de Fontes
Discente: Izabelle Dias Benfato
Discente: Daniela Aparecida Maschio
Discente: Leandro Pereira Canuto
Discente: Ricardo Beltrame de Oliveira

Ttulo: Expresso e distribuio celular de protenas juncionais no pncreas endcrino


de animais tratados com dieta hiperlipdica.
Palavras-Chave: juno aderente, juno comunicante, pncreas endcrino, dieta hiperlipdica, pr-diab
EXPRESSO E DISTRIBUIO CELULAR DE PROTENAS JUNCIONAIS NO
PNCREAS ENDCRINO DE ANIMAIS TRATADOS COM DIETA HIPERLIPDICA.
1Martinez, C.; 1Fontes, C. C.; 1Benfato, I. D.; 2Maschio, D. A.; 1Oliveira, C. A. M.; 2Canuto,
L. P.; 2Oliveira, R.B.; 2Collares-Buzato, C. B.; 1Carvalho, C.P.F.
1Depto de Biocincias, UNIFESP - Baixada Santista, Santos/SP.2Depto de Histologia e
Embriologia, IB-UNICAMP, Campinas/SP.
H evidncias que os contatos celulares mediados pelas junes intercelulares so fundamentais para a adequada
secreo de insulina. No entanto, pouco se sabe sobre a importncia do acoplamento celular mediado por protenas
associadas juno aderente e comunicante para a funo endcrina do pncreas de animais em fase inicial da
pr-diabetes tipo 2.
No presente estudo, foram utilizados camundongos C57BL6 alimentados por curto perodo de tempo (30 dias) com
dieta hiperlipdica (21 g.%), como modelo de induo da pr-diabetes tipo 2. A administrao de dieta hiperlipdica (HL) a
animais dessa linhagem vem sendo empregada para o estudo da patognese da diabetes tipo 2.
Esse trabalho teve como objetivos avaliar o padro de distribuio celular de protenas associadas s junes
comunicante (Cx36) e aderente (N-caderina, alfa e beta-cateninas), bem como investigar alteraes no grau de
fluorescncia da marcao intercelular exibida por essas protenas e o grau de expresso das mesmas em ilhotas
pancreticas de animais alimentados com dieta hiperlipidica (grupo dieta) e seu respectivo grupo controle (no qual os
animais foram alimentados com dieta padro, contendo 4,5g.% lipdios).
Para caracterizao e acompanhamento do modelo, foram avaliados alguns aspectos metablicos dos animais,
como: ganho de peso, glicemia ps prandial, peso dos depsitos de gordura (gonadal, mesentrica e retroperitoneal) e
insulinemia. A anlise semi-quantitativa do grau de fluorescncia da marcao intercelular das protenas juncionais foi
realizada pelo software ImageJ em imagens de ilhotas, cujas seces de pncreas foram submetidas a reaes de
imunoistoqumica. O grau de expresso dessas protenas tambm foi avaliado, por Western Blot, em homogenados de
ilhotas pancreticas de animais dos dois grupos.
Animais alimentados com dieta HL apresentaram aumento significativo do ganho de peso corpreo (14,1 1,8%
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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Morfologicas
Autor: Carolina Martinez
N=12), dos valores de glicemia ps-prandial (151,5 8,0 mg/dL N=8) e da insulinemia (2,0 0,5 ng/mL N=10), quando
comparados aos valores do grupo controle: 4,7 1,1% N=12, p<0,0001; glicemia 120,8 3,1 mg/dL N=8, p=0,003 e
insulinemia 0,6 0,1ng/mL N=12, p=0,003). Os pesos (g) dos depsitos de gordura acima mencionados tambm foram
significativamente maiores em animais do grupo dieta HL (p?0,01). A marcao para as protenas N-caderina, alfa e
beta-cateninas apresentou-se em linha na regio de contato intercelular entre as clulas endcrinas da ilhota de animais de
ambos os grupos. J a imunomarcao para Cx36 observada como pontos brilhantes na regio intercelular entre as
clulas beta pancreticas da ilhota, independente do grupo analisado. O grau de fluorescncia da marcao intercelular
para essas protenas foi significativamente maior em ilhotas do grupo dieta HL: N-caderina (p<0,0001); alfa-catenina
(p<0,0001) e beta-catenina (p=0,002), Cx36 (p<0,023) (N=4/grupo, por protena). No entanto, dados preliminares de
Western Blot no revelaram alterao do grau de expresso total (juncional e citoplasmtica) dessas protenas entre
homogenados de ilhotas desses dois grupos (N=2-3 experimentos/protena).
A anlise do grau de fluorescncia da marcao intercelular das protenas N-caderina, alfa e beta-cateninas e Cx36
sugere um aumento do contedo intercelular dessas protenas em ilhotas de animais que apresentam quadro metablico
indicativo da fase inicial da pr-diabetes tipo 2, o que pode estar associado a uma resposta funcional/metablica da clula
beta frente exposio dieta hiperlipdica.
Apoio Financeiro: CNPq, FAPESP
Participantes:

Orientador: Carolina Prado de Frana Carvalho


Docente: Camila Ap. Machado de Oliveira
Docente: Carla Beatriz Collares Buzato
Discente: Carolina Martinez
Discente: Camila Calvo de Fontes
Discente: Izabelle Dias Benfato
Discente: Daniela Ap. Maschio
Discente: Leandro Pereira Canuto
Discente: Ricardo Beltrame de Oliveira

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Morfologicas
Autor: Cristiane Tobara Maruyama
Ttulo: Investigao dos Efeitos do Di-butil-ftalato (DBP) sobre o Perodo de
Quiescncia dos Goncitos de Ratos Independentemente de Alteraes Hormonais
Palavras-Chave: clulas germinativas, di-butil-ftalato, quiescncia
Os desreguladores endcrinos, como o Di-butil-ftalato (DBP), por exemplo, so txicos para as clulas germinativas
e causam prejuzos espermatognese. Em estudo que vem sendo realizado por nosso grupo, observou-se que o
tratamento com DBP durante a colonizao das gnadas pelas CGP causa alterao do nmero dos goncitos, que so as
clulas germinativas antes de sua diferenciao em espermatognias ou ocitos. A proliferao normal dos goncitos
fundamental para o estabelecimento do nmero adequado das espermatognias, que so as clulas tronco da linhagem
germinativa masculina e, portanto, as precursoras dos espermatozoides. Aps uma fase de intensa proliferao, os
goncitos entram em quiescncia e assim permanecem at o momento em que iniciam sua diferenciao nas
espermatognias. O perodo de quiescncia fundamental para a diferenciao correta dos goncitos. Alteraes nessa
fase do desenvolvimento das CGP parecem ser responsveis pela gerao de tumores testiculares derivados das clulas
germinativas (TGCT). Assim, este estudo teve como objetivo estudar a expresso de protenas envolvidas no controle do
ciclo celular nos goncitos de embries provenientes de ratas tratadas com DBP durante a gestao. Para isto, ratas
prenhes foram tratadas com DBP do 12 ao 15 dia de gestao, quando eventos cruciais para o desenvolvimento testicular
esto ocorrendo. Os testculos da prole das fmeas tratadas foram coletados aos 17dpc, quando a quiescncia dos
goncitos masculinos tem incio. Os testculos foram fixados e submetidos anlise da expresso das protenas caspase-3
(casp3), Retinoblastoma 1 (Rb1) e TGF?, que esto envolvidas no controle da proliferao e quiescncia dos goncitos. As
clulas positivas para essas protenas foram quantificadas. Atravs da marcao dessas protenas, foi possvel avaliar se o
tratamento com DBP antes do incio da sntese de testosterona afeta a proliferao e a fase de quiescncia dos goncitos,
as quais so fundamentais para a diferenciao dessas clulas. Houve marcao da protena casp3 no citoplasma dos
goncitos, de algumas clulas intersticiais, provavelmente clulas de Leydig e em clulas apoptticas. A marcao da
protena Rb1 esteve presente no ncleo dos goncitos, em algumas clulas intersticiais e no citoplasma de poucas clulas
de Sertoli. Houve uma diferena de intensidade de marcao nas clulas positivas para casp3, sugerindo que algumas
clulas expressam mais essa protena, o que pode estar relacionado com o grau de quiescncia em que a clula se
encontra. Em relao protena TGF?, os goncitos foram positivos e as clulas de Sertoli negativas para essa protena.
Nos goncitos, houve marcao no citoplasma, estando esta, na maioria das clulas, concentrada na regio supranuclear.
No houve diferena expressiva nas marcaes dessas protenas entre o grupo tratado com DBP e o grupo controle.
Concluiu-se que o tratamento com DBP no afeta a fase de quiescncia dos goncitos em testculos de embries de ratos.
Participantes:

Discente: Cristiane Tobara Maruyama

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rea: Cincias Bsicas Morfologicas
Autor: Dbora Rodrigues Gonalves
Ttulo: Os efeitos do fator de crescimento semelhante insulina - I (IGF-I) na
expresso de genes mitocondriais de ocitos submetidos ao choque trmico
Palavras-Chave: Ocito Bovinos Choque Trmico Mitocndria
As condies ambientais adversas, tais como temperatura e umidade elevada, resultam em estresse trmico que
compromete a fertilidade em mamferos. O estresse trmico promove, dentre vrias alteraes fisiolgicas e celulares,
mudanas no microambiente do trato reprodutivo, comprometendo o padro de secreo hormonal, o crescimento e a
maturao dos ocitos bem como o desenvolvimento embrionrio pr-implantacional. A maturao ocitria ocorre em
nveis nuclear e citoplasmtico, sendo marcada pela progresso da meiose at metfase II e rearranjos de organelas e do
citoesqueleto. Com a exposio de ocitos ao choque trmico (temperatura elevada in vitro), os componentes
citoplasmticos so afetados de maneira mais severa, indicando maior sensibilidade s alteraes de temperatura. J foi
demonstrado que o choque trmico reduz a atividade mitocondrial em ocitos. No entanto, este efeito deletrio foi
minimizado pelo fator de crescimento semelhante insulina-I (IGF-I) demonstrando o papel termoprotetor deste fator. As
mitocndrias so organelas de funo essencial durante a maturao oocitria, passando por mudanas na morfologia,
atividade e padres de distribuio. A atividade mitocondrial regulada por genes de origem nuclear e mitocondrial, que
tem sua expresso aumentada em ocitos primrios. O ATP6 (ATP sintase F0 subunidade 6), gene de origem mitocondrial,
possui expresso significativa em ocitos primrios e tem a funo de proteger o DNA mitocondrial. O gene COX1
(Citocromo C oxidase I), codifica a subunidade de protena essencial atividade mitocondrial, podendo ser utilizado como
indicador indireto da atividade da cadeia respiratria. O efeito da temperatura elevada e do IGF-I na expresso genes
mitocondriais em ocitos ainda no foi determinada. Dessa forma, os objetivos deste trabalho foram avaliar o efeito do
choque trmico (38,5 e 41C) e do IGF-I (0 ou 25 ng/mL) na expresso de genes associados funo mitocondrial (ATP6 e
COX1) em ocitos bovinos. O experimento foi divido em duas etapas, sendo inicialmente realizada a coleta e
armazenamento das amostras tratadas e, ento, a anlise da expresso dos genes pela reao de PCR em tempo real.
Para tanto, os ovrios de vacas provenientes de abatedouro foram transportados ao laboratrio em soluo salina (0,9%
NaCl) aquecida suplementada por 1% de PenStrep (100 U/mL de penicilina e 100 g/mL de estreptomicina) e selecionados
conforme nmero e tamanho dos folculos. Os complexos cumulus-ocito (CCOs) foram obtidos pela tcnica de fatiamento
folicular em meio de coleta [TCM 199 suplementado com bicarbonato de sdio, 1% (v/v) de soro fetal bovino (SFB), 100
U/mL de penicilina e 100 g/mL de estreptomicina e 0,1% (v/v) de heparina (100 mg/mL)]. Os CCOs grau I e grau II (duas ou
mais camadas de clulas do cumulus e citoplasma homogneo) foram selecionados e distribudos aleatoriamente nos
grupos experimentais Controle (38,5C por 22 h) e Choque Trmico (41,0C por 14 horas seguido de 38,5C por 8 h) na
presena de 0 ou 25 ng/mL de IGF-I durante a maturao in vitro (MIV). Aps a maturao, os CCOs foram desnudos pela
tcnica de pipetagens sucessivas na presena de 10000 Ul/mL de hialuronidase sob placa aquecida at a remoo
completa das clulas do cumulus. Grupos de 30 ocitos foram lavados em gotas de 5 ul de RNAse-out (1 U/L),
transferidos para microtubos, congelados em nitrognio lquido e armazenados em freezer -80C. Os primers para os genes
COX1 e ATP6 foram delineados com auxlio do programa NetPrimer da Premier Biosoft. O material coletado e armazenado,
est em fase de anlise pela tcnica de RT-PCR em tempo real.
Participantes:

Orientador: Fabola Freitas de Paula Lopes


Discente: Pedro Henrique Bugallo Risolia
Discente: Jssica Ispada
Discente: Thas Alves Rodrigues
Discente: Janahi Sousa Ticianelli

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rea: Cincias Bsicas Morfologicas
Autor: Ewerton Borges de Souza Lima
Ttulo: A TERAPIA DE ONDAS DE CHOQUE NO TRATAMENTO DE LESES NA
CARTILAGEM ARTICULAR DE RATOS SUBMETIDOS A EXECCIOS
ULTRAPROLONGADOS DE CORRIDA EM DECLIVE
Palavras-Chave: cartilagem articular; ondas de choque; osteoartrite; corrida
A prtica de exerccios est associada a melhorias na sade. No entanto, excesso de atividades fsicas pode
ocasionar leses quando realizadas de maneira extrema, resultando em diversas patologias, como a osteoartrite. Uma
opo de tratamento para a osteoartrite pode ser a aplicao de ondas de choque, que tm sido usadas com sucesso para
tratar disfunes ortopdicas, devido ao seu potencial de estimular a recuperao tecidual. O objetivo deste estudo
verificar os efeitos da terapia com ondas de choque na cartilagem articular de ratos submetidos a exerccios
ultraprolongados de corrida realizados em declive. Foram utilizados 10 ratos machos albinos da linhagem Wistar (Rattus
novergicus), adultos, com 2 meses de idade, pesando entre 200g e 300g. Os animais foram divididos em 2 grandes grupos:
Grupo I (n=4) e Grupo II (n=6), sacrificados, respectivamente, com 4 e 5 meses de idade. O Grupo I no recebeu tratamento
com ondas de choque e foi dividido em 2 subgrupos: G1RC (n=2), grupo no treinado; e G1RT (n=2), grupo treinado. O
Grupo II tambm foi dividido em 2 subgrupos: G2RC (n=3), grupo que no foi treinado e no recebeu tratamento; e G2RT
(n=3), grupo que foi treinado e tratado com ondas de choque. A aplicao da terapia com ondas de choque foi realizada
apenas no joelho direito dos animais G2RT, sendo essa amostra denominada de RTT, enquanto o joelho esquerdo,
nomeado RTC, serviu apenas como controle, ou seja, no recebeu terapia. Os animais do Grupo I foram sacrificados logo
aps o treinamento, com 4 meses de idade. Com relao ao Grupo II, G2RT foi sacrificado 4 semanas aps a aplicao das
ondas de choque no membro direito, com 5 meses de idade. Neste mesmo perodo, foram sacrificados os animais do grupo
G2RC. O protocolo de treinamento ultraprolongado de corrida em declive foi realizado em esteira ergomtrica, com declive
de 30, durante 8 semanas, com durao inicial de 15 minutos, a uma velocidade de 15 m/min, durante 5 dias consecutivos
por semana, sempre pela manh, com intervalo de 24 horas de repouso. O tempo do treinamento foi alterado de forma
crescente e progressiva, para o aprimoramento do condicionamento fsico dos animais, sendo que, na ltima semana, os
animais percorreram 25 m/min durante 60 min/dia. A terapia de ondas de choque consistiu em uma nica aplicao de 500
pulsos, energia E4, correspondente a 0,13 mJ/mm2 de densidade de fluxo de energia. Aps o sacrifcio os fmures distais
foram removidos e fixados em formaldedo 4%, pH 7,2, descalcificados em cido frmico a 25%, pH 2,0, desidratados em
lcool etlico, diafanizados em xilol e includos em parafina. Cortes seriados foram realizados com 5 micrmetros de
espessura, aderidos a lminas de vidro e corados com Hematoxilina e Eosina para anlise histomorfomtrica, onde foi
quantificado a espessura, o nmero de condrcitos e de clones de condrcitos da cartilagem articular, das regies de carga
e no carga. No Grupo I, os resultados demonstraram que os ratos treinados G1RT apresentaram intensa reduo da
espessura da cartilagem articular, principalmente na rea de no carga; diminuio do nmero de condrcitos, quando
comparados com o grupo controle G1RC; e grande quantidade de clones de condrcitos, concentrados principalmente nas
reas de carga. No Grupo II, subgrupo RTT, foi observado uma diminuio da espessura da cartilagem articular, de
condrcitos e clones de condrcitos, na rea de no carga, quando comparado ao grupo RTC e G2RC. J na rea de carga
direita, o grupo RTT apresentou maior nmero de condrcitos e clones de condrcitos e menor espessura da cartilagem
articular. Na rea de carga esquerda, os dois grupos treinado (RTT e RTC) apresentaram maior nmero de condrcitos do
que o grupo G2RC, sendo que o grupo RTT foi o que apresentou o maior nmero de clones. Nossos resultados preliminares
mostraram que o exerccio de corrida ultraprolongado em declive causou leses na cartilagem articular do fmur distal de
ratos, compatveis com o processo de osteoartrite, e que, na regio de carga, a terapia por ondas de choque teve ao
positiva sobre os condrcitos da cartilagem articular. Estudos complementares so necessrios para elucidar os
mecanismos de ao deste tipo de terapia na cartilagem articular.
Participantes:

Orientador: Flvio Faloppa


Orientador: Rejane Daniele Reginato
Docente: Ricardo Mrio Arida
Discente: Ewerton Borges de Souza Lima
Discente: Patricia dos Reis Sousa Gonalves
Discente: Victor Alexandre Ferreira Tarini
Discente: Paulo Roberto Dias dos Santos
Discente: Carlos Eduardo da Silveira Franciozi

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rea: Cincias Bsicas Morfologicas
Autor: Fabiana Marques de Carvalho
Ttulo: Efeito da hiperprolactinemia induzida pela metoclopramida sobre o efeito dos
hormnios sexuais nas glndulas lacrimais de camundongos fmea
Palavras-Chave: Glndula lacrimal, hiperprolactinemia, camundongo-fmea, hormnios sexuais
Este trabalho tem por objetivo avaliar a ao da hiperprolactinemia sobre a glndula lacrimal de camundongos
fmea, complementando resultados j obtidos dentro desta linha de pesquisa de trabalhos realizados nos Departamentos
de Ginecologia e Morfologia e Biologia Estrutural da Universidade Federal de So Paulo, uma vez que a hiperprolactinemia
representa uma das alteraes hipotlamo-hipofisrias mais frequentes da Ginecologia Endcrina, sendo que alguns
investigadores sugerem haver uma relao entre a sndrome do olho seco e a hiperprolactinemia.
O material utilizado foi proveniente de trabalho aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa CEP 0528/09, sendo
analisadas as glndulas lacrimais de 80 camundongos fmea adultas, contando com grupos de animais com ovrios
intactos e animais ooforectomizados correlacionando os achados com as dosagens sricas dos esteroides sexuais
(progesterona e estradiol). Os grupos de animais com ovrios intactos foram sacrificados na fase de proesto (perodo
ovulatrio), por ser a fase onde ocorre o pico dos esteroides sexuais e da prolactina. Assim vinte animais com ovrios
intactos foram divididos aleatoriamente em dois grupos, a saber: GI (controle): constitudo por 10 camundongos fmea
submetidos injeo diria de 0,2 ml de soluo salina a 0,9 %, via subcutnea, por 50 dias consecutivos; GII
(experimental): constitudo por 10 camundongos fmea submetidos injeo diria de 200 g de metoclopramida
(Aventis) dissolvida em 0,2 ml de soluo salina a 0,9 %, via subcutnea, por 50 dias consecutivos. Os animais restantes
(n=60), aps terem sido ooforectomizados foram divididos em 6 grupos de 10 animais cada, a saber: GIII (Ovx/S) submetido injeo diria de 0,2 ml de soluo salina, via subcutnea (v.s); GIV (Ovx/M) - submetido injeo diria de
200 g de metoclopramida, por v.s; GV - (Ovx/S+P): submetido injees dirias de 0,2 ml soluo salina, s.c e gavagem
diria de 2?g/dia progesterona micronizada (33,4mg/Kg); GVI - (Ovx/M+P) - submetido injees dirias de 200 g de
metoclopramida e gavagem diria de 2?g/dia progesterona (33,4mg/Kg); GVII -(Ovx/E+S): submetido injeo diria de 0,2
ml soluo salina, v.s e gavagem diria de 2?g/dia de 17?-estradiol (0,035 ?g/Kg); GVIII (Ovx/E+M): submetidos injeo
diria de 200 g de metoclopramida e gavagem diria de 2g/dia de 17?-estradiol (0,035 ?g/Kg). A metoclopramida foi
dissolvida em 0,2 ml de soluo salina e os hormnios sexuais em leo de milho, sendo administrados durante 50 dias
consecutivos. Aps o perodo de tratamento, todos os animais foram eutanasiados por aprofundamento do plano anestsico
e deslocamento cervical, sendo logo aps coletado sangue da aorta para dosagem da prolactina, estrognio e
progesterona. Em seguida as glndulas lacrimais foram retiradas e mergulhadas em formaldedo a 10% e depois
processadas para estudo histolgico em parafina. Cortes de 5 ?m foram ento submetidas ao mtodo de colorao pela
hematoxilina e eosina (H.E) para anlise histolgica. As avaliaes histolgicas e morfomtricas foram realizadas em
sistema de captura de imagens, com o uso do programa AxionVision (Zeiss). Assim, na glndula lacrimal foram obtidas
imagens de 20 clulas acinares em cada corte, perfazendo um total de 100 clulas por animal. Foram verificados os
volumes celular e nuclear das clulas acinares, sendo que os resultados obtidos esto sendo analisados em busca de
indicaes significativas que relacionem o efeito da hiperprolactinemia associada aos hormnios sexuais.
Participantes:

Orientador: Prof. Dr. Eduardo Leme Alves da Motta


Docente: Dra. Carina Verna
Docente: Dra. Regina Clia Teixeira Gomes
Discente: Prof. Dr. Manuel de Jesus Simes

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rea: Cincias Bsicas Morfologicas
Autor: Jssica Rocha Rossetto
Ttulo: INTERFNCIA DA HIPERPROLACTINEMIA INDUZIDA PELA METOCLOPRAMIDA
E DO TRATAMENTO COM HORMNIOS SEXUAIS NA VAGINA DE
CAMUNDONGAS-FMEA OOFORECTOMIZADAS
Palavras-Chave: hiperprolactinemia, hormnios, menopausa
Resumo
Ttulo: Interferncia da hiperprolactinemia na terapia com estrognio, progesterona e testosterona isoladamente na
vagina de camundongos fmeas.
Jssica Rocha Rossetto, Regina Clia Teixeira Gomes, Carina Verna, Jos Maria Soares Jnior, Manuel de Jesus
Simes
Objetivo: avaliar a interferncia da hiperprolactinemia induzida pela metoclopramida e do tratamento com hormnios
sexuais na vagina de camundongos fmeas ooforectomizadas. Material e mtodos: utilizaram-se 50 camundongos fmeas,
adultos e virgens (100 dias). 10 animais no ooforectomizados foram divididos em 2 grupos/5 animais cada: GI (no OvxS):
receberam 0,2 ml de soluo salina a 0,9 % (S), via subcutnea; GII (no OvxS): receberam 6,7 g/g de metoclopramida
(M) dissolvida em 0,2 ml de soluo salina a 0,9 %, via subcutnea. Os outros animais foram submetidos ooforectomia
(OVX) e aps 28 dias foram divididos em 8 grupos/5 animais cada: GIII (OvxS): receberam somente o veculo (S), GIV
(OvxM): receberam somente a metoclopramida (M), GV (OvxS+P) e GVI (OvxM+P): receberam com 2mg/dia progesterona
por gavagem;
GVII (OvxS+E) e GVIII (OvxM+E): receberam 1g/dia de 17?-estradiol por gavagem; GIX (OvxS+T) e GX
(OvxM+T): receberam 90g/dia de testosterona por gavagem. Todos foram tratados por 50 dias consecutivos. No 50 dia,
os animais foram anestesiados, sacrificados por aprofundamento anestsico e a vagina foi retirada e fixada em formaldedo
(tamponado a 10%), e em seguida, submetida ao processamento histolgico para incluso em parafina. Os resultados
foram submetidos anlise estatstica pelo mtodo ANOVA (p<0,05).
Resultados: O tratamento com progesterona aumentou significativamente a espessura do epitlio comparado aos
demais grupos. J o tratamento com estrognio e metoclopramida aumentou a espessura do estroma da vagina comparado
aos demais grupos e o grupo tratado com progesterona apresentou menor espessura comparada aos demais grupos. O
tratamento do estrognio com metoclopramida e da progesterona aumentou com ou sem metoclopramida tambm
aumentou a espessura da camada muscular da vagina.
Concluso: A terapia de estrognio e da progesterona restabeleceram a atrofia da vagina aps a ooforectomia,
mesmo nos grupos onde a terapia hormonal estava associada aos altos nveis de prolactina (hiperprolactinemia).
Participantes:

Discente: Jssica Rocha Rossetto

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rea: Cincias Bsicas Morfologicas
Autor: Juliana de Oliveira Martins
Ttulo: Influncia do diabetes mellitus durante a prenhez sobre aspectos morfolgicos
dos rins da prole
Palavras-Chave: programao fetal, diabetes mellitus
INTRODUO: Modificaes durante o desenvolvimento embrionrio tm sido associadas ao desenvolvimento de
hipertenso arterial e de alteraes na funo renal em modelos experimentais.
OBJETIVOS: Avaliar possveis alteraes na presso arterial (PA) e na funo renal em fmeas da prole de ratas
diabticas.
MTODOS: Fmeas Wistar foram induzidas ao diabetes mellitus com a administrao de streptozotocina em dose
nica (60mg/kg ip.) uma semana antes do cruzamento (glicemia>250 mg/dL). Os filhotes controles (C) e de mes diabticas
(FMD) foram colocadas para cruzar aos trs meses, medindo-se a PA caudal ao longo da prenhez. No 20 dia da prenhez,
as ratas foram colocadas em gaiolas metablicas por 24 horas para obteno de amostras de urina, sendo obtidas em
seguida amostras de sangue. A glicemia das ratas FMD e C foI medida no 10 e no 20 dia de prenhez. Um ms aps a
prenhez, foram obtidas novas amostras de sangue e de urina. Alm das filhas (FMD), acompanhamos tambm as netas
dessa mesma prole (NMD), a fim de avaliar se as alteraes renais e pressricas persistiam na 2 gerao. No estudo da
funo renal avaliou-se: proteinria, ureia plasmtica, creatinina plasmtica, carga excretada de creatinina, fluxo urinrio e
clearance de creatinina. No estudo morfolgico, foram feitos cortes histolgicos (hematoxilina e eosina) dos rins de fmeas
C, FMD e NMD, onde foram analisados rea glomerular e nmero de glomrulos por campo obtido. Anlise estatstica:
empregou-se o teste t no pareado e o teste one-way ANOVA, seguido do teste Bonferroni. Os resultados foram
apresentados como mdiaerro padro(n), com p<0,05. Este projeto foi aprovado pelo Comit de tica da UNIFESP/EPM
(Projeto n0048/12).
RESULTADOS: As FMD apresentaram PA mais elevada que as fmeas C ao longo do perodo de prenhez. A
glicemia colhida ao 20 dia de prenhez foi superior no grupo FMD comparado ao grupo C [FMD:102,505,66(4)mg/dL;
C:84,202,22(5)mg/dL]. Um ms aps o perodo de prenhez foi observada no grupo FMD uma reduo da carga excretada
de creatinina [FMD:3,630,29(5)mg/24h; C:8,611,30(9)mg/24h] e do clearance de creatinina [FMD:0,250,04(5)mL/min;
C:0,690,14(9)mL/min].
As
ratas
NMD
tambm
apresentaram
elevao
da
PA
[NMD:136,331,17(96)mmHg;
C:108,21,47(36)mmHg]. Comparando-se a funo renal de fmeas no prenhes aos 3 meses dos grupos NMD, FMD e C,
observou-se
reduo
significativa
da
creatinina
urinria
no
grupo
NMD
quando
comparado
ao
C
[NMD:48,4810,38(14)mg/dL;
C:102,9011,81(8)mg/dL],
como
tambm
aumento
do
fluxo
urinrio
[NMD:48,963,63(14)mL/24h/kg; C:30,184,11(9) mL/24h/kg].
CONCLUSES: Os resultados preliminares demonstram que a hiperglicemia durante a gestao capaz de causar
elevao da PA e disfuno renal na prole de sexo feminino.
Participantes:

Orientador: Guiomar Nascimento Gomes

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rea: Cincias Bsicas Morfologicas
Autor: Juliana Ramirez Arruda
Ttulo: Imunolocalizao de IGF-II, IGF-IR e IGF-IIR no cone ectoplacentrio de ratas no
7,5. e 8,5 dias de prenhez, previamente induzidas diabetes.
Palavras-Chave: cone ectoplacentrio; decdua; IGF-II, IGF-IIR, ratas
A diabetes melitus, considerada um problema de sade pblica mundial, quando em mulheres, alm de causar
infertilidade, muitas vezes se relaciona com alteraes morfolgicas da placenta durante a gestao, resultando em abortos
espontneos, anormalidades e mortalidade fetal. Em roedores, a diabetes materna afeta o desenvolvimento fetal de modo
semelhante. Portanto, nos propusemos a avaliar morfolgica e imunologicamente o efeito acarretado pela diabetes em ratas
adultas jovens, no perodo de placentao no 7,5 e 8,5 dias de prenhez, com nfase no estudo das clulas trofoblsticas
glicognicas e clulas e vasos da decdua. Foram utilizadas ratas Wistar, induzidas diabetes com injeo intraperitoneal
de Streptozotocin 55mg/kg diludo em tampo citrato, sendo que as ratas controle receberam apenas tampo. Os animais
diabticos receberam doses de insulina de acordo com o nvel de glicemia medido: 7 receberam duas doses/dia, pela
manh e noite, 2 apenas uma dose, noite (10 L) , e 2 prosseguiram sem insulina. A seguir, os animais foram
acasalados e sacrificados. Os stios de implantao foram retirados e fixados em formol tamponado a 10% e o material foi
processado para incluso em parafina, colorao com hematoxilina-eosina e imunolocalizao de IGF-II e IGF-IIR. Nas
reaes imunocitoqumicas, foram utilizados, como controles negativos, cortes em que a incubao do anticorpo primrio foi
omitida. Todos os animais induzidos diabetes neste experimento se tornaram diabticos e houve, posteriormente, sucesso
no acasalamento de todos os 11 animais utilizados, sendo 2 controles e 9 experimentais. Dentre os animais experimentais,
4 se apresentaram macroscopicamente grvidos, mas com nmero muito pequeno de embries e 5 apresentaram
regresso da prenhez. Foi realizada a imunolocalizao de IGF-II e iniciamos a padronizao da reao imunocitoqumica
para a localizao de IGF-IIR nos stios de implantao. Observamos expresso de IGF-II no citoplasma de clulas da
decdua mesometrial, na parede de vasos sanguneos dilatados, alm de evidente marcao nas camadas de clulas
musculares; detectamos ausncia de imunomarcao nos controles negativos. A padronizao da imunolocalizao de
IGF-IIR est em andamento.
Agncia Financiadora: CNPq
Participantes:

Orientador: Katz, SG
Discente: Arruda,JR
Discente: Tayra,V

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rea: Cincias Bsicas Morfologicas
Autor: Lisandra Ramos
Ttulo: Papel da protena galectina-1 em modelo experimental de alergia ocular
induzida por ovalbumina em camundongos
Palavras-Chave: anti-inflamatorio, galectina; alergia; conjuntivite alrgica
Resumo:
A conjuntivite alrgica (CA) representa uma resposta inflamatria iniciada por reaes de hipersensibilidade do tipo I
(IgE-dependente e mediada por mastcitos) e/ou IV (mediada por clulas T) aps exposio a um alrgeno. Esse processo
inflamatrio contribui para inmeras desordens oculares, podendo levar diminuio da acuidade visual, e at mesmo
cegueira. Nos tratamentos das inflamaes intra-oculares, em geral, so os glicocorticides os medicamentos
frequentemente administrados cujos efeitos colaterais estimulam buscas por novas estratgias teraputicas. Entre os
mediadores anti-inflamatrios, inclumos a galectina-1 (Gal-1), protena de
14,5 kDa capaz de controlar o processo de
transmigrao dos leuccitos, liberao de citocinas e desgranulao de mastcitos, contribuindo para a homeostase da
reao inflamatria. Contudo, a expresso da Gal-1 em tecidos oculares normais e inflamados tem sido pouco estudada.
Objetivo: Avaliar a expresso e o mecanismo de ao da protena endgena Gal-1 em um modelo experimental de
conjuntivite alrgica (CA). Mtodos: Nos dias 0 e 7, camundongos machos Balb/c receberam injeo subcutnea de
ovalbumina (OVA; 5 g) e, nos dias 14, 15 e 16 foram desafiados com OVA (250 g) por instilao direta no saco
conjuntival. Os animais do grupo controle foram imunizados e desafiados somente com salina estril. Para os tratamentos
farmacolgicos (dias 14-16), foram administrados intraperitonealmente a Gal-1 recombinante (rGal-1; 0,3 g/animal) ou
dexametasona (Dex; 1 mg/kg). Aps 4 e 24 horas do ltimo desafio com OVA, os animais foram sacrificados e as anlises
realizadas por meio de: histopatologia e quantificao de clulas inflamatrias nos olhos e sangue; dosagens de IgE, IFN-?
e IL-10 e imunohistoqumica para detectar a expresso da Gal-1 endgena nos olhos. Resultados: O escore realizado nos
olhos dos animais para os quatro sinais clnicos (edema de conjuntiva, hiperemia de conjuntiva, edema de plpebra e
lacrimejamento) mostrou aumento significante da resposta inflamatria causada pelo desafio com OVA (grupo CA)
comparado ao grupo controle, nos dias 14-16. Os tratamentos farmacolgicos com Dex e Gal-1 mostraram efeitos
anti-inflamatrios semelhantes, com declnio desses sinais clnicos comparados ao grupo CA. Os nveis de IgE nos animais
sensibilizados por OVA, com ou sem tratamentos farmacolgicos, aumentaram significantemente no sangue em
comparao ao grupo controle. As anlises histolgicas e quantitativas de clulas inflamatrias caracterizaram a fase inicial
da resposta alrgica, 4 horas, por aumento significante de neutrfilos circulantes e transmigrados para a conjuntiva, assim
como mastcitos. Na fase mais tardia, 24 horas, influxo significante de eosinfilos, neutrfilos e mastcitos foi verificado na
conjuntiva comparado ao controle. A administrao de Gal-1 reduziu o nmero de mastcitos nas fases inicial e tardia da
resposta alrgica e produziu aumento significante de moncitos circulantes aps 4h em comparao ao grupo CA no
tratado. Por outro lado, essa lectina causou um influxo significante de eosinfilos para o tecido, especialmente na fase
inicial, acompanhada de reduo dessas clulas no sangue. Ainda, o efeito do tratamento com Gal-1 foi associado
diminuio dos nveis de IFN-?, mas no de IL-10, aps 4 e 24 horas, comparado ao grupo CA. Os nveis dessas citocinas
no foram alterados pelo tratamento com Dex que mostrou melhor efeito anti-inflamatrio no tecido pela reduo
significante de eosinfilos e mastcitos na conjuntiva aps 24 horas. As anlises imunohistoqumicas revelaram a
expresso da protena Gal-1 no epitlio, lmina prpria (matriz extracelular) e clulas inflamatrias da conjuntiva. A
densitometria mostrou modulao dos nveis de Gal-1 no epitlio, com diminuio significante aps 4h do desafio com OVA,
comparado ao controle. O tratamento com Dex induziu aumento nos nveis de Gal-1 no epitlio, aps 4h, e na matriz
extracelular, aps 24h, comparado ao grupo CA no tratado. J, os efeitos da administrao exgena de Gal-1 foram
associados a aumento significante de sua expresso endgena no epitlio, aps 4h, seguido de diminuio no epitlio e
matriz aps 24h. Concluso: Os dados demonstram papel importante da Gal-1 na resposta alrgica, regulando a liberao
de IFN-? e o recrutamento de eosinfilos, moncitos e mastcitos de forma antagnica. Assim, essa protena representa um
alvo potencial para novas estratgias teraputicas na inflamao ocular.
rgo Financiador: FAPESP.
Participantes:

Orientador: Cristiane Damas Gil


Discente: Lisandra Ramos
Discente: Teresa Raquel de Moraes Andrade
Discente: Claudia Bosnic Mello

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Morfologicas
Autor: Lucas Marino Vivot
Ttulo: A Reproduo da perereca- folha Phyllomedusa (Amphibia: Hylidae)
Palavras-Chave: Anura, Phyllomedusa burmeisteri, Reproduo, Comportamento, Serra do Japi.
Os anfbios so ectotrmicos, apresentam pele permevel e a maioria das espcies possui desenvolvimento indireto,
ou seja, apresenta um estgio larval aqutico. Estas caractersticas fazem com que os anfbios sejam dependentes da gua
para sua sobrevivncia e reproduo. Desta forma, o perodo reprodutivo da maioria das espcies ocorre durante o vero
quando as temperaturas so mais altas e ocorre a maior pluviosidade. Atualmente so conhecidos cerca de 40 modos
reprodutivos diferentes para as espcies de anuros Neotropicais. Os ovos dos anuros podem ser depositados em corpos de
gua, em tocas, na serapilheira ou na vegetao. O desenvolvimento pode incluir um estgio larval (girino) ou ser direto e,
pode ou no haver cuidado parental.
As espcies do gnero Phyllomedusa (conhecidas como perereca-folha) so
arborcolas e apresentam um modo especial para a reproduo. Os ovos so colocados em funis formados por folhas de
rvores ou arbustos pendentes sobre poas dgua. Aps a ecloso os girinos caem na agua da poa onde ocorre o
desenvolvimento. Este stio de oviposio protege os ovos da dessecao e de predadores aquticos. Atualmente o gnero
Phyllomedusa composto por 32 espcies que ocorrem principalmente na Amrica do Sul. Este estudo tem como objetivo
realizar uma reviso bibliogrfica sobre a reproduo das espcies de Phyllomedusa que ocorrem no Cerrado/Chaco e na
Mata Atlntica. Alm disto, ns estudamos a reproduo in situ de uma populao de Phyllomedusa burmeisteri na Serra do
Japi, sudeste do Brasil. As coletas em campo ocorreram quinzenalmente entre abril de 2012 e abril de 2013 em trs lagoas
permanentes da Estao Ambiental da Serra do Japi. A reviso bibliogrfica foi feita em base de dados como Web of
Science e Zoological Records. As espcies que ocorrem no Cerrado/Chaco brasileiro so: P. ayeaye, P. azurea, P.
centralis, P. hyponchondrialis, P. megacephala, P. nordestina e P. sauvagii. Na Mata Atlantica so encontradas outras cinco
espcies: P. bahiana, P. burmesiteri, P. distincta, P. rohdei e P. tetraploidea. H registros de aspectos reprodutivos apenas
para 50% das espcies. De modo geral, h dimorfismo sexual nas espcies de Phyllomedusa: os machos so menores dos
que as femea e apresentam aspereza nupcial na base do polegar. A reproduo explosiva, ou seja, ocorre durante o
vero em curtos perodos (3-5 dias consecutivos). Geralmente h mais de um perodo reprodutivo durante o vero. A
reproduo ocorre principalmente aps as primeiras chuvas do vero. Os machos utilizam com stios de vocalizao a
vegetao marginal s poas ou remansos de riachos. Geralmente vocalizam a uma altura superior a 0,5m do solo e a um
distancia inferior a 1,0m do corpo dgua. Os machos so territoriais e defendem os stios de vocalizao por vrias noites
por meio de vocalizao e patrulhamento ativo. Assim como nas demais espcies de Phyllomedusa, a reproduo de P.
burmeisteri na Serra do Japi ocorreu entre novembro e janeiro quando foi registrado o maior numero de machos
vocalizando e a presena de desovas. Este estudo continuar no vero de 2013 para que dados mais consistentes sejam
tomados em campo. Conhecer a biologia reprodutiva de espcies filogeneticamente prximas essencial para entender a
histria evolutiva de cada uma delas.
Participantes:

Orientador: Cinthia Aguirre Brasileiro

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Morfologicas
Autor: Maria Patricia Marques Barreto Arashida
Ttulo: O tratamento de reposio hormonal com estrgeno associado vibrao
mecnica de baixa intensidade e alta frequncia reestabelece a microarquitetura ssea
em camundongos osteopnicos fmeas
Palavras-Chave: osteoporose, morfologia, terapia de reposio hormonal, vibrao mecnica
O tecido sseo um tecido dinmico que sofre contnua remodelao. Na menopausa a depleo dos nveis
de estrgeno promove desequilbrio entre a neoformao e a reabsoro ssea contribuindo para a fisiopatologia da
osteoporose em mulheres nesta fase. A terapia de reposio hormonal com estrgeno considerada eficiente no
tratamento dos sintomas do climatrio, e embora a vibrao mecnica, estmulo mecnico no fisiolgico, tem sido indicada
no tratamento e preveno da perda de massa ssea, pouco se sabe sobre os seus efeitos nas clulas e nos componentes
da matriz do tecido sseo. Somado a isso, no existe na literatura trabalhos que relatem a ao combinada dos dois
tratamentos. O objetivo deste estudo foi caracterizar e comparar as alteraes do tecido sseo de camundongos
osteopnicos fmeas submetidos ao tratamento de reposio hormonal com estrgeno associado vibrao mecnica de
baixa intensidade e alta frequncia. Para tanto, 40 camundongos fmeas da linhagem Swiss, adultas (3 meses), foram
submetidos ooforectomia (OVX) bilateral com finalidade de interromper a atividade dos hormnios ovarianos. Exames
colpocitolgicos foram realizados e somente os camundongos que se apresentaram em diestro foram includos no estudo.
Para controle da massa corporal os animais foram pesados quinzenalmente. Aps quatro meses da OVX, os animais foram
divididos em quatro grupos: Grupo I (controle) ? recebeu soluo veculo; Grupo II ? recebeu soluo veculo e foi
submetido vibrao mecnica; Grupo III ? tratado com 17 ? ? Estradiol (10 ?g/kg/dia por animal) diludo em soluo
veculo e submetido vibrao mecnica e Grupo IV ? tratado somente com 17? ? Estradiol (10 ?g/kg/dia ) diludo em
soluo veculo. O tratamento foi realizado via subcutnea, 7 vezes por semana, durante 60 dias consecutivos, utilizando
como soluo veculo leo de girassol e a vibrao mecnica de baixa intensidade e alta frequncia foi realizada a 60Hz ?
1,0g durante 30 minutos por dia, 5 vezes por semana, durante 60 dias. A densidade mineral ssea (DMO) e contedo
mineral sseo (CMO) foram avaliados por densitometria ssea antes da OVX e tambm no inicio e ao final do tratamento.
Aps o tratamento os animais foram eutanasiados, os fmures foram removidos, seccionados para obteno do segmento
distal e fixados em soluo de formaldedo a 4% em tampo fosfato de sdio 0,1 M, pH 7,0 por 2 dias, descalcificados por
40 dias em EDTA a 5% (pH 7,0), desidratados em concentraes crescentes de etanol, diafanizados em xilol, impregnados
e includos em parafina. Os cortes histolgicos seriados foram realizados com espessura de 5 ?m, aderidos em lminas
histlogicas, sendo alguns cortes separados e corados com Hematoxilina e Eosina (HE) para anlise histomorfomtrica ,
outros cortes foram separados para anlises histoquimicas pelo mtodo de Picro-Sirius Red em microscpio com luz
polarizada que evidenciam as fibras colgenas e pelo mtodo Alcian Blue em pH 2,5 que evidenciam os
glicosaminoglicanos sulfatados e carboxilados, e pH 0,5 que evidenciam apenas os glicosaminoglicanos sulfatados que
aparecem em azul. Os dados foram expressos em mdia desvio padro e os grupos foram comparados com o teste T no
paramtrico Mann-Whitney-Wilcoxon ou teste ANOVA e o nvel de significncia fixado em 5% (a < 0,05). Os resultados
demonstraram que aps a ooforectomia todos os grupos apresentaram aumento da massa corporal, porm apenas o grupo
I obteve ganho durante o perodo de tratamento. Houve aumento da densidade mineral ssea tanto no grupo que recebeu
tratamento combinado (vibrao mecnica + estrgeno) como no grupo que recebeu tratamento somente com estrgeno.
No houve diferena no CMO comparando-se o incio ao final do tratamento em nenhum dos grupos estudados. As anlises
histomorfomtricas mostraram que o grupo III e grupo IV apresentaram tambm maior volume sseo trabecular comparado
ao grupo I e ao grupo II. Embora os resultados de volume sseo trabecular entre os grupos III e IV no tenham
demonstrado diferena estatstica foi observado maior volume no grupo que recebeu o tratamento combinado (GIII). No
houve diferena na espessura do osso cortical entre os grupos. As anlises das fibras colgenas demonstraram que os
grupos III e IV apresentaram maior birrefringncia esverdeada, na regio cortical e trabecular, caracteristica de fibras
colgenas delgadas. O grupo I apresentou maior birrefringncia avermelhada, na regio cortical e trabecular, caracterstica
de fibras colgenas espessas, em relao aos demais grupos. Os resultados referentes aos glicosaminoglicanos esto em
anlise. Nossos resultados nos permitem concluir que a terapia de reposio hormonal com estrgeno associado vibrao
mecnica e o tratamento isolado apenas com estrgeno foram mais efetivos em aumentar a densidade mineral e
reestabelecer a microarquitetura ssea, possivelmente por acelerar o processo de remodelao ssea em camundongos
osteopnicos fmeas.
Participantes:

Orientador: Rejane Daniele Reginato


Discente: Mariana Fugimoto, Marcio Luiz Alves Moura

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Morfologicas
Autor: Raquel Faria da Silva
Ttulo: Efeito do extrato padronizado de Ginkgo biloba na modulao do sistema
serotoninrgico e glutamatrgico na aquisio do medo condicionado: participao
das clulas da glia e neurnios.
Palavras-Chave: medo condicionado, serotonina, glutamato , EGb.
O medo aprendido, ou seja, condicionado, configura-se como um mecanismo adaptativo para a sobrevivncia das
espcies. Entretanto, a supresso de uma resposta de medo condicionado (REC) de extrema importncia considerando
que quando evocada de forma exacerbada pode levar a transtornos de ansiedade. Estudos anteriores do nosso grupo
evidenciaram que o extrato padronizado das folhas de Ginkgo biloba (EGb) capaz de modificar a supresso da REC, com
modificao na expresso de genes e protenas envolvidas na formao da memria. Entretanto, no esclarecem os
mecanismos envolvidos nestes processos. Nesse sentido a anlise da expresso diferencial dos receptores serotoninrgico
(5HT1A) e glutamatrgico (NR2B) no complexo amigdalide, poder esclarecer sobre estes efeitos do EGb. Para as
anlises foram utilizados os encfalos de animais submetidos ao teste da Resposta Emocional Condicionada, e ao
tratamento com EGb, controles e com antagonistas e agonistas dos receptores supracitados, distribudos aleatoriamente
em 20 grupos, a saber:
i)manipulado; ii)CS; iii)US; iv) Controle aprendizagem; v-vii) EGb nas doses de 250 mg.Kg-1,500
mg.Kg-1, 1000 mg.Kg-1; viii) Tween 80 -12% - solvente do EGb; ix) salina; x) Buspirona; xi) sway; xii) Buspirona+sway; xiiixv) sway + EGb nas doses de 250 mg.Kg-1, 500 mg. Kg-1 e 1000 mg.Kg-1, xvi) D-cycloserina; xvii)Ro 6325; xviii-xx)Ro
6235+ EGB nas doses de 250 mg.Kg-1,500 mg.Kg-1 e 1000 mg.Kg-1. Os encfalos foram submetidos a seco
rostro-caudal (20 m). As lminas contendo os cortes seriados dos nveis escolhidos para anlise do complexo amigdaloide
foram submetidas ao processamento para deteco e quantificao das protenas por imunofluorescncia. A quantificao
dos receptores pelo uso de anticorpos contra as protenas que compem as subunidades do receptores 5HT1A e NR2B e a
verificao de sua localizao a partir do uso dos marcadores especficos para neurnios (NF) e astrcitos (GFAP)
permitiro identificar o aumento ou diminuio da expresso proteica,
localizao dos receptores e os possveis efeitos
modulatrio do EGb . Ainda, pretendemos avaliar a interao entre os diferentes sistemas de neurotransmisso, o que
facilitar a compreenso dos mecanismos subjacentes formao da memria. Alm disso, o conjunto dos dados obtidos
contribuir significativamente com os trabalhos do grupo na medida em que direcionar os trabalhos futuros para melhores
esclarecimentos do potencial teraputico do EGb.
Participantes:

Orientador: Suzete Maria Cerutti


Discente: Myrcea Andressa de Souza Tilger
Discente: Claudia Raquel Zamberlam

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Bsicas Morfologicas
Autor: Sabrina de Mello Ando
Ttulo: Efeito da melatonina no reestabelecimento da microarquitetura ssea de ratas
submetidas pinealectomia
Palavras-Chave: Tecido sseo, melatonina, morfologia, osteoporose
Introduo: A melatonina, hormnio produzido principalmente pela glndula pineal, exerce diversas funes no
organismo, como ao antioxidante, atuao na regulao do ciclo sono-viglia, regulao do sistema cardiovascular e
reprodutor. Estudos sugerem que a melatonina tambm possa atuar no tecido sseo, porm seu mecanismo de ao neste
tecido ainda no est totalmente esclarecido. Objetivo: avaliar o efeito da melatonina no tecido sseo de ratas
pinealectomizadas. Materiais e Mtodos: Foram utilizadas 40 ratas Wistars adultas, pesando aproximadamente 250g. Os
animais foram divididos em quatro grupos de 10: G1-controle tratado com veculo (1ml de etanol/500ml de gua);
G2-falsamente pinealectomizados (Sham) com administrao de veculo; G3-pinealectomizados tratados com veculo;
G4-pinealectomizados tratados com melatonina (400mg de melatonina/1 ml de etanol/500ml de gua). Na pinealectomia, os
animais foram anestesiados com 15mg/kg de xilazina associados a 30mg/kg de cetamina, via intraperitoneal. Foi realizada
uma inciso de aproximadamente 2 cm feita na linha mdio-dorsal do crnio, e com o auxlio de uma broca esfrica n05, foi
retirado um fragmento circular de aproximadamente 4 mm de dimetro da calota craniana, possibilitando assim a viso dos
Seios Venosos (Sagital Superior e Transverso). Com o auxlio de uma pina a pineal (localizada abaixo da interseco dos
seios) foi retirada. Aps isso, o fragmento da calota craniana foi reposicionado, e ento, foi realizada a sutura. O tratamento
foi realizado aps a cirurgia de pinealectomia durante 60 dias, por via oral, das 18h s 8h do dia seguinte. O volume de
gua ingerido foi aferido diariamente. Todos receberam rao padro e gua ad libitum e foram mantidos em uma caixa de
madeira com iluminao automtica, as luzes permaneciam acesas das 18h s 8h, evitando, assim, o escuro e obtendo
uma maior produo de melatonina pela retina. Decorridos os 60 dias de tratamento, os animais foram sacrificados com
overdose de anestesia, as patas foram dissecadas, e os fmures distais foram fixados por 48 horas em soluo de
formaldedo a 4% em tampo fosfato de sdio 0,1 M, pH 7,2. Aps a fixao, os fragmentos foram descalcificados por um
perodo de 60 dias em cido frmico 25% em pH 2,0. Aps a descalcificao, os fragmentos sseos foram desidratados em
concentraes crescentes de lcool, diafanizados em xilol e includos em parafina. Os cortes histolgicos foram realizados
com espessura de 5?m, aderidos em lminas e corados com Hematoxilina e Eosina. Posteriormente foi realizada a anlise
histomorfomtrica para quantificar a rea ssea trabecular, a espessura do osso cortical e a conectividade trabecular.
Alguns cortes foram submetidos ao teste histoqumico Picro-Sirius red que evidencia fibras colgenas em
vermelho-alaranjado, e os cortes foram analisados com lente de polarizao, outros cortes foram submetidos colorao
de Alcian Blue em
pH 0,5 e 2,5 que cora GAGs sulfatados e GAGs sulfatados e carboxilados, respectivamente. Alguns
cortes tambm foram submetidos tcnica do TUNEL (ApopTag Peroxidase in situ Apoptosis Detection Kit, Chemicon,
USA) para analisar a morte celular dos ostecitos e a imunoistoqumica da caspase 3 clivada (Bio Care Medical, USA),
diluio 1:100 para detectar ostecitos em apoptose. Para a anlise estatstica, os dados obtidos foram expressos em
Mdia Desvio Padro (DP). Os grupos foram comparados por meio do teste para anlise de varincia (ANOVA) seguida
pelo teste de Tukey para observar se ocorreram diferenas entre os grupos. O nvel de significncia para a rejeio da
hiptese nula foi de p ? 0,05. Resultados: G4 apresentou rea ssea trabecular e espessura ssea cortical semelhante ao
do G1, j em relao conectividade das trabculas sseas est foi maior no G4 quando comparado a todos os outros
grupos, sugerindo que a melatonina exerce um efeito positivo no aumento da conectividade trabecular ssea. Em relao
ao Pcro-srius, ao analisar a rea ssea trabecular, o G4 apresentou menor proporo de fibras colgenas delgadas em
relao ao grupo G1, mas uma proporo semelhante a do grupo G3, alm disso, o G4 tambm obteve a maior proporo
de fibras colgenas espessas. Com relao ao osso cortical, o G4 apresentou uma distribuio de fibras delgadas
semelhante ao G1, e uma proporo maior que o G3, entretanto, o G4 teve uma distribuio de fibras colgenas espessas
semelhante ao G3. Os resultados de Alcian Blue pH 0,5 e 2,5, ambos demonstraram altas concentraes de GAGs no G4, e
o G3 obteve as menores porcentagens de glicosaminoglicanos, tanto sulfatados quanto carboxilados. Os dados
preliminares obtidos pela tcnica do TUNEL mostraram o maior nmero de ostecitos Tunel-positivos no grupo G3 tanto no
osso trabecular como no cortical. J em relao imunoistoqumica da caspase, foi observado um nmero maior de
ostecitos em apoptose na rea trabecular no G3, entretanto, o G4 apresentou uma maior quantidade de ostecitos em
apoptose no osso cortical. Concluso: Os resultados preliminares sugerem que a melatonina ministrada no perodo de 60
dias (0,4 m/ml por dia) tem ao positiva no tecido sseo, reestabelecendo a microarquitetura ssea possivelmente por
acelerar o processo de remodelao ssea.
Participantes:

Orientador: Jos Maria Soares Jnior


Orientador: Rejane Daniele Reginato
Docente: Manuel de Jesus Simes
Docente: Edmund Chada Baracat
Discente: Carla Cristina Maganhin
Discente: Luiz Fernando Portugal Fuchs

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rea: Cincias da Reabilitao
Autor: Ana Carolina Serra Lucato
Ttulo: Influncia da configurao plantar no equilbrio em bailarinas
Palavras-Chave: Dana, Equilibrio Postural, P
Introduo:O ballet uma prtica global na qual todos os segmentos corporais trabalham em conjunto. Uma
combinao de arte e alto desempenho fsico que impem grande estresse nas articulaes, principalmente de tornozelo e
p. O p compe a base do corpo e por isso tem influncia direta no seu funcionamento e postura. Para a manuteno da
postura necessrio ter equilbrio, por meio de contraes musculares que alteram as foras de reao ao solo. Portanto
faz-se importante a compreenso da relao entre o tipo de p e equilbrio em bailarinas podendo auxiliar tambm na
compreenso da alta incidncia de leses presente nessa populao. Objetivo: Verificar a influncia da configurao plantar
no equilbrio em bailarinas competitivas e no competitivas. Material e Mtodos: Foram avaliados 60 indivduos, do gnero
feminino com idade de 12 18 anos, praticantes de ballet clssico por pelo menos 2 anos, divididos em 2 grupos
competio (GC=30) e grupo no competio (GNC=30). As bailarinas foram submetidas ao teste Star Excursion Balance
Test Modificado (SEBT monidicado) para avaliao do equilbrio postural e ao Foot Posture Index (FPI) para classificao
do tipo de p. O SEBT modificado consiste na marcao de 3 linhas no cho na forma de um ?Y?, duas posteriores com
90 entre elas e a anterior posicionada a 135 das posteriores, desse modo com o halux do p de apoio na interseco das
trs linhas foram realizados
alcances nas direes pstero-lateral, anterior e pstero-medial, enquanto mantinham a
postura do membro em apoio unipodal. O FPI uma avaliao visual e palpatria do tipo de p, que consiste no conjunto
de 6 critrios com pontuao de -2 a 2 cada, com soma total de -12 ( hipersupinado) e +12 (hiperpronado). Os critrios so
compostos por palpao do osso navicular, curvas acima a abaixo do malolo lateral, ngulo do tendo do calcneo,
salincia talo-navicular, arco longitudinal medial e alinhamento do ante-p e retro-p. Ao final foi feita a soma de cada idem
e a classificao do tipo de p em neutro (0 a 5), pronado (6 a 9), supinado (0 a -4), hiperpronado(10 a 12), hipersupinado
(-5 a -12) .As voluntrias foram excludas caso apresentassem distrbio neurolgico, discrepncia de MMII maior de 1,25
centmetros (cm), leses de quadril, joelho e tornozelo sintomticas, dores lombares ou na articulao sacroilaca e
incapacidade realizar os testes. Os resultados foram correlacionados por meio do programa SPSS verso 17.0, pelo
coeficiente de correlao de Pearson, e nvel de significncia considerado foi menor ou igual a 0,05. Resultados: A
populao avaliada apresentou no GC mdia de idade de 14, 63 anos (1,72), peso de 49,33 (5,72) Kg e altura de 1,61
(0,56) m e no GNC a mdia de idade foi de 14,63 (1,75)anos, de peso 53,84 (9,22) kg e de altura 1,61 (0,05). No houve
correlao entre as variveis correlacionadas no GC, j no GNC houve correlao entre o FPI com o alcance pstero lateral
do SEBT do lado dominante (r=0,39; p= 0,0...colocar igual ao resultado), entre o FPI com alcance anterior do lado
dominante ( r=0,43; p=0,015) e do lado no dominante( r=0,43; p=0,015). Concluso: Foi observado que o tipo de p pode
influenciar em alguns alcances do SEBT, como o pstero lateral e o anterior, o que pode trazer alteraes para a
manuteno do equilbrio como um todo.
Participantes:

Orientador: Liu Chiao Yi


Orientador: Murilo Curtolo
Discente: Bruna Reclusa

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rea: Cincias da Reabilitao
Autor: Ana Lidia Soares das Neves
Ttulo: Capacidade Funcional em Pacientes com Hipertenso Pulmonar Secundria a
Cardiopatias Congnitas
Palavras-Chave: Anormalidades Congnitas, Hipertenso Pulmonar, Tolerncia ao Exerccio, Teste de
INTRODUO: As cardiopatias congnitas so anormalidades no corao e/ou nos grandes vasos sangneos da
criana que ocorrem ainda em seu desenvolvimento intra-uterino, causando alteraes na sua anatomia e fisiologia.
Atualmente o numero de pacientes com cardiopatia congnita que conseguem atingir a idade adulta tm aumentado, devido
principalmente s inovaes de processos cirrgicos e hemodinmicos. Aproximadamente 5 a 10% desses indivduos
desenvolvem hipertenso pulmonar, acarretando um prejuzo na qualidade de vida. A capacidade funcional desses
indivduos muitas vezes diminuda devido aos sintomas que a atividade fsica proporciona. O teste da caminhada de seis
minutos fornece uma avaliao vlida do desempenho funcional destes pacientes. OBJETIVO: Avaliar a capacidade
funcional de indivduos adultos com hipertenso arterial pulmonar secundria a cardiopatia congnita. MTODOS: A
amostra foi composta por 20 pacientes com o diagnstico de Hipertenso Pulmonar secundria a cardiopatia congnita, que
fazem acompanhamento no ambulatrio de cardiopatia congnita da Unifesp. A capacidade funcional foi avaliada utilizando
o teste de caminhada de seis minutos (TC6M). Cada paciente foi submetido a dois TC6M com intervalo de 30 minutos entre
cada teste. Cada paciente foi orientado a caminhar o mais rpido possvel, em um corredor delimitado em 30 m durante seis
minutos segundo normas da ATS. Os sinais vitais dos pacientes bem como o grau de desconforto (escala de Borg) e
distancia caminhada foram anotados. Para a interpretao dos resultados, foi realizada anlise descritiva, utilizando mdia
e desvio padro. RESULTADOS: Os pacientes apresentaram uma distancia mdia caminhada de 359,395,8 metros
correspondendo a 63,514,9% do predito. CONCLUSO: Pacientes adultos com hipertenso arterial pulmonar secundria a
cardiopatias congnitas apresentaram diminuio da capacidade funcional evidenciada por baixa distancia percorrida no o
teste de caminhada de seis minutos.
Participantes:

Discente: Ana Lidia Soares das Neves

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rea: Cincias da Reabilitao
Autor: Flavia Caroline Meneghetti Jambas
Ttulo: Influencia no nivel de controle de tronco na funcionalidade de criancas com PC
Palavras-Chave: Paralisia Cerebral, Controle Postural, PEDI
A paralisia cerebral (PC) caracterizada por apresentar mltiplos distrbios de ordem permanente e no
progressiva, provocando acometimento do movimento e postura, os quais resultam em limitaes das atividades dirias.
Atualmente, estima-se que os ndices de crianas nascidas vivas com PC nos Estados Unidos sejam de 1,5 a 5,9/1000,
totalizando cerca de 20 mil casos novos por ano. No Brasil, os dados ainda so muito limitados. Um dos principais
problemas enfrentados pelas crianas com PC o dficit no controle postural, pois limita o desempenho funcional de muitas
atividades com membros superiores. Alm disso, pode provocar grandes deformidades de coluna (como a escoliose), de
membros superiores e membros inferiores. O bom controle postural depende da eficcia de dois ajustes, que so eles: o
Ajuste Postural Antecipatrio (APA) e o Ajuste Postural Compensatrio (APC). Atualmente, sabe-se que, quanto melhor o
alinhamento postural na posio sentada, melhor ser o desempenho motor dessa criana nessa posio. Este estudo
objetivou verificar a relao entre o nvel de controle de tronco e a funcionalidade de crianas com PC. Participaram do
estudo cinco crianas com PC, com idade entre um ano e 10 anos e um ms. Foram realizadas avaliaes atravs do teste
PEDI, com o cuidador, e o teste SATCo, com a criana. Apenas duas crianas apresentaram total controle de tronco, duas
crianas se encontraram em um nvel de suporte intermedirio. A analise estatstica empregada foi a correlao de
Pearson, na qual foram associados os valores dos escores total de SATCo e os escores normativos e contnuos para as
habilidades funcionais nas reas de auto cuidado e mobilidade e para assistncia do cuidador nas reas de auto cuidado e
mobilidade (PEDI). Foi possvel afirmar que as crianas avaliadas possuem algumas caractersticas que so semelhantes
as de uma criana em desenvolvimento normal. Mesmo diante das limitaes que a PC pode provocar em uma criana,
esta consegue desempenhar suas atividades de vida diria em uma sequencia semelhante as de crianas normais. Porm,
o baixo nvel de controle de tronco que a maioria apresenta pode prejudicar diretamente a capacidade funcional da criana,
impossibilitando esta de executar as atividades de vida diria e mobilidade de forma independente.
Participantes:

Orientador: Profa Dra Cristina dos Santos Cardoso de


Docente: Profa Dra Raquel de Paula Carvalho

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rea: Cincias da Reabilitao
Autor: Francielle Martins
Ttulo: Os efeitos do laser teraputico no msculo estriado esqueltico de ratos Wistar
jovens submetidos leso trmica por escaldadura
Palavras-Chave: Terapia de laser de baixa intensidade, msculo esqueltico, "queimaduras"
Introduo: As consequncias sistmicas aps a leso trmica podem ser atribudas ao aumento da taxa metablica.
Aps a queimadura, as protenas so catabolizadas, iniciando-se um srio processo de perda muscular, responsvel pela
diminuio da fora e da capacidade de reabilitao. Estudos verificaram que as fibras musculares esquelticas distantes
do foco da leso tambm tm sua morfologia afetada, apresentando, em um preparado histolgico, fibras com contornos
arredondados, varivel intensidade de colorao, ncleo pouco corado e maior distncia entre as fibras.
O laser de baixa potncia (LLLT) atua biomodulando o tecido, isto , reestabelecendo e normalizando a funo
celular quando h quebra da homeostasia. A efetividade do laser tende a ser tima quando o tecido encontra-se em
condies de disfuno mitocondrial e estresse oxidativo.
Materiais e Mtodos: O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa da Universidade Federal
de So Paulo parecer no. 0344/12. Foram usados 16 ratos da linhagem Wistar, com 21 dias de idade, sendo 8 pertencentes
ao Grupo Leso Trmica (G-LTE), que apenas sofreram a leso trmica, e 8 pertencentes ao Grupo Leso Trmica e
tratamento com LASER (G-LAS) que foi aplicado o LLLT aps a leso. A leso foi realizada aps cinco dias de adaptao
em gaiolas individuais. Os animais foram anestesiados, tricotomizados e, em seguida, foi realizada a leso trmica por
escaldadura na extenso corporal de 45%, sendo que 30% do dorso e 15% do ventre. Os animais receberam analgesia
com injeo intraperitoneal de buprenorfina (0,2 mg/Kg) imediatamente aps a leso e novamente 24 horas depois. O
LASER utilizado foi o infravermelho, classe 3B Ga-Al-As diodo, com comprimento de onda 880nm, densidade de potncia
de 100W/cm, com fluncia de 50 J/cm. Foi utilizada a tcnica pontual por contato, em 1 ponto sobre a pele do animal na
regio medial do msculo gastrocnmio medial da perna esquerda. O LASER foi aplicado logo aps a leso e nos demais
dia com intervalo de um dia durante as aplicaes. No 14 dia aps a leso trmica, todos os animais sofreram eutansia
com superdosagem de anestsico. O msculo gastrocnmio, fixado em formol por 24 horas, desidratado, diafanizado e
includo com paraplast. Os cortes obtidos foram submetidos a colorao com hematoxilina-eosina para a anlise
morfolgica e histopatolgica e, para a anlise imunohistoqumica, foi usado o anticorpo MyoD para investigao da fase de
proliferao dos mioblastos durante a miognese. Foi realizado o estudo morfomtrico, onde foram medidas a rea do perfil
das fibras musculares de ambos os grupos. Para isso foram utilizadas fotomicrografias obtidas de um equipamento de
captura de imagem acoplado a um microscpio binocular. Tambm foi realizada a densidade das fibras musculares,
consideradas como o nmero de fibras por mm2.Os dados foram analisados por meio do teste-T de Student. Foi
considerado um nvel de significncia de 5% (p<0,05).
Resultados: A anlise morfolgica revelou que as fibras musculares dos animais que sofreram leso trmica
apresentaram alterao do formato (aspecto arredondado) em relao morfologia normal das fibras musculares (aspecto
hexagonal). Alm disso, observou-se que no G-LAS houve um aumento na quantidade de ncleos quando comparado com
o G-LTE. Atravs da anlise imunohistoqumica da MyoD, observou-se que as marcaes, quando positivas, ocorrem nos
ncleos celulares. De uma maneira geral, observou-se uma fraca marcao em ambos os grupos, no entanto, no G-LAS
houve uma quantidade maior de ncleos imunopositivos quando comparado com seu respectivo controle G-LTE. A anlise
morfomtrica permitiu detectar que os grupos apresentaram diferena significativa para rea do perfil celular (p=0,006),
sendo a as reas de perfil G-LTE 470,03104,35 m e G-LAS 616,3186,19m. Desta forma, verificou-se que a aplicao
do laser teraputico foi um fator que influenciou na rea da seco transversa das fibras do msculo estudado. J para a
densidade das fibras musculares os grupos no apresentaram diferena significativa (p=0,60). O G-LTE apresentou
1.647426 fibras musculares/mm e o G-LAS 1.556255 fibras/mm.
Concluso: Nossos resultados revelaram que o laser teraputico foi capaz de aumentar a rea do perfil das fibras
musculares de um msculo distante da leso trmica corporal dos animais investigados. Essa recuperao da rea do perfil
das fibras no interferiu na quantidade das fibras musculares, investigadas atravs da anlise da densidade celular.
Concomitante a esse processo de recuperao das fibras musculares com o laser, observou-se o aumento da quantidade
de ncleos bem como da imunopositividade dos mesmos ao marcador da fase de proliferao dos mioblastos, MyoD, no
processo de regenerao muscular. Os resultados foram sugestivos que o LLLT pode ser um importante recurso fsico a ser
utilizado na preveno da perda de massa muscular observada em pacientes com comprometimento por ampla rea de
leso trmica.
Participantes:

Orientador: Mariana Chaves Aveiro


Docente: Ana Cludia Muniz Renn
Docente: Flvia de Oliveira
Discente: Natlia Peruchi Minatel
Discente: Jeferson Andr Bortolin
Discente: Hananiah Tardivo Quintana

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias da Reabilitao
Autor: Gabriel Baldini
Ttulo: EFEITOS DO LASER TERAPUTICO NA FADIGA MUSCULAR INDUZIDA POR
EXERCCIO FSICO EM HOMENS JOVENS
Palavras-Chave: Laser teraputico, fadiga muscular, eletromigrafia
EFEITOS DO LASER TERAPUTICO NA FADIGA MUSCULAR INDUZIDA POR EXERCCIO FSICO EM HOMENS
JOVENS
Baldini, G.S.; Alves, P.G.V.; Realle, C. V.2; Vieira, T. M. 2; Tucci, H.T.; Pinfild, C.E.; Azevedo, P.H.S.M.; Renn,
A.C.M. 1
Departamento de Biocincias, Departamento de Cincias do Movimento Humano, UNIFESP- Baixada Santista,
Santos/SP.
Introduo: A fadiga muscular um fenmeno presente durante a prtica de atividades fsicas e causa reduo no
desempenho muscular e na capacidade do msculo em gerar fora. A terapia a laser de baixa intensidade (TLBI) tem se
destacado como uma alternativa promissora na acelerao do restabelecimento das condies prvias fadiga muscular,
por interferir na bioenergtica celular, aumentando a taxa respiratria mitocondrial e a sntese de trifosfato de adenosina
(ATP).
Objetivo: investigar os efeitos da TLBI no processo de recuperao da fadiga muscular induzida no bceps braquial
em homens jovens, utilizando como medida de avaliao a eletromiografia de superfcie.
Amostra: Participaram desse estudo 10 voluntrios do sexo masculino, com idade entre 18 a 25 anos, clinicamente
saudveis, considerados ativos seguindo critrios estabelecidos pelo Questionrio Internacional de Atividade Fsica ?
verso curta (IPAQ). Os critrios de incluso foram amplitude de movimento ativa e no dolorosa das articulaes do
ombro, cotovelo e punho; ausncia de fratura ou cirurgia prvia na coluna e de extremidades superiores; no apresentar
histria de leso muscular no membro superior dominante e prtica de treinamento de fora que envolva membro superior
h pelo menos 6 meses. Todos os participantes foram aleatoriamente distribudos e submetidos aos procedimentos em 2
sesses experimentais de protocolo de fadiga e TLBI ativa ou placebo com intervalo de 7 dias entre as sesses.
Materiais e mtodos: O procedimento para cada voluntrio consistiu em um total de 3 etapas. Na primeira etapa, foi
realizada uma avaliao cintico-funcional que consistiu em goniometria, testes de funo dos msculos do ombro e testes
ortopdicos. Todos voluntrios assinaram o termo de consentimento e ainda foi realizada a determinao da 1 Repetio
Mxima (1RM) com o voluntrio sentado em um banco Scott. A segunda etapa foi realizada 48 horas aps a primeira, e
consistiu da aquisio de sinais eletromiogrficos da cabea longa do msculo bceps braquial em contraes isomtricas
de 5 e 30 segundos, intervaladas em 3 minutos. Para tal procedimento, o voluntrio foi posicionado em um banco Scott e
membros inferiores em trplice flexo. Aps estas coletas iniciais, foi realizada a aplicao do protocolo de fadiga muscular
constitudo de contraes dinmicas de flexoextenso de cotovelo at a exausto do voluntrio, com cargas
individualizadas de 75% de 1-RM. Na sequencia, foi feita a aplicao da TLBI ativo ou placebo conforme randomizao
previamente citada. Por fim, foi realizada novamente a aquisio eletromiogrfica de 30 segundos da cabea longa do
msculo bceps braquial em contrao isomtrica. A terceira etapa ocorreu 7 dias aps a segunda, e nesta foi realizada os
mesmos procedimentos da segunda etapa, diferenciando-se apenas na aplicao da TLBI. O laser utilizado foi um cluster
DMC (So Carlos, Brasil) com 14 diodos, potncia de sada 100 mW cada, sendo 7 com comprimento de onda de 850nm
(GaAlAs) e 7 com 630nm (GaAsInP). Foi utilizado energia de 4 J
por ponto, totalizando 56J por aplicao. O tempo de
aplicao foi de 40 segundos.
Para a aquisio dos registros eletromiogrficos foi utilizado o equipamento Myosystem Br-1 (Datahominis
Tecnologia Ltda , Uberlndia, Brasil). Para a visualizao e processamento dos sinais foi utilizado o programa especfico.
Os valores obtidos para eletromiografia foram submetidos a uma anlise estatstica descritiva sobre os possveis efeitos da
aplicao do laser ativo ou placebo em um treinamento de fora.
A coleta de 30 segundos pr e ps o protocolo de fadiga foi utilizada como referncia para anlise da fadiga
muscular. A freqncia mediana em 3 pontos do registro total foi analisada (Fmed1, Fmed2 e Fmed3). Os valores brutos de
Fmed1, Fmed2 e Fmed3 foram normalizados pelo valor de Fmed obtido da CIVM de 5 segundos. Desta forma, os valores
de Fmed foram porcentuais (%) da Fmed. Os valores normalizados dos 3 valores de Fmed, tanto pr quanto ps-protocolo
de fadiga foram utilizados para o clculo do coeficiente de inclinao da reta (slope).
Resultados: Os resultados demonstram que no houve diferena para os valores do coeficiente de inclinao de reta
quando comparados os grupos laser e placebo (p = 0,664). Na analise dos perfis mdios para a varivel inclinao de reta,
observou-se uma tendncia a uma maior inclinao da reta no grupo placebo, sugerindo uma fadiga mais precoce nesse
grupo se comparado ao grupo laser. No entanto, essa diferena no foi estatisticamente significativa (p=0,293). A anlise
dos dados tambm mostrou que no houve efeito da ordem de aplicao laser ou placebo dentro dos grupos (p=0,237).
Concluso: Os resultados sugerem que a TLBI no foi efetiva na reduo da fadiga eletromiogrfica. Entretanto, o
grupo TLBI placebo teve um valor de coeficiente de inclinao da reta menor em relao ao grupo ativo, sugerindo que a
TLBI pode ter influenciado na recuperao da fadiga.
Participantes:

Orientador: Ana Claudia Muniz REnno


Discente: Gabriel Baldini

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias da Reabilitao
Autor: Gabriel Sobrinho Baldini
Ttulo: Efeitos do laser teraputico na fadiga muscular induzida por exerccio fsico em
homens jovens
Palavras-Chave: laser teraputico, laser, fadiga muscular, fadiga
Introduo: A fadiga muscular um fenmeno presente durante a prtica de atividades fsicas e causa reduo no
desempenho muscular e na capacidade do msculo em gerar fora. A terapia a laser de baixa intensidade (TLBI) tem se
destacado como uma alternativa promissora na acelerao do restabelecimento das condies prvias fadiga muscular,
por interferir na bioenergtica celular, aumentando a taxa respiratria mitocondrial e a sntese de trifosfato de adenosina
(ATP).
Objetivo: investigar os efeitos da TLBI no processo de recuperao da fadiga muscular induzida no bceps braquial
em homens jovens, utilizando como medida de avaliao a eletromiografia de superfcie.
Amostra: Participaram desse estudo 10 voluntrios do sexo masculino, com idade entre 18 a 25 anos, clinicamente
saudveis, considerados ativos seguindo critrios estabelecidos pelo Questionrio Internacional de Atividade Fsica ?
verso curta (IPAQ). Os critrios de incluso foram amplitude de movimento ativa e no dolorosa das articulaes do
ombro, cotovelo e punho; ausncia de fratura ou cirurgia prvia na coluna e de extremidades superiores; no apresentar
histria de leso muscular no membro superior dominante e prtica de treinamento de fora que envolva membro superior
h pelo menos 6 meses. Todos os participantes foram aleatoriamente distribudos e submetidos aos procedimentos em 2
sesses experimentais de protocolo de fadiga e TLBI ativa ou placebo com intervalo de 7 dias entre as sesses.
Materiais e mtodos: O procedimento para cada voluntrio consistiu em um total de 3 etapas. Na primeira etapa, foi
realizada uma avaliao cintico-funcional que consistiu em goniometria, testes de funo dos msculos do ombro e testes
ortopdicos. Todos voluntrios assinaram o termo de consentimento e ainda foi realizada a determinao da 1 Repetio
Mxima (1RM) com o voluntrio sentado em um banco Scott. A segunda etapa foi realizada 48 horas aps a primeira, e
consistiu da aquisio de sinais eletromiogrficos da cabea longa do msculo bceps braquial em contraes isomtricas
de 5 e 30 segundos, intervaladas em 3 minutos. Para tal procedimento, o voluntrio foi posicionado em um banco Scott e
membros inferiores em trplice flexo. Aps estas coletas iniciais, foi realizada a aplicao do protocolo de fadiga muscular
constitudo de contraes dinmicas de flexoextenso de cotovelo at a exausto do voluntrio, com cargas
individualizadas de 75% de 1-RM. Na sequencia, foi feita a aplicao da TLBI ativo ou placebo conforme randomizao
previamente citada. Por fim, foi realizada novamente a aquisio eletromiogrfica de 30 segundos da cabea longa do
msculo bceps braquial em contrao isomtrica. A terceira etapa ocorreu 7 dias aps a segunda, e nesta foi realizada os
mesmos procedimentos da segunda etapa, diferenciando-se apenas na aplicao da TLBI. O laser utilizado foi um cluster
DMC (So Carlos, Brasil) com 14 diodos, potncia de sada 100 mW cada, sendo 7 com comprimento de onda de 850nm
(GaAlAs) e 7 com 630nm (GaAsInP). Foi utilizado energia de 4 J
por ponto, totalizando 56J por aplicao. O tempo de
aplicao foi de 40 segundos.
Para a aquisio dos registros eletromiogrficos foi utilizado o equipamento Myosystem Br-1 (Datahominis
Tecnologia Ltda , Uberlndia, Brasil). Para a visualizao e processamento dos sinais foi utilizado o programa especfico.
Os valores obtidos para eletromiografia foram submetidos a uma anlise estatstica descritiva sobre os possveis efeitos da
aplicao do laser ativo ou placebo em um treinamento de fora.
A coleta de 30 segundos pr e ps o protocolo de fadiga foi utilizada como referncia para anlise da fadiga
muscular. A freqncia mediana em 3 pontos do registro total foi analisada (Fmed1, Fmed2 e Fmed3). Os valores brutos de
Fmed1, Fmed2 e Fmed3 foram normalizados pelo valor de Fmed obtido da CIVM de 5 segundos. Desta forma, os valores
de Fmed foram porcentuais (%) da Fmed. Os valores normalizados dos 3 valores de Fmed, tanto pr quanto ps-protocolo
de fadiga foram utilizados para o clculo do coeficiente de inclinao da reta (slope).
Resultados: Os resultados demonstram que no houve diferena para os valores do coeficiente de inclinao de reta
quando comparados os grupos laser e placebo (p = 0,664). Na analise dos perfis mdios para a varivel inclinao de reta,
observou-se uma tendncia a uma maior inclinao da reta no grupo placebo, sugerindo uma fadiga mais precoce nesse
grupo se comparado ao grupo laser. No entanto, essa diferena no foi estatisticamente significativa (p=0,293). A anlise
dos dados tambm mostrou que no houve efeito da ordem de aplicao laser ou placebo dentro dos grupos (p=0,237).
Concluso: Os resultados sugerem que a TLBI no foi efetiva na reduo da fadiga eletromiogrfica. Entretanto, o
grupo TLBI placebo teve um valor de coeficiente de inclinao da reta menor em relao ao grupo ativo, sugerindo que a
TLBI pode ter influenciado na recuperao da fadiga.
Participantes:

Orientador: Ana Cludia Muniz Renno


Docente: Helga Tatiana Tucci
Docente: Carlos Eduardo Pinfild
Docente: Mariana Chaves Aveiro
Docente: Paulo H.S.M. Azevedo
Discente: Patrcia Gabrielle Vasso Alves
Discente: Camila Vidal Realle
Discente: Thas Moraes Vieira

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias da Reabilitao
Autor: Isabela Maschk Staboli
Ttulo: TRADUO E ADAPTAO CULTURAL DO QUESTIONRIO FOOT FUNCTION
INDEX PARA VERSO BRASILEIRA
Palavras-Chave: Fascite Plantar; Traduo; Questionrio
Introduo: Os questionrios so utilizados para verificar e analisar o impacto de doenas sobre diversas reas da
vida do paciente, como a qualidade de vida, capacidades e limitaes fsicas e funcionais, complementando os dados
clnicos permitindo a avaliao de sintomas subjetivos, como ansiedade, dor e depresso, melhorando o planejamento do
tratamento e o acompanhamento da evoluo clnica.
O questionrio Foot Function Index (FFI) foi desenvolvido para
mensurar alteraes e limitaes decorrentes de patologias que acometem o p. Objetivo: Traduzir, adaptar culturalmente
para a lngua portuguesa o questionrio Foot Function Index. Mtodos: O FFI foi traduzido para o portugus por dois
tradutores brasileiros, e com estas verses foi formada uma verso consensual, que foi traduzida de volta para ingls por
dois tradutores de lngua nativa inglesa. Em seguida, um comit de especialistas discutiu sobre as diferenas entre as
verses e o questionrio original, formando a verso utilizada no pr-teste. Nesta fase participaram 40 pacientes com
diagnstico mdico de fascite plantar para verificar a compreenso e aceitabilidade das perguntas e respostas. Resultados:
Na fase de traduo e adaptao cultural, alguns itens entre as tradues foram divergentes, que foram modificadas na
formulao da verso consensual. No encontro do comit no houve necessidade de realizar alteraes. Durante o
pr-teste, os itens no compreendidos foram a escala visual analgica por 95 % e o item na pior crise de dor por 60% dos
pacientes que foram modificados com base nas sugestes dos voluntrios. Concluso: Aps a traduo e adaptao
cultural do questionrio, foi concluda a verso final em portugus do FFI que est em processo de avaliao das
propriedades psicomtricas para ser utilizado no Brasil.
Participantes:

Orientador: Liu Chiao Yi


Discente: Marcelo Ribeiro Cunha
Discente: Kamila Verlene
Discente: Danilo Kamonseki
Discente: Geiseane Gonalves

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias da Reabilitao
Autor: Kathlein Cristiny Peres Pouza
Ttulo: AVALIAO FUNCIONAL DE PACIENTES COM OSTEOARTRITE: PR E PS
ARTROPLASTIA DO JOELHO.
Palavras-Chave: artroplastia de joelho, fisioterapia, qualidade de vida, funo
Introduo: A Osteoartrite (OA) uma doena crnica degenerativa, que ocorre na cartilagem articular sinovial, tendo
como sintomatologia dor intensa, crepitao e rigidez, podendo estar acompanhada de instabilidade, deformidade articular e
manifestaes inflamatrias. O quadro clnico dos pacientes com OA ocasiona vastas consequncias negativas, como
restrio na execuo de suas atividades dirias, incapacidade locomotora e estresse emocional. Tendo em vista que a dor
geralmente o principal fator incapacitante na OA e com isso a primeira tentativa para melhorar a qualidade de vida do
individuo, minimizando o quadro lgico, o tratamento conservador. Porm quando este no suficiente se faz necessrio
realizar a substituio da superfcie articular, atravs de um procedimento cirrgico de alta complexidade, denominado
Artroplastia Total do Joelho (ATJ). Esse procedimento tem como objetivo principal o alvio da dor e a melhora funcional nos
estgios avanados da OA, alm do aumento da estabilidade e correo de deformidades. A atuao da fisioterapia no pr
e ps-operatrio de artroplastia do joelho se faz importante na preparao do paciente frente a nova situao que se
apresenta e na busca de funcionalidade no menor espao de tempo possvel .Objetivo: Avaliar as condies funcionais e de
qualidade de vida dos pacientes no pr e ps-operatrio de artroplastia de joelho (ATJ), visando identificar se a cirurgia,
associada s orientaes para exerccios domiciliares auxiliam na melhora dos sintomas, funo e atividades dirias dos
pacientes que procuram o ambulatrio especializado em joelho da Irmandade da Santa Casa de Misericrdia de Santos ?
SP. Mtodos: Foram avaliados quatorze (n=14) indivduos de ambos os gneros, com idade superior a 60 anos, que
procuraram o ambulatrio especializado em joelho da Santa Casa de Misericrdia de Santos no perodo pr artroplastia de
joelho e dez (n=10) aps um ms do procedimento cirrgico, atravs dos questionrios especficos para avaliao da
enfermidade: Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis Index (WOMAC), o ndice de Lequesne, o
questionrio genrico de qualidade de vida SF-36, a Escala de Atividade de Vida Diria (EAVD), o gonimetro universal
para mensurao da Amplitude de Movimento (ADM) e a Escala Analgica Visual de Dor, alm do Manual de Orientaes
para Pacientes Submetidos Prtese de Joelho. Resultados: Embora as anlises ainda estejam em andamento, nossos
resultados preliminares em relao aos pacientes que j passaram pela segunda anlise, segundo o questionrio WOMAC,
apontam que a dor dos pacientes pr artroplastia, comparada um ms aps a cirurgia, reduziu significativamente 28%; com
relao rigidez houve reduo significativa de 2,5% e as dificuldades funcionais apresentadas por esses pacientes
reduziram 14%. Pelo ndice Lequesne, a incapacidade fsica dos pacientes apresentou uma melhora de 0,8%, porm foram
melhoras sem relevncia significativa. Comparando os dados pr e ps-operatrio, o escore EAVD reduziu em 14,2%, a
funo e a atividade do joelho passou de ?Anormal para ?Quase normal e a ADM, segundo o IKDC, na categoria A
(hiperextenso) se manteve, porm na B (o que falta da extenso para 0) apresentou reduo, enquanto que na categoria
C(flexo) obtivemos aumento. De acordo com o SF36, os resultados mostraram melhora na qualidade de vida logo aps o
primeiro ms da realizao do procedimento cirrgico. Concluses: At o presente momento, conclumos que h melhora
significativa das atividades de vida diria e diminuio da dor, tendo como consequncias, melhores resultados em relao
rigidez, limitaes e incapacidades funcionais em pacientes aps um ms da realizao do procedimento cirrgico de
Artroplastia Total de Joelho. Com relao a resultados futuros, buscaremos avaliar mais indivduos pr e ps ATJ para se
completar a amostra calculada e ampliarmos as avaliaes tambm para o terceiro ms ps-operatrio, possibilitando
identificar quais so as principais necessidades de interveno nesses pacientes aps a cirurgia.
Palavra-chave: artroplastia de joelho; dor; amplitude de movimento; atividades dirias; fisioterapia.
Participantes:

Orientador: Maria Stella Peccin


Orientador: Thiago Ribeiro dos Santos
Discente: Eduardo Signorini Bicas Franco
Discente: Paula Fernanda Gallani Martin Del Campo
Discente: Diego Ramos Ribeiro
Discente: Gabriella Pocker Lemos
Discente: Michelle Poccia Mengardo
Discente: Wandressa Stefaneli Ruy

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias do Mar
Autor: Adayse Bossolani da Guarda
Ttulo: Influncia da ressurgncia de Cabo Frio nas populaes de cracas do
entre-mars rochoso
Palavras-Chave: oceanografia biolgica; entremars; recrutamento; mudanas climticas.
As comunidades do entremars so particularmente vulnerveis a variveis oceanogrficas, como por exemplo, a
elevao do nvel do mar, bem como ao aumento, em ocorrncia e intensidade, de eventos extremos com variao no
impacto de ondas, como a passagem de ciclones. Alm disso, estas variveis podem interferir nos padres das
comunidades bentnicas no tempo e espao. Assim, o entendimento dos efeitos destes fenmenos sobre essas
comunidades so essenciais para os modelos de previso dos possveis cenrios futuros. Este estudo tem por objetivo
identificar a variao no tamanho dos recrutas de mexilhes do entremars em costes rochosos em escala temporal,
relacionando com os eventos oceanogrficos relacionados s passagens de frente frias na costa paulista. Para alcanar
tais objetivos esto sendo utilizadas amostragens de campo recolhidas mensal e quinzenalmente durante 1 ano na regio
de Ilha Bela (SP), onde os recrutas de mexilhes do entremars esto sendo mensurados em estereomicroscpio. As
principais espcies que esto recrutando nesta regio so os mexilhes Perna perna e Brachidontes spp, os quais tem
apresentado diferenas quanto a quantidade e tamanho dos recrutas. A presente proposta contribuir para melhor
compreenso da dinmica oceanogrfica e sua influncia sobre as populaes de mexilhes, gerando dados integrados
espao-temporalmente que so necessrios para o desenvolvimento de estudos ecolgicos.
Participantes:

Orientador: Ronaldo Adriano Christofoletti


Discente: Ana Carolina de Azevedo Mazzuco

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias do Movimento Humano
Autor: Alessandro Demel Lotti
Ttulo: PROPOSTA PEDAGGICA PARA O ENSINO DA NATAO: UM DILOGO COM
A SADE
Palavras-Chave: Natao. Pedagogia. Educao Fsica. Promoo da Sade
INTRODUO
O esporte um fenmeno da modernidade que, ao longo dos anos, tem sofrido um processo de grande
massificao. Contudo, essa ampla massificao tem gerado modelos de prtica esportiva baseados no esporte
profissional, que, tradicionalmente, se desenvolve por meio de metodologias rgidas de ensino. Tal caracterstica tambm
observada na natao, contribuindo muitas vezes para o abandono precoce da modalidade por parte dos alunos, o que
conflita com os pressupostos da promoo da sade, que preconizam o comprometimento das prticas corporais com a
dimenso sociocultural das pessoas. Para tanto os objetivos do estudo foram: sistematizar uma proposta de ensino da
natao calcado nos princpios da pedagogia do esporte; compreender as possibilidades didtico-pedaggicas do ensino da
natao, e; analisar a possvel relao entre a sistematizao do ensino da natao com os iderios da promoo da
sade. A compreenso de que a rea acadmica da pedagogia do esporte possui contribuies que permitem o repensar
da prtica esportiva, inclusive de seu processo de ensino, bem como a que melhor contempla os princpios da promoo da
sade.
MTODO DE PESQUISA
O estudo foi desenvolvido em 2 partes: pesquisa bibliogrfica e sistematizao da proposta de ensino. A pesquisa
bibliogrfica abrangeu peridicos nacionais e com poltica editorial de livre acesso aos artigos do sistema Qualis-Capes da
rea da Educao Fsica (EF), sendo consultados 255 peridicos. Os descritores utilizados foram: pedagogia and educao
fsica, pedagogia and esporte, pedagogia and natao, ensino and natao e promoo da sade. Foram selecionados
artigos que dialogassem com o campo da pedagogia; baseados em relatos de experincia com o ensino de esportes; que
propusessem intervenes em EF, esporte e sade, e; abrangesse o perodo de 1990 a 2012. A pesquisa bibliogrfica foi
planejada para servir de base para compreenso e estruturao da proposta.
Para a sistematizao da proposta, utilizamos 2 referncias de base: Daolio (2002) Catteau e Garoff (1990). A
contribuio do primeiro autor se deu pelo estudo do modelo pendular de ensino dos esportes coletivos. Em relao
segunda referncia, a contribuio foi especfica para o estudo da natao, podendo ser estudada a trama dinmica da
natao, o trip do processo de ensino na modalidade. Alm disso, essas duas propostas possuem em comum o
redimensionamento da dimenso tcnica.
RESULTADOS E DISCUSSO
Chegamos ao nmero de 27 artigos que puderam ser agrupados em 3 categorias: Prticas corporais e promoo da
sade, EF e pedagogia, e Pedagogia do esporte: reflexes e intervenes.
Verificamos a ausncia de estudos que discutiam a temtica da promoo da sade no campo esportivo e
vice-versa. Apesar disso, o tema da autonomia foi comum em todos os artigos. Outros apontamentos convergentes foram: a
prerrogativa do ensino por meio da problematizao; a necessidade de aulas que simulassem situaes reais, e; a
importncia do componente ldico.
Frente ao exposto, trabalhamos na sistematizao de uma proposta que pudesse protagonizar o aluno no processo
de aprendizagem, alm de favorecer o desenvolvimento de sua autonomia. Para tanto, consideramos os argumentos de
Daolio (2002), que, ao apresentar o modelo pendular de ensino dos esportes coletivos, o divide em 3 etapas: princpios
operacionais, regras de ao e gestos tcnicos. Para o autor, os princpios operacionais so as estruturas comuns
presentes em qualquer modalidade esportiva coletiva, as regras de ao so os mecanismos para operacionalizao das
estruturas comuns e os gestos tcnicos so os especficos de cada modalidade, j com grande variao. Em relao
natao, saber nadar, para Cateau e Garoff (1990) significa dominar o triplo problema do nado, composto por equilbrio,
respirao e propulso, chamado de trama dinmica da natao. Os autores consideram que aprendizado da tcnica deve
ser parte do processo de ensino e no uma meta final a ser cumprida.
A partir dessas consideraes, chegamos seguinte sistematizao: Princpios operacionais: equilbrio (entrada na
gua, imerso, abandono do equilbrio terrestre, equilbrio horizontal, reequilibrao), respirao (expirao completa,
expirao intensa, ritmo de respirao) e propulso (criao e busca de apoio, propulso pelas pernas, construo do
espao pelos braos, procura da amplitude e ritmo); Consolidao da trama dinmica: dominar os princpios operacionais
em conjunto, e; Tcnicas de nado: aprendizagem e aprimoramento das tcnicas de nado.
CONCLUSO
Acreditamos que essa proposta traduz uma experincia de aprendizagem esportiva mais ampla para as pessoas,
entendendo que haver possibilidade de formao de um aluno mais autnomo para lidar com situaes da modalidade.
REFERNCIAS
CATTEAU, R.; GAROFF, G. O ensino da natao. So Paulo: Manole,1990
DAOLIO, J. Jogos esportivos coletivos: dos princpios operacionais aos gestos tcnicos-modelo pendular a partir das
idias de Claude Bayer. Revista Brasileira de Cincia e Movimento, Braslia, v.10, n.4, p.99-104, out./dez., 2002
Participantes:

Orientador: ROGRIO CRUZ DE OLIVEIRA

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias do Movimento Humano
Autor: Camila Vidal Realle
Ttulo: Efeitos da terapia laser de baixa intensidade na dosagem de lactato sanguneo
aps fadiga muscular induzida antes e aps programa de treinamento de fora em
homens jovens
Palavras-Chave: Fadiga Muscular, Terapia a Laser de Baixa Intensidade, Lactato
Efeitos da terapia laser de baixa intensidade na dosagem de lactato sanguneo aps fadiga induzida antes e aps
programa de treinamento em homens jovens
Realle, C. V.1; Vieira, T. M.1; Baldini, G.S.2; Alves, P.G.V.; Renn, A.C.M.2; Pinfildi, C.E.; Azevedo, P.H.S.M.;
Colantonio, E.; Botero, J.P. ; Tucci, H.T.1
Departamento de Cincias do Movimento Humano, Departamento de Biocincias, UNIFESP- Baixada Santista.
Introduo: O exerccio em alta intensidade pode levar a fadiga muscular, reduzindo assim o desempenho muscular
em programas de treinamento resistido. A terapia a laser de baixa intensidade (TLBI) pode ser capaz de atenuar os efeitos
da fadiga muscular por sua ao biomodulatria nos tecidos e por atuar na bioenergtica celular, possibilitando um melhor
desempenho muscular durante o exerccio.
Objetivo: Avaliar os efeitos da TLBI na lactacidemia, nos valores de progresso de carga e no nmero de repeties
de flexo-extenso do cotovelo em homens jovens submetidos a um treinamento resistido do msculo bceps braquial. A
hiptese que o grupo submetido ao treinamento com TLBI ativo ter uma melhora do desempenho muscular.
Amostra: At o presente momento, 5 voluntrios participaram do estudo com idade entre 18 a 25 anos, distribudos
em grupo laser ativo, laser placebo e controle. Os critrios de incluso foram amplitude de movimento ativa e no dolorosa
das articulaes do ombro, cotovelo e punho; ausncia de fratura ou cirurgia prvia na coluna e extremidade superiores,
no praticar treinamento que envolva membro superior h pelo menos 6 meses e serem classificados como pouco ativos
seguindo critrios do Questionrio Internacional de Atividade Fsica ? verso curta (IPAQ). Tambm foi solicitado aos
voluntrios que mantivessem o mesmo nvel de atividade fsica anterior a participao do estudo durante o treinamento de
fora.
Material e Mtodos: Os voluntrios que assinaram o termo de consentimento foram submetidos a uma avaliao
cintico-funcional que consistiram em testes de funo muscular, goniometria e testes ortopdicos. O protocolo
experimental iniciou-se com a determinao da 1 Repetio Mxima (1RM) feita em dois dias distintos, intervalados entre 48
e 72 horas. Aps a determinao da segunda 1-RM para cada voluntrio, 75% deste valor foi utilizado no protocolo de
fadiga muscular, que consistiu na realizao do movimento de flexo-extenso do cotovelo at a exausto. A coleta de dados
de lactato ocorreu 24 horas depois da determinao da 1-RM. Uma coleta de lactato basal foi realizada antes do protocolo
de fadiga muscular. Aps 10 minutos, foi iniciado o protocolo de fadiga, que constituiu no movimento de flexo-extenso do
cotovelo at a exausto com 75% do valor da carga da 1-RM. Imediatamente aps o protocolo de fadiga, o individuo foi
submetido aplicao TLBI ativa ou placebo. Aps 5 minutos, foi coletado uma amostra de lactato e houve mais trs
coletas aps 3, 6 e 9 minutos. O laser utilizado foi um cluster DMC (So Carlos, Brasil) com 14 diodos com potncia de
sada 100 mW cada, sendo 7 com comprimento de onda de 850nm (GaAlAs) e 7 com 630nm (GaAsInP). Foi utilizado
energia de 4 J por ponto, totalizando 56J por aplicao. O tempo de aplicao foi de 40 segundos. O treinamento resistido
realizado por 8 semanas, 2 vezes por semana. Em cada sesso, previamente foi aplicado o laser ativo ou placebo e logo
aps o voluntrio realizou duas sries do movimento de flexo-extenso do cotovelo at a exausto. Na primeira e segunda
semana, o treinamento foi feito com 60% do valor da 1-RM estabelecida. A cada duas semanas foi realizada a reavaliao
da 1-RM, que resultou em um valor de progresso de carga para as semanas seguintes de treinamento. O nmero de
repeties que os voluntrios conseguiram realizar em cada sesso de treinamento foi anotado. Os valores de lactato
sanguneo foram obtidos conforme descrito acima. Os resultados dos valores obtidos em cada voluntrio para o lactato
sanguneo, progresso de carga e nmero de repeties foram apresentados de forma descritiva.
Resultados: Os voluntrios submetidos ao treinamento de fora com laser ativo (a) apresentaram um nmero de
repeties de flexo-extenso do cotovelo maior em relao ao grupo placebo (p), tanto na primeira (a= 30; p=6 repeties)
quanto na segunda (a= 27; p=6 repeties) semana. O aumento nos valores de carga entre as duas medidas de 1-RM
foram maiores no grupo ativo (9 kg) em relao ao placebo (7 kg). Os resultados da anlise de lactato mostraram que os
dois voluntrios que receberam TLBI ativa tiveram um pico no valor de lactato referente a primeira amostra aps protocolo
de fadiga, fato que no aconteceu no voluntrio TLBI placebo. Em um dos voluntrios TLBI ativa, os valores de lactato
foram constantes durante o perodo de recuperao enquanto no outro foi observado um aumento tambm na segunda
coleta seguida de uma queda gradual dos valores ao longo do perodo. J o voluntrio TLBI placebo obteve nmeros
semelhantes durante toda a coleta de lactato aps o protocolo de fadiga.
Discusso: Os dados obtidos sugerem que a TLBI pode melhorar o desempenho muscular. Entretanto, o nmero de
voluntrios pequeno para que os resultados sejam inferidos a uma populao com as mesmas caractersticas deste
estudo. Porm, os resultados desta pesquisa esto de acordo com pesquisas prvias que avaliam a melhora do
desempenho muscular aps aplicao de TLBI. Possveis justificativas seriam o aumento da circulao sangunea e a
formao de mitocndrias gigantes ocasionados pela aplicao da TLBI. importante salientar que o trabalho ainda no
est concludo. Desta forma, os resultados so apenas descritivos de uma amostra parcial.
Concluso: Os resultados obtidos at o presente momento sugerem que a TLBI reduz a fadiga muscular do bceps
braquial em homens jovens, pois houve melhora do desempenho muscular no grupo TLBI ativo.
Participantes:

Discente: Camila Vidal Realle

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias do Movimento Humano
Autor: Julia Nanci de Oliveira
Ttulo: DISMENORREIA E SUA RELAO COM A POSTURA CORPORAL
Palavras-Chave: dismenorreia, dor, postura, fisioterapia, menstruao
Dismenorreia uma queixa dolorosa associada ao perodo menstrual e est principalmente relacionada s dores no
abdome inferior, que podem irradiar lombar e regio medial da coxa. Em outras situaes em que a dor no abdome
inferior est presente, como em casos de Dor Plvica Crnica (DPC), verificou-se alteraes posturais em mulheres com
DPC. Este estudo teve como objetivo avaliar a presena de alteraes posturais entre mulheres jovens que sofrem de
dismenorreia. Foram realizadas avaliaes posturais atravs do Software de Avaliao Postural (SAPO), e de
dimensionamento da dor decorrente da menstruao pela
Verso Brasileira do McGill Pain Questionnaire (Br-MPQ). As
avaliaes foram realizadas no primeiro dia do ciclo menstrual e aps 7 dias de seu incio. As participantes (n=6) com idade
(18,50,836), IMC (244,831), Intensidade da dor presente ? PPI (10,894), Nmero de Palavras Escolhidas ? NWC
(10,33,204), ndice de Classificao da Dor ? PRI (208,366). Quanto avaliao postural, em nenhum dos parmetros
analisados houve diferena significativa quanto aos padres posturais, comparando a primeira avaliao postural (primeiro
dia do ciclo) e aps o trmino do perodo menstrual. Os dados permitem concluir que no ocorrem alteraes posturais em
decorrncia da presena de dismenorreia em mulheres jovens com diferentes nveis de atividades fsicas.
Participantes:

Orientador: Profa. Dra. Mariana Chaves Aveiro

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias do Movimento Humano
Autor: Maria Eduarda Amaral Silva
Ttulo: Qualidade de Vida e Aptido Fsica de Idosos Praticantes de Esportes com
Raquetes
Palavras-Chave: Idosos, Aptido Fsica,
Na dcada de 1960 se iniciou o processo de envelhecimento populacional no Brasil e o crescente aumento da
expectativa de vida e este fato tem instigado o interesse de inmeros pesquisadores neste mbito. Conhecendo as
mudanas do envelhecimento que se constitui em um processo biolgico de declnio das capacidades fsicas, psicolgicas
e fisiolgicas, vrios estudos tm focado em estratgias de intervenes especficas para a melhora da qualidade de vida
dessa populao, as quais so associadas a prtica regular de exerccio fsico. No entanto, apesar dos indcios dos
benefcios por meio da prtica regular do exerccio para o indivduo idoso, ainda observa-se a necessidade de verificar
efeitos de diversas atividades que tm sido oferecidas como praticas ou intervenes, alm disso, poucos estudos tem
correlacionado benefcios, dificuldades e aplicaes sobre prtica de esportes com raquete idosos. Objetivo: avaliar e
comparar a qualidade de vida e capacidades fsicas em idosos praticantes e no praticantes de esportes com raquetes.
Metodologia: Foram avaliados 18 indivduos com idade entre 60 e 80 anos divididos em grupos praticantes (GP) e no
praticantes (GNP). Foi critrio de incluso no GP o indivduo praticar algum esporte com raquete (tnis de campo,
tamboru, beach tennis, etc) por pelo menos duas vezes semanais e com, no mnimo, trs meses de prtica. Para o GNP,
alm do indivduo no ser praticante de esportes este deveria apresentar sedentarismo ou baixo nvel de atividade fsica. Os
critrios de excluso foram: impedimentos musculoesquelticos (ortopdicos ou artrticos) que impossibilitariam a execuo
das avaliaes, diagnstico de insuficincia cardaca ou arritmia severa, hipertenso e diabetes no controladas. Foram
realizadas avaliaes antropomtricas, de composio corporal, teste de fora de preenso manual e de aptido fsica
(bateria AAHPERD), questionrio de nvel de atividade fsica (IPAQ- verso longa), alm do questionrio de Qualidade de
Vida (SF-36). Para estudar o comportamento das variveis de interesse em cada situao experimental, empregou-se o
modelo de anlise de varincia com um fator fixo e o mtodo de comparaes mltiplas de Tukey com nvel de significncia
em p<0,05. Impacto Acadmico e Social: Os resultados obtidos nos permitem afirmar que a mdia do ndice de aptido
fsica geral e fora de preenso manual de ambas as mos do GNP foi menor que a dos trs GP (tnis de campo - GPTC,
tamboru - GPT, beach tennis ? GPBT). A porcentagem de gordura corporal do GNP foi maior do que a do GPBT, e a
massa muscular corporal apresentou valores maiores para o GPT em comparao ao GNP. A porcentagem de gua
corporal foi maior para os GPT e GPBT quando comparados ao GNP e a taxa metablica basal apresentou menores valores
para o GNP do que para o GPT. Os dados relativos Qualidade de vida no mostraram diferenas significativas. Tais
resultados nos permitem sugerir que o impacto acadmico e social deste estudo vai de encontro com o objetivo do mesmo,
pois permite populao idosa a incorporao de novas informaes sobre estas prticas permitindo aos mesmos que se
apropriem destas para obteno de melhora na qualidade da sade e bem estar. Produo Acadmica: PIBIC 2013
Participantes:

Orientador: Prof. Dr. Ricardo Lus Fernandes Guerra


Discente: Lays de Souza Lopes

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias do Movimento Humano
Autor: Mariam Mian B. Bouchnak
Ttulo: Validao do Limiar Glicmico como Estimativa da Mxima Fase Estvel do
Lactato Sanguneo e do Limiar Anaerbio
Palavras-Chave: glicemia; avaliao fsica; cicloergmetro
O limiar anaerbio (LAn) tem sido utilizado para prescrio de treinamento e avaliao da aptido aerbia. Alguns
parmetros foram desenvolvidos para a identificao do Lan, dentre eles o Limiar Glicmico (LG). Esta pesquisa foi do tipo
experimental. O objetivo desta pesquisa foi verificar a influncia do tempo de estgio na determinao da intensidade
associada ao LG; A amostra foi composta de 14 adultos com idade entre 18 e 30 anos. Realizaram 3 testes incrementais
em cicloergmetro, com cadncia de pedalada fixada em 60 rpm e incremento de carga: 1- 50 Watts a cada 1 minuto; 2- 50
watts a cada 3 minutos; 50 watts a cada 5 minutos. Houve intervalo de 72 horas entre cada teste. Foram realizadas coletas
sanguneas do lbulo da orelha para anlise da glicemia. O menor valor glicmico durante a realizao do teste foi
considerado como o LG. Foi aplicado o teste de Mauchly para avaliar a esfericidade dos dados. Foi aplicado o teste de
ANOVA para medidas repetidas e aceito nvel de significncia de P<0,05. Os resultados demonstram que houve diferena
apenas entre os protocolos de 1 (271,469,9 watts) e 5 (192,8 58,2watts) minutos de durao para cada estgio (P<0,05).
No houve diferena entre os protocolos com durao de estgio de 1 e 5 minutos quando comparado ao estgio de 3
minutos (235,756,9watts) Conclui-se que h diferena na intensidade associada ao LG apenas entre os protocolos de 1 e
5 minutos. O protocolo com durao de estgio da ordem de 3 minutos no diferiu dos protocolos de 1 e 5
minutos.Portanto, estgios muito curtos ou prolongados exercem influncia sobre a intensidade em que ocorre o limiar
glicmico.
Participantes:

Orientador: Paulo Henrique Silva Marques de Azevedo


Discente: Mariam Mian B. Bouchnak
Discente: Paulo Eduardo de Assis Pereira
Discente: Yuri Motoyama

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias do Movimento Humano
Autor: Mariam Mian Bouchnak
Ttulo: Validao do Limiar Glicmico como Estimativa da Mxima Fase Estvel do
Lactato Sanguneo e do Limiar Anaerbio
Palavras-Chave: glicemia; avaliao fsica; cicloergmetro
O limiar anaerbio (LAn) tem sido utilizado para prescrio de treinamento e avaliao da aptido
aerbia. Alguns parmetros foram desenvolvidos para a identificao do Lan, dentre eles o Limiar
Glicmico (LG). Esta pesquisa foi do tipo experimental. O objetivo desta pesquisa foi verificar a
influncia do tempo de estgio na determinao da intensidade associada ao LG; A amostra foi
composta de 14 adultos com idade entre 18 e 30 anos. Realizaram 3 testes incrementais em
cicloergmetro, com cadncia de pedalada fixada em 60 rpm e incremento de carga: 1- 50 Watts a
cada 1 minuto; 2- 50 watts a cada 3 minutos; 50 watts a cada 5 minutos. Houve intervalo de 72
horas entre cada teste. Foram realizadas coletas sanguneas do lbulo da orelha para anlise da
glicemia. O menor valor glicmico durante a realizao do teste foi considerado como o LG. Foi
aplicado o teste de Mauchly para avaliar a esfericidade dos dados. Foi aplicado o teste de ANOVA
para medidas repetidas e aceito nvel de significncia de P<0,05. Os resultados demonstram que
houve diferena apenas entre os protocolos de 1 (271,469,9 watts) e 5 (192,8 58,2watts)
minutos de durao para cada estgio (P<0,05). No houve diferena entre os protocolos com
durao de estgio de 1 e 5 minutos quando comparado ao estgio de 3 minutos (235,756,9watts)
Conclui-se que h diferena na intensidade associada ao LG apenas entre os protocolos de 1 e 5
minutos. O protocolo com durao de estgio da ordem de 3 minutos no diferiu dos protocolos de
1 e 5 minutos.Portanto, estgios muito curtos ou prolongados exercem influncia sobre a intensidade
em que ocorre o limiar glicmico.
Participantes:

Orientador: Paulo Henrique Silva Marques de Azevedo


Discente: Paulo Eduardo de Assis Pereira
Discente: Yuri Lopes Motoyama
Discente: Gilmar Esteves

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias do Movimento Humano
Autor: Ricardo Lus Fernandes Guerra
Ttulo: Qualidade de Vida e Aptido Fsica de Idosos Praticantes de Esportes com
Raquete
Palavras-Chave: Esporte, Qualidade de Vida, Aptido Fsica, Idoso
Na dcada de 1960 se iniciou o processo de envelhecimento populacional no Brasil e o crescente aumento da
expectativa de vida e este fato tem instigado o interesse de inmeros pesquisadores neste mbito. Conhecendo as
mudanas do envelhecimento que se constitui em um processo biolgico de declnio das capacidades fsicas, psicolgicas
e fisiolgicas, vrios estudos tm focado em estratgias de intervenes especficas para a melhora da qualidade de vida
dessa populao, as quais so associadas a prtica regular de exerccio fsico. No entanto, apesar dos indcios dos
benefcios por meio da prtica regular do exerccio para o indivduo idoso, ainda observa-se a necessidade de verificar
efeitos de diversas atividades que tm sido oferecidas como praticas ou intervenes, alm disso, poucos estudos tem
correlacionado benefcios, dificuldades e aplicaes sobre prtica de esportes com raquete idosos. Objetivo: avaliar e
comparar a qualidade de vida e capacidades fsicas em idosos praticantes e no praticantes de esportes com raquetes.
Metodologia: Foram avaliados 18 indivduos com idade entre 60 e 80 anos divididos em grupos praticantes (GP) e no
praticantes (GNP). Foi critrio de incluso no GP o indivduo praticar algum esporte com raquete (tnis de campo,
tamboru, beach tennis, etc) por pelo menos duas vezes semanais e com, no mnimo, trs meses de prtica. Para o GNP,
alm do indivduo no ser praticante de esportes este deveria apresentar sedentarismo ou baixo nvel de atividade fsica. Os
critrios de excluso foram: impedimentos musculoesquelticos (ortopdicos ou artrticos) que impossibilitariam a execuo
das avaliaes, diagnstico de insuficincia cardaca ou arritmia severa, hipertenso e diabetes no controladas. Foram
realizadas avaliaes antropomtricas, de composio corporal, teste de fora de preenso manual e de aptido fsica
(bateria AAHPERD), questionrio de nvel de atividade fsica (IPAQ- verso longa), alm do questionrio de Qualidade de
Vida (SF-36). Para estudar o comportamento das variveis de interesse em cada situao experimental, empregou-se o
modelo de anlise de varincia com um fator fixo e o mtodo de comparaes mltiplas de Tukey com nvel de significncia
em p<0,05. Impacto Acadmico e Social: Os resultados obtidos nos permitem afirmar que a mdia do ndice de aptido
fsica geral e fora de preenso manual de ambas as mos do GNP foi menor que a dos trs GP (tnis de campo - GPTC,
tamboru - GPT, beach tennis ? GPBT). A porcentagem de gordura corporal do GNP foi maior do que a do GPBT, e a
massa muscular corporal apresentou valores maiores para o GPT em comparao ao GNP. A porcentagem de gua
corporal foi maior para os GPT e GPBT quando comparados ao GNP e a taxa metablica basal apresentou menores valores
para o GNP do que para o GPT. Os dados relativos Qualidade de vida no mostraram diferenas significativas. Tais
resultados nos permitem sugerir que o impacto acadmico e social deste estudo vai de encontro com o objetivo do mesmo,
pois permite populao idosa a incorporao de novas informaes sobre estas prticas permitindo aos mesmos que se
apropriem destas para obteno de melhora na qualidade da sade e bem estar.
Participantes:

Discente: Maria Eduarda Amaral Silva


Discente: Lays de Souza Lopes

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias do Movimento Humano
Autor: Tas Martins Loreto
Ttulo: Estudo do Ombro do Nadador
Palavras-Chave: OMBRO, ARTICULAO, REABILITAO, NATAO
OBJETIVO
Avaliar a dor pregressa e atual nos ombros de nadadores e correlacionar
fatores que possam influenciar na
discinesia escapular.
MTODO
Foram avaliados 50 atletas de natao, praticantes do esporte pelo menos h 5 (cinco) anos, segundo um protocolo
preestabelecido e exame fsico da amplitude articular glenoumeral, escapulotorcica com nfase na discinesia escapular. O
protocolo consta da identificao da idade e do sexo dos nadadores, pesquisa dos melhores tempos e estilo,
questionamento da presena ou no de dor anterior e pregressa no ombro, bem como a demonstrao por meio de
desenho do local doloroso na articulao do ombro e . avaliao pela Escala de Avaliao dos Resultados do Ombro do
Esportista (EROE).
Com relao ao sexo, 36 (72%) eram do masculino e 14 (18%) do feminino. A idade variou de 16 a 46 anos, com
mdia de 24,5 anos. O peso variou de 44 a 100 quilos, com mdia de 67,2 quilos. Quanto altura, variou de 1,52 metros a
2,00 metros, com mdia de 1,75 metros.
O lado dominante foi o direito em 41 (82%) nadadores e o esquerdo em 9 (8%). O tempo mdio de prtica da
natao por atleta foi de 12 anos, variando de 5 a 32 anos. A metragem semanal mdia foi de 46.819, com mnima de
12.000 e mxima de 76.000 metros, sendo 30% no competitivos e 70% competitivos. A mdia de anos de treino foi de
12,72 e 2,86 vezes por semana. 63,6% realizam programa de musculao paralelamente.
Os atletas praticam todos os estilos, mas 27,2% enfatizam o nado peito e os demais 72,8% o nado crawl.Os dados
referentes aos 50 nadadores foram submetidos a anlise estatstica.
RESULTADOS
Quando questionados sobre a presena de dor pregressa nos ombros, 36 (72%) nadadores responderam
afirmativamente e 14 (28%) atletas no apresentaram queixas dolorosas relacionadas aos ombros.
No houve correlao da dor no ombro com a faixa etria, sexo, peso, altura, tempo de prtica do esporte, metragem
do treinamento semanal. Com relao incidncia de dor no ombro e o estilo da natao, ocorreu uma significncia
estatstica entre a dor atual no ombro e o estilo de nado denominado borboleta.
Todos os nadadores apresentaram sinais de discinesia escapular, sendo dessas: 72,8% do tipo I, 45,5% do tipo II,
nenhuma do tipo III e 27,3% do tipo simtrica. 72,8% das discinesias foram de mesma classe em ambos ombros e 27,2%
de classes diferentes nos ombros direito e esquerdo.
Em relao Escala de Avaliao dos Resultados do Ombro do Esportista (EROE), que varia de 0 a 100, sendo 90
pontos de ordem subjetiva e o restante de ordem objetiva, obteve-se a mdia geral de 89,81 pontos, sendo a mdia dos
lesionados de 84,85 e dos no-lesionados de 98,5.
Concluso
A presena de dor atual, dor pregressa e a discinesia escapular so achados comuns no ombro do nadador. O nado
borboleta principal relacionado a dor no nadador. No houve diferena da amplitude de movimento entre o ombro
dominante e no dominante do nadador.
Participantes:

Orientador: Prof. Dr. Moiss Cohen


Discente: Dr. Benno Ejnisman
Discente: Dr. Carlos Vicente Andreoli

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias do Movimento Humano
Autor: Talita de Castro Silva
Ttulo: Avaliao psicomotora de crianas prematuras de 2 a 3 anos
Palavras-Chave: criana, prematuridade, Denver II, fisioterapia.
Introduo: Sabe-se que a prematuridade fator predisponente de alteraes neuropsicomotoras. Nesse sentido,
diversos estudos tem se dedicado ao acompanhamento da criana prematura com a finalidade de estabelecer a frequncia
e as alteraes apresentadas mais tardiamente.
.
Objetivos: Avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor de crianas nascidas prematuramente nos primeiros anos de
idade.
Mtodos: Foram selecionados bebs que fizeram acompanhamento at 12 meses de idade no projeto de extenso ?
acompanhamento e interveno fisioteraputica de mes e seus bebs nascidos prematuramente?. At o momento, 7
bebs considerados de risco para atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, com idade cronolgica entre 2 e 3 anos de
idade, foram selecionados. O pronturio das crianas foram consultados para registro dos resultados obtidos na aplicao
da escala Alberta Infant Motor Scale (AIMS) na idade entre 5 e 6 meses e aos 12 meses. As crianas foram avaliadas por
meio do Teste de Triagem de Denver II. As variveis dependentes foram: percentil da AIMS aos 5-6 meses e 12 meses,
resultado do Denver e nmero de recusas/falhas no Denver. Foi realizada a anlise descritiva dos dados.
Resultados: So apresentados resultados da avaliao de 5 bebs (331,22 semanas de idade gestacional;
2257762,78g de peso ao nascimento), avaliados na idade cronolgica de 843,8 dias (136 dias) que apresentavam idade
corrigida de acordo com o tempo de prematuridade de 790,8 dias (138,51 dias). Dois bebs apresentaram percentil
considerado de risco de acordo com a AIMS (inferior a 25%), sendo um aos 5/6 meses e outro aos 12 meses. Eles
mantiveram a classificao de risco de acordo com teste Denver, apresentando 2 e 8 itens de risco na idade de 682 e 812
dias, respectivamente. Esses itens estavam relacionados principalmente a rea de linguagem da escala. Dos 3 bebs
avaliados com desenvolvimento adequado de acordo com a AIMS, um apresentou um item de risco e quatro recusas na
idade de 984 dias, sendo esses itens relacionados a rea de linguagem.
Concluso: bebs nascidos prematuramente podem apresentar alteraes no desenvolvimento no primeiro ano de
vida e essas podem persistir nos trs primeiros anos de vida. Bebs avaliados com desenvolvimento tpico no primeiro ano
tambm podem apresentar alteraes posteriormente. Portanto, torna-se imprescindvel o acompanhamento sistemtico
dessa populao para que sejam inseridos em um programa de interveno precoce quando necessrio.
Participantes:

Discente: Talita de Castro Silva

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias do Movimento Humano
Autor: Thalita Rodrigues Christovam Pereira
Ttulo: Desconfortos Musculoesquelticos e Circulatrios em Purperas Internadas em
um Hospital do Litoral Paulista
Palavras-Chave: puerprio, desconfortos, sade da mulher
Contextualizao: O puerprio refere-se ao perodo no qual ocorrem manifestaes involutivas de recuperao local
e sistmica no organismo feminino que visam o retorno s condies mais prximas possveis das pr-gravdicas. Queixas
musculoesquelticas como dores na regio da coluna vertebral, desconforto em membros inferiores e dor abdominal so
comumente encontradas nas purperas e podem ser decorrentes de vcios posturais, das alteraes gravdicas no
organismo materno, do prprio processo de parturio e da involuo presente no ps-parto. As alteraes circulatrias,
como o edema, tambm se mostram presentes neste perodo e podem levar desconfortos mulher. Nesse sentido, antes
de se propor um programa de assistncia fisioteraputica no ps-parto necessrio conhecer os principais desconfortos
musculoesquelticos e circulatrios desse perodo, que interferem na qualidade de vida da mulher e no cuidado com o
beb. Objetivo: Identificar os desconfortos musculoesquelticos e circulatrios referidos pelas mulheres no perodo
ps-parto imediato. Mtodos: Trata-se de uma pesquisa descritiva de corte transversal. Foram analisadas 346 fichas de
avaliao fisioteraputica de purperas atendidas entre fevereiro e novembro de 2011 pelos estagirios de Fisioterapia da
UNIFESP em uma maternidade SUS da Baixada Santista. As variveis analisadas referem-se ao perfil das purperas bem
como os desconfortos relatados no momento da avaliao fisioteraputica. Os dados foram armazenados no programa
Microsoft Office Excel verso 2007 e analisados por meio de estatstica descritiva simples. Resultados: As purperas
apresentaram idade mdia de 25,78 anos (6,3).
Para o tipo de parto os resultados indicaram 55,8% (193) de cesarianas e
43,3% (150) de parto vaginal. Os dados da gestao mostram que 97,9% (369) das mulheres realizaram acompanhamento
pr-natal durante a gestao, sendo a mdia do nmero de consultas de pr-natal de 8,3 consultas. Durante a gestao
62,4% (216) das purperas relataram a presena de lombalgia; 57,8% (200) edema; 28,3 (98) cimbra; 17% (59)
parestesias. J no puerprio, observou-se que os desconfortos musculoesquelticos e circulatrios relatados foram: 31,5%
(109) dor abdominal, 19,1% (66) edema, 18,2% (63) lombalgia, 9,8% (34) cervicalgia, 5,8% (20) desconfortos em MMII.
Concluso: Foi possvel identificar que as mulheres apresentam desconfortos musculoesquelticos e circulatrios
decorrentes da gravidez e/ou do prprio processo de parturio durante o puerprio imediato. Os desconfortos
musculoesquelticos encontrados foram dor abdominal, lombalgia, cervicalgia e desconfortos em MMII. O edema foi o
desconforto circulatrio mais observado nas purperas. Tais queixas podem afetar o bem-estar das purperas, a sua
mobilidade e independncia para a realizao de atividades dentro da maternidade, bem como interferir nos cuidados com
o recm-nascido.
Participantes:

Orientador: Ana Carolina Sartorato Beleza


Docente: Fbio Tadeu Montesano

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Sociais Aplicada
Autor: Ana Carolina Miani Zanluqui
Ttulo: Preconceito tnico na sociedade brasileira e seus enfrentamentos cotidianos
Palavras-Chave: preconceito, sociedade, Brasil
Este projeto de iniciao cientfica tem por objetivo pesquisar o preconceito tnico contra os negros, presente na
sociedade brasileira desde a poca
da escravido at os dias atuais e como este afeta de modo concreto as condies de vida e as relaes sociais e
de trabalho da populao
brasileira. O estudo dessa temtica relevante porque se relaciona com o Servio Social e o projeto tico-poltico da
profisso, que defende o
compromisso da garantia dos direitos e acesso s polticas pblicas. importante estudar o preconceito tnico e
como esse se perdura na
sociedade brasileira, pas que possui uma histria de escravido de negros e indgenas, com descendncias at os
dias atuais. Acreditamos que
conhecer as razes do preconceito um problema relevante medida que continua a afetar as relaes
interpessoais na sociedade, contribuindo
para a excluso dos sujeitos pertencentes etnia negra, ou os chamados afrodescendentes. A excluso que
continua a ocorrer acarreta diversos
problemas para a populao que no Brasil vive a desigualdade social, a pobreza, as pssimas condies de vida, as
diferenas de salrios e baixa
renda, situaes de violncia e principalmente a desigualdade entre brancos e negros, muitas vezes causado pelo
dio de cor e de classe.Temos
como objetivo uma maior compreenso de como ocorre a constituio do preconceito tnico nas relaes da
sociedade brasileira, investigando o
cotidiano dos sujeitos afrodescendentes e as implicaes nas condies de vida, de trabalho, nas relaes sociais,
econmicas, culturais e de
convivncia, como tambm de acesso aos direitos e polticas sociais pblicas.O processo de investigao dessa
iniciao cientfica em curso se
dar por meio de entrevistas com membros de organizaes sociais que defendem direitos e esto engajados no
enfretamento do preconceito tnico
na sociedade brasileira. Escolhemos a Associao Cultural dos Afrodescendentes da Baixada Santista- AFROSAN e
o Conselho Municipal de
Participao e Desenvolvimento da Cultura Negra da cidade de Santos ou algum rgo municipal que trate dessa
temtica; ambos tratam-se de
organizaes locais da regio onde est inserida a Universidade e abrigam militantes das causas da populao
negra.
Participantes:

Discente: Ana Carolina Miani Zanluqui

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Sociais Aplicada
Autor: Chao Tsai Ping
Ttulo: Famlias em situao de rua: olhares sobre a questo da proteo e da guarda
parental
Palavras-Chave: situao de rua, guarda familiar, proteo social
Introduo Esta pesquisa teve como foco as construes sobre a perda e a restituio da guarda parental entre
famlias com experincia de rua, a partir do olhar dos diversos atores envolvidos neste processo. preciso compreender as
crianas e as famlias em situao de rua como elementos resultantes de foras sociais, para que se possa
verdadeiramente (re)pensar polticas pblicas para o cuidado e a proteo dessa populao. A ordem econmica e social
que est por trs muitas vezes compe barreiras ao alcance dos direitos sociais. Quando se fala em ?condies de
cuidado? deve-se pensar no contexto em que a famlia est inserida. Os registros de experincias mostram que no existe
um nico motivo responsvel pelo abrigamento: so contextos, acontecimentos, vivncias, carncias, violncias, afetos,
desafetos. Por outro lado, a violncia social a que algumas famlias esto expostas percorre toda a sua trajetria de vida,
sendo responsveis pela ausncia da maioria de seus direitos sociais bsicos: educao, sade, assistncia social,
emprego, habitao, lazer. Objetivo Para isso, o projeto busca identificar e discutir as diferentes perspectivas que
desenham o contexto atual da questo da guarda familiar em famlias com experincia de rua: o cotidiano de alguns
profissionais envolvidos ? conselheiros tutelares, profissionais de CRAS e CREAS e famlias. Mtodo: Trabalhou-se com
entrevistas buscando enfocar: a) os motivos que levam ao afastamento e restituio da guarda familiar, b) como avaliam
o(s) processo(s) que vivenciaram e c) o que apontam como possibilidades de mudana nesse processo. Atravs do mtodo
da anlise do contedo os dados foram estudados, evidenciando as diferentes construes deste processo pelos atores
entrevistados. As famlias sero entrevistadas na ltima etapa da pesquisa. Resultados parciais Os tcnicos profissionais
entrevistados (conselheiros, assistentes sociais e psiclogos de CRAS e CREAS) foram unnimes ao descreverem o
territrio centro, onde atuam, como caracterizado pela forte presena de famlias em situao de rua. Somam-se a esta
outras caractersticas populacionais, sendo o centro tambm marcado pela presena de lojas e casas comerciais, muitos
cortios, presena de prostituio, trfico e consumo de drogas. Essas condies de vida, muitas vezes, levam exposio
das crianas a situaes de risco e violao de direitos. A situao de rua fragiliza a famlia e diminui a condio protetiva,
mas a soma destes outros fatores que, de fato, leva constatao de violao, desencadeando o afastamento da guarda.
A ausncia de polticas de habitao faz com que estas famlias migrem da rua para os abrigos provisrios quando h o
objetivo de reaver a guarda dos filhos, mas no deixam a situao de rua. Por outro lado, possvel constatar o grande
nmero de famlias que, estando em situao de rua, conta com o abrigamento dos filhos como possvel soluo de um
problema, a cada nova gestao. Discusso As caractersticas do territrio centro descritas pelos entrevistados levam
identificao de que os equipamentos deste territrio conduziram a uma formao de perfil dos trabalhadores, sensveis s
problemticas especficas que ali se apresentam. Os dados apontam para a necessidade de incrementos das polticas de
afastamento e de reintegrao familiar. Fica evidente a necessidade de novos programas de promoo da autonomia
dessas famlias que incluam polticas habitacionais efetivas, para que a medida de abrigamento das crianas possa ser
pensada como temporria e excepcional, contando que estender essa medida pode vir a ser prejudicial integrao da
criana.
Participantes:

Orientador: Samira Lima da Costa


Discente: Marina Galacini Massari
Discente: Chao Tsai Ping

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Sociais Aplicada
Autor: DALILA APARECIDA MARQUES DE VASCONCELOS
Ttulo: EXPLORAO DO TRABALHO INFANTIL - CONTRIBUIES DO SERVIO
SOCIAL PARA O ENFRENTAMENTO DA QUESTO
Palavras-Chave: Explorao; Trabalho Infantil; Servio Ssocial
Esta pesquisa busca analisar a presena da explorao do trabalho infantil e a atuao do Servio Social neste
cenrio, a partir de um levantamento de dados bibliogrficos. No ranking mundial de ndice de Desenvolvimento Humano o
Brasil ocupa o 84 posicionamento deixando evidente que ainda h muito a ser feito para melhorar a qualidade de vida das
pessoas, principalmente no que diz respeito vida das crianas onde em dados divulgados pela Pesquisa Nacional por
Amostra de Domiclio ? PNAD - evidencia a existncia de 3,7 milhes de crianas e adolescentes brasileiros entre 5 e 17
anos j inseridas no mundo do trabalho em 2011, nmero expressivo de crianas e adolescentes expostas a condies
precrias em momento atemporal de suas vidas. As crianas so reconhecidas por sua condio de pessoa em
desenvolvimento e como portadores de direitos e cuidados especiais. necessrio que se olhe sobre as condies delas
na atualidade, que se zele por seus direitos. Como vivem as crianas que trabalham? Porque trabalham? Quem ou o que
alimenta esse condicionamento e/ou sujeio das crianas? Que medidas vem sendo tomadas para a erradicao dos
mesmos? Elas esto sendo eficazes de fato? Sem acesso as respostas destes questionamentos iniciais pensamos ser
invivel elaborar projetos/programas/politicas que atinjam e mudem a realidade das crianas e dos adolescentes. Portanto,
o interesse dessa pesquisa sistematizar criticamente a realidade atual da temtica sobre trabalho infantil e as
contribuies do Servio Social em defesa dos direitos das crianas e adolescentes que vivem essa situao.
Tendo por objetivo geral conhecer o trabalho do Assistente Social na defesa das crianas e adolescentes contra a
explorao do trabalho infantil, colaborando com indicaes de possveis formas de atuao profissional. E tendo por
objetivos especficos a realizao de pesquisa bibliogrfica afim de aprofundamento e aproximao da realidade do trabalho
infantil no Brasil e a reviso de trabalhos cientficos que sejam direcionados pela temtica.
A Pesquisa proposta de cunho qualitativo e buscar uma anlise bibliogrfica. A pesquisa bibliogrfica se utiliza
das ?contribuies de diversos autores?, de materiais impressos encontrados em instituies como as bibliotecas.
Exploramos a contribuio do Servio Social atravs de leituras criticas a respeito da temtica, analisando as aes de
combate a explorao do Trabalho Infantil. Para a reviso de trabalhos cientficos sobre o Servio Social nesta rea
optamos em pesquisar artigos e livros na rea de Servio Social e da criana e do adolescente. A anlise do contedo
explorado nos permite concluir que a explorao do trabalho infantil persiste dentro dessa sociedade, que movida pelo
interesse do Capital, sendo uma das expresses da questo social.
E mesmo tendo apresentado queda nas estatsticas
quanto a numerao de crianas e adolescentes expostos ao trabalho precoce, ainda h um trabalho rduo a ser
desenvolvido que toca a uma mudana nas estruturas sociais, que indispensvel na busca para que se mude o quadro
atual que persiste ao longo da histria do pas.
Participantes:

Orientador: Profa. Dra. Luciana Maria Cavalcante Melo

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Sociais Aplicada
Autor: Elisa Silva Vidal
Ttulo: Religiosidade e encarceramento
Palavras-Chave: Religiosidade e encarceramento
Este projeto de iniciao cientifica em curso tem por objetivo principal investigar a religiosidade da mulher presa e o
papel das religies/Igrejas na assistncia prestada nos presdios. Para isso, buscaremos identificar como a dimenso
religiosa influencia a vida dos sujeito em privao de liberdade. Temos como hiptese que a religio corresponde a um
papel de apaziguamento dos comportamentos, direcionando a disciplina, como forma de controle, proteo, refugio, fuga e
apoio. Analisaremos at que ponto tais mecanismos implicam na dimenso psicolgica, nas relaes e comportamentos, na
Instituio Total prisional, especificamente no universo feminino. Segundo Segato (1993), a religio nos presdios tem
grande relevncia, relacionada ao autoperdo, aos direitos humanos e ao comportamento dos presos. As religies
proporcionam um status de "superioridade moral" tanto crist, evanglica ou afrodescendente. Os procedimentos
metodolgicos da pesquisa se daro pelo estudo de literatura especializada sobre o tema "priso e religio", pautada em
autores como DIAS (2005), SEGATO (2001), OLIVEIRA (1978), LOPES (2000) e entrevistas semi estruturadas com os
representantes da Igreja Catlica e Universal do Reino de Deus.
Participantes:

Discente: Elisa Silva Vidal

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Sociais Aplicada
Autor: Kayene Cupertino Garcia
Ttulo: Uns e "os outros": Uma anlise da relao dos Irmos Villas Bas com os
Povos do Xingu
Palavras-Chave: ndios, Xingu, irmos, Villas Bas
A presente monografia discute a relao entre os irmos Villas e os Povos do Xingu, buscando ressatar a atuao
poltica e social construda por eles neste espao. O objetivo central desta dissertao , primeiramente, a ao dos Imos
na criao do Parque Nacional Indgena do Xingu, tendo como foco secundrio, mostrar a influncia na poltica indigenista
nacional que os Irmos Villas-Bas alcanaram em decorrencias deste evento.
Inserindo-se de maneira mais ampla nos estudos que tematizam as relaes entre ndios e no-ndios, esta
pesquisa, debruou-se aobre a relao especifica que ps em contato: de um lado, trs irmos, e de outro, diversas
populaes indgenas. Refletindo sobre este encontro e suas consequncias luz da bibliografia antropologica sobre
relaes intertnicas, polticas sertanistas, transformaes sociais amerndias e de uma bibliografia terica sobre anlise de
hisorias de vida, entrevistas e dirios.
Assim, traa-se uma noo sobre o significado do termo "ndio" para os Irmos Villas Bas, a parti de um imginrio
nacional e particularizando esta noo aps o convvio com diversos grupos indgenas e principalmente no debate terico
que contextualizava as polticas pblicas para com esses povos.
Participantes:

Orientador: Prof. Dr. Artionka Capiberibe

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Sociais Aplicada
Autor: Max Felipe Vianna Gasparini
Ttulo: Avaliao de programas e servios sociais: uma reviso
Palavras-Chave: avaliao, programas sociais
A avaliao de programas e servios sociais vem conquistando destaque na conduo das polticas pblicas e se
institucionalizado em alguns setores como no caso da Secretaria de Avaliao e Gesto da Informao (SAGI) do Ministrio
do Desenvolvimento Social e Combate Fome (MDS). Esse interesse pela avaliao tem ampliado o nmero de trabalhos
avaliativos realizados que utilizam diferentes modelos, concepes e estratgias metodolgicas.
O presente trabalho busca elucidar as formas como a avaliao de programas e servios sociais vm sendo
constituda em nosso pas, seus enfoques, abordagens, metodologias, estratgias de ao, entre outros. Para isso,
realizamos reviso da literatura nas bases de dados Scielo e Peridicos CAPES atravs das palavras chaves ?avaliao?, ?
avaliao de programas e servios? e ?avaliao de programas e servios sociais?. Foram selecionados onze (11) artigos
sobre experincias prticas de avaliao de programas e servios na esfera pblica e, posteriormente, o material foi
analisado e fichado a partir de um roteiro de fichamento. Alguns critrios para incluso dos artigos foram o emprego da
palavra avaliao no ttulo, resumo e palavras chaves, texto em lngua portuguesa e um recorte temporal correspondente
aos anos 2000 em diante.
Os resultados apontam que os processos avaliativos vm sendo norteados por abordagens participativas e
referenciais qualitativos, enquanto os enfoques tendem a avaliar mais de um aspecto do programa ou servio (estrutura,
processos, resultados, impactos, etc.). Alm de questes estritamente tcnicas do processo avaliativo, as inexorveis
questes polticas que atravessam as avaliaes so explicitamente consideradas nos trabalhos analisados. Os trabalhos
contam ainda com ampla fundamentao terica sobre os diferentes temas a que se destinam as avaliaes, como por
exemplo: violncia mulher, criana e adolescente, idosos, etc.
A maioria dos trabalhos analisados so desenvolvidos por avaliadores inseridos na academia, o que aponta para um
possvel privilgio deste espao enquanto articulador das avaliaes nos espaos de programas e servios.
O estudo demonstra que a avaliao de programas e servios sociais
modelos tradicionais, usualmente focados em aspectos quantitativos e nos
processos e impactos a partir de metodologias participativas indicam que a
estratgia de aperfeioamento dos programas e servios, nos mais diferentes
assim caracterstica formativa.

no Brasil tem avanado em relao aos


indicadores de eficincia. Enfoques nos
avaliao tem se apresentado enquanto
momentos de sua execuo, assumindo

Ressaltamos a importncia em se compreender e propor caminhos para os processos avaliativos de programas e


servios sociais em nosso pas. Nesta perspectiva, a SAGI do MDS constitui-se enquanto importante objeto de pesquisa a
ser investigado, devido sua envergadura no que concerne avaliao de programas e servios sociais de grande porte no
Brasil.
Participantes:

Orientador: Juarez Pereira Furtado

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Sociais Aplicada - Administrao
Autor: Giovanna Catarina Gonalves Vilas Boas
Ttulo: Incubadoras & Polticas Pblicas
Palavras-Chave: incubadoras de empresas, polticas pblicas, Estado de So Paulo
Entre os anos de 2000 2010, as micro e pequenas empresas (MPEs) contriburam positivamente para o
desenvolvimento econmico nacional, agregando resultados positivos economia brasileira. Segundo o SEBRAE (2011),
as micro e pequenas empresas representam 99% dos estabelecimentos comerciais, gerando aproximadamente 6,1 milhes
de empregos ao longo de 10 anos, e respondem por 40% da massa salarial do pas.
Os dados demonstrados acima exaltam a relevncia das micro e pequenas empresas para o pas. Sabe-se, no
entanto, que as MPEs, no Brasil e no mundo, durante os primeiros anos de existncia, apresentam uma taxa de mortalidade
de, aproximadamente, 70%. (Governo Federal do Brasil, n.d.).
neste cenrio em que a atuao da incubadora se faz to necessria, visto que as incubadoras de empresas so
mecanismos que estimulam a criao e o desenvolvimento de micro e pequenas empresas, oferecendo-lhes suporte
tcnico, gerencial e formao complementar ao empreendedor. Ademais, as incubadoras tambm facilitam e agilizam o
processo de inovao tecnolgica nas micro e pequenas empresas.
No mbito das incubadoras de empresas, a taxa de mortalidade das micro e pequenas empresas diminui
drasticamente para, aproximadamente, 20%. (Governo Federal do Brasil, n.d.).
Portanto, na medida em que as incubadoras de empresas atuam como importantes mecanismos para a
sobrevivncia e desenvolvimento das micro e pequenas empresas, as mesmas alavancam a inovao e o desenvolvimento
socioeconmico regional e nacional.
Visto a importncia desta temtica, para este trabalho buscamos identificar o conjunto de polticas pblicas
existentes, no Estado de So Paulo, que buscam estimular, criar e desenvolver as referidas incubadoras de empresas.
Consideramos como definio de poltica pblica: uma ao intencional seguida por uma instituio governamental
para resolver um problema de interesse pblico. (Cochran, C., Meyer, L., Carr, T. & Cayer, J., 2009).
O Estado de So Paulo foi escolhido como objeto de estudo por abrigar, em 1986 na cidade de So Carlos, a
primeira incubadora de empresas brasileira. Adicionalmente, constatamos que o Estado de So Paulo comporta cerca de
18% das incubadoras de empresas filiadas, ou em processo de filiao, Associao Nacional de Entidades Promotoras de
Empreendimentos Inovadores (ANPROTEC) existentes no Brasil.
Para fito desta pesquisa, realizamos uma anlise de normativas (leis, resolues, decretos), do Estado de So
Paulo, que mencionavam as incubadoras de empresas paulistas. Atravs desta anlise, identificamos a Secretaria de
Desenvolvimento Econmico, Cincia e Tecnologia, como a instituio estadual responsvel pela elaborao de polticas
pblicas destinadas s incubadoras de empresas paulistas.
No mbito da Secretaria de Desenvolvimento Econmico, Cincia e Tecnologia, identificamos duas coordenadorias
que so responsveis pelos dois principais programas estaduais voltados para as incubadoras de empresas: a
Coordenadoria de Cincia e Tecnologia e a Coordenadoria de Desenvolvimento Regional e Territorial.
A Coordenadoria de Cincia e Tecnologia, responsvel pela Rede Paulista de Incubadoras de Empresas de
Base Tecnolgica (RPITec), institudo a partir do decreto estadual n 56.424/2010. A RPITec visa estimular a
implementao e a integrao
das incubadoras de empresas de base tecnolgica, localizadas no Estado de So Paulo.
Atualmente, a RPITec cadastra provisoriamente as incubadoras de empresas e contratou um estudo denominado
"Mapeamento das Incubadoras de Base Tecnolgica do Estado de So Paulo?.
A Coordenadoria de Desenvolvimento Regional e Territorial, responsvel pelo Programa de Incubadoras, criado
em 2008, mas que no est previsto em nenhuma normativa. O Programa de Incubadoras visa criar, fortalecer e apoiar
incubadoras de base tradicional, mista, social e temtica. A Coordenadoria encomendou um estudo denominado "Avaliao
e Identificao do Potencial para Criao de Incubadoras Tradicionais, Mistas, Sociais e Temticas no Estado de So
Paulo" para mapear estes referidos tipos de incubadoras de empresas, e ento coordenar suas aes.
Apesar de a primeira incubadora paulista ter sido criada em 1986, apenas recentemente a temtica tornou-se
interesse do Estado. As aes voltadas para as incubadoras de empresas no Estado de So Paulo ainda esto em fase de
estruturao, com oramentos inconstantes e dados imprecisos ou inexistentes. No entanto,
a Rede Paulista de
Incubadoras de Empresas de Base Tecnolgica (RPITec) e o Programa de Incubadoras tratam de todas as tipologias de
incubadoras de empresas existentes no Estado de So Paulo, o que j se caracteriza por uma iniciativa positiva do setor
pblico.
Participantes:

Orientador: Cntia Rejane Mller Araujo

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Sociais Aplicada - Administrao
Autor: Maria Moro Montrimas
Ttulo: Bem Estar Financeiro de Estudantes da Cidade de Osasco: Dinheiro TRaz
Felicidade?
Palavras-Chave: Bem estar financeiro, educao financeira, estudantes, cartes de crdito
A contribuio deste trabalho est em apresentar um panorama do grau de bem estar financeiro de estudantes
universitrios da cidade de Osasco. Este tema relevante, principalmente para contribuir para polticas pblicas para
educao financeira dos jovens, uma vez que o Brasil passa por um momento de crescimento de suas classes sociais.
Portanto, assuntos relativos a finanas pessoais, como, saber poupar, fazer um bom investimento, comprar a casa prpria,
entre outros, devem ser motivo de preocupao do indivduo e de toda a sociedade. Este trabalho tem como objetivo
determinar o nvel de bem estar financeiro de estudantes universitrios da cidade de Osasco.
Encontram-se vrios estudos na literatura internacional (NORVILITIS e McLEAN (2010); DOLVINNE TEMPLETON
(2006); BERNHEIN E GARRET (2003), apontando a importncia da introduo de programas de educao financeira s
comunidades e empresas norte-americanas. Com estes programas, estudos evidenciam uma maior adeso aos planos de
previdncia por adquirirem maior aptido e conhecimento para gerirem suas finanas pessoais.
No Brasil, em 2007, com o intuito de fomentar a educao financeira, e ainda objetivando um consumo mais
responsvel por parte da populao, ampliar o nvel de educao financeira do indivduo para que ele possa fazer escolhas
mais conscientes, o Governo Federal criou um grupo composto pelo Banco Central, Comisso de Valores Mobilirios,
Secretaria de Previdncia Complementar e Superintendncia de Seguros privados que propuseram um programa
permanente sobre Estratgia Nacional de Educao Financeira, para a elaborao de aes neste tema que atenda aos
vrios pblicos.
Esta pesquisa pode oferecer referencial se pensar em:
A educao financeira pode ser promovida nas escolas de ensino mdio, colaborando para o bem estar dos
estudantes quando estes chegarem a fase adulta;
Programas que atendam especificamente a nova classe C e D podem ser criados, uma vez que representam mais
da metade da populao do pas;
A educao financeira desta parcela da populao pode auxiliar no crescimento da poupana e crdito responsvel.
Justifica-se esta pesquisa na cidade de Osasco, pois, uma cidade que faz parte da regio metropolitana de So
Paulo, sendo que o PIB da cidade, segundo a Prefeitura de Osasco (2012), contribuiu com 2,9% na formao do PIB do
Estado de So Paulo, colocando-se como o quarto maior do Estado e o dcimo segundo do Brasil, sendo que os setores de
atividade que contribuem para sua formao so: indstria, com cerca de 10% no total do valor adicionado e servios, com
cerca de 90%. Conhecida como ?cidade-trabalho?, tem uma populao bastante empreendedora. o quinto maior
municpio do Estado de So Paulo. As sedes da FACESP, CIESP, SEBRAE, Junta Comercial e sindicatos se encontram-se
na cidade de Osasco. Assim como grandes empresas, SBT, matriz do Banco Bradesco, AVON, Osram , Po de Acar,
rede televisiva Rede Tv e a Submarino . H tambm o centro de distribuio de grandes empresas como McDonalds, Ponto
Frio e Coca-Cola. a cidade que mais atrai investimentos da Grande So Paulo. A cidade ainda possui duas incubadoras,
a Incubadora de Empresas de Osasco e a Incubadora Pblica de Empreendimentos Populares e Solidrios.
O pblico alvo deste estudo consiste dos alunos matriculados em Instituies de Ensino Superior (IES), pblicas e
privadas, de cursos e semestres variados na cidade de Osasco que foram aleatoriamente convidados a participar da
pesquisa nos ptios das IES, respondendo a um questionrio referente ao tema bem-estar financeiro. O questionrio,
dividido em trs partes, envolve questes de dados pessoais, tais como idade, sexo, nmero de cartes de crdito; atitudes
em relao ao dinheiro e questes de bem estar financeiro, onde o estudante, numa escala de concordncia, julgava
algumas sentenas correspondentes aos temas.
Antes de ser aplicado aos estudantes, o mesmo foi submetido a alguns ajustes para ser encaminhado ao Comit de
tica em Pesquisa (CEP) da Unifesp, uma vez que deve respeitar o carter voluntrio dos respondentes. Depois de
aprovado, teve incio o contato com as IES e a coleta de respostas. O questionrio foi aplicado a 296 estudantes. Para
anlise dos dados coletados, sero empregados testes no paramtricos.
Este trabalho encontra-se na etapa de anlise de dados. Com isso, espera-se obter resultados a respeito do
comportamento dos estudantes do municpio em relao ao uso de cartes de crdito e aspectos financeiros; buscar
relaes entre sexo e uso dos cartes e outras relaes pertinentes.
Participantes:

Orientador: Luciana Massaro Onusic

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Sociais Aplicada - Administrao
Autor: Meg Cavalcante Ferreira
Ttulo: Contratualizao de Resultados em Ateno Bsica Sade no Municpio de
So Paulo: um estudo de caso
Palavras-Chave: Sistema nico de Sade; Regionalizao; Ateno Bsica; Contratualizao de Result
Para o alcance das metas estaduais e nacionais do Sistema nico de Sade (SUS), quanto ateno bsica, cada
gestor municipal assume compromissos e pactua metas a serem alcanadas em seu territrio. No caso do municpio de
So Paulo, vrias unidades de ateno bsica sade esto sendo operadas por meio de contratos de gesto
estabelecidos entre o governo municipal e entidades qualificadas como organizaes sociais de sade (OSS), o que
representa a insero de mais um ator na produo em sade. O objetivo deste projeto foi analisar como ocorre o
alinhamento entre os compromissos assumidos pelo gestor municipal nos rgos colegiados regionais e as metas
pactuadas com as organizaes sociais de sade no mbito da ateno bsica. A centralidade da ateno bsica nas redes
de ateno sade surge em conjunto com o fortalecimento do processo de regionalizao, contrapondo-se nfase no
atendimento ambulatorial e hospitalar presente no sistema de sade. Alm disso, envolve pensar a prestao de servios
enquanto parte do SUS e em respeito s caractersticas loco-regionais. Assim, a contratualizao de resultados com
organizaes sociais de sade analisada com base nas especificidades dos cuidados primrios sade uma inovao
apresentada por este projeto de pesquisa, j que o foco dos estudos anteriores o atendimento hospitalar. A
contratualizao de resultados tem sido adotada como uma ferramenta da gesto pblica voltada para resultados. Todavia,
as experincias no setor pblico brasileiro ainda so recentes e as potencialidades e limites de tal instrumento precisam ser
analisados em suas mais variadas formas de manifestao, pois, como afirma Pacheco (2006, p. 14), ?o processo de
mudana, no setor pblico, nunca ser simples, homogneo, simultneo e consensual.? A estratgia de pesquisa adotada
foi o Estudo de Caso, adequada para esta proposta de trabalho devido complexidade do fenmeno social a ser estudado.
A unidade de anlise foi uma parceria estabelecida entre uma OSS e o governo do municpio de So Paulo para a gesto
de unidades de ateno bsica de uma microrregio de sade. O protocolo do Estudo de Caso foi construdo com base na
reviso de literatura sobre contratualizao de resultados e regionalizao no mbito SUS. Para responder o conjunto de
questes presente no protocolo, utilizou-se a pesquisa documental e a entrevista como instrumentos de coleta de dados e
evidncias. Com a realizao desta pesquisa, buscou-se identificar os elementos/variveis e suas relaes que importam
analisar para compreenso da complexidade que envolve a contratualizao de resultados na ateno bsica, como, por
exemplo, a difcil conciliao entre os indicadores do Pacto pela Sade e as metas dos contratos de gesto.
Participantes:

Orientador: Patrcia Siqueira Varela

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Sociais Aplicada - Administrao
Autor: Pmela de Carvalho Nascimento
Ttulo: Gerenciamento de Pacientes com Doenas Crnicas Coronarianas atravs de
Variveis Latentes
Palavras-Chave: Gesto de Cincia, Tecnologia e Inovao em Sade, Cincia da Sade, Sade Pblic
Dentro das mudanas demogrficas decorrentes da maior expectativa de vida e da queda na taxa de fecundidade, a
economia enfrenta um novo desafio decorrente do aumento do envelhecimento populacional. De acordo com o relatrio ?
Previses sobre a populao mundial? elaborado pelo Departamento de Assuntos Econmicos da Organizao das Naes
Unidas em 2007 o nmero de pessoas com mais de 60 anos de idade, nos prximos 42 anos, ser trs vezes maior. Este
envelhecimento populacional, apesar de representar positivamente uma evoluo dos aspectos de sade social para a
humanidade, vem trazendo uma srie de dificuldades para sociedade, pois alm de proporcionar uma diminuio da
populao economicamente ativa, adiciona uma srie de custos marginais aos governos por meio de previdncias e gastos
relacionados sade. O grupo populacional considerado na terceira idade apresenta na maioria dos casos doenas do tipo
crnicas tais como doenas cardiovasculares, diabetes, osteoporose, mal de Alzheimer, AVC entre outros. De acordo com o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), trs a cada quatro idosos portador de alguma doena considerada
crnica. A Organizao Mundial de Sade (OMS), denomina como doenas crnicas as doenas de longa durao e que
possuem geralmente uma lenta progresso.
Essas doenas representam a principal causa de mortalidade no mundo, a
OMS estima como sendo 63% de todas as mortes. No Brasil, o impacto econmico produzido por essas doenas em
torno de 1,74% do Produto Interno Bruto (PIB).
A proposta desse trabalho desenvolver uma pesquisa acadmica que busca oferecer uma contribuio marginal
sobre como a gesto hospitalar pode analisar a percepo dos pacientes acometidos por essas doenas.
Os desafios
impostos pelas mudanas na sade social e epidemiologia demandam novos meios de gerir essas doenas, e, portanto,
uma inovao no gerenciamento da sade. Nessa pesquisa, esto sendo coletados os dados dos pacientes acometidos por
doenas crnicas coronarianas no ambulatrio do Hospital Jos de Carvalho Florence situado em So Jos dos Campos.
A pesquisa de campo consiste na coleta de dados atravs de um questionrio validado adaptado e os resultados obtidos
serviro para a identificao dos fatores latentes - fatores diretamente no observveis ? desses pacientes. A partir dos
resultados obtidos sero exploradas as dimenses relacionadas com a percepo dos pacientes sobre o servio de sade
que esto recebendo. Essas dimenses permitiro o desenvolvimento de um constructo capaz contribuir no planejamento
dos sistema de atendimento.
Participantes:

Discente: Pmela de Carvalho Nascimento

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Sociais Aplicada - Cincias Economicas
Autor: Ariana Stephanie Zerbinatti
Ttulo: Redes neurais artificiais aplicadas na anlise de sries temporais
econmico-financeiras
Palavras-Chave: Redes neurais; modelos ARIMA; modelos GARCH
O uso de redes neurais artificiais (RNA) na previso de sries temporais tm se destacado por apresentarem
desempenho mais satisfatrio quando comparadas com tcnicas de modelagem convencionais, como modelos estatsticos
e matemticos. O presente trabalho compara os resultados da previso de sries temporais econmico-financeiras
univariadas obtidos por meio das RNA e por modelos auto-regressivos integrados de mdia mvel (ARIMA) e
auto-regressivos de heterocedasticidade condicional (GARCH) e, assim, verifica se a primeira tcnica realiza melhores
previses que os modelos economtricos. Tambm desenvolvido um mtodo para construo de intervalos de confiana
(IC) e intervalos de previso (IP) para redes neurais. So analisadas sries temporais univariadas de dados reais do preo
de fechamento de aes de empresas dos setores financeiro (Bradesco PN, Ita PN), de servios (Lojas Americanas PN,
Po de Acar PN), de energia (Petrobrs ON) e minerador (Vale ON).
Participantes:

Orientador: Lus Cludio Yamaoka

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Sociais Aplicada - Cincias Economicas
Autor: Caio Romeu Cerqueira Bloise
Ttulo: A reestruturao produtiva da Regio Metropolitana de So Paulo e os seus
desdobramentos na sub-regio Oeste (Osasco)
Palavras-Chave: Reestruturao produtiva, Regio Metropolitana de So Paulo, industrializao, Osasc
O trabalho tem como objetivo analisar os impactos do processo de reestruturao produtiva na Regio Metropolitana
de So Paulo, em particular, na sub-regio de Osasco.
A pesquisa adota um procedimento dedutivo, parte da caracterizao mais geral da reestruturao produtiva,
abordando as mudanas nos paradigmas tecnolgicos, intrinsecamente ligadas s mudanas na forma de acumulao
capitalista, passando do modelo de produo em escala (fordismo/taylorismo) para o modelo de produo enxuta
(toyotismo)
Analisa, tambm, os processos de constituio da Regio Metropolitana de So Paulo, desde os primeiros surtos
industriais ligados a acumulao cafeeira; passando pelo processo de industrializao propriamente dito, atravs de suas
diversas facetas: a industrializao restringida a partir da dcada de 1930, a industrializao pesada, iniciada no fim da
dcada de 1950; chegando, em uma abordagem mais particular, reestruturao produtiva na dcada de 1990, focando
especificamente o municpio de Osasco, por meio da anlise das mudanas nos perfis econmico (de industrial para
servios), do emprego, da renda, da estrutura espacial urbana.
Participantes:

Orientador: Julio Cesar Zorzenon Costa


Discente: Caio Romeu Cerqueira Bloise

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rea: Cincias Sociais Aplicada - Cincias Economicas
Autor: Carolina Tiemi Inoue
Ttulo: A Fragilidade do Mercado de Capitais: Impactos da Crise Econmica de 2008
Palavras-Chave: Crise, mercado de capitais, ndice, expectativa, Brasil.
A partir da crise vivenciada internacionalmente em 2008, o quadro financeiro mundial entrou em franca deteriorao
(BRESSER-PEREIRA, 2009, p. 134). O trabalho busca examinar se esses impactos afetaram o mercado de capitais
brasileiro em menor grau do que o resto do mundo, sob a perspectiva das aes e da expectativa do investidor. Em pases
da Europa, por exemplo, as atividades econmicas declinam acentuadamente, assim como o desemprego aumenta. Por
outro lado, existe uma percepo que os efeitos da crise financeira no foram to fortes sobre a economia brasileira e, em
especial, sobre o mercado de capitais. Para tal objetivo, ser observada a flutuao do ndice Bovespa em relao a ndices
semelhantes de bolsa de valores de outros pases, que mede o desempenho de uma carteira de aes, avaliando o
comportamento do mercado em determinado perodo (ASSAF NETO, 1999, p. 204). Alm disso, a expectativa do investidor
ser investigada a partir de questionrio aplicado comunidade universitria da Unifesp, que compreende uma vasta gama
de profisses e classes sociais. O estudo permite analisar expectativas para o futuro do mercado de capitais e comprovar
que os impactos foram menores na economia e nos investidores brasileiros.
Participantes:

Discente: Carolina Tiemi Inoue

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rea: Cincias Sociais Aplicada - Cincias Economicas
Autor: Elisa Paula Vasconcelos
Ttulo: Padres de consumo dos beneficirios do Programa Bolsa Famlia do bairro
Bonana, Osasco (SP)
Palavras-Chave: Programa Bolsa Famlia; Padro de consumo; Osasco (SP); rea livre do Bonana.
O presente artigo tem como objetivo mostrar os padres de consumo das famlias contempladas pelo benefcio do
Programa de Transferncia de Renda Condicionada, o Programa Bolsa Famlia (PBF), residentes na rea livre do Bonana,
localizada na Zona Norte do municpio de Osasco. Para a consecuo desse objetivo foram captados dados, juntamente
com a gestora do PBF no municpio de Osasco, que abrangem setorialmente o padro de consumo de tais beneficirios.
Esses dados foram colhidos a partir de respostas oferecidas por tais beneficirios no preenchimento do formulrio do
Cadastro nico, exclusiva porta de entrada da populao de baixa renda no PBF.
Levando em considerao que na ltima dcada, o mercado formado pelos consumidores de baixa renda passou a
ser considerado como prioritrio para muitos empreendimentos, visto que a propenso marginal a consumir crescente
conforme decresce a renda, no caso da rea livre do Bonana a propenso marginal a consumir elevada. Ao analisar os
dados referentes ao padro de consumo focalizados na rea livre do Bonana, constatou-se que os beneficirios colocam a
alimentao em primeiro plano na determinao de como alocar o benefcio recebido pelo PBF, seguido pelos gastos
depreendidos com aluguel, energia, gs, gua/esgoto, medicamentos regulares e transporte, nessa ordem.
Sob uma perspectiva geral acerca do padro de consumo alimentar dos beneficirios do PBF, depreendidos a partir
do desenvolvimento bibliogrfico deste artigo, observou-se o relato do aumento de quantidade e variedade dos produtos a
partir da chegada do valor do benefcio. Os resultados a nvel alimentar observados revelam que o PBF propiciou um
aumento do poder de escolha e de compra dos itens alimentares que fazem parte da dieta diria dos beneficirios,
entretanto, ao observar que uma elevada parte das famlias est em situao de insegurana alimentar, elevada ou grave,
constata-se que esto sendo includos alimentos em sua maior parte de alto teor energtico e baixo valor nutritivo,
verificando-se assim possveis riscos sade dos beneficirios que j apresentam alta vulnerabilidade, demonstrando que
mesmo com a possibilidade de um consumo diettico mais diversificado, no necessariamente se observa um padro
saudvel. Ao analisar a questo intersetorialmente, a partir de uma concepo sob a sade, a educao e a assistncia
social, v-se a necessidade em se estimular programas direcionados para a educao alimentar.
No caso da rea livre do Bonana, o segundo maior dispndio auferido por parte dos beneficirios no item
correspondente ao aluguel, fator que pode ser explicado devido existncia de um forte projeto de reurbanizao na rea
livre em questo. O terceiro maior gasto observado corresponde ao realizado com energia que de acordo com dados a nvel
nacional do programa, os eletrodomsticos passam a ser a principal aspirao quando os produtos de primeira necessidade
saem do foco, bens como televiso, geladeira, forno de micro ondas, mquina de lavar, entre outros.
Sendo assim, de acordo com o Ministrio Social do Desenvolvimento e combate a fome (2011) percebe-se que o
padro de consumo verificado nos beneficirios da rea livre do Bonana cumpre o principal objetivo do PBF que
assegurar o direito humano alimentao, promovendo a cidadania e a diminuio da vulnerabilidade por parte da
populao sujeita fome.
Participantes:

Orientador: Cludia Alessandra Tessari

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rea: Cincias Sociais Aplicada - Cincias Economicas
Autor: Eliseu Augusto Robles Saez
Ttulo: Doena holandesa: uso da metodologia de impulso-resposta (IR) no
diagnstico da possibilidade de ocorrncia no Brasil com a explorao do petrleo do
pr-sal.
Palavras-Chave: : doena holandesa, pr-sal, apreciao cambial, desindustrializao, modelo VAR, fun
A investigao emprica realizada permite concluir que no h evidncias suficientes para afirmar que tenha ocorrido
no perodo janeiro de 2000 a dezembro de 2012 a doena holandesa no Brasil.
Esta concluso foi obtida a partir da
estimativa do modelo VAR considerado que utilizou as variveis ndice de commodities, taxa de cmbio, produo industrial
e emprego no setor de servios.
A projeo realizada sobre o comportamento dessas variveis perodos frente atravs do uso das Funes de
Impulso-Resposta tampouco fornece sinais de possvel ocorrncia de tal sintoma a partir do comportamento mdio
pregresso implcito nos coeficientes do modelo estimado.
Duas qualificaes devem ser registradas todavia.
A inspeo dos dados da taxa de cmbio atravs da anlise grfica mostra considervel apreciao ao longo do
perodo.
Outrossim, verifica-se tambm que a produo industrial a partir do comportamento dos dados originais grafados
mostra uma pequena mudana de patamar da atividade para melhor tendo o perodo da crise financeira de 2007-2008
como divisor de guas. Isso sugere que o comportamento do cmbio vem sendo absorvido pela indstria que procura
responder com aumento de produtividade. Ocorre que a melhora da indstria poderia ter sido maior no houvesse a
considervel valorizao.
Ao longo de 2012, constatou-se tambm nos dados apresentados os efeitos da ao do Banco Central na
manuteno de um patamar para a taxa de cmbio que fosse mais favorvel indstria. A poltica monetria mais lassiva
deste perodo consequncia tambm desse objetivo da poltica econmica.
O impacto do cmbio sobre a indstria merece monitoramento constante haja vista a importncia da atividade
secundria para o pas. No contexto de explorao do petrleo do pr-sal, tal cuidado deve ser ainda maior sabendo-se da
possibilidade da ocorrncia da maldio dos recursos naturais.
Muitas vezes, o discurso predominante o de que a indstria deve se ajustar sozinha, que se trata de uma questo
microeconmica, sem polticas econmica e industrial bem definidas e apropriadas, o que uma falcia. Toda nao
procura maneiras de oferecer alguma proteo indstria instalada, nacional ou no, e o discurso totalmente liberalizante
so palavras ao vento.
Por isso, so necessrias novas pesquisas para que se acompanhe com tempestividade, profundidade e ateno
necessrias a possibilidade de ocorrncia da doena holandesa no Brasil em meio ao uso do leo do pr-sal cuja apario
pode afetar negativamente o parque industrial instalado no pas aps dcadas de trabalho para constru-lo e diversific-lo.
Participantes:

Discente: Eliseu Augusto Robles Saez

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rea: Cincias Sociais Aplicada - Cincias Economicas
Autor: Felipe Carneiro de Figueredo
Ttulo: MTODOS QUANTITATIVOS E NEGOCIAO ALGORTMICA APLICADOS NO
MERCADO FINANCEIRO BRASILEIRO
Palavras-Chave: Mtodos Quantitativos, Negociao Algoritmica
O objetivo desse trabalho estudar os principais tipos de algoritmos de negociao utilizando dados de alta
frequncia do mercado financeiro brasileiro: (i) Preo Mdio Ponderado pelo Tempo (Time Weighted Average Price ?
TWAP), (ii) Preo Mdio Ponderado pelo Volume (Volume Weighted Average Price ? VWAP) e (iii) Porcentagem do Volume
(Percentage of Volume ? POV).
Em 2010, o fluxo de capital estrangeiro para a Amrica Latina teve um aumento significativo, alcanando 254 bilhes
de dlares, mais do que a China, ndia e Rssia combinados. Este total 60 por cento maior que em 2009 e quatro vezes
maior que a mdia anual de 2000 a 2007. Investidores estrangeiros compraram 76 bilhes de dlares de ttulos de governos
e empresas latino americanas. Entre estes pases, o Brasil recebeu a maior parte do fluxo de capital estrangeiro, contando
com um total de 157 bilhes de dlares no total. Os pases emergentes so considerados cada vez mais importantes para
investidores estrangeiros no mercado financeiro global a medida que seu fluxo de capital cresce rapidamente. Investimentos
estrangeiros para mercados emergentes alcanaram 922 bilhes de dlares em 2010, ou seja, 20 por cento do total
mundial. Em 2000 estes mercados representavam 6 por cento do total mundial com um valor de 280 bilhes de dlares.
Nos ltimos anos, o nmero de negociaes ligadas s atividades da rea financeira, especialmente em aes e
mercados monetrios, tm crescido consideravelmente. Com o desenvolvimento dos sistemas de informao (SI), mais
pessoas esto envolvidas em negociaes com instrumentos financeiros, especialmente na modalidade de negociao
eletrnica. Um exemplo, que os mercados financeiros tm se tornado uma fonte de dados de alta frequncia. Para a
compreenso e a previso futura da evoluo do mercado, a utilizao de dados de alta frequncia tem demandado maior
ateno e investimentos, tanto do setor acadmico, quanto das empresas financeiras.
A negociao algortmica e o acesso direto ao mercado (Direct Market Access ? DMA) so ferramentas importantes
para a negociao eletrnica de ativos financeiros.
Hoje em dia, um enorme conjunto de bens pode ser negociado eletronicamente. Aes, ttulos, dinheiro, certificados
e uma variedade de contratos derivativos podem ser todos comprados e vendidos apenas com o apertar de um boto. A
tecnologia para conseguir isso ainda relativamente nova, mas a mecnica bsica do mercado de compra e venda
continua a mesma. Simplificando, os vendedores precisam encontrar compradores (e vice-versa), de forma rpida e o mais
eficiente possvel.
No Brasil, em setembro de 2010 houve a disponibilizao dos modelos 2, 3 e 4 de Acesso Direto ao Mercado (DMA,
do ingls Direct Market Access) na BM&FBOVESPA e a implementao, em novembro de 2010, da nova poltica de preos
para os Investidores de Alta Frequncia (HFT, do ingls High Frequency Traders) no segmento Bovespa que proporcionou
as condies para impulsionar o crescimento desse tipo de investidor no mercado acionrio brasileiro. Os primeiros
resultados dessas iniciativas podem ser vistos, com a negociao desses investidores tendo representado 4,5% do volume
total negociado em novembro de 2010 e 4,0% em dezembro de 2010, com mdias dirias (compras mais vendas) de R$0,6
bilho e R$0,5 bilho, respectivamente (BM&FBOVESPA S.A. ? Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros Demonstraes
Financeiras de 2010).
A metodologia est concentrada na anlise quantitativa de bases de dados eletrnicos obtidas da BM&FBOVESPA
S.A., estas bases de dados contm milhes de linhas com informaes das empresas negociadas na Bolsa e os
respectivos valores dos ativos negociados. Ou seja, a metodologia contempla o uso intenso de anlise utilizando
ferramentas e programas de computador especficos, tais como: Mathematica, MATLAB, Eviews, Gretl, SPSS e Excel.
Participantes:

Orientador: Ricardo Hirata Ikeda


Docente: Mauri Aparecido de Oliveira

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rea: Cincias Sociais Aplicada - Cincias Economicas
Autor: Felipe Kau Gomes da Silva
Ttulo: Ascenso e Desempenho do Lder Narcista na Tomada de Deciso em Grupo.
Palavras-Chave: Tomada de Deciso, Liderana, Narcisismo, Desempenho de grupo
Contexto: o campo de estudos em que negociao, tomadas de deciso, assessment e liderana convergem tm se
desenvolvido substancialmente no exterior, onde vem atraindo a ateno de profissionais de mltiplas reas
(administradores, economistas, neurocientistas, advogados), os quais tm contribudo na elaborao de arcabouos
tericos e experimentos. Este panorama contrasta com o que ocorre no Brasil, onde inexistem publicaes envolvendo
paradigmas experimentais inovadores. Visando contribuir para o preenchimento desta lacuna, este projeto, financiado pelo
CNPQ, trata da adaptao para o contexto nacional e desenvolvimento criativo de modelos experimentais de negociao,
assessment e liderana. Estes modelos experimentais apresentam-se na forma de dinmicas interativas e envolventes, as
quais vm sendo testadas e refinadas. Em um caso representativo deste esforo, adaptamos para o nosso contexto a
dinmica de liderana mundial desenvolvida sob o mote da 'liderana colaborativa', a qual preconiza uma relao inversa
entre eficcia decisria do lder e narcisismo. Durante a organizao dos materiais e mtodos necessrios para a coleta de
dados percebemos que um dos mtodos publicados pelos autores originais apresentava um forte vis, diminuindo a
confiabilidade das concluses. Isto nos levou a redesenhar o teste inteiro. Vertemo-nos tambm sobre a criao e
adaptao de dinmicas de negociao envolvendo conceitos caros Teoria dos Jogos, Psicologia Social e
Neuroeconmica. Em uma destas dinmicas, criamos uma verso simulada de um Leilo de Royalties de explorao de
Petrleo offshore que produz bastante engajamento. Acreditamos que os resultados finais deste projeto possam ter grande
aplicao prtica.
Participantes:

Orientador: lvaro Machado Dias


Discente: Felipe Kau Gomes da Silva

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rea: Cincias Sociais Aplicada - Cincias Economicas
Autor: Lucas Alexandre Daudte
Ttulo: Industrializao Brasileira: histria, problemas e perspectivas.
Palavras-Chave: Desindustrializao; Doena Holandesa; Desenvolvimento Econmico
INDUSTRIALIZAO BRASILEIRA: HISTRIA, PROBLEMAS E PERSPECTIVAS
Lucas Alexandre Daudte1, Murilo Leal Pereira Neto2
1 Graduando do curso Cincias Economicas Integral da Universidade Federal de So Paulo ? Campus Osasco.
2 Professor Doutor em Histria pela Universidade de So Paulo docente do curso de Cincias Econmicas da
Universidade Federal de So Paulo ? Campus Osasco.
A economia brasileira pode estar em um momento em que a indstria sofre uma retrao frente ao mercado mundial
e ao seu Produto Interno Bruto, sendo comentado entre os estudiosos como um processo de desindustrializao, causada
por diversos fatores, tais como falta de apoio do governo no desenvolvimento das indstrias nacionais, falta de capacidade
tcnica das prprias industrias, que no sabem onde se apoiar para o desenvolvimento, problemas com infraestrutura no
pas, dificultando escoamento dos produtos industrializados, dificuldades alfandegrias, mo-de-obra desqulificada e
escassa. Ou podendo tambm ser um problema mais gravae que estudiosos do meio econmico chamam de Doena
Holandesa, problema este j enfrentado por pases industrializados, e que pode ser descrita em poucas palavras como um
fenmeno onde a exportao de recursos naturais sobrepuja a exportao de recursos manufaturados, inclinando para um
ciclo onde a abundncia destes recursos naturais gera vantagens ao pas que os possui, levando o pas a se especializar
na produo de tais recursos, inibindo com o passar do tempo o desenvolvimento de indstrias de manufaturas, dificultando
que produtos finais com maior tecnologia agregada sejam produzidos. Nesta pesquisa tentaremos analisar se realmente
tais fatos so verdicos, quais os possveis motivos para que certos problemas estejam ocorrendo, e quais outras variveis
esto influenciando este fenmeno da desindustrializao. Tentaremos, ainda, identificar possveis projetos e
planejamentos envolvendo industriais e governo em fora conjunta para alterar este curso fatdico vivdo pela indstria
nacional.
Este projeto vem com intuito de agregar informaes a respeito do tema Desindustrializao do Brasil, sendo
realizado estrutualmente da seguinte maneira. O planejamento literrio do projeto ficou dividido como: 1) Leitura de livros
explanatrios da histria da industrializao no pas e fontes primrias da atualidade que enriqueam o tema, focando em
anlises sobre o assunto com abordagem de diferentes ticas, buscando informaes quanto a desindustrializao no
Brasil no perodo da sua concepo e informaes mais atuais dos problemas que a indstria vem sofrendo, na busca de
uma identificao dos ?porqus? de tal dificuldade que as indstrias nacionais vivem num momento como este; 2) Leitura
e acompanhamento de jornais e telejornais na busca de informaes que possam vir a somar com a pesquisa. J a
estrutura fsica de apresentao do projeto est divida em: 1) O problema da desindustrializao do Brasil hoje: Mito ou
realidade?; 2) O processo histrico da industrializao brasileira, seus dilemas e impasses; 3) Industriais e Estado frente
industrializao ontem e hoje; 4) O que pensam os autores atuais sobre o tema, quais as crticas e opnies quanto aos
problemas e possveis solues; 5) Concluso.
Atravs da pesquisa j realizada, pode-se dizer que o Brasil, por ter sido um pas perifrico na industrializao
mundial, teve sua formao retardatria, sendo num primeiro momento uma economia agroexportadora de produtos
primrios para pases chamados centrais, ou seja, pases pioneiros na industrializao que mantinham a tecnologia e as
indstrias de manufaturados. No desenvolver do capitalismo mundial, somada esta primeira fase de pas com caracterstica
de agroexportador, podemos dizer que se iniciou uma economia mercantil, da qual o pas entrou em um processo de
estruturao em questes de infraestrutura bsica para o desenvolvimento de uma incipiente indstria nacional, podendo
ser dito que ocorreu o desenvolvimento de primeiros centros comerciais bancrios, principalmente na capital do pas
naquele momento, ou seja, Rio de Janeiro, desenvolvimento de portos de escoamento e melhorias de transporte de cargas,
como caractersticas fundamentais para que aquela Indstria familiar nascente pudesse se apropriar paulatinamente de
tecnologias e se fortificar num cenrio primeiramente interno e posteriormente de exportao, passando vagarosamente
para uma economia internacional e adquirindo ao longo do desenvolvimento uma indstria de manufatura, porm no muito
desenvolvida. Trazendo o tema do desenvolvimento para a atualidade, pode-se dizer que os problemas daquela poca com
falta de infraestrutura e falta de tecnologia embutida em seus produtos manteve-se num ciclo de fornecimento de recursos
naturais para centros industriais no alterando suas caractersticas de pas exportador de matria-prima.
Portanto, aplicou-se uma pesquisa de comparao do presente com o passado, uma busca na realizao de
associaes entre pensamentos dos Industriais, Governo e os pensadores da atualidade, na tentativa de alinharmos
sugestes que visam apoiar os Gestores de indstrias e gestores do Governo no saneamento do problema da
Desindustrializao.
Participantes:

Discente: Lucas Alexandre Daudte

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rea: Cincias Sociais Aplicada - Cincias Economicas
Autor: Luciana da Camara Chaves
Ttulo: As enchentes, a populao e os poderes pblicos na cidade de So Paulo.
Conflitos e contradies (1870-1940)
Palavras-Chave: Enchentes. Populao. Poderes pblicos. So Paulo.
As enchentes, a populao e os poderes pblicos na cidade de So Paulo. Conflitos e contradies (1870-1940)
Luciana da Camara Chaves
Bolsista de Iniciao Cientfica - CNPq/PIBIC- Unifesp
Graduanda em Cincias Econmicas ? 5 semestre
Prof. Dr. Fbio Alexandre dos Santos
Orientador
Resumo
O objetivo geral que norteia esta pesquisa apreender as aes dos poderes pblicos no trato e enfrentamento do
problema das enchentes na cidade de So Paulo, entre 1870 e 1940, de modo a captar as demandas da populao, as
aes e obras que pautaram o combate s enchentes, do ponto de vista econmico (investimento, oramento) e
socialmente, em seus impactos sociais. Tais relaes so decorrncias da necessidade de se combater um problema
criado e reproduzido pela urbanizao e, pode-se afirmar, transformando sua ocorrncia em um problema crnico da
cidade.
Para tanto, o estudo parte da concepo de que as enchentes passaram a compor o quadro da histria da cidade de
So Paulo a partir das transformaes urbanas que a dinamizaram, em direta relao com a consolidao do Brasil nas
linhas do sistema capitalista e de So Paulo como centro dinamizador da indstria no perodo, principalmente, aps as
primeiras dcadas do sculo XX. E foi, especialmente, a partir das transformaes econmicas do ltimo quartel do sculo
XIX, com o incremento do complexo cafeeiro e o surgimento das primeiras indstrias, ainda que incipientes, que
engendraram uma nova dinmica cidade de So Paulo, incentivadas pelo fim do escravismo, pela instaurao da
Repblica e as mudanas na estrutura fiscal, as quais permitiram ao governo do ento Estado de So Paulo implementar
aes, como a imigrao em massa, que promoveram um aumento populacional e, consequentemente, um
aumento na demanda por servios na cidade e deu vida nova atividade urbana e s transformaes e ocupaes
do espao.
O perodo final de anlise 1940, quando houve um aumento na impermeabilizao do solo, uma ampliao na
supresso de reas de vrzeas e, consequentemente, uma elevao da incidncia de enchentes na cidade, aps um
aumento na realizao de obras urbanas. Vale ressaltar que no final da dcada de 1930, que Prestes Maia coloca em
execuo seu Plano de Grandes Avenidas, e tem incio as obras de retificao dos rios Tiet e Pinheiros.
Ainda em andamento, a pesquisa se centrou na leitura e no fichamento da bibliografia e das matrias pesquisadas
no Jornal O Estado de S.Paulo, buscando captar as principais enchentes, seus impactos e seus fatores decorrentes. Para o
perodo subsequente, esto previstas a continuidade da pesquisa nos jornais do perodo e a leitura da documentao do
poder pblico sobre o tema, alm da bibliografia.
Participantes:

Discente: Luciana da Camara Chaves

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rea: Cincias Sociais Aplicada - Cincias Economicas
Autor: Pedro Henrique Filipini dos Santos
Ttulo: Previso de Retornos de Aes de Empresas dos Setores Financeiro,
Alimentos, Industrial e de Servios por meio de modelos ARIMA-GARCH
Palavras-Chave: Sries Temporais, Previso, ARIMA, ARCH, GARCH
Nos ltimos anos, o nmero de negociaes ligadas s atividades da rea financeira, especialmente em aes e
mercados monetrios, tm crescido consideravelmente. Com o desenvolvimento dos sistemas de informao, mais pessoas
esto envolvidas em negociaes com instrumentos financeiros, especialmente na modalidade de comrcio eletrnico.
O objetivo deste trabalho realizar previses de sries de retornos de aes de empresas dos setores financeiro,
alimentos, industrial e de servios utilizando modelos ARIMA-GARCH. Foram selecionadas duas sries de cada setor,
sendo que os dados sero obtidos da BOVESPA e da Economatica. Os processos ARIMA-GARCH exigem a transformao
dos dados da srie original. Os resultados das previses sero apresentados em termos dos valores da srie no nvel, ou
seja, apresentaro a mesma dimenso da srie original.
Participantes:

Orientador: Rosngela Toledo Kulcsar


Docente: Mauri Aparecido de Oliveira

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rea: Cincias Sociais Aplicada - Cincias Economicas
Autor: Samuel Fernandes Lucena Vaz-Curado
Ttulo: A informao econmica nos jornais impressos no Brasil (1870-1920)
Palavras-Chave: informao econmica, jornais, Histria Econmica, Brasil (1870-1920)
Transformaes econmicas e a informao para os negcios no Brasil (1870-1920)
Aluno: Samuel Fernandes Lucena Vaz-Curado
Orientadora: Profa. Dra. Cludia Alessandra Tessari
Universidade Federal de So Paulo - Escola Paulista de Poltica, Economia e Negcios
Este projeto de pesquisa estuda a informao econmica no Brasil entre 1870 e 1920. Num momento de profundas
transformaes sociais e econmicas, com o crescimento da agricultura, da indstria e do comrcio interno e externo, eram
necessrias informaes mais confiveis e regulares para resolver em parte o problema da assimetria de informaes entre
os agentes econmicos. Neste momento, proliferam no Brasil os jornais impressos, almanaques e revistas especializadas.
Tambm aumentam as fontes de informao sobre o Brasil no exterior. Concomitante a este processo est a preocupao
do Estado com a padronizao, sistematizao e institucionalizao das estatsticas oficiais.
O perodo recortado nessa pesquisa (1870-1920) se inicia com profundas transformaes tecnolgicas, legais e
monetrias que permitem a ampliao e a diversificao dos investimentos nacionais e internacionais no pas e se encerra
em um perodo em que se se consolidam atividades e empresas que demandam informao como bem econmico, alm
de ser marcado pelo desenvolvimento da atividade estatal de coleta e tratamento de estatsticas sociais e econmicas.
Diversos acontecimentos histricos moldaram a economia do Brasil ao longo do sculo XIX e no incio do sculo XX
e so importantes para entender as transformaes da economia do perodo e a demanda por informao para a
concretizao dos negcios
O primeiro deles foi a entrada do Brasil para o Padro-Ouro, em 1846, "a fim de estancar a sada de capitais e
fornecer maior estabilidade moeda nacional" (ALMEIDA, 2012). Tal medida retomou o desenvolvimento brasileiro na
segunda metade do sculo XX, baseado na economia cafeeira.
O Cdigo Comercial de 1850 legalizou a formao de empresas estrangeiras sob as leis brasileiras e facilitou os
investimentos provenientes de outros pases. "Foi ao abrigo de uma legislao relativamente liberal, mas tambm ao lado
de capitais pblicos e sombra de uma precoce vocao 'intervencionista', que prosperaram e se multiplicaram no Brasil, a
partir de meados do sculo XIX, as aplicaes de capitais forneos em empresas brasileiras e os investimentos diretos
estrangeiros naquelas reas de mais forte perspectiva de retorno e de altos ganhos" (ALMEIDA, 2003). "Posteriormente foi
alm e tornou-se a base de um corpo de leis escritas nas dcadas de 1860 e 1870, para regulamentar as formas legais da
atividade de corretagem e a organizao de negcios (...). Os resultados foram um crescimento, embora modesto, de firmas
com o formato de sociedade annima, a emergncia da profisso regulamentada de corretagem e, por fim, a organizao
da Bolsa de So Paulo" (HANLEY, 2001).
A chegada do telgrafo eltrico em 1852 e a construo da primeira ferrovia, em 1854, diminuram o tempo entre a
data do fato e a sua publicao. "Apesar de entrecortado, esse sistema facilitou a distribuio dos jornais (...), ao mesmo
tempo em que as linhas telegrficas paralelas aos trilhos e operadas pelas empresas ferrovirias proporcionavam maior
rapidez no fluxo de informaes destinadas s redaes" (Associao Nacional de Jornais).
Tambm importante para o tema da pesquisa foram a Abolio da Escravido e a Proclamao da Repblica. As
vrias reformas aps 1889 impulsionaram a formao de inmeros bancos em So Paulo, o que abriu vrias possibilidades
de financiamento para os cafeicultores que saam do Vale do Paraba em direo ao Oeste Paulista (MARCONDES;
HANLEY, 2010).
O tema da informao como mercadoria assumiu relevncia em pesquisas h poucas dcadas. Pretende-se, com
este projeto, suprir parte desta lacuna, contribuindo para lanar novos dados na discusso sobre a formao do capitalismo
no Brasil, enfocando um aspecto ainda pouco estudado: a informao econmica como bem de produo necessrio para o
desenvolvimento da economia de mercado.
O objetivo deste projeto compreender o desenvolvimento e a consolidao da informao como importante suporte
para a tomada de decises econmicas neste momento de profundas mudanas na economia e na sociedade brasileiras.
No interior deste processo mais amplo de institucionalizao da informao como valor comercial no Brasil, este projeto
enfoca a imprensa nacional e a informao de cunho econmico veiculada e produzida por ela.
Para o alcance dos objetivos propostos neste projeto, foram realizadas pesquisa sobre material bibliogrfico e fontes
documentais. A leitura, fichamento e anlise de bibliografia se deram sobre textos acerca da imprensa no Brasil, acerca do
jornalismo econmico brasileiro e acerca da histria econmica brasileira.
Alm da bibliografia ainda sero pesquisados alguns dos mais importantes jornais impressos no Brasil na poca:
Jornal do Commercio (1827-1916) e a Provncia de So Paulo (posteriormente o Estado de So Paulo) (1875 - 1920). O
primeiro deles est disponvel, em verso microfilmada, no Arquivo Edgard Leuronth, na Unicamp, em Campinas. O
segundo, est disponvel digitalizado na internet.
Participantes:

Orientador: Cludia Alessandra Tessari

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Sociais Aplicada - Cincias Economicas
Autor: Thais Hiromi Nakazone
Ttulo: Aplicacao econometrica e analise de dados de alta frequencia: um estudo no
mercado financeiro brasileiro
Palavras-Chave: Algortmos
Nos ltimos anos as negociaes algortmicas tem se tornado predominante no mercado de ttulos. A evoluo dos
computadores permitiu a anlise em tempo real das negociaes alm do desenvolvimento de sistemas que pudessem
expressar as estratgias dos "players". No mercado atual em que as mudanas ocorrem instantaneamente, as negociaes
algortmicas tem se tornado o modo mais rpido de interao diante da rpida disputa.
Este projeto visa acompanhar as negociaes a vista de seis organizaes: Petrobrs, Bradesco, Vale, Po de
Acar, Ita e Lojas Americanas. Apresentaremos uma anlise descritiva de tendncias das estratgias das negociaes
tomando como base as modalidades de algoritmos.
Participantes:

Discente: Thais Hiromi Nakazone

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Sociais Aplicada - Contabilidade
Autor: Anglica Miguel dos Santos
Ttulo: Grau de Disclosure das Mudanas Normativas na Adoo Inicial do IFRS pelas
Companhias Abertas no Brasil
Palavras-Chave: IFRS, Harmonizao Contbil, Disclosure, Adoo Inicial
A convergncia do padro normativo contbil brasileiro (BRGAAP), ao final de 2007, pelo advento da Lei 11.638/07,
para as normas internacionais de contabilidade, International Financial Reporting Standard (IFRS), iniciado em 2004 pela
Europa e outros pases e institudo pelo International Accounting Standards Board (IASB), se configura como uma revoluo
para o Brasil dentro do processo de harmonizao contbil internacional. O IFRS, baseado no princpio da primazia da
essncia econmica sobre a forma legal, exigir maior julgamento no momento da elaborao das demonstraes
contbeis, tornando-se um desafio de reaprendizagem para os preparadores brasileiros, que antes divulgavam informaes
formalistas orientadas principalmente para a prestao de contas governamental de carter fiscal. Nesse contexto, esse
estudo objetiva investigar, analisar e avaliar se e at que ponto houve cumprimento das normas de divulgao e qual o grau
de disclosure das mudanas normativas, exigidas na adoo inicial das normas internacionais de contabilidade, contidas
nos Pronunciamentos Tcnicos CPCs 37 e 43, pelas companhias abertas brasileiras em 2010, perodo de transio
normativa obrigatria do padro BRGAAP para o full IFRS. O objeto do estudo so as Notas Explicativas das
Demonstraes Financeiras Padronizadas (DFPs) do perodo findo em 2010, das companhias abertas brasileiras, listadas
na BM&F Bovespa (Bolsa de Valores, Mercadorias & Futuros), excludas as companhias do setor financeiro. A investigao
foi feita atravs de um confrontamento entre as exigncias de divulgao levantadas e contidas nos CPCs 37 e 43 e as
informaes explicitadas em cada nota explicativa. Em seguida, foi construdo um ndice de divulgao por item,
demonstrando o cumprimento e no cumprimento de divulgao de informaes por item exigido nos CPCs e uma nota por
companhia em sua totalidade de itens, demonstrando sua faixa de disclosure contbil. Os resultados obtidos nessa
pesquisa conseguiram confirmar e provar cientificamente, o que veio sendo observado no decorrer do trabalho, mostrando
que tudo o que foi exigido na fase de transio do full IFRS pelos CPCs 37 e 43, no foi divulgado e cumprido com absoluto
xito nas Notas Explicativas das companhias, de uma forma preocupante, mas no to extrema e drstica quanto parecia,
em um nvel razovel e at mesmo aceitvel, porm refletindo a necessidade da melhora da qualidade das informaes
contbeis e demonstrando que o Brasil no teve um slido ponto de partida para dar continuidade ao processo de
harmonizao contbil internacional, mas que j se mostrou disposto a evoluir, ainda que com falhas e deficincias,
divulgando informaes de maneira mediana e satisfatria.
Participantes:

Orientador: Edilene Santana Santos


Discente: Anglica Miguel dos Santos

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Sociais Aplicada - Relaes Internacionais
Autor: Lucas Bastos
Ttulo: DA PAX BRITANNICA A PAX AMERICANA: ESTUDO COMPARADO DOS
CICLOS HEGMONICOS BRITNICO E ESTADUNIDENSE
Palavras-Chave: Hegemonia, Estados Unidos, Inglaterra
O objetivo do projeto analisar, de forma comparada, a evoluo, consolidao e declnio dos ciclos hegemnicos
da Gr Bretanha no sculo XIX e dos Estados Unidos no sculo XX. Assim, o projeto se fundamenta no estudo sobre a
ascenso e queda da Pax Britannica, como foi possibilitada, seu contexto, os precedentes que abriu e suas consequncias
para a Inglaterra e para as outras naes do sistema internacional. Seguir-se- com as investigaes sobre a ascenso dos
Estados Unidos como superpotncia do cenrio internacional. Com os Estados Unidos se colocando frente das relaes
internacionais, analisarei qual sua forma de ao, como difere da Gr-Bretanha, em qual contexto se enquadrou, em que se
consistiu a chamada Pax Americana e quais foram os reflexos dessa mudana de polarizao de influncia para o mundo.
A partir deste contexto, pretende-se identificar de que forma esta Pax Americana encontra-se em transio no sculo XXI e
se seu processo de declnio similar ou no ao do britnico, e quais so as hipteses associadas a sua sucesso: o
estabelecimento de uma nova Pax ou a consolidao de um mundo multipolar.
Participantes:

Discente: Lucas Bastos

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cincias Sociais Aplicada - Relaes Internacionais
Autor: Mrcio Jos de Oliveira Jnior
Ttulo: A Poltica Externa da China e os BRICS: Um Estudo de Caso
Palavras-Chave: China, BRICS, sia-Pacfico, Poltica Externa
Tendo como base a compreenso da poltica externa chinesa a partir de uma anlise de sua evoluo no perodo
que abrange o final da Guerra Fria at os dias atuais, analisaremos os componentes dessa insero internacional da China,
que de acordo com o observado at agora em seus documentos oficiais e em algumas pontuaes de analistas, consiste
de um posicionamento de vis pacfico, onde o mesmo prope uma reforma e uma transformao do atual Sistema
Internacional tendo em vista
uma melhora substancial para os pases em desenvolvimento, principalmente para a China,
para que o seu principal objetivo que o continuo crescimento do desenvolvimento seja conquistado. ento buscando
compreender essas diretrizes estratgicas internacionais do Estado Chins que procuraremos compreender a principal
questo em pauta: de que forma a aliana dos BRICS (Brasil, Rssia, ndia, China, frica do Sul) se insere na atual agenda
das relaes internacionais da China. Assim, podemos observar atravs da anlise de documentos oficiais em que foram
pesquisados at agora, que o BRICS se apresenta para a China como um importante ator no que tange a cooperao com
o terceiro mundo e tambm como uma das principais frentes sob a tica da luta dos paises em desenvolvimentos para que
haja uma maior igualdade no atual sistema internacional, sendo o mesmo responsvel por liderar essa nova fase dos paises
em desenvolvimento para assim chegar a um mundo de harmonia, paz e prosperidade.
Participantes:

Orientador: Cristina Soreanu Pecequilo

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rea: Cincias Sociais Aplicada - Relaes Internacionais
Autor: Polyana Arthur
Ttulo: A Poltica Externa Brasileira: Um Estudo de Caso do G-20 Financeiro
(2003/2010)
Palavras-Chave: Relaes Internacionais, Poltica Externa Brasileira, G-20 Financeiro
O G-20 Financeiro foi criado em 1999 a partir da reunio de economias industrializadas desenvolvidas e de pases
em desenvolvimento visando facilitar o dilogo entre estas naes de diferente perfil econmico. Este dilogo tinha por
tema principal a economia e o crescimento sustentvel, mas somente tornou-se mais relevante a partir da crise econmica
de 2008, as transformaes no equilbrio de poder mundial que elevaram a posio dos pases em desenvolvimento e a
deteriorao das instituies financeiras internacionais como o FMI e o Banco Mundial, que se mostraram ineficazes ao
lidar com os desafios econmicos atuais. Tendo em vista este cenrio, o objetivo deste projeto de pesquisa realiar um
estudo de caso da atuao do Brasil no G-20 Financeiro durante a administrao do Presidente Lus Incio Lula da Silva
(2003/2010).
Participantes:

Discente: Polyana Arthur

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rea: Cirurgia Aplicada
Autor: Bruna Dell Acqua Casso
Ttulo: Prevalncia do refluxo gastroesofgico proximal em pacientes com doena
pulmonar obstrutiva crnica
Palavras-Chave: Refluxo gastroesofgico, doena pulmonar obstrutiva crnica, pHmetria, refluxo proxim
Resumo
Introduo: Pacientes com doena obstrutiva pulmonar crnica (DPOC) tm uma predominncia elevada de doena
do refluxo gastroesofgico (DRGE). No entanto, no conhecida a prevalncia de refluxos gastroesofgicos proximais
nesses pacientes. Tentamos criar um novo padro de normalidade, em nmeros relativos, a partir da relao entre o
nmero de refluxos distais e o de refluxos proximais, de acordo com ndices pHmtricos.
Objetivo: Identificar a presena de refluxo proximal patolgico em pacientes com DPOC a partir de um novo padro
de normalidade, a relao de refluxo distal e refluxo proximal.
Material e Mtodos: Foram estudados 41 pacientes sendo 21 pacientes portadores de DPOC decorrentes de DRGE,
57% do sexo masculino e mdia de idade de 69 anos e 20 voluntrios sadios, 30% do sexo masculino e mdia de idade de
36 anos. Foram realizados exames de manometria e pHmetria em todos eles, e analisado a prevalncia de refluxo
gastresofgico proximal em pacientes portadores de DPOC a partir da relao entre o refluxo proximal e o distal, que foi
calculado para todos os 6 parmetros que constituem a pontuao DeMeester.
Resultados: Os dados foram baseados nos parmetros do ndice de DeMeester (nmero de episdios de refluxo,
nmero de refluxos prolongados, refluxo mais longo, tempo total da exposio acida, tempo de exposio acida em posio
supina, tempo da exposio acida em posio ortosttica), a partir da relao entre o nmero de refluxos distais e o de
refluxos proximais.
A exposio absoluta para o refluxo proximal no foi diferente entre os dois grupos (p = 0,1). Quanto a relao
refluxo proximal/distal, os valores medianos para o grupo de voluntrios para o nmero de episdios de refluxo, mais longo
refluxo, tempo do maior refluxo, a porcentagem de pH < 4 total, porcentagem de pH<4 ortosttico e porcentagem de pH <4
supino foi de 0.62, 0.00, 2.16, 0.07 e 0.59, respectivamente. Enquanto que a para os portadores de DPOC foi de 0.29, 0.11,
0.27, 0.18, 0.15 e 0.20. Revelando que os nmeros absolutos para o refluxo proximal no foram diferentes quando os dois
grupos foram comparados, exceto a relao entre o nmero de episdios de refluxo distal que atingem nveis proximais que
foi maior para os voluntrios.
Concluso: O nmero de refluxo que atinge os nveis proximais no diferente entre os voluntrios e pacientes com
DPOC, mesmo nos pacientes com problemas pulmonares decorrentes da DRGE.
Participantes:

Orientador: Prof. Dr. Fernando Augusto Mardiros Herb

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cirurgia Aplicada
Autor: Cezar Akio Sakamoto
Ttulo: Estudo dos transplantes hepticos peditricos submetidos a transeco
heptica ex-situ associada utilizao do Tachosil
Palavras-Chave: Transplante orgos, fgado, pediatria, cirurgia
Introduo
O transplante heptico em crianas evoluiu com a introduo de novas drogas imunossupressoras, com o
aprimoramento de tcnicas e com a melhor preservao dos enxertos, alcanando a sobrevida em um ano superior a 90%.
Porm a mortalidade na fila de espera do transplante ainda uma realidade.
Como alternativa para a diminuio desta mortalidade foi desenvolvida a tcnica de transeco heptica ex-situ, que
engloba a reduo do enxerto heptico e o Split, modalidade, em que so transplantados os segmentos II e III do enxerto
heptico em um paciente peditrico e os segmentos I, IV a VIII em um paciente adulto.
A utilizao da transeco heptica ex-situ no est livre de complicaes, como o maior sangramento da rea
cruenta do enxerto, maior uso de hemoderivados e fstula biliar.
O Tachosil um novo instrumento para auxlio na hemostasia cirrgica, composto por uma matriz de colgeno
associado uma camada de componentes plasmticos ( fatores de coagulao, fibrinognio e fibrina). Seu uso na cirurgia
heptica j foi descrito em outros grandes estudos, demonstrando que aps hepatctomia o uso do Tachosil obteve
hemostasia rpida e eficaz na rea cruenta quando comparada a outros mtodos .
No foram encontrados na literatura estudos avaliando os benefcios do uso do Tachosil em crianas submetidas
ao transplante heptico com transeco heptica ex-situ (reduo ou Split). Por isso, nosso interesse em estudar esse
grupo de pacientes.
Objetivo
O objetivo deste trabalho estudar o uso do Tachosil em crianas submetidas ao transplante heptico com
transeco heptica ex-situ (reduo ou Split).
Material e Mtodos
Ser realizado um estudo prospectivo no randomizado, aberto onde sero estudadas crianas de 0 a 18 anos
submetidas ao transplante heptico com utilizao da tcnica de transeco heptica ex-situ (reduo ou Split) e emprego
do Tachosil na rea cruenta do enxerto heptico (grupo A) e das crianas submetidas ao transplante heptico com a
mesma tcnica de transeco heptica, em que no houve utilizao do Tachosil ( grupo B).
Resultados
Estamos fazendo o levantamento da srie histrica dos ltimos transplantes hepticos peditricos, em que foi
utilizada a tcnica de transeco heptica, alm do acompanhamento das crianas que posteriormente necessitaram de
transplante atravs dessa tcnica. To logo os dados sejam levantados, sero divulgados a anlise entre os grupos.
esperado um menor nmero de complicaes e mortalidade no grupo que foi utilizado o Tachosil.
Participantes:

Orientador: Fernando Pompeu Piza Vicentine


Docente: Adriano Miziara Gonzalez

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cirurgia Aplicada
Autor: Danilo Pizzo Kitagaki
Ttulo: AVALIAO DAS DIMENSES DO INTESTINO HUMANO EM CRIANAS E
RECM-NASCIDOS
Palavras-Chave: Intestino do recm-nascido, Comprimento do Intestino, Sndrome do intestino curto.
INTRODUO: O conhecimento das dimenses normais do intestino humano em crianas e recm-nascidos
importante no planejamento pr-operatrio e ps-operatrio de cirurgias de resseco intestinal peditrica. Atravs dessa
informao, o cirurgio pode planejar o comprimento mximo do intestino que poder ser removido, melhorando o
prognstico da cirurgia e a recuperao do paciente. WILMORE, em 1972, demonstrou a existncia de uma estreita
correlao existente entre o tempo de hospitalizao e a extenso do intestino que foi ressecado. Em 1983, TOULOUKIAN
estabeleceu valores para o comprimento normal do intestino de recm-nascidos de acordo com a idade gestacional. Essas
medidas foram usadas posteriormente como um ndice para se calcular o risco de desenvolvimento de colestase, e, como
ndice do tempo necessrio para a suspenso de nutrio parenteral em pacientes com SBS (Short Bowel Syndrome)
[SPENCER, 2005]. Este estudo mostrou que se o comprimento do intestino delgado restante aps uma resseco for
inferior a 10% do comprimento normal esperado, o risco para colestase aumentado, assim como o tempo para desmama
de nutrio parenteral. At hoje, pouqussimos trabalhos foram publicados.
OBJETIVO: Avaliar o comprimento, a largura e o dimetro do intestino humano post morten em crianas e
recm-nascidos.
MTODO: So feitas medidas do comprimento do duodeno, jejuno, leo, colo (ascendente, transverso, descendente
e sigmide), permetro abdominal, permetro torcico, permetro cranial e o calibre de cada um desses segmentos, alm do
peso e altura de crianas e recm-nascidos com at 1 ano de idade. As medidas esto sendo realizadas no Servio de
Verificao de bitos Central da USP (SVOC-USP), seguindo critrios anatmicos e tcnicos pr-definidos com o auxlio de
fios e instrumentos de medida como paqumetro e trena.
RESULTADO: Realizamos as medidas em quatro cadveres. Em dois casos as medidas podem ser questionadas
pela decomposio cadavrica. Aguardamos material para completar a nossa casustica.
CONCLUSO: Ainda no possvel realizar nenhuma anlise estatstica.
Participantes:

Discente: Danilo Pizzo Kitagaki

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rea: Cirurgia Aplicada
Autor: Elaine dos Santos Damsio
Ttulo: Relao da massa renal e do ndice de massa corprea dos doadores vivos
com a funo do enxerto 48 meses aps transplante renal.
Palavras-Chave: funo renal, transplante renal, creatinina srica
Damsio E S, Asanudo A, Baptista- Silva JC.
Departamento de Cirurgia- Disciplina de Cirurgia Vascular e Endovascular.
Escola Paulista de Medicina- Universidade Federal de So Paulo
O transplante o tratamento padro para a insuficincia renal crnica pois esta relacionado a uma maior sobrevida
do paciente e com um menor custo de tratamento e qualidade de vida.
A sobrevida e qualidade
do enxerto est
intimamente relacionada com a massa funcional do rgo, ou seja, o nmero de nfrons funcionais presentes. Como no
existem mtodos de mensurao da quantidade de nfrons in vivo, a medida da massa renal a melhor forma de obtermos
este dado. O objetivo deste estudo foi avaliar o peso do enxerto, bem como os fatores relacionados, como a idade e sexo
do doador, o ndice de massa corprea e relacionarmos a massa do enxerto com a evoluo da funo renal dos pacientes
48 meses aps o transplante. Para tal, realizamos um levantamento com 157 pronturios de pacientes operados no periodo
de 2001 2009, no Hospital do Rim e Hipertenso. At o momento possuimos 82 pacientes incluidos no estudo, sendo 75
excluidos pelas seguintes causas: bito, idade menor que 18 anos, perda do enxerto, perda de seguimento. Os seguintes
dados foram coletados: peso e volume renal, IMC dos receptores e doadores, tipo sanguneo, HLA, tempo de hemodilise,
causa da doena renal crnica, comorbidades do receptor e tipo de medicao imunossupressora. Para avaliar a funo
renal, ns utilizamos a creatinica srica e estimamos a taxa de filtrao glomerular (TGF) pela equao de Cochcroft- Gaut.
Avaliamos o IMC e a TFG no 1, 6, 12, 18, 24, 30, 36, 42 e 48 ms aps o transplante. Os resultados obtidos foram
expressos em mdia + erro padro da mdia e comparados estatsticamente por meio do teste Anova com medida repetida.
Os valores significantes considerados foram p< 0,05. Do 1 ao 12 ms houve um aumento do Clearance de creatinina
(CrCl), a qual manteve-se constante nos outros meses estudados ( CrCl1: 68,9+ 17,9; CrCl6: 72,2 + 19,5; CrCl 12 :77,3 +
20,8; CrCl18: 77,2 + 20,7; CrCl 24: 77,2 + 20,7; CrCl30: 76,8 +23,1; Crcl36: 77,8 + 20,3; CrCl42: 77,1 + 24,1; CrCl48: 78,2 +
28,7-ml/min).Podemos concluir que h diferena estatisticamente significante entre os tempos (p=0,004 ), ou seja, as
mdias do CrCl
no se mostraram estatisticamente homogneas ao longo do tempo. O projeto est em andamento, de
modo que o n ser aumentado e ser avaliado o CrCl com a massa renal. Este projeto foi aprovado pelo comite de tica e
pesquisa (CEP 81443).
Participantes:

Orientador: Jos Carlos Costa Baptista Silva


Docente: Adriana Asanudo

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rea: Cirurgia Aplicada
Autor: Gabriel Geber Blinder
Ttulo: Avaliao da tela de polipropileno protegida por silicone em contato com
vsceras abdominais em coelhos
Palavras-Chave: hrnia, aderncia, tela
Introduo
Telas em contato com as vsceras podem provocar aderncias. Para tentar evitar este fenmeno,utilizam-se mtodos
de barreira, que so telas protegidas por materiais capazes de inibir essas adeses. Em geral a base da tela de
polipropileno (PP), poliester (PE) ou poligalactina; e o mtodo de barreira o politetrafluoretileno expandido (ePTFE), fibrina,
titnio, celulose, colgeno, cidos graxos mega-3, hialuronato ou o silicone. O silicone tem sido muito utilizado como
mtodo de barreira, mas faltam estudos sobre sua aplicao.
Objetivo
Avaliar a formao
abdominais em coelho.

de

aderncias

em

tela

de

polipropileno

protegida

por

silicone

em

contato

com

vsceras

Mtodos
Foram utilizados 07 coelhos albinos fmeas da linhagem Nova Zelndia, operados no Centro de Experimentao e
Treinamento em Cirurgia do Hospital Israelita Albert Einstein (CETEC/HIAE).
O experimento foi composto por 02 etapas. Na primeira, foi feita uma laparotomia mediana para colocao de 02
telas. No flanco abdominal direito, a tela de polipropileno protegida por silicone (tela de PP/Sil) e, no flanco abdominal
esquerdo, a tela de polipropileno comum (tela de PP), que serviu de controle.
Aps 30 dias foi realizada a segunda etapa, uma laparoscopia para avaliao dos locais de implantao das
telas. As aderncias formadas foram graduadas de acordo com a Escala de Graduao Qualitativa de Shimanuki e os
achados foram analisados estatisticamente.
Resultados
Foram encontradas aderncias na tela de PP em 03 dos 07 coelhos (42,9%), 01 aderncia frouxa (grau 1 da Escala
de Shimanuki) e 02 aderncias espessas com vascularizao (grau 3) No foi encontrada nenhuma aderncia nas telas de
PP/Sil.
Concluses
O silicone mostrou-se um excelente mtodo de barreira.
Participantes:

Orientador: Alberto Goldenberg

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cirurgia Aplicada
Autor: Klaus Nunes Ficher
Ttulo: FATORES DE RISCO PARA OCORRNCIA DE EVENTOS ADVERSOS
RESPIRATRIOS NO INTRAOPERATRIO
Palavras-Chave: Anestesia, Complicaes, Eventos Adversos Respiratrios
Introduo: Eventos adversos respiratrios so a maior classe de complicaes em anestesia, sendo associada a
alta mortalidade. Este estudo busca identificar os fatores de risco para a ocorrncia destes eventos no intraoperatrio.
Mtodo: Estudo descritivo retrospectivo com anlise dos relatrios de anestesias realizadas em um complexo hospitalar
universitrio da cidade de So Paulo no perodo de 31 meses. Os achados foram relacionados com estado fsico do
paciente, especialidade cirrgica, tcnica anestsica e presena de residente. Foram excludas as anestesias cujos
relatrios apresentavam preenchimento incompleto dos eventos adversos ou cirurgia ambulatorial. Os dados no
paramtricos foram representados por mediana e quartis e realizado correlao de Spearman. Dados categricos esto
representados por frequncia absoluta e relativa e comparados pelo teste de Qui-quadrado de Pearson. Resultados: Um
total de 39.834 anestesias foram realizadas no complexo hospitalar, sendo 30.299 anestesias no hospital principal. Foram
considerados 22.351 (73,8%) relatrios de anestesias vlidos. Os eventos respiratrios mais frequentes foram
broncoespasmo (236; 1,1%), hipxia (158; 0,7%) e hipoventilao (97; 0,4%). A mediana da idade dos pacientes com
evento respiratrio foi de 30 (4?55) anos, sendo os pacientes sem evento de 36 (19?56) anos (p<0,0001). Foram
identificados como fatores de risco para a presena de eventos adversos na anlise univariada (p<0,05): estado fsico P3
(OR=1,752; IC95% 1,421?22,161), P4 (3,674; 2,803?4,816), P5 (4,385; 2,460?7,819) e P6 (3,201; 0,985?10,402), cirurgias
em carter de urgncia (1,283; 1,073?1,534), cirurgia toracopulmonar (3,453; 2,491?4,787), peditrica (2,346; 1,767?3,116),
cardaca (2,231; 1,642?3,031), cabea e pescoo (1,886; 1,208?2,947) e otorrinolaringolgica (1,787; 1,331?2,398),
anestesia geral inalatria (1,810; 1,321?2,479) e balanceada (2,851; 2,349?3,461). O controle de via area por R1 (1,379;
1,123?1,694) e por R3 (1,998; 1,549?2,579) esteve associado a evento adversos respiratrio no intraoperatrio.
Concluses: Pacientes jovens, com presena de comorbidades em anestesia com controle de via area realizadas por
residentes do primeiro e terceiro ano, caracterizam alto fator de risco para eventos respiratrios no intraoperatrio.
Discusso: O conhecimento dos fatores de risco para evento respiratrio possibilita a preparao e preveno de
complicaes maiores, reduzindo a morbimortalidade dos pacientes cirrgicos.
Participantes:

Orientador: Luiz Fernando dos Reis Falco


Orientador: Jos Luiz Gomes do Amaral
Docente: Maria Angela Tardelli
Discente: Klaus Nunes Ficher

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cirurgia Experimental
Autor: Bruno de Oliveira Barbosa
Ttulo: Avaliao histolgica comparativa de inflamao causada por Nylon versus
polidioxanona (PDS) em abdominoplastia em ratos
Palavras-Chave: Abdominoplastia, Fios, seroma, Nylon, PDS
1 ? Introduo
O projeto tem como objetivo avaliar a inflamao de diferentes fios de sutura em um dos procedimentos mais
realizados: abdominoplastia. As complicaes locais mais frequentes como seroma, hematoma e necrose do retalho
dermogorduroso dificulta a cicatrizao e piora o prognstico da cirurgia.
O seroma pode ser como uma coleo lquida, de caracterstica exsudativa, constituda predominantemente por
neutrfilos e protenas, e geralmente formado profundamente ao retalho dermogorduroso, acima da fscia do msculo
reto abdominal. Os seromas no tratados, ao se tornarem crnicos, podem levar formao de uma cpsula, gerando
deformidade secundria e consequente aumento de presso na regio, tendo como possveis resultados deiscncias,
necroses, drenagens espontneas pela ferida operatria e infeco.
Como preveno pode-se utilizar medidas como a descrita por Baroudi & Ferreira, que descreveram os pontos de
fixao do retalho (quilting sutures), que minimizava o espao morto e consequentemente diminua o acmulo de lquido
por meio da plicatura do retalho dermogorduroso camada msculo-aponeurtica do abdome. Para realizao desses
pontos de fixao utilizam-se fios de sutura, porm ainda no foram realizadas pesquisas que comprovam a melhor escolha
do fio, deixando a critrio do cirurgio essa deciso e, assim, no h consenso quanto melhor tcnica.
Dessa forma, buscamos um trabalho experimental que avalie a integrao histolgica comparativa da inflamao
causada por nylon e da inflamao causado pelo PDS na formao dos pontos de fixao do retalho dermogorduroso em
um modelo experimental em ratos para a abdominoplastia.

2 - Mtodo
Foram utilizados 42 ratos fornecidos pelo biotrio da Unifesp, machos e fmeas, pesando entre 300 a 400 gramas.
Os ratos foram condicionados em gaiolas, com gua e rao comercial ad libitum.
Para a realizao do procedimento cirrgico, os animais foram anestesiados com pentobarbital sdico, 40 mg/kg, por
via intraperitoneal, em uma s aplicao. Segue-se com a realizao de tricotomia no ventre do animal e, posteriormente,
assepsia e antissepsia e demarcao da rea do retalho.
Aps anestesia e demarcao cutnea, procede-se elevao do retalho ventral em regio abdominal, constitudo
por retalho dermogorduroso de 4 x 4 cm, criado a partir de inciso transversa infraumbilical paralela regio inguinal,
semelhante realizada durante abdominoplastia.
Posteriormente hemostasia cuidadosa, os animais foram divididos em dois grupos: metade dos animais submetida
fixao do retalho com fio de Nylon 5.0, enquanto a outra metade fio PDS 5.0. Realiza-se a sutura do subcutneo e pele
com nylon 4.0, retornando o retalho sua posio original.
A analgesia foi realizada com buprenorfina na dose 0,05 mg/kg, por via intramuscular. Os ratos foram sacrificados
aos 7, 14 e 21 dias aps o procedimento com o uso de pentobarbital intraperiotenal. Foi realizada avaliao clnica dos
segmentos suturados e os dois grupos de ratos foram biopsiados no local da sutura para avaliao histolgica.
Os segmentos de pele biopsiados foram fixados em formol a 10% e posteriormente processados com embebio e
emblocamento em parafina histolgica. As seces com 5mm, obtidas em micrtomo e colocadas em lminas de vidro,
foram coradas com Hematoxilina e Eosina (H&E) para avaliao da resposta inflamatria.
A avaliao histolgica realizada atravs de microscopia ptica comum em conjunto com um patologista nico
experiente, considerando grau de inflamao crnica e aguda, reao de corpo estranho e cicatricial, avaliao do epitlio e
complicaes.
A inflamao classificada com escore de 0-4, onde zero significa ausncia de reao inflamatria e 4 reao
intensa. Reao aguda ser classificada quando houver predomnio de polimorfonucleares; crnica quando predomnio de
moncitos e linfcitos; reao de corpo estranho quando presena de macrfagos e clulas gigantes multinucleadas de
corpo estranho.

3 ? Resultados
Toda a reviso bibliogrfica foi realizada conforme o calendrio proposto. de grande importncia testar
experimentalmente, comparando os fios de sutura para possibilitar subsdio na escolha do fio de sutura que provoque
menor reao inflamatria, propiciando maior benefcio ao paciente e aplicao clnica da tcnica com maior segurana.
3.1 Cirurgias
Todas as cirurgias do Grupo Nylon e do Grupo PDS foram realizadas e no momento est em fase de anlise
histolgica.
3.2 Avaliao Macroscpica
No houve mortes relacionadas ao procedimento e nenhum animal apresentou infeco local ou sistmica.
Tambm no houve deiscncia ou herniaes abdominais.
A cicatrizao da rafia dos dois grupos foi semelhante, sem a presena de eritema, edema ou secrees na ferida
operatria. O aspecto macroscpico de inflamao foi gradativamente reduzindo de acordo com o tempo, at o sacrifcio
dos animais nos dois grupos.
Nos Grupos no foram observadas diferenas macroscpicas em relao a ndulos ou tumoraes na pele da
regio abdominal dos ratos.
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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cirurgia Experimental
Autor: Bruno de Oliveira Barbosa
3.3 Avaliao Microscpica
Est em fase de anlise.

4 - Discusso / Concluses
Historicamente, a literatura cientfica no possui consenso sobre a melhor tcnica na reduo de seromas e de
complicaes, sendo o critrio de escolha para a programao da cirurgia dependente de cada caso e suas
individualidades. Entretanto, alguns autores afirmam ser inegvel a formao de seromas ps cirurgicamente, enquanto
outros associam a lipoaspirao para reduzir a formao de seromas e a ultrassonografia como diagnstico dessas como
no estudo de Di Martino e Nahas.
A comparao entre os fios de sutura j foi realizada anteriormente entre estruturas equivalentes como tecido
subcutneo com tecido subcutneo. Entretanto, nunca haviam sido avaliadas reaes inflamatrias na regio da unio de
tecidos diferentes como acontece entre o tecido gorduroso com a camada msculo-aponeurtica durante a
abdominoplastia, cuja avaliao foi realizada neste estudo. Essa uma peculiaridade importante da abdominoplastia a ser
avaliada a fim de diminuir complicaes e inflamaes visto que quanto maior a inflamao, maior a chance de formao de
cicatriz, o que dificulta a esttica almejada pelos pacientes.
Os resultados parciais mostram que no houve diferenas significativas quanto cicatrizao de rafia e de
integrao do retalho dermogorduroso e o msculo abdominal, sendo indiferente a utilizao dos fios de sutura Nylon e
PDS para a diminuio da inflamao na abdominoplastia e na formao da cicatriz e diferena esttica.
Participantes:

Orientador: Fbio Xerfan Nahas

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rea: Cirurgia Experimental
Autor: Caio Vincius Suartz
Ttulo: Clulas-tronco do tecido adiposo na viabilidade do retalho cutneo randmico
dorsal em ratos
Palavras-Chave: cirurgia

CAIO VINICIUS SUARTZ

Clulas-tronco do tecido adiposo na viabilidade do retalho cutneo randmico dorsal em ratos

Projeto de iniciao cientfica (PIBIC/CNPq) apresentado Universidade Federal de So Paulo ? Escola Paulista de
Medicina
Orientadora:
Coorientadora:

Profa. Dra. Lydia Masako Ferreira


Profa. Silvana Gaiba

SO PAULO
2011/2012/2013
1. INTRODUO
As clulas-tronco se caracterizam por serem indiferenciadas e por terem a capacidade de gerar no apenas novas
clulas-tronco, mas tambm clulas especializadas com diferentes funes.
Em 2001, foi adicionado ao grupo de clulas-tronco adultas as clulas-tronco derivadas de tecido adiposo (ASC) ,
mostrando que estas so capazes de se diferenciarem em clulas mesodrmicas (Adipcitos, condrcitos, ostecitos, e
micitos.
O uso clnico desse tipo de clula pode variar de estimulao a angiognese e neurognese em leses de medula
espinal (OH, 2012) supresso da resposta inflamatria, estresse oxidativo, e apoptose em modelos de roedores com
leses de isquemia e reperfuso (Reichenberger MA, 2012)
A necrose parcial de retalhos cutneo permanece como um problema significante na cirurgia plstica. Estudos
recentes envolvendo adio de clulas-tronco de tecido adiposo no tecido celular subcutneo de ratos Wistar demonstram
um aumento da vascularizao e viabilidade dos retalhos cutneos (YANG, 2010; LI, 2010).
No ltimo trabalho, realizado de junho de 2011 a 2012 e apresentado no Vigsimo Congresso PIBIC 2012,foi obtido
como resultado o fato de que a regio inguinal tem um rendimento de clulas tronco superior ao rendimento da regio
peritoneal. O presente estudo pretende avaliar a viabilidade do retalho cutneo randmico dorsal mediante o uso de
clulas-tronco isoladas de tecido adiposo de rato da regio inguinal.
2. OBJETIVO
Avaliar o uso de clulas tronco de tecido adiposo no modelo de retalho cutneo randmico dorsal em ratos.
3. MTODOS
Neste estudo, para a obteno das clulas tronco foi utilizado tecido adiposo da regio inguinal de 5 ratos machos,
da linhagem Wistar EPM 1, com 10 semanas de vida e massa corporal variando entre 250g e 300g. As clulas tronco
obtidas foram utilizadas em 30 ratos Wistar EPM 1, com 10 semanas de vida e massa corporal variando entre 250g e 300g
que foram divididos em dois grupos: um grupo controle (n= 15) sem aplicao de clulas-tronco do tecido adiposo e um
grupo experimental (n= 15) com sem aplicao de clulas-tronco Ambos os grupos foram submetidos ao retalho cutneo
randmico dorsal. Esses animais foram obtidos do biotrio do Centro de Desenvolvimento de Modelos Experimentais para
Medicina e Biologia (CEDEME).
Doadores:
o Nmero de cobaias: 5
o Tipo de cobaia: Ratos Wistar EPM 1(Rattus norvegicus albinus, Rodentia mammalia)
o Idade:10 semanas
o Massa Corporal: 250 gramas a 300 gramas
o Procedimento: Retirada de tecido adiposo da regio inguinal
Grupo Controle:
o Nmero de cobaias: 15
o Tipo de cobaia: Ratos Wistar EPM 1(Rattus norvegicus albinus, Rodentia mammalia)
o Idade:10 semanas
o Massa Corporal: 250 gramas a 300 gramas
o Procedimento: Retalho cutneo randmico dorsal sem aplicao de clulas tronco
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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cirurgia Experimental
Autor: Caio Vincius Suartz
Grupo Experimental:
o Nmero de cobaias: 15
o Tipo de cobaia: Ratos Wistar EPM 1(Rattus norvegicus albinus, Rodentia mammalia)
o Idade:10 semanas
o Massa Corporal: 250 gramas a 300 gramas
o Procedimento: Retalho cutneo randmico dorsal com aplicao de clulas-tronco
Os animais foram acondicionados em gaiolas individuais de polipropileno, durante 15 dias antes do incio do
experimento, recebendo rao prpria comum e gua ad libitum durante todo o perodo do trabalho, permanecendo sob
ciclo claro-escuro de 12 horas, com temperatura constante de 22C, segundo as normas do Colgio Brasileiro de
Experimentao Animal (COBEA, 2007).
3.1 Tcnica operatria
3.1.1- Retirada de clulas tronco da regio inguinal
Os animais foram anestesiados com seringa de 1ml e agulha de insulina contendo Cetamina mais Xilazina
misturadas na mesma seringa nas doses 10mg/kg e 75mg/kg respectivamente, via intraperitoneal na regio do flanco
esquerdo. Os animais foram posicionados em decbito dorsal horizontal em mesa apropriada e, aps a realizao de
epilao manual na inguinal, coxa esquerda e direita, foi feita antissepsia com lcool etlico a 70%.
O tecido adiposo da regio inguinal foi obtido por meio de inciso, previamente demarcada com caneta azul para
marcao em pele, realizada com lmina fria de bisturi nmero 15. A inciso foi oblqua , partindo da crista ilaca ntero
superior at a regio pbica com 4 cm de extenso at planos profundos, expondo a regio inguinal e seu contedo.
A gordura inguinal foi dissecada das demais estruturas e a inciso fechada com nylon 3.0 com agulha cuticular.
Em seguida, foi realizada a eutansia dos animais por overdose de anestsico (250mg/kg de cloridrato de xilazina e
500mg/Kg de cloridrato de ketamina).
3.1.2- Separao e cultura das clulas tronco
A gordura inguinal obtida foi pesada em balana analtica (Shimadzu, AX200) e transferida para um ambiente estril,
cabine de fluxo laminar (Class IIA B3, Forma Scientific). Os fragmentos dissecados foram lavados em tubos cnicos
contendo 15 ml de soluo salina balanceada Hanks (HBSS) obtido da Sigma Chemical Company, St Louis, MO, EUA,
com 100 U/ml de penicilina e 100 g/ml de estreptomicina obtido da Sigma Chemical Company, St Louis, MO, EUA.
Com auxlio de pinas estreis os fragmentos foram transferidos para uma placa de Petri de 100 mm2 de dimetro e
cortados com auxlio de uma tesoura de ris em pedaos menores (aproximadamente 0,5 mm3).
Os fragmentos dissecados depois de passarem por esse processo foram transferidos para um frasco de vidro de 50
ml estril e acrescentado colagenase tipo II (Sigma Chemical Company, St Louis, MO, EUA), 0,05 mg/ml em HBSS
contendo na proporo 4 volumes de colagenase para 1 volume do tecido obtido, submetidos agitao por 10 minutos a
37C.
A soluo obtida foi filtrada em malha de nylon de 250 m. O filtrado obtido foi colocado em tubos cnicos estreis
de 15 ml e centrifugado por 10 minutos a 300 g em temperatura ambiente.
O precipitado foi transferido para um tubo cnico de 15 ml e lavado com uma soluo de 10 ml de meio de cultura
Eagle modificado por Dulbecco (DMEM)/Mistura de Nutrientes F-12 (HAM) obtido da Sigma Chemical Company, St Louis,
MO, EUA, suplementado com 10% de soro fetal bovino (SFB) obtido da Cultilab, Campinas, Brasil e 0,1% de albumina
srica bovina (BSA), obtido da Sigma Chemical Company, St Louis, MO, EUA, 100 U/ml de penicilina e 100 g/ml de
estreptomicina (denominado a partir desse momento como DMEM/F12 completo), centrifugado novamente por 10 minutos a
300 g em temperatura ambiente.
Para a separao das clulas-tronco do tecido adiposo foi utilizado ficoll-hypaque como gradiente de centrifugao e
a soluo contendo o precipitado foi ressuspensa em 3ml de soluo tampo fosfato (PBS) obtido da Sigma Chemical
Company, St Louis, MO, EUA e adicionada em iguais volumes (3ml) de solues de diferentes densidades (Hypaque 1077
e 1119) e centrifugada a 300 g por 30min. Este procedimento agrupa as clulas de dimenses e pesos semelhantes em trs
anis facilmente diferenciveis, sendo retirado o anel intermedirio. As clulas presentes nesse anel foram resuspensas em
um tubo cnico de 15 ml contendo 10 ml de DMEM/F12 completo, centrifugado novamente a 300 g por 10min em
temperatura ambiente e ressuspenso em 4ml de meio DMEM/F12 completo.
O volume foi dividido em duas garrafas de 25 cm2 contendo 5 ml de DMEM/F12 completo e mantidas em incubadora
mida a 37C e 5% de CO2 . Aps 24 horas do isolamento, o meio foi removido, e o frasco lavado trs vezes com 10 ml de
PBS contendo 100 U/ml de penicilina e 100 g/ml de estreptomicina 37C. e adicionados 5 ml de DMEM/F-12 completo.
Para a manuteno das clulas foram renovados o meio de cultura a cada 2 dias.
Aps atingirem a confluncia de 80% as garrafas foram lavadas duas vezes com PBS e 2 ml de uma soluo de
tripsina 0,25% e EDTA 0,02% (Gibco ? Invitrogen Corporation, CA, EUA) foram adicionados a garrafa, sendo mantida na
incubadora por 2 minutos. A seguir foram adicionados 4 ml de meio DMEM/F12 completo para neutralizar a tripsina e esta
suspenso de clulas foi transferida para um tubo cnico de 15 ml e centrifugada a 300 g por 10 minutos. O sobrenadante
foi aspirado e as clulas concentradas no fundo do tubo foram ressuspensas em 10 ml de PBS e contadas em uma cmara
de Neubauer e foram utilizados a concentrao de 5 x 106 clulas para cada rato do grupo experimental.
3.2- Retalho cutneo randmico dorsal
O uso de clulas tronco foi investigado utilizando o modelo de retalho cutneo randmico dorsal (Godoi et al,2010
;Esteves ,2009 ; Prado 2006 ;Abla 2005; Gomes,2004) em 30 cobaias divididos nos grupos experimentais B e C
anteriormente citados.
Os animais foram mantidos em gaiolas individuais, em um quarto com 12 horas de luz e 12 horas de escuro,
alimentados com rao e gua ad libidum.
Esses animais foram randomicamente distribudos nos dois grupos experimentais B e C: Controle e Experimental.
Os animais foram anestesiados com seringa de 1ml e agulha de insulina contendo Cetamina mais Xilazina
misturadas na mesma seringa nas doses 10mg/kg e 75mg/kg respectivamente, via intraperitoneal na regio do flanco
esquerdo.
No plano anestsico, os animais foram posicionados em decbito ventral, imobilizados em prancha cirrgica para
realizao da epilao digital da regio dorsal, em uma rea de 12cm de comprimento, 6cm de largura craniocaudal,
adotando como limite cranial a margem superior das escpulas e como limite caudal 1cm abaixo das cristas ilacas.
Aps a epilao digital, o retalho cutneo randmico dorsal, de base cranial, foi demarcado com as medidas padro
de 10cm de comprimento no sentido craniocaudal e 4cm de largura no sentido ltero-lateral. O retalho teve como limites os
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rea: Cirurgia Experimental
Autor: Caio Vincius Suartz
ngulos inferiores das escpulas e os ossos superiores da cintura plvica (Godoi et al,2010 ;Esteves ,2009 ;Prado 2006
;Abla 2005; Gomes,2004). A pele foi incisada em todo o permetro do retalho com auxlio de lmina de bisturi nmero 15.
Todos os animais foram operados pelo mesmo pesquisador, que no teve conhecimento dos grupos aos quais os animais
pertenciam.
Os retalhos foram elevados a partir da fscia profunda dos msculos, englobando fscia superficial, panculo
carnoso e pele.
3.2.1 Administrao das clulas tronco.
O grupo experimental recebeu via endovenosa 5 x 106 clulas-tronco do tecido adiposo ressuspensas em 1ml de
PBS e o grupo controle recebeu somente o veculo, 1ml de PBS,tambm via endovenosa.
Em seguida, foi interposta barreira plstica impermevel (filme F1- polister e polietileno), recortada nas medidas
padro (10cm x 4cm) entre o retalho e seu leito (KORLOF & UGLAND, 1966). A sutura do retalho na posio inicial foi
realizada com pontos simples de nilon monofilamentar 4-0, com intervalos de 1cm.
3.3 Anlises macroscpicas da rea de necrose
No 7 dia aps o ato operatrio, os animais foram anestesiados, com a associao de cloridrato de ketamina
(100mg/kg) e cloridrato de xilazina (50mg/kg) para realizao da anlise macroscpica pelo mtodo de gabarito de papel
(SANO et al., 2001), para quantificar a porcentagem de necrose no retalho cutneo randmico dorsal. Para esta avaliao
foi utilizado papel vegetal, grafite 2B e Software Adobe Photoshop CS/2.
Ao atingirem o plano anestsico, os animais foram posicionados em decbito ventral, para sobrepor um corte de
papel vegetal, medindo 8,0cm de largura e 14,0cm de comprimento. Com grafite 2B, toda a rea do retalho e o limite entre o
tecido vivel (pele macia, rsea, quente e com pelos) e o necrosado (pele rgida, escurecida, fria e sem pelos) foram
demarcados no papel vegetal. Esta avaliao foi realizada por dois pesquisadores que no tero conhecimento a qual
grupo os animais pertenciam.
Ao final do 7o dia, foi realizada a eutansia dos animais por overdose de anestsico (250mg/kg de cloridrato de
xilazina e 500mg/Kg de cloridrato de ketamina).
Os moldes desenhados em papel vegetal foram digitalizados em escner, na resoluo de 300dpi. Com o software
Adobe Photoshop sero agora mensurada, em pixels, a rea total do retalho e, em seguida, a rea de necrose do retalho
tambm em pixels.
Para determinar a porcentagem da rea macroscpica de necrose de cada animal, ser aplicada a seguinte frmula:
Porcentagem da rea de necrose do retalho igual ao nmero de pixels da rea de necrose do retalho?divido pelo
nmero de pixels da rea total do retalho. O resultado sendo multiplicado por 100.
Os valores de rea de necrose e da rea total do retalho sero inseridos no software Microsoft Office Excel 2007
para organizao dos dados, formatao das tabelas, e para anlise estatstica.
Em seguida, ser realizada anlise estatstica dos dados obtidos.
Participantes:

Orientador: Lydia Masako Ferreira


Orientador: Silvana Gaiba

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rea: Cirurgia Experimental
Autor: Daniel Kitayama Shiraiwa
Ttulo: Anlise da resposta inflamatria sistmica entre colecistectomias
videolaparoscpicas pelos acessos transvaginal, transumbilical e convencional.
Palavras-Chave: Cirurgia; Colecistectomia; Laparoscopia
Introduo: Desde 1985, quando surgiu o conceito de Cirurgia Abdominal Minimamente Invasiva, esta foi submetida
a modificaes e aperfeioamento que visam a menor resposta inflamatria sistmica e, consequentemente, a uma mais
rpida recuperao dos pacientes no perodo ps-operatrio, alm de associar-se com a melhora do padro esttico das
cicatrizes. No entanto, as diversas vias de acesso devem ser estudadas e a sua real eficincia deve ser comprovada e
comparada em relao s suas dificuldades e factibilidade, bem como possveis complicaes e segurana para os
pacientes. Este estudo permite avaliar trs tcnicas operatrias NOTES, SILS e Convencional) com o objetivo de comparar
o impacto inflamatrio sistmico, as respectivas alteraes hemodinmicas, a factibilidade e as complicaes entre as trs
principais vias de acesso para a realizao de colecistectomias pelas tcnicas ditas minimamente invasivas.
Pacientes e mtodos: Sero estudados 30 pacientes do sexo feminino os quais sero divididas em trs grupos de 10
pacientes cada, aleatorizados imediatamente aps a anestesia, para realizao de colecistectomias pelas tcnicas
minimamente invasivas. No grupo A, o controle, ser realizada a abordagem laparoscpica convencional. No grupo B, a
tcnica de escolhe a NOTES (Natural Orifices Transluminal Endoscopic Surgery) pela abordagem transvaginal exclusiva.
Na C, a tcnica de escolha a SILS (Single Incision Laparoscopic Surgery), que realizada por portal nico transumbilical.
Os critrios de excluso do estudo so: pacientes com hmen ntegro, uso de corticoesterides ou antiinflamatrios
no-hormonais, crianas e idosos, situaes que alteram a imunidade do paciente (como diabetes mellitus e SIDA). Os
dados da monitorizao intra-operatria (freqncia cardaca, presso arterial, presso do pneumoperitnio, saturao da
hemoglobina,
capnografia
e
dbito
cardaco),
tempo-cirrgico,
dificuldades
tcnicas,
factibilidade,
complicaes,
recuperao ps-anestsica, tempo de alimentao, infeces e mortalidade sero registrados. Tambm, sero realizadas
quantificaes dos seguintes dados hematimtricos, bioqumicos e pr-inflamatrios colhidos em quatro momentos
diferentes (pr-operatrio, ps-operatrio imediato, bem como no primeiro e terceiro dias aps os procedimentos cirrgicos):
protena C reativa (PCR), leucograma com determinao da velocidade de hemosedimentao (VHS),
TGO, TGP,
fosfatase alcalina, gama-glutamitransferase, bilirrubina total e fraes, TNF-?, IFN-?, e as citocinas pr-inflamatrias IL-6,
IL-1?, IL-4 e IL-10. Diariamente, no perodo ps-operatrio todos os doentes sero submetidos a uma quantificao do
quadro lgico pela utilizao de uma escala de dor. Em nvel ambulatorial, as pacientes sero acompanhadas pela mesma
equipe de cirurgies. Todos os dados sero comparados entres as trs diferentes tcnicas sero comparados entre si e
com as demais vias de acesso, de modo a determinar-se o seu real benefcio e sua segurana para os pacientes.
Resultados at o presente momento: O estudo est aprovado no CEP-UNIFESP (0042-10) e na CONEP (CAAE
01823112.1.0000.5505). Atualmente, ele se encontra na fase de seleo de pacientes, procedimentos operatrios e coleta
de dados. Assim, o estudo ainda necessita de tempo para terminar de colocar os dados, tabul-los e realizar suas anlises
estatsticas para obter quaisquer concluses a respeito das abordagens SILS e NOTES nas colecistectomias
laparoscpicas em relao tcnica laparoscpica convencional.
Participantes:

Orientador: Marcelo Moura Linhares


Docente: Edson Jos Lobo
Docente: Elesirio Marques Caetano Junior
Discente: Rogerio Aoki Fuziy

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rea: Cirurgia Experimental
Autor: Fernanda Silveira Seguro de Carvalho
Ttulo: DESCRIO E AVALIAO DE MODELOS EXPERIMENTAIS PARA O
TRANSPLANTE UTERINO EM SUNOS
Palavras-Chave: Transplante Uterino Sunos
Aproximadamente 15% dos casais so infrteis. A maioria dos casos so resolvidos por tcnicas de reproduo
assistida, tais como a fertilizao in vitro e a injeo intra-celular de espermatozides.
No entanto, bem estabelecido que cerca de 5% ? 10% dos casos de infertilidade so secundrios a desordens
congnitas ou adquiridas do tero, entre as quais as agenesias Mllerianas, sndrome de Mayer-Rokitansky- Kuster-Hauser,
leiomiomas, sndrome de Asherman e histerectomia so as principais . Procedimentos teraputicos clssicos para a
infertilidade no oferecem nenhuma ajuda nessas situaes.
Mulheres afetadas por esses problemas tem como nica chance da ter um beb a gestao de substituio.
Tecnicamente, isso tico, mas pode no ser suficiente para muitos casais, alm de no ser permitido em alguns pases e
por determinadas religies.
Assim, o transplante uterino poderia ajudar vrias mulheres infrteis por desordens uterinas. Ainda, qualquer risco de
doena durante a gravidez, tal como as sndromes hipertensivas, seria o da me gentica, o que o torna aceitvel do ponto
de vista tico. Tambm no h nenhuma considerao financeira, uma situao freqentemente criticada com a gestao
de substituio.
OBJETIVOS
O propsito desse estudo desenvolver um modelo para o transplante uterino e, assim, dar o primeiro passo para o
Programa de Transplante Uterino no Brasil. Iniciamos nosso trabalho utilizando coelhos, desde o incio desse ano
adaptamos para sunos devido baixa taxa de sobrevida dos coelhos por estes apresentarem vasos de pequenos calibres.
MTODOS
Este estudo est sendo desenvolvido na Disciplina de Ginecologia Geral do Departamento de Ginecologia da
Universidade Federal de So Paulo ? UNIFESP ? EPM em associao com a Disciplina de Tcnica Cirrgica Experimental
da mesma instituio.
Os animais sero mantidos em jejum por 24 horas e sero medicados segundo o protocolo anestsico do Instituto
Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein para sunos.
Trabalhamos sempre com duas equipes: uma para o animal doador e outra para o receptor.
No ps-operatrio, realizado:
avaliao da viabilidade do enxerto por Dopplervelocimetria,
a avaliao macroscpica para constatao da viabilidade do enxerto,
estudos dos efeitos do trauma cirrgico, isquemia e reperfuso sobre o enxerto.
Por fim, constatado sucesso nas anlises anteriores, procederemos transferncia de embries para o enxerto.
RESULTADOS
Realizamos seis experimentos em porcos. Assim, operamos doze animais. A durao mdia na cirurgia do doador
foi de cerca de 3:30 h e no receptor de 3:00 h.
Aps a anastomose (no ps-operatrio imediato) todos os seis enxertos demonstraram sinais de vitalidade sendo
evidenciados:
-Constatao de desobstruo vascular por visualizao do esvaziamento e enchimento de veias e pulsatilidade de
artrias, alm de pulso arterial na palpao.
-tero e das tubas com colorao e textura tpicas.
-Observao de sangramento vermelho rutilante do tecido durante a abraso ou puno.
-Aps uma semana foi identificado trombose nos seis enxertos.
DISCUSSO
Aps discusso com os integrantes da equipe chegamos a concluso, at o momento, de que o transplante uterino
em sunos factvel de ser realizado, tendo hoje como ponto principal superar o processo de rejeio do rgo, investindo
na anlise dos imunossupressores.
Os resultados, apesar da pequena amostra at o momento, so animadores, encorajando pesquisadores e
colaboradores a seguir apesar das dificuldades at atingir fases mais avanadas da pesquisa.
As lminas, aps a anlise da patologia, nos guiaram a seguinte concluso
Imunossupresso: em nossa pesquisa utilizamos uma dosagem mnima de ciclosporina e, provavelmente, isso levou
a uma grande frequncia de rejeio. Ademais, no realizamos o controle dos nveis sricos de imunossupressor o que
pode ter tido contribuio negativa expressiva nesse aspecto.
Participantes:

Discente: Fernanda Silveira Seguro de Carvalho

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rea: Cirurgia Experimental
Autor: Fernando de Meo Dulcini
Ttulo: Efeito da interrupo da via de comunicao imune entre intestino e a
circulao sistmica associada fluidoterapia na sepse grave.
Palavras-Chave: sepse; microcirculao; GALT; SDMO
Muitos pacientes ainda morrem atualmente devido sepse apesar do grande investimento financeiro em pesquisa e
em novas modalidades diagnsticas e de tratamentos. Tal quadro despertou, durante as ltimas dcadas, o interesse de
pesquisadores, resultando no aumento das pesquisas experimentais e clnicas enfocando principalmente a fisiopatologia e
a teraputica da sepse.
Recentemente, numerosos estudos tm salientado o papel do intestino na origem e piora da sepse, pelo mecanismo
de comunicao da imunidade intestinal com a imunidade sistmica por via linftica e subsequente exacerbao da
resposta inflamatria, principalmente na fase aguda da sepse.
Alm disso, um dos principais fatores relacionados disfuno da barreira intestinal tem sido o estado de
hipoperfuso ou isquemia intestinal, que evoluiria com alterao da microcirculao e aumento da permeabilidade vascular
local com subseqente induo da translocao bacteriana (TB). Tal conjuno de fatores estaria associada ativao da
resposta inflamatria sistmica e piora da doena pr-existente, podendo culminar com a falncia de mltiplos rgos e
bito. O intestino, portanto, no somente considerado como um sistema de absoro de nutrientes, mas tambm um
importante sistema imunolgico, que se inter-relacionaria com a imunidade sistmica.
Crescentes evidncias atuais mostram que, em condies normais, antgenos intestinais so regularmente
apresentados ao sistema imune local, com o intuito de conferir o desenvolvimento progressivo da imunidade intestinal. Alm
da resposta celular, as clulas do sistema imunolgico, quando ativadas, produzem citocinas, importantes mediadores da
sinalizao celular que participam na integrao da resposta imunolgica de defesa do organismo. A produo de citocinas
um estmulo coordenado a fim de regular a resposta imune, regulao esta determinada pelo equilbrio entre a secreo
de citocinas pr-inflamatrias, como o fator de necrose tumoral-? (TNF-?), interferon-?, interleucina-1?, interleucina-2,
interleucina-6 e interleucina-8, e as citocinas antiinflamatrias como a interleucina-4, interleucina-10 e interleucina-12
Uma invaso bacteriana macia pelo processo de TB, diferente do processo fisiolgico, parece desencadear uma
comunicao entre o intestino e regies extra-intestinais, gerando uma resposta inflamatria exacerbada e de forma
sistmica
provocando a instalao da Sndrome da Resposta Inflamatria Sistmica e Falncia dos Mltiplos rgos com
conseqente bito.
Essa possvel inter-relao intestinal e sistmica exercida pelas clulas da linfa mesentrica e mediadores nela
presentes estariam influenciando a resposta imunolgica no hospedeiro, apesar desta hiptese ser ainda pouco estudada e
objeto desta pesquisa.
OBJETIVO: Avaliar o efeito da ligadura do ducto linftico mesenterial associado a hiperhidratao precoce na sepse
grave (mortalidade/microcirculao). MTODOS: Sero utilizados ratos Wistar-EPM, fmeas, com peso entre 180 e 280
gramas, idade aproximada de 3m (trs meses). Os animais sero aleatoriamente distribudos em dois grupos:
1Grupo Sham (Sham): Animais submetidos a injeo de SF, no lugar do inculo bacteriano, aps a ligadura do
ducto linftico mesenterial e tratados com a hiperhidratao (n= 15).
2Grupo Sepse com Ligadura do ducto linftico mesenterial (CL): Animais submetidos a induo da sepse aps
a ligadura do ducto linftico mesenterial e tratados com a hiperhidratao. (n= 15).
3- Grupo Sepse sem Ligadura do ducto linftico mesenterial (SL): Animais submetidos a induo da sepse e tratados
com a hiperhidratao sem a ligadura do ducto linftico mesenterial. (n= 15). Induso da sepse e hiperhidratao: Sob a
anestesia ser realizada a disseco e cateterizao da veia jugular direita 1ml/100g de peso corporal de E.coli R-6,
109CFU/ml. Posteriormente, processo de hiperhidratao (30mL/kg em 20 minutos) com o auxlio de bomba de infuso.
Avaliao da microcirculao A avaliao da dinmica microcirculatria dos rgos (fgado, rim e leo) de todos os grupos
ser realizada duas horas aps a induo da sepse por meio de Sidestream Dark Field Imaging. Perfuso tecidual: A
avaliao da unidade de perfuso tecidual dos rgos abdominais (fgado, rim e leo) de todos os grupos ser realizada
duas horas aps a induo da sepse por meio de Laser Doppler BLF21. O resultado obtido ser expresso em mdia das
trs mensuraes por rgo. RESULTADOS E IMPACTOS ESPERADOS Considerando que a comunicao da imunidade
intestinal com a da sistmica pode ser um fator de relevncia na amplificao da resposta inflamatria sistmica e
subsequente desencadeamento da Sndrome de Disfuno de Mltiplos rgos e bito, a interrupo do caminho de
comunicao (ducto linftico mesenterial) na vigncia de uma sepse grave tratada com a fluidoterapia macia pode
promover uma reduo na mortalidade. Alm disso, a ausncia de uma terapia eficaz na sepse grave faz com que o tema
seja de grande relevncia com possvel aplicabilidade futura na clnica.
No grupo 1) Sham, todos os animais (N =5) submetidos ao procedimento cirrgico e inculo de SF sobreviveram ao
procedimento, demonstrando que o procedimento no foi fator condicionante de mortalidade. As medidas de perfuso
tecidual e a avaliao da microcirculao demonstraram, respectivamente, valores comparveis a de ratos saudveis e
arquitetura microcirculatria preservada. No grupo 2) Obtivemos ndice de mortalidade de 12,5% (1/8) no inoculo bacteriano
108CFU/ml, o que um resultado bastante satisfatrio para a teraputica na sepse. Aguardamos os resultados de outros
procedimentos para a concluso final.
Participantes:

Orientador: Ivan Hong Jun Koh


Docente: Ana Liberatore
Discente: Felippe Estima de Jesus

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cirurgia Experimental
Autor: Guilherme Eiichi da Silva Takitani
Ttulo: Avaliao histolgica do emprego de enxerto de mucosa bucal sobreposto a
retalho de tnica vaginal com corporoplastia em uretroplastia em tempo nico: estudo
experimental em coelhos
Palavras-Chave: hipospdia, uretroplastia, mucosa jugal, corporoplastia
Introduo: A hipospdia uma das anomalias congnitas mais comuns, acometendo o sexo masculino na
proporo de 1:2500 nascidos vivos. A etiologia discutvel, e diversas tcnicas de reconstruo foram descritas.
Entretanto, nenhuma delas foi capaz de corrigir todas as formas de hipospdias. O mtodo cirrgico ideal dependente da
localizao do meato uretral, da presena de curvatura do pnis, da integridade do prepcio e da experincia do cirurgio.
O tratamento cirrgico visa a obter um meato tpico e amplo, corrigir de eventuais curvaturas penianas, restaurar do
aspecto da genitlia externa e proporcionar satisfao psicolgica e social ao paciente. Nos ltimos anos, a utilizao de
mucosa bucal tornou-se bastante popular, por integrar-se melhor ao corpo cavernoso e por ser utilizada como componente
dorsal e ventral na uretroplastia.
Objetivos: Avaliar em modelo experimental a viabilidade de associao de tnica vaginal para corporoplastia com
sobreposio de enxerto de mucosa bucal para componente dorsal da uretroplastia em coelhos.
Mtodos: Estudo experimental em 16 coelhos da raa neozelandesa, do sexo masculino, com peso entre 2,0 e
2,5kg. Tais animais sero submetidos cirurgia com mimetizao de um defeito peniano por seco da face ventral do
corpo cavernoso, com seco da tnica albugnea, com intuito de simulao de corporoplastia para correo com
sobreposio de tnica vaginal e mucosa bucal. O procedimento cirrgico realizou-se sob magnificao ptica e anestesia
geral. Os animais foram sacrificados aps 2 a 12 semanas aps o procedimento e a histologia peniana ser examinada por
um patologista experiente e ser graduada segundo grau de inflamao crnica e aguda, reao de corpo estranho, reao
cicatricial, avaliao do epitlio e complicaes.
Resultados: Doze animais foram operados, dos quais quatro foram selecionados para o estudo. Os demais animais
foram operados e sacrificados com duas, quatro, oito e doze semanas. Inicialmente todos os coelhos apresentaram fstulas
e edema escrotal. Apenas trs animais tiveram boa evoluo, com reduo da fstula e do edema. Quanto aos outros
animais, houve progresso da fstula e da estenose do segmento da uretra submetido ao procedimento cirrgico. No
momento, todos animais foram sacrificados e a anlise histolgica das peas encontra-se em andamento.
Participantes:

Orientador: Antrnio Macedo Jr


Docente: Juliany Gomes Quitzan
Discente: Ricardo Marcondes Mattos
Discente: Bruno Leslie

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Cirurgia Experimental
Autor: Larissa Berioni Rodrigues da Silveira
Ttulo: Efeito da adio do LH durante o estmulo ovariano na fragmentao de DNA
das clulas do cumulus de mulheres em tratamento de fertilizao in vitro.
Palavras-Chave: LH,fertilizao in vitro,cumulus
As clulas do cumulus so clulas que circundam o ocito durante todo o seu desenvolvimento e com ele se
comunicam, principalmente atravs das junes de GAP. Estudos mostram que a preservao da comunicao entre
cumulus e ocito contribui para a competncia do ocito at a sua fertilizao. A atividade ovariana envolve a ao
simultnea das duas gonadotrofinas pituitrias, o FSH e o LH. Existem protocolos de estimulao ovariana que utilizam FSH
associado ao LH, com a inteno de mimetizar o efeito fisiolgico. A diminuio da qualidade embrionria, das taxas de
gravidez, e o aumento das taxas de aborto espontneo parecem estar relacionados aos baixos nveis de LH endgeno, sem
o suporte de LH exgeno.
H uma necessidade de maior compreenso de como o estmulo hormonal empregado no
tratamento das pacientes podem interferir na qualidade oocitria. O presente estudo tem como objetivo avaliar o impacto da
adio do LH durante o estmulo ovariano na fragmentao de DNA das clulas do cumulus, na taxa de gravidez e
qualidade embrionria de mulheres submetidas ao tratamento de fertilizao in vitro. Neste estudo, participaram pacientes
at 37 anos encaminhadas ao Servio de Reproduo Humana da Universidade Federal de So Paulo ? UNIFESP, com
indicao de tratamento por FIV/ICSI. Foram utilizado cinquenta e dois pools de clulas do cumulus, sendo 27 de pacientes
que receberam apenas FSH no estmulo (Grupo FSH) e 25 de pacientes que receberam FSH e LH (Grupo LH) para
estimulao ovariana.
As pacientes encaminhadas ao tratamento de Fertilizao in vitro foram submetidas ao estmulo
medicamentoso dos ovrios, a fim de se obter um nmero maior de ocitos viveis para o tratamento. Os ocitos foram
obtidos a partir da puno-aspirao dos folculos ovarianos, no centro cirrgico do Hospital So Paulo. Para determinar a
taxa de fragmentao nuclear das clulas do cumulus, foi realizado o ensaio cometa alcalino. A anlise estatstica das
clulas do cumulus mostrou um aumento na fragmentao de DNA nas clulas do cumulus de pacientes que receberam LH
durante o estmulo ovariano, enquanto a anlise da qualidade embrionria e oocitria no mostrou diferena significativa
entre os grupos.Na anlise da taxa gestacional das pacientes, foi encontrado um nvel de significncia (p<0,05), sendo
maior no grupo de pacientes que receberam apenas FSH. Isso mostra que o LH durante o estmulo diminui a qualidade do
DNA dessas clulas e pode estar associado com a diminuio da taxa de gestao dessas pacientes. Futuros estudos so
necessrios para melhor identificar aqueles que se beneficiariam com a adio de LH e o o impacto dessa adio.
Participantes:

Orientador: Prof. Dr. Renato Fraietta


Docente: Prof. Dr. Edson G. Lo Turco
Discente: Jacqueline Camillo
Discente: Talitha Dinardo Oleinki
Discente: Thas Caroline Garcia Aguiar Santos

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rea: Cirurgia Experimental
Autor: Paulo de Tarso Kawakami Perez
Ttulo: AVALIAO DA CICATRIZAO DO DEFEITO SSEO DE TAMANHO
PADRONIZADO NA CALVRIA DE COELHOS
Palavras-Chave: Coelho Calvria Defeito
Objetivo: O intuito da pesquisa avaliar o potencial de cicatrizao ssea espontnea de defeitos padronizados
realizados na calvria de coelhos Nova Zelndia. A importncia desse estudo se d pelo fato de que defeitos crticos so
utilizados como parmetro em estudos que comparam a cicatrizao induzida com a utilizao de osteocondutores e/ou
osteoindutores. Esses tipos de estudo utilizam na maioria das vezes modelos animais, sendo a calvria de escolha primria
e mais citada na literatura, sua importncia se d ao fato de que grande parcela da populao mundial apresentas
deformidades sseas, decorrentes de fatores como trauma e tumores.
Mtodos: Foram realizados dois defeitos sseos circulares de 12 mm na parte posterior da calvria dos coelhos,
sendo separados pela sutura sagital. Os animais sero sacrificados aps perodo de 2 e 8 semanas. E ento ser realizada
a anlise clnica histomorfomtrica e tomogrfica da calvria.
Resultados: As anlises tomogrficas e histomorfomtricas mostraram que realmente o defeito de 12 mm pode ser
considerado crtico, pois no ocorreu regenerao do tecido lesado. No foi visualizada a formao ssea no centro no
defeito, apenas tecido conjuntivo.
Concluso: Com a comprovao de que o defeito de 12 mm crtico, todos os estudos relacionados
osteocondutores e/ou osteoindutores e que utilizam esse tamanho de defeito, podem ter seus resultados considerados
confiveis. Podendo os materiais serem avaliados em sua capacidade de melhorar a regenerao ssea.
Participantes:

Orientador: Lydia Masako Ferreira

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rea: Cirurgia Experimental
Autor: Rassa de Paula Moura
Ttulo: Avaliao mecnica e ptica de lentes submetidas a diversos perfis de ablao
programados para cirurgia refrativa
Palavras-Chave: Aberrao esfrica, cirurgia refrativa, presbiopia, profundidade de foco, qualidade de v
O olho humano, do ponto de vista ptico, formado por vrios dioptros, ou seja, meios oculares homogneos
compostos de ndices de refrao distintos, nos quais h mudana na direo de propagao de um feixe luminoso. Tal
sistema pode ser modelado e tem sido designado como ?olho esquemtico?.
Um fenmeno patolgico decorrente da refrao anormal dos feixes luminosos incidentes em algum dos dioptros
oculares a aberrao, que tem como consequncia clnica imperfeies do foco da imagem formada a partir de um objeto
real. A maior fonte de aberrao a interface entre o ar e a face anterior da crnea. Nessa situao, a luz que vinha
percorrendo um meio com ndice de refrao de 1,00, passa a percorrer com um ndice de 1,38. Tal passagem,
considerando o perfil convexo da superfcie, pode resultar tanto na excessiva como na insuficiente convergncia dos feixes
de luz em direo mcula.
A correo de aberraes pode ser feita cirurgicamente (cirurgia refrativa) com tratamentos a laser, que consistem
na fotoablao do estroma corneano de modo a alterar a forma da superficie anterior da crnea e consequentemente a
refrao total ocular, permitindo que os raios luminosos incidam majoritariamente sobre a mcula. Diversos perfis de
ablao esto em desenvolvimento desde o surgimento dessa tcnica.
O tratamento diferencial centro-periferia, como a maior ablao de tecido da extrema periferia em relao mdia
periferia, responsvel pelo remodelamento e produo de superfcies no esfricas na crnea, determina a aberrao
esfrica (AbEsf) ? nesse caso AbEsf negativa: rea central mais prolada ou mipica, cercada por uma periferia mais oblada,
ou hipermetrpica
As AbEsf so aberraes cuja frente-de-onda gerada varia de acordo com o dimetro da pupila. Os raios de luz que
incidem no centro da mesma podem no apresentar erro refracional, aberrao ou desvio de trajetria, enquanto que os
raios distantes do centro da pupila podem apresentar erros progressivamente maiores de refrao.
Pacientes com induo de AbEsf tendem a ter uma viso mais ntida para dimetros pupilares pequenos em
condies de alta luminosidade, mas uma viso de mltiplos objetos (multifocalidade) medida que h um aumento do
tamanho da pupila, principalmente em condies de baixa luminosidade, sendo eventualmente relatados sintomas visuais
indesejveis nessa condio.
H propostas de induo controlada de AbEsf, como meio de se conseguir certa multifocalidade e consequente
aumento na profundidade de foco, resultando na diminuio dos sintomas da presbiopia, o que se faz importante em
pacientes a partir dos 45 anos, aproximadamente.
Existe, portanto, um compromisso entre a profundidade de foco e a qualidade de viso, esta ltima retratada como a
alta proporo de feixes de luz que alcanam a mcula: na opo por mais homogeneidade, ter-se- um nico foco e tima
qualidade ptica, porm sem acuidade para vrias distncias; o oposto tambm se faz verdadeiro.
Recentemente, h uma discusso na comunidade cientfica em relao a qual a melhor forma e quantidade de AbEsf
induzida em cirurgia refrativa, de modo a manter o compromisso multifocalidade-qualidade ptica. Um dos meios de se
observar as superfcies resultantes das ablaes de modo direto pelo uso de placas de poli-metilmetacrilato (PMMA).
Nesse sentido, nosso objetivo foi demonstrar os efeitos mecnicos dos diferentes tratamentos indutores de AbEsf em lentes
de PMMA e obter a qualidade ptica das imagens obtidas atravs dessas lentes.
Reproduzimos em triplicata nas lentes de PMMA, perfis de ablao utilizados clinicamente e denominados otimizado
(que no induz aberraes esfricas, teoricamente), prolado (indutor de AbEsf negativa) e oblado (indutor de AbEsf
positiva). As superfcies resultantes foram avaliadas por lensometria, uma tcnica ptica de preciso que mede o poder das
lentes. A observao das superfcies obtidas apresenta, de modo concreto, a ao do laser em tecidos. O efeito da ablao
foi ilustrado tambm por uma tcnica de computao grfica conhecida como
?morph?. No foi possvel obter medidas
mecnicas da superfcie ablada por perfilometria, pela falta de regularidade das placas ps-tratamento.
Em relao s imagens obtidas com o uso da USAF1951 Test Target atravs das placas de PMMA, obtivemos um
registro de baixssima qualidade, confirmando o mau acabamento resultante da aplicao do laser de Excimer Wavelight
EX500, o que impossibilitou a medio qualitativa ptica, pois as superfcies tratadas pelo laser mostraram-se muito
irregulares.
Por fim, produzimos material didtico que engloba os passos acima descritos; essa etapa do trabalho ser essencial
para ajudar no entendimento, desenvolvimento e divulgao da tecnologia a laser para a moderna cirurgia refrativa.
Participantes:

Orientador: Paulo Schor


Discente: Rassa de Paula Moura
Discente: Cybelle Moreno Luize

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rea: Cirurgia Experimental
Autor: Stella Maria Botequio Mella
Ttulo: NEUROPEPTDEOS CGRP e SP NA PELE DE RATOS APS PUNES,
INJEES SUBCUTNEAS E INCISO
Palavras-Chave: neuropeptdeos, ratos, modelo experimental
Introduo: A inflamao neurognica uma reao tecidual em resposta a um estimulo nociceptivo, que pode ser
desencadeado por qualquer dano tecidual ou estimulo doloroso seja este qumico, fsico ou psicofisiolgico. No incio desse
processo h liberao de neuropeptdeos pr-inflamatrios, principalmente o Peptdio Relacionado ao Gene da Calcitonina
(CGRP) e a Substncia P (SP). Os estudos com neuropeptdeos cutneos em ratos no dispem de referencias fisiolgicas
normais e nenhum modelo animal foi, at o momento, descrito quanto dosagem de CGRP e SP. Objetivo: Quantificar os
neuropeptdios CGRP e SP, na pele de ratos, em condies fisiolgicas (sem estimulo, grupo controle) e sob estmulo de
injeo de soluo salina a 0,9%, introduo de agulha 30x7, inciso cirrgica. Mtodos: Foram usados 25 ratos WISTAR
EPM-1, sendo 5 em cada grupo, distribudos aleatoriamente, sendo grupo 1 situao fisiolgica (ausncia de injeo ou
inciso), grupo 2 injeo subcutnea de soluo salina 0,9%, grupo 3 apenas inciso, grupo 4 injeo da soluo salina e
ento inciso, e grupo 5 apenas introduo de agulha. Foi feito anestesia intramuscular nos ratos, com epilao do dorso
em todos os ratos. Nos grupos 3 e 4 foi realizada inciso dorsal, de base cranial, demarcada com medida padro de 2cm de
comprimento no sentido crnio-caudal, na linha mediana. A inciso foi realizada com lamina de bisturi numero 15 at a
fascia muscular, e ento foi dividida em 2 segmentos, 1 e 2, de 1cm cada. Nos grupos 2 e 4 foi injetada soluo salina, em
plano de tecido subcutneo sob a linha demarcada, por meio de uma seringa de 5ml com agulha 30 x 7. A soluo foi
injetada por meio de uma puno na extremidade caudal da linha, dispondo a agulha na extremidade cranial. No grupo 5, foi
introduzida agulha 30x7 em plano de tecido subcutneo sob a linha demarcada. Aps cada procedimento, foi feita a
eutansia do animal. Ento foi realizada a retirada de amostra de tecido para dosagem dos neuropeptdeos no segmento 1,
atravs de um punch de 8 mm de lado. A amostra foi congelada e enviada para western-blot visando quantificao da
substncia P e CGRP.
Participantes:

Orientador: Bernardo Srgio Hochman


Orientador: Paulo Rogrio Quieregatto do Espirito San
Orientador: Guilherme Abbud Franco Lapin

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rea: Cirurgia Experimental
Autor: Wesley Guedes Sava Bonservizi
Ttulo: Atenolol e precondicionamento isquemico na leso sistmica da isquemia e
reperfuso intestinal
Palavras-Chave: corao, atenolol, isquemia, reperfuso, precondicionamento isquemico
Introduo: O trauma e as cirurgias de grande porte desencadeiam
reposta inflamatria sistmica, a qual
responsvel pelo agravamento das leses iniciais, aumentando a dificuldade de recuperao morfofuncional dos rgos. A
isquemia dos rgos caracteriza-se pelo catabolismo do trifosfato de adenosina levando ao acmulo de metablitos
advindos das purinas, xantina e hipoxantina, e pela converso da enzima xantina-desidrogenase em xantina-oxidase. A
reperfuso, momento em que ocorre grande aporte de oxignio, substrato necessrio oxidao das purinas e de seus
derivados, acarreta converso de hipoxantina em xantina, e esta em cido rico. Como subprodutos dessas reaes,
aparecem os uratos e espcies reativas de xignio, como os superxidos e o radical hidroxil, altamente txicos. O
conhecimento dos mecanismos deletrios, pelos quais ocorrem os danos teciduais em processos isqumicos seguidos por
perodos de reperfuso, tanto locais como distncia, conduz a procura de estratgias direcionadas preveno ou
reduo desses danos. Dentre estas, destaca-se o precondicinomento isqumico, que consiste na induo de curtos
perodos de isquemia, seguidos de reperfuso, previamente isquemia sustentada de um rgo, alm do uso de frmacos
que possam atuar no controle do processo lesional. Objetivo: O propsito deste trabalho foi avaliar o papel do PCI e do uso
do Atenolol na estrutura cardaca aps evento de isquemia e reperfuso distncia, buscando estabelecer um possvel
efeito citoprotetor, alm de um eventual efeito sinrgico entre as duas estratgias estudadas. Mtodos: Para tal
investigao, foram selecionados 54 ratos adultos do sexo masculino, linhagem Wistar EPM-1, divididos em nove grupos.
Os animais, exceto os do grupo controle, foram submetidos a isquemia intestinal atravs da ocluso da artria mesentrica
superior por perodo predeterminado de 60minutos, seguido de 120 minutos de reperfuso, em quatro dos grupos. Nesse
processo, foram utilizados PCI, Atenolol, soluo salina, e PCI e atenolol concomitantemente, buscando-se avaliar o efeito
dos mesmos nas condies de isquemia pura e isquemia seguida de reperfuso, possibilitando a comparao entre os
mtodos e o controle. Foram avaliados aspectos morfolgicos, na colorao pelo HE, e MDA, pela tcnica das substncias
reativas ao cido tiobarbitrico. Resultados: Devido a problemas tcnicos parte da amostra est em processamento
histolgico e a quantificao das substncias reativas ao cido tiobarbitrico est em andamento. Porm a anlise
morfolgica realizada a partir de amostra parcial revelou reduo do infiltrado inflamatrio nos grupos submetidos
isquemia e isquemia e reperfuso, quando comparados os grupos I+PCI x I+soluo salina (p=0.0339) e I/R+PCI x
I/R+soluo salina (P=0.0432) . Concluso Parcial: O precondicionamento isqumico diminuiu o infiltrado inflamatrio
cardaco induzido tanto pela isquemia quanto pela isquemia e reperfuso intestinal.
Participantes:

Orientador: Murched Omar Taha


Docente: Edna Frasson de Souza Montero
Discente: Rafael Saurim Coquim

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rea: Disturbios da Comunicao e Audio
Autor: Aline Candalaft
Ttulo: Instrumentos de Avaliao da Compreenso Leitora: Anlise da propriedade do
texto narrativo e das questes de inferncia
Palavras-Chave: Compreenso Leitora
Introduo O desenvolvimento infantil insere em seu principal foco a escolarizao, em que o processo da
alfabetizao um fator relevante, esta requer uma srie de competncias como pr-requisitos para futuras aprendizagens.
A partir dos seis anos da inicio ao perodo importante para esse desenvolvimento, em que a escola passa a ser o
espao privilegiado de aprendizagem.
Para Leffa (1996 )A leitura, portanto, um processo ativo, no qual o leitor traz toda uma vida de experincias para o
texto e utiliza essa experincia para interpretar e elaborar sobre seus contedos. As inferncias so fundamentais na
compreenso de textos que se pode afirmar que no possvel a elaborao de uma representao mental unitria do texto
sem pr em jogo o conhecimento de mundo que possui o leitor (Ramos, 2006). Assim, o processo de leitura pode ser
definido como inter-relao, ou seja, compreender significa inter-relacionar as informaes contidas em um texto, de modo
a extrair seu significado.
A busca de instrumentos apropriados para avaliar a leitura, desde seus mecanismos de decodificao, at os de alta
ordem relacionados com a compreenso (da gerao de inferncias construo de um adequado modelo de situao),
justifica a realizao desta pesquisa que, pela escassez de protocolos apropriados inicia um projeto que visa elaborao
de instrumentos adequados de avaliao da compreenso por meio da leitura de textos.
Nessa pesquisa, o estudo focalizara em questes quanto s inferncias que se pretende avaliar: as de
preenchimento de informaes ( Gap-filling ? Baker & Stein, 1981; Cain & Oakhill, 1998) e as de coeso de texto (
text-connecting ? Baker & Stein, 1981 Oakhill, 1982), alm das de compreenso literal. Propostas de questes de
inferncias e de modelo situao.
Assim, este trabalho pretende contribuir para o avano dos conhecimentos tericos e das prticas de avaliao da
leitura de crianas, comparar os resultados obtidos nesse projeto com outros de mesmo objetivo e avanar na construo
de um protocolo de avaliao para a compreenso de leitura em crianas brasileiras.
Objetivo Analisar a propriedade de um instrumento de avaliao da compreenso leitora, e investigar diferenas de
compreenso leitora entre escolares do Ensino Fundamental I, tipo e complexidade do texto e da tarefa, buscando
associaes entre essas variveis.
Mtodo Esta pesquisa teve incio aps aprovao do Comit de tica em Pesquisa ?CEP/UNIFESP, em setembro de
2011, sob o nmero 0993/11 e o assentimento e assinatura do representante da Instituio de Ensino Fundamental
participante.
A pesquisa envolveu a participao de 250 alunos entre o 2? e o 5? ano do Ensino Fundamental I, o procedimento
adquirido foi elaborado na aplicao de 8 textos com dificuldades leitora gradativas a cada texto.
Procedimento utilizado no projeto inicia-se em sala de aula, com a distribuio de um texto por aluno, pede-se a
leitura desses em silncio e com ateno. Aps a leitura o texto recolhido e entregue a folha de resposta em que o
estudante dever escrever em seguida a avaliadora pronuncia em voz alta as questes a serem avaliadas, ao termino de
todas as questes recolhida as folhas com as respostas para uma anlise posterior.
Aps esse procedimento feita anlise estatstica, e calculadas as mdias por ano escolar para cada texto
apresentado.
Resultados Espera-se que os alunos conforme sua faixa etria alcancem a competncia leitora e a compreenso das
questes avaliadas de acordo com a evoluo escolar.
As questes elaboradas com respostas literais esperado do aluno com maior prontido do que questes
inferenciais , atendendo a capacidade de cada srie aplicada.
Concluso Ate o momento, os textos aplicados pode ser identificados que a compreenso leitora melhora conforme
o ano escolar e o aproveitamento escolar e a quantidade de acertos decresce segundo o nvel de dificuldade do texto.
Participantes:

Discente: Aline Candalaft

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Disturbios da Comunicao e Audio
Autor: Cynthia Mayumi Iida
Ttulo: RECONHECIMENTO DE FALA COMPRIMIDA EM IDOSOS COM ZUMBIDO
Palavras-Chave: AUDIO, PERCEPO AUDITIVA, IDOSOS, ZUMBIDO, QUESTIONRIO
OBJETIVO. Verificar o desempenho de idosos com zumbido em uma tarefa de fala comprimida e comparar os dados
segundo a orelha, o gnero e presena ou no de queixa de zumbido (autodeclarada). MTODO. 17 indivduos idosos, na
faixa etria de 60 a 80 anos, de ambos os sexos participaram do estudo at o momento. Reunidos em dois grupos: grupo
com
queixa de zumbido (10 IDOSOS)
, e grupo comparao com idosos sem queixa de zumbido (7 IDOSOS). Foram
excludos indivduos com doenas neurolgicas e psicolgicas evidentes. Todos os indivduos avaliados que se
voluntariaram a participar desta pesquisa assinaram o Termo de Consentimento Livre e esclarecido. Trabalho aprovado no
CEP UNIFESP- nmero 1965/11. Para verificar a condio audiolgica do indivduo foram realizados Audiometria Tonal
Liminar (ATL), o ndice Percentual de Reconhecimento de Fala com Rudo (IPRF), Teste Dictico de Dgitos (TDD) e Teste
de Identificaes de Sentenas com Mensagem Competitiva (Synthetic Sentence Identification-SSI) em portugus. A
Audiometria tonal liminar (ATL) e o ndice percentual de reconhecimento de fala com rudo (IPRF) so procedimentos da
rotina da avaliao audiolgica da funo auditiva perifrica, enquanto que os testes
SSI em portugus e TDD so
procedimentos da rotina da avaliao audiolgica da funo auditiva central. Os procedimentos de estudo selecionados
foram questionrio baseado na Escala de Comportamento Auditivo (Scale of Auditory Behavior, ) proposta por Ronald L.
Schow, J. Anthony Seikel, Jeff E. Brockett e Mary M. Whitaker, em 2007, que foi
estudada em portugus europeu por
Cristiane Nunes em seu doutoramento em crianas. Ainda foi usado o Teste de Fala Comprimida estudado por Rabelo e
Schochat, 2007 disponibilizada em Pereira & Schochat, 2011. O Teste de Fala Comprimida existe a mais de trinta anos na
verso americana. Originalmente foi desenvolvido por Beasley et el.(1972). Foram utilizados os protocolos disponibilizados
pelos autores para o registro das respostas. O Teste de fala comprimida prev uma tarefa montica com objetivo de avaliar
a capacidade de fechamento auditivo, por meio da identificao de fala cujo espectro acstico foi modificado quanto
durao do estmulo sonoro constitudo por palavras monossilbicas e dissilbicas. As variveis estudadas so
gnero,
orelhas e presena ou ausncia de zumbido. A Escala de funcionamento auditivo (SAB) apresenta em seu contedo um
questionrio que fornece dados de dificuldades comportamentais apresentadas no cotidiano do sujeito. Foi
aplicado nos
idosos buscando estabelecer evidncias relevantes que possam indicar sinais de dficits em relao a padres particulares
de comportamento. Ainda foram acrescentadas questes envolvendo nmero de anos de escolaridade, preferncia manual,
e a presena de estudo musical e perodo. A ESCALA SAB j foi aplicada em pais /professores de indivduos de 10 e 11
anos de idade, cujos autores recomendam utilizar a Mdia e 1,5 Desvio Padro para obter a referncia de normalidade em
adolescentes de 10 a 11 anos de idade correspondendo a 30 pontos. Neste estudo utilizamos o grupo comparao para
estabelecer a referncia do esperado para idosos. O mtodo estatstico foi realizado com o auxlio de um profissional da
rea e adotamos o nvel de significncia de 0,05. Foram selecionados testes estatsticos no paramtricos (teste de
Mann-Whitney e teste de Wilcoxon) para realizar uma anlise comparativa entre porcentagem de reconhecimento de fala
comprimida com estmulos monosslabos e disslabos comprimidos e envelhecimento com e sem queixa de zumbido . As
variveis estudadas foram gnero, orelhas e presena ou no de zumbido. RESULTADOS. Pretende-se completar a
casustica e atingir a coleta dos dados de 20 idosos (10 mulheres e sete homens) .Quanto ao gnero vimos que grupo sem
zumbido foi constitudo de duas mulheres e cinco homens. O grupo com zumbido foi composto de oito mulheres e dois
homens. Quanto caracterizao geral
dos aspectos da audio da amostra verificamos presena de perda auditiva
neurossensorial leve em trs idosos sem zumbido e em cinco idosos com zumbido.
Tambm verificamos que 60% dos
indivduos do grupo estudo, isto , com zumbido apresentaram inabilidades auditivas de fechamento no teste de fala com
rudo e figura-fundo no teste SSI_MCI(-10) . No grupo comparao, isto , sem zumbido encontramos 20 % de idosos com
inabilidade de figura-fundo no teste SSI_MCI. Quanto a caracterizao da audio por meio do teste de fala comprimida
chamou a ateno o desempenho pior para estmulos dissilbicos do que monossilbicos no grupo com zumbido: sendo
80% na orelha direita e 60% na orelha esquerda. Quanto presena de assimetrias no teste de fala comprimida com
monosslabos observamos no grupo com zumbido: trs idosos e no grupo sem zumbido: dois idosos. Quanto presena de
assimetrias no teste de fala comprimida com disslabos observamos no grupo com zumbido: oito idosos e no grupo sem
zumbido: dois idosos . O desempenho de idosos com zumbido em uma tarefa de fala comprimida teve maior variabilidade
do que o de idosos sem zumbido. Por vezes o desempenho de idosos com zumbido foi pior e com assimetrias entre as
orelhas mais freqentes do que o de idosos sem zumbido na mesma tarefa. Utilizamos o teste de Mann-Whitney para
comparar os grupos nos resultados de FC e verificamos que existiu diferena estatisticamente significante entre os grupos
para FC_Mono _ OD (p valor = 0,034) e FC_DIS OD, p valor = 0,006) /OE (p valor = 0,006). O valor da mdia de
porcentagem de identificao correta de palavras no grupo Comparao foi maior do que a observada no grupo Estudo .
Como exemplo, em FC_DIS OD a mdia
de porcentagem de acertos foi 54,0% (grupo estudo) e 76,6% (comparao).
Verificamos que embora existam diferenas entre os sexos para todos os resultados do FC, as mesmas (diferenas) no
podem ser consideradas estatisticamente significantes, ou seja, no existe efeito do sexo nos resultados do FC. Ao
comparar os resultados de FC entre a orelha direita e esquerda por meio do teste de Wilcoxon, separadamente em cada
grupo e ambos juntos, pudemos perceber que existe diferena estatisticamente significante entre as orelhas em todos os
grupos, mas somente em FC_DIS, sendo que os valores de p calculados pelo teste de Wilcoxon foi de o,oo5 para o grupo
estudo, de
0,016 para o grupo comparao e <o,oo1 para a amostra total . Notamos que no FC_ DIS o resultado da
porcentagem de identificao correta das palavras recebidas pela orelha esquerda foi maior do que pela orelha direita.
CONCLUSO. O desempenho de idosos com e sem queixa de zumbido no teste de fala comprimida foi semelhante quanto
ao gnero e diferente quanto orelha que recebeu o estmulo (disslabos) independente da queixa de zumbido. Quando os
idosos queixaram-se de zumbido o desempenho foi pior tanto para identificar os monosslabos quanto os disslabos
comprimidos em relao aos idosos sem queixa de zumbido
Participantes:

Orientador: LILIANE DESGUALDO PEREIRA


Docente: KARIN ZILLIOTTO DIAS
Discente: CYNTHIA MAYUMI IIDA

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Disturbios da Comunicao e Audio
Autor: Isadora Machado Monteiro dos Santos
Ttulo: Fluncia Verbal Semntica e Fonolgica- Estudo Comparativo em Deficientes
Auditivos e Ouvintes *Expanso do Projeto
Palavras-Chave: audition, hearing, hearing impairement, hearing loss, verbal fluency, category fluency, s
Introduo: Todo ser humano detm um lxico mental, o qual o acesso depende da integridade das informaes
fonolgicas e principalmente da memria. As oportunidades limitadas de ouvir informaes privam o deficiente auditivo de
vivenciar experincias, acarretando em consequncias negativas na aquisio de vocabulrio. A prova de fluncia verbal
pode fornecer informaes sobre a capacidade de armazenamento do sistema de memria, habilidade de recuperar a
informao guardada na memria e a capacidade de organizar o pensamento e as estratgias utilizadas para a busca de
palavras.
Objetivo: A partir dos dados do projeto piloto de Fluncia verbal semntica e fonolgica - Estudo comparativo em
deficientes auditivos e ouvintes, objetiva-se expandir a amostra para levantar evidncias dos grupos estudados na prova de
fluncia verbal semntica e fonolgica.
Mtodos: Trata-se de um estudo transversal. Para este estudo foram selecionados 90 indivduos, 48 indivduos com
deficientes auditivos, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 60 anos e um grupo comparao, constitudo de 42
ouvintes, com a mesma faixa etria do grupo de deficientes auditivo e sem queixas de linguagem. Em ambos os grupos,
pessoas que tivessem queixas neurolgicas ou desempenho inferior a nota de corte no teste de rastreio cognitivo
Mini-exame do estado mental (MEEM), foram excludas da amostra. Foi aplicado o teste para verificar a fluncia verbal por
pista semntica (categoria animais) e fonolgica( letra F) de ambos os grupos. Estipulou-se o tempo de 1 minuto e dentro
deste intervalo, o indivduo teve de evocar o maior nmero de palavras possveis.
Resultados: As anlises revelam que no grupo estudado, houve maior incidncia de homens (n= 26; 54,1%) do que
em relao s mulheres (n= 22; 45,8% ). No grupo estudado, a mdia de idade dos deficientes auditivos foi de 43 anos
enquanto que nos ouvintes, de 38 anos .Em relao ao uso de aparelho, houve maior incidncia de no-usurios (n=23;
48% ) em comparao aos usurios (n=25; 52%). Na distribuio de grau de perda, a maior prevalncia foi de grau
moderado (n=20; 42% ). Grau leve (n=6, 12,5% ), severo (n=8; 17%) e profundo (n= 14; 29%). Na prova de fluncia
semntica, a mdia total de produtividade/tempo do grupo estudado foi de 15,7 e nos ouvintes de 20,1. O mnimo de
palavras evocadas no grupo controle foi de n= 10 e mxima de n= 32, enquanto que no grupo estudado foi de n=5 e n= 33,
respectivamente. Na fluncia fonolgica, a mdia foi de 13,78 nos ouvintes e 10 nos deficientes auditivos. O mnimo e
mximo de palavras evocadas no grupo estudo foi de 0 e 23 e no grupo controle, n=4 e n=22, respectivamente.
Concluso: Este estudo mostra que os deficientes auditivos tm um pior desempenho na prova de fluncia verbal em
comparao aos ouvintes, principalmente na pista fonolgica. Com estes dados, possvel afirmar que o dficit de audio
influncia de maneira negativa no acesso ao lxico, prejudicando assim, a aquisio de vocabulrio.
Participantes:

Orientador: Braslia Maria Chairi

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Disturbios da Comunicao e Audio
Autor: Marcela Bergamini
Ttulo: Verificao da presena de fala ecollica em indivduos do espectro autstico
Palavras-Chave: linguagem, transtorno global do desenvolvimento, ecolalia, terapia fonoaudiolgica
VERIFICAO DA FALA ECOLLICA EM INDIVDUOS DO ESPECTRO DO AUTISMO
INTRODUO: A ecolalia entendida como uma repetio em eco da fala de outra pessoa ou da prpria pessoa.
Pode ser caracterizada quanto ao momento (imediata ou tardia) e quanto forma (total ou mitigada). A fala ecollica pode
ou no ser funcional sendo dependente da situao e do contexto no qual ocorre. A fala ecollica tem dinamismo e quando
mudanas aparecem, evidenciam-se o aumento da compreenso de linguagem e a ampliao de troca comunicativa.
OBJETIVOS: Verificar a presena de fala ecollica em indivduos do Espectro do Autismo, em diferentes momentos de
terapia fonoaudiolgica, descrever a ocorrncia da fala ecollica quanto quantidade de ocorrncias e funcionalidade
comunicativa e verificar correlaes entre a fala ecollica e habilidades de compreenso por meio do vocabulrio receptivo.
MTODO: A amostra foi constituda por 5 crianas, na faixa etria entre 6 e 13 anos de idade, diagnosticadas com
Distrbios do Espectro do Autismo , de acordo com critrios diagnsticos do DSM IV Tr, no apresentando comorbidades e
tendo frequentado regularmente o processo de terapia fonoaudiolgica por pelo menos 6 meses (CEP 81392/2012). Foram
analisados pronturios e gravaes em vdeo do acervo do Ncleo de Investigao Fonoaudiolgica em Linguagem da
Criana e do Adolescente (NIFLINC/TGD) da Disciplina da Comunicao Humana do Departamento de Fonoaudiologia da
UNIFESP/EPM , transcritas duas sesses de terapia fonoaudiolgica, de cada criana, descartados trechos iniciais e finais
e analisados segmentos com durao mdia de 18 minutos de
cada sesso. As gravaes foram selecionadas por dois
perodos distintos de terapia, momento inicial e segundo momento, aps uma mdia de 16,6 meses de terapia.
Para a
caracterizao da compreenso dos sujeitos foi adotada a verificao do vocabulrio receptivo realizada no perodo de
entrada no servio, em avaliao fonoaudiolgica, por meio do teste de vocabulrio Peabody (TVIP). A fala ecollica foi
classificada quanto ao momento e forma e momento como: imediata, tardia totais ou mitigadas. RESULTADOS: Houve
diferena significante entre o momento inicial e o segundo momento com aumento da fala ecollica imediata e mitigada.
Constatou-se tendncia significante de reduo de quantidade de ecolalia tardia entre o momento inicial e o segundo
momento. Quando analisadas as correlaes entre a pontuao de TVIP (bruta e equivalente) e idade com o tipo e a
quantidade de ecolalia, no momento inicial, verificou-se que quanto maior o vocabulrio receptivo, menor o tipo de ecolalia
imediata e vice-versa. Houve correlao entre quantidade de ecolalia e TVIP equivalente, sendo essa diretamente
proporcional, ou seja, quanto menor a quantidade de ecolalia tardia, menor o vocabulrio receptivo nos indivduos da
pesquisa. No segundo momento, mantiveram-se as correlaes entre a ecolalia do tipo imediata e a pontuao do TVIP
bruta e entre a pontuao equivalente e o tipo de ecolalia. No segundo momento foi encontrada tambm correlao com a
idade dos indivduos para quantidade de ecolalia, quanto mais velhos os sujeitos, maior a quantidade de ecolalia tardia.
CONCLUSO: Quando comparados dois momentos de interveno fonoaudiolgica foi possvel encontrar dados
significativos para mudanas no tipo de ecolalia e valor que tende a ser significativo para quantidade de fala ecollica, o que
fortalece a hiptese de modificao na quantidade e tipo de ecolalia com a interveno voltada linguagem. Alm disso,
foram encontradas correlaes entre a compreenso de linguagem e tipo e quantidade de ecolalia o que corrobora a
hiptese inicial de funcionalidade da fala ecollica com vocabulrio receptivo. Uma limitao desse estudo a quantidade
reduzida de sujeitos. Assim, seria interessante a continuidade, com maior nmero de sujeitos, para verificar a tendncia
significante entre quantidade de ecolalia e tempo de terapia.
Participantes:

Orientador: Jacy Perissinoto


Docente: Ana Carina Tamanaha

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Disturbios da Comunicao e Audio
Autor: Paola Darbello da Silva
Ttulo: Anlise dos erros semnticos-lexicais no discurso de pacientes com doena de
Alzheimer, comparados a afsicos e indivduos saudveis
Palavras-Chave: Doena de Alzheimer, Afasia, Linguagem
Introduo: A doena de Alzheimer (DA) considerada o tipo mais frequente de demncia e pode acometer a
linguagem em todos os seus aspectos. As manifestaes semntico-lexicais encontradas em pacientes com DA tambm
so frequentemente encontradas nas diversas afasias e para avaliar estes aspectos na emisso de forma mais fidedigna
rotina comunicativa dos pacientes, uma das metodologias propostas a eliciao da fala espontnea ou discurso. A tarefa
de descrio de figura considerada um instrumento com alta eficincia para obter uma amostra apropriada de discurso
que pode servir para a comparao entre o desempenho de indivduos ou mesmo para o seguimento de um paciente. H
no mnimo quatro benefcios para esta metodologia: o avaliador pode controlar o contedo a ser emitido, reduzindo
ambiguidade sobre o assunto; h reduo da demanda da memria, pois o estmulo fica presente no momento da
avaliao; a anlise facilitada, pois o avaliador controla o que deve ser emitido; e o instrumento pode ser utilizado na
reavaliao para monitoramento da evoluo do quadro. Na literatura, no foram compilados estudos que levassem em
considerao o discurso para a anlise lingustica comparando pacientes com estas sndromes e tambm indivduos
saudveis. Objetivo: Comparar a produo discursiva bem como os erros lexicais em indivduos com DA, afsicos e
saudveis. Mtodo: Foi realizado um estudo transversal onde foram analisadas as emisses orais a partir da ?Prancha do
Roubo dos Biscoitos- PRB? em 31 controles, 14 afsicos e 33 indivduos com DA, considerando total de palavras emitidas,
unidades de informao e total de erros semntico-lexicais e fonolgicos. As diferenas entre as mdias das variveis
descritas foram verificadas atravs da anlise de varincia (ANOVA). Essa pesquisa apresentou aprovao do Comit de
tica(CEP) sob o nmero 110.353 de 28/09/2012. Resultados: No existiu diferena estatisticamente significante entre os
grupos controle, afsico e DA e em relao aos anos de escolaridade (6,424,1 versus 8,214,8 versus 6,945,1 anos; F(2)
=0,699; p=0,500). Em relao idade houve diferena estatisticamente significante entre os grupos controle, afsico e DA
(67,456,2 versus 57,5011,4 versus 72,798,9 anos; F(2)=15,832; p<0,001*) e sexo (77,4% versus 42,9% versus 45,5%
de mulheres; X2=8,2; p= 0,016*). No houve diferena entre os grupos dos afsicos e indivduos com DA quanto ao nmero
de palavras e unidades de informao, porm estes apresentaram menor frequncia que os controles (controles 89,8450,6
versus afsicos 56,0743,0 versus DA 58,0028,3; F(2)=15,344; p<0,001*). Quanto ao nmero de erros o grupo afsico
apresentou maior frequncia em relao ao controle e DA e estes no diferiram estatisticamente entre si. No entanto,
quando realizada a proporo do nmero de erros pelo nmero de palavras, os indivduos com DA tiveram significativo
aumento de erros em relao aos controles e mantiveram semelhana em relao aos afsicos (0,050,054-controle versus
0,140,07-afsico versus 0,100,09-DA; F(2)=9,880; p<0,001*). Concluso: O desempenho dos indivduos afsicos foi
semelhante ao desempenho dos indivduos com DA em relao ao aspecto quantitativo e de contedo e em relao ao
nmero de erros e estes grupos apresentaram pior performance que os controles.
Participantes:

Orientador: Karin Zazo Ortiz


Docente: Juliana Onofre de Lira

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rea: Disturbios da Comunicao e Audio
Autor: Roberta Almeida Machado da Silva
Ttulo: VARIABILIDADE TESTE-RETESTE NA AUDIOMETRIA TONAL COM FONE
SUPRA-AURAL
Palavras-Chave: Avaliao Audiolgica
Os estudos de variabilidade teste-reteste so muito importantes na rea da audiologia clnica, uma vez que a
maioria dos procedimentos comportamentais subjetiva, ou seja, depende da resposta comportamental do paciente. Como
a audiometria tonal o padro ouro para o diagnstico de deficincia auditiva, o conhecimento da variabilidade teste-reteste
com diferentes transdutores pode contribuir para aprimorar o mtodo de identificao e monitoramento dos distrbios da
audio.
Em audiologia clnica, os tipos de fones auriculares mais utilizados so:
a)
Os supra-aurais, que so aqueles nos quais o coxim exerce presso sobre o pavilho auricular e so
considerados os fones padro para audiometria tonal por via area;
b) Os fones de insero, que so inseridos no meato acstico externo por meio de plugs de espuma, proporcionando
melhor isolamento acstico, diminuindo a atenuao interaural e ocasionando menor risco de colabamento. (Santos TMM.,
Russo ICP.)
Stuart et al. (1991) investigaram a variabilidade dos limiares do teste-reteste analisando o
efeito da idade e a
condio do fone. Foram investigados dez sujeitos em cada grupo de idade. Os grupos tnicos eram de 6-9 anos, outro de
10-13 anos e jovens adultos. Os limiares do teste e reteste foram coletados em seis frequncias (250, 500, 1000, 2000,
4000 e 8000 Hz) e em trs condies de teste- fone supra aural TDH-50 e o fone de insero ER-3A acoplado em um
manguito na sonda de imitncia ou com um enchimento de espuma. O teste foi realizado primeiro por um audiologista e
depois de alguns segundos o reteste foi realizado por outro audiologista que no sabia do resultado do primeiro teste. Os
fones foram removidos e reposicionados depois de cada testagem.
Os resultados encontrados no mostraram diferenas estatisticamente significantes entre as condies do
teste-reteste em funos dos fatores idade, condio do fone e nem da frequncia do teste. No entanto, os autores
recomendaram a aplicao clnica do fone de insero em crianas e adultos, pois o mesmo possibilitou menor
variabilidade teste-reteste e forneceu soluo para uma srie de limitaes ocorridas com o uso do fone supra-aural.
Schmuziger, et al (2004) realizaram um estudo com o objetivo de avaliar a variabilidade teste-reteste dos limiares
de tom puro encontrados nas frequncias de 0,5 a 16kHz de um grupo de pessoas otologicamente normais usando os
fones supra-aurais Sennheiser HDA 200 e o de insero Etymotic Research ER-2.
Foram selecionados 138 indivduos entre 12 a 51 anos, com otoscopia normal, limiares de audibilidade menores ou
iguais a 25 dB NA e imitanciometria normal. Para cada sujeito, a mensurao dos limiares foi obtida duas vezes para ambos
os transdutores durante a mesma sesso de teste.
No foram encontradas diferenas significantes na repetio da pesquisa dos limiares com os dois tipos de
transdutores para todas as frequncias. Analisando cada frequncia individualmente, a variabilidade foi encontrada
particularmente em 16kHz.
Frente ao exposto, o objetivo deste estudo caracterizar a variabilidade teste-reteste do fone supra-aural TDH-39.
Este estudo est sendo realizado sob a aprovao do Comit de tica em Pesquisa da Universidade Federal de
So Paulo (conforme parecer CEP 38594).
Todos os indivduos selecionados assinaro um Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido.
Para esta pesquisa sero selecionados 100 (cem) indivduos de ambos os sexos a partir dos seguintes critrios
de incluso:
1. Idade entre 13 e 59 anos;
2. Limiares auditivos entre 250 Hz e 8000 Hz menores ou iguais a 25 dB NA, e curvas timpanomtricas do tipo A;
3. No serem portadores de sndromes, comprometimentos neurolgicos e/ou cognitivos evidentes.
4. Apresentarem passado otolgico negativo.
Todos os indivduos selecionados sero submetidos aos seguintes procedimentos: anamnese (perguntas a
respeito da identificao do indivduo, histria audiolgica, otolgica e mdica e uso de medicamentos), meatoscopia,
Audiometria Tonal Liminar ? Via Area, logoaudiometria- LRF/ SRT (Limiar de Reconhecimento de Fala) e IPRF (ndice
Perceptual de Reconhecimento de Fala). O paciente ser avaliado com o fone supra-aural. Este procedimento ser
realizado duas vezes na mesma sesso com intervalo entre as avaliaes. No intervalo entre uma avaliao e outra sero
realizadas as medidas de imitncia acstica, para que ento os fones sejam reposicionados e a variabilidade teste-reteste
possa ser caracterizada.
At o presente momento, foram coletados resultados de 65 voluntrios. Houve dificuldade no recrutamento e
realizao dos exames devido incompatibilidade entre os horrios da pesquisadora, do funcionamento do ambulatrio e
da disponibilidade dos voluntrios. Observou-se variao dos limiares no teste-reteste de at 20 dB para pior e de at 15 dB
para melhor em todas as frequncias. Os dados esto sendo analisados estatisticamente a fim de quantificar a significncia
destas diferenas.
Participantes:

Orientador: Daniela Gil


Discente: Lilian Aguiar de Mello

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rea: Disturbios da Comunicao e Audio
Autor: Thili Palcios
Ttulo: Caracterizar o desempenho de deficientes auditivos em testes de vocabulrio
receptivo.
Palavras-Chave: vocabulrio, leitura da fala, deficincia auditiva
Linguagem a capacidade humana para compreender e usar um sistema complexo e dinmico de smbolos
convencionados, (ASHA ? 1982). Dentro da Linguagem Oral, o vocabulrio expressivo corresponde ao lxico, que pode ser
avaliado pelo nmero de palavras que o indivduo consegue falar. Ainda na Linguagem Oral o vocabulrio receptivo,
corresponde s palavras que o indivduo capaz de compreender, a compreenso das palavras tende a se desenvolver
antes da habilidade de reproduzi-las. (Capovilla, et al, 2006).
O vocabulrio um quesito importante para a recepo e processamento das informaes verbais, portanto com o
objetivo de avaliar o vocabulrio receptivo auditivo de cada participante da amostra, foi utilizado o Teste de Vocabulrio por
Figuras ? Tvfusp -92 (Capovilla, 2004) e anamnese, neste estudo participaram 78 indivduos portadores de deficincia
auditiva.
De acordo com resultados parciais a idade dos indivduos desta pesquisa variou entre 12 e 90 anos, com media de
51,3 21,6 anos e mediana 53 anos, sendo o N total de 78 indivduos.
Participantes:

Discente: Thili Palcios

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rea: Ecologia
Autor: Barbara Cristina Alves Nunes
Ttulo: Anlise colorimtrica por espectrofotometria ptica de itens alimentares da
dieta natural de Muriqui do Sul (Brachyteles arachnoides ? PRIMATES, . Geoffroy
1806)
Palavras-Chave: viso colorida, dieta, Brachyteles arachnoides
Anlise colorimtrica por espectrofotometria ptica de itens alimentares da dieta natural de Muriqui do Sul
(Brachyteles arachnoides ? PRIMATES, . Geoffroy 1806)
Barbara Cristina Alves Nunes & Maurcio Talebi
Este estudo testar a hiptese que a tricromacia confere vantagens adaptativas deteco de itens alimentares que
possam
ser distinguidos por primatas no cenrio predominantemente verde das florestas tropicais. A percepo de cor
um componente de suma importncia na vida cotidiana humana. Porm, entre mamferos, somente primatas evoluram
viso de cor. Jacobs et al, 1993, hipotetizaram que polimorfismos ligados ao cromossomo X evoluram para a regulao de
ritmos circadianos em primatas. Desta forma a tricromacia teria evoludo muito cedo para tal propsito. Sabe-se que a
tricromacia rotineira em mamferos evoluiu pelo menos duas vezes: uma vez em primatas catarrneos e uma segunda vez
em primatas platirrneos, em Alouatta sp.. Entretanto, as vantagens seletivas
da viso colorida tricromtica em primatas,
permitindo a discriminao entre as cores
verde, amarelo, laranja e vermelho, continuam a ser pouco compreendidas.
Quais seriam os aspectos funcionais envolvidos? Uma hiptese defende a importncia de tricromacia rotineira a fim de
separar as folhas jovens da folhagem
madura. Neste estudo, foram efetuadas anlises colorimtricas por
espectrofotometria ptica a fim de caracterizar qual o comprimento de onda (expresso em nanmetros) dos itens
alimentares folhas verdes (n=6, folhagem madura, quatro repeties por amostra) e folhas novas (n=6, item alimentar
preferencial, 4 repeties por amostra) pela espcie primatas muriqui do sul.
Os resultados obtidos indicaram espectro de
reflectncia para folhas verdes em 565 nm e para folhas jovens um valor que oscila entre 550 a 575 nm. Estes resultados
so preliminares e corroboram informaes obtidas anteriormente para o estudo, que indicaram diferenas entre os itens
alimentares utilizados como alimentao daqueles que representam o pano de fundo verde da floresta. Preliminarmente,
podemos, portanto sugerir a existncia da escolha do alimento com padres colorimtricos especficos em primatas
tricromatas, por exemplo fmeas de muriquis que apresentem polimorfismos ligados ao sexo.
Participantes:

Orientador: Mauricio Talebi

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Educao em Sade
Autor: Amanda Moro Pereira
Ttulo: Direitos Humanos, Bullying e Escola: prticas, relaes e desafios
Palavras-Chave: diereitos humanos, escola, psicologia, professores e alunos, sade
INTRODUO: a educao adquire um papel central no cenrio nacional e internacional por fazer parte de situaes
de reconstruo e elaborao de Direitos Humanos. As relaes entre Direitos Humanos e educao so encontradas
principalmente no que concerne vida de crianas e adolescentes. Documentos importantes asseguram o direito
educao, tanto no cenrio nacional quanto no internacional. No Brasil, o Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA)
garante os direitos fundamentais da infncia e adolescncia, em termos de ateno e proteo integral a crianas e jovens.
O conceito de educao , em si mesmo, um Direito Humano, pois na educao como prtica de liberdade que o
indivduo entende e interioriza seus direitos como fatos e como realidade. atravs da educao que se torna possvel
conhecer o outro, os valores, a moral, os direitos e todos os elementos que esto presentes a um indivduo social; ela se
torna mais importante quando voltada para o pleno desenvolvimento humano e s suas potencialidades, valorizando o
respeito aos grupos que so socialmente excludos. A educao contribui para criar uma cultura de Direitos Humanos na
perspectiva do respeito, da tolerncia, da promoo e da valorizao das diferenas. OBJETIVOS: analisar perspectivas de
estudantes de 4 e 5 anos e seus professores sobre as relaes entre Direitos Humanos e educao escolar.
METODOLOGIA: estudo qualitativo realizado com alunos do 4 e 5 anos e seus professores em uma escola municipal de
Santos. O processo de produo de dados foi estruturado a partir de encontros (oficinas) com os estudantes e entrevistas
semi-estruturadas com os professores. Os encontros foram feitos em sala de aula e duraram 30 minutos cada um. Aps
uma pequena apresentao, foi pedido que os alunos desenhassem o que pensavam sobre Direitos Humanos. As
entrevistas abrangeram a perspectiva docente sobre Direitos Humanos e de como este contedo abordado na escola. A
anlise de dados privilegiou a captao dos significados por meio da anlise de contedo do tipo temtica. RESULTADOS:
os resultados indicam
que os alunos percebem como relevantes os direitos sade, educao, alimentao, moradia e
trabalho, podendo se inferir que suas vivncias e seus cotidianos lhes permitem vislumbrar uma dimenso mais ampliada
dos Direitos Humanos. Em um grupo de 5 ano os aspectos financeiros ganharam significativa visibilidade pela defesa do ?
direito a ganhar dinheiro?. Um grupo de 4 ano citou o direito que os pais tm de cuidar dos filhos e dar castigos a eles. O
processo de realizao dos grupos com os estudantes permitiu observar a grande potncia que tem aes educativas no
sentido de problematizar e tematizar com as crianas o campo dos Direitos Humanos na escola. Um grupo singular de 5
ano abrangeu a discusso sobre Direitos Humanos como desdobramento de uma discusso iniciada na aula de Histria
sobre a Constituio e o direito a voto conquistado pelas mulheres; nesta sala, as crianas vivenciaram uma discusso
sobre Direitos Humanos bastante contextualizada e articulada com contedos que eram objeto de sua aprendizagem. As
concepes sobre Direitos Humanos, de acordo com os professores, centraram-se no respeito ao prximo e a temtica
abordada em sala de aula por meio da discusso em sala sobre a questo do respeito, educao e diferenas, em diversos
aspectos, a noo de valores, cidadania e desigualdades sociais. DISCUSSO: os dados produzidos evidenciam um
discurso escolar sobre a importncia dos Direitos humanos e a inteno docente de efetivamente tomar os Direitos
Humanos como objeto de aprendizagem no ensino fundamental, junto s nossas crianas. Todavia, a diversidade e
disperso evidenciadas nos encontros com os estudantes parecem sinalizar que as crianas no reconhecem, em seus
cotidianos escolares, que aprendem sobre Direitos Humanos ou que articulam essa temtica com outros contedos
abordados. Com exceo de um grupo, conforme relatado anteriormente, as demais turmas pareciam no ter relacionado a
discusso proposta sobre Direitos Humanos com suas outras disciplinas escolares. CONCLUSO: esta pesquisa, ao
aprofundar e ampliar investigao anterior permite ratificar a importncia da educao em Direitos Humanos como um foco
central no ensino fundamental, contribuindo para a construo de uma cultura escolar que valorize o respeito, a diversidade,
a tica, a cidadania e os contedos escolares socialmente implicados. Os dados trazem tambm o desafio de aproximar
discursos e intenes docentes com as expectativas e representaes das crianas, abrindo espaos de conversao sobre
as vivncias no campo dos Direitos Humanos. Neste sentido, as contribuies dos profissionais atuantes como apoio
tcnico e pedaggico a comunidade escolar podem ser amplificadas na medida em que novas maneiras de aprender sobre
Direitos Humanos e novos modos de experimentar uma cultura de paz possam ser introduzidos e vivenciados no cotidiano
escolar.
Participantes:

Orientador: Sylvia Helena de Souza Batista

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Educao em Sade
Autor: Andressa Sartori Somekawa
Ttulo: Postura Corporal e Habitus: Contribuies teoricas para a fisioterapia
Palavras-Chave: Crianas. Saude Escolar. Postura
Introduo e Justificativa: Trata-se da discusso terica de uma experincia do Programa Sade na Escola (PSE)
desenvolvida pelo projeto de extenso "Fisioterapia Coletiva: Aes no Morro Nova Cintra" na cidade de Santos. A extenso
teve como objetivo construir junto aos alunos prticas favorveis postura corporal, por meio de um novo conceito de
saberes. Assim, o coletivo passaria tambm a ser responsvel por sua sade, tendo a opo de evitar certas posturas, as
quais quando adotadas por longos perodos, podem causar desconforto ou mesmo serem nocivas sade, alm de
identificar precocemente possveis problemas posturais. O mito "postura correta" traz muitas dvidas acadmicas e
cientficas, uma vez que o que no sabemos seu significado real. A literatura em sade dissemina a ideia de uma postura
ideal a ser seguida, mas ser que isso nos leva somente a manter o corpo ereto? A postura por sua prpria definio uma
posio adotada pelo corpo, ou seja, uma atitude corporal para uma determinada atividade que possamos a vir a realizar.
Objetivos: Discutir teoricamente os diferentes conceitos de postura e introduzir na prtica de educao em sade uma viso
ampliada de postura corporal, a partir do conceito de habitus (BOURDIEU, 1983), o qual demonstra que as relaes
humanas e os fenmenos sociais possuem sempre uma parte de reproduo, de "estrutural", daquilo que foge ao
consistente ou intencional dos sujeitos. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa terica com propsito de aprofundar a
discusso sobre postura corporal a partir da reviso da literatura sobre o tema. Simultaneamente, buscou-se embasar
teoricamente o desenvolvimento das oficinas em sade realizadas com crianas em fase escolar no Morro Nova Cintra de
Santos em 2011, tendo o conceito de habitus como nucleador. Este projeto foi aprovado pelo Comit de tica n 32564
(06/06/2012). Resultados encontrados: Um novo conceito sobre postura corporal considera a flexibilidade, pois as
alteraes das posies e os alongamentos so alternativas para manter a coluna e o corpo saudveis. Demanda que o
indivduo perceba seu corpo, saiba dos seus limites e das possibilidades de proteg-lo. O projeto de extenso contou com a
participao de cerca de 200 crianas de 7 a 11 anos, em fase escolar. Inicialmente, os acadmicos da Unifesp, juntamente
com a coordenadora do projeto, elaboraram um roteiro das atividades para apresent-las para as professoras da escola
municipal, aberto a sugestes. Na etapa de planejamento, cada oficina foi elaborada a partir da viso ampliada de postura e
dos objetivos desejados, buscamos desenvolver habilidades e trocas contnuas de experincias entre todos os atores
sociais envolvidos. Em comum, todas as atividades buscavam trabalhar o corpo em movimento e a emoo, em relao ao
seu mundo interno e externo e suas interaes e representaes culturais e sociais. O conceito de postura empregado nas
atividades no era meramente a condio anatmica, mas um conjunto de integrao de toda a composio do corpo. O
intuito no era apenas levar para a classe o que postura propriamente dita, pelo contrrio, buscou-se mostrar que a
postura incorporada, em consequncia do habitus, costumes, do meio e do estado interno. Cabe destacar que, habitus
no o mesmo que hbito, uma vez que a influncia do habitus na postura vem para introduzir a discusso do lugar do
agente social, do agente histrico. Para verificar como o contedo tinha sido compreendido pelas crianas, capaz de ser
retido e incorporado com o tempo no prprio corpo, sempre nos encontros seguintes as crianas expunham o que haviam
aprendido na semana anterior. Concluses: A literatura vem mostrando que um dos possveis cenrios de atuao da
Fisioterapia Coletiva a escola e a orientao postural apontada como mais eficiente na idade escolar. Entretanto, a
maior parte dos estudos e aes da Fisioterapia em ambiente escolar limitam-se a pesquisas sobre a avaliao postural,
fatores de risco ou no mximo sobre orientaes prescritas sobre posturas ditas como corretas. Contrariando essa teoria,
buscou-se mostrar o quanto importante conhecer o corpo, seus limites, seus desconfortos e formas de proteg-lo,
evitando posturas assimtricas que quando mantidas por muito tempo podem se tornar nocivas. As oficinas trouxeram um
resultado favorvel, pois as crianas somaram o que foi ensinado com o conhecimento que possuam, passando adiante o
que apreenderam e principalmente, incorporando atitudes e/ou comportamentos que passam pela lgica da reteno
conforme o conceito elstico de habitus. Atravs das vivncias corporais desenvolvidas, considerando o lugar do agente
social, as crianas aprenderam porque se interessaram, porque passaram a conhecer e a reconhecer tais formas corporais,
ao mesmo tempo em que interagiram com o grupo sentindo no somente o seu corpo, mas tambm os dos colegas, sem
estabelecer o que certo e o errado.
Participantes:

Orientador: Prof Dr Fernanda Flvia Cockell

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Educao em Sade
Autor: Carolina Porto Ribeiro
Ttulo: Avaliao de propostas de Educao Interprofissional na formao em sade:
um estudo de literatura (2009-2012)
Palavras-Chave: educao interprofissional; avaliao; sade
A demanda por uma prtica de trabalho em sade que considere sua complexidade, abrangncia e perspectiva
interdisciplinar reala a relevncia da formao de equipes no atendimento a populao. Apesar de bvia, esta
preocupao no tem sido objeto de novas propostas de formao profissional no Brasil. Reconhece-se sua importncia,
mas mantm-se uma nfase nos cursos em si, procurando estratgias de aprimoramento voltadas para uma viso de
prtica isolada das diferentes profisses. Como proposta de formao, a educao interprofissional vem sendo discutida
nos ltimos 30 anos, especialmente nos Estados Unidos e Europa, com o intuito de estimular o aprimoramento do cuidado
em sade por meio do trabalho em equipe. Os princpios da educao interprofissional se aplicam tanto para a graduao
das diferentes profisses de sade como para a educao permanente dos profissionais componentes de uma equipe de
trabalho. A educao interprofissional assume diferentes enfoques como modificar atitudes e percepes na equipe,
melhorar a comunicao entre os profissionais, reforar a competncia colaborativa, contribuir para a satisfao no
trabalho, construir relaes mais abertas e dialgicas, assim como integrar o especialista na perspectiva da integralidade do
cuidado. A construo da identidade profissional dos estudantes de uma rea em sade vai se fortalecendo a medida que
so expostos a situaes comuns de aprendizagem com outras reas, demandando olhares diferentes, que ora se
complementam, ora se confrontam, mas que possibilitam um nvel mais ampliado de compreenso da realidade. Desta
forma, a concretizao de propostas de educao interprofissional significa assumir uma nova organizao curricular que
priorize as discusses e as vivncias conjuntas das diferentes profisses envolvidas no cuidado em sade. Isto implica no
desenvolvimento de uma cultura de ensino-aprendizagem caracterizada pelas trocas e saberes partilhados, estabelecendo
espaos formativos mais significativos e comprometidos com a prtica do trabalho em equipe. O objetivo do presente
trabalho foi empreender uma reviso da literatura em peridicos nacionais e internacionais nas bases Scielo e PubMed no
perodo de 2009 a 2012, sobre a temtica avaliao de propostas de Educao Interprofissional a formao em sade.
Configurou-se como questo norteadora da presente pesquisa: O que tem sido publicado em peridicos nacionais e
internacionais sobre avaliao de propostas de Educao Interprofissional na formao em sade? O processo de busca e
identificao dos artigos foi realizado na base Scielo seguindo os seguintes passos: (1) buscou nos campos ttulo e
palavras-chave as expresses Educao Interprofissional, formao em sade e avaliao / Interprofessional Education,
health education and evaluation; (3) usou como limites na busca o perodo 2009-2012; (4) aps a seleo dos artigos foi
feito a leitura dos resumos identificando se os estudos abrangem a graduao em cursos da sade; (5) a partir da anlise
dos resumos, selecionou-se os artigos para
analise a partir dos eixos analticos orientadores concepo de avaliao,
estratgias de avaliao, sujeitos envolvidos e prticas de devolutiva dos resultados. Na base Scielo quando pesquisado
com o descritor ?educao interprofessional ? em ? todos os ndices? foram encontrados 5 artigos dentro do perodo que se
objetiva estudar. Quando pesquisado somente em ttulo foram encontrados 2 artigos com o descritor ?interprofessional
education?, 5 artigos com os descritores ?formao em sade e avaliao?, 7 artigos com os descritores ?health education
and evaluation? e 3 artigos com os descritores ?health education and assessment?. A leitura dos resumos desses artigos
foi realizada e 6 artigos, que abrangiam a graduao em cursos de sade, foram selecionados e includos no estudo para
anlise. Observou-se que os objetos de estudo dos artigos abrangem experincias que assumem claramente a dimenso
interprofissional e tambm, estudos avaliativos sobre processo de educao e avaliao em sade. Em relao aos
desenhos metodolgicos, a abordagem qualitativa situa-se como enfoque privilegiado dos artigos analisados,
destacando-se, todavia, uma tendncia de complementariedade ente procedimentos qualitativos e quantitativos na
perspectiva de compreender o processo de avaliao de propostas de educao interprofissional. As principais concluses
dos estudos analisados sinalizam a importncia de avaliar experincias interprofissionais e/ou que valorizam o trabalho
coletivo, buscando dar visibilidade s vozes e s prticas dos sujeitos envolvidos, abrangendo estudantes, professores,
gestores e comunidade em uma perspectiva de triangular diferentes olhares.
Participantes:

Orientador: NILDO ALVES BATISTA


Docente: SYLVIA HELENA SOUZA DA SILVA BATIST

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Educao em Sade
Autor: Helosa de Paula Pinto
Ttulo: Abordagem interdisciplinar da obesidade na adolescncia por meio de oficinas
realizadas no Centro de Recuperao e Educao Nutricional: um estudo de caso
Palavras-Chave: Obesidade, Adolescncia, Oficinas, Educao alimentar e nutricional, Tratamento inter
INTRODUO. Atualmente, dietas ricas em gorduras, acar e sdio, com pequena participao de frutas, verduras
e legumes, so prticas alimentares comuns entre os adolescentes, o que est relacionado ao aparecimento, cada vez mais
precoce, de doenas crnicas. A prevalncia mundial da obesidade na infncia e adolescncia pode ser caracterizada como
uma epidemia preocupante, uma vez que j se observa sua associao com alteraes metablicas e fatores de risco para
doenas cardiovasculares nessa populao. Somado a isso, estudos sugerem que o tempo de durao da obesidade est
diretamente associado morbimortalidade por essas doenas. Estando os adolescentes em fase de crescimento e
desenvolvimento, dietas restritivas no so recomendadas, visto que a restrio energtica pode vir a comprometer o
crescimento e o desenvolvimento. Portanto, para levar manuteno de um peso adequado para a altura, sem
compromet-los, a modificao de hbitos alimentares fundamental para o tratamento, podendo ser realizada mais
facilmente nessa faixa etria, por ser um estgio de vida em que ocorrem mudanas importantes para a consolidao de
hbitos. Por esse motivo, estratgias de carter educativo, realizadas individualmente ou em grupo, podem ser uma
maneira adequada para o incentivo ao consumo de alimentos saudveis. Contudo, segundo estudos, as intervenes em
grupos possuem algumas vantagens que parecem ser interessantes; os participantes unem-se em busca de um mesmo
objetivo e no se sentem nicos no seu problema, podendo trocar entre si e trabalhar problemas, comportamentos e
expectativas de uma maneira mais eficaz. Dentre as estratgias que podem ser colocadas em prtica, oficinas
interdisciplinares para educao alimentar e nutricional tem sido estudadas como uma maneira de promover a alimentao
saudvel. OBJETIVOS. Estruturar um conjunto de oficinas realizadas no CREN -VJ - Centro de Recuperao e Educao
Nutricional, como estratgia de abordagem interdisciplinar da obesidade na adolescncia. METODOLOGIA. Foi
desenvolvido Estudo de Caso - EC, para estruturar um conjunto de oficinas interdisciplinares como estratgia para
abordagem da obesidade entre adolescentes obesos. O EC foi desenvolvido em quatro etapas: delimitao da
unidade-caso; coleta e categorizao dos dados; seleo, anlise e interpretao dos dados; elaborao do relatrio. A
equipe multiprofissional integrante do projeto composta por educador fsico, psiclogo e nutricionista.
RESULTADOS.
Foram realizadas 33 oficinas com frequncia semanal. Uma vez por ms ocorria a "oficina de resgate", na qual eram
revistos os conceitos que foram abordados desde a primeira oficina. Neste trabalho sero apresentados os temas e
dinmicas propostos. CONCLUSO. As oficinas de interveno nutricional foram realizadas de forma ldica, interdisciplinar
e com regularidade; aos temas inicialmente propostos pela equipe, outros foram incorporados, conforme demanda do grupo
de adolescentes. A partir das oficinas de resgate pode-se observar que os temas abordados foram incorporados na forma
de atitudes e prticas por parte dos adolescentes.
Participantes:

Orientador: Semramis Martins lvares Domene

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Educao em Sade
Autor: Larissa Baraal Bordon
Ttulo: Fisioterapia Coletiva na Escola: contribuies e prticas pedaggicas
Palavras-Chave: postura corporal; escolares; educao em sade; fisioterapia coletiva
Introduo: O projeto propem atravs de um viso proveniente da Fisioterapia Coletiva, analisar e investigar as
contribuies de princpios e ferramentas pedaggicas em sade, em escolares de sete onze anos em uma escola
municipal localizada no Morro da Nova Cintra ? Santos ? SP. Justificativa: A literatura recente mostra que um dos possveis
cenrios de atuao da Fisioterapia Coletiva a escola ao constatar que tal ambiente um potente espao para o
desenvolvimento de disfunes musculoesquelticas e cinesioposturais, pois as crianas esto expostas a diversos fatores
de riscos, que envolvem, desde o tempo prolongado da postura sentada em sala de aula, mveis inadequados,
carregamento de mochilas pesadas e fatores psicolgicos. Ao mesmo tempo, esse um local privilegiado para aes
educativas em sade, que visam a adoo de hbitos saudveis, a valorizao e o cuidado com o corpo das crianas
(FOLTRAN et al., 2011; REBOLHO et al., 2009; FERNANDES et al., 2008). Objetivos: Esse projeto teve como objetivo
avaliar as intervenes realizadas no segundo semestre de 2011 com alunos do 1 ao 5 ano, bem como: classificar e
categorizar as atividades prticas realizadas com os escolares; descrever os recursos prticos e ferramentas de educao
utilizadas ? para auxiliar em uma possvel reproduo; e analisar os impactos das aes em Sade Coletiva. Metodologia:
Estudo exploratrio descritivo com propsito de avaliar as atividades em Sade Coletiva realizadas com escolares no Morro
Nova Cintra de Santos em 2011. Para a realizao do projeto aprovado pelo Comit de tica n 32564 (06/06/2012),
realizou-se uma reviso bibliogrfica sobre: Fisioterapia Coletiva, atuao com crianas em fase escolar; o papel da
Fisioterapia na orientao postural e nos hbitos adquiridos. Em seguida, foram analisados e categorizados os dirios de
campo entregues pelos alunos e os relatrios desenvolvidos durante o ano de 2011. Resultados parciais: A literatura
pesquisada aponta que o meio escolar um precursor de alteraes posturais e dores e um fomentador de ideias, sendo
um dos principais focos de preveno e promoo da sade por fazer parte de 1/3 das horas gastas por dia pelas crianas,
por conta da exposio aos fatores de risco e por ser um espao de formao. Ao todo doze atividades foram formuladas
pelos extensionistas, sendo desenvolvidas nas 2C, 3C, 3D e 4C sries e denominadas de acordo com seus propsitos
em: Mmica Corporal, Tipos de Marcha, Percepo do Desconforto, O Toque, Relaxamento, Desenhando o Prprio Corpo;
Conhecendo a Coluna; Desenho Corporal Coletivo; Amarrados e Vendados; Bate-Papo; Os Sentimentos e Interpretando os
Sentimentos. Aps cada oficina, uma roda de conversa era aberta com as crianas no intuito de fomentar o que havia sido
aprendido, entender as vivncias, tirar dvidas e retomar concepes e prticas abordadas em outras dinmicas. Recursos
diversos foram utilizados, desde teatros at desenho coletivo do corpo humano. Para o desenvolvimento das ferramentas,
os discentes focaram principalmente nos objetivos e ento adaptaram diversas dinmicas, pois os mesmos encontraram
dificuldades e escassez de moldes tericos e prticos na literatura. Cada atividade foi descrita e sistematizadas em tabelas
de acordo com grau de complexidade, objetivos propostos, benefcios esperados, resultados alcanados, materiais
utilizados e dificuldades enfrentadas. As aes foram de fcil compreenso para as crianas, pois faziam uso de um
universo comum todas, eram ldicas e buscaram a disseminao das prticas e ferramentas de sade aprendidas. Em
todas, trabalhou-se o corpo em movimento e as posturas estticas, de maneira global, desde a sua percepo corporal at
seus sentimentos, firmando assim a indissociabilidade entre corpo e mente. Consideraes Finais: Encontramos na
bibliografia as mesmas dificuldades vivenciadas atravs da extenso, pois o campo da Fisioterapia Coletiva ainda em
construo enfrenta a escassez de moldes tericos e prticos. Assim, como defendido pela Poltica Nacional de Sade na
Escola, as aes consideram central a educao em sade no mbito escolar para o desenvolvimento da ateno primria,
propondo uma educao que visasse conhecimento do corpo e empoderamento dos sujeitos. Todas as atividades
desenvolvidas abordaram o sujeito de maneira integral, com uma viso diferenciada em que a construo coletiva de sade
era priorizada, indo alm do modelo biomdico reabilitador e verticalizado, sugerindo assim concesses de escolhas s
crianas. Fugiu-se, portanto, do difundido objeto de prescrio normativa do que certo ou errado. A inteno foi mostrar
para os escolares que a postura e os princpios corporais so incorporados e internalizados, muitas vezes
inconscientemente, em conseqncia do habitus (Bourdieu, 1983), dos costumes, do meio social e ambiental e do estado
interno de cada indivduo, sendo multideterrminada. Os resultados parciais mostram a necessidade de mais estudos na
rea, bem como, a formao de profissionais capazes de atuar no campo da Fisioterapia Coletiva na escola, voltados
preveno e promoo da sade de crianas.
Participantes:

Orientador: Fernanda Flvia Cockell

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Educao em Sade
Autor: Regiane Lopes Pereira
Ttulo: Ensino mdico: Interpretao de exames Ultrassonogrficos da pelve feminina
em ginecologia para alunos do i
Palavras-Chave: ultrassonografia plvica, ginecologia, ensino mdico
Introduo: O Ultrassom uma onda sonora com frequncia maior que 16 KHz, acima do limite audvel pelo ouvido
humano. utilizado no meio mdico desde a dcada de 1930 a partir de um projeto dos irmos Dussik, na ustria.
Atualmente, um mtodo amplamente utilizado na rea mdica, sendo rpido, preciso e no invasivo, de baixo custo e que
no utiliza radiao ionizante ou meios de contraste. Estudos mostram que a ultrassonografia tem extrema importncia na
avaliao de afeces ginecolgicas, tornando-se importante ferramenta na avaliao e definio de diagnsticos
diferenciais das massas anexais, sendo largamente utilizado para a diferenciao de tumores de ovrio do subtipo
teratoma, possuindo utilidade em muitas outras reas da ginecologia. Em decorrncia da importncia cada vez mais
evidente do estudo ultrassonogrfico, tanto para diagnstico quanto para conduta, nas mais diversas afeces
ginecolgicas, fica claro que o mdico generalista deve ter ao menos uma boa ideia de como interpretar o exame. Assim, o
presente projeto teve por finalidade auxiliar os alunos do internato de medicina da Escola Paulista de Medicina - UNIFESP
na interpretao do exame ultrassonogrfico da pelve feminina, assim como detectar as caractersticas ultrassonogrficas
das afeces mais comuns em ginecologia.
Mtodos: O curso foi montado para ter sua execuo realizada de forma online. Primeiramente foi feito questionrio
com 15 questes de mltipla escolha, visando avaliar conhecimento prvio dos alunos, referentes s caractersticas do
exame e das propriedades fsicas da ultrassonografia, assim como as imagens ginecolgicas mais importantes e
prevalentes em ginecologia. O questionrio foi enviado de forma online aos alunos para avaliarem seus conhecimentos com
o prazo de dois dias para devoluo. Foi ento realizada a formatao do curso, compreendendo quatro grandes reas:
Princpios Bsicos da Ultrassonografia; Anatomia Normal da Pelve feminina; Principais Afeces Ginecolgicas Observadas
Ultrassonografia; Ultrassonografia Tridimensional do Assoalho Plvico. O contedo foi disponibilizado a todos os alunos
do Sexto Ano de Medicina de forma online, de forma a proporcionar interatividade entre os alunos e os responsveis pelo
curso, permitindo retirada de dvidas e sugestes quanto a formas de aprendizado. O curso ainda se encontra em
andamento e aps seu trmino, ser realizada uma nova prova para avaliao do aprendizado dos alunos.
Resultados: Foram realizadas 36 provas antes do inicio do curso, com 15 questes de mltipla escolha cada uma,
todas valendo 1 ponto. A mdia das notas foi de 5,96. Como o curso ainda se encontra em andamento, no h resultados
finais. Algumas provas foram realizadas a ttulo de acompanhamento de aprendizado, permitindo a obteno de resultados
parciais, com uma mdia de 7,41.
Concluso: O presente curso tem por objetivo proporcionar aos alunos do sexto ano de medicina um meio de
melhorar o conhecimento na rea de ultrassonografia plvica feminina atravs da montagem de um curso online que
abrange as mais importantes afeces ginecolgicas. Uma primeira avaliao demonstrou defasagem importante dos
alunos na rea.Resultados parciais aps incio o curso j demonstram melhora deste conhecimento, no entanto, ainda
necessrio terminar o curso para se avaliar os resultados finais.
Participantes:

Orientador: Zsuzanna Ilona Katalin de Jrmy Di Bella

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Educao em Sade
Autor: Tailah Barros de Paula
Ttulo: A POTENCIALIDADE DO LDICO EM PACIENTES EM HEMODILISE:
CONSTRUO DE NOVAS PRTICAS DE ASSISTNCIA PARA UM NOVO OLHAR
SOBRE O SUJEITO
Palavras-Chave: Insuficincia Renal Crnica, Hemodilise, Ldico, Subjetividade
Introduo: A insuficincia renal crnica um importante problema da sade pblica e a hemodilise um
tratamento que visa prolongar a vida do paciente, mas considerado invasivo e desgastante. Ao longo do tempo, os
pacientes referem sentimentos de impotncia, dependncia e limitaes corporais. No contexto hospitalar, atividades
ldicas podem proporcionar alegria e prazer entre os pacientes, recuperando a capacidade de se sentir ativo e no controle
das prprias escolhas. Objetivos: 1- Investigar sobre a vivncia e expectativas dos pacientes em tratamento na unidade de
hemodilise, bem como suas percepes e crenas sobre a doena e tratamento. 2- Propor atividades ldicas nas sesses
de hemodilise e investigar, bem como avaliar, os efeitos objetivos e subjetivos e a aceitao dessas atividades por parte
dos pacientes e equipe de sade, no contexto hospitalar. Mtodo: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com entrevistas em
profundidade com o uso de um roteiro temtico. Alm disso, foram estruturados pequenos grupos de pacientes durante as
sesses de hemodilise - em trs encontros sucessivos durante trs semanas - nos quais foram realizadas atividades
ldicas, relaxamento e visualizao conduzida e aplicao de escala Likert. Os sujeitos so pacientes em tratamento
ambulatorial (hemodilise) de um hospital geral da regio da Baixada Santista. As entrevistas individuais foram gravadas e
os discursos foram categorizados pelo mtodo de anlise de contedo. As intervenes em grupo foram analisadas
quantitativamente e qualitativamente, a partir dos relatos dos sujeitos. Os sujeitos assinaram um Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido conforme a Resoluo 196/96 do CNS. Resultados e Discusso: Foram realizados trs grupos, cada
qual com trs a quatro pacientes. Essa estrutura de cada grupo variou em funo da disponibilidade dos pacientes e de
espao fsico no contexto hospitalar. Os sujeitos tinham entre 20 e 70 anos, de ambos os sexos. No foi considerada como
critrio de incluso a situao clnica dos pacientes, mas sim sua disponibilidade em participar livremente dos grupos. Em
todos os grupos seguiu-se a estrutura pr-estabelecida no protocolo para os trs encontros. Quanto percepo dos
sujeitos quanto doena e o tratamento, foi possvel observar que os sujeitos procuram se adaptar s rotinas
pr-determinadas, construindo uma relao singular com a mquina de hemodilise, ou seja, procurando estabelecer uma
espcie de ?parceria de cuidados? com a mesma, em uma tentativa de dar um sentido sua impotncia diante da
dependncia de um aparato tecnolgico. Nesse sentido, o contexto que se observa no negativo (como frequentemente
se observa entre pacientes terminais), mas sim, positivo, pois os sujeitos usam de estratgias simblicas para poder
conviver com a sofrida situao do tratamento, referido, por exemplo, que ?a mquina cuida de mim?. No que diz respeito
s atividades grupais propostas, foi observado que as atividades ldicas tiveram maior aderncia e manifestao de
envolvimento e prazer por parte dos participantes ? chegando a chamar, positivamente, a ateno da equipe de sade.
Quanto s atividades de produo grfica constatou-se que todos os sujeitos optaram por no fazer produes prprias,
mas apenas colorir desenhos prontos, o que pode indicar sua dificuldade de se expor diante do olhar do outro. Os
resultados dos questionrios e a escala Likert - pr e ps-aplicao do protocolo - revelaram que a implantao das
atividades ldicas foi um fator positivo para melhora do humor dos sujeitos e contribuiu para melhor enfrentamento da
situao de imobilidade e ociosidade durante o processo da hemodilise. A experincia com os grupos revelou, ainda, que
o cenrio da hemodilise carrega aspectos prprios, nos quais h uma rotina hospitalar que visa a de eficincia do cuidado
onde todas as variveis seriam, supostamente, controladas, mas que engessa o paciente em um ambiente imutvel ? e, de
fato o paciente fica imvel durante horas. Observou-se que os pacientes procuram se adaptar passivamente, se ?
encaixando? em um ambiente de normalidade dentro desta rotina, e, a partir deste lugar, desenvolver suas relaes, suas
defesas e sua subjetividade. Neste contexto, a proposta de atividades em grupo parece ter gerado uma mobilizao
dinmica deste cenrio, em contrapartida a esta inrcia inicial observada, colocando os sujeitos envolvidos - tanto os
pacientes quanto a equipe mdica - diante do desconhecido que confronta a rotina e d espao para que a subjetividade,
outrora rechaada, aparea. Concluso: A vivncia e a experincia da implantao do trabalho ldico em grupo no cenrio
da hemodilise mostraram-se positivas do ponto de vista do pacientes. Alm disso, permitiu vislumbrar que nesse contexto,
em que se preza a rotina e a eficincia tcnica do cuidado, as questes subjetivas acabam secundrias, muitas vezes
aparecendo apenas na forma de sintomas psicossomticos ou nas supostas ?inadequaes? de comportamento ou ?no
adaptao? ao tratamento. Sendo assim, constatou-se que a introduo de um trabalho que mobiliza (objetivamente e
subjetivamente) a todos os envolvidos, parece permitir com que os sujeitos possam expressar suas questes de modo mais
construtivo, revelando necessidades que precisam ser tratadas de forma singular, respeitando as idiossincrasias de cada
sujeito.
Participantes:

Orientador: Karina Franco Zihlmann


Orientador: Lara C. D'Avila Loureno
Discente: Natan Santos Medeiro
Discente: Beatriz Maia

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Educao em Sade
Autor: Vernica Haysa Yamada
Ttulo: Motivos de no captao de crneas para doao em Hospital Universitrio na
cidade de So Paulo
Palavras-Chave: banco de olhos, captao, crnea, doao
Objetivo: o objetivo deste estudo foi investigar as razes de no captao de crneas no Hospital So Paulo (HSP),
Hospital Universitrio localizado em So Paulo, SP.
Mtodos: estudo transversal. Registros de potenciais doadores de crneas foram revisados por um periodo de um
ano (julho de 2010 a julho de 2011). Informaes como idade, sexo, tempo de bito e razes para no entrevistar os
membros da famlia foram coletados no Banco de Olhos do Hospital So Paulo (BOHSP). Variveis contnuas e categricas
foram comparadas com t de Student e qui-quadrado, respectivamente.
Este estudo foi aprovado pelo CEP da UNIFESP
(1699/11).
Resultados: durante o perodo do estudo, 1595 mortes com potenciais doadores de crnea ocorrero no HSP, com
1480 casos com dados completos e includos na anlise e 155 crneas doadas (10,5%). As principais causas de no
entrevista com famlia de potencial doador foram: sepse (32,9%), idade acima de 80 anos (13,5%), motivos familiares que
incluem nenhum parente de 1o grau responsvel pelo doador encontrado, nenhum membro da famlia encontrados, e
recusa da famlia (9,7%), sepse e idade avanada (3,9%), tempo de bito maior que 6 horas (3,4%), BOHSP no
comunicado sobre doao (2,7%), hepatite B ou C (2,7%), HIV (1,7%), e outras causas (29,5%).
Concluses: as principais razes para no captao de crneas pelo BOHSP foram sepse e idade acima de 80
anos, dado que representa o aumento da expectativa de vida da populao em geral, e que o HSP um hospital tercirio
que recebe casos mais complexos. Outras razes para no captao incluem fatores modificveis, tais como problemas
familiares e falta de comunicao entre o hospital e a equipe do Banco de Olhos. A adoo de novas estratgias para uma
melhor comunicao entre hospital, o Banco de Olhos e os membros da famlia podem aumentar o nmero de doadores de
crnea.
Participantes:

Orientador: Elcio H. Sato


Docente: Consuelo Bueno Diniz Adan
Docente: Flavio E. Hirai
Discente: Joyce Tsuchiya

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Enfermagem
Autor: Gabrielle Leonardo Pereira
Ttulo: Utilizao do metronidazol em pacientes portadores de ferida oncolgica: srie
de casos
Palavras-Chave: feridas oncolgicas, metronidazol, odor
Introduo: A prevalncia das feridas neoplsicas no so muito bem estabelecidas, porm estima-se que esto
presentes em 0,6 % a 9,0% dos cnceres, incluindo todos os tipos. A ferida neoplsica uma infiltrao do epitlio pelas
clulas tumorais, geralmente presente em doena com estgio avanado. Podem apresentar como caractersticas: rpida
proliferao, odor ftido, sangramento, dor localizada, exsudato, infecco local e necrose. De acordo com as evidncias
cientficas, h diferentes formas no tratamento dessas feridas e uma delas a indicao do frmaco metronidazol, sem que
haja consenso de como proceder ao seu uso, podendo ser utilizado na forma macerada, diluda ou em creme. Objetivos:
Investigar, identificar e descrever como profissionais de duas instituies hospitalares utilizam o metronidazol em feridas
oncolgicas, por meio de um roteiro de estudo de caso; constatar quais so as indicaes para a utilizao do antibitico;
descrever os procedimentos realizados por cada instituio; identificar o perodo de troca do curativo; descrever os
resultados obtidos e identificar os indicadores estabelecidos para avaliao desse resultado. Mtodo: estudo descritivo,
transversal, constitudo por uma srie de casos do tipo instrumentais. Os estudos de casos instrumentais tm como
finalidade fornecer subsdios para aprimorar o conhecimento e obter dados relevantes para a compreenso de fenmenos..
Foram solicitadas e recebidas as autorizaes institucionais, bem como as avaliaes dos Comits de tica em Pesquisa
(CEP) de ambas as instituies. Os dados dos casos foram organizados e analisados, de forma quantitativa e qualitativa de
acordo com as caractersticas dos mesmos. A amostra do tipo no-probabilstica, na qual fazem parte pacientes
oncolgicos que atenderam aos critrios de elegibilidade, no perodo entre Julho de 2012 e Julho de 2013. Os critrios de
elegibilidade foram: pacientes com ferida oncolgica, em acompanhamento ambulatorial ou hospitalar de uma das duas
instituies pesquisadas; fazendo uso do metronidazol, em qualquer forma de apresentao, no curativo da ferida; a ferida
deve ter como caracterstica apresentar odor. Critrios de excluso: pacientes sensveis ao metronidazol; no ter realizado
desbridamento da ferida, ou qualquer interveno cirrgica.
Os dados foram coletados nas dependncias ambulatoriais do
Hospital So Paulo (HSP), Universidade Federal de So Paulo (UNIFESP) e nas dependncias do Hospital A.C. Camargo,
ambos localizados no municpio de So Paulo. Resultados: Este estudo agregou 8 casos, sendo 5 provenientes do A.C.
Camargo e 3 provenientes do HSP. Dados sociodemogrficos: 6 pacientes do sexo masculino e 2 do sexo feminino, idade
entre 40 e 67 anos, mediana: 59 anos. Dados socioeconmicos: de 2 a 21 salrios mnimos, sendo que 1 paciente no quis
relatar, mediana: 5 salrios mnimos, 2 pacientes com ensino fundamental incompleto, 1 com ensino mdio incompleto, 3
com ensino mdio completo e 2 com superior completo, casados (n:7), catlicos (n:6), evanglico (n:1), esprita (n:1).
Antecedentes pessoais: 6 pacientes relataram ser ex-tabagistas, e 2 relataram ser ex-etilista. Foram diagnosticados os
seguintes tipos de cncer: 3 casos de melanoma, 2 casos de cncer de mama metasttico, 1 neoplasia maligna da glndula
tireide e 1 cncer da laringe. Os critrios utilizados para a aplicao do metronidazol nos pacientes foram: odor (n:8),
presena de exsudato (n:4), dor (n:1) sangramento (n:1) e necrose (n:2). No Hospital A.C. Camargo, o critrio para
utilizao do metronidazol foi necessariamente a presena de odor (n:5), os casos se diferenciam quanto a presena dos
demais critrios: presena de exsudato (n:3), sangramento (n:1) e necrose (n:2), e variam quanto a escala de grau do odor:
grau I (n:3), grau II (n:1) e grau III (n:1). Institui-se como terapia tpica, dermazine (creme de sulfadiazina de prata 1%)
com flagyl 400mg (comprimido de metronidazol) macerado, ocludo com alginato de clcio com prata, gaze e hypafix,
variando a quantidade do frmaco e materiais para o curativo em relao extenso da ferida. No HSP, o critrio para
utilizao do metronidazol foi a presena obrigatoriamente de odor (n:3), os casos se diferenciam quanto a presena dos
demais critrios: presena de exsudato (n:1), dor (n:1), e variam quanto a escala de grau do odor: grau I (n:1) e grau II (n:2).
Institui-se como terapia tpica, flagyl 0,5% (pomada vaginal de metronidazol), ocludo com gaze e faixa (atadura). As
trocas dos curativos foram determinadas de acordo com a observao da caracterstica da ferida e tratamento radiolgico.
Concluso: Ambas as Instituies utilizaram o metronidazol em feridas que apresentavam como principal critrio o odor, de
acordo com a escala, variando de grau I a III. Sendo que a diferena se estabeleceu quanto a forma de utilizao do
frmaco. Em todos os casos houve uma diminuio significativa do odor, melhora tanto no aspecto fisiolgico quanto no
psicolgico. O instrumento de coleta de dados se mostrou adequado.
Acredita-se que ao trmino da investigao,
poder-se-a verificar quais as formas de utilizao do metronidazol e assim fornecer opes para a tomada de deciso de
enfermeiros a fim de otimizar a assistncia e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Participantes:

Discente: Gabrielle Leonardo Pereira

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Enfermagem - Clinica e Cirrgica
Autor: Caren Ingrid dos Santos Silva
Ttulo: Perfil dos pacientes inscritos no cadastro nico de transplante renal no Servio
de Procura e Captao de rgos da Unifesp
Palavras-Chave: Enfermagem, Transplante de rim e Listas de espera
O mundo tem passado por mudanas profundas em suas estruturas etrias, trabalhistas e no modo de vida. O
aumento da idade populacional somado aos hbitos de vida precrios tem ocasionado aumento das alteraes renais que
evoluem para a cronicidade. Fatores como uma dieta inadequada, o abuso de lcool e outras drogas, a obesidade, em
conjunto com comorbidades contribuem para o surgimento e o agravo de doenas renais.
Devido a essas causas multifatoriais houve um crescimento mundial no nmero de pacientes com doena renal
crnica (DRC) levando a propores epidmicas nas ltimas dcadas. Os pacientes em estgio final da doena, a
insuficincia renal crnica terminal (IRCT), somente sobrevivem com a utilizao de mtodos de filtragem artificial do
sangue, necessitando das terapias de substituio renal. Com a progresso da doena, a equipe de sade juntamente com
o paciente dever instituir qual a teraputica para compensar a perca da funo renal, podendo optar pelas dilises ou o
transplante renal. Na escolha pelo transplante renal o paciente entrar na fila de espera pelo rgo, sendo avaliados vrios
fatores na escolha do receptor.
O rim foi o primeiro rgo a ser utilizado amplamente na falncia de rgos, a eficcia de sua teraputica se deve ao
avano nas pesquisas de compatibilidade, o aparecimento de novas drogas imunossupressoras, a melhora nos
procedimentos cirrgicos, alm do aumento da qualidade de vida, levando ao crescimento na demanda pela escolha
teraputica. partir desse aumento, criaram-se leis e portarias para sua regulamentao em mbito nacional, estadual e
local. Dentre os diversos centros de referncias no transplante renal o Hospital SoPaulo/HRIM tem se destacado dos
demais centros, apresentando, segundo dados da Associao Brasileira de Transplante de rgos (ABTO), no ano de 2012
um total de 9300 transplantes renais, com 100% de sobrevida, sendo o servio que mais realizou Transplantes renais no
perodo. Partindo desse embasamento o presente estudo buscou conhecer o perfil dos pacientes inscritos na fila do
transplante renal inscritos no programa de transplante renal da Unifesp, a partir de variveis sociodemogrficas e clnicas. A
importncia da caracterizao dos pacientes inscritos na fila do transplante renal possibilitar aos profissionais da sade a
visualizao do perfil desses pacientes direcionando assim a assistncia multidisciplinar, trazendo benefcios no somente
na ateno terciria, mas tambm na primria, podendo influenciar diretamente nas questes de preveno da doena ou
no adiamento das terapias de substituio renal, visto que o rim um rgo no regenerativo.
Mtodo: Trata-se de estudo epidemiolgico do tipo transversal sobre o perfil do paciente inscrito no Programa de
Transplante Renal da Unifesp. Utilizou-se o banco de dados da central de notificao captao e distribuio de rgos
(CNCDO) do Estado de So Paulo, selecionando os pacientes na lista para o transplante de rim referente a UNIFESP de
2009 a 2012. As variveis utilizadas foram sexo, idade, diagnstico de base, cor, os indivduos que foram transplantado ou
no durante o perodo, tipo sanguneo, causas de recusa e procedncia.
Resultado: Foram identificados 8580 indivduos na lista para transplante renal referente a UNIFESP , sendo que
durante o perodo 1446 (16,85%) realizaram os transplante e 7134 (83,15%) permaneceram na lista. O sexo mais
predominante foi o masculino com 5067 (59,06%) e o feminino com 3513(40,94%). No sistema ABO os indivduos do grupo
O foram os mais prevalentes com 4155 (48,43%), seguida pelo grupo A com 3050 (35,55%), grupo B com 1077 (12,55) e
grupo AB com 298 (3,47%). Na contagem dos diagnsticos a doena de base mais presente foi a Doena Arterial Crnica
com 2237 (26,07%), seguida da Diabetes com 2051 (23,90%), as Glomerulonefrites com 1093 (13,74%), as Nefrites
intersticiais com 160 (1,86%), e outras causas com 2543 (29,64%). Nessa varivel o sistema no identificou o diagnstico
de 496 indivduos ( 5,78%). Na recusa pelo transplante a causa mais prevalente foi o receptor sem condies clnicas com
462 (52,80%), posteriormente a recusa do receptor com 113 (12,91%), receptor no localizado com 49 (5,60%) e outros
motivos com 251 (28,69%). Na varivel idade a grupo com maior nmero de indivduos foi de 51 a 60 anos representando
2022 (23,57%), seguida pelo grupo de 41 a 50 anos com 1799 (20,97%), e 31 a 40 anos com 1563 (18,22%). A cor branca
foi a mais referida pelos indivduos com 5594 (65,20%), posteriormente a cor parda com 1800 (20,98%), a negra com 1017
(11,85%) e a amarela com 169 (1,97%). Na cidade proveniente a cidade de So Paulo foi a que apresentou maior nmero
de indivduos com 2292 (26,71%), seguida por Guarulhos com 405 (4,72%), e Santo Andr com 207 (2,41%).
Concluso: o trabalho encontra-se em anlise estatstica e discusso.
Participantes:

Orientador: Bartira de Aguiar Roza


Docente: Janine Schirmer
Discente: Joo Luis Erbs
Discente: Vanessa Silva

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Enfermagem - Clinica e Cirrgica
Autor: Letcia Fermiano
Ttulo: Grau de motivao para cessao do tabagismo em pacientes hospitalizados
Palavras-Chave: Tabagismo, Abandono do hbito de fumar, Hospitalizao
INTRODUO: Segundo a Organizao Mundial da Sade (OMS) o tabagismo a principal causa de morte evitvel
em todo o mundo. Com base nesses dados e nos impactos na sade pblica, vm sendo desenvolvidas campanhas para
estimular a cessao do uso do tabaco no mundo inteiro. A interrupo do uso de tabaco associado a hbitos de vida
saudveis reduz o risco de morte e aumenta a expectativa de vida, reduz tambm o risco de cncer (sobretudo no pulmo),
de doenas cardiovasculares, e de doenas pulmonares crnicas. A severa dependncia provocada pela nicotina produz
grande desconforto fsico e psicolgico ao fumante que tenta abandonar o uso, comprometendo o processo de parar de
fumar. Pesquisas indicam que 80% dos fumantes desejam parar de fumar, mas apenas 3% conseguem sozinhos,
demandando tratamento especfico. Justifica-se, portanto, os esforos em desenvolver medidas de apoio cessao do
tabagismo. A internao hospitalar permite uma melhor abordagem para informar e orientar, monitorar e estimular o incio
de um tratamento, que pode transformar essa pausa obrigatria do tabagismo em uma tentativa bem sucedida de cessao
total do habito de fumar.
OBJETIVO:Identificar a prevalncia de tabagistas hospitalizados e o grau de motivao dos mesmos para a
cessao do tabagismo.
METODOLOGIA: O estudo foi realizado aps aprovao do Comit de tica e Pesquisa da Universidade Federal de
So Paulo, UNIFESP. um estudo descritivo e transversal, realizado em um Hospital Universitrio da cidade de So Paulo
no perodo de fevereiro a maro de 2013. Foram includos todos os pacientes adultos internados nas unidades selecionadas
que consentiram participar do estudo assinando o Termo de Consentimento livre e Esclarecido. Instrumentos de Coleta de
dados: O primeiro instrumento de coleta de dados foi um questionrio com perguntas fechadas contendo dados de
identificao,
demogrficos, socioeconmicos, e relacionados ao tabagismo como idade de incio, tempo de fumo, carga
tabgica, motivos pelos quais iniciou o fumo; a presena de comorbidades tabaco-relacionadas e grau de dependncia
nicotina pelo questionrio do teste de Fagerstrm. As comorbidades foram complementadas com os dados do pronturio do
paciente. O teste de Fagerstrm um dos primeiros instrumentos desenvolvidos para avaliar a dependncia nicotina,
constitudo por seis questes fechadas que iro verificar, de acordo com a pontuao,o grau de dependncia, sendo: 0 a 2
= muito baixo, 3 a 4 = baixo, 5 = mdio, 6 a 7 = elevado e 8 a 10 = muito elevado. O segundo instrumento, foi utilizado para
os pacientes que manifestaram interesse em parar de fumar. Para mensurao da motivao para a cessao do
tabagismo foi utilizado a Escala University of Rhode Island Change Assessment (URICA). Ela classifica a motivao em
quatro estgios: pr-contemplao, contemplao, ao e manuteno. As respostas so dadas em escalas de 1 (discordo
totalmente da afirmao) a 5 (concordo totalmente). Cada afirmao est ligada a um estgio motivacional diferente, e ao
final do teste, possvel determinar qual o grau de motivao do paciente, levando em conta em qual estgio sua
pontuao foi maior.
RESULTADOS: Participaram do estudo 225 pacientes, sendo 138 (61,3%) do sexo masculino, a idade mdia foi de
54 anos variando de 19 a 95 anos, 53 (23,5%) so aposentados, 57,3% eram casados e quanto a escolaridade, 58 (25,8%)
possuem ensino fundamental incompleto e 55 (24,4%) ensino mdio completo. Quando a renda mensal, 82 (36,4%)
possuem renda de 1 a 2 salrios mnimos e 69 (30,7%) renda mensal maior que 3 salrios mnimos. Dos 225 pacientes,
118 (52,4%) referem nunca ter fumado, 75 so ex- tabagistas (33,3%) e 32 fumantes (14,2%). Considerando
especificamente os tabagistas, a idade mdia que iniciaram o hbito de fumar foi de 15 anos e o tempo mdio de tabagismo
foi de 37 anos. Quanto a carga tabgica, a mdia foi de 31 anos/mao. Os motivos que os levaram a fumar foram:
influncia dos amigos (59,4%), influncia de familiares (25%), influncia dos colegas de trabalho (15,6%), 25% no sabem
informar ou referiram outros motivos e 9,4% para tentar aliviar o stress, sendo que alguns apresentaram mais de um motivo.
Em relao as comorbidades 53,1% so hipertensos, 37,5% tm lcera ou gastrite, 31,2% algum tipo de tumor maligno,
25% so diabticos, 25% possuem problemas cardacos, 25% varizes, 18,8% doena pulmonar intersticial, 15,6% doena
pulmonar obstrutiva crnica e 24,3% apresentaram
outras comorbidades, sendo que alguns possuiam mais de uma
comorbidade. Segundo o teste de Fager Fagerstrm, 28,1% tm grau de dependncia elevado, 25% muito elevado, 21,9%
baixo, 12,5% mdio e 12,5% muito baixo. Quanto a motivao para a cessao do tabagismo, 43,8% estavam no estado de
contemplao, 40,6% no estado de ao, 9,4% ficaram
entre o estado de contemplao e ao e 6,2% no
compreenderam o questionrio.
Relacionando o grau de motivao com o grau de dependncia, dos 14 que estavam no estado de contemplao,
1 apresentou um grau de dependncia muito baixo, 4 baixo , 2 mdio , 4 elevado e 3 muito elevado. J para os 13 que
estavam no estado de ao 2 apresentaram um grau de dependncia muito baixo, 3 baixo , 3 elevado e 5 muito elevado.
Concluso: A internao uma boa oportunidade para abordar e informar o paciente sobre os malefcios do
tabagismo, j que ele se encontra hospitalizado por algum problema de sade que pode estar relacionado ao tabagismo ou
pode ser agravado por ele. A maior facilidade na adeso ao tratamento est de certa forma ligada ao prprio processo de
hospitalizao que leva o paciente a cessao do uso do tabaco por um certo perodo, porque essa a exigncia das
unidades hospitalares. Nossos resultados indicam que dos 32 fumantes, todos apresentaram vontade de parar de fumar, e
em relao ao grau de motivao para cessar o hbito podemos observar que 43,8% encontram-se no estado de
contemplao, e a hospitalizao pode ser o momento ideal para aderirem com maior facilidade ao tratamento para
cessao do tabagismo, j que apresentaram um grau de motivao propcio para tal interveno.
Participantes:

Orientador: Ana Rita de Cssia Bettencourt

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Enfermagem - Clinica e Cirrgica
Autor: Marcelle Silva Palopoli Bronzoni
Ttulo: Localizao da Dor em Crianas e Adolescentes com Cncer
Palavras-Chave: Dor, avaliao, localizao, crianas, cncer
Introduo: A dor em crianas e adolescentes com cncer um dos principais sintomas que pode aparecer em todas
as fases de evoluo da doena. Assim, sua avaliao fundamental para nortear o tratamento e seguimento desses
pacientes e representa um desafio devido sua subjetividade, bem como diversidade de expresses da mesma. Para
tanto, recomendada a utilizao de instrumentos que avaliem e mensurem os diferentes aspectos desse sintoma, dentre
os quais os diagramas para localizao da dor, que sero objeto deste estudo. Objetivos: Identificar qual dos instrumentos
para localizao da dor oferecidos s crianas, adolescentes e adultos jovens com cncer ou seus responsveis, atendidos
pelo Grupo da Dor do IOP/GRAACC, por eles preferido; verificar a associao entre as variveis sexo, idade e
escolaridade e o instrumento escolhido e, descrever os motivos da escolha do instrumento. Mtodo: Estudo descritivo, de
corte transversal, realizado no IOP/GRAACC-UNIFESP no perodo de 06/08/2012 a 12/04/2013, aps aprovao pelo CEP
da UNIFESP. Aos pacientes e/ou cuidadores eram apresentados o diagrama corporal Eland Color Scale e um dos
diagramas corporais da instituio, de acordo com a idade e sexo do paciente (beb, menino e menina). Eles escolhiam o
instrumento que julgavam melhor para apontar o local da queixa lgica, justificavam essa escolha e eram perguntados se
gostariam de sugerir alguma alterao na figura escolhida. Resultados: 58 pacientes fizeram parte do estudo, dos quais 30
(51,7%) eram do sexo masculino e 28 (48,3%) do sexo feminino. A mdia de idade foi de 14 anos, sendo a mnima de um
ano e mxima de 31 anos. Com relao escolaridade, 11 (19%) eram no alfabetizados, 22 (37,9%) cursavam o ensino
fundamental, 20 (34,5%) cursavam ou j haviam concludo o ensino mdio, e cinco (8,6%) cursavam ou j haviam concludo
o ensino superior. No que diz respeito ao local de atendimento, 10 (17,2%) pacientes foram atendidos ambulatorialmente e
48 (82,8%) em unidades de internao, sendo que 20 (34,5%) estavam em tratamento clnico e 28 (48,3%) ps-cirrgico.
Os diagnsticos mdicos predominantes foram: tumores sseos (25/43,1%), tumores de SNC e SNP (12/20,7%), leucemias
e linfomas(10/17,2%) e outros tipos de tumores slidos (11/19%). A dor aguda esteve presente em 52 (89,7%) pacientes e a
dor crnica em seis (10,3%). No que se refere escolha do diagrama corporal, 44 (75,9%) pacientes escolheram os
diagramas corporais da instituio e 14 (24,1%) optaram pelo diagrama corporal Eland Color Scale. Dos 44 pacientes que
escolheram o diagrama da instituio, a maioria era do sexo masculino (26/59%), com predomnio da faixa etria de 10 a 19
anos (22/50%) e nvel de escolaridade entre ensino fundamental (15/34%) e mdio (14/32%). Ao analisar os dados dos 14
sujeitos que escolheram o diagrama corporal Eland Color Scale, pde-se verificar que neste grupo houve predomnio do
sexo feminino (10/71,4%) e semelhana com os resultados relativos ao instrumento anterior, quanto faixa etria (10 a 19
anos - 9/64,2%) e escolaridade (fundamental e mdio - 12/85,7%). O argumento utilizado pela maioria dos pacientes para
justificar a escolha do diagrama corporal da instituio foi o fato deste apresentar um corpo despido, o que facilitava a
visualizao da regio anatmica onde a dor estava localizada. 0bservou-se, ainda, que algumas crianas menores
mostravam-se envergonhadas diante da figura despida, porm a opo pelo diagrama foi feita pela possibilidade de
visualizao do local da dor. Outra constatao foi que algumas pacientes do sexo feminino optaram pela escolha do
diagrama Eland Color Scale argumentando que nessa figura o cabelo mais longo remetia imagem feminina,
expressando-se da seguinte maneira: ?Tem cabelo de mulher? ou ?Porque uma menina?. Concluso: O instrumento de
preferncia dos pacientes foram os diagramas institucionais, com a justificativa de que estes permitiam melhor visualizao
do local da queixa lgica.
Participantes:

Discente: Marcelle Silva Palopoli Bronzoni

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Enfermagem - Clinica e Cirrgica
Autor: Mayra Matos de Carvalho Zanella
Ttulo: Preparo e Administrao de Medicamentos Enterais para Crianas
Hospitalizadas
Palavras-Chave: Uso de medicamentos; Enfermagem Peditrica
INTRODUO: Na terapia medicamentosa em crianas, a prtica usualmente realizada pela enfermagem a
diviso, o maceramento, a diluio e a rediluio de comprimidos, drgeas e cpsulas. Porm, pode-se incorrer no risco de
perda da dosagem e das caractersticas do medicamento e, consequentemente, no prejuzo para a teraputica da criana.
Verifica-se ento, a necessidade de aprimoramento do conhecimento em relao ao preparo e administrao dos frmacos,
assim como seus possveis efeitos na populao peditrica. OBJETIVO: Averiguar o modo de preparo e administrao dos
medicamentos enterais prescritos para crianas, segundo os profissionais da equipe de enfermagem. MTODO: Estudo do
tipo transversal e descritivo com abordagem quantitativa, desenvolvido em duas unidades peditricas, sendo uma clnica e
uma cirrgica, de um hospital universitrio localizado na cidade de So Paulo. O projeto obteve aprovao do Comit de
tica em Pesquisa da Instituio (CEP 180.694/12), bem como a autorizao da diretora de enfermagem, o consentimento
das enfermeiras encarregadas das unidades para a realizao do estudo, e a assinatura de participao do sujeito,
conforme Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE. Este estudo continuidade da pesquisa de Iniciao
Cientfica (PIBIC 2011/2012), intitulada ?Medicamentos enterais prescritos para crianas hospitalizadas?.
A presente
investigao ocorreu por meio de questionrio prprio entregue aos 60 profissionais da equipe de enfermagem que atuam
nas unidades clnica (39) e cirrgica (21) - sendo 18 enfermeiros, 11 tcnicos de enfermagem e 31 auxiliares de
enfermagem, contendo 12 situaes, do tipo caso clnico, baseadas nos frmacos identificados no projeto principal e o
modo que a equipe de enfermagem prepara e administra os frmacos enterais. Ao trmino do perodo estabelecido para a
coleta dos dados, houve a devolutiva de 27 (45,0%) profissionais, sendo 14 (51,9%) da cirrgica e 13 (48,1%) da clnica,
constituindo, assim, a amostra do estudo. Foram estudadas as variveis referentes aos dados demogrficos da equipe de
enfermagem (categoria profissional, idade, sexo, tempo de formado, tempo de atuao no local e realizao de
ps-graduao) e da terapia medicamentosa (frmaco, apresentao, via de administrao, modos de preparo e de
administrao). A coleta de dados foi realizada nos meses de novembro e dezembro de 2012. RESULTADOS: Dos 18
enfermeiros das unidades em estudo, 11 (61,1%) responderam ao questionrio e, destes, 5 (45,4%) possuam
especializao na rea e 3 (27,3%) eram mestres. Dos 11 tcnicos, 10 (90,9%) responderam e somente 1 (10,0%) possua
especializao na rea. Dos 31 auxiliares houve retorno de apenas 6 (19,3%), no havendo complementao acadmica
nessa varivel. A mdia de idade dos profissionais foi de 38,5 ( 9,16) anos e mediana de 38 anos, todos do sexo feminino.
As variveis referentes formao do profissional identificou mdia de tempo de atuao no local de 7,22 ( 6,05) anos
com mediana de sete anos. Dentre os casos que possuam a forma de apresentao cpsula, somente 50,6% dos
profissionais abririam-na para manipulao como forma de adequar a dose prescrita, quando, nestes casos, era
imprescindvel a abertura da cpsula antes de sua macerao ou diluio; os demais realizariam a macerao e posterior
diluio.
Na unidade cirrgica, 24,4% dos profissionais utilizariam cortador para adequar a dose do comprimido, sendo o
mtodo de macerao empregado em 75,6% das situaes propostas, 88,1% diluiriam aps este procedimento e, com
maior prevalncia, utilizariam gua destilada (69,0%), sendo o material de porcelana o de maior emprego (45,2%). Na
unidade clnica os profissionais usariam o cortador em 31,4% das situaes propostas, 86,5% utilizariam o mtodo de
macerao, 92,3% diluiriam aps este procedimento e, com maior prevalncia, utilizariam gua destilada (59,6%), sendo o
material de cermica o de maior emprego (33,9%). Um dado a ser ressaltado que, uma das situaes propostas referia-se
a comprimido que no deveria ser manipulado para adequao da dose, mesmo assim, 40,7% dos profissionais
manipulariam de alguma forma este frmaco.. CONCLUSO: Os resultados permitiram verificar que praticamente um tero
da amostra utilizaria o cortador para manipular o frmaco e a porcelana seria o material de escolha para macerar e diluir;
quase a totalidade maceraria e diluiria os frmacos; e pouco mais da metade escolheria a gua destilada para a diluio do
medicamento. Ainda foi possvel observar que apenas 5,2% dos casos no seriam manipulados, sendo administrados em
sua conformao original, comprovando que a forma de apresentao dos medicamentos no apropriada para a faixa
etria peditrica, fazendo com que os profissionais utilizem mtodos alternativos para obteno da dose prescrita, como
diviso ou macerao e diluio, podendo incorrer no risco de perda da dosagem do medicamento e, consequentemente,
prejuzo para a teraputica da criana. AGRADECIMENTOS: CNPq, por ajudar no desenvolvimento do pensamento
cientfico e iniciao pesquisa de estudantes de graduao do ensino superior.
Participantes:

Orientador: Maria Anglica Sorgini Peterlini


Docente: Ana Maria Miranda Martins Wilson
Discente: Mayra Matos de Carvalho Zanella

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Enfermagem - Gerenciamento e Sade Coletiva
Autor: Julio Cesar de Oliveira Mattos
Ttulo: ENVELHECER NO MERCADO DE TRABALHO: UM ESTUDO COM
ENFERMEIROS EM HOSPITAIS UNIVERSITRIOS
Palavras-Chave: Envelhecimento, trabalho, enfermagem

Introduo. O trabalho sempre se fez necessrio na vida do ser humano e o seu conceito foi sofrendo mudanas, e
preenchendo valores e significados diferentes ao longo de sua trajetria.
Por sua vez o envelhecimento no
exclusivamente um estado fsico e sim um processo biopsicossocial que afeta todos no decorrer da vida. Na medida em que
envelhecemos, trabalhamos e no raras vezes vivenciamos processos de desgaste psicofsico no mercado de trabalho. A
Enfermagem uma profisso que exige esforo fsico e mental contnuo, muitas vezes seus profissionais mantm vnculo
trabalhista em mais de uma instituio dado a baixa remunerao.
Objetivo: compreender o processo de envelhecimento no mercado de trabalho de enfermeiros e enfermeiras de dois
hospitais universitrios no Estado de So Paulo.
Metodologia: Pesquisa qualitativa, ancorada no mtodo da histria oral, modalidade temtica. Foram entrevistados
15 enfermeiros, 10 em um hospital na capital e 05 no interior de So Paulo. Os dados foram coletados por meio de
entrevistas e de observaes do ambiente de trabalho.
Principais resultados: Todos entrevistados trabalham nessas instituies hospitalares h pelo menos cinco anos,
esto contratados em regime da Consolidao das Leis Trabalhistas, com 40 horas semanais de trabalho. A metade destes
enfermeiros atualmente mantm dois ou mais empregos. Uma enfermeira estava aposentada, e mantinha um vinculo
trabalhista. Na capital gastam em mdia uma hora para se deslocar entre os empregos e/ou suas moradias. Depreendemos
nas narrativas que o enfermeiro tem uma vida til pequena no mercado de trabalho, as instituies hospitalares requerem
do profissional alm da competncia tcnica e cientfica, a capacidade de esforo fsico e mental, uma vez que so
desprovidos de tecnologias ergonmicas para auxiliar no cuidado. O trabalho de mudana de decbito e movimentao dos
pacientes ainda manual e pesado. Constatamos que na medida em que o profissional envelhece vai perdendo valor e se
quiser seguir adiante e ser reconhecido no trabalho alm de estudar e cuidar da sua sade precisa cuidar da aparncia.
Como so CLTistas relatam correr mais riscos de serem descartados e trocados por profissional mais jovem, entretanto
mencionam no ter medo de que isso ocorra com eles. Salientaram certas ocorrncias de problemas de sade decorrentes
principalmente do estresse e do desgaste provocado pelas condies de trabalho, com reflexos nas condies de vida, e,
consequentemente, que tendem a afetar o processo de envelhecimento. Apesar disso, somente
trs tiveram afastamento
do servio em decorrncia de tratamento de sade.
Consideraes finais: A anlise do trabalho, articulada especificidade da atividade de enfermagem, contribuir para
a melhor compreenso das condies de trabalho, vida e de sade desse grupo profissional.
Participantes:

Orientador: Ana Cristina Passarella Brtas


Orientador: Marcia Renata Rodrigues

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Enfermagem - Gerenciamento e Sade Coletiva
Autor: Tailine Ligia Tadini
Ttulo: Percepo de violncia para idosos que moram na cidade de Guapiau-sp e no
bairro Vila Clementino em So Paulo
Palavras-Chave: violncia; velhice; envelhecimento; idoso; pesquisa qualitativa; enfermagem
PERCEPO DE VIOLNCIA PARA IDOSOS QUE MORAM NA CIDADE DE GUAPIAU-SP E NO BAIRRO VILA
CLEMENTINO EM SO PAULO
Tadini TL1, Brtas ACP2. Escola Paulista de Enfermagem,
Clementino (EPE/UNIFESP).
1. Graduanda do 4 ano do Curso de Enfermagem da EPE/ UNIFESP
2. Professora associado da EPE/ UNIFESP. Orientadora

Universidade

Federal

de

So

Paulo,

campus

Vila

Introduo: Nada mais fica oculto na vida social, estamos todos envolvidos e somos cmplices de questes globais
como a violncia, a segurana, a paz, a desigualdade, a fome, a devastao do meio ambiente, entre outras. Neste
contexto, a violncia contra idosos um assunto de difcil apreenso prtica e conceitual, a sua enunciao j se coloca, a
priori, como um problema a ser enfrentado. O Brasil est envelhecendo, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiclio (PNAD 2009), o nmero de pessoas com 60 anos ou mais corresponde a 21 milhes, valor este relacionado a
11,3 % da populao brasileira. No ano de 2025, estimado que o Brasil ocupar a sexta posio em nmero de pessoas
idosas. A Organizao Mundial da Sade (OMS) prev que em 2050 o mundo ter mais idosos do que crianas. A este
cenrio soma-se a situao de violncia que estas pessoas vm sofrendo e/ou cometendo.
Objetivo: Compreender o significado da violncia para os idosos ativos na cidade de Guapiau, interior de So
Paulo, e na cidade de So Paulo, especificamente os que frequentaram a Universidade Aberta Terceira Idade (UATI) da
UNIFESP.
Metodologia: uma pesquisa qualitativa, que utilizou a Histria Oral na modalidade temtica, por meio da tcnica da
entrevista. Foram entrevistados 26 idosos, sendo 14 da cidade de Guapiau e 12 de So Paulo. Esta pesquisa foi aprovada
pelo Comit de tica em Pesquisa da UNIFESP sob n 0848/11. Principais Resultados:
Na cidade de So Paulo, dos 12 idosos entrevistados, dois eram do sexo masculino e dez do sexo feminino. A mdia
de idade dos participantes foi de 72,33; sendo que a idade mnima foi de 62 anos e a mxima de 83 anos. Nove
entrevistados declararam ser da cor branca, dois da cor amarela e um da cor negra. Em relao escolaridade desses
entrevistados, seis apresentavam ensino mdio completo e seis superior completo. Nessa populao, oito eram
aposentados, seis pensionistas e apenas um no tinha nenhum tipo de benefcio de seguridade social. Oito mencionaram j
ter sofrido e cinco j haver cometido algum tipo de violncia.
Na cidade de Guapiau, dos 14 idosos entrevistados, cinco eram do sexo masculino e nove do sexo feminino. A
mdia de idade dos participantes foi de 68,57 anos; sendo a idade mnima 60 anos e a mxima de 76 anos. Entre essa
populao, 10 pessoas declararam ser da cor branca, enquanto dois da cor parda. Em relao escolaridade, nove idosos
possuem o ensino fundamental incompleto, um mdio incompleto, um mdio completo e trs superior completo. Desses
idosos, 10 recebem aposentadoria e dois penso, sendo que quatro no eram aposentados nem pensionistas. Seis idosos
relataram ter sofrido e dois j ter cometido algum tipo de violncia, sendo que entre os que cometeram um disse haver
sofrido.
De acordo com os relatos obtidos, tem-se que os idosos em ambas as cidades relacionaram a violncia falta de:
respeito, segurana, estudo, educao, cultura, estrutura familiar, limites e de amor, sendo que este ltimo foi associado
agressividade e consequentemente violncia. Soma-se a definio da violncia, como sendo: toda agresso no
consentida, tudo aquilo que vem a causar medo e foi mencionada com origem no ambiente familiar, relacionada maneira
como a pessoa foi criada. Obteve-se a partir dos relatos que a violncia pode estar relacionada falta de impunidade por
parte do governo.
Todos idosos referiram que a violncia hoje mais frequente do que antigamente. Nesse item, encontra-se a mdia
como principal meio de divulgao e desencadeador da violncia. Muitos mencionaram que precisaram alterar o seu estilo
de vida, como por exemplo, ?estar rodeado por grades para uma aparente segurana ou no perodo da noite
quase no sair de suas casas.
Mencionaram tambm que o idoso o foco da violncia, pois aparentemente so pessoas mais fragilizadas e com
menor defesa pessoal. Entretanto outros relatos abordam que o foco da violncia est voltado para os jovens, pois so
estes que possuem celulares modernos, roupas cobiadas, entre outros, enquanto os idosos s tm celulares antigos e
roupas que no so de interesse para o furto/roubo.
Na cidade de So Paulo, oito idosos sofreram algum tipo de violncia, cinco cometeram e trs cometeram e
sofreram. Enquanto na cidade de Guapiau o nmero foi um pouco menor, sendo que seis idosos relataram sofrer alguma
violncia, dois cometer e apenas um sofrer e cometer.
A violncia presenciada causou alteraes na vida desses idosos. Um idoso de Guapiau relata que teve depresso
depois de sofrer determinada violncia. Uma idosa de So Paulo, no conseguiu contar para suas filhas que havia sido
obrigada a retirar dinheiro para dar ao agressor. O medo e a impotncia tornam-se sentimentos constantes na vida dessas
pessoas. A vergonha de relatar o que passaram muitas vezes trs angstias que ainda no foram resolvidas dentro do
ntimo dessas pessoas. Apesar de terem sofrido violncia a algum tempo, os idosos ainda se emocionam ao expressar o
que passaram. Um dos entrevistados no quis relatar qual foi a violncia que sofreu, sendo que nesse momento houve uma
pausa na discusso por parte do entrevistado, sendo esse o modo aparente de defesa do sofrimento psquico.
Consideraes: A cada dia a violncia est mais presente na vida das pessoas tanto no meio privado quanto no
pblico, seja por meio da mdia ou de outra forma. Os idosos sendo uma faixa etria vulnervel acabam sendo vtimas
dessa violncia. Polticas pblicas de sade e insero ativa dos idosos na vida social devem ser aplicadas para que esta
populao possa envelhecer com dignidade, respeito e segurana. Entendemos que os achados neste estudo podem
contribuir para agregar valor ao cuidado de enfermagem gerontolgico.
Palavras-chave: violncia; velhice; envelhecimento; idosos; pesquisa qualitativa; enfermagem.
Participantes:

Discente: Tailine Ligia Tadini


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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Enfermagem - Sade da Mulher e Sade da Criana
Autor: Larissa Guanaes dos Santos
Ttulo: Elaborao de material didtico educativo para a famlia da criana com
leucemia linfoide aguda em quimioterapia
Palavras-Chave: criana, adolescente;famlia; neoplasias;quimioterapia; educao em sade
Introduo: A Leucemia Linfide Aguda (LLA) o tipo mais frequente de neoplasia infanto-juvenil, em especial, na
populao menor de 15 anos. A doena progride rapidamente, exigindo com isso que o tratamento seja iniciado logo aps o
diagnstico. Nessa fase passa a existir um cenrio familiar propcio para conflitos no mbito emocional, visto que em torno
desta doena existem representaes simblicas, morais, sociais e psicolgicas que geram sofrimento para quem as
vivencia. O compartilhamento de informaes com a famlia tem sido recomendado, a fim de oferecer-lhe apoio contnuo e
ajuda para o enfrentamento das situaes estressantes. O Modelo de Cuidado Centrado no Paciente e Famlia e a Poltica
Nacional de Humanizao enfatizam a participao dos sujeitos no processo de adoecimento, fortalecidos com informaes
que lhes permitam tomar decises referentes sua prpria sade, em conjunto com a equipe multidisciplinar. Para atender
a essa premissa buscou-se elaborar um material didtico-educativo para a famlia da criana/adolescente com diagnstico
de LLA em fase de quimioterapia, contendo informaes e orientaes sobre os cuidados com a criana, a partir das
necessidades de informao da famlia, evidenciadas na literatura. Objetivo: Elaborar um material didtico-educativo para
famlia de criana/adolescente com leucemia linfoide aguda em quimioterapia. Mtodo: estudo exploratrio descritivo
realizado em trs etapas: na primeira, realizou-se uma reviso integrativa da literatura para responder a questo: quais as
necessidades de informao da famlia da criana/adolescente com LLA em tratamento quimioterpico, nas bases de
dados: Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Cincias da Sade (Lilacs),
U.S. National Library of Medicine (PubMed), Cumulative Index to Nursing & Allied Health Literature (CINAHL), Bases de
Dados de Enfermagem (BDENF), Biblioteca Digital de Teses e Dissertaes da USP e Banco de Teses e Dissertaes da
ABEn-CEPEn; com as palavras-chave criana, adolescente, cncer, quimioterapia, famlia, mes, necessidades e
informao. Os critrios de incluso foram ser artigo de pesquisa, teses e dissertaes, publicados a partir de 2007, em
lngua portuguesa, inglesa e espanhola. Foram excludos artigos de reviso da literatura. A seleo das produes ocorreu
por meio da leitura de ttulos, resumos e resultados e posterior fichamento, em instrumento adaptado. Todas as produes
selecionadas foram lidas na integra e analisados de acordo com a Anlise Qualitativa de Contedo, buscando os padres
primrios nos dados, agrupando-os por similaridades e divergncias, formando as categorias analticas que respondem a
pergunta inicial do estudo. Na segunda fase realizou-se estudo terico, em livros didticos, manuais e artigos a fim de
subsidiar a elaborao do material didtico educativo e responder s necessidades de informao da famlia identificadas
na primeira fase. Na terceira fase foi elaborado o material didtico educativo contendo as respostas aos questionamentos
da famlia. Resultados: na primeira fase foram selecionadas 18 produes cientficas. A partir da anlise emergiram oito
categorias analticas das necessidades de informao da famlia, sendo a) definio de leucemia; b)etiologia da doena,
c)sinais e sintomas; d) tipos de tratamento e efeitos colaterais; e) cuidados de alimentao, higiene e biossegurana com a
criana/adolescente; f) realizao de exames e procedimentos diagnsticos e teraputicos; g) prognstico, recidiva e sinais
de alerta para recidiva; h) direitos da criana/adolescente com LLA.
Na segunda fase foram elaboradas questes que
correspondiam s necessidades de informao da famlia, conforme cada categoria analtica. A construo das respostas
de cada uma dessas questes foi exaustivamente formulada aps sntese das evidncias tericas.
Na terceira fase foi
elaborado um manual didtico-educativo para a famlia da criana/adolescente com LLA em quimioterapia, do tipo livreto,
contendo perguntas e respostas, com ilustraes e atividades interacionais, usando linguagem acessvel, clara e concisa.
Consideraes finais: espera-se que o material didtico educativo produzido contribua para atender s necessidades de
informao da famlia que vivencia uma experincia de sofrimento provocada pela condio de doena e tratamento do
filho. O prximo passo realizar a validao de contedo com os profissionais e as famlias. Materiais educativos so
fundamentais para os profissionais utilizarem em sua prtica assistencial, promovendo o fortalecimento da famlia, em
consonncia com os pressupostos do Cuidado Centrado no Paciente e Famlia.
Participantes:

Orientador: Profa Dra Myriam Aparecida Mandetta

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Enfermagem - Sade da Mulher e Sade da Criana
Autor: Larissa Perez Pardo
Ttulo: Hemlise de concentrados de hemcias administrados por equipos de
macrogotas e microgotas
Palavras-Chave: Hemlise; Concentrado de Hemcias; Segurana do Paciente; Enfermagem
Introduo: Hemlise extracorprea pode ser identificada durante os processos hemoterpicos e ocorre
principalmente durante a estocagem de concentrados de hemcias ou por trauma mecnico durante a transfuso. A leso
da membrana celular causa liberao de hemoglobina no plasma, alm de alta carga de potssio livre, o que pode
ocasionar malefcios ao paciente. Para realizar os procedimentos de transfuso o profissional de enfermagem utiliza uma
srie de acessrios de infuso intravenosa, os quais representam um grupo de materiais bastante diversificado em
qualidade, preo, apresentao e recomendao de uso.
Por ser responsvel pela realizao da administrao da
hemoterapia e pelo controle de possveis riscos em relao hemlise extracorprea, a enfermagem deve apropriar-se de
conhecimentos que respaldem a tomada de deciso clnica. Uma das estratgias refere-se a avaliao do conhecimento
disponvel na literatura que possibilite identificar intervenes apropriadas e apontar o direcionamento de pesquisas futuras
acerca do estudo. Objetivos: Identificar aspectos relacionados a reaes hemolticas no imunes em glbulos vermelhos,
decorrentes de transfuso e ou manipulao de bolsas de concentrados de hemcias na literatura da rea. Descrever
implicaes para a assistncia e pesquisa de enfermagem na promoo de prticas seguras de transfuso de hemcias,
com vistas a preveno de reao hemolticas no-imunes. Material e Mtodo: Reviso Integrativa da Literatura.
Determinou-se como critrios de incluso artigos publicados na lngua inglesa, espanhola e portuguesa que respondessem
ao tema, sem delimitao da data de publicao, indexados nas bases Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), U.S.
National Library of Medicine (PUBMED), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e The
Cochrane Library (Cochrane), com os seguintes descritores em ingls: hemolysis, blood cell, infusion devices, transfusion,
intravenous infusion devices, red blood cell, e em portugus na base SCIELO: hemlise, eritrcitos, infuses intravenosas e
transfuso de sangue.
Foram identificados 49 artigos na base SCIELO, sendo selecionados sete pelos critrios de
incluso, porm aps leitura na ntegra dois (4,1%) foram inclusos na pesquisa. Na base de dados PUBMED foram
encontrados 440 artigos, sendo selecionados inicialmente 29 artigos, e aps a leitura integral dos mesmos foram includos
oito (1,8%).
Na base de dados MEDLINE foram encontrados 192 artigos, sendo selecionados 11 pelo critrio de incluso,
porm aps leitura integral foram analisados oito (4,2%) artigos. A base de dados Cochrane apresentou 110 publicaes,
porm todas j haviam sido contempladas em outras bases de dados. Resultados: Foram
selecionadas 18 (100,0%)
produes cientficas das quais 16 (88,9%) de literatura estrangeira e dois (11,1%) nacionais. Dentre os estudos
selecionados para esta reviso, o mais antigo data do ano de 1984 e o mais recente de 2012. Quanto aos dispositivos,
equipamentos e tcnicas utilizadas nos experimentos descritos nos artigos 7 (38,8%) utilizaram bombas de infuso, 7
(38,8%) abordaram procedimentos de manipulao de eritrcitos, 2 (11,1%) testaram dispositivos intravenosos e 2 (11,1%)
estudaram a hemlise com a combinaes de dispositivos. Dentre estas publicaes
7 (38,8%) evidenciaram hemlise.
Dos 7 (100,0%) estudos que avaliaram bombas de infuso, somente 1 (14,3%) evidenciou hemlise. Dos experimentos com
dispositivos intravenosos 1(50,0 %) evidenciou altas taxas de hemlise. Os estudos que combinaram dispositivos
intravenosos para a infuso de eritrcitos no evidenciaram hemlise em seus experimentos. Entre os 7 (100,0%) estudos
acerca de manipulao de eritrcitos 5 (71,4%) concluram que houve hemlise durante a manipulao, entre as tcnicas,
sendo que as que apresentaram hemlise foram: separao de hemocomponentes, lavagem de glbulos e armazenamento
prolongado de glbulos. Os equipamentos que causaram hemlise foram: bombas de infuso, cateter sobre agulha e
dispositivo de vcuo para coleta sangunea. Quanto as tcnicas empregadas ao sangue que causaram hemlise foram:
lavagem de glbulos e separao de hemocomponentes. A maioria das pesquisas recomenda a realizao de mais
experimentos e avaliaes para melhor elucidao da prtica e possibilidade de indicar recomendaes seguras para a
infuso e ou manipulao de eritrcitos. Concluso: Houve ocorrncia de hemlise em concentrados de hemcias
administrados por via intravenosa em vrios dos estudos analisados, apontando a existncia de lacunas no conhecimento
que possibilitem fundamentar prticas de enfermagem baseadas em evidncias. As concluses de grande parte destas
produes cientficas apontam que dentro dessa linha de pesquisa ainda h muito que ser estudado e avaliado em termos
de segurana em transfuso de concentrado de glbulos por equipamentos gravitacionais ou automatizados.
Participantes:

Orientador: Mavilde Luz Gonalves Pedreira


Docente: Denise M. Kusahara

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rea: Enfermagem - Sade da Mulher e Sade da Criana
Autor: Marina Klava dos Reis
Ttulo: Ttulo: Violncia por parceiro ntimo: anlise dos indicadores de sade
reprodutiva entre gestantes portadoras de HIV positivo usurias de um Servio
Pblico de Assistncia Pr-Natal do Municpio de So Paulo.
Palavras-Chave: Violencia, pr natal, infeccao na gestao
Ttulo: Violncia por parceiro ntimo: anlise dos indicadores de sade reprodutiva entre gestantes portadoras de HIV
positivo usurias de um Servio Pblico de Assistncia Pr-Natal do Municpio de So Paulo.
RESUMO
Estudo realizado no Ambulatrio de Assistncia Pr-Natal do Departamento de obstetrcia da Universidade Federal
de So Paulo, UNIFESP atendendo gestantes portadoras de sfilis, hepatite, HIV entre outras infeces, teve por objetivo
identificar a assistncia pr-natal, histrico de violncia sexual e fatores de risco entre gestantes portadoras de HIV positivo.
Metodologia: Estudo exploratrio, transversal realizado em Ambulatrio de Assistncia Pr-Natal do Departamento de
obstetrcia da Universidade Federal de So Paulo, UNIFESP no perodo de outubro de 2012 abril de 2013. Foi aplicado
um questionrio semi-estruturado s gestantes HIV positivo que se encontravam no terceiro trimestre de gestao,
identificando: assistncia pr-natal, fatores de risco e histrico de violncia. Resultados: Durante o perodo do estudo foram
aplicados 20 questionrios, sendo observada uma prevalncia de gestantes portadoras de outras infeces em detrimento
do HIV soro positivo, dentre as quais ressalta-se a sfilis e a hepatite, ambas com transmisso sexual, sugerindo s autoras
uma necessidade de ampliao do estudo, tendo em vista a importncia do tema e a necessidade de uma maior
compreenso e capacitao dos profissionais de sade em relao violncia como uma problemtica na sade
reprodutiva da mulher.
Concluses: As coletas realizadas at o devido momento evidenciaram a importncia de se continuar pesquisando
e se aprofundando em outras infeces, visto que os dados encontrados at o momento sugerem uma correlao entre
doenas sexualmente transmissveis e violncia de gnero.
Participantes:

Discente: Marina Klava dos Reis

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rea: Enfermagem - Sade da Mulher e Sade da Criana
Autor: Mayara Cristina da Silva
Ttulo: As manifestaes da criana com Sndrome de Angelman reveladas nas
sesses de Brinquedo Terapeutico Dramtico
Palavras-Chave: Sndrome De angelman, Jogos e Brinquedos, Enfermagem Peditrica, Humanizao
INTRODUO: A Sndrome de Angelman (SA) uma doena neurogentica, com incidncia de 1 caso para 12.000
a 15.000 habitantes. A manifestao ocorre a partir de uma deleo do cromossomo 15 herdado da me, decorrente de um
imprinting genmico na regio 15q11-q13. O gene afetado o UBE3A que codifica a ubiquitina-proteina ligase, responsvel
por direcionar certas protenas para degradao. Dentre as caractersticas apresentam hiperatividade; convulses;
distrbios alimentares; ausncia da fala funcional com uso de nenhuma ou quase nenhuma palavra, apesar da capacidade
de compreenso ser maior do que a de expresso verbal; dificuldade de aprendizado; aparncia feliz por estar sempre
sorrindo/rindo. O Brinquedo Teraputico por constitui-se uma forma de expresso por excelncia e fornecer enfermeira
uma melhor compreenso das necessidades da criana, foi introduzido neste estudo como uma alternativa de comunicao
para a criana com SA e sua famlia. A pesquisa est vinculada ao Grupo de Estudos do Brinquedo-GEBrinq um grupo
multidisciplinar e interinstitucional que se prope a desenvolver estudos, eventos, assessoria e prtica assistencial, relativa
utilizao do Brinquedo/Brinquedo Teraputico nas diferentes situaes de cuidado criana e sua famlia, visando a
humanizao, respeito, conhecimento cientfico, e o compromisso com a assistncia atraumtica. OBJETIVOS: Conhecer
as manifestaes da criana com SA em sesses de Brinquedo Teraputico Dramtico(BTD); Conhecer a comunicao da
criana com SA na brincadeira dramtica; e Conhecer como se estabelece a relao me-filho durante as sesses de BTD.
METODOLOGIA: Trata-se de um Estudo de Caso nico de natureza qualitativa, que permite trabalhar com casos extremos
ou peculiares, onde uma patologia ou uma sndrome em especifico ganham o direito de serem documentadas e analisadas,
por ocorrer to raramente e sempre que seus portadores foram identificados. Foi desenvolvido na residncia dos familiares
com autorizao da Associao Comunidade Sndrome de Angelman e do Instituto Canguru localizados no municpio de
So Paulo. Participaram uma criana de 7 anos e outra de 14 anos e suas mes, denominados Caso Cebolinha e Caso
Tom respectivamente. Os dados foram coletados aps aprovao do projeto pelo CAAE n 07594012.6.0000.5505 e CEP:
039696/2012, e o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado pelos pais da criana, assim como autorizao
para gravao de som e imagem. A estratgia da coleta de dados foram as sesses de BTD. RESULTADOS: Os dados
revelaram que os dois casos apresentaram suas peculiaridades na forma e intensidade das manifestaes e a forma como
a me lida com o seu filho. Cebolinha apresentou maior dificuldade motora fina demonstrada durante o manuseio dos
brinquedos e material hospitalar; sorriu menos nas interaes; expressou menos slabas ao emitir som para se comunicar;
no conseguiu desenvolver at o final as brincadeiras; manipulou sucessivamente o kit de BTD; a me foi a porta voz
presente durante toda sesso, direcionando as brincadeiras, o que era muitas vezes recusada pelo filho em execut-las,
manifestando o quanto a brincadeira foi importante para ele ao recusar o seu trmino, guardando os brinquedos contrariado
e tendo ajuda da me para encerr-la. Por sua vez, Tom teve maior destreza e interao para manipular os materiais e
desenvolver a brincadeira com autonomia, divertindo-se dando gargalhada e sorrindo feliz; teve estimulao da me que o
incentivava, elogiava, disciplinava e reconhecia o potencial do filho; tinha uma variedade de sinais de comunicao,
relacionando cada som com a pessoa ou situao e correspondendo as demandas que lhe eram atribudas. Em ambos
os casos veio tona lembrana de sua vivncia, no caso de Cebolinha por ter sido submetido a herniorrafia e intolerncia a
lactose brincou de curativo e mamadeira, no Caso Tom brincar de faixa e gaze por ter fraturado recentemente e gostar de
carrinhos por sair muito de carro para suas atividades dirias. Uma caracterstica em comum foi o fato de no se
interessarem com os bonecos de pano mesmo sendo oferecidos. CONSIDERAES FINAIS: Por meio do BTD foi possvel
conhecer as manifestaes da criana com SA, acompanhadas de suas mes apresentando diferentes categorias e
mostrando o quanto as crianas compreendem do seu cotidiano assim como resgata as vivencias passadas pela
brincadeira. A me enquanto porta voz de seu filho assume papel fundamental para estabelecer interao com o mundo
social. Para tanto, ela deve receber contnuo reforo e cuidado dos profissionais de diferentes reas providos de
conhecimento e disponibilidade em trabalhar com a dade me-filho. No entanto, no foram encontrados estudos que
revelem as aes do enfermeiro junto s crianas e familiares com SA. Tenho a pretenso de realizar mais sesses de BTD
em diferentes situaes desses casos como novo caso, para aprofundar a anlise, assim como divulgar os resultados para
estimular a atuao do enfermeiro neste campo de distrbio gentico.
Participantes:

Orientador: Regina Issuzu Hirooka de Borba


Discente: Suely Alves Fonseca Costa

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Enfermagem - Sade da Mulher e Sade da Criana
Autor: Patrcia Freitas Hatanaka
Ttulo: O brincar da criana com Transtorno de Dficit de Ateno e Hiperatividade:
buscando compreender sua vivncia
Palavras-Chave: Jogos e Brinquedos; Transtorno de Deficit de Ateno e Hiperatividade; Enfermagem P
INTRODUO: O Transtorno de Dficit de Ateno e Hiperatividade - TDAH, um transtorno neurobiolgico que
aparece na infncia e frequentemente acompanha o individuo por toda a sua vida sendo, portanto, uma doena crnica.
Apresenta maior prevalncia entre meninos de idade escolar e , atualmente, reconhecido como uma condio importante
pois, alm de forte impacto funcional e social, tem grande associao com comorbidades psiquitricas. Para prestar
cuidado a essas crianas, necessria a utilizao de tcnicas adequadas de comunicao e relacionamento como o
Brinquedo Teraputico ? BT. Trata-se de um brinquedo estruturado que possibilita criana aliviar a ansiedade gerada por
experincias atpicas para sua idade, que costumam ser ameaadoras e requerem mais do que recreao para que sejam
resolvidas, podendo tambm ser utilizado no preparo da criana para procedimentos diagnsticos e teraputicos. Sua
utilizao na assistncia de Enfermagem tem respaldo na resoluo 295/2004 do Conselho Federal de Enfermagem, que
preconiza em seu Artigo 1: ?compete ao enfermeiro que atua na rea peditrica, enquanto integrante da equipe
multiprofissional de sade, a utilizao da tcnica do Brinquedo/ Brinquedo Teraputico, na assistncia criana e famlia?.
Estudo realizado com 6 meninos em idade escolar no Ncleo de Ateno Neuropsicolgico Infantil ? NANI e na Escola
Paulistinha de Educao, buscando compreender a vivncia da criana com TDAH, expressa em sesses de Brinquedo
Teraputico Dramtico ? BTD, revelou o quanto difcil para ela conviver com esse transtorno, chegando a neg-lo; que se
percebe diferente de outras crianas; que vivencia conflitos com colegas da escola e familiares; que desenvolve baixa
estima e sentimentos de incapacidade para o enfrentamento de problemas mas que busca superar essas dificuldades,
pedindo ajuda e tentando mostrar a necessidade de pertencer e ser aceita em um grupo. Buscando compreender melhor a
dinmica das sesses de BTD, demos continuidade ao estudo, analisando-as com os OBJETIVOS de verificar a utilizao
dos materiais de brinquedo pelas crianas e descrever a dinmica e temas abordados nas brincadeiras. MTODO: Estudo
descritivo vinculado ao Grupo de Estudos do Brinquedo ? GEBrinq, que analisou a utilizao dos brinquedos, a dinmica e
a temtica das sesses desenvolvidas pelas crianas, discutindo tais achados luz de literatura pertinente. RESULTADOS:
Em relao temtica e utilizao dos brinquedos pelas crianas, os mais utilizados foram os animais (28 utilizaes por
5 crianas em 8 sesses), com os quais dramatizaram cenas de busca de cura, brigas, perseguies, mortes e fugas.
Tambm foram bastante utilizados: a arminha de brinquedo (20 utilizaes por 5 crianas em 7 sesses), com a qual
dramatizaram cenas de brigas, discusses e mortes; a agulha (17 utilizaes por 3 crianas em 4 sesses), com a qual
dramatizaram cenas de busca de cura, doena e leso; os carros (15 utilizaes por 5 crianas em 6 sesses), com os
quais dramatizaram cenas de violncia, acidentes e corridas; o boneco - av (15 utilizaes por 2 crianas em 4 sesses),
com o qual dramatizaram cenas de briga ? espancamentos, murros, chutes - e discusses. No foram utilizados: boneco ?
mdico, bandeja, esptula, gaze, esparadrapo, fio cirrgico, mscara, gorro cirrgico e pulseira, uma vez que so materiais
hospitalares assim como o ovo, salsicha e chupeta que provavelmente no despertam tanto interesse para crianas nesta
faixa etria. A utilizao dos materiais pelas crianas reflete o cotidiano e a rotina na qual cada uma est inserida que
justifica o fato de alguns materiais serem utilizados em larga escala e outros no. No que se refere dinmica das sesses,
as crianas manifestaram as seguintes reaes: agitao, querem realizar tudo ao mesmo tempo; impulsividade, possuem
a noo do que certo e do que errado, entretanto agem de forma oposta; dificuldade em manter a ateno,
dispersando-se facilmente com estmulos externos e internos e no conseguindo se concentrar em uma determinada tarefa;
possuem necessidade de brincar com uma grande quantidade de brinquedos no mesmo momento e no se focando em um
material e atividade e incapacidade de realizar certas atividades propostas sendo que algumas acabavam desistindo da
brincadeira durante a sesso por no conseguirem superar dificuldades e obstculos decorrentes da prpria dramatizao.
Tal dinmica mostrou-se diferente das sesses de BT de crianas de idade escolar descritas em outros estudos que em
geral mostram-se absortas na brincadeira e focadas em determinada temtica por um perodo prolongado de tempo.
CONSIDERAES FINAIS: O BTD mostrou-se efetivo no sentido de favorecer a catarse da criana possibilitando-lhe
manifestar situaes indicativas das dificuldades vivenciadas por elas, como as brigas e os conflitos, assim compreender e
ressignificar essa vivncia. Assim, reitera-se que o BT seja includo como instrumento de cuidado a essa populao e que
outros estudos venham a ser realizados com o intuito de analisar seu efeito teraputico para essas crianas.
Participantes:

Orientador: Circea Amalia Ribeiro


Docente: Regina Issuzu Hirooka de Borba
Discente: Edmara Bazoni Soares Maia
Discente: Alessandra Keyth Pereira

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Enfermagem - Sade da Mulher e Sade da Criana
Autor: Renata Arajo Agabiti
Ttulo: FATORES ASSOCIADOS AO DESMAME PRECOCE
Palavras-Chave: aleitamento materno, desmame precoce
Pesquisas reforam a importncia e os benefcios do aleitamento materno para a criana, mulher, famlia e
sociedade, sendo um mtodo econmico de combate desnutrio e mortalidade infantil por desnutrio, diarria e
pneumonia. Nesse sentido a Organizao Mundial da Sade (OMS) preconiza o aleitamento materno exclusivo at os seis
meses e, a partir desta idade, a introduo de outros alimentos complementares, mantendo-se a amamentao ao peito at
pelo menos dois anos de vida . A ultima pesquisa realizada sobre a prevalencia do aleitamento materno mostra um
aumento dessa prtica, no entanto os ndices esto muito aquem daqueles recomendados. O desmame precoce, definido
como introduo de qualquer alimento na dieta de uma criana antes dos seis meses de vida, ainda uma realidade
brasileira que precisa ser enfrentada. Objetivos: identificar o tipo de aleitamento materno praticado e sua prevalncia, bem
como os fatores associados ao desmame precoce na primeira consulta de enfermagem. Mtodo: estudo transversal a partir
do levantamento de dados secundrios de pronturios clnicos de mulheres e crianas que compareceram ao Centro de
Incentivo e Apoio em Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano da UNIFESP na primeira consulta de enfermagem de
reviso ps parto e aleitamento materno entre janeiro de 2008 a dezembro de 2009. A anlise estatstica teve uma etapa
exploratria, a fim de conhecer as distribuies das variveis e, subsequentemente, uma anlise entre as variveis
identificadas e o tipo de aleitamento praticado. Para avaliao da associao utilizou-se o teste estatstico Qui-quadrado
sendo realizado com apoio computacional do software Minitab Verso 16.1. Esta pesquisa respeitou os princpios ticos
que regem pesquisas envolvendo seres humanos e a coleta dos dados teve incio aps a autorizao da Coordenao do
ambulatrio e parecer favorvel do Comit de tica em Pesquisa da UNIFESP. Resultados: Em relao caracterizao da
amostra observa-se que no primeiro atendimento realizado, as mes e os bebs encontravam-se em mdia no 23? dia de
puerprio e vida, respectivamente. A idade mdia das mes foi de 28,8 anos. A maioria das mulheres viviam com
companheiro (77,7%), tinham ensino mdio completo ou incompleto (57,7%) e ocupao (68,8%), eram multparas (53,7%)
com mediana de 2 gestaes. Em relao ao nmero de consultas no pr natal a grande maioria (94,6%) compareceu 6
ou mais atendimentos pr parto. As crianas atendidas apresentaram idade gestacional de 38,3 semanas em mdia. O
parto cesrea foi realizado pela maioria das purperas (52,2%). Apesar da maioria ser multpara verificou-se que 56,8% das
mulheres atendidas no apresentaram experincia em aleitamento materno anterior.
Em relao ao sexo dos bebs 50%
pertenciam ao masculino. A mdia de peso ao nascer dos bebs foi de 3.101 gramas. Em relao ao contato me-beb na
primeira hora ps parto, 58% das dades no vivenciaram este momento. O aleitamento materno exclusivo foi o de maior
prevalncia (64%) na primeira consulta. Sendo assim, verificou-se que 64% das crianas
atendidas no apresentaram
desmame precoce at o momento em que eram atendidas. Das associaes analisadas no se mostraram estatisticamente
significativas as seguintes variveis: Situao Conjugal (P-value=0,654); Escolaridade (P-value:0,091); Idade Gestacional
(P-value=0,135); Tipo de Parto (P-value=0,083), Sexo do RN (P-value=0,114); Peso ao Nascer (P-value=0,417); Contato na
1? hora ps parto (P-value=0,124); Posio da Me (P-value=0,460); Posio da Criana (P-value=0,842) e Intercorrncias
relacionadas mama (P-value=0,842). A associao das variveis: Paridade (P-value=0,015), Preenso (P-value=0,037),
Suco (P-value= 0,001) e deglutio (P-value=0,029) foram de significncia estatstica. Concluso: Diante dos resultados
obtidos, pode-se concluir que a inexperincia em amamentar assim como a falta de orientao
em relao tcnica
contribuem para que a mulher inicie o desmame precoce, sendo fundamental que os servios de sade ofeream
atendimento a essa populao.
Participantes:

Discente: Renata Arajo Agabiti

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas
Autor: Brbara Sayuri Watanabe
Ttulo: Proteo Radiolgica em Radiologia Peditrica
Palavras-Chave: proteo radiolgica, pediatria, radiao ionizante, raios X, tomografia computadorizad
Atualmente h um aumento crescente de exames radiodiagnsticos, tanto nacionalmente como internacionalmente.
Especificamente, no caso de pacientes peditricos, sua maior sensibilidade radiao, associado sua maior expectativa
de vida, aumentam o risco de manifestao de efeitos deletrios advindos da exposio radiao ionizante. A falta de
aplicao dos princpios da proteo radiolgica (justificao e otimizao), aumenta a probabilidade de ocorrncia de
efeitos prejudiciais a sade dos pacientes no futuro, advindos da exposio radiao. At o momento, no existem no
Brasil protocolos clnicos de indicao de exames radiogrficos ou guias de referncias nacionais dedicados
especificamente a pacientes peditricos submetidos a exames radiolgicos. Assim, cabe a cada instituio produzir, adotar
ou adaptar um protocolo j existente para melhorar os aspectos de proteo radiolgica na prtica clnica da radiologia
peditrica. Este estudo teve como objetivo traar um panorama geral dos exames diagnsticos empregando raios X
realizados no Hospital So Paulo (HSP), verificando como os profissionais lidam com o pblico infanto-juvenil submetido a
exames radiolgicos e identificando as dificuldades da prtica da radiologia peditrica, critrios de proteo radiolgica
aplicadas e tcnicas empregadas. No desenvolvimento deste estudo foram observadas crianas com idades entre 0 e 16
anos, submetidas a exames de raios X convencional, contrastados e de tomografia computadorizada (TC). Os dados foram
coletados no perodo de janeiro a maro de 2013 no setor de TC e ambulatrio de raios X do HSP, aps aprovao do
estudo pelo Comit de tica. Para cada paciente foi elaborado um formulrio, no qual foram anotados dados referentes ao
paciente, tcnica empregada e aspectos de proteo radiolgica observados durante realizao do exame. Antes de iniciar
o preenchimento do formulrio, os responsveis e o paciente peditrico (quando apto a escrever) assinaram,
respectivamente, o TCLE e o Termo de Assentimento. No total foram coletados dados de 107 pacientes (41 na TC e 66 no
raios X, incluindo exames contrastados), sendo que foram acompanhados 46 exames na TC e 82 exames no raios X. De
acordo com a faixa etria, 11 pacientes tinham menos de 1 ano, 56 pacientes tinham entre 2 e 10 anos e 40 pacientes
tinham 11 anos ou mais. O exame mais frequente realizado na TC foi o de crnio (46% dos exames totais). O protocolo
adotado pelo setor de TC em exames de crnio emprega tcnicas com valores fixos de tenso e carga: 120kVp e 144mAs,
resultando em um valor mdio de indicador de dose (DLP) de 371mGy.cm. J no raios X convencional, o exame mais
frequente foi o de trax (27%). A tcnica (tenso e carga) em exames de trax variou de (117-63)kVp e (16-2)mAs para
projeo anteroposterior (AP) e (125-60)kVp e (16-5)mAs para projeo lateral. Essa variao de tcnicas gerou desde
imagens subexpostas at superexpostas como foi verificado pelo ndice de exposio registrado pelo sistema de imagem.
Comparando esses dados com a distribuio por sexo (raios X: 45% meninas, 55% meninos; TC: 59% meninas, 41%
meninos) e com as justificativas dos pedidos mdicos (justificativas mais comuns no raios X: radiografia de trax como
requisito pr-operatrio; e na TC: exame de crnio para investigar TCE e hidrocefalia), pode-se verificar que o motivo que
levaram os pacientes a procurarem os mdicos independe da idade e sexo. Em relao proteo radiolgica, nenhum
paciente peditrico utilizou os protetores especiais com chumbo (protetores de olhos, gnadas e mamas) em nenhum dos
setores observados, conforme sugerem algumas recomendaes internacionais. Observou-se que esses protetores no
estavam disponveis nos setores. Quando acompanhados pelos responsveis durante o exame, em 81% os
acompanhantes utilizaram o avental plumbfero e em 19% o mesmo no foi oferecido. Regies sensveis como olhos,
gnadas, mamas e tireoide foram irradiadas, sendo que em alguns casos a exposio dessas regies poderia ter sido
evitada com a utilizao da colimao adequada do feixe de radiao. Essa colimao pode ser observada por marcas
evidentes na imagem que garantem que o campo de radiao foi restrito apenas a regio de interesse. Em 58% das
exposies totais no houve colimao e em apenas 12% a colimao foi realizada corretamente. Uma das ferramentas no
sistema de imagem empregado na radiologia computadorizada permite a colimao digital, a qual pode mascarar a
colimao verdadeira e no deve ser uma prtica rotineira. Em 19% das exposies houve colimao digital. A repetio de
exames tambm aumenta a dose total ao paciente, sendo que em 5% das exposies totais houve repetio, devido a falta
de colaborao dos pacientes, tcnica incorreta ou corte da estrutura de interesse. J em relao a TC pode-se verificar
que os pacientes no utilizaram o avental plumbfero, o qual deveria ser colocado nos exames de crnio, para reduzir a
radiao secundria. Os resultados obtidos indicam que a proteo radiolgica depende de vrios fatores: tipo de
equipamento e sistema de imagem utilizados, controle de qualidade dos equipamentos, bitipo do paciente e,
principalmente, do conhecimento tcnico do responsvel pela realizao do exame. Atitudes simples no momento de
realizao dos exames, como a adequada colimao e o uso de protetores especiais nem sempre so praticadas durante a
prtica radiolgica, aumentando a dose de radiao total recebida pelos pacientes. A falta de colaborao dos pacientes
peditricos durante a realizao do exame foi uma das maiores dificuldades observadas. Alm de estudos futuros para
verificar a dose estimada aos pacientes peditricos a partir do protocolo atualmente utilizados nos setores, seria importante
iniciar um programa educao continuada com profissionais dos setores para melhorar os aspectos de proteo radiolgica
dos pacientes peditricos.
Participantes:

Docente: Dr Henrique Lederman

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas
Autor: Caroline Yuka Hiramoto
Ttulo: Biosseparao de anticorpos monoclonais anti-IL6 aliando as tcnicas de
precipitao e sistemas de duas fases aquosas
Palavras-Chave: Anticorpos monoclonais, extrao lquido-lquido, sistema de duas fases aquosas,
Anticorpos monoclonais (AcMos) so imunoglobulinas secretadas por clones de linfcitos B normais, tumorais ou
obtidos pela tecnologia de hibridomas. Os AcMos tm sido largamente empregados em testes imunoqumicos e
imunodiagnsticos para deteco e caracterizao de diversas molculas de interesse na rea clnica e na pesquisa
biomdica e tambm como agentes carreadores de drogas teraputicas. Uma variedade de tcnicas tem sido utilizada nas
etapas de recuperao e purificao de biomolculas (RPB) para que se obtenha o produto desejado em um nvel de
pureza requerido para sua aplicao. A extrao lquido-lquido uma tcnica de separao, que pode ser usada como um
passo da pr-purificao usando um sistema de duas fases aquosas, imiscveis ou parcialmente miscveis entre si, obtidas
pela mistura de polmeros hidroflicos ou um desses polmeros e um sal, como o sistema PEG (polietileno glicol) e o fosfato
de sdio. O objetivo do trabalho de pesquisa foi a recuperao e purificao de AcMos anti-IL6 a partir do sobrenadante de
cultura celular, por meio da tcnica de extrao lquido-lquido em sistemas de duas fases aquosas PEG/fosfato de sdio.
Foram obtidos diagramas de fases ternrios para o sistema bifsico PEG 4000 e fosfato de sdio, nos valores de pH 6,0;
7,0 e 8,0 e, nestas condies, realizou-se a extrao das protenas a partir do sobrenadante de cultura celular. Em termos
de protena total, os coeficientes de partio para os valores de pH 6,0; 7,0 e 8,0 (0,078; 0,148 e 0,092, respectivamente)
mostraram que as protenas migraram para a fase salina (inferior).
Observou-se tambm que nos trs ensaios, a fase
superior se mostrou turva concluindo que outras substncias presentes no sobrenadante migraram para esta fase. E quanto
ao fator de purificao, o sistema de pH 7 se mostrou mais eficaz em relao aos outros dois porque o seu coeficiente de
partio maior.
Participantes:

Discente: Caroline Yuka Hiramoto

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas
Autor: Estella Martins de Godoy
Ttulo: Correlao dos parmetros fsico-qumicos determinados em laboratrio com
os dados das sondas multiparamtricas na estao de monitoramento em tempo real
da Billings.
Palavras-Chave: Monitoramento qualidade de gua Billings
A Represa Billings um dos reservatrios de gua mais importantes da regio metropolitana de So Paulo, com um
volume de aproximadamente 1,2 bilhes de metros cbicos. Essa represa faz parte do sistema Guarapiranga do Complexo
Metropolitano de captao de gua da Sabesp. As guas da Billings so bombeadas no brao Taquaetuba e levadas para
a represa Guarapiranga. O sistema Guarapiranga produz 14 mil litros de gua tratada por segundo e abastece 3,7 milhes
de pessoas nas zonas sul e sudoeste da cidade de So Paulo. Devido ao crescimento desordenado da urbanizao em seu
entorno, e ao bombeamento das guas do rio Pinheiros, esse ambiente est constantemente sujeito a alteraes na
qualidade da gua e o processo de degradao da represa tem evoludo rapidamente. Por isso o monitoramento em tempo
real, aliado s tcnicas laboratoriais de anlise se fazem necessrios e eficazes para o entendimento da dinmica da
represa, possibilitando o gerenciamento e futuramente a predio do comportamento das variveis de interesse do local. Os
principais objetivos desse monitoramento so avaliar a qualidade do corpo de gua e a diversidade das concentraes das
variveis de interesse ao longo do tempo; determinar os tipos de ao necessrios para a manuteno da qualidade nos
padres adequados, definidos por lei; e avaliar a efetividade de tais aes. Esse projeto de Iniciao em Desenvolvimento
Tecnolgico e Inovao - PIBIT faz parte do projeto iniciado em 2012 de ?Monitoramento intensivo de reservatrios da
regio metropolitana de So Paulo, com nfase nas cianobactrias e sua correlao com parmetros fsicos e qumicos: o
caso da Billings?, financiado pela Fapesp e Sabesp. O principal foco da pesquisa voltado para a correlao dos
parmetros pH, turbidez, oxignio dissolvido, potencial de oxi-reduo, condutividade, temperatura, concentrao de nitrato,
cloreto e amnia, com a concentrao de clorofila-a e cianobactrias, visando a entender o fenmeno de florao desses
organismos.A estao de monitoramento formada por duas sondas multiparmetros conectadas a uma boia, alm de
sensores de velocidade e direo de ventos e um pluvigrafo. Todos os sensores e sondas so mantidas por uma bateria
que alimentada por um painel solar. Os parmetros obtidos so temperatura, potencial redox, pH, condutividade, oxignio
dissolvido, turbidez, profundidade, concentrao de amnia, nitrato, cloreto,clorofila-a e cianobactrias. Para assegurar a
preciso das medidas, a sonda ser submetida a peridicas calibraes e manutenes. Faz parte desse trabalho a
determinao dos mtodos de calibrao, assim como a realizao dele. Entretanto, devido ao atraso do fornecedor na
entrega de um cabo de comunicao entre as sondas e o computador, no foi possvel ainda a calibrao das sondas.
Alguns mtodos de calibrao so triviais e bem estabelecidos, mas tiveram que ser adaptados s dinmicas de trabalho
em campo,visto que as sondas devem ser retiradas da boia, transportadas de barco para a margem, depois para o
laboratrio, calibradas e reinstaladas na boia o mais rpido possvel para no haver perda de dados significativos na srie
histrica. Para cada sensor utilizada uma tcnica especfica de calibrao. Para os sensores de clorofila-a e
cianobactrias, a grande dificuldade a obteno de uma soluo padro de concentrao conhecida desses parmetros.
Para isso, esto sendo determinados procedimentos de extrao de clorofila-a e cianobactrias de amostras de gua da
Billings. A manuteno das sondas ainda no foi realizada, contudo os mtodos j foram determinados, optando-se pela
limpeza peridica dos sensores com gua, sabo e cotonete, visto que a impregnao nas sondas de grande quantidade de
matria orgnica e material particulado afetam a qualidade dos dados obtidos. No presente momento, as sondas no esto
perfilando a coluna dgua, pois testes de consumo de bateria pela empresa fornecedora so realizados. Contudo foi
observado coerncia no comportamento dos dados iniciais obtidos. Finaliza-se esse trabalho com todos os procedimentos
de calibrao e manuteno definidos, mas no foi possvel ainda confrontar os dados obtidos nas coletas de campo com
os das sondas, a fim de verificar perodo de calibrao ideal. Assim que a instalao da estao de monitoramento for
concluda, os estudos de anlise do intervalo de calibrao ideal para cada sensor sero realizados.
Participantes:

Discente: Estella Martins de Godoy

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas
Autor: Ricardo Mano Dutra
Ttulo: Construo e Otimizao de Compressor Termomagntico de Tesla tipo
Pendular
Palavras-Chave: Motores de Tesla, Dispositivos, Termomagnticoas, Conversores, energiaMotores de
O objetivo do experimento foi a construo, teste, e otimizao de um compressor termomagntico de Tesla tipo
pendular.
Para o desenvolvimento do prottipo foram usados os softwares Autodesk Inventor, Maxwell, e o Ansys
WorkBench, necessrios para o projeto mecnico 3D, simulaes numricas de fenmenos eletromagnticos, de
escoamento de fluidos e de transferncia de calor, determinando ainda as velocidades e as aceleraes e
consequentemente as foras, os torques e as potencias geradas e dissipadas no compressor termomagnticos acionados
por energia solar ou de fontes energticas descartadas em vrios processos industriais.
O compressor desenvolvido transforma a energia solar, mediante coletores solares planos, em energia trmica, que
usada para aquecer um fluido que propicia a transio entre os estados magnticos e paramagnticos do material
magneto-calrico localizados extremidade do curso da mesa, interagindo com campos magnticos gerados por ms
fixados numa base com rolamentos deslizantes, promovendo uma oscilao linear, descrita como pendular, convertendo o
movimento atravs de hastes aos pistes de dois compressores de mbolo, reaproveitados de motores de geladeira
inutilizados e devidamente modificados ao projeto, produzindo a compresso e o armazenamento do ar.
Participantes:

Orientador: Srgio Gama

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Cincias Ambientais
Autor: Adriana Rodrigues
Ttulo: Elaborao de mapas de sensibilidade ambiental s floraes massivas
cianobactrias no Reservatrio Guarapiranga, Regio Metropolitana de So Paulo
Palavras-Chave: SIG; Represa Guarapiranga; Sensiblidade Ambiental
A represa Guarapiranga importante manancial para a Regio Metropolitana de So Paulo, entretanto, a
qualidade das suas guas tem sido afetada pelo crescente aporte de dejetos lanados sem tratamento o que ocasionou um
intenso processo de eutrofizao da gua desse reservatrio. Dessa forma, se faz necessrio o controle adequado das
populaes de cianobactrias responsveis por esse processo a fim de manter a qualidade da gua. Para tanto, um dos
mtodos que pode ser aplicado o diagnstico da sensibilidade ambiental, anlogo ao que feito em regies costeiras
quando ocorrem derramamentos de leo. Atravs da realizao de um levantamento das caractersticas fsicas, biolgicas e
scio-econmicas do ambiente em questo foi possvel correlacionar conhecimentos que permitissem a elaborao de um
banco de dados para transposio dessas informaes para um ambiente de um Sistema de Informao Geogrfica (SIG),
o que permitir a elaborao de mapas de sensibilidade ambiental s floraes de cianobactrias.
Assim, este trabalho
relaciona-se com a elaborao de mapas-piloto estratgicos a Represa Guarapiranga que integre esses levantamentos
scio-econmicos, fsicos, biolgicos e scio-econmicos, objetivando a obteno de dados que subsidiem a tomada rpida
de decises, economia de recursos, manuteno da segurana ambiental e da sade pblica e preservao da qualidade
da gua do reservatrio Guarapiranga.
Participantes:

Orientador: Prof. Dr. Dcio Luis Semensatto Junior


Docente: Prof. Dr. Danilo Boscolo
Discente: Philipe Riskalla Leal

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rea: Exatas - Cincias Ambientais
Autor: Andr Filipe Rodrigues de Oliveira
Ttulo: Novas estratgias analticas para microcistinas
Palavras-Chave: Microcistinas, Cianotoxinas, LC-MS, Padro Interno, Adio de Michael
As microcistinas (MCs) so uma classe de toxinas produzidas por um grande nmero de espcies de cianobactrias,
as quais possuem uma grande versatilidade metablica, o que permite que habitem em diversos ecossistemas. Em
ambiente aqutico, fatores como eutrofizao favorecem a florao (bloom) dessas cianobactrias, ocasionando um
aumento na concentrao de cianotoxinas por elas produzidas. A eutrofizao diz respeito ao enriquecimento de um
ambiente aqutico com nutrientes, principalmente do tipo nitrato e fosfato e pode ser agravada devido a atividades
humanas.
As cianotoxinas, tais como as microcistinas (MC), causam um efeito nocivo sade humana e seu monitoramento
em reservatrios recomendado pela Organizao Mundial de Sade (OMS) e regulamentado no Brasil pela Agncia
Nacional de guas (ANA). As microcistinas so heptapeptideos cclicos capazes de reagir de forma reversvel em sua
poro Adda (cido 3-amino-9-metoxi-2,6,8-trimetil-10-fenildeca-4,6-dienico) e de forma irreversvel em sua poro Mdha
(N-metildehidroalanina). De acordo com as normas vigentes (OMS e ANA), a dose diria de MC-LR tolervel para humanos
de MC-LR 0,04 ug/kg/d.
O projeto aqui apresentado tem como objetivo o desenvolvimento de estratgias analticas alternativas para
microcistinas. Como etapa inicial, o projeto visa sntese de padres internos (PIs) para microcistinas atravs de adio de
Michael. Tais molculas so geradas a partir da reatividade da poro Mdha das MCs, que possui uma ligao dupla
conjugada a uma carbonila, nas quais possvel a adio de nuclefilos que sejam moles, segundo a teoria de Pearson. A
sntese desses PIs so parte de um desenvolvimento analtico alternativo para as microcistinas, que envolve, tambm, a
adio de um probe fluorescente s microcistinas.
Estudos preliminares feitos com anlogos poro Mdha - acrilamida e cido acetamidoacrlico - se mostraram
promissores, utilizando-se 2-mercaptoetanol e N-acetilcistena como nuclefilos. Tais reaes foram feitas em tampo
bicarbonato de amnio 50 mM, e os reagentes se mostraram compatveis com o meio, visto que houve alta taxa de
formao dos produtos esperados, como evidenciado atravs de anlises por LC-MS.
Iniciaram-se, ento, os estudos com padres das microcistinas LR e YR a partir do desenvolvimento de um mtodo
LC-MS nos modos SRM e Precursor Ion Scan, para a identificao de tais padres. O mtodo cromatogrfico se mostrou
eficiente na separao das microcistinas e o modo SRM garante alta especificidade na anlise das mesmas.
Posteriormente, foram feitas as reaes de adio dos nuclefilos supracitados MC-LR. As anlises das reaes
indicaram que a reao ocorreu quantitativamente quando o 2-mercaptoetanol foi usado como nuclefilo. A reao com a
N-acetil-cistena no obteve o rendimento esperado, provavelmente devido ao impedimento estrico.
O protocolo de extrao de MCs foi adaptado da literatura e foram obtidas fraes enriquecidas de MCs a partir de
amostras da represa Billings. As anlises por SRM revelaram a presena de MC-LR e YR. Extrapolou-se o mtodo para
outros tipos de MCs e tambm se encontrou MC-RR.
Atualmente, os estudos esto direcionados ao isolamento das principais microcistinas encontradas na represa
Billings, vislumbrando a transposio da escala para HPLC preparativo. A reao de adio de Michael deve ser aplicada a
diferentes tipos de microcistinas. Nuclefilos com probes fluorescentes esto sendo preparados por meio da oxidao de
tiis, que atravs de pontes de dissulfeto, os grupamentos SH sejam protegidos.
Participantes:

Orientador: Diogo de Oliveira Silva

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rea: Exatas - Cincias Ambientais
Autor: Anna Paula Soares Ribeiro Martins
Ttulo: Avaliao dos Benefcios Econmicos da Captao de Gases de Efeito Estufa
(GEEs) de Aterros
Palavras-Chave: Benefcios Econmicos; GEEs; Aterro; Valorao Ambiental
O aumento das emisses dos gases do efeito estufa (GEEs) tem sido a principal causa de mudanas climticas,
impactos ambientais e problemas de sade. Os aterros sanitrios em que so depositados os resduos slidos urbanos
(RSU) so responsveis por grande parte dessas emisses, podendo chegar a 20% de todo o metano lanado na
atmosfera anualmente. O metano (CH4), principal gs produzido nos aterros, apresenta um potencial de aquecimento
global 21 vezes maior do que o dixido de carbono (CO2).
Alm da contribuio ao meio ambiente, o aproveitamento dos gases de aterros tem apresentado potencial para se
tornar uma grande fonte de gerao de energia e receita. Existem diversos mtodos para transformar os gases capturados
em energia eltrica e as emisses que deixam de ser lanadas na atmosfera podem ser convertidas em carbono
equivalente e leiloadas como Redues Certificadas de Emisses (RCE), desde que atendam as exigncias de um projeto
de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).
A partir do volume de resduos recebido pelo aterro Morro do Cu (Niteri-RJ) e considerando parmetros
relacionados pluviometria mdia do local e composio dos resduos depositados possvel estimar a produo de gs
metano por meio do programa Landfill Gas Emissions Model (LandGEM) da Environmental Protection Agency (EPA) e
calcular o potencial de obteno de RCE. O potencial de produo de energia eltrica calculado a partir de uma
correlao que o compara com o nmero de habitantes da cidade e sua capacidade estimada de produzir resduos.
A captao do biogs no aterro evitaria a emisso de 247.682 toneladas de metano por ano, o que poderia gerar
uma receita de 21.455.463,58 euros, de acordo com a cotao do crdito de carbono do ltimo leilo realizado pela bolsa
de valores de So Paulo. A cidade de Niteri tem o potencial de produzir 15.768 MWh/ano, cuja a comercializao poderia
chegar a R$ 2.777.375,52. Concluiu-se que, alm do benefcio de reduzir o volume de gases estufa na atmosfera, a
implementao de um projeto de aproveitamento dos gases de aterro pode ser lucrativa, sendo que a venda das RCE
contribui com a maior parte da receita.
Participantes:

Orientador: Simone Georges El Khouri Miraglia

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rea: Exatas - Cincias Ambientais
Autor: Camilla Juliane Sena Maleski
Ttulo: Dinmica Populacional do cupim neotropical Nasutitermes aquilinus (Isoptera:
Termitidae: Nasutitermitinae)
Palavras-Chave: ninho arborcola, ergatide, adultide
Os cupins so insetos sociais da ordem Isoptera e apesar de serem mais conhecidos por sua importncia econmica
como pragas de madeira, estes insetos tambm exercem importante papel na ciclagem de nutrientes e formao do solo. A
capacidade de digesto da celulose faz dos trmitas um grupo dominante em ambientes terrestres tropicais. Nos
ecossistemas tropicais, os cupins esto distribudos desde reas de vegetao aberta, como o Cerrado, at as florestas
tropicais midas, entretanto ainda so pouco estudados. O Brasil o nico pas da Amrica Latina com tradio no estudo
de cupins, sendo que a falta de informaes taxonmicas e biogeogrficas dificulta o desenvolvimento da termitologia
neotropical. No Cerrado, esses insetos tm um papel ainda maior no fluxo de energia e devido s amplas transformaes
que vem ocorrendo nas reas remanescentes deste bioma, o estudo das suas espcies componentes de extrema
urgncia. A famlia Termitidae a mais diversificada, abundante e ecologicamente mais importante entre os Isoptera.
Cupins nasutos (Nasutitermitinae) so considerados dominantes em abundncia e diversidade, os quais representam 54%
de todas as espcies de cupins. No Brasil, o gnero Nasutitermes (Termitidae, Nasutitermitinae) representa um txon
Neotropical de ?nasuto verdadeiro? e est representado por aproximadamente 47 espcies que se distribuem em
ambientes de matas tropicais, cerrados e caatingas. A espcie Nasutitermes aquilinus ocorre nas reas de Cerrado
(Savanas) do Brasil, Paraguai, Bolvia, e nordeste da Argentina, onde considerada uma espcie praga. No Brasil, esse
cupim est distribudo desde o estado de Minas Gerais at o Rio Grande do Sul, sendo considerada uma espcie praga em
plantaes de eucalipto, uma vez que sua dieta inclui rvores vivas. Em vista do exposto, o objetivo desta pesquisa foi
estudar aspectos da biologia de N. aquilinus, por meio da caracterizao das castas e da anlise da arquitetura dos ninhos
em reas de Cerrado. Para a realizao deste trabalho foram utilizados quatro ninhos inteiros de N. aquilinus, coletados no
perodo de agosto de 2012 a fevereiro de 2013, na APTA - Unidade de Pesquisa de Itapetininga da Agncia Paulista de
Tecnologia dos Agronegcios (2335.30S; 4803.11O). O volume total do ninho foi calculado de acordo com a
frmula do hemielipside: V= 2/3*?*h*D*d (onde, h = altura do ninho; D = do dimetro maior; d= do dimetro menor). A
populao dos ninhos foi analisada qualitativamente, com a retirada aleatria de cinco sub-amostras de 5 ml do material
extrado de cada colnia. Alm disso, foi investigada a presena de ninfas e reprodutores primrios e secundrios nessas
colnias. Para preserv-los, estes indivduos foram fixados em soluo FAA durante 24 h, sendo depois transferidos para
lcool 70% a fim de serem preservados para anlise morfomtrica em laboratrio sob estereomicroscpio. O nmero total
de ninhos encontrados na rea de estudo para a espcie N. aquilinus foi de 18 colnias. O volume total encontrado nesses
ninhos variou de 0,1 a 26, 9 litros. No primeiro ninho coletado, em agosto de 2012, foram encontrados operrios, soldados,
imaturos. No foram encontrados reprodutores primrios, secundrios e instares ninfais neste ninho. Devido ao perodo de
coleta coincidir com o incio da revoada, foram encontrados centenas de alados nesse ninho. O volume total do ninho foi
12,3 litros. Na segunda coleta, em outubro de 2012, foram retirados 2 ninhos, um com volume de 11 litros e o outro com 1,3
litros. Em ambos os ninhos foram encontrados operrios, soldados, ninfas e imaturos. Os reprodutores primrios no foram
encontrados nos dois ninhos, entretanto, no segundo ninho, foram coletadas 99 rainhas ergatides. Na terceira coleta
realizada em fevereiro de 2013, o ninho analisado apresentou um volume de 2,5 litros. As castas encontradas no ninho
foram operrios, soldados, imaturos, ninfas de primeiro e segundo instares e, duas rainhas secundrias do tipo ergatide.
No perodo posterior a revoada que ocorre entre agosto e setembro, foi encontrado um grande nmero de ninfas, do
primeiro ao quarto instar, as quais puderam ser separadas de acordo com o tamanho do broto alar e cor dos olhos. Ninfas
passam por quatro instares, sendo o quinto e ltimo corresponde ao indivduo adulto ou alado. Provavelmente, essas ninfas
apresentaram desenvolvimento tardio e possivelmente iriam revoar tardiamente. Uma outra explicao seria que essas
ninfas se tornariam reprodutores secundrios do tipo adultides, ou seja, indivduos alados que no abandonam o ninho
para formar novas colnias, mas permanecem no ninho materno, auxiliando a produo de ovos da colnia. Alm disso,
foram encontradas muitas rainhas secundrias (poliginia), do tipo ergatide, as quais so derivadas de operrios e no tm
evidncias de brotos alares. Essas variaes de castas observadas na colnia podem indicar um desequilbrio hormonal na
populao, o que ocorre principalmente quando h morte do casal real, ou retirada da rainha. Por outro lado, o
aparecimento de muitas rainhas secundrias (adultides ou ergatides), pode estar relacionado expanso do tamanho da
colnia. Para alguns autores, a poliginia pode prover uma vantagem ecolgica, pois aumenta a produo de ovos na
colnia, o que possibilita uma expanso rpida da populao. Nessas colnias que apresentaram rainhas secundrias, foi
observado que o nmero de soldados e o tamanho dos operrios eram bem reduzidos quando comparado aos indivduos
dos outros ninhos analisados. O que pode indicar uma economia nutricional temporria da colnia para investir no
desenvolvimento dos reprodutores secundrios. Contudo, mais estudos so necessrios para compreender as estratgias
de sobrevivncia e distribuio de N. aquilinus em reas de Cerrado.
Participantes:

Orientador: Fabiana Elaine Casarin dos Santos


Discente: Camilla Juliane Sena Maleski

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Cincias Ambientais
Autor: Hana Okabe Silva
Ttulo: Comportamento de oxidantes em Latossolo Vermelho, visando a remediao
atravs da oxidao qumica in situ
Palavras-Chave: Remediao, Latossolo Vermelho, oxidao, persulfato
Acidentes que resultam em derramamentos de diferentes compostos por parte de indstrias e postos de
abastecimento so fontes de contaminao. Entre esses compostos esto os compostos orgnicos, os quais podem
provocar impactos graves sade humana e ao meio ambiente. O escoamento desses contaminantes orgnicos pode
ocorrer em fase separada da gua devido baixa solubilidade. A fase orgnica recebe a denominao de NAPL (do ingls
non-aqueous phase liquid) ou fase lquida no-aquosa. Com o tempo, o NAPL pode se infiltrar nas camadas do solo at
atingir as guas subterrneas, onde os compostos mais solveis se dissolvem e, na direo do fluxo da gua, vo ser
formadas plumas de contaminao. Sendo assim, os NAPLs so uma fonte secundria de contaminao, os quais podem
acarretar em um grave problema, pois podem atingir os aquferos que servem como abastecimento de gua para o
consumo humano. A remediao de reas contaminadas com lquidos imiscveis um dos maiores desafios aos
profissionais envolvidos com problemas relacionados ao meio ambiente, uma vez que os NAPLs possuem alta capacidade
de persistncia no solo. Uma tecnologia promissora para a remediao desses tipos de compostos a oxidao qumica in
situ, baseada na injeo de oxidantes, como o persulfato, em subsuperfcie. Um fator importante que muitas vezes no
levado em conta, mas que interfere na oxidao qumica in situ o tipo de solo, pois suas propriedades podem alterar a
velocidade de transporte dos contaminantes e oxidantes. Alm disso, os oxidantes podem reagir com minerais e com a
matria orgnica. Sendo assim, o conhecimento das caractersticas fsicas e qumicas do solo e seus efeitos sobre o
comportamento dos oxidantes possui grande importncia para auxiliar em uma escolha mais acertada da tecnologia de
remediao in situ. A maior parte dos estudos desenvolvidos at o momento foi realizada com solos de climas temperados,
os quais possuem propriedades significativamente diferentes dos solos encontrados no Brasil. Devido a isso, o solo
escolhido para ser estudado foi o Latossolo Vermelho (LV), um solo tipicamente tropical. Os Latossolos cobrem cerca de
50% do territrio brasileiro, e so muito profundos, bem drenados e pouco diferenciados, com sequncia de horizontes
A-Bw-C. Assim, o trabalho busca estudar como o persulfato, um oxidante utilizado para a remediao, interage com o LV.
Atravs disso, procura-se subsidiar uma melhora na eficcia da remediao por oxidao qumica in situ. Para atingir tal
objetivo, as propriedades fsicas, qumicas e mineralgicas do solo foram determinadas antes e aps passar pelo processo
de oxidao. A oxidao foi realizada em testes de batelada, que so discutidos em outros trabalhos (Rollo et al., 2013;
Oliveira, em andamento). Alm do LV, o Neossolo Quartzarnico (NQ), solo majoritariamente arenoso, tambm foi estudado
como base para comparao dos resultados. Primeiramente foi realizada a coleta dos solos. O LV foi coletado na cidade de
Piracicaba (SP) e ento identificamos os seguintes horizontes: A, AB1, AB2, BA e Bw. Para o NQ, coletado em Itirapina
(SP), encontramos tais horizontes: A, AC, CA, C1 e C2. Posteriormente, foram feitas as anlises granulomtricas atravs do
mtodo da pipeta. O LV possui altos teores de argila, e foi observada uma grande dificuldade em dispers-la,
principalmente devido presena de microagregados de elevada estabilidade. Nessa anlise, feita com solos pr-oxidados,
determinou-se as quantidades de areia, silte e argila, sendo obtidos os valores para o LV de 32,3, 11,2 e 44%,
respectivamente, e 87,4, 2,0 e 9,0% para o NQ. Nota-se que os resultados do LV no foram satisfatrios (erro de 12,5%),
sendo necessrio adaptar a metodologia para esse tipo de solo. Algumas modificaes foram implementadas buscando
auxiliar na disperso da argila, como alterao no tempo e tcnica de agitao, alterao dos dispersantes, e adio de
areia (1-0,5 mm). Aps as modificaes, obtivemos para areia, silte e argila, os valores de 21,4, 6,5 e 67,5%
respectivamente (com erro de 4,6%). Paralelamente a essa anlise, foram realizados os testes de batelada, onde se
observou um consumo rpido do persulfato pelo LV (Oliveira, em andamento; Rollo et al., 2013). Aps os testes de
batelada, a anlise granulomtrica foi refeita, utilizando o solo ps-oxidado e seguindo a mesma metodologia adaptada.
Com isso obtivemos os seguintes resultados: 21,3% de areia, 8,7% de silte e 66,4% de argila, erro de 3,6%. Nota-se que os
resultados dessa anlise pr e ps-oxidao no variaram muito, e isso ocorreu, pois o contato do persulfato com esse solo
no provocou alteraes significativas na estrutura dos minerais na frao argila, a ponto de destru-los e,
consequentemente, mudar a proporo entre as fraes granulomtricas. O projeto ainda est em andamento, e as
anlises qumicas e mineralgicas esto sendo realizadas.
Participantes:

Discente: Hana Okabe Silva

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Cincias Ambientais
Autor: Lucas Guilherme de Oliveira
Ttulo: Uso de zelita e vermiculita como agentes de liberao lenta de nutrientes no
solo
Palavras-Chave: potssio; solo; zelita; vermiculita; fertilizante.
O Brasil um dos maiores consumidores de fertilizantes no mundo, dada importncia de seu setor agrcola e
ao fato da maioria de seus solos serem pobres em nutrientes - por se encontrarem na regio tropical, onde predomina o
intemperismo qumico. No entanto, os fertilizantes disponveis no mercado so muito solveis e uma vez no solo, so
facilmente lixiviados, acarretando na perda de grande parte de nutrientes, e cujo excesso pode contaminar e provocar a
eutrofizao dos recursos hdricos. Por isso, o uso de minerais como agentes de liberao lenta, ao invs dos fertilizantes
industrializados, pode ser uma alternativa para disponibilizar por mais tempo os nutrientes no solo e, ainda, minimizar sua
perda por lixiviao.
Devido s particularidades estruturais tanto da zelita quanto da vermiculita, esse trabalho teve como objetivo
estudar a eficincia desses minerais como agentes de liberao lenta de potssio (K+) no solo.
As amostras de zelita e vermiculita foram caracterizadas qumica (fluorescncia de raios X) e mineralogicamente
(difrao de raios X) e tiveram suas respectivas capacidades de troca catinica (CTC) determinadas pelo mtodo de
saturao com KCl (2M) e NH4Cl (2M). Em seguida, os minerais estudados foram pr-tratados com soluo de KCl (1M)
para saturar seus stios de troca pelo K+. Esses minerais com K+ foram utilizados nos testes de incubao, que teve
durao de 60 dias. Foram preparados sistemas contendo solo (Latossolo vermelho) e diferentes propores de zelita ou
vermiculita (1% - 10%), mantendo-se a umidade em torno de 50%. A cada 10 dias, uma alquota do solo foi recolhida para
determinar o pH em gua e em CaCl2 (0,01M), a condutividade eltrica e a concentrao de K+ solvel.
A anlise qumica revelou que a amostra de zelita rica em SiO2 (68,5%) e Al2O3 (11,6%) e secundariamente
em CaO (2,88%) e Fe2O3 (1,52%), e possui um pouco de K2O (1,19%). Quanto vermiculita, a sua anlise qumica ainda
se encontra em andamento. A anlise dos difratogramas de raios X dos minerais estudados revelou que a principal zelita
presente na amostra cedida pela Celta Brasil (empresa que a comercializa no pas) trata-se da clinoptilolita. Da mesma
forma, a vermiculita foi identificada como o principal argilomineral presente na amostra cedida pela Urimam Minerao
Ltda.
Os valores de CTC obtidos para a amostra de zelita foi de 2,49 meq/g, e para a vermiculita, 0,26 meq/g.
Esses dados indicam a maior capacidade da zelita em reter K+ em sua estrutura e est de acordo com os dados
encontrados na literatura.
O resultado do teste de incubao revelou que o pH, tanto em gua quanto em CaCl2, no variou muito e que no
h correlao com a quantidade de potssio lixiviado no solo. No entanto, a adio dos minerais saturados com K+ diminuiu
o pH do solo, provavelmente devido presena de stios cidos na estrutura dos mesmos; mas, por outro lado, aumentou a
disponibilidade de K+ no meio. Ao longo do perodo de incubao, a concentrao de K+ solubilizado no solo aumentou
lentamente, tendo sido mais significativa a partir de 30-40 dias. Da mesma forma, observou-se que a condutividade eltrica
tambm aumentou proporcionalmente concentrao de K+ solubilizado. Dentre os minerais estudados, observou-se uma
menor liberao de K+ pela vermiculita. Esse comportamento pode estar relacionado menor concentrao desse on em
sua estrutura (j que possui menor CTC que a zelita). Outra possibilidade seria o fato da entrada do K+ nos stios de troca
fechar o espao interlamelar da vermiculita, dificultando tambm a sua sada.
Verificou-se, portanto, que tanto a zelita como a vermiculita saturadas com K+ liberam lentamente esse
nutriente no solo, sendo a zelita mais eficiente, por apresentar maior capacidade de troca catinica.
Participantes:

Orientador: Mirian Chieko Shinzato

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Cincias Ambientais
Autor: Mait Lima Bossi
Ttulo: Avaliao da Oxidao Quica in-situ para a remediao de Latossolo Vermelho
- Amarelo
Palavras-Chave: Remediao, Oxidao Qumica, Latossolo, NAPL
A preocupao com a qualidade do solo e da gua subterrnea relativamente recente, apesar da sua
contaminao apresentar grande risco sade humana e aos ecossistemas de forma geral. Sendo assim, a remediao
destes sistemas de extrema importncia para a manuteno da qualidade ambiental.
Os contaminantes em geral tm distribuies heterogneas no meio subterrneo, que resultam em
dificuldades para a caracterizao, modelagem, extrao e tratamento in-situ, tendendo a persistir por longos perodos no
local. Diversas tecnologias tem sido desenvolvidas buscando a remediao das reas contaminadas como, por exemplo, a
oxidao qumica in-situ. Essa tcnica tem por objetivo promover a destruio dos contaminantes presentes no solo pela
injeo de solues oxidantes no local da contaminao, que iro reagir com os contaminantes e destru-los.
Para que a remediao tenha resultados satisfatrios, fundamental saber como os oxidantes interagem
com o solo, o que gera a necessidade de pesquisas que visem avaliao do comportamento de tais oxidantes em solos
tropicais, visto que h poucos estudos neste sentido. O Latossolo um dos solos mais representativos do Brasil, devido
ampla ocorrncia desta classe, que cobre cerca de 50% do territrio nacional.
Uma das formas mais comuns de contaminao dos solos, sendo tambm a mais ocorrente no Brasil, por
compostos orgnicos, frequentemente originados do derrame de derivados de petrleo. Esses hidrocarbonetos podem estar
presentes em subsuperfcie como uma fase no-aquosa (NAPL ? non-aqueous phase liquids), devido sua baixa
solubilidade em gua. Porm, os NAPL so capazes de se solubilizarem gradativamente com o decorrer do tempo, gerando
plumas de contaminao que, devido a grande quantidade de massa acumulada, podem permanecer por dcadas ou
centenas de anos no solo, atuando como uma fonte secundria de contaminao para o local.
Portanto, o presente projeto tem como objetivo analisar as interaes que ocorrem entre o oxidante
persulfato e um Latossolo Vermelho-Amarelo (LVA), avaliando as alteraes fsicas, qumicas e mineralgicas resultantes
da oxidao.
Por se tratar de um solo tipicamente tropical, o Latossolo Vermelho-Amarelo foi escolhido para a avaliao
da oxidao qumica. Tambm foi utilizado o Neossolo Quartzarnico como solo referncia, por apresentar, pelo menos,
80% de frao areia.
O LVA a ser utilizado nas anlises foi coletado em Piracicaba-SP, na rea da Escola Superior de Agricultura
Luiz de Queiroz (ESALQ) da Universidade de So Paulo (USP) e o Neossolo Quartzarnico foi coletado em Itirapina-SP, na
rea da Estao Experimental de Itrapina. No local de coleta foi realizada a descrio do perfil do solo de acordo com
Santos et al. (2005).
Foram realizados testes de oxidao em escala de laboratrio (Rollo et al., 2013), onde os solos foram
mantidos em contato com o persulfato a 1g/L e 14g/L por 100 dias. As propriedades dos solos (granulometria, mineralogia
de argilas, anlises qumicas) foram analisadas antes e depois da oxidao. A granulometria foi realizada pelo mtodo da
pipeta, a partir de EMBRAPA (2006) e IAC (2009). A areia foi peneirada aps secagem na estufa para que as fraes entre
areia muito grossa e muito fina fossem separadas e quantificadas. Os testes de granulometria foram realizados diversas
vezes e a metodologia foi adaptada em decorrncia dos resultados iniciais insatisfatrios, que no refletiam o perfil da
amostra.
A mineralogia de argilas ser realizada a partir da Difratometria de Raio - X (DRX), aps a retirada da matria
orgnica, o fracionamento das amostras e tratamentos especficos que permitem melhor identificao dos minerais
presentes (Jackson, 1969). As anlises qumicas para determinao do pH, carbono orgnico total, bases trocveis e
acidez potencial sero realizadas na ESALQ/USP.
A partir da metodologia aplicada, foi possvel identificar os diferentes horizontes do solo no local de coleta. A
granulometria mostrou que o LVA composto por aproximadamente 20% de argila, 70% de areia e 10% da frao silte.
Tambm foi realizada a separao da frao areia, havendo predomnio da frao muito fina. Com o solo oxidado, foi
utilizada a mesma metodologia para quantificar as fraes silte, argila e areia. Os resultados das anlises granulomtricas
ps-oxidao no diferiram significativamente dos encontrados antes da oxidao, o que sugere que a oxidao do solo
com o persulfato no resultou em mudanas estruturais na frao argila, no havendo, portanto, alteraes significativas
nas propores das fraes.
Os testes de oxidao realizados mostraram que o persulfato foi consumido no LVA de forma similar ao
Neossolo Quartzarnico. Porm, com o aumento da concentrao de persulfato, o seu consumo foi mais alto e a sua taxa
de decaimento foi menor. As anlises mineralgicas e qumicas,
em andamento, podem fornecer respostas para tal
comportamento.
Participantes:

Discente: Mait Lima Bossi

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Cincias Ambientais
Autor: Marcella de Lima Perestrelo
Ttulo: ANLISE PETROGRFICA SISTEMTICA DE AMOSTRAS-CHAVE DO DOMNIO
TECTNICO MONGAGU: SE DO ESTADO DE SO PAULO
Palavras-Chave: Geologia, petrografia, rochas gneas
Na poro sudeste e sul brasileira observam-se inmeros registros magmticos, metamrficos e estruturais que
caracterizam distintos domnios tectnicos.
O projeto em questo tem como objetivo principal o detalhamento e complementao da descrio petrogrfica de
amostras-chave granticas e gnissico-migmatticas do Domnio Tectnico Mongagu, definido na poro sul-oriental do
Estado de So Paulo, rea fundamental compreenso do quadro geotectnico regional.
As rochas gneas estudadas do Domnio Mongagu possuem textura e composio (mineralgica e qumica)
variadas, sendo necessria a caracterizao detalhada destas informaes para classificao dos diversos litotipos
presentes.
A anlise petrogrfica realizada consistiu na identificao dos constituintes minerais da rocha, atravs de anlise
macroscpica e anlise microscpica geral, onde se observaram as relaes entre os diferentes minerais em seo
delgada atravs de microscpio petrogrfico.
Anlise modal posterior foi realizada em fatias de rochas. Esta anlise consiste na quantificao dos minerais
presentes como feldspato potssico, plagioclsio, quartzo e minerais mficos. Utiliza-se a contagem de pontos (minerais)
atravs de uma malha de intervalo constante, cujos resultados, expressos em % em volume, so plotados em diagrama
discriminante de classificao de rochas gneas.
Grande parte das rochas gneas observadas contm minerais comuns como feldspatos, quartzo, micas, anfiblios e
minerais acessrios. Atravs do auxlio de tcnicas auxiliares de colorao seletiva de minerais em amostras de granulao
mdia-grossa, possvel a melhor visualizao da mineralogia da rocha para a anlise modal.
A tcnica utilizada foi a colorao de fatias de rocha por Cobaltonitrito de Sdio, atravs da mistura de Nitrito de
Sdio e Nitrato de Cobalto. Esta soluo destaca os feldspatos potssicos, tornando-os de cor amarela, dos plagioclsios
(cor branca) e consequentemente do quartzo, possibilitando uma melhor contagem de minerais existentes em amostra de
mo para uma anlise modal precisa.
Participantes:

Orientador: CLUDIA REGINA PASSARELLI

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Cincias Ambientais
Autor: Renata de Mello Rollo
Ttulo: ESTUDO DAS INTERAES DE SOLOS TROPICAIS COM OXIDANTE
UTILIZADO NA REMEDIAO QUMICA IN-SITU
Palavras-Chave: reas contaminadas, Oxidao Qumica, Remediao
Levando em considerao o esgotamento dos recursos naturais, necessrio que esforos sejam feitos no sentido
de proteg-los. Desta forma, prevenir a contaminao de matrizes ambientais como o solo e a gua subterrnea, bem como
reabilitar reas previamente contaminadas, fundamental. Para as reas j contaminadas, a implantao de um sistema de
remediao adequado pode ser uma alternativa, e deve ser escolhido considerando a natureza do contaminante e do meio
poroso. Para a remediao de locais contaminados por contaminantes orgnicos, umas das tcnicas possveis de ser
aplicada a oxidao qumica in situ. Reaes de oxidao podem ocorrer naturalmente no meio, porm, esse processo
pode ser acelerado com a introduo de um agente qumico oxidante. No caso deste trabalho, o agente oxidante utilizado
foi o persulfato, escolhido devido a sua maior estabilidade. Desta forma, na oxidao qumica in stiu, o oxidante qumico
injetado em subsuperfcie de modo a transformar os contaminantes orgnicos em compostos menos nocivos. Contudo,
existe um nmero escasso de estudos para avaliar como os oxidantes empregados para a remediao interagem com os
solos, principalmente estudos que sejam voltados para o persulfato em solos de regies tropicais. Desta forma, esta
pesquisa tem como objetivo compreender a interao do persulfato com os solos brasileiros a fim de alcanar uma maior
eficincia na remediao por oxidao qumica. Os trs solos escolhidos para este trabalho foram o Latossolo Vermelho
(LV), o Latossolo Vermelho-Amarelo (LVA) e o Neossolo Quartazrico (NQ). Estes solos foram descritos em campo,
coletados e caracterizados em relao a parmetros fsico-qumicos. Para avaliar o consumo de persulfato nesses solos,
foram realizados testes de bancada, onde as amostras de solo foram mantidas em contato com solues de persulfato.
Duas concentraes do oxidante foram utilizadas: 0 mg/L (Controle) e 1000 mg/L (C1), sendo que os testes foram
realizados em triplicatas. O monitoramento peridico das concentraes de persulfato nas amostras foi realizado atravs da
espectrofotometria UV-visvel, utilizando o equipamento modelo Thermo cientific ? Genesys, e o software Vision Lite ?
Scan, verso 4.0. O programa gera grficos de absorbncia versus comprimento de onda, e as concentraes eram
calculadas a partir das curvas de calibrao, construdas a partir de padres com concentraes conhecidas. A primeira
etapa dos testes de batelada transcorreu por 70 dias. Os resultados obtidos indicaram um consumo extremamente elevado
de persulfato no LV, sendo que a massa de persulfato foi totalmente consumida num perodo de 30 dias. A persistncia do
persulfato no LVA e no NQ foi semelhante, com uma taxa de reao menor que no LV, sendo que a concentrao atingiu
um valor aproximado de 300 mg/L (30% da concentrao inicial) num perodo de 70 dias. Com o intuito de investigar o tipo
de reao, uma segunda etapa do teste foi feita, com durao de 45 dias. O persulfato foi reintroduzido s amostras, de
modo que a concentrao alcanou novamente valores em torno de 1000mg/L. Os resultados alcanados dessa segunda
vez comprovaram o consumo elevado de persulfato pelo LV, embora num ritmo mais lento. Em 45 dias de teste, a massa de
persulfato chegou a aproximadamente 190mg/L (22% da concentrao inicial). J a persistncia do persulfato no LVA e no
NQ foi novamente similar, com uma taxa de reao menor que no LV, sendo que a concentrao atingiu um valor
aproximado de 700 mg/L (60% da concentrao inicial) no mesmo perodo de 45 dias. A diminuio da taxa de reao na
segunda etapa do teste um indicador que o persulfato est reagindo com alguma substncia do solo, que est sendo
consumida. Portanto, provvel que exista uma demanda limitada de persulfato pelo solo. A partir dos resultados
alcanados, possvel concluir que o consumo de persulfato varia consideravelmente com o tipo de solo, e que para a
remediao, preciso levar em conta a demanda de oxidante para cada tipo de solo. No caso do LV, por exemplo, o
consumo ser muito maior e a utilizao de uma concentrao baixa de persulfato, que seria rapidamente consumida,
tornaria a remediao ineficiente.
Participantes:

Orientador: Juliana de Freitas Gardenalli


Docente: Sheila Aparecida Correia Furquim
Discente: Fernanda Campos Oliveira

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Cincias Ambientais
Autor: Rodrigo Cesar Perez Frizzi
Ttulo: Remediao de guas impactadas por hormnios por oxidao qumica
Palavras-Chave: Remediao de guas; Hormnios; 17alfa-etinilestradiol; Oxidao qumica;
Hormnios so substncias qumicas de aes sistmicas que so produzidas por clulas especializadas de
organismos vivos e lanadas na corrente sangunea com a inteno de promover efeitos especficos (induo ou inibio)
em um rgo especfico. Nos ltimos tempos, hormnios vm sendo encontrados em reservatrios naturais de gua, como
rios, lagos e aquferos. Acredita-se que a fonte desses hormnios principalmente o descarte incorreto de esgotos
sanitrios, e tambm o descarte de efluentes de estaes de tratamento de esgotos, que no so projetadas para remover
esses compostos. Assim, os hormnios tem se tornado o foco de diversas pesquisas sobre contaminao, pois so uma
ameaa a sade humana, j que se indevidamente ingeridos iro interagir com o corpo humano realizando suas funes
sem que haja tal necessidade, podendo assim gerar at mesmo uma mutao em algum rgo ou sistema. O objetivo
desse estudo foi avaliar a possibilidade de remediao de hormnios em gua por oxidao qumica. Foram utilizadas
amostras de 17?-etinilestradiol e estrona para avaliar se as mesmas podem ser degradadas por persulfato de sdio. O
persulfato um forte oxidante qumico bastante utilizado para a degradao de compostos orgnicos. Persulfato ocorre
geralmente em forma de sais de sdio, potssio e amnio. A forma mais usada o persulfato de sdio, devido a sua alta
solubilidade e por gerar subprodutos com menor impacto. Em alguns casos, alguns agentes (como calor , luz ultravioleta,
alto pH, perxido de hidrognio e metais de transio) so utilizados para ativar o on de persulfato e gerar o radical (SO4? )
e outros intermedirios reativos, tambm denominado persulfato ativo.
Para avaliar a capacidade de degradao do hormnio por persulfato, esto em andamento ensaios em batelada,
onde solues contendo hormnios e persulfato so monitoradas periodicamente para avaliar como as concentraes
evoluem com o tempo. Durante os ensaios, as amostras sero armazenadas sob ausncia de luz e o pH ser monitorado
para que no atinja valores inferiores a 4, para no interferir na ao do oxidante pode se decompor sem gerar os radicais
sulfato necessrios para a decomposio do contaminante.
Para quantificao de hormnio nas amostras foi utilizado o fluormetro para leitura da absorbncia dos hormnios e
espectrometria de UV-visvel para leitura da concentrao de persulfato. Foram feitos testes com o fluormetro para
identificar sua capacidade de leitura da concentrao de hormnio, dos limites de deteco deste, e da interferncia do
oxidante na leitura do hormnio. Atravs destes testes percebeu-se que a estrona no era vivel para estudo uma vez que
esta no era percebida pelo aparelho na faixa de absorbncia esperada, e portanto foi descartada para o estudo, restando o
17?-etinilestradiol como composto a ser avaliado. Com esta amostra os limites inferiores de deteco foram identificados
como sendo a concentrao de 0,025mg/L. No foi identificada interferncia do persulfato na leitura de absorbncia de
hormnio nas amostras, e portanto a tcnica foi considerada adequada.
Os testes de bancada foram montados e esto em andamento com coleta e tratamento dos dados. Os testes so
compostos por solues de hormnio com persulfato no ativado, e ativado por pH. A ativao alcalina feita pela adio
de 4 a 5 gotas de soluo de NaOH de concentrao 1g/L. Tambm so feitos controles de hormnio e controles de
persulfato. Controles so solues contendo apenas o contaminante e apenas do oxidante que servem de parmetro para
as demais amostras em estudo, assim qualquer variao no prevista pode ser verificada pela analise simultnea das
amostras de estudo e dos controles. Todos os testes so feitos em triplicatas. O estudo ser feito com amostras de 20mL
de soluo armazenadas em vials de 40mL para que haja espao para o acmulo de gases caso sejam produzidos.. A
concentrao inicial de hormnio foi definida em 2,5mg/L, pois em geral as concentraes de hormnio encontradas como
poluentes so em muito baixas, chegando muitas vezes a ordem de ppb e portanto iniciando com uma concentrao
relativamente baixa pode se verificar se o oxidante consegue atuar bem mesmo nessa faixa de concentraes. As amostras
tambm tero concentrao inicial de persulfato de 0,750g/L, de forma a estar em excesso para que no haja falta de
oxidante e a induzir a ocorrncia das reaes. As variaes das concentraes de persulfato e hormnio so verificados
periodicamente sendo a concentrao de hormnio verificada a cada dois ou trs dias e a concentrao de persulfato
verificada ao menos uma vez por semana. As variaes de concentraes ao longo do tempo sero avaliadas para
identificar a eficcia do persulfato para promover a degradao do hormnio, e em quais condies ele atua de forma mais
satisfatria. Os testes ainda esto em andamento, e posteriormente ser avaliada a necessidade de avaliar a formao de
subprodutos da reao.
Participantes:

Orientador: Juliana Gardenalli Freitas


Orientador: Gergia Labuto
Discente: Rodrigo Csar Perez Frizzi

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Alessandra Pereira da Silva
Ttulo: Construo de reator eletroqumico com anodo de leito fixo e avaliao de seu
desempenho no tratamento de efluentes contendo disruptores endcrinos: avaliao
da eficincia na oxidao de 17-alfa-etinilestradiol
Palavras-Chave: eletroxidao; leito fixo; poluentes emergentes; etinilestradiol
A demanda cada vez maior por cuidados com o meio ambiente e as crescentes descobertas acerca de efeitos
adversos advindos de desequilbrios ambientais fazem com que seja de fundamental importncia o desenvolvimento de
processos de tratamento de efluentes cada vez mais eficazes. Substncias que h algumas dcadas no tinham seus
efeitos adversos conhecidos, hoje so objeto de interesse porque, com a exposio prolongada, apresentam consequncias
danosas aos organismos mesmo a baixas concentraes. Dentre essas substncias esto os disruptores endcrinos, que
envolvem diferentes classes de substncias, incluindo estrognios naturais e sintticos (como 17-alfa-estradiol e
17-alfa-etinilestradiol) e surfactantes etoxilados (nonilfenol, p. ex.). Este trabalho tem como objetivo a avaliao de reator
eletroqumico com anodo de leito fixo no tratamento de efluentes lquidos contendo 17-alfa-etinilestradiol. As respostas
mensuradas so eficincia de corrente e consumo energtico do reator eletroqumico, frente variao da corrente eltrica
aplicada ao reator e do material do anodo.
Participantes:

Orientador: Alessandra Pereira da Silva


Docente: Alexandre Argondizo
Discente: Patrcia Rie Hara

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Alexandre Argondizo
Ttulo: Uma abordagem ambientalmente compatvel para o tratamento de efluentes
industriais contendo material particulado finamente dividido
Palavras-Chave: Eletroflotao, material particulado, eletrocoagulao, processos de separao
Este trabalho trata do projeto, da construo e operao de um sistema de eletroflotao, que visa tratar um efluente
sinttico composto de material particulado finamente dividido. O sistema a ser concebido uma alternativa ao mtodo
tradicional de tratamento deste tipo de efluente, a floculao, e difere do mesmo ao utilizar um reator eletroqumico, o qual
produz in situ, atravs de uma reao andica de dissoluo, o agente coagulante, dispensando o uso intensivo de insumos
qumicos poluentes. Ao mesmo tempo, a reao catdica leva produo de hidrognio (na forma de microbolhas) as quais
arrastam os flocos fazendo-os flutuar (flotar) no meio aquoso. A eficincia energtica do processo e sua eficcia na
remoo do poluente sero mensurados frente a variao da intensidade da corrente eltrica aplicada e distncia entre os
eletrodos.
Participantes:

Orientador: Alexandre Argondizo


Docente: Alessandra Pereira da Silva
Discente: Danilo Rodrigues Ruas
Discente: Thaysa Ferreira Elvas Rosal

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Amanda Teixeira de Oliveira
Ttulo: Simulao do processo de desterpenao do leo de laranja utilizando lquidos
inicos
Palavras-Chave: desterpenao limoneno linalol
Neste trabalho foi estudado o processo de desterpenao do leo de laranja atravs da simulao do processo de
extrao lquido-lquido utilizando lquido inico como solvente extrator. O leo de laranja uma matria-prima importante
para as indstrias de alimentos, cosmticos e de perfumes, devido a sua utilizao em aromas e fragrncias. Ele uma
mistura complexa formada por monoterpenos (C10H16), sesquiterpenos (C15H24), compostos oxigenados, e compostos
no-volteis. Os monoterpenos, os quais compem a parte mais voltil do leo de laranja, so substncias parcialmente
insaturadas e, por isso, quimicamente instveis e prontas para reagrupamentos estruturais na presena de ar, luz, gua, e
calor. Por serem insolveis em gua, a presena dos monoterpenos, cujo principal componente o limoneno, limita a
quantidade de aroma que pode ser adicionada s bebidas. Os monoterpenos tambm so insolveis em solventes polares
como lcool, o que uma desvantagem, em particular, na perfumaria. Estas desvantagens tm levado ao desenvolvimento
de processos para concentrar a frao de compostos oxigenados, principais responsveis pelos
aromas/fragrncias sem a
deteriorao da qualidade aromtica, ou seja, sem causar qualquer contaminao ou alterao das mesmas. Entre os
processos tradicionais para realizar a desterpenao encontram-se a destilao e a extrao com solvente. Dentre as
desvantagens de tais mtodos enquadram-se a dificuldade de separar o extrato do solvente empregado na extrao
lquido-lquido e a degradao trmica do produto durante a destilao. Entretanto, na atualidade, existe uma classe de
compostos com potencialidade de substituir os tradicionais solventes orgnicos utilizados nos processos de extrao. Essa
classe de compostos conhecida por lquidos inicos, que por apresentarem baixssimas presses de vapor favorecem a
separao entre extrato e solvente, alm de eliminarem os custos operacionais causados pela evaporao dos solventes
convencionais oriundos das indstrias petroqumicas, e, consequentemente, reduzirem a poluio ambiental. Neste projeto
de iniciao cientfica, primeiramente, foi feito um levantamento dos dados de equilbrio lquido-lquido disponveis na
literatura para o sistema limoneno - linalol - lquido inico, encontrando-se os sistemas formados pelos seguintes lquidos
inicos:
etilsulfato
de
1-etil-3-imidazlio,
2,2 metxi-etxi-etilsulfato
de
1-etil-3-metilimidazlio,
metano
sulfonato
de
1-etil-3-metilimidazlio,
bis(trifluorometilsulfonil)imida
de
1-etil-3-metilimidazlio,
metil
sulfato
de
1-metilpiridina,
bis(trifluorometilsulfonil)imida de 1-hexil-3 metilimidazlio, etil sulfato de 1-etil piridina, bis(trifluorometilsulfonil)imida de
1-decil-3-metilimidazlio. Baseando-se em critrios como a seletividade e coeficiente de distribuio, foi selecionado o
metano sulfonato de 1-etil-3-metilimidazolio. Como esta substncia no faz parte do banco de dados do simulador utilizado,
o simulador comercial de processos Aspen Plus, ela precisou ser inserida. Para isto, foi necessrio estimar as propriedades
crticas, a temperatura de ebulio, a presso de vapor e a capacidade calorfica atravs de mtodos preditivos. A seguir,
foi feita a regresso dos dados de equilbrio lquido-lquido para calcular os parmetros do modelo termodinmico NRTL a
ser utilizado na simulao. Os dados de coeficiente de distribuio demonstraram que a extrao favorvel apenas para
altas concentraes de linalol. Por isso, a simulao foi realizada a 298,15K, utilizando uma corrente de alimentao de
100kg/h composta por 35% de linalol, uma razo Solvente:Alimentao igual a 1 e nmero de estgios igual a 9. Os
resultados at o momento, mostraram a extrao de aproximadamente 80% do linalol presente na corrente de alimentao.
As prximas etapas do trabalho compreendem o estudo do nmero de estgios de equilbrio e da razo
solvente:alimentao para maximizar a extrao do linalol. Assim sendo, apesar da extrao com o metano sulfonato de
1-etil-3-metilimidazolio ter se mostrado favorvel apenas para correntes de alimentao com altas concentraes de linalol,
o estudo de outros lquidos inicos para conduo do processo de desterpenao do leo de laranja atravs extrao
lquido-lquido de grande interesse, por utilizar condies de operao amenas, que minimizam a degradao do material
processado, e por ser um processo ambientalmente compatvel.
Participantes:

Orientador: Patrcia Fazzio Martins

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Ana Beatriz Leite Leito
Ttulo: Sntese da zelita ZSM-5 mesoestruturada por ocluso de carbono
Palavras-Chave: ZMS-5, ocluso de carbono, micro-mesoestrutura
As reservas petrolferas por todo o mundo esto entrando em um processo de esgotamento, e, consequentemente, o
aproveitamento do petrleo oriundo dos lenis mais profundos exigir novas tecnologias de extrao e tratamento
petroqumico. Um dos materiais utilizados para o processamento do petrleo so as zelitas, que so aluminossilicatos
cristalinos hidratados de estrutura aberta constituda por tetraedros de SiO4 e AlO4 ligados entre si pelos tomos de
oxignio. Dentro deste contexto, o objetivo do trabalho desenvolvido foi a obteno de um material micro-mesoestruturado a
partir da sntese da zelita ZSM-5 (microporosa) utilizando carbono como agente estruturante de mesoporos e realizando
tambm o processo de dessilicao por NaOH.
Para se alcanar estes objetivos procedeu-se modificao da sntese bsica da ZSM-5. Inicialmente foi realizado o
estudo da curva de cristalizao para esta zelita. As anlises de espectroscopia de infravermelho na faixa de 250 a 2000
cm-1 mostraram bandas tpicas de materiais aluminossilicatos. Uma banda entre 550 e 650 cm 1 juntamente com outra
entre 440 e 480 cm-1 identifica a presena de anis de 4, 5 e 6 tetraedros de aluminossilicatos na amostra. As amostras
sintetizadas com a composio 1 SiO2: 0,8 NBTA: 0,027 Al2O3: 40 H20: 0,19 H2SO4 foram cristalizadas durante 4, 8, 12,
16 e 24 h a 170 oC. Em todas as amostras a banda de 550 oC estava presente indicando a formao da fase zeoltica
desejada. O rendimento em slidos para todas amostras variou entre 8 e 10%.
Em seguida verificou-se qual o melhor teor de n-butilamina (direcionador de estrutura) para a obteno de um
material de alta cristalinidade, visto que, na sntese original o pH no estava otimizado. O melhor teor de NBTA/SiO2 obtido
(Gomes, E. L. , 1991) foi de 0,4. Outras otimizaes (Rodrigues, M.G.F., 2003) mostraram que era necessrio dobrar este
teor de forma a elevar o pH para 11. Assim, variou-se este teor entre 0,4 e 1,2. Estas anlises ainda esto em andamento.
A ocluso de carbono realizada em etapas anteriores mostraram que a fase ZSM-5 no se formava quando havia a
presena deste material. Detilio, M. A. (2007) conseguiu sintetizar a zelita preparando uma soluo etanol-carbono (2%C
em 20 mL de etanol). Nosso trabalho est sendo realizado utilizando a sntese otimizada e variando este teor de carbono
segundo a metodologia deste autor.
Outra tcnica de criao de mesoporos foi proposta por Groen et al. (2007). A tcnica foi aplicada para a zelita
ZSM-12. Neste trabalho utilizou-se a base NaOH em duas diferentes concentraes molares (CNaOH = 0,2 e 0,8 mol.L-1) e
trs diferentes temperaturas de tratamento (T = 45; 65 e 85 C). Para realizar tal tratamento, 0,33 g de zelita ZSM-12
sintetizada conforme procedimentos padro foram deixados em contato com 0,1 L de soluo de NaOH com concentrao
molar de 0,2 ou 0,8 mol.L-1 por 30 min sob agitao e temperatura controlada em 45, 65 ou 85 C. A ideia era realizar a
dessilicao dos cristais de forma a criar mesoporos. No nosso caso, a amostra otimizada est sendo submetida ao mesmo
tratamento com o mesmo objetivo final.
No nosso trabalho, os reagentes utilizados para a sntese da ZSM-5 foram: trissilicato de sdio, gua destilada,
n-butilamina, cido sulfrico, sulfato de alumnio. O mtodo de sntese baseou-se na patente de Rubin et al. (1972) em que
duas solues so preparadas separadamente, A e B. A soluo A constituda por trissilicato de sdio e 70% da gua
destilada, e a soluo B por sulfato de alumnio e o restante da gua. Sob aquecimento controlado e agitao, B
adicionado em A. Ainda sob agitao o cido sulfrico adicionado e em seguida a n-butilamina. O gel resultante
submetido a tratamento hidrotrmico (170 oC), centrifugado e seco.
Os resultados deste trabalho esto em fase de concluso e aquisio, pois a principal parte que a sntese e a sua
modificao j foi concluda.
Referncias
DETILIO, M. A. Estudo da Sntese da Zelita ZSM-5 com ocluso de Carbono. Trabalho de Graduao, Engenharia
Qumica, UFSCar, 2007.
GOMES, E. L.
Influncia do tamanho dos cristalitos da zelita ZSM-5 com razo Si/Al constante no
desproporcionamento do etilbenzeno. Dissertao de Mestrado, Engenharia Qumica, UFSCar, 1991.
As reservas petrolferas por todo o mundo esto entrando em um processo de esgotamento, e, consequentemente, o
aproveitamento do petrleo oriundo dos lenis mais profundos exigir novas tecnologias de extrao e tratamento
petroqumico. Um dos materiais utilizados para o processamento do petrleo so as zelitas, que so aluminossilicatos
cristalinos hidratados de estrutura aberta constituda por tetraedros de SiO4 e AlO4 ligados entre si pelos tomos de
oxignio. Dentro deste contexto, o objetivo do trabalho desenvolvido foi a obteno de um material micro-mesoestruturado a
partir da sntese da zelita ZSM-5 (microporosa) utilizando carbono como agente estruturante de mesoporos e realizando
tambm o processo de dessilicao por NaOH.
Para se alcanar estes objetivos procedeu-se modificao da sntese bsica da ZSM-5. Inicialmente foi realizado o
estudo da curva de cristalizao para esta zelita. As anlises de espectroscopia de infravermelho na faixa de 250 a 2000
cm-1 mostraram bandas tpicas de materiais aluminossilicatos. Uma banda entre 550 e 650 cm 1 juntamente com outra
entre 440 e 480 cm-1 identifica a presena de anis de 4, 5 e 6 tetraedros de aluminossilicatos na amostra. As amostras
sintetizadas com a composio 1 SiO2: 0,8 NBTA: 0,027 Al2O3: 40 H20: 0,19 H2SO4 foram cristalizadas durante 4, 8, 12,
16 e 24 h a 170 oC. Em todas as amostras a banda de 550 oC estava presente indicando a formao da fase zeoltica
desejada. O rendimento em slidos para todas amostras variou entre 8 e 10%.
Em seguida verificou-se qual o melhor teor de n-butilamina (direcionador de estrutura) para a obteno de um
material de alta cristalinidade, visto que, na sntese original o pH no estava otimizado. O melhor teor de NBTA/SiO2 obtido
(Gomes, E. L. , 1991) foi de 0,4. Outras otimizaes (Rodrigues, M.G.F., 2003) mostraram que era necessrio dobrar este
teor de forma a elevar o pH para 11. Assim, variou-se este teor entre 0,4 e 1,2. Estas anlises ainda esto em andamento.
A ocluso de carbono realizada em etapas anteriores mostraram que a fase ZSM-5 no se formava quando havia a
presena deste material. Detilio, M. A. (2007) conseguiu sintetizar a zelita preparando uma soluo etanol-carbono (2%C
em 20 mL de etanol). Nosso trabalho est sendo realizado utilizando a sntese otimizada e variando este teor de carbono
segundo a metodologia deste autor.
Outra tcnica de criao de mesoporos foi proposta por Groen et al. (2007). A tcnica foi aplicada para a zelita
ZSM-12. Neste trabalho utilizou-se a base NaOH em duas diferentes concentraes molares (CNaOH = 0,2 e 0,8 mol.L-1) e
trs diferentes temperaturas de tratamento (T = 45; 65 e 85 C). Para realizar tal tratamento, 0,33 g de zelita ZSM-12
sintetizada conforme procedimentos padro foram deixados em contato com 0,1 L de soluo de NaOH com concentrao
molar de 0,2 ou 0,8 mol.L-1 por 30 min sob agitao e temperatura controlada em 45, 65 ou 85 C. A ideia era realizar a
dessilicao dos cristais de forma a criar mesoporos. No nosso caso, a amostra otimizada est sendo submetida ao mesmo
tratamento com o mesmo objetivo final.
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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Ana Beatriz Leite Leito
No nosso trabalho, os reagentes utilizados para a sntese da ZSM-5 foram: trissilicato de sdio, gua destilada,
n-butilamina, cido sulfrico, sulfato de alumnio. O mtodo de sntese baseou-se na patente de Rubin et al. (1972) em que
duas solues so preparadas separadamente, A e B. A soluo A constituda por trissilicato de sdio e 70% da gua
destilada, e a soluo B por sulfato de alumnio e o restante da gua. Sob aquecimento controlado e agitao, B
adicionado em A. Ainda sob agitao o cido sulfrico adicionado e em seguida a n-butilamina. O gel resultante
submetido a tratamento hidrotrmico (170 oC), centrifugado e seco.
Os resultados deste trabalho esto em fase de concluso e aquisio, pois a principal parte que a sntese e a sua
modificao j foi concluda.
Referncias
DETILIO, M. A. Estudo da Sntese da Zelita ZSM-5 com ocluso de Carbono. Trabalho de Graduao, Engenharia
Qumica, UFSCar, 2007.
GOMES, E. L.
Influncia do tamanho dos cristalitos da zelita ZSM-5 com razo Si/Al constante no
desproporcionamento do etilbenzeno. Dissertao de Mestrado, Engenharia Qumica, UFSCar, 1991.
RODRIGUES, M. G. F. Comunicao pessoal (profa. UFPB), Congresso Brasileiro de Catlise, 2003, Angra dos
Reis, RJ.
Participantes:

Orientador: Eliezer Ladeia Gomes

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Ana Paula da Silva
Ttulo: Estudo da biodegradao de filmes produzidos a partir de nanocompsitos de
poli(3-hidroxibutirato-co-3-hidroxivalerato) e nanotubos de carbono
Palavras-Chave: Poli(3-hidroxibutirato-co-3-hidroxivalerato), Nanotubos de carbono, Biodegradao, na
Os polmeros biodegradveis vm ganhando espao no mercado com a finalidade de diminuir, ou substituir, a
utilizao dos polmeros sintticos, cujo descarte em grande volume e o longo tempo de degradao tem causado danos
ambientais. O poli(3-hidroxibutirato-co-3-hidroxivalerato), PHBV, consiste em um polmero biodegradvel e biocompatvel,
sintetizado por bactrias na forma de grnulos intracelulares, com grande potencial de aplicao no setor de embalagens e
em dispositivos mdicos.
Apesar de inmeros trabalhos avaliarem o efeito da adio de diferentes cargas de dimenses nanomtricasnas
propriedades de nanocompsitos de PHBV, poucos so os trabalhos que avaliam o efeito dessas nanocargas na sua
biodegradao.
Dessa maneira, esse trabalho avaliou o efeito causado por nanotubos de carbono (NTC) na biodegradao de
nanocompsitos de PHBV/NTC. Ensaios de biodegradao em soloforam realizados com amostras de PHBV puro e com
amostras de PHBV/NTC contendo 1% (m/m) e 2% (m/m) de NTC. As amostras foram enterradas em solo com a umidade
inicialmente corrigidapara 60% da capacidade de absoro de gua e mantidas a 28C por um perodo total de 33 dias. Em
intervalos de 5, 8, 12, 16, 20, 24, 28 e 33 dias as amostras foram desenterradas, lavadas, secas e, posteriormente,
fotografadas e caracterizadas por microscopia eletrnica de varredura (MEV), calorimetria diferencial de varredura(DSC) e
medidas de massa.
Visualmente as amostras apresentaram perda de brilho, aumento da fragilidade e diminuio da espessura ao longo
do tempo de biodegradao, o que foi mais acentuado no caso das amostras de PHBV puro. As imagens de MEV mostram
que as superfcies de todas as amostras tornam-se mais rugosas e porosas ao longo do tempo. Porm, no caso das
amostras de PHBV/NTC com 1% e 2% de NTC inmeras regies bastante preservadas foram observadas, indicando uma
menor ao dos micro-organismos nessas amostras. Observou-se ainda que o processo de biodegradao resulta na
exposio dos NTC, uma vez que apenas a matriz de PHBV biodegradada enquanto os NTC permanecem intactos.
Aparentemente a perda de massa das amostras de PHBV/NTC 2% foi ligeiramente menor que das amostras de PHBV e
PHBV/NTC 1%, sendo que para essas ltimas a diferena no foi significativa. De acordo com os valores de entalpia de
fuso obtidos por DSC, as amostra iniciais de PHBV (no biodegradadas) apresentavam maior grau de cristalinidade em
comparao as amostras de PHBV/NTC 1% e 2%. Isso tambm foi observado ao longo de todo o processo de
biodegradao. Diminuio e aumento da cristalinidade ocorreram em todas as amostras, indicando que a biodegradao
ocorreu tanto nas fraes amorfas quanto nas regies cristalinas das mesmas.
Participantes:

Orientador: Ana Paula Lemes


Docente: Nelson Durn
Discente: Thas Montanheiro

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Bruno Lupi Barroso
Ttulo: Produo de xidos nanotubulares sobre liga de TiW empregando a tcnica de
anodizao
Palavras-Chave: xidos nanotubulares, liga TiW, anodizao
O crescimento da preocupao sobre o descarte de efluentes contendo substncias txicas, como os azo corantes,
fez crescer as pesquisas sobre novas tcnicas para degradar esses poluentes. A fotocatlise heterognea (Processo
Oxidativo Avanado), um dos tratamentos em evidncia, usa um semicondutor como catalisador, geralmente Ti ou ligas de
Ti, e radiao UV. Visando produzir xidos nanotubulares em ligas de Ti, este projeto consiste em, investigar as melhores
condies de anodizao (para o crescimento dos nanotubos sobre ligas de TiW em diferentes composio qumica para
posterior degradao de um corantetxtil industrial via processo de fotoeletrocatlise. A escolha dessa liga foi decorrente da
sua excelente propriedade mecnica, resistncia a corroso e o fato da energia de band-gap do WO3 ser de 2,8 eV, o que
contribui para a reduo do processo de recombinao das cargas no semicondutor quando irradiado.
O crescimento da camada de xido nanoestruturada ser analisado em relao ao potencial aplicado (60 a 140V),
soluo eletroltica utilizada (NH4F ou HF em etilenoglicol) e tempo de anodizao (10 a 60 min) sobre diferentes
composies de Ti-x%W (x= 0.5, 2.5 e 5.0% m/m). As ligas foram preparadas em um forno arco-voltaico, usando um
eletrodo de tungstnio no-consumvel e um cadinho resfriado com gua sob atmosfera de argnio de alta pureza. As
amostras foram solidificadas na forma de lingotes e, posteriomente submetidas a um processo de laminao a quente,
Essas amostras (placas planas) foram polidas e limpas ultrassonicamente em acetona, lcool isoproplico e gua destilada
e, em seguida, secas com corrente de nitrognio. A tcnica de fluorescncia de raios X foi usada para verificar as
composies qumicas das ligas. A caracterizao dos gros das ligas foi analisada, por meio de um microscpio ptico.
Os experimentos de anodizao foram realizados usando uma fonte de corrente continua e clula eletroqumica
contendo um ctodo (platina) um nodo (liga de TiW), separados por uma distncia de 2,5 cm, imersos em solues
eletrolticas contendo HF ou NH4F em etilenoglicol. Para caracterizar os nanotubos formados, foi empregada a tcnica de
microscopia eletrnica de varredura com alta resoluo. Vrias anodizaes foram realizadas, variando-se os parmetros
citados, e as que produziram melhores resultados foram as anodizaes realizadas na liga de Ti-0,5%W sem e com
agitao de 288 rpm com tempo de anodizao de 40 min, soluo eletroltica de 0,2M de HF em etilenoglicol, distncia
anodo-catodo de 2,5 cm, rampa de anodizao de 2V/s at potencial constante de 120V. A condio com agitao
apresentou nanotubos com excelentes comprimentos (da ordem de micrmetros), apesar da camada de xido formada
sobre os mesmos. A condio sem agitao apresentou total remoo da camada de xido, porm com nanotubos de
menor comprimento. Isso possivelmente se deve ao fato de que a agitao acelera a reao, melhorando o comprimento
dos nanotubos; mas, ao mesmo tempo, acarreta a formao de uma camada de xido compacta sobre as nanoestruturas.
O crescimento da preocupao sobre o descarte de efluentes contendo substncias txicas, como os azo corantes,
fez crescer as pesquisas sobre novas tcnicas para degradar esses poluentes. A fotocatlise heterognea (Processo
Oxidativo Avanado), um dos tratamentos em evidncia, usa um semicondutor como catalisador, geralmente Ti ou ligas de
Ti, e radiao UV. Visando produzir xidos nanotubulares em ligas de Ti, este projeto consiste em, investigar as melhores
condies de anodizao (para o crescimento dos nanotubos sobre ligas de TiW em diferentes composio qumica para
posterior degradao de um corantetxtil industrial via processo de fotoeletrocatlise. A escolha dessa liga foi decorrente da
sua excelente propriedade mecnica, resistncia a corroso e o fato da energia de band-gap do WO3 ser de 2,8 eV, o que
contribui para a reduo do processo de recombinao das cargas no semicondutor quando irradiado.
O crescimento da camada de xido nanoestruturada ser analisado em relao ao potencial aplicado (60 a 140V),
soluo eletroltica utilizada (NH4F ou HF em etilenoglicol) e tempo de anodizao (10 a 60 min) sobre diferentes
composies de Ti-x%W (x= 0.5, 2.5 e 5.0% m/m). As ligas foram preparadas em um forno arco-voltaico, usando um
eletrodo de tungstnio no-consumvel e um cadinho resfriado com gua sob atmosfera de argnio de alta pureza. As
amostras foram solidificadas na forma de lingotes e, posteriomente submetidas a um processo de laminao a quente,
Essas amostras (placas planas) foram polidas e limpas ultrassonicamente em acetona, lcool isoproplico e gua destilada
e, em seguida, secas com corrente de nitrognio. A tcnica de fluorescncia de raios X foi usada para verificar as
composies qumicas das ligas. A caracterizao dos gros das ligas foi analisada, por meio de um microscpio ptico.
Os experimentos de anodizao foram realizados usando uma fonte de corrente continua e clula eletroqumica
contendo um ctodo (platina) um nodo (liga de TiW), separados por uma distncia de 2,5 cm, imersos em solues
eletrolticas contendo HF ou NH4F em etilenoglicol. Para caracterizar os nanotubos formados, foi empregada a tcnica de
microscopia eletrnica de varredura com alta resoluo. Vrias anodizaes foram realizadas, variando-se os parmetros
citados, e as que produziram melhores resultados foram as anodizaes realizadas na liga de Ti-0,5%W sem e com
agitao de 288 rpm com tempo de anodizao de 40 min, soluo eletroltica de 0,2M de HF em etilenoglicol, distncia
anodo-catodo de 2,5 cm, rampa de anodizao de 2V/s at potencial constante de 120V. A condio com agitao
apresentou nanotubos com excelentes comprimentos (da ordem de micrmetros), apesar da camada de xido formada
sobre os mesmos. A condio sem agitao apresentou total remoo da camada de xido, porm com nanotubos de
menor comprimento. Isso possivelmente se deve ao fato de que a agitao acelera a reao, melhorando o comprimento
dos nanotubos; mas, ao mesmo tempo, acarreta a formao de uma camada de xido compacta sobre as nanoestruturas.
Novos ensaios esto sendo realizados a fim de melhorar a forma e o comprimento dos nanotubos visando uma
maior eficincia na etapa de degradao dos corantes. Alm disso, ser testada a adio de porcentagens de gua como
solvente, em gradual substituio ao etilenoglicol, com a finalidade de baratear o processo.
Participantes:

Orientador: Christiane de Arruda Rodrigues

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Cssia Costa Girotto
Ttulo: Produo de Hidrogis de PVA com Nanocristais de Celulose para aplicaes
em dispositivos Mdicos
Palavras-Chave: PVA, Nanocristais de Celulose, hidrogis, nanocompsitos
O interesse em estudar a produo de hidrogis de PVA com nanocristais de celulose est na possibilidade de
alterao nas propriedades finais dos hidrogis de PVA, como resistncia mecnica e absoro de gua, e no seu processo
de produo. A introduo de NCC pode resultar em melhorias e/ou obteno de novas aplicaes dos hidrogis de PVA
principalmente dentro da rea mdica como tambm em outras reas.
Neste trabalho, hidrogis de PVA reticulados fisicamente por um processo conhecido como freezing-thawing
(congelamento-descongelamento) e reforados com NCC foram produzidos e caracterizados para analisar as provveis
interaes entre os componentes do nanocompsito e suas propriedades finais. Primeiramente, NCC com 173 nm de
comprimento e 23 nm de dimetro foram produzidos a partir da hidrlise cida de microcristais de celulose por H2SO4 (64%
m/m). Hidrogis de PVA puro foram produzidos a partir de uma soluo 15% (m/m) de PVA, variando-se o nmero de ciclos
freezing-thawing. Foram utilizados 5 ciclos e 10 ciclos freezing-thawing parar produo dos hidrogis. Posteriormente, foram
produzidos hidrogis de PVA/NCC contendo 1, 2 e 3% (m/m) de NCC e 15% (m/m) de PVA com 10 ciclos freezing-thawing.
Os hidrogis foram caracterizados por microscopia eletrnica de varredura e testes de intumescimento. Os resultados
mostraram que o processo freeze-thawing promoveu a reticulao das cadeias de PVA, sem a necessidade de utilizao de
um agente reticulante qumico. A adio de NCC aumentou a resistncia mecnica dos hidrogis de PVA/NCC e ocasionou
uma pequena diminuio na sua taxa de intumescimento.
Participantes:

Orientador: Ana Paula Lemes


Docente: Nelson Durn
Discente: Thas Montanheiro
Discente: Joo Paulo Barros Machado

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Cristiane Pereira de Siqueira
Ttulo: Estudo da diminuio das fibras de celulose de polpa de sulfite reciclada pelo
processo de hidrlise cida
Palavras-Chave: Celulose, hidrlise cida, Polpa reciclada
Uma das fontes renovveis mais abundantes do planeta a celulose (C6H10O5), substncia fibrosa e insolvel em
gua, encontrada nas paredes celulares vegetais e tambm sintetizada por determinadas bactrias. A celulose
biodegradvel, biocompatvel, no txica, barata e com alto mdulo de elasticidade, contribuindo significativamente para a
fora e resistncia das paredes celulares vegetais. Devido as suas propriedades, as fibras de celulose tm sido uma
alternativa bastante interessante para o reforo de materiais. No entanto, a clivagem das fibras de celulose necessria
para sua incorporao em materiais e demais aplicaes, sendo a hidrlise cida um mtodo comumente utilizado. Nesse
mtodo observa-se a clivagem hidroltica das ligaes glicosdicas (?1?4), degradando mais rapidamente as regies
amorfas.
As dimenses das fibras de celulose e a fonte de matria-prima utilizada para sua obteno esto diretamente
relacionadas com sua ao de reforo e demais propriedades. Por esse motivo, esse trabalho teve como objetivo estudar a
diminuio das fibras de celulose atravs da hidrlise com cido sulfrico, comumente utilizado, em polpa de papel sulfite
reciclado. A utilizao de polpa celulsica reciclada obtida a partir da folha tipo sulfite bastante pertinente, pois permite a
vantagem ambiental, no aproveitamento do descarte e respectiva diminuio do lixo, alm da vantagem financeira, na
utilizao de matria prima de menor custo.
Assim, uma polpa celulsica reciclada na concentrao de 5% m/v foi submetida hidrlise cida, utilizando cido
sulfrico H2SO4 nas concentraes de 7 mol L-1, 8 mol L-1 e 9 mol L-1. No processo de hidrlise, a mistura foi deixada em
agitao com barra magntica, durante 90 minutos a uma temperatura de 60C. Para cessar o processo a mistura foi
colocada em banho de gelo por 20 minutos e diluda 10 vezes com gua destilada. Em todas as concentraes foram
realizadas em mdia trs centrifugaes de 10 minutos com 4500 rpm para lavagem. Posteriormente, a amostra foi
submetida dilise por cerca de sete dias para atingir o pH neutro. As amostras obtidas com as diferentes concentraes
de cido sulfrico foram caracterizadas microscopia tica para anlise das dimenses das fibras obtidas.
Atravs das microscopias foi possvel acompanhar a diminuio da dimenso das fibras de celulose com o aumento
da concentrao de cido utilizado no processo de hidrlise. Verificou-se a diferena da escala milimtrica (10-3m) obtida
com a utilizao de cido sulfrico com concentrao de 7 mol L-1 para a escala micromtrica (10-6m) na utilizao de
cido sulfrico 9 mol L-1.
Participantes:

Orientador: Ana Paula Lemes


Discente: Thas Montanheiro

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Cynthia Guimares de Paula
Ttulo: Processamento e caracterizao de "scaffolds" de beta-TCP reforados com
"whiskers" de silicato de clcio
Palavras-Chave: "Scaffolds", beta-fosfato triclcico, "whiskers", "gelcasting", silicato de clcio
Scaffolds so definidos como suportes que servem de substrato para o crescimento, proliferao e diferenciao
celular. Eles devem ser biocompatveis, possuir ideais taxas de degradao, apresentar porosidade e interconectividade, e
propriedades biolgicas e mecnicas favorveis ao crescimento tecidual. Na fabricao de scaffolds destinados a terapia de
tecidos sseos, os fosfatos de clcio, mais especificamente, o beta-fosfato triclcico (beta-TCP), destacam-se pela sua
reabsoro, morfologia e composio qumica semelhante fase mineral ssea. Uma das tcnicas de processamento para
a fabricao desta classe de material o mtodo de gelcasting associado aerao de uma suspenso cermica, o qual
consiste na gelificao de uma suspenso por meio da polimerizao in situ de monmeros solveis em gua, gerando um
corpo celular rgido, com alta resistncia verde, alta porosidade e clulas que tendem esfericidade com tamanho entre
100-600 m. A porosidade, o tamanho de poros e sua interconectividade so propriedades importantes para o desempenho
do scaffold, favorecendo a formao do novo tecido, e devem ser ajustadas e controladas para que no haja perda nas
suas propriedades mecnicas. Muitas vezes, torna-se necessria a adio de reforos a fim de melhorar o comportamento
mecnico dos scaffolds, como a utilizao de whiskers de silicato de clcio, fibras cermicas que apresentam boa
biocondutividade e bioatividade. Este trabalho tem como objetivo avaliar o efeito da adio de whiskers de silicato de clcio
(wollastonita) nas propriedades fsicas e mecnicas de scaffolds de beta-TCP. Os scaffolds foram obtidos pelo mtodo de
gelcasting e diferem nas propores de whiskers adicionados (5%, 7,5% e 10%). A porosidade dos scaffolds variou entre 80
e 89%. Por meio da tcnica de microscopia eletrnica de varredura foi possvel observar a formao de poros esfricos
cujos tamanhos encontram-se na faixa de 200 a 600 m e uma distribuio isolada dos whiskers pela matriz de beta-TCP. A
composio contendo 5% de whisker, com porosidade de 84,4%, apresentou o melhor desempenho mecnico (0,73 MPa).
Participantes:

Orientador: Eliandra de Sousa


Docente: Mariana Motisuke

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Dante Yugo Takamori
Ttulo: Preparao e caracterizao de nanocompsitos; slicas mesoporosas
ordendas/polianilina (SMO/Panil) visando potencial aplicao em sensores de umidade
Palavras-Chave: slica mesoporosa ordenada, polianilina, compsito, sensor de umidade, conduo por
Preparao e caracterizao de nanocompsitos: slicas mesoporosas ordenadas/polianilina (SMO/PAni) visando
potencial aplicao em sensores de umidade
Dante Yugo Takamori, Roselena Faez e Tereza da Silva Martins
Laboratrio de Materiais Hbridos (LMH), Instituto de Cincias Ambientais, Qumicas e Farmacuticas, Universidade
Federal de So Paulo ? UNIFESP
Nanocompsitos a base de polmeros condutores intrnsecos (PCI) e matrizes inorgnicas mesoporosas ordenadas
tm despertado muita ateno em virtude das caractersticas especficas dos componentes. A polianilina (PAni) tm sido
amplamente estudada devido sua estabilidade qumica na forma condutora em condies ambientes, facilidade de
polimerizao e dopagem, baixo custo do monmero e boas propriedades eltricas. As slicas mesoporosas ordenadas
(SMO) se destacam por possurem excelentes propriedades estruturais, como altas reas superficiais (at 1000 m2g-1),
tamanho de poros grandes (variando de 2 ? 50 nm) e estabilidade mecnica, bem como facilidade de funcionalizao.
Considerando a sinergia entre as propriedades intrnsecas dos materiais individuais, a combinao origina nanocompsitos
com propriedades nicas que podem ser aplicados, por exemplo, em sensores de umidade e gs, dispositivos
eletrocrmicos, anticorrosivos, dentre outras. [1] [2] [3}
Para a preparao dos nanocompsitos foram empregadas trs SMO (MCM-41, SBA-15 e FDU-1), com
propriedades estruturais distintas, dois mtodos de incorporao do monmero SMO (impregnao via mida e adsoro)
e dois cidos com propriedades qumicas e fsicas diferentes, um inorgnico (cido clordrico, HCl) e outro orgnico (cido
dodecilbenzeno sulfnico, DBSA). A SBA-15 e MCM-41 apresentam
estruturas de mesoporos hexagonais bidimensionais,
no entanto, elas diferem em termos de espessura das paredes, rea superficial especfica, volume de mesoporos
e
tamanho de poros. Por outro lado, a FDU-1 apresenta estrutura de mesoporos cbica e propriedades texturais tambm
distintas das duas SMO j citadas. Os nanocompsitos foram caracterizados por espalhamento de raios X a baixo ngulo
(SAXS), isotermas de adsoro de nitrognio (NAI), espectroscopia de absoro na regio do infravermelho (IV) e
microscopia eletrnica de varredura (MEV).
Foram realizados, tambm, estudos de mecanismo de conduo eltrica por
hopping.
O objetivo do emprego de diferentes SMO, cidos e mtodos de sntese, avaliar a influncia dos mesmos nas
propriedades dos nanocompsitos em questo, tais como estabilidade trmica, mecnicas e propriedades eltricas.
Verifica-se atravs dos dados de SAXS que, em todos os nanocompsitos, a estrutura de mesoporos das SMO se
mantm. Isso constatado pela presena das principais reflexes caractersticas dessas SMO nos difratogramas. Esses
dados esto concordantes com o observado nas imagens de MEV, onde observa-se a integridade estrutural aps
incorporao da PAni. possvel inferir pelos dados de SAXS e NAI que a polianilina encontra-se nos mesoporos das SMO.
Contudo, observa-se pelas imagens de MEV que h polmero fora dos mesoporos e, que o mtodo de adsoro apresenta
menor quantidade de PAni fora dos mesoporos.
Pelos dados de IV e medidas eltricas verifica-se que a PAni encontra-se na sua forma condutora mas o valor de
condutividade dependente das condies de obteno dos nanocompsitos. Por exemplo, nanocompsitos preparados
com SBA-15 apresentam maiores valores de condutividade eltrica. Isto pode estar relacionado a melhores propriedades
texturais da SBA-15 (maior tamanho e volume de mesoporos). Por outro lado, quando se compara a mesma slica e cidos
diferentes observa-se que as amostras preparadas com DBSA so mais condutoras. Essa caracterstica pode estar
relacionada volatilidade do cido inorgnico, pois pode ocorrer perda durante o armazenamento. Quando comparados os
mtodos de impregnao da anilina a SMO observa-se que as amostras preparadas pelo mtodo de adsoro so mais
condutoras e isso pode ser correlacionado ao maior ordenamento das cadeias polimricas.
Para todos os nanocompsitos verifica-se que o mecanismo de conduo eltrica predominante por hopping 1 D,
similar ao mecanismo da PAni pura.
Os dados obtidos at o momento apontam que as caractersticas estruturais e texturais da matriz inorgnica
influenciam nas propriedades dos nanocompsitos e cidos orgnicos geram materiais mais estveis termicamente. Alm
disso, verifica-se que o mtodo de adsoro conduz a materiais com melhores propriedades eltricas.
REFERNCIAS
[1] Stejskal, J. e Gilbert, R. G. Polyaniline. Preparation of a conducting polymer (IUPAC Technical Report).
International Union of Pure and Appled Chemistry. 2002, Vols. 74, No. 5, 857-867.
[2] Zhao, Dongyuan, et al. Nonionic Triblock and Star Diblock Copolymer and Oligomeric Surfactant Syntheses of
Highly Ordered, Hydrothermally Stable, Mesoporous Silica Structures. J. Am. Chem. Soc. 1998, Vol. 120, 6024-6036.
[3] Pedroso, Cssio C. S. Preparao, estudos estruturais e condutividade eltrica de nanocompsitos hbridos:
PAni/Slica Mesoporosa Ordenada. Trabalho de Concluso de Curso, UNIFESP. Diadema, 2011.
Participantes:

Orientador: Tereza da Silva Martins


Orientador: Roselena Faez
Orientador: Carla Rubinger
Discente: Dante Yugo Takamori

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: David Caldas da Silva Junior
Ttulo: Preparao e Caracterizao de Blendas de Polianilina com
Poli(Hidroxibutirato-Co-Valerato)
Palavras-Chave: PANI, PHBV, caracterizaes trmicas
O poli(3-hidroxibutirato-co-hidroxivalerato) (PHBV) um derivado do poli(3-hidroxibutirato). Este um copolmero
semicristalino de cadeia linear, que apresenta unidades hidroxibutirato (HB), em maior proporo que as de hidroxivalerato
(HV).
O interesse cientfico do PHBV baseia-se no fato deste apresentar melhores propriedades mecnicas e fsicas
quando comparado ao PHB. O PHBV possui menor ponto de fuso, menor grau de cristalinidade, maior ductibilidade,
flexibilidade, facilidade para moldagem e maior janela de processamento em relao ao PHB. Adicionalmente, este
polmero biocompatvel e biodegradvel, isso abre grandes possiblidade na aplicao deste material na construo de
embalagem biodegradveis, bem como sua utilizao para construo de Scaffolds. Neste sentido, estudos com polmeros
condutores vm demostrando o alto potencial destes materiais para as aplicaes supracitadas [1-3]. Dentre os polmeros
condutores a polianilina (PANI) vem atraindo grande ateno em consequncia de sua alta estabilidade ambiental, boa
condutividade eltrica, boa reversibilidade redox, fcil sntese e seu baixo custo do monmero. Desta forma, blendas de
PHBV com a PANI uma alternativa vivel na construo de embalagens para proteo antiesttica biodegradveis e no
preparo de Scaffolds. Neste estudo, blendas de PHBV e PANI foram preparadas, onde as suas propriedades trmicas e
estrutural foram estudadas. As blendas de PHBV/PANI foram preparadas pelo mtodo de codissoluo dos polmeros em
um solvente comum e os filmes preparados pela tcnica de casting. Os espectros de FT-IR do PHBV puro e das blendas de
PHBV/PANI tiveram picos similares. Entretanto, os espectros das blendas apresentaram um alargamento das bandas
devido interao das cadeias de PANI com a matriz de PHBV. A cristalizao do material foi investigada utilizando a
tcnica de calorimetria diferencial de varredura (DSC). A curva do PHBV puro apresentou dois picos de fuso (159,1 oC e
172,3 oC). O acrscimo de PANI na matriz de PHBV provocou um deslocamento dos pontos de fuso para menores
temperaturas e uma diminuio da cristalinidade do material.
[1] A. Borrietto, V. Guarino, L. Schiavo, M. A. Alvarez-Perez, L. Ambrosio, J. Mater. Sci: Mater. Med. 22, 1053 (2011).
[2] Y. D. Zheng, Z. H. Chen, J. Biomed. Mater. Res. B 1, 236, 2007.
[3] L. G. Mobarakeh, M. P. Prabhakaran, M. Morshed, M. H. Nasr-Esfahani, H. Baharvand, S. Kiani, S. Al-Deyab, S.
Ramakrishna, J. Tissue Eng Regen Med. 5, e17 (2011).
[4] M. Mattioli-Belmont, G. Biagini, Int. J. Artif Orgns, 26, 1077 (2013).
Participantes:

Orientador: Fernando Henrique Cristovan


Docente: Ana Paula Lemes
Docente: Lilia Guerrini Muller
Discente: David Caldas da Silva Junior

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Eduard Eric Schardijn
Ttulo: Sntese de Cermica Ferroeltricas com Gradiente de Composio
Palavras-Chave: Cermicas ferroeltricas
Devido necessidade de se produzir novos materiais que no apresentem riscos ao meio ambiente, muitas
pesquisas vm sendo realizadas com o objetivo de desenvolver um material que possa competir com as propriedades
nicas do PZT e substitui-lo. Entre os principais candidatos, esto os materiais a base de titanato de brio (BT). Contudo, o
BT puro, ou mesmo suas solues slidas, apresentam propriedades fsicas inferiores aos compostos a base de chumbo.
Entre as diversas possibilidades propostas para se aperfeioar as propriedades do BT, a produo de materiais onde
coexistam diferentes fases ferroeltricas tem atrado grande ateno.
Neste projeto, propomos projetar, preparar e estudar materiais onde coexistam fases ferroeltricas dos sistemas
(Ba1-xCax)TiO3 (BCT) e Ba(ZrxTi1-x)O3 (BZT), incluindo suas combinaes. As amostras devero ser preparadas na forma
de materiais com gradiente de composio funcional, variando de um lado a outro da amostra. Com as amostras
preparadas, realizaremos o estudo das propriedades ferroeltricas e dieltricas nestes materiais, principalmente explorando
as caractersticas das transies de fases. Alm disso, empregando essa abordagem, tambm poderemos estudar e
discutir a influncia das interfaces nas propriedades dos materiais.
Criam-se como expectativas a produo de novos materiais com melhores propriedades. Neste contexto, esta
proposta se mostra inovadora na produo de materiais isentos de chumbo para as mais diversas aplicaes.
Contextualizao do Projeto
Os dois projetos enviados para solicitao de bolsa BIBIC esto diretamente relacionados ao meu Projeto ?Jovem
Pesquisador? FAPESP (2011/08497-6). Por se tratarem de projetos inseridos em um contexto maior, eles compartilham
alguns textos e metodologias. Entretanto apresentam diferenas fundamentais quanto preparao das amostras,
composies e objetivos. Um estudante dever pesquisar materiais onde a composio varie de um lado a outro da
amostra (gradiente funcional de composio) buscando entender e projetar materiais para aplicao como capacitores. O
outro devera obter materiais com coexistncia de fases, preparando compsitos cermicos com o objetivo de estudar um
possvel contorno de fase morfotrfico e estudar as propriedades piezeltricas destes materiais.
Participantes:

Orientador: Eduardo Antonelli


Discente: Eduard Eric Schardijn

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Eduardo Antonelli
Ttulo: Sntese de cermicas ferroeltricas com transio de fase acoplada
Palavras-Chave: Materiais Cermicos, Ferroeltricos, Dieltricos
Atualmente a maioria dos materiais ferroeltricos, com elevadas propriedades fsicas, possuem em sua composio
o elemento chumbo. A famlia do PZT (titanato zirconato de chumbo) tem sido de extrema importncia para as mais
diversas aplicaes tecnolgicas [ ]. Entretanto, mesmo com suas excelentes propriedades, o PZT vem recebendo
restries globais devido toxicidade do chumbo. Na Europa, j est em vigor a norma RoHs (Restriction of the use of
certain hazardous substances) que probe a produo e entrada de produtos eletrnicos que contenham na sua composio
chumbo, cdmio, mercrio entre outros elementos qumicos nocivos. Portanto, consenso a necessidade de se
desenvolver um material substituto que possa competir com as propriedades nicas do PZT [1, ].
Neste contexto, materiais com gradiente de composio funcional, ?functionally graded materials - FGM? (materiais
que exibem um gradiente composicional progressivo, mudando de um lado a outro da amostra [ ]) se apresentam com uma
importante possibilidade para obteno de altas constantes dieltricas e timas propriedades piezeltricas, podendo assim
substituir o PZT.
Neste plano de trabalho, nos propomos a preparar e estudar materiais ferroeltricos dos sistemas Ba1-xCaxTiO3
(BCT), (Ba1-xSrx)TiO3 (BST) e Ba(ZrxTi1-x)O3 (BZT), incluindo suas combinaes, preparados para que apresentem
gradiente de composio funcional.
Participantes:

Docente: Eduardo Antonelli


Discente: Renato Boschilia Junior

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Felipe Amaral de Moraes
Ttulo: Estudo da Aplicao de Radicais Livres na Degradao de Poluentes Orgnicos
Persistentes em Meio Aquoso
Palavras-Chave: Tratamento de efluentes, degradao de carbono orgnico
Neste trabalho, foi estudada a degradao de efluentes industriais mimetizados contendo fenol, que foi utilizado
como um poluente modelo, atravs de processos oxidativos avanados (POA), os quais baseiam-se na produo de
radicais hidroxila, que so capazes de oxidar certos compostos orgnicos levando mineralizao do carbono presente na
soluo. Estudou-se o comportamento do reator fotoqumico adaptado iluminado artificialmente por uma lmpada UV de
vapor de mercrio de mdia presso (450W) posicionada no eixo longitudinal de recipiente feito de quartzo, imerso no
reator feito de borosilicato. Os processos oxidativos avanados Fenton, foto-Fenton e H2O2/UV, foram comparados sob s
mesmas condies de pH, temperatura, e concentrao inicial dos reagentes e do poluente modelo (100 mgC L-1 de fenol),
as quais foram escolhidas baseadas em experimentos anteriores obtidos na literatura. Nos diversos ensaios experimentais
realizados, foram coletadas amostras em determinados intervalos de tempo durante trs horas, e estas foram analisadas
quanto ao teor de carbono orgnico (TOC) para que a eficincia dos processos fosse avaliada conforme o ndice de
degradao de carbono orgnico. O processo foto-Fenton obteve cerca de 90% na reduo do TOC com apenas 15 min de
reao, porm o processo H2O2/UV apresentou ndices de degradao do carbono orgnico superiores a 97% aps 120
min, contra cerca de 60% do processo Fenton em 45 min. Novos experimentos foram realizados para se avaliar o
comportamento da degradao do carbono, utilizando a metologia para o processo foto-Fenton, para temperaturas de 30,
50 e 70 C, sendo os outros parmetros mantidos. Com isso, observou-se que a degradao do carbono orgnico
independe de sua concentrao inicial, o que caracteriza esta reao global como sendo de primeira ordem. As constantes
cinticas de reao, bem como a energia de ativao sero calculadas a partir destes dados obtidos.
Participantes:

Orientador: Jos Ermrio Ferreira de Moraes

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rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Gleice Ellen Morais de Almeida
Ttulo: Obteno e caracterizao de cimento sseo a base de ?-TCP
Palavras-Chave: Fosfato de clcio, cimento sseo, caracterizao
Com a finalidade de reparo de defeitos para pacientes que por algum motivo precisam passar pelo processo de
amputao ou que possuem alguma deficincia ssea provocada por sedentarismo ou osteoporose, estudos esto sendo
realizados para a substituio do tecido sseo, sem danos ao paciente. Dessa forma, o reparo pode se tornar mais
acessvel e seguro devido aos biomateriais, especificamente, os cimentos de fosfato de clcio (CFC) que apresentam
semelhana com a matriz ssea e no produzem resposta imunolgica quando aplicados, sendo que tambm so
biocompatveis, bioativos e osteocondutores. Entretanto, estes materiais possuem baixa resistncia mecnica e baixa taxa
de degradao "in vivo", limitando sua aplicabilidade. Levando em considerao as deficincias que o CFC apresenta, esse
trabalho visa otimizar a metodologia de processamento do alfa-tcp para reforar as propriedades mecnicas e reabsoro
"in vivo". Com isso, as snteses do carbonato de clcio e da monetita foram preparadas em duas condies, moagem com o
moinho de bolas durante 24 horas e no almofariz. Em sequncia, foram preparados alfa-tcp com condies de moagem a
alta energia (via mido) durante 3 horas e no moinho de bolas durante 96h. Sendo assim, foram preparadas amostras
contendo diferentes condies de moagem e razo lquido p, e a partir da Microscopia Eletrnica de Varredura (MEV), da
Difrao de Raios-X (DRX), da Espectroscopia de Infravermelho com transformada de Fourier (FTIR) e de Ensaio Mecnico,
ser analisada a influncia do tamanho de partcula do alfa-tcp durante nas propriedades do CFC.
Participantes:

Orientador: Mariana Motisuke

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rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Guilherme Henrique dos Santos
Ttulo: PRODUO DE ACILGLICERIS UTILIZANDO CATALISADORES CIDOS
HETEROGNEOS
Palavras-Chave: Zelita, Glicerol, Biodiesel, Peneira Molecular, Catlise, Esterificao, cido Lurico, A
Devido atual perspectiva do cenrio mundial por economias mais potentes e verdes, pesquisadores buscam a
viabilidade do aumento da produo sem apresentar impactos no futuro das civilizaes do planeta. Nesse contexto, o
Brasil um dos maiores produtores de biocombustveis. O incentivo aos agricultores, subsidiados pelo governo, para a
plantao de sementes oleaginosas direcionadas produo de leos vegetais, destinados produo do biodiesel,
apresenta um grande desafio no cenrio acadmico. Com a alta produo desse combustvel considerado verde, gera-se
em grandes quantidades como principal subproduto a glicerina. Essa produo corresponde a mais de 30% da quantidade
do combustvel produzido, impactando diretamente no preo de mercado da glicerina. No Brasil desde 2009, foi
implementada a composio B4 do diesel, que se refere adio de 4% de biodiesel no diesel de petrleo, comercializado
nos postos. Assim estima-se um excesso de 260 mil toneladas de glicerol por ano, devido produo de biodiesel para a
obteno do diesel B4, no mercado brasileiro. Assim, uma das possibilidades levantadas para agregar valor ao glicerol, a
sua transformao qumica, buscando rotas reacionais para obteno de produtos de maior valor agregado na cadeia
produtiva. Tendo em vista esse panorama, a produo de monoacilglicerol (MAG), diacilglicerol (DAG) e triacilglicerol (TAG)
atravs da esterificao do glicerol com o cido lurico, tem se apresentado como uma rota com forte potencial de
aplicao. O MAG muito utilizado nas indstrias farmacuticas por atuar como agente antimicrobiano, o que torna o
produto ainda mais interessante no mercado, por que alm de ser um surfactante no inico, tambm apresenta uma
aplicabilidade teraputica. Por outro lado, o DAG pode ser utilizado em conjunto com o MAG como emulsificantes e agentes
texturizantes, j que estudos mostram que a substituio do TAG por DAG na dieta humana pode prevenir doenas
relacionadas com a obesidade, pois, ajuda na reduo da gordura acumulada na regio abdominal. Diante de todos os
aspectos apresentados e das grandes perspectivas cientficas e tecnolgicas do tema, o objetivo do trabalho foi o estudo
comparativo da influncia das propriedades das zelitas Y, ? e do aluminofosfato MAPO-5, na reao de esterificao do
glicerol com cido lurico para obteno de acilgliceris. Os resultados observados mostram que aps 24 horas de reao,
realizada em reator em batelada a 110C, a zelita ??(Si/Al = 11,3) apresenta a maior converso de cido lurico com 65%,
seguida pela zelita Y (Si/Al = 10,0) com 58% de converso e por ltimo o aluminofosfato MAPO 5 com 55% de converso.
De acordo com os valores observados, todos os catalisadores apresentam a mesma atividade at 12 horas de reao,
independente das estruturas apresentarem diferentes caractersticas. A maior atividade da zelita ??quando comparada
com os demais catalisadores, pode ser associada maior hidrofobicidade da estrutura BEA. Este fato contribui para evitar o
envenenamento dos stios cidos, necessrios para reao de esterificao, pelas molculas de gua produzidas no meio
reacional.
Participantes:

Orientador: Romilda Fernndez Felisbino

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Jssica Aparecida Magalhes
Ttulo: Processamento e Caracterizao de (Beta)-TCP Poroso Reforado com
Biovidro
Palavras-Chave: Scaffolds; (beta)-TCP; Gelcasting; biovidro 45S5
O (beta)-fosfato triclcico (?-TCP) tem recebido grande destaque na classe de biocermicas, pois alm de
apresentar velocidade de reabsoro aprecivel, possui alta biocompatibilidade e bioatividade. Essas caractersticas so
fundamentais para torn-lo um material promissor no uso como scaffold. Para que estas estruturas sejam de fato
destinadas reparao ou substituio temporria do tecido sseo, h a necessidade de que a mesmas sejam
processadas de maneira adequada, de acordo com o local de aplicao. Dessa forma, os scaffolds requerem uma
porosidade aberta com tamanho de poros adequados e interconectados. Entretanto, a porosidade afeta drasticamente a
sua resistncia mecnica. Uma maneira de melhorar o comportamento mecnico dos scaffolds por meio da adio de
aditivos de sinterizao. Dentre os aditivos de sinterizao, o Bioglass 45S5 tornou-se muito difundido devido facilidade
de preparo e excelente resposta bioativa, j que cristaliza hidroxiapatita em poucas horas depois de implantado alm de
formar ligao com tecidos duros e moles em um pequeno perodo de tempo. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo
o processamento e a caracterizao de (beta)-TCP poroso reforado com biovidro 45S5. Os scaffolds foram preparados
pelo mtodo de gelcasting, com adio de diferentes quantidades de biovidro 45S5 (5%, 7,5% e 10% em massa) e suas
propriedades morfolgicas, fsicas e mecnicas foram determinadas. Os scaffolds apresentaram porosidade em diferentes
intervalos, sendo eles Grupo 1: 80-82,5%; Grupo 2: 82,5-85%; Grupo 3: 85-87,5%; Grupo 4: 87,5-90%. Os scaffolds
pertencentes ao Grupo 2 foram selecionados para fins de comparao. A resistncia mecnica apresentada pelos scaffolds
de (beta)-TCP foi de 0,68 0,41 MPa, enquanto que para aqueles reforados com 5% e 7,5% de biovidro 45S5 foi de 1,53
0,58 MPa e 1,39 0,23 MPa, respectivamente. Os resultados obtidos demonstram que os scaffolds de (beta)-TCP
reforados com 5% de biovidro possuem as melhores caractersticas mecnicas, dispondo de grande potencial para serem
utilizados em implantes ortopdicos ou maxilofaciais, j que por meio da manipulao de certas condies obteve-se uma
formulao que apresenta caractersticas, como porosidade e resistncia mecnica, semelhantes ao do osso esponjoso.
Participantes:

Orientador: Eliandra de Souza Trichs


Docente: Mariana Motisuke
Docente: Celso Aparecido Bertran
Discente: Jssica Aparecida Magalhes
Discente: Joo Henrique Lopes

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Jnatas de Alencar Melli
Ttulo: Avaliao da massa molar e do grau de desacetilao da quitosana utilizada na
clarificao do extrato de stvia pelo mtodo de coagulao/precipitao
Palavras-Chave: Stvia - clarificao - massa molar - quitosana
Uma das etapas do processo de produo do adoante stvia a clarificao do extrato aquoso para a remoo de
pigmentos marrons-esverdeados indesejveis ao produto. A clarificao geralmente realizada atravs da precipitao com
metanol, o que requer a remoo completa do metanol do produto, ou adsoro com em resinas de troca-inica, que
apresentam custo elevado. Neste trabalho a clarificao do extrato de stvia foi realizada atravs da precipitao com
quitosana, um biopolmero de baixo custo que tem sido utilizado em processos de coagulao/precipitao. A
coagulao/precipitao da quitosana se d atravs da adio de uma soluo de tripolifosfato de sdio, um contra on
negativo, que neutraliza as cargas positivas da quitosana promovendo a precipitao da mesma. A clarificao foi realizada
em processo batelada a temperatura ambiente, na qual . a soluo de quitosana previamente adicionada ao extrato de
stvia. Aps a adio da soluo de tripolifosfato de sdio, os pigmentos que do cor ao extrato so arrastados pelas
partculas de quitosana precipitada, tornando o extrato mais lmpido. A eficincia da clarificao foi avaliada por colorimetria.
As variveis estudadas no processo de precipitao foram massa molar da quitosana e o seu grau de desacetilao. Os
resultados mostraram que tanto a massa molar quanto o grau de desacetilao afetam a clarificao do extrato de stvia.
Participantes:

Orientador: Classius Ferreira da Silva

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Leandro Marques Bosso
Ttulo: Caracterizao da liga Cu-7Al-10Mn-3Ag envelhecida em diferentes
temperaturas
Palavras-Chave: Transformaes de fases, Microdureza, Ligas de Cu-Al-Mn, Adies de Ag, Efeito mem
O estudo das caractersticas da liga quaternria Cu-7%Al-10%Mn-3%Ag (m/m) envelhecida no intervalo de
temperaturas entre 200 e 450 C foi realizado utilizando-se medidas de variao da microdureza com o tempo, microscopia
ptica, microscopia eletrnica de varredura, espectroscopia por disperso de energia de raios X (EDXS) e difratometria de
raios X. As curvas de variao da microdureza em funo do tempo mostraram um perodo de incubao com valores
constantes, em torno de 185 HV, nos instantes iniciais do ensaio. Aps o perodo de incubao, os valores de microdureza
aumentaram at um valor mximo prximo de 320 HV e permaneceram constantes por um intervalo de tempo. Em seguida,
os valores diminuram at ao redor de 170 HV e assim permaneceram at em torno de 1000 min. O perodo de incubao
das curvas obtidas foi mais curto quanto maior a temperatura de envelhecimento, assim como o patamar observado para os
valores mximos de microdureza. O intervalo de tempo em que os valores de microdureza aumentaram corresponde a uma
reta cujo coeficiente angular aumenta com a temperatura, sugerindo que o processo responsvel por esse fenmeno
termicamente ativado e controlado pela difuso dos tomos constituintes do material. A partir das imagens obtidas por
microscopia, dos difratogramas de raios X e dos espectros de EDXS foi possvel verificar que a reao de decomposio da
fase martenstica ocorreu aps o aumento dos valores da microdureza.
Participantes:

Orientador: Ricardo Alexandre Galdino da Silva

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rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Lvio Oliveira de Miranda
Ttulo: Processamento de mantas de POEA/TPU por casting para aplicao em MARE
Palavras-Chave: poli(o-etoxianilina), POEA, polmeros condutores, MARE.
A poli (o-etoxianilina), conhecido como POEA, um polmero que pertence ao grupo de polmeros da classe poli
(alcoxialininas), isso significa que os polmeros dessa classe possuem uma cadeia de carbonos e hidrognios (grupo alquil)
ligados a um oxignio, resultando R?O e neste mesmo oxignio, ligado o grupo da anilina. Este polmero pode ter
caractersticas isolantes a condutoras. Para ser um polmero condutor, precisa ser dopado. Os agentes dopantes que so
muito utilizados so: cido cnfor sulfnico (CSA) e cido dodecilbenzeno sulfnico (DBSA). A POEA dopada aliada a
polmeros termoplsticos, como por exemplo, o poliuretano termoplstico (TPU) resulta em uma blenda que pode ser
condutora e pode tambm ter boa resistncia mecnica. Esta blenda pode ter diversas aplicaes que dependem de sua
condutividade. Uma destas aplicaes como materiais absorvedores de energia eletromagntica (MARE). Este trabalho
tem por objetivo sintetizar poli (o-etoxianilina) por dois diferentes mtodos: polimerizao interfacial e por soluo. Na
polimerizao interfacial, a dopagem do polmero ocorre no momento da polimerizao. J na polimerizao por soluo,
primeiramente a POEA pura sintetizada na forma de base esmeraldina (uma das fases de oxidao das alcoxianilinas) e
depois a POEA dopada com os devidos dopantes. A POEA foi dopada por CSA e por DBSA pelos dois mtodos de
polimerizao. Foram produzidas blendas de TPU/POEA por casting (evaporao do solvente) nas porcentagens em massa
de 0/100, 97,5/2,5, 90/10 e 80/20. Os polmeros dopados, desdopados e as blendas foram caracterizados por
espectroscopia de ultravioleta visvel (UV-VIS), por Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR) e por condutividade
eltrica. Tanto os espectros de UV-VIS quanto os de FTIR foram comparados para observar se as dopagens da POEA
realmente ocorreram. Os valores de condutividade foram correlacionados para aplicaes em MARE.
Participantes:

Orientador: Llia Mller Guerrini


Docente: Fernando Henrique Cristovan
Discente: Karina Ferreira de Noronha

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Lucas Brandimarte Molleta
Ttulo: Sntese por Nanomoldagem de xidos Tipo Perovskitas La1-xAxNiO3 (A =
metais alcalinos terrosos) e Avaliao como Catalisadores na Reao de Reforma do
Biogs
Palavras-Chave: Reforma do biogs, catalisador metlico, produo de hidrognio, perovskita
Desenvolvimento sustentvel um tema que est em destaque atualmente devida s buscas constantes de novas
fontes de energia alternativas s fsseis, j que ainda 80% da matriz energtica mundial vm dessas fontes. Considerando
que o resduo orgnico, tanto residencial quanto industrial e hospitalar so inesgotveis, e geralmente descartados em
aterros sanitrios (RSU) em pases como o Brasil, esse seria um bom nicho de gerao de energia, se aproveitado. Esses
aterros liberam grandes quantidades de gases causadores de efeito estufa que contm alto potencial de uso como
combustvel, sendo que metano e dixido de carbono constituem sua maior parte. A captao desses gases para serem
queimados j uma realidade em alguns RSUs gerando calor para movimentar geradores em termeltricas. Uma forma
mais eficiente de se aproveitar esse gs a utilizao do mesmo para a produo de hidrognio para uma vasta gama de
processos que o utilizam, j que a produo do mesmo custosa. As reaes de reforma de metano para a produo do
H2 so, no entanto, limitadas pela rpida desativao de catalisadores pela deposio de carbono. Assim, uma estratgia
para solucionar o problema da desativao nesta reao baseia-se no desenvolvimento de novos catalisadores que sejam
resistentes a deposio do carbono como, por exemplo, precursores com estrutura tipo perovskita a base de Ni. Com o
objetivo de se determinar um catalisador eficiente para a reforma seca do biogs, precursores de catalisadores
La1-xAxNiO3 foram preparados pelo mtodo de precipitao (com A = metais alcalinos terrosos Mg, Ca, Sr e Ba) e x = 0 e
0,10 Esses foram caracterizados por difrao de raios X (DRX), reduo a temperatura programada (TPR), anlise
termogravimtrica (ATG), microscopia eletrnica de varredura (MEV), oxidao a temperatura programada (TPO). O estudo
do desempenho dos catalisadores propostos foram realizados em um micro-reator de leito fixo de quartzo a presso
atmosfrica. Antes da reao, os catalisadores foram reduzidos in situ sob fluxo de hidrognio puro (30 mL/min) a 973 K por
1 hora. Os catalisadores permaneceram nesta temperatura por 30 min sob fluxo de N2. A seguir a temperatura de reao
de 1073 K foi atingida com atmosfera de N2. Reao foi realizada com razo molar dos reagentes CH4/CO2 de 1 (com
vazo de 100 mL.min-1), e massas de catalisador e diluente (quartzo) de 20 e 30 mg, respectivamente. A anlise da
estrutura cristalina dos xidos calcinados, por difrao de raios X (DRX) foram realizadas por um equipamento operando
entre 2? = 5 e 80 e indicaram que a temperatura de calcinao foi suficiente para obteno da estrutura perovskita de uma
nica fase. Nas amostras substitudas, observou-se que foi formada uma fase de NiO, e tambm uma estrutura espinlica
de La2NiO4 na amostra contendo Sr. Pela equao de Scherrer e as informaes dos difratogramas das amostras
reduzidas, observou-se que o dimetro mdio das partculas de Ni metlico da ordem de 10,5 nm, e nas amostras
substitudas ele varia entre 12,3 nm (La0,90Ca0,10NiO3) e 18,4 nm (La0,90Ba0,10NiO3). A reduo a temperatura
programada (TPR) mostrou picos relativos a presena da perovskita LaNiO3 e do NiO na amostra no substituda e nas
amostras que contm Mg, Ca, Ba. Na amostra que contm Sr, foi tambm obtido um pico correspondente fase espinlica
La2NiO4. Os testes catalticos mostraram que as amostras substitudas que contm Sr e Ca possuem maior converso de
metano e dixido de carbono, porm h uma maior deposio de carbono em suas superfcies, no podendo ter seus testes
realizados por mais de 15 h por entupimento do reator. O fenmeno de crescimento de leito no foi observado nos demais
catalisadores. A converso do CO2 e a seletividade ao hidrognio acompanharam o perfil da curva do metano, sendo a
converso do CO2 sempre maior que a do CH4 em todos os catalisadores. Isto ocorre devido reao reversa de
deslocamento gs-gua, resultando em razes H2/CO sempre menores que 1,0. As massas de carbono depositadas nos
catalisadores foram menores no no substitudo e no que contm 10% de Mg (6,4 e 7,2 mg C/gcat.h). Nos catalisadores em
que houve desativao em menos de 15 h (substitudos com Ca e Sr), esses valores foram maiores que 29 mg C/gcat.h. As
anlises de MEV e TPO das amostras usadas nos testes catalticos mostraram que o carbono formado foi do tipo
filamentoso. Com todos os resultados de atividade cataltica e de TPO e MEV, verificou-se que os catalisadores mais
promissores foram LaNiO3 e La0,90Mg0,10NiO3, com destaque para o que contm Mg. Esse apresenta maior atividade e
seletividade para o H2, e forma praticamente a mesma quantidade de carbono na superfcie que o catalisador no
substitudo.
Participantes:

Orientador: Sania Maria de Lima


Discente: Lucas Brandimarte Molleta

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rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Mariany Ludgero Maia Gomes
Ttulo: Efeito do tratamento trmico na cristalizao dos xidos nanoestruturados
obtidos sobre liga de TiW
Palavras-Chave: Anodizao; Nanotubos; Tratamento trmico.
A tecnologia dos Processos Oxidativos Avanados (POA), um tipo de tratamento que, atualmente, vm
demonstrado resultados satisfatrios em relao descolorao e degradao de compostos orgnicos recalcitrantes.
Dentre eles, pode-se citar a fotocatlise Heterognea (FH), asssitida ou no eletroquimicamente, que emprega
semicondutores como fotoanodo. Da escolha do fotoanodo depende o sucesso do tratamento fotoeletroqumico, para isso
alguns fatores so levados em considerao, tais como alta resistencia a corroso, estabilidade fsica e qumica sobre altos
valores positivos do potencial, alta rea superficial e baixa taxa de recombinao do par eltron-lacuna. Dentre os materiais
com essas caractersticas, os xidos auto organizados sobre Ti (? - TiO2), so considerados os mais promissores, podendo
ser obtidos a partir de diferentes mtodos. Os arranjos de TiO2 obtidos eletroquimicamente so amorfos, ento, essas
nanoestruturas devem ser submetidas a um tratamento trmico para obter preferencialmente a fase cristalina anatase, que
a fase mais fotocataltica. Tendo em vista a importncia do material do fotoanodo, a crescente busca de mecanismos que
diminuam a taxa de recombinao do par eltron-lacuna na superfcie do semicondutor e a influncia das caractersticas do
tratamento trmico, no processo de cristalinizao das estruturas de xidos amorfas, este trabalho tem como objetivo
avaliar a transformao de fases em amostras contendo xidos nanotubulares crescidos eletroquimicamente sobre a liga de
titnio Ti-0,5W (m/m), em diferentes temperaturas de recozimento e sob atmosfera de ar atmosfrico, com respeito aos
tipos de fases cristalinas obtidas. Um dos principais motivos de escolha dessa liga a sua excelente propriedade mecnica,
resistncia a corroso e o fato da energia de band-gap do WO3 ser de 2,8 eV, o que contribui para a reduo do processo
de recombinao das cargas.
Participantes:

Orientador: Prof Dr Christiane de Arruda Rodrigues


Discente: Mariany Ludgero Maia Gomes

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rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Mateus dos Santos Silva
Ttulo: Desenvolvimento de Hidrogis de Quitosana/Nanocristais de Celulose Visando
Aplicaes na rea Mdica
Palavras-Chave: Hidrogis, nanocompsitos, quitosana, nanocristais de celulose
Devido a sua biocompatibilidade, biodegradabilidade e ao antibacteriana, a quitosana apresenta uma srie de
possveis aplicaes na produo de biomateriais. Muitos trabalhos na literatura tm utilizado nanocristais de celulose
(NCC) como agentes de reforo em matrizes de quitosana. Porm, a maioria desses trabalhos refere-se a filmes de
quitosana, sendo poucos os que avaliam o efeito em hidrogis.
Nesse trabalho hidrogis de quitosana reticulado com glutaraldedo e reforados com NCC foram produzidos e
caracterizados a fim de analisar as possveis interaes entre os componentes desse nanocompsito e suas propriedades
finais. Primeiramente, NCC com 140,7 nm de comprimento e 24,5 nm de dimetro foram produzidos a partir da hidrlise
cida de microcristais de celulose por H2SO4 (64% m/m). Hidrogis de quitosana pura foram produzidos a partir de uma
soluo 1% (m/v) de quitosana em soluo de cido actico 2% (v/v) variando-se a razo molar entre o glutaraldedo e os
grupos NH2 da quitosana em 5:1, 1:1 e 1:2. Posteriormente hidrogis de quitosana/NCC contendo 2, 4 e 6% (m/m) de NCC
com a razo molar de 1:1 glutaraldedo: grupos NH2 de quitosana. Os hidrogis foram caracterizados por espectroscopia de
infravermelho, microscopia eletrnica de varredura e testes de intumescimento. Os resultados mostraram que o
glutaraldedo promoveu a reticulao das cadeias de quitosana e dos NCC, havendo no hidrogel a possibilidade de trs
tipos de ligaes: quitosana-quitosana, quitosana-NCC e NCC-NCC. A adio de NCC aumentou a resistncia mecnica
dos hidrogis de quitosana/NCC e diminuiu a sua taxa de intumescimento.
Participantes:

Orientador: Ana Paula Lemes


Docente: Nelson Durn
Discente: Thas Montanheiro
Discente: Joo Paulo Barros Machado

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rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Matheus Pianassola
Ttulo: Eletrodeposio de nanopartculas de ZnO em nanotubos de carbono.
Palavras-Chave: Nanotubo de carbono, ZnO, eletrodeposio, espectroscopia raman, difrao de raio X
O ZnO um dos materiais mais pesquisados recentemente [1]. Os nanofios de ZnO tm atrado ateno por causa
de suas aplicaes em diversas reas como biomdica, clulas solares e eletrnica em geral. No ponto de vista estrutural, o
ZnO um cristal com a estrutura wurtzita, que produz o efeito piezoeltrico e pode apresentar diversas morfologias[1].
Neste trabalho utilizamos filmes de nanotubos de carbono verticalmente alinhados como suporte para deposio de
nanopartculas de ZnO por mtodos eletroqumicos[2]. Um estudo
dos parmetros de eletrodeposio foi realizado para
otimizar a produo deste material e controlar sua morfologia.
Os filmes de nanotubos de carbono foram crescidos em substrato de titnio por reatores a plasma de microondas,
utilizando uma mistura dos gases H2, N2 e CH4. A superfcie dos eletrodos foram modificadas por tratamentos a plasma de
O2 num reator de plasma DC pulsado, para que o filme se tornasse hidroflico.
A eletrodeposio de ZnO foi realizada no potenciostato AutoLab em soluo aquosa 0,1M de Zn(NO3)2 a 60C. O
nanotubo de carbono foi utilizado como eletrodo de trabalho, e utilizou-se platina como contra-eletrodo e Ag/AgCl como
eletrodo de referncia. Fazendo uso do software NOVA, foram utilizados potenciais constantes e pulsados entre -1,5V e
-0,5V. Para os potenciais constantes o tempo de deposio foi de 480s e para a deposio com potencial pulsado foram
executados 240 ciclos de 2s no potencial especificado e 1s em +0,9V.
O filme depositado foi identificado e caracterizado utilizando-se a espectroscopia raman, a difrao de raio X e a
microscopia eletrnica de varredura. Alm do ZnO, encontra-se uma fase de hidroxinitrato de zinco hidratado
(Zn5(OH)8(NO3)2.2H2O) que pode ser convertido a ZnO por tratamentos trmicos em temperaturas na faixa de 100 a
250C [3].
[1] Z.L. Wang. From nanogenerators to piezotrocnics - A decade-long study of ZnO nanostructures. MRS Bulletin 37
(2012) 814 - 827
[2] C.V. Manzano et al. ZnO Morphology Control by Pulsed Electrodeposition. J. Phys. Chem 117 (2013) 1502-1508
[3] Q. Hou at al. Growth of flower-like porous ZnO nanosheets by electrodeposittion with Zn5(OH)8(NO3)2.2H2O as
precursor
Participantes:

Orientador: Evaldo Jos Corat


Docente: Erica Freire Antunes
Docente: Eduardo Saito
Docente: Fernado Henrique Cristovan
Discente: Matheus Pianassola

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Nathlia Machado de Carvalho
Ttulo: DESENVOLVIMENTO DE PR-TRATAMENTOS HBRIDOS
ORGNICO-INORGNICOS ADITIVADOS PARA LIGAS DE ALUMNIO AA 2024-T3
Palavras-Chave: Revestimentos hbridos, aditivao, nitrato de crio
Revestimentos hbridos so atualmente uma alternativa para a substituio de revestimentos fundamentados em
cromato, os quais possuem alto poder cancergeno e txico. Estes precursores hbridos so constitudos por organosilanos,
sendo o foco deste trabalho a Diureiasil U(600), que um hbrido orgnico-inorgnico obtido atravs do mtodo sol-gel.
Com isso, o foco deste projeto foi estudar a eficincia da proteo de precursores hbridos de Diureiasil dopados com crio
sobre ligas de alumnio Al 2024-T3, quando submetidos aos ensaios eletroqumicos em corroso. A soluo hbrida foi
preparada por meio da hidrlise cida do precursor com aditivos combinados, sendo que alguns filmes continham apenas o
nitrato de crio (Ce(NO3)3), e outros este mesmo componente junto com outros elementos como APTS e TEOS. Aps as
devidas reaes qumicas de hidrlise, notou-se que o filme contendo apenas diureiasil e nitrato de crio formou menos
precipitado em relao aos outros estudados, sendo aquele constitudo por APTS uma maior quantidade de slidos, no
podendo assim ser conduzido para a fase de implantao na superfcie metlica. Alm da preparao da soluo, as
amostras de alumnio Al 2024-T3 necessitam de um pr-tratamento alcalino a fim de ativar a superfcie onde o revestimento
ser aplicado. Para tanto, a superfcie metlica foi inicialmente polida com lixas de granas 600/P1200 e 320/P400, seguida
da imerso do corpo de prova de Al em acetona durante 5 minutos em uma lavadora ultra-snica, posteriormente uma
lavagem em NaOH 2,5% por 30 segundos e por fim, teste de quebra dgua e secagem por jato de ar quente. A
deposio do filme foi feita por uma tcnica chamada spin-coating, com duas velocidades de rotao: 500 e 1000 rpm. Uma
caracterstica importante do filme a textura, a qual para ficar mais concentrada necessita da evaporao do solvente
utilizado (etanol). Assim, aps a aplicao as amostras foram levadas a estufa para secagem em trs etapas: 48 h a 40oC,
1 h a 80oC e 1h a 100oC, garantindo uma melhor estabilizao e reticulao do filme. Com o revestimento pronto, a
prxima etapa do processo consistiu na realizao dos ensaios eletroqumicos em corroso.
Os ensaios eletroqumicos foram realizados numa clula de trs eletrodos para amostras circulares, em soluo
naturalmente arejada e no agitada de NaCl 0,1 M, a temperatura ambiente. Como eletrodo de referncia foi utilizado um
eletrodo de Ag/AgCl/KClsat, como eletrodo auxiliar uma rede de platina com rea de 16,5 cm2 e cps da liga Al 2024 T3
com reas expostas de 1 cm2 utilizados como eletrodo de trabalho.
O tempo para estabilizao do potencial de circuito
aberto (EOC) para os cps revestidos com Di-ureiasil U(600) foi de 1 hora. As medidas de espectroscopia de impedncia
eletroqumica (EIE) foram realizadas no potencial de circuito aberto, aps a estabilizao do mesmo em soluo de NaCl
0,1 M. O intervalo de freqncias foi de 50.000 Hz a 0,01 Hz com amplitude de perturbao do potencial de 10 mV rms.
Estas medidas foram obtidas em um potenciostato-galvanostato AUTOLAB e o software NOVA 1.8 para obteno dos
dados.
As curvas de polarizao potenciodinmica foram obtidas, em temperatura ambiente, aps os ensaios de EIE,
sendo a velocidade de varredura (vv)=0,5 mV s-1, e o intervalo de potenciais varridos foi de -0,05 V < ? < +0,40 V
Ag/AgCl/KClSat, relativo ao potencial em circuito aberto. Estas medidas tambm foram obtidas no mesmo potenciostato. Os
ensaios eletroqumicos foram realizados na seguinte sequncia: Potencial de circuito aberto (EOC) x tempo, medidas de
EIE e, por ltimo as curvas de polarizao potenciodinmicas.
Os ensaios eletroqumicos demonstraram que no houve alterao significativa dos resultados entre as diferentes
velocidades de rotaes e precursores empregados (TEOS e APTS). Todavia, foi observada uma tendncia do revestimento
aditivado com Ce ser mais denso na superfcie, mas ainda com baixa resistncia para atuar como uma barreira fsica.
Assim, as prximas etapas do projeto ser desenvolver outra formulao com o precursor orgnico-inorgnico, o GPTMS,
que favorea uma melhor reticulao e adeso a superfcie da liga Al 2024 T3, a fim de aprimorar o revestimento e obter
melhores resultados.
Participantes:

Orientador: CRISTIANE REIS MARTINS


Docente: CELSO MOLINA

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Nathan da Cruz Lopes
Ttulo: Caracterizao microestrutural da superliga Inconel 718 com duplo
envelhecimento aps ensaio de fluncia.
Palavras-Chave: Fluncia; Inconel 718; Duplo Envelhecimento;
O objetivo deste trabalho de iniciao cientfica foi a caracterizao microestrutural da superliga Inconel 718 com
duplo envelhecimento aps ensaio de fluncia. A liga selecionada Inconel 718 aps tratamento trmico para avaliao do
tipo de microestrutura no material foi submetida a ensaios de fluncia em temperaturas de 650C, 675C e 700C, na
modalidade de carga constante, na faixa de 319 a 700 MPa. Estudos completos de ensaio de fluncia da superliga Inconel
718 tratada termicamente so escassos na literatura. A caracterizao microestrutural teve o objetivo de determinar as
fases existentes, incluindo a caracterizao e quantificao das incluses presentes, alm de permitir um conhecimento
mais detalhado da influncia da microestrutura na resistncia fluncia ao ar da superliga Inconel 718. As tcnicas
utilizadas neste trabalho foram microscopia ptica, microscopia eletrnica de varredura e difrao de raios X. O lixamento
das amostras foi realizado na sequncia de 320, 600 e 1200 mesh. Aps esta etapa foi feito o polimento com soluo de
pasta de diamante de 6 m e 1 m, respectivamente. O ataque qumico utilizou soluo de glicergia, aps o ataque, as
amostras foram submetidas a anlise de microscopia ptica e microscopia eletrnica de varredura para observao da
microestrutura. Pela observao das alteraes microestruturais nas amostras aps o tratamento trmico, pode-se associar
a uma precipitao de fases endurecedoras na matriz da liga. As alteraes microestruturais decorrentes do ensaio de
fluncia esto principalmente relacionadas com o efeito da temperatura e tamanho de gro.
Participantes:

Orientador: Danieli Aparecida Pereira Reis


Discente: Felipe Rocha Caliari

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Patricia Fazzio Martins
Ttulo: Simulao do Processo de Desterpenao do leo de Laranja utilizando
Lquidos Inicos
Palavras-Chave: leo de laranja, limoneno, linalol
Neste trabalho foi estudado o processo de desterpenao do leo de laranja atravs da simulao do processo de
extrao lquido-lquido utilizando lquido inico como solvente extrator. O leo de laranja uma matria-prima importante
para as indstrias de alimentos, cosmticos e de perfumes, devido a sua utilizao em aromas e fragrncias. Ele uma
mistura complexa formada por monoterpenos (C10H16), sesquiterpenos (C15H24), compostos oxigenados, e compostos
no-volteis. Os monoterpenos, os quais compem a parte mais voltil do leo de laranja, so substncias parcialmente
insaturadas e, por isso, quimicamente instveis e prontas para reagrupamentos estruturais na presena de ar, luz, gua, e
calor. Por serem insolveis em gua, a presena dos monoterpenos, cujo principal componente o limoneno, limita a
quantidade de aroma que pode ser adicionada s bebidas. Os monoterpenos tambm so insolveis em solventes polares
como lcool, o que uma desvantagem, em particular, na perfumaria. Estas desvantagens tm levado ao desenvolvimento
de processos para concentrar a frao de compostos oxigenados, principais responsveis pelos
aromas/fragrncias sem a
deteriorao da qualidade aromtica, ou seja, sem causar qualquer contaminao ou alterao das mesmas. Entre os
processos tradicionais para realizar a desterpenao encontram-se a destilao e a extrao com solvente. Dentre as
desvantagens de tais mtodos enquadram-se a dificuldade de separar o extrato do solvente empregado na extrao
lquido-lquido e a degradao trmica do produto durante a destilao. Entretanto, na atualidade, existe uma classe de
compostos com potencialidade de substituir os tradicionais solventes orgnicos utilizados nos processos de extrao. Essa
classe de compostos conhecida por lquidos inicos, que por apresentarem baixssimas presses de vapor favorecem a
separao entre extrato e solvente, alm de eliminarem os custos operacionais causados pela evaporao dos solventes
convencionais oriundos das indstrias petroqumicas, e, consequentemente, reduzirem a poluio ambiental. Neste projeto
de iniciao cientfica, primeiramente, foi feito um levantamento dos dados de equilbrio lquido-lquido disponveis na
literatura para o sistema limoneno - linalol - lquido inico, encontrando-se os sistemas formados pelos seguintes lquidos
inicos:
etilsulfato
de
1-etil-3-imidazlio,
2,2 metxi-etxi-etilsulfato
de
1-etil-3-metilimidazlio,
metano
sulfonato
de
1-etil-3-metilimidazlio,
bis(trifluorometilsulfonil)imida
de
1-etil-3-metilimidazlio,
metil
sulfato
de
1-metilpiridina,
bis(trifluorometilsulfonil)imida de 1-hexil-3 metilimidazlio, etil sulfato de 1-etil piridina, bis(trifluorometilsulfonil)imida de
1-decil-3-metilimidazlio. Baseando-se em critrios como a seletividade e coeficiente de distribuio, foi selecionado o
metano sulfonato de 1-etil-3-metilimidazolio. Como esta substncia no faz parte do banco de dados do simulador utilizado,
o simulador comercial de processos Aspen Plus, ela precisou ser inserida. Para isto, foi necessrio estimar as propriedades
crticas, a temperatura de ebulio, a presso de vapor e a capacidade calorfica atravs de mtodos preditivos. A seguir,
foi feita a regresso dos dados de equilbrio lquido-lquido para calcular os parmetros do modelo termodinmico NRTL a
ser utilizado na simulao. Os dados de coeficiente de distribuio demonstraram que a extrao favorvel apenas para
altas concentraes de linalol. Por isso, a simulao foi realizada a 298,15K, utilizando uma corrente de alimentao de
100kg/h composta por 35% de linalol, uma razo Solvente:Alimentao igual a 1 e nmero de estgios igual a 9. Os
resultados at o momento, mostraram a extrao de aproximadamente 80% do linalol presente na corrente de alimentao.
As prximas etapas do trabalho compreendem o estudo do nmero de estgios de equilbrio e da razo
solvente:alimentao para maximizar a extrao do linalol. Assim sendo, apesar da extrao com o metano sulfonato de
1-etil-3-metilimidazolio ter se mostrado favorvel apenas para correntes de alimentao com altas concentraes de linalol,
o estudo de outros lquidos inicos para conduo do processo de desterpenao do leo de laranja atravs extrao
lquido-lquido de grande interesse, por utilizar condies de operao amenas, que minimizam a degradao do material
processado, e por ser um processo ambientalmente compatvel.
Participantes:

Orientador: Patricia Fazzio Martins


Discente: Amanda Teixeira de Oliveira

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Patrcia Rie Hara
Ttulo: Construo de reator eletroqumico com anodo de leito fluidizado e avaliao
de seu desempenho no tratamento de efluentes contendo disruptores endcrinos:
avaliao da eficincia na oxidao de 17?
Palavras-Chave: eletroxidao; leito fixo; poluentes emergentes; etinilestradiol
A demanda cada vez maior por cuidados com o meio ambiente e as crescentes descobertas acerca de efeitos
adversos advindos de desequilbrios ambientais fazem com que seja de fundamental importncia o desenvolvimento de
processos de tratamento de efluentes cada vez mais eficazes. Substncias que h algumas dcadas no tinham seus
efeitos adversos conhecidos, hoje so objeto de interesse porque, com a exposio prolongada, apresentam consequncias
danosas aos organismos mesmo a baixas concentraes. Dentre essas substncias esto os disruptores endcrinos, que
envolvem diferentes classes de substncias, incluindo estrognios naturais e sintticos (como 17-alfa-estradiol e
17-alfa-etinilestradiol) e surfactantes etoxilados (nonilfenol, p. ex.). Este trabalho tem como objetivo a avaliao de reator
eletroqumico com anodo de leito fixo no tratamento de efluentes lquidos contendo 17-alfa-etinilestradiol. As respostas
mensuradas so eficincia de corrente e consumo energtico do reator eletroqumico, frente variao da corrente eltrica
aplicada ao reator e do material do anodo.
Participantes:

Orientador: Alessandra Pereira da Silva


Docente: Alexandre Argondizo
Discente: Patrcia Rie Hara

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Pedro Carlos Chiari
Ttulo: FILMES DE QUITOSANA CONTENDO LEO DE ROSA MOSQUETA (Rosa aff.
Rubiginosa) PARA APLICAO COMO CURATIVOS
Palavras-Chave: Palavras-chaves: quitosana, rosa mosqueta, Rosa aff. Rubiginosa, curativos, filmes, q
Avaliao de propriedades Fsico-qumicas e de barreira de filmes de quitosana contendo leo de Rosa Mosqueta
para aplicao como curativo cicatrizante
Pedro Carlos Chiari, Rodolfo Lopes Ribeiro, Cristiana Pedroso Maria Yoshida, Classius Ferreira da Silva
Filmes polimricos so utilizados como curativos cicatrizantes para queimaduras e ferimentos. Propriedades
cicatrizantes, anti-inflamatrias e antibiticas destes filmes podem ser induzidas e/ou potencializadas com a incorporao
de bioativos como fitoterpicos. Neste trabalho foram produzidos filmes de quitosana incorporando leo de Rosa Mosqueta
(Rosa aff. Rubiginosa) que apresenta as propriedades mencionadas. Os filmes de quitosana (2,0%, em massa) foram
preparados contendo leo de rosa mosqueta em um suporte plano e secagem lenta. A varivel estudada na preparao dos
filmes foi concentrao da soluo de leo de rosa mosqueta (0,1% ,0,5% e 1% em massa). Os testes mostraram que a
adio do leo intensificou a colorao amarelada do filme e permitiu verificar oleosidade em sua superfcie. Em relao
permeabilidade ao vapor dgua verificou-se que o aumento da concentrao de leo reduziu a permeao ao vapor d
gua. Verificou-se que a capacidade de movimentao do fluido (Fluid Handling Capacity, FHC) diminuiu com o aumento da
concentrao de leo de rosa mosqueta. As anlises de microscopia eletrnica de varredura mostraram a formao de
bicamadas, observando gotculas lipdicas na superfcie do material. As anlises de espectroscopia de infravermelho
(FTIR), anlises trmicas (calorimetria diferencial de varredura e termogravimetria) e propriedades mecnicas esto sendo
concludas. Os resultados da caracterizao serviro como critrio de escolha dos filmes que sero utilizados em futuros
testes de atividade antimicrobiolgica e citotoxicidade in vitro.
Participantes:

Docente: Classius Ferreira da Silva


Docente: Cristiana Pedroso Maria Yoshida
Discente: Rodolfo Lopes Ribeiro

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Priscilla Gois Machado
Ttulo: Modelagem e Simulao do Processo de desterpenao do leo de laranja
utilizando um evaporador do tipo short path
Palavras-Chave: leo de laranja, limoneno, linalol
O Brasil atualmente o maior produtor e o principal exportador mundial de suco de laranja. Contudo, durante a
produo do suco, uma grande quantidade de resduos so gerados, sendo que a maior parte dos resduos formada pela
casca das laranjas. Uma forma de reduzir o impacto da produo aproveitar a casca, um resduo agroindustrial,
obtendo-se dela o leo de laranja. Os principais componentes deste leo so os terpenides e os compostos oxigenados,
que podem ser usados como aromatizantes. A quantidade de terpenos no leo muito maior do que a quantidade de
compostos oxigenados, o que limita seu uso na indstria de aromticos devido a sua insolubilidade em gua, por isso de
grande importncia a realizao da desterpenao para separao desses compostos. Essa separao pode ser realizada
de diversas maneiras como a extrao por solvente, a destilao, ou ainda, atravs de um evaporador do tipo short path, o
qual favorece a no degradao trmica dos produtos por operar a vcuo e no requer a introduo de solventes no
material. Apesar da crescente aplicabilidade deste tipo de equipamento, ainda no existem mecanismos para prever as
condies operacionais ideais para uma separao especfica, sendo estas determinadas experimentalmente, o que
representa um processo oneroso e caro. Devido importncia de possuir uma ferramenta computacional disponvel para
futuras investigaes, este projeto objetivou o desenvolvimento da modelagem do processo de evaporao short path
utilizando o simulador comercial de processos Aspen Plus. Contudo, a evaporao Short Path uma operao unitria
que no est presente em simuladores comerciais, por isso preciso modelar o processo utilizando-se as vrias operaes
unitrias disponveis no simulador para melhor representar o fenmeno fsico. Para validar a modelagem foram
considerados dados experimentais do processo de desterpenao do leo de laranja obtidos a partir de um evaporador
short path. Apesar do leo de laranja ser composto por mais de 100 substncias diferentes, na simulao, a matria-prima
foi representada por uma mistura binria formada pelas substncias limoneno e linalol. O limoneno o principal
monoterpeno presente no leo de laranja com concentrao superior a 95% do material, j o linalol foi escolhido como o
representante dos compostos oxigenados e aromticos do leo. Ambas as substncias estavam presentes no banco de
dados do simulador, e a composio da corrente de alimentao foi definida com frao molar igual a 0,97 para o limoneno
e 0,03 para o linalol. Entretanto, no foi encontrado na literatura valores experimentais para o equilbrio lquido-vapor para a
mistura limoneno-linalol, por isso os coeficientes de interao binria foram estimados utilizando-se os recursos do prprio
software. Utilizando-se o modelo UNIFAC, a curva Txy apresenta a formao de azetropo que inclui a composio da
alimentao. Como experimentalmente, a separao foi possvel, tambm foi testado o modelo ideal, obtendo-se valores
mais coerentes com a prtica. Entretanto, maiores estudos sobre o modelo termodinmico apropriado para descrever o
comportamento desta mistura ainda so necessrios. A separao foi conduzida inicialmente utilizando um evaporador
Flash. De acordo com o nmero de Knudsen do limoneno e do linalol calculados na temperatura e presso de operao, a
separao destas substncias podem ser classificadas como destilao de equilbrio, podendo, portanto, ser avaliada
atravs de um evaporador do tipo Flash. A presso e a temperatura utilizadas no Flash foram de 1,33 KPa e 57C,
respectivamente. A composio da corrente de lquido resultante em frao molar foi de 0,91 de limoneno e 0,09 de linalol
e na corrente gasosa foi de 0,98 de limoneno e 0,02 de linalol, evidenciando que houve um aumento da concentrao de
linalol na corrente lquida igual a 3 vezes o valor encontrado na corrente de alimentao. Na operao flash, a temperatura
de operao foi menor e a concentrao de limoneno na corrente gasosa foi maior quelas obtidas atravs de um
evaporador short path. Os resultados demonstraram que para aproximar ainda mais os dados da simulao com os
experimentais outros parmetros devem ser considerados na simulao para melhor descrever a separao da mistura
limoneno:linalol atravs de um evaporador short path.
As prximas etapas do trabalho compreendem o estudo de um
trocador de calor em etapa anterior ao Flash. A utilizao de um trocador de calor permitir considerar a rea de
transferncia de calor bem como o coeficiente de troca trmica aproximando a simulao da realidade experimental. A
importncia de dar continuidade a este estudo de possuir uma ferramenta computacional que permita avaliar e estudar
diferentes polticas operacionais para concentrao de substncias de alto valor agregado.
Participantes:

Orientador: Patricia Fazzio Martins

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Renato Boschilia Junior
Ttulo: Sntese de cermicas ferroeltricas do sistema BZT-BCT-BST
Palavras-Chave: dieltricos, ferroeltricos, materiais cermicos
Atualmente a maioria dos materiais ferroeltricos, com elevadas propriedades fsicas, possuem em sua composio
o elemento chumbo. A famlia do PZT (titanato zirconato de chumbo) tem sido de extrema importncia para as mais
diversas aplicaes tecnolgicas . Entretanto, mesmo com suas excelentes propriedades, o PZT vem recebendo restries
globais devido toxicidade do chumbo. Na Europa, j est em vigor a norma RoHs (Restriction of the use of certain
hazardous substances) que probe a produo e entrada de produtos eletrnicos que contenham na sua composio
chumbo, cdmio, mercrio entre outros elementos qumicos nocivos. Portanto, consenso a necessidade de se
desenvolver um material substituto que possa competir com as propriedades nicas do PZT [1, ].
Neste contexto, materiais com gradiente de composio funcional, ?functionally graded materials - FGM? (materiais
que exibem um gradiente composicional progressivo, mudando de um lado a outro da amostra ) se apresentam com uma
importante possibilidade para obteno de altas constantes dieltricas e timas propriedades piezeltricas, podendo assim
substituir o PZT.
Neste plano de trabalho, nos propomos a preparar e estudar materiais ferroeltricos dos sistemas Ba1-xCaxTiO3
(BCT), (Ba1-xSrx)TiO3 (BST) e Ba(ZrxTi1-x)O3 (BZT), incluindo suas combinaes, preparados para que apresentem
gradiente de composio funcional.
Participantes:

Orientador: Eduardo Antonelli


Discente: Renato Boschilia Junior

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Rodolfo Lopes Ribeiro
Ttulo: Filmes biodegradveis de quitosana contendo extrato gliclico de ch verde
como bioativo natural para aplicao como cosmtico antienvelhecimento
Palavras-Chave: quitosana, antienvelhecimento, ch verde, vitamina E
A indstria de cosmticos tem feito grandes investimentos na busca de tratamentos de controle, preveno e
reverso do envelhecimento. Filmes de quitosana tm sido utilizados como matriz para incorporao de agentes bioativos
com aes especficas, devido s vantagens como biodegradabilidade, provir de fonte renovvel, baixa toxicidade,
biocompatibilidade, e ainda apresentar propriedades antimicrobianas. Neste trabalho foram produzidos filmes de quitosana
incorporando extrato de ch verde e alfa tocoferol acetato (vitamina E) como agentes ativos naturais antienvelhecimentos
para utilizao como strips (adesivos de liberao prolongada de bioativos cosmticos). Os filmes contendo 2,0% de
quitosana (em massa) foram preparados pela tcnica casting. Diferentes concentraes de extrato de ch verde (0,1, 0,5 e
1,0%, em massa) foram estudadas na presena e ausncia de vitamina E. Os filmes foram caracterizados quanto cor,
capacidade de absoro de gua, permeabilidade ao vapor d'gua, capacidade de movimentao de fluidos e microscopia
eletrnica de varredura (MEV). Os filmes ativos apresentaram colorao esverdeada, opacos e de fcil manuseio. A
intensidade de cor/opacidade aumentou proporcionalmente a adio do extrato de ch verde. Nos filmes sem a presena da
vitamina E, a permeabilidade ao vapor d'gua aumentou em funo da adio do extrato de ch verde. Efeito contrrio foi
observado, ao adicionar vitamina E. Resultado semelhante foi observado no teste de capacidade de movimentao do
fluido (Fluid Handling Capacity, FHC). As microestruturas analisadas por microscopia eletrnica de varredura indicaram a
formao de uma matriz amorfa, no compacta. As anlises de espectroscopia de infravermelho (FTIR), anlises trmicas
(calorimetria diferencial de varredura e termogravimetria) e propriedades mecnicas esto em fase de concluso.
Participantes:

Orientador: Cristiana Pedroso Maria Yoshida


Orientador: Classius Ferreira da Silva
Discente: Rodolfo Lopes Ribeiro
Discente: Pedro Carlos Chiari

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Saartje Hernalsteens
Ttulo: OBTENO DE CIDO LTICO UTILIZANDO FONTES ALTERNATIVAS DE
NITROGNIO
Palavras-Chave: cido ltico, fontes alternativas, fermentao
Atualmente, diferentes biomassas vegetais esto sendo utilizadas para a produo microbiolgica de blocos
construtores, tais como cidos ctrico, succnico, lctico e actico, lcoois (etanol e butanol), entre outras molculas. A
utilizao de biomassa para a produo de blocos construtores, a partir da ao de microrganismos, envolve basicamente
dois processos: hidrlise dos polissacardeos contidos nestes materiais em acares fermentescveis e a fermentao
destes em produtos de interesse. O cido lctico um dos mais importantes intermedirios na sntese de relevantes
compostos industriais, e junto com seus sais e steres, largamente utilizado na indstria de alimentos, cosmtica,
farmacutica e qumica, alm de tambm serem usados na produo de poli-cido lctico biodegradvel. Os
microorganismos necessitam de fontes de carbono, nitrognio, fsforo e nutrientes. Em geral, a demanda por nitrognio no
suprida por sais inorgnicos exclusivamente, pois as bactrias lcticas necessitam tambm de nutrientes mais complexos,
tais como aminocidos e peptdeos para o crescimento, e estes suplementos so extremamente caros e utilizados quase
que unicamente na indstria farmacutica e biotecnologia de alto valor agregado. Assim, a substituio por nutrientes de
menor custo necessria em uma produo em larga escala de molculas do tipo ?commodity?.O microrganismo dentro
dos treze propostos que melhor se adequou ao objetivo do trabalho, incluindo uso de fontes alternativas de substratos, tanto
fontes de carbono quanto fontes de nitrognio, foi a bactria Lactobacillus amylophilus NRRL B-4476 tendo uma maior taxa
de produo de acido ltico. Se considerarmos a diferena entre os valores iniciais e os mximos valores encontrados (ou a
diferena entre o menor valor de acidez e o maior), os resultados indicaram que este microrganismo apresentou uma tima
capacidade de produo de cidos em meios contendo AMM (produo de 10 g/L de acidez titulvel em cido ltico) e em
meio contendo AMM e manipueira (produo de a 20 g/L de acidez titulvel em cido ltico). O meio contendo sorgo
possibilitou a produo de aproximadamente 15 g/L de acidez titulvel em cido ltico, no entanto foi necessrio um maior
tempo de processo. Quando analisamos o efeito das diferentes fontes alternativas de nutrientes sobre o processo
verificamos que o microrganismo escolhido mostrou-se muito malevel sendo capaz de utilizar as mais diversas fontes
proteicas.
Participantes:

Discente: Carolina Braga Escada


Discente: Victor Fernades Garcia

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Thaysa Ferreira Elvas Rosal
Ttulo: Uma abordagem ambientalmente compatvel para o tratamento de efluentes
industriais contendo material particulado finamente dividido
Palavras-Chave: Eletroflotao, material particulado, eletrocoagulao, processos de separao
Este trabalho trata do projeto, da construo e operao de um sistema de eletroflotao, que visa tratar um efluente
sinttico composto de material particulado finamente dividido. O sistema a ser concebido uma alternativa ao mtodo
tradicional de tratamento deste tipo de efluente, a floculao, e difere do mesmo ao utilizar um reator eletroqumico, o qual
produz in situ, atravs de uma reao andica de dissoluo, o agente coagulante, dispensando o uso intensivo de insumos
qumicos poluentes. Ao mesmo tempo, a reao catdica leva produo de hidrognio (na forma de microbolhas) as quais
arrastam os flocos fazendo-os flutuar (flotar) no meio aquoso. A eficincia energtica do processo e sua eficcia na
remoo do poluente sero mensurados frente a variao da intensidade da corrente eltrica aplicada e distncia entre os
eletrodos.
Participantes:

Orientador: Alexandre Argondizo


Docente: Alessandra Pereira da Silva
Discente: Danilo Rodrigues Ruas
Discente: Thaysa Ferreira Elvas Rosal

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Thiago Aparecido Martins
Ttulo: Estimao da composio de copolmeros em emulso a partir de medidas de
converso gravimtrica
Palavras-Chave: copolmeros em emulso; composio; converso gravimtrica
Altamente competitivos e com aplicaes em diversos setores industriais, incluindo o segmento de tintas, automotivo
e de fitas adesivas, os copolmeros em emulso demandam sempre novas formulaes, processos e tcnicas de
caracterizao capazes de atender os principais pr-requisitos que norteiam o setor e que podem ser traduzidos em: preos
competitivos, elevada estabilidade, baixa toxicidade, resistncia trmica, resistncia umidade e propriedades fsicas e
mecnicas bem definidas.
Em geral, a qualidade final dos ltices polimricos determinada por variveis caractersticas que definem o estado
de um processo em um dado instante como, por exemplo, a distribuio de pesos moleculares, a distribuio de tamanho
de partculas, morfologia, temperatura de transio vtrea e a composio que, direta ou indiretamente, ditam a qualidade
final do produto.
Infelizmente, grande parte das principais propriedades polimricas no so mensurveis em linha, usando as
metodologias analticas atualmente disponveis e, portanto, na prtica, as propriedades finais dos ltices polimricos so
obtidas atravs da caracterizao off line de amostras coletadas durante o processo, resultando em um tempo de anlise
longo e indesejado para qualquer algoritmo de controle em tempo real.
Grande parte dos esforos voltados ao desenvolvimento de sensores para o monitoramento em tempo real de
reatores de polimerizao foram focados, inicialmente, na utilizao das tcnicas analticas j existentes como, por
exemplo, densimetria, cromatografia em fase gasosa, e calorimetria.
Apesar das inmeras vantagens proporcionadas pelos diferentes mtodos analticos, estas tcnicas ainda
apresentam srias desvantagens, criando uma enorme lacuna entre a pesquisa acadmica e a prtica industrial e que, de
acordo com Kammona et al. (1999), pode ser atribuda aos seguintes fatores: longos tempos de anlises; equipamentos
caros e no projetados para medies em linha; muitas vezes, a quantificao de uma determinada propriedade polimrica
requer o uso de mais de uma tcnica analtica; essas tcnicas analticas fornecem apenas medidas discretas.
Adicionalmente, de acordo com Asua (2004), o desenvolvimento de modelos matemticos para o monitoramento,
controle e otimizao dos reatores de polimerizao , at os dias atuais, um desafio, devido, principalmente, estrutura
molecular das cadeias polimricas e inerente natureza complexa e compartimentalizada da polimerizao em emulso.
Este projeto tem por objetivo propor um novo mtodo para estimar a composio acumulada e instantnea de
copolmeros em emulso, combinando medidas gravimtricas e modelagem matemtica.
Para fins prticos, divididiu-se o projeto em duas etapas. Na primeira etapa, realizou-se alguns ensaios de
polimerizao em emulso para a obteno dos dados experimentais (converso e composio) que foram utilizados,
posteriormente, para a validao do modelo proposto. Inicialmente utilizou-se o par de monmeros estireno/acrilato de
butila, com proporo mssica de 50/50.
Realizou-se os ensaios em uma unidade experimental automatizada composta por um reator tipo tanque agitado de
3L, encamisado em ao inox 316 para alta presso (Bchi Glass); um agitador mecnico tipo ncora conectado a um motor
com variador de velocidades; linha de nitrognio para purga da atmosfera do reator; vlvulas solenoide e de membrana;
aquecedor indutivo com bomba de recirculao; compressor para o fornecimento de ar comprimido para abertura e
fechamento da vlvula de membrana do sistema de troca trmica; e termorresistncias. Coletou-se os dados do sistema de
alimentao ao longo da reao por uma placa de aquisio de dados, e utilizou-se um software com interface em LabView
para o controle das condies operacionais.
Obteu-se as medidas de converso (global e instantnea) por gravimetria e a partir dos teores de monmero residual
medidos por cromatografia em fase gasosa. Calculou-se a composio do copolmero a partir dos teores de monmero
residual medidos por cromatografia gasosa. A segunda etapa do projeto tem por objetivo realizar o estudo computacional do
problema. Nesta desenvolveu-se um modelo matemtico para a predio da composio do copolmero a partir das
medidas de converso gravimtrica. O modelo desenvolvido ser implementado em FORTRAN, ou outra linguagem de
programao (p. ex. Octave, MATLAB ou C).
O principal resultado esperado obter uma nova metodologia capaz de estimar a evoluo da composio de
copolmeros em emulso, combinando apenas medidas de converso gravimtrica e modelagem matemtica. A
possibilidade de estimar a composio de copolmeros usando apenas medidas de converso gravimtrica bastante
promissora em termos tcnicos e econmicos, uma vez que esta propriedade obtida, atualmente, a partir de medidas de
cromatografia gasosa que, alm do elevado custo, requer o treinamento do usurio, e a adoo de novas condies de
operao e novas curvas de calibrao a cada mudana na formulao como, por exemplo, troca do par de monmeros.
Participantes:

Discente: Thiago Aparecido Martins

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Vernica Ribeiro dos Santos
Ttulo: Cimentos de fosfato de clcio contendo "whiskers" de CaSiO3 e gelatina:
melhora da resistncia mecnica e controle da porosidade
Palavras-Chave: Biomateriais, Fosfato de Clcio, Cimento, Scaffold, Gelatina, Whisker
Os cimentos de fosfato de clcio (CFC) apresentam grande similaridade com a parte mineral ssea, logo sua
utilizao como implante tem ganhado destaque na rea clnica e a otimizao de suas propriedades prioridade no meio
cientfico. Gerados por meio de uma reao de cimentao, os cimentos de fosfato de clcio podem ser produzidos a partir
do fosfato triclcio (TCP). De maneira semelhante, "scaffolds" fabricados a partir de CFC tambm tem ganhado destaque,
sendo fabricado a partir da adio de agentes espumantes como, por exemplo, a gelatina. Estes materiais so
biocompatveis, bioativos e reabsorvveis, entretanto, apresentam uma grande desvantagem: elevada fragilidade. De modo
a reforar a estrutura destes cimentos e "scaffolds", a adio de "whiskers" de silicato de clcio apresenta-se promissora
devido s suas propriedades de interao fosfato de clcio/silicato de clcio na interface do sistema reforo/ matriz e de
bioatividade, uma vez que o silcio responsvel pelo crescimento de ossos e cartilagens. Os reagentes comerciais para a
sntese do alfa-TCP apresentam quantidades significativas de magnsio, elemento que aumenta a temperatura de
transformao alfa -> beta, alm de impedir a formao de uma fase cristalina pura. Deste modo, foi realizada a sntese de
"whiskers" de silicato de clcio e do alfa-TCP com elevado nvel de pureza cristalina por meio da sntese de seus reagentes
(CaCO3 e CaHPO4), alm da utilizao dos produtos finais para a fabricao de cimentos e "scaffolds". Os reagentes para
sntese do alfa-TCP foram produzidos utilizando EDTA sal dissdico como agente sequestrante de magnsio. Os resultados
indicaram a formao dos reagentes e a ausncia do elemento magnsio. Os "whiskers" foram sintetizados pelo mtodo de
fuso de sais a 950C, 2C/min por 12 horas. Por meio das caracterizaes, foi observado que houve formao do CaSiO3
e a razo de aspecto obtida foi de aproximadamente 8,4. Em relao aos cimentos produzidos, todas as formulaes
apresentaram resultados positivos a respeito do limite de resistncia compresso axial, porosidade e taxa de degradao.
Quanto aos "scaffolds" as formulaes estudadas apresentaram resultados semelhantes, diferentes apenas quanto taxa
de degradao.
Participantes:

Orientador: Mariana Motisuke

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Victor Fernandes Garcia
Ttulo: OBTENO DE CIDO LTICO UTILIZANDO FONTES ALTERNATIVAS DE
NITROGNIO
Palavras-Chave: cido ltico, produo, residuos
O cido ltico ou cido 2-hidroxipropanico ou cido ?-hidroxipropanico, um cido orgnico de funo mista,
cido carboxlico e lcool, com formula molecular C3H6O3. Podendo ser obtido por meio da sntese qumica, que neste
caso, h a formao de uma mistura racmica de seus dois ismeros (L e D ? cido ltico) ou pelo metabolismo
microbiano, que neste caso, dependendo do tipo de bactria empregada, pode se obter um composto opticamente ativo.
Possuindo uma grande aplicabilidade, o cido ltico pode ser empregado em diversas rea, como na industria farmaceutica,
para aproduo de pomadas e alimenticia como um acidulante. Podendo ainda ser polimerizado, o cido ltico forma um
polimero chamado poliacido ltico ou polilactato, um polimero biodegradavel que esta sendo muito empregado para a
confeco de sacolas plsticas. Por ser um composto que pode ser obtido via fermentao, por meio deste processo, o
cido ltico permite o uso de resduos industriais, como gua de macerao de milho e manipueira, como substrato para a
fermentao. Por se tratar de um processo bioqumico o uso de agentes microbianos se faz necessrio e para que haja o
cultivo deles e para seu emprego em bioreatores, h a necessidade de fontes de nitrogenio para o crescimento dos
agentes. O projeto em questo trata do estudo de fontes de nitrognio alternativas, preferencialmente resduos sem
aplicaes para o processo, para a produo do cido ltico. A determinao da viabilidade da fonte se d pelo estudo
quantitativo e qualitativo do crescimento microbiano no meio de cultura, produo de cido ltico pelos agentes que ser
determinado via medio de pH e quantificao por titulao de cido ltico com soluo de hidrxido de sdio (NaOH).
Participantes:

Discente: Victor Fernandes Garcia

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Victor Valentin Menegussi
Ttulo: ANLISES NUMRICAS VISANDO OTIMIZAR O DESEMPENHO DE UM
PROTTIPO DE REFRIGERADOR MAGNTICO PARA TRABALHO AO REDOR DA
TEMPERATURA AMBIENTE
Palavras-Chave: Efeito Magnetocalrico; Refrigerao Magntica
RESUMO DE PROJETO DE INICIAO CIENTFICA
ANLISES NUMRICAS VISANDO OPTIMIZAR O DESEMPENHO
MAGNTICO PARA TRABALHO AO REDOR DA TEMPERATURA AMBIENTE

DE

UM

PROTTIPO

DE

REFRIGERADOR

Isaias da Silva ? Orientador


Victor Valentin Menegussi ? Bolsista PIBIC/CNPq
Engenharia Qumica - UNIFESP
Introduo
A refrigerao magntica, que utiliza o efeito magneto-calrico em materiais ferromagnticos, pode propiciar grande
economia de energia eltrica em aparelhos de refrigerao e ar condicionado, pois os equipamentos podem ser muito mais
compactos e devero, trabalhando a velocidades menores que os atuais compressores a gs, resultarem em mquinas com
maior confiabilidade e menor manuteno. Neste projeto de iniciao cientfica foi realizada uma pesquisa bibliogrfica na
rea, bem como simulaes computacionais com foco em trocas trmicas, visando optimizar o desempenho de um
prottipo de refrigerador magntico.
Objetivos
Realizar anlises computacionais de um refrigerador magntico cujo prottipo foi construdo mediante verba de um
projeto FAPESP intitulado ?Prottipo de Refrigerador Magntico para Trabalho ao Redor da Temperatura Ambiente?, Proc.:
04/13474-1 coordenado pelo Dr. Adelino A. Coelho do Instituto de Fsica Gleb Wataglin da UNICAMP.
Mtodo
As simulaes foram efetuadas mediante o uso de ferramentas computacionais de engenharia assistida por
computador, (CAE). Especificamente foi utilizada a ferramenta de dinmica de fluidos computacional (CFD), da ANSYS,
ferramenta esta que adquirimos com verba de um projeto de pesquisa financiado pela FAPESP, Proc.: 2009/00013-0
coordenado pelo professor Sergio Gama, UNIFESP e tendo como pesquisadores integrantes os Drs. Isaias da Silva,
UNIFESP e Adelino A. Coelho, UNICAMP. Este trabalho de IC foi desenvolvido no recentemente implantado Laboratrio de
Manufatura Mecnica da UNIFESP - Campus Diadema.
Resultados: As atividades de pesquisa bibliogrfica possibilitaram a aquisio conhecimentos tericos, avanados e
pertinentes a rea da refrigerao magntica. Tambm foi obtida a familiarizao com os softwares utilizados. Alm do CFD
da ANSYS, tambm foram utilizadas ferramentas de desenho assistido por computador (CAD), e para a confirmao da
metodologia aplicada, foram realizados tutoriais e exerccios resolvidos. O refrigerador estudado, mais precisamente uma
parte do prottipo chamada regenerador, foi desenhado com a ferramenta de CAD. Porm, devido complexidade da
geometria desta pea, no foi possvel a gerao de uma malha (diviso do volume da pea em volumes menores, feita
pelo software) para que o software pudesse funcionar corretamente. Ento foram realizados outros estudos sobre o CFD, e
sobre outra ferramenta de simulao computacional, chamada FLUENT, tambm da ANSYS, com a finalidade de
simplificar o problema, mas no foram obtidos resultados conclusivos.
Concluso
O desenvolvimento de tecnologias de engenharia assistida por computador possibilitou a anlise terica de
problemas que anteriormente eram vistos somente na prtica. Portanto desejvel, e talvez indispensvel para a formao
do engenheiro, possuir conhecimentos sobre estes softwares, e saber utiliz-los, pois analisar o projeto antes da aplicao
de vital importncia para que este trabalho seja bem sucedido.
Participantes:

Discente: Victor Valentin Menegussi

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Ensino de Matemtica e Cincias Naturais
Autor: Bruna Lima Ramos
Ttulo: Formao continuada de professores de matemtica e utilizao de tecnologias
Palavras-Chave: Formao de professores, matemtica, novas tecnologias
Esta pesquisa teve como propsito investigar a formao docente na rea da matemtica, com parceria entre uma
escola estadual do municpio de Diadema e a UNIFESP-Diadema. O objetivo foi analisar se e como os professores de
matemtica do ensino fundamental II e mdio foram ou estavam sendo formados para o aprimoramento de suas prticas
pedaggicas, especialmente para a utilizao de novas tecnologias. Como metodologia adotou-se um estudo de caso
qualitativo, no qual os sujeitos participantes foram os professores de matemtica e gestores de uma escola. A coleta de
dados foi realizada a partir da interao dos professores em ambientes presencial e virtual (rede social), de observaes de
reunies e de entrevistas. A pesquisa permitiu apontar que h dficit na formao continuada de professores de
matemtica, voltada ao uso de tecnologia nas prticas educativas.
Participantes:

Orientador: Marilena Aparecida de Souza Rosalen

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Fisica e Matemtica
Autor: Andr Rodrigo da Silva
Ttulo: Atlas de H alfa de Estrelas Be
Palavras-Chave: Atlas Halfa Estrelas Be Espectroscopia
O fenmeno Be observado em algumas estrelas de tipos espectrais O, B e A atravs da presena de emisses em
linhas de Balmer, eventualmente acompanhadas de emisses em linhas de metais uma vez ionizados. Normalmente
associado presena de uma nuvem de gs em rbita ao redor da estrela, mas muitas questes ainda continuam em
aberto. H alfa uma dessas linhas e est localizada prxima a 6562,5 . Os dados foram coletados usando as bases de
espectros do Observatoire de Paris-Meudon (BeSS) e do Observatoire de Haute-Provence (OHP). Neste estudo, buscamos:
classificar os perfis de H alfa criando um Atlas de H alfa para algumas estrelas Be, a maioria do hemisfrio Norte celeste, e
ver se h correlao entre o perfil de H alfa e a distncia da estrela ao centro galctico.
Participantes:

Docente: Ronaldo Savarino Levenhagen

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Fisica e Matemtica
Autor: Bruna Cristina Braga
Ttulo: Desenvolvimento de alfabeto para codificao de informao
Palavras-Chave: Cdigos Corretores de Erros, Cdigo Linear, Estruturas Algbricas
Diante da necessidade de se garantir a integridade da informao a ser transmitida, o uso de sistemas eficientes de
cdigos corretores de erros so exigidos. Um cdigo corretor de erros visa recuperar informaes que no processo de
emisso tenham sofrido algum tipo de rudo. Pode-se afirmar que hoje praticamente todo sistema de envio de informaes
possui algum tipo de cdigo corretor de erros, como exemplos, a telefonia digital, a transmisso de dados via satlite e a
comunicao interna em computadores. De acordo com a literatura, os cdigos so divididos em classes e este trabalho
est baseado nos cdigos pertencentes a classe de cdigos corretores de erro lineares. Para construir cdigos de uma
maneira eficiente utilizamos uma estrutura algbrica e posteriormente determinamos o conjunto A que ser utilizado como
alfabeto. Neste projeto pretende-se estudar fundamentos matemticos da teoria de cdigos lineares, entender conceitos da
lgebra necessrios para construo de cdigos lineares e, se possvel, desenvolver um alfabeto alternativo para
codificao de informao buscando cdigos mais eficientes, que encontrem e corrijam o maior nmero possvel de erros.
O alfabeto a ser desenvolvido ser baseado em possveis ajustes propostos em alfabetos de cdigos j existentes.
Participantes:

Orientador: Ricardo Coelho Silva


Discente: Bruna Cristina Braga

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Fisica e Matemtica
Autor: Charles Ferreira dos Santos
Ttulo: Introduo s condies de qualificao em otimizao no linear
Palavras-Chave: otimizao no linear, condies de otimalidade, condies de qualificao
O problema
de otimizao no linear consiste em encontrar minimizadores locais de uma funo real de vrias
variveis reais sujeita a restries de igualdade e desigualdade. Supe-se que tanto a funo que se quer minimizar,
chamada funo objetivo, quanto as restries so funes continuamente diferenciveis. Um ponto se diz vivel se satisfaz
a todas as restries, o o conjunto de todos os pontos viveis chamado conjunto vivel.
Em geral, algoritmos para resolver este problema buscam pontos chamados estacionrios (ou que cumprem as
condies KKT): o oposto do gradiente da funo objetivo uma combinao linear dos gradientes das restries, onde:
- os coeficientes relativos aos gradientes das restries de desigualdade so todos no negativos;
- se uma restrio inativa no ponto considerado (ou seja, seu valor diferente de zero) ento seu coeficiente na
referida combinao linear nulo;
- o ponto em questo vivel.
Embora sejam muito teis, as condies KKT sozinhas no so condies necessrias de otimalidade. Para garantir
que um minimizador local seja estacionrio, preciso uma condio de qualificao. Este projeto se ocupa, portanto, de
estudar as condies de qualificao, dentre as quais algumas importantes so: independncia linear (LICQ), condio de
Mangasarian Fromovitz (MFCQ), condio de Slater, posto constante (CRCQ) e dependncia linear positiva constante
(CPLD), alm das fracas condies de Abadie e de Guignard. Estas duas ltimas exigem o estudo de objetos geomtricos
que tentam descrever a forma do conjunto vivel em torno de um ponto vivel: o cone tangente e o cone vivel linearizado.
As diversas condies de qualificao esto atreladas s relaes entre estes dois cones.
Participantes:

Orientador: Gabriel Haeser

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rea: Exatas - Fisica e Matemtica
Autor: Felipe Morgan Aguiar
Ttulo: Introduo ao Estudo de Equaes Diferenciais Parciais na Modelagem de
Disperso de Poluentes em Meios Aquosos
Palavras-Chave: Diperso de Poluentes, Equao da Difuso, Equao diferencial parcial
Neste trabalho de iniciao cientfica foram estudados os mecanismos de conveco- difuso de poluentes em
meios aquosos de maneira a entender como a concentrao de poluentes se propaga. Tal estudo consiste em uma
modelagem matemtica adequada, basicamente feita em termos de uma Equao Diferencial Parcial de Segunda Ordem,
levando em conta os aspectos qumicos, geolgicos, biolgicos e ecolgicos da regio em anlise. Esses aspectos foram
incorporados, de forma simplificada, nas condies iniciais e de contorno dependentes da posio, variando em uma, duas
ou trs dimenses, e tambm do tempo.
Foi utilizado o mtodo da separao de variveis, que se aplica s equaes estudadas neste projeto. De maneira
introdutria foram estudadas, em diferentes sistemas de coordenadas e regies finitas, a Equao homognea de Laplace e
sua verso no homognea, e a Equao de Poisson, combinando-as com diferentes condies de contorno homogneas:
Dirichlet, Neumann e Cauchy. Posteriormente foram tratados problemas no homogneos e tambm em regies
semi-infinitas do espao, a fim de abordar a Equao de Difuso ou de Fourier em diferentes situaes e o Princpio de
Duhamel.
Para dar continuidade resoluo destes problemas foi necessrio um aprofundamento em mtodos analticos de
Equaes Diferenciais Ordinrias, destacam-se os seguintes: expanso em srie de Fourier mltiplas e generalizadas,
problemas de Sturm-Liouville e os conceitos de operadores diferenciais lineares, adjuntos e autoadjuntos e algumas outras
funes ortogonais.
Como auxlio a este estudo foram reforados e ampliados os mtodos computacionais e numricos com a finalidade
de atingir problemas mais reais, e assim mais complexos. Dentre os mtodos numricos estudados esto: Newton-Raphson
para razes de funes, integrao de Simpson, Trapzio e Gauss, derivao numrica, Runge-Kutta para resoluo
Equaes Diferenciais Ordinrias e Mtodo de Diferenas Finitas em Equaes Diferenciais Parciais Elpticas
(Crank-Nicolson). Foi utilizado o software Mathematica para executar os programas pela praticidade de obter e conferir
respostas, confeccionar grficos em alto padro e implementao de algoritmos.
relevante ressaltar que o Principio de Duhamel, Mtodo de Runge-Kutta e Mtodos das Diferenas Finitas esto
sendo estudados nessa fase final do trabalho de forma mais intensa, pois requerem um tratamento especial e podem ser
usados para tratar problemas mais realsticos.
Participantes:

Discente: Felipe Morgan Aguiar

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rea: Exatas - Fisica e Matemtica
Autor: Higor Silva da Cruz
Ttulo: Mecnica Quntica Supersimtrica , Equao de Fokker-Planck e enovelamento
de proteinas
Palavras-Chave: Mecnica Quntica, Supersimetria, enovelamnto de protena.
Resumo
Neste trabalho foi estudada a equao de Schrdinger independente do tempo, usando o formalismo supersimtrico
mostramos como possvel construir uma hierarquia de Hamiltonianos efetivos que so solucionados atravs do mtodo
variacional. Nosso objetivo resolver a equao de Schrdinger associada equao de Fokker-Plank, onde que a ultima
nos fornecer a probabilidade de transio de um estado da protena para outro (enovelado ou no).
Usamos neste trabalho o superpotencial para encontrar a funo de onda e a partir desses dois aplicamos os
conceitos da mecnica quntica supersimtrica para encontrar a energia de seus autoestados.
Quando no possvel encontrar suas solues analiticamente utilizamos do mtodo variacional em busca de
solues aproximadas. A Partir do formalismo supersimtrico e o mtodo variacional construirmos uma hierarquia de
Hamiltonianos que nos daro energias e autofunes aproximadas para soluo do problema.
A equao de Fokker-Planck ento analisada para dois potenciais biestveis, um simtrico e outro assimtrico,
como tentativas de modelagem para o problema do enovelamento de protena.
Com as funes de onda e os autovalores de energia obtidos pelo mtodo variacional calculado a probabilidade de
transio entre os estados.
Participantes:

Orientador: Marco Andr Ferreira Dias

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Fisica e Matemtica
Autor: Luana Kaoru Donomai
Ttulo: Estudo da Associao entre os Danos de Radiao no Cristalino de Mdicos e
Equipe da Radiologia Intervencionista e os Aspectos de Proteo Radiolgica na
Prtica Clnica
Palavras-Chave: radiao, radiologia intervencionista, proteo radiolgica, efeitos biolgicos, cristalino
Os procedimentos intervencionistas esto se tornando cada vez mais comuns e frequentes na medicina, abrangendo
diversas reas como a cardiologia e a neurologia. Indubitavelmente, esse campo trouxe diversos benefcios tanto ao
paciente quanto s unidades de sade, por se caracterizarem como mtodos minimamente invasivos e com baixo tempo de
recuperao, alm da alta taxa de sucesso dos procedimentos. Mas infelizmente, tambm uma das prticas radiolgicas
com maior taxa de exposio radiao, e sua prtica desorientada pode desencadear uma srie de efeitos negativos tanto
na equipe multidisciplinar quanto em pacientes. A Comisso Internacional de Proteo Radiolgica (ICRP), em 2011,
considerou baixar o limite de dose ocupacional no cristalino de 150 mSv para 20 mSv (valor mdio em 5 anos), devido
crescente preocupao com as opacidades geradas pela radiao, precursoras de catarata no cristalino dos membros da
equipe multidisciplinar participantes dos procedimentos intervencionistas. Apoiando-se nestas questes, este trabalho
procura investigar e estudar a associao dos efeitos da radiao no cristalino de profissionais ligados radiologia
intervencionista e, a partir dessa investigao, aprimorar o conhecimento e as prticas em proteo radiolgica dentro da
prpria equipe clnica responsvel pelos procedimentos intervencionistas. Para tanto, foi estabelecida colaborao com os
Departamentos de Oftalmologia e de Medicina para realizao dos exames e recrutamento de voluntrios. Os voluntrios,
todos atuantes em procedimentos intervencionistas, so divididos em grupos de acordo com seu tempo de atuao, sendo
o grupo controle composto por profissionais recm-atuantes e o grupo de estudo por profissionais com maior tempo de
experincia e atividade profissional na rea. Aps a aplicao do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), os
voluntrios respondem a um questionrio e so submetidos a exames de biomicroscopia com lmpada de fenda para
identificao de possveis alteraes no cristalino. Um estudo paralelo e complementar a este avalia tambm a funo
visual, atravs de testes de acuidade visual e sensibilidade ao contraste nos voluntrios. Todas as imagens so avaliadas
por um mdico oftalmologista, que classifica qualitativamente os achados oftalmolgicos em relao a uma escala definida
para classificao da opacidade do cristalino. Alm das informaes que caracterizam os voluntrios (idade, profisso,
tempo de atuao profissional na rea), o questionrio procura excluir possveis pr-disposies a desenvolvimento de
catarata por qualquer outro mecanismo que no radiao ocupacional, alm de avaliar o grau de informao do
profissional em termos de proteo radiolgica, e os principais procedimentos intervencionistas tendo o voluntrio como
membro da equipe clnica. A pesquisa contou, at o momento, com a participao de nove voluntrios, representados por
tcnicos de enfermagem, enfermeiros, residentes e mdicos, que atuam de um modo geral na rea de cardiologia
intervencionista com um tempo mdio de 13 anos de atuao. Os procedimentos dos quais esses profissionais mais
participam possuem durao mdia de 60 minutos e envolvem angiografia renal, angioplastia com ou sem colocao de
stent, cateterismo cardaco e interveno coronria percutnea. Embora o estudo ainda esteja em sua fase inicial, os
resultados parciais encontrados demonstram que os profissionais conhecem apenas aspectos de proteo radiolgica que
se limitam ao uso de protetores individuais e/ou acessrios dos equipamentos de raios X empregados, sendo que apenas
trs dos oito voluntrios entrevistados conhecia algum mtodo de otimizao em procedimentos intervencionistas. Dois
profissionais acreditam no haver mtodos para diminuir a exposio do paciente. Alm disso, foi observado que os
servios de sade em que esses profissionais trabalham, garantem um ambiente sinalizado e com planejamento radiolgico
e equipamentos de proteo, exceto com relao a acessrios plumbferos (culos e protetor de gnadas). Um dos
voluntrios examinados, com tempo mdio de atuao de 12 anos, possua catarata em grau avanado no olho direito e
declarou nem sempre utilizar culos plumbferos nos procedimentos realizados ao longo de sua vida profissional. Em
paralelo a este caso, foram identificados pelo menos dois profissionais com microleses no cristalino, podendo sugerir uma
opacificao em estgio inicial. Apesar do estudo ainda no ter alcanado um nmero de participantes que permita obter
resultados estatisticamente significantes, pode-se j perceber deficincias no sistema de proteo radiolgica e no
treinamento e atualizao dos profissionais intervencionistas, que podem se traduzir em perdas equipe clnica e aos
pacientes. Essas perdas podero ser melhor estudadas com o avano desta pesquisa.
Participantes:

Orientador: Marcelo Baptista de Freitas


Docente: Paula Yuri Sacai
Docente: Filipe de Oliveira
Discente: Rafael Pannunzio

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Fisica e Matemtica
Autor: Nicolas dos Santos
Ttulo: Aspectos Tericos e Computacionais da Cosmologia
Palavras-Chave: Cosmologia, Energia Escura
Desde as observaes que confirmaram sua validade em 1919, em Sobral-CE, a
Teoria da Relatividade Geral tem sido a base da Cosmologia, sendo responsvel
pelos primeiros modelos de um Universo em larga escala. A aplicao dirta das
Relatividade Geral Cosmologia leva ao Modelo do Big Bang, que descreve um
Universo finito espacialmente e com uma origem temporal. Esse modelo prev
efeitos testveis como a Radiao Csmica de Fundo de Microondas (CMB).
Mesmo que ocasionalmente correes devam ser feitas nos modelos cosmolgicos,
como o caso do Modelo Inflacionrio, a ideia de um Universo Finito no tempo
e no espao ainda um paradigma.
Uma das consequncias dos modelos cosmolgicos baseados na Relatividade
Geral a de que a expanso do Universo desacelerada. Essa ideia era aceita
sem problemas at 1998, quando observaes dos deslocamentos das Supernovas
do tipo Ia (SnIa) mostraram que a expanso do Universo, ao contrrio do que se
acreditava, era acelerada. Essa descoberta causou um grade impacto na comunidade
cientfica, afinal mostrava que a Relatividade enfim alcanara seu limite.
Vrias tentativas de explicar esse fenmeno surgiram desde ento.
Como a energia de acelerao da expanso csmica de natureza desconhecida,
recebeu o nome de Energia Escura, em analogia Matria Escura, cuja
nica interao com a matria ordinria (barinica) a gravitacional. No devemos
confundir esses dois entes Matria e Energia escuras. Enquanto a matria
escura sofre a influncia da Gravidade e responsvel por boa parte da massa
presente no Universo, a Energia Escura tem o efeito oposto, isto , ope-se
gravidade. Isso pode ser dito da seguinte maneira: A Matria Escura possui
presso positiva enquanto a Energia Escura possui presso negativa.
Outra diferena crucial entre Matria e Energia escuras est na quantidade
de cada uma delas no Universo. Estima-se que a Energia Escura seja responsvel
por aproximadamente 95 da densidade total do Universo.
Dos diversos modelos propostos para explicar a Energia Escura, dois destacam-se
por sua simplicidade e versatilidade: o modelo da Constante Cosmolgica e
o modelo de quintessncia. Nesse projeto pretendemos estudar alguns modelos
cosmolgicos sem e com Energia Escura, bem como analisar computacionalmente
o modelo de quintessencia, no contexto da reconstruo do Potencial.
Participantes:

Discente: Nicolas dos Santos

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Fisica e Matemtica
Autor: Wu Chun An
Ttulo: ESTUDO COMPARATIVO DE ALGUNS MODELOS ATMOSFRICOS
ANALTICOS UTILIZADOS EM DINMICA DE SATLITES ARTIFICIAIS
Palavras-Chave: Arrasto Atmosfrico
Concomitante tarefa de complementar a formao profissional do
atual, o presente projeto tem por objetivo um estudo comparativo entre os
numrico usualmente utilizado.
Programas devero ser elaborados e implementados com diversos
de interesse para as pesquisas que vm sendo realizadas na rea
Departamento de Mecnica Orbital e Controle do INPE.

aluno, iniciando-o em um trabalho de pesquisa


modelos atmosfricos citados e com um modelo
modelos.A implementao desses programas
de satlites artificiais no ICT/UNIFESP e no

Participantes:

Discente: Wu Chun An

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Informtica e Cincias da Computao
Autor: Alef Kruschewsky
Ttulo: Projeto Maritaca: Testes unitrios e de integrao em aplicaes mveis
Palavras-Chave: testes android
O projeto visou a implementao de servios de testes na plataforma Maritaca. Os testes se concentraram na
plataforma Android.
Participantes:

Discente: Alef Kruschewsky

Ttulo: Projeto Maritaca: Testes unitrios e de integrao em aplicaes mveis


Palavras-Chave: testes android
O projeto visou a implementao de servios de testes na plataforma Maritaca. Os testes se concentraram na
plataforma Android.
Participantes:

Orientador: Arlindo Flavio da Conceio

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Informtica e Cincias da Computao
Autor: Caio Augusto Palma
Ttulo: Filtragem adaptativa de rudos de alta frequncia em imagens de ressonncia
magntica e seu efeito na segmentao de tecidos do crebro humano
Palavras-Chave: Wavelets; Wiener; Processamento de Imagens;
As imagens de ressonncia magntica tem sido uma ferramenta poderosa no estudo de patologias cerebrais, no
tratamento
de pacientes e no planejamento de procedimentos cirrgicos.
Para este fim, diversas ferramentas computacionais que so capazes de extrair informaes e aperfeioar a
qualidade de visualizao
das imagens esto sendo desenvolvidas. Uma das primeiras etapas neste sentido consiste em filtrar os rudos de
alta frequncia
presentes nas imagens, que so provenientes de seu processo de aquisio e de armazenamento.
Assim, este trabalho tem como objetivo estudar e implementar duas metologias de remoo de rudo e verificar o seu
impacto sobre
a segmentao de tecidos cerebrais em imagens de ressonncia magntica.
A primeira metodologia o Filtro de Wiener, que tambm utilizado com a finalidade de reconstruir imagens, e a
segunda
a Transformada Wavelet, que tem como principal atrativo o baixo custo computacional e versatilidade em outras
reas de pesquisa.
Ambas foram implementadas utilizando a linguagem de programao C++ e avaliadas com base na posterior
segmentao de tecidos.
Participantes:

Orientador: Fbio Augusto Menocci Cappabianco


Discente: Caio Augusto Palma

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Informtica e Cincias da Computao
Autor: Calvin Rodrigues da Costa
Ttulo: Linguagem de Modelagem em Otimizao e Aplicaes
Palavras-Chave: Otimizao Linear, Modelagem, AMPL, Support Vector Machines
1. Problema de Otimizao linear:
Um problema geral de programao linear aplicado para maximizar ou minimizar uma funo objetivo, ou seja,
otimiz-la. A funo objetivo uma funo linear que est sujeita a uma srie de restries.
A montagem do problema inicia-se pela definio de seu objetivo e, posteriormente, a definio das variveis de
deciso mantendo em foco as restries s quais o problema est sujeito.
Um algoritmo popularmente usado na resoluo de problemas numricos de programao linear o mtodo
Simplex.
1.1. Simplex:
O mtodo Simplex encontra um vrtice timo pesquisando apenas um subconjunto dos 'K' vrtices pertencentes
regio factvel 'S'.
A aplicao desse mtodo comea pela definio das variveis de folga aps observar o problema. As variveis
de folga so utilizadas na delimitao do espao a ser analisado para encontrar os vrtices possveis. Aps definir as
variveis de folga, reescrever o problema e, em seguida, passar o mesmo para a forma matricial.
Com esses passos executados, selecionar uma interseco para obter os valores referentes s variveis
pertencentes ao espao factvel 'S'. Por pertencer a 'S', trata-se de uma soluo bsica factvel. Atravs desses passos so
obtidas a matriz bsica e a no-bsica e, utilizando-as, falta obter os custos relativos que so os custos de cada varivel
no-bsica.
H linguagens de modelagem que trabalham com modelos, como o mtodo Simplex, e possuem ferramentas
que facilitam a resoluo e apresentao. Dentre essas linguagens, a linguagem AMPL ser abordada a seguir.
2. AMPL:

A linguagem AMPL uma linguagem de alto nvel que possui uma estrutura semelhante maneira que os
problemas so expressos e permite que o modelo seja especificado separado dos dados referentes ao problema.
Para executar o modelo implementado, seguida a sequncia
option solver nome_do_solver;
model nome_do_modelo.mod;
data nome_do_arquivo.dat;
solve;
onde na primeira linha define-se o solver a ser utilizado e na segunda o modelo a ser aplicado. A terceira linha
opcional devido possibilidade de alocar os dados junto ao prprio modelo. Na ltima linha dado o comando para que o
problema seja solucionado.
Um modelo testado na linguagem AMPL foi o mtodo de Mnimos Quadrados que possui por objetivo a soma
do quadrado dos erros.
2.1. Mnimos Quadrados:
Esse modelo foi aplicado com a finalidade de melhor compreender o uso da linguagem AMPL. O modelo
executa de forma que se obtenha os coeficientes de um polinmio 'P' de grau mximo 'm'.
O valor de 'm' deve ser inferior a 'n' que representa o nmero de equaes disponveis para a resoluo.
Para o modelo aplicado, tomando 'Y' como o resultado esperado, o erro tomado por 'x - y = P - Y' com x, y >=
0. Esse mtodo melhora a preciso por no necessitar que seja realizado o quadrado dos erros o que possibilitaria erros no
clculo por, ao realizar o quadrado do erro, um erro pequeno ser considerado ainda menor.
Atravs dessa metodologia, o objetivo passa a ser minimizar a somatria de 'x(i) + y(i)' com i = 1, 2, ..., n. Assim,
o modelo pode ser aplicado em problemas mais complexos como os relacionados ao mtodo de Support Vector Machines
que ser apresentado a seguir.
3. Support Vector Machines:
Suponha que voc tem um conjunto de dados que voc classifica em uma das duas maneiras: ou eles tm uma
certa propriedade de estado ou no. Esses dados podem representar dados mdicos, tais como idade, sexo, peso, presso
arterial, nveis de colesterol e os traos genticos de pacientes que foram classificados como de alto risco ou de baixo risco
de um ataque cardaco.
Suponha agora que so obtidos novos dados, o objetivo passa a ser determinar se estes novos dados esto ou
no contidos em uma propriedade declarada. O conjunto de tcnicas para fazer isto amplamente referido como
classificao de padres. A ideia principal identificar alguma regra com base nos dados existentes me maneira que seja
possvel identificar o conjunto de pontos com determinada caracterstica.
Atravs desse mtodo, est foi estudado um projeto no qual visa criar um support vector machine para o diagnstico
de cncer de mama utilizando o Wisconsin Diagnosis Breast Cancer Database.
Bibliografia
. Marcos Arenales, Vincius Armentano, R.MH.Y. Pesquisa Operacional para Cursos de Engenharia. Elseviear
Editora LTda, 2007
. Robert Fourer, David M. Gay, B. W. K. AMPL A Modeling Language for Mathematical Programming Second Edition.
2003.
. Franco, N. B. Clculo Numrico. Pearson, 2006.
. Igor Griva, Stephen G. Nash, Ariela Sofer. Linear and Nonlinear Optimization Second Edition, 2009.
Participantes:

Orientador: Gabriel Haeser


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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Informtica e Cincias da Computao
Autor: Camila Pereira dos Santos
Ttulo: Uma heurstica multi-nvel para maximizao da modularidade
Palavras-Chave: maximizao da modularidade, algoritmos multi-nveis, GRASP
Grafos constituem uma forma bastante utilizada para representar diversos sistemas reais como, por exemplo, redes
metablicas, redes sociais, entre outros. Tomando o exemplo das redes sociais, vrtices do grafo representam pessoas
enquanto suas arestas representam relaes entre pessoas, que podem ser ponderadas por diversos parmetros. Nessas
redes, possvel perceber a diviso da rede em diversos grupos (ou comunidades) de pessoas bastante relacionadas entre
si (alta conexo intra-grupo), e menos relacionadas com pessoas de outros grupos (baixa conexo entre-grupos). A
situao anteriormente descrita exemplifica uma propriedade conhecida como estrutura de comunidade, que est presente
em muitas redes reais [Girvan e Newman, 2002]. Essa propriedade pode ser entendida como a tendncia de agrupamento
dos vrtices, ou seja, uma rede com grupos de vrtices altamente relacionados (clusters).
Nesse contexto, a deteco
dessa estrutura til, pois comunidades de uma rede social podem representar grupos sociais reais. O objetivo do
agrupamento em grafos identificar essa estrutura, de modo a agrupar vrtices fortemente conectados e formar uma
partio do conjunto de vrtices. Dentre as diversas mtricas propostas para avaliar a qualidade do agrupamento, uma das
mais populares a modularidade, proposta por Girvan e Newman [2002]. Essa medida avalia, em uma dada partio do
conjunto de vrtices, o nmero de conexes dos vrtices dos clusters em relao ao nmero de conexes esperado em um
grafo aleatrio com a mesma sequncia de graus dos vrtices do grafo estudado. Bons agrupamentos apresentam valores
de modularidade prximos a 1 (valor mximo). Dessa forma, objetiva-se encontrar uma partio do conjunto de vrtices que
maximize a modularidade. O problema de decidir se uma partio tem modularidade mxima NP-Completo [Brandes et
al., 2008], de forma que bastante comum encontrar estratgias heursticas na literatura para a sua soluo. Entretanto,
poucas heursticas da literatura so capazes de lidar com grafos de grande porte em um tempo vivel. Noack e Rotta [2009]
apresentam uma estratgia bastante utilizada para grafos de grande porte, proposta inicialmente por Karypis e Kumar
[1998], que a estratgia multi-nvel. Algoritmos multi-nveis so compostos de trs fases: de contrao, de particionamento
e de refinamento. Nesses algoritmos o grafo original sucessivamente contrado durante a fase de contrao, ou seja, seu
nmero de vrtices e arestas reduzido, para encontrar uma partio mais eficientemente. A partio obtida durante a
fase de particionamento e, em seguida, refinada no processo de expanso para o grafo original durante a fase
refinamento. Noack e Rotta [2009] propuseram algoritmos utilizando estratgias multi-nveis para o problema da
maximizao da modularidade e encontraram resultados significativamente melhores que os tradicionais algoritmos de nvel
nico para o mesmo problema. Neste projeto, o problema de maximizao da modularidade abordado por meio de uma
adaptao do algoritmo heurstico multi-nvel de Noack e Rotta [2009] para uma metaheurstica Greedy Randomized Search
Procedure (GRASP) [Feo e Resende, 1995]. A metaheurstica GRASP um mtodo iterativo composto por duas fases: a
construtiva e a de busca local. A primeira conta com componentes semi-gulosos, na qual cada elemento da soluo
escolhido aleatoriamente dentre uma lista de melhores candidatos. Aps a construo de uma soluo, realizada uma
busca local nela, que consiste em, a partir da soluo construda, encontrar uma soluo melhor no espao de busca. Esse
projeto prope que a fase construtiva do algoritmo multi-nvel utilize um algoritmo semi-guloso de contrao de vrtices para
contrair o grafo. A soluo construda pela GRASP a partio obtida a partir do grafo contrado, na fase de
particionamento. A busca local da GRASP, por sua vez, realizada durante a fase de expanso do grafo contrado para o
grafo original. A partio final obtida pela heurstica proposta a partio com a maior modularidade, dentre todas as
encontradas durante as iteraes da GRASP.
Brandes, U., Delling, D., Gaertler, M., Gorke, R., Hoefer, M., Nikolosk, Z., and Wagner, D. (2008). On modularity
clustering. IEEE Transactions on Knowledge and Data Engineering, 20:172-188.
Feo, T. A. and
Optimization, 6:109-133.

Resende,

M.

G.

(1995).

Greedy

randomized

adaptive

search

procedures.

Journal

of

Global

Girvan, M. and Newman, M. E. J. (2002). Community structure in social and biological networks. Proc. Natl. Acad.
Sci. USA, 99:7821-7826.
Karypis, G. and Kumar, V. (1998). A fast and high quality multilevel scheme for partitioning irregular graphs. SIAM
Journal on Scientific Computing, 20:359-392.
Noack, A. and Rotta, R. (2009). Multi-level algorithms for modularity clustering. SEA '09 Proceedings of the 8th
International Symposium on Experimental Algorithms, 1:257-268.
Participantes:

Orientador: Profa Dra Mari Cristina Vasconcelos Nasc

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Informtica e Cincias da Computao
Autor: Eliseu Jnio Arajo
Ttulo: Mtodo Hbrido Busca por Agrupamento aplicado ao problema de Roteamento
Peridico de Veculos para Coleta de Lixo
Palavras-Chave: Clustering Search, Problema de roteamento peridico de veculos, Metaheurstica
O problema de roteamento de veculos (PRV) um problema clssico de otimizao, que consiste em, dado um
conjunto de n pontos, cada um com uma demanda conhecida, e m veculos que partem de pontos, denominados depsitos,
deve-se buscar rotas para os m veculos tal que todos os n pontos sejam atendidos, satisfazendo a demanda de cada ponto
e minimizando a distncia total. O problema de roteamento peridico de veculos (PRPV) uma especializao do PRV, na
qual os veculos devem cumprir as rotas e atender aos clientes atendendo restries de frequncia.
O PRPV estudado foi elaborado para reduzir os gastos de uma companhia de coleta de lixo que opera na cidade de
Ponte de Lima, em Portugal. O ponto inicial de todas as rotas uma garagem, comum para todos os veculos. Os veculos,
ao sair da garagem, visita os clientes e, aps atend-los descarrega o lixo coletado em um dos dois depsitos disponveis
na localidade, dirigindo-se novamente garagem.
Neste trabalho prope-se utilizar o mtodo hbrido Busca por Agrupamento (Clustering Search - CS)[2] para
resoluo do PRPV aplicado coleta de lixo. O objetivo comparar o desempenho do CS com outras metaheursticas
encontradas na literatura.
Uma soluo para o problema representada por meio de uma matriz. Cada linha da matriz representa um dia da
semana. Em cada dia determinado a rota para cada veculo, sendo que o veculo representado por um nmero com
sinal negativo e sua sequncia de visita vem logo em seguida at encontrar outro veculo ou chegar ao fim da linha.
A funo objetiva do PRPV (Equao 2) a soma total das distncias de todas as rotas, ou seja, as distncias que
cada veculo em cada dia percorre ao sair da garagem, visitar os clientes na sequncia determinada, ir at o depsito mais
prximo do ltimo cliente visitado e retornar novamente garagem. No algortimo so determinadas penalidades que so
somadas solues que no satisfazem alguma das restries impostas pelo problema (peso alm da capacidade de cada
veculo) e tempo total da rota acima do permitido).
O mtodo CS inicia com um nmero fixo de clusters (grupos de solues) que so inicializados a partir de solues
aleatrias A metaheurstica Simulated Anneling (SA)[4] ser responsvel por gerar solues que sero agrupadas no CS.
Cada cluster possui um centro (soluo que representa o espao de busca desta regio), um contador da quantidade de
solues que foram agrupados no cluster (volume) e um contador da quantidade de pesquisas realizadas em determinado
cluster sem encontrar uma soluo melhor do que o seu centro atual (r).
Quando uma soluo enviada pelo SA, ela agrupada com o cluster que possuir centro com menor diferena para
ela. A metaheurstica Path Relinking[3] foi usada para atualizar o centro combinando a soluo do centro do cluster e a que
ser agrupada. O volume ento acrescido em uma unidade. Caso o volume tenha atingido certo limitante (vMax) e o seu r
for menor que um outro limitante (rMax), sua soluo passar por uma Busca Local, pois h certa probabilidade desse
cluster ser promissor. Caso a soluo apresentada pela Busca Local seja melhor que o centro do cluster, ela
transformada em novo centro. Caso contrrio, seu r acrescido em uma unidade. Se r atingir o limitante (rMax), uma
perturbao ser feita em seu centro, buscando escapar de regies ruins e/ou bastante exploradas.
Os parmetros do CS so o limitante de volume (vMax), o limitante de r (rMax), quantidade de clusters (numCl).
Neste trabalho utilizou-se vMax=5, rMax=4 e numCl=10.
O algoritmo CS foi implementado em C/C++. Utilizou-se um conjunto de dados referentes distncia dos clientes de
uma empresa coletora de lixo da cidade de Ponte de Lima, em Portugal, fornecidos pela Profa.. Maria Antnia Carravilla, da
Universidade do Porto.
Por fim, conclui-se por meio dos resultados preliminares que a aplicao do CS ao PRPV foi satisfatria, levando a
resultados melhores que os conhecidos para o caso especfico abordado (CS - 1680; Aguiara et.al. - 1780; Atual - 2398).
Alm do resultado obtido ser melhor que o da literatura, o que reduz os gastos do processo real, o tempo computacional de
clculo foi reduzido em relao abordagem utilizando formulaes hierrquicas[1].
Referncias Bibliogrficas
[1] Aguiara,T.B, Carravilla, M.A. & Oliveira, J.F. Vehicle routing for mixed solid waste collection ? comparing
alternative hierarchical formulations. Submetido.
[2]
Chaves, A. A. & Lorena, L. A. N. 2010 Clustering Search Algorithm for the Capacitated Centered Clustering
Problem. Computers and Operations Research, 37(3): 552-558.
[3]
Glover F., Laguna M. & Mart, R. (2000). Fundamentals of scatter search and path relinking. Control and
Cybernetics 39:653-684.
[4] Kirkpatrick, S., Gellat, D. C. & Vecchi, M. P. 1983. Optimization by simulated annealing. Science, 220: 671-680.
Participantes:

Discente: Eliseu Jnio Arajo

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Informtica e Cincias da Computao
Autor: Lucas Rocali
Ttulo: Motor para Renderizao de Interfaces para Coleta Mvel de Dados
Palavras-Chave: Android
O projeto Maritaca, desenvolvido no ICT-UNIFESP, visa a criao de uma infra-estrutura para Coleta Mvel de
Dados (CMD). A arquitetura permite a criao de aplicaes mveis para coleta de dados mesmo por usurios iniciantes ou
com poucos conhecimentos de sistemas computacionais.
Participantes:

Discente: Lucas Rocali

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Informtica e Cincias da Computao
Autor: Lucas Rocali Assuno Assis
Ttulo: Motor para Renderizao de Interfaces para Coleta Mvel de Dados
Palavras-Chave: Android
O projeto Maritaca consiste em simplificar o desenvolvimento de aplicaes para coleta mvel de dados. No estgio
atual da pesquisa, o objetivo principal consiste em prover uma infraestrutura completa para a coleta mvel de dados, o que
inclui: a criao simplificada das Apps para coleta, o armazenamento em nuvem dos dados coletados e a disponibilizao
de ferramentas que auxiliem o compartilhamento de dados.
Assim o projeto buscou permitir o desenvolvimento de aplicaes mveis para coleta de dados sem a necessidade
de interveno de profissionais de TI para a criao e manuteno das aplicaes mveis.
Participantes:

Orientador: Arlindo Flavio da Conceio

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Informtica e Cincias da Computao
Autor: Lucas Willian Leal
Ttulo: Ferramenta Para Visualizao de Redes Complexas
Palavras-Chave: Ferramenta de Visualizao, Redes Complexas, Grafos, Igraph
A gerao de uma rede que represente de forma fiel os dados de uma base qualquer um dos passos fundamentais
ao utilizar tcnicas baseadas em redes. Alm da construo da rede esttica a partir do conjunto de dados inicial, outro
passo importante a ser considerado est na incorporao, remoo e/ou modificao de novos exemplos a rede j existente
(rede dinmica). Para a gerao desta rede, diversas abordagens podem ser utilizadas, como por exemplo: redes
totalmente
conectadas com pesos, redes esparsas geradas a partir de um limiar de corte ? no qual dois vrtices so
conectados apenas quando a similaridade entre eles superior a este limiar; conexo dos vrtices a um nmero
pr-estabelecido de vizinhos (denominado k-vizinhos mais prximos - K-NN), dentre outras. Alm da
gerao automtica
da rede seguindo alguma metodologia especfica, a inspeo visual da rede por um humano tambm representa um passo
fundamental, por
esta inspeo visual pode revelar caractersticas de interesse que dificilmente seriam observadas. Nesse
contexto, o uso de ferramentas de visualizao pode facilitar o entendimento e a explorao da rede de maneira interativa
permitindo que caractersticas visuais da rede sejam utilizadas no processo de gerao dessa. Dessa forma, o presente
projeto busca desenvolver uma ferramenta de visualizao que contribua com o processo de gerao, manuseio e
caracterizao de redes
complexas atravs de uma biblioteca que possua as principais implementaes de redes e que
seja facilmente atualizvel; que seja multiplataforma, podendo o
usurio trabalhar com a ferramenta em sistemas
operacionais Windows, distribuies Linux e Mac OS. Para tal, foram estudadas algumas bibliotecas grficas
disponveis,
tais como a biblioteca grfica SDL (Simple DirectMedia Layer), a GLUI (OpenGL Utility Interface) e a IDE Qt Creator,
largamente utilizada no desenvolvimento de aplicaes grficas devido sua portabilidade e facilidade de uso. Ao final do
projeto, espera-se que a ferramenta de visualizao seja capaz de simular as mais diversas redes conhecidas, oferecendo
a possibilidade de alterao da rede no decorrer da simulao em ambientes grficos 2D e 3D, facilitando dessa forma a
visualizao da rede no que diz respeito a fidelidade com o conjunto de dados e como se d a evoluo desses dados no
decorrer das simulaes.
Participantes:

Orientador: Marcos Gonalves Quiles

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Informtica e Cincias da Computao
Autor: Marco Aurlio Galvo
Ttulo: Realidade Aumentada Aplicada no Ensino em Sade
Palavras-Chave: realidade aumentada, dispositivos mveis, kinect, ensino, anatomia
O ensino de anatomia e? tradicionalmente realizado com base na dissecc?a?o de cada?veres e com o auxi?lio de
pec?as anato?micas e figuras de atlas. Diversos problemas esta?o associados ao ensino de anatomia, dos quais
destacam-se: i) o elevado custo e a dificuldade de obtenc?a?o dos cada?veres; ii) aumenta a necessidade de tempo para a
aprendizagem, o que promove o aumento da carga hora?ria dos curri?culos; e iii) falta de profissionais habilitados para o
ensino de anatomia. Recentemente, a evoluc?a?o tecnolo?gica propiciou a viabilizac?a?o da Realidade Aumentada, que
consiste na sobreposic?a?o de objetos virtuais gerados por recursos computacionais em um ambiente real, utilizando para
isso algum dispositivo tecnolo?gico. Por meio desta tecnologia e? possi?vel estimular o aprendizado, trazendo as informac?
o?es para o espac?o real com a utilizac?a?o de um dispositivo com um software de Realidade Aumentada instalado.
O objetivo deste trabalho e? propor o uso de tre?s aplicac?o?es utilizando Realidade Aumentada para apoiar o
ensino em sau?de, especificamente na a?rea de anatomia.
O propo?sito dos softwares descritos aqui na?o e? o de substituir a utilizac?a?o de cada?veres nos cursos
superiores e sim estender o ensino para ale?m da sala de aula, como em sua pro?pria casa com um telefone celular do tipo
smartphone ou um computador. Tambe?m e? almejada a disseminac?a?o dos conceitos da tecnologia de Realidade
Aumentada para inspirar o desenvolvimento de aplicac?o?es por outros acade?micos que possam contribuir para a
educac?a?o tanto dentro quanto fora da sala de aula.
A seguir e? listado o funcionamento de cada aplicac?a?o:
A. KinectPntx
A aplicac?a?o demonstra o procedimento cirrgico de tratamento do pneumotrax de modo interativo atrave?s de
Realidade Aumentada. necessa?rio o uso de um computador com o sistema operacional Windows instalado e equipado
com o sensor Kinect.
O procedimento requer duas pessoas, sendo a primeira pessoa detectada o ?paciente? com pneumoto?rax e a
segunda pessoa o ?me?dico?. A pessoa detectada como ?paciente? tera? projetado sobre seu to?rax a animac?a?o de um
objeto virtual de um pulma?o contrai?do, simulando o pneumoto?rax. A pessoa detectada como ?me?dico? tera? projetada
na sua ma?o direita um objeto virtual de uma agulha ciru?rgica, inclinada no mesmo a?ngulo da reta criada pelos pontos do
pulso e da ma?o, ou seja, como se a agulha ciru?rgica virtual fosse uma extensa?o da ma?o do me?dico.
Com as duas pessoas detectadas, o software ja? estara? pronto para simular o procedimento. Para isso, basta que o
?me?dico? encoste a agulha ciru?rgica na costela do ?paciente?, uma animac?a?o do pulma?o projetado se descontraindo
acontecera?.
B. MuscleView Projector
A aplicac?a?o pode ser executada em computadores pessoais com os sistemas operacionais Windows.
O software exibe imagens representando msculos do corpo humano de um homem adulto.
O usua?rio pode escolher um msculo em uma caixa de seleo e a imagem do mu?sculo exibida sobre uma tela
preta, utilizada para facilitar a projec?a?o do mu?sculo em outra pessoa com o auxi?lio do projetor multimi?dia.
O usurio pode tambm deslocar o msculo com o uso do mouse e controlar seu tamanho com o uso de uma barra
de tamanho localizada na lateral da janela do programa.
C. MuscleView Portable
O software exibe uma imagem representando o corpo humano de um homem adulto com va?rios pontos disponi?
veis para serem selecionados.
O usua?rio pode escolher uma a?rea utilizando a tela sensi?vel ao toque, e apo?s seleciona?-la, uma nova tela e?
exibida, mostrando a imagem do mu?sculo da a?rea selecionada com uma pequena transpare?ncia e com o fundo da tela
do software capturando imagens em tempo real da ca?mera do dispositivo. Nesta tela o usua?rio utiliza os recursos
multi-toque do dispositivo mo?vel para ajustar a rotac?a?o e o tamanho do mu?sculo na tela atrave?s de gestos "pinch",
"spread" e "rotate".
O usua?rio enta?o utiliza a camera para posicionar a imagem do mu?sculo sobre uma parte do prprio corpo. Na
parte inferior da tela havera? uma barra que controlara? a transparncia do mu?sculo.
No canto inferior da tela ao lado da barra tambe?m havera? um bota?o que possibilita a troca de camadas do
msculo selecionado, alternando entre uma camada muscular profunda e outra superficial.
As aplicac?o?es abordadas aqui possuem o propo?sito de enriquecer o aprendizado das disciplinas de anatomia em
sau?de com o uso de Realidade Aumentada, diminuindo custos e transtornos relacionados a dissecc?a?o cadave?rica e
estendendo o ensino de anatomia para ale?m das salas de aula, na?o se limitando exclusivamente aos alunos de ensino
superior, podendo ser utilizado por alunos de biologia no ensino fundamental, por exemplo.
Participantes:

Orientador: Ezequiel Roberto Zorzal


Discente: Marco Aurlio Galvo

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rea: Exatas - Informtica e Cincias da Computao
Autor: Mariana Amery Pereira de Araujo
Ttulo: Uma heurstica multi-nvel para a maximizao da modularidade em grafos
Palavras-Chave: grafo, heurstica, modularidade
O problema de agrupamento em grafos ou deteco de comunidades em redes consiste em definir grupos de ns
em um grafo de forma que esses grupos tenham um elevado nmero de conexes intra-grupo e baixo entre-grupos.
Existem diversas reas do conhecimento onde este problema aplicvel, como em redes sociais , biologia, segmentaco
de imagem etc. Por esse motivo, algoritmos de agrupamento em grafos tm sido alvo de intensa investigaco por cientistas
da computaco.
Como resultado desses estudos, em 2002 foi proposta uma medida, conhecida como modularidade, que mede em
uma partio a diferena entre a fraco total de arestas que se encontram dentro dos grupos pela fraco esperada se as
arestas fossem colocadas aleatoriamente.
Utilizando essa medida, possvel desenvolver algoritmos que encontrem a
partio com a maior modularidade possvel, ou seja, estudar o problema da maximizao da modularidade.
O problema da maximizaco da modularidade da complexidade NP-completo,
para grafos de grande porte. Por essa razo, existem diversas propostas de soluces
encontrar uma soluco de boa qualidade, como algoritmos guloso, espectrais, busca
maioria deles no suficientemente eficiente quando se tratando de grafos grandes,
da modularidade ainda est sujeito a propostas de melhoramento.

ou seja, no tem uma soluo vivel


heursticas para abord-lo de forma a
tabu iterativa, entre outros. Porm a
por isso o problema da maximizaco

O objetivo principal deste projeto propor um algoritmo que possa lidar com grafos de grande porte, ou seja,
encontrar uma estratgia de armazenamento e busca em grafos com elevado nmero de ns e arestas de melhor qualidade
do que as j existentes na litertura. Para isso, buscar-se-a utilizar estruturas de dados adequadas de forma a otimizar a
implementao da heurstica proposta, utilizando a linguagem de programao C.
Participantes:

Discente: Mariana Amery Pereira de Araujo

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Informtica e Cincias da Computao
Autor: Matheus Antunes de Paulo
Ttulo: Anlise de Desempenho de Protocolos de Roteamento em Redes de Sensores
Sem Fios
Palavras-Chave: Redes, Sensores, Roteamento, Simulao, Anlise
Uma Rede de Sensores Sem Fio pode ser compreendida como um grupo de dispositivos compactos com limitaes
energticas e computacionais capazes de mensurar o ambiente, e consequentemente gerar dados de determinado evento
de interesse transmitindo-os posteriormente para um receptor remoto, denominado por sink, utilizando uma conexo sem
fio.
As aplicaes desse tipo de rede normalmente so da forma de rastreamento ou monitoramento, como em projetos
militares, industriais, comerciais e de pesquisa em ambientes remotos. Para que a rede possa oferecer as caractersticas
desejadas, como confiabilidade, tolerncia a falhas, adaptabilidade e durabilidade necessria a utilizao de um protocolo
de roteamento, responsvel por guiar o caminho dos dados at o interesse, adequado tanto ao ambiente quanto s
caractersticas desejadas conforme a situao. Alguns protocolos presentes na literatura podem ser classificados quanto ao
modo de operao e quanto a algumas caractersticas que oferecem.
O objetivo deste trabalho de Iniciao Cientfica realizar uma pesquisa na rea de Redes de Sensores Sem Fio
(RSSF), com foco na simulao e anlise de desempenho comparativa de alguns protocolos de roteamento presentes na
literatura. Os seguintes procolos 'Direct', 'Flooding', 'Directed Diffusion' e 'Leach'
foram modelados no ambiente de
simulao Castalia/OMNet++. Dentre as mtricas utilizadas na simulao destacam-se o Goodput, Eficincia de
Roteamento e tempo de vida da rede que permitiram a comparao justa entre os protocolos supracitados.
Participantes:

Orientador: Prof. Dr. Valrio Rosset

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Informtica e Cincias da Computao
Autor: Matheus Ferreira Mendona
Ttulo: Projeto Maritaca: Estudo sobre a Otimizacao de Interfaces para Dispositivos
Mveis Touchscreen
Palavras-Chave: Maritaca, Interface, Dispositivos Mveis, Android
(CMD).

O projeto Maritaca desenvolvido no ICT-UNIFESP, visa a criao de uma infra-estrutura para Coleta Mvel de Dados

Este projeto de iniciao tem como objetivo geral investigar solues que colaborem para o desenvolvimento da
plataforma. O objetivo especfico desenvolver uma interface otimizada, objetiva e ao mesmo tempo amigvel ao usurio
final.
Participantes:

Orientador: Prof. Dr. Arlindo Flavio da Conceio

Ttulo: Estudo sobre a Otimizao de Interfaces para Dispositivos Mveis Touchscreen


Palavras-Chave: Android
O projeto Maritaca, desenvolvido no ICT-UNIFESP, visa a criao de uma infra-estrutura para Coleta Mvel de
Dados (CMD).
Este projeto de iniciao tem como objetivo geral investigar solues que colaborem para o desenvolvimento da
plataforma. O objetivo especfico desenvolver uma interface otimizada, objetiva e ao mesmo tempo amigvel ao usurio
final.
Participantes:

Discente: matheus Mendona

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Informtica e Cincias da Computao
Autor: Tbata Dilenardi Dias
Ttulo: Simulaes Computacionais de Enovelamento de Proteinas com o Modelo de
Ising
Palavras-Chave: Enovelamento de Proteinas, Modelo de Ising,Transio de Fase
Todos os seres vivos so constitudos por protenas, uma macromolcula de grande importncia para a manuteno
e propagao da vida, suas funes variam de componentes estruturais das clulas e tecidos, atuam no transporte de
pequenas molculas (transporte de oxignio pela hemoglobina), catalisadoras de reaes qumicas, ou seja, as protenas
esto presentes em quase todas as atividades das clulas.
As protenas pertencem classe dos polipeptdeos, pois so cadeias lineares com centenas ou milhares de
aminocidos que esto ligados entre si por ligaes peptdicas.
Em seu estado fundamental as protenas tem aspecto enovelado, assumindo certas configuraes que a deixam em
seu estado caracterstico. Porm por alguns fatores aleatrios elas podem perder essa organizao, fatores esses que
podem ser o calor, a radiao, o pH, e outros.
Esse processo em que o estado fundamental da protena desmanchado se chama desnaturao de protenas,
onde ocorre quebra das ligaes intramoleculares entre os aminocidos da protena.
A desnaturao de protenas um processo de transio de fase da protena, aonde com o aumento da
temperatura, por exemplo, a protena passa do estado enovelado para o estado desnaturado.
Essas ligaes intramoleculares que mantm as protenas no estado enovelado, se comportam da mesma maneira
que os spins em um material magntico, conforme o aumento da temperatura, por exemplo, essas ligaes tendem a se
romperem, no h mais interao entre um aminocido e seus vizinhos, portanto, significa uma energia resultante zero.
O objetivo principal deste projeto simular o modelo de Ising unidimensional, que trata do comportamento de
elementos individuais, como presena de tomos ou molculas em stios, atividade neural, componentes de spin, entre
outros, para ser aplicado no estudo de enovelamento de protenas, e a partir desse modelo, simular as interaes dos
aminocidos em uma protena e sua relao com o aumento de temperatura, podendo assim calcular observveis fsicos
como energia, calor especfico e o parmetro de ordem do sistema, como funo da temperatura, sendo esse ltimo a
varivel que nos d informaes sobre a transio de fase, quando esse tem um valor prximo de 1, a protena se encontra
no estado enovelado, e quando tem valor prximo de zero, ocorreu uma transio de fase em que a protena passou do
estado enovelado para o estado desnaturado, com uma desnaturao da protena.
Participantes:

Discente: Tbata Dilenardi Dias

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Informtica e Cincias da Computao
Autor: Viny Cesar Pereira
Ttulo: Desenvolvimento de Sistema Computacional Embarcado Baseado em
Microcontroladores da Famlia PIC
Palavras-Chave: Sistemas Embarcados; Microcontrolador; PIC;
Sistemas embarcados fazem parte do dia-a-dia da maioria das pessoas, e so encontrados em diversos tipos de
equipamentos, desde simples aparelhos eletrnicos at sistemas automotivos mais complexos, de mdio e grande porte.
Isso mostra como vasta a gama de aplicaes desses sistemas que, atualmente, tm seu custo de desenvolvimento
afetado fortemente pelo desenvolvimento do software. De uma forma geral, o objetivo deste projeto de iniciao em
desenvolvimento tecnolgico e inovao foi projetar e desenvolver um sistema embarcado (hardware e software) baseando
em microcontroladores da famlia PIC. O sistema embarcado desenvolvido tem a finalidade de controlar um cronmetro
digital utilizado para monitorar o tempo em partidas de xadrez. As metas principais para alcanar o objetivo do projeto eram
inicialmente dominar a ferramenta de especificao e simulao de projetos eletrnicos (Proteus VSM), especificar o projeto
eletrnico do cronmetro digital, utilizando-se microcontroladores da famlia PIC, especificar e implementar o software
embarcado para controle do cronmetro digital, aderente ao projeto eletrnico do mesmo. Tanto a ferramenta de
especificao e simulao de projetos eletrnicos Proteus, quanto o compilador utilizado no projeto (MikroC), que gera
cdigo executvel especificamente para microcontroladores da famlia PIC, foram estudados, compreendidos e dominados.
Foram utilizados mtodos da Engenharia de Software para elicitar e documentar a parte de requisitos (funcionais e
no-funcionais) tanto do software quanto do hardware escolhido. A inovao em relao aos produtos j existentes no
mercado deste projeto, visa a facilidade e a simplicidade de relacionar-se com o usurio, para isso, a interface conter
menos botes, cada uma das opes disponveis ser descrita na forma textual na tela, tornando a utilizao mais intuitiva.
Alm disso, ser adicionada uma funo ausente nos produtos vendidos atualmente no mercado, que a possibilidade de
ter as informaes das partidas, j finalizadas, salvas na memria do microcontrolador, como nmero de lances de cada
jogador, tempo de cada lance, tempo total da partida e o resultado final. Tais informaes podero ser teis para o usurio
acompanhar seu desenvolvimento e evoluo na prtica enxadrstica. Encerrada a documentao, o software foi
implementado seguindo sua especificao, sempre seguido de testes no simulador de projetos eletrnicos Proteus.
Participantes:

Orientador: Luiz Eduardo Galvo Martins


Discente: Viny Cesar Pereira

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Informtica e Cincias da Computao
Autor: Yuri Del Vigna Yasuda
Ttulo: Desenvolvimento de Algoritmos para Navegao Autnoma de Robs Mveis
Baseados em Tcnicas de Viso Computacional
Palavras-Chave: Viso Computacional, Robtica Mvel, Navegao Autnoma
Hoje em dia a utilizao de cmeras para captura de imagens digitais muito comum em vrios aspectos da nossa
vida. Essas imagens podem ser usadas para entretenimento, monitoramento, deteco de objetos ou falhas, observaes,
entre outros. E para isso tcnicas de viso computacional so muito utilizadas. Um dos objetivos do uso dessas tcnicas
tentar aproximar ao mximo a capacidade de viso e interpretao de imagens de mquinas, atravs de algoritmos, viso
do ser humano. Uma das utilidades disso melhorar a navegao de robs autnomos terrestres. Nesse projeto foram
feitos testes com alguns algoritmos e tcnicas de viso computacional para detectar uma esfera em diferentes cenrios
controlados, como variao do objeto em relao distncia, movimentao lateral em um mesmo plano, e movimentao
no espao, tambm variando luminosidade, sempre com um fundo branco e mais nenhum objeto na cena. Aps os testes
foi feita a comparao e avaliao dos resultados para definir a tcnica a ser utilizada em experimentos prticos
posteriormente. Os algoritmos foram escritos na linguagem C++ com o auxlio da biblioteca OpenCV. As tcnicas utilizadas
foram algoritmo de Hough para deteco de crculos, comparao entre histogramas e comparao de template. Tambm
foi feita a integrao desses algoritmos com o rob RoboDeck, da empresa Xbot, e foram realizados testes em cenrios
diversos. Com os resultados podemos verificar que a escolha da tcnica utilizada importante, j que diferentes tcnicas
possuem diferentes caractersticas. Para robs autnomos o processamento de imagem deve ser em tempo real, portanto o
tempo de processamento um fator muito importante que influencia nessa escolha. Mas no se pode descartar a
confiabilidade da tcnica em detectar o objeto, nesse caso a esfera, independente do custo computacional nem a
dificuldade de implementao das tcnicas.
Participantes:

Orientador: Luiz Eduardo Galvo Martins


Discente: Yuri Del Vigna Yasuda

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Aline de Paula Fonseca
Ttulo: Estudos de Resolucao Cinetica Enzimatica de 1-tetralois
Palavras-Chave: Resoluo Cintica Enzimtica
A sntese de substncias enantiomericamente puras (SEPs) tem importncia para a indstria qumica e
farmacutica, j que muitos apresentam atividade biolgica de interesse. Uma metodologia importante para obteno de
SEPs a resoluo cintica enzimtica (RCE), na qual um biocatalisador reage preferencialmente com um dos
enantimeros de um racemato, promovendo sua resoluo. A (+)-xilarenona um antioxidante fraco isolada em 2007 como
um metablito do fungo Xylareaceous PSU-A80. Este projeto visa obter a primeira sntese assimtrica desta molcula em
uma rota curta, simples e o mais ambientalmente favorvel possvel. A etapa desafiadora da sntese a oxidao benzlica
que foi realizada com o IBX, obtendo-se resultados otimistas analisados por CG-MS e em anlise de RMN. O IBX um
agente oxidante que preparado em laboratrio, no comercial, contudo desde sua sntese at sua reao se processa
em condies mais verdes em relao aos oxidantes comerciais conhecidos, como KMnO4 e CrO3. Toda a rota sinttica da
(+)-xilarenona vem sido otimizada para que se adequar cada vez mais dentro dos princpios da qumica verde e tambm se
tornar cada vez mais eficiente.
Participantes:

Discente: Aline de Paula Fonseca

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Ana Calheiros de Carvalho
Ttulo: Ouratea hexasperma (OCHNACEAE) como fonte de substncias inibidoras de
enzimas
Palavras-Chave: Catepsinas; Flavonides; Ouratea hexasperma
A espcie Ouratea hexasperma, caracteriza-se pela biossntese de flavonides, que so substncias que
possuem as mais diversas atividades biolgicas: antitumorais, antivirais, antimicrobianas e antiinflamatrias. O perfil
qumico dessa espcie vegetal bem conhecido. No entanto, nenhum relato foi encontrado sobre a composio qumica de
suas razes. Espera-se isolar flavonides e em seguida submet-los a ensaios de inibio de Catepsinas; enzimas
relacionadas a doenas cardiovasculares, osteoporose, doena de Alzeimer, entre outras. Aps um breve levantamento
bibliogrfico, verificou-se que alguns biflavonides apresentaram efeito sobre as catepsinas lisossomais. Essa observao
motivou o estudo qumico dessa espcie em busca desses metablitos secundrios.
Os extratos/fraes de O. hexasperma foram submetidos ao ensaio de inibio de catepsinas, onde
observaram-se resultados em trs modelos de catepsinas avaliadas, K, L e V, com mdia de 90% de inibio.
A frao em acetato de etila do extrato etanlico das razes de Ouratea Hexasperma foi submetido a
cromatografia em coluna (CC), seguida de cromatografia de alta eficincia (CLAE), permitindo o isolamento de duas
substncias.
Atravs da anlise dos experimentos de RMN unidimensionais e bidimensionais, e ainda em comparao com a
literatura, sugere-se que as substncias isoladas so dmeros de isoflavonas, denominadas hexaspermonas A e C.
Outras substncias foram isoladas e esto em processo de elucidao estrutural. Todas as substncias isoladas
sero avaliadas frente s catepsinas para o esclarecimento de seus mecanismos de ao.
Participantes:

Orientador: Thiago Andr Moura Veiga


Docente: Paulo Cezar Vieira
Docente: Richele Piscila Severino
Discente: Camilla Cardoso Folgoni

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Andrews Loys Silveira Teixeira
Ttulo: Estudo terico sobre a oxidao de sulfetos por peroxos complexos de
tungstnio
Palavras-Chave: DFT, tungstnio, qumica terica, dessulfurizao, oxidao
A demanda por combustveis ambientalmente benignos requer a remoo de compostos sulfreos presentes nas
diferentes fraes do petrleo.
Os compostos de enxofre presentes nos combustveis so principalmente os sulfetos
alifticos,
dissulfetos,
tiofeno
(T)
e
seus
derivados
alquilados:
benzotiofeno
(BT),
dibenzotiofeno
(DBT)
e
4,6-dimetildibenzotiofeno (4,6-DMDBT). Em particular, esses sulfetos aromticos no so facilmente removidos por
processos convencionais de dessulfurizao (hidrodessulfurizao) sendo conhecidos genericamente como sulfetos
refratrios. Uma alternativa promissora so os processos baseados na dessulfurizao oxidativa, nos quais o sulfeto
orgnico oxidado aos correspondentes sulfxidos ou sulfonas que so, ento, removidos por extrao, destilao,
adsoro ou decomposio. O uso de complexos de Mimoum, de frmula MO(n2-O2)2L1L2 em que M = Mo ou W e L1, L2
so ligantes eletrodoadores, para este propsito tem sido proposto. Neste estudo, o mecanismo molecular de oxidao
dos sulfetos refratrios T, BT, DBT e 4,6-DMDBT por complexos de Mimoun (de Mo e W) foi investigado por meio de
clculos de estrutura eletrnica. Os mecanismos reacionais foram investigados em nvel DFT/B3LYP empregando-se, para
descrever os centros de Mo e W, os conjuntos de base de valncia (8s6p7d2f) e (8s8p7d2f), respectivamente, os
quais
foram
desenvolvidos
e
adaptados
ao pseudopotencial de Hay e Wadt pelo mtodo da coordenada geradora
(MGC). Para os demais tomos empregou-se o conjunto de base standard 6-311+G(2df,2p). Os clculos foram realizados
com o programa Gaussian09. Um conjunto de 20 complexos de Mimoun foi explicitamente considerado. Os resultados so
discutidos em termos das estruturas dos correspondentes estados de transio, parmetros de ativao, interaes orbitais
e deformaes estruturais, bem como as transferncias de carga que acompanham a formao dos estados de transio. A
correlao entre parmetros de ativao da reao e selecionados descritores - global e local ? da reatividade qumica - no
mbito da DFT conceitual - foi tambm perscrutada. Os resultados revelam que os diperoxos complexos de W so mais
reativos que os correspondentes de Mo. As energias livres de ativao para a oxidao dos sulfetos refratrios pelos
diperoxos de W esto intervaladas entre 20 e 25 kcal/mol, enquanto para os congneres de Mo os valores se situam entre
23 e 28 kcal/mol. Tanto para os complexos de Mimoun portando o centro metlico de Mo, quanto de W, a reatividade dos
sulfetos refratrios aumenta na sequncia T < BT < DBT < 4,6-DMDBT.
Participantes:

Orientador: Fabricio Ronil Sensato

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Barbara Ribeiro de Oliveira
Ttulo: Estudo de reaes multicomponentes utilizando isonitrilas
Palavras-Chave: Reaes multicomponentes, Passerini, dimetil-carbonato, isonitrila, micro-ondas
Reaes multicomponentes so definidas como reaes onde dois ou mais materiais de partida reagem em um
nico frasco levando formao de produtos, de alto grau de complexidade estrutural, que contm grande parte dos,
quando no todos os tomos existentes nos reagentes. Seu estudo visa o encurtamento de rotas sintticas, bem como o
aumento da eficincia na formao do produto e criao de uma biblioteca vasta para estudo de possveis atividades
biolgicas destes compostos.
As reaes multicomponentes que utilizam isonitrilas so bastante estudadas, dada a versatilidade destes reagentes
que podem reagir tanto como nuclefilo quanto como eletrfilo em vrios tipos de reaes, levando a uma grande
diversidade de possveis produtos. Dentro desta classe, uma das reaes mais comuns e conhecidas a reao de
Passerini, que envolve um cido carboxlico, um aldedo e uma isonitrila reagindo para dar origem a um depsipeptdeo.
As reaes de Passerini geralmente so realizadas em solventes clssicos polares, tais como diclorometano ou
metanol. Mais recentemente, solventes alternativos tm sido empregados nestas reaes, tais como lquidos inicos e
gua.
Neste trabalho relatamos um estudo sistemtico da reao de Passerini utilizando dimetil-carbonato (DMC), um
solvente verde, como solvente alternativo ao diclorometano txico comumente utilizado nestas transformaes.
Deste modo, uma srie de reaes utilizando cido actico (1,0 mmol), cicloexil isonitrila (1,0 mmol) e vrios
benzaldedos substitudos (1,0 mmol) foi realizada em refluxo de DMC por 48 horas, levando aos respectivos
depsipeptdeos em rendimentos variveis: acetato de 2-(cicloexilamino)-1-(2-nitrofenil)-2-oxoetila (75%); acetato de 2(cicloexilamino)-1-(2-bromofenil)-2-oxoetila
(77%);
2-(cicloexilamino)-1-(2-metoxifenil)-2-oxoetila
(57%);
acetato
de
2(cicloexilamino)-2-oxo-1-(o-toluil) etila (41%); acetato de 2-(cicloexilamino)-2-oxo-1-(p-toluil) etila (41%).
Tambm efetuamos a reao do orto-nitrobenzaldedo (1,0 mmol), cicloexil isonitrila (1,0 mmol) e cido actico (1,0
mmol) em DMC utilizando aquecimento por radiao de micro-ondas (frasco aberto, a 70C, durante 1 e 2h), a qual levou ao
produto desejado em 65 % e 68% de rendimento, respectivamente.
Com este estudo foi possvel observar que o dimetil-carbonato um solvente til em reaes de Passerini, podendo
ser uma alternativa ao uso de solventes clorados tais como o diclorometano. O padro de substituio do aldedo aromtico
parece ter alguma influncia nos rendimentos dos produtos obtidos. Estudo desta reao utilizando materiais de partida
com diferentes padres de substituio em cada componente ser til para determinar o escopo e as limitaes destas
reaes em carbonatos orgnicos.
Participantes:

Orientador: Luiz Sidney Longo Jnior


Orientador: Fernanda Amaral de Siqueira

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Brbara Vrunski Moreira
Ttulo: Preparao de 5-iodo-2-(trimetilsilil)fenil triflato com aplicao via reao de
Suzuki na
Palavras-Chave: qumica de benzino, 5-iodo-2-(trimetilsilil)fenil triflato, reao de Suzuki, 2-(trimetilsilil)a
Tendo em vista a grande importncia de benzino e derivados como intermedirios, por exemplo, em reaes de
cicloadio e de insero em ligaes sigma, as quais tem sido empregadas na sntese de substncias bioativas, bem
como na preparao de materiais funcionais, 2-(trimetilsilil)aril triflatos surgem como uma alternativa atraente para a
formao de arinos sob condies reacionais brandas, potencializando a aplicao de tais intermedirios em qumica
orgnica preparativa.[1]
Em conformidade, por meio deste projeto de iniciao cientfica estudou-se a reao de iodao de 2-(trimetilsilil)aril
triflatos, na preparao de sililaril triflatos monoiodados, como blocos de construo versteis, que podem encontrar
emprego atravs da reao de Suzuki na preparao de precursores de arinos estruturalmente diversificados.
Inicialmente, submeteu-se 2-(trimetilsilil)fenil triflato (obtido comercialmente) a reaes com iodo molecular (1 a 2
equiv.) e H2O2 30% (1 a 2 equiv.) em H2O destilada como solvente, a temperatura ambiente e a 50C por 24 horas.[2]
Porm, em todos os casos as reaes no levaram formao do produto de interesse, sendo o material de partida
recuperado por cromatografia em coluna e identificado por CCD e CG/EM.
Em seguida, testou-se a iodao do 2-(trimetilsilil)fenil triflato com KI (1 a 4 equiv.) na presena de KIO3, KClO3 ou
KBrO3 (1 a 4 equiv.) e HCl (0,5 a 2 equiv.) em uma mistura de AcOH e H2O como solvente por 3 e 24 horas.[3] Nestas
reaes obteve-se um slido amarelado com baixa solubilidade em solventes orgnicos (polares e apolares), o qual
apresenta valor de ponto de fuso de 116C e espectro de IV que no est de acordo com a estrutura do produto de
interesse.
Posteriormente, a iodao do 2-(trimetilsilil)fenil triflato foi realizada utilizando-se N-iodo-succinamida (1 equiv.) na
presena de diferentes cidos (BF3-MeOH, CF3COOH ou CH2COOH) e tempos de reao de 2, 3 e 24 horas a
temperatura ambiente.[4] No entanto, como nos casos anteriores, ocorreu a formao de um slido amarelado.
Os resultados negativos para a iodao do 2-(trimetilsilil)fenil triflato conduziu-nos a sntese do 3-hidroxi-2(trimetilsilil)fenil triflato, contendo grupo eletrodoador no anel aromtico, o qual tornar o anel aromtico mais reativo frente
reao de iodao usando I2 e H2O2 30% em gua como solvente, visando a formao de precursor de arino monoiodado.
Para tanto, protegeu-se a hidroxila fenlica de 3-metoxifenol com HMDS e realizou-se a reao do produto protegido com
LDA, para a formao de carbnion na posio entre os grupos funcionais contendo oxignio, o qual foi capturado por
reao com TMSCl, produzindo intermedirio dissililado, que teve a hidroxila fenlica desprotegida por reao com TBAF,
resultando na formao de derivado fenlico, que foi submetido reao com Tf2O, gerando o 3-metoxi-2-(trimetilsilil)fenil
triflato.[5] Finalmente, a reao do 3-metoxi-2-(trimetilsilil)fenil triflato com BBr3 resultou na formao do 3-hidroxi-2(trimetilsilil)fenil triflato.[6] O rendimento global para a sntese de cinco etapas do 3-hidroxi-2-(trimetilsilil)fenil triflato foi de
20%. As estruturas dos compostos produzidos esto sendo confirmadas por CG/EM, IV, RMN de 1H, RMN de 13C e,
quando necessrio, por EMAR.
Pretende-se em breve submeter o 3-hidroxi-2-(trimetilsilil)fenil triflato reao de iodao usando o sistema I2/H2O2
30% em gua como solvente. Adicionalmente, vale destacar que tal precursor de arino indito um importante bloco de
construo em sntese orgnica, com possvel aplicao na preparao de poli(fenilteres) (lubrificantes termoestveis),
naftoquinonas naturais com propriedade antibiticas e depsazidonas com atividade anti-inflamatria local.[7]
[1] (a) Tadross, P. M.; Stoltz, B. M. Chem. Rev. 2012, 112, 3550-3577. (b) Gallo, R. D. C.; Rezende, H. V.; Muzzi, R,
M.; Raminelli, C. Qum. Nova 2009, 32, 2437-2443.
[2] Jereb, M.; Zupan, M.; Stavber, S. Chem. Commun. 2004, 2614-2615.
[3] Sathiyapriya, R.; Karunakaran, R. J. J. Chem. Res. 2006, 2, 575-576.
[4] (a) Olah, G. A.; Wang, Q.; Sandford, G.; Prakash, G. K. S. J. Org. Chem. 1993, 58, 3194-3195. (b) Prakash G. K.
S.; Mathew, T.; Hoole, D.; Esteves, P. M.; Wang, Q.; Rasul, G.; Olah, G. A. J. Am. Chem. Soc. 2004, 126, 15770-15776. (c)
Castanet, A.; Colobert, F.; Brountin, P. Tetrahedron 2002, 43, 5047-5048.
[5] (a) Pea, D.; Prez, D.; Guitin, E.; Castedo, L. J. Am. Chem. Soc. 1999, 121, 5827-5828. (b) Atkinson, D. J.;
Sperry, J.; Brimble, M. A. Synthesis 2010, 6, 911-913.
[6] Greene, T. W.; Wuts, P. G. M. Protective Groups in Organic Synthesis; John Wiley & Sons: New York, 1999, 3a
ed.
[7] Deraeve, C.; Guo, Z.; Bon, R. S.; Blankenfeldt, W.; DiLucrezia, R.; Wolf, A.; Menninger, S.; Stigter, E. A.; Wetzel,
S.; Choidas, A.; Alexandrov, K.; Waldmann, H.; Goody, R. S.; Wu, Y.-W. J. Am. Chem. Soc. 2012, 134, 7384-7391.
Participantes:

Discente: Brbara Vrunski Moreira

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Beatriz Ewert de Oliveira
Ttulo: Avaliao de tolerncia de Sacharomyces cerevisiae a tributil e dibutil estanho
Palavras-Chave: Biossoro, bioacumulao, organoestnicos
A utilizao de cepas de leveduras como biossorventes mostra-se interessante devido a alta capacidade desses
organismos de se adaptarem s mais diversas condioes ambientais, tais como PH e nvel de contaminantes orgnicos e
inorgnicos.
Os organoestnicos so conhecidos por sua atividade biocida que maior quanto maior o nmero de ligantes
orgnicos associados ao estanho. Sendo o tributilestanho utilizado como base para tintas antiincrustantes em navios, como
biocida em sistemas de refrigerao e na preservao de madeiras.
Em ambientes naturais o tributilestanho naturalmente degradado, liberando grupamentos butila, de modo que o
seu primeiro produto de degradao natural o dibutilestanho. O dibutilestanho amplamente utilizado como estabilizante
de temperatura na produo detubos de PVC.
O presente projeto visa a utilizao de cepas da levedura Saccharomyces cerevisae dos tipos BY4742 (linhagem de
laboratrio), PE-2, CAT-1 e BG-1 na biossoro de tributilestanho e dibutilestanho de modo a avaliar a concentrao
inibitria mnima de tais compostos.
Todas as cepas de referncia (CR) sero recuperas da estocagem -80 oC, para ento, obter-se culturas isoladas
por diluio seriada em eppendorfs. As culturas sero, por fim, plaqueadas.
Para os testes de concentrao inibitria mnima (CIM) ao TBT e DBT, as leveduras devem ser inseridas em meio
YEDP lquido (ausente de gar) para crescimento. No mesmo teste, ser utilizada soluo salina 0,9%. (NaCl, Merck).
Para o crescimento utilizam-se tubos de ensaio contendo 3 mL de meio YEPD, onde so inoculados uma
colnia isolada de cada CR (BY4742, BGP, PE2 e CAT1). Mantem-se os tubos em agitao a 150 rpm, 30 oC, over night.
Em seguida, atravs da quantificao das clulas em suspenso por espectometria, calcul-se o volume de lquido
que deve ser retirado da suspenso inicial para obter-se uma concentrao de clulas de 1 x 106 a 5 x106 clulas mL-1.
Por fim, diluies sucessivas so conduzidas em placa Elisa, mantendo-as em estufa, a 30 oC, por 24 horas para
posterior avaliao de viabilidade biolgica,
Com a analise da viabilidade biologica espera-se conhecer a concentrao inibitria mnima de TBT e DBT em
relao as diferentes cepas de Saccharomyces cerevisae aplicadas no projeto.
Os resultados obtidos no presente projeto tem o objetivo de servir de base comparativa para estudos posteriores
envolvendo leveduras de isolados ambientais, na busca de microorganismos bioacumuladores.
Participantes:

Orientador: Gergia C. Labuto Arajo

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Camilla Ribeiro Dal Picolo
Ttulo: Busca de compostos com ao antileishmania in vitro em Piper aduncum L.
(Piperaceae)
Palavras-Chave: Piperaceae, Piper aduncum, diidrochalcona, atividade antileishmania
Estudos fitoqumicos realizados com espcies de Piper descrevem o acmulo de diversos metablitos
secundrios, tais como amidas, cromenos, flavonides, lignanas etc, muitos dos quais com atividade biolgica. Inserido em
um estudo que busca reconhecer compostos com ao antiparasitria em espcies vegetais, o objetivo desse trabalho foi o
de realizar o estudo fitoqumico de P. aduncum, biomonitorado pelo ensaio de avaliao de atividade antileishmania in vitro.
Para tanto, as folhas secas de P. aduncum (50 g) foram extradas exaustivamente com EtOH, fornecendo 2,3 g de
extrato bruto. Este foi submetido avaliao de atividade antileishmania (formas promastigotas de L. braziliensis), matando
100% dos parasitas a 100 g/mL. Assim, o extrato foi submetido a fracionamento em gel de slica, sendo utilizadas misturas
de hexano-AcOEt em gradiente de polaridade como fase mvel. Deste processo, foram obtidas seis fraes (A - F), as
quais foram novamente avaliadas quanto ao potencial antiparasitrio. Dessa forma, foi possvel observar que a atividade se
concentrava na frao D, sendo que as demais se mostraram inativas. Essa frao (217 mg) foi purificada em gel de slica,
sendo utilizadas, como eluente, misturas de hexano-AcOEt em gradiente de polaridade. Deste processo foram obtidas nove
fraes (D1 - D9), sendo a D3 aquela que apresentou maior atividade. Para purificao da substncia ativa, a frao D3 (95
mg) foi submetida a CCDP (SiO2 - hexano:AcOEt 1:1) fornecendo 14 mg de um slido branco amorfo.
O espectro de RMN de 1H da substncia isolada mostrou dois tripletos em ? 3,38 e 3,01 (J = 6,0 Hz, 2H cada),
caractersticos de diidrochalconas. Alm desses, foram observados sinais referentes ao anel B monossubstitudo, devido ao
multipleto em ? 7,2 - 7,4 (5H) e ao anel A pentassubstitudo devido ao singleto em ? 5,59 (1H, H-5'). Alm desses, foram
observados sinais relativos a uma unidade isoprnica devido aos picos em ? 6,03 (dt, J = 9,0 e 1,0 Hz, H-2'') e em ? 1,61
(H-5'') e 1,77 (H-4''). No entanto, a ocorrncia de sinais relativos a outro anel aromtico associado presena de um dubleto
em ? 5,38 (J = 9,0 Hz, H-1'') sugeriu que uma unidade de cido protocatecico estaria ligada unidade isoprnica. O
espectro de RMN de 13C mostrou sinais relativos aos carbonos das unidades diidrochalcona e do protocatecuato de metila,
alm de mostrar o sinal referente a C-1'' em ?
76,6, caracterstico de carbono carbinlico. A anlise dos espectros de
correlao HSQC e HMBC, os quais mostraram, dentre outras, as correlaes entre H-1'' e C-4', C-3'' e C-4''', permitiram a
caracterizao estrutural de uma nova diidrochalcona. Finalmente, a anlise do espectro de massas de alta resoluo
operando com ionizao por eletron-spray mostrou o pico referente ao on pseudo-molecular em m/z 507,2016 [M+H]+,
compatvel com a frmula C29H30O8, o que confirmou a estrutura proposta.
Aps a caracterizao estrutural, o potencial antileishmania do composto isolado foi determinado, o qual mostrou
eficcia contra as formas promastigotas de L. (L.) amazonensis (CI50 3,1 g/mL), L. (V.) shawi (CI50 5,7 g/mL) e L. (V.)
braziliensis (CI50 13,5 g/mL), porm menor atividade que o frmaco padro (anfotericina B - CI50 0,09 g/mL).
Finalmente, visando determinar a toxicidade do novo composto isolado, a concentrao citotxica (CC50) frente a
macrfagos peritoneais foi determinada como 39 g/mL, considerada alta se comparada ao controle positivo anfotericina B
(> 100 g/mL). No entanto, neste trabalho foi isolada, atravs de fracionamento biomonitorado, uma nova diidrochalcona
prenilada das folhas de P. aduncum, com ao antileishmania. A ocorrncia de derivados de diidrochalcona foi descrita
anteriormente em espcies de Piper, inclusive com ao antiparasitria. No entanto, esse o primeiro relato da ocorrncia
de derivados prenilados com essa atividade.
Participantes:

Orientador: Joo Henrique Ghilardi Lago


Docente: Luiz Felipe D. Passero
Docente: Patrcia Sartorelli
Discente: Mariana Palmeira Bezerra

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Daniela Miwa Miyano
Ttulo: Avaliao da Potencialidade dos Eletrodos de Diamante na Dosagem de
Cumarinas em Plantas Medicinais e Formulaes Farmacuticas
Palavras-Chave: eletroqumica, eletrodo de diamante, cumarina, Mikania glomerata,
A cumarina simples um dos princpios ativos encontrados em plantas medicinais como o guaco, a emburana, o
cumaru, entre outros, e apresenta propriedades bronco-dilatadora, analgsica, antibitica e anticoagulante. O guaco
(Mikania glomerata) uma planta medicinal brasileira empregada em medicamentos para tosse e problemas respiratrios.
Encontra-se comercializado principalmente nas formas farmacuticas de extrato fluido, tintura e xarope. A cumarina simples
o componente majoritrio nestas plantas, embora em menor quantidade possam ser encontradas outras formas de
cumarinas como a 7-hidroxicumarina. O presente estudo teve como objetivo avaliar o comportamento eletroqumico da
cumarina sobre o eletrodo de diamante dopado com boro em meio aquoso, e a quantificao de cumarina e
7-hidroxicumarina em extratos hidroalcolicos de guaco. O estudo foi feito utilizando-se uma clula eletroqumica
convencional composta por um eletrodo de Ag/AgCl como referncia, fio de platina como eletrodo auxiliar, e o eletrodo de
Diamante Dopado com Boro (BDD) como eletrodo de trabalho. Como eletrlito suporte foi utilizado tampo BR 0,1 mol L-1.
Na primeira parte do trabalho foi realizado o estudo do comportamento eletroqumico da cumarina simples. Estudos
voltamtricos mostraram que a cumarina simples apresenta um pico de reduo em torno de -1,6 V. Por voltametria cclica
foi observado que o processo tem caractersticas irreversveis. J por voltametria de onda quadrada, por meio das
componentes de corrente indicaram que o processo de reduo da cumarina simples tem caractersticas de processos
quase reversveis uma vez que, nestas condies, observa-se pico na varredura reversa. Este comportamento diverge
dos resultados obtidos por voltametria cclica. O processo de transferncia de carga controlado pela difuso das espcies
do seio da soluo at a superfcie eletrdica, pois a intensidade de corrente de pico varia linearmente com a raiz quadrada
da velocidade de varredura. O estudo da variao do pH do meio (tampo BR 0,1 mol L-1, intervalo de 2,0 a 12,0) indicou
que o melhor perfil voltamtrico para fins analticos encontrado em pH 8,0. Adicionalmente, observou-se que com o
aumento do pH do meio, ocorre tambm um aumento da reversibilidade da reao com deslocamento do potencial de pico
para regies mais negativas. Os dados de reversibilidade do processo de reduo da cumarina simples, obtidos pelas
voltametrias de onda quadrada e cclica, foram divergentes foi feito um estudo utilizando a tcnica de cronoamperometria
para estimar o nmero de eltrons envolvidos no processo de reduo (tampo BR 0,1 mol L-1, pH 8,0), foram aplicados
potenciais entre -1,65V e -1,80V em intervalos de tempo entre 0,4 s e 5 s. Por meio dos resultados obtidos, verificou-se que
o processo de reduo da cumarina simples envolve dois eltrons. Para auxiliar na elucidao do mecanismo de reduo
da cumarina simples, estudos para a obteno de dados qumicos qunticos esto em andamento.
Na segunda parte do trabalho foi realizada a quantificao de cumarina e 7-hidroxicumarina em extratos
hidroalcolicos. Estudos recentes realizados em nosso laboratrio mostram que tanto a cumarina quanto a
7-hidroxicumarina podem ser determinadas em infusos a base de guaco empregando tcnicas eletroqumicas. A tcnica
utilizada foi a voltametria de onda quadrada (SWV), com frequncia de 100 s-1, amplitude de 50 mV, incremento de
varredura de 2 mV. As medidas foram realizadas em tampo BR 0,1 mol L-1 e pH 8,0. As amostras foram preparadas a
partir da macerao de 1,0 g de folhas secas de guaco (obtidas comercialmente) em diferentes propores de solventes
(etanol:gua). O estudo foi realizado em triplicatas para cada amostra (sendo 15 amostras no total), de forma que foram
estudadas trs amostras para cada proporo. Na proporo 50:50 v:v (etanol:gua), a quantidade de cumarina simples
encontrada maior, sendo esta a condio selecionada para os outros estudos. importante ressaltar que no se obteve
sinal eletroqumico para a 7-hidroxicumarina (E = 0,70 V) em nenhuma das propores estudadas, indicando que esta se
encontra em concentraes inferiores ao limite de quantificao do mtodo (4,0x10-6 mol L-1). A determinao de cumarina
nos extratos foi realizada por meio de adio de padro e a exatido foi avaliada utilizando curvas de recuperao. As
amostras apresentaram em torno de 5,0x10-5 mol L-1 de cumarina simples. As porcentagens de recuperao encontradas
para a cumarina simples no extrato hidroalcolico (50:50 v:v), ficaram entre 90 e 110%.
Participantes:

Orientador: Lucia Codognoto


Docente: Mauro Aquiles La Scalea
Docente: Hueder P. M, Oliveira
Discente: Thays Lima

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Douglas de Almeida Giradini
Ttulo: Estudo terico sobre o mecanismo de nucleao e crescimento do xido de
cobre II em soluo aquosa.
Palavras-Chave: CuO, DFT, cristalizo
O xido de cobre, CuO, um importante material empregado em uma ampla variedade de sistemas como, por
exemplo, pigmentos, baterias, sensores de gs e catalisadores. As propriedades fsico-qumicas deste xido dependem
marcadamente de sua morfologia que, por seu turno, dependente dos primeiros eventos qumicos que conduzem
formao e precipitao do xido de cobre em soluo. Neste trabalho, os eventos de crescimento do xido de cobre II
foram investigados teoricamente por clculos de estrutura eletrnica em nvel DFT/B3LYP. Os conjuntos de base standard
6-31G(d,p) foram utilizados para descrever os centros atmicos de H e O, enquanto para o centro atmico do cobre, Cu,
utilizou-se o conjunto de base LANL2DZ, acrescida de uma funo f de polarizao. A identificao dos pontos
estacionrios foi feita pelo clculo de frequncias vibracionais. A correspondncia entre reagentes, estado de transio e
produtos foi verificada por clculos IRC (intrinsic reaction coordinate) Os clculos foram realizados com o pacote
computacional de clculos de estrutura eletrnica GAUSSIAN09 e modelos de clusters foram utilizados para a descrio
dos sistemas investigados. Quando incorporado, efeitos de solvente de longo alcance oriundos do bulk da soluo foram
descritos no mbito dos modelos de solvatao contnuo do tipo PCM (polarizable continuum model). Tendo por base o
mecanismo de obteno de CuO mediante uma transformao pseudomrfica do Cu(OH)2, um verossmil caminho
reacional de formao do CuO em meio bsico envolve a considerao do processo de olao (formao de ?pontes? de
grupos hidroxo entre centros de Cu2+), acompanhado pelo processo de oxolao (formao de pontes de grupos oxo entre
centros de Cu2+). A partir dos clculos realizados depreende-se que o mecanismo de olao ocorre pela condensao de
duas espcies precursoras neutras, Cu(OH)2(H2O)2, resultando na formao de uma entidade cclica ? dimrica ? na qual
dois tomos de Cu2+ compartilham dois grupos OH, dispostos perpendicularmente ao eixo que conecta os centros
metlicos das duas unidades precursoras. Este processo est associado ao crescimento do xido ao longo da direo
[100]. O mecanismo de oxolao envolve a condensao da espcie dimrica formada previamente pelo processo de
olao com outra unidade precursora Cu(OH)2(H2O)2. O processo de oxolao concertado e ocorre via um estado de
transio cclico de 4 membros claramente associado ao estabelecimento de uma ponte oxo entre as espcies interagentes
e concomitante formao e extruso de uma molcula de gua. Este processo est associado ao crescimento ao longo da
direo [010] do xido. Ainda, o referido processo demanda uma energia livre de ativao, ?G?, de 10,4 kcal/mol em fase
gasosa e 9,7 kcal/mol em fase aquosa.
Participantes:

Orientador: Fabrcio Ronil Sensato

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Fbio Henrique Ferreira Batista
Ttulo: Desenvolvimento de metodologia para determinao de nitrito e nitrato
empregando eletrodos de ouro e de cobre
Palavras-Chave: nitrito, nitrato, anlise por injeo em fluxo, mtodos eletroanalticos, eletrodo de ouro,
A adio de sais de nitrito e de nitrato aos alimentos est relacionada com suas atividades antioxidante e
antimicrobiana e com a obteno de cor e sabor, porm consumo excessivo destes sais pode trazer danos sade como a
induo meta-hemoglobinemia e a formao de nitrosaminas e nitrosamidas carcinognicas no organismo. Por este
motivo, mtodos analticos visando a determinao destas espcies em diferentes matrizes so de grande interesse. Uma
tcnica bastante utilizada para quantificao de nitrito e nitrato gera resduos contendo cdmio. Dentro deste contexto, o
presente projeto versa sobre a determinao de nitrito e nitrato em alimentos como embutidos, em guas ou em outros
produtos ou amostras de interesse utilizando a tcnica de anlise por injeo em fluxo com o emprego de eletrodos de ouro
e de cobre, sem que sejam gerados resduos txicos. Os resultados obtidos indicam a possibilidade de determinao
indireta de nitrito em fluxo atravs de sua reao com iodeto. A determinao de nitrato em amostra de gua mineral foi
realizada em soluo quiescente, utilizando eletrodo de cobre modificado e o resultado foi considerado satisfatrio quando
comparado ao fornecido no rtulo do produto. Futuramente, pretende-se acoplar o sistema de anlise em fluxo para que a
quantificao de nitrato e de nitrito seja realizada simultaneamente.
Participantes:

Discente: Fbio Henrique Ferreira Batista

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Fernanda Pereira Carli
Ttulo: SNTESE E CARACTERIZAO ESPECTROSCPICA DE COMPOSTOS DE
COORDENAO CONTENDO O LIGANTE 1,10-FENANTROLINA-5,6-DIOXIMA
(PHEN-DXM)
Palavras-Chave: espectroscopia, Raman, complexos, vibraes
A vantagem da utilizao da espectroscopia Raman em compostos com dupla ligao conjugada, ou que possuem
grupamento cromforo, baseada na identificao de modos vibracionais pertencentes ao grupo cromforo responsvel
pela transio eletrnica que se est investigando. Neste contexto, a tcnica se faz importante na caracterizao de
complexos cujos ligantes pertencem a classe das ??-diiminas. Tais ligantes so conhecidos por formarem compostos
de coordenao com intensa transferncia de carga do tipo metal-ligante (TCML). Para obteno de informaes de
geometria de equilbrio, energia e forma de orbitais moleculares, espectros vibracionais, eletrnicos e de ressonncia
magntica nuclear so frequentemente utilizados mtodos de clculo ab initio e de Funcional de Densidade (DFT). Dentre
os mtodos DFT, o mais utilizado para compostos de coordenao o B3LYP, que permite obter geometrias e nmeros de
onda vibracionais bastante prximos dos valores experimentais. Com o intuito de analisar as caractersticas estruturais,
vibracionais e eletrnicas de tais ligantes, sintetizou-se o ligante 1,10-fenantrolina-5,6-dioxima (phenDXM), com o qual
foram preparados os compostos de coordenao com: Cu(II), Fe(II) e Ni(II). Na sntese do ligante phen-DXM foram obtidas
duas fraes, uma cristalizada logo ao trmino da reao e outra aps reduo do volume da gua-me. A caracterizao
do ligante foi realizada utilizando-se as tcnicas de: ressonncia magntica nuclear (RMN), espectroscopia de infravermelho
(IV), anlise elementar e espectroscopia de massas (LCMS). Alm disso, foram comparados os modos vibracionais obtidos
nos espectros de infravermelho e Raman (experimentais) com os obtidos por via computacional utilizando-se o mtodo
B3LYP, conforme implementado no programa Gaussian 03W. Uma dificuldade pertinente molcula a presena de
ismeros estruturais devido posio dos grupamentos NOH. Observou-se diferena nos espectros de RMN e IV de ambas
as fraes, bem como na anlise elementar, embora os picos principais observados nos espectros de massas foram
semelhantes (relao massa/carga igual a 241, concordante com a frmula molecular esperada para C12H8N4O2). Esta
informao refora a ideia da presena dos dois ismeros (dentre os trs possveis: syn, anti e amphi, este ltimo mais
improvvel, devido forte repulso entre os grupos oxima). Efetuou-se tambm espectroscopia UV-Vis para anlise de
transio eletrnica dos complexos, observando-se as transies internas do ligante, transies d-d e transies de
transferncia de carga.
Participantes:

Discente: Fernanda Pereira Carli

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Gabriela Martins Labussire
Ttulo: Resoluo Cintica Dinmica de aminas benzlicas, mediada por Pd/MgCO3
Palavras-Chave: DKR, Resoluo Cintica, Aminas primrias
A importncia de sintetizar aminas quirais pode ser explicada pela presena de grupamento amino em grande parte
de compostos com potencial atividade biolgica. Alm disso, nos ltimos anos, esses compostos tm sido intensamente
utilizados como organocatalisadores em sntese orgnica.
A resoluo cintica dinmica consiste na combinao entre uma etapa de resoluo cintica com uma reao de
racemizao in situ. Na resoluo cintica ocorre a reao de acetilao enantiosseletiva de uma mistura racmica, o que
permite realizarmos a resoluo do racemato. No entanto, o rendimento mximo que a resoluo cintica pode fornecer
de 50%, o que constitui uma limitao dessa metodologia ao considerar sua aplicao em uma sequencia cintica. A adio
de uma espcie metlica ao sistema reacional um mtodo in situ para racemizar o enantimero indesejado, convertendo-o
novamente a um racemato que posteriormente sofrer a resoluo cintica, em um processo dinmico, at que toda a
mistura racmica seja convertida ao acetato quiral.
O principal objetivo deste projeto de pesquisa consiste em estudar e aprimorar a metodologia de resoluo cintica
dinmica de aminas primrias, bem como fazer uma possvel comparao entre as verses enzimtica e no-enzimtica.
Selecionamos como modelos de nossos estudos sobre a DKR: 1-feniletilamina; 1-(4-fluorofenil)etilamina e
1,2,3,4-tetraidronaftalen-1-amina.
Iniciamos os estudos sobre as reaes de DKR utilizando a enzima CALB (Candida Antarctica Lipase ? frao B),
tolueno e um agente acilante (acetato de isopropila, acetato de etila ou acetato de isoamila) para a etapa de resoluo
cintica. O catalisador metlico utilizado foi o de Pd/MgCO3, o qual foi preparado em nosso grupo de pesquisa.
A resoluo cintica dinmica da 1-feniletilamina com a CALB e o catalisador metlico Pd/MgCO3 forneceu o
produto assimtrico N-acetilado em 63% de rendimento e 90% ee quando a reao foi realizada com acetato de isopropila
em tolueno, 80 C e sem adio de Na2CO3 . Com a diminuio da temperatura reacional para 60 C e adio de
Na2CO3 foi possvel melhorar tanto o rendimento, quanto o excesso enantiomrico do produto. Nessas condies, a
correspondente acetamida foi isolada em 98% de rendimento e em excesso enantiomrico superior a 99%. Ao substituir o
agente acilante por acetato de etila ou por acetato de isoamila, observou-se que o produto foi isolado em rendimento menor,
comparado reao com acetato de isopropila. Nesses casos, a acetamida desejada foi isolada em 75% (98% ee) e 82%
(99% ee), respectivamente.
Para iniciarmos os estudos sobre as reaes de DKR da 1-(4-fluorofenil)etilamina, utilizamos as condies
reacionais que levaram acetilao enantiosseletiva da
1-feniletilamina em melhor rendimento e excesso enantiomrico.
Portanto, selecionamos o acetato de isopropila como agente acilante e temperatura de 60 C, mantendo o Na2CO3 .
Mantendo a reao por 24 horas, como no caso do substrato estudado anteriormente, a correspondente acetamida foi
isolada em apenas 40% de rendimento. A substituio do agente acilante por acetato de etila forneceu o produto desejado
em 88% de rendimento aps as 24 horas reacionais. Decidimos, ento, realizar a reao nessas condies, mantendo o
aquecimento a 60 C e a agitao por 48 horas. No entanto, observou-se que aps esse tempo de dois dias pode ter
ocorrido decomposio de material, pois o produto quiral N-acetilado esperado foi isolado em apenas 33% de rendimento.
Por outro lado, ao manter a reao por 36 horas, houve uma melhora no rendimento para 90%. Na tentativa de obter a
acetamida em redimento superior, decidimos fazer a reao a 60C, usando acetato de isopropila por 36 horas. Nessas
condies, um melhor rendimento foi obtido (95%), porm, o excesso enantiomrico foi de 64%.
Outro substrato utilizado em nossos estudos foi a 1,2,3,4-tetraidronaftalen-1-amina. Ao realizar a reao de DKR
desse composto em acetato de etila, a 60 C, mantendo a reao nessas condies por 36 horas observou-se que a
acetamida foi isolada em apenas 31% de rendimento. Substituindo o agente acilante por acetato de isopropila, foi possvel
isolar o produto desejado em rendimento superior e excelente excesso enantiomrico (45%, 99% ee).
Em todas as reaes realizadas com a 1,2,3,4-tetraidronaftalen-1-amina observou-se a formao do produto
desejado em baixa quantidade. Esse rendimento baixo deve-se formao de um subproduto que foi a ?-tetralona.
Acreditamos que a etapa de racemizao desse ltimo substrato seja mais difcil de ocorrer, comparando aos
demais substratos estudados. Acreditamos que o sistema cclico desse composto em questo seja mais restrito
conformacionalmente, o que poderia comprometer sua reatividade e dificultar o mecanismo que conduz formao do
racemato que sofreria uma nova resoluo cintica. Essa menor reatividade tornaria a formao de subprodutos
indesejados mais facilitada. Nesse caso, o subproduto formado foi a ?-tetralona, cuja formao poderia ser explicada a
partir de uma reao de hidrlise da correspondente imina, formada ao longo das etapas de racemizao.
Os estudos sobre a DKR no-enzimtica foram iniciados com a preparao de uma bis-sulfonamida quiral, que ser
utilizada como agente acilante/indutor quiral nas reaes com os mesmos substratos estudados na verso enzimtica.
A preparao dessa bis-sulfonamida foi realizada a partir da reao da (1S,2S)-ciclohexano-1,2-diamina com
anidrido trifluorometanossulfnico em diclorometano e trietilamina e, dessa forma, foi isolada em 86% de rendimento. Em
seguida, a sulfonamida foi submetida reao de monoacetilao utilizando cloreto de acetila em diclorometano e
trietilamina.
A partir dos estudos realizados foi possvel utilizar um catalisador indito de paldio (Pd/MgCO3) nas reaes de
DKR enzimtica de algumas aminas benzlicas. As correspondentes acetamidas foram obtidas em rendimentos de
moderados a excelentes e em excessos enantiomricos satisfatrios nas condies otimizadas.
Iniciamos os estudos sobre a DKR no-enzimtica com a preparao de uma bis-sulfonamida quiral para ser
utilizada como agente acilante/indutor quiral nas reaes com mesmos substratos utilizados na DKR enzimtica.
A comparao entre a DKR enzimtica e no-enzimtica, bem como algumas otimizaes das metodologias
propostas continuam sendo estudados em nosso grupo de pesquisa.
Participantes:

Orientador: Fernanda Amaral de Siqueira

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Giovana de Miranda Guimares Silva
Ttulo: O efeito do mtodo de preparao de catalisadores de Ni e Co suportados em
Al2O3 sobre a estrutura e atividade na reao de decomposio cataltica de etanol
Palavras-Chave: Nanotubo de Carbono, Decomposio de etanol, Catalisadores metlicos
A sntese de nanotubos de carbono, uma das formas de carbono organizado mais interessantes e promissoras do
ponto de vista de aplicaes tecnolgicas, uma rea estratgica, pois a produo de boa qualidade dessas estruturas,
dominada por poucos grupos.
Esto sendo preparados
catalisadores para serem utilizados em reaes de decomposio cataltica de etanol
visando a obteno de nanotubos de carbono. A decomposio cataltica de metano j foi bastante investigada, enquanto a
utilizao de etanol como reagente precursor relativamente recente. A sua utilizao apresenta diversas vantagens,
podendo-se destacar a temperatura mais baixa da reao de decomposio e a maior pureza dos SWNTs (single-walled
carbon nanotubes).
Catalisadores de Ni e Co suportados em Al2O3 j foram preparados, atravs de um mtodo em que se utiliza um
polmero como ?template?, no caso a quitosana, obtendo-se um material com grande rea superficial e partculas metlicas
bem dispersas. Verificou-se que o catalisador apresenta ?se majoritariamente na forma de aluminato de Ni ou Co e que a
reduo ocorre a temperaturas relativamente altas, devido forte interao metal-suporte existente nos aluminatos.
Os
catalisadores apresentaram atividade na reao de decomposio cataltica de etanol.
Um outro mtodo de preparao dos catalisadores, baseado no mtodo da coprecipitao dos hidrxidos de
alumnio e do on metlico (nquel ou cobalto), a partir dos sais de alumnio e do on metlico e de soluo de carbonato de
sdio, foi realizada nesta etapa do projeto. Pretende-se
verificar se h tambm formao do aluminato ou se outros
compostos podem ser formados e comparar a atividade cataltica com os catalisadores preparados pelo mtodo que utiliza
a quitosana como ?template?.
Observou-se que os catalisadores preparados pelo mtodo de coprecipitao no esto na forma de aluminato e
sim de xidos de Ni e Co. Os materiais preparados foram testados na reao de decomposio cataltica de etanol, no se
observando atividade cataltica nas condies reacionais utilizadas. Pretende-se verificar
a causa da falta de atividade;
uma das possibilidades seria a reduo incompleta do catalisador na etapa de ativao.
Participantes:

Orientador: Lucia Kiyomi Noda


Discente: Isabel Barreto da Silva

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Gustavo Jos Ribeiro Aroeira
Ttulo: Eletrodos Modificados com Nanotubos de Carbono e Polianilina na
Determinao Eletroanaltica de Pesticidas
Palavras-Chave: Nanotubos de Carbono, Polianilina, Sensores
Materiais derivados de polmeros condutores e nanotubos de carbono (CNT) vm sendo cada vez mais utilizados em
nanotecnologia e no desenvolvimento de sensores. Os CNTs tm a habilidade de promover reaes de transferncia de
eltrons, aumentarem a velocidade de reao e diminurem potenciais de oxidao. Por sua vez, os polmeros condutores
podem ter sua condutividade regulada em uma ampla escala e so utilizados como materiais transdutores ativos. Desta
forma, eletrodos modificados com compsitos polmeros condutores e CNTs apresentam uma possibilidade interessante no
desenvolvimento de sensores. Neste trabalho, eletrodos modificados com Polianilina (PAni) e nanotubos de carbono de
paredes mltiplas funcionalizados com cidos carboxlicos (MWNT-COOH) foram produzidos, caracterizados e avaliados na
determinao de pesticidas que no apresentam eletroatividade. A PAni e os compsitos (PAni/CNT) foram obtidos pela
polimerizao qumica do monmero anilina em meio cido com adio de uma soluo oxidante de persulfato de amnio.
Os compsitos Pani/CNT foram obtidos pela adio de diferentes propores em massa dos CNT soluo do monmero
(anilina) antes do incio da reao de polimerizao. Os eletrodos modificados foram depositados pelos mtodos de
evaporao (casting) e automontagem (self assembly) sobre substratos de lminas de ITO (indium tin oxide) e carbono
vtreo. Os filmes em depositados por casting foram obtidos por quatro adies de 25L de uma soluo de PAni 1,0 mg/5,0
mL. Pelo mtodo de automontagem a lmina de ITO foi imersa alternadamente em solues de deposio de PAni e
poliestireno sulfonado (PSS) ambas 1,0 mg/mL em pH 3,0 (ajustado com HCl) por 3 minutos. Entre cada deposio o filme
foi seco por um jato leve de nitrognio e mergulhado por 20 segundos em uma soluo de lavagem (tambm pH 3,0). Este
procedimento foi repetido por 10 vezes para obteno de 10 bicamadas PAni/PSS. A Pani e os compsitos foram
caracterizados por espectroscopia na regio do infravermelho (FTIR). Os eletrodos foram caracterizados por microscopia
eletrnica de varredura (MEV) e voltametria cclica (VC). Os resultados de FTIR comprovam a obteno dos compsitos
com o aumento da incidncia da ocorrncia de picos caractersticos dos CNT em funo do aumento da proporo em
massa. Os resultados de MEV mostram que os filmes automontados apresentam um recobrimento mais homogneo e bem
distribudo quando comparado aos filmes depositados por casting.
Os resultados das medidas em voltametria cclica mostram que a presena dos CNTs na matriz de PANI apresenta
aumento do sinal de corrente e do perfil voltamtrico da PAni. Por fim, testes preliminares apontaram que a PAni na forma
de filme foi capaz de detectar a presena do pesticida cido 2,4-diclorofenoxiactico, pela verificao do pico de oxidao
do polmero em -0,18 V.
Participantes:

Orientador: Fbio Ruiz Simes


Docente: Lcia Codognoto
Discente: Tiago Rosa

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Jefferson Muniz Rocha
Ttulo: Estudo da interao da enzima sacarose fosforilase em filmes de Langmuir e
Langmuir-Blodgett de fosfolipdios
Palavras-Chave: Langmuir, Langmuir-Blodgett, monocamada, sacarose fosforilase, biossensor
A imobilizao de enzimas em filmes mistos de Langmuir-Blodgett (LB) uma metodologia bem estabelecida para
preservar a estrutura de polipeptdeos, especialmente se incorporada no ambiente favorvel fornecido por lipdios. A tcnica
de Langmuir-Blodgett se baseia no espalhamento de substncias anfiflicas e insolveis na interface ar/gua e a sua
posterior transferncia vertical para suportes slidos. O objetivo desse trabalho foi a adsoro da enzima sacarose
fosforilase (SF) em monocamadas do fosfolipdio cido dimiristoil fosfatdico (DMPA) e transferi-las para suportes slidos
como filmes LB para investigar sua atividade enzimtica. A caracterizao destas monocamadas foi feita a partir de
isotermas de presso de superfcie-rea, anlise da cintica de adsoro sob diferentes presses de superfcie e
espectroscopia de absoro-reflexo de infravermelho com polarizao modulada (PM-IRRAS).
Tanto o estudo de
isotermas com monocamadas puras e mistas, quanto o estudo cintico da adsoro de SF em monocamadas de DMPA,
proporcionaram resultados complementares que podem ser atribudos incorporao da enzima s monocamadas
lipdicas. Os resultados obtidos mostram uma reduo da estabilidade das monocamadas devido presena de SF sob
altas presses de superfcie.
Os espectros obtidos por PM-IRRAS para monocamadas puras de Langmuir, somente com
DMPA, e mistas, DMPA e SF coespalhados, apresentaram comportamentos prximos, somente com variao relativa de
intensidade para diferentes presses de superfcie. Resultados semelhantes foram obtidos para espectros obtidos por
PM-IRRAS para filmes LB e para filmes obtidos por gotejamento da soluo enzimtica sobre um filme LB de DMPA puro.
Filmes LB contendo apenas DMPA apresentaram picos relativos ao estiramento carbonila, muito prximos aos picos
referentes ao modo de estiramento de amida I para a protena, no sendo possvel, por ora, a distino entre o filme com
lipdio puro e o filme misto por PM-IRRAS. Esses resultados preliminares mostram que possvel depositar a enzima na
forma de filmes LB misto com o fosfolipdio, viabilizando ao estudo como biossensor via medies de atividade cataltica.
Participantes:

Discente: Jefferson Muniz Rocha

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Jssica Gomes Rocha
Ttulo: Estudos Bioanalticos da pentosidina e sua potencialidade como biomarcador
de desordem do metabolismo humano.
Palavras-Chave: Pentosidina, eletroforese capilar
A pentosdina um dos produtos finais de glicosilao avanada fluorescente, que vem obtendo destaque por ser
utilizada como um biomarcador indispensvel em doenas como diabete mellitus, insuficincia renal, artrite reumatide,
osteoartrite e ao processo de envelhecimento e doenas relacionadas idade.
Os produtos finais da glicosilao avanada constituem uma classe de molculas heterogneas formadas a partir
de reaes aminocarbonilo de natureza no-enzimtica, entre acares redutores ou lipdeos oxidados e protenas,
aminofosfolipdeos ou cidos nuclicos. Os efeitos patolgicos dos AGEs esto relacionados capacidade destes
compostos de modificar
irreversivelmente as propriedades qumicas e funcionais das estruturas biolgicas, por meio da
gerao de radicais livres, da formao de ligaes cruzadas com protenas ou de interaes com receptores celulares, os
AGEs promovem, respectivamente, estresse oxidativo, alteraes morfofuncionais e aumento da expresso de mediadores
inflamatrios.
A reaao de glicosilao na modificao de protenas consideradas como um dos principais mecanismos
responsveis pelo fenmeno de envelhecimento celular uma vez que a modificao de protenas pela glicose e a
associao de reaes de Maillard levam formao de ligaes cruzadas no colgeno que so caractersticas nos
indivduos idosos. Tais ligaes cruzadas so causadas pelo elevado nvel de glicemia e de glicose tecidular, conduzindo
deteriorao estrutural e funcional dos tecidos.
Este projeto teve como objetivo validar um mtodo analtico de determinao e quantificao da molcula
pentosidina atravs da tcnica de eletroforese capilar com deteco por arranjo de diodo, utilizando para tal as normas da
ANVISA (RE n 899, de 29 de maio de 2003) e do Guidance for Industry (Bioanalytical Method Validation), atravs de uma
tcnica analtica eficaz, com boa sensibilidade e baixo custo de operao.Cujos parmetros avaliados foram a
especificidade, linearidade, preciso, exatido, limite de deteco e limite de quantificao.
A especificidade do mtodo foi avaliada mediante a anlise de amostras de urina com a adio do padro
interno 2,3 diaminopyridina e o padro de pentosidina. A linearidade foi determinada a partir de uma curva de calibrao a
partir de cinco diluies seriadas do analito. Onde o coeficiente de determinao (r) para a pentosidina foi de 0,9968.
A preciso foi determinada atravs de ensaios de repetibilidade expressa em termos de coeficiente de
variao (CV%). A exatido foi calculada como porcentagem de recuperao da quantidade conhecida do analito
adicionado amostra de urina sinttica.
O limite de deteco foi determinado pela resoluo da ANVISA (RE n 899) com base na relao de trs
vezes o rudo da linha de base da curva de calibrao do analito. E o limite de quantificao foi determinado com os
mesmos padres, com relao de 10 vezes o rudo da linha de base a curva de calibrao de cada aminocido. O limite de
deteco e quantificao encontrado para a pentosidina foram respectivamente: LD = 18,70 e LQ= 62,35.
Pode-se concluir que as tcnicas utilizadas mostraram-se compatveis com o objetivo proposto pelo trabalho, tanto
pelos resultados obtidos como pela facilidade de preparo da amostra e interpretao dos resultados. A validao do mtodo
bioanaltico foi bem sucedida, porm ainda sero otimizadas condies de anlise para se obter uma maior preciso e
confiabilidade na metodologia desenvolvida.
Participantes:

Discente: Jssica Gomes Rocha

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Jssica Soares da Silva
Ttulo: Estudos sobre o coeficiente de partio octanol/gua do azul de metileno e de
outros compostos fenotiaznicos empregando voltametria com microeletrodos
Palavras-Chave: Coeficiente de partio, Compostos fenotiaznicos, Voltametria e Microeletrodo
Neste trabalho so apresentados estudos sobre o comportamento eletroqumico de compostos fenotiaznicos, como
o azul de metileno (AM), azure A (AZA), azure B (AZB) e tionina (TIO), bem como o desenvolvimento de uma metodologia
alternativa para a determinao do coeficiente de distribuio n-octanol/gua (log Doct/gua) para estes compostos,
empregando a tcnica de voltametria cclica com microeletrodo de fibra de carbono.
O estudo do comportamento eletroqumico destes corantes em diferentes valores de pH foi realizado com a
finalidade de avaliar as melhores condies para a quantificao destes compostos.
Os experimentos envolvendo as parties das espcies tambm foram realizados em diferentes valores de pH,
atravs do mtodo shake-flask e os voltamogramas foram registrados em soluo aquosa antes e depois das parties. As
condies para a determinao dos corantes selecionadas a partir do estudo do comportamento eletroqumico para cada
corante foi mantida durante todo o estudo.
Observou-se que os azures A e B apresentaram aumento nos valores de coeficiente de distribuio em funo do
aumento do pH do meio. O mesmo comportamento foi observado para o AM, apesar do estudo do equilbrio aquoso dos
corantes demonstrar que o AM seja o nico corante do estudo que no capaz de se apresentar como uma molcula sem
carga em soluo. No entanto, a semelhana entre o comportamento dos corantes, pode ser atribuda possvel
associao de grupos OH- estrutura do AM, favorecendo a partio com o aumento do pH da soluo.
A tionina no era totalmente solvel em toda a faixa de pH estudada e, por esse motivo, as amostras foram
centrifugadas antes das parties com a finalidade de utilizar apenas a poro solvel nos estudos de partio,
desprezando o precipitado. Desta forma, o estudo das parties para a TIO foi realizado com solues em concentraes
diferentes, devido retirada do precipitado da soluo inicial. Os resultados mostram que a TIO no apresentou o mesmo
aumento dos valores de log Doct/gua em funo do pH conforme foi verificado para os outros compostos.
Na tentativa de entender o comportamento da TIO, o estudo da influncia da concentrao dos corantes no valor das
parties foi realizado com os corantes AM, AZA e AZB, e os resultados demonstraram que todos apresentaram seu valor
de log Doct/gua
aumentado em consequncia da diminuio da concentrao, isto , a diminuio da concentrao fez
com que os compostos particionassem mais para a fase orgnica.
Esta descoberta possibilitou esclarecer o comportamento diferenciado na distribuio dos valores de partio da TIO.
Alm disso, segundo a literatura, os resultados obtidos nesta parte do estudo podem estar relacionados formao de
dmeros de aproximao. Muitos autores apiam tal teoria, porm ainda so necessrios mais estudos para confirmar que
os resultados observados esto associados ocorrncia desse fenmeno.
A tcnica de espectrofotometria foi utilizada para comparar seus resultados com os dados obtidos anteriormente por
voltametria cclica com microeletrodos. Os resultados demonstram que a metodologia desenvolvida bastante adequada
para a determinao dos valores de logDoct/gua de compostos fenotiaznicos. Alm disso, o estudo forneceu informaes
que do suporte teoria dos dmeros em solues mais concentradas.
Estudos futuros pretendem ser realizados com o intuito de expandir a utilizao desta metodologia para outros
compostos como pesticidas e frmacos.
Participantes:

Orientador: Tiago Luiz Ferreira


Discente: Jssica Soares

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Juliana Dariva Morganti
Ttulo: Simulao computacional de lquidos inicos como absorvedores de dixido
de carbono
Palavras-Chave: Lquidos Inicos, CO2, Simulaes Computacionais, Absoro
A sociedade atual tem como fonte principal de energia a queima de combustveis fsseis, considerada suja
ambientalmente devido a liberao de dixido de carbono. Os lquidos inicos (LI), sais fundidos a temperaturas prximas
temperatura ambiente, tm sido investigados como alternativa para absoro de CO2 e encaixam-se no conceito atual de
'qumica verde' e sustentabilidade[1]. Este trabalho tem como objetivo o estudo de LI contendo ctions com cadeia
CH2CH2O variveis como absorvedores de CO2. Estudo comparativo entre LI com ctions contendo somente cadeias
alqulicas tambm foi realizado. A razo de se considerar ctions contendo tomos de oxignio que estes podem atuar
como bases de Lewis, favorecendo a absoro de CO2, que atua como cido de Lewis nos LI, pois majoritariamente
interagem com os nions.
As simulaes foram realizadas utilizando-se o programa GROMACS. Campos de foras previamente utilizados em
simulaes de nosso grupo[2],[3] e de lquidos inicos com CO2 foram considerados. Em todas as simulaes, utilizamos
400 pares inicos, dispostos em caixa tetragonal, de forma que duas faces dos lquidos inicos ficassem expostas fase de
CO2. Estudamos os LI formados pelo nion bis(trifluorometanosulfonil)imideto e ctions trimetil-butilamnio (C4) ou
anlogos do ction trimetil-metoxietilamnio (C3O1), que contm uma unidade CH2CH2O. C5O2 e C7O3 referem-se aos
ctions que contem duas e trs unidades CH2CH2O.
Realizamos as simulaes a 350 K, com ?t = 2 fs por pelo menos 100 ns. Simulaes anteriores mostraram que a
estrutura do liquido inico no se altera com a adio de CO2, fato que tambm observamos. Assim como encontrado por
Maginn[4], as cadeias apolares do ctions e a regio hidrofbica dos nions NTf2, isto , CF3, ficam direcionados para a
fase gs perpendicularmente superfcie do lquido. Densidade numrica calculadas para o gs ao longo do eixo Z
mostram que na interface lquido-gs ocorre elevada aglomerao de CO2. Apesar disso, em tempos longos de simulao,
molculas de CO2 podem ser encontradas por toda a caixa.
No perfil de densidade de CO2 nos lquidos formados pelos ctions C4 e C3O1, observa-se que em tempos curtos, 0
a 20 ns, mais CO2 penetrou no lquido C3O1, que pode ser devido interao cido-base de Lewis entre os tomos de
oxignio da cadeia e o tomo de carbono do CO2. Aps 50 ns, a densidade de CO2 fora e dentro da fase lquida so muito
semelhantes, indicando que a solubilidade de CO2 nos dois LI so parecidas. O aumento da cadeia de ter provoca o
aumento da concentrao de CO2 na interface com o LI em relao ao C3O1 devido tambm maior interao entre os
tomos de oxignio da cadeia com o tomo de carbono do CO2. Aps a absoro de CO2, os lquidos inicos investigados
apresentaram valores de coeficiente de difuso maiores que no lquidos inicos puros.
[1] Brennecke, J. C.; Gurkan, B. E. Journal of Physical Chemistry Letters 2010, 1, 3459.
[2] Siqueira, L. J. A. e Ribeiro, M. C. C. Journal of Chemical Physics, 2011, 135, 204506.
[3] Figueiredo, P. H., Ribeiro, M. C. C. e Siqueira, L. J. A. Journal of Physical Chemistry B 2012, 116,12319.
[4] Perez-Blanco, M. E. e Maginn, E. J. Journal of Physical Chemistry B 2010, 114, 11827.
Participantes:

Orientador: Leonardo J. A. Siqueira


Docente: Rmulo A. Ando
Docente: Mauro C. C. Ribeiro
Discente: Juliana Dariva Morganti
Discente: Hassa Pereira Ramos

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Juliana Harumi Uema
Ttulo: Estudo de Degradao da Alfa-sinuclena pelo Proteassoma 20S
Palavras-Chave: Alfa sinuclena, Oxisteris, Doena de Parkinson
Estima-se uma incidncia mundial de 17 novos casos de portadores de doena de Parkinson
(DP) para cada 100.000 habitantes/ano. Esta doena caracterizada como um distrbio de
movimento neurodegenerativo apresentando rigidez, tremor de repouso, distrbios de
equilbrio e lentido dos movimentos. A caracterstica principal desta doena presena dos
corpos de Lewis, que so compostos principalmente de fibrilas de ?-sinuclena, uma protena
altamente conservada de 140 aminocidos com funo desconhecida, concentrando-se nas
terminaes neurais. A ?-sinuclena degradada diretamente pelo proteassoma 20S, pois
nativamente uma protena com estrutura randmica, ou seja, no possui estrutura secundria.
Recentemente, estudos mostraram a presena elevada de oxisteris derivados do colesterol,
3?-hidroxi-5-oxo-5,6-secolesteran-6-al (CSec) e o 3?-hidroxi-5?-hidroxi-B-norcolestano6?-carboxaldedo (ChAld), aceleram o processo de formao de fibras da ?-sinuclena nos
crebros de portadores da DP.
Neste estudo, expressamos a protena ?-sinuclena e sintetizamos os oxisteris CSec, ChAld e o
malonaldedo para conduzir os estudos de a formao das fibras de ?-sinuclena. A protena
?-sinuclena e as espcies sintetizadas foram incubadas em diversas condies e analisadas por
tcnicas de espectroscopia de dicrosmo circular e espectrometria de massas. Os resultados
indicam que existe uma pequena alterao na estrutura secundria da protena. Estudos
envolvendo o proteassoma 20S foram realizados, no entanto ainda no temos resultados
conclusivos.
Participantes:

Orientador: Miriam Uemi


Docente: Sayuri Miyamoto
Docente: Roberto Kopke Salinas
Docente: Shaker Chuck Farah
Docente: Marilene Demasi
Discente: Juliana Harumi Uema
Discente: Luciana Coutinho de Oliveira

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Juliana Westphal Albertini
Ttulo: Sntese e estudo conformacional de algumas arilamidas e seus S-nitrosotiis
derivados do etanoato de L-cisteina.
Palavras-Chave: Sntese, caracterizao e 2-benzamido-3-tritiltio-proponoato de metila
Sntese e caracterizao do 2-benzamido-3-tritiltio-proponoato de metila ? potencial inibidor de HIV-1 protease
A HIV-1 protease (HIV-PR) desempenha um papel crtico no ciclo de vida do vrus HIV-1. O HIV-PR consiste de 99
aminocidos, e um membro da famlia de protease aspartato de protenas. ativo como um dmero com a trade de
aminocidos, Asp-Thr-Gly, de cada monmero contribuindo igualmente para o processo cataltico.
A fim de reduzir a total replicao viral, uma alternativa atraente o de melhorar as propriedades farmacolgicas,
perfis de segurana e farmacocintica, e, consequentemente, o potencial teraputico dos medicamentos antiproteases
(APs) usados em clnicas, ou seja, indinavir, saquinavir, ritonavir, nelfinavir, amprenavir, lopinavir.
O objetivo principal deste trabalho a sntese, por mtodos clssicos e ambientalmente corretos (uso de solventes
verdes e micro-ondas), do 2-benzamido-3-tritiltio-proponoato de metila a partir da reao de acoplamento do 2-amino-3
-tritiltio-propanoato de metila com cido benzico. A escolha de sintetizar esse composto justificada pela sua semelhana
estrutural com o anti-retroviral Nelfinavir.
Participantes:

Discente: Juliana Westphal Albertini

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Karina Bugan Debs
Ttulo: Verificao do emprego de resduos de levedura da indstria sucroalcooleira
para pr-concentrao dos hormnios 17-a-etinilestradiol e estrona
Palavras-Chave: Biossoro; hormnios; 17-?-etinilestradiol; resduos de levedura; planejamento experi
O presente trabalho visa o emprego de resduo de levedura proveniente da indstria sucroalcooleira como material
para soro de 17-a-etinilestradiol e estrona.
No estudo, diferentes parmetros foram avaliados para determinar a capacidade de soro do biossorvente, tais
como: efeito do pH, concentrao inicial da soluo de analito, concentrao do biossorvente, e fora inica do meio.
Empregando-se planejamento experimental fatorial, foi possvel determinar as melhores condies de soro para o
17-?-etinilestradiol (pH = 10, fora inica = 0,5 mol L-1 e concentrao da soluo inicial de 17-?-etinilestradiol = 0,5 mg
L-1). Estabeleceram-se as mesmas condies obtidas para o 17-?-etinilestradiol para os estudos de soro concomitante.
Pelos resultados experimentais do estudo de saturao do biossorvente com 17-?-etinilestradiol possvel remover 24,5 mg
g-1 deste hormnio, sendo que o modelo de Lagmuir foi o que melhor se ajustou aos dados experimentais. O estudo de
soro concomitante resultou na observao de que a concentrao inicial da soluo afeta a soro de estrona.
Participantes:

Discente: Karina Bugan Debs

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Larissa Verena Figueiredo de Oliveira
Ttulo: EFEITO DA ADIO DE LQUIDOS INICOS EM UM COPOLMERO
ELASTOMTRICO PARA PREPARAO DE ELETRLITOS SLIDOS
Palavras-Chave: Lquidos Inicos,eletrlitos polimricos, elastmero, baterias de on-ltio
Lquidos inicos (LI) so sais lquidos a temperatura ambiente com propriedades interessantes, tais como baixa
presso de vapor, baixa inflamabilidade, alta estabilidade qumica, trmica e eletroqumica, alta condutividade inica
intrnseca e reciclabilidade, o que possibilitam seu emprego em inmeras aplicaes, dentre as quais se vale mencionar
seu uso como eletrlitos para dispositivos armazenadores de energia.(1) Entretanto, por estarem no estado lquido, os LI
apresentam inconvenientes de um eletrlito lquido, como possibilidade de vazar e dificuldade no empacotamento do
dispositivo.(2) Dessa forma, a imobilizao de LI em matrizes inorgnicas(3) e polimricas(4), visando a produo de
eletrlitos slidos de grande importncia. Dentre as matrizes polimricas a serem utilizadas, os elastmeros so de
grande interesse, pois apresentam boas propriedades mecnicas(5).
O tema deste projeto a preparao e a caracterizao de matrizes elastomricas (EL) modificada com diferentes
lquidos inicos para serem utilizados como precursores de eletrlitos slidos para baterias de on-ltio se acrescidos de sais
de ltio. As matrizes elastomricas sero baseadas em um copolmero em bloco comercial, chamado PEBA
(poli(ter-bloco-amida)), que possuem em sua composio unidades de ? CH2CH2CH2CH2O- que similar a estrutura
qumica do poli(oxido de etileno) que o polmero mais amplamente empregado como eletrlito slido para baterias de on
ltio(6) . Foram utilizados 3 LI: TCB [tetracianoborato de 1-etil-3metilimidazlio],
FAP [tris(pentafluoroetil)trifluorofosfato de
1-etil-3-metilimidazlio] e BMImTf2N [bis(trifluorometilssulfonilamideto de 1-butil-3-metilimidazlio]. O LI TCB e FAP foram
cedidos pela MERCK
e utilizados sem purificao e o BMITf2N foi sintetizado em duas etapas, sendo a primeira uma
reao de quaternizao do 1-metilimidazol com 1-bromobutano e a segunda uma reao de troca inica do BMIBr com
LiTf2N. As condutividades inicas desses 3 lquidos inicos foram avaliadas por espectroscopia de impedncia. Os valores
de condutividade para o BMITf2N, TCB e FAP foram estimados ao redor de 5,0 x 10-3, 5,0 x 10-2 e 1,3 x 10-2,
respectivamente.
Os filmes foram preparados pela mistura de uma soluo 4 % em massa de PEBA em um butanol com diferentes
propores dos LI (FAP, BMITF2N, TCB) e posterior remoo do solvente (1-butanol) em uma estufa a vcuo. Os materiais
preparados com propores maiores que 25 % de LI no resultaram em filmes autossustentados e apresentavam gotas de
LI visveis a olho nu. Entretanto, as misturas com 20, 15, 10, 5 % de LI resultaram em filmes autossustentados e
transparentes ou levemente esbranquiados. As condutividades inicas desses filmes foram avaliadas por espectroscopia
de impedncia. Os valores de condutividade para os filmes contendo 5, 10, 15 e 20 % de BMITf2N foram estimados ao
redor de 1,8 x 10-7, 5,3 x 10-7 e 2,0 x 10-6 e 3,2 x 10-6, respectivamente. Para os filmes contendo 5, 10, 15 e 20 % de TCB
foram estimados ao redor de 2,8 x 10-7, 4,2 x 10-6, 7,8 x 10-6 e 3,0 x 10-5, respectivamente. Para os filmes contendo 5, 10,
15 e 20 % de FAP foram estimados ao redor de 2,8 x 10-6, 2,0 x 10-5, 2,5 x 10-5 e 5,6 x 10-5, respectivamente. Como pode
ser observado, a medida que a % de LI aumenta, a condutividade eltrica dos filmes aumenta. Constatou-se ainda dentre
os LI puros, o TCB mostrou-se o mais condutor, porm os filmes de PEBA com FAP so os mais condutores.
A fim de avaliar a interao da matriz com os LI, os espectros de infravermelho (IV) do PEBA e dos filmes de PEBA
com as diferentes % dos diferentes LI foram registrados. No foi observada nenhuma alterao das bandas do PEBA com a
agregao do LI, indicando que houve a preservao da estrutura qumica do polmero.
A tcnica de calorimetria exploratria diferencial (DSC) foi utilizada para verificar a miscibilidade entre as fases de
PEBA e os LI. Comparando as curvas do PEBA com as dos filmes, nota-se a diminuio da intensidade de todos os picos
ao redor de
138 0C , 45 0C e 17 oC observado no PEBA puro, indicando a miscibilidade das fases. Nota-se que nas
analises de DSC para os filmes com FAP a mudana mais acentuada que para os demais lquidos inicos, o que deve
explicar a maior condutividade inica desses filmes.
Pela tcnica de termogravimetria (TG) foi observado que todos os eletrlitos polimricos apresentam-se estveis at
280 0C, cumprindo os requisitos de estabilidade trmica para aplicao em potencial em baterias de on-ltio.
Referncias
(1)
Earle M.J.; Seddom K.R. Pure Appl. Chem., 2000, 72, 1391-1398.
(2)
Torresi R.M.; Camilo F.F.; Kawano Y. Electrochim. Acta, 2007, 52, 6427-6427.
(3)
Udayakumar S.; Park S.W.; Park D.W.; Choi B.S. Catal. Commun, 2008, 9, 1563-1570.
(4)
Arslan A.; Kiralp S.; Toppare L.; Bozurt A. Langmuir,2006, 22, 2912-2915.
(5)
Ikeda, Y. J. Appl. Polym. Sci., 2000, 78, 1530.
(6)
R.A. Zoppi; C.M.N.P. Fonseca ; Marco-A. De Paoli;S.P. Nunes. Solid State Ionics 1996, 123-130.
Participantes:

Orientador: Fernanda Ferraz Camilo

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Luana Caroline Gonalves
Ttulo: Sntese, Caracterizao estrutural, Morfolgica e magntica de Nanopartculas
de xido de Ferro
Palavras-Chave: Nanopartculas magnticas, aplicaes biomdicas
SNTESE, CARACTERIZAO ESTRUTURAL, MORFOLGICA E MAGNTICA DE NANOPARTCULAS DE XIDO
DE FERRO
Autores: L. C. Gonalves e P. S. Haddad
Bolsista: Luana Caroline Gonalves
Orientador: Prof. Dr. Paula Silva Haddad Ferreira ? UNIFESP ? Campus Diadema - Departamento de Cincias
Exatas e da Terra
O desenvolvimento de materiais nanoparticulados tem beneficiado inmeras reas do conhecimento como qumica,
fsica, engenharias, eletrnica, biologia e principalmente a medicina1. Nanopartculas (NPs) magnticas so sistemas da
ordem de nanmetros, fortemente dependentes do tamanho, morfologia e estrutura, que possuem propriedades fsicas e
qumicas bastante diferentes e ajustveis, tais como formao de monodomnios magnticos, existncia de grande rea
superficial em relao ao volume e a possibilidade de serem recobertas com diversos tipos de molculas especficas.
Devido a estas caractersticas, h um vasto nmero de aplicaes destas NPs na rea mdica, dentre as quais
podemos citar a marcao de clulas, carreadores de drogas, o aumento do contraste em ressonncia magntica de
imagem (RMI), o desenvolvimento de sensores bioqumicos e a terapia do cncer por hipertermia e manipulao magntica
de clulas ou molculas biolgicas em geral2 .
O presente trabalho teve como objetivo a sntese, caracterizao estrutural, morfolgica e magntica de
nanopartculas de NPs
xido de ferro com o intuito de aprimorar parmetros, como tamanho, morfologia, distribuio de
tamanhos cristalinidade e propriedades magnticas na potencial aplicao destes sistemas como carreadores de drogas e
agentes de contraste na RMI. NPs magnticas do tipo Fe3O4 foram sintetizadas pelo mtodo de coprecipitao a partir dos
sais FeCl3.6H2O e FeCl2.4H2O (razo molar 2:1) em soluo aquosa e cida.
Em uma primeira etapa a superfcie destas NPs foi recoberta com um ligante hidrofbico, como o cido oleico, no
intuito de manter a monodipersividade das partculas
para posteriormente ser
trocado por um ligante hidroflico e
biocompatvel como o cido dimercaptosuccnico (DMSA), (razo molar Fe3O4:DMSA 1:40).
Foram realizadas caracterizaes estruturais, morfolgicas e magnticas destes sistemas. Atravs das medidas de
difrao de raios X (DRX) foi possvel atribuir reflexes correspondentes estrutura cbica espinlio inversa da magnetita
com tamanhos mdios de gro entre 7-12 nm. Os resultados obtidos pela microscopia eletrnica de transmisso (MET)
mostraram que as partculas so esfricas e que possuem uma distribuio de tamanhos estreita e tamanhos mdios
semelhantes aos do domnio cristalino tal como obtido pela DRX.
Estes resultados indicam que sistemas do tipo Fe3O4-DMSA podem ser utilizados como potenciais carreadores de
drogas e suas toxicidades esto sendo testadas em clulas tumorais HeLa.
Referncias Biliogrficas:
1. Haddad
PS, Martins TM.
DSouza-Li L,
Li ML, Metze K, Adam RL et al.
Structural and morphological
investigation of magnetic nanoparticles based on iron oxides for biomedical applications. Mater. Sci. and Eng.C 28:489-494,
2008.
2. Haddad,
P.S.,
Seabra,
A.B.:
?Biomedical
applications
of
magnetic
nanoparticles.
In:
Nadya
Gotsiridze-Columbus. (Org.). Iron Oxides: Structure, Properties and Applications (Nova Science Publishers, Inc., Nova York,
2012, vol. 1, 1st edn.), pp. 165?188
Participantes:

Orientador: Paula Silva Haddad Ferreira


Discente: Luana Caroline Gonalves

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Luis Otvio Junqueira
Ttulo: Aplicao de modelagem molecular no desenvolvimento de potenciais agentes
leishmanicidas:
Palavras-Chave: N-miristoiltransferase, leishmaniose, modelagem molecular, docking
A leishmaniose uma patologia que atinge 350 milhes de indivduos no mundo, porm ainda carece de alternativas
teraputicas viveis do ponto de vista de eficcia clnica bem como de perfil toxicolgico aceitvel. Sendo assim, a busca
por novos frmacos para o tratamento da leishmaniose ainda necessria e premente. A N-miristoiltranferase (NMT) uma
enzima essencial para o desenvolvimento e sobrevivncia de alguns parasitos como a Candida albicans e a Leishmania
major. Estas enzimas so responsveis pelo ancoramento de protenas membrana plasmtica atravs de mecanismo
co-traducional de miristoilao. Inibidores sintticos de NMT de Candida albicans (CaNMT) com ncleo benzofurnico em
suas estruturas foram sintetizados pela farmacutica Roche e apresentaram alta especificidade e potncia. Classes
similares de composto apresentando ncleo benzotiazlico tambm se apresentaram ativas frente NMT de Plasmodium
falciparum (PfNMT).
Metodologia bastante aplicada no desenvolvimento de frmacos a de piggyback approach, que consiste em
aproveitar conhecimento de um dado design no desenvolvimento de uma nova aplicao teraputica de ativos, levando
diminuio substancial de custos. Esta abordagem foi a aplicada neste projeto que, dada a boa homologia estrutural entre
as enzimas CaNMT, PfNMT e as de L. major (LmNMT), props estudos tericos de modelagem computacional com o
objetivo de compreender as possveis interaes entre compostos benzofurnicos e a enzima LmNMT. Tambm foram
includos representantes das classes dos benzotiazis, assim como um anlogo indlico e um imidazlico. Estes estudos
podem ajudar a compreender se estes compostos poderiam apresentar boa atividade inibitria sobre a LmNMT
constituindo-se em potenciais leishmanicidas. Para tanto, aplicou-se a metodologia de docking molecular rgido sobre a
estrutura da LmNMT cujas coordenadas atmicas tericas foram obtidas por cristalografia de raios-X da base de dados
Protein Data Bank (PDB, 3H5Z, resoluo: 1,49 ).
O protocolo de estudo terico foi estabelecido considerando-se a estrutura co-cristalografada da CaNMT e ligante
benzofurnico (PDB, 1IYL, resoluo: 3,20 ). Foram testados 3 protocolos variando-se entre eles o nmero e tipo de
pontos fixos de interao entre o ligante e a estrutura protica. Dentre estes, o Protocolo 2 foi o escolhido, por apresentar
uma quantidade pequena de restries ao ancoramento dos ligantes e, ao mesmo tempo, fornecer resultados coerentes
com os da cristalografia padro. Este consiste em fixar uma ligao de hidrognio entre o tomo de oxignio carboxlico da
LEU451 e o hidrognio ligado ao nitrognio piramidal da cadeia C-4 da estrutura dos ligantes. Utilizou-se como ligante
padro o prprio ligante da estrutura cristalografada, removido durante o processamento protico que precede os clculos e
reintroduzido para a efetuao dos mesmos.
Realizou-se, ento, estudo comparativo entre os stios de ligao da CaNMT e da LmNMT, verificando-se haver
diferenas estruturais como menor stio de ligao da LmNMT quando comparada ao da CaNMT. Por outro lado, o stio
hidrofbico da CaNMT que confere afinidade pelos ligantes, apresentou-se muito mais amplo, no chegando a caracterizar
uma cavidade como no caso da CaNMT. Esta metodologia validada foi aplicada nas anlises dos compostos propostos.
Observou-se que tais diferenas espaciais de fato interferem nas interaes da LmNMT com os resduos considerados
essenciais (His219, Asn376 e Leu421). Essas diferenas levaram formao de duas populaes de confrmeros bem
distintas entre si, porm somente a populao similar que ocorrem no stio ativo da CaNMT foi analisada.
Comparando os resultados obtidos, observa-se que a molcula que apresentou resultado mais similar ao
ancoramento padro na CaNMT foi o indol, com 66% de ancoramentos similares, seguido do benzotiazol substitudo em
C-2 por fenila (55%) e do benzoimidazol (37%). As demais molculas apresentaram a maioria dos seus ancoramentos em
padres distintos do observado na CaNMT.
Os benzofurnicos experimentalmente ativos na CaNMT apresentam metila na posio C-3 do heterociclo o que
parece conferir volume importante para o encaixe na enzima. Como o espao foi reduzido na LmNMT o ncleo
benzofurnico no se acomoda adequadamente ao espao disponvel, sendo forado a se afastar dos aminocidos Asn376
e His219 o que leva a aumento energtico do sistema classificando-o como um ligante no provvel.
J o benzotiazol substitudo em C-2 por fenila apresentou o segundo melhor perfil de ancoramento, talvez devido
substituio de C-3 por enxofre. No caso do indol esta metila inexiste e, aliado ao fato deste composto apresentar um
nitrognio adequado para interao, seus ancoramentos apresentaram-se os mais favorveis do ponto de vista energtico e
estrico. Por fim, as demais molculas analisadas apresentam pormenores de interao que justificam seus resultados
desfavorveis. Estudos sobre os padres de interao diferentes dos da CaNMT abrem a perspectiva de um entendimento
mais detalhado do comportamento destes compostos frente LmNMT.
Participantes:

Orientador: Daniela Gonales Rando


Discente: Simone Silva Maduro

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rea: Exatas - Qumica
Autor: MARCONI DA CRUZ SANTOS
Ttulo: Estudos de Reaes Aldlicas Diretas Organocatalisadas em Meio Reacional
Aquoso: Sntese e Avaliao de Organocatalisadores
Palavras-Chave: organocatlise, reaes aldlicas, prolina
ESTUDOS DE REAES ALDLICAS DIRETAS EM MEIO REACIONAL AQUOSO. Marconi da Cruz Santos (IC),
Andra Maria Aguilar (PQ)
PIBI (CNPq). Instituto de Cincias Ambientais, Qumicas e Farmacuticas, Departamento de Cincias Exatas e da
Terra, UNIFESP.
Introduo e Objetivos. A organocatlise uma metodologia na qual utiliza-se molculas orgnicas que contenham
carbono, oxignio, nitrognio, hidrognio ou enxofre e que possuam baixo peso molecular (MM<600) para catalisar as
reaes orgnicas estereosseletivas. Um dos trabalhos de destaque na rea de organocatlise a utilizao da prolina
como organocatalisador em condensaes aldlicas intramoleculares nos anos 70, que foi realizado pelos pesquisadores
Hajos, Parrish, der, Sauer e Wiechert. A partir dos resultados obtidos pelos pesquisadores, List e Barbas, no ano 2000,
testaram diversos aminocidos como organocatalisadores em reaes aldlicas intermoleculares e obtiveram os melhores
resultados com a prolina e seus derivados. Diversos organocatalisadores foram preparados a partir da estrutura desta
molcula, sendo imprescindvel o anel de pirrolidina para promoo deste tipo de catlise.
Diversas reaes orgnicas para formao de ligaes C-C utilizam a organocatlise como estratgia, entre os
quais as reaes aldlicas organocatalisadas, que uma das metodologias mais importantes para sntese estereosseletiva
de beta-hidrxi-cetonas, esqueleto presente em vrios produtos naturais com atividade biolgica destacada.
Alm disso, esse tipo de transformao possibilita a substituio de solventes orgnicos por meios reacionais
alternativos, como a gua e lquidos inicos que apresentam vantagens sob o ponto de vista econmico e ambiental.
Diante disso o objetivo deste trabalho a preparao do organocatalisador (3R-5S)-5-(fluorometil)pirrolidina-3-ol,
derivado da trans-hidrxi-prolina, e test-lo nas reaes aldlicas diretas em meio reacional aquoso, utilizando a
cicloexanona e o 4-nitro-benzaldedo como reagentes.
Resultados. A preparao do organocatalisador envolveu sete etapas partindo-se da trans-hidroxi-prolina como
material de partida.
A primeira etapa consistiu na esterificao da trans-4-hidroxi-L-prolina, utilizando como reagentes cloreto de tionila
e metanol que forneceu o cloreto de (2S,4R)-4-hidrxi-2-(metxicarbonil)pirrolidneo em rendimento quantitativo. Este
produto foi submetido a uma reao de proteo do grupo amina com o grupo protetor terc-butxi-carbonila (t-Boc),
utilizando-se como reagentes o dicarbonato de di-terc-butila e trietilamina. Com este procedimento foi possvel obter o
(2S,4R)-1-terc-butil-2-metil-4-hidroxipirrolidina-1,2-dicarboxilato com 100% de rendimento.
Aps a proteo da amina livre foi realizada a proteo do grupo hidroxila presente na molcula com o grupo
protetor PMB (para-metxi-benzila). Esta transformao envolveu a preparao do reagente de proteo tricloroacetimidato
de 4-metxi-benzila utilizando o lcool 4-metxi-benzilco, hidreto de sdio e tricloroacetonitrila o que forneceu o reagente
de proteo como um leo amarelo. Em seguida, este leo foi adiconado em uma soluo contendo o ster previamente
preparado o qual forneceu o produto (2S, 4R)-1-terc-butil-2-metil-4-((4-metxibenzil)-oxi)-pirrolidina-1,2-dicarboxilato em
rendimento de 74%.
O produto protegido com PMB foi submetido a uma reao de reduo utilizando-se boroidreto de ltio e THF como
solvente obtendo-se o produto (2R,4S)-terc-butil-2-(hidrximetil)-4-(4-metoxibenzilxi)pirrolidina-1-carboxilato em rendimento
de 92%. Aps a obteno do produto reduzido, este foi submetido a uma reao de fluorao o qual foi realizada em duas
etapas. Na primeira o lcool foi tratado com cloreto de mesila e trietilamina para obter o composto mesilado. Em seguida,
realizou-se a reao de fluorao utilizando TBAF e THF o que levou a formao de (2S,4R)-terc-butil-2-fluorometil-4
-(tetraidro-2H-pirano-2-ilxi)pirrolidina-1-carboxilato com rendimento de 65% (para as duas etapas).
A prxima etapa consistiu na reao de desproteo do grupo protetor PMB. Para esta transformao, utilizou-se
CAN (Hexanitratocerato(IV) de amnio) como reagente em soluo de acetonitrila-gua (4:1) obtendo-se o (2S,4R)
-terc-butil-2-(fluorometil)-4-hidroxipirrolidina-1-carboxilato em 87%. De rendimento. A ultima etapa foi a reao de
desproteo do grupo t-Boc, utilizando-se nessa transformao TFA (cido trifluoroactico) com reagente e sob temperatura
reduzida. Sob estas condies foi obtido o organocatalisador (3R-5S)-5-(fluorometil)pirrolidina-3-ol em 81% de rendimento.
A anlise espectroscpica do resduo obtido est em andamento.
Concluso. Obteve-se o organocatalisador utilizando-se 7 etapas com rendimento global de 28%. Aps a
caracterizao do organocatalisador este ser
empregado
nas
reaes
aldlicas em meio reacional aquoso entre a
cicloexanona e 4-nitrobenzaldedo para avaliar a eficincia do mesmo quanto ao rendimento, proporo diastereoisomrica
e excesso enantiomrico.
Participantes:

Discente: MARCONI DA CRUZ SANTOS

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rea: Exatas - Qumica
Autor: Marcus Vinicius Gomes Rosseto
Ttulo: Sntese de Molibdato de Clcio (CaMoO4) pelo Mtodo Hidrotermal Assistido
por Micro-ondas.
Palavras-Chave: Molibdato de Clcio, Hidrotermal Assistido por Micro-ondas, Sntese.
Introduo: Molibdatos e tungstatos so materiais que possuem como forma molecular a estrutura da fase ?
scheelita? do tipo ABO4 (A = Ca, Pb, Sr, Ba e B = W, Mo). Esta classe de material tem atrado o interesse de campos
tecnolgicos e reas cientficas, por possuir um grande nmero de aplicaes industriais, por exemplo em dispositivos
fotoluminescentes, materiais hospedeiros para lasers, componentes em fibras pticas, lmpadas fluorescentes, entre outros
devido a sua atrativa propriedade fotoluminescente, entendida por suas estruturas cristalogrficas. [1-2]
O mtodo utilizado neste estudo foi o mtodo hidrotermal assistido por micro-ondas (HAM). Esse mtodo produz
compostos altamente homogneos, com forma e dimenso controladas, obtidos em condies de tratamento rpido e baixa
temperatura. Assim ocorrendo uma nucleao homognea e um crescimento de partculas uniformes, envolvendo
mecanismo de polarizao inica e dipolar, o qual a energia de micro-ondas transmitida diretamente ao material atravs
de interaes moleculares com o campo eletromagntico. [3-4]
No presente trabalho, temos como objetivo a preparao do molibdatos de clcio (CaMoO4) a partir do mtodo HAM.
Obtido por um mtodo qumico baseado na hidrlise, em que foram misturados o xido molibdico (MoO3) e a fonte de
clcio, carbonato de clcio (CaCO3) ou acetato de clcio (C4H6CaO4), em meio bsico, por adio de KOH, com e sem
etileno glicol. O material obtido sofreu tratamento trmico a 100C por 2, 4, 8,16, 32 e 64 minutos. O p formado foi
caracterizado pela difrao de raios-X (DRX), infravermelho (FTIR) e fotoluminescncia (PL).
Resultados e Discusso: Na difrao de raios-X pode-se observar a fase cristalina do tipo ?scheelita? para todas as
amostras sintetizadas utilizando-se do reagente acetato de clcio. Todos os picos esto de acordo com o padro. O pico da
difrao de raios-X (pico 100%) ocorre na mesma regio, por volta de 2? = 28.8. Todos os picos da difrao podem ser
indexados como estrutura tetragonal com grupo espacial I41/a, de acordo com a base de dados JCPDS #29-0351
(CaMoO4).
Nestas snteses foi possvel concluir que o carbonato no um bom fornecer do on modificador de rede (Ca2+),
uma vez que se utilizando deste reagente houve a formao de fases adicionais caracterizadas por DRX, de acordo com as
fichas JCPDS #35-0609 e #28-0775, foram formadas as fases deletrias MoO3 e CaO.
A fase cristalina foi confirmada pela espectroscopia no infravermelho FTIR. Os espectros de emisso das amostras
foram obtidos. A utilizao do sistema hidrotermal promove o aumento da ordem do material, alterando assim sua
propriedade fotoluminescente. Este mtodo simples provavelmente pode ser expandido para a produo de outros materiais
que exibiro novas morfologias e propriedades diferenciadas.
Agradecimentos: CNPq / FAPESP / CAPES
Bibliografia:
1. A. P. A. Marques, F. V. Motta, E. R. Leite, P. S. Pizani, J. A. Varela, E. Longo, and D. M. A. de Melo, Journal of
Solid State Chemistry 181 (2008) 1249? 1257.
2. A. P. A. Marques, F. V. Motta, E. R. Leite, P. S. Pizani, J. A. Varela, E. Longo, and D. M. A. de Melo, Journal of
applied physics 104, 043505, 2008.
3. E.T. Thostenson, T.W. Chou, Composites Part a-Applied Science and Manufacturing. 30(9) (1999) 1055.
4. D.P. Volanti, L.S. Cavalcante, D. Keyson, R.C. Lima, A.P. Moura, M.L. Moreira, L.R. Macrio, M. Godinho,
Metalurgia e Materiais. 63(579) (2007) 352.
Participantes:

Orientador: Ana Paula de Azevedo Marques


Discente: Sidney de Medeiros Vieira Paradelas

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Meire Lumi Yoshinaga
Ttulo: Avaliao de atividade anti-Leishmania de metablitos secundrios de
Chiococca alba (Rubiaceae)
Palavras-Chave: Chiococca alba; Rubiaceae. Anti-Leishmania anti-tumoral
A leishmaniose uma doena causada por parasitas do gnero Leishmania (famlia Trypanosomatidae) e
considerada, pela Organizao Mundial da Sade (OMS) uma das cinco doenas endmicas infecciosas e parasitrias de
maior importncia. Espcies vegetais representam um arsenal amplo na busca de produtos naturais biologicamente ativos,
visto que produzem substncias com atividades biolgicas significativas. O presente trabalho consistiu na avaliao das
atividades anti-Leishmania
frente s formas promastigotas de L. amazonensis e L. braziliensis dos metablitos presentes
nas folhas da Chiococca alba (Rubiaceae), uma espcie vegetal
descrita com propriedades anti-inflamatrias, antiviral,
antirreumtica, diurtica, purgativa e emenagoga.
Para as avaliaes foram realizados fracionamentos biomonitorados a partir do extrato metanlico do material
vegetal, nos quais as fases diclorometano e acetato de etila geraram fraes com expressiva atividade anti-Leishmania
como as fraes CAD-2 (IC50 1,64 g/mL) e CAA-2 (IC50 4,7 g/mL). Nos fracionamentos posteriores as fraes que
apresentaram significativa atividade anti-Leishmania foram as CAD-2/2/2 (IC50 9,57 g/mL) e CAA-2/2/3 (IC50 10,75
g/mL). No momento as fraes esto sendo analisadas por tcnicas espectroscpicas como ressonncia magntica
nuclear de 1H e 13C, alm de espectrometria de massas para determinao das estruturas das substncias presentes.
Participantes:

Orientador: Patrcia Sartorelli


Discente: Flvio Diniz Pacheco Barros

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rea: Exatas - Qumica
Autor: Miriam Uemi
Ttulo: Estudo de degradao da alfa-sinuclena pelo proteassoma 20S
Palavras-Chave: Alfa sinuclena, Oxisteris, Doena de Parkinson
Estima-se uma incidncia mundial de 17 novos casos de portadores de doena de Parkinson (DP) para cada
100.000 habitantes/ano. Esta doena caracterizada como um distrbio de movimento neurodegenerativo apresentando
rigidez, tremor de repouso, distrbios de equilbrio e lentido dos movimentos. A caracterstica principal desta doena
presena dos corpos de Lewis, que so compostos principalmente de fibrilas de ?-sinuclena, uma protena altamente
conservada de 140 aminocidos com funo desconhecida, concentrando-se nas terminaes neurais. A ?-sinuclena
degradada diretamente pelo proteassoma 20S, pois nativamente uma protena com estrutura randmica, ou seja, no
possui estrutura secundria.
Recentemente, estudos mostraram a presena elevada de oxisteris derivados do colesterol, 3?-hidroxi-5-oxo-5,6
-secolesteran-6-al (CSec) e o 3?-hidroxi-5?-hidroxi-B-norcolestano-6?-carboxaldedo (ChAld), aceleram o processo de
formao de fibras da ?-sinuclena nos crebros de portadores da DP.
Neste estudo, expressamos a protena ?-sinuclena e sintetizamos os oxisteris CSec, ChAld e o malonaldedo para
conduzir os estudos de a formao das fibras de ?-sinuclena. A protena ?-sinuclena e as espcies sintetizadas foram
incubadas em diversas condies e analisadas por tcnicas de espectroscopia de dicrosmo circular e espectrometria de
massas. Os resultados indicam que existe uma pequena alterao na estrutura secundria da protena. Estudos envolvendo
o proteassoma 20S foram realizados, no entanto ainda no temos resultados conclusivos.
Participantes:

Orientador: Miriam Uemi


Docente: Sayuri Miyamoto
Docente: Roberto Kopke Salinas
Docente: Shaker Chuck Farah
Docente: Marilene Demasi
Discente: Juliana Harumi Uema
Discente: Luciana Coutinho de Oliveira

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rea: Exatas - Qumica
Autor: Ndia Ayumi Kitice
Ttulo: Preparao e caracterizao de nanopartculas de alginato/quitosana doadoras
de xido ntrico
Palavras-Chave: xido ntrico; Nanopartculas polimricas
Preparao e Caracterizao de Nanopartculas de Alginato-quitosana Doadoras de xido Ntrico
Aluno: Ndia Ayumi Kitice
Orientador: Profa. Amedea Barozzi Seabra (Instituto de Cincias Ambientais, Qumicas
Departamento de Cincias Exatas e da Terra, Unifesp)
Participantes: Adlia Maria Narciso, Sueli Fumie Yamada Ogatta.

Farmacuticas,

O xido ntrico (NO) uma das menores e mais estudada biomolcula. Controla diversos processos fisiolgicos e
patofisiolgicos, como a vasodilatao dos vasos sanguneos, a comunicao celular, a regenerao tecidual, a inibio da
formao de trombose e a resposta imunolgica. Sendo uma molcula pequena, diatmica e instvel, no meio celular h
vrias espcies que podem reagir com o NO e desativ-lo. Tiis (RSHs) encontrados no plasma humano ligam-se ao NO
formando uma importante classe de molculas conhecidas como S-nitrosotiis (RSNOs). Os RSNOs so atuam como
carregadores de liberadores de NO no meio celular, preservando suas atividades biolgicas. Em funo das importantes
aes do NO in vivo, existe um grande interesse no desenvolvimento de veculos que atuam como carregadores e
liberadores de NO. Nesse contexto, uma estratgia promissora que vem sendo utilizada nos ltimos anos baseia-se na
combinao de nanotechnologia com doadores de NO. O objetivo do projeto foi a preparao de nanopartculas polimricas
biodegradveis de alginato/quitosana como veculos carregadores e liberadores de NO, com grande potencial de uso em
aplicaes biomdicas. Alginato e quitosana so polmeros biocompatveis utilizados como veculos de liberao controlada
de diferentes frmacos. Nanopartculas de alginato/quitosana contendo o tiol, cido mercaptosuccnico (MSA), em
diferentes quantidades, foram preparadas pelo mtodo de gelificao reversa. Os grupamentos tiis (RSHs) do MSA foram
nitrosados atravs da adio de quantidade equimolar de nitrito de sdio, formando nanopartculas de alginato/quitosana
com MSA-NO, doadoras de NO. Imagens de microscopia eletrnica de varredura (MEV) mostraram que as nanopartculas
sintetizadas apresentam tamanho em escala nanomtica (em torno de 300 nm), forma retangular/quadrada, baixo ndice de
polidispersividade, sem a formao de aglomerados. Medidas de eficincia de encapsulamento do MSA nas nanopartculas
polimricas mostraram um alto valor (96%) de encapsulamento do doador de NO. Incubao das nanopartculas de
alginato/quitosana doadoras de NO com cultura de protozorios Tripanosomo cruzi, causadores da doena de Chagas,
revelaram a ao citotxica desse material frente a esse patgeno. Esses resultados mostraram que nanopartculas
polimricas de alginato/quitosana doadoras de NO apresentam grande potencial de uso biomdico, em especial no combate
protozorios causadores da Doena de Chagas.
Participantes:

Orientador: Amedea Barozzi Seabra


Docente: Sueli Fumie Yamada Ogatta
Discente: Adlia Maria Narciso

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Raul Pereira da Cruz
Ttulo: MATERIAIS FOTOCRMICOS SOBRE PET RECICLADO - POTENCIAL
APLICAO EM SENSORES DE ULTRAVIOLETA
Palavras-Chave: Fotocrmico, Hbridos, Sol Gel, Ultravioleta, Sensores
Com o desenvolvimento da nanotecnologia novos materiais esto sendo desenvolvidos e cada vez mais so exigidas
novas propriedades especficas. Hbridos Orgnicos-Inorgnicos (HOI) produzidos pela metodologia sol-gel so idealmente
indicados para aceitar este desafio.
HOI do tipo diureasil, obtidos pela reao entre a polieteramina de nome comercial
Jeffamine D-230 e isocianatopropiltrietxisilano (ICPTES), foram sintetizados pelo processo sol gel [1,2]. Neste sentido,
surgiu a motivao em se explorar estas matrizes polimricas hbridas como suporte para molculas do tipo
polioxometalatos (POMs) para estudo de suas propriedades fotocrmicas. Polioxometalatos, por exemplo, o cido
fosfotungstico H3PW12O40 (PWA) possui propriedade de reduo e alta densidade de eltrons e quando submetidos
radiao ultravioleta apresentam mudana de cor reversvel, permitindo assim inmeras possibilidades de aplicaes, como
materiais fotocrmicos para janelas inteligentes, displays e sensores de ultravioleta [3]. Uma das grandes metas nos dias
atuais produzir dispositivos que sejam ambientalmente amigveis, ou seja, que faam parte da chamada "Tecnologia
verde". Esta tecnologia no somente visa utilizao de matria-prima e produtos "verdes", mas tambm a utilizao de
materiais reciclados que tambm venham contribuir para um desenvolvimento sustentvel. Polietilenotereftalato (PET)
encontra-se entre os possveis candidatos a substratos flexveis devido a algumas interessantes caractersticas como
transparncia ptica, estabilidade dimensional, resistncia a solventes, baixa absoro de umidade, baixo mdulo de Young
[4]. Para este projeto foi utilizado PET reciclado cedido pela companhia KGM plsticos laminados LTDA, como substrato,
para a deposio de filmes fotocrmicos. Os filmes de HOI sem e contendo 20 % de PWA (m/m) foram obtidos por
deposio utilizando a tcnica de spin coating (1000 rpm/20 s) e tratados termicamente a 50 e 700C por 72 h e 24 h,
respectivamente. Filmes e monolitos, denominados como U(230) e U(230)PWA, foram caracterizados por anlise trmica
(TG) , espectroscopia vibracional na regio do infravermelho (IV) e espectroscopia eletrnica UV-Vis. Para os HOI
U(230)PWA observou-se que so estveis termicamente at 320 C (t onset), sendo esta temperatura abaixo do U(230)
devido a interao do PWA com a matriz. Para o U(230), esta temperatura por volta de 354 C. A TG para o PET
apresenta (t onset) de aproximadamente 340C. Para o PET, os espectros de (IV) apresentaram as principais bandas
correspondentes aos estiramentos simtricos a 721 cm-1 (C-H) do anel aromtico; 1710 cm-1 (C=O); 1089 cm-1
(O-CH2-CH2) e assimtrico a 1236 cm-1 (C-H). Para o PWA foram atribudas as bandas correspondentes aos estiramentos
simtricos a 1080 cm-1 (P-Oa); 987 cm-1 (W-Od); 894 cm-1 (W-Ob-W) e 817 cm-1 (W-OcW). Para o U(230), os IV
mostraram as regies caractersticas da amida I a 1633 cm-1 envolvendo contribuio de (C=O), (C-N) e deformao
(C-C-N) e na regio da amida II a 1556 cm-1 atribuda a uma mistura de contribuies de N-H no plano e (C-N) e (C-C).
Para o U(230)PWA observou-se as mesmas bandas caractersticas da matriz hbrida e PET e somente a banda
correspondentes aos estiramentos simtricos 817 cm-1 (W-OcW) do PWA devido a sobreposio de bandas nesta regio
com as bandas do PET e HOI. O fotocromismo dos filmes e monolitos foi estudado por Uv-vis atravs da exposio
irradiao UV em caixa expositora contendo lmpada de mercrio 250 W (243 nm) por 20 minutos a 9,56 mW/cm2
mantendo a dose de irradiao contante para todas as amostras. Nenhuma banda significante foi observada entre 400 e
1000 nm para os filmes e monolitos antes da exposio. Aps exposio, foram observadas duas bandas com mximos em
aproximadamente 517 e 734 nm, caractersticas de transferncia de carga intervalncia e transio d-d das espcies
reduzidas W6+ para W5+ [5]. O processo reversvel abrindo grandes oportunidades de aplicao destes materiais com
potencial em sensores de radiao ultravioleta.
Referncias
[1] Brinker, C. J., Scherer, G. W. Sol-Gel Science, Academic Press, San Diego, 1990.
[2] V. de Za Bermudez; R. A. S Ferreira; L. D. Carlos; C. Molina; K. Dahmouche; S. L. Ribeiro. J. Phys. Chem. B
105 (2001) 3378-3386.
[3] H. Tao; Yao, J.; Progress in Materials Science 51 (2006) 810.
[4] Choi, M. C.; Kim, Youngkyoo. Ha, C. S. Prog. Polym. Sci. 33 (2008) 581-630.
[5] T. R. Zhang, W. Feng, R. Lu, X.T. Zhang, M. Jin, T. J. Li, Y. Y. Zhao, J .N. Yao, Thin Solid Films. 402 (2002)
237-241.
Participantes:

Orientador: Celso Molina


Discente: Raul Pereira da Cruz

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Rodrigo Marques Brandi
Ttulo: Sntese de Selenosurfactantes
Palavras-Chave: Sntese Orgnica, Selenosurfactantes, atividade biolgica,
A sntese de selenetos orgnicos um tema, que atualmente, se tem um conhecimento bem definido; porm a
sntese de selenosurfactantes hiperramificados ainda uma rea no muito bem explorada.
O objetivo deste trabalho sintetizar exemplos desta nova classe de compostos, os selenosurfactantes, bem como
caracteriz-los por tcnicas usuais de anlise para este tipo de compostos. Tambm se deseja avaliar o potencial
toxicolgico destas espcies, utilizando-se de um modelo experimental em embries de alevinos.
Estes compostos esto sendo preparados com o objetivo de modular suas atividades biolgicas, atravs do uso de
grupos que alteram sua hidroflicidade, em sua estrutura.
A preparao dos selenosurfactantes pode ser feita por diferentes mtodos, dependendo, principalmente, da espcie
que est sendo utilizada como material de partida. Um bom mtodo de obteno destes produtos atravs da obteno de
organoselenolatos de sdio, obtidos pela clivagem dos respectivos disselenetos de diorganola, seguido da reao de
polimerizao, com monmero de glicidol.
Outro ponto importante deste processo de sntese so as condies reacionais. Variando as temperaturas de
reao, solvente, velocidade de adio de reagentes e, at mesmo, a adio de um adjuvante de reao possvel
observar variaes tanto no rendimento reacional, quanto na regularidade da expanso polimrica.
Os testes biolgicos, no entanto, ainda no so muito conclusivos, principalmente devido dificuldade de sntese e
isolamento das espcies em questo.
Os compostos foram analisados por cromatografia gasosa acoplada espectrometria de massas (GC-MS),
cromatografia lquida de alta performance acoplada a espectrometria de massas(HPLC-MS) e cromatografia em camada
delgada comparativa (CCDC). Os rendimentos obtidos ainda no so satisfatrios, pois ainda no h uma metodologia bem
definida para estas reaes, descrita na literatura.
Participantes:

Orientador: Rafael Carlos Guadagnin


Docente: Raul Bonne Hernandez
Discente: Rodrigo Marques Brandi

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Sidney de Medeiros Vieira Paradelas
Ttulo: Sntese de Molibdatos Via Processo Hidrotermal Assistido por Microondas
Palavras-Chave: Molibdato de Estrncio, Hidrotermal, Tlio, Sntese
Os Molibdatos e Tungstatos constituem-se em materiais de amplo interesse em diversos campos tecnolgicos e
reas cientficas devido ao seu intenso potencial para aplicaes industriais. As propriedades fsicas exibidas por essa
classe de material reforam a possibilidade da sua utilizao em dispositivos ticos, eletrnicos (como os displays),
medicinais, sensores de umidade, catalisadores, componentes de fibras pticas, lmpadas fluorescentes, dentre outros. A
frmula molecular da fase "scheelita" do tipo ABO4 (A = Ca, Pb, Sr, Ba e B = W, Mo), bem como a sua estrutura
cristalogrfica contribuem para o entendimento de suas propriedades fotoluminescentes.[1-4]
O mtodo Hidrotermal Assistido por Microondas (HAM) proporciona rpido tratamento trmico em que praticamente
inexiste o gradiente trmico, tornando a nucleao homognea e o crescimento de partculas uniformes. Assim, a sntese
via HAM, que envolve mecanismo de polarizao inica e dipolar, onde a energia de microondas transmitida diretamente
ao material atravs de interaes moleculares com o campo eletromagntico acelera a formao de estruturas bem
organizadas.[4-6]
No presente trabalho, se foca na preparao do molibdato de estrncio (SrMoO4) dopados com Tm3+, estudando
o efeito da variao da concentrao da terra rara e do tempo de tratamento hidrotrmico. As razes molares de tlio em
relao ao estrncio foram de 99:1 e 97:3. O poli(etileno glicol) foi adicionado em seguida. O material obtido sofreu
tratamento hidrotrmico a 100C por 1, 2, 4, 8, 16, 32 e 64 minutos. O p formado foi caracterizado pelas tcnicas de
difrao de raios-X (DRX), espectroscopia no infravermelho (FTIR) e fotoluminescncia (PL).
Nos difratogramas de raios-X pode-se observar a fase cristalina do tipo "scheelita" para todas as amostras
sintetizadas. Todos os picos esto de acordo com o padro (JCPDS #08-0482). O pico 100% de todas as amostras difrao
de raios-X (pico 100%) ocorre na mesma regio apresentada pela ficha, por volta de 2? = 27,6. Todos os picos de difrao
podem ser indexados como estrutura tetragonal com grupo espacial I41/a. A espectroscopia FTIR comprovou a existncia
da ligao Mo?O, ligao presente na estrutura "scheelita". Os espectros de emisso das amostras de SrMoO4:Tm3+ foram
obtidos e comprovam a presena da terra rara na matriz molibdato.
A utilizao do sistema hidrotermal promove o aumento da ordem do material, alterando assim sua propriedade
fotoluminescente. Este mtodo simples provavelmente pode expandido para a produo de outros materiais que exibiro
novas morfologias e propriedades diferenciadas.
Agradecimentos,
CNPq / FAPESP / CAPES/ Ana Paula de Azevedo Marques
Referncias Bibliogrficas
1. MARQUES, A.P.A.; TANAKA, M.T.; LONGO, E.; LEITE, E.R.; ROSA, I.L." The role of the Eu3+ concentration on
the SrMoO4:Eu phosphor properties: synthesis, characterization and photophysical studies". Journal of Fluorescence, 2010.
2. MA, X.; YOU, Z.; ZHU, Z.; LI, J.; WU, B.; WANG, Y.; TU, C."Thermal and optical properties of Tm3+: SrMoO4
crystal". Journal of Alloys and Compounds 465, 406-411, 2008.
3. ERRANDONEA, D.; KUMAR, R.S.; MA, X.; TU, C."High-pressure X-ray diffraction study of SrMoO4 and
pressure-induced structural changes?."
4. SCZANCOSKI, J.C.; CAVALCANTE, L.S.; JOYA, M.R.; VARELA, J.A.; PIZANI, P.S.; LONGO, E. "SrMoO4 powders
processed in microwave-hydrothermal: Synthesis, characterization and optical properties". Chemical Engineering Journal
140, 632-637. 2008.
5. D.P. Volanti, L.S. Cavalcante, D. Keyson, R.C. Lima, A.P. Moura, M.L. Moreira, L.R. Macrio, M. Godinho,
Metalurgia e Materiais. 63(579) (2007) 352.
6. MOTTA, F.V,; MARQUES, A.P.A.; LI, M.S.; LEITE, E.R.; VARELa, J.A.; LONGO, E."Synthesis characterization and
photoluminescent property of In2O3: Eu". XI Internacional Conference on Advanced Materials, 216. 2010.
Participantes:

Orientador: Ana Paula A. Marques


Discente: Marcus Vinicius Gomes Rosseto

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Simone Ing Tie Su
Ttulo: Otimizao dos parmetros tecnolgicos em produtos crneos com
propriedades funcionais
Palavras-Chave: hambrguer bovino; soja; textura; atributos sensoriais.
OTIMIZAO
DOS
PARMETROS
TECNOLGICOS
EM
PRODUTOS
CRNEOS
COM
PROPRIEDADES
FUNCIONAIS
Su, SIT; Yoshida, CMP; Venturini, AC
UNIFESP ? Universidade Federal de So Paulo - Departamento de Cincias Exatas e da Terra, Diadema, SP, Brasil.
Email: anna.venturini@unifesp.br
Nos ltimos anos, face s preocupaes crescentes com a sade e a grande quantidade de dados cientficos
disponveis sobre a relao entre a ingesto alimentar e a incidncia de doenas, houve um crescente interesse em
alimentos que forneam benefcios fisiolgicos adicionais. O termo ?alimentos funcionais? refere-se a estes gneros
alimentcios que podem proporcionar benefcios nutricionais, metablicos especficos e contribuir para o controle e reduo
do risco de doenas. A reformulao de produtos crneos pela adio de ingredientes funcionais pode ser considerada uma
nova fronteira de crescimento para a indstria de carnes, devido a urgncia em oferecer ao consumidor razes saudveis
para o consumo de carnes industrializadas.
Resduos agroindustriais so timas fontes de fibras alimentares, as quais
podem ser adicionadas aos produtos crneos para reduo do teor de gordura. Okara o subproduto obtido a partir do
resduo da industrializao de bebidas base de soja e apresenta elevado teor de fibra alimentar (54,3%), protenas
(33,4%), lipdios (8,5%) ricos em cidos graxos oleicos e linoleico e cerca de um tero de isoflavonas presentes na soja.
Esse subproduto apresenta-se como uma excelente alternativa como ingrediente funcional substituto da gordura por ser
fonte de fibra alimentar. O objetivo deste trabalho o clculo da composio centesimal mdia e o clculo do valor
energtico mdio por 100 gramas de parte comestvel do hambrguer bovino assado, com reduzido teor de gordura e baixo
teor de NaCl, formulado com diferentes nveis de okara, comparando tais resultados com os do hambrguer bovino cru. A
maioria das tabelas de composio de alimentos traz a composio do alimento cru. Foram preparadas trs formulaes
contendo 0% (controle), 20% e 25% de okara. Os hambrgueres foram caracterizados quanto ao teor de umidade pelo
mtodo de secagem em estufa; protenas pelo mtodo de micro Kjeldahl; lipdios pelo mtodo de Soxhlet; cinzas pelo
mtodo da via seca e carboidratos por diferena. O valor calrico das formulaes foi calculado considerando-se 4 kcal/g
para protenas e carboidratos e 9 kcal/g para os lipdios. Nos resultados das anlises notaram-se diferenas
estatisticamente significativas entre a variao percentual dos valores obtidos e aqueles estimados a partir de tabelas
disponveis na literatura. Para o controle, houve uma diminuio percentual de 12,35% de umidade e um aumento de
32,41% de protenas e 35,40% de lipdios. Para 20% de okara, um aumento percentual de 29,10% de protenas, 29,05% de
lipdios e 29,26% de carboidratos. Para a concentrao de 25% de okara, obteve-se uma diminuio percentual de 14,53%
de umidade e aumento percentual de 39,18% de protenas, 39,17% de lipdios e 47,94% de carboidratos. Desse modo, os
valores calricos mdios calculados a partir de anlises laboratoriais e os estimados a partir das tabelas de composio de
alimentos consultadas na literatura, tambm diferiram significativamente entre si em cada concentrao apresentada, j que
o clculo do mesmo depende da quantidade em gramas de protenas, lipdios e carboidratos. O aumento da variao
percentual do valor calrico foi de 48,14%, 29,09% e 48,01%, respectivamente. Todas essas variaes indicam a
possibilidade de interferncia nos resultados durante o processamento culinrio, alm de outros fatores como interao
entre os ingredientes, perda de gua, manejo e utenslios. Assim, o processamento no afetou negativamente nos valores
nutricionais do hambrguer, indicando que okara semi-slido a 20% pode ser usado para a produo de hambrgueres
saudveis considerando baixo o aumento percentual do valor calrico, confirmando as vantagens nutricionais dos
hambrgueres elaborados com este substituto de gordura sem alterar suas caractersticas sensoriais e fsico-qumicas.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
SU, S.I.T.; YOSHIDA, C.M.P.; CONTRERAS-CASTILLO, C.J.; QUIONES, E.M.; VENTURINI, A.C., Okara, um
sub-produto da indstria de leite de soja, como fonte de protena no crnea em hambrguer bovino com reduzido teor de
gordura. Cinc. Tecnol. Aliment. [onlline]. 2013. V. 33, Suppl. 1, pp. 52-56.
RIBEIRO, P.; MORAIS, T.B.; COLUGNATI, F.A.B.;SIGULEM, D.M. Tabelas de composio qumica de alimentos:
anlise comparativa com resultados laboratoriais. Revista de Sade Pblica, v.37, n.2, p.216-225, 2003.
RIBEIRO, M.A.; STAMFORD, T.L.; CABRAL FILHO, J.E. Valor nutritivo de refeies coletivas: tabelas de composio
de alimentos versus anlises em laboratrio. Revista de Sade Pblica, v.29, n.2, p.120-126, 1995.
MENEZES, E.W.; GIUNTINI, E.B.; LAJOLO, F.M. A questo da variabilidade e qualidade de dados de composio
centesimal de alimentos. Nutrire, v.26, p.63-76, 2003.
CALCAGNITI, M.; CUNHA, M.G.; VENTURINI, A. C.; QUIONES, E. M.; SANTOS, A. S. B.; CAVENAGHI, A. D.
Inulina, Fibra de Colgeno e Biomassa de Banana Verde como substituto de gordura no processamento de hamburguer
bovino. In: V Congresso Brasileiro de Cincia e tecnologia de Carnes, 2009, So Paulo. V Congresso Brasileiro de Cincia e
tecnologia de Carnes, 2009. p. 1-3.
Participantes:

Orientador: Anna Cecilia Venturini


Docente: Cristiana Maria Pedroso Yoshida

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Stella da Silva Lopes
Ttulo: Analise qualitativa e quantitativa de flavonides em extratos e fitoterpicos de
Passiflora spp.
Palavras-Chave: Passiflora, fitoterpicos, flavonides, controle de qualidade
Espcies do gnero Passiflora (Passifloraceae) so utilizadas na medicina tradicional em vrios pases para o alivio
de diversos problemas tais como, ansiedade, histeria, epilepsia, espasmos, entre outros. No Brasil, conhecidas
popularmente como maracuj, as folhas de Passiflora spp. so empregadas por sua ao calmante em casos de insnia e
irritabilidade, sendo a principal espcie utilizada a Passiflora incarnata L. Neste contesto, o controle de qualidade de
fitoterpicos imprescindvel, pois podem ocorrer problemas srios devido comercializao de fitoterpicos de m
qualidade ou adulterados. Sabe-se que os constituintes da P. incarnata so na sua maioria flavonoides (mais que 2,5%)
C-heterosdeos, tais como a vitexina e ismero isovitexina. Atualmente, existem inmeros medicamentos comercializados
que utilizam P. incarnata como um de seus componentes. Atualmente, o doseamento de flavonoides totais em espcies de
Passiflora feito por tcnicas tradicionais de espectrofotometria UV, contudo a comparao destas tcnicas, com tcnicas
mais avanadas pode fomentar mais condies e melhores dados para o controle de qualidade de fitoterpicos, j que, a
padronizao qumica de medicamentos fitoterpicos requer a aplicao de mtodos analticos adequados para a deteco
e quantificao dos princpios ativos (ou dos ?marcadores?) e de substncias potencialmente txicas. Dentro desse
contexto, este estudo tem como objetivo estabelecer novas metodologias para o isolamento de marcadores e para a
obteno de parmetros para o controle de qualidade de fitoterpicos a base de Passiflora, assim como a comparao
qualitativa e quantitativa das metodologias citadas na Farmacopeia Brasileira e na Europia, com metodologias utilizando
tcnicas hifenadas tais como, CLAE-UV e CLAE-ESI-EM. O extrato vegetal seco de P. incarnata padronizado em 3,5 - 3,9 %
de flavonide (Lote TPA 122-11-1) foi gentilmente fornecido pela Finzelberg GmbH & Co. KG. Os medicamentos
fitoterpicos (monodroga, Passiflora spp.) com registro na ANVISA foram obtidos no comrcio. O fracionamento
cromatogrfico do extrato seco de P. incarnata para a obteno de marcadores foi iniciado pela separao com parties
lquido/lquido e a purificao por CLAE-UV. Primeiramente o modo analtico foi otimizado com equipamento ACELLA da
Thermo Scientific, equipado com injetor automtico ACELLA e detector de UV ACELLA-PDA. Aps otimizao o sistema de
separao escolhido para transposio foi: coluna C18 Hypersil ODS (250x4,6mm, 5), fase mvel: gua com 0,05% de
TFA (solvente A), metanol 0,05% de TFA (solvente B) e acetonitrila 0,05% de TFA (solvente C) em modo gradiente de:
90,5% A; 5,5% B; 4,0% C (0 - 30 minutos), 88,5% A; 6,5% B; 5,0% C (30 ? 60 minutos) e 90,5% A; 5,5% B; 4,0% C (60 ? 65
minutos) e um fluxo de 1,0 mL/min. O modo semi-preparativo foi realizado com equipamento Prominence da Shimadzu
(LC-20AP), coluna SupelcosilTM LC-18 (250x10mm, 5) e fluxo de 4,7 mL/min. Em seguida, as substncias isoladas
tiveram suas estruturas qumicas definidas pelas analises de infravermelho (IV), ultravioleta (UV), espectrometria de massas
(EM) e ressonncia magntica nuclear (RMN de 1H e 13C, alm de tcnicas uni e bidimensionais). Para a investigao
sistemtica do perfil qumico foi desenvolvida e otimizada metodologia para separar os metablitos de interesse no extrato
padronizado de P. incarnata L. por CLAE-UV. Em seguida, nas condies timas de separao as amostras foram
analisadas por CLAE-UV-EM/EM, assim, o espectro de UV obtido em tempo real juntamente com os dados de
fragmentao e o tempo de reteno caracterstico de cada substncia foi armazenado em uma biblioteca de dados
(listagem) para posterior estudo de investigao de estruturas em outros medicamentos. As analises otimizadas por
CLAE-UV no modo analtico tomaram boa parte do estudo, porm, permitiram a separao da maioria dos flavonides
presentes no extrato padro de P. incarnata. Posteriormente a condio ideal foi transposta para CLAE-UV no modo
semi-preparativo, que permitiu o isolamento e purificao de 5 flavonides, que esto em fase final de identificao. As
analises por CLAE-UV-EM/EM permitiram a identificao do flavonide isovitexina, pela comparao do tempo de reteno,
espectro de UV, peso molecular e tambm pelo perfil de fragmentao. Os mtodos utilizados esto em fase final de
validao para a aplicao nas amostras de fitoterpicos comercializados na regio de Diadema-SP. Por fim, aps
identificao, os flavonides sero utilizados como marcadores qumicos. Conforme a metodologia analtica estabelecida
por CLAE-UV e CLAE-UV-EM/EM, os marcadores sero utilizados para a padronizao e validao de extratos e
medicamento fitoterpicos a base de Passiflora spp.
Participantes:

Orientador: Mrcio Adriano Andro

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Thales de Souza Battistin
Ttulo: Estudos in vitro da atividade antioxidante do 1,2-dihidroxibenzeno (catecol):
Elucidando mecanismos, intermedirios e produtos finais
Palavras-Chave: catecol, radical ABTS, antioxidantes
Compostos fenlicos so substncias que agem como redutores em reaes de xido-reduo. Usualmente os
hidrognios hidroxlicos so os centros redutores dessas molculas. Neste trabalho investigamos a ao redutora do
composto
fenlico
1,2-dihidroxibenzeno
(catecol)
frente
a
ons
radicalares
ABTS
(2,2'-azino-bis(3-etilbenzotiazolino-6-sulfonato)).
Diferentes quantidades de catecol foram adicionadas s solues do radical livre ABTS e as misturas reacionais
foram monitoradas espectrofotometricamente em 728 nm por 5 minutos. O comprimento de onda de 728 nm corresponde
absoro do radical livre ABTS. As concentraes finais de catecol variaram entre 0 e 30 micromolar enquanto que a do
radical ABTS permaneceu por volta de 70 micromolar. As reaes ocorreram rapidamente (<5 s) e, pelo mtodo das razes
molares, a anlise de resultados mostrou claramente que a estequiometria da reao foi de 2:1, ou seja, uma molcula de
catecol reagiu com duas molculas do radical ABTS. Essa estequiometria condizente com o mecanismo de oxidao de
dois eltrons do catecol, gerando como intermedirio a orto-semiquinona, e como produto final a orto-quinona.
A fim de identificar a orto-semiquinona por espectroscopia de ressonncia paramagntica eletrnica (EPR),
repetiram-se os experimentos de oxidao do catecol (pelo ABTS) na presena dos ons diamagnticos Mg(II) e Zn(II).
Esses metais so usualmente utilizados para estabilizar os intermedirios radicalares por complexao, permitindo assim
um acmulo dos complexos radicalares em concentraes acima do limite de deteco da tcnica de EPR. Nas
concentraes dos ons utilizadas (0,01-1,2 M) no foi observado sinal de EPR em nenhum dos experimentos realizado. Ao
contrrio, as reaes de formao da orto-quinona permaneceram rpidas. Nos experimentos realizados com zinco, aps a
rpida formao da orto-quinona, curiosamente observou-se uma segunda etapa de desaparecimento dos radicais
excedentes de ABTS. Nesses experimentos os traos cinticos foram obtidos ao longo de 20 minutos e verificou-se um
aumento concentrao-dependente, com relao ao zinco, no desaparecimento dos radicais ABTS.
Os resultados obtidos mostraram que o 1,2-dihidroxibenzeno possui alta reatividade frente aos radicais livres ABTS.
De acordo com o mtodo das razes molares, a estequiometria da reao foi de 1:2. Futuros experimentos esto sendo
planejados para determinar a constante de velocidade dessa reao (ser necessrio o uso de um sistema stopped-flow
para esse fim). Tambm est em andamento o planejamento de experimentos para elucidar a reatividade que ocorre na
presena de zinco entre a orto-quinona e os radicais ABTS. A hiptese de trabalho nesse ltimo item envolve a formao de
um complexo metlico entre o zinco e a orto-quinona.
Participantes:

Orientador: Daniel Rettori


Docente: Carolina Vautier-Giongo
Discente: Neivan Rubens Nascimento Silveira
Discente: Rodrigo Bertini Andriani
Discente: Gabriel Hoel Lemos Oliveira

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Thays de Souza Lima
Ttulo: Desenvolvimento de uma metodologia eletroanaltica associada a tcnicas
qumiometricas para a determinao seletiva de pesticidas - Determinao
eletroanaltica ps biossoro
Palavras-Chave: Carbendazim, Fenamifs, Eletroanaltica, Meio Ambiente, eletrodo de diamante
Materiais biolgicos tm sido empregados para a remoo de contaminantes orgnicos e inorgnicos com objetivo
de remediao ambiental, com a vantagem de oferecerem baixo custo, abundncia e elevadas capacidade de soro.1 No
presente trabalho, empregou-se resduo de levedura da indstria sucroalcooleira para a soro de carbendazim (CBZ) e
fenamifs (FNP). O CBZ um fungicida do grupo carbamato e de classificao toxicolgica III - medianamente txico,
possui aplicao foliar nas culturas de algodo, citros, feijo, ma, soja e trigo. J o FNP inseticida do grupo
organofosforado de classificao toxicolgica II - altamente txico, possui aplicao foliar em mudas de cacau e citros.
Aplicao no solo nas culturas de algodo, banana, batata, caf, melo e tomate. O interesse do estudo desses pesticidas
simultaneamente provm do fato deles, muitas vezes, serem utilizados conjuntamente nas culturas de citros. E devido ao
uso em larga escala destes pesticidas faz-se necessrio o estudo de tcnicas de biorremediao, a fim de recuperar guas
contaminadas pelos mesmos.
O presente trabalho visou desenvolver uma metodologia para avaliar a capacidade de soro dos pesticidas,
Fenamifs e Carbendazim, por resduo de levedura da indstria sucroalcooleira (Sacharomyces
cerevisiae, inativada por
spray dry), utilizando-se da tcnica de voltametria de onda quadrada associada ao eletrodo utilizando-se da tcnica de
voltametria de onda quadrada associada ao eletrodo de Diamante Dopado com Boro.
Para a quantificao dos pesticidas foi utilizado um mtodo eletroqumico associado a um planejamento fatorial
experimental 34 onde foram variados os seguintes parmetros em 3 nveis: pH (2, 5 e 7); frequncia de onda quadrada (10,
100 e 300 s-1); amplitude de onda quadrada (10, 50 e 100 mV) e incremento de varredura (1, 5 e 10 mV). As melhores
respostas eletroqumicas estabelecidas para quantificao simultnea foram obtidas em: pH = 5, frequncia da onda
quadrada 300 s-1, amplitude do pulso de 10 mV e incremento de varredura de 2 mV. Nestas condies obteve-se a
separao dos picos de oxidao do CBZ (Ep = 1,23 V) e FNP (Ep = 1,08 V). Para a anlise foi utilizado um
potenciostado/galvanostato AUTOLAB PGSTAT 128N, com eletrodo de referncia Ag/AgCl (KCl 3 mol L-1), eletrodo auxiliar
(fio de platina) e eletrodo de trabalho de diamante dopado com boro (BDD). O eletrodo BDD foi tratado catodicamente (1
min., potencial de -3,0 V vs Ag/AgCl), para ativar e condicionar a superfcie.2 O estudo de soro foi realizado em triplicada
empregando-se planejamento fatorial experimental 24, onde foram variados o pH (2 e 7), a fora inica do meio (0,1 e 0,5
mol L-1), e a massa do biossorvente (50 ou 200 mg), a concentrao do pesticida foi fixada em 5,0 x 10-3 mol L-1. Para os
estudos 3,0 mL de soluo do pesticida na concentrao de 5,0x10-3 mol L-1 em meio de tampo BR 0,1 mol L-1 foi
mantido em contato com o biossorvente por 20 min a 100 rpm, sendo em seguida centrifugado por 2 min a 3500 rpm e o
sobrenadante separado para cessar o contato do mesmo com o biossorvente. O sobrenadante foi utilizado para as analises
e a quantidade dos pesticidas determinada por adio de padro. Antes da lavagem do material biossorvente, observa-se a
presena de trs picos de oxidao, um referente a adio de FNP e os outros dois picos de substncias desconhecidas,
provavelmente desprendidas pelo biossorvente, a qual se adere superfcie do eletrodo de BDD, dificultando a
quantificao dos analtos. Assim, avaliou-se a possibilidade de eliminar a(s) espcie(s) interferente(s) atravs da
pr-lavagem suspendendo o biossorvente em 5,0 mL de gua destilada deionizada, seguido de agitao (1 min em vortex)
e centrifugao (3 min, 3500 rpm) seguido do descarte da soluo de lavagem. A eliminao da interferncia sobre o
eletrodo se deu aps a lavagem do material biossorvente com 12 pores de 5 mL de gua destilada deionizada. Aps este
procedimento foi observado no voltamograma somente dois picos bem definidos e separados, um referente ao pesticida e
outro referente levedura, evidenciando assim a possibilidade de quantificao dos pesticidas. Aps a retirada do
interferente foi possvel fazer a quantificao da soro dos pesticidas CBZ e FNP, pelo mtodo eletroanaltico, indicando
que a soro dos pesticidas no material biossorvente foi de aproximadamente 94% para o FNP e 75% para o CBZ.
Participantes:

Orientador: Gergia C. Labuto Arajo


Orientador: Lucia Codognoto de Oliveira
Orientador: Dcio Luis Semensatto Junior
Docente: Heron Dominguez Torres da Silva
Discente: Daniela Miwa Miyano

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Vitor Alves S da Silva
Ttulo: Estudos eletroqumico e espectroscpico da interao entre o on metlico Zn e
um ligante de interesse biolgico: Et2DTC
Palavras-Chave: Zinco, Et2DTC, Complexo
INTRODUO
Os metais so essenciais ao corpo por terem atividades biolgicas, desempenhando um papel importante para
manter a sade humana. A deficincia destes elementos acarretam condies patolgicas indesejadas. [1]
Os metais so deficientes em eltrons e molculas biolgicas apresentam alta densidade eletrnica, o que leva
a formao de novas espcies. Disso decorre o interesse no estudo dessas interaes entre as espcies e suas possveis
relevncias biolgicas.[2]
Atualmente os metais de transio contribuem com doenas neurodegenerativas; para se evitar o acmulos
destes no organismo so utilizados quelantes especficos a fim de evitar essa sria condio clnica.[3],[4] O quelante
utilizado neste estudo o Dietilditiocarbamato (Et2DTC), um organossulfurado de grandes aplicaes como fungicidas, em
qumica analtica e em medicina.
Os DTCs tem sido estudado e explorado na utilizao de tratamento de doenas como o cncer, alcoolismo,
asterosclerose e muito utilizado como regulador do gene de transcrio.
Estes complexos esto associados ao transporte a do ion metlico em organismos, por isso, conhecer o
comportamento do complexo de Zinco quanto a sua estabilidade de cintica essencial para o avano em estudos em nvel
celular.
OBJETIVO
Neste estudo, objetiva-se avaliar a interao entre o on metlico Zinco e o ligante Et2DTC, utilizando tcnicas
voltamtricas e espectroscpicas como ferramentas.
MATERIAIS E MTODOS.
As medidas eletroqumicas foram realizadas em um MicroAutolab, com uma clula eletroqumica com encaixe para
3 eletrodos; carbono vtreo como eletrodo de trabalho, platina como contra-eletrodo e Ag/AgCl (KCl 0,3 mol.L-1) como
eletrodo de referncia. O eletrlito utilizado foi KCl 0,5 mol.L-1.
As medidas de absoro da regio do Ultravioleta Visvel foram realizadas a partir de solues estoque de Cloreto
de Zinco (ZnCl2) e Dietilditiocarbamato de sdio (NaDTC) em concentraes de 10-2 mol.L-1.
RESULTADOS E DISCUSSO
Inicialmente fez-se o estudo do comportamento eletroqumico do on metlico no meio selecionado. Para isso,
fez-se o levantamento da curva analtica para o metal, com potencial redox em torno de -923 mV. A partir deste estudo
preliminar, optou-se por trabalhar em uma concentrao de 9,1x10-4 mol.L-1 para as anlises posteriores.
O experimento de variao da velocidade de varredura foi efetuada em um intervalo de 5 mV a 200 mV. A partir
do grfico de log(Ip) vs. log(v), levantado com os dados da variao da velocidade, constatou-se um processo misto para a
cintica de transferncia de eltrons, porm com maior tendncia para adsoro. [5]
Aps o estudo do metal, realizaram-se experimentos com o ligante selecionado. O estudo do ligante seguiu o mesmo
padro do estudo realizado pelo on metlico, com um levantamento de curva analtica em um intervalo de concentrao
entre 2,43x10-4 mol.L-1 at 9,1x10-4 mol.L-1. A partir disso, os prximos experimentos foram realizados em uma
concentrao de 9,1x10-4 mol.L-1.
O experimento da variao da velocidade de varredura foi realizado em um intervalo entre 10 mV e 100 mV. A
partir do levantamento do grfico log(Ip) vs. log(v), observou-se que o processo de transferncia de eltrons um processo
difusional da espcie na superfcie do eletrodo.[5]
Em seguida, iniciou-se o estudo da interao entre as espcies em soluo. As medidas foram realizadas,
adicionando-se alquotas sucessivas do ligante em meio de soluo do metal. Com isso, foi observado o deslocamento do
pico catdico de -1,06 V para -1,13V (proporo 1 metal : 1 ligante), um deslocamento de 70 mV indicando a complexao
em soluo entre o Zn2+ e o Et2DTC.
O estudo da variao da velocidade do complexo em uma proporo de 1:1 foi realizado em concentrao de
5x10-4 mol.L-1. Analisando-se a curva log(Ip) vs. log(v) teve uma tima linearidade com inclinao de 0,92, sendo um valor
prximo a 1 demonstrando um processo adsortivo da espcie na superfcie do eletrodo, podendo afirmar que a nova
espcie formada segue a orientao do on metlico e no do ligante.
A fim de comprovar o observado pelas medidas eletroqumicas, foram realizadas medidas espectroscpicas na
regio do Uv/Vis. Observou-se no espectro do ligante duas bandas em 258 nm e 290 nm. Com a interao entre o metal e o
ligante em uma proporo de 1:1 ocorreu um aumento da absorbncia da banda em 258 nm do ligante e o deslocamento da
banda de 290 nm do ligante para 277 nm. O deslocamento de 13 nm pode ser uma evidncia da complexao das espcies
metlicas e orgnicas.
CONCLUSO
At o momento observamos evidncias da complexao entre as espcies pelos mtodos da voltametria cclica e
Uv/vis. Observamos o deslocamento de 70 mV nos picos de reduo do on metlico livre e complexado, e, tambm um
processo adsortivo das espcies complexadas na superfcie do eletrodo, enquanto, que, na espectroscopia Uv/vis
observamos um deslocamento de 13 nm da banda do ligante o que comprova a complexao das espcies.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
[1] FRAGA, C.G. Molecular Aspects of Medicine. 26: 235-244, 2005.
[2] HUANG, A., WALLQYIST A., COVELL, D.G., Biochemical Pharmacology, 69: 1009?1039, 2005.
Pgina 294 de 759

PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Vitor Alves S da Silva
[3] DINGA, X. XIE, H. KANG, Y.J. Journal of Nutritional Biochemistry. 22: 301-310, 2011.
[4] LEITE, A., SILVA, A.M.G., NUNES, A., ANDRADE, M., SOUSA, C., SILVA, L.C., GAMEIRO, P., de CASTRO, B.,
RANGEL, M., Tetrahedron. 67: 4009-4016, 2011.
[5] Gosser, Jr. K. D. ; Cyclic Voltammetry: Simulation and Analysis of Reaction Mechanism, VCH Publisher: New
York, 1993, p. 97.
Participantes:

Orientador: Eliana Mara Agostini Valle


Discente: Vitor Alves S da Silva

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Exatas - Qumica
Autor: Welma Lima do Nascimento
Ttulo: Planejamento de experimentos para avaliao do emprego de levedura da
indstria sucroalcooleira para soro de corantes txteis reativos
Palavras-Chave: Biossoro, Corantes, Levedura
Compostos orgnicos provenientes de resduos industriais, em sua maioria compostos fenlicos, pesticidas e
corantes, pela legislao deveriam ser degradados ou convertidos em substncias no txicas atravs de processos fsicos,
qumicos e biolgicos antes de serem descartados no meio ambiente. No entanto, muitos desses processos no so
completamente eficientes ou ainda o produto final dos mesmos tambm pode ser perigoso. Desta forma, o desenvolvimento
de metodologias para o tratamento de resduos e a minimizao da gerao dos mesmos de forma simples e
economicamente vivel, um importante foco de investigao e desenvolvimento tecnolgico. O emprego de materiais
biolgicos seja para a biossoro ou bioacumulao apresenta-se promissor na remoo de diferentes compostos
orgnicos por sua fcil implementao e baixo custo. Desta forma, molculas orgnicas no biodegradveis ou persistentes
podem ser removidas atravs de processos de biossoro. [1] No que concerne especificamente aos resduos de corantes,
suas molculas podem apresentar anis aromticos, cloretos, metais, com estruturas moleculares de difcil degradao e
muito estveis e com grande potencial txico vida. Alm disso, estes podem afetar de forma significativa a fotossntese
promovida por organismos aquticos pela reduo da penetrao de luz.
O presente trabalho trata da avaliao da capacidade de soro de corantes reativos (Vermelho FNR e
Azul-H-RN-01 / Cibacrom, Huntusman, EUA) por resduo de levedura proveniente da indstria sucroalcooleira e inativada
biologicamente pea tcnica de spray dry para promoo da decomposio de corantes reativos. Estes microorganismos
so produzidos em grandes quantidades, como subprodutos das indstrias de fermentao, o que os torna um material
interessante para anlise do seu potencial de biossoro do corante.
Para tanto, inicialmente foi aplicado mtodo quimiomtrico envolvendo planejamento experimental e calibrao
multivariada para o desenvolvimento de um mtodo simples e rpido para anlise e quantificao de corantes txteis por
espectrometria de fluorescncia molecular. Inicialmente foi determinada a faixa analtica tima, em matriz gua, a partir da
determinao da faixa linear das curvas, do Limite de Deteco (LD), Limite de Quantificao (LQ) e Coeficiente de
Determinao. Em seguida novas curvas foram desenvolvidas nas matrizes das condies de tingimento (condies
salinas), e ento foi determinado o efeito de matriz e a calibrao multivariada por regresso linear mltipla.
Estabelecidas as condies de leitura as solues de corantes Vermelho FNR e Azul H-RN-01 e da mistura de
ambos, alquotas de 5 mL de soluo 0,5% m v-1, preparadas sob as condies do meio de tingimento (30 g L-1 NaCl e 12
g L-1 Na2CO3) foram adicionas a cerca de 2 g de RL, previamente umedecido com gua. Aps agitao em mesa
agitadora (100%, 20 min) e centrifugao (10.000 rpm, 4 min), o sobrenadante de corante foi colocado em contato com uma
nova poro de 2 g de RL, previamente umedecida com gua. O processo de soro sequencial foi repetido at que a
quantidade de corante observada visualmente no adsorvente fosse impossvel de ser observada.
Os estudos de soro de corantes txteis por resduo de levedura da indstria sucroalcooleira foram realizados em 6
etapas e a cada uma foi retirada visivelmente uma quantidade significativa de corante, evidenciando que o material
biolgico utilizado funciona muito bem como biosorvente do corante, o que pode ser muito til para o tratamento de guas
poludas com corante j que a levedura utilizada resduo excedente da indstria sucroalcooleira .
Os estudos realizados at o momento proporcionaram a quantificao do resduo de corante em cada etapa
intermediria, sempre utilizando-se de materiais que tornassem o mtodo economicamente vivel. Aps a quantificao
verificou-se que 100% de soro ocorre na primeira etapa do processo para os corantes individuais e para a mistura. E em
relao mistura de corantes aproximadamente 50% do adsorvido corresponde a cada corante individual.
Novos estudos sero realizados para a validao do mtodo empregado utilizando Eletroforese Capilar como meio
de quantificao.
Participantes:

Docente: Heron Dominguez T. da Silva

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas
Autor: Brbara Weinert Ferreira Nogueira
Ttulo: Anlise do trabalho profissional do Assistente Social nos Centros de
Referncia de Assistncia Social (CRAS) da cidade de Santos
Palavras-Chave: Assistncia Social; Centro de Referncia de Assistncia Social; Trabalho profissional;
Trata-se de pesquisa de Iniciao Cientfica com financiamento do CNPq desde agosto de 2012, sob o ttulo ?
Anlise do trabalho profissional do Assistente Social nos Centros de Referncia de Assistncia Social (CRAS) da cidade
de Santos?, ainda em andamento. Tem como objetivo: entender o trabalho profissional do Assistente Social e suas aes
dentro dos CRAS da cidade de Santos.
A fase inicial da pesquisa teve como base pesquisas bibliogrficas sobre a Lei Orgnica da Assistncia Social
(LOAS), a Poltica Nacional de Assistncia Social (PNAS) e Sistema nico de Assistncia Social (SUAS), bem como a
Norma Operacional Bsica de Recursos Humanos do SUAS (NOB/RH/SUAS) para traar uma compreenso sobre o CRAS:
seu funcionamento, diretrizes e normativas. Entende-se que o CRAS um equipamento pblico e parte de uma poltica
estatal de natureza pblica. Ainda um servio em fase de consolidao nos municpios brasileiros, tendo em vista que a
PNAS que cria o SUAS, data de 2004.
Por isso, muitas questes sobre o funcionamento dos CRAS ainda esto em aberto, e necessitam de maior
aprofundamento, para que sejam pensadas e criadas estratgias que consolidem de fato as mudanas preconizadas pela
LOAS e pela PNAS, que se d de maneira concreta nos servios criados pelo SUAS. Neste sentido o CRAS carrega a
potencialidade de efetivar mudanas, se tornando uma referncia de inovao dos equipamentos sociais.
Adentrando a pesquisa, foram lidos diversos materiais referentes a rea da Assistncia Social, bem como do
trabalho profissional do Assistente Social nesta poltica. Buscou-se compreender os desdobramentos da sua implantao,
aqui observando esse processo pelo vis do servio que se caracteriza como o primeiro contato dos indivduos e das
famlias com a Proteo Social Bsica, nvel de ateno hierarquizado proposto pela PNAS, os CRAS. Textos que discutem
a realidade onde os CRAS esto inseridos foram utilizados, pois traduzem diretamente os avanos e retrocessos que vem
sendo vivenciados na realidade brasileira durante o processo de implantao da PNAS, poltica que rompe com a lgica
assistencialista e clientelista como era tratada anteriormente a Assistncia Social, e introduz a tica dos direitos e sua
universalizao.
A segunda parte da pesquisa, como delimitada no cronograma, seria focalizada na aplicao de um questionrio, a
ser respondido pelos profissionais Assistentes Sociais trabalhadores dos CRAS de Santos, que totalizam 6 unidades.
Primeiramente foi realizado contato telefnico com a Coordenadora da seo de Proteo Social Bsica da cidade de
Santos, a fim de explicar os objetivos da pesquisa e solicitar apoio para mobilizar esses profissionais, esclarecendo a
importncia da pesquisa no contexto j descrito acima. Aps isso, foi realizado contato via e-mail com todos os
coordenadores dos CRAS de Santos, tambm a fim de esclarecer os objetivos buscados e na tentativa de sensibilizao
dos profissionais para que esses possam atender a solicitao e voluntariamente, responder aos questionrios.
O questionrio se divide em 5 sees e foi construdo online. O link para seu acesso foi enviado para os e-mails dos
CRAS, os quais j haviam mantido contato e estavam aguardando retorno, com o questionrio. Junto ao envio do link do
questionrio, foi enviado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) informando que o acesso ao link e o
preenchimento do questionrio estavam sendo entendidos como aceite na participao da pesquisa.
A primeira seo do questionrio diz respeito a Identificao do profissional, com perguntas sobre idade, religio,
estado civil. A segunda sobre a Situao Profissional, com perguntas que buscam entender os vnculos empregatcios e
as situaes que permeiam o trabalho. A terceira foi construda para que possamos traar o perfil scio-econmico destes
profissionais. A quarta, contem questes relativas a formao profissional e a participao poltica, a fim de analisar quais
formaes esses profissionais tiveram e vem tendo enquanto assistentes sociais, bem como seus interesses enquanto
participao poltica nas entidades da categoria. E a quinta seo refere-se especificamente ao Trabalho Profissional nos
CRAS, com questes relativas a realidade diria vivida por esses profissionais, suas condies reais, materiais, objetivas e
subjetivas de trabalho.
At o momento, conseguimos finalizar a primeira parte da pesquisa (levantamento bibliogrfico) com a produo de
um texto sobre os CRAS no contexto da PNAS. Os questionrios j foram enviados e aguardamos o retorno dos mesmos.
Sua tabulao ser realizada, a partir da quantificao e anlise das respostas s perguntas fechadas e categorizao e
anlise das respostas das perguntas abertas (que se encontram na quinta seo). Diante do retorno dos questionrios,
encerraremos a pesquisa articulando os elementos expressos no texto que traz os referenciais tericos de anlise e a
realidade encontrada nos CRAS.
Infelizmente, como ainda no temos o retorno dos questionrios, no foi possvel trazer para este resumo tais
informaes, que sero apresentadas no banner e na comunicao oral.
Participantes:

Orientador: Priscila Fernanda Gonalves

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas
Autor: Fernando Bardusco Balheiro Couto
Ttulo: Apoio Gesto de Micro, Pequenas e Mdias Empresas ? MPMEs
Palavras-Chave: Apoio gesto de MPME's e transferncia de tecnologia de gesto
Ttulo: Projeto de Apoio Gesto de Micro, Pequenas e Mdias Empresas do Varejo.
Introduo: O projeto de Apoio Gesto de Micro, Pequenas e Mdias empresas iniciou-se em setembro de 2012,
com um plano de execuo que foi dividido em trs etapas: procura de alunos voluntrios que estejam predispostos a
aprender, coleta de dados das empresas prestadoras de servios e dos escritrios de controladoria de Osasco e a busca de
duas empresas interessadas em receber o nosso apoio. Essas trs etapas tiveram o seu incio retardado por conta da greve
dos professores que iniciou-se em maio e terminou em setembro de 2012. Mtodo: O projeto iniciou-se com um
levantamento para identificar as organizaes que seriam convidadas a participar, a segunda etapa consistiu da aplicao
do mtodo de pesquisa-ao que foi definida por THIOLLENT (1996) como ? (...) um tipo de pesquisa social com base
emprica que concebida e realizada em estreita associao com uma ao ou com a resoluo de um problema coletivo e
no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situao problema esto envolvidos de modo cooperativo ou
participativo?. Resultados:Os resultados obtidos pelo projeto at ento foi a aproximao do Projeto de Apoio a Micro,
Pequena e Mdia empresa com as entidades comerciais de Osasco como o Sebrae e a Associao Empresarial de
Osasco, e alm de um formulrio com mais de 30 questes que teve a finalidade de mapear as empresas prestadora de
servios de Osasco. Consideraes Finais: Os resultados obtidos at o presente momento nos mostra que possvel
finalizarmos o projeto de Apoio Micro, Pequenas e Mdia empresas de Osasco, pois j iniciamos a fase de coleta de
dados e vimos que vivel conseguirmos aliar o desenvolvimento da comunidade de Osasco junto a exposio prematura
do aluno ao mercado de trabalho. O atraso no nosso cronograma ocorreu devido ao fato de que a greve dos professores
dificultou no recrutamento dos voluntrios e tambm na concluso de algumas tarefas as quais os alunos dependiam da
participao dos professores.
Participantes:

Discente: Fernando Bardusco Balheiro Couto

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas
Autor: Heloise Helena Pereira Nunes
Ttulo: O Servio Social no Sistema Prisional Paulista e o Papel da Interveno
Profissional
Palavras-Chave: Servio Social, Priso, Profisso
Este projeto de Iniciao Cientfica visa pesquisar sobre o Servio Social no sistema prisional paulista e qual o papel
dessa interveno profissional nessa determinada instituio e sua funo social. H um debate crtico sobre a questo
penal que aponta que a populao carcerria vem aumentando, no negando sua relao com a desigualdade social.
Dentro desse sistema, encontram-se diversos profissionais que atuam na poltica penitenciria, dentre eles o assistente
social. De maneira geral o Servio Social, previsto na Lei de Execuo Penal (1984) como ?assistncia social?, tem como
finalidade amparar o preso e prepar-lo para retornar a liberdade. Cabe ao profissional acompanh-los, homens e mulheres
presos em todo perodo de recluso, ?investigar? sua vida e promover orientao. Buscaremos investigar sobre a
atualidade do Servio Social no sistema prisional a partir da realidade paulista, sobre a interveno e a direo social e
poltica; sobre as determinaes institucionais previstas para o exerccio profissional, e a compreenso e resposta aos
usurios, presos e familiares. A metodologia de pesquisa iniciar pelas legislaes, resolues, literatura especializada
pertinentes ao tema, chegando aos depoimentos dos sujeitos envolvidos nesta interveno: assistentes sociais e familiares
de presos.
Participantes:

Orientador: Andrea Almeida Torres


Discente: Heloise Helena Pereira Nunes

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas
Autor: Ivelize Oliveira Ferraz
Ttulo: Um estudo bibliogrfico, documental e exploratrio da regio central histrica
de Santos
Palavras-Chave: bibliografia; centro histrico; Santos
A presente pesquisa, iniciada em agosto de 2012 com financiamento CNPq-PIBIC, se props a conhecer os estudos
e anlises documentais e bibliogrficas existentes sobre o processo histrico de urbanizao e ocupao da Regio Central
Histrica de Santos, composta pelos bairros Vila Mathias, Vila Nova, Paquet, Centro e Valongo, do sculo XIX at nossos
dias; bem como quem so e como se distribuem e coexistem nos lugares do territrio os equipamentos pblicos, empresas,
organizaes da sociedade civil e moradias. Sntese de mltiplas determinaes, a regio, outrora valorizada e habitada por
famlias tradicionais, marcada pela existncia de palacetes e do modo de vida peculiar das elites, a partir da dcada de
1940, passa por um processo de acentuada degradao, expresso no abandono da regio por parte das famlias mais
abastadas que partiam em direo orla da cidade. Desde a metade final do sculo XX at incio do XXI, a Regio Central
Histrica de Santos permaneceu esquecida pelo poder pblico e tambm por boa parte da sociedade civil, ficando
conhecida por suas habitaes coletivas (cortios), por suas zonas de prostituio e de consumo de drogas, por seu grande
contingente de populao em situao de rua e de trabalhadores informais, tornando-se sinnimo, no imaginrio coletivo,
de pobreza e periculosidade.
No entanto, no ano 2003, a Prefeitura Municipal de Santos (PMS), por meio da Secretaria de Planejamento
(SEPLAN), lanou o Programa Alegra Centro, pela Lei Complementar n 470, que tem por objetivo a revitalizao da Regio
Central Histrica de Santos. De acordo com a anlise de Comitre (2011), trata-se de um projeto higienista, que no objetiva
a emancipao humana e a erradicao da pobreza, visando apenas um manejo das expresses da questo social. A fim
de que a Regio Central volte a ser rea nobre e smbolo da riqueza de Santos, o projeto atrai determinados
empreendimentos para a localidade por meio da concesso de incentivos fiscais; sendo a instalao do Edifcio Central da
Universidade Federal de So Paulo ? Campus Baixada Santista na Rua Silva Jardim, na Vila Mathias, exemplo deste
iderio.
O processo de pesquisa deu-se por meio de visitas a instituies pblicas e privadas, tais como a Biblioteca
Florestan Fernandes da Faculdade de Filosofia, Letras e Cincias Humanas (FFLCH) da Universidade de So Paulo (USP),
o Centro de Documentao da Baixada Santista da Universidade Catlica de Santos (UNISANTOS), o Instituto Histrico e
Geogrfico de Santos (IHGS), a Biblioteca Municipal de Santos e a Biblioteca da Sociedade Humanitria dos Empregados
no Comrcio de Santos. A pesquisa tambm ocorreu via internet, como por meio do site da Fundao Arquivo e Memria de
Santos (FAMS).
A partir da compreenso do uso do territrio como mtodo, da geografia elaborada e proposta por Milton Santos, e
da teoria crtica, este projeto de iniciao cientfica apresenta como produto do processo de pesquisa um banco de estudos
e anlises documentais e bibliogrficas sobre o processo de transformao da Regio Central Histrica de Santos. Foram
selecionados trabalhos de diversas reas do conhecimento, tais como Cincias Sociais, Arquitetura e Urbanismo,
Psicologia, Geografia, entre outras, caracterizando um esforo de compreenso do tema proposto sob diferentes olhares,
mas com uma mesma viso de mtodo.
Este banco ser disponibilizado em CD-ROM e na pgina na internet do Ncleo de Polticas Pblicas Sociais da
UNIFESP/Baixada Santista, contendo os resumos e as indicaes de 14 (catorze) artigos cientficos, 13 (treze) livros e 46
(quarenta e seis) trabalhos acadmicos ? teses de doutorado, dissertaes de mestrado e trabalhos de concluso de curso.
vlido ressaltar que um dos livros supracitados, intitulado ?O que se pode ler sobre Santos?, de Wilma Therezinha de
Andrade, publicado em 1976, doado UNIFESP, rene mais de cinquenta indicaes bibliogrficas sobre a Regio Central
Histrica de Santos e temas relacionados. O banco conta, tambm, com os resumos e publicaes extradas de jornais da
cidade de Santos da dcada de 1980 e do ano 2010.
O projeto tem ainda como produto a criao de uma cartografia elaborada atravs da plataforma ?Mapas Coletivos?,
com a localizao de equipamentos pblicos, empresas e organizaes da sociedade civil situados no interior de um
polgono delimitado do espao geogrfico da regio, que tem como polos a UNIFESP situada Rua Silva Jardim, no bairro
Vila Mathias, e o Mercado Municipal. Com o intuito de identificar e localizar os equipamentos, 5 (cinco) duplas de alunos
voluntrios visitaram um a um dos imveis, construindo uma listagem, que foi representada cartograficamente.
O presente trabalho constituiu-se em uma aproximao com a temtica da transformao do espao urbano da
Regio Central Histrica de Santos, suscitando questes relevantes para futuras pesquisas sobre o uso do territrio e a
coexistncia dos diversos sujeitos sociais. As estratgias de sobrevivncia da populao em situao de rua e indagaes a
respeito dos processos migratrios peculiares da regio constituem exemplos de assuntos a serem explorados.
Participantes:

Orientador: Anita Burth Kurka


Discente: Juliana da Silva Anastcio

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas
Autor: Las Batista de Lima
Ttulo: A Empregabilidade da Pessoas com Deficincia no Municpio de Santos:
mapeamento de polticas pblicas e prticas institucionais. Linha de Pesquisa:
Desenvolvimento e Deficincia
Palavras-Chave: deficiente; trabalho; insero
A EMPREGABILIDADE DE PESSOAS COM
POLTICAS PBLICAS E PRTICAS INSTITUCIONAIS

DEFICINCIA

NO

MUNICPIO

DE

SANTOS:

MAPEAMENTO

DE

A incluso de pessoas com deficincia no mercado de trabalho tem sido tema de estudos e pesquisas dentro e fora
da academia. O acesso ao mundo do trabalho proporciona a essas pessoas uma maior independncia financeira,
tornando-as membros ativos da sociedade e a exercerem seus direitos de cidados. Porm, os dados nacionais apontam
para grandes desigualdades sociais em relao empregabilidade de pessoas com deficincia, apesar do avano obtido
com a legislao vigente. O desafio a ser enfrentado vivido por todos: indivduos com deficincia, poder pblico,
familiares, instituies e empresas. No municpio de Santos, a falta de informaes sobre projetos de capacitao e
formao profissional e as metodologias utilizadas pelas instituies especializadas nos levou a reconhecer a complexidade
do tema e iniciar a atual pesquisa. Esse estudo teve por objetivo conhecer as propostas e metodologias utilizadas pelas
instituies especializadas para a profissionalizao da pessoa com deficincia no municpio de Santos. Para efetivar o
objetivo proposto seguimos o caminho da pesquisa qualitativa, baseada em entrevista com os profissionais responsveis
pelos projetos. Foi elaborado um roteiro de entrevista a ser aplicado e feito contato com as instituies por meio de uma
lista de referncia de instituies que atendem pessoas com deficincia em idade de trabalhar cedida pelo Conselho da
Pessoa com Deficincia do municpio. A pesquisa encontra-se na fase de anlise dos dados. Os resultados preliminares
encontrados indicam a predominncia do discurso assistencialista que, por vezes, limita o acesso da pessoa com
deficincia ao mercado de trabalho. Outro dado encontrado refere-se falta de informao das famlias dos jovens em
idade de trabalhar e a ideia, ainda enraizada, de que para a pessoa com deficincia melhor e mais seguro receber o
Benefcio de Prestao Continuada pago pelo Governo Federal para pessoas com deficincia que se encontram em
condies de vulnerabilidade social, fator ainda limitante para a plena emancipao e apropriao de direitos dos
deficientes. Por diversas vezes, possvel ouvir dos representantes das instituies do municpio de Santos que, as
famlias dos alunos, tm atitudes super-protetora para com seus filhos, que ainda so vistos, no apenas pelos pais, mas
por uma parcela da sociedade, como ?coitadinhos? e por isso, desprovidos de capacidade para se inserir no mercado
competitivo de trabalho. Nas instituies que ainda no realizam projetos voltados para incluso na esfera do trabalho
possvel observar que suas prticas esto relacionadas e vinculadas ao mbito de oficinas protegidas de produo ou
teraputica, acreditando-se que o fato de ?entreter? e ?distrair? a pessoa com deficincia, ainda seja a nica opo.
Observa-se que h um agravante ainda maior para os jovens com deficincia intelectual, que parecem estar mais excludos
do mercado de trabalho, devido justificativa de no possurem uma caracterstica estvel, havendo variaes de
comportamento. Analisando alguns dados disponveis pelo IBGE/2010 no municpio de Santos/SP, grande parte das
pessoas que declaram possuir algum tipo de incapacidade e deficincia est relacionada de forma inversamente
proporcional situao financeira em que se encontra, ou seja, quanto menor o rendimento mensal, maiores so as
dificuldades encontradas, sendo a acessibilidade restrita, que reflete em dificuldades para as pessoas chegarem s
instituies (informao declarada por alguns responsveis por projetos de empregabilidade de instituies), e
consequentemente, leva a famlia a crer que pessoa com deficincia no est apta para ser inserida no mercado de
trabalho formal, pois no apresenta condies fsicas ou mentais para tal. Observa-se que h um grande nmero de
instituies que localizam-se nos mesmos bairros que, por sua vez, esto em lugares mais pauperizados e desvalorizados
do municpio. Ainda em processo de finalizao, o projeto tem sido visto como uma pesquisa positiva para as instituies
que nos receberam e aceitaram conversar conosco, sendo mais uma oportunidade para problematizar um assunto antigo
que ainda tratado com novo, alm de possibilitar a fomentao de dados atuais sobre nossa regio. At o presente
momento, no foi relatado nenhuma poltica pblica efetiva voltada para a empregabilidade de pessoas com deficincia no
municpio de Santos/SP. possvel notar que h uma grande carga de responsabilidade lanada para o terceiro setor, no
havendo uma poltica do prprio municpio que se responsabilize pela insero de pessoas com deficincia no mercado de
trabalho.
Participantes:

Orientador: Andrea Perosa Saigh Jurdi

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas
Autor: Lvia Thomazi
Ttulo: Avaliao da Evoluo da Empatia em alunos do quarto da graduao em
Medicina da UNIFESP em 2012
Palavras-Chave: Empatia, Graduao
AVALIAO DA EVOLUO DA EMPATIA EM ALUNOS DO QUARTO ANO DA GRADUAO EM MEDICINA DA
UNIFESP EM 2012.
Lvia Thomazi, Mario Alfredo De Marco
Departamento de Psiquiatria, Universidade Federal de So Paulo - UNIFESP/EPM - So Paulo.
So cada vez mais frequentes discusses sobre a relao mdico-paciente e as consequncias de um bom ou mau
atendimento por parte de um profissional da sade. O profissionalismo um trao essencial para os mdicos, sendo
reconhecido como uma competncia importante para os alunos de medicina. Alm disso, o profissionalismo a base do
contrato do mdico com a sociedade. Isso requer colocar os interesses dos pacientes acima daqueles dos mdicos,
estabelecer e manter padres de competncia e integridade, e oferecer sociedade informaes especializadas sobre
questes de sade. Dentre todos os fatores que envolvem o profissionalismo, demos destaque empatia, uma de suas
caractersticas centrais.
?Empatia?, derivada do grego empatheia (em=dentro e pathos=sofrimento ou sentimento), pode ser definida como
sendo uma disposio genuna de ser capaz de ouvir, compreender, compadecer-se atravs de dedues, de informaes
retidas na memria ou colocando-se no lugar do outro, prestando assim apoio para outro indivduo, fazendo com que essa
pessoa se sinta compreendida e validada.
Falcone, cujo modelo utilizamos, entende que a empatia ?corresponde capacidade de compreender, de forma
acurada, bem como de compartilhar ou considerar sentimentos, necessidades e perspectivas de algum, expressando este
entendimento de tal maneira que a outra pessoa se sinta compreendida e validada?. Na esfera das relaes no campo da
sade, empatia definida como um atributo com dimenses emocionais e cognitivas que possibilita uma compreenso das
experincias interiores e da perspectiva do paciente como um indivduo singular, somada capacidade de comunicar esse
entendimento ao paciente.
A funo da empatia mdica seria de identificar e compreender os sentimentos do doente e tomar a sua
perspectiva, promovendo assim um aumento na confiana, na lealdade e no respeito entre mdico e paciente. Sendo
assim, a empatia promove a satisfao tanto do paciente quanto do mdico, contribuindo significantemente para a adeso,
tratamento e evoluo do paciente. Alm disso, a empatia melhora a qualidade dos dados obtidos na anamnese e,
consequentemente, esse dado positivo reflete na melhor capacidade de diagnstico pelo mdico alm de contribuir para a
diminuio na falha de comunicao e possveis aes jurdicas.
Estudos anteriores sugerem que a empatia declina ao longo da graduao mdica. Dessa forma, fizemos um estudo
de corte transversal com amostra de 80 alunos do quarto ano do Curso de Medicina da UNIFESP em 2012 para os quais foi
aplicado o Inventrio de Empatia, criado por Falcone, com o objetivo de comparar os resultados com os de um outro estudo
feito anteriormente quando tais alunos se encontravam na condio de recm-ingressos na UNIFESP.
Observamos que a empatia, que a somatria dos fatores Tomada de Perspectiva, Flexibilidade Interpessoal,
Sensibilidade Afetiva e Altrusmo, contemplados no questionrio, no se alterou no decorrer da graduao, sendo que o
ltimo fator permaneceu elevado, sugerindo a existncia neste grupo de uma capacidade mais pronunciada de suspender
temporariamente suas prprias necessidades em funo de atender as demandas alheias.
Podemos, portanto, levantar algumas hipteses que explicariam tal resultado. Como exemplo, temos o fato de
existirem, no decorrer da graduao de Medicina da UNIFESP, diversas aulas voltadas para a rea de Humanas, que
estimulam um maior convvio dos alunos com os prprios colegas de turma, fazendo-os se conhecerem melhor antes de
uma primeira abordagem a um paciente, sendo esta, posteriormente, mais respeitosa e cuidadosa, baseada no somente
na doena que se apresenta, mas tambm na capacidade de compreender as aflies e angstias demonstradas pelos
pacientes.
Participantes:

Orientador: Mario Alfredo De Marco

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas
Autor: Thalyta Generoso Silva
Ttulo: Lutas e Conquistas: Conhecendo a realidade dos moradores da Vila Santa Casa
em Santos/SP.
Palavras-Chave: Moradia; direitos; Vila Santa Casa- Santos/SP
1. Introduo
Refletir as condies de moradia torna-se importante na medida em que moradia condio para a qualidade de
vida das pessoas e considerada um direito do cidado. A poltica de habitao pode impactar fortemente sobre a reduo
da pobreza, da desigualdade social e na melhoria da qualidade de vida das pessoas nas cidades brasileiras. Para tanto,
so necessrias polticas consistentes, abrangentes, e no excludentes.
Em Santos/SP, a questo habitacional uma das expresses da questo social com um grande nmero de reas
ocupadas irregularmente em mangues e sob o mar, na condio de palafitas. As favelas ocorrem sobre mangues e em
terrenos na Zona noroeste, na Zona dos Morros, sendo forte a presena dos cortios, implantados em sobrados antigos na
regio central, lugar de alta concentrao de servios e empregos do setor tercirio e com boa infraestrutura urbana.
No municpio de Santos, a organizao territorial apresenta ntidos contornos scio-econmicos, com a diviso clara
da cidade por renda. Nesta diviso, destaca-se a Zona Noroeste, a Zona dos Morros e o Centro da cidade enquanto lugar
de concentrao da populao de baixa renda. A regio da orla, por outro lado, apresenta grande concentrao da
populao com renda superior a 10 salrios mnimos.
O atendimento habitacional s famlias residentes em oito assentamentos (Dique da Vila Gilda, Alemoa, Vila dos
criadores, Jardim So Manoel, Butant, Vila Pantanal, Caneleira III, Vila Santa Casa.) est previsto no Plano Estratgico
Municipal para Assentamentos Subnormais ?PEMAS 9. Dentre as intervenes e parcerias previstas, apoia-se em aes
encampadas pelos trs entes federativos. No Governo Federal, em parceria com o Ministrio das Cidades; no Governo do
Estado com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de So Paulo ? CDHU e, no Governo
Municipal, atravs da Companhia de Habitao da Baixada Santista ? COHAB-ST, da Secretaria Municipal de Planejamento
? SEPLAN, da Secretaria de Obras e Servios Pblicos ? SEOSP - e da Secretaria de Governo ? SGO, no mbito do
Departamento da Defesa Civil. Dos oito assentamentos, cinco foram incorporados s aes previstas no Programa de
Acelerao do Crescimento ? PAC.
Na esfera de atuao do Governo Estadual, o setor de habitao tratado no mbito da Secretaria da Habitao a
qual est vinculada a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de So Paulo ? CDHU, responsvel
pela promoo de habitao (agente executor e operador da poltica habitacional) e de desenvolvimento urbano no Estado.
A promoo habitacional realizada e prevista em Santos pelo Governo do Estado, atravs de aes e programas
implementados pela CDHU, so: PAC/BID (atuao em cortios);
Programa Parceria com Associaes; Programa Habitacional de Integrao ? PHAI (servidores pblicos); Programa
Parceria com Municpios; Programa de Atuao em Favelas e reas de Risco; Programa Reassentamento Habitacional e
Programa Cidade Legal.
Atualmente o Plano de Habitao em vigor na cidade, em concordncia com a Politica Nacional de Habitao e
Ministrio da Cidades 2004 prev a regularizao dos assentamentos existentes, bem como a viabilizao da produo de
novas unidades habitacionais para reduo do grande dficit acumulado com as habitaes irregulares encontradas na
cidade de Santos.
A Vila Santa Casa em Santos est localizada no bairro da Encruzilhada sendo parte na Avenida Senador Feij e
outra na Rua Comendador Martins. O local abriga moradores h mais de 40 anos sendo possvel o terreno ter muito mais
tempo. O local est em processo de regularizao segundo relatos de representantes da COHAB-BS.
Algumas famlias foram atendidas entre os anos de 1996 e 2006 em trs unidades habitacionais (2 prdios e 1
alojamento) sendo que 78 famlias que residiam em barracos de madeira, em condies precrias foram atendidas em
apartamentos. O local ainda conta com 80 famlias que aguardam atendimento do poder pblico, sendo que 21 esto no
alojamento ?provisrio? h mais de dez anos.
Esses dados constam das entrevistas com representantes do poder pblico (uma arquiteta e um engenheiro) da
Prefeitura Municipal de Santos ? Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano ? SEDUB e da COHAB-BS (um Tcnico
Social e uma auxiliar administrativa). Cabe destacar que o projeto previa a realizao de duas entrevistas, uma com um
representante da Prefeitura e outra com o da COHAB porm nos contatos efetuados, os tcnicos se disponibilizaram s
entrevistas e pela riqueza das informaes as incorporamos no trabalho.
Segundo informaes, no ano de 2010, no governo do antigo prefeito Joo Paulo Tavares Papa foi previsto o
atendimento dessas famlias em um projeto elaborado junto a Companhia de Desenvolvimento Urbano ? CDHU no qual
mais dois prdios seriam construdos para atender as famlias e alguns servidores pblicos de uma Cooperativa inseridos
para atendimento tambm. Porm, o projeto no foi efetivado at o momento e segundo informaes da COHAB-BS no h
previso de inicio das obras para o local, frente estarem aguardando direcionamento da nova gesto municipal.
Conforme matrias no site oficial da Prefeitura Municipal de Santos, a Vila Santa Casa, tambm conhecida como ?
Caldeiro do Diabo?, considerada um bairro de classe mdia. O terreno ocupado pelas famlias era de propriedade da
Santa Casa de Misericrdia de Santos e foi ocupado inicialmente por famlias que chegavam de
outras regies (grande parte do Nordeste) para trabalhar na regio, que, no encontrando alternativas para
habitao com valor acessvel e que comportasse todos os membros da famlia, passaram a morar no terreno. O
conhecimento do local era feito ?no boca a boca?, e a entrada atravs de um intermediador que cobrava um aluguel das
famlias e depois repassava para a Santa Casa de Misericrdia.
Isto se confirma conforme as narrativas realizadas com as moradoras mais antigas no local. Na fala de uma delas:
Meu irmo sabendo que eu estava procurando, veio me falar de uma favelinha, perguntei a ele como fazia para
chegar l, ele me explicou e meu marido foi conversar com os homens que alugavam os barracos, para saber como
funcionava. No tendo outra opo em vista de nenhum lugar nos aceitar fomos ento morar l. Meu marido tinha algumas
madeiras, e isso ajudou na construo do nosso barraco. A partir dai a vida comeou.
Em seu inicio, segundo as moradoras da Vila Santa Casa, o terreno era coberto de lama, esgoto a cu aberto, valas
e muito lixo ao seu redor.
Em um dia de domingo, mais precisamente no dia 10 de agosto de 1979, a noite ns chegamos, em cima de um
caminho de mudana para uma favela. Achei o lugar pssimo. Valas, esgoto a cu aberto. No gostei! Descarregavam
muito lixo na favela, a situao foi se tornando inaceitvel, no aguentando mais aquilo eu e outros moradores nos unimos
para reclamar, afinal ningum ali era bicho. ( Trecho de uma das narrativas.)
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Dentre algumas informaes com os moradores e sites da Prefeitura e do jornal ?A Tribuna?, no incio, ocuparam o
local 200 famlias em 100 barracos, feitos de restos de madeira, escuros e insalubres, no contando com energia eltrica e
saneamento bsico. Os moradores pagavam pelos barracos a um intermediador que tambm residia no local; o mesmo
repassava o dinheiro a Santa Casa. O nome Santa Casa origina-se deste fato.
No decorrer dos anos a Vila Santa Casa conseguiu algumas melhorias como luz eltrica, ligaes de gua e
recolhimento de lixo dirio. Dentre as melhorias houve a mudana do nome antes conhecido popularmente como ?
Caldeiro do Diabo?, denominao dada por policias da poca que se referiam ao terreno dessa forma, devido ser
residncia de alguns traficantes. A mudana de nome para Vila Santa Casa assim como as demais conquistas para o local
so provenientes das mobilizaes realizadas pelos moradores frente ao poder pblico.
Entre o ano de 1996 a 2006, conforme dados obtidos no site da COHAB-BS ocorreu construo de 78
apartamentos e 21 alojamentos construdos no terreno, porm sem atender a totalidade dos moradores.
Em outubro de 2010 uma nova parceria entre Prefeitura e Estado (CDHU) apresentou como objetivo o atendimento
das famlias em dois edifcios, localizados em um terreno ao lado, para abrigar 80 famlias cadastradas e servidores
pblicos de uma Cooperativa que segundo informaes da COHAB, SEDURB e moradores da Vila Santa Casa esto
inseridos no novo lote de apartamentos previstos. At a presente data, isto no ocorreu.
2. Lutas e Conquistas: Conhecendo a realidade dos moradores da Vila Santa Casa em Santos/SP.
As narrativas realizadas tiveram como fundamento conhecer a histria de vida e de participao dos moradores da
Vila Santa Casa em Santos/SP no seu processo de construo na luta por moradia. Realizamos trs narrativas, construdas
em trs encontros, duas para os relatos (conversa com os moradores) e o terceiro para devolutiva. Para a realizao das
narrativas contamos com a ajuda de um morador da Vila Santa Casa que tem um canal de noticias na internet, o qual
divulga os acontecimentos dirios dentro da comunidade.
As trs moradoras que se disponibilizaram a conversar e contar sua trajetria de vida na Vila Santa Casa foram
muito receptivas e mostraram-se felizes por participar e contribuir falando sobre suas histrias de vida. Essas mulheres so
nordestinas e vieram para Santos com suas famlias por conta de oportunidades de emprego e condies melhores de vida.
Todas j tinham parentes residindo no mesmo terreno.
Das trs mulheres duas j residem em apartamentos, uma no primeiro lote h 14 anos, e outra (lder da associao
de moradores) no terceiro lote h 09 anos. A terceira ainda reside em um barraco de alvenaria, quatro cmodos (sala,
cozinha, banheiro, e um quarto) estando o local cheio de cupins, e em condies precrias, residindo com o marido, trs
filhas e uma neta. Mesmo sendo uma das mais antigas no local ainda aguarda o atendimento, estando cadastrada h mais
de vinte anos.
As dificuldades encontradas pelas moradoras logo que chegaram eram imensas. Esgoto a cu aberto, lama para
todos os lados, sem contar que por um tempo o terreno se tornou deposito de lixo. Atravs da mobilizao dos moradores a
Prefeitura providenciou a remoo do lixo que cercava o terreno. A cobertura e construo da rede de esgoto tambm
ocorreu pela organizao dos moradores.
Segundo as moradoras tudo o que se tem hoje na Vila Santa Casa, inclusive o nome, fruto da luta, conquista e
mrito dos moradores que se uniram para melhores condies de sobrevivncia no local e presso frente aos rgos
pblicos.
As narradoras assim com os demais residentes da comunidade esperam providencias dos setores pblicos na
continuidade dos projetos previstos para a Vila Santa Casa, e atendimento das 80 famlias que ainda residem em barracos
incluindo uma das narradoras, e das 21 famlias que se encontram residindo em alojamento ?provisrio? h mais de dez
anos.
1- NARRATIVA: ALDENORA MARIA DE JESUS
Me chamo Aldenora Maria de Jesus e sou lder da Associao de Moradores h vinte e quatros anos. Nasci no dia
dez de maro de mil novecentos e trinta e dois, sou do Cear, Juazeiro do Norte. Cheguei aqui em janeiro de mil
novecentos e oitenta e sete e decidi vir morar aqui porque j tinha uma filha que casou e veio pra c em setenta e quatro, e
depois outro filho meu. J estava desgostosa com meu marido e l onde eu estava s restava eu, minha me muito
velhinha e quatro filhos pequenos. Decidi vender tudo e vir pra c. Logo que cheguei fui morar no centro parte do mercado
municipal, em um quartinho. Nesse lugar morava eu, meus filhos, um sobrinho e minha irm. Na convivncia ali acabei
conhecendo o movimento por moradia da sete de setembro e a parti dai comecei a abrir minha mente. Eu precisava me
enquadrar no movimento... a situao ali era difcil! Aos poucos fui aprendendo e participando at que me elegeram
presidente da comisso. Comecei a conhecer vrias favelas da Zona Noroeste e de outros lugares. Minha filha mais velha
que j morava aqui me chamou para morar com ela, eu e minhas crianas. Entrei em contato com a administrao da Santa
Casa de Misericrdia para poder fazer um barraquinho no terreno e eles autorizaram. Comecei a construir aos poucos ele,
de Madeirit, no cho do lugar eram pedras e cacos de vidro de monte, fomos tirando um a um com as mos, nosso barraco
era coberto com uma telha bem fininha que qualquer vento que dava podia destruir. Morava eu, oito filhos, dois afilhados e
um sobrinho. Lembro bem que passamos oito meses sem colocar uma fechadura na porta por no ter condies de
comprar. Nortista quando chega no vive levado pela vida, at conseguir se manter! Tudo era difcil no tinha condio de
nada quem me ajudou muito foi Zelito, um homem que morava do lado do meu barraco, esse sim me deu a maior fora, era
rabicho de gua, luz, ajuda para melhorar a moradia. Nem todo mundo aqui na favela tinha isso, quando conseguamos um
pouquinho era uma alegria s. Aos poucos e com a ajuda do amigo Zelito fui construindo meu barraquinho. Aqui era um
banheiro s para todo mundo a fila era enorme, me juntei com outros moradores para fazer outro banheiro. (..) Aqui tinha
muita coisa pra fazer, a situao de todos era difcil, eu vendo tudo aquilo convidei o pessoal pra criar um movimento de
moradores para arrumar
melhorias pra favela que chamavam de caldeiro do diabo. Sempre achei estranho o nome, por s ter gente boa,
honesta e trabalhadora aqui. Minha filha disse que a policia era quem chamava o local assim, o porqu ela tambm no
sabia.(...) A primeira manifestao que fizemos foi a do lixo, todo o lixo ia parar na favela era um monto que no acabava
mais, uma podrido. Luzia e Iran que era o traficante daqui me acompanharam na manifestao. Jogamos todo o lixo no
meio da rua, os carros passavam por cima, nossa uma sujeira s. Iran pegou um colcho velho e colocou no meio da rua e
se deitou. Vrias crianas estavam em volta dele. Um homem deitado em um colcho no meio da avenida imagina s! Foi ai
que os carros comearam a parar e chamaram a policia. Junto com eles veio Tv tribuna, Sabesp, gente da prefeitura a
manifestao estava formada. Contei pra todo mundo o que aquele lixo causava pras pessoas que moravam ali, a podrido,
os bichos que apareciam, era cada rato enorme que voc no faz ideia. No outro dia a prefeitura enviou caminhes para
retirar o lixo, foram trinta e seis caambas cheias de toneladas de lixo. Enfim conseguimos mudar alguma coisa. Depois
disso comeamos a lutar para melhorar a situao do terreno, era muito buraco, vala, esgoto a cu aberto, quando chovia
formava uma coisa s no dava pra saber onde comeava e onde terminava um local, teve gente que chegou a ficar
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doente. Quando pedimos melhorias pra isso a prefeita Telma mandou tampar os buracos e valas com bambu e areia da
praia, isso conseguiu amenizar a situao. O passo seguinte foi mudar o nome do caldeiro do diabo. Fizemos uma votao
para a mudana em noventa e dois. Aps a escolha do novo nome entre os moradores, falamos com a Santa Casa de
Misericrdia para saber se eles autorizavam colocar o nome do terreno de Vila Santa Casa e deixar de uma vez por todas o
local ser conhecido como caldeiro do diabo. A Santa casa autorizou. Fomos at a igreja corao de Maria para que o
padre fosse at a nova vila batizar o nome e pedimos para o Dr. Jos da Santa Casa e a chefe da administrao Dinora
serem os padrinhos da Vila. Marcamos a data, e distribumos quase dez mil panfletos por todos os lugares para a festa de
mudana do nome. No dia era tanta gente, tanta gente que no cabia. Veio Sabesp, COHAB, prefeitura, o padre, os
padrinhos, e tambm moradores de outros lugares. Os mercados daqui ajudaram doando os ingredientes para fazermos um
bolo, bem grande por sinal. Foi uma festa e tanto. Agora era Vila santa Casa o meu endereo! Dentro de todas as lutas que
tivemos uma que marcou bastante foi para a construo da sede onde a Telma doou os blocos, Davi Capistrano o restante
dos materiais e os moradores fizeram um mutiro para construir. A sede foi inaugurada no dia trinta do seis de mil
novecentos e noventa e um, com muita msica, churrasco e alegria. Eita festa bonita. Logo depois nos juntamos para
cobrar aes da COHAB, no planejamento e construo dos prdios.
Houve um primeiro cadastro de um a duzentos e setenta onde as famlias foram sendo inumeradas para irem pros
apartamentos. O primeiro prdio foi construdo em mil novecentos e noventa e seis e abrigou vinte e quatro famlias. O
segundo foi em mil novecentos e noventa e oito, na Avenida Washington Luiz, mais vinte e quatro famlias foram atendidas.
Dois anos depois foi construdo um alojamento provisrio onde vinte e uma famlias ficariam por apenas seis meses, mas
isso j se estende por dez anos e continua at hoje. O terceiro e ltimo prdio foi construdo em dois mil e seis, onde
quatorze famlias da cooperativa dos servidores pessoas que trabalhavam na Prefeitura e formaram uma cooperativa
moram e mais dezesseis famlias que estavam nos barracos tambm. Sou moradora desse ltimo prdio, j poderia estar
em um apartamento antes, porm os que tinham era no alojamento, preferi esperar um pouco at vir morar aqui direto.
Quando ainda estava no barraco, falei com a COHAB para saber se eles poderiam reforma-lo at que eu fosse para o
apartamento, eles vieram e deram uma boa melhorada e me mantive ali at o dia vinte de maro de dois mil e sete quando
fui morar no meu cantinho. Todo o processo foi feito certinho com contrato pela Caixa Econmica Federal, e pagamento em
vinte e cinco anos. O presidente da COHAB at quis fazer uma escritura como eu sendo comodato para que eu no
pagasse aluguel, mas caso eu morresse o apartamento ficaria para COHAB, e como minha filha e meu neto moram comigo
quero que fique para eles. Ns esforamos para pagar e deixar tudo certinho. Estou no meu canto, mas a luta no para,
ainda restam oitenta famlias que esto morando em barracos e mais vinte e uma que esto no alojamento.(...) Ainda tem
muita coisa para ser feita, a luta por moradia! As famlias saindo dos barracos tudo aqui vai melhorar mil por cento. A
associao dos moradores no sou s eu, a comunidade. Se todos derem uma palavra junto a COHAB e a CDHU para
olharem mais pra Vila e no s quando sai algum projeto pra c, j ajudaria. A prioridade sempre ser as famlias e a
moradia para elas. A luta continua e no para!
2- NARRATIVA: LUZIA MORADORA MAIS ANTIGA QUE AINDA NO RESIDE NO APARTAMENTO.
No dia 10 de agosto de 1979, a noite chega eu em um caminho de mudana para a favela Caldeiro do Diabo! Me
chamo Luzia nasci no dia 02 de abril de 1951 e esse ano completo 62 anos. Sou casada h 45 anos, e tenho seis filhos,
cinco mulheres, e um homem. H quatro meses me tornei av da Maria Luiza. Sou Nordestina como boa parte dos
moradores daqui e antes de vir para Santos, morei um tempo em So Bernardo do Campo. Meu primeiro endereo aqui foi
na Rua Jos
Clemente Pereira, no canal 1. Pagava aluguel e morvamos, eu, meu marido e trs filhos. Tivemos que sair de l
porque iriam demolir e construir um prdio novo. Naquela poca no se alugava moradia para casais com filhos, mesmo eu
tendo o pagamento adiantando de trs meses de aluguel, com criana ningum queria alugar. A busca por um lugar para
morar estava cada vez mais difcil. Meu irmo sabendo que eu estava procurando, veio me falar de uma favelinha, perguntei
a ele como fazia para chegar l, ele me explicou e meu marido foi conversar com os homens que alugavam os barracos,
para saber como funcionava. No tendo outra opo em vista de nenhum lugar nos aceitar fomos ento morar l. Meu
marido tinha algumas madeiras, e isso ajudou na construo do nosso barraco. A partir dai a vida comeou. Em um dia de
domingo, mais precisamente no dia 10 de agosto de 1979, a noite ns chegamos, em cima de um caminho de mudana
para uma favela. Achei o lugar pssimo. Valas, esgoto a cu aberto. No gostei. Ou voc tinha um bom fiador ou no
arranjava lugar para morar bem. No segundo dia que estvamos morando l, saiu uma matria no jornal dizendo que ia ser
derrubado o caldeiro do diabo. Sempre saia isso no jornal da poca. E eu sempre pensava onde que eu fui parar.
Descarregavam muito lixo na favela, a situao foi se tornando inaceitvel, no aguentando mais aquilo eu e outros
moradores nos unimos para reclamar, afinal ningum ali era bicho. (...) Colocamos fogo em colches e pneus, e jogamos
tudo no meio da rua. Veio policia CET, gente da prefeitura, moradores, muita gente. Essa foi primeira mobilizao que
fizemos e deu resultado. No outro dia, caminhes da prefeitura vieram e retiram todo o lixo. Aqui era uma maloca, lutamos
por muita coisa inclusive para tirar o nome de caldeiro do diabo que dava muita vergonha, essa e a luta para cobrir os
esgotos e valas em 1996, foram as mais significativas. Hoje pagamos gua com direito a esgoto. Mais a maior de todas as
lutas vai ser quando eu colocar a mo na chave do meu apartamento. Tem gente aqui que at j quitou as parcelas do
apartamento, e eu ainda estou aqui. Quero poder dizer um dia que tenho uma moradia digna igual na propaganda do minha
casa, minha vida. Nesse mesma poca em que cobriram as valas, e esgoto Davi Capistrano era prefeito e ajudou muito
aqui, ele esteve presente na maioria das lutas. Inclusive quando a Santa Casa quis leiloar o terreno e todos ficaram
desesperados, foi ele quem lutou e comprou a briga e o terreno. Fomos includos na lei ZEIS que diz que ningum pode nos
retirar daqui, a no ser para os prdios previstos pela COHAB. O primeiro prdio construdo foi com a ajuda dele, o prdio
tem o nome de Aldenora Maria de Jesus em homenagem lder da associao de moradores que na poca da inaugurao
estava doente em coma. (...) Agente no tem segurana de nada e a cada dia que passa tudo parece ficar cada vez mais
longe. Muita gente j morreu, muita gente j ta na sua casa, e muita gente ainda esta vivendo que nem bicho em
alojamento provisrio. No principio no gostava de morar aqui, mais o tempo vai passando e agente acaba se
acostumando. Em vista de outros lugares aqui ainda bom. Mais meu sonho mesmo antes de eu morrer morar em um
lugar de verdade, s meu.
3- NARRATIVA: JOSEFA MORADORA MAIS ANTIGA QUE J FOI ATENDIDA.
Me chamo Josefa Silva da Silva, isso porque eu j tinha Silva, isso porque eu j tinha Silva e quando me casei meu
marido tambm era. Tenho sessenta e nove anos e no dia dos namorados completo os setenta. Vim do Norte, Juripiranga,
Paraba. Sou casada nos dois civil e igreja, no Norte me casei na igreja e s em Santos no quando sai da Paraba, fui morar
no Rio de Janeiro. Eu, meu marido e meus seis filhos, trs meninas e dois meninos, todos nascidos no Norte. Meu marido
recebeu uma proposta pra trabalhar em Santos, foi ai que viemos pra c. Meu irmo j morava aqui em Santos, no
caldeiro do diabo, foi ele que construiu o barraquinho pra gente morar. Onde agente morava era logo ali na frente, e s
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tinha homem morando, nos outros barracos, eu era a nica mulher casada, ento eu e meu marido ramos o casal do local.
Vrios barraquinhos simples, e um banheiro s para todo mundo. Na hora de usar tinha que ficar esperando na fila e
vigiando pros homens no mexer. Pra lavar roupa e usar o tanque tambm tinha fila, porque tambm era um s. Eu
acordava cedo, e conseguia pegar o tanque vazio, mais as mulheres que trabalhavam o encontrava cheio no final da tarde.
Isso tudo tem trinta e nove anos, faz esse tempo que estou morando aqui, trinta e nove de Vila Santa Casa, antes caldeiro
do diabo e dezessete morando aqui no apartamento. Criei os filhos aqui, e hoje crio os netos, j tenho at bisneto. Foram
vinte e trs anos lutando para conseguir morar aqui. Ia COHAB a p, porque no tinha o dinheiro da passagem, tudo para
poder assinar a documentao. Foi a COHAB que procurou os moradores e fez um cadastro pra poder ir para os
apartamentos. Meu marido participou de todas as mobilizaes. Eu no, porque tinha cinco filhos, e ir com um monte de
menino no dava. Em tudo teve muito lenga, lenga, prometeram, prometeram na eleio e tudo demorou. A alegria maior,
foi quando depois de muito tempo, disseram que ganhamos o apartamento. Porm quando entramos nele, no tinha nada,
estava tudo vazio, tivemos que colocar tudo. O cho era cru, e fui colocando do devagarzinho. O que sobrava de outros
apartamentos como piso davam pra gente colocar no nosso. Lembro que foi s agente entrar no prdio pra mquina
destruir tudo, todos os barracos, foi muito triste. S consegui salvar algumas telhas. At hoje tenho famlia que mora em
barraco, quando vou visitar, passo dois, trs dias pensando na minha antiga casinha. Disso tudo levo que
pra ganhar tem que lutar. Foi o que agente fez, e conseguimos o apartamento. Quero estar viva de p pra ver todo o
povo morando nos predinhos tambm.
CONSIDERAES FINAIS.
No processo de reconhecimento da Vila Santa Casa em Santos, observamos atravs de seus moradores que de seu
inicio at os dias atuais, forte o processo de lutas, marcado pelo direito ao atendimento com uma moradia, direito
regularizao, reconhecimento como Vila Santa Casa, insero de condies bsicas de sobrevivncia (energia eltrica,
gua e saneamento bsico). Todas, consideradas lutas permanentes e conquistas realizadas pela luta e mobilizao dos
moradores que residem no local.
O processo de trabalho o qual estes moradores percorreram foi rduo e suas conquistas os impulsionam para que as
famlias que ainda residem em condies inadequadas de sobrevivncia continuem lutando para garantir seu direito a uma
habitao de fato digna, e que atenda aos quesitos previstos na atual Politica Nacional de Habitao.
Como relatado por uma das moradoras em uma das narrativas:. A luta continua e no para!
REFERNCIAS:
ALLIANCE CITIES ? Cities Without Slums ? A Urbanizao de favelas e assentamentos precrios. Disponvel em
www.citiesalliance.org. Acesso em janeiro de 2012.
BAIXADA SANTISTA. Companhia de Habitao - Empreendimentos Executados, Baixada Santista (1966 2009)
Disponvel em http://www.cohabsantista.com.br. Acesso em abril de 2012.
BAIXADA
SANTISTA
?
Desenvolvimento
Urbano
?
Plano
Municipal
de
Habitao.
Disponvel
em
http://www.santos.sp.gov.br/frame.php?pag=/planejamento/planejamento.php.Acesso 04 de fevereiro de 2013.
CAMPOS, A. Do Quilombo Favela - A produo do ?Espao Criminalizado? no Rio de Janeiro ? 4 edio ? Rio de
Janeiro: Nertrand Brasil, 2011.
NOAL, E. B. & JANCZURA, R. A Poltica Nacional de Habitao e a oferta de moradias. Textos & Contextos, Porto
Alegre (RS), v. 10, n. 1, p. 157 - 169, jan./jul. 2011.
OJIMA, R. As Cidades invisveis: a favela como desafio para urbanizao mundial. Revista Brasileira de Estudos de
Populao. UNICAMP. Ncleo de Estudos de Populao, Unicamp. IFCH. Departamento de Demografia. Campinas (SP),
vol. 24, dez/2007- pg. 345-347.
PLANOS LOCAIS DE HABITAO DE INTERESSE SOCIAL ? Secretria Nacional de Habitao e Ministrio das
Cidades. (2009).
POLITICA NACIONAL DE HABITAO. Secretria Nacional de Habitao. Disponvel em http://www.jbnn.com.br.
Acesso em maio de 2011.
PR-SAL, o que significa. Disponvel em http://www.mundovestibular.com.br. Acesso em maio de 2011.
TRABALHO SOCIAL EM PROGRAMAS E PROJETOS DE HAIBTAO DE INTERESSE SOCIAL ? Secretaria
Nacional de Habitao e Ministrio das Cidades (2010, setembro) Aula 2 ? Politica Nacional de Habitao, Intersetoralidade
e Integrao de Politicas Pblicas. Pgs 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31,32.
Participantes:

Orientador: TEREZINHA DE FTIMA RODRIGUES

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rea: Humanas
Autor: Vanessa Oliveira dos Santos
Ttulo: A criao do estranhamento nos filmes de Lucrecia Martel.
Palavras-Chave: estranhamento, close up, imagem, cinema, argentino
Em geral, o novo cinema contemporneo latino-americano apostou na volta a uma estrutura narrativa que se constri
por meio da transparncia e da continuidade temporal, herdada do dito cinema clssico. Lucrecia Martel um dos poucos
cineastas que aposta numa narrativa que contradiz essa direo, construindo um cinema que no quer contar apenas uma
histria, mas parece querer provocar um sentimento de estranhamento no espectador. Considerando esse aspecto de seus
filmes, e especialmente o filme, O Pntano, (2001), algumas questes surgem: se trata de uma retomada das estratgias
dos cinemas novos latino-americanos dos anos 1960, que quebraram com a familiaridade mimtica e representativa para
conscientizar o espectador? Ou uma forma nova de estranhamento? Ou algo que vai para outra direo?
Outra inquietao saber se o desnorteamento que se busca produzir no pblico uma proposta de jogo, na
construo do sentido pelo espectador, que estava ausente no cinema anterior. Caso isto seja plausvel, a proposta poltica
da cineasta tem um enfoque diverso, pois se trata de outro conceito de espectador que os seus filmes esto solicitando. As
reflexes de Jacques Rancire, principalmente a de seu livro, O espectador emancipado, (2010), torna-se uma referncia
fundamental para entender melhor esta nova abordagem do pblico.
Alm disso, importante mencionar que um marco dos filmes da cineasta a fragmentao dos planos, no sentido
temporal e espacial. Esse elemento, fundamental para sua potica cinematogrfica, parece ser um dos maiores
responsveis pelo estranhamento provocado por seus filmes e, portanto, uma das caractersticas que destacamos na
anlise. Essa caracterstica soma-se a outras, tais como: o tipo de plano utilizado, a continuidade aparentemente
diferenciada, que so fundamentais para pensar de que forma Lucrecia Martel aborda a produo do sentido em seu
cinema, e como as caractersticas do contexto social, econmico, poltico, esttico e cultural aparecem em seus filmes.
Dessa maneira, a esttica do estranhamento, em O Pntano, parece no estar mais na continuidade como acontecia
em Brecht, e sim no fragmento. Observa-se que esta fragmentao realizada em imagens corporais; pedaos de corpos,
na maioria das vezes, em plano aproximado. Esse recurso, de colocar o corpo como tema esttico, imagtico, to antigo na
histria das imagens, parece ser outro elemento da construo de sentido da cineasta. Citamos dois casos de forma
exemplar: se tem notcias do uso do corpo como manifestao artstica desde os primeiros povos aborgenes da Oceania,
os Oenpelli, que j combinavam som s suas imagens fragmentadas ou no, de corpos humanos e de animais, atravs dos
movimentos corporais proporcionados pela dana; outro exemplo desse arrebatamento antigo pela imagem do corpo a
Vnus de Willendorf, estatueta com medidas corporais desproporcionais, especialmente em reas comumente relacionadas
fertilidade (seios, quadris e coxas), que era carregada por toda parte pelos povos nmades, para as diferentes regies,
que acabou sendo encontrada na ustria, a pequena data de 3.000 a.C.
Atualmente, com os recursos disponveis, vemos Lucrecia Martel desenvolvendo seu cinema valorizando os corpos
para criao de sentido na tela. A fragmentao dos corpos cria uma atmosfera flmica que lembra o gnero trash. A
recuperao de uma esttica considerada menor como o trash, readquirida e trabalhada para que o estranhamento seja
expresso na pelcula. Nota-se este estilo, em O Pntano, de maneiras variadas: pelo som (o som do trovo), pelo prprio
ttulo do filme, pela atmosfera acinzentada e tambm pelo comportamento, recorrentemente, indiferente ou suspenso das
personagens, entre outros.
Ao estudar O Pntano, busca-se entender o aspecto diverso da retomada do cinema latino-americano, mostrando
com isso que no h um, mas vrios cinemas latino-americanos. Busca-se tambm aprofundar o estudo entre cinema,
cultura e sociedade, por meio de uma tentativa que rompa com a dicotomia centro e periferia, produzindo uma reflexo que
alm de privilegiar uma abordagem histrica, ajude a formular a possibilidade de uma histria do cinema latino-americano.
Participantes:

Orientador: Yanet Aguilera Viruz Franklin de Matos

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rea: Humanas - Cincias Socias
Autor: Aldo Jos Ferreira Ferraz
Ttulo: Jovens: Quem so eles? Quem eles pensam ser? Uma anlise a partir de um
processo de Educao popular com membros do programa Guardio Cidado ?
Santos/ SP
Palavras-Chave: Educao popular, Juventude, Jovens
A pesquisa realizada caracterizou uma possvel identidade juvenil e contribuiu com a definio do conceito de
juventude brasileira. Identificou tambm o potencial da educao popular para desenvolver entre os sujeitos envolvidos
(jovens e membros do Programa Guardio Cidado da Secretaria de Segurana Pblica de Santos/ SP) um olhar crtico
sobre a realidade em que esto inseridos e a participao poltica.
Materializou-se como uma pesquisa participante, que se efetivou a partir de vrios procedimentos: um levantamento
bibliogrfico (em estudos nacionais e internacionais) sobre o conceito de juventude; anlise dos dados sobre o perfil
socioeconmico e realizao de um processo educativo com os jovens a partir dos encontros sistemticos de formao,
com o uso de mltiplas linguagens, para dialogar com a forma como enxergam suas prprias experincias vividas e a
realidade social.
A pesquisa realizada constatou e reafirmou a pertinncia da no utilizao de um conceito de juventude
pr-estabelecido; sendo necessrio considerar diversos fatores como relevantes na transio para a vida adulta, tais como:
a cultura, a sociabilidade, a forma de produo e reproduo da vida, o espao e o tempo.
Os jovens envolvidos com a pesquisa participante, pertencentes classe trabalhadora, que sofrem o rebatimento da
precarizao do processo de trabalho e das polticas pblicas - demonstraram, a princpio, no se reconhecerem como
sujeitos histricos e reproduziram os padres, os valores e a lgica de funcionamento da sociedade capitalista atual. Os
poucos projetos/ sonhos que possuem so para a dimenso individual e esto relacionadas a aquisio de um bem material
de consumo ou alcance de status ou fama. No vislumbravam possibilidades de haver mudanas estruturais na sociedade,
ou seja, h a presena da alienao como alicerce para a manuteno da estrutura e da dinmica social vigente.
Com o processo formativo foi possvel abordar as percepes dos sujeitos e gerar reflexes e conhecimento sobre
as expresses e a forma de estruturao e funcionamento da sociedade capitalista: a desigualdade social e suas
consequncias, a mercantilizao e o consumismo, a individualizao e a segregao, a precarizao do trabalho e dos
servios pblicos, a definio de padres sociais e o papel da mdia. Houve um estmulo ao aprendizado contnuo, ao
desenvolvimento da criticidade, a participao poltica e ao exerccio da cidadania.
Participantes:

Discente: Aldo Jos Ferreira Ferraz

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Cincias Socias
Autor: Brbara Rebeca Alves Magarian
Ttulo: A relao entre liberdade de imprensa e democracia atravs dos clssicos
Palavras-Chave: Democracia, Liberdade de imprensa, Tocqueville, Stuart Mill, Thomas Jefferson
O presente trabalho teve como objetivo analisar a relao entre liberdade de imprensa e democracia. Para tanto, foi
necessrio retornar s origens do debate e recorrer aos clssicos que dissertaram sobre o assunto. O estudo foi pautado
por autores como Tocqueville, Stuart Mill e Thomas Jefferson; analisamos as importantes obras dos autores acima citados,
o que nos permitiu traar um quadro com diferentes vises em relao ao tema. Tomamos como eixo questes como: Seria
a democracia realmente correlata liberdade de imprensa? Qual seria o verdadeiro papel da imprensa nos regimes
democrticos? Onde os autores clssicos se distinguem e/ou se encontram acerca do assunto? A liberdade de imprensa
seria uma liberdade fundamental, bem como um fator preponderante para a existncia da democracia? Por que?
Observou-se que a liberdade de imprensa um elemento essencial, em cada um dos autores, em diferentes termos,
para a existncia de um governo democrtico. Assim, conclui-se que a anlise dos clssicos nos permite responder s
questes levantadas, bem como fornecer a base para um debate amplo e atual do tema.
Participantes:

Orientador: Gabriela Nunes Ferreira

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Cincias Socias
Autor: Carolina Alvim Santos
Ttulo: A Festa de Nossa Senhora do Bonsucesso e o Dia da Carpio: proposta de
abordagem histrico-religiosa
Palavras-Chave: antropologia das religies, ritual, catolicismo, multiculturalismo
Ttulo da Pesquisa: A Festa de Nossa Senhora do Bonsucesso e o Dia da Carpio: proposta de abordagem
histrico-religiosa (CNPq-PIBIC)
Orientador: Prof. Dra. Cristina Pompa (UNIFESP-EFLCH)
Pesquisadora: Carolina Alvim Santos (UNIFESP-EFLCH)
A presente pesquisa intitulada, "A Festa de Nossa Senhora do Bonsucesso e o Dia da Carpio: proposta de
abordagem histrico-religiosa" trata-se da Festa de Nossa Senhora do Bonsucesso e o Dia da Carpio realizados h mais
de dois sculos e meio, no bairro de Bonsucesso em Guarulhos.
O Dia da Carpio refere-se crena segundo a qual a terra em volta da Igreja de Nossa Senhora do Bonsucesso
opera milagres. Este dia ocorre na primeira segunda-feira do ms de agosto, os romeiros vo at Bonsucesso, pegam a
terra situada dentro de um tanque de concreto em frente Igreja de Nossa Senhora do Bonsucesso, colocam-na num leno
ou num saco plstico e a carregam junto ao corpo, especificamente em contato com o local enfermo. Seguem numa
trajetria de vrias viagens de ida-volta para buscar e jogar a terra, buscando a terra na Igreja da santa e jogando-a em
frente Igreja de So Benedito dos Homens Pretos. J no ltimo domingo do ms de agosto, celebrada a festa em louvor
a Nossa Senhora do Bonsucesso, dia em que os romeiros vo cumprir promessas passando pelos "ps da santa".
Este segundo trabalho cientfico tem como objetivo central uma nova abordagem metodolgica, pouco conhecida no
Brasil, diferente da primeira pesquisa de Iniciao Cientfica, mas bastante estimulante para se pensar a festa, trata-se da
metodologia da Escola Histrico-Religiosa Italiana que tem como um dos principais tericos Ernesto De Martino.
Utilizando-se tambm da etnografia como mtodo de pesquisa, permitiu ao pesquisador uma observao detalhada
das prticas discursivas e no-discursivas dos atores sociais durante o festejo. O trabalho etnogrfico possibilita a anlise
das formas simblicas por meio das quais os "nativos" se expressam. Desta maneira, foram observadas e anotadas as
atitudes dos diversos atores sociais participante do festejo: ao chegarem em Bonsucesso, durante o culto, na prtica ritual,
na procisso e ao irem embora. Tambm foram realizadas entrevistas, no somente durante o festejo, mas tambm fora do
ambiente da festa.
No primeiro ano de pesquisa, buscou-se investigar as relaes sociais que se constituem no entorno das Igrejas de
Nossa Senhora do Bonsucesso e de So Benedito dos Homens Pretos durante a festa e a eficcia simblica do ritual de se
carregar a terra como uma prtica de cura no Dia da Carpio. Os resultados obtidos foram bastante satisfatrios, deixando
para este segundo trabalho uma reflexo mais atenta sobre a dialtica sagrado/profano. Tericos utilizados no primeiro
trabalho, como Turner e Mauss, deixaram de lado esta problemtica propriamente religiosa, portanto, a
utilizao de
tericos da Escola Histrico-Religiosa Italiana mostrou-se eficaz.
Assim sendo, a festa de Bonsucesso uma "dimenso espao-temporal outra"(1) , sagrada e
fenmeno cultural,
cujo objetivo evitar "o risco da perda da presena" (2), possibilitando a reintegrao cultural a partir dos ritos e dos mitos.
A crise da presena, passvel de ser controlada, sustentada por valores profanos que so compartilhados socialmente,
por isso mesmo, o sagrado tem os requisitos do mundo cultural para responder as exigncias dos indivduos.
(1) Massenzio, Marcello. A histria das religies na cultura moderna. Editora Hedra, So Paulo, 2005. P.161
(2) Ibid, 2005, p.167
Bibliografia:
Massenzio, Marcello. A histria das religies na cultura moderna. Editora Hedra, So Paulo, 2005
Participantes:

Discente: Carolina Alvim Santos

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Cincias Socias
Autor: CONCEIO APARECIDA SANTANA SILVA
Ttulo: Missas afro no centro urbano da cidade de So Paulo. Estudo etnogrfico
sobre dramatizao e conflito em um contexto ritual de afirmao da identidade negra.
Palavras-Chave: segregao urbana, religiosidade, ritual, identidade negra
INTRODUO: O encontro da cultura africana com a ocidental esteve relacionado, em especial, ao trfico de
escravos da frica Centro-Ocidental para a Amrica e deixou diversas marcas no campo dos embates fsicos, como a
escravido, que na Amrica foi pautada pela explorao mxima do trabalho, a tortura e maus tratos. Alm da violncia da
travessia, os escravos viviam dias em meio sujeira, fome e diversas doenas.
A fragmentao tnica e lingustica
produziu no grupo, desde a travessia, a necessidade de construo de formas de resistncia poltica e de uma nova
maneira de viver. As irmandades negras construdas no espao do catolicismo responderam a essa necessidade de
reorganizao da cultura sob a escravido. Nestas instituies tinham a possibilidade de atuarem em conjunto para
melhorar as condies do grupo e ter alguma proteo e dignidade, alm de poderem organizar festas, de acordo com as
possibilidades, em louvor aos seus santos protetores. Toda essa atuao dentro da Irmandade evidencia uma forma de
resistncia dos negros em meio escravido. Nestes locais a f, a cultura e a articulao poltica dividem o mesmo espao.
As irmandades ainda se apresentam como um espao, historicamente reconfigurado na contemporaneidade, imerso em
conflitos simblicos que marcaram suas origens. Algumas irmandades ainda existem, mas sua atuao hoje diferente da
poca da escravido. Atualmente outras manifestaes da identidade negra tm ocorrido no seio da Igreja. A missa afro
uma delas, e de maneira ainda mais legitimada do que as irmandades, uma vez que aspectos culturais africanos so
trazidos para dentro do rito romano, o que envolve uma negociao ainda maior com a Igreja e evidencia que o problema
histrico do conflito entre a cultura africana e a
ocidental se reedita na missa. A missa afro , portanto, um espao
contemporneo negociado de elaborao das lutas polticas dos negros, que tem como lcus o empenho em articular a
identidade negra no espao dominante do catolicismo.
OBJETIVOS: Procuramos compreender o fenmeno das missas afro a partir do estudo de situao social. Adotamos
as propostas de Gluckman (1987), mais bem definida como estudo de caso extensivo, isto , o estudo de um fenmeno
observado no presente, mas que possui uma longa tradio histrica que o estrutura. Analisamos como esse conflito
histrico aparece hoje, a partir das missas afro, atravs de trs dimenses: das missas, da formao das irmandades
negras, especialmente a do Rosrio, e o contexto urbano onde elas se situam.
MTODO: Adotamos a metodologia qualitativa. Do ponto de vista terico esse estudo foi realizado a partir da
perspectiva aberta pela antropologia inglesa, que possui ?enfoques que tentam captar a variao, a contradio, o conflito
de normas e a manipulao de regras e, da, para a elaborao subsequente de uma perspectiva processual e histrica?
(FELDMAN-BIANCO, 1987, p. 24). Essa perspectiva tem se revelado adequada para investigaes sobre problemas
situados no mbito das sociedades contemporneas. A forma como esse ritual de estrutura atualmente e os usos, sentidos
e significados desses smbolos, tais como msica, santos negros, homilias, discursos e outros durante a missa, foram
priorizados como objetos de anlise etnogrfica. Alm disso, se fez necessrio uma contextualizao histrica e do espao
urbano. Recorreremos a documentos, entrevistas, observao participante e outros. O local privilegiado a regio Central
de So Paulo, a princpio focalizamos quatro Igrejas: Igreja Nossa Senhora do Rosrio dos Homens Pretos, Santa Ifignia,
Igreja Nossa Senhora Achiropita, e Catedral da S. Durante a pesquisa, dirigimos o foco para a Igreja Nossa Senhora
Achiropita, onde as missas afro ocorrem com relativa frequncia.
RESULTADOS: Os estudos empricos nos conduziram Igreja Nossa Senhora Achiropita, tradicionalmente
conhecida por ser uma comunidade italiana. Foi exatamente nela que se verificou a ocorrncia da celebrao de missas
afro com maior regularidade. Identificamos nessa Igreja a existncia de um grupo, bem organizado, responsvel por
articular a f e a identidade negra. Referimo-nos Pastoral Afro, uma instituio que conta com vinte e cinco anos de
existncia. Os dados orais, entrevistas, observaes realizadas durante o trabalho de campo confirmam que o Bairro do
Bixiga foi outrora um quilombo. Durante os anos 1930-1950, abrigou tambm um importante territrio negro. A formao da
Pastoral Afro e as missas afro resultam do empenho do grupo em articular o passado e o presente das lutas dos negros na
cidade.
CONCLUSO: Nosso pressuposto inicial de que a Igreja do Rosrio fosse nosso principal objeto de estudo devido
existncia de uma Irmandade, que foi construda pelos escravos e permanece at aos dias atuais, foi surpreendido pelas
atividades existentes na Achiropita, em nossa anlise foi l que os conflitos, de maneira dramatizada, apareceram mais
intensamente uma vez que o espao precisou ser negociado no apenas com o catolicismo mas tambm com a
comunidade italiana que historicamente tambm se fixou no Bixiga.
Participantes:

Orientador: Jos Carlos Gomes da Silva

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Cincias Socias
Autor: Diogo Corra Meyer
Ttulo: "O futebol no uma questo de vida ou morte. mais que isso": A
construo de identidades na Copa Libertadores
Palavras-Chave: Futebol; Identidade; Meios de comunicao
Busca-se com esta pesquisa compreender o fenmeno da formao de identidades regionais e o surgimento de
vises sobre o Outro atravs do futebol. Para isso, o foco sero alguns confrontos entre brasileiros e argentinos e, em um
contexto interno, gachos e paulistanos na Copa Libertadores da Amrica, principal torneio interclubes da Amrica Latina,
sob a tica de quatro jornais brasileiros, dois paulistas ("O Estado de So Paulo" e "Folha de So Paulo") e dois
riograndenses ("Zero Hora" e "Correio do Povo"). As equipes que participam desta competio auxiliam na constituio
imaginada de identidades e comunidades e levam consigo uma representao, ora nacional, ora regional . Os jornais
exercem um papel essencial na produo e reproduo das imagens do "Ns" e dos "Outros", reforando a identidade
interna atravs das narrativas dos jogos. O elemento central analisado ser a importncia do futebol e dos meios de
comunicao impressos que faro a cobertura deste esporte na construo de identidades regionais, tomando como base
um torneio internacional de clubes.
Participantes:

Orientador: Jos Lindomar Albuquerque

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Cincias Socias
Autor: Fernando Jos Filho
Ttulo: So Paulo: sociologia, cinema e memria
Palavras-Chave: Sociologia e Cinema
O resumo descrito abaixo faz parte da proposta de renovao da pesquisa So Paulo: Sociologia, cinema e memria
que est sendo desenvolvido atualmente com financiamento Bolsa de Iniciao Cientfica Institucional (PIBIC) da UNIFESP
na modalidade Aes Afirmativas, 2010-2011.
O projeto analisa de trs filmes que tiveram So Paulo como ?cenrio? privilegiado das filmagens: o documentrio
So Paulo, sinfonia da Metrpole (1929) realizado pelos hngaros Adalberto Kemeny e Rodolfo Rex Lusting e os longas de
fico Simo, o caolho (1952) de Alberto Cavalcante e So Paulo S.A (1965) de Luiz Srgio Person.
Esta pesquisa est no seu terceiro ano de financiamento. No Congresso de 2011 apresentei as minhas pesquisas
sobre o documentrio So Paulo, sinfonia da metrpole. Em 2012 aoresentei neste mesmo Congresso sobre o filme Simo
o caolho. E no Congresso de 2013 pretendo apresentar alguns pontos do desenvolvimento da pesquisa do filme So Paulo
S/A.
So Paulo sinfonia da metrpole apresenta como panoramas discursivos as transformaes das grandes
cidades e estruturas as quais podemos diferenciar um metrpole de uma vila qualquer. Neste documentrio, os diretores
percorrem a cidade filmando imagens do cotidiano, que possa evidenciar aspectos diferencias de uma a metrpole. Com
esse documentrio podemos fazer uma anlise tcnica do cinema neste perodo, a sua evoluo e a passagem de um
cinema mais voltado para filmar imagens cotidianas para um cinema em que o tcnico e esttico eram mais valorizados,
buscava neste perodo, um ?cinema que pudesse ser vitrine de uma nao? ( MORETTIN, p. 139).
O segundo filme Simo, o caolho primeiro filme dirigido oficialmente por Alberto Cavalcanti no Brasil.
Estrelado por Olympio Bastos (mais conhecido como Mesquitinha), a obra foi inspirada nas crnicas de Galeo Coutinho e
estreou em So Paulo em novembro de 1952, na inaugurao da I Mostra Retrospectiva do Cinema Brasileiro. Com Simo,
o caolho e possivel fazer uma anlise do individuo frente as tranformaes da cidade. Umas das cenas, plausvel de ser
observada, na qual Simo, olha de baixo para a cima, demolio de prdios e outros sendo erguidos com uma rapidez
frentica. A cmera filma cidade de cima coberta de arrana-cus. E numa passagem de tempo em 20 anos, Simo se
depara observando uma cidade com pessoas andando apressadamente, carros passando e fachadas de predios com
luminosos modernos. Simo sente falta de uma cidade mais calma, onde as pessoas pudessem ter tempo de conversar,
esse sentimento perceptvel, na cena qual ele entra num caf, e no consegue conversar como antes, com os clientes e
a atendente, sendo empurrado e ?acotovelado? por outros clientes: ?- Pois eu conheo este caf h vinte anos. Como
passa o tempo, heim ? Isto aqui era calmo, sossegado, cheio de mesinhas. No tinha esses afobados que derrubam o caf
na gente??
O ltimo filme analisado So Paulo, S/A do diretor Luiz Srgio Persom, e protagonizado por Walmor Chagas
e Eva Wilma. Com este filme, Person mostra como o homem moderno preso as ?engrenagens? de uma sociedade, a
qual nas suas prprias, este homem apenas um dente desta mesma engrenagem. Carlos personagem de Walmor
Chagas arrastado e no tem conhecimento do sistema na qual ele faz parte. Nunca tem coragem de tomar suas prprias
decises. So Paulo S/A ambientada no perodo da instalao das grandes multinacionais do ramo automobilstico no
estado de So Paulo, ou seja, o boom industrial do pas. Com isso, vrias pequenas empresas vinculadas a este setor
tambm surgiam para dar um suporte: oficinas, concessionrias, lojas especializadas, e Carlos o gerente de umas destas
lojas.Outro debate apontado neste filme a especializao e ramificao da cidade acompanhada, sobretudo pela sua
metropolizao, e como esse processo anmico (usando o termo de Simmel) subjetivado no espirito do homem, agora
moderno.?Person no quis fazer um filme sobre grande empresrios do setor automobilstico e sim de pessoas comunas
que aproveitaram esse momento para montar pequenas fbricas, situadas nas dependncias da grande indstria?,
Na pesquisa foi mobilizados alguns autores como referncia terica: Walter Benjamin, Maurice Halwbachs e
Georg Simmel para pensar temas como cidades, individuo, modernidade e memria.
Participantes:

Discente: Fernando Jos Filho

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Cincias Socias
Autor: Jssica Mayara de Melo Carvalho
Ttulo: Reconstruo do dilogo entre Maria Eva Duarte de Pern e o Movimento
Feminista na Argentina por intermdio do Sufrgio Feminino.
Palavras-Chave: Eva Pern, Feminismo e Peronismo.
Este projeto de pesquisa tem como objetivo central a realizao da reconstruo da disputa pela conquista do
sufrgio feminino na Argentina, que ops o Peronismo -principalmente, por Eva Pern- e o Movimento Feminista do pas. A
anlise baseada principalmente no perodo do governo do General Juan Domingues Pern, em que ocorrer uma maior
polemizao em relao aos direitos polticos da mulher na Argentina. Contudo, faz-se necessrio uma retomada histrica
do movimento pr-sufrgio para anlise dos projetos de lei antecedentes ao 13.010, reconhecendo os direitos polticos da
mulher atravs do voto.
As bases de divergncia entre o peronismo e o feminismo residem em concepes distintas acerca da participao
das mulheres argentinas na esfera pblica. O discurso peronista ser difundido principalmente, por Eva Pern,
primeira-dama do pas, personagem de grande visibilidade nos meios de comunicao e que ter como bandeira a defesa
dos humildes e da conquista do sufrgio feminino. Desta maneira, o peronismo estar feminizado em torno da figura de
Evita. Enquanto o movimento feminista, enquadrado como oposio pelo governo dirigente de Pern, sob influncias de
razes tericas europeias, defender a participao plena da mulher na esfera poltica do pas, de modo que a barreira entre
pblico e privado fosse flexibilizada, ao desvincular o papel da mulher como sujeito poltico de suas atividades socialmente
naturalizadas de donas de casa, mes e outras exercidas na esfera privada.
Em um cenrio de ps-guerra, a dcada de 20 foi composta por diversas mudanas sociais. Ao ter que exercer
diversas funes durante o perodo blico, enquanto os homens estavam na guerra, as mulheres foram obrigadas a deixar
seus lares e passaram a exercer expressiva atividade no mbito pblico de diversos pases. Com isso, aps o trmino da
guerra, nos pases da Europa e da Amrica do Norte houve reivindicaes por movimentos formados por mulheres por
medidas igualitrias, reformas nos direitos civis, polticos e sociais. E no ano de 1919, o deputado Rogelio Araya da Unio
Cvica Radical, partido de oposio ao Partido Justicialista -Peronista-, apresentou o primeiro projeto de lei de sufrgio
feminino na Argentina. Contudo, no fora sancionado logo de incio e com o clima de transformaes poltico-sociais que se
observava no panorama poltico internacional, o Congresso da Nao recebeu vrios projetos de sufrgio na dcada. Em
um histrico de onze projetos enviados anteriormente ao Congresso, apenas com a aproximao das eleies presidenciais
de 1951 e com apoio do Partido Peronista, a lei 13.010 foi sancionada. Assegurando direitos polticos igualitrios entre
homens e mulheres argentinas, tornando um marco para o sistema democrtico do pas.
Com o surgimento do Partido Peronista Feminino em 1946, liderado por Eva Pern, o Peronismo ambicionava uma
participao poltica das mulheres que no representasse uma ruptura absoluta com a herana cultural que agregava suas
experincias e saberes, esfera pblica em uma tentativa de tornar a poltica mais ''moral'' e virtuosa. O partido
representava uma tentativa de aproximar e, ao mesmo tempo, integrar as massas. Para isso, foram fundadas as Unidades
Bsicas cujo objetivo central era engajar as mulheres em atividades de cuidado nas reas educacionais e de sade pblica.
Dessa forma, as unidades funcionavam como poderoso mecanismo de propagao da ideologia do movimento peronista e
de socializao das integrantes do movimento atravs das aes sociais prestadas. Durante a anlise das Unidades
Bsicas do Partido Peronista Feminino, e da Fundao de Ajuda Social Eva Pern, foi possvel observar que as aes de
polticas pblicas do governo do General Pern confundem-se muitas vezes com aes de cuidados assistencialistas.
medida que o discurso desse movimento sugeria a transformao do Estado em um grande lar. Assim, o trabalho social era
visto por Juan e Eva Pern como uma forma de participao poltica, desenvolvido pelas mulheres.
No plo oposto estava o Movimento Feminista do pas, com um histrico de luta a favor do direito ao sufrgio
feminino que culminou no ano de 1928 com a fundao do Partido Feminista Nacional por Julieta Lantieri e as militantes
socialistas. O movimento acabou diluindo-se frente forte oposio peronista, depois da tomada do poder por Juan Pern.
Desde ento, as feministas desviaram seu foco do sufrgio feminino para a oposio poltica ao peronismo. Assim,
excepcionalmente, ocorreu na Argentina a sano do direito ao voto feminino a partir de uma bandeira no feminista, em
que o histrico de luta deste movimento fora apagado a partir de uma mulher, cuja conquista fora depositada em suas
mos, Evita.
Participantes:

Orientador: Ingrid Cyfer

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Cincias Socias
Autor: Joice Oliveira Pires
Ttulo: O Olhar Masculino como Formador da Representao da Mulher no Cinema: o
caso do filme noir
Palavras-Chave: Imagem da mulher no cinema; Femme fatale; Filme Noir; Sociologia.
Pretende-se estudar os filmes Gilda (1946), Os Assassinos (1946 - The Killers) e Mortalmente Perigosa (1950 - Gun
Crazy ou Deadly is the Female), de modo a identificar e discutir, por meio da anlise de cada um deles, a maneira como a
figura da mulher construda no cinema das dcadas de 1940-1950. Tais anlises sero articuladas com o contexto social
da poca. A hiptese de que embora o filme noir (gnero no qual os trs filmes acima podem ser encaixados) aparente
ser libertrio para a representao da mulher, ele tambm traz uma srie de contradies que levam a um olhar
conservador, pois as personagens femininas eram vistas no interior de uma ordem masculina que as posicionava mais
como um objeto do que como um sujeito.
Participantes:

Discente: Joice Oliveira Pires

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Cincias Socias
Autor: Kathleen Ferreira Angulo
Ttulo: A prtica democrtica nos Conselhos Tutelares de Guarulhos
Palavras-Chave: Conselhos Tutelares; ECA; participao poltica
A presente pesquisa possui como objeto de estudo os Conselhos Tutelares enquanto mecanismos
jurdico-polticos institudos pelo Estado brasileiro, visando democratizar a gesto poltica e possibilitar a participao de
representantes das comunidades onde os prprios Conselhos esto inseridos nas polticas sociais implementadas na rea
da criana e do adolescente. Nesse sentido, teve por objetivo a investigao de como se d a diferena entre a esfera
tcnica (atendimento direto) e a esfera poltica (encaminhamento das demandas infanto-juvenis das comunidades) a partir
do estudo de dois Conselhos Tutelares da cidade de Guarulhos. A escolha dos locais do trabalho de campo deu-se pela
possibilidade de confrontar os dados de um Conselho de um bairro perifrico (Pimentas) com os dados de um Conselho da
regio central, baseando-se na hiptese de que as demandas variavam de acordo com a localizao. Esse recorte
investigativo possibilitou a problematizao da situao da denominada esfera poltica dos Conselhos Tutelares, ou seja, da
capacidade do Conselho se mobilizar, se articular e participar nos espaos que possam garantir a prioridade absoluta de
direitos da criana e dos adolescentes.
A tarefa foi empreendida por meio dos dados fornecidos pelos prprios conselheiros. Alm disso, durante a etapa
da pesquisa, buscou-se tambm apreender quais foram os processos histricos e polticos que levaram concepo do
Conselho Tutelar, as experincias anteriores que forneceram bases para sua estruturao e, especialmente, os atores
sociais que movimentaram sua criao. Desse modo, a pesquisa apresenta o percurso transcorrido at a criao dos
Conselhos Tutelares no Brasil, buscando refletir acerca da atual situao do Conselho enquanto um espao anterior
deliberao de polticas pblicas que assegurem os direitos da infncia e adolescncia.
Participantes:

Orientador: Bruno Konder Comparato


Discente: Kathleen Ferreira Angulo

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Cincias Socias
Autor: Lindolfo Campos Sancho
Ttulo: Espao pblico e moradia: as construes simblicas do centro de So Paulo
Palavras-Chave: centro cidade transformao urbana
Desde a dcada de 1990 o centro da cidade de So Paulo objeto de discusses e aes de interveno que tm
como objetivo sua transformao fsica e simblica.
Considerando que essas discusses e intervenes evidenciam no apenas aspectos objetivos da atual situao do
centro, mas tambm ideais de cidade que, quando confrontados com o centro real, so mobilizados como referncia para
julgamentos de valor e justificativas de transformaes urbanas, o objetivo desta pesquisa delinear este espao de
fronteiras simblicas embaadas com base nos imaginrios construdos a seu respeito quando em relao com estes
mesmos ideais de cidade. Procurando evidenciar, assim, como as transformaes histricas de seu acervo arquitetnico,
dos usos de seu espao, das formas de ocupao e das caractersticas de quem o ocupa so mobilizados em construes
simblicas que imprimem formas de ver e experienciar a regio.
Desta forma, abordo alguns dos principais momentos de transformao da cidade para realar dois aspectos que
considero relevantes para a compreenso de como uma regio diversa como o centro de So Paulo passou a ser
reconhecida por determinadas caractersticas que so mobilizadas nas discusses e intervenes mencionadas. Estes dois
aspectos so: as formaes e transformaes de sua paisagem edificada enquanto representantes de uma identidade
construda e divulgada da cidade, e as transformaes nos usos cotidianos de seu espao - com foco em seu espao
enquanto lugar de se morar.
Participantes:

Discente: Lindolfo Campos Sancho

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Cincias Socias
Autor: Luana de Paula Perez
Ttulo: EDUCAO E SOCIEDADE: CORRESPONDNCIAS GRAMSCIANAS NA
FORMULAO DA PEDAGOGIA HISTRICO-CRTICA
Palavras-Chave: Educao, escola unitria, intelectual orgnico, Pedagogia Histrico-Crtica
Essa pesquisa teve como objetivo principal identificar as correspondncias entre a teoria educacional e social
gramsciana e a proposta pedaggica da Pedagogia Histrico-Crtica Demerval Saviani. Para que esse trabalho fosse
realizado a metodologia utilizada foi o levantamento bibliogrfico das principais obras dos autores em questo: Antonio
Gramsci em ?Cadernos do crcere? e Dermeval Saviani em ?Pedagogia Histrico Crtica: primeiras aproximaes?, ?
Escola e Democracia? e ?A Pedagogia no Brasil?. Neste ponto tambm foi levantado uma bibliografia bsica sobre os
principais comentadores dos dois autores: Mario A. Manacorda, Marcos Del Roio, Edmundo Fernandes Dias, Rosemary
Dore Soares, lvaro Bianchi e Carlos Nelson Coutinho sobre Gramsci e Newton Duarte e Joo Luiz Gasparin a respeito de
Dermeval Saviani.
Para analisar a teoria educacional de Antonio Gramsci foram utilizados conceitos relacionados educao como:
escola unitria e intelectual orgnico, assim como conceitos de sua teoria social necessrios tambm para a compreenso
da sua teoria educacional como: Hegemonia, Guerra de Posio, Guerra de Movimento, Bloco Histrico e Catarse. Esses
conceitos foram necessrios para entender como Antonio Gramsci concebe a ideia da educao e o movimento da escola
unitria na transformao da sociedade para uma sociedade socialista e tambm para entender o funcionamento da
sociedade capitalista apoiado nos conceitos chaves. Nesse momento de entendimento do funcionamento da escola unitria
o autor se baseia em dois modelos para formular seu novo modelo escolar, sendo estes: a teoria da escola ativa de Dewey
e a teoria da escola do trabalho de Pistrak.
Na anlise sobre Dermeval Saviani foram retomadas algumas teorias educacionais e teorias pedaggicas as quais
ele se inspirou para formular a Pedagogia Histrico-Crtica (PHC). As teorias pedaggicas utilizadas foram as teorias,
denominadas pelo autor de no-crticas sendo estas: Ensino Tradicional, Ensino Tecnicista e Escola Nova. No que diz
respeito teoria educacional o autor observou as teorias por ele denominadas de teoria crtico-reprodutivistas, tendo por
base autores como: L. Althusser, P. Bourdieu e J. C. Passeron, e Baudelot e Establet. Na inteno de uma superao
dialtica destes modelos Saviani formula a PHC que vem da sntese dessas teorias tanto na concepo educacional como
na concepo pedaggica.
Aps a reflexo sobre os dois autores e os desdobramentos de suas teorias foram encontradas as seguintes
correspondncias. 1) a questo da funo dos intelectuais orgnicos na concepo gramsciana e a ideia da escola como
formadora de cidados crticos de Saviani; 2) A escola tem papel fundamental na formao, mas no atravs dela que
ocorrer a transformao da sociedade, esta deve estar associada aos partidos polticos e aos intelectuais das classes
subalternas; 3) Papel do professor como mediador da educao; 4) Conceito de Catarse, apropriado por Saviani da teoria
gramsciana, como o ponto de inflexo para a transformao do pensamento humano; 5) A catarse s ocorre atravs de um
processo pedaggico para ambos os autores; 6) Anlise do Bloco Histrico para a superao e nova relao entre estrutura
e super estrutura; 7) A guerra de posio como ttica para transformao social, dentro da escola e na sociedade e 8) A
questo da nova Hegemonia em que a relao pedaggica da PHC se encontra na mesma discusso de Gramsci sobre
passar do momento econmico-corporativo para o momento tico-poltico.
Participantes:

Discente: Luana de Paula Perez

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Cincias Socias
Autor: Mauricio Reis Grazia
Ttulo: Adeus ao Proletariado: uma anlise da influncia de Andr Gorz na discusso
sociolgica de classe e estratificao social no Brasil
Palavras-Chave: Gorz, Classe Sociais, Estratificao social e marxismo
O presente projeto de pesquisa tem por objetivo principal investigar, mediante a realizao de um estudo
bibliogrfico em livros e peridicos acadmicos, como a sociologia brasileira absorveu a tese de ?fim das classes sociais?
exposta por Andr Gorz em sua obra ?Adeus ao Proletariado? de 1982. Nossa hiptese de que a estrutura social
brasileira ao final da dcada de 1970 e incio de 1980 era distinta da estrutura social europia analisada por Gorz, que se
configurava como pases de economias capitalistas centrais. Com base nesta hiptese, consideramos importante
compreender sobre quais formas a teoria de fim das classes exposta por Gorz foi trabalhada no Brasil.
Tendo em vista as mudanas no processo de produo industrial nos anos 1970, Gorz lana um novo olhar sobre a
sociedade capitalista e repensa teses fundamentais da teoria marxista. No sentido de compreender com maior amplitude a
anlise feita por Gorz em Adeus ao Proletariado utilizaremos tambm outras obras de Gorz a partir dos anos 1980, como
Critica da Diviso do Trabalho, Metamorfoses do Trabalho e Misrias do Presente, Riqueza do Possvel. Este projeto se
caracteriza como uma incurso preliminar em uma discusso terica ampla e est vinculado ao grupo de pesquisa ?Classe
Social e Valor na Teoria Social Contempornea? financiado pela FAPESP (Processo n 2011/23506-1).
Participantes:

Discente: Mauricio Reis Grazia

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Cincias Socias
Autor: Mayara Fervorini Silva
Ttulo: Clube de Matemtica e a superao das dificuldades de aprendizagem de
crianas do Ensino Fundamental
Palavras-Chave: Clube de matemtica; aprendizagem; dificuldades; educao matemtica; jogo
H dcadas o ensino da matemtica vem sendo apontado por educadores e estudantes como um grande desafio a
ser enfrentado nas escolas brasileiras. A preocupao se justifica uma vez que h um grande nmero de reprovaes,
assim como grande descontentamento e dificuldades dos alunos relacionadas essa rea de conhecimento. Aliado a isso,
h uma desqualificao no ensino da matemtica desenvolvido nas escolas. Uma das formas de favorecer a aprendizagem
ensinar essa disciplina por um mtodo no qual os alunos partam de uma base concreta e se apropriem gradualmente dos
conceitos. Uma experincia elaborada neste sentido o "Clube de Matemtica", desenvolvido como ao de extenso junto
ao Departamento de Educao da UNIFESP.
Neste contexto, essa pesquisa objetivou analisar o desenvolvimento da aprendizagem de crianas, diagnosticadas
pela professora de suas salas, com dificuldade em aprender Matemtica. No perodo de dois meses acompanhamos um
grupo de trs alunos do 2 ano do Ensino Fundamental, durante a realizao das atividades do Clube. Como preparao
para a elaborao das propostas, fizemos o estudo de referenciais tericos como Vygotsky, Moura, Moretti, o planejamento
de atividades prprias para esses alunos e a aplicao das mesmas. A coleta de dados se deu por meio de dirio de campo
no qual foram registradas falas, aes e reaes das crianas diante das propostas desenvolvidas no Clube. Na anlise dos
dados foi possvel identificar o desenvolvimento das crianas em relao aprendizagem dos conceitos matemticos, tais
como sequncia numrica, correspondncia biunvoca, resoluo de situaes-problema, adio e subtrao. Os resultados
nos permitem afirmar a relevncia e a eficcia do Clube de Matemtica como facilitador da apropriao de noes
matemticas em alunos com dificuldades de aprendizagem.
Participantes:

Orientador: Doutora Vanessa Dias Moretti

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Cincias Socias
Autor: Paula Andra Gomes Bortolin
Ttulo: A Controvrsia em torno da aprovao da unio estvel homoafetiva no Brasil.
Palavras-Chave: controvrsias, espao pblico, unio homoafetiva.
A aprovao da Ao Direta de Inconstitucionalidade (ADI) n. 4277 pelo Supremo Tribunal Federal, no dia em 5 de
maio de 2011 , proposta pela Procuradoria-Geral da Repblica e da Arguio de Descumprimento de Preceito Fundamental
(ADPF) n. 132, apresentada pelo governador do estado do Rio de Janeiro Srgio Cabral, provocou uma grande
controvrsia entre atores que se posicionaram contrrios e favorveis a esta deciso.
Esta A.D.I. n. 4277 tornou possvel a unio entre pessoas do mesmo sexo no Brasil (tambm chamadas de unies
homoafetivas) como entidade familiar, por analogia unio estvel. Ou seja, casais do mesmo sexo passaram a usufruir
direitos antes garantidos apenas em unies heterossexuais como: comunho parcial de bens, penso alimentcia, penses
do INSS, adeso a planos de sade do parceiro, imposto de renda compartilhado e direito a sucesso.
Logo aps esta aprovao pode-se observar um debate nos meios de comunicao, polarizando agentes
representantes de instituies religiosas e agentes defensores dos direitos LGBT. Uma srie de argumentos e justificativas
foram produzidos de ambas as partes, confrontando-se na arena pblica e buscando visibilidade, fora e verossimilhana
para os argumentos sustentadores de suas respctivas posies.
Diante deste panorama, esta iniciao cientfica se props a analisar os atores inseridos nesta discusso, buscando
compreender seus argumentos e justificativas referentes consolidao dos direitos matrimoniais brasileiros entre casais
do mesmo sexo.
O desenvolvimento desta pesquisa pode ser vislumbrado em dois momentos. No primeiro momento foi necessrio
retomar a construo das categorias gnero e sexualidade, realizando um pequeno histrico. Esta breve anlise contribuiu
na compreenso da formao dos argumentos de agentes envolvidos nesta controvrsia, uma vez que os discursos foram
fundamentados em teorias cientficas que classificam a homossexualidade como normal ou anormal e a sexualidade
enquanto construo cultural ou necessidade biolgica a favor da procriao.
Posteriormente, analisamos a imbricao entre espao pblico e religio com o intuito de compreender a
interferncia e atuao de agentes religiosos na esfera pblica, levando em considerao a secularizao do Estado
Brasileiro.
Em um segundo momento, analisamos os discursos e os argumentos de destaque que sustentaram esta
controvrsia, destacando os pressupostos envolvidos e as justificativas dos posicionamentos. Para chegarmos a esta
compreenso mapeamos os agentes envolvidos nesse debate, ou seja, identificamos quais foram os atores que
apareceram na mdia impressa e on-line. Foi necessrio identificar as posies, sua filiao religiosa e seu engajamento
social ou poltico, bem como o lugar que ocupam estes atores nas instituies que representam, sejam elas religiosas ou
movimentos sociais. Alguns elementos da trajetria de vida destes atores tambm foram levantados, de forma a
compreender porque estes agentes possuam legitimidade para falarem em nome da instituio ou do movimento que
representam.
Importa destacar que para alcanarmos as articulaes que de fato tiveram visibilidade na esfera pblica, foram
delimitados os meios de comunicao utilizados no mapeamento dos argumentos. Assim utilizamos os veculos de alta
circulao e de grande alcance popular, ou seja, peridicos sem delimitao de pblico. Trata-se dos Jornais Folha de So
Paulo e O Estado e das Revistas Isto, poca e Veja.
Atravs das atividades descritas acima, esta sendo finalizada a produo da anlise dos discursos e dos argumentos
que compuseram esta controvrsia a fim de compreender as articulaes que almejaram uma interferncia na realidade
social a fim de movimentar categorias no espao pblico de acordo com determinados interesses.
Participantes:

Orientador: Lilian Maria Pinto Sales

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rea: Humanas - Cincias Socias
Autor: Raiane Patrcia Severino Assumpo
Ttulo: Jovens: Quem so eles? Quem eles pensam ser? Uma anlise a partir de um
processo de Educao popular com membros do programa Guardio Cidado ?
Santos/ SP.
Palavras-Chave: juventude, educao popular, identidade
A pesquisa realizada caracterizou uma possvel identidade juvenil e contribuiu com a definio do conceito de
juventude brasileira. Identificou tambm o potencial da educao popular para desenvolver entre os sujeitos envolvidos
(jovens e membros do Programa Guardio Cidado da Secretaria de Segurana Pblica de Santos/ SP) um olhar crtico
sobre a realidade em que esto inseridos e a participao poltica.
Materializou-se como uma pesquisa participante, que se efetivou a partir de vrios procedimentos: um levantamento
bibliogrfico (em estudos nacionais e internacionais) sobre o conceito de juventude; anlise dos dados sobre o perfil
socioeconmico e realizao de um processo educativo com os jovens a partir dos encontros sistemticos de formao,
com o uso de mltiplas linguagens, para dialogar com a forma como enxergam suas prprias experincias vividas e a
realidade social.
A pesquisa realizada constatou e reafirmou a pertinncia da no utilizao de um conceito de juventude
pr-estabelecido; sendo necessrio considerar diversos fatores como relevantes na transio para a vida adulta, tais como:
a cultura, a sociabilidade, a forma de produo e reproduo da vida, o espao e o tempo.
Os jovens envolvidos com a pesquisa participante, pertencentes classe trabalhadora, que sofrem o rebatimento da
precarizao do processo de trabalho e das polticas pblicas - demonstraram, a princpio, no se reconhecerem como
sujeitos histricos e reproduziram os padres, os valores e a lgica de funcionamento da sociedade capitalista atual. Os
poucos projetos/ sonhos que possuem so para a dimenso individual e esto relacionadas a aquisio de um bem material
de consumo ou alcance de status ou fama. No vislumbravam possibilidades de haver mudanas estruturais na sociedade,
ou seja, h a presena da alienao como alicerce para a manuteno da estrutura e da dinmica social vigente.
Com o processo formativo foi possvel abordar as percepes dos sujeitos e gerar reflexes e conhecimento sobre
as expresses e a forma de estruturao e funcionamento da sociedade capitalista: a desigualdade social e suas
consequncias, a mercantilizao e o consumismo, a individualizao e a segregao, a precarizao do trabalho e dos
servios pblicos, a definio de padres sociais e o papel da mdia. Houve um estmulo ao aprendizado contnuo, ao
desenvolvimento da criticidade, a participao poltica e ao exerccio da cidadania.
Participantes:

Orientador: Raiane Patrcia Severino Assumpo


Discente: Aldo Jos Ferreira Ferraz

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rea: Humanas - Cincias Socias
Autor: Roberta Cerqueira Borges
Ttulo: O campo, a cidade e a construo da solidariedade social no pensamento de
Alberto Torres
Palavras-Chave: pensamento poltico brasileiro, campo, urbano, pensamento conservador
O pensamento poltico brasileiro foi construdo e fundado por diversos pensadores conhecidos por vrias alcunhas,
entre elas ?intrpretes do Brasil?. Dentre os pontos especficos de surgimento desses intrpretes na histria, pode-se
destacar a transio do Imprio para Repblica, bem como o perodo da Primeira Repblica e a dcada de 30. Alberto
Torres, poltico e pensador fluminense, vivenciou justamente esse primeiro momento de transio e de consolidao do
regime republicano. O projeto em questo, voltado para o perodo supracitado, tem por objetivo principal investigar o
conceito sociolgico trabalhado por Alberto Torres, tambm usado como pea-chave para investigao do pensamento do
autor: a solidariedade social. Para tanto, deve-se buscar o entendimento do que o autor prope a respeito do campo e da
cidade, assim como das relaes entre ambos.
Participantes:

Orientador: Maria Fernanda Lombardi Fernandes


Discente: Roberta Cerqueira Borges

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rea: Humanas - Cincias Socias
Autor: Terezinha de Ftima Rodrigues
Ttulo: Lutas e conquistas: conhecendo a realidade dos moradores da Vila Santa Casa
em Santos/SP.
Palavras-Chave: Moradia; Direitos; Vila Santa Casa-Santos/SP.
Esse Projeto de Iniciao Cientfica, apresenta, dentre seus objetivos, conhecer quais os projetos previstos pelo
poder pblico municipal no atendimento s famlias da Vila Santa Casa de Santos e a realidade dos moradores tendo como
foco, a insero no local e as lutas pelo direito habitao.
RELATRIO DO PROJETO DE INICIAO
moradores da Vila Santa Casa em Santos/SP.

CIENTFICA

Lutas

Conquistas:

Conhecendo

realidade

dos

1. Introduo
Refletir as condies de moradia torna-se importante na medida em que moradia condio para a qualidade
de vida das pessoas e considerada um direito do cidado.
A poltica de habitao pode impactar fortemente sobre a reduo da pobreza, da desigualdade social e na
melhoria da qualidade de vida das pessoas nas cidades brasileiras. Para tanto, so necessrias polticas consistentes,
abrangentes, e no excludentes.
Em Santos/SP, a questo habitacional uma das expresses da questo social com um grande nmero de
reas ocupadas irregularmente em mangues e sob o mar, na condio de palafitas. As favelas ocorrem sobre mangues e
em terrenos na Zona noroeste, na Zona dos Morros, sendo forte a presena dos cortios, implantados em sobrados antigos
na regio central, lugar de alta concentrao de servios e empregos do setor tercirio e com boa infraestrutura urbana.
No municpio de Santos, a organizao territorial apresenta ntidos contornos scio-econmicos, com a diviso
clara da cidade por renda. Nesta diviso, destaca-se a Zona Noroeste, a Zona dos Morros e o Centro da cidade enquanto
lugar de concentrao da populao de baixa renda. A regio da orla, por outro lado, apresenta grande concentrao da
populao com renda superior a 10 salrios mnimos.
O atendimento habitacional s famlias residentes em oito assentamentos (Dique da Vila Gilda, Alemoa, Vila
dos criadores, Jardim So Manoel, Butant, Vila Pantanal, Caneleira III, Vila Santa Casa.) est previsto no Plano
Estratgico Municipal para Assentamentos Subnormais - PEMAS 9. Dentre as intervenes e parcerias previstas, apoia-se
em aes encampadas pelos trs entes federativos. No Governo Federal, em parceria com o Ministrio das Cidades; no
Governo do Estado com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de So Paulo - CDHU e, no
Governo Municipal, atravs da Companhia de Habitao da Baixada Santista - COHAB-ST, da Secretaria Municipal de
Planejamento -SEPLAN, da Secretaria de Obras e Servios Pblicos - SEOSP - e da Secretaria de Governo - SGO, no
mbito do Departamento da Defesa Civil. Dos oito assentamentos, cinco foram incorporados s aes previstas no
Programa de Acelerao do Crescimento - PAC.
Na esfera de atuao do Governo Estadual, o setor de habitao tratado no mbito da Secretaria da Habitao
a qual est vinculada a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de So Paulo - CDHU,
responsvel pela promoo de habitao (agente executor e operador da poltica habitacional) e de desenvolvimento
urbano no Estado. A promoo habitacional realizada e prevista em Santos pelo Governo do Estado, atravs de aes e
programas implementados pela CDHU, so: PAC/BID (atuao em cortios); Programa Parceria com Associaes;
Programa Habitacional de Integrao - PHAI (servidores pblicos); Programa Parceria com Municpios; Programa de
Atuao em Favelas e reas de Risco; Programa Reassentamento Habitacional e Programa Cidade Legal.
Atualmente o Plano de Habitao em vigor na cidade, em concordncia com a Politica Nacional de Habitao e
Ministrio da Cidades 2004 prev a regularizao dos assentamentos existentes, bem como a viabilizao da produo de
novas unidades habitacionais para reduo do grande dficit acumulado com as habitaes irregulares encontradas na
cidade de Santos.
A Vila Santa Casa em Santos est localizada no bairro da Encruzilhada sendo parte na Avenida Senador Feij e
outra na Rua Comendador Martins. O local abriga moradores h mais de 40 anos sendo possvel o terreno ter muito mais
tempo. O local est em processo de regularizao segundo relatos de representantes da COHAB-BS.
Algumas famlias foram atendidas entre os anos de 1996 e 2006 em trs unidades habitacionais (2 prdios e 1
alojamento) sendo que 78 famlias que residiam em barracos de madeira, em condies precrias foram atendidas em
apartamentos. O local ainda conta com 80 famlias que aguardam atendimento do poder pblico, sendo que 21 esto no
alojamento provisrio h mais de dez anos.
Esses dados constam das entrevistas com representantes do poder pblico (uma arquiteta e um engenheiro)
da Prefeitura Municipal de Santos Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano SEDUB e da COHAB-BS (um Tcnico
Social e uma auxiliar administrativa). Cabe destacar que o projeto previa a realizao de duas entrevistas, uma com um
representante da Prefeitura e outra com o da COHAB porm nos contatos efetuados, os tcnicos se disponibilizaram s
entrevistas e pela riqueza das informaes as incorporamos no trabalho.
Segundo informaes, no ano de 2010, no governo do antigo prefeito Joo Paulo Tavares Papa foi previsto o
atendimento dessas famlias em um projeto elaborado junto a Companhia de Desenvolvimento Urbano - CDHU no qual
mais dois prdios seriam construdos para atender as famlias e alguns servidores pblicos de uma Cooperativa inseridos
para atendimento tambm. Porm, o projeto no foi efetivado at o momento e segundo informaes da COHAB-BS no h
previso de inicio das obras para o local, frente estarem aguardando direcionamento da nova gesto municipal.
Conforme matrias no site oficial da Prefeitura Municipal de Santos, a Vila Santa Casa, tambm conhecida como
Caldeiro do Diabo, considerada um bairro de classe mdia. O terreno ocupado pelas famlias era de propriedade da
Santa Casa de Misericrdia de Santos e foi ocupado inicialmente por famlias que chegavam de outras regies (grande
parte do Nordeste) para trabalhar na regio, que, no encontrando alternativas para habitao com valor acessvel e que
comportasse todos os membros da famlia, passaram a morar no terreno. O conhecimento do local era feito no boca a boca,
e a entrada atravs de um intermediador que cobrava um aluguel das famlias e depois repassava para a Santa Casa de
Misericrdia.
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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Cincias Socias
Autor: Terezinha de Ftima Rodrigues
Isto se confirma conforme as narrativas realizadas com as moradoras mais antigas no local. Na fala de uma delas:
Meu irmo sabendo que eu estava procurando, veio me falar de uma favelinha, perguntei a ele como fazia para
chegar l, ele me explicou e meu marido foi conversar com os homens que alugavam os barracos, para saber como
funcionava. No tendo outra opo em vista de nenhum lugar nos aceitar fomos ento morar l. Meu marido tinha algumas
madeiras, e isso ajudou na construo do nosso barraco. A partir dai a vida comeou.
Em seu inicio, segundo as moradoras da Vila Santa Casa, o terreno era coberto de lama, esgoto a cu aberto,
valas e muito lixo ao seu redor.
Em um dia de domingo, mais precisamente no dia 10 de agosto de 1979, a noite ns chegamos, em cima de
um caminho de mudana para uma favela.
Achei o lugar pssimo. Valas, esgoto a cu aberto. No gostei!
Descarregavam muito lixo na favela, a situao foi se tornando inaceitvel, no aguentando mais aquilo eu e outros
moradores nos unimos para reclamar, afinal ningum ali era bicho. ( Trecho de uma das narrativas.)
Dentre algumas informaes com os moradores e sites da Prefeitura e do jornal A Tribuna, no incio, ocuparam o
local 200 famlias em 100 barracos, feitos de restos de madeira, escuros e insalubres, no contando com energia eltrica e
saneamento bsico. Os moradores pagavam pelos barracos a um intermediador que tambm residia no local; o mesmo
repassava o dinheiro a Santa Casa. O nome Santa Casa origina-se deste fato.
No decorrer dos anos a Vila Santa Casa conseguiu algumas melhorias como luz eltrica, ligaes de gua e
recolhimento de lixo dirio.
Dentre as melhorias houve a
mudana do nome antes conhecido popularmente como
Caldeiro do Diabo, denominao dada por policias da poca que se referiam ao terreno dessa forma, devido ser residncia
de alguns traficantes. A mudana de nome para Vila Santa Casa assim como as demais conquistas para o local so
provenientes das mobilizaes realizadas pelos moradores frente ao poder pblico.
Entre o ano de 1996 a 2006, conforme dados obtidos no site da COHAB-BS ocorreu construo de 78
apartamentos e 21 alojamentos construdos no terreno, porm sem atender a totalidade dos moradores.
Em outubro de 2010 uma nova parceria entre Prefeitura e Estado (CDHU) apresentou como objetivo o atendimento
das famlias em dois edifcios, localizados em um terreno ao lado, para abrigar 80 famlias cadastradas e servidores
pblicos de uma Cooperativa que segundo informaes da COHAB, SEDURB e moradores da Vila Santa Casa esto
inseridos no novo lote de apartamentos previstos. At a presente data, isto no ocorreu.
2. Lutas e Conquistas: Conhecendo a realidade dos moradores da Vila Santa Casa em Santos/SP.
As narrativas realizadas tiveram como fundamento conhecer a histria de vida e de participao dos
moradores da Vila Santa Casa em Santos/SP no seu processo de construo na luta por moradia.
Realizamos trs
narrativas, construdas em trs encontros, duas para os relatos (conversa com os moradores) e o terceiro para devolutiva.
Para a realizao das narrativas contamos com a ajuda de um morador da Vila Santa Casa que tem um canal de noticias
na internet, o qual divulga os acontecimentos dirios dentro da comunidade.
As trs moradoras que se disponibilizaram a conversar e contar sua trajetria de vida na Vila Santa Casa foram
muito receptivas e mostraram-se felizes por participar e contribuir falando sobre suas histrias de vida. Essas mulheres so
nordestinas e vieram para Santos com suas famlias por conta de oportunidades de emprego e condies melhores de vida.
Todas j tinham parentes residindo no mesmo terreno.
Das trs mulheres duas j residem em apartamentos, uma no primeiro lote h 14 anos, e outra (lder da
associao de moradores) no terceiro lote h 09 anos. A terceira ainda reside em um barraco de alvenaria, quatro cmodos
(sala, cozinha, banheiro, e um quarto) estando o local cheio de cupins, e em condies precrias, residindo com o marido,
trs filhas e uma neta. Mesmo sendo uma das mais antigas no local ainda aguarda o atendimento, estando cadastrada h
mais de vinte anos.
As dificuldades encontradas pelas moradoras logo que chegaram eram imensas. Esgoto a cu aberto, lama para
todos os lados, sem contar que por um tempo o terreno se tornou deposito de lixo. Atravs da mobilizao dos moradores a
Prefeitura providenciou a remoo do lixo que cercava o terreno. A cobertura e construo da rede de esgoto tambm
ocorreu pela organizao dos moradores.
Segundo as moradoras tudo o que se tem hoje na Vila Santa Casa, inclusive o nome, fruto da luta, conquista e
mrito dos moradores que se uniram para melhores condies de sobrevivncia no local e presso frente aos rgos
pblicos.
As narradoras assim com os demais residentes da comunidade esperam providencias dos setores pblicos na
continuidade dos projetos previstos para a Vila Santa Casa, e atendimento das 80 famlias que ainda residem em barracos
incluindo uma das narradoras, e das 21 famlias que se encontram residindo em alojamento provisrio h mais de dez anos.

CASA.

1-

NARRATIVA: ALDENORA MARIA DE JESUS LDER DA ASSOCIAO DE MORADORES DA VILA SANTA

Me chamo Aldenora Maria de Jesus e sou lder da Associao de Moradores h vinte e quatros anos. Nasci no dia
dez de maro de mil novecentos e trinta e dois, sou do Cear, Juazeiro do Norte. Cheguei aqui em janeiro de mil
novecentos e oitenta e sete e decidi vir morar aqui porque j tinha uma filha que casou e veio pra c em setenta e quatro, e
depois outro filho meu.
J estava desgostosa com meu marido e l onde eu estava s restava eu, minha me muito
velhinha e quatro filhos pequenos. Decidi vender tudo e vir pra c.Logo que cheguei fui morar no centro parte do mercado
municipal, em um quartinho. Nesse lugar morava eu, meus filhos, um sobrinho e minha irm. Na convivncia ali acabei
conhecendo o movimento por moradia da sete de setembro e a parti dai comecei a abrir minha mente. Eu precisava me
enquadrar no movimento... a situao ali era difcil! Aos poucos fui aprendendo e participando at que me elegeram
presidente da comisso. Comecei a conhecer vrias favelas da Zona Noroeste e de outros lugares.Minha filha mais velha
que j morava aqui me chamou para morar com ela, eu e minhas crianas. Entrei em contato com a administrao da Santa
Casa de Misericrdia para poder fazer um barraquinho no terreno e eles autorizaram. Comecei a construir aos poucos ele,
de Madeirit, no cho do lugar eram pedras e cacos de vidro de monte, fomos tirando um a um com as mos, nosso barraco
era coberto com uma telha bem fininha que qualquer vento que dava podia destruir. Morava eu, oito filhos, dois afilhados e
um sobrinho. Lembro bem que passamos oito meses sem colocar uma fechadura na porta por no ter condies de
comprar. Nortista quando chega no vive levado pela vida, at conseguir se manter! Tudo era difcil no tinha condio de
nada quem me ajudou muito foi Zelito, um homem que morava do lado do meu barraco, esse sim me deu a maior fora, era
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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Cincias Socias
Autor: Terezinha de Ftima Rodrigues
rabicho de gua, luz, ajuda para melhorar a moradia. Nem todo mundo aqui na favela tinha isso, quando conseguamos um
pouquinho era uma alegria s. Aos poucos e com a ajuda do amigo Zelito fui construindo meu barraquinho. Aqui era um
banheiro s para todo mundo a fila era enorme, me juntei com outros moradores para fazer outro banheiro. (..) Aqui tinha
muita coisa pra fazer, a situao de todos era difcil, eu vendo tudo aquilo convidei o pessoal pra criar um movimento de
moradores para arrumar melhorias pra favela que chamavam de caldeiro do diabo. Sempre achei estranho o nome, por s
ter gente boa, honesta e trabalhadora aqui. Minha filha disse que a policia era quem chamava o local assim, o porqu ela
tambm no sabia.(...) A primeira manifestao que fizemos foi a do lixo, todo o lixo ia parar na favela era um monto que
no acabava mais, uma podrido. Luzia e Iran que era o traficante daqui me acompanharam na manifestao. Jogamos
todo o lixo no meio da rua, os carros passavam por cima, nossa uma sujeira s. Iran pegou um colcho velho e colocou no
meio da rua e se deitou. Vrias crianas estavam em volta dele. Um homem deitado em um colcho no meio da avenida
imagina s! Foi ai que os carros comearam a parar e chamaram a policia. Junto com eles veio Tv tribuna, Sabesp, gente
da prefeitura a manifestao estava formada. Contei pra todo mundo o que aquele lixo causava pras pessoas que moravam
ali, a podrido, os bichos que apareciam, era cada rato enorme que voc no faz ideia. No outro dia a prefeitura enviou
caminhes para retirar o lixo, foram trinta e seis caambas cheias de toneladas de lixo. Enfim conseguimos mudar alguma
coisa.Depois disso comeamos a lutar para melhorar a situao do terreno, era muito buraco, vala, esgoto a cu aberto,
quando chovia formava uma coisa s no dava pra saber onde comeava e onde terminava um local, teve gente que
chegou a ficar doente. Quando pedimos melhorias pra isso a prefeita Telma mandou tampar os buracos e valas com bambu
e areia da praia, isso conseguiu amenizar a situao.O passo seguinte foi mudar o nome do caldeiro do diabo. Fizemos
uma votao para a mudana em noventa e dois. Aps a escolha do novo nome entre os moradores, falamos com a Santa
Casa de Misericrdia para saber se eles autorizavam colocar o nome do terreno de Vila Santa Casa e deixar de uma vez
por todas o local ser conhecido como caldeiro do diabo. A Santa casa autorizou. Fomos at a igreja corao de Maria para
que o padre fosse at a nova vila batizar o nome e pedimos para o Dr. Jos da Santa Casa e a chefe da administrao
Dinora serem os padrinhos da Vila. Marcamos a data, e distribumos quase dez mil panfletos por todos os lugares para a
festa de mudana do nome. No dia era tanta gente, tanta gente que no cabia. Veio Sabesp, COHAB, prefeitura, o padre,
os padrinhos, e tambm moradores de outros lugares. Os mercados daqui ajudaram doando os ingredientes para fazermos
um bolo, bem grande por sinal. Foi uma festa e tanto. Agora era Vila santa Casa o meu endereo! Dentro de todas as lutas
que tivemos uma que marcou bastante foi para a construo da sede onde a Telma doou os blocos, Davi Capistrano o
restante dos materiais e os moradores fizeram um mutiro para construir. A sede foi inaugurada no dia trinta do seis de mil
novecentos e noventa e um, com muita msica, churrasco e alegria. Eita festa bonita. Logo depois nos juntamos para
cobrar aes da COHAB, no planejamento e construo dos prdios. Houve um primeiro cadastro de um a duzentos e
setenta onde as famlias foram sendo inumeradas para irem pros apartamentos. O primeiro prdio foi construdo em mil
novecentos e noventa e seis e abrigou vinte e quatro famlias. O segundo foi em mil novecentos e noventa e oito, na
Avenida Washington Luiz, mais vinte e quatro famlias foram atendidas. Dois anos depois foi construdo um alojamento
provisrio onde vinte e uma famlias ficariam por apenas seis meses, mas isso j se estende por dez anos e continua at
hoje. O terceiro e ltimo prdio foi construdo em dois mil e seis, onde quatorze famlias da cooperativa dos servidores
pessoas que trabalhavam na Prefeitura e formaram uma cooperativa moram e mais dezesseis famlias que estavam nos
barracos tambm. Sou moradora desse ltimo prdio, j poderia estar em um apartamento antes, porm os que tinham era
no alojamento, preferi esperar um pouco at vir morar aqui direto. Quando ainda estava no barraco, falei com a COHAB
para saber se eles poderiam reforma-lo at que eu fosse para o apartamento, eles vieram e deram uma boa melhorada e
me mantive ali at o dia vinte de maro de dois mil e sete quando fui morar no meu cantinho. Todo o processo foi feito
certinho com contrato pela Caixa Econmica Federal, e pagamento em vinte e cinco anos. O presidente da COHAB at
quis fazer uma escritura como eu sendo comodato para que eu no pagasse aluguel, mas caso eu morresse o apartamento
ficaria para COHAB, e como minha filha e meu neto moram comigo quero que fique para eles. Ns esforamos para pagar e
deixar tudo certinho. Estou no meu canto, mas a luta no para, ainda restam oitenta famlias que esto morando em
barracos e mais vinte e uma que esto no alojamento.(...) Ainda tem muita coisa para ser feita, a luta por moradia! As
famlias saindo dos barracos tudo aqui vai melhorar mil por cento. A associao dos moradores no sou s eu, a
comunidade. Se todos derem uma palavra junto a COHAB e a CDHU para olharem mais pra Vila e no s quando sai
algum projeto pra c, j ajudaria. A prioridade sempre ser as famlias e a moradia para elas. A luta continua e no para!
2-

NARRATIVA: LUZIA MORADORA MAIS ANTIGA QUE AINDA NO RESIDE NO APARTAMENTO.

No dia 10 de agosto de 1979, a noite chega eu em um caminho de mudana para a favela Caldeiro do Diabo!Me
chamo Luzia nasci no dia 02 de abril de 1951 e esse ano completo 62 anos. Sou casada h 45 anos, e tenho seis filhos,
cinco mulheres, e um homem. H quatro meses me tornei av da Maria Luiza.Sou Nordestina como boa parte dos
moradores daqui e antes de vir para Santos, morei um tempo em So Bernardo do Campo. Meu primeiro endereo aqui foi
na Rua Jos Clemente Pereira, no canal 1. Pagava aluguel e morvamos, eu, meu marido e trs filhos. Tivemos que sair de
l porque iriam demolir e construir um prdio novo. Naquela poca no se alugava moradia para casais com filhos, mesmo
eu tendo o pagamento adiantando de trs meses de aluguel, com criana ningum queria alugar. A busca por um lugar para
morar estava cada vez mais difcil. Meu irmo sabendo que eu estava procurando, veio me falar de uma favelinha, perguntei
a ele como fazia para chegar l, ele me explicou e meu marido foi conversar com os homens que alugavam os barracos,
para saber como funcionava. No tendo outra opo em vista de nenhum lugar nos aceitar fomos ento morar l. Meu
marido tinha algumas madeiras, e isso ajudou na construo do nosso barraco. A partir dai a vida comeou. Em um dia de
domingo, mais precisamente no dia 10 de agosto de 1979, a noite ns chegamos, em cima de um caminho de mudana
para uma favela. Achei o lugar pssimo. Valas, esgoto a cu aberto. No gostei. Ou voc tinha um bom fiador ou no
arranjava lugar para morar bem. No segundo dia que estvamos morando l, saiu uma matria no jornal dizendo que ia ser
derrubado o caldeiro do diabo. Sempre saia isso no jornal da poca. E eu sempre pensava onde que eu fui
parar.Descarregavam muito lixo na favela, a situao foi se tornando inaceitvel, no aguentando mais aquilo eu e outros
moradores nos unimos para reclamar, afinal ningum ali era bicho. (...) Colocamos fogo em colches e pneus, e jogamos
tudo no meio da rua. Veio policia CET, gente da prefeitura, moradores, muita gente. Essa foi primeira mobilizao que
fizemos e deu resultado. No outro dia, caminhes da prefeitura vieram e retiram todo o lixo. Aqui era uma maloca, lutamos
por muita coisa inclusive para tirar o nome de caldeiro do diabo que dava muita vergonha, essa e a luta para cobrir os
esgotos e valas em 1996, foram as mais significativas. Hoje pagamos gua com direito a esgoto.Mais a maior de todas as
lutas vai ser quando eu colocar a mo na chave do meu apartamento. Tem gente aqui que at j quitou as parcelas do
apartamento, e eu ainda estou aqui. Quero poder dizer um dia que tenho uma moradia digna igual na propaganda do minha
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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Cincias Socias
Autor: Terezinha de Ftima Rodrigues
casa, minha vida. Nesse mesma poca em que cobriram as valas, e esgoto Davi Capistrano era prefeito e ajudou muito
aqui, ele esteve presente na maioria das lutas.
Inclusive quando a Santa Casa quis leiloar o terreno e todos ficaram
desesperados, foi ele quem lutou e comprou a briga e o terreno. Fomos includos na lei ZEIS que diz que ningum pode
nos retirar daqui, a no ser para os prdios previstos pela COHAB. O primeiro prdio construdo foi com a ajuda dele, o
prdio tem o nome de Aldenora Maria de Jesus em homenagem lder da associao de moradores que na poca da
inaugurao estava doente em coma. (...) Agente no tem segurana de nada e a cada dia que passa tudo parece ficar
cada vez mais longe. Muita gente j morreu, muita gente j ta na sua casa, e muita gente ainda esta vivendo que nem bicho
em alojamento provisrio.No principio no gostava de morar aqui, mais o tempo vai passando e agente acaba se
acostumando. Em vista de outros lugares aqui ainda bom.Mais meu sonho mesmo antes de eu morrer morar em um
lugar de verdade, s meu.
3-

NARRATIVA: JOSEFA MORADORA MAIS ANTIGA QUE J FOI ATENDIDA.

Me chamo Josefa Silva da Silva, isso porque eu j tinha Silva, isso porque eu j tinha Silva e quando me casei meu
marido tambm era. Tenho sessenta e nove anos e no dia dos namorados completo os setenta. Vim do Norte, Juripiranga,
Paraba. Sou casada nos dois civil e igreja, no Norte me casei na igreja e s em Santos no quando sai da Paraba, fui
morar no Rio de Janeiro. Eu, meu marido e meus seis filhos, trs meninas e dois meninos, todos nascidos no Norte. Meu
marido recebeu uma proposta pra trabalhar em Santos, foi ai que viemos pra c. Meu irmo j morava aqui em Santos, no
caldeiro do diabo, foi ele que construiu o barraquinho pra gente morar. Onde agente morava era logo ali na frente, e s
tinha homem morando, nos outros barracos, eu era a nica mulher casada, ento eu e meu marido ramos o casal do local.
Vrios barraquinhos simples, e um banheiro s para todo mundo. Na hora de usar tinha que ficar esperando na fila e
vigiando pros homens no mexer. Pra lavar roupa e usar o tanque tambm tinha fila, porque tambm era um s. Eu
acordava cedo, e conseguia pegar o tanque vazio, mais as mulheres que trabalhavam o encontrava cheio no final da tarde.
Isso tudo tem trinta e nove anos, faz esse tempo que estou morando aqui, trinta e nove de Vila Santa Casa, antes caldeiro
do diabo e dezessete morando aqui no apartamento. Criei os filhos aqui, e hoje crio os netos, j tenho at bisneto. Foram
vinte e trs anos lutando para conseguir morar aqui. Ia COHAB a p, porque no tinha o dinheiro da passagem, tudo para
poder assinar a documentao. Foi a COHAB que procurou os moradores e fez um cadastro pra poder ir para os
apartamentos.Meu marido participou de todas as mobilizaes. Eu no, porque tinha cinco filhos, e ir com um monte de
menino no dava.Em tudo teve muito lenga, lenga, prometeram, prometeram na eleio e tudo demorou. A alegria maior, foi
quando depois de muito tempo, disseram que ganhamos o apartamento. Porm quando entramos nele, no tinha nada,
estava tudo vazio, tivemos que colocar tudo. O cho era cru, e fui colocando do devagarzinho. O que sobrava de outros
apartamentos como piso davam pra gente colocar no nosso.Lembro que foi s agente entrar no prdio pra mquina destruir
tudo, todos os barracos, foi muito triste. S consegui salvar algumas telhas. At hoje tenho famlia que mora em barraco,
quando vou visitar, passo dois, trs dias pensando na minha antiga casinha. Disso tudo levo que pra ganhar tem que lutar.
Foi o que agente fez, e conseguimos o apartamento. Quero estar viva de p pra ver todo o povo morando nos predinhos
tambm.
CONSIDERAES FINAIS.
No processo de reconhecimento da Vila Santa Casa em Santos, observamos atravs de seus moradores que de
seu inicio at os dias atuais, forte o processo de lutas, marcado pelo direito ao atendimento com uma moradia, direito
regularizao, reconhecimento como Vila Santa Casa, insero de condies bsicas de sobrevivncia (energia eltrica,
gua e saneamento bsico). Todas, consideradas lutas permanentes e conquistas realizadas pela luta e mobilizao dos
moradores que residem no local.
O processo de trabalho o qual estes moradores percorreram foi rduo e suas conquistas os impulsionam para que
as famlias que ainda residem em condies inadequadas de sobrevivncia continuem lutando para garantir seu direito a
uma habitao de fato digna, e que atenda aos quesitos previstos na atual Politica Nacional de Habitao.
Como relatado por uma das moradoras em uma das narrativas:. A luta continua e no para!
REFERNCIAS:
ALLIANCE CITIES - Cities Without Slums - A Urbanizao de favelas e assentamentos precrios. Disponvel em
www.citiesalliance.org. Acesso em janeiro de 2012.
BAIXADA SANTISTA. Companhia de Habitao - Empreendimentos Executados, Baixada Santista (1966 2009)
Disponvel em http://www.cohabsantista.com.br. Acesso em abril de 2012.
BAIXADA SANTISTA - Secretria de Desenvolvimento Urbano - PLANO MUNICIPAL DE HABITAO.
Disponvel em
http://www.santos.sp.gov.br/frame.php?pag=/planejamento/planejamento.php.
Acesso 04 de fevereiro de 2013.
CAMPOS, A. Do Quilombo Favela - A produo do -Espao Criminalizado- no Rio de Janeiro - 4 edio - Rio de
Janeiro: Nertrand Brasil, 2011.
NOAL, E. B. & JANCZURA, R. A Poltica Nacional de Habitao e a oferta de moradias. Textos & Contextos, Porto
Alegre (RS), v. 10, n. 1, p. 157 - 169, jan./jul. 2011.
OJIMA, R. As Cidades invisveis: a favela como desafio para urbanizao mundial. Revista Brasileira de Estudos de
Populao. UNICAMP. Ncleo de Estudos de Populao, Unicamp. IFCH. Departamento de Demografia. Campinas (SP),
Vol. 24, dez/2007- Pgs.. 345-347.
PLANOS LOCAIS DE HABITAO DE INTERESSE SOCIAL - Secretria Nacional de Habitao e Ministrio das
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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Cincias Socias
Autor: Terezinha de Ftima Rodrigues
Cidades. (2009).
POLITICA NACIONAL
Acesso em maio de 2011.

DE

HABITAO.

Secretria

Nacional

de

Habitao.

Disponvel

em

http://www.jbnn.com.br.

PR-SAL, o que significa. Disponvel em http://www.mundovestibular.com.br. Acesso em maio de 2011.


TRABALHO SOCIAL EM PROGRAMAS E PROJETOS DE HABITAO DE INTERESSE SOCIAL - Secretaria
Nacional de Habitao e Ministrio das Cidades (2010, setembro) Aula 2 - Politica Nacional de Habitao, Intersetorialidade
e Integrao de Politicas Pblicas. Pgs.. 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31,32.
Participantes:

Discente: Thalyta Generoso Silva

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Educao
Autor: Allana Rodrigues Alaion
Ttulo: Teoria da Mente e a interveno do educador: um estudo com crianas
pr-escolares
Palavras-Chave: teoria da mente; intervenao; linguagem
Teoria da mente tem sido definida como a capacidade de atribuio de estados mentais a si e aos outros indivduos,
permitindo explicar e prever suas aes e comportamentos em diferentes situaes. Vrios estudos apontam a relao
entre o desenvolvimento de uma teoria da mente e o da linguagem, especialmente no perodo pr-escolar. Assim, o papel
do educador nesse desenvolvimento merece ateno, visto que figura fundamental em qualquer dimenso que se possa
atribuir ao contexto escolar. A presente pesquisa buscou estudar os efeitos de uma interveno lingstica do professor (na
contao e discusso de histrias) no desenvolvimento de uma teoria da mente em seus alunos. Participaram deste estudo
44 crianas, 24 meninas e 20 meninos, de 4;4 a 5;3 anos de idade, matriculadas em duas classes distintas de uma Escola
de Ensino Infantil do municpio de Santos, assim como as 2 professoras responsveis por essas classes. Uma das classes
funcionou como Grupo Experimental e a outra como Grupo Controle; cada grupo tinha 22 crianas. A interveno consistiu
na contao diria de 4 histrias durante 4 semanas, cada semana uma histria diferente era contada diariamente no
momento normalmente destinado para essa atividade na rotina da classe. As 2 professoras receberam semanalmente cada
histria, mas apenas a professora do grupo experimental recebeu instrues de contar as histrias explorando o uso de
termos mentais e engajando as crianas na conversao. Ambos os grupos de crianas foram avaliados antes e depois do
perodo de contao de histrias em relao a compreenso que manifestam sobre a mente do outro, atravs da aplicao
de cinco das setes tarefas da Escala de Tarefas de Teoria da Mente. As professoras foram sistematicamente
acompanhadas antes, durante e imediatamente aps o perodo de interveno. Os resultados obtidos permitem dizer que o
Grupo Experimental, quando comparado ao Grupo Controle, obteve maior nmero de acertos na avaliao ps-interveno
do que na avaliao pr-interveno nas tarefas 4 e 5, tarefas que avaliam falsa crena de contedo e explicita,
respectivamente; a aplicao da anlise no paramtrica de dados ordinais com medidas repetidas mostrou que a diferena
estatisticamente favorvel para o grupo experimental (p<0,05). Na aplicao das cinco tarefas o nmero de acertos na
avaliao ps-interveno foi maior do que o nmero de acertos na pr-interveno, independente do grupo (p<0,02). O
melhor desempenho do Grupo Experimental permite afirmar que as prticas lingsticas adotadas na interveno deste
grupo tm efeito favorecedor para o desenvolvimento da teoria da mente em crianas pr-escolares. No acompanhamento
sistemtico das professoras durante todo o processo, antes e depois da interveno, verificou-se que ambas possuam o
mesmo perfil engajado na contao de histrias, procurando propiciar um espao de leitura no qual as crianas fossem
participantes ativas no processo de contao. Os resultados permitem concluir que a interveno realizada no Grupo
Experimental, no qual a professora recebia instrues de contar as histrias utilizando termos mentais (pensar, acreditar,
sentir, etc) e engajar as crianas atravs de questionamentos especficos que visavam explorar o ponto de vista dos
personagens (suas intenes, conhecimentos prvios, etc), teve efeito favorecedor no desenvolvimento de uma teoria da
mente, expresso no maior nmero de acertos das crianas desse grupo nas tarefas de atribuio de falsa crena no
ps-teste. Os resultados encontrados no presente estudo corroboram aqueles que defendem a importncia da linguagem
no desenvolvimento conceitual da teoria da mente. O presente estudo pode oferecer subsdios para se pensar prticas
educacionais que favoream o desenvolvimento de uma teoria da mente em crianas pr-escolares, atravs de prticas
lingusticas ricas em uso de termos mentais e engajamento conversacional.
Participantes:

Discente: Allana Rodrigues Alaion

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Educao
Autor: Alves-Pereira, B. & Silva, J. A.
Ttulo: O conceito de projeto de vida e a formao de professores de Cincias.
Palavras-Chave: projeto de vida, sociedade ps-industrial, formao inicial de professores
Investigamos a concepo de projeto de vida de futuros professores de cincias. Para tanto, fizemos inicialmente um
levantamento bibliogrfico associando a discusso de ps-modernidade com a de projeto de vida. De acordo com
estudiosos (LIPOVETSKY, 2002; SILVA, 2011), so caractersticas da sociedade ps-industrial (tambm conhecida como
ps-modernidade): a valorizao excessiva do mundo do trabalho e do consumo, a superficialidade das relaes, a falta de
um planejamento de vida devido inexistncia de razes para viver (as que existem, confundem-se com aquisies ligadas
ao mundo econmico) etc. Diante dessa sociedade, Gatti (2009) aponta a reconstruo da imagem social do professor e de
um ideal de coletividade como um dos grandes desafios para melhorar a atratividade da carreira docente.
Em um primeiro estudo (SILVA, ALVES-PEREIRA & ALVES-PEREIRA, 2013), foram elencadas algumas das
dimenses obtidas a partir de leitura de autores como Menezes (2009; 2010), Lipovetsky (2002), Amaral (2003) e Silva
(2008), as quais sintetizavam aes e atitudes, que poderiam ser utilizadas para enfrentar algumas das problemticas da
sociedade ps-industrial: dimenso de ?si mesmo?, da afetividade, do trabalho, da sociabilidade, do corpo, do lazer, da
inquietude e da transcendncia. Considerando todas essas dimenses, a discusso de projeto de vida (NASCIMENTO,
2006), associada ao necessrio enfrentamento dos desafios da sociedade ps-industrial, pode trazer elementos novos
compreenso da docncia em nossa poca.
Para tanto, oferecemos um curso de extenso intitulado ?A docncia em cincias como projeto de vida? a
estudantes de graduao de uma universidade federal pblica da grande So Paulo. Em seguida, fizemos uma pesquisa
qualitativa, que consistiu na anlise de dissertaes produzidas, nas quais, cada um dos estudantes do curso discorria
sobre qual gostaria que fosse seu projeto de vida, entregue duas semanas aps o trmino do curso. Nesta etapa, foram
coletadas dezesseis redaes. Queramos observar como as dimenses poderiam estar sendo concatenadas pelos
estudantes, bem como quais dimenses acabaram sendo priorizadas mais fortemente depois de certo tempo do curso. Para
maior aprofundamento, aps um ano foram realizadas entrevistas individuais semiestruturadas com trs desses estudantes.
Buscamos ter indcios mais pormenorizados sobre a concepo manifestada em suas dissertaes, bem como o quanto
daquela discusso permaneceu aps esse considervel intervalo de tempo.
Dentre os dados obtidos, destacamos:
i. a nfase dada dimenso social por todos os entrevistados aparece na importncia que os pesquisados do
necessria interao com o outro (no caso, o aluno) como parte indissocivel da carreira docente. Em sendo assim, a
significativa escolha da dimenso da afetividade parece associada necessidade de um bom exerccio da profisso primar
pelo gosto em lidar com seres humanos (?Ensinar exige querer bem aos educandos?, nas palavras de Freire (1996, p. 90)).
No caso particular dos estudantes de cincias, deve-se gostar, tambm, de conhecimento. Talvez venha da a frase
extrada da redao de um estudante: ?como professor, terei a oportunidade de aumentar a quantidade de pessoas
interessadas no conhecimento?;
ii. como reflexo da sociedade ps-industrial na carreira docente, a dimenso do trabalho, capturada antes do curso,
era a de senso comum como a de que ?trabalhar demais bom?. Contudo, sabendo da importncia de se contemplar mais
dimenses que a profissional, um entrevistado, aps o curso, afirrmou: ?acredito que docncia seja uma boa profisso, j
que com ela voc no fica preso a uma produo?;
iii. a concepo, revelada mais fortemente por uma entrevistada, do quo difcil a carreira docente. Entendemos
que se trata como fator positivo, visto que, para muitos, para ser docente, o domnio do contedo a ser ministrado bastaria
por si s. Isso porque no se est escolhendo uma carreira eminentemente tcnica, nas quais regras, situaes e aes
so sempre as mesmas. Portanto, h que se ter preparo efetivo para essa complexidade;
iv. destacamos tambm, o fato de as dimenses da inquietude e da transcendncia terem sido citadas com relativa
importncia pelos entrevistados, posto que elas so quase sempre ignoradas em qualquer discusso acerca da formao
de professores. Ao indicarem essas dimenses, os estudantes parecem apontar para um aumento de sua humanizao
como meta de seus projetos de vida. O desafio maior passa a ser, ento, o de associar essas dimenses s aulas de
cincias.
Por fim, conclumos que parece ter havido uma ampliao do olhar dos estudantes para a sua concepo de projeto
de vida, posto que, inicialmente, praticamente no eram citados fatores inerentes carreira docente como a dimenso da
sociabilidade e afetividade, a relao pessoal com o saber cientfico por parte dos estudantes, as questes ontolgicas e
transcendentais relacionadas vida humana e, por conseguinte, s cincias. Dessa forma, a discusso de projeto de vida
para estudantes de licenciaturas em cincias pde ampliar-lhes no somente a sua compreenso do papel docente, mas a
sua viso da vida.
Participantes:

Orientador: Jos Alves da Silva


Discente: Bianca Alves Pereira
Discente: Sabrina Alves Pereira

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Educao
Autor: Alves-Pereira, S. & Silva, J. A.
Ttulo: A docncia em Cincias como parte do projeto de vida de licenciandos.
Palavras-Chave: formao inicial de professores, sociedade ps-industrial, projeto de vida
A discusso de projeto de vida na docncia pode fomentar um outro olhar para a carreira, talvez mais adequada ao
que deve ser a tarefa educativa em nossos tempos, que vem a ser a busca por uma educao mais humanizada, para alm
do tecnicismo e do desenvolvimento de recursos didticos na tarefa de ensinar.
Em sendo assim, aps levantamento bibliogrfico de autores como Menezes (2009; 2010), Lipovetsky (2002),
Amaral (2003) e Silva (2008) acerca dos temas sociedade ps-industrial e projeto de vida (NASCIMENTO, 2006),
apresentamos oito dimenses que aparecem como essenciais para a estruturao de um projeto de vida: dimenso de ?si
mesmo?, da afetividade, do trabalho, da sociabilidade, do corpo, da transcendncia, do lazer e da inquietude.
Considerando que todas essas dimenses devem fazer parte da vida de uma pessoa, resta-nos perguntar o quanto
a carreira docente capaz de contempl-las na constituio de um projeto de vida de um licenciando, que queira fazer da
docncia em cincias uma parte importante de suas vidas.
Para tanto, planejamos e organizamos um minicurso de extenso intitulado ?A docncia em cincias como projeto
de vida? com estudantes do curso de licenciatura em cincias de uma universidade pblica da grande So Paulo. Fizemos
uma pesquisa qualitativa (ANDR & LUDKE, 1986), cujos instrumentos consistiram em dirios de bordos do pesquisador
(tambm responsvel por sua implementao) e distribuio, organizao e anlise de um questionrio (estruturado e
padronizado) respondido pelos estudantes (com idade entre 17 e 40 anos) para avaliar seu prprio rendimento e o curso.
Nosso primeiro movimento consistiu em reler o dirio de bordo e classificar (de acordo com as dimenses citadas
anteriormente) as respostas obtidas em 33 questionrios, nos quais, alm de busca de dados pessoais, propusemos as
seguintes questes:
1. Em sua opinio, quais seriam os principais fatores a serem considerados para a construo de um bom projeto de
vida? Cite, no mnimo, trs deles.
2. Em sua opinio, qual o significado da escolha da docncia em cincias como projeto de vida de uma pessoa?
Justifique.
Com a primeira questo, buscamos indcios do quanto os estudantes apreenderam a ideia de que preciso ter
diversas dimenses para um projeto de vida. Com a segunda, buscamos indcios de quais dimenses so as mais
contempladas em um projeto de vida.
Aps anlise, observamos um relativo equilbrio entre as dimenses de ?si mesmo?, da afetividade e do trabalho,
com prevalncia da primeira. Esses resultados parecem mostrar o quanto os estudantes, em suas respostas, parecem ter
incorporado a necessidade de um projeto de vida contemplar mais dimenses do que a profissional. Cabe salientar que,
longe de ser ou fomentar um sentimento de egosmo ou de individualismo, a dimenso de si mesmo contempla os fatores
relacionados ao autoconhecimento, capacidade de reflexo sobre si mesmo, ao desenvolvimento de sua subjetividade e
ao respeito sua singularidade.
Tambm observamos uma significativa escolha da dimenso da afetividade, evidenciada no momento em que se
associa a docncia em Cincias a um projeto de vida, o que parece apontar para o desenvolvimento de uma viso da tarefa
educativa, no qual a humanizao dos alunos e o gosto pelo conhecimento passam a ser as tarefas mais urgentes. Assim,
essa escolha no pode ser associada ideia de docncia como misso ou sacerdcio. Parece que os
estudantes
destacaram aquilo que foi trabalhado no minicurso: o profissional docente deve ter conhecimento tcnico e preparo
profissional para lidar com a afetividade como elemento dos mais fulcrais em
sua carreira profissional. Da o fato de
aparecer com tanta fora.
Verificamos como positivo o fato de um nmero significativo de estudantes apresentarem as dimenses da
transcendncia e da inquietude como importantes na construo de um projeto de vida. Apontamos esse dado, tendo em
vista as caractersticas da sociedade ps-industrial, em que praticamente probem-se as tristezas, em detrimento de uma ?
felicidade? a ser consumida, sobretudo na forma de imagem a ser vendida para os outros.
Desta forma, conclumos que os estudantes ampliaram seu olhar para outras dimenses, posto que, inicialmente,
quase sempre restringiam-no a questes scio-econmicas ou de senso comum em relao profisso de educador
(misso, sacerdcio, ou de ?vitimizao? etc.). Talvez por essa ampliao, passaram a apresentar uma viso da tarefa
educativa mais ampla, no qual a humanizao das relaes escolares e o gosto pelo conhecimento passaram a ser as
tarefas mais urgentes na docncia, indo alm de se verem como transmissores de conhecimentos ou de
reprodutores/escolhedores de recursos e estratgias didticas. No que tange docncia em Cincias, o uso das diferentes
dimenses necessariamente fortaleceu as cincias em geral como parte da cultura humana, no qual inquietudes,
afetividades, singularidades e seu papel histrico-cultural-social devem ser ressaltados em sua prtica.
Participantes:

Orientador: Jos Alves da Silva


Discente: Sabrina Alves Pereira
Discente: Bianca Alves Pereira

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Educao
Autor: Andressa Baldini da Silva
Ttulo: Implantao das Diretrizes Nacionais para a oferta de educao para jovens e
adultos em situao de privao de liberdade nos estabelecimentos penais: o caso de
So Paulo.
Palavras-Chave: Escola na priso; Polticas Pblicas Educacionais, Educao de Jovens e Adultos Pres
O tema desta pesquisa de Iniciao Cientfica a implantao das Diretrizes Nacionais para a oferta de Educao
para Jovens e adultos em situao de privao de liberdade nos estabelecimentos penais, com o foco no caso especfico
do estado de So Paulo. Insere-se no Grupo de Pesquisa: Avaliao de Polticas Educacionais, na Linha Observatrio da
Educao: trabalho e carreira docentes. O objetivo geral da pesquisa foi mapear e acompanhar as aes de implantao
das Diretrizes no estado de So Paulo, a fim de verificar as estratgias adotadas visando atingir os objetivos propostos em
tal poltica do governo federal. Na pesquisa, adota-se como referncia terica os conceitos formulados por Vino-Frago
(2000), que contribuem para a discusso sobre a implantao de reformas educacionais, quais sejam considerando-se o
mbito da teoria, da legalidade e das prticas. Ao analisar os processos de implementao das reformas educativas
recentes, Viao-Frago (2000), aponta para o afastamento entre os reformadores e os atores envolvidos, destacando que as
prticas e tradies muitas vezes so ignoradas, conferindo carter a-histrico a tais reformas. Partindo do conceito terico
formulado por Vino-Frago (2000, p. 119), a respeito das mudanas ocorridas nas instituies escolares, destacamos que
necessrio evidenciar dois tipos de mudanas educativas. A primeira refere-se s condies polticas, econmicas e sociais
que so condicionadas pelas presses externas, que revelam um papel importante. A segunda mudana se restringe ao
mbito escolar, estando mais voltado para questes organizacionais e curriculares. As duas mudanas educativas no so
opostas, ao contrrio, elas interagem entre si. Em ambas, as mudanas so processos lentos, submetidos a mudanas nos
processos sociais, polticos e econmicos mais amplos.
Alm da leitura do referencial terico, foram realizadas leituras sobre polticas pblicas em educao, que se
evidencia como direito, nem sempre garantido a todos. Alm disso, diferentes autores destacam as polticas educacionais
atuais perpassadas pela lgica de mercado, no contexto neoliberal. Sobre as polticas pblicas educacionais na priso, o
debate se acirra aps a promulgao das diretrizes. Estudos sobre a escola na priso identificam dificuldades de
implantao de propostas educativas em ambiente que prima pela opresso. Destacam ainda valor que a escola assume
para os detentos. Consulta feita no stio da Coordenadoria de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)
indicou baixa existncia de trabalhos de pesquisa sobre essa temtica (oito), apontando para a relevncia de novos
estudos. As leituras realizadas foram fundamentais para elaborao dos procedimentos metodolgicos adotados, que se
referem anlise documental, compreendendo a toda publicao que regulamenta a implantao da poltica para a
educao nas prises no estado de So Paulo, aps a aprovao das Diretrizes Nacionais em 2010, abrangendo o perodo
de maro de 2010 a abril de 2013. Para a anlise dos documentos, foi elaborado um protocolo de leitura. Assim, foi possvel
a escrita de um histrico da documentao publicada e das providncias tomadas, no mbito legal. Tambm foram
realizadas entrevistas semiestruturadas com diferentes sujeitos, a fim de se verificar a implantao das aes, bem como a
opinio de especialistas sobre o assunto em questo. As entrevistas realizadas foram: 1) Equipe tcnica da FUNAP Superintendente da FUNAP e Monitor Orientador; 2) Educadora Presa que atua em unidade prisional do Estado de So
Paulo; 3) Pesquisador da rea de polticas pblicas para a educao nas prises. Os resultados de pesquisa evidenciaram
que a Secretaria Estadual de Educao no est considerando a experincia acumulada da FUNAP, e ainda no esto
sendo compreendidas as especificidades da instituio prisional, expressando distanciamento entre as trs esferas
envolvidas na implantao de polticas pblicas destacadas no referencial terico adotado. Destacou-se tambm o nmero
baixo de produes acadmicas na rea.
Participantes:

Orientador: Profa. Dra. Marieta Gouva de Oliveira Pen

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Educao
Autor: Anna Vivian Tabosa da Silva Ferreira
Ttulo: Projeto Zero - Vulnerabilidade
Palavras-Chave: Vulnerabilidade, Evaso, REUNI, SISU
Introduo: Por meio de politicas universitrias como o REUNI e o SISU, viabilizou-se o ingresso na universidade de
setores sociais antes excludos. Essas polticas tm trazido grupos de discentes com maior vulnerabilidade acadmica que
demandam maior ateno de polticas de permanncia, como o Plano Nacional de Assistncia Estudantil (BRASIL, 2010),
para se evitar os altos ndices de evaso.
O curso de formao de professores, Cincias ? Licenciatura da UNIFESP,
campus Diadema, alm de compartilhar plenamente dessa problemtica, tambm recebe fortes influncias das profundas e
recentes mudanas desse incio do sculo XXI, como as mudanas econmico-sociais (GREENSPAN, 2008), na vida
particular do professor (COSTA, 2009), nas formas e meios de comunicaes (CASTELS, 2006), nas condies de
aprendizagem (VALENTINE, 1999), na formao de professores devido s tecnologias digitais (ALMEIDA, 2004) e nas
universidades devido nova forma de seleo e ingresso na rede federal, s politicas de expanso e s polticas
afirmativas de incluso e mobilidade. Frente aos altos ndices de evaso no primeiro ano da Licenciatura e transferncia
de alunos para outros cursos, fruto do contexto em que o curso est inserido, o Projeto Zero apresenta uma proposta de
pesquisa-ao e extenso sobre Ensino de Cincias e Formao de Professores de Cincias que, partindo de uma viso
multidisciplinar e integradora entre Cincia, Tecnologia, Sociedade e Ambiente (CTSA), busca entender o conjunto de
processos envolvidos na construo do letramento cientfico dos alunos e, nesse contexto, discutir os conceitos de evaso,
vulnerabilidade acadmica e mobilidade.
Objetivo: analisar a sada de alunos ao longo do primeiro ano do curso, discutindo o conceito de vulnerabilidade
acadmica.
Metodologia: A formao do professor de cincias tornou-se particularmente complexa a partir da emergncia das
questes ambientais, climticas e de matriz energtica que, mescladas s desigualdades sociais, preocupam o conjunto da
humanidade. A pesquisa-ao sob uma abordagem CTSA visa entender os elementos de vulnerabilidade do aluno em
formao em seu contexto acadmico e/ou escolar e apontar para a postura ativa do professor-pesquisador, como um
possvel fator de minorao da evaso.
Resultados Parciais: o levantamento de dados com alunos ingressantes no Curso de Cincias -Licenciatura tem
revelado dados que configuram aspectos do ambiente de produo do letramento cientfico dos alunos e apontam para
algumas razes da evaso:
Mobilidade:10% dos ingressantes de 2012 vieram de outra universidade; 20% j so formados; em torno de 50% dos
alunos deixaram o curso at o final do primeiro ano (2010 e 2011). Dos alunos que saram dos cursos da Unifesp e foram
entrevistados pelo NAE, dados de 2011, 36,95% pretendem mudar de curso; 10,87% conseguiu bolsa Prouni e ir fazer
outro curso; 10,87 pretende continuar no mesmo curso, mas em outra universidade. Ou seja, mais de 50% dos que saem
da Unifesp migram para outros cursos superiores. Embora no se formem no curso em que entraram, esse movimento de
sada, ao que tudo indica, no est diretamente vinculado reprovao, ao insucesso escolar, ao abando dos estudos e
consequentemente perda de investimento como prev o modelo de evaso tratado na literatura. Os dados parecem
indicar que se trata de um movimento de mobilidade busca da formao adequada e com menor vulnerabilidade
acadmica. Incluso: os dados revelaram que de 2010 a 2012 a taxa de ingressantes oriundos da escola pblica tem se
mantido em torno de 50%, sendo que, de acordo com os dados de 2012, 47% desses ingressantes se constitui na primeira
pessoa da famlia a entrar numa universidade. Formao inicial e continuada: os dados revelaram que 11% em 2011 e 20%
em 2012 dos ingressantes no curso j so formados e voltam universidade busca de novas formaes. Pr-atividade:
de acordo com os dados levantados em 2011 apenas 37% dos alunos pesquisados no participavam de algum projeto de
pesquisa, de extenso ou de monitoria. Em 2012, os dados levantados revelaram que mais de 100 alunos esto integrados
nessas atividades.
Concluses: Embora a pesquisa ainda esteja em curso e os dados ainda sejam iniciais e sem tratamento estatstico,
os resultados parecem indicar um alto grau de vulnerabilidade acadmica dos alunos e que o movimento de sada no est
diretamente vinculado reprovao, ao insucesso escolar, ao abandono dos estudos e consequentemente perda de
investimento como prev o modelo de evaso tratado na literatura. Os motivos apresentados pelos alunos para a sada
estavam relacionados busca de seus desejos ou de uma menor vulnerabilidade acadmica. Ao migrarem para outros
cursos da rede pblica de ensino superior, federal ou estadual, no h perda de investimentos pblicos, apenas
contrariedade nas metas especficas de crescimento e consolidao do curso.
Participantes:

Orientador: Flaminio de Oliveira Rangel


Discente: Cirilo Rogerio Cardoso
Discente: Thiago Graa da Silveira
Discente: Elaine Fabiola Soares

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Educao
Autor: Carlos Alberto Tavares Dias Filho
Ttulo: SOFTWARES EDUCACIONAIS SOBRE FUNES MATEMTICAS: SEUS
FUNDAMENTOS TERICOS E EPISTEMOLGICOS MATEMTICOS E EDUCACIONAIS,
TECNOLGICOS E DE FUNCIONALIDADE.
Palavras-Chave: Educao Matemtica. Software Educacional. Funes Matemticas.
Nesta pesquisa tivemos por objetivo a anlise de softwares educacionais gratuitos, com o enfoque em funes
matemticas e a elaborao de um material visando facilitar a escolha de softwares por parte dos professores do Ensino
Mdio. Os softwares analisados foram selecionados dentre a lista de softwares recomendados pelo site de Educao
Matemtica e Tecnologia Informtica (EDUMATEC), que foi realizada dentro de um projeto de Produo de Material
Didtico, no Instituto de Matemtica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A seleo se deu pela
adequao dos softwares com a nossa proposta de investigao: O ensino de funes matemticas. Foram selecionados
quatro softwares, o Graphequation, o Graphmatica, o MathGV e o Winplot. A pesquisa foi realizada numa abordagem
qualitativa, na qual os softwares foram analisados sob trs aspectos: Tcnico, Pedaggico e Filosfico. O Aspecto Tcnico
referente ao funcionamento e uso mecnico do software, o Aspecto Pedaggico se refere s possibilidades no campo da
aprendizagem que o software pode fornecer e o Aspecto Filosfico destaca a concepo de matemtica intrnseca ao
software. O material foi produzido de duas formas, uma ficha e um texto. Na ficha esto descritos os principais pontos da
analise referentes aos diferentes aspectos. No texto so aprofundados os pontos da ficha, bem como destacadas todas as
possibilidades e limitaes do software. Observamos que dos softwares analisados, de modo geral, visam construo de
grficos e seus programas no possuem um mtodo de avaliao de aprendizagem, tornando necessria a presena e
orientao do professor. Deste modo, com esta analise o professor pode planejar sua prtica docente e determinar o melhor
software para a realizao de seu trabalho. Temos conscincia ainda de que existem disponveis gratuitamente diversos
softwares que abordam o tema de funes matemtica e no foram analisados, porm com a metodologia de anlise e com
o texto desenvolvidos nesta pesquisa, o professor, ele prprio, poder fazer julgamentos prvios sobre os softwares no
analisados, caso queira utiliz-los.
Participantes:

Orientador: Verilda Speridio Kluth

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Educao
Autor: Carolina Zambotti Simes
Ttulo: CONDIES DE TRABALHO DE PROFESSORES DOS PRIMEIROS ANOS DO
ENSINO FUNDAMENTAL I EM ESCOLAS MUNICIPAIS DE GUARULHOS E PRTICAS
PEDAGGICAS
Palavras-Chave: Exerccio docente; Condies de trabalho de professores; Ensino. Professor da educa
O tema desta pesquisa de Iniciao Cientfica as condies de trabalho de professores da rede municipal de
Guarulhos. O trabalho aqui apresentado faz parte do Projeto de Pesquisa ?Estudo sobre condies de trabalho de
professores dos primeiros anos do ensino fundamental em suas relaes com as prticas pedaggicas e o ensino?,
desenvolvido na UNIFESP sob coordenao da Profa. Dra. Marieta Gouva de Oliveira Penna. Tal Projeto de Pesquisa
insere-se na Linha de Pesquisa ?Observatrio da Educao: trabalho e carreira docentes?, do Grupo de Pesquisa ?
Avaliao de Polticas Educacionais?, e objetiva ampliar compreenso sobre o exerccio da docncia para, entre outras
questes, contribuir para que se possa compreender o que de fato ocorre nas escolas. Essa compreenso importante
seja para fornecer elementos para se pensar polticas pblicas a serem implantadas no municpio visando s condies de
trabalho nas escolas, quanto para se refletir sobre a formao inicial e continuada de professores. Como parte da minha
pesquisa, foi lido estudo feito pelo Ministrio da Educao (MEC), publicado em 2009, que aponta elementos necessrios
para a busca do aperfeioamento e reestruturao de polticas de formao continuada, de promoo da qualidade de vida
e das condies de trabalho dos docentes. Tambm foi realizada pesquisa no Banco de Teses da Coordenadoria de
Pessoal de Nvel Superior (CAPES) sobre resumos de pesquisa sobre condies de trabalho de professores, sendo
localizados 120 trabalhos no intervalo de tempo de 1987 a 2011. Os resumos foram lidos, indicando tendncia crescente de
estudos sobre a temtica. Foram explicitadas as difceis condies de trabalho dos professores, em profisso desvalorizada
poltica e socialmente. Autores que discutem essa desvalorizao foram lidos, especialmente aqueles que procuram
compreender as consequncias das condies de trabalho dos professores sobre o ensino, com destaque para o texto de
Sampaio e Marin (2004). As leituras indicaram que, para iniciarmos um processo de igualdade educacional no pas, deve-se
primeiro proporcionar aos trabalhadores da rea boas condies de trabalho, material pedaggico adequado, boa formao
inicial e continuada, para assim garantir que esse direito seja universal. Com esta pesquisa, pretendeu-se responder s
seguintes questes: Quais as condies de trabalho dos professores da rede municipal de Guarulhos? Para o professor, o
que mais problemtico em termos de suas condies de trabalho? Quais suas principais dificuldades? Como essas
condies esto implicadas em sua prtica docente? Quais as repercusses dessas condies de trabalho no ensino? Os
objetivos desta Pesquisa de Iniciao Cientfica so: 1) Levantar dados sobre as condies de trabalho nas escolas
pesquisadas; 2) Investigar percepes dos professores sobre suas condies de trabalho; 3) Investigar as percepes dos
professores sobre as relaes existentes entre as condies de trabalho e o seu exerccio profissional. Os dados foram
coletados em cinco escolas municipais, que apresentaram baixo desempenho no IDEB de 2011. Os procedimentos para a
coleta dos dados foram: observao estruturada das escolas; preenchimento de ficha com dados das escolas; questionrio
aberto aplicado aos gestores; questionrio com questes abertas e fechadas aplicado aos professores. Os resultados de
pesquisa foram organizados em quadros comparativos e descritos. Tal organizao e anlise dos dados coletados
evidenciou que, para os professores, a escola no oferece condies de trabalho adequadas, especialmente em termos de
recursos pedaggicos. Em relao sala de aula, apontam o comportamento dos alunos como fator de dificuldade para a
conduo do ensino. Sobre a carreira e cursos de formao continuada, tambm no demonstram plena satisfao.
Participantes:

Discente: Carolina Zambotti Simes

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Educao
Autor: Csar Henrique Alfredo Marinho
Ttulo: Educao e Relaes tnico-Raciais: Formao e Prticas Educativas de
Professoresna Educao Infantil
Palavras-Chave: Relaes tnico-raciais, Formao de professores, Teoria histrico-cultural
UNIFESP - Campus Guarulhos
EFLCH - Curso de Pedagogia
Projeto de pesquisa: Educao e relaes
educao infantil
Nome do Bolsista: Csar Henrique Alfredo Marinho
Orientadora: Edna Martins

tnico-raciais:

Formao

prticas

educativas

de

professores

na

A Lei 10639/2003, que alterou a Lei 9394/1996 das Diretrizes e Bases da Educao Nacional, tornando obrigatrio o
ensino de Histria e Cultura Afro-Brasileiras no Ensino Bsico foi uma das mais importantes conquistas dos movimentos
populares em prol de uma educao antirracista, mais justa e igualitria para os todos os brasileiros. Buscando
compreender os desdobramentos com relao implantao de polticas educacionais capazes de contribuir com a
eliminao de atitudes preconceituosas e discriminatrias no cotidiano escolar, este estudo objetivou
investigar como se
configuram tais medidas e as suas repercusses no percurso de formao e atuao de professores da rede pblica
municipal de Guarulhos. A partir de uma pesquisa qualitativa, a coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas individuais
semi-estruturadas com educadoras negras e brancas de escolas de Educao Infantil de um Bairro da periferia da cidade.
As entrevistas tiveram durao de 30 minutos. Foram todas gravadas em udio com a autorizao das educadoras que
aceitaram voluntariamente participar deste trabalho e assinaram termo de consentimento livre e esclarecido.
O referencial terico no qual se assentaram as anlises e discusso do material coletado constituiu-se do enfoque
histrico-cultural de Vygotsky fundamentado no materialismo histrico-dialtico, que compreende o desenvolvimento
humano nas suas relaes com a sociedade, como fruto de suas interaes com a cultura da qual faz parte. A anlise das
entrevistas aponta para a ausncia de disciplinas que discutam assuntos relacionados s questes tnicas raciais nas
formaes iniciais das professoras, tanto em cursos de graduao como em cursos de magistrio. Os resultados tambm
indicam que as professoras sentem falta de cursos de formao continuada que tratem de questes ligadas ao ensino de
histria e cultura Afro- Brasileiras e Africanas. O acesso aos cursos sobre a temtica que so oferecidos pela rede,
tambm limitado por questes de disponibilidade de horrios, assim como pela falta de interesse por parte de algumas
docentes. Conclui-se que as formaes inicial e continuada das professoras desatreladas de polticas pblicas que visem a
implementao da lei 10639/03 e de aes que favoream a ocorrncia de uma educao antirracista, culminam em
dificuldades que impactam diretamente nas prticas educativas e nos processos de interveno dos educadores em casos
de discriminao e preconceito no contexto escolar.
Participantes:

Discente: Csar Henrique Alfredo Marinho

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Educao
Autor: Christian Yuji Betim
Ttulo: Alfabetizao em contextos bilngues: o caso das crianas bolivianas na rede
municipal de Guarulhos
Palavras-Chave: Alfabetizao, bolivianos. Guarulhos, bilinguismo.
Este projeto insere-se no mbito da Pesquisa Letramento, escola e participao social: episdios de circulao e de
apropriao da escrita na alfabetizao, coordenado pela Profa. Dra. Cludia Lemos Vvio. Tem como foco identificar as
maneiras como as crianas imigrantes bolivianas ou filhas de imigrantes, que tm como lngua materna o espanhol, se
inserem em turmas de alfabetizao e os procedimentos adotados para alfabetiz-las em lngua portuguesa. Atualmente,
com a globalizao econmica, na regio metropolitana de So Paulo comum encontrarmos sujeitos advindos de outros
pases, devido ao aumento de fluxos migratrios, o que tem impacto na escolarizao de crianas que chegam s escolas
pblicas sem ter como lngua materna o portugus (muitas delas desconhecem tanto a escrita de sua lngua materna como
a do portugus) e se veem num processo em que as especificidades de aprender a ler e a escrever uma segunda lngua
no esto sequer postas Perguntamo-nos como essas crianas so atendidas? Se professores sentem-se preparados para
lidar com esta nova realidade? Tendo em vista a escassez de materiais didticos sobre bilinguismo, em quais bases o
professor pode apoiar sua ao alfabetizadora? E as famlias, como acompanham a educao escolar de seus filhos?
Trata-se de um estudo de caso (LANKSHEAR; KNOBEL, 2008), no qual recorremos a entrevistas semiestruturadas, tendo
como sujeitos familiares (um pai de origem boliviana), uma criana e uma professora da rede pblica de ensino. Os
primeiros dados coletados apontam para condies pouco favorveis para insero das crianas imigrantes, dado o
contexto sociocultural e escolar em que se encontram.
Participantes:

Discente: Christian Yuji Betim

Ttulo: Alfabetizao em contextos bilngues: o caso das crianas bolivianas na rede


municipal de Guarulhos
Palavras-Chave: Educao Bilingue; Diereito a Educao; Alfabetizao; Letramento
Este projeto insere-se no mbito da Pesquisa Letramento, escola e participao social: episdios de circulao e de
apropriao da escrita na alfabetizao, coordenado pela Profa. Dra. Cludia Lemos Vvio. Tem como foco identificar as
maneiras como as crianas imigrantes bolivianas ou filhas de imigrantes, que tm como lngua materna o espanhol, se
inserem em turmas de alfabetizao e os procedimentos adotados para alfabetiz-las em lngua portuguesa. Atualmente,
com a globalizao econmica, na regio metropolitana de So Paulo comum encontrarmos sujeitos advindos de outros
pases, devido ao aumento de fluxos migratrios, o que tem impacto na escolarizao de crianas que chegam s escolas
pblicas sem ter como lngua materna o portugus (muitas delas desconhecem tanto a escrita de sua lngua materna como
a do portugus) e se veem num processo em que as especificidades de aprender a ler e a escrever uma segunda lngua
no esto sequer postas (MAGALHES, 2010; SILVA, 2006).
Perguntamo-nos como essas crianas so atendidas? Se
professores sentem-se preparados para lidar com esta nova realidade? Tendo em vista a escassez de materiais didticos
sobre bilinguismo, em quais bases o professor pode apoiar sua ao alfabetizadora? E as famlias, como acompanham a
educao escolar de seus filhos? Trata-se de um estudo de caso (LANKSHEAR; KNOBEL, 2008), no qual recorremos a
entrevistas semiestruturadas, tendo como sujeitos familiares (um pai de origem boliviana), uma criana e uma professora da
rede pblica de ensino Os primeiros dados coletados apontam para condies pouco favorveis para insero dessas
crianas, dado o contexto sociocultural e escolar em que se encontram.
Participantes:

Orientador: Claudia Lemos Vvio

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Educao
Autor: Deise Lopes de Souza
Ttulo: A produo acadmica sobre o tema \""Ensino Mdio e Educao
Profissional\"" no campo das polticas educacionais no Brasil: caractersticas e
tndencias (200-2010)
Palavras-Chave: Produo Acadmica; Polticas Pblicas; Ensino Mdio; Educao Profissional;
Este trabalho de pesquisa teve como objetivo central identificar e analisar as caractersticas da produo acadmica
sobre o ?Ensino Mdio (EM) e a Educao Profissional (EP)? realizada no campo das polticas educacionais no Brasil, no
perodo de 2000 a 2010. O mtodo da pesquisa, de natureza qualitativa, teve como base a anlise de contedo por meio de
categorias temticas, procurando explorar o repertrio dos textos selecionados, suas caractersticas argumentativas,
opes terico-metodolgicas e o contexto que circunstanciou as produes. O corpus de anlise foi constitudo por teses e
dissertaes produzidas no mbito de programas de ps-graduao em educao que alcanaram no ltimo trinio
avaliado pela CAPES nota igual ou superior a cinco (21 programas). A coleta dos trabalhos foi feita no Banco de Teses
criado junto ao sitio de armazenamento da CAPES pela pesquisa "A produo acadmica em polticas educacionais no
Brasil: caractersticas e tendncias (2000-2010)" a qual este trabalho est vinculado. O procedimento de leitura e
sistematizao de dados foi realizado com base nos resumos das teses e dissertaes arroladas, a anlise de contedo
realizada teve como suporte as contribuies de pesquisadores como (ARRETCH, 2003; FIGUEIREDO e FIGUEIREDO,
2003; PARO, 2000; AZANHA,1992; SOUZA,C 2003).
Esta pesquisa de Iniciao Cientifica chegou aos seguintes resultados: 1) Houve expressiva produo acadmica no
campo de Polticas Pblicas referentes ao EM e EP, foram elencadas 142 pesquisas voltadas para a temtica em voga; 2)
O principal instrumento de coleta de dados foi a anlise documental; 3) Houve grande tendncia entre os pesquisadores da
rea de apontarem como referncia terica os seus prprios pares em detrimento de autores que representam as principais
vertentes tericas das Cincias Humanas. Entre os poucos autores citados, Karl Marx foi o mais utilizado como base
terica; 4) Dos 21 programas de ps-graduao em educao analisados na pesquisa, apenas dois no apresentaram
nenhuma tese ou dissertao voltada para o EM e EP, quais sejam PUC-SP e PUC-RS; 5) O programa em educao da
UFPR foi o que mais desenvolveu pesquisas com foco voltado para as polticas pblicas referentes ao EM e EP; 6) Foram
distinguidos dois tipos de avaliao propostas pelas pesquisas analisadas, quais sejam: a) A Avaliao de Processos, que
visa a aferio de eficcia do processo de implementao da poltica educacional, do como foram desenvolvidos seus
pressupostos e se suas metas foram atingidas, mostrando que as polticas educacionais referentes ao EM e EP foram
desenvolvidas a partir de pressupostos neoliberais; e b) A Anlise de Impactos, que tem por ambio averiguar os efeitos
das polticas e programas sobre a populao alvo, concluindo que para alm dos problemas estruturais gerados pelas
reformas do EM e EP promulgadas no final dos anos 1990, h falta dialogo entre aquilo que proposto pela legislao e o
cotidiano escolar e que o professor sente-se desvalorizado e desmotivado tendo sua prtica constantemente influenciada e
regulada pelas diretrizes legais da educao; 7) A agenda de pesquisa do campo de polticas educacionais para EM e EP
apresenta tendncia de subordinao agenda poltica, gerando lacunas na produo acadmica sobre o tema em
destaque; e 8) Apesar da existncia de trabalhos voltados para a anlise e avaliao de polticas e programas
educacionais, temas como a qualidade da educao (EM e EP) foram pouco abordados mostrando um problema a ser
superado por esse campo de pesquisa.
Participantes:

Orientador: Prof Dr Maria Anaglica Pedra Minhoto

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Educao
Autor: Elizete Cardoso da Conceio
Ttulo: Anlise da Produo Cientfica Discente sobre a Escolarizao do Surdo Jovem
e Adulto na EJA
Palavras-Chave: surdez, deficincia auditiva, Educao de Jovens e Adultos, educao de surdos
Ttulo: Anlise da Produo Cientfica Discente Sobre a Escolarizao do Surdo Jovem e Adulto na EJA
Resumo:
A Educao de Surdos tem sido alvo de estudos e discusses em diversas reas de conhecimento. A produo
acadmica sobre o tema foi aprofundado a partir dos anos 2000 com a promulgao da Lei n 10.4356 de 2002, que
estabeleceu a Lngua Brasileira de Sinais (LIBRAS) como o meio de comunicao oficial das pessoas surdas, e o Decreto
n 5.626 de 2005, que a sancionou. Entretanto, a maior parte dos estudos est voltada para a escolarizao de crianas
surdas, seu processo de alfabetizao, o ensino bilngue, ou seja, o uso da LIBRAS como primeira lngua e da Lngua
Portuguesa (LP) como segunda lngua na modalidade leitura e escrita. A escolarizao do jovem e adulto tem recebido
uma ateno maior , com estudos mais especficos a partir dos anos 90 principalmente depois que a Lei de Diretrizes e
Bases da Educao
(LDB) de 1996 incluiu a modalidade de ensino Educao de Jovens e Adultos (EJA) na Educao
Bsica. Entretanto, h uma restrio de pesquisas que versam sobre os temas surdez e EJA e o seguinte problema se
apresenta: o que tem sido produzido em termos da educao de surdos jovens e adultos quando frequentam a EJA,
retornando as escolas aps uma escolarizao geralmente interrompida no Ensino Fundamental? Por esse motivo, este
estudo tem como objetivo: conhecer o que tem sido produzido nos Programas de Ps-Graduao das Universidades
Federais da Regio Sudeste do Brasil que se refiram educao de surdos e Educao de Jovens e Adultos, verificando
o estado da arte dessas produes. Como fundamentao terica do presente estudo, apresentam-se os principais marcos
histricos da Educao de Surdos, as concepes educacionais a respeito da Surdez e da Deficincia Auditiva e
particularidades da histria e do funcionamento da EJA no Brasil. Como metodologia, seguiu-se o delineamento descritivo,
sendo permeado pela anlise documental que partiu da necessidade do desenvolvimento de pesquisas com sentido
exploratrio, de conhecimento do estado da arte no tema abordado neste estudo. Como procedimentos de coleta de dados,
inicialmente, foi realizado um levantamento das dissertaes e teses disponibilizadas nos acervos online das bibliotecas
das Universidades Federais da Regio Sudeste, no perodo de 2000 a 2011. Em seguida, foram analisados os ttulos,
resumos e palavras-chave de produes que versam sobre os temas: surdez, deficincia auditiva, escolarizao da pessoa
surda, educao de jovens e adultos e, especificamente, a escolarizao do jovem e adulto surdo, compondo a primeira
etapa. Na segunda etapa, as dissertaes e teses encontradas que tratam sobre o tema do Jovem e Adulto Surdo na EJA
foram avaliadas de forma mais detalhada, com leitura completa da produo para conhecer contedo de cada uma delas.
Os resultados revelaram que a Regio Sudeste tem 19 Universidades Federais e, na primeira etapa da coleta, apenas seis
apresentaram dissertaes e teses dentro da perspectiva desta pesquisa. Nesse primeiro levantamento foram encontradas
31 dissertaes e oito teses em diversos programas de Ps-Graduao, levando-se em conta as palavras-chave
pesquisadas. Entretanto nenhuma ligada diretamente ao tema desta pesquisa que o jovem e adulto surdo e sua
escolarizao na modalidade EJA. Apenas trs produes tratam da questo do jovem e adulto surdo e foram lidas e
analisadas, compondo a segunda etapa desta pesquisa, sendo que uma delas aborda a questo do aluno jovem e adulto
com deficincia,- sem especificar qual a deficincia - e suas trajetrias escolares. A segunda produo retrata os juzos
morais de jovens e adultos surdos, sobre as situaes de humilhao que sofrem ou presenciam pela sua condio de
usurio da lngua de sinais. E a terceira trata do uso de figuras, sinais e palavras impressas para ajudar adolescentes,
jovens e adultos com surdez e deficincia mental a desenvolver ?habilidades cognitivas?.
Atravs desta pesquisa de
cunho exploratrio, foi possvel observar que ainda pequena a participao da academias da Regio Sudeste do Brasil na
produo de conhecimentos nesta rea especfica, ou seja, h ainda um vasto campo de pesquisas, em todas as questes
relacionadas a surdez e deficincia auditiva, mas principalmente se imbricadas com a questo do jovem e adulto surdo e
sua escolarizao na EJA.
Participantes:

Discente: Elizete Cardoso da Conceio

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Educao
Autor: Eloisa Neri de Oliveira
Ttulo: Projeto Zero - Evaso
Palavras-Chave: Evaso, Vulnerabilidade, REUNI e SISU
Introduo: Por meio de politicas universitrias como o REUNI e o SISU, viabilizou-se o ingresso na universidade de
setores sociais antes excludos. Essas polticas tm trazido grupos de discentes com maior vulnerabilidade acadmica que
demandam maior ateno de polticas de permanncia, como o Plano Nacional de Assistncia Estudantil (BRASIL, 2010),
para se evitar os altos ndices de evaso.
O curso de formao de professores, Cincias ? Licenciatura da UNIFESP,
campus Diadema, alm de compartilhar plenamente dessa problemtica, tambm recebe fortes influncias das profundas e
recentes mudanas desse incio do sculo XXI, como as mudanas econmico-sociais (GREENSPAN, 2008), na vida
particular do professor (COSTA, 2009), nas formas e meios de comunicaes (CASTELS, 2006), nas condies de
aprendizagem (VALENTINE, 1999), na formao de professores devido s tecnologias digitais (ALMEIDA, 2004) e nas
universidades devido nova forma de seleo e ingresso na rede federal, s politicas de expanso e s polticas
afirmativas de incluso e mobilidade. Frente aos altos ndices de evaso no primeiro ano da Licenciatura e transferncia
de alunos para outros cursos, fruto do contexto em que o curso est inserido, o Projeto Zero apresenta uma proposta de
pesquisa-ao e extenso sobre Ensino de Cincias e Formao de Professores de Cincias que, partindo de uma viso
multidisciplinar e integradora entre Cincia, Tecnologia, Sociedade e Ambiente (CTSA), busca entender o conjunto de
processos envolvidos na construo do letramento cientfico dos alunos e, nesse contexto, discutir os conceitos de evaso,
vulnerabilidade acadmica e mobilidade.
Objetivo: analisar a sada de alunos ao longo do primeiro ano do curso, discutindo os conceitos de evaso e
mobilidade.
Metodologia: A formao do professor de cincias tornou-se particularmente complexa a partir da emergncia das
questes ambientais, climticas e de matriz energtica que, mescladas s desigualdades sociais, preocupam o conjunto da
humanidade. A pesquisa-ao sob uma abordagem CTSA visa entender os elementos de vulnerabilidade do aluno em
formao em seu contexto acadmico e/ou escolar e apontar para a postura ativa do professor-pesquisador, como um
possvel fator de minorao da evaso.
Resultados Parciais: o levantamento de dados com alunos ingressantes no Curso de Cincias ? Licenciatura tem
revelado dados que configuram aspectos do ambiente de produo do letramento cientfico dos alunos e apontam para
algumas razes da evaso:
Mobilidade:10% dos ingressantes de 2012 vieram de outra universidade; 20% j so formados; em torno de 50% dos
alunos deixaram o curso at o final do primeiro ano (2010 e 2011). Dos alunos que saram dos cursos da Unifesp e foram
entrevistados pelo NAE, dados de 2011, 36,95% pretendem mudar de curso; 10,87% conseguiu bolsa Prouni e ir fazer
outro curso; 10,87 pretende continuar no mesmo curso, mas em outra universidade. Ou seja, mais de 50% dos que saem
da Unifesp migram para outros cursos superiores. Embora no se formem no curso em que entraram, esse movimento de
sada, ao que tudo indica, no est diretamente vinculado reprovao, ao insucesso escolar, ao abando dos estudos e
consequentemente perda de investimento como prev o modelo de evaso tratado na literatura. Os dados parecem
indicar que se trata de um movimento de mobilidade busca da formao adequada e com menor vulnerabilidade
acadmica. Incluso: os dados revelaram que de 2010 a 2012 a taxa de ingressantes oriundos da escola pblica tem se
mantido em torno de 50%, sendo que, de acordo com os dados de 2012, 47% desses ingressantes se constitui na primeira
pessoa da famlia a entrar numa universidade. Formao inicial e continuada: os dados revelaram que 11% em 2011 e 20%
em 2012 dos ingressantes no curso j so formados e voltam universidade busca de novas formaes. Pr-atividade:
de acordo com os dados levantados em 2011 apenas 37% dos alunos pesquisados no participavam de algum projeto de
pesquisa, de extenso ou de monitoria. Em 2012, os dados levantados revelaram que mais de 100 alunos esto integrados
nessas atividades.
Concluses: Embora a pesquisa ainda esteja em curso e os dados ainda sejam iniciais e sem tratamento estatstico,
os resultados parecem indicar um alto grau de vulnerabilidade acadmica dos alunos e que o movimento de sada no est
diretamente vinculado reprovao, ao insucesso escolar, ao abandono dos estudos e consequentemente perda de
investimento como prev o modelo de evaso tratado na literatura. Os motivos apresentados pelos alunos para a sada
estavam relacionados busca de seus desejos ou de uma menor vulnerabilidade acadmica. Ao migrarem para outros
cursos da rede pblica de ensino superior, federal ou estadual, no h perda de investimentos pblicos, apenas
contrariedade nas metas especficas de crescimento e consolidao do curso.
Participantes:

Orientador: Flaminio de Oliveira Rangel


Discente: Cesar Rogerio Cardoso
Discente: Aline Daniele Garcia Ciola
Discente: Eduardo Ferreira Caetano

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Educao
Autor: Eunice Yara Silva
Ttulo: Vem amiguinho, que acabou o parquinho!As brincadeiras nos espaos
externos de uma Instituio de Educao Infantil
Palavras-Chave: educao infantil, brincar, cultura infantil
Este trabalho trata-se de uma pesquisa que teve como intuito estudar o brincar realizado em espaos especficos de
uma instituio de Educao Infantil, entendendo a brincadeira como uma prtica primordial nesta etapa da Educao
Bsica. com a cano ?Vem amiguinho, que acabou o parquinho!? que as crianas de 4 e 5 anos da instituio de
Educao Infantil pblica do municpio de So Paulo escolhida para esta pesquisa, imersas em suas diferentes brincadeiras
no parque, comeam a se despedir daquele espao no qual tiveram a oportunidade de vivenciar inmeras experincias
ldicas, para voltar para a sala de aula. O objeto de investigao foram as brincadeiras nos espaos externos, tendo em
vista a maneira como se d a relao entre as crianas durante essas brincadeiras, suas angstias, conflitos e harmonia, e
que com essas relaes as crianas aprendem a brincar e produzem cultura. Para tanto, a brincadeira foi compreendida a
partir da concepo sociocultural, na qual o brincar no inato, mas aprendido atravs das relaes entre as crianas tendo
aporte terico nos estudos de Brougre (1998, 2001, 2002, 2004), Corsaro (2009, 2011), Huizinga (2010), Leontiev (2006) e
Vygotsky (1994, 2004, 2006). A partir dessas teorias foram adotadas as seguintes categorias conceituais: cultura de pares,
reproduo interpretativa e cultura ldica. O trabalho de pesquisa se ancorou na perspectiva da Sociologia da Infncia, em
que as crianas so consideradas sujeitos ativos, caracterizando-se como uma pesquisa com crianas. A investigao foi
do tipo etnogrfica por meio de observao, registro de imagem, gravaes, anotaes de campo e duas entrevistas. Os
resultados da pesquisa demonstraram que as crianas criam e imaginam experincias vividas, ouvidas ou assistidas, e que
em grupo compartilham das mesmas, produzindo cultura. As relaes, entretanto, no so sempre prazerosas, pois o
relacionamento entre as crianas contm regras de convivncia criadas por elas que podem tanto acolher novos membros
quanto excluir.
Alm disso, foi possvel compreender que o espao elemento importante para as brincadeiras, pois
garante as possibilidades para que as crianas possam encarar os desafios e criar situaes, e o educador tem o papel
fundamental para enxergar essas possibilidades provocando nas crianas oportunidades para suas brincadeiras.
Participantes:

Orientador: Claudia Panizzolo

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Educao
Autor: Giovana Picone de Mattos Jardim
Ttulo: O ensino do verbo: das gramticas s salas de aula dos anos iniciais
Palavras-Chave: conceito de verbo, descrio gramatical, confrontos tericos
No ensino/aprendizagem de lngua portuguesa, ganha evidncia a prtica de anlise lingustica, compreendida como
um trabalho no qual os recursos lingusticos se encontram articulados aos usos da lngua. Tal questo est presente nos
Parmetros Curriculares Nacionais de Lngua Portuguesa (PCNLP 1997, 1998), nele sendo exposta de forma a contrariar
metodologias de ensino/aprendizagem pautadas em categorizaes gramaticais preestabelecidas, desvinculadas das
prticas de produo e compreenso escritas e orais. Alm disso, defendem a necessidade de o ensino voltar-se para a
atividade epilingustica, ou seja, para a reflexo sobre a lngua em situaes de produo e interpretao ?como caminho
para [a criana] tomar conscincia e aprimorar o controle sobre a prpria produo lingstica? (BRASIL, 1997, p.31). Para
que tal proposio se efetue na prtica, o professor assume um papel importante, j que as atividades por ele
desenvolvidas devem possibilitar aos alunos a reflexo sobre a prpria lngua em uso. Vale dizer, no entanto, que, sendo o
trabalho do professor comumente pautado na utilizao de suportes pedaggicos, surgiu a necessidade de nos
questionarmos a respeito dos materiais disponibilizados para observar quais as efetivas contribuies por eles propiciadas
ao planejamento didtico-pedaggico do professor no que se refere ao ensino do verbo, nosso objeto de estudo.
Acrescentemos ainda que, nesse projeto, no se trata simplesmente de saber o que um ?verbo?, mas, sobretudo, de
entender e saber como ensinar o papel essencial que este(s) ocupa(m) no funcionamento dos enunciados, o que mostra
que h, em educao lxico-gramatical, um caminho a ser percorrido para que reflexes dessa natureza se faam
efetivamente presentes em salas de aula dos anos iniciais. A partir do estudo empreendido, foi possvel estabelecer alguns
critrios em relao ao modo como o verbo tratado, sendo estes de natureza sinttica, morfolgica e semntica. Se o
primeiro critrio descreve as regras para possibilitar a combinao entre as palavras que originam as frases, no segundo
so analisados os aspectos estruturais das palavras, que, no caso do verbo, so, de um lado, a sua flexo, de outro, a
forma pela qual se verificam a voz ativa e passiva. O ltimo, que tem por objetivo o estudo dos significados das formas
lingusticas, aborda, contudo, a prpria natureza da significao, pois nos levam a pensar se tais formas teriam a priori um
significado ou dependeriam do contexto situacional para que este lhes fosse atribudo. Para embasar a reflexo com
relao aos embates decorrentes das categorias estabelecidas pelas gramticas tradicionais, tomamos como fundamento o
livro ?Para uma nova gramtica do portugus?, de Perini. Pudemos perceber que as gramticas se empenham em explicar
?dois componentes da estrutura da lngua: suas formas e o relacionamento dessas formas com os respectivos significados?
(PERINI, 2007, p.22). Porm, para possibilitar tal explicao, necessrio considerar a complexidade dessa relao, para
no cair em inadequaes. Para ilustrar um dos problemas decorrentes da gramtica tradicional, lembremo-nos de uma das
variaes do verbo, a voz, anteriormente includa no critrio morfolgico, j que apresenta uma diferenciao com relao
ao verbo quanto sua forma (a voz passiva pode ser analtica ou sinttica). No entanto, ela tambm no poderia deixar de
ser apreendida do ponto de vista semntico, j que os verbos, podendo ser intransitivos ou transitivos, admitiriam ou no a
transformao de voz. Alm dessas abordagens, a voz tambm explicada por meio de questes sintticas, pois Cunha e
Cintra (2008) explicitam: ?o objeto direto da voz ativa corresponde ao sujeito da voz passiva; e na voz reflexiva, o objeto
direto ou indireto a mesma pessoa do sujeito [?]? (2008, p.399). Ou seja, os autores utilizam as ?funes? da sintaxe para
justificar a mudana de voz. Ao mesmo tempo, ao final deste pargrafo, no lugar das reticncias, os autores recorrem ao
fator semntico para reforar a transformao de voz: ?Logo, para que um verbo admita transformao de voz, necessrio
que ele seja transitivo? (ibidem). Essas colocaes ilustram muito bem o que apontado por Perini (2007), para quem a
complexidade envolvendo a integrao de vrios domnios (morfolgico, semntico, sinttico) aparece, nas definies, de
modo nada evidente. Com o objetivo de encontrarmos novas propostas que se distanciem da vertente tradicional, e que
superem os embates encontrados, analisamos o conceito de ?verbo? em trs gramticas recentemente publicadas, a
saber, ?Pequena gramtica do portugus brasileiro?, de Ataliba Castilho e Vanda M. Elias (So Paulo: Contexto, 2012); ?
Gramtica do portugus brasileiro?, de Mrio Perini (So Paulo: Parbola Editorial, 2010) e ?Gramtica pedaggica do
portugus brasileiro?, de Marcos Bagno (So Paulo: Parbola Editorial, 2011). Tal anlise consistiu especificamente em
observar definies, descries de funcionamento e propostas de ensino mais condizentes com o que se observa no uso da
lngua
Participantes:

Discente: Giovana Picone de Mattos Jardim

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Educao
Autor: Glenda Yamali Farias Alves
Ttulo: Atividades experimentais no ensino de Biologia em Diadema/SP: Impactos e
perspectivas
Palavras-Chave: Ensino de Biologia, Aulas Prticas, Recursos Didticos, Escola Pblica
A primeira etapa do projeto intitulado: ?Atividades experimentais no ensino de Biologia em Diadema/SP: Impactos e
perspectivas? teve como finalidade avaliar a infra-estrutura da escola E. E. Padre Anchieta para se conhecer o ambiente em
que ocorre parte da construo do conhecimento cientfico, a escola e foi realizada a partir de um questionrio preenchido
pela discente. Buscou-se verificar a existncia de laboratrio de Cincias, biblioteca e laboratrio de informtica, ou seja,
conhecer o espao fsico da escola como um todo. Ao longo do levantamento, foi observado que apesar da existncia dos
espaos fsicos, h falta de tcnicos no laboratrio de Cincias, falta de estrutura como tomadas, bancadas e equipamentos
de segurana. Na biblioteca, faltam recursos humanos, como bibliotecria, o que impede a utilizao de livros e, no menos
importante, as idas a esses ambientes, que por serem limitados, exigem agendamento prvio, implicando na baixa
utilizao dos mesmos pelos professores. Na segunda etapa, houve o levantamento de atividades experimentais realizadas
pelos professores de Cincias envolvidos na pesquisa. O processo de reconhecimento das atividades deu-se atravs de
uma entrevista realizada pela discente somada a participao nas aulas prticas/tericas realizadas pelos professores. Os
dois professores participantes do projeto cederam alguns materiais didticos (roteiros de atividades) utilizados em algumas
sries no primeiro bimestre de 2012. Os professores acreditam serem necessrias aulas prticas e mais do que isso,
tentam por mais obstculos que tenham, diferenciar suas aulas com atividades prticas. Ao conhecer as turmas do ensino
fundamental II envolvidas na pesquisa ficou mais direcionada a busca por atividades experimentais de baixo custo
relevantes aos conhecimentos construdos em aula e interessantes ao grupo de alunos. Portanto, o foco das atividades
prticas levantadas na internet e nos livros didticos foi buscar pertinncia ao contedo a fim de sanar possveis dvidas,
gerar reflexo e aumentar a compreenso ao longo do processo ensino-aprendizagem. Esto sendo realizadas oficinas com
os professores, onde so apresentadas as atividades prticas adaptadas pela discente, em um ambiente de discusso e
reflexo onde os professores trazem sempre suas experincias positivas e negativas em sala de aula, colaborando na
melhoria das atividades apresentadas e na adaptao efetiva para a realidade profissional em que vivem. Ao trmino das
oficinas, os professores aplicaro algumas atividades em suas aulas. Os recursos didticos desenvolvidos pela discente
sero avaliados por meio de dois questionrios, um preenchido pelo professor e outro preenchido pelos alunos.
Participantes:

Orientador: Ligia Ajaime Azzalis


Docente: Fernando Luiz Affonso Fonseca

Ttulo: Atividades experimentais no ensino de Biologia em Diadema/SP: Impactos e


perspectivas
Palavras-Chave: Ensino de Biologia; Aulas Prticas; Recursos Didticos; Escola Pblica
A primeira etapa do projeto intitulado: "Atividades experimentais no ensino de Biologia em Diadema/SP: Impactos e
perspectivas" teve como finalidade avaliar a infra-estrutura da escola E. E. Padre Anchieta para se conhecer o ambiente
em que ocorre parte da construo do conhecimento cientfico, a escola e foi realizada a partir de um questionrio
preenchido pela discente. Buscou-se verificar a existncia de laboratrio de Cincias, biblioteca e laboratrio de informtica,
ou seja, conhecer o espao fsico da escola como um todo. Ao longo do levantamento, foi observado que apesar da
existncia dos espaos fsicos, h falta de tcnicos no laboratrio de Cincias, falta de estrutura como tomadas, bancadas e
equipamentos de segurana. Na biblioteca, faltam recursos humanos, como bibliotecria, o que impede a utilizao de
livros e, no menos importante, as idas a esses ambientes, que por serem limitados, exigem agendamento prvio,
implicando na baixa utilizao dos mesmos pelos professores. Na segunda etapa, houve o levantamento de atividades
experimentais realizadas pelos professores de Cincias envolvidos na pesquisa. O processo de reconhecimento das
atividades deu-se atravs de uma entrevista realizada pela discente somada a participao nas aulas prticas/tericas
realizadas pelos professores. Os dois professores participantes do projeto cederam alguns materiais didticos (roteiros de
atividades) utilizados em algumas sries no primeiro bimestre de 2012. Os professores acreditam serem necessrias aulas
prticas e mais do que isso, tentam por mais obstculos que tenham, diferenciar suas aulas com atividades prticas. Ao
conhecer as turmas do ensino fundamental II envolvidas na pesquisa ficou mais direcionada a busca por atividades
experimentais de baixo custo relevantes aos conhecimentos construdos em aula e interessantes ao grupo de alunos.
Portanto, o foco das atividades prticas levantadas na internet e nos livros didticos foi buscar pertinncia ao contedo a fim
de sanar possveis dvidas, gerar reflexo e aumentar a compreenso ao longo do processo ensino-aprendizagem. Esto
sendo realizadas oficinas com os professores, onde so apresentadas as atividades prticas adaptadas pela discente, em
um ambiente de discusso e reflexo onde os professores trazem sempre suas experincias positivas e negativas em sala
de aula, colaborando na melhoria das atividades apresentadas e na adaptao efetiva para a realidade profissional em que
vivem. Ao trmino das oficinas, os professores aplicaro algumas atividades em suas aulas. Os recursos didticos
desenvolvidos pela discente sero avaliados por meio de dois questionrios, um preenchido pelo professor e outro
preenchido pelos alunos.
Participantes:

Orientador: Ligia Ajaime Azzalis


Docente: Fernando Luiz Affonso Fonseca

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Educao
Autor: Isabela Zanoni Morgado
Ttulo: O aprendizado de Libras por estudantes de Licenciatura atravs da contao de
histrias infantis
Palavras-Chave: Libras, Literatura Infantil, incluso
O APRENDIZADO DE LIBRAS POR ESTUDANTES DE LICENCIATURA ATRAVS DA CONTAO DE HISTRIAS
INFANTIS. Isabela Zanoni Morgado, rica Aparecida Garrutti de Loureno (orientadora) ? Letras ? Departamento de
Educao ? Universidade Federal de So Paulo ? Escola de Filosofia, Letras e Cincias Humanas ? Campus Guarulhos.
Esta pesquisa envolve a temtica do aprendizado da Lngua Brasileira de Sinais (Libras) por alunos ouvintes de
Licenciatura, utilizando-se da Literatura Infantil como campo lexical para o aprendizado dessa lngua. O interesse por este
estudo surgiu por vrios motivos e, dentre eles, destaca-se a carncia de estudos que focalizam o aprendizado da Libras
por ouvintes, j que a maior parte das pesquisas desta rea centraliza o aprendizado da Libras pelo indivduo Surdo. Em
vista disso, este estudo tem como objetivo: observar como se d a aprendizagem da Libras por estudantes de licenciatura
que participam de um grupo de estudos vinculado ao Projeto de Extenso de ?A Literatura Infantil no Ensino da Lngua
Brasileira de Sinais e da Lngua Portuguesa na Educao de Surdos em Perspectiva Inclusiva? (PROLIE-Libras), realizado
na Universidade Federal de So Paulo, Campus de Guarulhos, analisando-se os avanos e dificuldades enfrentados por
parte dos alunos ouvintes ao decorrer dos encontros.
O PROLIE-Libras tem focado suas aes no estudo de assuntos referentes contao de histrias em
Libras/Lngua Portuguesa, desenvolvendo-se a partir de encontros semanais no grupo de estudos e palestras e minicursos
que envolvam a temtica da educao de surdos na perspectiva inclusiva. Por meio da interao entre os membros do
grupo e da troca de experincias, as atividades do PROLIE-Libras baseiam-se na pesquisa e anlise de histrias infantis e
na diviso dos integrantes em subgrupos para que tenham acesso a pontos de vista e interpretaes diferentes e estudem
a Libras em um contexto, o das histrias infantis que sero contadas em instituies de Educao Infantil que tenham
crianas surdas em processo de incluso. O objetivo dos encontros, ento, promover o aprendizado e a troca de
experincias em Libras entre os alunos ouvintes participantes do PROLIE-Libras, buscando tambm pesquisar novos sinais
e formas de contao para cada histria selecionada. Pressupe-se que o aprendizado da Libras utilizando-se da Literatura
Infantil como campo lexical uma forma simples e natural de construir conhecimentos sobre uma lngua to viva no
contexto da interao com os surdos.
Para a coleta de dados sobre o aprendizado da Libras pelos participantes do grupo vinculado ao PROLIE-Libras,
sero realizadas observaes das aes desse grupo que sero registradas em um dirio de campo (dificuldades
encontradas, materiais de apoio a serem utilizados, diferentes formas de se contar uma mesma histria e etc). Tambm
consistiro fonte de dados as filmagens de episdios e experincias durante a preparao das contaes. Outra ferramenta
para a realizao desta pesquisa o BLOG do grupo de estudos (de acesso restrito), no qual os integrantes relatam os
encontros vividos e postam informaes sobre as contaes e outros assuntos que contribuam com o enriquecimento do
contedo estudado nos encontros. Questionrios avaliativos tambm sero aplicados aos membros do grupo, sendo o
primeiro deles realizado no incio dos encontros do grupo de estudos e, o outro, ao final do semestre. Com esses
procedimentos de coleta de dados, que se iniciaram no segundo semestre de 2012 e tero continuidade no primeiro
semestre de 2013, intenciona-se obter informaes a respeito da evoluo de cada integrante do grupo no aprendizado em
Libras e as principais dificuldades e desafios encontrados pelo mesmo durante as contaes.
Como resultados parciais, algumas experincias foram adquiridas durante as contaes de histrias infantis
promovidas em 2012, principalmente atravs das discusses de estratgias de contao (formas de elaborao dos roteiros
em Libras e em Lngua Portuguesa de cada histria selecionada, seleo das aes a serem tomadas antes, durante e/ou
aps a contao e etc) por cada subgrupo e da escolha dos materiais que seriam utilizados nas contaes (tintas,
mscaras, acessrios que representem caractersticas fsicas dos personagens das histrias, entre outros materiais). Foi
possvel observar, tambm, a importncia da assiduidade e da pontualidade dos participantes nos encontros do grupo de
estudos, principalmente pelo fato de que cada membro do grupo possui uma rotina de horrios diferentes, e na medida em
que o grupo recebia novos participantes ao longo do ano dificultava-se a manuteno de uma linha de ao em cada
subgrupo. Sendo assim, os atrasos dificultavam a dinmica do grupo ao se considerar que o horrio para cada encontro
semanal era restrito, localizado no entre turnos (vespertino e noturno), e cada participante detinha-se de um horrio de
incio e trmino de aula diferente dos demais membros. Tal observao foi fundamental para que se tomassem novas
medidas de ingresso ao grupo para novos integrantes em 2013. Sendo assim essa pesquisa, entre outros fatores
relevantes, representa uma oportunidade de o pblico ouvinte entrar em contato com o universo surdo, juntamente com
seus desafios, dificuldades e gratificaes.
Participantes:

Orientador: Erica Aparecida Garrutti de Loureno


Discente: Isabela Zanoni Morgado

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Educao
Autor: Jssica Mximo Garcia
Ttulo: O gnero debate nas colees de Lngua Portuguesa aprovadas no PNLD-2011
Palavras-Chave: gnero debate, oralidade, livros didticos
O projeto de Iniciao Cientfica (PIBIC-CNPq 2012/2013), intitulado ?O gnero debate nas colees de Lngua
Portuguesa aprovadas no PNLD-2011?,
teve como objetivo principal analisar como o gnero debate transformado em
objeto de ensino e de aprendizagem nas colees de Lngua Portuguesa para o Ensino Fundamental II aprovadas pelo
Programa Nacional do Livro Didtico (PNLD-2011). Assim, a pesquisa se voltou para a compreenso de uma das diversas
facetas que compem a complexidade da construo de objetos de ensino nos recentes livros didticos de lngua materna,
a saber: o trabalho com a oralidade.
Os Parmetros Curriculares Nacionais (Brasil, 1998) e o PNLD indicam que cabe escola garantir o ensino da
linguagem oral nas instncias pblicas, especialmente em atividades planejadas e intencionais. Mendes (2005), por
exemplo, comenta que esses documentos oficiais definem os gneros orais formais e pblicos, diferente daqueles
praticados cotidianamente pelos alunos (especialmente aqueles que apresentam aspectos da oralidade como o ?debate?).
Assim, uma das funes dos gneros, na esfera escolar, proporcionar o desenvolvimento do aluno para diversas
capacidades. Tais capacidades podem ser consideradas, segundo Dolz & Schneuwly (2004, p.74), como: (a) capacidade de
ao: conscientizao e mobilizao para a situao de comunicao do gnero, ou seja, para que o debate foi produzido,
qual objetivo, etc; (b) capacidades discursivas: compreenso de como o debate se organiza; (c) capacidades
lingustico-discursivas: conhecimento das estruturas lingusticas adequadas para a atividade. Para que isso acontea no
livro didtico impresso, encontramos um conjunto diversificado de explicaes e comandos de ao para as atividades e
tarefas que textualizam o gnero debate, o saber-fazer (debater) e, algumas vezes, a (auto)avaliao do processo de
aprendizagem.
No intuito de compreender as diferentes abordagens metodolgicas envolvidas ao debate, selecionamos todas as
colees aprovadas pelo PNLD-2011 que exploravam de alguma forma esse gnero. Desta forma, constitumos um corpus
de pesquisas composto por 36 volumes de 15 colees de livros didticos.
As perguntas que orientaram a anlise das colees foram: (i) identificar como o gnero debate encontra-se
presente nos livros que compem o nosso corpus de pesquisa e como abordado no que se refere ao trabalho com a
oralidade, mas tambm a leitura, a produo de textos e a anlise lingustica; (ii) investigar quais modalidades de debates
(debate regrado, debate deliberativo, debate opinativo, debate regrado pblico) esto presentes no corpus; (iii) realizar um
mapeamento e uma discusso dos tipos de atividades didticas e pedaggicas relacionadas ao gnero debate. Para
responder essas questes, o principal instrumento de anlise utilizado foi uma sinopse, ferramenta analtica proposta por
Schneuwly, Cordeiro e Dolz (2005), que ajuda a identificar atividades subordinadas e parciais, a progresso dessas
atividades, os objetivos etc.
Os resultados da anlise indicaram que as colees no contemplam o trabalho com o debate em todos os anos.
Nosso levantamento inicial apontou que o trabalho com o debate nos livros didticos atuais privilegia o 4 ciclo do Ensino
Fundamental de 09 anos: 8 e 9 anos respectivamente, mantendo a tradio da disciplina em trabalhar com a
argumentao aps um trabalho com a narrao e descrio. Por outro lado, todas as colees priorizam trabalhar com o
debate para explorar o eixo da oralidade (100% das 15 colees) e trs volumes (8,3%) propem um trabalho com o eixo da
leitura, que nesse caso, refere-se a leitura de trechos de debate transcrito para que os alunos compreendam como um
debate se organiza.
A anlise tambm apontou diferentes modalidades de debate nos volumes. Segundo as resenhas das colees do
Guia Nacional (BRASIL, 2010), 44,5% dos 36 volumes como debate (sem especificar uma modalidade), 36% como debate
regrado, 11% como uma ?discusso? e 8,5% como debate deliberativo opinativo. Essas escolhas podem implicar nos
nveis de complexidade de cada atividade, uma atividade de debate com carter de discusso pode ganhar certa
informalidade, enquanto um debate regrado pblico s se realiza atravs de regras e procedimentos planejados.
A anlise mais detalhada de cada coleo est em fase de finalizao. Entre os 32 livros analisados at o momento,
12 tratam o debate na perspectiva da imerso (Mendes, 2005), ou seja, acredita-se no ?aprender fazendo?. Em 20
volumes, observa-se que h um trabalho mais sistematizado em que diferentes facetas do debate como objeto de ensino
so apresentadas explicitamente: qual sua funo na sociedade, como se organiza, quais suas caractersticas, qual o papel
de cada participante, as regras para o bom desenvolvimento de um debate, etc.
Chegamos a uma primeira concluso de que a diferena entre as colees o tratamento didtico, metodolgico e
editorial dado a cada objeto de ensino no mbito de seu projeto didtico autoral, por isso, as diversas capacidades so
desenvolvidas nos alunos conforme a escolha de determinadas abordagens didtico-metodolgicas.
Participantes:

Discente: Jssica Mximo Garcia

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Educao
Autor: Las Pezzuto Porto
Ttulo: Ludicidade e motivao para a aprendizagem: uma anlise do Clube de
Matemtica
Palavras-Chave: Ludicidade; Motivao; Aprendizagem; Clube de Matemtica
A Matemtica uma disciplina comumente considerada difcil e, talvez por isto, pouco aceita pelos alunos. Partindo
deste pressuposto, a pesquisa em questo teve por objetivo averiguar se o Clube de Matemtica age como instrumento
motivador e facilitador da aprendizagem pautado na ludicidade. O Clube foi realizado em encontros semanais durante dois
meses, organizado por estudantes da graduao de Pedagogia da Universidade Federal de So Paulo. Participaram das
atividades doze alunos matriculados no segundo ano do ensino fundamental de uma Escola da Prefeitura de Guarulhos,
parceira no projeto. Os alunos foram escolhidos por suas respectivas professoras tendo como critrio para essa seleo a
dificuldade na aprendizagem da matemtica. Para a realizao do Clube foram realizados um estudo terico e reunies
semanais para a elaborao e organizao das atividades a serem desenvolvidas. Como recurso didtico priorizou-se os
jogos. Foram utilizados os jogos do acervo do Laboratrio de Ensino de Matemtica, do Departamento de Educao, e
outros elaborados pelos prprios organizadores do Clube. Embora todos os alunos do Clube apresentassem algum tipo de
dificuldade na disciplina, chamou-nos a ateno o fato de que todas as crianas gostavam da disciplina de Matemtica Na
coleta dos dados foram registradas em dirio de campo as aes e falas de oito alunos que foram acompanhados de forma
mais sistemtica durante as atividades desenvolvidas. No ltimo encontro foi proposta aos alunos a avaliao do Clube, o
que tambm se constituiu como dado para anlise. A anlise dos dados indica uma melhoria na aprendizagem desses
alunos em relao s noes de sequncia, correspondncia numrica, adio e subtrao, quando comparados os
resultados das atividades do Clube com o diagnstico inicial. Nesse sentido, os dados corroboram a hiptese de que a
ludicidade na educao de crianas pequenas pode atuar como instrumento facilitador da aprendizagem da Matemtica e,
em particular, a proposta do Clube de Matemtica, favorece a motivao para a aprendizagem mediada pelo aspecto ldico.
Participantes:

Orientador: Dra. Vanessa Dias Moretti

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Educao
Autor: Marcos Antonio Muniz de Sousa
Ttulo: A produo acadmica sobre ?Abordagens terico-metodolgicas? em
polticas educacionais no Brasil: caractersticas e tendncias (2000-2010)
Palavras-Chave: Abordagem terico metodolgica, Poltica educacional, Estado, produo acadmica.
As questes que me trouxeram realizao de uma pesquisa de Iniciao Cientfica (IC) na rea de Educao,
sendo estudante do curso de Cincias Sociais, esto vinculadas vivncia que tive em um Projeto de Educao realizado
pela Organizao no Governamental (ONG) Liga Solidria, no complexo Educacional Educandrio Dom Duarte, no Distrito
Raposo Tavares. O referido projeto atende, por meio de convnio com a Prefeitura de So Paulo, gerenciado pela
Secretaria Municipal de Assistncia e Desenvolvimento Social (SMADS), 400 crianas entre 6 e 14 anos em contra turno
escolar.
O aumento da produo acadmica no Brasil em torno das pesquisas educacionais tem intensificado o debate sobre
a relao entre Estado, universidades, agncias de fomento pesquisa e sociedade. Temos cada vez mais necessidade
de compreendermos como se realizam os processos educacionais, o que torna fundamental o entendimento de como se
realizam, no mbito acadmico, as pesquisas que tratam da Educao Brasileira.
Esta pesquisa de Iniciao Cientfica parte de uma pesquisa nacional intitulada "A produo acadmica em
polticas educacionais no Brasil: caractersticas e tendncias (2000-2010)?. O objetivo geral da pesquisa nacional analisar
a produo acadmica em polticas educacionais no Brasil no perodo de 2000 a 2010, com base nas teses e dissertaes
de programas de ps-graduao em educao com nota igual ou superior a cinco. Vinte e um programas compuseram a
base de coleta destes trabalhos feita no Banco de Teses da CAPES.
Ao realizar a busca dos trabalhos no Banco de Teses da Capes foram utilizadas as seguintes palavras: Eixo 1Organizao da educao, planejamento da educao, administrao da educao, gesto da educao. Neste eixo foram
classificados os trabalhos relacionados : estrutura da educao, anlise dos sistemas educacionais, municipalizao da
gesto e do ensino, organizao do ensino; Eixo 2 - Avaliao em larga escala e avaliao institucional. Nele foram
classificados os trabalhos relacionados :
avaliao educacional, avaliao da educao, avaliao na educao,
avaliao em educao, avaliao externa, avaliao institucional, avaliao em larga escala, exame nacional, Saeb, Prova
Brasil, Provinha Brasil, resultados de avaliaes de sistemas, os efeitos das avaliaes de larga escala, as concepes de
avaliao de sistemas, avaliao institucional, avaliaes externas realizadas pelos estados ou municpios; Eixo 3 Qualidade da educao, qualidade de ensino. Neste eixo foram classificados os trabalhos que discutem o conceito de
qualidade na educao, sucesso escolar, fracasso escolar na perspectiva das polticas educacional e social; Eixo 4 Reformas educacionais, neoliberalismo na educao, terceiro setor e organizaes sociais na educao, Estado e reformas
educacionais, anlise e avaliao de polticas educacionais. Neste eixo foram classificados os trabalhos relacionados
histria das reformas, legislao, conselhos de educao, polticas educacionais, produo em polticas educacionais,
anlise de polticas, avaliao de polticas, avaliao poltica da educao; Eixo 5 - Polticas de Formao de professor,
carreira docente. Foram classificados os trabalhos relacionados : remunerao docente, piso salarial do magistrio, salrio
do professor, EAD como poltica de formao de professores, o uso de tecnologia na formao de professores; Eixo 6 Financiamento da educao, controle social do financiamento da educao. Neste eixo foram classificados os trabalhos
relacionados : gasto pblico e educao, FUNDEF, FUNDEB, recursos pblicos, Conselho de Acompanhamento, Controle
Social do Fundeb, Conselho de Acompanhamento do Fundef; Eixo 7 - Abordagens terico-metodolgicas em polticas
educacionais. Neste eixo foram classificados os trabalhos relacionados produo de conhecimento no campo das
polticas (estado da arte), estudos que descrevem e analisam categorias metodolgicas e tericas, o campo de polticas
educacionais, estudos sobre a produo na rea; Eixo 8 - Anlise e avaliao de Programas e Projetos no campo
educacional. Neste eixo foram classificados os trabalhos relacionados PNLD, REUNI, bolsa escola, permanncia, acesso;
Eixo 9 Polticas inclusivas. Neste eixo foram classificados os trabalhos relacionados a polticas afirmativas, cotas,
educao indgena, minorias, ciganos, negros.
Ao realizar a busca no Banco de Teses da Capes foram registradas as seguintes informaes, numa planilha de
Excel, que constitui o banco de dados da pesquisa nacional: nome do autor do trabalho, nome do orientador, instituio
onde o trabalho foi defendido, linha de pesquisa, ttulo do trabalho, resumo, natureza do trabalho (mestrado ou doutorado),
ano de defesa e link para localizao desses.
Nosso projeto de IC tem como objetivo central identificar e analisar as caractersticas da produo acadmica
localizada no Eixo 7 da pesquisa nacional ?Abordagens terico-metodolgicas em polticas educacionais no Brasil:
caractersticas e tendncias - 2000 a 2010?.
A pesquisa de natureza qualitativa teve como mtodo a anlise de contedo baseada em categorias temticas,
procurando explorar o repertrio dos resumos dos trabalhos selecionados, suas caractersticas argumentativas, as opes
terico-metodolgicas e o contexto das produes.
Nossa pesquisa considera a necessidade de problematizar e contribuir para o entendimento de como o tema
abordagens terico metodolgicas em pesquisas educacionais se localiza no cenrio acadmico brasileiro e qual sua
contribuio para o aprimoramento das polticas pblicas em educao. Numa primeira classificao foram elencados 32
trabalhos neste eixo, aps anlise pormenorizada realizada pelo grupo nacional de pesquisa considerou-se que apenas 22
trabalhos deveriam ser classificados no eixo 7, sendo 10 dissertaes e 12 teses. Entre eles, nove trabalhos realizaram
pesquisa emprica, 10 fizeram pesquisa terica e trs pesquisa histrica.
Os resultados obtidos indicam que, embora os 22 trabalhos apresentem caractersticas que permitem serem
classificados no eixo 7, neste universo foi escolhido a partir da anlise dos resumos um trabalho relacionado ao tema. Isso
no significa que os outros trabalhos no contribuem para a consolidao da temtica, mas corrobora os desafios a serem
percorridos na produo de trabalhos relacionados a abordagens terico-metodolgicas de pesquisa em polticas
educacionais.
Essa constatao refora as concepes apresentadas e estudadas na bibliografia selecionada que afirma ser
recente a insero do campo terico metodolgico na pesquisa acadmica no Brasil. Outro aspecto importante o que diz
respeito s linhas de pesquisas, pois a forma como so estruturadas pelos programas influencia a entrada de novos
pesquisadores e estudantes que queriam se debruar sobre estudos relacionados ao tema das abordagens tericometodolgicas em pesquisas sobre polticas educacionais.
Por fim, importante considerar a importncia do fortalecimento do campo, sendo que sua composio deve
considerar a condio estabelecida pelas polticas governamentais de acesso aos investimentos e fomento a novos
pesquisadores. E o acesso de novos pesquisadores deve influenciar o contexto do cotidiano escolar, contribuindo para o
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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Educao
Autor: Marcos Antonio Muniz de Sousa
aprimoramento da educao brasileira.
Participantes:

Orientador: Prof Dr Mrcia Aparecida Jacomini

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Educao
Autor: Mayara Ayumi Handa
Ttulo: Ciclos e Progresso Continuada: uma poltica educacional em discusso.
Palavras-Chave: progresso continuada; ciclos; aprendizagem; fracasso escolar
Os ciclos e a progresso continuada foram implantados na rede estadual paulista pela Resoluo 04/98 de 15 de
janeiro de 1998 que reorganizou o ensino fundamental, na poca com 08 sries.
Desde ento, o ensino fundamental
passou a ter 02 ciclos: Ciclo I que corresponderia ao ensino da antiga 1 4 srie (atualmente 1 ao 5 ano) e Ciclo II
correspondente ao ensino da antiga 5 8 srie (atualmente 6 ao 9 ano). Com a poltica de ciclos com progresso
continuada, no h reteno de alunos at o final de cada ciclo. O objetivo que os alunos progridam de acordo com seu
ritmo de aprendizagem. S haver a reteno, caso o aluno no frequente o mnimo de 75% de aulas exigidas por lei.
Desde sua implantao, houve diversas crticas, por parte dos educadores da rede, que vem requerendo alterao ou
ajustes nessa poltica.
Em 2011, com a mudana do poder executivo no Estado de So Paulo, a nova administrao da Secretaria de
Educao do Estado de So Paulo (SEE-SP) anunciou que a organizao dos ciclos com progresso continuada seria
revista para ser implementada em 2012. Para tanto, desencadeou discusses, envolvendo todas as escolas de Ensino
Fundamental e dessas discusses, orientadas por documentos elaborados pela prpria SEE-SP, os educadores se
posicionaram em relao reorganizao.
Pesquisa realizada no perodo de 2011-2012 na Diretoria de Ensino da Regio de Guarulhos (DERG) permitiu inferir
que essa discusso resultou em dilogo inacabado entre as partes, em que os vrios nveis do sistema ? escola, diretoria
regional e rgo central ? apresentaram suas perspectivas sobre os ciclos e sua reorganizao, mas sem concluso. O
dilogo, aparentemente, foi interrompido e a anunciada reorganizao em 2012 no ocorreu.
A presente pesquisa teve por objetivo identificar que razes levaram a SEE-SP interromper o dilogo e no promover
a reviso dos ciclos com progresso continuada, tal como havia previsto. Assim, procuramos verificar como ocorreram as
discusses em 2011 e detectar nos trs nveis do sistema ? central, regional e local ? o que significaram aquelas
discusses, como perceberam os debates e que razes atriburam para a interrupo da proposta.
Para o desenvolvimento desta pesquisa, realizamos anlise de documentos que sintetizaram as discusses das
escolas tanto no nvel regional (escolas de Guarulhos) quanto no nvel central. Dessa anlise, o que observamos foi que,
de fato, faltou consenso entre os educadores da rede e os do nvel central quanto ao nmero de ciclos que deveria ser
adotado, embora todos concordassem quanto ao aumento do nmero de ciclos.
Realizamos tambm entrevistas com educadores dos trs nveis assim distribudos: dois educadores da
administrao central (SEE-SP), dois participantes do nvel regional (de uma das Diretorias de Ensino de Guarulhos) e cinco
participantes do nvel local (03 professores e 02 gestores de uma escola dessa mesma diretoria).
As entrevistas foram feitas a partir de um roteiro semiestruturado, buscando obter respostas e opinies que
proporcionassem compreender como esses participantes dos vrios nveis avaliam a poltica de ciclos com progresso
continuada e, se fosse o caso, em que direo essa poltica deveria mudar. Alm disso, procuramos levantar como se
posicionaram durante as discusses em 2011.
Os dados coletados foram preliminarmente organizados e os pontos comuns foram reunidos em categorias. A
anlise dessas categorias, apoiada pela bibliografia pertinente, revelou que o nvel regional e o local consideraram que as
mudanas no ocorreram por mais de uma razo, entre elas, a de que as discusses foram ?fragilizadas? ou que houve ?
falta de capacidade? da prpria
SEE-SP para implementar as mudanas. J no nvel central, a avaliao foi de que a
discusso ainda no foi fechada. Houve apenas uma ?pausa? para que ocorresse uma melhor compreenso por parte dos
educadores em relao s concepes dos ciclos. O que se observou, em suma, para explicar o ocorrido foi uma
transferncia de responsabilidade de um nvel para outro.
O que encontramos na pesquisa parece reforar o que a literatura sobre o tema vem reportando: a poltica de ciclos
com progresso continuada entra em confronto com uma cultura escolar, j sedimentada, em relao ao papel da avaliao
no processo de ensino e aprendizagem. Por isso, o tempo disponibilizado para que a rede discutisse o tema no ano de
2011 foi insuficiente para se produzir o consenso esperado pela SEE e, por isso, a ?pausa?.
Participantes:

Discente: Mayara Ayumi Handa

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Educao
Autor: Milena Domingos Belo - FAPESP
Ttulo: As sries graduadas de leitura de Puiggari-Barreto na escola primria paulista:
primeiras aproximaes
Palavras-Chave: livros de leitura, infncia, cultura material
O presente projeto de pesquisa, financiado pela FAPESP, se insere nos estudos do Grupo de Estudos e Pesquisas:
Infncia, Cultura e Histria - GEPICH, coordenado pela Prof Dr Claudia Panizzolo. A investigao que se prope tem
como objeto de estudo a srie graduada de leitura de autoria de Romo Puiggari e Arnaldo de Oliveira Barreto e
encontra-se em fase inicial de execuo. O interesse em analisar as sries graduadas de leitura justifica-se por estas
constiturem-se em um tipo especfico de literatura escolar. Literatura esta que fora muito utilizada entre o final do sculo
XIX e meados do XX nas escolas primrias brasileiras e criadas para atender ao modelo de escola graduada em processo
de constituio. Pretende-se que o estudo da materialidade dos livros que compem a srie graduada de leitura de
Puiggari-Barreto permita a compreenso da cultura material da escola por ela representada, atravs da identificao do
processo de produo, de adoo e de circulao destes artefatos culturais, seus contedos e imagens associados s
concepes pedaggicas e s polticas de inovao educacional. Deste modo elegeram-se a principio como objeto e fonte
principal os livros com compem a Srie Puiggari-Barreto e como fontes complementares a legislao, os relatrios e os
demais documentos administrativos. Pretende-se analisar a escola para alm do enfoque exclusivo da reproduo
mecnica de determinaes gerais e hierrquicas, deste modo estabeleceu-se como categorias de anlise o
questionamento das compreenses, bem como os usos que os diferentes sujeitos operaram dessas normas e
determinaes, listas de compras/ almoxarifado; ofcios; notas fiscais de compras; inventrios e listagens de materiais
solicitados e adquiridos. Buscando nesses documentos pistas, indcios e sinais a respeito dos sujeitos responsveis pela
aprovao, adoo e fornecimento dos livros, do perfil da escola e dos alunos para a qual esse material se destinava.
Pretende-se que esses dados auxiliem na compreenso sobre a configurao da escola primria paulista de modo que os
livros de leitura da srie Puiggari-Barreto sero tomados como fontes principais deste trabalho que pretende, atravs da
anlise de seu contedo, ilustraes e formatao, compreender os projetos pedaggicos veiculados atravs deles.
Pretende-se ainda a compreenso do contexto histrico de produo e circulao dessas obras, de maneira que a anlise
de fontes complementares ser fundamental para a realizao deste trabalho. Sero tomadas como fontes
complementares: os relatrios de presidentes da provncia, os relatrios e cartas enviados por professores primrios e os
relatrios e cartas de inspetores escolares, que podero contribuir para uma melhor compreenso do contexto escolar
(entre 1890 e 1920) e para a verificao das discusses que circulavam a respeito dos livros de leitura; os documentos
administrativos, como listas de materiais, listas de almoxarifado e inventrios sero analisados a fim de verificar a presena
dos livros de leitura (especificamente a srie Puiggari-Barreto) nas escolas primarias paulistas e identificar sua permanncia
ao longo do tempo. E finalmente sero investigados os ordenamentos legais entre 1890 e 1920 para que se possa verificar
o que determinavam a respeito da adoo, aprovao, fornecimento e destinao dos livros de leitura em So Paulo. Os
dados encontrados em todas as fontes escolhidas sero traduzidos em tabelas e quadros, de maneira que ao serem
comparados permitam a observao da escola primaria paulista em suas diversas dimenses. Ou seja, ao confrontar estas
fontes espera-se que se possa compreender como as polticas pblicas para a escola primria, expressas por meio dos
projetos pedaggicos, regulados atravs dos ordenamentos legais, expressos atravs dos documentos administrativos, dos
relatrios e inventrios, relacionam-se elaborao dos livros da srie Puiggari-Barreto bem como com sua publicao e
circulao no perodo estudado. A pesquisa ancora-se nos estudos histricos acerca da cultura material escolar (Julia,
2001; Viao Frago, 1995; Faria Filho, 2004; Chervel, 1990 e Souza, 2007) que apontam a importncia da materialidade da
escola como ncleo de anlise. Espera-se, portanto, que atravs do banco de dados que ser constitudo pelo trabalho com
os arquivos, seja possvel compreender a cultura material escolar atravs do estudo dos livros de leitura de
Puiggari-Barreto, mediados pela relao pedaggica, como reveladora da dimenso social. Possibilite assim a
compreenso do processo da escolarizao da infncia, e as racionalidades pedaggicas, representaes de escola,
mtodos de ensino, dispositivos educativos, intenes educacionais relacionados aos contedos dos livros bem como com
o contexto de sua elaborao e publicao. Em suma, pretende-se que as fontes permitam conhecer a escola primria
paulista entre os anos 1890 e 1920 por meio da presena/ausncia do livro na escola, seu significado, importncia e
contribuies na constituio da cultura escolar.
Participantes:

Orientador: Claudia Panizzolo- GEPICH

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Educao
Autor: Rafaella Menezes Aylln
Ttulo: NCLEO CENTRAL DAS REPRESENTAES SOCIAIS DE ACADMICOS DO
CURSO DE LICENCIATURA EM CINCIAS DA UNIFESP SOBRE A TEMTICA
NUCLEAR
Palavras-Chave: Qumica Nuclear, Radioatividade, Energia Nuclear, Ensino de Qumica, Representae
A Representao Social negativa, aliada dificuldade de se trabalhar o tema ?Nuclear? e ?Radiao? no Ensino
Mdio nas escolas brasileiras, tem levado inmeros estudantes a ingressarem no ensino superior sem o conhecimento
necessrio para que o mesmo possa se posicionar de maneira crtica e reflexiva frente s notcias veiculadas na mdia. H
falta de materiais didticos de qualidade e tambm a necessidade de formar professores capazes de utiliz-los, dotados de
viso interdisciplinar do corpo terico especfico de sua rea de atuao e com condies de adotarem um modelo de
ensino diferente do vivenciado por eles durante toda a sua vida escolar e acadmica. Dentro dessa perspectiva, o presente
estudo objetivou investigar a compreenso de estudantes do curso de Ensino de Cincias ? Licenciatura da UNIFESP,
Campus Diadema, a respeito dessa temtica, a partir dos termos indutores ?Qumica Nuclear? e "Energia Nuclear",
colocando em evidncia a estrutura das Representaes Sociais (RS) sobre o assunto. Como metodologia foi utilizada a
tcnica de evocao livre de palavras, que permitiu obter a frequncia em que cada elemento foi evocado e sua ordem
mdia de evocaes para uma questo com orientao semntica (cognitiva) e questionrio fechado, bem como posterior
anlise estatstica descritiva. Dos resultados j obtidos, os estudantes demonstraram no conhecer o que a ?Qumica
Nuclear?, pois as evocaes referentes ao termo indutor apresentaram grande variedade e esto ligadas/relacionadas
estrutura atmica, contedos trabalhados nas escolas e aplicaes. E para o termo indutor ?Energia Nuclear?, h
evocaes que possivelmente podem reforar uma RS negativa da temtica e, tambm, percebvel que para muitos o
tema Nuclear algo distante do cotidiano.
Participantes:

Orientador: Prof. Dra. Luciana Aparecida Farias

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Educao
Autor: Rosria de Ftima de Souza
Ttulo: Educao profissional, expectativas de ascenso socioeconmica e mercado
de trabalho: um estudo sobre egressos de cursos profissionalizantes da regio de
Guarulhos
Palavras-Chave: Educao profissional, curso profissionalizante
Este projeto de pesquisa teve como objetivo analisar o papel da educao profissional e seus impactos no
percurso de indivduos que buscam qualificao em cursos de curta durao, especficos da rea da construo civil, nas
modalidades de Carpinteiro de Estrutura de Telhado,
Instalador de Drywall, Eletricista, Instalador Residencial, Instalador
Hidrulico, Pedreiro Assentador, Pedreiro Revestidor e Pintor de Obras, cursos fundamentados na FIC (Formao Inicial e
Continuada) constante na proposta pedaggica do SENAI.
Tal proposta de pesquisa revela-se importante dada a perspectiva de se compreender qual o papel
desempenhado pelos cursos profissionalizantes no percurso profissional de indivduos que propem-se a realizar um curso
dessa natureza, com menos horas de durao, gratuitos e que no conferem ttulo acadmico, apenas uma formao
voltada para a prtica, com a promessa de que com isso sero inseridos no mercado de trabalho e atingiro, com a
certificao, um nvel socioeconmico superior ao que ocupam, sobretudo na perspectiva de desvelar os discursos
naturalizados tanto por parte dos empresrios quanto por parte dos trabalhadores, qual seja, de que basta fazer um curso
profissionalizante para conseguir emprego.
O campo emprico escolhido para a realizao da pesquisa foi a escola SENAI Hermenegildo Campos de
Almeida, localizada na cidade de Guarulhos que tem acordo de parceria com a prefeitura local com o objetivo de ampliar a
oferta de cursos profissionalizantes de curta durao na regio.
Para atingir o objetivo descrito acima, a metodologia empregada foi de carter predominantemente qualitativo,
ainda que apoiada, em determinadas situaes, em instrumentos quantitativos, envolvendo a elaborao de entrevistas
feitas com professores e com um coordenador, e questionrios aplicados em grupos de alunos matriculados nos cursos,
assim como tambm aos j formados.
A partir dos dados obtidos, foi possvel verificar que o grupo que procura tal tipo de formao profissional
composto por indivduos que, na sua maioria, no esto desempregados, possuem o ensino mdio, e ocupam postos de
trabalho que no se relacionam necessariamente ao curso frequentado. O que se observou, contudo, que a maioria dos
alunos entrevistados j fez mais de um curso profissionalizante desse porte no SENAI Hermenegildo Campos de Almeida e
em outras instituies e que, por vezes, esses cursos pertenciam a reas profissionalizantes distintas. Assim, percebe-se a
falta de orientao profissional por parte da instituio formadora junto a seus alunos, o que tem provocado, como
consequncia, a no elevao socioeconmica daqueles que procuram o SENAI, o que vai em sentido contrrio ao que os
discursos oficiais e dos prprios formadores e gestores declararam na pesquisa. Portanto, revela-se a necessidade de que
mais estudos voltados no somente para cursos profissionalizantes dessa natureza, mas tambm para os cursos tcnicos
de nvel mdio e tecnolgicos de nvel superior e, mais especificamente, para seus currculos e percursos formativos, sejam
feitos a fim de que se tenha maior clareza sobre que tipo de educao profissional est sendo oferecida em nosso pas. A
anlise dos dados foi realizada com o apoio terico de Ferretti (2000), Frigotto (2007), Kuenzer (2006) e Cunha (2005).
Participantes:

Discente: Rosria de Ftima de Souza

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Educao
Autor: Thabita Aline Biazon Lopes
Ttulo: HISTRIA DOS LIVROS DIDTICOS E A QUESTO DOS DIREITOS HUMANOS
NO BRASIL (1978-1988)
Palavras-Chave: Direitos Humanos; livros didticos; abertura poltica.
Histria Dos Livros Didticos E A Questo Dos Direitos Humanos No Brasil (1978-1988).
Este projeto insere-se em um panorama de investigao mais amplo, pois um desdobramento da pesquisa de
Iniciao Cientifica, Educao Cvica como fator de Direitos Humanos nos livros didticos de OSPB (1961 - 1990),
desenvolvida entre 2011 e 2012, na qual buscamos demonstrar que a insero do tema Direitos Humanos nos livros
didticos de Educao Cvica relacionavam-se estreitamente aos discursos cvicos, experincias escolares, prticas
educacionais ou projetos polticos delineados em perodos histricos anteriores ao Golpe Militar de 1964. Compreendemos
que as representaes, dos Direitos Humanos nos livros de Organizao Social e Poltica do Brasil, foram bastante distintas
se considerarmos trs perodos histricos: a criao de OSPB como disciplina no governo Joo Goulart, passando pela
obrigatoriedade na Ditadura em 1968, at chegar ao perodo de abertura da Nova Repblica.
Percebemos que a histria dos Direitos Humanos contada atravs dos livros didticos eram, antes de tudo, prticas
sociais constitutivas das representaes do Brasil em transio poltico-social no perodo de 1978 a 1988, sentimos ento a
necessidade de ampliar a pesquisa no que diz respeito histria dos livros didticos e a questo dos Direitos Humanos no
Brasil no perodo de abertura poltica de 1978 1988.
Nesse sentido buscamos explorar a histria da abertura analisando as diferentes representaes dos Direitos
Humanos registradas nos livros didticos e considerando suas ligaes com episdios especficos, como por exemplo, fim
do AI-5 e Campanha pela Anistia (1978); pluripartidarismo (1979); movimento operrio (1978-1980); Campanha das diretas
(1983-1984); Colgio Eleitoral (1985); e Constituio de 1988. Notamos que, escritas no calor da hora, as verses foram
marcadas pela ao autoral que fizeram da insero e dos esboos interpretativos dos fatos vivenciados um captulo a mais
das batalhas em torno da memria histrica.
Fizemos uma reviso bibliogrfica, buscando contextualizar historicamente a abertura poltica no Brasil e o perodo
de redemocratizao que se deu tambm a partir das consequncias sociais trazidas pela Ditadura. Tentamos compreender
esse contexto baseados nas reflexes a cerca da dignidade humana a tolerncia e a solidariedade como fundamentos
constitucionais da cidadania, mostrando a luta pela democracia sob a tica dos Direitos Humanos no Brasil e a
consolidao democrtica, que foi resultado da mobilizao e da tomada de conscincia das classes menos favorecidas.
Buscamos ainda, explicitar os conceitos de Educao em Direitos Humanos e seus desdobramentos atuais, juntamente
com as indicaes do PNEDH de 2006 e do MEC aliados com a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidncia da
Repblica, para reafirmarem e consolidarem o Estado de direito e da democracia. Ademais os livros didticos foram
interpretados enquanto objetos da cultura material da sociedade, no se tratando, portanto, de simples reflexo do contexto
ou ainda de um repertrio literrio que reproduz a experincia poltica de outros agentes sociais e textos, mas sim, de
prticas sociais constitutivas destas representaes. A operao histrica sobre os manuais didticos orientou-se como um
estudo intensivo dos paratextos, isto , da seleo e interpretao de um conjunto de prticas e discursos inscritos em torno
do texto.
Analisamos, por um lado, alguns livros de grande repercusso no mercado editorial publicados em editoras de
grandes propores. Por outro, livros didticos escritos por ex-militantes que de alguma forma estiveram engajados na luta
contra o regime militar. Neste caso, alm dos discursos internos, os livros foram examinados numa perspectiva temporal
mais ampla no sentido de detectar as mudanas de uma edio em relao outra, tais como: o que e o porqu de
mudanas na capa, na introduo, no prefcio; as modificaes na abordagem do captulo referente abertura e nova
repblica; e a ampliao ou reduo na nfase de determinado acontecimento, movimentos, grupos ou protagonistas.
Participantes:

Discente: Thabita Aline Biazon Lopes

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Educao
Autor: Victor da Rocha Piotto
Ttulo: O sistema hormonal no ensino de cincias
Palavras-Chave: sistema homonal, ensino de cincias, ensino de biologia, adolescncia
O tema adolescncia razoavelmente discutido em diversas reas do conhecimento, como a medicina, a psicologia
e a sociologia e at mesmo a publicidade. Entretanto, tal tema no tem a mesma relevncia na rea da educao. Isso
particularmente grave quando se considera que, na educao infantil, os professores so formados para atender s
crianas e, para tal, estudam como funciona sua cognio, seu aprendizado etc. Porm, a formao especfica para
compreender o adolescente no acontece com os professores do Ensino Fundamental II, formados para serem
especialistas em suas reas. As mudanas fsicas, psicolgicas e sociais que ocorrem no adolescente muitas vezes
tambm no so compreendidas pelos prprios indivduos que as vivem. Na escola, quase nunca so discutidas. Quando o
so, tem-se quase sempre um vis biologizante, em que os alunos so vistos como seres biolgicos, sem levar em
considerao questes histricas e culturais do ser humano (COLLARES & MOYSES, 1994). Os professores de cincias,
por sua vez, sempre ficam com a incumbncia de realizar essas discusses de adolescncia, muitas vezes associando-a
exclusivamente sexualidade, posto que no so formados para compreender a adolescncia como um perodo da vida
marcado por conflitos de identidade, cuja concepo foi construda histrica-socialmente, em que o indivduo se depara
com a necessidade de construir projetos de vida afetivo e profissional (SILVA, 2012; AMARAL, 2006).
Compreender a concepo de adolescncia anterior no implica em diminuir a importncia das alteraes
fisiolgicas no corpo. nessa fase que h um maior fluxo de hormnios no sangue, alm de ocorrer a maturao sexual por
meio da liberao de hormnios sexuais. J na puberdade, inclusive, a quantidade de hormnios no corpo alta - algo que
jamais se repetir em condies normais de sade ao longo da vida. No obstante esse fato, os hormnios exercem uma
funo de regulao, direta ou indiretamente no corpo, inibindo ou ativando as reaes, que s acontecem quando um
determinado hormnio, por exemplo, atinge exatamente sua clula alvo (HALL, 2011).
Frente a esse quadro, fizemos uma pesquisa qualitativa cuja principal ao constituiu em um levantamento
bibliogrfico acerca do quanto e de como o sistema hormonal aparece:
? em documentos sobre polticas curriculares para a educao bsica: os seguintes Parmetros Curriculares
Nacionais: de Cincias Naturais do Ensino Fundamental I (1997) e Fundamental II (1998), o de Cincias Naturais e suas
Tecnologias do Ensino Mdio (1999), o de Orientao Sexual e o de Sade do Ensino Fundamental I (1997) e Fundamental
II (1998) e os PCN+ (2002);
? em textos da rea acadmica de ensino de cincias, especialmente revistas cientficas: Revista de Ensino de
Biologia (de 2005 a 2008), Revista Brasileira de Pesquisa em Ensino de Cincias (de 2001 a 2012), Investigao em Ensino
de Cincias (de 1996 a 2012), Cincia e Educao (de 1998 a 2013), Cincia e Ensino (de 1996 a 2008);
? no banco de teses e dissertaes da CAPES da rea de ensino de cincias ou de biologia nos ltimos cinco anos
(entre 2007 e 2011);
? nos anais do ENPEC (Encontro Nacional de Pesquisadores de Cincias) em suas oito edies;
? em publicaes impressas da grande mdia voltadas para o pblico adolescente: nas revistas Capricho, Atrevida,
Superinteressante e Cincia Hoje, de abril de 2012 maro de 2013.
Os documentos oficiais apresentaram diversos resultados para a busca pelas palavras sexual e sexualidade, quase
sempre com uma conotao de orientao sexual e preveno de doenas sexualmente transmissveis. As poucas vezes
em que ocorreram as palavras endcrino, endocrinologia, hormnio e hormonal, quase sempre estavam relacionadas
regulao de outros sistemas do corpo (portanto, com papel de coadjuvante) ou relacionados sexualidade. Em nenhuma
delas, adolescncia apareceu associada discusso. O sistema hormonal apareceu nas revistas especializadas como
contedo secundrio associado educao sexual. O banco de teses e dissertaes da CAPES apresentou somente duas
referncias ao tema de ensino de cincias e sistema hormonal, ambos do mesmo ano e instituio, relacionando com
problemas ambientais. Os anais do ENPEC no apresentaram publicaes especficas sobre o tema, ainda que haja uma
incipiente discusso sobre adolescncia e ensino de cincias. As revistas da mdia, ao contrrio das demais, apresentaram
referncias ao tema, por meio de assuntos como espinhas, seios, virgindade e vulos.
Conclumos que a ausncia ou a irrelevncia dada ao sistema hormonal evidenciadas neste trabalho um alerta
para um necessrio repensar do nosso papel social enquanto educadores de adolescentes. Parece-nos importante que haja
tentativas de fortalec-lo no currculo da educao bsica, dada a sua importncia na regulao do corpo em todas as fases
da vida e, de modo especial, no adolescente. Ademais, o ensino de sistema hormonal parece ser uma forma interessante
de inserir adolescncia na educao bsica, para alm das aulas sobre sexualidade. Assim, quem sabe o professor de
cincias ou de biologia consiga se ver, tambm, como professor de adolescentes
Participantes:

Orientador: Jos Alves da Silva

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Filosofia
Autor: Anita Sayuri Aguena
Ttulo: A Presena de Deus no Universo como Limite para a Liberdade Humana no
Guia dos Perplexos de Maimnides
Palavras-Chave: Maimnides, Nomes de Deus, Atributos Divinos, Destruio do Universo
O filsofo e rabino Moiss Maimnides foi um dos principais cones do pensamento desenvolvido no perodo
Medieval. Estudioso profundo das questes judaicas, mas tambm das correntes filosficas da poca, destacou-se com a
obra O Guia dos Perplexos, esforo que tinha o intuito de mostrar a possvel relao entre f e razo, religio e filosofia, aos
eruditos perplexos com a suposta dicotomia da Verdade. Em meio defesa da Existncia Divina e a explicitao de uma
Cosmologia nos moldes aristotlicos para denotar a maneira de Deus Agir ou Governar o Mundo, tem-se tambm presente
no pensamento de Maimnides, a soluo de problemas vinculados ao processo de atribuir predicados a Deus, alm do
esclarecimento do tema que muito preocupava os intrpretes da Tor: a determinao do destino do Universo. Inspirada,
ento, nestes pontos marcantes do Guia dos Perplexos, a segunda fase de nosso projeto intenciona esclarecer o sentido
dos termos referentes a Deus - Seus Nomes - e mostrar, a partir disso, que a crena nos atributos nada pode dizer quanto
possibilidade do Mundo ser ou no destrudo. Para tanto, preciso compreender a Teoria antiatributista de Maimnides,
alm do significado das passagens que denotam a Ira de YHVH dos Exrcitos e a Queda dos Cus.
Participantes:

Orientador: Cecilia Cintra Cavaleiro de Macedo

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rea: Humanas - Filosofia
Autor: Ariane Castelo Cipriano
Ttulo: O espao lgico da negao: a abertura para o no-Ser em O Sofista, de Plato
Palavras-Chave: Histria e Filosofia da Lgica, Plato, O Sofista, Teoria da significao proposicional.
"No falamos do mesmo modo": o problema dos alunos tardios e a defesa platnica do discurso, no Sofista
Em um de seus ltimos dilogos, o Sofista, Plato elabora uma importante teoria acerca do discurso, a qual pode ser
lida como uma resposta ao problema atribudo no dilogo aos chamados alunos tardios. O Extrangeiro de Eleia, condutor
do dilogo, refere-se aos alunos tardios como aqueles que negam que uma coisa possa ser o que no , que homem possa
ser outra coisa que homem, como bom ou branco; negam, ademais, que de homem se possa dizer algo alm de ?homem?.
O que significa, em outras palavras, negar a possibilidade do discurso.
Para solucionar esse problema, Plato recorre a uma demonstrao no domnio ontolgico: mostra as possveis
relaes entre os gneros, e encontra nelas a origem do discurso (259e). A partir disso, deduz que sim, possvel dizer que
uma coisa outra e que no outra, ou seja, que "A B" e "A no B" sem cair em contradio, pois quando o fazemos,
como diz o Estrangeiro, "no falamos do mesmo modo" (256a).
A proposta deste trabalho examinar o sentido da afirmao do Estrangeiro em 256a: trata-se de uma distino do
sentido do verbo "ser", como prope Ackill (1971)? Ou a distino a do sentido do nome "B", como sugere Lesley Brown
(2008)? Julgo que o melhor caminho para discutir a questo investigar o que realmente negavam os alunos tardios:
Recusavam o uso copulativo do verbo ?ser?, ou pensavam no nome apenas em seu sentido abstrato?
Referncias
ACKRILL, J. L. Plato and the Copula: Sophist 251-59. In: VLASTOS, G. Plato I:Metaphysics and Epistemology. New
York: Doubleday and Company, 1971. pp. 210-222.
BROWN, Lesley. The Sophist on Statements, Predication, and Falsehood. In: FINE, G. (ed.). The Oxford Handbook
of Plato. Oxford: Oxford University Press, 2008. pp. 437-462.
Participantes:

Discente: Ariane Castelo Cipriano

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rea: Humanas - Filosofia
Autor: Bruno Csar de Almeida Souza
Ttulo: TEATRO DO IMPOSSVEL: Georges Bataille e a transgresso em Eros
Palavras-Chave: Corpo-Outro, Erotismo, Potncia de Morte, Transgresso, Profanao, Representao
Partindo do livro As lgrimas de Eros (1961) de Georges Bataille, este estudo uma tentativa de incurso ao
entendimento contemporneo do ertico como possibilidade de transgresso e profanao. Para o autor, o conceito de
ertico, associado ao da ?pequena morte? (potncia de morte) pode, tambm, ser lido como uma genealogia da relao
entre moral e o erotismo no Ocidente. Propondo um estudo polissmico e iconogrfico destas potencialidades, passando
pelo perodo primitivo, pela Antiguidade Clssica, pela era Crist at a reapario do erotismo na pintura, Bataille sugere,
ao propor duas personagens do inteiramente Outro (O sacrifcio vaudou e o suplcio chins), uma ?impossibilidade? desta
narrativa no contemporneo.
Passado 52 anos deste estudo batailleano, a problemtica que se coloca: em qual lugar da
diferena ressoam estas transgresses abjetas como potencialidade de ir alm de si? Seria a possibilidade de escritura da
histria do Ocidente concomitante com um ?desaparecimento? do ertico?
O presente estudo identifica - como hiptese - trs movimentos epistemolgicos decisivos no texto de Bataille: a
passagem do culto de Dionsio, o trmino da era Crist para a modernidade e a sugesto de uma leitura contempornea ao
final.
A problemtica central, na qual se insere esta pesquisa ?O corpo na arte e na medicina?, possui sua trajetria na
identificao da representao do corpo nas artes, aps o trmino da ?poca trgica dos gregos?. Como veremos adiante,
durante a era crist, esta representatividade ganha um aspecto no apenas moralista, mas como forma de constituio, de
enunciado, de fala circunspecta sob a materialidade corprea. Se at o perodo anterior ao surgimento da figura socrtica, o
corpo ocupava um espao de consagrao dionisaca, assistimos, com a ascenso do pensamento racional e filosfico,
uma espcie de corporificao dividida. No helenismo, sobretudo com os esticos, e na filosofia da Idade Mdia (incluindo
ai, o pensamento teolgico), alm do binarismo corpo e alma, encontramos uma tentativa de qualificar o corpo cristo em
detrimento de um corpo potencialmente trgico e ertico. Do corpo idealizado no plano das subjetividades (as artes e o
discurso religioso) ao corpo idealizado no plano orgnico. Inverso, personagem deslocada de sua roupagem: o corpo que
antes era tomado pelo diretor das conscincias passa aos cuidados do contato fsico e material nas mos do mdico.
Metaforicamente, como se Eros, depois de muitos sculos, se corporificasse novamente - no mais como transgresso,
mas como imperativo e causa de ao e interferncia, nas mos de um poder normatizador (Medicina) ? para ser
destroado e apagado ?por completo?. No limite, o discurso torna-se eficiente, somente na medida em que ele penetra a
materialidade corprea, sob o registro da patologia.
Tratando-se de uma pesquisa na rea da esttica e permitindo jogar luz aos ?sintomas da imagem?, entendemos a
permisso para amplificar estes trs perodos histricos. No contexto da metfora com um ?teatro do impossvel?,
entende-se por sintoma da imagem ? da a denominao antecipada dos trs perodos histricos de ?sintomas? ? a busca
em determinado objeto artstico de uma arqueologia do silncio de resduos abjetos (pthos), daquilo que tal poca oculta
ou dissimula, por motivos culturais, religiosos, polticos, econmicos, etc. No se trata de uma censura, mas de uma cesura,
de uma cicatriz que sinaliza a presena de um corte na superfcie da pele, mas no indica o motivo, a profundidade deste
corte. Percepo daquilo que inevitavelmente escapa. Em outras palavras, como o sintoma na medicina ? subjetivo para o
paciente - somente quem observa a imagem capaz de identificar uma potncia do que se encontra silenciado no aspecto
orgnico deste corpo. Mas aqui, ao contrrio da Medicina moderna, o paciente tambm o portador de um logos (bisturi?)
da ?cura?. Percebendo estes sintomas, ?a febre?, a externalizao deste sintoma o processo de escrita, ou melhor, de
descrio da imagem. Em As lgrimas de Eros Bataille soube identificar este sintoma da imagem, ao falar da fora sutil de
Eros nas imagens de Albrecht Drer, Lucas Cranach ou Baldung Grien: ?No se afirmavam em um mundo aberto s
facilidades. Tratam-se de vacilantes clares e, para sermos rigorosos, febris. bem verdade que os grandes chapus das
mulheres nuas respondem obsesso de provocar?. Os sintomas das imagens so jogos de imanncia: o que oculta
tambm o que revela.
Os trs tempos evocados sero analisados partindo de uma iconografia, como suporte para o discurso histrico.
a)
Sintoma 1: Eros e Dionsio
Anterior ao perodo socrtico-platnico (FOUCAULT) ou poca trgica dos gregos (NIETZSCHE), encontra-se a
figura imanente do ertico associada ao homem trgico. Perodo em que o inumano e o humano, se no conviviam em um
aspecto unitrio, soluavam entre lgrimas e risos na possibilidade de uma transgresso primitiva durante os cultos a
Dionsio e, posteriormente, no encenar dos deslocamentos da existncia nas tragdias gregas. Como diz Nietzsche em seu
?Nascimento da tragdia no esprito da msica? (p.7): ?O grego conhecia e sentia os pavores e sustos da existncia:
simplesmente para poder viver, tinha de estender frente deles a resplandecente miragem dos habitantes do Olimpo?.
Insistindo em uma erotizao do sagrado, Bataille - ?(...) o sentido das religies no seu conjunto escapa a quem
negligenciar o elo que ele mostra estabelecer com o erotismo? - sugere uma rejeio do erotismo na religio para a moral
utilitria. ?(...) Perdendo o carter sagrado, o erotismo fez-se imundo?. Impossvel no imaginar a ?contribuio? das novas
personagens neste ato do desfecho: a chegada da filosofia, nossa pretenso tica e asctica e a supremacia do apolneo.
Para este ponto da pesquisa invocaremos como ttulo de anlise os mitos de Eros e Dionsio.
b)
Sintoma 2: A cena dos desejos
?A religio crist teve um papel na histria do erotismo: conden-lo. E na medida em que dominou o mundo, tentou o
cristianismo, libert-lo do erotismo?. Nas palavras de Bataille, visando o sistema dualista e dicotmico em que se apia a
religio crist, falar de um mundo invisvel, supra-sensvel, de recompensas pstumas, da resignao e da escravido, s
foi possvel na medida ? somente na medida ? em que a figura de sat torna-se o contrrio, o lado abismal do homem.
Inevitvel a associao, naqueles tempos, da figura demonaca com o erotismo. No se tratava apenas de evitar o erotismo
enquanto potncia de morte, mas antes, de uma inscrio no corpo cristo de uma simbologia do que desproporcional,
pecaminoso e visceral para o corpo, os prazeres, as paixes, o sentido do pthos, ou melhor, tudo aquilo, que de certa
forma, os filsofos discursaram como a tica da temperana.
Mas no nos enganemos, apesar da aparente ?desavena? do cristianismo com o corpo ? herana do mito da
caverna de Plato, onde se fundou todas as dualidades possveis no ocidente - no se trata, em uma anlise minuciosa,
apenas de uma negao do corpo. No fundo, apesar de todos estes discursos que legitimam a valorao da alma,
parece-me que o problema, o "mito fundador" do ocidente cristo, no a alma, o corpo, ou melhor, o que fazer com o
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rea: Humanas - Filosofia
Autor: Bruno Csar de Almeida Souza
corpo? Corpo que aparece pela visita de um anjo; corpo que desaparece na ressurreio; corpo que desvalorizado em
referncia dualidade platnica e helnica; corpo que retomado como uma semelhana do mundo e do perecvel; corpo
que a medicina patologiza, refaz, desfaz e a modernidade desmonta e subjetiva; corpo do anti discurso, que aparece e
primeiro acena - aps dias de fumaas - para ento, revelar-se por meio da ideia, do abstrato projetado, da palavra. Um
corpo, que acumulado de mil corpos, perde o sentido de sua representao: a impossibilidade de diz-lo, classific-lo,
nome-lo.
Em La couler de chair ou le paradoxe de Tertulliane, do livro Limage Ouverte, o filsofo francs Georges
Didi-Huberman recorre ao texto De spectaculis do moralista e telogo Tertulliano, que corresponde sua fase de ?escritos
disciplinares, morais e ascticos? e antecipa o futuro da questo da iconografia crist.
Um templo dedicado deusa Vnus, que serve, agora, de teatro, o ponto de partida da reflexo de Tertulliano, que
discorre sobre como o teatro uma ?contaminao? espacial da natureza divina e concilia, em seu discurso, o local, onde
se estabelecem os papis sociais com uma elucidao pedaggica e moral do como conduzir-se. Diz ele em uma
passagem: ?Falando da natureza destes lugares, dissemos que no sujam por eles mesmos, mas pelas coisas que se
passam l: uma vez que bebem o veneno da infmia, tambm o espalham sobre os espectadores. A idolatria, ns o
demonstramos, o principal motivo que os condena: provemos agora que todo do qual se compem contrrio aos
preceitos de Deus. (...) Como poderia o Esprito Santo ento se adaptar aos espetculos, que nunca passam sem perturbar
a alma? Onde h prazer h paixo; seno o prazer seria inspido. Onde h paixo, chega tambm inveja; seno a paixo
seria inspida. Ora, a inveja arrasta com ela a fria, a vingana, a clera, a dor e outra procisso de paixes que, surgidas
destas, so incompatveis com nossa disciplina moral.?
O que o teatro? No apenas o local onde a encenao causa no pblico uma espcie de furor, de febre, de
catarse e de contaminao. Espao ainda, em que o sonho errtico de um lgos racionalizado (por que no,
racionalizante?) destroado por uma fora de xtase, mstica e ertica, o pthos. na cena do teatro, em que, o lgos
apenas uma ponte para se chegar ao sol do meio dia, a paixo. Nela, os corpos agitam-se, convulsionam-se, transitam
entre desejos e quereres (contamino-me com o deus em cena), em uma madrugada fria da palavra imagem - delirante e
solar - que anarquiza a dualidade entre o humano e o inumano, o sagrado e o profano, a lascvia e a retido. Mas no se
trata somente disto, pelo menos no projeto tertulliano. Trata-se, sobretudo, de subjetivar o ?anjo decado?, de encontrar em
nosso ?mundo de provaes?, o seu espao: a semelhana. Se o cu e a natureza indicam a perfeio do divino; o teatro
a tinta forte de um purgatrio, de um lugar que no se deve almejar para o alm tmulo. Em outras palavras, o teatro o
espao onde se representa a natureza humana ou a imitao da vida (mimeses) tambm, em ltimo caso, uma pintura
mal acabada, uma imperfeio, um simulacro do projeto divino. Cabe ao palco ser o espao simblico de tudo que o
Paraso expulsou. Paraso perdido, mundano e de idolatria que os homens devem se afastar. Teatro que multiplica a
criao divina, por meio do ilusionismo, da recriao, da mentira e de um espelho de aparncias. Se a Igreja permite o
contato com Deus, o teatro a morada das foras opostas. Neste infindvel jogo, agita-se uma sombra que percorrer a
histria do pensamento no ocidente, pelo menos o pensamento cristo: a da representao do divino como um caminho
verdade. Ainda, e talvez o mais importante, o texto de Tertulliano preconiza a questo que se estender at o comeo da
Idade Moderna, a saber, como o artista cristo deve representar as foras do impondervel? Se o estado da natureza a
pintura perfeita da obra divina, o artista ousa em recorrer s mimeses? Se a imitao uma deusa, que ludibriando como
uma ?serpente?, conduz os homens corrupo, como deve o artista cristo retratar o invisvel?
Descontinuidade da figura de Eros. Necessrio invocar na presente pesquisa, a passagem do texto O esprito na
carne de Lorenzo Mammi, que conceitualiza o embate dos primeiros sculos do cristianismo e da iconografia da
representao do divino. Ao articular as imagens aqueiropitas, ou seja, grosso modo, aquelas feitas sem a interveno das
mos dos homens, Mammi utiliza passagens do Tratado de Pseudo Dionsio Areopagita, para, novamente, mostrar que o
que esta em jogo o sentido da representao. Incapaz de apreender a essncia do divino, o homem recebe pelas
imagens sagradas, o caminho at o inteligvel. As imagens representadas, que funcionam por dessemelhana (o divino no
pode ser cpia, simulacro e imitao), no remetem ao seu significado inicial, so smbolos de uma pretensa universalidade
csmica.
Notamos que, no cristianismo nascente, h a tentativa em utilizar o ertico como afastamento do jogo de desejos, de
um pthos. Por um lado, o desejo remoto infinito de Eros, do outro, o desejo cristo pela verdade do paraso. Se durante
muito tempo, esta figura, deslocada de Dionisio, permaneceu no silncio, com a ?moralidade do esprito? retorna cena.
De ertico imanente, a figura de Eros desloca-se aos poucos para a arte (pintura), para a bruxaria e para os possessos.
Duplo teatro patolgico: Se foi verdade que o cristianismo apagou o papel do ertico encarnando-o no corpo faminto
de sat, tambm verdade que desde a Idade Mdia os pintores que trabalhavam para a Igreja relegaram para o inferno as
cores de Eros, transmutadas agora, no na infinitude do desejo, mas na monstruosidade de um unssono: o pecado e a
culpa. Destas figuraes, como manchas febris e vermelhas na pintura do artista, restou ento, ao ertico, o espao
sepulcral da morte indesejada. Aquela que, na poca trgica dos gregos e nos tempos primitivos, se propunha ser um ?
alm de si?, uma potncia de morte, uma transgresso, se antagoniza agora, com a boa morte do ?alm do mundo?.
Para este ponto da pesquisa invocaremos como ttulo de anlise, a iconografia posta em As lgrimas de Eros,
evidenciando as passagens do ertico pelos sculos XV, XVI e XVII: Albrecht Drer, Lucas Cranach, Hans Baldung Grien, a
escola de Fontainebleau e Francisco Goya.
Ao trmino desta leitura imagtica, a proposta por uma ligeira incurso no ?riso louco de Sade? durante o sculo
XVIII. Analisar, a construo e continuidade dos conceitos de res cogitans e res extensas, partindo de quatro artistas do
Renascimento at a iconografia singular criada pelo mdico holands Andr Veslio (1514-1564). Em Verslio a primeira
vez que o corpo se torna um resduo, uma materialidade sem alma, uma mquina calculada e orgnica.
Enquanto Sade escreve suas obras no crcere, a Igreja perde as suas foras, por conta das revolues burguesas e
o Iluminismo. O caminho est aberto: a Medicina moderna - que desde Verslio tornou o corpo um sinnimo de cadver retira do antigo possesso a sintomatologia do demnio (fora ertica resistente) e a transfere para o discurso do patolgico.

c) Sintoma 3: A febre da loucura ou o destino da representao


Se ao final de ?As lgrimas de Eros?, Bataille prope como leitura os ritos de suplcio e do vaudou, como uma
tentativa de localizao da potncia do ertico em uma cultura inteiramente Outra, o objetivo nesta terceira parte a busca
no pensamento de Antonin Artaud, na experincia teatral. Por uma questo de delimitao do tema, entendemos que a
figura do pensador francs encontra-se ? naquele perodo ? como uma retomada da transgresso, do corpo-outro, do
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rea: Humanas - Filosofia
Autor: Bruno Csar de Almeida Souza
profano e do abjeto. Culmina neste ponto, a metfora do ttulo provisrio deste trabalho ?O teatro do impossvel?. Ao
abordar a obra ?O Teatro e seu duplo? (1938) de Antonin Artaud problematizar de que forma o grito sufocante deste
teatrlogo e pensador no foi se no uma maneira - sombra dos horrores e da brutalidade do teatro histrico do
entre-guerra - uma ?ir alm de si? e retirar da loucura o princpio de uma nova potncia de ertico? Seria o contgio do
teatro da peste uma potncia de ertico? Uma retirada do corpo - transfigurado, mecanizado, brutalizado pela culpa e pela
moral - da febre, do forjar um sintoma, uma mancha, uma lgrima de Eros? Ou como diz Jacques Derrida em seu artigo ?O
teatro da crueldade e o fechamento da representao? (in A escritura e a diferena, p. 341, 2009) ?(...) a questo do teatro
da crueldade, da sua inexistncia presente e da sua inelutvel necessidade, tem valor de questo histrica. Histrica no
porque se deixe inscrever naquilo que se denomina a histria do teatro, no porque faa poca no devir das formas teatrais
ou ocupe um lugar na sucesso dos modelos da representao teatral. Essa questo histrica num sentido absoluto e
radical. Anuncia o limite da representao?. Para Derrida, o teatro da crueldade no uma representao. ? a prpria vida
no que ela tem de irrepresentvel. A vida a origem no representvel da representao? (DERRIDA, 341). Ironicamente,
chegamos ao ponto inicial. Se no perodo trgico grego, Dionsio conclamou uma legio de corpos transgressores, como o
irrepresentvel da vida, Artaud buscou o grito de alerta para a falncia de uma cultura ?O mais urgente no me parece tanto
defender uma cultura cuja existncia jamais salvou um homem de ter fome e da preocupao de viver melhor, e sim extrair
disso que se chama de cultura idias cuja fora viva seja idntica da fome. (...) Todas as nossas idias sobre a vida
devem ser modificadas, numa poca em que nada mais adere vida. E essa penosa ciso motivo para que as coisas se
vinguem, e a poesia que no est mais em ns e que no conseguimos mais encontrar nas coisas ressurge de repente pelo
lado mau das coisas; e jamais se viu tantos crimes, cuja gratuita estranheza s pode ser explicada por nossa impotncia em
possuir a vida. (...) Se o teatro existe para permitir que nossos recalques tomem vida, uma espcie de atroz poesia se
exprime atravs de atos bizarros, onde as alteraes do fato de viver demonstram que a intensidade da vida permanece
intacta, e que bastaria melhor dirigi-la?
A beleza-lucidez do ertico, talvez se corporifique nisto: corpo em constante retrao ? cansao, repouso - sem
dormir, mas que de olhos abertos, sabe o momento oportuno de lanar o seu olhar. Espreita, apenas, o horizonte longnquo
desrtico da inverdade. Sabe que o olhar-total nos fragiliza, a miragem do impossvel. No seria esta a potncia do
ertico: o aniquilamento de uma cultura que nasce na perspectiva do fracasso e da resignao?
Participantes:

Discente: Bruno Csar de Almeida Souza

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rea: Humanas - Filosofia
Autor: Daiana Priscila Silva
Ttulo: Conceitos fenomenolgicos fundamentais contidos na obra Sobre o problema
da empatia de Edith Stein
Palavras-Chave: Empatia, Fenomenologia, Edith Stein
O principal objetivo da pesquisa "Conceitos fenomenolgicos fundamentais contidos na obra Sobre o problema da
empatia de Edith Stein" foi buscar uma compreenso maior sobre o tratamento que Stein d ao tema da empatia. Para isso,
nos propomos estudar certos conceitos fenomenolgicos contidos na obra "Ideias para uma fenomenologia pura e para
uma filosofia fenomenolgica" de Edmund Husserl. Tal objetivo surgiu a partir de entendimento de que para se estudar o
tema da empatia em Stein preciso conhecer as bases da fenomenologia de Husserl, pois, uma fenomenologia do ato
emptico que Stein se prope realizar em sua obra.
Realizamos no ano anterior (de Agosto de 2011 a Julho de 2012) a pesquisa A empatia em Edith Stein, sob subsdio
do Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Cientfica (PIBIC), atravs da qual obtivemos uma compreenso
sistemtica da obra Sobre o problema da empatia de Stein. Tal pesquisa nos propiciou identificar muitos conceitos e termos
que pressupem um conhecimento prvio da fenomenologia de Husserl, da causa de nossa pesquisa atual; pois,
almejamos nos aprofundar na anlise steiniana sobre a empatia e esta pesquisa, assim como a anterior, pretende nos servir
de base para um conhecimento mais consistente do tema.
Nossos objetivos esto sendo esto sendo realizados por meio na releitura da obra de Stein, identificao dos
termos fenomenolgicos que se mostram fundamentais para melhor entendermos a filosofa, e, a pesquisa sobre seus
significados tal como foram definidos por Husserl.
Participantes:

Discente: Daiana Priscila Silva

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rea: Humanas - Filosofia
Autor: Fernanda Maria Vanz Dias Teixeira
Ttulo: Esttica e jogos de linguagem: um estudo sobre as prelees de Wittgenstein a
respeito da Esttica
Palavras-Chave: Wittgenstein, Jogos de Linguagem, Esttica
Aps a publicao do Tractatus Logico-Philosophicus, em 1921, e o famoso silncio filosfico que se seguiu a ele,
Wittgenstein, em seu retorno filosofia, principia (entre 1936-1951) a construo de um novo sistema de pensamento,
construo esta que ir romper com as ideias centrais de seus primeiros escritos e que ir culminar na elaborao de sua
segunda grande obra, as Investigaes Filosficas.
No contexto inicial de elaborao das Investigaes, no vero de 1938, em Cambrigde, Wittgenstein apresentou uma
srie de palestras para um pequeno grupo de alunos (dentre eles R. Rhees, Y. Smithies e J. Taylor), que tiveram como
tema a Esttica. Nelas Wittgenstein descreve de maneira detalhada sua compreenso deste domnio, delimitando o campo
deste estudo, e, ao mesmo tempo, explicita suas novas formulaes filosficas.
O trabalho de pesquisa pretende analisar, de maneira cuidadosa, estas palestras, procurando, atravs da
investigao dos conceitos e mtodos ali apresentados, esclarecer as concepes de Wittgenstein sobre Esttica e sua
relao com as transformaes pelas quais passou sua filosofia nesse perodo.
Posto ser o estudo de Wittgenstein a respeito dos problemas levantados pela linguagem sobre Esttica distinto de
outros tipos de abordagens sobre este tema, faz-se necessrio, para compreender a noo esttica de Wittgenstein,
recorrer a outros trabalhos do filsofo. De modo singular, revela-se de enorme importncia analisar as Investigaes
Filosficas, j que a elaborao destes textos se entrecruzam e ideias que foram posteriormente desenvolvidas nas
Investigaes e ampliadas para toda a linguagem j esto presentes nestas palestras, e so desenvolvidas e elucidadas de
maneira em geral esclarecedoras.
Para tornar visvel a filosofia da linguagem contida nestes escritos e entender a diferena entre a concepo de
Wittgenstein e as demais abordagens Estticas, deve-se reconhecer a preocupao do filsofo em procurar desvendar os
enigmas da linguagem, o que acaba diferenciando sua concepo de abordagens inseridas em reflexes, pode-se dizer,
menos filosficas, no sentido de menos preocupadas com as tentativas de elucidao das razes que se prendem
linguagem esttica, ou seja, mais voltadas para reflexes filosficas da histria da arte, de definies sobre objetos
estticos ou filosofias calcadas em analises das expresses, ou, ento, abordagens de carter moral (histricas ou no),
que procuram compreender o nexo e o embate existente entre tica e Esttica, direcionadas, a grosso modo, para o estudo
das ideias do bem e do belo.
A incompreenso desta linguagem, ou melhor e mais especificamente ainda, deste tipo de apreciao
encontrar-se-ia, assim, vinculada abordagens artsticas, sensoriais ou estabelecidas dentro de um domnio
tico-discursivo dos valores da beleza e da virtude, anlises que, longe de poderem ser consideradas incorretas no
conseguem abarcar filosoficamente o estudo da linguagem por carecerem da metodologia necessria para que a anlise
filosfica, a Filosofia analtica, possa efetivar-se; mais ainda, acabam por, cada qual ao seu modo, abrindo espaos para
criaes terico-filosficas, e no para o exame do discurso, ou melhor, para o debate sobre a prpria linguagem.
Assim, ao se deter nas palavras crticas do filsofo sobre a dificuldade que sempre existiu ao se tentar demarcar e
desvendar os enigmas existentes em Esttica, este assunto "muito vasto e mal compreendido", "mais sujeito a equvocos
que o da maioria das outras palavras", pode-se perceber a busca de Wittgenstein em demarcar as particularidades de suas
observaes sobre Esttica distinguindo-as das demais teorias, acabando tambm por assinalar que a compreenso destas
prelees exige a distino da anlise discursiva do filsofo e a utilizao posterior de sua concepo filosfica, ou melhor,
marcando a importncia de no analisar estes escritos, e seus outros trabalhos, dentro dos campos ticos, estticos e
metafsicos em que foram includos e aplicados pela filosofia ps-moderna, ou seja, fora de uma anlise filosfica da
linguagem.
No entanto, seria restringir demais o alcance de sua constatao a respeito da dificuldade existente na compreenso
desta linguagem se, alm da compreenso de sua crtica, construda dentro de uma viso distinta de uma filosofia
paradigmtica e restrita formulaes apodticas da linguagem, outras abordagens Estticas, no se direcionar o olhar
para as peculiaridades de sua noo sobre este tipo de discurso dentro de seus pensamentos posteriores. Para isto,
torna-se importante o entendimento das circunstncias especficas destas palestras, j que, como o prprio filsofo aponta,
somente dessa forma que a percepo do carter especfico deste tipo de enunciando pode ser elucidado, ou seja,
atravs da tentativa de compreenso do contexto, na medida em que, mesmo que em todas as fases posteriores ao
Tractatus haja a nfase na importncia da tentativa de apreenso da situao para o entendimento dos enunciados, no h
como negar que, e por isso mesmo, a concepo do contexto se modifique, modificando com isto o significado das prprias
formulaes filosficas, o que acaba por permitir o entendimento das circunstncia especficas desta linguagem ordinria.
Dessa maneira, torna-se necessrio, para analisar os escritos sobre Esttica e compreender a maior confuso
conceitual que este discurso ocasiona, a assimilao da relao destas palestras com a compreenso histrica do texto, o
que no anula, alis, ajuda a corroborar no entendimento dos laos que unem os outros tipos de linguagens que
principiaram a reformulao de suas reflexes, bem como, obviamente, o entendimento da concepo de linguagem de sua
segunda fase, tendo em vista que no h como sugerir uma repartio no cerne desta filosofia, o que desemboca em uma
maior compreenso das reflexes sobre o significado dos conceitos Estticos para Wittgenstein.
Participantes:

Discente: Fernanda Maria Vanz Dias Teixeira

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Filosofia
Autor: Irlani Gonsalves da Silva Carvalho
Ttulo: O ceticismo cartesiano da epistemologia analtica contempornea
Palavras-Chave: Filosofia Contempornea, Teoria do Conhecimento, Ceticismo
O ceticismo cartesiano na epistemologia analtica contempornea
O neopirronismo de Oswaldo Porchat
Aluna bolsista: Irlani Gonsalves da Silva Carvalho
Orientador: Prof. Dr. Plnio Junqueira Smith
Departamento de Filosofia, EFLCH, Unifesp ? Campus Guarulhos

A epistemologia analtica contempornea preocupou-se com vrios problemas cticos dando especial ateno ao
problema do conhecimento e da existncia do mundo exterior, problema colocado pelo ceticismo cartesiano. O projeto de
pesquisa O ceticismo cartesiano na epistemologia analtica contempornea tem por objetivo geral estudar as respostas
oferecidas a esse problema a partir de diversos filsofos e epistemlogos que ou opuseram-se ao ceticismo, buscando
garantir o conhecimento do mundo exterior, ou alinharam-se a ele adotando uma atitude ctica frente ao problema colocado
pelo ceticismo cartesiano. O objetivo especfico do projeto de pesquisa investigar a resposta oferecida pelo filsofo
brasileiro Oswaldo Porchat a esse problema e seus desdobramentos.
Para Porchat o problema do mundo exterior, ligado a uma concepo mentalista do conhecimento, tem origem na
filosofia moderna a partir da pressuposio da existncia de uma separao entre mente e mundo, entre mente e corpo, e
na ideia de que as impresses, pensamentos e crenas residem em uma mente imaterial e portanto, fora do mundo fsico.
Porchat, ao discutir o ceticismo cartesiano e as questes que ele suscita, rejeitou constantemente a problemtica do mundo
exterior por recusar a distino entre um espao mental e extramental. Em sua fase neopirrnica, ele argumenta que esse
problema no pode ser extrado do pirronismo antigo, pois essa filosofia no se encaminhou nessa direo. A filosofia
moderna teria fornecido uma interpretao equivocada do pirronismo antigo ao identific-lo a uma forma de filosofia da
mente. Para ele, o pirronismo suspende o juzo tanto sobre a natureza e realidade dos objetos quanto sobre a natureza e
realidade da alma, assim como tambm no faz uma distino entre mente e corpo, mundo exterior e mundo interior. Desse
modo, a investigao que Porchat desenvolve sobre a problemtica do mundo exterior resulta em uma rejeio desse
problema atravs de uma cuidadosa interpretao do pirronismo antigo e de suas noes principais, como a noo de
fenmeno.
A pesquisa realizada tendo como ponto de partida o estudo do neopirronismo de Porchat e busca entender as
relaes entre o pirronismo antigo e os problemas e discusses epistemolgicas atuais presentes em sua proposta
neopirrnica. O problema consiste em investigar em que medida Porchat est s retomando o pirronismo antigo; em que
medida ele desenvolve no neopirronismo o que j estava posto pelo pirronismo antigo; em que medida ele est ousando em
relao a essa filosofia. Nesse sentido necessrio fazer uma leitura da proposta neopirrnica tanto luz das fontes
antigas do pirronismo, em especial as Hipotiposes Pirrnicas de Sexto Emprico, como tambm de autores contemporneos
que discutem os principais problemas com os quais Porchat se ocupa.
O estudo tem mostrado que Porchat desenvolve sua proposta neopirrnica de forma bastante prxima ao
pirronismo antigo, realizando uma atualizao dessa filosofia luz das questes colocadas pela cincia emprica moderna e
contempornea, permanecendo razoavelmente fiel ao esprito do pirronismo antigo. A interpretao que oferece das noes
de fenmeno e de vida comum e as respostas s objees clssicas dirigidas ao pirronismo constituem a via de acesso
para compreenso de sua proposta neopirrnica.
Apoio: PIBIC/CNPq
Participantes:

Discente: Irlani Gonsalves da Silva Carvalho

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Filosofia
Autor: Raphaela Silva de Oliveira
Ttulo: Um ou dois Wittgensteins?: O carter metafsico e o teraputico de seus
escritos
Palavras-Chave: Wittgenstein-Tractatus-Investigaes Filosficas-metafsica-terapia
O conjunto das obras de Ludwig Wittgenstein tradicionalmente dividido em duas fases: ?primeiro? e ?segundo
Wittgenstein?. A primeira fase corresponde ao livro Tractatus Logico-Philosophicus, nica publicao em vida do autor, de
1921. As Investigaes Filosficas de 1953 em sua aparente oposio ao Tractatus constituiria as caractersticas do ?
segundo Wittgenstein?. Ambas as obras so de grande relevncia para a filosofia da linguagem contempornea, o
Tractatus em sua investigao da lgica da linguagem que se desdobra em consideraes acerca da relao entre
linguagem e mundo, sobre os limites da linguagem, a respeito da forma geral da proposio e da posio da cincia e da
filosofia diante disso. E as Investigaes em sua investigao sobre o funcionamento da linguagem que se desdobra em
uma recusa de qualquer espcie de teoria e de um mtodo teraputico de se conceber a descrio da experincia, que
deve ser o mtodo filosfico.
Durante muito tempo se assumiu que o autor do Tractatus afirmava teorias metafsicas sobre a relao entre o
mundo e a linguagem e sobre a forma geral da proposio quando afirmava que a linguagem um tipo de figurao, os
nomes na proposio substituem os objetos no mundo e as suas relaes formam uma imagem das possveis relaes que
os objetos podem assumir. A possibilidade da figurao assegurada pela pressuposio de uma forma comum entre
mundo e linguagem; a forma mais geral dessa relao de afigurao chamada de forma lgica.
Sobre as Investigaes, Wittgenstein teria rejeitado a concepo acima em favor da descrio no-metafsica do
funcionamento da linguagem. Ento, o significado da expresso seria determinado pela prtica pblica da linguagem. O
segundo Wittgenstein defenderia um mtodo teraputico ao desistir de oferecer explicaes metafsicas sobre a linguagem
por meio da construo de descries alternativas dos usos da linguagem, sem teorizao.
Na ltima dcada emerge uma ?escola? de leitura do Tractatus que defende uma ausncia de teoria em ambas as
obras, alegando uma continuidade da crtica perspectiva transcendental da linguagem em Wittgenstein. Para tal, essa ?
escola?, chamada de ?resolute reading? admite que Wittgenstein no est falando de ?caractersticas da realidade? em
suas proposies sobre o mundo. E que o Tractatus tem de ser encarado sob duas perspectivas resolutas: s h um tipo de
contra-senso e preciso jogar fora a escada ao final do livro. Para entender melhor essa abordagem precisamos conhecer
o penltimo pargrafo do Tractatus:
?Minhas proposies elucidam dessa maneira: quem me entende acaba por reconhec-las como contra-sensos
aps ter escalado atravs delas ? por elas ? para alm delas. (Deve, por assim dizer, jogar fora a escada aps ter subido
por ela.) Deve sobrepujar essas proposies, e ento ver o mundo corretamente?
Cora Diamond, principal expoente da ?resolute reading? v na auto-condenao do livro um apelo do autor para que
no tenhamos a iluso de achar que o compreendemos e essa ?quebra da iluso? ela l como um carter teraputico do
Tractatus. Alm de que jogar a escada fora seria entender muitas das passagens do livro como transitrias, apenas para a
compreenso, mas que devem ser abandonadas. A leitura tradicional v muitas dificuldades nessa interpretao uma vez
que parece arbitrrio dar tanta relevncia ao ltimo pargrafo em detrimento de outras passagens, alm de que
Wittgenstein nunca teria aludido a essa perspectiva, o que encontramos nas Investigaes so crticas pontuais ao
Tractatus.
Bibliografia
DIAMOND, C. ?Ethics, imagination and Method of Wittgensteins Tractatus?. In: CRARY, Alice & READ, Rupert.
The New Wittgenstein. London: Routledge, 2000.
WITTGENSTEIN, L. Investigaes Filosficas. So Paulo: Ed. Abril, 1978.
WITTGENSTEIN, Ludwig. Tractatus Logico-Philosophicus. Trad. Luiz Henrique Lopes dos Santos. 3 ed. ? So
Paulo: EDUSP, 2010.
Participantes:

Discente: Raphaela Silva de Oliveira

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Filosofia
Autor: Rosimeire Santos
Ttulo: Maquiavel: O clculo do til e do honeto na ao poltica
Palavras-Chave: Etica, honesto, virtu
Que a moral na poltica em Maquiavel ganha outro sentido que no o d moral comum, isto certo, j que o autor
pensa uma poltica e um estado no religioso, muitos valores morais tm uma origem religiosa, e que se utilizados na
poltica, o seu contedo moral engessar a mesma.
A moral comum neste caso faz sentido apenas enquanto contedo moralizador aos homens, e assim, no
necessariamente possibilita efeitos prticos no reino da poltica. Maquiavel no desconsidera o papel do cumprimento dos
deveres morais, mesmo que cristos e tambm no descarta a possibilidade de poder utiliz-los na poltica desde que o
prncipe tenha a habilidade de coloc-los a favor da governana.
Participantes:

Discente: Rosimeire Santos

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Filosofia
Autor: Thiago Tavares Vidoca do Nascimento
Ttulo: Vida e Poltica no pensamento de Foucault - Um estudo sobre \""Histria da
Sexualidade I\""
Palavras-Chave: michel foucault, histria da sexualidade, vida, poltica, filosofia contempornea
Trata-se de discutir o empreendimento histrico filosfico da "Histria da sexualidade I - A vontade de saber" a partir
da relao vida e poltica, tema concluinte do livro cujo ncleo ativo o corpo e a consequente postulao de uma
genealogia do poder sobre a vida. Esta inventariada medida que Foucault faz a anlise de uma nova espcie de tipo de
poder e racionalidade sobre a vida, a biopoltica.
Participantes:

Discente: Thiago Tavares Vidoca do Nascimento

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Filosofia
Autor: Victria Brites Fajardo
Ttulo: Conservadorismo: adeso dos costumes em Montaigne
Palavras-Chave: Montaigne; Conservadorismo; pblico e privado; retrica
A temtica dessa pesquisa abordar o tema de conservadorismo poltico em Montaigne, como continuao de um
projeto do ano anterior (PIBIC/2011-2012).
O filsofo renascentista francs est inserido em um contexto bastante problemtico, pois a Frana est sendo
devastada pelas Guerras de Religio (protestante e catlicos), que reforam a crise na sucesso monrquica e a recesso
econmica. Montaigne ento comea a escrever seu "Ensaio", que tem como proposta um autorretrato destinado a amigos
e a familiares, porm dentro desses limites estabelecidos ?or ele prprio, Montaigne trabalha temas de mbito pblico
dentro de um discurso privado, sendo um desses temas a adeso do catolicismo como religio oficial da Frana no sculo
XVI.
Essa adeso se daria por costume e no necessariamente por uma experincia mstica, pois esta no seria possvel
ser comprovada. A justificativa de aderir ao costume incentivado pela negativa, pois inserir a novidade no meio pblico
algo extremamente perigoso porque no podemos justificar de maneira decisiva qual religio de fato a verdadeira. Dessa
forma, ele reveste a religio de uma nova autoridade que a do costume, contudo ele nos adverte que o costume algo
perigoso e que engessa nosso juzo; preciso aderir aos costumes publicamente, mas no domnio do privado, o lugar do
sbio, isto , lugar da liberdade intelectual.
A partir dessa breve considerao, so colocados alguns problemas, entre eles que se o discurso privado, deve
permanecer no mbito privado, por que Montaigne escreve seus ensaios e os entrega ao Rei? Se a proposta do "Ensaio"
um autorretrato atravs do livre exerccio do juzo, por que Montaigne nos propem o oposto (costume) dele como uma
possvel soluo para o contexto francs?
Devemos entender primeiramente que nossa ideia atual de pblico e privado no a mesma da renascena,
estamos trabalhando com a articulao entre retrica e poltica e apresentando sua relevncia para o projeto do
autorretrato.
Falar de da escrita no gnero privado falar der uma escrita madura, pois o lugar da inventio e o lugar de
recorrer as estratgias estilsticas que fortificam a eloquncia Montaigniana. Essa discusso envolve o lugar e a funo da
eloquncia, ou seja, uma discusso sobre retrica e como ela direcionada poltica. Esse mecanismo mostra uma certa
fluidez entre o pblico e privado, como um altera o outro e como evitar problemas que podem surgir da falta de delimitao
entre essas duas reas.
Explicar a entrega do "Ensaios" para rei, pode ser explicado pela proximidade que havia entre ele e Montaigne, pois
este exerceu cargos pblicos de grande importncia.
O autor criador do gnero ensastico, vamos entendendo as
caractersticas dessa escrita atravs de um gnero semelhante e admirado por Montaigne que o epistolar. O fato de ser
tratado assuntos pblicos no mbito privado, que a prpria religio compe Montaigne como ser religiosos e poltico;
atravs do costume que ele entende sua natureza humana, limites da sua razo at chegar ao plano mais amplo que o
homem interagindo com outras pessoas no mundo.
Conclui-se que entender o conservadorismo poltico de Montaigne no uma funo que se fecha em uma teoria
poltica unicamente e sim que uma articulao de todo universo cultural da renascena que tem como ponto em comum o
autorretrato (proposta Montaigniana) . Entender os limites de pblico e privado o ponto fundamental para entender que
esse conservadorismo que no escolhido de maneira arbitrrio e sim como uma tentativa de amenizar os problemas
socio-polticos, tentando suprimir toda novidade imposta ao povo e a reposicionando no mbito privado, ou seja, esse
conservadorismo no impensado e sim produto de uma estratgia extremamente lcida de inserir os discursos em seus
lugares corretos com a finalidade de manter a coeso do corpo poltico na Frana.
Participantes:

Discente: Victria Brites Fajardo

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria
Autor: Amaur Pinheiro da Silva Caldeira
Ttulo: O juiz de paz na cidade, So Paulo (1827-1844)
Palavras-Chave: So Paulo, juiz de paz, Imprio, Regncia.
Esta pesquisa tem o objetivo de estudar a atuao do juiz de paz na freguesia da S da cidade de So Paulo, entre
1827 e 1844. O juizado de paz foi um projeto empreendido pelos liberais que buscavam reformar o judicirio. A instituio
teve grande impacto na vida social e poltica do perodo, gerando acalorados debates entre conservadores e liberais,
sobretudo nos anos da Regncia. Torna-se central, por isso, estudar seu papel social nas eleies e no cotidiano de suas
funes. Buscamos analisar quem eram os homens que ocuparam o cargo, atentando tambm para a forma de atuao e o
relacionamento com a localidade. O recorte temporal permitiu passar pelas mais significativas reformas que o cargo sofreu
a do ano 1832 e tambm a de 1841, e visamos assim no s analisar as reformas, mas tambm como elas foram recebidas
pelos juzes e como impactaram em sua atuao.
Para compreendermos a atuao dos juzes de paz e o seu relacionamento com a freguesia analisamos os ofcios
diversos enviados entre algumas autoridades da Provncia, Cmara de Vereadores, Delegados com os juzes de Paz, assim
como a Correspondncia Passiva entre Presidente de Provncia e os juzes de paz. As Atas da Cmara Municipal de So
Paulo permitiu-nos montar os quadros dos juzes eleitos no perodo assim como nos forneceu elementos para a anlise de
alguns deles.
A comunicao visa refletir sobre os resultados finais da pesquisa, e est estruturada em dois principais eixos:
primeiramente, analisamos a instituio do cargo; e depois, refletimos sobre o funcionamento do juizado de paz na
freguesia da S e sobre as eleies ocorridas para o cargo entre 1827-1844.
Participantes:

Orientador: Maria Luiza Ferreira de Oliveira

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria
Autor: Ana Gabriela da Silva Santos
Ttulo: A SOCIEDADE BOLIVIANA NAS PINTURAS DE MELCHOR MARIA MERCADO
(1841-1869)
Palavras-Chave: BOLVIA, PINTURA, SCULO XIX, IDENTIDADE NACIONAL
o sculo XIX, a Bolvia, aps o processo de Confederao Peru-Boliviana (1836-1839), vivenciou uma conjuntura
que estimulou o debate acerca da identidade nacional. A arte neste momento foi um dos principais instrumentos utilizados
para tratar de nao e identidade, como forma de ilustrar tudo mais que refletia a Bolvia. O presente projeto pretendeu
analisar como o ?Album de paisajes, tipos humanos y costumbres de Bolvia (1841-1869)?, do pintor Melchor Mara
Mercado, representou a composio da nao boliviana, fazendo levantar questes acerca do tipo de nao que estava
sendo construdo pela elite local. Mercado foi um dos principais pintores do sculo XIX na Bolvia que apresentou os
costumes da sociedade boliviana a partir do indgena e do mestio, at ento omitidos pela elite. A obra apresenta
caractersticas sociais daquele momento, com pinturas que valorizam as camadas populares atravs das representaes de
seu cotidiano e suas tradies locais. Ao analisarmos as imagens pretendemos perceber como elas apresentam questes
culturais e costumes de um povo, omitidos pela elite local, mas apresentados pelo pintor como participantes ativos na
construo da identidade nacional boliviana.
Participantes:

Discente: Ana Gabriela da Silva Santos

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rea: Humanas - Histria
Autor: Bruno Tadeu Novato Resende
Ttulo: A Guerra Civil Libanesa sob a perspectiva da Revista Veja
Palavras-Chave: Histria do Lbano, Sistema poltico libans, Guerra civil libanesa, Oriente Mdio, Impre
A guerra civil libanesa, ocorrida entre 1975 e 1990, resultado de uma poltica fracassada de diviso de
poderes entre diferentes grupos confessionais, os cristos maronitas, os drusos e os muulmanos, promovida ainda nos
tempos em que o Lbano era uma provncia do Imprio Turco-Otomano e, de forma indireta, no contexto mundial da
Guerra-Fria, e regional com a criao do Estado Israel em 1948.
Essa guerra foi marcada pela presena de milcias, representantes dos partidos ligados aos principais grupos
religiosos do pas, pela instabilidade de suas alianas, pela invaso israelense em 1978 e em 1982, visando erradicao
de uma dessas milcias, a OLP, pela regularidade dos massacres, a qual podemos exemplificar atravs dos episdios de
Karantina e Sabra e Shatila, e pela destruio da capital do Lbano, Beirute.
Buscaremos considerar como a Revista Veja, revista peridica de maior alcance e circulao no Brasil, analisou o
conflito e qual panorama foi oferecido aos leitores a partir dessa anlise. Pretende-se considerar sobre as opinies do
peridico em relao aos motivos do incio da guerra civil, as polticas de alianas entre as milcias envolvidas, a
interveno israelense em 1978 e posteriormente em 1982 e o massacre de Sabra e Shatila. Criticaremos tambm como a
revista tratou o termino da guerra no final da dcada de 1980, cujo principal legado foi a situao desoladora dos libaneses
e da capital do pas Beirute e mais de uma dcada depois, qual foi o juzo da Revista sobre a invaso israelense em 2006 e
sobre a situao do sistema poltico do Lbano ps-guerra civil.
Participantes:

Orientador: Samira Adel Osman

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria
Autor: Csar Kenzo Nakashima
Ttulo: Imigrantes japoneses do ps-guerra e seus descendentes: em busca de uma
nova identidade
Palavras-Chave: Imigrao japonesa; histria oral; memria; identidade
A imigrao japonesa ao Brasil se iniciou no comeo do sc. XX, e a partir da durou at meados dos anos 1960.
Sobre este perodo, muito se estudou acerca do processo pelo qual os imigrantes japoneses passaram, desde sua vinda
at o processo de adaptao.
A inteno deste projeto foi perceber a partir da viso do prprio imigrante, como se deu tal adaptao dentro de um
novo contexto social - onde ele visto como o outro -, tendo como plano primrio o estudo com imigrantes japoneses do
perodo ps-guerra. Desta maneira, a questo da identidade do imigrante japons no Brasil se tornou elemento fundamental
para o desenvolvimento da pesquisa, uma vez que esta entra em crise a partir do momento em que eles ? os imigrantes se vem longe de sua cultura original.
Alm dos prprios imigrantes, os descendentes tambm entram em questo neste trabalho. Isso porque eles
tambm so vistos como estrangeiros, mesmo tendo nascido em territrio nacional brasileiro, onde o hibridismo est
potencialmente presente, mas, mesmo assim, a etnicidade acaba se tornando um fator de diferenciao para definir o outro.
A metodologia utilizada para a realizao deste trabalho foi a Histria Oral de Vida. Dando ouvido aos interlocutores
de modo a contarem sua prpria histria, buscou-se estabelecer redes de conexo entre os relatos e, em seguida, perceber
como as questes que sustentam este trabalho surgem em tais relatos. Percebe-se, portanto, que a questo da memria
tambm se mostra presente, e necessrio um tratamento especial em relao a ela. Afinal, deve-se estar atento ao fato
de que duas memrias distintas esto sendo tratadas aqui: a memria dos imigrantes japoneses do ps-guerra e a memria
dos descendentes de japoneses no Brasil.
Com isso, foram realizadas conforme previsto seis entrevistas, sendo trs direcionadas a imigrantes japoneses do
perodo ps-guerra e trs descendentes de imigrantes japoneses. Em relao ao segundo grupo, foi optado no se delimitar
apenas aos descendentes de imigrantes ps-guerra, vista a mdia de faixa etria dos entrevistados, fato este que
independe de qual fluxo migratrio o primeiro grupo fez parte. Deve-se ter cincia de que duas memrias esto sendo
trabalhadas neste relatrio: a memria dos imigrantes do perodo ps-guerra e a memria dos descendentes, e conforme o
?corpus? narrativo elaborado para cada grupo, cada um deles foi tratado de maneira especfica.
Participantes:

Orientador: Samira Adel Osman

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria
Autor: Danielly de Jesus Teles
Ttulo: A \""Coluna do Trono e do Altar\"": os primrdios de uma revoluo no Cariri.
Palavras-Chave: Imprio do Brasil - Revoluo de Pinto Madeira - Cear - Restauradores
A pesquisa ?A coluna do trono e do altar. Os primrdios de uma revoluo no Cariri cearense (1830- 1834)?
objetivou entender as articulaes iniciais e o cenrio que precedeu a Revoluo de Pinto Madeira, deflagrada em 1832,
que envolveu em embate aberto por cerca de dois anos, duas vilas situadas no Cariri: o Crato, que se dizia liberal, ou seja,
ao lado do governo regencial, e o Jardim, que sob a gide da posio poltica restauradora, defendia a volta de Dom Pedro I
ao trono do Brasil.
Com este fim transcrevemos e analisamos uma devassa instaurada em 1830, ou seja, antes da Abdicao de
Pedro I, que fora aberta com intuito de averiguar a existncia da dita Sociedade Coluna do Trono e do Altar, que
supostamente promovia reunies sob a liderana do Coronel de milcias Joaquim Pinto Madeira, e tambm qual o carter
desta sociedade secreta.
Em 1832, Pinto Madeira daria incio chamada Revoluo de 1832, aliciando cabras da Vila do Jardim, para com
o apoio espiritual do Padre Antonio Sousa, apelidado de benze- cacetes, por benzer os porretes, que eram muitas vezes
usados pelos revoltosos quando da ausncia de melhores armas, lutar pela volta de Pedro I ao trono do Brasil.
Propomos a insero da revolta de Pinto Madeira, no contexto geral do Imprio do Brasil, por meio da integrao
com duas questes cruciais que perpassaram os anos de crise do Primeiro Reinado e incio do perodo regencial. A
primeira delas a violncia do processo construtivo do Estado nacional no Brasil, diante do embate entre diversos projetos
polticos ento surgidos. E a segunda a politizao das mais variadas camadas sociais, evidente desde fins do sculo
XVIII, e aprofundada, em grande medida, a partir dos anos 20 com a Independncia. Trata-se da emergncia de novos
atores sociais, que ganharam maior visibilidade em diversos movimentos contestatrios neste momento de construo do
Estado Nacional no Brasil.
Participantes:

Discente: Danielly de Jesus Teles

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria
Autor: Elson Granzoto Junior
Ttulo: "So Paulo precisa de voc": escolas de samba paulistanas, identidades e
metamorfoses (1970-1989)
Palavras-Chave: Escolas de samba; histria do Brasil contemporneo
Esta pesquisa tem como objetivo identificar as vrias relaes que envolveram as escolas de samba paulistanas,
os demais segmentos da sociedade e o Estado brasileiro nas dcadas de 1970 e 1980, a partir da perspectiva de que essas
escolas so instituies de ao social e poltica. As relaes apresentam-se de forma complexa e ambgua, sendo
observveis momentos de concordncia entre todos os atores sociais e outros de rebeldia e contestao.
No ano de 2011, a partir da anlise dos enredos e dos sambas-enredo das agremiaes do grupo principal, esse
processo foi observado com destaque. Percebeu-se que as relaes estabelecidas entre sambistas, demais setores sociais
e orgos oficiais se d a partir de lgicas prprias de barganha e conflito, nas quais as opes tomadas nos desfiles
representam meios de ao das agremiaes nesse processo. Paralelamente a isso, outros processos importantes foram
observados como o surgimento de escolas de samba ligadas a diversos setores sociais, a diversificao social das escolas
ditas "tradicionais" e a profissionalizao das funes de liderana nas escolas, processos diretamente interligados.
Atualmente, a pesquisa se concentra no aprofundamento desses processos a partir do estudo da realidade de
duas agremiaes, Vai-Vai e Nen de Vila Matilde. Frente s diversas mudanas essas agremiaes se posicionam de
maneira enftica e diversa. Por meio da coleta de entrevistas com sambistas que ocuparam postos de liderana nessas
agremiaes e na anlise das coberturas jornalistcas sobre os desfiles no recorte delimitado, busco compreender melhor o
desenvolvimento desses processos de transformao histrica no Carnaval de So Paulo.
Participantes:

Orientador: Jaime Rodrigues

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria
Autor: Evelyn Ariane Lauro
Ttulo: Festas pblicas e ritos cvicos na incorporao do Par ao Estado Nacional
Brasileiro (1826 ? 1831): balano historiogrfico, anlise, compilao e organizao de
fontes.
Palavras-Chave: Par, Festas pblicas, Brasil Imprio, Estado nacional.
Esta pesquisa teve por objetivo refletir sobre o papel das festas pblicas e dos ritos cvicos realizados no Par entre
1826 e 1831, dialogando com um debate internacional, tambm em crescimento no Brasil, no qual se defende que as festas
pblicas e ritos cvicos tiveram um papel significativo na formao dos estados nacionais.
A hiptese trabalhada que esses ritos e festas tiveram fundamental importncia pedaggica para, por meio do
disciplinamento popular e legitimao das insgnias imperiais, promover no campo simblico a incorporao da provncia do
Par ao Estado Nacional Brasileiro.
O recorte cronolgico proposto, entre 1826 e 1831, corresponde efetiva adaptao das elites polticas locais ao
sistema representativo, cujo ponto de maior relevncia a entrada de paraenses no Parlamento do Imprio do Brasil. Na
outra ponta tem-se o golpe de agosto de 1831, conhecido como agostada, que depe no Par o presidente de provncia
nomeado pela Regncia, colocando em xeque a capacidade do sistema representativo de controlar os partidos locais, que
visionavam diferentes projetos de futuro.
Esta pesquisa parte de um trabalho coletivo vinculado ao projeto Vassalos ou cidados, obrigados ao trabalho
coordenado pelo Prof. Dr. Andr Machado e financiado pelo CNPQ e pela FAP/Unifesp. A fonte documental base o acervo
do Arquivo Pblico do Estado do Par correspondente ao perodo, que se encontra em suporte e disposio no Centro de
Memria e Pesquisa Histrica da UNIFESP.
Participantes:

Discente: Evelyn Ariane Lauro

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria
Autor: Flvia Rodrigues Bittencourt
Ttulo: A construo do pensamento poltico de Antero de Quental (1870-1875)
Palavras-Chave: Antero de Quental, Portugal, Poltica
Na dcada de 1870, em Portugal, um grupo de jovens intelectuais passou a refletir sobre sua nao frente nova
conjuntura poltica, social e econmica europeia. As revolues liberais com esprito republicano, o desenvolvimento
cientfico das teorias sociais e as tentativas revolucionrias baseadas nessas teorias, como a Comuna de Paris em 1871,
serviram como bases argumentativas da Gerao de 70 que protagonizou um movimento interveniente, contrapondo-se
lgica do sistema monrquico.
Antero Tarqunio de Quental (1842-1891) foi um dos principais mentores na busca pela Regenerao portuguesa,
afinal, discutia-se o processo de marginalizao da nao, suas causas e possveis solues para a superao do atraso.
Antero simpatizou com o ideal socialista e o colocou como proposio poltica no debate pblico. Exemplo disso foi seu
engajamento nas Conferncias Democrticas do Casino em 1871 e seus textos polticos publicados em peridicos.
Objetiva-se nesta pesquisa o estudo da construo do pensamento poltico anteriano, saber como o letrado
construiu suas ideias acerca do republicanismo, do socialismo e da democracia a partir de seus textos pblicos. Esses
princpios defendidos e refletidos por Antero so acrescidos e dialogados com os fenmenos polticos e sociais da Europa
do respectivo sculo, atribuindo sua concluso sobre a revoluo socialista um tom que se pretendia universal.
A anlise se concentra nos anos de 1870 a 1875, perodo de forte engajamento poltico do letrado, correspondente
s Conferncias Democrticas do Casino (1871) e formao do Partido Socialista Portugus (1875).
Participantes:

Discente: Flvia Rodrigues Bittencourt

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria
Autor: Jonathan Dias Portela
Ttulo: A viso tropical sobre a bola vermelha: futebol, comunismo e imprensa
brasileira (1982 ? 1991).
Palavras-Chave: Futebol; Comunismo; Leste Europeu; Imprensa
Este projeto de pesquisa pretende analisar como o processo de emigrao de jogadores do bloco socialista para a
Europa Ocidental nos ltimos anos da guerra fria foi visto pela imprensa brasileira, para assim perceber possveis relaes
entre futebol, poltica e sociedade e, sobretudo, se e como o clima ideolgico daqueles dias transpareceu em suas pginas.
Com isso, espera-se contribuir para o entendimento de um momento crucial tanto para o futebol quanto para a histria
contempornea.
A pesquisa fundamentar-se- basicamente em dois jornais da chamada ?grande imprensa?: O Globo e Folha de So
Paulo, como tambm na revista esportiva Placar. Alm deles, os arquivos online disponibilizados pela FIFA sobre torneios
europeus complementaro na busca de informaes, particularmente de contratos de transferncias feitos no leste europeu
entre 1982 e 1991.
O recorte temporal (1982 ? 1991) se d pelo fato de que na Copa do Mundo na Espanha, em 1982, emergiu a
seleo polonesa, a qual se tornou uma vitrine de jogadores em ascenso para o mercado europeu capitalista, culminando
no incio do forte processo migratrio de atletas do leste europeu para a Europa ocidental, que vai at o final da URSS, em
1991.
Participantes:

Orientador: Fbio Franzini

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria
Autor: Josiane Nunes Machado Sampaio
Ttulo: A poltica invade a cena, o teatro no Rio de janeiro entre 1831 e 1843
Palavras-Chave: Teatro, Poltica e Sociabilidade
Esta pesquisa tem como objetivo fazer uma anlise do processo de formao e difuso de uma vida cultura na
Cidade do Rio do Janeiro entre 1831-1840. Tendo o Teatro Constitucional Fluminense como foco de anlise, a partir da
abdicao de D Pedro I em 7 de abril de 1831, quando o teatro deixou de ser um espao poltico unicamente de
celebraes e de exibio da soberania monrquica, para estabelecer-se como um novo espao de participao poltica.
Este perodo conturbado da histria do Brasil foi tambm, um dos mais ricos e singulares em termos de organizao,
discusso e participao poltica no Pas. Deste modo, o teatro longe de significar somente um espao de entretenimento,
configurou-se como um espao de sociabilidade poltica, onde se encenava a vivncia cotidiana da capital fluminense. O
teatro refletia os anseios, os medos, as influncias e formas de relacionamentos de uma cidade que se pretendia civilizada
e moderna. Assim visava construo de uma identidade e memria nacional essencial para a afirmao do
Estado-nacional e das definies de um espao pblico de ao poltica e de dinamizao das prticas informais de
cidadania, das quais as definies propostas para a formao do Teatro Brasileiro relaciona-se, a este desenvolvimento de
uma cultura poltica multifacetada da primeira metade do sculo XIX. Parte destes aspectos, sero apresentados nos
resultados parciais da pesquisa que est em andamento. Ser apresentado a primeira anlise sobre as informaes obtidas
na pesquisa feita no peridico o Dirio do Rio de Janeiro, de 1830-1840, debatendo com memorialistas e com a anlise de
Leis - Cdigo de posturas para o pblico, aspectos das aes de controle no Teatro. Para exemplificar uma ao efetiva do
carater poltico do teatro neste perodo, abordaremos a Revolta do Teatro de 28 de setembro de 1831. Neste sentido
abordaremos a figura do Juiz de Paz que tambm exercia a funo de Inspetor do Teatro que como podemos observar,
fazia a intermediao do controle da do espao entre a rua e a plateia.
Participantes:

Discente: Josiane Nunes Machado Sampaio

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria
Autor: Juliana Orro Marquez
Ttulo: Implementao da tecnologia de Sistema de Informaes Geogrficas (SIG) em
investigaes histricas
Palavras-Chave: SIG histrico, historia e tecnologia, humanidades digitais
No mbito dos extraordinrios desenvolvimentos das tecnologias da informao, os chamados Sistemas de
Informaes Geogrficos tm sua utilizao cada vez mais generalizada, disseminada e diversificada. Sua identidade
tecnolgica reside na capacidade de incorporar a dimenso espacial em anlises nas quais elas tm importncia central.
No entanto, seu uso em investigaes histricas ainda bastante incipiente, tanto em relao ao que se d em vrias
outras reas do conhecimento, como em contraposio com a sistemtica pertinncia de questes ligadas ao espao nos
estudos do passado. O presente projeto tem a inteno de colaborar na superao dessa incmoda defasagem, buscando
as condies para a implementao dessa tecnologia nos mbitos do Departamento de Histria da UNIFESP e do Arquivo
Pblico do Estado de So Paulo. Seus resultados prevem a capacitao de um grupo de pesquisadores, a elaborao de
uma metodologia e de um projeto de laboratrio voltados rea, e um relatrio de um projeto-piloto dedicado
histria das enchentes na cidade de So Paulo poca da penltima virada de sculo, com a disponibilizao da base
cartogrfica digital correspondente.
Participantes:

Discente: Juliana Orro Marquez

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria
Autor: Karina Oliveira Morais dos Santos
Ttulo: Mo de obra na fbrica de ferro de So Joo de Ipanema (1890-1895): Um
catlogo a partir de manuscritos do arquivo pblico do Estado de So Paulo
Palavras-Chave: Fbrica de ferro; Ipanema; mo de obra
O projeto Mo de obra na fbrica de ferro de So Joo de Ipanema (1810-1834): um catlogo a partir de manuscritos
do arquivo pblico do Estado de So Paulo, voltou-se elaborao de um catlogo dos manuscritos correspondentes ao
perodo entre 1810 a 1834, do conjunto documental ?Fbrica de Ferro So Joo de Ipanema?, sob guarda do Arquivo
Pblico do Estado de So Paulo (APESP). Trata-se da primeira siderrgica do pas, localizada na ento Vila de Sorocaba,
atual municpio de Iper, em So Paulo, que foi oficialmente fundada em 1810 e suas atividades encerraram-se
definitivamente em 1895.
O APESP custodia vasta documentao manuscrita da fbrica, correspondendo a cerca de 1,56 m lineares. Os
documentos esto dispostos em oito ?Caixas de Ordem?, das quais quatro foram objeto deste estudo. Cada uma delas
possui 19,5 cm de espessura, totalizando, juntas, 0,78 m lineares. H documentos de diversas espcies, tais como cartas
rgias, relatrios, regulamentos, requerimentos, ofcios, declaraes, contratos, cartas e correspondncias diversas. O
catlogo foi confeccionado em formato de planilha e instrumental, permitindo uma viso geral mais ntida acerca da
fbrica. O instrumento de pesquisa destina-se a servir como ferramenta de trabalho para as pesquisas futuras, j previstas
no projeto.
A escolha da Fbrica de Ferro So Joo de Ipanema se deve a uma srie de fatores que, analisados no contexto em
que a fbrica estava inserida, revelam experincias peculiares. exemplo disso a coexistncia da mo de obra escrava
compartilhando o mesmo espao que trabalhadores estrangeiros livres, como a colnia sueca e a alem trazidas pelos
primeiros diretores, Carl Gustav Hedberg e Frederico Luiz Guilherme de Varnhagen, respectivamente. A partir da, outras
tantas questes se ramificam: as condies desses grupos distintos de trabalhadores no ambiente da fbrica, bem como
suas insatisfaes e as formas de express-las; as transformaes legislativas e seus impactos sobre a mo de obra; as
dificuldades do governo imperial na manuteno da fbrica; a composio de um capital misto (Estado e acionistas
particulares); as mudanas de gesto; o repasse de verbas; a formao de um mercado consumidor, a industrializao da
Vila de Sorocaba, alm de inmeras outras questes que merecem maior visibilidade por parte da historiografia.
Pelos documentos descritas em verbetes, possvel depreender como se articulavam as relaes no mbito da
fbrica em diversas instncias: a dinmica da mo de obra de homens livres e escravos; a participao financeira do poder
real e imperial junto aos acionistas; a dinmica do capital misto; a atribuio de cargos de acordo com as carncias
circunstanciais do estabelecimento; a resoluo de questes relacionadas ao meio (sociedade e ambiente), entre outros. A
julgar pela bibliografia analisada, parece haver, inclusive, mais estudos dedicados economia e ao espao geogrfico, e
menos que enfatizam a importncia de conferir maior visibilidade ao tema de uma perspectiva historiogrfica.
O catlogo produzido at aqui engloba a metade do conjunto documental manuscrito, alm de criar a uma importante
ferramenta de pesquisa que precede o trabalho de anlise e articulao bibliogrfica, auxiliou largamente a entender a
lgica, a linguagem, o tratamento, o estilo e o formato de correspondncia no perodo recortado. O catlogo no s facilita a
localizao dos documentos em projetos posteriores, como confere ao pesquisador maior domnio sobre sua fonte. A
pesquisa torna-se mais segura quando o objeto de estudo j passou por um minucioso processo de reconhecimento e
registro.
Participantes:

Orientador: Jaime Rodrigues


Discente: Karina Oliveira Morais dos Santos

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria
Autor: Kauan Willian dos Santos
Ttulo: A liberdade impressa: os peridicos anarquistas A Lanterna e A Plebe e sua
ao entre os trabalhadores em So Paulo (1911-1919)
Palavras-Chave: Anarquismo. Sindicalismo. Movimento Operrio
Para entender e construir uma histria do movimento operrio, de sua ao poltica, bem como de suas
ideologias e tticas, necessrio e importante analisar os peridicos feitos e lidos pelos prprios trabalhadores e militantes
nesse perodo. Nesse sentido, a autora Yara Khoury afirma que as lutas dos trabalhadores na primeira metade do sculo
XX tem no jornalismo, para os militantes um forte instrumento.
Sendo assim, estudar dois peridicos importantes no meio operrio nesse perodo, A Lanterna e A Plebe
em conjunto, tratados como resposta a condies sociais precisas e representantes no prprio fazer-se dos operrios em
So Paulo pode nos revelar como eram organizados os mtodos propostos pelos militantes anarquistas de destaque no
perodo bem como outros redatores e assim, como se mobilizava parte do operariado brasileiro que residia em So Paulo.
As tticas de propaganda dos peridicos podem mostrar ainda de que maneira formas de organizaes e ideologias
operrias mudaram ou se comportaram adaptando-se muitas vezes s novas necessidades de luta.
O projeto anarquista sistematizado no sculo XIX e com uma clara consistncia no incio do sculo XX no visava
criticar apenas o capitalismo. Sua proposta tambm era atrair os trabalhadores para a mudana da sociedade contra um
mundo que eles consideravam dominado pela ignorncia. Para grande parte dos anarquistas, a educao e a construo
de uma nova moral eram pilares essenciais para a formao de uma nova sociedade de justia e igualdade. Nesse sentido,
a crtica dirigida Igreja era essencial no discurso destes. Em So Paulo, o peridico A Lanterna fundado por Benjamin
Mota, um militante anarquista, advogado e jornalista que desde 1901 foi um dos representantes dessa crtica, onde so s
atacava as aes da Igreja, que consideravam hipcrita e responsvel juntamente com o capitalismo e com o Estado pela
desigualdade social, mas tambm defendia a politizao de trabalhadores e da classes populares em geral.
interessante notar que sua primeira fase, de 1901 a 1904, no reunia apenas anarquistas. Suas crticas
ao abuso moral e financeiro das autoridades religiosas faziam com que muitos anticlericais em geral, como maons,
espritas, socialistas e simpatizantes lessem o peridico.
Em 1909 Edgard Leuenroth que passa a publicar A Lanterna continuando as crticas Igreja, mas
amplia notcias de pautas operrias e a realizao de uma propaganda poltica destes atravs do peridico. De um lado,
continuando suas crticas, no distanciava os anticlericais em geral da leitura, de outro, aproveitando que A Lanterna tinha
bom alcance, ampliava sua propaganda poltica pela causa operria, esperando educar politicamente seus leitores ou trazer
um pblico maior para a ao direta.
Em junho de 1917, o militante anarquista Leuenroth, aps um longo trabalho em inmeros peridicos,
publica estrategicamente o primeiro nmero de A Plebe em substituio de A Lanterna.
Neste fica claro o intuito do
peridico, enxergando as greves do perodo como resultado de anos de propaganda, e um ponto claro de organizao entre
os trabalhadores. Da em diante, A Plebe assumiu, muitas vezes, o debate e a articulao central de tais greves e
acontecimentos. Os redatores usavam como ttica de propaganda, colunas com notcias do movimento operrio de forma
neutra, mas sem deixar de apresentar no mesmo nmero, muitas vezes, a teoria anarquista para organizar tais eventos e
guiar a revoluo almejada.
Dessa maneira, trabalho desta vez com a hiptese de que a politizao dos trabalhadores em A Plebe teve seus
embries em A Lanterna. Para o militante anarquista Edgard Leuenroth e seus companheiros construrem um peridico que
refletisse o projeto anarquista de politizao efetiva e que ao mesmo tempo atendesse a expectativas reais entre os
trabalhadores foi necessrio ter uma experincia anterior onde pudessem ajustar e rever conceitos e estratgias mais
efetivas. Esse espao foi a publicao de A Lanterna desde 1911 onde Leuenroth anexou a pgina ?Vida operria?,
visando trazer notcias das reivindicaes dos trabalhadores. Entender como Leuenroth fez isso e consequentemente
construir uma ponte entre os dois peridicos entendendo-os como problemas histricos, o principal objetivo pesquisa.
Para tal, primeiramente busquei compreender as influncias ideolgicas dos jornais referidos, bem como o
projeto local em que estavam envolvidos. Depois, analisei os peridicos tendo como recorte a prpria ao entre os
trabalhadores, levando em considerao as tticas de propaganda. Busquei analisar detidamente as estratgias de
propaganda e polticas contidas em tais peridicos, revelando certos graus de semelhana, mas tambm, mudanas e
adaptaes dentro de contextos precisos no trabalho de politizao dos militantes anarquistas entre o operariado em So
Paulo.
Como referencial terico-metodolgico, tenho os prprios clssicos da historiografia do movimento operrio como
as obras de Edward Thompson, nas quais se afirma que uma cultura de classe constituda por homens e mulheres em
suas aes e relaes sociais e se define pela sua histria e como formao social e cultural, que s adquire existncia ao
longo de um processo histrico que envolve as experincias dos trabalhadores.
So levados em considerao tambm
historiadores como Michael Hall e Paulo Srgio Pinheiro
que destacam as experincias de luta e de organizao do
operariado no processo de auto constituio da classe. Por esses, visto como errneo o argumento segundo o qual os
trabalhadores no incio do sculo (antes da criao dos partidos que se proclamavam representantes da classe
trabalhadora, como o Partido Comunista do Brasil, criado em 1922) no Brasil eram despolitizados e no apresentavam viso
de mundo ou forte contestao ao sistema de dominao no perodo.
Participantes:

Orientador: Edilene Toledo

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria
Autor: Laura Barcia de Carvalho Gonalves
Ttulo: As relaes entre o imperador e a Igreja no sculo IV Um estudo dos escritos
polticos de Ambrsio de Milo
Palavras-Chave: Poder na Antiguidade Tardia
Neste trabalho dediquei-me essencialmente em compreender as relaes de poder entre seus principais
influenciadores no sculo IV, no imprio Romano Tardio, os representantes do paganismo e do cristianismo e por fim o
prprio imperador.
Dediquei-me a leitura da fonte; Ambrose of Milan, Political Letters and Speeches, (J. H. W. G. Liebeschuetz.
Ambrose of Milan, Political Letters and Speeches, vol. 43. Ed. Liverpool University Press. 2005). E por meio desta fonte,
procurei estabelecer uma interpretao dos acontecimentos polticos e religiosos do sculo IV, e compreender o quadro das
relaes polticas entre os principais detentores de poder, tanto poltico, quanto religioso da poca, Ambrsio, bispo de
Milo, o importante senador romano Smaco e o ento imperador, Valentiniano II.
Atravs dessa fonte e do estabelecimento de um dilogo entre as duas cartas enviadas por duas figuras
importantssimas no cenrio poltico do sculo IV, Ambrsio e Smaco, pretendo analisar as importantes mudanas no
cenrio poltico romano no perodo de grandes transformaes que foi a Antiguidade Tardia, sobretudo o sculo IV. Acredito
que atravs destes trs personagens e de suas produes escritas (cartas) podemos estabelecer um panorama do que
eram as disputas de poder entre o cristianismo e o paganismo no sculo IV. Por meio da fonte escolhida, pretendo analisar
os argumentos estabelecidos por ambos os lados, cristianismo e paganismo, cada qual defendendo os seus interesses
diante do imperador.
Concentrei-me em um episdio especfico, o debate sobre a restaurao do Altar da Vitria no senado romano,
acredito que atravs dos argumentos apresentados tanto por Ambrsio, quanto por Smaco, em suas cartas muitssimo bem
elaboras e ricas em argumentos bem embasados, podemos visualizar uma disputa no s religiosa, ou uma tentativa de
imposio de uma religio sobre a outra, evidentemente isso acontecia, mas o foco central a disputa poltica. Um dos
pontos centrais de ambas as cartas a questo dos benefcios e isenes dados aos sacerdotes e templos pagos em
pocas passadas e que neste momento, no qual o imperador cristo, lhe foram reduzidos ou definitivamente retirados. O
que esse debate seno um debate poltico? Quem tem benefcio ou iseno, tem credibilidade poltica? (para saber mais
sobre o aasunto; From Emperor to Bishop: The Self-Conscious Transformation of Political Power in the Fourth Century.
Classical Philology, Vol. 81, No. 4. (Oct, 1986),
Atravs do tempo e dos imperadores cristos a partir de Constantino, os benefcios para os cristos aumentaram
gradativamente, em contrapartida, aos pagos que passam a no receber tantos benefcios. Esse um dos pontos bem
trabalhados pelos autores das cartas endereadas a Valentiniano II, que por fim decide na retirada definitiva do Altar da
Vitria do senado romano, infelizmente no temos nenhuma documentao emitida pelo imperador expondo a sua deciso
e os seus motivos, mas sabemos que Ambrsio provavelmente o persuadiu com seus argumentos e o convenceu a tomar
uma atitude digna de um imperador cristo.
Valentiniano II apenas um menino quando assume o trono deixado por seus irmo Graciano em 384 d.C. ( para
saber mais sobre o assunto; The Cambrigde Ancient History, Vol. XIII. The Late Empire, A.D. 337-425, Cambrigde University
press, 2008. p.108) Neste momento Ambrsio tem grande influncia poltica, e precisa afirmar o cristianismo como religio
oficial, e ainda sua convico nicena, oque Ambrsio precisa de um ? imperador militans pro Deo? (Ambrose, Ep. 17).
(Veja mais sobre o assunto em; The Cambrigde History of Chritianianity, Vol.2, 2008, p.14)
Pretendo concluir esta pesquisa, compreendendo as relaes do Bispo Ambrsio com os imperadores cristos, o
nvel em que ela se deu, e como, atravs das cartas, paganismo e cristianismo defendem os seus direitos como instituies
na Antiguidade Tardia.
Participantes:

Docente: Carlos Augusto Ribeiro Machado


Discente: Laura Barcia de C. Gonalves

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria
Autor: Lays Silva Stanziani
Ttulo: Contra as Heresias de Irineu de Lyon: A formao da ortodoxia crist atravs
da refutao da doutrina gnstica
Palavras-Chave: Heresia, Irineu de Lyon, Ortodoxia Crist, Controvrsia Doutrinria, Gnosticismo.
A presente iniciao cientifica analisa a obra de Irineu de Lyon, bispo de Lyon no sculo II d.C. Ele produziu em
uma obra de carter heresiologico confrontando a doutrina Gnstica. Pretendemos demonstrar os meios utilizados
Irineu para a formao da devida obra. Entre eles, o uso do Novo Testamento, os motivos pelos quais escolheu
Evangelhos, tentativa de legitimao de uma tradio apostlica que daria as suas afirmaes carter de verdade
relao da Igreja de Lyon com a Igreja de Roma. Tambm relacionaremos como esses mtodos demonstram ao leitor o
era considerado por Irineu de Lyon o verdadeiro cristianismo, neste caso, a ortodoxia crist.
Participantes:

Discente: Lays Silva Stanziani

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177
por
tais
e a
que

PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria
Autor: Lillian Micheli Silva
Ttulo: Lugares da construo do discurso conservador no Imprio: Impernsa, Anais
do Parlamento e Relatrios de gesto, 1834-1843
Palavras-Chave: Pensamento poltico conservador; saquarema, discurso
Este pesquisa tem como objetivo compreender as especificidades do pensamento poltico conservador brasileiro
entre os anos de 1834 a 1843. As disputas polticas aps a abdicao em 1831 foram intensas. O ano para incio da
pesquisa, 1834, um marco tanto pela aprovao da reforma constitucional, o Ato Adicional, quanto pela morte de D. Pedro
I em setembro, desarticulando os restauracionistas e recolocando as alianas polticas em novos termos. Os arranjos
polticos seriam refeitos. No novo desenho, homens que articularam o partido conservador iam buscando espao. Assim,
buscaremos investigar a indeterminao poltica nestes anos chaves da construo do Estado Nacional, procurando
resgatar as principais discusses, os embates e as formulaes mais recorrentes na documentao produzida pelos
conservadores - imprensa e relatrios de gesto, juntamente com as discusses da Cmara dos deputados, considerada
um espao poltico representativo importante para a compreenso da poltica nacional oitocentista (ser nosso objetivo
entender tambm como o legislativo aparecia representado na imprensa conservadora).
Estudar a relao entre estes trs espaos - imprensa, anais do parlamento e relatrios de gesto - e os dilogos
estabelecidos entre eles nos possibilitar o entendimento sobre a circulao de ideias polticas e o processo de constituio
de um vocabulrio poltico do perodo.
Participantes:

Discente: Lillian Micheli Silva

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria
Autor: Lus Fernando Simes Moraes
Ttulo: Transformaes de um bairro paulistano: o Campos Elseos ea sua arquitetura
(inventrio de espaos, sculos XIX e XXI)
Palavras-Chave: Campos Elseos; Histria; Arquitetura; Cidade; Bairro; Urbanizao
Objetivos
Esta pesquisa tem como objetivo principal a realizao de um levantamento sobre as transformaes espaciais do
bairro dos Campos Elseos, localizado na regio central da capital paulista, que foi loteado durante o final dos anos 1870
para abrigar, sobretudo, membros da elite poltica e financeira paulista. Desta maneira, pretende-se contribuir para o
registro das formas de morar da regio, visto que grande parte de seu patrimnio edificado foi totalmente perdida ou
alterada, alm do fato de estar dentro da rea de abrangncia do Projeto Nova Luz, que acarreta potencial risco rea.
Mtodos/Procedimentos
Para o desenvolvimento da pesquisa, esto sendo consultadas instituies que possuam registros iconogrficos e
documentais sobre as edificaes do bairro, que sero utilizados para compreender as possveis configuraes espaciais
do das ruas que compem o primeiro momento do loteamento, utilizando-se como referncia cronolgica o perodo
compreendido entre 1879 e 1921. Aps isso, sero fotografadas as quadras das ruas pesquisadas, para que se possa
comparar como ?foi? e como ?est? o bairro dos Campos Elseos no que concerne preservao do patrimnio urbano e
arquitetnico.
Resultados
At o momento, ao se analisar os projetos e plantas de construes, encontrados no Arquivo Municipal de So
Paulo, percebe-se uma heterogeneidade nas construes, verificando-se a existncia de inmeras residncias modestas e
de algumas instalaes comerciais, demonstrando que as moradias do bairro no se restringiam apenas s classes mais
abastadas ? e que, tambm, o bairro no era exclusivamente residencial. Outro aspecto digno de nota, verificado nos
pareceres dados aos pedidos de licena para obras particulares, a atuao do poder pblico no que diz respeito
observncia aos preceitos higienistas nas construes, assim como a exigncia de extrema consonncia ao Cdigo de
Posturas Municipal, o qual padronizou as obras feitas na cidade.
Concluses
Apesar da pesquisa ainda no estar concluda, j se pode perceber que o advento do bairro Campos Elseos, dentro
do contexto urbano da capital, retrata a grande efervescncia pela qual passou a cidade durante o perodo estudado. Antiga
regio de chcaras, a rea do bairro passava por um intenso processo de metamorfose durante o final do sculo XIX,
representando uma parcela da expanso da mancha urbana do municpio para o lado oeste, a qual se dava de acordo com
os anseios modernizadores dos tcnicos da poca. Como um dos primeiros bairros ?nobres? de So Paulo, Campos
Elseos tambm simbolizou uma sensvel mudana nas tcnicas de construo na cidade, j que se pode verificar o
momento histrico em que a alvenaria de tijolos passou a substituir o uso da taipa de pilo (tcnica remanescente da poca
colonial). Partindo do princpio de que a memria urbana reside, tambm, na documentao que se faz do ambiente urbano,
inventariar as transformaes desse bairro, portanto, consiste numa tarefa de suma importncia para histrica.
Referncias Bibliogrficas
BRANQUINHO, Evnio dos Santos. Campos Elseos no centro da crise: a reproduo do espao no centro de So
Paulo. Tese de doutorado. So Paulo, FFLCH-USP, 2007.
MARINS, Paulo Csar Garcez.. Um lugar para as elites: os Campos Elseos de Glette e Nothmann no imaginrio
urbano de So Paulo. In: PEIXOTO, F. (Org.) ; LIRA, J. (Org.) ; SAMPAIO, M. R. A. (Org.) ; LANNA, A. L. D. (Org.) . So
Paulo, os estrangeiros e a construo das cidades. So Paulo: Alameda, 2011. v. 1. 690 p.
REIS FILHO, Nestor Goulart. Campos Elseos: a casa e o bairro. A tecnologia da construo civil em 1900. So
Paulo: Secretaria da Cincia, Tecnologia e Desenvolvimento Econmico, 1991.
Participantes:

Orientador: Fernando Atique

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria
Autor: Mayra Vanessa Villca Troncozo
Ttulo: Histria, Fico e Representaes da Nao Boliviana em Soledad, de
Bartolom Mitre
Palavras-Chave: Bartolom Mitre, Bolvia, Nacionalismo, Literatura
O projeto pretende analisar o romance Soledad, de Bartolom Mitre, partindo da premissa de que a obra foi
importante para a afirmao e consolidao da identidade nacional boliviana. A obra ambientada no perodo
ps-independncia (1826) no Alto Peru, atual Bolvia, mas ela foi escrita em 1847, aps o fim da Confederao
Peru-Boliviana (1835-1839). Nossa hiptese principal que, aps o trmino da unio entre o Peru e a Bolvia, era essencial
reafirmar a identidade boliviana em oposio peruana, legitimando assim o novo governo. Nesse sentido, o romance de
Mitre contribui neste projeto poltico pois recuperou o contexto ps-independncia, tido como inaugural, para ele, da
identidade boliviana.
Assim, partindo da leitura do romance, buscaremos analisar as representaes da nao boliviana e sua relao
com o projeto poltico dominante no contexto de produo da obra. Dessa forma, utilizando uma produo literria,
procuraremos contribuir para o estudo da formao da identidade nacional boliviana.
Nas representaes da nao boliviana presentes no romance Soledad, Mitre estabelece uma dicotomia entre o
passado colonial e os primeiros anos de histria independente. Por meio delas, percebemos quais so as vises do autor
para cada perodo e em que projeto poltico ele se insere. sobre isso que tratar esta comunicao.
Participantes:

Discente: Mayra Vanessa Villca Troncozo

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria
Autor: Michele Aparecida Siqueira Dias
Ttulo: Dimenses do Morar Moderno em Guarulhos: A Trajetria do Conjunto
Habitacional Zezinho Magalhes Prado, CECAP (1966 - 1972)
Palavras-Chave: Histria de Guarulhos; Histria da Habitao; CECAP; Conjunto Habitacional Zezinho M
A cidade de Guarulhos a partir dos anos 1940 comea a vivenciar um incremento no seu processo de urbanizao
devido ao grande aumento de seu parque industrial e populacional. nesta conjuntura que a autarquia CECAP ? Caixa
Estadual de Casas para o Povo - elabora, em 1966, o Conjunto Habitacional Zezinho Magalhes Prado, projeto que marca
o processo de modernizao da cidade e prope um diferencial na habitao social do estado.
Proposto por arquitetos expoentes da arquitetura moderna, Joo Batista Vilanova Artigas, Fbio Penteado e Paulo
Mendes da Rocha, que formaram, junto CECAP, um escritrio para desenvolvimento do projeto de habitao social que
visava a estruturao de ?uma cidade dentro da cidade?, onde alm de 10.560 unidades habitacionais para uma populao
de 55.000 moradores, em edifcios de trs andares, organizados em freguesias, visava-se a construo de oito grupos
escolares, trs ginsios, escola industrial, hospital geral, pronto socorro, ambulatrio, centro de sade, estdio, dois
cinemas, hotel, comrcio prprio, igreja, clube, entreposto de abastecimento, caixa dagua e gasmetro. Os
apartamentos, projetados para os futuros habitantes, se adaptavam ao tamanho da famlia com suas plantas livres, que
permitiam a flexibilidade dos cmodos, e com equipamentos essenciais ao lar, como geladeira, fogo e mobilirio embutido,
pelo escritrio desenvolvidos, que se adaptavam estrutura do apartamento.
Todo o projeto visava montar um conjunto habitacional autossuficiente e que, alm de compor todos os
equipamentos pblicos e privados que eram necessrios para a vida urbana, tambm reforava os laos da vida
comunitria pela utilizao coletiva dos equipamentos pblicos e pela sociabilidade imposta pela organizao das
freguesias e dos espaos de convivncia.
A ideia de elaborao de um projeto habitacional deste porte foi considerada invivel pela direo do BNH ? Banco
Nacional de Habitao, recm-criado pelo governo depois de um perodo de crise de moradias. Na apresentao do projeto,
o BNH liberou apenas a construo de 480 moradias, causando o recalculo da obra.
Em 1972, quando os primeiros blocos foram entregues, uma nova dimenso, no apenas fsica, mas conceitual,
alterava o projeto: a falta de estrutura e lazer faziam com que os novos moradores da rea passassem pelos mesmos
problemas que qualquer morador de rea perifrica. Ao longo do processo, o projeto idealizado por Artigas, Fbio Penteado
e Paulo Mendes da Rocha fica mais distante de ser concretizado. Das oito freguesias projetadas, apenas quatro foram
construdas, totalizando 62 blocos e 3.720 unidades habitacionais, o bloco de comrcio, o centro de sade e o centro
comunitrio foram os nicos equipamentos pblicos construdos.
Esta pesquisa tem estudado os aspectos da implantao e os percalos do Conjunto Zezinho Magalhes Prado em
Guarulhos, tendo como recorte o perodo compreendido entre 1966 e 1972 ? da proposta do conjunto habitacional, iniciada
com o ento presidente da CECAP, Jos - ?Zezinho? - Magalhes Prado at a instalao dos primeiros moradores, em
1972, para assim compreender o processo de desenvolvimento do projeto para a rea escolhida, as caractersticas
arquitetnicas do mesmo, e os impasses que levaram construo de apenas uma parte do projeto e estudar a apropriao
do espao pelos moradores, para entender se a populao aceitou e compreendeu o projeto moderno de Vilanova Artigas,
Fbio Penteado e Paulo Mendes da Rocha que oferecia uma nova maneira de habitar.
Participantes:

Orientador: Fernando Atique

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria
Autor: Otvio Aparecido Izola Jnior
Ttulo: Conhecimento, integrao e cidadania: estratgias educacionais e participao
poltica da comunidade muulmana de Guarulhos.
Palavras-Chave: Muulmanos - Isl - Guarulhos - Religio
O objetivo desta pesquisa foi analisar como se do os processos educacionais de formao religiosa e integrao
comunitria da Sociedade Beneficente Muulmana de Guarulhos. A pesquisa derivada de um projeto maior da Doutora
Patrcia Teixeira Santos, este que visa estudar os projetos desenvolvidos pelas instituies islmicas apoiadas pelo governo
da Repblica do Sudo e suas aes educacionais e proselitistas em Angola e no Brasil, no perodo de 2002 a 2008.
Foi analisada uma extensa produo bibliogrfica terica e de material para educao, divulgao e converso, tanto
brasileira quanto portuguesa, de novos muulmanos. A inteno foi identificar como se do os esforos de traduzir o isl
para os contextos nacionais e locais, no caso brasileiro fazendo um parelelo com o caso portugus, onde as tentativas so
transmitidas atravs do idioma local para as comunidades, que no tem uma forte representatividade da comunidade
islmica no pas, identificando assim, semelhanas e diferenas no processo de educao da religio islmica, tanto para
os descendentes de muulmanos quanto para os convertidos brasileiros.
Diante disso, a meta analisar o processo educacional de novos membros da comunidade islmica e tambm da
formao de lideranas religiosas, processo de formao que feito no prprio pas no Instituto Latino Americano de
Estudos Islamicos, em Coritiba, e apoiado pelo Governo do Sudo, como explica Patrcia Santos. E verificar as dimenses
locais e globais do sentimento de pertencimento de uma comunidade transnacional da religio muulmana, comunidade
esta que na cidade de Guarulhos encontra forte representatividade social e poltica, visto que a comunidade de Guarulhos
tem um cemitrio prprio para os ritos fnebres.
Importante verificar que h um aumento da converso de brasileiros ao Islamismo, o que motivou querer entender a
motivao dessa busca de uma identidade Islmica. Podemos assim analisar quais as estratgias educacionais e a
participao poltica da comunidade muulmana de Guarulhos e qual o seu papel neste fenmeno de converso de
brasileiros a uma nova religio que difere da grande maioria crist brasileira e qual a identificao que estes brasileiros
convertidos encontraram com o islamismo. Importante ressaltar que a comunidade de Guarulhos tem a grande maioria de
seus membros vindos de descendncia rabe, e que a quantidade de convertidos, mesmo que pequena se comparada com
os descendentes, vem crescendo com este trabalho de divulgao e formao de Imans brasileiros.
Participantes:

Discente: Otvio Aparecido Izola Jnior

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria
Autor: Paola da Silva Pascoal
Ttulo: INVESTIGAO SOBRE A CONSTITUIO DE UMA ?CULTURA MARAJOARA"
NAS ARTES VISUAIS E NA ARQUITETURA POR MEIO DO ARQUIVO DE THEODORO
BRAGA
Palavras-Chave: Theodoro Braga, Arquitetura Marajoara, Arte Marajoara, Nacionalismo
Esta pesquisa procura encontrar elementos que favoream uma compreenso mais detida sobre certa ?cultura
marajoara?, que vicejou no Brasil na primeira metade do sculo XX, com especial destaque nas artes plsticas, grficas, na
cermica e na arquitetura.
A pesquisa debrua-se sobre a trajetria de Theodoro Jos da Silva Braga, elucidando sua relevncia e atuao
na arte e na arquitetura brasileiras da primeira metade do sculo XX.
Theodoro Jos da Silva Braga nasceu em Belm do Par no dia 08 de junho de 1872 e faleceu em So Paulo em
1953. Foi Advogado, professor, historiador, escritor, gegrafo e pintor. Mudou-se logo sedo para fazer seus estudos de
pintura no Rio de Janeiro e posteriormente para So Paulo, participou de inmeros sales de arte da dcada de 1920, nos
quais apresentou ?uma srie de projetos e prottipos de natureza diversificada, como colunas, vasos, tapetes, xales ou
elementos tipogrficos, aproveitando motivos da flora da Amaznia (vitria-rgia, aet, orqudea, e lrios amaznicos, etc.),
bem como dos grafismos dos ndios marajoara ou dos que habitaram outrora o rio Cunani, no Amap? (VALLE, 2008, p.7).
De acordo com Edilson da Silveira Coelho, ?Theodoro Braga reflete sua postura de pesquisador paciente, metdico
e sistemtico e se coloca entre os principais nomes da historiografia da arte brasileira da primeira metade do sculo XX?,
mas segundo Andr Cozzi, alega que essa imagem frequente de que Theodoro Braga era um pintor comportado, sempre
calmo e resignado, no condiz com o que pretendia realmente, que seria uma ?Livre expresso fundamentada no rigor de
estudo preliminares de matemtica e geometria, no na subjetividade psicologizada?.
A inteno de Theodoro Braga era criar objetos decorativos com inspirao em elementos nacionais visando
enraizar uma ?herana comum? na essncia das criaes artsticas brasileiras atravs de uma memria nacional capaz de
afastar qualquer estrangeirismo, causando, assim, uma identificao nacional. O projeto de Theodoro Braga era articular a
sociedade em torno de um desenvolvimento artstico alternativo, e para tanto a arte decorativa seria a melhor maneira de
articular toda uma sociedade, seria o elemento unificador da nao.
Para melhor compreender os objetivos de Theodoro Braga necessrio compreender o que de fato foi essa
cultura marajoara. A antiga civilizao que ocupou a atual Ilha de Maraj, no Par, despertou grande interesse nos meios
intelectuais e artsticos brasileiros desde o sculo XIX, mas com especial destaque, nas dcadas de 1920 e 1930. A
possibilidade de se valer de cultura material de tal povo na constituio de uma expresso artstica ?genuinamente
nacional? animou parte importante dos pensadores da regio Norte do Brasil, mas tambm dos Estados do Rio de Janeiro e
So Paulo.
Tomada como uma fonte vlida para a combinao entre modernizao e nacionalismo, os grafismos marajoaras
foram adaptados das cermicas encontradas por arquelogos ligados ao Museu do Par, atual Emlio Goeldi, nas
composies grficas da imprensa seriada, nos ornamentos domsticos (de bordados a louas) e na produo
arquitetnica. Como pontuou o historiador da arte Arthur Valle, ?tal precedente cultural autctone logo se tornaria
fundamental para o desenvolvimento de uma conscincia nativista entre os artistas e intelectuais nacionais? (VALLE, 2008,
p.6)
Na arquitetura inspirada pelo estilo marajoara possvel detectar tramas geomtricas, labirnticas, altos e baixos
relevos, as estaturias e os edifcios batizados como nomes indgenas. O mesmo acontece com as decoraes das casas,
que so tomadas por objetos, mveis, luminrias, tapetes, enfim, tudo aos quais se pudessem imprimir os desenhos
marajoaras.
Para Theodoro Braga em seu texto Por uma arte brasileira ?A arquitetura, arte por excelncia, escrnio de todas as
outras artes, melhor que todas elas, poder, em todos os seus mnimos detalhes, como nos seus grandes conjuntos,
atravs da alma vibrtil dos seus apstolos abnegados, buscar na nossa natureza a linha, o gesto, o movimento, que
possam caracterizar a arte arquitetnica brasileira. Tudo em torno a ns sugere um movimento de so patriotismo: a linha
coleante de rptil, o esvoaar alegre de uma ave, a tranquilidade hiertica de uma orqudea, tudo nos impe as
caractersticas de um estilo e nos diro alguma coisa da alma brasileira?. (BRAGA, 1938, p. 20).
A Casa de Theodoro Braga, projetada por Eduardo Kneese de Mello em 1935, na qual toda a sua ornamentao
se referencia nos desenhos marajoaras. Theodoro Braga alm de ser um dos grandes defensores dessa linguagem e o
responsvel pelos motivos decorativos existentes na fachada de sua residncia.
Pede ainda aos arquitetos: ?Faamos obra nossa por e para ns mesmos; e aos arquitetos, mais do que a
qualquer outro artista, cabe delinear, em seus mnimos detalhes, o acabamento patritico de suas obras, sempre expostas
ao grande pblico, dando-lhes uma ornamentao que no se dispensa, que eduque, pela execuo plstica, o esprito
popular, integrando-o no ambiente em que vive. Faamos obra nossa, Brasileira?.
Para o desenvolvimento desta pesquisa foram analisadas 90 caixas do fundo Theodoro Braga, permitindo assim,
a configurao de Planilhas Descritivas de Contedos, que tentam organizar os documentos encontrados neste fundo, a
produo literria e a de artes plsticas, assim como a elaborao de uma cronologia alusiva ao personagem pesquisado. A
fase final dessa pesquisa tem por objetivo analisar tambm entre o perodo de 1920 e 1950 as revistas, Ilustrao Brasileira
e A Casa: revista de engenharia, arquitetura e arte decorativa, ambas do Rio de Janeiro e a revista Acropole : arquitetura,
urbanismo, decorao, de So Paulo, na tentativa de entender at que ponto os projetos de um cultura marajoara de
Theodoro Braga foram de fato propagandeados e assimilados pelo publico em geral e por especialistas.
Participantes:

Discente: Paola da Silva Pascoal

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria
Autor: Ricardo Egame da Silva
Ttulo: ?O Judeu Letrado?: as relaes das obras de Menasseh Ben Israel no meio
catlico anti-judaico Portugues (1640-1660)
Palavras-Chave: Judeu - Autos-de-f - Menasseh Ben Israel
Os escritos no Portugal do sculo XVII, na poca da restaurao (1640-1668), possuem, como em todo perodo,
sendo estes sempre de transio, resqucios do perodo anterior e figurao do posterior (pseudomorfose); preocupaes
religiosas do medievo, expressas no profetismo e preocupaes em relao ao capital financeiro e poltica externa, do
perodo pombalino. o objetivo da pesquisa mapear tais resqucios nos escritos anti-judaicos portugus, levando em
considrao as relaes com os argumentos filosemticos, de Menasseh e Vieira.
Participantes:

Discente: Ricardo Egame da Silva

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria
Autor: Rosvio de Lima Silva
Ttulo: "A (re)inveno do nordeste em So Paulo": Centro de Tradies Nordestinas
(CTN), uma perspectiva de territrio migrante (1990-2000)
Palavras-Chave: So Paulo Identidade territrio Nordestino
Durante a dcada de 90, a presena nordestina em So Paulo explicitou vrias questes e problemas referentes
sua relao com a cidade. Tempo de refluxo migratrio (Nordeste-Sudeste); momento de embates polticos; desemprego;
exacerbao de preconceitos, etc.; a eleio de Luiza Erundina, de certa forma, catalisou essas dimenses. Erundina
assumia a prefeitura da maior cidade do pas e sofreu constantes ataques a sua pessoa e origem. Em contra partida, temos
nesse perodo, a proliferao de espaos culturais especficos, nos quais que a presena nordestina foi positivada, dentre
eles o Centro de Tradies Nordestinas (CTN). Este projeto de pesquisa visa analisar como o CTN, se constituiu e se
consolidou num espao identitrio dentro da metrpole paulistana entre 1990 e 2000. A anlise do CTN abre a perspectiva
para a compreenso de sua importncia em relao sociabilidade de muitos nordestinos presentes na cidade de So
Paulo e, portanto, enquanto territrio no qual o nordeste reinventado.
Participantes:

Discente: Rosvio de Lima Silva

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria
Autor: Talita de Jesus Noronha Sanchez
Ttulo: No Trao dos Sonhos: as representaes visuais onricas no discurso
proftico-imagtico de Flix da Costa. Portugal. Sculo XVII.
Palavras-Chave: Flix da Costa, Sebastianismo, Gramtica Visual
Nossa pesquisa analisar as ilustraes de Flix da Costa (1639-1712) em sua interpretao do sonho de Esdras,
no manuscrito "Exposio do XI, XII, & XIII captulos do IV. livro do Propheta Esdras" (1687). Ao estudar essa obra,
pretendemos refletir sobre o lugar das imagens de sonho na gramtica visual proftica em Portugal no sculo XVII. Para
tanto colocaremos as imagens de Flix da Costa em dilogo com outras produes que lhe eram coevas, a fim de mapear a
utilizao dessa gramtica visual ? que, em alguma medida, estava presente na composio das produes literrias e
visuais do imaginrio lusitano nos seiscentos. Alm disso, procuramos indicar como as imagens deste manuscrito se ligam
s esperanas (talvez polticas) do autor em relao vinda do Encoberto, garantindo assim a autonomia e expanso do
reino portugus.
Participantes:

Discente: Talita de Jesus Noronha Sanchez

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria
Autor: Thamirys Gnova da Silva
Ttulo: ?The learned Jew?: as leituras das obras de Menasseh Ben Israel no meio
protestante ingls (1650-1664)
Palavras-Chave: filossemitismo, readmisso, judeus, protestantes, Inglaterra
Este projeto de Iniciao Cientfica pretende tratar da recepo das obras do rabino Menasseh ben Israel por
protestantes na Inglaterra durante o desenrolar da Revoluo Inglesa.Pretende-se investigar a recepo das obras The
Hope Of Israel (1650), Humble Addresses (1656) e Vindiciae Judaeorum (1656), traduzidas para o ingls, entre os
protestantes milenaristas ingleses,realizando um levantamento de obras escritas na Inglaterra entre 1650 e 1664 que
contenham respostas e referncias aos trabalhos do rabino. A proposta busca fazer um balano da recepo destes
trabalhos, identificando como a prevalncia ou no de respostas positivas ("filossemitistas",na concepo de David S. Katz)
influenciou o processo de readmisso dos judeus na Inglaterra e,mais do que isso, se houve eco nas concepes profticas
e providencialistas nos anos da Revoluo. Para tanto, sero feitas pesquisas nas bases de fontes on-line EEBO (Early
EnglishBooks Online), Biblioteca Rosenthaliana, entre outras.
Participantes:

Orientador: Lus Filipe Silvrio Lima

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria
Autor: Vanessa Alves de Lima
Ttulo: Santa Ifignia: embates entre o esquecimento e a preservao
Palavras-Chave: Histria de So Paulo, urbanismo, arquitetura, patrimnio
O presente trabalho prope o levantamento sobre as transformaes espaciais do bairro de Santa Ifignia entre os
sculos XIX e XXI. Santa Ifignia foi um dos primeiros pontos de expanso da cidade de So Paulo, acompanhou diferentes
ritmos de evoluo urbana e j chegou a ser um dos bairros de maior densidade populacional. Atualmente o bairro objeto
de intervenes em nome de um plano de melhoramentos para o centro de So Paulo: o Projeto Nova Luz. Tendo em vista
a histria do bairro, as transformaes j sofridas e os processos atuais nos quais ele est inserido, que visam uma nova
forma de apropriao daquele espao, o que pode acarretar em potencial perda do seu patrimnio, torna-se necessrio um
estudo sobre o perfil das primeiras ocupaes e habitaes daquela regio.
Para o desenvolvimento do presente trabalho fizemos uma intensa pesquisa no acervo documental de Obras
Particulares do Arquivo Histrico Washington Lus, da prefeitura do municpio de So Paulo. Atravs do levantamento
desses registros iconogrficos e documentais, sobre as edificaes do bairro, tnhamos como objetivo ?reconstituir? as
construes originais das ruas que formam o escopo de Santa Ifignia, recompondo a situao do bairro em dois momentos
distintos: 1893-1921 e 2012. Realizada essa etapa, foi efetuado um levantamento de inmeras informaes apresentados
na documentao levantada, dos logradouros das ruas que compem o bairro. A tabulao dos dados evidenciou o olhar
para examinar: os principais materiais utilizados nas construes, os principais construtores, os moradores com um grande
nmero de casas no bairro, a presena ampla de um comrcio diversificado e a mudana na legislao nos permitiu
comparar os dois perodos descritos e verificar permanncias, modificaes espaciais e destruies recentes, garantindo,
dessa forma, examinar a preservao de seu patrimnio arquitetnico e urbano e ainda, a constituio de um inventrio de
espaos daquela rea.
Atravs da anlise da documentao levantada referente as obras particulares do acervo do Arquivo Histrico
Municipal, a leitura de uma srie de reportagens e bibliografia referentes ao assunto, nos possibilitou refletir sobre a
situao do bairro e suas transformaes na passagem do sculo XIX para o sculo XX. Notamos uma srie de aes que
nos possibilitam pensar a constituio do bairro em questo. Conhecido, sobretudo, por abrigar uma classe social menos
favorecida desde a sua constituio at a contemporaneidade, Santa Ifignia apresentada, a partir da documentao,
como um bairro que divide suas ruas com grandes casares, pequenas residncias, extensos cortios, armazns e
serrarias, construdos lado a lado. A heterogeneidade nas construes contribuiu para a conformao de um bairro que
abrigar ao longo de dcadas, uma mistura social, se constituindo como um espao que ser frequentado por diferentes
classes e padres sociais. Outro fator interessante e recorrente nos requerimentos e pareceres da documentao de obras
particulares so os preceitos higienistas e a configurao do Cdigo de Posturas Municipais. Ao analisarmos as plantas,
notamos que no decorrer das dcadas haver uma substancial mudana na forma de organizao dos espaos internos,
assim como das fachadas das residncias, isso ser efetuado, principalmente, por normas e posturas que foram
estabelecidas como um padro municipal a ser seguido, padronizando as obras realizadas no municpio de So Paulo.
Esse trabalho busca contribuir com a constituio de um panorama mais amplo sobre o bairro de Santa Ifignia, que
sendo uma das reas centrais da cidade, viu-se diversas vezes esquecido e abandonado, considerado decadente e
deteriorado. A atual perspectiva de sua configurao urbana est ameaada e por isso a nossa preocupao em registrar
esse espao da cidade, em busca de contribuir para a memria arquitetnica e urbana da cidade de So Paulo.
Participantes:

Docente: Fernando Atique

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria
Autor: Vanessa Neri Rodrigues
Ttulo: Humor em pginas de revista: olhares sobre a nao por meio das caricaturas
da Grande Guerra na Revista do Brasil (1916-1918)
Palavras-Chave: Caricatura; Primeira Guerra Mundial; Revista do Brasil
Introduo
O sculo XX fora o mais conturbados da histria contempornea e em seu bojo carregou acontecimentos que
marcaram definitivamente os rumos da humanidade. Agregam-se ao seu peso a construo dos nacionalismos, o raiar da
modernidade com os caminhos do progresso, o avano da cincia e, aliadas a tudo isso, as guerras mais devastadoras j
vistas pela humanidade.
Tais ideais foram disseminados das mais variadas formas e ganharam lugar especial na imprensa peridica. Os
intelectuais despontaram, nesse momento, como interlocutores engajados e comearam a buscar mais destaque. Eram os
agentes desse fluxo de mudanas. No caso brasileiro, esses intelectuais tinham as referncias europias, por um lado, e os
problemas locais, por outro. Esses pensadores formavam-se a partir desse repertrio de conceitos, prticas e
interpretaes polticas.
Construir um projeto poltico cultural era, em grande medida, responder a uma expectativa de Nao. A Nao, para
uma parcela da intelectualidade brasileira do incio do sculo XX, deveria ser reconhecida pelo mundo, mais precisamente
pela Europa.
A Revista do Brasil nascida em meados dos anos de 1910 revelou-se uma fonte privilegiada para a compreenso
dos impasses entre ideias divergentes no perodo. Um dos principais peridicos da Primeira Repblica, a Revista do Brasil
trouxe uma enorme contribuio, pois conseguiu reunir nomes representativos da poca e trouxe um contedo que tinha
como foco justamente questes que estavam ligadas a esse projeto de nao que tinham em mente os intelectuais desse
perodo.
A Revista do Brasil no estava alheia aos fatos em toda parte do globo, dentro deste projeto, relatou acontecimentos
como a Primeira Grande Guerra Mundial, que indicava para a transio das formas de pensamento e tambm colocava em
pauta, em diferentes partes do mundo, a questo dos nacionalismos e das vivncias coletivas.
Objetivos
Nesse sentido este projeto teve por objetivo compreender, por meio da seo Caricaturas do Mez da Revista do
Brasil, o papel das caricaturas sobre a Primeira Guerra Mundial, tentando identificar possveis dilogos entre os diferentes
cartunistas e como essas caricaturas foram lidas levando em conta o conjunto das caricaturas publicadas no peridico.
Buscou-se, nesse sentido, dar um lugar central as trajetrias das caricaturas nesse suporte e identificar qual(ais) a(s)
leituras que estavam sendo construdas, no Brasil,
sobre a Primeira Guerra. Nestas leituras, objetivou-se identificar
tambm uma matria subjacente sobre o prprio papel da nao brasileira naquele cenrio de conflito.
Revista de recepo mensal alcanou de 1916 a 1925 o nmero de 113 exemplares publicados. Seu objetivo era
propor debates amplos, retomar questes do passado, da cultura e da arte no presente, bem como informar sobre o cenrio
poltico internacional.
No que diz respeito a seo Caricaturas do Mz, se via a reproduo de ?(...) quatro a seis trabalhos selecionados
dentre os publicados na imprensa carioca e paulista, [a seo] ocupou [...] as pginas finais dos nmeros da revista.? ,
tambm mostrando um panorama do que era publicado nos principais peridicos, abordando assuntos de mbito pblico
tanto do cenrio nacional e internacional. Tais caricaturas, por sua vez, estavam voltadas para a apreciao do humor, bem
como para o compartilhando um forte contedo nacional.
A partir dessas vrias dimenses da caricatura tentamos compreender que vises sobre a guerra buscava-se
construir? Qual a carga atribuda a essas caricaturas, ao representarem, personificarem e satirizarem os protagonistas da
guerra e o prprio Brasil? Como a revista lidava com essa interface da poltica internacional e o que isso tinha a ver com os
projetos da Revista como um todo?
Metodologia
Para tal foi necessrio indexar, analisar e interpretar, em particular a seo Caricatura do Mz, em seus primeiros
anos, buscando identificar temas principais, e suas mudanas, acerca da prpria representao da guerra, personagens,
figuras principais e sua edificao ao longo das edies e na medida do possvel perceber os dilogos que eles
estabelecem entre si.
Resultados
Contabilizou-se, em trs anos, 140 caricaturas, reunidas de 15 peridicos diversos que circulavam nos cenrios
paulistas e cariocas. Caricaturas que podem ser divididas em seis grandes temas: Cultura brasileira, Poltica brasileira,
Economia brasileira, Poltica Externa, Primeira Guerra Mundial e Poltica brasileira.
Percebemos que o tema da Primeira Guerra toma destaque por ser predominante nos nmeros da Revista. Em
todas as pginas da seo, pelo menos uma imagem, se destinava a retratar o conflito mundial. O que resultou dentre as
140 imagem, 74 destinadas Grande Guerra.
Nesse sentido, a hiptese central deste trabalho que as caricaturas na Revista enceraram debates, por meio da
temtica da primeira guerra, que estavam principalmente preocupadas com o cenrio mundial suas implicaes e relaes
para com o Brasil e a construo de sua prpria nao.
Participantes:

Discente: Vanessa Neri Rodrigues

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria da Arte
Autor: Alessandra Cavalcanti Sales
Ttulo: Histria da Arte Para Crianas e Processos Criativos da Infncia
Palavras-Chave: Histria da Arte, Infncia, processos criativos
O objetivo do projeto atentou para os processos criativos das crianas e a instrumentalizao do ensino da histria
da arte na infncia, criando possibilidades de mediao entre a histria da arte e o fazer infantil. Uma das hipteses iniciais
do projeto previa a histria da arte no cronolgica na materialidade das obras e nas percepes visuais das crianas.
A pesquisa foi realizada com alunos de 2 e 5 anos da Escola Jeanete Beuchamp, em Guarulhos com a
observao dos professores de arte em suas aulas e realizao de aes planejadas na iniciao cientfica sobre prticas e
reflexes da histria da arte possveis para o encontro com as crianas.
A coleta de desenhos sugeriu a repetio de temticas e elementos grficos, com tendncia a criao de
esteretipos de gnero. Tambm foram observadas muitas produes a partir de referncias de filmes norte-americanos e a
ausncia de figuras humanas no caucasianas nos desenhos.
Nossos resultados sugerem que os alunos internalizam regras e conceitos de temas e modos de desenhar que
sero aceitos pelos colegas e pela escola (modus operandi), limitando suas possibilidades de criao. O ensino de histria
da arte na atividade com colagens assinala para o necessrio incentivo criao de repertrio, com atividades que
proporcionem contatos alm do ambiente rotineiro das crianas.
Participantes:

Orientador: Betania Libanio Dantas de Araujo


Discente: Alessandra Cavalcanti Sales

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria da Arte
Autor: Edy Carlos Leite da Silva
Ttulo: Apropriaes na obra de Len Ferrari: ambiguidades poltico-religiosas
Palavras-Chave: Arte e Poltica, Arte contempornea, Arte latino-americana, Len Ferrari, Fotomontage
Len Ferrari um artista contemporneo argentino conhecido por suas polmicas obras que criticam o poder e a
ideologia crist ocidental. Entre seus vrios trabalhos, a srie "Releituras da Bblia", aqui estudada, uma mostra de seu
carter questionador e autntico num sistema de artes aparentemente livre, mas envolto em uma sociedade ainda fiel aos
costumes, s tradies e s ideologias da igreja catlica. Seu carter provocador est justamente no encontro entre obras
de arte sacras, ou imagens de homens santos, associadas a desumanas atrocidades cometidas por famosos sistemas
polticos da sociedade atual, como o nazismo.
O artista um exemplo de resistncia frente ditadura de seu pas e isso cooperou para que suas obras fossem
gradativamente afirmando o conluio entre Religio e Estado. Dessa forma, a relao entre Arte e Poltica a chave central
de sua defesa visual-comunicativa, gerando, assim, um hbrido de Arte e Comunicao, conforme relato de Andrea Giunta.
As apropriaes imagticas de Ferrari so sobreposies a partir de imagens de conhecimento pblico. Na obra
"Anjo apocalptico", por exemplo, o artista utiliza-se de uma fotografia histrica do contexto de guerra e aplica sobre ela um
anjo tocando trombeta, um elemento do imaginrio cristo. Assim, a ambiguidade que se produz um jogo entre a crtica
igreja catlica com suas conexes polticas e a arte. A igreja seria omissa e conivente aos absurdos gerados pelos
infortnios polticos de regimes totalitrios.
Nessa pesquisa, tambm, as obras de Len Ferrari lembram as de John Heartfield, conhecido como o "pai da
fotomontagem". A conexo entre eles reside no carter crtico e associativo do nazismo igreja catlica, alm da forma
comunicativa de arte. Seus trabalhos esto alm das propostas informativas de carter denunciativo. Buscam evidenciar o
comprometimento poltico da arte em razo da religiosidade e denunciar o grau de omisso da igreja diante dos horrores de
um momento to crtico e questionvel na histria da humanidade. A comparao entre ambos justificvel por tratarem
dos mesmos temas e se utilizarem do mesmo mtodo artstico - a montagem. Para tanto, Dawn Ades nos serviu de base
para entendermos a produo crtica de sentidos na linguagem atravs da fotomontagem.
A utilizao dessa tcnica aplicada ao tema da religio e poltica permitiu aos artistas uma associao livre entre as
imagens. A guerra e a religio no estariam conectadas seno pela ousadia de Len Ferrari e John Heartfield.
A anlise das obras da srie em questo baseou-se na ideia da apropriao reprodutvel da obra de arte, como bem
defendeu Walter Benjamin, e foi aplicada aos conceitos de macrorrede e microrrede, encontrados na arte contempornea,
como aponta Anne Cauquelin. Alm disso, as justificativas de Andrea Giunta foram fundamentais para a compreenso das
apropriaes de Len Ferrari na srie "Releitura da Bblia". Em suas fotomontagens, h o encontro de um discurso mltiplo
e totalmente significativo. O contedo de cada obra altamente expressivo, e suas imagens dispensam palavras. , na
verdade, uma prerrogativa do artista como produtor da contemporaneidade ocidental.
evidente, ento, que Len Ferrari opta por questionar o lugar da Religio e do Estado vigentes e suas implicaes
num momento altamente intolerante. Seu trabalho constitui uma representao politicamente engajada nas artes plsticas
da atualidade, o que lhe confere constantes revoltas e manifestaes de fieis catlicos resultando na censura aos seus
trabalhos e exposio dos mesmos. Trata-se de um artista disposto a questionar o sistema vigente e a se opor a ele,
promovendo uma verdadeira luta contra as imposies de uma cultura ocidentalizada repleta de preconceitos e amarras.
Sua obra nos faz repensar sobre a liberdade pregada e a liberdade efetivamente adquirida pelos cidados
latino-americanos.
Participantes:

Docente: Virgnia Gil Arajo


Discente: Edy Carlos Leite da Silva

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria da Arte
Autor: Itacira Tain de Arago Fernandes
Ttulo: A Vila Ferroviria de Paranapiacaba e a gesto do patrimnio urbano tombado
Palavras-Chave: Patrimnio Ferrovirio, Paranapiacaba, Preservao,Turismo, Memria, Gesto Pblic
Este projeto visa analisar o processo de patrimonializao da Vila Ferroviria de Paranapiacaba (Santo
Andr / SP), com enfoque para as consequncias geradas na vida dos moradores e na preservao do patrimnio urbano
aps os tombamentos nos nveis municipal, estadual e federal. O intuito central analisar como vem acontecendo a gesto
desse patrimnio aps os tombamentos, por parte da Prefeitura Municipal de Santo Andr e dos rgos de preservao, e
qual a interferncia da tutela oficial e das regulamentaes de preservao na vida cotidiana da populao local.
Com a desativao do sistema funicular e a limitao do transporte de passageiros, a partir da dcada de
1980, a Vila foi aos poucos perdendo contato com a rotina do trabalho vinculado via frrea. A identificao da Vila como
patrimnio cultural e os tombamentos, por outro lado, conferiram novas vocaes ao local, sobretudo tursticas, fato que
provocou alteraes drsticas em sua rotina. Muitos moradores se mudaram devido ao aumento excessivo de impostos
cobrados pela Prefeitura Municipal de Santo Andr e, aqueles que permaneceram, tm acompanhado a transformao das
atividades cotidianas frente ao turismo, bem como as dificuldades para atender as regulamentaes voltadas manuteno
dos bens imveis.
Com isso, hbitos culturais dos moradores esto desaparecendo. Devido s restries, festas tradicionais
que uniam toda a vila no clube ferrovirio, por exemplo, foram substitudas por programaes voltadas aos turistas, como
festivais e eventos musicais, alm das atividades de ecoturismo. Esse modelo de gesto, em vez de fortalecer os laos de
pertencimento dos moradores com o patrimnio habitado, em muitos casos tem provocado o efeito inverso, como a
degradao material da Vila e o desaparecimento de hbitos tradicionais que deveriam ser cultivados como parte desse
patrimnio. Essa pesquisa, portanto, visa apontar essas incoerncias na gesto do patrimnio tombado e investigar os seus
porqus. Nesse percurso, buscaremos evidenciar que os elementos que compem um patrimnio urbano vo alm da
matria construda e os mecanismos de gesto devem compreender essa dinmica, atentando para as necessidades das
comunidades locais e para a valorizao de suas tradies e memrias.
Participantes:

Orientador: Manoela Rossinetti Rufinoni


Discente: Itacira Tain de Arago Fernandes

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria da Arte
Autor: Klency Kakazu de Brito Yang
Ttulo: Artistas, artfices, oficiais mecnicos a sobreposio das tarefas na Arte
Brasileira Colonial.
Palavras-Chave: oficiais mecnicos, arte barroca, arte colonial
ARTISTAS, ARTFICES, OFICIAIS MECNICO ? A SOBREPOSIO
COLONIAL
Aluna: Klency Kakazu de Brito Yang
Orientadora: Prof Dr Angela Brando
Universidade Federal de So Paulo, Departamento de Histria da Arte

DAS

TAREFAS

NA

ARTE

BRASILEIRA

A presena de artfices, artistas, oficiais mecnicos no Brasil colonial foi importante para a produo de todo tipo de
bens para a vida cotidiana dos habitantes, estes mestres produziam artigos para complementar ou substituir o que era
trazido de Portugal ou mesmo aquilo que no era possvel trazer.
Minas Gerais era uma regio montanhosa distante do litoral. A distncia e a dificuldade do transporte faziam com
que seus habitantes encontrassem solues nas matrias primas e mo de obra locais. Suas vilas possuam na igreja um
importante ponto de interao social e religiosa da comunidade, e ali se manifestavam os diversos ?fazeres? artsticos e
artesanais.
A partir dos anos de 1920, com a Semana de Arte Moderna e o primeiro Centenrio da Independncia do Brasil,
acentuou-se a busca por uma identidade nacional que pudesse representar um ideal nacionalista de autenticidade esttica,
um redescobrimento do Brasil (MACHADO, 1969, p.20) por meio da arte e da cultura.
Os intelectuais modernistas elegeram as artes e a arquitetura mineiras como verdadeiros exemplares da nossa arte:
consideram os fatores histricos culturais; a localizao geogrfica entre montanhas, distante da influncia estrangeira dos
portos; a miscigenao da populao, ?laicizao do culto religioso em funo da interdio das ordens regulares na
regio? (OLIVEIRA, 2001, p.147). A partir dos anos 1930, o SPHAN, atual IPHAN ? Instituto do Patrimnio Histrico
Nacional, entendeu o barroco da regio de Minas Gerais como possuidor de caractersticas prprias, que o diferenciavam
da metrpole, o termo ?Barroco Mineiro? cunhado e discutido por Lourival Machado (1969), na dcada de 1940, termo
este que passou ser sinnimo de arte sacra da regio.
O ano de 1937 marca o nascimento do SPHAN, tendo como fundador e primeiro diretor Rodrigo de Mello Franco de
Andrade.
Mrio de Andrade trabalhava como colaborador no anteprojeto da criao da repartio (MARTINS, 1987), foi
quando Judith Martins entrou para o grupo de pesquisadores da instituio..
Rodrigo Andrade era um chefe estudioso e dedicado. Exigia de seus subordinados o mesmo, incentivava o estudo e
a pesquisa. Judith Martins compilou verbetes, citaes e documentos referentes aos artistas, artfices e oficiais mecnicos
que atuaram em Minas Gerais nos sculos XVIII e XIX (MARTINS, 1974) publicando um dicionrio sobre estes artesos que
foi tomado como a base desta pesquisa de Iniciao Cientfica.
A pesquisa buscava no Dicionrio de Judith Martins os ofcios que eram praticados nestas Minas Gerais dos sculos
XVIII e XIX e procurava estabelecer relaes entre os dados, anotaes e verbetes para desenvolver um banco de dados
que permitisse ver estas informaes por diferentes ngulos, que favorecesse a futuras pesquisas em Histria da Arte.
Os dados apresentados no dicionrio foram divididos, para efeito desta Iniciao Cientfica em: sobrenome, nome,
atividade (ofcio), matria prima, ano (da atividade/do documento/do dado), cidade, local, obra, valor (quando houvesse),
perodo (quando tempo durou), anotaes1 (duplicidade de atividade), anotaes 2 (duplicidade de valor).
Foi possvel gerar uma planilha, em formato Excel, com estes dados de modo que separados por colunas, alinhados
por diferentes focos de interesses, pudesse criar novas informaes por ?tabelas dinmicas?, que datam, somam, separam
por perodos, por locais, por ofcios, por matrias primas.
J nesta primeira etapa do trabalho pudemos constatar e localizar alguns oficiais que transitavam entre diferentes
ofcios, que eram canteiro/pedreiro, carpinteiro/marceneiro, carpinteiro/pedreiro, dourador/pintor; alguns transitavam entre
ofcios de diferentes matrias primas como carpinteiro (madeira) e pedreiro (pedra), mostrando habilidades e
conhecimentos tcnicos com diferentes instrumentos e materiais.
Em Portugal, as atividades dos oficiais mecnicos e suas relaes entre os diversos ofcios e oficiais eram
controlados por regras estabelecidas por um regimento que norteava a produo artstica e qualidade produzida, bem como
as regras para que se ingressasse dentro de cada ofcio.
O ?Livro dos Regimentos dos Officiaes mecanicos da mui nobre e sempre leal cidade de Lixboa (1572)? (CORREIA,
1926) apresenta as relaes estabelecidas entre os oficiais, o nmero mnimo de aprendizes permitido por cada oficial
dentro de sua loja, o que o solicitante precisa produzir no exame de ofcio para ser julgado pelo juiz, os valores de multas e
taxas a serem pagas, e mais regras pertinentes a cada ofcio.
Dentre os muitos ofcios que este regimento apresenta foram elencados os que dialogavam com os ofcios que
Judith Martins apresentava em seu dicionrio e os que dialogavam com a arte material, a arte feita para durar (a arte
efmera e festiva barroca, no foi contemplada neste trabalho, e nem os oficiais que a realizavam), elencado os ofcios,
segue a tentativa de descobrir o que era necessrio para se tornar um mestre em seu ofcio.
Assim uma nova tabela foi criada contemplando: ofcio (ourives, lapidrio, batifolhas, douradores, picheleiro, latoeiro,
serralheiro, guadamecilheiro, pintor, pedreiro, taipeiro, carpinteiro, torneiro, oleiro); matria-prima; peas (se produz algum
objeto especfico); objeto de exame de ofcio (peas produzidas para a aprovao no exame de ofcio); Santo (relao entre
o ofcio e a devoo crist); questes do ofcio (alguma informao relevante); equipamento (do ofcio). O Dicionrio
Bluteau (1728) (o primeiro da Lngua Portuguesa, do sculo XVIII) foi til para solucionar as distncias temporais e elucidar
grandes lacunas em termos de definies dos termos.
Por este levantamento, foi possvel perceber que os exames de ofcio eram algo muito minucioso. Exigiam do
candidato a disponibilidade de material e ferramentas para executar as peas, muitas destas peas deveriam levar dias
para serem concludas. As peas exigiam que o candidato mostrasse toda a sua habilidade e domnio da tcnica e matria
prima na confeco dos objetos solicitados, que eram cheios de detalhes pr-estabelecidos, mas que exigiam do candidato
que este tivesse um senso criativo e esttico apurado que pudesse agregar a pea seu valor pessoal, isso tambm era
parte do exame.
Os ltimos documentos pesquisados foram as reprodues digitais do Arquivo Histrico da Cmara de Mariana,
Fundo Cmara Municipal de Mariana, conservado junto ao ICHS ? Instituto de Cincias Humanas e Sociais da Universidade
Federal de Ouro Preto, Tabela de Srie 2 Provises, Patentes, Sesmarias Posses e Ofcios e 2.3 Registro de Cartas de
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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria da Arte
Autor: Klency Kakazu de Brito Yang
Exame de Ofcio e Licenas: 5 de 1737 a 1821.
Das reprodues foram selecionadas as que continham os exames de ofcios, muitas das reprodues estavam
ilegveis, foram separadas trs cartas cujo contedo foi possvel de se fazer uma leitura.
Os trs documentos se tratavam de cartas de ofcio de ferreiro e nenhuma delas descrevia como foi o exame de
aprovao ou que pea foi confeccionada por este candidato a oficial de ferreiro. Era uma carta em que o juiz certificava
perante a quem podia interessar que o candidato havia se submetido ao dito exame e que estava apto para exercer a
funo e gozar de seus direitos como oficial de ferreiro, era especialmente uma carta de registro de ofcio.
Este estudo contemplou trs obras que tratam dos Ofcios Mecnicos no perodo colonial e o mtodo de trabalho foi
o de investigao documental, o primeiro foco foi o ?Dicionrio de Judith Martins? que a base da pesquisa e gerou as
questes sobre quais eram os oficiais mecnicos no Brasil colonial, como eram as relaes de trabalho destes oficiais,
sobretudo no que se refere a Minas Gerais, onde existiu tanto uma riqueza de produo artstica barroca como uma
particular ateno por parte dos rgos de proteo do patrimnio, muitos oficiais passaram por estas terras e deixaram
suas marcas.
O segundo foco foi ?O Regimentos dos Oficiais Mecnicos de Portugal?, entender a relao entre o juiz de ofcio e o
candidato a oficial mecnico, como era seu exame e o que era solicitado a este artfice, que peas ela tinha que produzir. O
terceiro foco foram as ?Cartas de Exames de Mariana?, que visava a transferncia do Regimento portugus para o Brasil e
sua prtica, parcial ou integral, como era o exame no Brasil colonial, como era a prtica e a relao entre o juiz e o
candidato a oficial.
Com base nesta pesquisa foi possvel perceber que:
? pelo estudo do material do Dicionrio de Judith Martins, existe sobreposio de ofcios (um oficial examinado
poderia realizar trabalhos que no eram seus por direito); alguns dominavam mais de uma tcnica (trabalhavam com
diferentes matrias primas, e instrumentos, que dominavam conhecimentos diversos); possvel estabelecer dados
estatsticos com este material; possvel criar relaes entre os dados levantados, possibilitando novas investigaes.
? pelo estudo do ?Regimento dos Oficiais Mecnicos?, percebe-se que existia um alto grau de exigncia na
avaliao dos candidatos, que estes deveriam estar preparados para pagar o exame, possuir a matria prima e
instrumentos para realizar a prova que poderia durar dias, devido a dificuldade em produzir determinadas peas; o
candidato tinha que estar ?maduro? em sua tcnica e habilidade para conseguir realizar o que pedido no Regimento;
existe preocupao em preservar o ofcio de mal intencionados e falsificadores.
? pela leitura das cartas de ofcio selecionadas, percebeu-se que no existe descrio de peas realizadas pelos
examinados, no foi possvel constatar como eram os exames de ofcios em Mariana e se houve transferncia, parcial ou
no, de Portugal para o Brasil do ?Regimento dos Oficiais Mecnicos?; as cartas verificadas so declaraes do juiz de
ofcio dando o candidato como aprovado e apto para gozar dos seus direitos como oficial, nada consta sobre o exame e as
peas que este realizou.
Referncia Bibliogrfica:
BLUTEAU,
Raphael.
Dicionrio
Raphael
Bluteau
1728.
Brasiliana
USP.
(http://www.brasiliana.usp.br/dicionrio/edio/1)
CORREIA, Verglio Dr. Livro dos Regimentos officiaes mecanicos da mui nobre e spre leal cidade de Lixboa ? 1572.
Coimbra: Imprensa da Universidade, 1926
MACHADO, Lourival G. Barroco Mineiro. So Paulo: Perspectiva, 1969.
MARTINS, Judith. Dicionrio de Artistas e Artfices dos Sculos XVIII e XIX em Minas Gerais. Rio de Janeiro: Instituto
do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional, 1974.
OLIVEIRA, Myriam A. R. Barroco e Rococ na Arquitetura Religiosa Brasileira. Revista do SPHAN, Rio de Janeiro, n
29, 2001.
Participantes:

Discente: Klency Kakazu de Brito Yang

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria da Arte
Autor: Manoela Rufinoni, Anne Caroline Pereira Mariano, Bruna Aparecida Silva
de Assis, Elisabeth Costa Marcolino, Gabriela Rabello dos Santos
Ttulo: Patrimnio edificado no bairro da Mooca / So Paulo: inventrio e investigao
Palavras-Chave: Patrimnio Urbano Arquitetnico, Preservao, Tombamento, Mooca (So Paulo)
O projeto intitulado: Patrimnio edificado na Mooca: inventrio e investigao, surgiu a partir de tratativas entre
pesquisadores envolvidos com a temtica, provenientes da EFLCH-UNIFESP e da FAU-USP, e a equipe tcnica do
Departamento do Patrimnio Histrico da Prefeitura Municipal de So Paulo (DPH), rgo
interessado em realizar
pesquisas conjuntas com a universidade como instrumento para viabilizar estudos voltados preservao de bens culturais.
O projeto consiste no estudo, levantamento, inventrio e investigao histrica sobre o patrimnio edificado em reas
delimitadas no bairro da Mooca, na cidade de So Paulo. O intuito fornecer bases tericas e fundamentos documentais
sobre o patrimnio existente em partes de um extenso permetro que ser objeto de futuras operaes urbanas a cargo da
Secretaria de Desenvolvimento Urbano da PMSP (SDU). reas que devero passar, portanto, por profundas
transformaes urbansticas.
No que compete participao da UNIFESP, tais estudos tem sido realizados por estudantes do Curso de Histria
da Arte da EFLCH, via concesso de bolsas de Iniciao Cientfica financiadas pela FAP-Unifesp e sob orientao da Profa
Dra. Manoela Rufinoni. A cooperao tcnica, portanto, pretende atingir dois objetivos principais: de um lado, contribuir para
a realizao de levantamentos que subsidiaro futuros estudos de tombamento empreendidos pelo DPH-PMSP; e de outro,
iniciar os estudantes da EFLCH na prtica cientfica associada realizao de inventrios do patrimnio cultural, desde a
pesquisa histrica at os levantamentos de campo, colocando-os em contato com diferentes fontes documentais e com os
desafios interpretativos prprios da prtica de pesquisa.
Participantes:

Orientador: Manoela Rossinetti Rufinoni


Discente: Anne Caroline Pereira Mariano
Discente: Bruna Aparecida Silva de Assis
Discente: Gabriela Rabello dos Santos
Discente: Elisabeth Costa Marcolino

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Histria da Arte
Autor: Rodrigo Pereira Fernandes
Ttulo: A Esttica Neobarroca no Cinema Contemporneo a partir do Filme Sin City
Palavras-Chave: Neobarroco, cinema hollywoodiano, cultura de massa, cultura contempornea, histria
A pesquisa traz os resultados das investigaes estticas e seus desdobramentos acerca da cultura contempornea
por meio da anlise de um filme comercial norte-americano, Sin City (2005), dirigido por Robert Rodriguez. Para construo
da narrativa flmica, foram adaptados para o cinema quatro episdios dentre as doze histrias da graphic novel criada por
Frank Miller, entre os anos de 1991 e 2000.
Todas as histrias se desenrolam numa mesma noite e convergem em um mesmo ponto, o Kadies Club Peco.
As narrativas so conduzidas em primeira pessoa pela personagem central de cada episdio: O Cliente Tem Sempre Razo
a narrao se d a partir de um assassino de aluguel, em que dois personagens annimos conduzem o prlogo do filme. O
Assassino Amarelo traz a histria de Hartigan, um policial honesto em seu ltimo dia de profisso que tenta resolver o
sequestro da garotinha Nancy pelo filho pervertido da poderosa famlia de polticos de Sin City. A Cidade do Pecado
apresenta Marv, ex-presidirio com problemas psicolgicos que busca vingar a morte da prostituta Goldie, a nica mulher
que teve em sua vida. A grande Matana traz a histria de Dwight que se envolve com a garonete Shellie, que por sua vez
comprometida com o policial Jack Boy, um homem violento que bate em mulheres.
As investigaes a cerca do objeto de estudos nos leva a compreender a indstria cinematogrfica estadunidense
como modelo semelhante formulao esttica do sculo XVII que segue uma lgica estrutural semelhante, por isso
chama-la de neobarroca: no como um retorno do pensamento do seicento, mas como uma adequao da estrutura cultural
s prticas contemporneas associadas s novas tecnologias. O conceito da esttica neobarroca compreende uma relao
do barroco no sculo XVII fora de seu confinamento histrico, no mais preso em um tempo determinado e especfico, mas
enquanto uma relao transhistrica que supera ao historicismo e transcende s temporalidades seculares cronolgicas, de
modo a se tornar supratemporal, cabvel e justificado em outros tempos. Estabelece uma estrutura semelhante existente no
passado que se correlaciona ao presente. A esttica neobarroca a partir da noo de transculturalidade: sua essncia
construda pela somatria de diversos fragmentos culturais, atribuindo novas conotaes a tais composies recorrentes a
nossa poca.
A anlise flmica constituda pelos referenciais tericos de Angela Ndalianis, Omar Calabrese e Walter Moser,
tornando possvel compreender a lgica de produo cultural e suas repercusses estticas que revelam caractersticas do
gosto contemporneo e seus desdobramentos: as ltimas dcadas questiona a histria da arte e a morte da periodizao;
mantem proximidade com as tecnologias que sempre se revelam como atual, porm apropria-se de diversos fragmentos de
elementos passados, que quando concentrados em um mesmo produto cultural, se torna capaz de alterar a esfera do fazer
e o significado do conjunto de uma obra, originando hibridismos. As produes contemporneas concentram um conjunto
de foras e ideias j concebidas anteriormente, se tornando acolhedora de imagens exacerbadas, publicizadas e
obsedantes, ressignificando os elementos os quais se utilizam na criao de simulacros enquanto emancipao de seu
referente.
A anlise flmica se d pelo processo de compreenso terica que compete esttica neobarroca e pela
desconstruo do objeto analisado, na busca dos fragmentos e seus referencias que o compe, alm de seus significados
iniciais e posteriores a composio.
O filme abordado a partir dos aspectos da repetio: categoria esttica que fundamenta o gosto neobarroco
atravs de um jogo de referncias passadas, apropriadas e ressignificadas de modo a estabelecer uma dinmica entre filme
e expectador, em uma relao de intertextualidades as quais seu contexto e significados esto deslocados de sua
concepo original. A publicao impressa de Sin City, sua verso original em HQ se apropria da esttica noir dos filmes
hollywoodianos para compor sua identidade visual, enquanto que o filme torna-se uma referncia prpria graphic novel. A
repetio se d pelos produtos que a partir deles mesmos sugerem outros que sigam o mesmo princpio esttico, mas que
no so idnticos. A repetio no pode ser designada como cpia, mas podemos pensa-la como um espectro distinto de
um duplo, regido pelos princpios encontrados no primeiro, porm com o descolamento de seu significado original.
Outro ponto da esttica neobarroca a ser trabalho na anlise flmica a criao da iluso: o modo como o sculo
XVII pensava a arte, e por meio dela construa seu discurso retrico a partir da pintura, escultura e arquitetura. Na
contemporaneidade as transformaes que alteraram a concepo visual relaciona-se com as atuais tecnologias, que a
principio se prope a despertar as paixes de seus expectadores, criando iluses a partir da dinmica e da teatralidade. A
produo cultural contempornea se torna o consumo de experincias pela veracidade de suas iluses. A construo da
imagem na busca da efetivao retrica, passvel de credibilidade.
Participantes:

Discente: Rodrigo Pereira Fernandes

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Letras
Autor: Adriana Carrera Gonzalez
Ttulo: A comparao do processo de ensino-aprendizagem da Lngua Portuguesa do
aluno surdo em duas salas de aula: de ensino regular e especial
Palavras-Chave: Surdez; ensino-aprendizagem de Lngua Portuguesa; escola bilngue; escola inclusiva
O interesse pela pesquisa surgiu diante do convvio com uma criana surda e das falsas expectativas criadas em
torno do ensino aprendizagem, alm da dificuldade da comunicao com esta criana. Foi possvel notar a diferena
existente entre escola pblica e especial, principalmente no que se refere aos recursos humanos e fsicos. Vinculado s
pesquisas do grupo ILCAE (Incluso Lingustica em Cenrio de Atividades Educacionais), este trabalho tem por objetivo
fazer a comparao do ensino de Lngua Portuguesa para alunos surdos em sala de aula em escola bilngue e no bilngue.
De base interpretativista-crtica, a pesquisa utiliza a etnografia buscando observar e analisar as realidades de aprendizagem
de crianas surdas sem intervir em suas salas de aula de ensino regular e especial, e ao final da produo de dados, ser
realizada uma anlise de cunho crtico. Os resultados iniciais j demostram que h uma grande diferena em termos do que
de fato aprendido em cada uma das realidades escolares. A importncia deste trabalho para pesquisas na rea da
linguagem se d uma vez que ainda so poucas as pesquisas que comparam as duas realidades de aprendizagem de
lngua portuguesa por alunos surdos. Os resultados obtidos podero
informar outros trabalhos pedaggicos e sociais
(nesse caso, aes pedaggicas).
Participantes:

Orientador: SUELI SALLES FIDALGO

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Letras
Autor: lison Csar Rosa
Ttulo: Etos narrado: a institucionalizao do corpo e do olhar n'O Ateneu de Pompia
Palavras-Chave: etos; corpo; descrio; Raul Pompia; Literatura Brasileira
Nossa pesquisa diz respeito, de modo bastante geral, a questes ligadas ao corpo, ao etos e ao universo retrico da
descrio no romance O Ateneu (1888), de Raul Pompia. O recorte aqui proposto pode ser equacionado em algumas
questes: nO Ateneu, de que modo algumas das personagens so apresentadas ao leitor? Quais so as imagens-de-si
que delas so construdas ou que predominam na tessitura textual? Que atributos revestem o narrador em primeira pessoa?
Que fatores intervm no e como se d o processo de institucionalizao (escolarizao) do corpo adolescente? Em que
medida se pode afirmar que a representao do corpo frequenta, ali, referncias literrias? Que relao nutre com o
exerccio retrico da descrio?
Colocados os problemas, exponhamos brevemente o fio de raciocnio a guiar-nos nesta exposio, desdobrando
algumas das interrogaes. Como se sabe, o romance de Pompia, de corte memorialstico ? a se constatarem indicaes
do gnero em passagens do texto e, no fronstispcio, a inscrio principal ?crnica de saudades? ? relata, pela tica do
menino Srgio, sua experincia num internato escolar da alta sociedade carioca, tendo como referncia temporal
(subentendida no texto por aluses a eventos da poltica nacional) a segunda metade do sculo XIX. Interessa-nos discutir
ali, sobretudo, a maneira como o narrador (Srgio adulto, bem entendido) participa ou, para ser mais preciso, pinta ?
mobilizando tcnicas e conhecimentos da retrica que, ao instalarem novas relaes e sentidos, alargam nosso campo de
percepo sobre a organizao esttica da obra ? cenas e personagens da sua infncia, a ncluda, inevitalvemente, a
imagem de si no passado, reconstruvel.
Aps percorrer autores que, de diferentes ngulos, concentram-se sobre o corpo realando nele a ideia de
maneabilidade, de uma superfcie sensvel ? impresso rude do primeiro ensinamento? (para ficar com as palavras de
Pompia) e sobre a qual trabalham investimentos culturais, comeamos a entender melhor o papel da escola nesse
processo, o quanto essa instituio (sobremaneira em determinadas pocas e locais da histria, como no Brasil
oitocentista), ao valorizar sistematicamente as prticas disciplinares, influi na formao dos indivduos.
O Ateneu parece ser verdadeiro nicho de tais prticas,
porquanto se nota ali at mesmo um vocabulrio blico,
referncias e comentrios sobre a vida militar, mas tambm sobre a vida religiosa ? esta na qual se incluem as
autoflagelaes com vistas ao autocontrole emocional. Tais representaes no romance direcionaro nosso olhar para a
obra de Michel Foucault, Vigiar e punir: nascimento da priso (1975), que, como se sabe, trata exatamente da forma
moderna (a partir do sculo XVIII) de constituio disciplinar das instituies na cultura ocidental. A organizao e
adestrao dos corpos, perpassadas por relaes de poder, d-se em diferentes nveis do cotidiano escolar, visando
produzir a aparncia (ilusria) do inequvoco, do corpo ?evidente por si (...) sem ambiguidades nem inconstncia?, nos
termos expressos por Guacira L. Louro (2010, p. 14).
Por outro lado, se ?cuidados de vigilncia? (palavras do diretor do colgio, Aristarco) funcionam de modo a
prescrever condutas e identidades consideradas autnticas (em oposio ao ?estigmatizado?, conforme estudo
empreendido por Erving Goffman-1963), assinalaremos no romance, como desdobramento das questes anteriores, certa
arte da eloquncia do corpo, magistralmente encarnada pela personagem Aristarco: quando se cala o orador, vemos seu
corpo falar, ?gestos, calmos, soberanos (...) de um rei?, ?a pausa hiertica?, ?o silncio de ouro, que to belamente
impunha como o retraimento fecundo do seu esprito?; homem, afinal, obcecado pela prpria esttua. A seu servio, certa
retrica do aparato: Aristarco pintado, em diversos momentos, a partir de adjetivos enfticos, graves, linguagem
campanuda esta que o figura radiante no ?ambiente glorioso do Pantheon?. A questo do corpo eloquente e governado
pelo sujeito, como veremos, parece, afinal, aproximar Aristarco de representaes e normatizaes presentes numa cultura
literria anterior ? com a qual o romance pompeiano trava explcito dilogo e na qual, alis, insere-se um interessante
tratado do mesmo sculo XVIII, LArt de se taire (1771), do abade Dinouart.
As imagens e representaes do corpo, que ilustram os diversos caracteres do romance de Pompeia, so
construdas com base no exerccio retrico da descrio, com um enunciador eminentemente ?catalogador? (dado a fazer
listas), promovedor da viso como sentido reinante no plano discursivo. Para empregar as palavras de Philippe Hamon
(1993): ?Descrever (...) dar provas de seu saber-fazer retrico, de seu conhecimento dos modelos livrescos?. Quando se
se tratar de retratos elogiosos, como no caso de Aristarco, testemunharemos a sua imploso atravs das prprias virtudes e
valores soberanos do ?rei?, que so esticados pelo narrador at adquirirem a feio de pardia. Num outro plano,
predominar mais diretamente a caricatura, o corpo disforme e desarmnico, o elemento transgressor, as combinaes
entre o sagrado e o profano, o elevado e o baixo. Eis a o esprito satrico da obra, cuja discusso apresentaremos luz da
teoria bakhtiniana sobre a carnavalizao na literatura.
Participantes:

Discente: lison Csar Rosa

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Letras
Autor: Andr Felipe Barbosa da Silva Santos
Ttulo: A presena de Ceclia Meireles na revista Festa e sua fortuna crtica
Palavras-Chave: Ceclia Meireles; Crtica Literria; Revistas Modernistas;; ;
O envolvimento de Ceclia Meireles (1901-64) com o grupo ?espiritualista? de Festa (1927-28; 1934-35) demonstra
uma forte ligao com a herana simbolista e salienta sua filiao intelectual presente na produo artstica das dcadas de
1920 e 1930. A expressiva contribuio da artista no interior do peridico carioca suscita questionamentos acerca da
recepo crtica de sua literatura entre outros grupos que se reuniam em torno das revistas modernistas. Nesse sentido, o
objetivo dessa comunicao apresentar a comparao da fortuna crtica de Ceclia Meireles entre seus pares. Esse
processo pode contribuir para uma viso aprofundada do trabalho da autora em questo e compreender como foi a
recepo entre os seus contemporneos. As notas publicadas em outras revistas literrias, bem como ensaios escritos por
outros importantes nomes do Movimento Modernista constituem um rico acervo crtico e reflexivo sobre a poesia da artista.
Outro ponto a ser abordado diz respeito observao de cinco volumes de ?Histria da Literatura Brasileira? escritos por
autores com filiaes estticas distintas. Esse levantamento proporcionou uma percepo mais ntida de como a crtica
literria contempornea tem influenciado diretamente a escrita de uma histria da literatura e afirmao de Ceclia Meireles
como cnone literrio.
Participantes:

Discente: Andr Felipe Barbosa da Silva Santos

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Letras
Autor: Carlos Henrique Vieira
Ttulo: A REPRESENTAO DOS OUTSIDERS NAS PRODUES LITERRIAS DE
BERNARDO CARVALHO E JOO GILBERTO NOLL
Palavras-Chave: Bernardo Carvalho; Joo Gilberto Noll; outsiders; representao; marginalidade; vulne
Bernardo Carvalho e Joo Gilberto Noll so dois dos mais importantes e reconhecidos nomes da literatura brasileira
contempornea. De um modo geral, ambos tm problematizado em suas narrativas a excluso e a violncia em grandes
centros urbanos, o que uma temtica recorrente da literatura urbana brasileira desde a dcada de 1960. No entanto, eles
abordam tais temas por um vis subjetivo, tratado de questes como a fragmentao das identidades nacional, individual e
sexual na contemporaneidade. Nas narrativas de ambos os autores encontramos personagens deslocadas, que aparecem
caracterizadas pelo desajuste e pela vulnerabilidade. Essas personagens so, recorrentemente, outsiders. Haja vista que
entre elas destacam-se os imigrantes, viajantes sem destino, homossexuais e escritores fracassados, para citar os tipos
mais recorrentes. Entendendo-se por outsiders aqueles excludos e estigmatizados, que ocupam as margens, pois
vivenciam a inadequao sociedade na qual esto inseridos e, consequentemente, no pertencem a nenhum grupo
social. Assim, a partir de uma leitura comparativa dos romances O filho da me (2009), de Carvalho, e Lorde (2004), de
Noll, pretende-se analisar as circunstncias e caractersticas que nos permitem entender tanto Ruslan e Andrei, as
personagens centrais, de O filho da me, quanto o narrador-personagem de Lorde, como outsiders, bem como destacar as
aproximaes existentes entre essas duas narrativas.
Participantes:

Discente: Carlos Henrique Vieira

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Letras
Autor: Cintia Maria de Oliveira
Ttulo: A reelaborao camoniana da mitologia greco - romana
Palavras-Chave: imitao; mitologia; Os Lusadas; A Eneida
A Eneida, de Pblio Virglio, uma obra dotada de grande significao, pois Virglio, ao mesmo tempo que imita as
epopeias homricas e toda uma tradio greco-romana, enriquece a sua obra a tal ponto que, muitas vezes, no somos
capaz de detectar tais aluses. O povo troiano que na guerra de Troia foi derrotado pela astcia de Odisseu, o guerreiro
grego, e pelos melhores soldados gregos que entraram na cidade no ventre do cavalo de madeira, ir recontar a histria
mostrando o ponto de vista do povo vencido , pois esses acreditavam que s perderam a guerra por que foram enganados.
Podemos perceber que, Virglio utiliza os lugares comuns pertinentes ao gnero pico, mas estes na sua obra produzem
sentidos muitas vezes diferentes daqueles extrados das obras homricas. O poema virgiliano foi apreciado e considerado
modelo de imitao, e inspirou grande parte das epopeias renascentistas, como Os Lusadas de Lus de Cames, por
exemplo. O poeta portugus baseou-se nas epopeias greco-romanas, e utilizou os deuses pagos, algo que primeira vista
pode parecer uma contradio, pois um dos objetivos de sua obra era cantar a expanso do cristianismo. Por isto, a sua
obra tem causado, ao longo do tempo, grande estranheza entre alguns crticos. Nesta pesquisa trabalha-se com o
transporte da mitologia do modelo virgiliano para a prtica potica camoniana, ou seja, busca-se compreender, por um lado,
os sentidos implicados no aparato mitolgico presente no poema de Virgilio e o que ele passa a significar na pica de
Cames, levando-se sempre em considerao o princpio da imitao potica.
Participantes:

Discente: Cintia Maria de Oliveira

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Letras
Autor: Fernanda Larissa Camilo
Ttulo: Representaes do feminino em Illusions Perdues de Balzac e em Bel-Ami de
Maupassant
Palavras-Chave: Balzac, Maupassant, personagem feminina, representao do corpo
A pesquisa Representaes do feminino em Illusions Perdues de Balzac e em Bel-Ami de Maupassant se apresenta
como a continuao da pesquisa anteriormente desenvolvida, intitulada O feminino em Balzac e Maupassant: uma leitura de
Illusions Perdues e Bel-Ami . A pesquisa anterior buscou, apoiada no motivo terico da descrio e sob o escopo dos
modos retrico-discursivos e de alguns elementos de narratologia, elaborar um conjunto de ensaios denominado Galeria de
tipos femininos, realizando um estudo sobre a presena, a importncia e a composio das personagens femininas nos
romances Illusions Perdues (1837 ? 1843) de Honor de Balzac e Bel-Ami (1885) de Guy de Maupassant. O motivo terico
da descrio, em suas diversas modalidades, colabora de modo a efetivar o feminino e se conforma como elemento motor
de paixes e de afetos, compreendendo a presena do feminino no romanesco como importante dispositivo textual, que ir
por vezes nortear a trama. Nesse sentido, o escopo das preocupaes da pesquisa Representaes do feminino em
Illusions Perdues de Balzac e em Bel-Ami de Maupassant recai sobre o motivo da representao escritural do corpo, em
especial do corpo feminino. Pensar a personagem feminina significa evidenciar as maneiras com que o corpo feminino se
manifesta in figura. Em Illusions Perdues e Bel-Ami, o corpo apresenta-se como medium das relaes entre as
personagens, assim como a relao destas para com espaos romanescos em que esto inscritas, observveis nas
relaes que se estabelecem entre o masculino e o feminino. O resultado um jogo de olhares e juzos que se atm,
sobretudo, aos corpos que so representados. Ao se con-figurar como discurso, o corpo-texto transcrito por diversas
imagens que viro a sugerir as sensaes advindas, se no dos olhares, dos juzos da diegese.
Deste modo, a representao do corpo feminino dialoga nestes romances com a questo terica da focalizao: o
corpo ali representado o pela escritura de autores-homens, assim como visto, contemplado, ou mesmo percebido, por
personagens masculinas.
Assim entendido, o discurso romanesco de Illusions Perdues e de Bel-Ami
sobre o corpo
duplamente balizado por um olhar masculino, olhar este que vai se manifestar de modo diverso, seja devido ao estilo do
autor ou em razo da personagem ? em especial a personagem masculina - cujo corpo ali se faz representar. Sob o olhar
do masculino, a representao do corpo feminino se dar por meio de um metaforismo pungente, que por vezes ir
condicionar certa erografia do corpo feminino, que recai ora sobre a tpica do desejo carnal, ora sobre a tpica da paixo
amorosa.
De forma a compor um paradigma da representao escritural do corpo feminino em Illusions Perdues e Bel-Ami,
esta pesquisa busca evidenciar o modo com que se d a representao do corpo masculino nestes romances. Inscrito
sobre os traos afeminados e belos de Lucien, ou pela presena viril de Georges Duroy, o corpo masculino comparecer
nestas obras de forma a compartilhar com o corpo feminino certa igualdade no que toca ao seu estatuto de representao:
a beleza masculina se configurar como um dispositivo diegtico que projetar sua influncia sobre as diversas
personagens femininas, que condicionaro a evoluo por meio das relaes entre o masculino e o feminino.
Lateralmente, a pesquisa examinou a representao escritural do corpo feminino a partir de um dilogo com as artes
visuais (sobretudo a pintura, a escultura e a fotografia) a fim de compreender como elas do a ver/do a representar o
corpo.
No tocante pintura, a pesquisa frequentou obras de nomes tais quais Ingres, Gustave Moreau e Adolphe W.
Bouguereau ? buscando refletir sobre as representaes do corpo feminino em geral ? alm das obras de Degas, nas quais
o corpo ?comum/cotidiano? emerge como principal motivo pictural. Quanto escultura, a pesquisa buscou inferir sobre as
representaes do corpo nas obras de Rodin, Camille Claudel, Brancusi, Antoine Bourdelle e mesmo em algumas
esculturas de Matisse, datadas do comeo do sculo XIX. Em relao fotografia, a pesquisa toma como corpus os nus
femininos sob as lentes ? e assim, sob os olhares ? de Bruno Braquehais, Louis Camille dOlivier e Auguste Bellic,
fotgrafos de final do sculo XIX que recuperam um arsenal prprio do pictrico para suas fotografias. A partir do contato
com estas obras, foi possvel apreender os modos pelos quais o discurso pictural/escultural ? assim como a fotografia ?
infere nas representaes do corpo-texto no romance do sculo XIX.
Participantes:

Discente: Fernanda Larissa Camilo

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Letras
Autor: Francielle de Queiroz Zurdo
Ttulo: Anlises lingusticas de piadas: um processo de retextualizao do oral para o
escrito
Palavras-Chave: piada; retextualizacao; oral; escrita; ensino
Alunos do Ensino Fundamental I de uma escola da zona leste de So Paulo tendem a apresentar marcas da
oralidade em suas produes escritas. Metade dos alunos analisados apresentou esse comportamento. Essa a
constatao da pesquisa de iniciao cientfica ?Anlises lingusticas de piadas: um processo de retextualizao do oral
para o escrito?, realizada no binio 2012-2103 no curso de Letras da Universidade Federal de So Paulo. A pesquisa foi
aplicada na escola municipal de ensino fundamental Jos Honrio Rodrigues, no bairro do Itaim Paulista, em So Paulo,
entre discentes do quarto ano. O objetivo era verificar se os 37 alunos selecionados para o estudo conseguiam passar do
oral para o escrito uma piada previamente contada pelos prprios estudantes. Pautaram teoricamente o estudo os conceitos
de retextualizao de Marcuschi, de lngua oral, desenvolvida por Preti (2008) e Urbano (2008), e do gnero piada,
ancorado principalmente nos trabalhos de RASKIN (1985), GIL (1991) e ATTARDO (1994). Outra constatao o fato de o
gnero piada ser um dos dois mais lembrados pelos estudantes. E est de acordo com as polticas de ensino como recuso
pedaggico.
Participantes:

Discente: Francielle de Queiroz Zurdo

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Letras
Autor: Francine Tescarolli da Conceio
Ttulo: Poesia e Ensino: sistematizao bibliogrfica
Palavras-Chave: ensino; poesia; poema; bibliografia; sistematizao
O projeto parte de um levantamento bibliogrfico de estudos que relacionam ensino e poesia no Brasil, com o
objetivo de sistematizar algumas dessas pesquisas, refletindo sobre seus resultados. Dentre a grande variedade de
trabalhos encontrados, delimitou-se um corpus que abrange 12 textos acadmicos que evidenciam diversos modos de
abordar esse gnero na sala de aula. A pesquisa se encontra em andamento, tendo sido analisado at o momento 9
trabalhos acadmicos. Posteriormente a essa investigao, a proposta de trabalho a de empreender um estudo
comparativo entre os trabalhos que compem o corpus, de modo a registrar, organizar e sistematizar dados sobre a
especificidade de cada ao realizada, visando preparar uma proposta de ao de extenso universitria tomando como
pblico alvo a comunidade do entorno de Guarulhos e outra envolvendo alunos de escolas pblicas conveniadas com o
curso de Letras. O objetivo inicial no realizar a experincia, mas ser capaz de propor, formular em detalhes e justificar
teoricamente as propostas enunciadas, que sero desenvolvidas, aps o trmino da iniciao cientfica, como atividade de
extenso. Um segundo objetivo seria o preparo de uma bibliografia sobre o poema em situao de ensino/mediao.
O projeto apresenta resultados que indicam a continuao do trabalho, e os textos j analisados so:
Leituras de poemas num curso de letramento para adultos: Jlia Scavassa estuda adultos em fase de letramento e
investiga as causas que levam s interpretaes divergentes do poema entre professores e alunos. Ela constata que a
causa pode ser as divergentes histrias de letramento e consegue encontrar equilbrio entre o acolhimento das
interpretaes dos alunos e a demonstrao de alguns limites impostos pelo poema.
Uma viagem atravs da poesia: Glucia Souza analisa de que forma a oralidade, corporalidade, vocalidade do
poema, textos e inspirao folclricos podem promover a aproximao entre alunos e a leitura/escrita de poemas, e
constata que os alunos so capazes de passar do individual ao coletivo e de se aproximar da leitura/produo de poemas.
A magia da poesia: Cristiane Domingues relata uma experincia pedaggica que consistiu na interao dos alunos
com os poemas de Mrio Quintana. Ela aborda conhecimentos sobre o poder da imaginao no ato de ler/escrever e
observa que, ao se apoderarem da linguagem pela expresso do imaginrio, os alunos passaram a demostrar maior
vontade de ler, a explorar os recursos poticos e a escrever sobre temas universais.
O uso da hipermdia como recurso didtico para o ensino de poesia no EM: Raquel Sampaio analisa dois dos livros
didticos mais usados para o ensino de literatura no Ensino Mdio, pois acredita que nas escolas o ensino da poesia ocorre
de maneira ultrapassada. Apresenta um novo caminho metodolgico para ensinar/aprender poesia atravs da proposta de
criao de poesias hipermiditicas por alunos, como forma de desenvolver o interesse deles.
O ensino do texto potico: Rosi Sena desenvolve um trabalho atravs da observao de pesquisas bibliogrficas
sobre a poesia; a importncia do poeta e do leitor; pesquisa documental sobre as disciplinas; pesquisa descritiva de alunos
do ltimo semestre de Licenciatura em Letras e de professores sobre o tratamento dado a poesia; e o ensino na escola
bsica, focado nas anlises das colees de livros didticos de 5 6 7 e 8.
Perspectivas e possibilidades do estudo potico da cano popular brasileira no ensino de literatura no EM: Vernica
Moura apresenta reflexes sobre a insero de canes poticas em aulas de literatura, mantendo integrao com
ensino-aprendizado literrio previsto para o Ensino Mdio. Ela analisa a presena das canes nos livros didticos e atenta
para a necessidade de incluir esse gnero capaz de influenciar as personalidades em formao na escola.
Fundamentos tericos para o processo de alfabetizao potica: Rosemeire Cmara analisa um projeto realizado
com alunos do Fundamental, que consistiu na apresentao de poemas, na interpretao criativa e em fundamentos sobre
a arte. O projeto desenvolveu a sensibilidade de seus alunos; fez com que se interessassem e produzissem poemas;
desenvolvessem um vnculo com a literatura e a poesia.
A ludicidade em Ceclia Meireles como sensibilizao para a leitura na educao fundamental: Walkria Carvalho
analisa a ludicidade nos poemas de Cecilia Meireles com o objetivo de verificar sua contribuio para a sensibilizao e o
prazer da leitura de alunos do Fundamental. Ela trata da dificuldade de atrair os jovens e constata que o fato dos poemas
estabelecerem uma relao com o cotidiano dos alunos faz com que se identifiquem e gostem do que esto lendo.
A rima na escola, o verso na histria: Mara Ferreira traz os resultados de uma pesquisa interventiva realizada com
alunos de 7 srie. Esses jovens so amantes do ritmo-poesia e descendentes de famlias afro-brasileiras e indgenas que
vieram trabalhar em SP. Seu trabalho envolveu as manifestaes de cordel, do rap e do repente, buscou que a histria da
comunidade fosse integrada cultura escolar e que os alunos se manifestassem artisticamente.
Participantes:

Orientador: Francine Fernandes Weiss Ricieri

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Letras
Autor: Glucia Antonovicz Lopes
Ttulo: A presso pragmtica levando criao lexical: formao de palavras com o
sufixo aumentativo -ona em convvio com o sufixo aumentativo -o
Palavras-Chave: Lxico, Lingustica cognitiva, listagem e sufixos aumentativos
A presso pragmtica levando criao lexical: formao de palavras com o sufixo aumentativo -ona em convvio
com o sufixo aumentativo -o
Nesta pesquisa, tratamos de formaes aumentativas do portugus brasileiro, mais precisamente do sufixo
aumentativo ?ona em convvio com o sufixo aumentativo ?o, visto que no h a excluso de um pelo outro na lngua, mas
sim escolhas lexicais provenientes de trs relaes encontradas em nossa pesquisa, as quais sero apresentadas mais
frente.
A perspectiva que orienta nossos estudos a da Lingustica Cognitiva - LC, que entende a gramtica como
semanticamente motivada, o que implica entender o lxico como uma rede de unidades simblicas, ativadas de acordo com
a necessidade do falante. Ademais, para esta teoria, a lngua sensvel ao mundo, isto , somos produtos do mundo em
que vivemos, logo da cultura em que vivemos e da lngua que falamos. A LC rompe com o entitativismo.
Desta forma, o significado no est na forma, mas nos frames, que so ativados pelas formas em uso e promovem o
compartilhamento da experincia. Vale ressaltar tambm que o pressuposto da motivao semntica leva a conceber o
comportamento da forma, inclusive a formao lexical, como consequncia.
Identificamos a ocorrncia de dois sufixos aumentativos no portugus brasileiro: o sufixo ?o e o sufixo ?ona. Nossas
anlises partiram dos seguintes questionamentos: (1) por que o falante varia suas escolhas lexicais entre o ?o e o ?ona?
(2) Estes sufixos possuem alguma relao? Se possuem, (3) quais so? Respondendo s questes, defendemos que os
sufixos estabelecem, sim, relaes entre si e que o falante varia suas escolhas lexicais justamente em sensibilidade a elas.
A primeira relao estabelecida entre os sufixos foi denominada ?concordncia de gnero?. Neste caso, temos a
ocorrncia de formaes em -o no listadas como predicadoras de um substantivo masculino e formaes em ?ona em
mera situao de flexo de gnero. Vejamos os exemplos:
(1)
Qual o nome mesmo daquela menina altona que apareceu na TV por estes dias? Uma altona, se no me
engano acho que era do nordeste, mas no sei, que ela deu at um
(2)
Gostosona coloca cmera no decote e flagra tarados
Os dados revelam ?(...) flutuao de propriedades semnticas e gramaticais de substantivo e adjetivo (...)?
(Basilio,1995, p. 187). No exemplo (1), o substantivo ?menina? exige a ocorrncia da formao em ?ona, porque um
substantivo feminino e a formao X-ona est predicando tal substantivo. Como os sufixos aumentativos intensificam a
acepo expressa pela base, revelam o que Soares da Silva (2006) caracteriza como subjetificao e Basilio (1987) define
como funo expressiva dos processos de formao de palavras. Em (2), o adjetivo ?gostosona? efetiva ?(...) a designao
atravs da caracterizao (...)? (Basilio, 1995, p. 187), o que o faz ocupar o ncleo do SN.
Lembrando que a LC sensvel ao mundo, e, por consequncia, cultura, a segunda relao encontrada entre os
sufixos aumentativos baseada no MCI cultural grande/pequeno, que, em nossa sociedade, se associa expresso do
juzo de valor bom/ruim. Notamos que h formativos em ?ona reveladores de prestgio social por parte do falante em
relao ao referente. Em outros termos, h novamente subjetificao, s que agora ?o em distribuio complementar:
formaes em ?o expressando somente o aumento de tamanho e formaes em -ona prestgio social, apreo. Atravs dos
exemplos (3) e (4), possvel observar essa distribuio:
(3)
Olha a casacona de mil botes da biba!!! O defunto era maior.
(4)
Casaco de tric. Boa tarde gurias, tudo bem? hoje vim mostrar o casaco que fiz pra minha av, finalmente ta
pronto, ficou enorme com 1,05 de comprimento total...
Por fim, a relao que se estabelece entre uma formao em ?o listada e uma formao em X-ona que exprimem
tamanho. Vamos observar os exemplos (5) e (6):
(5)
Eu estou com uma bolona (deixou de ser bolinha faz tempo) na virilha.. e di tipo muito nem andar direito...?
(6)
No ar de dezembro de 2010 maio de 2012, o Bolo Paulista realizou a cobertura de 4 campeonatos e
distribuiu 28 prmios aos participantes campees de cada ms.
Como ?bolo? remete a um significado expecfico, listado, a expresso de tamanho desvinculada desse sentido se
d por ?bolona?, como nos pares ?porto? / ?portona?, ?carto? / ?cartona?, ?minhoco? / ?minhocona? etc. Trata-se de
formaes em ?o que o lexicalismo gerativo aborda como exemplos de irregularidade no lxico, enquanto a LC aborda
como exemplos de incidncia da metonmia, devida contiguidade entre elementos da cena e os atos ou entidades
nomeados ? neste caso, por X-o. No exemplo (6), a cena do bingo perspectivizada pelo smbolo, que uma bola, e o
substantivo ?bolo? remete a bingo por essa rota metonmica. Com a listagem do formativo em ?o, o sufixo ?ona
acionado a fim de expressar o significado prottipo aumento de tamanho. Ressaltemos que, para a LC, a metfora e a
metonmia processos cognitivos a servio da construo do significado, o que nos faz tomar o conceito de listagem, no
como evidncia do predomnio da irregularidade no lxico, e sim como evidncia de um desses processos ? neste caso, a
metonmia.
Participantes:

Discente: Glucia Antonovicz Lopes

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Letras
Autor: Marcio Gregrio S da SIlva
Ttulo: Entre a Tradio e a Modernidade: os "the" dos personagens de Afonso
Schmidt na novela "A Marcha"
Palavras-Chave: literatura brasileira; etos; gneros literrios; Afonso Schmidt.
Este trabalho intenciona refletir sobre alguns temas relacionados tanto constituio quanto ao etos do personagem
romanesco em sua representao literria, a partir da novela ?A Marcha ? Romance da Abolio? (1941) do poeta,
jornalista e escritor cubatense Afonso Schmidt. Desenvolvido a partir das investigaes sobre os traos de constituio
subjetiva e conformao do personagem dito moderno no Grupo de Estudos ?Gneses do Personagem Moderno? na
Universidade Federal de So Paulo - (UNIFESP), este estudo tem concentrado-se numa abordagem que prima pelo exame
do etos, ou seja, da imagem que a personagem constri a partir do seu discurso (AMOSSY, 2005) que cremos a priori ser
um caminho pertinente reavaliao da prosa deste eminente escritor. Est anlise observa, ainda, os aspectos
dimensionais tanto estticos e polticos, quanto histrico-filosficos acerca do personagem e da estrutura novelesca,
inclinao esta ltima bem percebida ao longo da pesquisa.
Devido tanto a relevncia quanto renovao que o conceito de etos tem proporcionado aos estudos literrios, por
conta de seu aspecto to dinmico advindo das reas da retrica clssica e da semitica moderna, damos em nossa
anlise primor s relaes conflituosas entre os "the" dos personagens pelo fato de imbricarem alguns dos temas
relacionados literatura e filosofia romntica, dentre eles, aqueles relacionados a liberdade, a tica e a alteridade. O
carter complexo das representaes literrias das personagens na obra de Afonso Schmidt, e uma certa ausncia sua
tanto das historiografias literrias, quanto dos principais estudos contemporneos referentes esfera acadmica,
suscitaram estes fatos o nosso interesse na fatura deste estudo, somados ao tento de pensar este proeminente escritor de
modo comparativo aos demais escritores j consagrados e contemporneos seus, tais como, primeiramente,
Graciliano
Ramos e Jorge Amado, sobretudo, mas, tambm, Joo Guimares Rosa e Clarice Lispector, na tentativa de uma
reavaliao de sua obra literria.
Neste sentido, traamos um caminho de reflexo partindo dos conceitos de pensadores fundamentais tanto
literatura quanto filosofia e esttica, como os filsofos Georg Lukcs e Walter Benjamin, influenciando-nos ao intuito de
pensar aspectos relativos tanto a representao do personagem, quanto os aspectos, propriamente, literrios da novela ?A
Marcha? de Afonso Schmidt. Laureada com o Prmio ?Machado de Assis? pela Acadmia Brasileira de Letras em 1942, a
novela tematiza a fuga em massa dos negros escravizados, oriundos das fazendas de cidades do interior de So Paulo, em
busca de suas liberdades nos redutos quilombolas da cidade de Santos, bem como regies litorneas vizinhas, tendo,
ainda, como pano de fundo narrativo o movimento abolicionista dos caifazes paulistas e a unio poltica e matrimonial de
dois personagens abolicionistas com foco especial do narrador: Laerte e Lucila.
Deste modo, este estudo realiza a partir da dimenso histrico-filosfica uma reflexo acerca dos "the" dos
personagens Laerte e Lucila, dois jovens envolvidos na causa abolicionista e num relacionamento afetivo, em que se nota
um certo embate existencial opressivo entre eles, destacando as iluses e contradies que embasam seus discursos e,
consequentemente, aqueles da militncia abolicionista denominada ?caifazes? na novela. Creer-se assim que a relao
entre estes dois "the" desdobra, para alm da complexa representao existencial e anti-determinista da personagem
Lucila, uma possibilidade de leitura alegrica de sentido histrico-poltico ao tema da novela schmidtiana.
No que se refere as questes relativas dimenso esttica da novela, examina-se, para alm do personagem,
alguns demais aspectos formais tais como suas fontes de composio literria, a narrativa e o seu suporte livresco.
Ademais, para alm das anlises dos personagens principais Laerte e Lucila, bem como do prprio narrador, destacamos
ainda uma cena emblemtica no que se refere a certo aspecto relativo tambm ao etos, mas, sobretudo, a representao
artstico-literria moderna. Trata-se da instaurao de uma nova dimenso ficcional dentro do prprio texto ficcional da obra
?A Marcha?, que se evidencia a partir do importante discurso teatral do personagem/ator Xisto Baa. A partir das breves
teorizaes de Michel Foucault (2007) e Harold Bloom (2004) sobre temas como a representao e a arte elptica,
respectivamente, revela-se, portanto, profcua algumas consideraes finais sobre as
possveis chaves de leitura e
produes de sentidos nunca unnimes na novela schmidtiana.
Algumas questes fundamentais surgiram ao longo deste nosso estudo: Seria possvel falar em revisitao e dilogo
com os grandes gneros literrios pico e romntico, partindo propriamente do tema e dos aspectos estticos da novela "A
Marcha" do autor Afonso Schmidt? De que forma este escritor fatura uma novela urbana dentro do gnero romance
scio-poltico, contemporneo ao boom da fico regionalista na dcada de 1930 no Brasil? Pode-se afirmar que a
representao do personagem em sua obra vale-se dos determinismos cientficos comuns ao romance de vis
realista-naturalista?
Ao longo deste trabalho, esforamo-nos por refletir sobre estes temas, visando apresentar s possveis sadas,
possibilidades e aberturas no que se refere uma representao mais aberta e ambgua do personagem moderno, a partir
da constituio discursiva do personagem (etos) e sua forma artstica. Reconfigurando nossas premissas presentes no
projeto de pesquisa, nossa hiptese, portanto, de que neste dilogo com a tradio literria venha se evidenciar aspectos
comuns destes projetos literrios como, por exemplo, a tematizao da busca existencial por uma dimenso totalitria. No
entanto, observa-se no etos da personagem uma abertura oposta a ideia naturalista de determinao causal ligada a sua
origem, meio e grupo scio-poltico. No aspecto esttico da novela, constata-se uma abertura ficcional dentro da prpria
fico novelesca, que serve, ao nosso ver, como oxigenao ao ambiente poltico, deliberativo e, em certo sentido,
pragmtico d?A Marcha?, ao mesmo tempo que uma possvel referncia ao espao cultural denominado ?Literatura? na
modernidade. Concluindo, cremos que a novela ?A Marcha? de Afonso Schmidt possa renovar as discusses sobre a
gerao romanesca de 1930, marcada pelo regionalismo rural e arcaico das obras de Jorge Amado, Graciliano Ramos e,
posteriormente, Bernardo lis, por exemplo, a partir do vis scio-poltico urbano menos usual neste perodo em par com a
prosa romanesca de sua amiga acadmica Lygia Fagundes Telles em So Paulo.
Participantes:

Discente: Marcio Gregrio S da SIlva

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Letras
Autor: Mariana Yelena Sauka
Ttulo: Alegoria e Tpica nos Emblemas: Texto e Imagem
Palavras-Chave: Emblema; Alegoria; Poesia; Sculo XVI; Tpica
Esta pesquisa teve como objetivo analisar a alegoria resultante do dilogo entre a imagem e o texto que constituem
os emblemas de Andrea Alciato e de seu imitador, Geoffrey Whitney, publicados no sculo XVI. Visa, ainda, propor a
traduo de quatro emblemas de suas lnguas originais (latim e ingls) para o portugus, alm de adapt-los para um
modelo potico. O foco investigativo reside no exame da tpica de cada emblema selecionado. Para tanto, este trabalho
utiliza os estudos de R. de la Flor (1995), Jos Pascual Bux (2002) e Joo Adolfo Hansen (2006) como embasamento
terico e crtico. Os resultados da pesquisa sero apresentados no Congresso PIBIC de Iniciao Cientfica de 2013 e
submetidos publicao em revistas especializadas em literatura ao longo deste ano.
Participantes:

Discente: Mariana Yelena Sauka

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Letras
Autor: Regina Cibelle de Oliveira
Ttulo: Incurses sobre a Ironia no Prlogo ao Leitor do Romance Memrias Pstumas
de Brs Cubas
Palavras-Chave: Ironia; intertextualidade; Machado de Assis; Memrias pstumas de Brs Cubas
O presente trabalho visa a apresentar as concluses de uma pesquisa de Iniciao Cientfica, realizada entre
agosto/2012 e junho/2013, que teve como objetivo analisar a ironia e a ironia intertextual no prlogo ?Ao leitor? do romance
Memrias Pstumas de Brs Cubas, de Machado de Assis. O incio deste trabalho foi apresentado no 20 Congresso de
Iniciao Cientfica - PIBIC, em 2012.
Em primeiro lugar, o estudo apresenta o conceito de ironia numa abordagem feita por algumas teorias da linguagem,
para depois trat-la a partir da intertextualidade, de maneira a verificar como esta pode ajudar na construo e
compreenso da ironia, e por ltimo faz-se uma abordagem da ironia no trecho citado da obra de Machado de Assis.
A ironia, fenmeno observado no corpus pesquisado, objeto de vrios estudos, e possui definies em diferentes
reas do conhecimento, como a Retrica, a Filosofia, a Psicologia, a Literatura e as Teorias Discursivas. No campo dos
estudos da linguagem, Brait (2008) aponta duas reas que se destacam nos estudos sobre a ironia: a Pragmtica e a
Anlise do Discurso Francesa. Neste trabalho abordagem feita principalmente a partir da Anlise do Discurso Francesa.
Desta forma, observa-se como a ironia se constitui, se estrutura e se sustenta no corpus pesquisado, e como ela
pode auxiliar na compreenso do leitor, visto que o mesmo texto pode ou no ser compreendido como irnico, dependendo
do conhecimento de mundo de quem o l.
Na voz do narrador e do personagem principal deste romance machadiano, Brs Cubas afirma que a obra poder
ser enfadonha e cheirar a sepulcro, pois foi escrita por algum que est no outro mundo. Do nosso ponto de vista, para
entender o romance importante que o leitor o compreenda como texto constitudo por intertextos. Assim, ao entender que
a ironia se constitui pelo dilogo com outros textos, o leitor conseguir perceber no s a melancolia do discurso de um
morto, mas a galhofa, ou seja, a zombaria e o tom de brincadeira presentes em um discurso que se constri de forma
instigante e inusitada.
Participantes:

Discente: Regina Cibelle de Oliveira

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Letras
Autor: Thatiana Ribeiro Vilela
Ttulo: Educao lxico-gramatical: fundamentos para prticas reflexivas no trabalho
com a preposio POR
Palavras-Chave: Ensino/aprendizagem; Preposies; Semntica
Durante os ltimos anos, temos observado a forte propagao de trabalhos e eventos acadmicos ? que, na maioria
dos casos, so muito interessantes e nos fornecem reflexes diversas ? voltados s questes que circundam a realidade do
ensino em nosso pas. No que tange ao ensino de lngua portuguesa no diferente, porm, o que temos observado que
as questes, contribuies e ideias discutidas no chegam s salas de aula. Infelizmente, este triste quadro se deve a
inmeros fatores e, dentre eles, ao fato de que parte das pesquisas e propostas que visam a contribuir com as prticas de
ensino no conseguem sair do mbito acadmico e entrar nas escolas. Em outras palavras, temos visto muitas produes
que ficam apenas ?no papel? em detrimento da aplicao e interao de tais contribuies com o prprio ambiente escolar.
Tal problema poderia ser justificado, ora por barreiras criadas pelas escolas, que acabam impedindo, por diversas razes,
que as pesquisas adentrem as salas de aula, ora por falta de empenho dos prprios pesquisadores, que nem sempre se
interessam em ver os resultados e propostas de ensino/aprendizagem sendo aplicados em situaes reais de ensino.
Tal quadro uma das razes que motiva nossos trabalhos, pois, diferentemente do que temos observado,
desejamos contribuir de forma atuante e efetiva, dentro do que estiver ao nosso alcance, para a aplicao de prticas mais
reflexivas.
O trabalho que vimos desenvolvendo durante aproximadamente dois anos e meio fundamenta se na Teoria das
Operaes Enunciativas de Antoine Culioli (DE VOG, FRANCKEL, PAILLARD, 2011) e nas reflexes acerca da
semntica preposicional propostas na obra Grammaire des prpositions (2007), de Jean-Jacques Franckel e Denis Paillard
e composto por trs etapas diferentes.
A primeira etapa voltada ao estudo e anlise de obras cannicas que teorizam os fatos da lngua e descrevem as
preposies do portugus brasileiro.
A segunda etapa voltada para a anlise do emprego da preposio POR ? objeto de nossos estudos ? em cerca
de 230 enunciados em que buscamos evidenciar as regularidades e as principais caractersticas dessa preposio em
termos de uma definio semntica unitria que seria responsvel por justificar seus variados empregos em discurso, o que
justifica tambm nossos esforos em recuperar formas de regularidades prprias dessa unidade que so, por ora,
responsveis por responder ao papel que essa preposio desempenha na construo do sentido dos enunciados nos
quais se insere. Ainda nesta etapa, delineamos como procedimento de anlise da preposio POR o que denominamos ?
glosa?, um tipo de reformulao em que o ?acesso identidade de uma unidade pode ser constitudo pela anlise
metodologicamente controlada do papel que ela desempenha nos enunciados em que colocada em jogo, papel analisado
frente ao contexto convocado? (FRANCKEL, 2011, p.119, In DE VOG, FRANCKEL, PAILLARD, 2011).
A terceira parte, da qual trataremos aqui e cujos resultados ainda so parciais, composta pela elaborao e
aplicao de uma metodologia de ensino/aprendizagem de preposies com base nos estudos que desenvolvemos. O
aprofundamento nas questes que regem o funcionamento da preposio POR em discurso proporcionou a elaborao de
um conjunto composto por dez propostas pedaggicas reflexivas direcionadas ao trabalho em sala de aula envolvendo
preposies ? de modo particular a preposio POR ? e, consequentemente, a morfossintaxe.
A proposta conta com atividades que buscam explorar toda criatividade e conhecimento que temos, de modo no
consciente, de nossa prpria lngua, conhecimento fundamentado no que se conhece por atividade epilingustica. Em outras
palavras, grosso modo, trata-se de explorar essa espcie de ?racionalidade silenciosa? responsvel por reger e organizar
nossas escolhas lingusticas durante nossas aes de linguagem. Os exerccios por ns elaborados consistem na
observao e anlise do produto obtido atravs da manipulao de enunciados em que realizamos a permutao de
preposies, a verificao dos efeitos de sentido que uma mesma preposio pode originar na construo dos enunciados,
efeitos causados pela ausncia/presena de preposies sendo confrontadas, conhecimento das preposies existentes no
portugus brasileiro, breves discusses sobre os elementos que antecedem e que seguem a preposio etc. Destacamos
que os exerccios, alm de incitarem os alunos a perceberem o papel significativo da preposio POR dentro dos
enunciados nos quais se insere, so compostos por atividades que buscam a sistematizao do contedo apreendido por
eles, pois tambm julgamos a sistematizao gramatical como sendo um componente to necessrio quanto as reflexes
sobre a lngua em situaes reais de uso para consolidar a aprendizagem. No presente momento, apresentaremos alguns
dados bastante significativos oriundos da realizao de uma aplicao-piloto, encontrando-se em fase de execuo a
primeira aplicao completa da proposta metodolgica de ensino em uma escola da rede pblica de So Paulo com alunos
do 9ano do ensino fundamental (antiga 8 srie).
Participantes:

Discente: Thatiana Ribeiro Vilela

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Letras
Autor: Thiago Rodrigues Batista
Ttulo: Tenses entre ritmo e descrio de ambientes em O Jardim das Confidncias,
de Ribeiro Couto
Palavras-Chave: Ribeiro Couto, Ritmo, Descrio, Poesia
O projeto se prope a analisar uma seleo de poemas do livro O Jardim das Confidncias (1921), obra de estreia
do poeta Rui Ribeiro Couto. O estudo pretende explorar analiticamente os rendimentos poticos obtidos pelo autor no livro
em questo, a partir de dois aspectos tcnicos especficos. O primeiro diz respeito ao estabelecimento do ritmo potico em
cada poema analisado e no conjunto de poemas selecionados do livro em estudo. O segundo volta-se para a composio
das imagens particulares ou recorrentes, especialmente no que se refere figurao espacial, que denominaremos
"descrio de ambientes". Ao fim do trabalho de anlise est prevista uma tentativa inicial de leitura geral da obra, com o
intuito de observar possveis princpios de organizao do livro como um todo.
Participantes:

Discente: Thiago Rodrigues Batista

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Humanas - Letras
Autor: VINCIUS ALVES DE SOUZ
Ttulo: A construo da verossimilhana e do efeito fantstico em Todorov
Palavras-Chave: literatura fantstica, verossimilhana, Todorov
Esta pesquisa de iniciao cientfica intitulada ?A construo da verossimilhana e do efeito fantstico em Todorov?,
em desenvolvimento na Universidade Federal de So Paulo, na Escola de Filosofia, Letras e Cincias Humanas, no campus
Guarulhos, sob orientao da professora doutora Ana Luiza Ramazzina Ghirardi, do departamento de Letras, busca analisar
como se d a construo interna de verossimilhana na literatura fantstica. Analisando a posio crtica de Todorov de
definio de gnero, em questo o gnero fantstico, posto que o texto, para definir-se enquanto fantstico, deve
suspender o leitor por meio de artifcios que no o deixem saber exatamente se o descrito real, aceitvel e plausvel
(mesmo dentro do universo que circunscreve o conto) ou se tudo se trata de erro ou engodo por parte do narrador do conto:
aconteceu de fato o que foi narrado? Ou o narrador, devido a circunstncias deixadas, implcita ou explicitamente, se
enganou ou tenta enganar? Se, para Todorov, o ponto culminante do texto fantstico est no momento em que o leitor se
desloca da crena total no narrador e no que ele descreve a uma desconfiana levantada pelo mesmo narrador, pode-se
questionar: Quem este leitor? Quais so estes artifcios? Qual o ponto de culminncia do fantstico? E, principalmente,
como se constri este ambiente verossimilhante que gera, em algum ponto da leitura ou por toda ela, o momento de
encontro de todas as outras questes e a insero do texto, segundo Todorov, na caracterstica fantstica? Se, na teoria de
Todorov, um texto fantstico quando levanta a dvida sobre o fato de ter se dado ou no, se o narrado aconteceu ou
erro, presume-se que alguma realidade definida anteriormente e um conjunto de valores so assumidos ou presumidos
pelo leitor. Atravs da teoria todoroviana e de outros tericos como, por exemplo, Jean-Luc Steinmetz e Valerie Tritter, a
presente pesquisa busca compreender a construo da linguagem literria fantstica e sua verossimilhana atravs da
aplicabilidade ou no dessas teorias. Para tal, elegeu-se dois contos fantsticos, Onuphrius de Thophile Gautier e Conte
Populaire de Charles Laberge. O objetivo da escolha de textos de mesma lngua porm inseridos em contextos diferentes
como corpus desse trabalho a realizao de um cotejo entre eles que nos leve a compreender como so construdas as
teias lingusticas em busca de uma linguagem fantstica
Participantes:

Orientador: Ana Luiza Ramazzina Ghirardi


Discente: Vincius Alves de Souza

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Amanda Eloisa de Oliveira
Ttulo: DESENVOLVIMENTO DE FORMAS FARMACUTICAS MULTIPARTICULADAS
REVESTIDAS PARA ADMINISTRAO ORAL DO COMPLEXO
PAPANA-CICLODEXTRINA: MINICOMPRIMIDOS DE LIBERAO GSTRICA E
ENTRICA
Palavras-Chave: Papana, formulaes, complexo papana-ciclodextrina, minicomprimidos
A produo de comprimidos por compresso direta requer da mistura de ps boas caractersticas de fluxo e
aglutinabilidade. Para a elaborao de minicomprimidos tais caractersticas so ainda mais importantes, uma vez que a
cmara de compresso formada pela matriz e puno inferior deve possuir dimetro igual ou inferior a 3 mm de dimetro. O
objetivo deste trabalho foi avaliar as caractersticas de fluxo de dois excipientes farmacuticos, celulose microcristalina PH
102 (MCC) e amido pr-gelatinizado (APG), isolados e em formulao inerte, para posterior incorporao de papana livre
ou papana-ciclodextrina em diferentes propores. Para tanto, as densidades aparente e compactada ds ps e das
formulaes inertes (F1 a F3) foram determinadas atravs de 1000 batidas intermitentes de mesma frequncia e
intensidade. Os valores de volume foram registrados e os valores de densidade aparente e compactada, ndice de Carr e
razo de Hausner foram calculados. Cerca de 50 g das mesmas amostras tambm foram analisadas quanto ao ngulo de
repouso e velocidade de escoamento. Alm dos mtodos clssicos para medida de fluxo ps, as amostras foram
submetidas a avaliao de escoamento atravs de tenses de compactao (5 nveis) e toro (3 nveis) do equipamento
de anlise de fluxo de ps. Para tanto, a cmara de medida foi integralmente preenchida com as amostras de p (MCC e
APG isolados ou formulaes F1 a F3), sendo registrados os valores de tenso de consolidao, maior tenso de
consolidao e tenso para escoamento de material no confinado. Os dados coletados permitiram os clculos de
densidade e tenso de preenchimento, densidade compactada aps ciclos de tenso, ngulo de atrito e tenso de coeso
para escoamento em estado de equilbrio, funo de fluxo, alm de dados crticos para a formao de arco de p. Os
resultados revelaram que todas as formulaes testadas possuem caractersticas de escoamento superior s apresentadas
pelos excipientes isolados. A variao na concentrao dos agentes lubrificantes/deslizantes estearato de magnsio/dixido
de silcio coloidal (5,5, 6,3 e 7,2% p/p, para formulaes de F1 a F3 respectivamente) no resultou em variaes
expressivas no comportamento de escoamento das mesmas. Ao contrrio, verificou-se melhora expressiva quando
comparada aos excipientes isolados, MCC e APG. As funes de fluxo para cada amostra testada revelaram
comportamento uniforme das formulaes e APG quanto a maior tenso necessria para que um p no confinado escoe.
Ao contrrio, a comparao entre os interceptos das funes de fluxo revelam que as formulaes praticamente no
ofecerem resistncia ao escoamento das amostras antes de sofrer compactao (interceptos iguais a 0,016, 0,012 e 0,016
KPa para F1 a F3, enquanto que as funes de fluxo para os excipientes apresentaram interceptos de 0,111 KPa para MCC
e 0,052 KPa para APG, revelando maior resistncia destes materiais para escoar livremente. Aps os ciclos de
compactao e toro, verificou-se que todas as formulaes testadas apresentaram comportamento de fluxo intermedirio
entre escoamento fcil a coesivo, tendendo ao primeiro. Entretanto, os valores crticos para formao de arco de p indicam
que as formulaes F1 a F3 possuem melhores caractersticas de fluxo, uma vez que os ngulos efetivos de frico interna
foram relativamente menores (42,0, 44,8, 42,7 para F1 a F3, respectivamente) aos obtidos para os excipientes isolados
(47,0 para MCC e 45,2 para APG). As medidas clssicas de fluxo indicaram no haver diferenas expressivas entre as
formulaes testadas, sendo obtidos valores prximos para ndice de Carr e razo de Hausner. As medidas de ngulo de
repouso indicaram um melhor comportamento de escoamento para F2 (20,064). Os resultados obtidos indicam que as
formulaes testadas promoveram uma melhora nas caractersticas de fluxo dos excipientes quando isolados. Dentre as
trs formulaes testadas a F2, com cerca de 6,3% de lubrificantes/deslizantes, demonstrou o melhor comportamento de
escoamento, sendo esta a mais promissora para a veiculao de papana livre ou do complexo papana-ciclodextrina na
produo de minicomprimidos por compresso direta.
Participantes:

Orientador: Newton Andreo Filho


Docente: Gustavo Henrique Costa Varca
Docente: Patrcia Santos Lopes
Discente: Letcia Midori Anzai

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: ANA CAROLINA YUMI ITIKAWA
Ttulo: Avaliao do perfil de sensibilizao alrgica de crianas e adolescentes
acompanhados por asma e/ou rinite alrgica em servio especializado
Palavras-Chave: ALERGIA EM CRIANAS
Ttulo: prevalncia de reaes alrgicas de acordo com o alrgeno e a faixa etria em crianas de 0 a 18 anos.
Autores: Itikawa, A. C. Y. ; Sol, D.
Objetivo: observar se os resultados obtidos do exame de prick test de cada alrgeno so possveis de serem
relacionados com cada faixa etria.
Mtodo: pacientes do Ambulatrio de Alergia Peditrica da UNIFESP foram submetidos ao exame de "prick test"
(teste de puntura)
com os seguintes alrgenos: Dermatophagoides pteronyssinus, Dermatophagoides farinae, Blomia
tropicali, Blatella germanica, Periplaneta americana. Os resultados de cada teste foram colocados em uma planilha, sendo
separados por alrgeno e faixa etria, sendo excludos aqueles em que a papula da histamina foi menor que 3mm. Assim,
com bases estatsticas pode-se observar estatisticamente a prevalncia de reaes alrgicas de acordo com a idade e cada
alrgeno
Resultadosbe concluso : o estudo estatstico ainda no foi concludo.
Participantes:

Discente: ANA CAROLINA YUMI ITIKAWA

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Andr Guimaro Abego Piva Cossi
Ttulo: Nefropatia por Imunoglobulina A: perfil clnico-laboratorial e histopatolgico
Palavras-Chave: Perfil clnico-laboratorial; Nefropatia por IgA
Nefropatia por Imunoglobulina A: perfil clnico-laboratorial e histopatolgico
I. Aluno: Andr Guimaro Abego Piva Cossi
II. Orientador: Profa. Dra. Gianna Mastroianni Kirsztajn
III. Local de Trabalho: Setor de Glomerulopatias, Disciplina de Nefrologia da EPM - UNIFESP.
IV. Projeto
1. Introduo ? Caracterizao do problema
A nefropatia por IgA muito comum no universo das doenas glomerulares e o principal diagnstico
histopatolgico de bipsias renais em pases desenvolvidos, incluindo Reino Unido, Portugal, Japo e Espanha. A
quantidade de casos em pases subdesenvolvidos ligeiramente menor; no entanto, os ndices podem estar subestimados,
uma vez que essa doena pode apresentar-se sob vrias formas, inclusive subclnica, dificultando a suspeita diagnstica.
As apresentaes clnicas so diversas e o prognstico, muito varivel. Os pacientes podem apresentar desde uma
condio benigna at insuficincia renal aguda. A maioria dos casos que cursa com proteinria progride, com uma reduo
gradual da atividade renal e perda de funo no perodo de dez a vinte anos, ficando assim o paciente dependente de
terapias de substituio da funo renal.
Faltam de fato estudos que caracterizem o perfil da nefropatia por IgA na populao brasileira, contemplando as
suas peculiaridades genticas e raciais, entre outras.
A ausncia dessas informaes inquietante, uma vez que, por razes no esclarecidas, h diferenas
considerveis em relao ao prognstico de pacientes de diferentes nacionalidades. Acredita-se que at a fisiopatologia
relacionada ao desenvolvimento da doena difere conforme as caractersticas do ambiente s quais o individuo exposto.
2. Objetivos e metas
Os objetivos do projeto so:
? Estabelecer o perfil clnico-laboratorial e histopatolgico de pacientes brasileiros com Nefropatia por
Imunoglobulina A.
? Identificar as principais caractersticas histopatolgicas da doena na populao brasileira.
? Identificar os principais tratamentos realizados no servio (EPM-UNIFESP), assim como estabelecer a eficcia
desses mtodos para evitar ou desacelerar a taxa de progresso para insuficincia renal.
3. Metodologia e estratgia de ao
Atravs dos pronturios de pacientes do Ambulatrio de Glomerulopatias da EPM-UNIFESP, foi realizado um estudo
retrospectivo. Os pacientes com diagnstico de nefropatia por deposio de Imunoglobulina A foram selecionados. Os
dados relacionados ao tratamento, manifestao clnico-laboratorial e achados histopatolgicos desses pacientes foram
anotados.
Os principais parmetros avaliados foram:
1)
Idade no primeiro atendimento;
2)
Sexo;
3)
Tempo de acompanhamento ambulatorial;
4)
Diagnsticos sindrmico e histolgico;
5)
Perfil laboratorial:
? Determinaes inicial e final de proteinria de 24 horas;
? Proteinria inicial e final em amostra isolada de urina;
? Creatinina srica inicial e final;
6)
bito ou perda de seguimento;
7)
Perda de funo renal (dobrar a creatinina srica inicial);
8)
Necessidade de terapia de substituio renal (dilise, transplante renal);
9)
Principais tratamentos (imunossupressores e renoprotetores).
4. Resultados
Foram identificados 87 pronturios de pacientes no Ambulatrio do Setor de Glomerulopatias da UNIFESP/EPM,
portadores da doena Nefropatia por IgA. Esses pronturios incluem pacientes em acompanhamento no Setor ou que
passaram por acompanhamento nele.
Houve um predomnio de pacientes do sexo masculino em relao ao feminino. A idade variou de 14-65 anos, com
predomnio da faixa etria de 30-50 anos.
Quatro pacientes evoluram com perda da funo renal durante o acompanhamento, necessitando de terapia de
substituio renal (hemodilise). Outro paciente realizou hemodilise devido a insuficincia renal aguda, porm recuperou a
funo aps tratamento imediato. Dois outros pacientes j iniciaram o tratamento com terapia de substituio renal devido
apresentao como doena crnica avanada nos atendimentos iniciais. A maioria dos pacientes restantes manteve
indcios laboratoriais da doena, porm sem necessidade de terapia de substituio.
O valor mdio da proteinria de 24h dos pacientes em que tais dados constavam no pronturio foi de 1,59 g no incio
(obtidos no primeiro exame de P24h do pronturio no momento da coleta de dados) e 0,84 g nas avaliaes finais (obtidos
no ltimo exame de P24h que constava no pronturio no momento da coleta de dados).
O valor mdio da creatinina srica dos pacientes que apresentaram esses dados no pronturio foi de 1,49 mg/dL e
1,69 mg/dL, respectivamente.
O tratamento usado privilegiou medicaes antihipertensivas e imunossupressoras (incluindo corticoterapia oral,
corticoterapia em pulso e outros imunomoduladores).
5. Concluses
Os pronturios analisados reafirmaram o aspecto heterogneo de apresentao e progresso da doena tambm na
populao estudada. Algumas similaridades com outras populaes foram reafirmadas. Embora o tratamento tenha sido
relativamente padronizado, os desfechos foram bastante variados.
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rea: Medicina Aplicada
Autor: Andr Guimaro Abego Piva Cossi
Participantes:

Discente: Andr Guimaro Abego Piva Cossi

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rea: Medicina Aplicada
Autor: Bruna Maria Bernardi Forte
Ttulo: Aspectos psicossociais e comportamentos relacionados ao ciclo gravdico
Palavras-Chave: gestao; sobrepeso; funo sexual feminina; coito.
FUNO SEXUAL DE GRVIDAS
COM SOBREPESO
Relatrio Parcial
Bruna Maria Bernardi Forte
Orientadora
Profa. Dra. Rosiane Mattar
Pesquisadoras associadas
Meireluci Costa Ribeiro
Maria Regina Torloni
Departamento de Obstetrcia da Escola Paulista Medicina
Universidade Federal de So Paulo
Processo: CNPQ n. 156234/2012-2
Vigncia do projeto:De 01/09/2012 a 31/07/2013
Perodo coberto pelo presente relatrio cientfico: 01/09/2012 a 09/04/2013
So Paulo
2013
Objetivos
Avaliar e comparar a funo sexual (a partir dos domnios excitao, desejo, orgasmo, satisfao marital e
dispareunia) em gestantes com sobrepeso e eutrficas no segundo trimestre gestacional.
Material e mtodos
Est sendo realizado um estudo observacional, analtico e transversal com gestantes em acompanhamento no
pr-natal da Universidade Federal de So Paulo ? Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM) e em sala de espera do
Laboratrio Central da mesma instituio, desde agosto de 2012. Este estudo parte do projeto submetido e aprovado pela
comisso de tica mdica da mesma universidade, sob o protocolo nmero 1534/2011.
Grvidas com idade gestacional entre 14 e 28 semanas so convidadas a participar da pesquisa. Todas as
participantes assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, fornecido no ato da entrevista. As gestantes so
categorizadas em dois grandes grupos segundo o seu IMC pr-gestacional: eutrficas (18,5-24,9) e com sobrepeso (? 25
Kg/m2). O clculo do IMC das participantes baseado em peso pr-gestacional habitual auto referido.
Aquelas que preenchem os critrios de elegibilidade e concordam em participar, recebem questionrios para serem
preenchidos de forma individual, escrita e annima.
Instrumentos para coletas de dados
Para coleta de dados esto sendo utilizados os seguintes questionrios: Questionrio sociodemogrfico, para
caracterizao da participantes; e ndice da Funo Sexual Feminina (IFSF), 5 questionrio que avalia as fases do ciclo de
resposta sexual da mulher: desejo, excitao, lubrificao e orgasmo, bem como a satisfao sexual e a dispareunia
Resultados
Um total de 64 mulheres foi convidado a participar do estudos e 6 foram excludas : 5 no tinham parceiro sexual
disponvel no ltimo ms, 1 apresentava hipotireoidismo, e 1 se recusou a responder. Cinquenta e sete mulheres
preencheram os critrios de incluso, sendo formados dois grupos: 28 mulheres com sobrepeso, e 29 eutrficas. O tempo
mdio para o preenchimento dos questionrios foi de 30 minutos.
A partir do questionrio sociodemogrfico, obtivemos que a maioria era casada, parda, com ensino mdio completo,
trabalhava, era multpara e tinha renda mensal familiar entre 1 e 3 salrios mnimos.
Segundo o IFSF, todas as participantes apresentaram sintomas de disfuno sexual (escore total menor ou igual a
26), o que bastante comum durante a gestao. Os escores foram de 20,3 12,0 e 21,6 10,5, para as eutrficas e com
sobrepeso, respectivamente (p=0,660). No grupo das eutrficas, 16 (54%) apresentaram sintomas de disfuno sexual,
enquanto que no grupo com sobrepeso 13 (45%) apresentaram tais sintomas. No houve diferena estatisticamente
significante entre os grupos (p=0,506).
Concluses
De acordo com os resultados preliminares, a funo sexual do grupo com sobrepeso no mostrou-se mais
comprometida que a do grupo de eutrficas, no segundo trimestre gestacional, contrariando nossa hiptese inicial.
Entretanto, continuaremos colhendo dados para obter um resultado mais significativo. Esperamos concluir a pesquisa com
100 gestantes, 50 em cada grupo, mas possvel que essa meta no seja atingida at junho, visto que temos dificuldades
em encontrar gestantes hgidas nos ambulatrios da UNIFESP, uma vez que, sendo um centro de referncia, h maior
procura por gestantes com complicaes, enquanto as saudveis podem realizar o pr- natal em unidades bsicas de
sade.
Participantes:

Orientador: Rosiane Mattar


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rea: Medicina Aplicada
Autor: Bruno de Souza Oliveira Fonto
Ttulo: Atividade Fsica em Pacientes Submetidas Mamoplastia Redutora
Palavras-Chave: Atividade fsica, mamoplastia redutora
Atividade Fsica em Pacientes Submetidas Mamoplastia Redutora
Bruno de Souza Oliveira Fonto
Orientador : Prof. Dr. Miguel Sabino Neto
Co-orientador: Dra. Vanessa Contato Lopes Resende
Disciplina de Cirurgia Plstica
Departamento de Cirurgia
Escola Paulista de Medicina
Universidade Federal de So Paulo

So Paulo
2011

Projeto de Pesquisa
Ttulo: Atividade fsica em pacientes submetidas mamoplastia redutora
Nome do aluno:
Bruno de Souza Oliveira Fonto
Nome do orientador:
Prof. Dr. Miguel Sabino Neto
Nome do co-orientador:
Dra. Vanessa Contato Lopes Resende
Local de Trabalho:

Ambulatrio de Cirurgia Plstica


Departamento de Cirurgia

1- INTRODUO
A sade composta por diversos fatores inclusive bem-estar fsico e psquico (WHO, 1958). Nesse sentido,
considera-se um grande progresso da medicina moderna a compreenso de que a avaliao dos resultados do tratamento
no deve ser feita apenas por exames clnico-laboratoriais ou pela equipe mdica, mas tambm pelos prprios pacientes
(Silva, 2007). Assim, pode-se avaliar o impacto total de um tratamento, sob a perspectiva do paciente, seja qual for a
tcnica cirrgica utilizada, uma vez que o que se deseja atingir um resultado esttico e funcional que melhore o impacto
fsico, emocional e social da vida do paciente.(Kokuba, 2006)
Dentre as alteraes das mamas, grande ateno dada para a hipertrofia mamria, que foi inicialmente definida
como aumento da glndula mamria acima dos limites fisiolgicos. Porm o conceito de hipertrofia mamria ultrapassa a
simples mensurao do tamanho das mamas (GONZALES et al., 1993).
FRANCO & REBELLO (1977) classificaram as hipertrofias mamrias em trs diferentes graus. O primeiro grau diz
respeito a uma desproporo entre o tamanho das mamas e o biotipo da paciente, sendo as queixas relativas e geralmente
de ordem esttica. So classificadas como segundo grau as hipertrofias mamrias acompanhadas de dores nas costas,
cansao acentuado ao final do dia e presena de marcas nos ombros decorrentes da compresso causada pelas alas da
vestimenta feminina.
Correspondem ao terceiro grau as hipertrofias cujos mamilos podem estar situados no nvel da regio umbilical; so
os casos extremos. H maior dificuldade em vestir-se, agravamento das dores nas costas e marcas nos ombros, leses na
pele e pode haver casos de sobrecarga circulatria, dispnia e alteraes sseas na coluna vertebral.
Baseando-se em critrios objetivos, sem anlise da sintomatologia, SACCHINI (1991) utilizou a mdia das medidas
realizadas entre o mamilo e o sulco inframamrio, e entre o mamilo e o esterno para classificar as mamas, individualmente,
em pequena, mdia e grande. So consideradas pequenas as mamas cuja mdia for menor do que nove; se a mdia
estiver entre nove e onze essas mamas sero classificadas como mdias. As mamas grandes so as de mdia maior do
que onze.
Nos casos de hipertrofia mamria, a correo feita atravs da mastoplastia redutora, um procedimento cirrgico
que traz um alto grau de satisfao para as pacientes, independentemente da tcnica cirrgica utilizada, apesar de algumas
vezes resultar em assimetrias, alteraes de sensibilidade da placa arolo papilar e cicatrizes inestticas (SERLETTI et al.,
1992).
A maioria das mulheres que procuram o cirurgio plstico para mamoplastia redutora o fazem para alvio dos
sintomas fsicos associados com a hipertrofia mamria. As queixas comuns incluem dor nas costas, pescoo e ombros. No
entanto, essas mulheres, muitas vezes tambm apresentam sinais de reduo da atividade fsica e da sade de uma forma
geral, incluindo baixa autoestima ( SINGH et al., 2010).
A relao entre atividade e sade fsica no recente, tendo sido mencionada em antigos textos chineses, indiano,
gregos e romanos. No entanto, somente nas ltimas trs dcadas que se pode confirmar que o sedentarismo tem uma
relao direta com as taxas de mortalidade da populao ( STEPHENS ) . Estudos epidemiolgicos tm demonstrado forte
relao entre a inatividade e a presena de fatores de risco cardiovascular como hipertenso, resistncia insulina,
diabetes no insulino-dependente, dislipidemia e obesidade ( RENNIE et al., 2003 ). Por outro lado, a prtica regular de
atividade fsica tem sido recomendada para a preveno e tratamento das doenas supracitadas, doenas crnicas como
osteoporose, alguns tipos de cncer, como o de clon e o de mama, reduo do estresse e melhora da autoestima.Tal
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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Bruno de Souza Oliveira Fonto
relao se torna evidente pela diminuio do aparecimento de sequelas, reduo da necessidade de internao, menor
quantidade de medicamentos necessrios ao controle desses agravos, o que incide na reduo de custos com servios
mdico hospitalares; visto isso, pode-se afirmar que a atividade fsica isoladamente j pode ser considerada uma excelente
alternativa para conteno de gastos com sade pblica.
Atualmente mais de dois milhes de mortes no mundo que poderiam ser evitadas com o exerccio (WASHBURN et
al, 1993). Em 2002 o estado de So Paulo gastou milhes de reais com o sedentarismo, o que correspondeu a 3,6% do
total de gastos em sade no estado e a mais da metade do total de gastos hospitalares (179,9 milhes) com dez problemas
de sade associados inatividade. Fatores de risco como a ausncia de atividade fsica, o tabagismo e a alimentao
inadequada, diretamente relacionados ao estilo de vida, so responsveis por mais de 50% do risco total de desenvolver
algum tipo de doena crnica, mostrando-se, nessa relao causal, mais decisivos que a combinao de fatores genticos
e ambientais. Dentre esses fatores, possvel observar que o sedentarismo mostra-se como o fator mais prevalente na
populao independente do sexo ( PINTO, 1999 ).
Recentemente, BROWN ( 2008) relatou uma melhora de 22% na atividade fsica aps mamoplastia redutora (
SINGH et al., 2010).
H poucos trabalhos na literatura relacionando mamoplastia redutora e atividade fsica, e suas possveis implicaes
na qualidade de vida e sade das pacientes. Em considerao a isso e s necessidades de novos estudos e
acompanhamentos de pacientes, fez-se necessria a realizao deste protocolo.

2 ? OBJETIVOS E METAS
O objetivo deste estudo avaliar o nvel de atividade fsica em mulheres submetidas mamoplastia redutora,
atravs da aplicao do Questionrio Internacional de Atividade Fsica proposto pela Organizao Mundial da Sade (IPAQ)
(Anexo II) em 1998. Esta investigao ir contribuir para a identificao de parmetros de evoluo da qualidade de vida
destas pacientes.
3 ? MATERIAIS E MTODOS
Ser realizada uma pesquisa
controlada, aleatorizada, aberta. A coleta
Plstica de Mama, Disciplina de Cirurgia
de So Paulo ? SP.
A Casustica ser composta de
mamria, com desejo de realizar cirurgia
seguir.

clnica em estudo primrio, intervencional, longitudinal, prospectiva, analtica,


de dados ser realizada no Ambulatrio da Cirurgia Plstica, no Setor de Cirurgia
Plstica ? UNIFESP, localizado na Rua Jos de Magalhes, nmero 340 na cidade
60 pacientes, que procurarem o ambulatrio de Cirurgia Plstica, com hipertrofia
de mastoplastia redutora, cumprindo os critrios de incluso e excluso descritos a

3.1 - Critrios de Incluso:


? Sujeitos do gnero feminino;
? Idade entre 18 e 45 anos;
? ndice de massa corporal (IMC) menor ou igual a 30 Kg/m;
? Presena de hipertrofia mamria:
o ndice de Sacchini maior do que 11 - mamas de tamanho grande com critrios para classificao da hipertrofia
mamria em segundo ou terceiro graus, segundo classificao de FRANCO & REBELLO (1977);
? que tenha procurado o ambulatrio para correo cirrgica de
hipertrofia mamria;
? Unio conjugal estvel;
? Sem comorbidades ou uso de medicamentos cronicamente;
? Capacidade de entendimento dos questionrios.
3.2 - Critrios de Excluso:
? Gestao, parto ou lactao h menos de um ano;
? Presena de doenas sistmicas ou uso crnico de medicamentos;
? Tabagismo;
? Pacientes com ndice de Massa Corporal Maior que 30 Kg/m;
? Pacientes Analfabetos;
? Cirurgia prvia na mama;
? Grande assimetria mamria:
o Hipertrofia mamria unilateral;
o Hipertrofia mamria bilateral com assimetria acentuada. (sero consideradas assimtricas as mamas cuja
diferena entre as mdias das mamas direita e esquerda for superior a 2 cm (SACCHINI et al., 1991);
As pacientes selecionadas sero aquelas avaliadas no Ambulatrio de Cirurgia Plstica, que tenham indicao
cirrgica e que cumpram os requisitos dos critrios de incluso e excluso. As pacientes sero submetidas a preparo
pr-operatrio de rotina (colher exames de sangue, que incluem Hemograma e Coagulograma Completos, Sdio, Potssio,
Uria, Creatinina, Glicemia de Jejum, Raio X de Trax, Eletrocardiograma) alm de Ultrassonografia de mamas ou
mamografia (conforme indicao pela idade da paciente).
Tais pacientes sero convidados a participar do estudo aps assinatura do Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido ( Anexo I ).
As pacientes sero divididas em dois grupos (contendo 30 pacientes em cada), determinados por sorteio
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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Bruno de Souza Oliveira Fonto
randomizado, sendo um grupo selecionado como tratamento onde as pacientes respondero ao questionrio sobre
atividade fsica ( IPAQ ) no pr operatrio, e no ps operatrio de 6 meses. O segundo grupo ser grupo controle, onde as
pacientes respondero ao questionrio no ato da consulta de avaliao e aps 6 meses, sendo que sero operadas aps as
pacientes do grupo tratamento serem operadas, e aps terem respondido ao segundo questionrio.
O questionrio a ser utilizado trata de perguntas relacionadas as atividades desenvolvidas durante uma semana
habitual, onde so relatadas atividades no trabalho, em casa, com transporte e lazer. Gasta-se em mdia 10 minutos para o
seu preenchimento, que ocorre de forma auto-aplicvel. Ele est devidamente traduzido e validado para o portugus do
Brasil ( PARDINI et al., 2001 ).
Este instrumento foi aplicado com sucesso para avaliar nvel de atividade fsica em diferentes populaes, entre eles
um estudo multicntrico publicado em 2009 por Bauman et al., que analisou a prevalncia de atividade fsica em indivduos
de 20 pases ( BAUMAN et al., 2009 ) , e em pacientes com esclerose mltipla ( WYNIA et al., 2008 ) de forma comparativa
no pr e ps-operatrio de artroplastia ( NAAL ET al., 2009 ) em mulheres aps o diagnstico de cncer de mama
(Johnson-Kozlow ET al., 2006 ) e em pacientes esquizofrnicos ( FAULKNER, 2006 ), entre outros.

3.3 ? TCNICA OPERATRIA


As cirurgias sero realizadas pela equipe de Cirurgia Plstica da Escola Paulista de Medicina.
Todas as pacientes sero submetidas mamoplastia redutora, sendo que o grupo tratamento ser operado primeiro
( como j descrito anteriormente ).
3.4 ? PS OPERATRIO
Ser realizado acompanhamento usual de ps-operatrio para realizao de curativos e retirada dos pontos. O grupo
tratamento responder ao questionrio pela segunda vez no ps operatrio de 6 meses.
3.5 ? CLASSIFICAO DO IPAQ
As pacientes tero seus dados tabulados, avaliados
orientao do prprio IPAQ, que divide e conceitua as categorias em:

sero

posteriormente

classificados

de

acordo

com

Sedentrio ? No realiza nenhuma atividade fsica por pelo menos 10 minutos contnuos durante a semana;
Insuficientemente Ativo ? Consiste em classificar os indivduos que praticam atividades fsicas por pelo menos 10
minutos contnuos por semana, porm de maneira insuficiente para ser classificado como ativos. Para classificar os
indivduos nesse critrio, so somadas a durao e a freqncia dos diferentes tipos de atividades (caminhadas +
moderada + vigorosa). Essa categoria divide-se em dois grupos:
Insuficientemente Ativo A ? Realiza 10 minutos contnuos de atividade fsica, seguindo pelo menos um dos critrios
citados: freqncia 5 dias/semana ou durao ? 150 minutos/semana;
Insuficientemente Ativo B ? No atinge nenhum dos critrios da recomendao citada nos indivduos
insuficientemente ativos A;
Ativo ? Cumpre as seguintes recomendaes: a) atividade fsica vigorosa ? > 3 dias/semana e > 20 minutos/sesso;
b) moderada ou caminhada ? > 5 dias/semana e > 30 minutos/sesso; c) qualquer atividade somada: > 5 dias/semana e
>150 min/semana;
Muito Ativo ? Cumpre as seguintes recomendaes: a) vigorosa ? > 5 dias/semana e > 30 min/sesso; b) vigorosa ?
> 3 dias/semana e > 20 min/sesso + moderada e ou caminhada 5 dias/semana e > 30 min/sesso.
3 ? RESULTADOS PARCIAIS
As 30 pacientes do grupo cirrgico ( caso ) j foram operadas. 29 pacientes responderam aos 2 questionrios; uma
delas no respondeu ao segundo, somente ao primeiro.
Todas as pacientes do grupo controle foram operadas. Porm, todas j responderam aos 2 questionrios.
Contudo, os dados fornecidos pelos questionrios ainda no foram estatisticamente analisados.
4 ? DISCUSSO
Nenhuma anlise estatstica foi feita at o momento. Assim que tabelados, os resultados sero submetidos a testes
estatsticos. Ser aplicado o teste de Wilcoxon para comparar a evoluo dos dois grupos, e o teste de Mann-Whitney, para
comparar os dois grupos entre si.
O projeto no apresentou grandes dificuldades para execuo, apenas o fato de 1 paciente do grupo cirrgico no
ter respondido ao segundo questionrio por problemas pessoais.
5 ? APOIO
Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico ? CNPq.
Participantes:

Orientador: Miguel Sabino Neto


Orientador: Vanessa Contato Lopes Resende

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rea: Medicina Aplicada
Autor: Clarissa Schmidt Rogel
Ttulo: Traumas de infncia em pacientes com transtorno depressivo refratrio
unipolar e bipolar
Palavras-Chave: depresso, refratariedade, maus tratos na infncia
OBJETIVO: estudar a prevalncia de traumas de infncia em pacientes com depresso refratria unipolar e bipolar
atendidos em ambulatrio psiquitrico.
MTODO: 28 pacientes do Ambulatrio de Doenas Afetivas e Ansiosas da UNIFESP, com transtorno depressivo
unipolar e bipolar diagnosticados clinicamente e por meio do SCID-CV, foram avaliados. Foi utilizado o Questionrio sobre
Traumas na Infncia (QUESI verso em portugus do CTQ - Childhood Trauma Questionnaire) que mensura cinco formas
de traumas: abuso emocional, abuso fsico, abuso sexual, negligncia emocional e negligncia fsica. Foram avaliadas as
frequncias de cada tipo de abuso nos pacientes selecionados.
RESULTADOS: 82% so do sexo feminino; 57% casados; 86% residem na cidade de So Paulo; 40%
desempregados ou afastados; 86% moram com algum; 93% tm suporte familiar; 86% so independentes. Depressivos
unipolares 64% e os bipolares 36%; 79% no faz psicoterapia e 54% tem algum parente de 10 grau com transtorno de
humor. Foi constatado que 96,4% dos entrevistados possuem algum trauma na infncia: 78,6% sofreu abuso emocional;
53,6% sofreu abuso fsico; 32,1% sofreu abuso sexual; 78,6% foi negligenciado emocionalmente; 71,4% foi negligenciado
fisicamente.
CONCLUSO: a prevalncia de traumas na infncia alta entre os pacientes com transtornos depressivos. Esta
associao tem sido observada na literatura reforando a hiptese de que esses traumas predispem ao transtorno
depressivo na fase adulta, devido s alteraes no sistema neuroendcrino causadas pela exposio precoce ao estresse.
Participantes:

Orientador: Sergio Baxter Andreoli


Docente: Ana Cecilia Lucchese
Docente: Luciana Maria Sarin
Docente: Jos Alberto DelPorto
Discente: Adriana Gonzalez Bueno
Discente: Aline Cacozzi

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rea: Medicina Aplicada
Autor: Danielle Akemi Bergara Kuramoto
Ttulo: Imunizao para difteria e ttano em pacientes submetidos a transplante de
clulas tronco-hematopoiticas
Palavras-Chave: imunizao; difteria; ttano;transplante; clulas tronco-hematopoiticas
Introduo
Os avanos no tratamento de doenas do sistema imune e das neoplasias tornaram os transplantes de clulas
tronco-hematopoiticas (TCTH) um mtodo teraputico cada vez mais comum. Sabe-se, entretanto, que a teraputica
pr-transplante (quimioterapia em altas doses, associada ou no radioterapia) acaba por destruir os elementos
imuno-hematopoticos dos indivduos submetidos a essa forma de tratamento, o que acarreta uma imunodepresso com
durao de tempo varivel.
Alm disso, a destruio destes elementos celulares do sistema imune de pacientes submetidos TCTH leva perda
da memria imunolgica a agentes infecciosos aos quais eles foram expostos previamente e s vacinas recebidas antes do
transplante. A revacinao , portanto, necessria para assegurar imunidade a pacientes transplantados contra doenas
que podem ser prevenidas, tais como ttano e difteria.
Os objetivos desta pesquisa foram:
- Identificar a forma como se d revacinao de pacientes ps-TCTH com base nos registros presentes na carteira
de vacinao.
- Determinar a resposta imunolgica humoral para difteria e ttano de pacientes transplantados com clulas
tronco-hematopoiticas.
Casustica e Mtodos
Foram convidados a participar pacientes submetidos a transplante autlogo ou alognico, realizado no Instituto de
Oncologia Peditrica da UNIFESP (IOP-GRAACC), at a idade de 21anos e h pelo menos 3 anos do TCTH. O momento
de incluso no estudo, assim como a coleta de dados clnicos com base no carto de vacina, coincidiu com a data em que
os pacientes retornavam ao servio de sade para acompanhamento peridico.
Aqueles que concordaram em participar assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido aprovado pelo
Comit de tica em Pesquisa da UNIFESP, autorizando a incluso no estudo.
Uma ficha foi preenchida para cada um deles com os seguintes dados: identificao, doena de base que motivou o
transplante, tipo de transplante, regime de condicionamento, profilaxia de DECH, medicao no momento da coleta de
dados, intercorrncias importantes ps-TCTH, carteira de vacinao, doena do enxerto contra o hospedeiro (DECH),
especialmente crnica e seu tratamento. A seguir, foi coletada uma amostra de 5 mL de sangue em tubo seco. Aps a
retrao do cogulo, o sangue foi centrifugado e o soro separado em alquotas e armazenado a -80 oC at as dosagens de
anticorpos.
Foram considerados em dia com a vacinao para difteria e ttano indivduos que, decorridos 36 meses aps o
transplante, apresentaram 3 doses de DTP ou dT com subsequente reforo a cada 10 anos.
A dosagem de anticorpos contra ttano, assim como contra difteria, foi realizada utilizando o mtodo de ELISA
duplo-antgeno.
Para avaliao de imunidade para ttano e difteria, foram considerados nveis protetores de anticorpos aqueles que
estiverem de acordo com a literatura: >0,1 IU/mL, imunidade de longa durao; anticorpos >0,01 e <0,1 IU/mL, imunidade
de curta durao; anticorpos <0,01 IU/mL, suscetibilidade.
Resultados
Sessenta e nove indivduos foram includos no projeto. A mediana de idade no momento da incluso no estudo foi de
15,9 anos, variando de 3,0 a 25,7 anos; 46/69 eram do sexo masculino (66,7%). O TCTH foi realizado na idade mediana de
10,5 anos, variando de 0,7 a 21,1 anos.
incluso no trabalho, os pacientes haviam realizado o TCTH h 4,0 anos (valores medianos), variando de 1,7 a
10,0 anos.
Foi possvel avaliar a carteira de vacinao de 56 dos 69 indivduos (81,2%). Em 4 das carteiras no houve registro
de nenhuma dose de vacina para ttano e difteria. Cinquenta e dois dos 56 (92,9%) apresentavam pelo menos 1 dose de
vacina para ttano e difteria registrada em carteira e 46/56 tinham 3 doses registradas (82,1%). A mediana de intervalo de
tempo ps-TCTH da primeira dose de vacina foi de 1,3 anos (variao, 0,6 a 3,4 anos) e da terceira dose foi de 1,9 anos
(1,3 a 5,0).
A mediana dos nveis de anticorpos para ttano dos 69 indivduos avaliados foi de 1,032 UI/mL, variando de 0,005 a
55,505 UI/mL; para difteria, estes nveis foram de 0,988 UI/mL, variando de 0,005 a 26,509 UI/mL.
Quando classificados quanto categoria de imunidade para as duas doenas, observamos que 63 (91,30%) dos 69
indivduos apresentavam imunidade de longa durao, 3 (4,35%), imunidade de curta durao e 3 (4,35%) eram suscetveis
ao ttano. Para difteria, esses valores foram, respectivamente: 56 (81,20%), 10 (14,45%) e 3 (4,35%).
Concluses
Crianas e adolescentes submetidos a TCTH no Instituto de Oncologia Peditrica completam, na sua maioria, o
esquema de revacinao para ttano e difteria ps-TCTH 1,9 anos aps este tratamento. Ao serem avaliados para
anticorpos para as duas doenas, a maioria deles apresenta concentraes de anticorpos considerados protetores.
Entretanto, uma parcela ainda est suscetvel ou apresenta nveis de anticorpos muito baixos, merecendo uma avaliao
dos fatores associados ao fato de no terem completado a vacinao e, em caso de o terem realizado, dos fatores que
podem ter impedido uma resposta adequada profilaxia.
Participantes:

Orientador: Maria Isabel de Moraes Pinto


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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Danielle Akemi Bergara Kuramoto
Docente: Adriana Seber
Docente: Roseane Gouveia
Docente: Valeria Giani
Discente: Fernanda Gouvea Alves

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Fbio Eiti Nishibe Minamoto
Ttulo: Avaliao do perfil epidemiolgico das infeces fngicas invasivas causadas
por Trichosporon spp. no ambiente hospitalar
Palavras-Chave: trichosporon fungemia hemocultura identificao
Introduo: A trichosporonose sistmica aparece como a segunda ou terceira causa mais comum de fungemia por
leveduras entre pacientes portadores de cncer, em especial leucemias agudas. Trata-se de micose causada por leveduras
do gnero Trichosporon, gnero este que compreende 51 diferentes espcies, 16 delas com potencial patognico ao
homem. Tendo em vista a grande diversidade de espcies de Trichosporon que podem infectar o homem, esperado que
tais microorganismos apresentem peculiaridades em termos de virulncia, capacidade de infectar diferentes sistemas e
tecidos, assim como na susceptibilidade aos antifngicos. Neste contexto, frente a uma infeco por Trichosporon, antes de
definirmos estratgias para sua teraputica, fundamental que o agente seja adequadamente identificado em nvel de
espcie.
Entretanto os atuais mtodos de identificao fenotpica de leveduras disponveis nos laboratrios clnicos no
apresentam a devida acurcia para identificar esses agentes, sendo necessrio fazer uso de tcnicas moleculares. Alm
disso, h pouca informao a respeito da susceptibilidade das diferentes espcies aos antifngicos mais utilizados
atualmente, o que torna o tratamento dessa micose ainda mais complexo.
Metodologia: No presente estudo, foram levantadas e identificadas por sequenciamento da regio IGS1 do rDNA as
cepas de Trichosporon spp., isoladas no sangue de pacientes que constavam no livro de registros do Laboratrio Especial
de Micologia (LEMI) Unifesp. Alm disso, foram realizados testes de susceptibilidade das mesmas frente a diferentes
antifngicos: fluconazol (FLC), itraconazol (ITC), voriconazol (VRC), 5-fluorocitosina (5-FC) e anfotericina B (AMB), pelo
mtodo de microdiluio em caudo segundo o protocolo proposto no documento M27-A3 do CLSI (Clinical and Laboratory
Standarts Institute). Esse ltimo antifngico foi testado apenas em cepas identificadas com T. asahii.
Ademais, a partir da identificao dos casos de trichosporonose obtida ao longo do levantamento de todas as fontes
e registros mencionados acima, seria utilizada uma ficha clnica padro e dicionrio de termos para realizar levantamento
epidemiolgico de pronturio clnico dos pacientes, colhendo informaes dos pronturios de casos identificados de forma
sistemtica, com ajuda de uma ficha clnica padro.
Resultados: Foram levantados 14 isolados provenientes de hemocultura de 12 diferentes pacientes nos livros de
registros do LEMI entre os anos de 1997 e 2012. Destes, seis foram provenientes de pacientes do Hospital So Paulo
(HSP) e oito do Hospital do Servidor Pblico Estadual (HSPE), o qual foi incluso no estudo por apresentar grande nmero
de isolados. Todos os isolados foram identificados por mtodos fenotpicos como pertencentes ao gnero Trichosporon.
Dos catorze isolados, nove foram identificados por sequenciamento, sendo seis da espcie T. asahii, dois T. asteroides e
um T. coremiiforme.
Quanto aos testes de susceptibilidade, os isolados de T. asahii apresentaram CIMs (concentrao inibitria mnima)
de: FLC: 0,5-1 ug/mL; ITC: 0,03-0,125 ug/mL; VRC: 0,03 ug/mL; 5-FC: 4-32 ug/mL e AMB: 1-4 ug/mL. J isolados de T.
asteroides mostraram as seguintes CIMs: FLC: 0,125 ug/mL; ITC: 0,06 ug/mL; VRC: 0,03ug/mL; 5-FC: 8 ug/mL. E por fim,
isolados de T. coremiiforme apresentaram as CIMs: FLC: 0,125 ug/mL; ITC: 0,06ug/mL; VRC: 0,03 ug/mL; 5-FC: 2ug/mL.
Em relao ao estudo epidemiolgico, foram encontradas a seguintes condies de base nos pacientes: insuficincia
cardaca, carcinoma testicular, insuficincia renal crnica, neoplasia pulmonar, esplenectomia, pancreotomia, enterectomia
ps-operativa, hrnia inguinal, galactosemia, Sndrome Congnita por Citomegalovrus, enfisema e hipertenso pulmonar e
queimaduras. Esses dados foram obtido junto aos livros de registros do prprio LEMI, uma vez que no foi possvel localizar
os pronturios dos pacientes, seja pela falta de tal documento junto ao SAME-UNIFESP ou de informaes nos livros de
registro, fundamentais para o rastreamento, no sendo possivel ainda obter dados clnicos de cinco pacientes.
Concluso: Trichosporon asahii foi a espcie mais prevalente dentre os isolados coletados. Anfotericina B
apresentou CIMs elevadas enquanto que os triazlicos pareceram melhor ao antifngica, sendo voriconazol a droga com
melhor ao para todas as espcies. Baseado nos dados coletados, observou-se correlao entre afeco da fungemia
causada por Trichosporon spp. a um estado de imunossupresso, causado por doena crnica ou por trauma
cirrgico/no-cirrgico.
Participantes:

Orientador: Professor Arnaldo L. Colombo


Orientador: Dra. Ana Carolina B. Padovan
Discente: Aline P. V. Oliveira
Discente: Ana Caroline M. Toti
Discente: Ricardo Andreotti

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rea: Medicina Aplicada
Autor: Felipe Aparecido Ferreira da Cruz
Ttulo: Analise da Adequao Antimicrobiana a Terapia Emprica em infeco de
Corrente Sangunea Por Pseudomonas Aeruginosa em um Hospital Universitrio de
Grande Porte
Palavras-Chave: Pseudomonas aeruginosa, bacteremia, antibiticos, resistncia, tratamento emprico
Introduo: Pseudomonas aeruginosa um bacilo gram-negativo que pode ser encontrado em diversos ambientes,
onde pode causar infeces oportunistas. Este agente intrinsecamente resistente a diversos antimicrobianos, alm de
possuir diversos fatores de virulncia. Alm do mais, as taxas de resistncia esto aumentando ao redor do mundo.
Infeces nosocomiais causadas por P. aeruginosa frequentemente envolvem o trato respiratrio, trato urinrio, feridas e
ocasionalmente cateteres venosos centrais. Mesmo no sendo um stio principal, vale ressaltar a importncia da infeco
de corrente sangunea primria ou secundria pela sua alta taxa de mortalidade e pelo seu alto custo e elevada letalidade.
Objetivos: Determinar a adequao da terapia antimicrobiana emprica em episdios de infeco da corrente sangunea por
P. aeruginosa. Avaliar diversas variveis demogrficas e clnicas e correlacion-las com a mortalidade dos pacientes com
infeces de corrente sangunea por Pseudomonas aeruginosa. Metodologia: Foi feito um estudo coorte retrospectivo com
pronturios de 29 pacientes do Hospital So Paulo com hemoculturas positivas para Pseudomonas aeruginosa no perodo
de 1 de janeiro de 2011 at 31 de dezembro de 2011. Foram analisadas variveis demogrficas como a idade e gnero, e
clnicas como neutropenia, stio primrio da infeco, comorbidades, internao nos ltimos 90 dias, infeco prvia, uso de
imunossupressores,
hemodilise, uso de dispositivos invasivos, uso emprico e direcionado dos antibiticos. Resultados:
Houve predominncia do sexo feminino (21 casos, 72.4%) entre os pacientes avaliados. Foi detectada uma elevada
mortalidade entre os pacientes com infeco de corrente sangunea por Pseudomonas aeruginosa, 21 dos 29 pacientes
morreram (72,4%).
Houve adequao na terapia emprica em 23 pacientes (79,3%). Em relao s variveis analisadas,
nenhuma teve correlao estatisticamente significante com a mortalidade hospitalar. Concluso: Em nosso estudo houve
uma elevada mortalidade hospitalar entre os pacientes com infeco de corrente sangunea por Pseudomonas aeruginosa.
Nenhuma varivel analisada foi relacionada mortalidade hospitalar.
Participantes:

Orientador: Doutor Guilherme Henrique Campos Furta

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rea: Medicina Aplicada
Autor: Filipe Domingues da Silva
Ttulo: Tomografia de coerncia ptica espectral para estudo da camada de fibras
nervosas da retina como biomarcador da esclerose mltipla
Palavras-Chave: tomografia de coerncia optcia de dominio espectral, biomarcador, esclerose multipla
OBJETIVOS: avaliar os danos da camada de fibras nervosas da retina (CFNR) nos olhos sem histria clnica de
neurite ptica (NO); e correlacionar a espessura da CFNR com a escala expandida do estado de incapacidade (EDSS) em
pacientes com esclerose mltipla.
MTODO: Estudo transversal, em que pacientes com EM diagnosticada de acordo com critrios clnicos e de
neuroimagem foram recrutados da Clnica de Neuroimunologia da UNIFESP. A EDSS quantifica a deficincia em oito
sistemas funcionais e pacientes classificados como EDSS 1 a 4,5 so totalmente ambulatoriais e foram includos neste
estudo, mas aqueles classificados como EDSS de 5,0 a 9,5 tm deficincia de locomoo e foram excludos. A espessura
da CFNR peripapilar foi avaliada pela tomografia de coerncia ptica de domnio espectral (SD-OCT; Spectralis, software
verso 4.0, Heidelberg Engenharia, Dossenheim, Alemanha), e pela polarimetria de varredura a laser (GDx-VCC, verso de
software 5.3.3, Carl Zeiss Meditec Inc., Dublin, CA). Apenas imagens bem focadas, uniformemente iluminadas e
centralizadas foram includas na anlise.
RESULTADOS: Foram avaliadas Quarenta e dois olhos de 21 pacientes com esclerose mltipla sem neurite ptica
em ambos os olhos. A idade mdia (DP) de 38,4 (10,3) anos, sendo 76% do sexo feminino. Sete olhos (18%) foram
classificadas como fora dos limites normais pelo OCT e dois olhos (5%) tiveram o ndice de fibras nervosas GDX (NFI)
superior a 50. Ainda, foram analisados noventa e dois olhos de 46 pacientes com esclerose mltipla. A idade mdia (DP) de
37,2 (11,4) anos, sendo 83% do sexo feminino. O valor mdio dos EDSS foi de 2,2 (+ / -1,2), a espessura mdia da CFNR
significativo pela OCT foi de 88,0 um (+ / -14,5) e pelo SLP foi de 53,5 um (+ / -8,2).
CONCLUSES: A espessura da camada de fibras nervosas da retina afetada em doentes com esclerose mltipla
sem episdios de neurite ptica, o que sugere que os processos degenerativos desta doena podem ser avaliados pelo
OCT. Os resultados mostraram uma negativa, baixa a moderada correlao entre EDSS e espessura da CFNR, mas que
poderia ser devido a um vis de amostra, pois todos os pacientes precisavam ter uma boa mobilidade para realizar todos os
exames oftalmolgicos.
Participantes:

Discente: Filipe Domingues da Silva

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Flvio Kazuo Minami
Ttulo: Fotogrametria digital e tomografia computadorizada nas medidas da largura
nasal
Palavras-Chave: fotogrametria, tomografia, largura, nasal
Resumo:
Introduo
A antropometria uma tcnica muito utilizada pelos mdicos, principalmente cirurgies plsticos, na mensurao de
partes do corpo humano. Por essa tcnica possvel planejar procedimentos cirrgicos e avaliar resultados no pr e ps
operatrio. Dentro do contexto cirrgico, a antropometria usada pela cirurgia plstica para avaliao da largura do nariz
antes e aps as cirurgias ortognticas que consistem no avano da mandbula do paciente. Sabe-se que esse tipo de
operao provoca aumento da largura nasal. Para avaliar esse aumento so usadas tcnicas de antropometria. Uma das
formas de obter essas medidas a medio direta feita por paqumetro ou por medies indiretas como a fotogrametria que
hoje em dia considerada o padro ouro para medidas faciais. Esse mtodo utiliza fotografias digitais de pacientes para
mensuraes corporais. Entretanto, com o avano da tecnologia, novos mtodos de antropometria surgiram para auxiliar os
mdicos. Uma dessas tcnicas a medio corporal por meio da tomografia computadorizada em que usada a
reconstruo tridimensional pelo programa de computador Osirix. Embora essa tcnica sofisticada seja usada por muitos
mdicos na antropometria, pouco se sabe sobre a acurcia dessa tcnica em relao a fotogrametria. Portanto, o objetivo
desse estudo avaliar a acurcia e a reprodutibilidade das medidas nasais obtidas por meio da tomografia
computadorizada e fotogrametria digital. Deseja-se saber o quo prximo da realidade esto as medidas obtidas pela
tomografia computadorizada. Alm disso, o estudo ir avaliar qual a posio(frente ou inferior) apresenta maior preciso.
Metodologia:
Foram avaliados 20 pacientes adultos, 10 do sexo masculino e 10 do sexo feminino que fizeram tomografias
pr-operatrias por apresentarem trauma de face como exame de rotina. Todos os pacientes foram procedentes do Pronto
Socorro do Hospital So Paulo.
Foram tiradas fotografias desses pacientes com uma rgua na regio do filtro nasal na posio de frente e na regio
do lbulo nasal na posio inferior.
Pelas fotografias obtivemos medidas da distncia entre as abas nasais e tambm da columela. Essas mesmas
medidas foram feitas na tomografia computadorizada feita pela reconstruo tridimensional pelo programa Osirix. Ambas as
tcnicas foram submetidas a reprodutibilidade inter e intra examinador. Os dados vo ser comparados e submetidos
anlise estatstica.
Resultados:
Conseguimos realizar todas as medidas propostas com sucesso. Porm ainda no foi possvel a anlise estatstica
completa dos dados obtidos. Acreditamos que as medidas feitas pela tomografia devam ser muito semelhantes s da
fotogrametria com maior semelhana em relao s medidas feitas pela posio inferior. Alm disso achamos que seria
melhor ampliar o nmero de pacientes para 40 afim de obter um resultado mais preciso.
Participantes:

Discente: Flvio Kazuo Minami

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Gabriella Mafra Elia
Ttulo: Avaliao da eficcia do uso intravenoso de sacarato de hidrxido de ferro no
tratamento de pacientes peditricos em hemodilise crnica
Palavras-Chave: anemia, pediatria, hemodilise
Introduo:
A anemia uma alterao extremamente prevalente entre os portadores de doena renal crnica, encontrando-se
presente em aproximadamente 90% dos pacientes com DRC nos estgios 4 e 5. Na faixa etria peditrica esse problema
torna-se ainda mais importante pois os valores de hemoglobina naqueles que realizam hemodilise (HD) so menores do
que nos pacientes adultos na mesma condio.
Embora seja pouco conhecida a relao entre a diminuio da taxa de filtrao glomerular (TGF) e a diminuio dos
nveis de Hb na criana, algumas causas podem ser apontadas como mais frequentes. Dentre elas a diminuio da
produo de eritropoetina e a diminuio dos nveis sricos de ferro. Outras causas menos frequentes so estado
inflamatrio, presena de infeces, hiperparatiroidismo, uso de drogas imunossupressoras e deficincia de vitamina B12 e
cido flico.
A suplementao com ferro intravenoso tornou-se mandatria aps o incio do
tratamento com eritropoietina recombinante humana (EPOrh). No nosso servio de HD peditrica a reposio de
eritropoetina e ferro intravenoso tem o objetivo de manter os valores de Hb de acordo com os normais para a idade e sexo.
So utilizados os valores de Hb=12g/dL como alvo teraputico.
Objetivos:
A pesquisa teve como objetivo primrio definir a dose mdia de EPOrh necessria para obteno de Hb alvo e como
objetivo secundrio, pretendeu-se validar a frmula utilizada na HD peditrica da UNIFESP para prescrio de ferro
intravenoso em crianas com DRC em hemodilise que utilizam EPOrh.
MTODOS
O presente trabalho constituiu-se de um estudo observacional retrospectivo e prospectivo com o intuito de analisar
os dados referentes ao manejo da anemia no paciente peditrico de DRC. De todos os pacientes do perodo de maio de
2007 a maro de 2013 foram coletados os seguintes dados: Valor de hemoglobina na entrada, valor de hemoglobina a cada
ms de tratamento, valor de hemoglobina na sada, dose de eritropoetina utilizada, dose de ferro intravenoso utilizado,
avaliao dos resultados trimestrais de metabolismo de ferro (ferro srico, ferritina, transferrina) , tempo at obteno do
valor de hemoglobina alvo, presena de infeco, presena de estado inflamatrio, nmero de transfuses realizadas,
nmero de sesses de hemodilise.
RESULTADOS
No perodo de maio de 2007 a maro de 2013, foram identificados 48 pacientes. Destes, 6 no tiveram seus
pronturios encontrados na unidade de HD e 4 no possuam exames anotados em seus pronturios. Portanto, dos 48
pacientes, 38 se enquadram nos critrios de incluso propostos nesse trabalho.
Dos 38 pacientes, 23 (61%) no atingiram o valor de 12g/dL para a hemboglobina e 15 (39%) atingiram.
Quanto aos pacientes que no atingiram o alvo, a mdia de hemoglobina na entrada foi 9,3 g/dL ( mximo de 13
g/dL e mnimo de 6 g/dL) e na sada foi 9,28 g/dL (mximo de 11,1 g/dL e mnimo de 6,5 g/dL). O tempo mdio de
tratamento para esse grupo foi 8,6 meses (mximo 45 meses e mnimo 1 ms).
Quanto aos pacientes que atingiram o alvo, a mdia de hemoglobina na entrada foi 9,21g/dL ( mximo de 11,8 g/dL
e mnimo de 7 g/dL) e na sada foi 11,18 g/dL (mximo de 13,9 g/dL e mnimo de 4,18 g/dL). O tempo mdio de tratamento
para esse grupo foi 16,13 meses (mximo 45 meses e mnimo 1 ms).
O tempo mdio necessrio para que os pacientes atingissem pela primeira vez a hemoglobina alvo foi de 6 meses e
o tempo mdio durante o qual essa hemoglobina foi mantida foi 2,33 meses.
DISCUSSO:
At o presente momento no foram analisados o restante dos dados obtidos e portanto ainda no se faz possvel
uma discusso sobre o tema.
Participantes:

Discente: Gabriella Mafra Elia

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Ilana Levy Korkes
Ttulo: ANLISE RETROSPECTIVA DO PERFIL LIPDICO E DOS FATORES
RELACIONADOS EM CRIANAS E JOVENS COM DIABETES MELLITUS TIPO 1.
Palavras-Chave: Diabetes Mellitus tipo 1, Perfil lipdico, Doena arterial coronariana
INTRODUO: J foi observado que indivduos com Diabetes mellitus tipo 1 (DM1) apresentam maior prevalncia
de doenas cardiovasculares (DCV),
morrem mais de doena arterial coronariana (DAC) e tm aterosclerose
significativamente mais avanada do que os indivduos no diabticos do mesmo sexo e faixa etria. A patognese do
processo aterosclertico no DM1, ainda obscura e controversa, sendo que alguns estudos acreditam que a hiperglicemia
tenha um papel importante nesse processo.
OBJETIVOS: Diante da atual incerteza em relao ao possvel impacto do controle glicmico na diminuio da DAC,
e do conhecimento de que a dislipidemia uma comorbidade muito frequente e de enorme risco cardiovascular nos
pacientes com DM1, conclumos que a identificao precoce de dislipidemias nesses pacientes e o seu tratamento de
grande relevncia para a melhora da qualidade de vida atual e futura desses indivduos. Esse estudo, portanto, tem como
objetivo avaliar a eficincia e possveis falhas no rastreamento e tratamento das alteraes no perfil lipdico desses
pacientes. Alm disso, busca analisar o momento, aps o diagnstico de DM1, em que essas alteraes tendem a
acontecer, e a evoluo delas durante os anos de acompanhamento em ambulatrio.
METODOLOGIA: Foi realizada uma anlise retrospectiva dos pronturios de 100 pacientes com DM1 do Centro de
Diabetes da Escola Paulista de Medicina que preenchiam critrios de incluso como idade menor ou igual a 30 anos ao
diagnstico de DM1 e seguimento iniciado no Centro de Diabetes da at 3 anos aps o diagnstico e com
acompanhamento superior a 3 anos nesse servio. Foi analisada a observao de diretrizes de rastreamento para
alteraes do perfil lipdico e risco cardiovascular em dois grupos: menores e maiores de 12 anos. Dentro de cada grupo,
tambm foi analisado o intervalo de tempo entre a realizao do diagnstico de DM1 e o aparecimento de alteraes no
perfil lipdico. Por ltimo, foram analisadas a conduta e teraputica adotadas pelos profissionais e os impactos dessas
aes na sade desses pacientes.
RESULTADOS E CONCLUSES: Devido a enorme quantidade de pronturios e dados analisados, a anlise
bioestatstica ainda no pde ser realizada para a averiguao de significncia estatstica dos dados obtidos na coleta.
Participantes:

Orientador: Sergio Atala Dib


Discente: Ilana Levy Korkes

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Jennifer Aparecida Carrera Gomes
Ttulo: ESTUDO FUNCIONAL DE UMA NOVA MUTAO NO GENE SRY (FATOR
DETERMINANTE DE TESTCULO) EM MULHERES COM DISTRBIO DO
DESENVOLIMENTO DO SEXO (DSD XY) FAMILIAL
Palavras-Chave: SRY, DSD, cromossomo Y.
ESTUDO FUNCIONAL DE UMA NOVA MUTAO NO GENE SRY (FATOR DETERMINANTE DE TESTCULO) EM
MULHERES COM DISTRBIO DO DESENVOLIMENTO DO SEXO (DSD XY) FAMILIAL
Jennifer Ap. C. Gomes, Marina M. L. Kizys, Mirian G. Cardoso, Maria S. A. de Sousa, Teresa Kasamatsu, Ilda Kunii,
Maria Izabel Chiamolera, Ieda Verreschi, Magnus R. Dias da Silva,Joo Roberto M. Martins.
Disciplina de Endocrinologia, Departamento de Medicina, Laboratrio de Endocrinologia Molecular e Translacional,
Universidade Federal de So Paulo-UNIFESP/EPM, So Paulo.
O gene SRY humano determinante do sexo masculino e est localizado no brao curto do cromossomo Y. A
protena codificada pelo SRY contm um domnio (HMG) de ligao ao DNA. Essa atividade de ligao ao DNA essencial
para SRY como fator determinante do sexo. Mutao no domnio HMG do gene SRY resulta em completa reverso do sexo
masculino para o feminino, enquanto a expresso ectpica de SRY em indivduos XX, em geral devido translocao
cromossmica de SRY, pode resultar em reverso do sexo feminino para masculino. Qualquer alterao gentica ou
cromssmica que afete a cascata de diferenciao gonadal pode resultar no chamado distrbio do desenvolvimento do
sexo (DSD). O objetivo deste projeto pesquisar a presena de variaes no gene SRY e, uma vez localizadas, realizar o
estudo funcional das mesmas. Para tanto, amostras de sangue total perifrico de pacientes com diagnstico de amenorreia
primria e disgenesia gonadal acompanhados no Ambulatrio de Desenvolvimento da Universidade Federal de So Paulo,
UNIFESP-EPM, foram obtidas para extrao de DNA total. Aps amplificao por reao em cadeia da polimerase (PCR) e
purificao, os produtos de PCR foram diretamente sequenciados pelo mtodo de Sanger. Identificamos em uma mulher
DSD 46,XY a presena de uma nova mutao no gene SRY: c.594dup17pb (p.Tyr198CysfsX14). Iniciamos o estudo
funcional da duplicao de 17bp encontrada na posio c-Terminal atravs do estudo de transativao em gene-reprter da
Luciferase usando a regio promotora do gene monoamina-oxidase (MAOA), localizada em Xp11.3, por conter elementos
cis de resposta ao SRY. Esse seguimento ser clonado em pCR-4.1Topo e subclonado em pGL3-luciferase para medida de
transativao. O estudo funcional usando a tcnica de EMSA foi preterido ao de transativao porque a mutao no afeta
o domnio de ligao ao DNA. Ensaio funcional em andamento.
Participantes:

Orientador: Joo Roberto M. Martins


Docente: Teresa Kasamatsu
Docente: Ilda Kunii
Docente: Maria Izabel Chiamolera
Docente: Ieda Verreschi
Docente: Magnus R. Dias da Silva
Discente: Jennifer Ap. C Gomes
Discente: Marina M. L. Kizys
Discente: Mirian G. Cardoso
Discente: Maria S. A. de Sousa

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Jssica Mendes Carvalho dos Santos
Ttulo: Consumo de glten em populao geral de adultos
Palavras-Chave: glten; consumo
Ser elaborado um questionrio a respeito do consumo dirio de glten, que incluir perguntas a respeito do
consumo habitual de alimentos que
contenham glten. Aps a concluso do questionrio, ele ser submetido ao Comit de tica em Pesquisa da
UNIFESP atravs da Plataforma
Brasil. O questionrio ser aplicado, individualmente e pessoalmente, populao geral de adultos, que se
constituir de alunos de graduao e
profissionais de sade.Aps o preenchimento dos questionrios, os dados sero analisados e ao final, ser
calculada a quantidade de glten
presente em cada grupo de alimento referido no inqurito, atravs da tcnica de anlise ELISA R5. As anlises sero
realizadas no Laboratrio da
Disciplina de Gastroenterologia Peditrica da Escola Paulista de Medicina - UNIFESP.
Participantes:

Discente: Jssica Mendes Carvalho dos Santos

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Jonathan Mamber Czeresnia
Ttulo: Avaliao clnica da aplicabilidade do perfil biofsico fetal rpido
Palavras-Chave: Perfil biofsico fetal rpido, perfil biofsico fetal
INTRODUO: Continua sendo um grande desafio para a Obstetrcia encontrar um mtodo diagnstico eficaz,
precoce e seguro para a avaliao da viabilidade fetal. O Perfil Biofsico Fetal (PBF) (1980, Manning FA e cols.) utliza quarto
parmetros biofsicos ultrassonogrficos (tnus fetal, movimento fetal, movimento respiratrio, indce de lquido amnitico ILA) concomitantemente com uma varivel cardiotocogrfica (teste sem sobrecarga). Apesar de o PBF ser um exame
bastante confivel (taxa de falsos negativos de 0,77 a cada 1000 exames), ele demorado e demanda um profissional bem
treinado para realiz-lo corretamente, o que desestimula o seu uso. Proposto por Tongsong T e cols, o perfil biofsico rpido
(PBFr) consiste da avaliao de apenas dois dos cinco parmetros do perfil biof sico clssico (ILA e movimento fetal ps
estmulo vibratrio).
OBJETIVO: Comparar os resultados do PBFr, realizado por aluno treinado de medicina, com resultados perinatais
(pH de cordo umblical e escore de Apgar de 5 e 10 minutos), e demostrar a aplicabilidade deste exame em centros
obsttricos com alta demanda.
PACIENTES E METODO: Foram relizados 64 exames de PBFr e documentados os seus respecitvos resultados de
pHmetria umbilical. Foram considerados como valores normais: escore de PBFr = 4 e pH ? 7,10. A avaliao do ILA e dos
movimentos fetais foi realizada atraves da ultrassonografia, pelo pesquisador deste trabalho (JC).
RESULTADOS: Foram relizados 64 exames de PBFr e documentados os seus respecitvos resultados de pHmetria
umbilical e escores de Apgar. Cinco destes foram excludos do estudo por no ter sido colhido o sangue do cordo. Foram
considerados como valores normais: escore de PBFr = 4 e pH ? 7,10. Sete dos 59 casos restantes tiveram pH < 7,10 sendo
que 6 destes tiveram escore de PBFr de 2. Sete dos casos tevieram PBFr de 2, mas pH dentro dos valores de referncia.
Um caso teve pHmetria alterada, mas PBFr de 4. Os outros tiveram PBFr de 4 e pHmetria normal. Para a amostra em
questo, o PBFr mostrou ter S = 85,7%; E: 86,5%; VPP: 46,2%; VPN: 97,8%.
CONCLUSAO: Apesar de termos um amostra pequena, os resultados sugerem que o PBFr um exelente exame de
triagem do bem-estar fetal, sendo uma boa ferramenta para implementao em centros obsttricos super-lotados.
Participantes:

Orientador: Luciano Marcondes Machado Nardozza


Docente: Eduardo Cordioli
Docente: Edward Arajo Jnior
Docente: Antonio Fernandes Moron

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Jos Aparecido Job Neto
Ttulo: O estudo do Fas solvel como preditor de desfecho cardiovascular, de anemia,
necessidade de transfuso sangunea e mortalidade no seguimento do paciente com
doena renal crnica
Palavras-Chave: Fas Solvel, desfecho
O estudo ir aplicar questionrios aos pacientes analisados no mestrado do Dr. Miguel ngelo de Ges Junior dez
anos aps as medies iniciais para podermos identificar o nvel de relao entre a concentrao de Fas solvel e os
desfechos mais comuns encontrados em pacientes com insuficincia renal cronica.
Trabalhamos com a hiptese de o Fas solvel poder ser uma importante ferramenta para a predileo de desfechos
em pacientes com insuficincia renal cronica. Estamos investigando a relao entre os nveis sricos de sFas com eventos
cardiovasculares, anemia, uso de eritropoietina recombinante humana e mortalidade num perodo de seguimento de 10
anos.
Existiram varias dificuldades para encontrar e analisar esses pronturios. Devido ao longo perodo de seguimento,
muitos pacientes mudaram de servio ou simplesmente mudaram o local de tratamento dentro da EPM, como passar do
tratamento conservador para a hemodialise. Alem dessas mudanas, muitos pronturios esto armazenados no arquivo
morto, o que atrasa ainda mais a obteno dessas informaes. Essas mudanas prejudicaram a avaliao dos pronturios
que esta levando mais tempo do que o previsto.
Durante a execuao do projeto, estao sendo analisados prontuarios de pacientes em tratamento conservador,
hemodialise e dialise peritonial.
Participantes:

Discente: Jos Aparecido Job Neto

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Julia de Lima Farah
Ttulo: Avaliao e comparao da positividade de exames laboratoriais de casos de
Ceratites quando realizados por duas diferentes equipes
Palavras-Chave: Ceratites Infecciosas
Objetivo
Avaliar e comparar os resultados dos diagnsticos laboratoriais de microscopia e cultivo
das amostras obtidas de
raspados de crnea de pacientes com diagnstico de ceratite e que tenham sido executados e interpretados por equipes
diferentes.
Material e Mtodos
Analisou-se retrospectivamente as informaes dos resultados dos exames laboratoriais de microscopia e cultivo de
amostras pacientes portadores de ceratites infecciosas realizadas pela equipe A (no perodo de setembro de 2009 a maro
de 2011 com um total de 630 exames estudados), e pela equipe B (com um total de 496 exames estudados do perodo de
maio de 2011 a novembro de 2012).
A equipe A do Laboratrio de Microbiologia ocular do Departamento de Oftalmologia da Escola Paulista de Medicina
com treinamento especifico para anlise de amostras provenientes de infeces oculares
e a equipe B composta por
examinadores treinados e envolvidos com a rotina do Laboratrio Central do Hospital So Paulo.
Resultados
Para os exames realizados pela equipe A verifica-se que
29,2%
dos esfregaos e 79,8% dos cultivos
foram
positivos. Em 26,7% dos casos observou-se cultura e bacterioscopia positivas, em 17,6% dos casos observou-se cultura
negativa e bacterioscopia negativa, e , em 2,5% dos casos observou-se cultura negativa com bacterioscopia positiva.
Pela equipe B verifica-se que
11,7% dos esfregaos so positivos e 75,8% dos cultivos so positivos. Em 10,5 %
dos casos observou-se cultura e bacterioscopia positivas, em 22,4% dos casos observou-se cultura negativa e
bacterioscopia negativa, e em 1,2% dos casos observou-se cultura negativa com bacterioscopia positiva.
Tabela 1: Correlao dos
resultados positivos e negativos de cultivos e esfregaos realizados pela Equipe A
(Laboratrio de Microbiologia ocular do Departamento de Oftalmologia da Escola Paulista de Medicina). N total: 630.
ESFREGAO n (+)
n(-)
CULTIVO n (+) 168 335
n (-)
16 111
No estudo, foi e
Tabela 2: Correlao dos
resultados positivos e negativos de cultivos e esfregaos realizados pela Equipe B
(Laboratrio Central do Hospital So Paulo). N total: 496.
ESFREGAO n (+)
n (-)
CULTIVO n (+)
52 324
n (-)
6
114
Verifica-se pelos resultados apresentados na correlao dos cultivos positivos e esfregaos negativos observados
tanto pela equipe A (2,5%) tanto pela equipe B (1,2%) que o exame dos esfregaos pode auxiliar na determinao do
diagnstico etiolgico independente do cultivo.
A interpreta?o de resultados positivos pela esfregao foi significantemente maior quando realizada pela equipe A.
Concluses
A importncia do exame dos esfregaos verificada pelo nmero de exames que so negativos na cultura e
positivos na esfregao. A mesma
anlise por agente etiolgico poder nos auxiliar a detectar em que situao o
treinamento da equipe examinadora ainda mais importante.
Com tais resultados, como a anlise do esfregao examinador-dependente,
treinamento especfico pelas equipes que realizam tal estudo nos laboratrios gerais.

verifica-se

necessidade

Participantes:

Orientador: Michel Eid Farah


Docente: Maria Cecilia Zorat Yu
Docente: Paulo Jose Martins Bispo
Discente: Nayara Dorta de Souza

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de

PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: KARINA LUMY OKITA
Ttulo: Correlao entre a espessura de camada de fibras nervosas da retina
peripapilar e defeito do campo visual em glaucoma
Palavras-Chave: PROPEDUTICA, GLAUCOMA,CAMADA DE FIBRAS NERVOSAS DA RETINA
Ttulo: Correlao entre espessura da camada de fibras nervosas da retina peripapilar e defeito do campo visual em
glaucoma
Objetivo: Avaliar a correlao entre a espessura da camada de fibras nervosas da retina (CFNR) peripapilar e os
ndices de campo visual, usando diferentes tomografias de coerncia ptica de domnio espectral (SD-OCT) e permetros de
campo visual no glaucoma.
Mtodos: Um estudo transversal foi realizado. Pacientes com glaucoma primrio de ngulo aberto foram examinados
usando Spectralis SD-OCT (Heidelberg Engineering, Heidelberg, Germany), Cirrus SD-OCT (Carl Zeiss Meditec, Dublin,
CA), RTVue SD-OCT (Optovue, Inc., Freemont, CA), perimetria automatizada padro (24-2 SITA Standard test, Humphrey
Field Analyzer 750, Carl Zeiss Meditec, Dublin, CA), e Perimetria de Tecnologia de Frequncia Duplicada (teste 24-2, matrix
FDT, Carl Zeiss, Meditec, Dublin, CA). A correlao entre a espessura da CFNR peripapilar mdia e os ndices de campo
visual foram analisados usando o teste de correlao Spearman rank.
Resultados: Um total de 44 olhos de 25 pacientes foi includo no estudo. A mdia (desvio padro) de espessura da
CFNR peripapilar obtida atravs do Spectralis, Cirrus e RTVue foi de 74,4 (15,9) m, 72,4 (12,5) m e 93,7 (17,4) m,
respectivamente. A mdia (desvio padro) do ndice de Desvio Mdio (DM) da perimetria automatizada padro foi -6,61
(7,12) dB. As espessuras das CFNR obtidas por Spectralis e Cirrus mostraram correlaes moderadas semelhantes com os
ndices de campo visual. A correlao entre a espessura da CFNR obtida pelo RTVue e ndices de campo visual foi mais
fraca que aquelas obtidas pelo Spectralis e Cirrus OCT.
Concluses: Foram achadas correlaes moderadas entre a espessura da CFNR peripapilar e os ndices de campo
visual nos pacientes com glaucoma. A correlao entre a espessura da CFNR obtida pelo RTVue e os ndices de campo
visual foi mais fraca que aquela obtida pelo Spectralis e Cirrus OCT.
Participantes:

Orientador: PAULO AUGUSTO DE ARRUDA MELLO


Docente: IVAN MAYNART TAVARES
Discente: KARINA LUMY OKITA
Discente: ANDRE LUIZ DE FREITAS SILVA
Discente: MOACYR AMARAL CAMPOS

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rea: Medicina Aplicada
Autor: Kathlein Cristiny Peres Pouza
Ttulo: AVALIAO FUNCIONAL DE PACIENTES COM OSTEOARTRITE: PR E PS
ARTROPLASTIA DO JOELHO.
Palavras-Chave: artroplastia de joelho; dor; amplitude de movimento; atividades dirias; fisioterapia.
Introduo: A Osteoartrite (OA) uma doena crnica degenerativa, que ocorre na cartilagem articular sinovial, tendo
como sintomatologia dor intensa, crepitao e rigidez, podendo estar acompanhada de instabilidade, deformidade articular e
manifestaes inflamatrias. O quadro clnico dos pacientes com OA ocasiona vastas consequncias negativas, como
restrio na execuo de suas atividades dirias, incapacidade locomotora e estresse emocional. Tendo em vista que a dor
geralmente o principal fator incapacitante na OA, a primeira tentativa para melhorar a qualidade de vida do individuo,
minimizando o quadro lgico, o tratamento conservador. Porm quando este no suficiente se faz necessrio realizar a
substituio da superfcie articular, atravs de um procedimento cirrgico de alta complexidade, denominado Artroplastia
Total do Joelho (ATJ). Esse procedimento tem como objetivo principal o alvio da dor e a melhora funcional nos estgios
avanados da OA, alm do aumento da estabilidade e correo de deformidades. A atuao da fisioterapia no pr e ps a
artroplastia de joelho de suma importncia por conta da preparao do paciente para a alta hospitalar e busca de
funcionalidade no menor espao de tempo possvel. Objetivo: Avaliar as condies dos pacientes no pr e ps-operatrio
de artroplastia de joelho (ATJ), visando identificar se a cirurgia, associada s orientaes para exerccios domiciliares
auxiliam na melhora dos sintomas, funo e atividades dirias dos pacientes que procuram o ambulatrio especializado em
joelho da Irmandade da Santa Casa de Misericrdia de Santos ? SP. Mtodos: Foram avaliados quatorze (n=14) indivduos
de ambos os gneros, com idade superior a 60 anos, que procuraram o ambulatrio especializado em joelho da Santa Casa
de Misericrdia de Santos no perodo pr artroplastia de joelho e dez (n=10) aps um ms do procedimento cirrgico,
atravs dos questionrios especficos para avaliao da enfermidade: Western Ontario and McMaster Universities
Osteoarthritis Index (WOMAC), o ndice de Lequesne, o questionrio genrico de qualidade de vida SF-36, a Escala de
Atividade de Vida Diria (EAVD), o gonimetro universal para mensurao da Amplitude de Movimento (ADM) e a Escala
Analgica Visual de Dor, alm do Manual de Orientaes para Pacientes Submetidos Prtese de Joelho. Resultados:
Embora as anlises ainda estejam em andamento, nossos resultados preliminares em relao aos pacientes que j
passaram pela segunda anlise, segundo o questionrio WOMAC, apontam que a dor dos pacientes pr artroplastia,
comparada um ms aps a cirurgia, reduziram significativamente 28%; com relao rigidez houve reduo significativa de
2,5% e as dificuldades funcionais apresentadas por esses pacientes reduziram 14%. Pelo ndice Lequesne, a incapacidade
fsica dos pacientes apresentou uma melhora de 0,8%, porm foram melhoras sem relevncia significativa. Comparando os
dados pr e ps-operatrio, o escore EAVD reduziu em 14,2%, a funo e a atividade do joelho passou de Anormal para
Quase normal, e a ADM, segundo o IKDC, na categoria A (hiperextenso) se manteve, porm na B (o que falta da extenso
para 0) apresentou reduo, enquanto que na categoria C(flexo) obtivemos aumento. De acordo com o SF36, os
resultados mostraram melhora na qualidade de vida logo aps o primeiro ms da realizao do procedimento cirrgico.
Concluses: At o presente momento, conclumos que h melhora significativa das atividades de vida diria e diminuio da
dor, tendo como consequncias, melhores resultados em relao rigidez, limitaes e incapacidades funcionais em
pacientes aps um ms da realizao do procedimento cirrgico de Artroplastia Total de Joelho. Com relao a resultados
futuros, buscaremos avaliar mais indivduos pr e ps ATJ para se completar a amostra calculada e ampliarmos as
avaliaes tambm para o terceiro ms ps-operatrio, possibilitando identificar quais so as principais necessidades de
interveno nesses pacientes aps a cirurgia.
Participantes:

Orientador: Prof. Dr. Maria Stella Peccin


Discente: Paula Fernanda Gallani Martin Del Campo
Discente: Eduardo Signorini Bicas Franco

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Larissa Celiberto Renosto
Ttulo: Velocidade de crescimento e ganho de peso: associao com a gravidade,
controle e tratamento da asma em crianas asmticas pr-pberes
Palavras-Chave: asma, velocidade de crescimento, crianas, peso
Introduo
A
asma

uma
doena
respiratria
caracterizada
por
inflamao
crnica,
decorrente
de
obstruo,
hiper-responsividade e inflamao das vias areas. Segundo a Organizao Mundial de Sade (OMS), cerca de 300
milhes de pessoas tm asma no mundo, sendo 60% crianas. O diagnstico baseado essencialmente na anamnese e
exame fsico. O objetivo do tratamento prevenir as crises de sibilncia e minimizar a intensidade e durao dos sintomas
durante um episdio de descompensao. Os corticosteroides inalatrios so os principais medicamentos utilizados no
tratamento de manuteno do paciente. Eles reduzem a frequncia e a gravidade das crises. Efeitos adversos dependem
do tipo de medicamento, dose e tempo de uso. Devido a todos esses fatores, torna-se importante avaliar o perfil de
crescimento das crianas asmticas em nosso meio.
Objetivo:
Avaliar a velocidade de crescimento estatural e o ganho de peso de crianas asmticas pr-pberes relacionando-a
com: gravidade e controle da doena, medicamentos utilizado, condio nutricional, presena de outras doenas alrgicas,
tabagismo e presena de animais domsticos em domiclio.
Mtodos:
Por meio de estudo de coorte retrospectiva, foram analisados pronturios de crianas (idade inferior a 9 anos) com
diagnstico de asma de acordo com os critrios do Global Initiative for Asthma (GINA) 1, sensibilizados para aeroalrgenos,
que tiveram seguimento ao menos por um ano, no Ambulatrio da Disciplina de Alergia, Imunologia Clnica e Reumatologia
do Departamento de Pediatria da Unifesp. Foram excludas as crianas que tinham asma de origem no alrgica, possuam
outras doenas crnicas no alrgicas, que receberam corticosterides por via oral por 15 dias consecutivos ou mais e os
que utilizaram outros medicamentos imunossupressores.
Utilizando os critrios de incluso e excluso incluiu-se no estudo 90 crianas com asma. Alm dos dados coletados
relacionados doena, foram anotados os valores individuais de peso e estatura, que foram utilizados para clculo do
escore z do ndice de massa corporal (ZIMC) e estatura para idade (ZE) utilizando o pacote estatstico Anthro Plus WHO
3.0.2. A partir da variao da estatura em um ano calculou-se a velocidade de crescimento em um ano, que foi expressa
sob a forma de escore z (ZVC) conforme proposto por Tanner, 1966.
Para anlise estatstica utilizou-se o pacote estatstico SPSS 19.0, as variveis contnuas foram testadas quanto a
sua normalidade por meio do teste de Kolmogorov-Smirnov e comparadas por meio do teste de Mann-Whitney (dados no
paramtricos) e t-Student (paramtricos) para variveis independentes. Para as variveis qualitativas utilizou-se o teste do
Qui-quadrado e exato de Fisher. Adotou-se 5% como nvel de significncia.
Resultados:
Na amostra estudada predominou o gnero masculino 60/9 (66,7%) e a mediana de idade foi de 5,3 anos (0,9-8,4).
Os distrbios nutricionais mais prevalentes foram o risco para sobrepeso 15/85 (17,7%), sobrepeso 5/85 (5,9%) e
obesidade 7/85 (8,2%). Somente uma criana tinha baixa estatura 1/90 (1,2%).
Em relao classificao da asma observou-se a forma intermitente em 21/88 (23,8%), persistente leve em 33/88
(37,5%) e persistente moderada em 34/88 (38,6%) dos pacientes avaliados. Rinite alrgica e dermatite atpica,
concomitantes a asma, foram descritas em 87/88 (98,9%) e 32/88 (36,4%) das crianas, respectivamente. A gravidade da
asma no se associou com a presena de outras doenas atpicas, excesso de peso (risco para sobrepeso, sobrepeso e
obesidade), gnero, tempo de aleitamento materno total, presena de animais domsticos e nem com tabagismo em
domicilio. Por sua vez, crianas com asma persistente moderada (ZVC = -1,11,9) tiveram piores valores da ZVC em
relao aquelas com asma intermitente (ZVC = -0,11,9) e moderada leve (ZVC = 0,21,9) (Teste de ANOVA, p = 0,023 e
Comparao mltipla de Tukey: moderado vs intermitente -1,31; p = 0,038).
Baixa velocidade de crescimento (ZVC < -2) foi observada em 11/79 (13,9%) da amostra estudada. No se verificou
diferena estatisticamente significante com gnero, idade, crises interconsulta, condio nutricional, presena de animais
domsticos e tabagismo em domiclio, aleitamento materno total (< 6 meses), presena de rinite e dermatite atpica no
grupo de pacientes com ZVC < e > -2. Baixa velocidade de crescimento (ZVC < -2) foi observada com maior frequncia no
grupo de crianas com asma persistente moderada em relao s formas persistente leve e intermitente (7/11 ? 63,6% vs
21/68 - 30,2%; p = 0,047).
Concluso:
H maior comprometimento da velocidade de crescimento em crianas asmticas com formas de maior gravidade.
Alm da prpria doena, o uso de corticosteroides pode colaborar para tal comprometimento. Salienta-se assim a
importncia do monitoramento da condio nutricional de crianas com asma.
Participantes:

Orientador: Roseli Oselka Saccardo Sarni


Docente: Fabola Isabel Suano de Souza
Docente: Dirceu Sol
Discente: Marina Neto Rafael
Discente: Talita Lemos Paulino
Discente: Itana Gomes Alves Andrade

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Leonardo Lira Ribeiro dos Santos
Ttulo: PESQUISA DE VARIANTES GENTICAS NO RECEPTOR DO TSH EM
PACIENTES COM HIPOTIROIDISMO SUBCLNICO NO-AUTOIMUNE
Palavras-Chave: Variantes Gneticas, Receptore de TSH, Hipotiroidismo Subclnico
PESQUISA DE VARIANTES GENTICAS
SUBCLNICO NO-AUTOIMUNE
Aluno Leonardo Lira Ribeiro dos Santos

NO

RECEPTOR

DO

TSH

EM

PACIENTES

COM

HIPOTIROIDISMO

Orientador Prof. Dr. Magnus R. Dias da Silva


Departamento de Medicina, UNIFESP
Co-orientadora do Projeto Dra. Maria Izabel Chiamolera
Servio de Sade do Corpo Discente
Colaboradores: Marina Kisys, Ilda Kunii, Carolina Porto

O hipotiroidismo subclnico uma condio clnica muito frequente, variando entre 4 e 20% na populao adulta. O
diagnstico do hipotiroidismo subclnico baseia-se apenas nas alteraes laboratoriais, sendo definido por concentraes
de hormnios tiroidiano livre (T4) normais concomitantes a concentraes elevadas de tirotropina (TSH). A grande maioria
dos casos deve-se doena autoimune tiroidiana incipiente, denominada tiroidite de Hashimoto (60-80% dos casos). Os
demais casos podem ter causas variadas, dentre essas temos a resistncia ao TSH. Nessa condio a clula folicular
tiroidiana passa a necessitar de concentraes maiores de TSH para exercer sua ao de sntese hormonal. J foi
demonstrado que variantes genticas que levam a inativao do receptor do TSH (TSHR) esto correlacionadas a esta
condio. Propomos nesse projeto investigar se pacientes com hipotiroidismo subclnico no autoimune apresentam as
variantes genticas do receptor do TSH, assim como calcular a frequncia em nossa populao. O estudo visa entender
melhor como as causas no autoimunes de alteraes isoladas das concentraes de TSH, alteraes da regulao do
ponto de equilbrio do eixo hipfise-tiroidianal, alm de poder auxiliar no diagnstico molecular e etiolgico dessa condio
podendo sugerir novas propostas de interveno teraputica nessa populao. Para isso foram analisadas amostras de
sangue perifrico de pacientes, atendidos nos ambulatrios do Servio de Endocrinologia da UNIFESP-EPM, que
apresentam: TSH acima do limite de referncia do mtodo, T4 livre normal, anticorpos anti tiroglobulina e anti-tiroperoxidase
normais, ultrassonografia de tiroide sem sinais de tireoidite. Observamos, at o momento, na anlise do sequenciamento do
gene para o TSHR, ausncia de alterao mutacional nos paciente estudados. Nosso principal achado foi um polimorfismo,
D727E no xon 10, j descrito por outros trabalhos, mas que tambm frequente na populao normal.
Participantes:

Orientador: Magnus Rgios Dias da Silva


Orientador: Maria Izabel Chiamolera
Docente: Ilda Kunii
Discente: Marina Kisys
Discente: Carolina Porto

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Letcia Sant' Ana Cardoso da Silva
Ttulo: Relao entre presso intraocular e variao dos nveis glicmicos em
pacientes diabticos e no diabticos
Palavras-Chave: Presso Intraocular; Nveis Glicmicos; Diabticos; No Diabticos
Introduo
A presso intraocular determinada, de forma geral, pelo balano entre a produo e o escoamento do humor
aquoso. A sua avaliao apresenta grande importncia na prtica oftalmolgica, principalmente no tocante ao diagnstico e
acompanhamento de diversas doenas oftalmolgicas.
A presso intraocular elevada ainda continua sendo o mais importante fator de risco para o desenvolvimento da
neuropatia ptica presente no Glaucoma, doena que, segundo dados mais recentes da Organizao Mundial de Sade,
a principal causa de cegueira irreversvel no mundo.
Sabemos que a presso intraocular sofre interferncia de diversos fatores sistmicos, como hipertenso arterial e
doena aterosclertica, apresentando inclusive valores aumentados em pacientes diabticos.A doena tem como uma das
caractersticas a variao nos nveis glicmicos. Estudos mostram diversas alteraes metablicas no organismo
ocasionadas pelas oscilaes dos valores glicmicos (hipo e hiperglicemia) dos pacientes. Estados hiperglicmicos podem
levar ao aumento da secreo de glucagon, catecolaminas, cortisol e hormnio do crescimento, levando a gliconeognese,
glicogenlise e liplise. J os estados de hipoglicemia podem levar, entre outras alteraes, ao aumento da liberao de
citocinas vasoativas.
Assim, sabemos que os pacientes diabticos apresentam variaes importantes dos nveis glicmicos, que causam
diversas alteraes metablicas em seus organismos, e que os valores da presso intraocular sofrem interferncia de
variaes do metabolismo.
Nesse contexto, nosso estudo tem como objetivo principal avaliar a relao entre a presso intraocular e as
variaes dos valores de glicemia em pacientes diabticos, comparando-se com a variao em pacientes no diabticos.
Objetivos
Avaliar a relao entre a presso intraocular e as variaes dos valores de glicemia em pacientes diabticos e no
diabticos.
Materiais e Mtodos
Pacientes
Aps aprovao do comit de tica em pesquisa da instituio, foram recrutados pacientes voluntrios com
diagnstico de Diabetes Mellitus (tipo I e II) de diversos setores da Universidade Federal de So Paulo (UNIFESP), como
Centro de Diabetes, Pronto Socorro e Departamento de Oftalmologia.
Foram inclusos 37 pacientes (20 diabticos e 17 no diabticos).
Critrios de Incluso:
GRUPO NO DIABTICO:
Pacientes acima de 18 anos.
Pacientes voluntrios dos diversos setores de atendimento da UNIFESP e que estejam de acordo com o TCLE.
Pacientes que no possuem diagnstico de diabetes ou estado de intolerncia glicmica.
GRUPO DIABTICO:
Pacientes acima de 18 anos.
Paciente que tenha diagnstico diabetes h pelo menos 6 meses e que esteja em acompanhamento para tal
patologia. Pelo diagnstico subentende-se:
Sintomas de poliria, polidipsia e perda ponderal, acrescidos de glicemia casual acima de 200 mg/dL.
Glicemia de jejum igual ou superior a 126 mg/dL.
Glicemia de duas horas ps-sobrecarga de 75 g de glicose acima de 200 mg/dL.
Pacientes voluntrios dos diversos setores de atendimento da UNIFESP e que estejam de acordo com o TCLE.
Critrios de Excluso:
Pacientes em uso de colrios ou outros medicamentos que possam alterar os nveis da PIO.
Leses ou Opacidades Corneanas: pacientes que tenham opacidade ou irregularidades corneanas que dificultem a
realizao da gonioscopia, tonometria e outros exames oftalmolgicos.
Pacientes que possuam ametropias com erro refracional. esfrico maior que 5D ou cilndrico maior que 3D.
Pacientes que no apresentem boa colaborao e cooperao durante os exames.
Paquimetria acima de 600 micras ou abaixo de 450 micras.
Procedimentos
Aps o preenchimento do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, os pacientes foram submetidos coleta de
dados demogrficos e caractersticas clnicas (idade, sexo, raa, presena de doenas sistmicas e/ou oftalmolgicas, uso
de colrios e medicaes).
Posteriormente, os pacientes foram submetidos ao exame de Glicemia capilar e Tonometria em 2 situaes distintas:
jejum (mnimo de 8 horas) e ps-prandial (mximo de 2 horas). Os pacientes tambm foram submetidos ao restante do
exame oftalmolgico completo (acuidade visual, refrao, biomicroscopia anterior, gonioscopia , paquimetria e fundoscopia).
A medida da glicemia capilar foi realizada pela coleta de sangue de capilares sanguneos do dedo do paciente,
atravs da perfurao cutnea por uma lanceta e verificao em aparelho prprio (Accu-Chek Active).
A medida da presso intraocular foi realizada por Tonmetro de Goldman, sendo todas as medidas realizadas no
mesmo aparelho pelo mesmo examinador.
Anlise dos dados
Dados demogrficos foram apresentados atravs de anlise descritiva (tabelas e grfico de setores). Teste t para
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rea: Medicina Aplicada
Autor: Letcia Sant' Ana Cardoso da Silva
amostras independentes foi utilizado para comparao das presses intraoculares no perodo de glicemia mais baixa do
paciente e no perodo de glicemia mais alta. Para avaliao da reprodutibilidade das medidas obtidas e da relao entre
essas medidas e parmetros funcionais e estruturais, foram calculados coeficientes de repetibilidade, coeficientes de
correlao intraclasse e coeficientes de correlao. Foi realizada anlise computadorizada (software Medicalcadotado),
sendo adotado p<0.05 como nvel de significncia estatstica.
Resultados
Um total de 37 pacientes foi incluso (20 diabticos e 17 no diabticos).
No houve diferenas de idade ou PIO basal entre os grupos de pacientes diabticos e no diabticos
(p>0.18). Nveis glicmicos basais foram mais elevados no grupo de pacientes diabticos (p<0.001). A PIO ps-prandial foi
significativamente maior que a basal em diabticos (17.8 vs 15.5 mmHg; p<0.001) e no diabticos (15.9 vs 14.3 mmHg;
p<0.01). Nveis glicmicos ps-prandiais foram significativamente maiores que as medidas basais tanto em diabticos
(variao mdia de 62 mg/dl; p<0.01) quanto em no diabticos (variao mdia de 31.5 mg/dl; p<0.01).
A anlise dos dados revelou que tanto os nveis basais de glicose (R2=0.25; p<0.01) e a magnitude de variao dos
nveis glicmicos (R2=0.41; p<0.01) foram positivamente associados com variaes ps-prandiais da PIO na anlise
univarivel. Idade e PIO basal no foram estatisticamente significativos (p>0.15). Incluindo todos os fatores no modelo
multivarivel, apenas a magnitude da variao dos nveis de glicose permaneceu significativamente associada com a
variao da PIO (p<0.001).
Concluso
Correlacionando a variao dos nveis de glicose e variaes da PIO em cada grupo, houve uma associao positiva
tanto em pacientes diabticos (R2=0.54; p<0.01) quanto em no diabticos (R2=0.29; p=0.03).
Nossos resultados sugerem que h uma significativa correlao entre nveis glicmicos e valores de PIO,
especialmente em pacientes diabticos. A PIO ps-prandial parece ser significativamente maior nesses pacientes em
comparao aos valores basais, revelando uma forte associao com a magnitude do aumento dos nveis glicmicos. Este
fato deve ser considerado quanto anlise da flutuao da PIO, especialmente em pacientes diabticos.
Participantes:

Orientador: Tiago dos Santos Prata


Discente: Letcia Sant' Ana Cardoso da Silva

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rea: Medicina Aplicada
Autor: Lilian Frana Machado
Ttulo: Prevalncia de exposio ao fumo, lcool, substncias psicoativas e seus
fatores de risco em uma coorte de adolescentes com HIV em uso de terapia
antirretroviral
Palavras-Chave: ALCOOL, FUMO, DROGAS, ADOLESCENTES, HIV
EXPOSIO AO
VIVENDO COM HIV/AIDS.

FUMO,

LCOOL,

SUBSTNCIAS

PSICOATIVAS

EM

UMA

COORTE

DE

ADOLESCENTES

O consumo de drogas lcitas e ilcitas cresce assustadoramente no mundo, tendo levado a um debate sem
precedentes entre os profissionais que lidam com adolescentes. Este estudo teve como objetivos avaliar a frequncia e os
fatores associados exposio ao fumo, lcool e substncias psicoativas em uma coorte de adolescentes infectados pelo
HIV.
Estudo prospectivo, realizado de agosto/2012 a maro/2013, no centro de Atendimento da Disciplina de Infectologia
Peditrica da UNIFESP, com 56 sujeitos (10-22anos) infectados pelo HIV por via vertical. Foi utilizado o questionrio
ASSIST (Alcool Smoking and Substance Involvement Screening Test), contendo 8 questes sobre o uso de nove classes de
substncias psicoativas (fumo, lcool, maconha, cocana, estimulantes, sedativos, inalantes, alucingenos, e opiceos).
Cada resposta corresponde a um escore que varia de 0 a 4, sendo a faixa de escore de 0 a 3 indicativa de uso ocasional,
de 4 a 15 indicativa de abuso e ? 16 sugestiva de dependncia. As variveis independentes avaliadas foram idade, gnero,
escolaridade, renda familiar, orfandade, atividade fsica, classificao clnica e imunolgica do HIV, uso de antirretrovirais
(TARV), carga viral do HIV e contagem de clulas TCD4+.
Vinte e oito participantes eram do sexo masculino (50%), idade mediana de 15,2 anos, 46(82,1%) com
manifestaes clnicas de carter moderado ou grave (categorias clnicas B ou C) e 10(17,8%) de carter leve ou ausente
(A ou N). No momento da realizao do questionrio, 44(78,6%) estavam em uso de TARV, tendo a maioria
comprometimento imunolgico moderado ou grave (45; 80,4%). O uso de substncias psicoativas em algum momento da
vida foi referido por 8 jovens (14,3%) em relao ao tabaco, 24(42,9%)
ao lcool, 3(5,4%) maconha
e 1(1,8%)
anfetamina. Os escores para cada droga sugeriram abuso e necessidade de interveno breve para tabaco, lcool e
maconha em 5(8,9%), 7(12,5%) e 2(3,6%) adolescentes, respectivamente. No houve associao com significncia
estatstica entre os escores para cada substncia e todas as variveis independentes consideradas.
A frequncia do uso de fumo, lcool e substncias psicoativas foi semelhante a de outros estudos brasileiros com
adolescentes sem HIV/Aids, indicando a necessidade de acompanhamento constante dessa populao,
possibilitando a
profilaxia e intervenes precoces.
Participantes:

Discente: Lilian Frana Machado

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rea: Medicina Aplicada
Autor: Marco Aurelio Santo Filho
Ttulo: O ESTUDO DA INFLUNCIA DA SNDROME PR-MENSTRUAL NA
RESISTNCIA MUSCULAR DE ATLETAS.
Palavras-Chave: SPM, citocinas, desempenho esportivo
Introduo: Nos ltimos anos pudemos observar grande aumento no nmero de atletas do sexo feminino,
participantes de esportes de alto rendimento. Esse fato nos mostra o quanto importante o estudo das particularidades
femininas, principalmente as que se referem aos efeitos do exerccio crnico sobre a sade da mulher e ao impacto das
flutuaes hormonais do ciclo menstrual no seu desempenho fsico. J foram realizados inmeros estudos a respeito das
alteraes biolgicas presentes em atletas.
So frequentes, por exemplo, ciclos menstruais irregulares ou mesmo
amenorreia. Por outro lado, o impacto do ciclo menstrual na performance esportiva ainda controverso, tendo sido
demonstrado em alguns estudos variaes do desempenho ligadas s alteraes hormonais.
Objetivo: O objetivo foi avaliar a interferncia da Sndrome Pr - Menstrual ( SPM ) no desempenho esportivo de
mulheres atletas, relacionando com a produo de citocinas e a percepo dos estados de humor e ansiedade.
Metodologia: O grupo de estudo foi composto por 42 atletas praticantes de Esportes Coletivos (modalidade Futebol
de Campo), com idade entre 14 e 25 anos, divididas em dois grupos: com SPM ( n=19 ) e sem SPM ( n=23 ). Foram feitas
duas avaliaes em momentos distintos do ciclo menstrual, uma na fase ltea e outra na fase folicular. Para a determinao
da ocorrncia de Sndrome Pr - Menstrual, aplicou-se o Dirio de Sintomas Pr-Menstruais (Daily Symptom Report - DSR).
Para a determinao da Percepo dos Estados de Humor e de Ansiedade, foram utilizados os questionrios: Escala de
Humor de Brunel ? BRUMS e Escala de Ansiedade de Beck ? BAI. Adicionalmente, em ambos os grupos, foram coletadas
amostras de urina para a dosagem das citocinas, antes da prtica esportiva (ausncia de atividade fsica por 24 horas) e
logo aps a partida de futebol. Foram avaliados os nveis das citocinas pr e anti-inflamatrias IL-1, IL-6, IL-8, IL-10, IL-15,
IL-17 e TNF-?, utilizando-se kits HCYTOMAG-60K.
Resultados e concluses: Os resultados esto sendo submetidos anlise estatstica e em seguida poder ser
feita a discusso e a concluso do projeto.
Participantes:

Orientador: Mauro Vaisberg


Discente: Marco Aurelio Santo Filho

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rea: Medicina Aplicada
Autor: MARIANA CHIBA IKEDA
Ttulo: Acurcia do exame de microscopia no diagnstico de ceratite por
Acanthamoeba
Palavras-Chave: CERATITE, ACANTHAMOEBA
Introduo: a ceratite por Acanthamoeba uma infeco ocular que pode levar perda da viso de forma
irreversvel. Dentre os principais fatores de riscos esto o uso de lentes de contato gelatinosas e trauma. Um dos grandes
desafios o diagnstico preciso da doena uma vez que o tratamento, quando institudo de forma precoce, pode diminuir a
morbidade da doena.
Objetivo: objetivo deste estudo foi avaliar a acurcia do exame de microscopia do esfregao de crnea no
diagnstico de ceratite por Acanthamoeba.
Mtodos: levantamento de resultados de cultura para Acanthamoeba de casos de ceratite do ambulatrio de
oftalmologia da UNIFESP no perodo de Julho de 1987 a Janeiro de 2013. Foram considerados casos onde microscopia e
cultura foram solicitados. Sensibilidade e especificidade da microscopia foram calculados considerando-se cultura para
Acanthamoeba como padro-ouro no diagnstico da doena.
Resultados: total de 1340 pedidos de cultura e microscopia foram realizados no perodo sendo que 276 casos
tiveram cultura positiva e 1064 cultura negativa. A positividade da microscopia foi de 135 e 1028 foram negativos. A
sensibilidade da microscopia foi de 51,1% e especificidade de 96,6%.
Concluso: microscopia da crnea, exame rpido e de baixo custo, apresenta baixa sensibilidade mas alta
especificidade para diagnstico de ceratite por Acanthamoeba. O diagnstico final deve levar em considerao a histria
clnica e, se possvel, o auxlio de outros mtodos como a prpria cultura e microscopia confocal.
Participantes:

Orientador: Denise de Freitas


Docente: Maria Ceclia Zorat Yu
Docente: Fbio R. S. Carvalho
Docente: Annette Foronda
Docente: Flavio E. Hirai

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rea: Medicina Aplicada
Autor: Mariana Corinti Son
Ttulo: Estudo multicntrico duplo-cego controlado por placebo para avaliar a eficcia
e segurana de voclosporina como terapia em pacientes com uvete intermediria,
uvete posterior ou pan-uvete no-infecciosa ativa
Palavras-Chave: estudo multicntrico, voclosporina, uvete anterior, uvete posterior, uvete intermediri
Objetivos e Metas: O objetivo primrio deste estudo avaliar a segurana e eficcia da voclosporina como terapia
em pacientes com uvete no-infecciosa ativa envolvendo segmentos oculares intermedirio e/ou posterior. O objetivo
secundrio deste estudo avaliar a relao da exposio da voclosporina aos parmetros de eficcia e segurana. Um
terceiro objetivo avaliar o entendimento dos pacientes com relao ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Metodologia e Estratgia de Ao: Desenho duplo-cego prospectivo, randomizado, de grupos paralelos, controlado
por placebo. Pacientes que atendem todos os critrios de elegibilidade sero randomizados em uma razo de 1:1 para:
Voclosporina 0.4 mg/kg p.o. b.i.d. sem exceder 40 mg p.o. b.i.d. Placebo equiparado, p.o. b.i.d. A ciclosporina, tacrolimus,
metotrexato e outros agentes anti-proliferativos e imunossupressores, se usados, devem ser descontinuados na noite
anterior a visita basal (Visita 1).
Aps a randomizao, os pacientes continuaro sob uma dose estvel de corticide por 4 semanas.
Subseqentemente, ser iniciada uma reduo padronizada do corticide para ? 5 mg/dia durante um perodo de 12
semanas. Sero coletadas amostras de sangue em jejum de todos os pacientes para a avaliao de farmacocintica da
populao. Uma amostra de sangue para PK basal ser coletada na Visita 1 antes da dosagem (hora 0) e 2 horas aps a
primeira dose. Na Semana 4 (Visita 2), as amostras sero coletadas antes da dosagem (hora 0) e em 1, 2 e 4 horas
ps-dose. Nas Semanas 8, 12, 16, 20 e 24 (Visitas 3, 4, 5, 6, e 7, respectivamente), as amostras sero coletadas antes da
dosagem (hora 0) e 2 horas ps-dose. Durante todo o estudo, os pacientes devero receber cuidado apropriado (e.g.,
provedor de cuidado sade ou especialista em hipertenso) se qualquer medio de presso arterial for igual ou exceder
os valores limiares de 140 mmHg para sistlica ou 90 mmHg para diastlica (mdia confirmada da 2 e 3 leituras). No caso
de uma elevao confirmada de presso arterial ? 140/90 mmHg, os pacientes que eram normotensos e no tratados para
hipertenso antes de iniciar o medicamento do estudo devem ter o medicamento do estudo reduzido em 10 mg b.i.d
(pacientes sob 20 mg b.i.d. recebero placebo). Se qualquer paciente continuar hipertenso 1 semana aps a reduo de
dose, ento o paciente dever ser direcionado para seu provedor de sade ou para um especialista em hipertenso para
monitoramente e tratamento da presso arterial de acordo com as recomendaes do Patrocinador para terapia. No so
permitidas outras redues de dose. A bioqumica srica ser monitorada 2 semanas depois de introduzidos os
medicamentos anti-hipertensivos de primeira linha.
Durante todo o estudo, se um valor de creatinina srica confirmado excede a medida basal mdia em ? 0,3 mg/dL
(27 mol/L), o medicamento do estudo ser reduzido em 10 mg b.i.d. (pacientes sob 20 mg b.i.d. recebero placebo). Se a
creatinina srica no retornar a < 0,3 mg/dL acima da perodo basal dentro de 2 semanas aps a reduo da dose, o
paciente ser retirado do medicamento do estudo e continuar sendo monitorado a cada duas semanas para medio da
creatinina srica, at que a medio retorne a < 0,3 mg/dL acima da medio basal.
Populao do Estudo: Pacientes com uvete no-infecciosa ativa envolvendo o segmento intermedirio e/ou posterior
em pelo menos um olho e que requerem terapia imunossupressora sistmica. Os pacientes que tambm apresentam
envolvimento do segmento anterior e atendem todos os critrios de elegibilidade tambm podero ser inclusos no estudo.
Nmero de Pacientes (Planejado): At 180 pacientes sero includos a fim de obter 150 pacientes avaliveis na
Semana 12.
Critrios de Elegibilidade: Incluso
1. Uvete no-infecciosa ativa envolvendo o segmento intermedirio e/ou posterior (anterior + intermedirio-,
intermedirio-, posterior- ou panuvete) em pelo menos um olho conforme evidenciado por um grau de haze vtreo de pelo
menos 2+ na Visita Basal (Visita 1). Pacientes que tambm apresentam envolvimento do segmento anterior no precisam
ser excludos se qualificados de outra forma.
2. Terapia de Uvete
A terapia atual deve atender um dos seguintes:
- Monoterapia com prednisona a uma dose de ? 10 mg/dia e ? 40 mg/dia (ou equivalente) durante pelo menos 2
semanas antes da visita basal (Visita 1)
Prednisona, a qualquer dose, em adio a um agente imunomodulador entre a ciclosporina, tacrolimus,
azatioprina, micofenolato mofetil, cido micofenlico ou metotrexato durante pelo menos 2 semanas antes da visita basal
(Visita 1)
- N.B.: Toda terapia imunossupressora (excluindo corticides sistmicos) deve ser descontinuada na noite anterior a
vista basal (Visita 1).
3. Considerado pelo Investigador que requer terapia imunossupressora sistmica
4. Uma capacidade mnima para contar dedos a uma distncia de 30 cm (1 p) em ambos os olhos
5. Pelo menos 18 anos de idade
6. Pacientes, do sexo masculino ou feminino, com potencial reprodutivo e que sejam sexualmente ativos devero
concordar em usar mtodos de contracepo de barreira dupla durante todo o decorrer do estudo (mnimo de 24 semanas)
7. Mulheres com potencial de engravidar devero apresentar um teste de gravidez de urina negativo (UPT) dentro
das 48 horas prvias ao incio do medicamento do estudo. Todas as mulheres (incluindo aquelas com ligaes tubrias)
sero consideradas com potencial de engravidar salvo se atendidos um ou mais dos seguintes critrios:
Acima de 60 anos de idade
Amenorrica por pelo menos 2 anos se estiver entre 45 ? 60 anos de idade
Teve uma histerectomina e /ou ooforectomia bilateral
8. Os pacientes devero ser:
Capazes de compreender o propsito e riscos do estudo
Hbeis para prestar o consentimento livre e esclarecido por escrito
Hbeis para atender todos os requisitos do estudo
Se o paciente no conta com capacidade legal para consentir, o termo de consentimento livre e esclarecido por
escrito poder ser fornecido por um representante legal em nome do paciente.
Critrios de Elegibilidade: Excluso
1. Doenas/ Condies Ocular(es)
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rea: Medicina Aplicada
Autor: Mariana Corinti Son
As condies a seguir so de excluso se presentes:
1.1. Uvete limitada apenas ao seguimento anterior no olho de estudo
1.2. Uvete infecciosa confirmada ou suspeita em qualquer dos olhos, incluindo, mas no limitando uvete
infecciosa devido tuberculose, citomegalovrus, Doena de Lyme,
toxoplasmose, Vrus Linfotrpico-T Humano Tipo 1
(HTLV-1), doena de Whipples, vrus herpes zoster (HZV) e vrus herpes simplex (HSV) ou histrico de outra infeco
herptica ocular
1.3. Presena de uma cicatriz ocular por toxoplasmose ou infeco ativa suspeita em qualquer um dos olhos
1.4.
Infeco ativa (i.e. bacteriana, viral, parastica ou fngica) em qualquer um dos olhos
1.5. Coroidopatia serpiginosa em qualquer um dos olhos
1.6. Leses inflamatrias ativas ou vasculite envolvendo a mcula central em qualquer um dos olhos
1.7. Histrico de coroidorretinopatia serosa em qualquer um dos olhos
1.8. Retinopatia diabtica proliferativa ou no-proliferativa severa em qualquer um dos olhos
1.9. Degenerao macular neovascular/molhada relacionada idade em qualquer um dos olhos
1.10. Anormalidade da interface vitreorretiniana (i.e. trao vtreo-macular, membranas epirretiniana, etc.) que o
Investigador considera interferir na medio da espessura macular ou no potencial do dano estrutural macular independente
do processo inflamatrio no olho em estudo
1.11. Linfoma do sistema nervoso central ou ocular clinicamente suspeito ou confirmado
1.12. Opacidade do cristalino ou meio ocular obscurecido no olho em estudo no perodo basal (Visita 1) que venham
a impedir a realizao de avaliaes confiveis e graduao tanto do segmento intermedirio como posterior
1.13.
Qualquer outra doena ocular no olho em estudo que possa interferir no diagnstico ou avaliao da
progresso da doena
1.14. Monocular [olho controle anoftlmico]
1.15. Presso intraocular de >21mmHg em qualquer um dos olhos
1.16.
Hipotonia crnica (presso intraocular meos de 6 mmHg ou sinais clnicos como dobras coroidianas, da
coride ou corneana) ou estado pr-tsico (e.g. engrossamento de esclera em ultrassonografia, diminuio do tamanho do
globo ocular) em qualquer um dos olhos
1.17. Contraindicao para dilatao da pupila em qualquer um dos olhos
1.18. Relutncia em retardar cirurgia ocular eletiva no olho em estudo (e.g. extrao de catarata) at depois da
concluso da participao do estudo
2. Tratamento Prvio e Atual
2.1. Pacientes cuja terapia sistmica ou com corticide local inapropriada do ponto de vista mdico ou que
recusam uma terapia corticide no podero ser includos
2.2. Presena de qualquer dispositivo com eluio de corticide implantvel no olho em estudo dentro de 3 anos
(e.g., implante intravtreo Retisert?, Medidur?, I-vation? TA) da visita basal (Visita 1)
2.3. Tratamento com Ozurdex no olho em estudo dentro de 6 meses da visita basal
2.4. Tratamento com terapia corticide periocular (e.g., sub-Tenons) dentro de 6 meses da visita basal (Visita 1)
2.5. Terapia com qualquer medicamento intravtreo dentro de 6 meses da visita basal (Visita 1) no olho em estudo
2.6.
Tratamento com um regime de imunossupresso que inclui um agente alquilante (e.g., ciclofosfamida ou
clorambucil) dentro de 90 dias antes da visita basal (Visita 1)
2.7.
Tratamento com um anticorpo monoclonal ou qualquer outra terapia biolgica dentro de 30 dias ou
alemtuzumab dentro de 12 meses antes da visita basal (Visita 1)
2.8.
Incapaz de ser descontinuado de medicamentos conhecidos por serem tanto indutores como inibidores (forte,
moderado ou fraco) das enzimas citocromo P450 34 e 35 (CYP 34/4). Inibidores e indutores de CYP 34/5 so proibidos
dentro de 7 dias antes da primeira dose (exceto suco de grapefruit [toranja] e carambola proibidos dentro de 24 horas da
primeira dose)
2.9. As medicaes a seguir e classes de medicaes so proibidas antes do perodo de washout indicado e
tambm so proibidas durante o perodo de tratamento:
Inibidores de VEGF (e.g., bevacizumab e ranibizumab)
Inibidores da enzima conversora de angiotensina (e.g., enalapril, lisinopril, lotrel, ramipril, trandolapril)
Aminoglicosdeos (e.g., anfotericina B, melfalano)
Amiodarona
Inibidores de glicoprotena-P (PGP) (e.g., azitromicina, lovastatina, atorvastatina, carbamazepina, carvedilol.
Fluoxetina, arroz fermentado)
Medicamentos anti-inflamatrios no-esteroidais sistmicos (oral, tpico, parenteral): (e.g., aspirina, ibuprofeno,
naproxeno, celecoxib) (uso episdico, i.e., ?3 dias de dosagem contnua, permitido quando necessrio; se indicado do
ponto de vista mdico, uso dirio de 81 mg de aspirina permitido
Esterides andrognicos
Metoclopramida
Sulfadimidina (intravenosa)
Emulso oftlmica dedifluprednato 0.05%
2.10. Prvia participao em estudo clnico da voclosporina
2.11. Contraindicao conhecida administrao de voclosporina ou qualquer de seus componentes (vitamina E,
leo de triglicerdeo de cadeia mdia [MCT], polissorbato 40, etanol)
2.12.
Participao em outro estudo clnico com um agente investigacional em 30 dias antes da visita de seleo
e/ou no tenha se recuperado de quaisquer efeitos reversveis ou efeitos colaterais do agente investigacional anterior.
Condies Extra-oculares
3.1. Receptores de um transplante de rgo slido
3.2. Histrico conhecido ou diagnstico clnico de herpes zoster ou infeco por varicela dentro de 6 semanas antes
da visita basal (Visita 1) ou exposio dentro de 21 dias antes da visita basal (Visita 1)
3.3. Infeco extra-ocular ativa requerendo uso prolongado ou crnico de agentes antimicrobianos
3.4. Malignidade atual ou um histrico de malignidade (dentro de 5 anos anteriores) exceto carcinoma basal no
metasttico ou de clula escamosa de pele ou carcinoma-in-situ do colo do tero que tenho sido tratado com xito
3.5. Infarto do miocrdio dentro de 6 meses antes da visita basal (Visita 1) ou histrico de disritmia cardaca
3.6. Quaisquer outras condies co-mrbidas no-oculares, significativas do ponto de vista mdico que
comprometam as atividades normais, requeiram imunossupresso, ou qualquer condio mdica (e.g., diabetes mellitus
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Autor: Mariana Corinti Son
insatisfatoriamente controlada) que pudesse apresentar um impacto sobre a capacidade do participante em atender o
esquema de visita de estudo
3.7. Atualmente grvida ou amamentando
3.8. Qualquer uso atual ou histrico de abuso de substncias, distrbio psiquitrico ou uma condio, que na opinio
do Investigador, pudesse colocar em risco a segurana ou causar impacto sobre a validade dos resultados do estudo.
Avaliaes de Laboratrio, Presso Arterial e de ECG
4.1. Diferena de ? 0,3 mg/dL (27mol/L) em dois valores de creatinina srica obtidos em pelo menos 24 horas de
intervalo antes da visita basal (Visita 1)
4.2. Qualquer valor de creatinina srica ? 1,5 mh/dL (133mol/L) durante o perodo de seleo
4.3.
Alanina transaminase (ALT), aspartato transaminase (AST), ou gama-glutamil transferase (GGT) ? 3x o limite
superior do normal no momento da seleo
4.4.
Anemia severa (hemoglobina < 9 g/dL [homem] ou hemoglobina < 8g/dL [mulher]), leucopenia (contagem de
leuccitos < 2500/mm), trombocitopenia (contagem plquetria < 8000/mm) policitemia (hematcrito >54% [homem] ou
hematcrito >49% [mulher] ou coagulopatia clinicamente significativa (i.e., aPTT ? 1,5 X controle e/ou INR ? 2,0) o momento
da seleo
4.5. Soropositivo para sfilis ou doena de Lyme no momento da seleo
4.6. Soropositivo para o vrus da imunodeficincia humana (HIV) no momento da seleo
4.7. Soropositivo para o vrus da hepatite A, B e C ativo (HAV, HBV, HCV) no momento da seleo
4.8. Durante o perodo da seleo, tuberculose por derivado de protena purificada positivo dentro de 72 horas de
realizao do teste por meio do procedimento de teste padro da Instituio. Se um paciente apresente teste negativo para
tuberculose dentro de 6 meses antes da visita de seleo, no necessrio um novo teste.
4.9. Presso arterial sistlica > 150 mmHg e/ou presso arterial diastlica > 95 mmHg, no mento da seleo ou na
visita basal (Visita 1)
4.10. Intervalo de QT?F (equao de correo Fridericia) excede 480 ms na presena de um intervalo QRS normal
(<110ms) no momento da seleo
4.11. Peso < 38 kg
Produto Investigacional, dosagem e modo de administrao
Os pacientes sero sequencialmente designados de acordo com uma lista de randomizao gerada por computador
para um dos seguintes braos do tratamento em uma razo de 1:1:
Brao A do Tratamento: voclosporina 0,4 mg/kg p.o. b.i.d., sem exceder 40 mg p.o. b.i.d.
Brao B do Tratamento: placebo p.o. b.i.d
Durao do tratamento
24 semanas
Reduo de Corticide Sistmico: Em todos os braos do tratamento
O plano de reduo de corticide sistmico ser documentado na Visita 1
A reduo de corticides sistmicos para ? 5 mg/dia (predinisona ou equivalente) ser iniciada na Visita 2 (semana
4) e deve ser concluda na Visita 5 (Semana 16), usando um algoritmo padronizado.
Espera-se a criao de nova terapia que possa oferecer controle eficaz da inflamao ocular
(uvete posterior,
uvete intermediria) e consequente preservao da viso e que, ao mesmo tempo, reduza os efeitos colaterais associados
ao uso de corticides.
Riscos e Dificuldades
Seleo de pacientes que preenchem os critrios de incluso e excluso
Adeso dos pacientes ao estudo
Controle eficaz e rigoroso dos efeitos colaterais (caso ocorram)
Sero realizadas medidas especficas para auxiliar no screening e seleo de pacientes, bem como para o controle
e atendimento dos mesmos movido por complicaes associadas ao medicamento.
Sumrio das Atividades:
Screening de pacientes
Aplicao de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Avaliao sistmica
Avaliao de exames laboratoriais
Acompanhamento dos exames oftalmolgicos
Aplicao de questionrios sobre qualidade de vida
Acompanhamento das atividades da pesquisa (regulatrio e de execuo do projeto)

eles:

Resultados at o momento
- Quanto ao processo de consentimento:
Foi aplicado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) nos 13 pacientes participantes do estudo.
Para analisar se os pacientes compreenderam o processo de consentimento foi aplicado um questionrio e dentre

- 92,3% compreenderam o que uma pesquisa clnica


- 7,69 % compreenderam em parte o que uma pesquisa clnica
- 100% compreenderam o que o termo de consentimento livre e esclarecido
- 100% compreenderam, na ocasio em que assinaram o TCLE, que o tratamento proposto faz parte de uma
pesquisa clnica
- 92,3% consideraram a linguagem utilizada acessvel e de facil compreenso
- 7,69 no consideraram a linguagem utilizada acessvel e de facil compreenso
- 84,61% consideraram adequada a quantidade de informao apresentada
- 15,38% consideraram adequada em parte a quantidade de informao apresentada
- 100% compreenderam quais os objetivos e procedimentos envolvidos na pesquisa clnica
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rea: Medicina Aplicada
Autor: Mariana Corinti Son
- 92,3% compreenderam quais so os desconfortos e riscos possveis
- 7,69% compreenderam em parte quais so os desconfortos e riscos possveis
- 84,61% compreenderam quais so os benefcios esperados durante seu tratamento
- 7,69% no compreenderam quais so os benefcios esperados durante seu tratamento
- 7,69% compreenderam em parte quais so os benefcios esperados durante seu tratamento
- 84,61% compreenderam quais os mtodos alternativos existentes para o tratamento de sua doena, caso no
quisesse participar da pesquisa clnica
- 7,69% no compreenderam quais os mtodos alternativos existentes para o tratamento de sua doena, caso no
quisesse participar da pesquisa clnica
- 7,69% compreendeu em parte quais os mtodos alternativos existentes para o tratamento de sua doena, caso no
quisesse participar da pesquisa clnica
- 100% compreenderam a forma de acompanhamento e assistncia, a durao do estudo e quem o responsvel
por seu atendimento durante sua participao na pesquisa clnica
- 100% compreenderam que tem garantia de esclarecimentos sobre a metodologia utilizada, antes e durante o curso
da pesquisa
- 76,92% compreenderam que o estudo clnico envolvia mais do que um grupo de tratamento e que voc seria
sorteado para receber um dos tratamentos
- 15,38 no compreenderam que o estudo clnico envolvia mais do que um grupo de tratamento e que voc seria
sorteado para receber um dos tratamentos
- 7,69% compreenderam em parte que o estudo clnico envolvia mais do que um grupo de tratamento e que voc
seria sorteado para receber um dos tratamentos
- 92,3% compreenderam que teriam possibilidade de incluso em grupo controle ou placebo
- 7,69% compreenderam em parte que teriam possibilidade de incluso em grupo controle ou placebo
- 46,15% compreenderam o que placebo
- 23,07% no compreenderam o que placebo
- 30,76% compreenderam em parte o que placebo
- 53,84% compreenderam o que grupo controle
- 23,07% no compreenderam o que grupo controle
- 23,07% compreenderam em parte o que grupo controle
- 100% compreenderam que sua participao voluntria e que tem a liberdade de se recusar a participar ou retirar
seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem penalizao alguma e sem prejuzo ao seu cuidado mdico
- 100% no sentiram presso alguma por parte do mdico para participar do estudo
- 100% compreenderam que tm garantia do sigilo que assegura a privacidade quanto aos dados confidenciais
envolvidos na pesquisa
- 100% compreenderam as formas de reembolso de despesas decorrentes da participao na pesquisa
- 61,53% compreenderam que diante de eventuais danos decorrentes da pesquisa, tem direito a indenizao
- 30,76% no compreenderam que diante de eventuais danos decorrentes da pesquisa, tem direito a indenizao
- 7,69% compreenderam em parte que diante de eventuais danos decorrentes da pesquisa, tem direito a indenizao
- 100% compreenderam que todas as despesas e procedimentos decorrentes de sua participao na pesquisa sero
pagos pelo patrocinador do estudo (indstria farmacutica)
- 100% tiveram oportunidade suficiente para esclarecer todas as suas dvidas antes de iniciar o tratamento
- 100% dos pacientes ou representantes legais, assinaram e dataram duas vias do termo de consentimento e
receberam uma das vias
- 100% consideraram suficiente o tempo para leitura e assinatura do termo
- 61,53& consideraram adequado o tamanho da letra apresentada no termo
- 7,69% no consideraram adequado o tamanho da letra apresentada no termo
- 30,76% consideraram adequado em parte tamanho da letra apresentada no termo
- 100% dos pacientes, de uma maneira geral, acharam adequado e ficaram satisfeitos com o processo de
consentimento.
Participantes:

Discente: Mariana Corinti Son

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rea: Medicina Aplicada
Autor: Marta Barros de Souza
Ttulo: Anlise do PPD e de ITF-? especfico (Elispot e Quantiferon) em pacientes com
doenas reumticas em uso de anti-TNF.
Palavras-Chave: Reumatologia, Tuberculose, Anti-TNF, Testes
Anlise da positividade do teste tuberculnico e teste de medida de liberao de interferon ? especfico para
Mycobacterium tuberculosis (Elispot e Quantiferon) em pacientes com doenas reumticas previamente e durante o uso de
agentes anti-TNF
Os dados dos ensaios de interferon gama para a tuberculose em crianas ainda esto em construo. Estes testes
tm muita vantagem sobre o teste tuberculnico, em crianas desnutridas ou HIV positivos, onde o teste tuberculnico na
maioria das vezes negativo. Ambos, teste tuberculnico, ou ensaios de interferon gama, no so diagnstico de 100% dos
casos de tuberculose na infncia.
Sabemos que desde o incio do uso de drogas anti-TNF para o tratamento da artrite reumatoide e outras doenas
inflamatrias, casos de tuberculose pulmonar e extrapulmonar vm sendo notificados em pacientes submetidos a tal
tratamento.
Todo paciente deve ser avaliado para tuberculose latente antes do incio do uso de um bloqueador de TNF; no
entanto, o diagnstico de tuberculose latente um desafio. A prova tuberculnica, ainda utilizada com principal teste para
a deteco de tuberculose latente e apresenta uma srie de limitaes. No h dados suficientes na literatura comparando
estes testes entre crianas com doena reumatolgica em uso de Anti-TNF. Um estudo neste aspecto necessrio para
avaliar os novos testes (Quantiferon e Elispot) e compar-los com o teste tuberculnico.
At o dado momento selecionamos 14 crianas ou adolescentes com o diagnstico de artrite reumatide (AR)
(critrios do ACR - American College of Rheumatology)1, artrite psorisica (AP) (classificao de Moll and Wright)2,
espondiloartropatia (EA) (critrios de New York; critrios do European Spondyloarthropathy Study Group - ESSG)3,4 e
artrite idioptica juvenil (AIJ) (critrios de classificao do ILAR - Internacional League of Associations for Rheumatology )5
que estavam em uso de agente anti-TNF (anti-fator de necrose tumoral: infliximab, etanercept e adalimumab) h pelo
menos 6 meses. Inclusas nos critrios explicitados no projeto e com critrios de excluso ausentes.
Critrios de incluso:
- Crianas com idade igual ou maior de 5 anos.
Critrios de excluso:
- Uso de pulsoterapia com metilprednisolona h menos de um ms.
- Quadro clnico sugestivo de tuberculose.
- Hepatite B ou C e HIV negativos.
- Insuficncia cardaca congestiva descompensada.
- Neoplasias h menos que 5 anos.
- Doena desmielinizante.
- Gravidez.
- Co-morbidades com descompensao clnica.
Os seguintes itens foram realizados:
? Anamnese direcionada para sintomas relacionados infeco por Mycobacterium tuberculosis.
? Questionrio sobre epidemiologia pessoal.
? Questionrio sobre epidemiologia profissional e familiar de contactantes com infeco pelo Mycobacterium
tuberculosis.
? Questionrio de classificao scio-econmica 6
? Realizao de radiografia de trax
? Realizao de teste cutneo tuberculnico (PPD)
? Realizao de medida de ? interferon especfico para Mycobacterium tuberculosis (Elispot) .
? Realizao de medida de ? interferon especfico para Mycobacterium tuberculosis (Quantiferon)9.
Tabulamos as informaes e no momento estamos com mais 5 pacientes que preenchem os critrios da pesquisa,
em andamento da coleta dos dados.
Temos que at o presente instante os PPDs e Quantiferons analisados tiveram seus resultados negativos,
enquanto obtivemos um resultado positivo com teste ELISPOT.
Participantes:

Discente: Marta Barros de Souza

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rea: Medicina Aplicada
Autor: Maurcio Isaac Pancio
Ttulo: Anlise de Aspectos Clnicos e Fatores Prognsticos no Acidente Vascular
Enceflico
Palavras-Chave: avc, epidemiologia
Introduo: O acidente vascular isqumico agudo (AVEI) a doena cerebral vascular de maior prevalncia. At a
dcada de 1980 no existia tratamento que pudesse limitar a progresso do dano enceflico. Atualmente tm-se
demonstrando melhor prognstico funcional em pacientes trombolisados em at 4 horas e 30 minutos do evento. Assim,
desenvolvemos um projeto com os seguintes objetivos: descrever os aspectos clnicos e epidemiolgicos dos pacientes
atendidos com AVE no servio de neurologia do HSP da UNIFESP; analisar o tempo entre o evento e a chegada do
paciente a unidade de emergncia, e os fatores sociais, educacionais e clnicos influentes no atraso; avaliar o conhecimento
de pacientes e familiares a respeito de aspectos conceituais e tempo para tratamento; e avaliar os fatores prognsticos
envolvidos em pacientes com AVE agudo no setor de emergncia. Material e Mtodos: O instrumento de coleta de dados foi
um questionrio, o qual avaliou variveis primrias (tempo do evento, o conhecimento prvio sobre a patologia e o meio de
informao, o tipo de transporte utilizado, avaliao clnica do paciente feita no momento da admisso e durante evoluo,
e dados vitais do paciente), e variveis secundrias (imagens cerebrais, territrio afetado, tamanho da isquemia ou volume
de hematoma no caso de AVEh). O estudo foi composto de duas fases: uma de ?coorte retrospectiva?, baseada numa
reviso dos pronturios selecionados de acordo com os critrios de incluso (atendimento no Servio de Neurologia do HSP
durante o perodo de 1/Jan/2008 a 31/Dez/2009, diagnstico de internao com base no CID 10 adequado, diagnstico AVE
confirmado pela equipe da neurologia descrito no pronturio) e excluso (Paciente com outro diagnstico mais provvel,
pronturio no localizado no SAME); e uma ?coorte prospectiva?, cujos dados foram coletados conforme deram entrada no
HSP pelo Pronto Socorro, no perodo de Fev/2012 Abr/2012, por meio de preenchimento do mesmo questionrio.
Resultados: Os dados referentes fase retrospectiva contam com 197 pronturios selecionados para anlise, os quais
foram analisados um a um manualmente. Destes, apenas uma parte de 75 pronturios preencheram os critrios de
incluso, e tiveram seus dados formulados. Os demais foram descartados pelos seguintes motivos: AVE anterior ao perodo
compreendido pelo projeto, pronturio no localizado, paciente tratado em outro servio e depois internado no HSP por
outro motivo, e falta de dados no pronturio. Em relao fase prospectiva, os dados disponveis so referentes aos casos
coletados entre 11/Fev/2012 e 25/Fev/2013, que contam com 81 casos, dos quais 54% eram homens e 46% mulheres.
35,4% dos pacientes tinham escolaridade de 1 grau incompleto, 15,4% 1 grau completo, 15,4% 2 grau incompleto, 18,5%
2 grau completo e 12,3% 3 grau completo. Em relao ao local do evento, 66,2% acorreu em casa, 3,2% na rua, 6,5% no
hospital e 16,1% no trabalho. As co-morbidades mais frequentes foram: Hipertenso (78,8%), Diabetes (39,4%),
Insuficincia Cardaca Congestiva (9,1%), alcoolismo (12,1%), Insuficincia Coronariana (12,1%), AVEi prvio (15,2%),
AVEh prvio (9,1%), tabagismo nos ltimos 5 anos (33,3%), cncer (9,1%), e arritmia cardaca (24,2%). Do total de
pacientes, 75% usavam drogas anti-hipertensivas, 6,3% anti-arritmicas, 31,3% estatinas, 31,3% drogas hipoglicemiantes e
31,3% AAS, antes do atual evento cerebrovascular. Dos quais, 85% foram AVE isqumico, e 15% AVE hemorrgico.
Segundo Oxfordshire Stroke Classification, 15,2% foram de Circulao Anterior Total, 33,3% de Circulao Anterior Parcial,
15,2% Lacunar, e 36,4% de Circulao Posterior. Do total, 19,4% dos pacientes foram submetidos tromblise. O territrio
Vascular mais frequentemente acometido foi o das AA. Cerebrais Mdias (36,4% dos casos), seguida pelo da A. Basilar e
das Cpsulas internas, ambos em 9,1% cada um. Durante a internao, 44% dos pacientes ficaram internados em UTIs por
algum perodo, 29% necessitaram de suporte ventilatrio mecnico, e 8,3% necessitaram de alguma interveno
neurocirrgica. Transformao hemorrgica ocorreu em 6,5% dos pacientes, e a complicao mais frequente foi pneumonia
(28,1% dos pacientes). 15,2% dos pacientes faleceram durante a internao. Discusso:
Na fase retrospectiva, o nmero
de casos levantados pelos respectivos CIDs foi surpreendentemente inferior ao inicialmente esperado. Fato que indica a
existncia de uma subnotificao dos casos internados no hospital, ou mostra o vis de que foram selecionados os casos
mais graves (os que foram internados por mais de 3 dias). Alm disso, outro problema que mesmo os pacientes que
tiveram os CIDs selecionados, em muitos dos casos tiveram o evento em um perodo anterior ao compreendido pelo
projeto, ou foram atendidos em outros servios, alm disso, a pobreza de dados contidos nos pronturios limitou a
avaliao de alguns tpicos do nosso formulrio, como o conhecimento dos familiares sobre os sinais de alarme, o tempo
corrido entre o incio dos sintomas e a chegada ao hospital, o meio de transporte utilizado e as escalas utilizadas na
avaliao desses pacientes.
Participantes:

Discente: Maurcio Isaac Pancio

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rea: Medicina Aplicada
Autor: Michelle de Lima Farah
Ttulo: Avaliao laboratorial de pacientes com conjuntivite neonatal
Palavras-Chave: Conjuntivite neonatal, Chlamydia spp; Infeco ocular
OBJETIVO: Analisar os resultados dos exames laboratoriais de bacterioscopia, imunofluorescncia direta para
Chlamydia spp e cultura para bactrias em pacientes com conjuntivite neonatal e avaliar a necessidade da colheita de
amostras de ambos os olhos.
MATERIAL E MTODOS:
Foi realizada anlise retrospectiva dos resultados dos exames laboratoriais de 470 neonatos no perodo de 2002 a
2012 registrados no banco de dados do Laboratrio de Microbiologia do Departamento e Oftalmologia da Escola Paulista de
Medicina-UINFESP. Os resultados dos exames bacterioscpicos de esfregaos corados pelo mtodo de Gram
Imunofluorescncia direta para Chlamydia spp e cultura para bactrias foram investigados.
RESULTADOS:
Dos 470 pacientes includos nesta pesquisa foram estudadas amostras de 750 olhos. Sendo analisadas 450
bacterioscopias com 150 exames positivos, 664 imunofluorescncias diretas para Chlamydia spp com 337 exames positivos
e 406 culturas para bactrias com 288 exames positivos.
Foram identificadas 433 espcies bacterianas. O total de olhos
submetidos aos 3 exames foi de 271, imunofluorescncia e bacterioscopia 108, imunofluorescncia e cultura 64,
bacterioscopia e cultura 74, apenas bacterioscopia em 6 pacientes, somente imunofluorescncia em 224 e apenas cultura
em 12. Dos 664 exames realizados de imunofluorescncia para Chlamydia spp, 240 pacientes tiveram resultado positivo em
ambos os olhos e 8 em apenas 1 olho. 12 pacientes submetidos a exames bilaterais tiveram resultado positivos em apenas
1 olho. Nas culturas para bactria, detectou-se uma grande quantidade de cocos Gram positivos provavelmente
componentes da microbiota normal da conjuntiva. Ressalta-se, porm algumas cepas de bactrias potencialmente
patognicas como Haemophilus spp(4,15%), Pseudomonas spp(1,61%), Streptococcus spp(6,23%) e Neisseria spp(0,46%).
CONCLUSO:
Recomenda-se a colheita de material de ambos os olhos dos pacientes portadores de conjuntivite neonatal bem
como a realizao de esfregaos para bacterioscopia, imunofluorescncia direta para Chlamydia spp e cultura para
bactrias, sendo importante o mdico oftalmologista fazer a correlao clnico laboratorial.
Participantes:

Orientador: Walton Nos


Docente: Maria Ceclia Z. Yu
Docente: Paulo Jos Martins Bispo
Discente: Murillo Santinello

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rea: Medicina Aplicada
Autor: Michelle de Lima Ourives
Ttulo: PERFIL EPIDEMIOLGICO DOS PACIENTES POLITRAUMATIZADOS
ATENDIDOS PELO HOSPITAL SO PAULO
Palavras-Chave: TRAUMA; EPIDEMIOLOGICO; HSP;
Este estudo analisa o perfil epidemiolgico dos pacientes atendidos pelo Hospital So Paulo (HSP), centro
quaternrio de atendimento vinculado Universidade Federal de So Paulo/ Escola Paulista de Medicina, num estudo
prospectivo transversal realizado no perodo de fevereiro Abril de 2012. Foram analisados 261 pacientes, onde 69% eram
do sexo masculino; a relao entre os sexos foi de 2.2 homens para cada mulher traumatizada; 26.4% tinham a faixa etria
entre 20-29 anos e 21.5% tm entre 30-39 anos; o horrio com maior atendimento de traumatizados ocorreu das 10 s
17h59; s distncia mdia real percorrida do local do trauma ao servio foi de 10.6 kilometros, sendo a distncia virtual de
raio de influncia de 9.9 kilometros; 20% foram trazidos pelo SAMU e 16% pelos bombeiros; a zonas de maior influncia
(73%), segundo o mapeamento em So Paulo, foi a zona sul; o principal tipo de ferimento decorrente do trauma foi trauma
penetrante em 51%; a principal rea corporal atingida foi as extremidades com 56%; em 43% havia apenas um segmento
corporal acometido; 86% eram classificados como baixa gravidade pelo Glasgow; 90.46% tinham mais que 98% de chances
de sobreviver; 1.14% a taxa de mortalidade; 68.7% o destino final foi alta hospitalar.
Participantes:

Orientador: Simone Campos Abib


Orientador: Lucas do Prado Palmiro
Discente: Allyne Lalaf
Discente: Dbora Costa Neves Joi

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rea: Medicina Aplicada
Autor: Mnica Dias Menezes
Ttulo: Coqueluche: conhecimentos e atitudes entre estudantes da rea da sade
Palavras-Chave: Coqueluche: conhecimentos e atitudes
Ttulo: Coqueluche: conhecimentos e atitudes entre estudantes da rea da sade
Aluno: Mnica Dias Menezes
Orientador: Regina Celia de Menezes Succi
Disciplina de Infectologia Peditrica, Departamento de Pediatria, Escola Paulista de Medicina/UNIFESP
Introduo: A despeito de elevada cobertura vacinal, a incidncia da coqueluche vem aumentando na ltima dcada;
essa elevao se tornou mais evidente no Brasil, a partir de 2011. Segundo nmeros registrados no Sistema Nacional de
Agravos de Notificao (SINAN), foram notificados, at a ltima semana epidemiolgica (SE 52) de 2012, 15.428 casos
suspeitos de coqueluche no pas. Destes, 4.453 (28,9%) foram confirmados, representando um incremento
de 97% em relao ao mesmo perodo de 2011, em que foram confirmados
2.258 casos. O desconhecimento dos profissionais de sade (incluindo estudantes) sobre a doena, sua forma de
apresentao, gravidade e possibilidade de preveno com vacina podem ser caracterizados com barreira ao seu controle.
O objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento e atitudes sobre coqueluche entre estudantes do curso de medicina e de
enfermagem do campus Vila Clementino da Universidade Federal de So Paulo e promover orientao sobre a doena e a
vacinao.
Material e mtodo: Trata-se de um estudo transversal sobre o conhecimento dos estudantes da rea da sade sobre
a coqueluche e sua vacina.
O projeto foi aprovado pelo Comit de tica Institucional e todos os envolvidos foram
informados previamente sobre os objetivos do estudo e assinaram termo de consentimento livre e esclarecido antes da
incluso. Um questionrio foi aplicado aos alunos, com questes abertas e fechadas, abordando aspectos como
conhecimentos sobre a coqueluche, doena prvia e vacinao no sujeito da pesquisa, motivao para ser vacinado ou
no, conhecimento do atual aumento na incidncia da doena e informao sobre hospitais sentinela para coqueluche.
Tambm foi investigado conhecimento sobre a gravidade da doena, mediante a solicitao de classificao de gravidade
entre cinco doenas infecciosas, contra as quais existe vacinao. Foram selecionados 119 estudantes que responderam
ao questionrio. Orientao sobre a doena e importncia da vacinao, especialmente entre os profissionais de sade foi
oferecida aps as entrevistas. Os dados obtidos foram registrados em banco de dados construdo para essa finalidade.
Resultados: foram entrevistados 119 estudantes: 49 (49/119 = 41,18%) do curso de enfermagem e 70 (70/119 =
58,82%) do curso de medicina. A maioria dos estudantes de enfermagem cursava o 4 ano (22/49 = 44,9%); os outros se
distribuam entre 1, 2 e 3 anos (5, 2 e 20 alunos respectivamente). Dentre os alunos de medicina, a maioria cursava o
4 ano (49/70 = 70%); os outros se distribuam entre 5 e 6 anos (20 e 1repectivamente). A idade dos sujeitos variou de 19
a 35 anos e 79 (63,4%) eram do sexo feminino. A maioria deles (89/119 = 74,8%) informou ter tido aulas sobre coqueluche
e apenas 3 (3/119 = 2,5%) referiram ter tido a doena previamente. A maioria dos alunos afirmou ter recebido a vacina
contra coqueluche 82/119 (68,9%), mas 32/119 (26,9%) no sabiam se receberam a vacina e 5/119 (4,2%) negaram ter
sido vacinados. Entre os vacinados, 23/82 (28,0%) referiram ter recebido trs ou mais doses, da vacina, e 50/82 (61%) no
sabiam o nmero de doses de vacina recebido. Apenas 16/82 (19,5%) sabiam a idade da ltima vacinao e somente 4
(4,8%) deles referiam vacina na adolescncia. A maioria dos alunos (106/119 = 89%) reconhece a obrigatoriedade da
vacinao e 64/119 (53,8%) afirmaram saber que havia uma vacina para aplicao em adultos. 70/119 (58,8%) referiram
conhecer a necessidade de vacinar os profissionais da sade, mas nenhum tinha sido vacinado depois da admisso ao
curso universitrio. As justificativas mais frequentes para no receber a vacina na idade adulta incluam: crer que a
vacinao na infncia os protegeria indefinidamente (47/119 = 39,5%) e no ter recebido recomendao mdica para
faz-lo (21/119 = 17,6%). A maioria dos alunos afirma no saber reconhecer um caso suspeito de coqueluche (68/119 =
57,2%) e 110/119 (92,4%) referem no saber agir diante de um caso da doena. Apenas 9/119 ( 7,6%) consideraram a
coqueluche to ou mais grave quanto outras doenas infecciosas (varicela, sarampo, rubola e hepatite B). O significado de
hospital sentinela desconhecido para 41/119 (34,5%) alunos.
Concluses: A despeito do aumento do nmero de casos da doena em nosso meio, os alunos de medicina e
enfermagem ainda no esto adequadamente informados sobre a doena: no esto sendo imunizados contra coqueluche,
desconhecem os riscos da doena e as indicaes de vacina para os profissionais da sade, alm de no saberem
reconhecer a doena nem como agir diante de um caso. Mesmo frequentando um hospital sentinela para casos da doena,
desconhecem esse fato e seu significado. Espera-se que as informaes oferecidas aps a participao no estudo possam
despertar o interesse e a preocupao com essa doena e a necessidade de aplicao da vacina.
Participantes:

Orientador: Regina Celia de Menezes Succi

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Orlando Rondan Zotti
Ttulo: AVALIAO DAS ESPONDILOARTRITES COM RESSONNCIA MAGNTICA E
SEUS IMPACTOS, CLNICOS E TERAPUTICOS
Palavras-Chave: Espondilite Ressonancia Magntica
Espondiloartrite um grupo de doenas que engloba espondilite anquilosante, artrite psoritica, artrite associada
com doena inflamatria intestinal, artrite reativa e espondiloartropatias indiferenciadas (1).
de grande relevncia para esse grupo de doenas o fato de poder ocorrer uma sobreposio de subcategorias que
podem coexistir no mesmo paciente. Alm disso, esses subtipos so doenas inflamatrias crnicas que possuem uma
predisposio gentica ou associao com o gene HLA B-27.
Devido a essas dificuldades diagnsticas com sobreposio de quadros clnicos, a ressonncia magntica (RM)
constitui um grande avano, no s na avaliao, mas no manejo clnico das espondiloartrites, devido sua sensibilidade,
confiabilidade e valor na avaliao de algumas complicaes, como na sndrome da cauda equina e na avaliao de
medidas antiinflamatrias de novos agentes teraputicos (2).
Ressalta-se, ainda, que a radiografia convencional de pelve foi, at agora, o esteio para o diagnstico de
espondiloartrites. Contudo, esse exame de imagem inadequado para o estudo da doena no seu estgio inicial,
principalmente antes do aparecimento de leso estrutural, uma vez que no detecta leses inflamatrias da coluna
vertebral. Alm disso, possui limitaes tcnicas, como superposio do parnquima pulmonar na coluna torcica (3).
Em geral, o diagnstico de espondiloartrites pode sofrer um retardo de 8 a 11 anos em mdia (1), utilizando-se a
clnica e estudo radiogrfico, tornando-se necessria a compreenso da fisiopatologia desse grupo de doenas por parte
dos radiologistas, a fim de identificar e interpretar corretamente as mudanas da doena em seus diferentes estgios e
auxiliar no diagnstico e teraputica.
Este trabalho tem o intuito de mostrar as caractersticas de imagem das espondiloartrites na ressonncia
magntica na coluna vertebral e articulaes sacroilacas alm de avaliar caracteristicas especficas clnico laboratoriais e
suas relaes com os achados de RM, uma vez que estas relaes so pouco abordadas na literatura.
Alm disso, afim de promover o melhor menejo do resultado das RM devemos verificar se os achados indicativos de
leso aguda relacionam-se com ndices de atividade da doena: o teste clnico de BASDAI, que mostra a intensidade de
atividade da doena, e o teste laboratorial VHS, que indica presena de atividade inflamatria inespecfica.
Outrossim, para os achados crnicos na RM devemos verificar a correlao com o tempo de doena, bem como
quais so os achados mais prevalentes afim de verificar se os tratamentos aplicados evitam ou retardam o aparecimentos
de leses crnicas.
Percebemos em uma primeira anlise que nas leses agudas a presena de capsulite praticamente nula nos
exames e que a presena de entesites e sinovites esto bem equilibradas. Destaque tambm para a quantidade de exames
que apresentavam edema. No caso das leses crnicas percebemos a presena macia de eroso em face ilaca superior
com quase 66% dos pacientes. As demais leses crnicas encontram-se distribudas dentre os diferentes tipos e
localizao de acometimento.
Participantes:

Discente: Orlando Rondan Zotti

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Pedro Luis dos Santos Prior Pereira da Silva
Ttulo: Estudo do estado nutricional e de concentrao de microelementos nos
dependentes do lcool
Palavras-Chave: MAGNSIO, ZINCO, DEPENDENCIA DO LCOOL
O presente projeto visou determinar as concentraes sricas de diversos micronutrientes em amostra (N=60) de
pacientes com diagnstico de dependncia pelo lcool em acompanhamento no Centro de Referncia de Tratamento de
lcool, Tabaco e outras Drogas (CRATOD). As concentraes foram medidas em amostras de sangue colhidas no
momento do diagnstico desta doena e duas semanas aps. Visamos compar-las com as concentraes achadas em
controles saudveis recrutados (N=60).
Os micronutrientes estudados foram: Magnsio, Zinco, Folato, Cianocobalamina
(vitamina B12), Retinol (vitamina A), Vitamina D3 ? 1,25 dihidroxiD, Vitamina D3 ? 24,25 dihidroxi D, perfil completo do Ferro
e Homocistena (1-5).
Pars fins de comparao, utilizamos amostras de 60 voluntrios membros da Universidade Federal de So Paulo.
Resultados: Houve significante decrescimo das concentraes de microelementos no incio do perodo de teste dos
pacientes CRATOD em relao aos controles saudveis, e tais diferenas diminuiram no perodo aps 2 semanas de
experimento, com a coincidente melhora dos sintomas de abstinncia do grupo CRATOD.
Participantes:

Orientador: Jos Carlos Fernandes Galdurz


Orientador: Anna Carolina Ramos

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Priscila Rodrigues Leite Oyama
Ttulo: FUNO VISUAL DO TIME OLMPICO BRASILEIRO DE JUD
Palavras-Chave: oftalmologia, viso ocular, esportes
Introduo: A oftalmologia esportiva analisa a funo visual e o seu impacto na performance na prtica de esportes.
Jud um esporte de contato fsico e depende da velocidade, reflexos, fora e tcnica e acreditamos que a qualidade e
quantidade de viso podem influenciar nesse esporte. Objetivo primrio: Avaliar a funo visual dos judocas da seleo
olmpica brasileira e o seu impacto no desempenho dos atletas. Objetivo secundrio: Analisar os principais parmetros
oculares envolvidos no melhor desempenho dos atletas. Mtodos: Todos os exames foram realizados por residentes e
tcnicos do departamento de oftalmologia da UNIFESP, sob as mesmas condies. Foram avaliados a funo visual com e
sem correo, refrao, titmus, aberrometria e campo visual de treze atletas. Ladarvision Wavefront foi usado para medir a
aberrometria e somente aberraes de alta ordem foram consideradas. Para o campo visual, foi usado o Humphrey
perimeter com a estratgia 750l e os critrios de Anderson para classificar os exames em normais e anormais.
Comparamos os resultados dos exames com a posio dos atletas no ranking mundial, a fim de estabelecer ou no
relaes causais. Resultados: Todos os exames de campo visual foram normais. As aberraes de alta ordem, titmus e
acuidade visual estiveram alteradas apenas em um atleta que apresentava diagnstico de ceratocone. Discusso: A
hiptese de que a perda de campo visual, profundidade e viso alterada comprometem a performance dos judocas no
pde ser comprovada pela recente pesquisa, visto que as aberraes de alta ordem, o equivalente esfrico e o titmus no
se correlacionaram com a posio no ranking .Consluso: O exame oftalmolgico em atletas importante para identificar
fatores que possam influenciar em suas performances e ajudar a resolv-os. Investigaes futuras com amostras maiores e
resultados de desempenho podem apontar para condies que possuam influncia na prtica esportiva.
Participantes:

Orientador: Bernardo Kaplan Moscovici


Orientador: Breno Schor
Docente: Paulo Schor
Discente: Priscila Rodrigues Leite Oyama

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Rafael Oliveira Amorim
Ttulo: TERAPIA FOTODINMICA TPICA NO TRATAMENTO DE QUERATOSES
ACTNICAS E PREVENO DO CNCER CUTNEO NOS RECEPTORES DE
TRANSPLANTE RENAL
Palavras-Chave: fototerapia dinmica; 5-ALA; queratose actnica; receptores de transplante renal
TERAPIA FOTODINMICA
TRANSPLANTE RENAL

TPICA

NO

TRATAMENTO

DE

QUERATOSES

ACTNICAS

NOS

RECEPTORES

DE

Introduo: em decorrncia do avano de tcnicas cirrgicas e do desenvolvimento da terapia imunossupressora,


houve um aumento da sobrevida do enxerto no receptor de transplante renal (RTR). Uma das consequncias da
imunossupresso crnica o risco aumentado para o desenvolvimento do cncer cutneo, particularmente o carcinoma
espinocelular (CEC). O aparecimento do CEC nos RTRs costuma ser mais precoce que na populao geral e possui
caractersticas mais agressivas, com maior invaso local e metstase. As leses pr-malignas como as queratoses
actnicas (QAs) tambm ocorrem com frequncia nesta populao. Devido a estas caractersticas, o tratamento precoce das
QAs deve ser realizado para evitar a transformao maligna. Diversos mtodos j so empregados, como crioterapia,
cauterizao qumica, imiquimode tpico, exrese cirrgica, laser de CO2. Entretanto, o seu uso limitado devido
recorrncia do quadro, extenso e multiplicidade das leses ou mesmo de resultado cosmtico. A terapia fotodinmica
(TFD) uma abordagem no cirrgica que trata leses malignas e pr-malignas cutneas em grandes reas com bom
resultado cosmtico. Devido ao resultado positivo no tratamento de QAs em pacientes imunocompetentes, investigamos a
sua aplicao nos RTR, determinando a eficcia nesta populao.
Mtodos: foram incluidos 10 RTRs (8 do sexo masculino) com idade mdia de 55,4 anos (entre 44 a 71 anos).
Selecionamos uma ou duas reas de 9 x 9 cm com mais de 5 leses de QA nos antebraos, sendo uma leso com
confirmao histopatolgica. Um total de
18 reas foram includas. Foram realizadas 3 sesses de TFD nas reas
selecionadas com intervalo de 15 dias entre a primeira e a segunda sesses e 45 dias entre a segunda e terceira sesses.
Sete dias antes das sesses de TFD, os pacientes iniciaram o uso de creme queratoltico (cido saliclico 7% e ureia 20%).
Antes de cada sesso, realizou-se a curetagem das leses e aplicao tpica de cido 5-aminolevulnico (5-ALA) a 20%,
seguida de ocluso por 2 horas. Um sistema com 128 diodos emissores de luz, aproximadamente
6600 lmen com
350mA/LED, com comprimento de onda mdio de 630nm, com regulagem de dose de 1-99J/cm2 foi utilizado por um
perodo de 15 minutos sobre as reas. Foi realizada a contagem numrica das leses de QAs na rea demarcada nos: dia
zero (primeira sesso de TFD), dia 15 (segunda sesso), dia 60 (terceira sesso) e com seguimentos nos dias 120 e 180.
Para a anlise estatstica foram utilizados os testes de Friedman e Turkey, sendo considerado estatticamente significante p
< 0,05.
Resultados: considerando-se as reas que foram examinadas em 5 visitas, o que reduziu o n para 15 reas (em
decorrncia de falta a consulta); as mdias da contagem numrica das leses foram de: 19,4 (dia zero); 16,4 (dia 15); 14,7
(dia 60); 9,1 (dia 120) e 7,7 (dia 180). A anlise estatstica mostrou diferena significante ao compararmos os dias 60 e 120
(dias zero = 15 = 60 > 120 = 180). Se consideramos a porcentagem de melhora, tomando como base o nmro de leses
presentes na primeira visita (dia zero), obtivemos os seguintes resultados: 14,2% (dia zero); 24,4% (dia 60); 50,2% (dia 120)
e 47,7 (dia 180). Houve diferena significante entre os dias 60 e 120, correspondendo a anlise do numero de leses (dias
15 = 60 < 120 = 180). Apenas um RTR no apresentou melhora em nenhuma das duas reas tratadas. Durante o
tratamento, dois pacientes desenvolveram leses malignas na rea tratada, sendo um CEC in situ e um CEC invasivo. O
tratamento foi bem tolerado em todos os pacientes e os que no compareceram as visitas foi em decorrncia de
complicaes da sua prpria condio.
Concluso: O uso do cido 5-aminolevulnico associado TFD para o tratamento de queratoses actnicas est
relacionado diminuio do nmero leses em RTR. Os resultados estticos favorveis e a boa tolerncia ao tratamento
tornam a TFD uma alternativa vivel no tratamento de grandes reas afetadas nesta populao. A melhora do quadro s foi
observada aps a terceira sesso, demonstrando a necessidade de maior nmero de sesses nos RTRs. O tratamento no
impediu a transformao maligna em dois pacientes. Estudos posteriores com maior nmero de pacientes e protocolos
otimizados so necessrios para melhor investigao da preveno de leses malignas em RTR.
Participantes:

Orientador: Jane Tomimori


Docente: Viviane Shinsato Higashi
Docente: Marilia Marufuji Ogawa
Docente: Milvia M. S. S. Enokihara
Docente: Antonio Cludio Tedesco
Discente: Rafael Oliveira Amorim

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Rafael Pannunzio
Ttulo: Avaliao da acuidade visual e da sensibilidade ao contraste em adultos
expostos radiao clnica
Palavras-Chave: acuidade visual, sensibilidade ao contraste, catarata, radiao
OBJETIVO: O cristalino um dos tecidos do corpo humano mais sensveis a radiao ionizante, os efeitos
provocados sobre essa estrutura ocular podem levar a opacidade precoce e a diminuio da funo visual. O objetivo deste
estudo avaliar a funo visual pela medida da acuidade visual (AV) e da sensibilidade ao contraste (SC) em sujeitos
expostos ocupacionalmente radiao ionizante. MTODOS: Este protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Comit de tica
em Pesquisa sob CAAE: 02671712.1.0000.5505. AV e SC foram realizadas em dois grupos: grupo de estudo: 10 sujeitos
(mdia de idade=45,410,2 anos; 5 do sexo feminino) expostos ocupacionalmente radiao ionizante (mdicos
especialistas, tcnicos radiologistas, enfermeiros e outros profissionais que atuam na radiologia intervencionista do Hospital
So Paulo/Unifesp) e grupo controle: 12 indivduos (mdia de idade=36,5 7,7 anos; 8 do sexo feminino), sem queixas
visuais e sem exposio ocupacional a radiao ionizante. Os critrios de incluso para ambos os grupos foram: idade
entre 25 e 60 anos, sem histrico de doenas oculares prvias (exceto erro refrativo) ou de doenas sistmicas. Os sujeitos
foram submetidos aos testes de acuidade visual e de sensibilidade ao contraste com a melhor correo ptica no
equipamento Functional Vision Analyzer Optec 6500P TM. A SC foi realizada nas frequncias espaciais (1,5; 3; 6; 12 e 18
ciclos/grau). Na anlise estatstica para comparao dos resultados de AV e SC de ambos os grupos utilizou-se o teste
Mann-Whitney. O nvel de significncia estatstica estabelecido foi p< 0,05. RESULTADOS: Os resultados de AV no grupo
de estudo variou de 0,5 a -0,2 logMAR (mdia: -0,010,17; mediana:-0,03logMAR) no melhor olho e de 0,62 a -0,2 logMAR
(mdia:0,080,22; mediana: 0,03logMAR) no pior olho.
No grupo controle, a AV variou de -0,10 a 0,0 logMAR (mdia:
-0,080,06 e mediana: -0,08 logMAR no melhor olho e de -0,20 a 0,14 logMAR (mdia: -0,020,10: mediana: 0,0 logMAR)
no pior olho. A AV foi afetada nos sujeitos expostos a radiao ionizante quando comparado ao grupo controle no melhor e
no pior olho (p = 0,023, p= 0,0019, respectivamente). Os resultados de SC tambm demonstraram funo de contraste
alterada no grupo de estudo nas altas frequncias espaciais no melhor olho (p= 0,023) e nas mdias, intermedirias e altas
frequncias espaciais no pior olho (p=0,032, p=0,009 e p=0,038, respectivamente), quando comparado ao grupo
controle.CONCLUSES: Os resultados da AV e da SC nas altas frequncias espaciais demonstraram reduo da funo
visual, em sujeitos expostos radiao ionizante. O estudo sugere que a avaliao AV e da SC pode ser empregada em
sujeitos expostos de forma crnica ocupacional radiao ionizante como um indicador de alteraes visuais, afim de
monitorar o estado de sade ocular desses indivduos.
Participantes:

Orientador: Filipe de Oliveira


Orientador: Laercio Gonalves
Orientador: Juliana de Filippi Sartori
Orientador: Paula Yuri Sacai
Docente: Marcelo Baptista de Freitas
Discente: Luana Kaoru Donomai

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Rafaella Caruso Matos
Ttulo: Perfil epidemiolgico dos corpos estranhos em otorrinolaringologia
Palavras-Chave: otorrinolaringologia; corpo estranho; epidemiologia;
INTRODUO: A presena de corpo estranho (CE) nos ouvidos, nariz ou garganta uma queixa muito comum.
Estima-se que represente cerca de 11% dos atendimentos dos servios de urgncia e emergncia em otorrinolaringologia.
Podem ocorrer complicaes graves em at 22% dos casos, o que demonstra a morbidade do problema, sendo importante
o seu devido reconhecimento, estudo e manejo para ento prevenir tais complicaes.
OBJETIVO: Analisar caractersticas epidemiolgicas dos atendimentos a pacientes com corpo estranho (CE)
realizados em um pronto-socorro de otorrinolaringologia (ORL) de um hospital tercirio de referncia, no perodo de
fevereiro/2010 a janeiro/2011.
MTODO: Estudo retrospectivo, baseado na anlise de fichas de pronto-atendimento digitalizadas. Os critrios de
incluso compreenderam todos os casos de CE atendidos pelo PS-ORL. Foram excludos da anlise os atendimentos no
digitalizados e/ou com dados incompletos.
RESULTADOS: Foram realizados 821 atendimentos a CE neste perodo, representando 4,49% dos atendimentos de
Otorrinolaringologia. A distribuio de faixas etrias foi bimodal, sendo mais frequentes em < 12 anos e entre 20-60 anos,
sem diferena entre gneros. CE se localizaram mais frequentemente nos ouvidos (64%), nas fossas nasais (20%) e na
orofaringe (9%). A taxa de complicaes foi de 4,50% e a taxa da necessidade de anestesia geral para retirada do CE foi de
4,38%. Em relao ao tipo de CE encontrado, houve grande subnotificao, no podendo ser identificado em mais da
metade dos casos (51,6%). A maioria dos CEs eram objetos inanimados, sendo os insetos presentes em apenas 7,5% dos
casos.
Foram registrados 21 atendimentos a miase, representados por seis pacientes diferentes.
CONCLUSO: Apesar de no ser um diagnstico frequente, o nmero absoluto de atendimentos em nossa
casustica elevada, com predomnio de casos otolgicos e baixas taxas de complicao mesmo com pouca utilizao da
anestesia geral. Salienta-se, novamente, a importncia do correto manejo dos corpos estranhos em otorrinolaringologia
para a preveno de complicaes.
Participantes:

Orientador: Norma de Oliveira Penido


Docente: Eduardo Macoto
Discente: Jos Santos Cruz de Andrade
Discente: Joo Mangussi Gomes

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Renan Clemente Nespoli
Ttulo: Correlao das disfunes miccionais em pacientes diabticos portadores de
neuropatia autonomica
Palavras-Chave: disfunes miccionais pacientes diabeticos
Introduo
As neuropatias autonmicas diabticas (NAD) podem ser definidas como um grupo heterogneo de disfunes do
sistema nervoso perifrico, atribuveis ao diabetes mellitus (DM) e que podem afetar virtualmente todas as fibras nervosas
do corpo humano. As NADs constituem a complicao crnica mais freqente do DM embora muitos casos permaneam
subdiagnosticados por falta de um exame fsico sistemtico e pelo fato de maioria dos pacientes (em torno de 75%) serem
assintomticos inicialmente. No que se refere s alteraes autonmica do trato urinrio inferior, detectou-se que a bexiga
com neuropatia autonmica apresenta danos s fibras nervosas e reduo ou ausncia de atividade de colinesterase
tornando-se assim hipotnica. Devido controvrsia do tipo de alteraes autonmicas e vasculares do diabetes mellitus no
trato urinrio inferior, e seus fatores desencadeantes, mais estudos so necessrios para identificar a exata fisiopatologia
desta entidade e permite uma reabilitao vesical mais efetiva.
Objetivos:
As neuropatias autonmicas diabticas (NAD) constituem a complicao mais freqente do DM e, ao mesmo tempo,
esto entre as mais subdiagnosticadas e subtratadas, representando alto nus para a sociedade em termos de morte
prematura, dor crnica, amputao de membros inferiores e internaes hospitalares.
Este trabalho tem como objetivo identificar a ao da NAD no trato urinrio inferior, focando sua ao no
comprometimento vesical de perda e enchimento urinrio, dos pacientes diabticos e a partir desse dados encontrar um
tratamento mais adequado para este grupos de doentes.
Mtodo
Foram includos no estudo 112 pacientes da Unifesp/EPM, do sexo masculino e feminino, entre 18 e 80 anos, que
apresentam DM tipos 1 ou 2, apresentem ou no neuropatia autonmica diabtica (NAD) e que apresentem ou no
Polineuropatia Perifrica (PNP).
Todos pacientes foram submetidos anamnese, exame fsico e responderam a questionrios especficos e
validados para avaliao das disfunes miccionais.
Pacientes do sexo feminino: ICIQ-SF (0 a 35 pontos) e IIQ-7 (0 a 28 pontos)
Pacientes do sexo masculino: IPSS (0-7 pontos: leve; 8-19: moderado; 20-35: severo), ICSMale (Prostatismo: 0-20;
Urgncia:0-32; QoL: 0-4)
E 6 pacientes foram submetidos ao Estudo Urodinmico (EUD).
Para critrio estatstico, foram adicionados ao projeto 100 pacientes da Unifesp/EPM, do sexo masculino e feminino,
entre 18 e 80 anos, que no apresentam DM e submetidos ao mesmo procedimento dos demais.
Materiais e Equipamentos:
Ainda no foram realizados os EUD j que o equipamento para realizao do exame ainda no poderia ser utilizado
at o presente momento.
Resultados
Dentre o grupo dos homens (n=55), 38 eram diagnosticados com PNP, 9 no tinham PNP e 8 ainda no se tinha
chegado a um diagnstico. No feminino (n=57), 33 eram diagnosticadas como portadoras de PNP, 5 no apresentavam
essa comorbidade e 19 no tinham o diagnstico concludo.
Quanto NAD, 21 membros do grupo masculino apresentavam essa comorbidade, 27 no apresentam e 5 deles
no tm o diagnstico fechado. J no feminino, 17 tm NAD, 29 no apresentam essa alterao e 11 no tm o diagnstico
finalizado.
EUD apresentou as seguintes caractersticas:
Capacidade cistomtrica mxima (CCM) normal em 4 pacientes. Enquanto 2 apresentavam CCM reduzida devido
hiperatividade do msculo detrusor da bexiga.
Sensibilidade preservada em 5 pacientes e apenas 1 apresentava sensibilidade aumentada
3 pacientes apresentavam hiperatividade do detrusor o que gerava uma dificuldade na avaliao do complacncia
vesical. Nos outros 3 pacientes a complacncia se mostrava normal
Havia hiperatividade do detrusor em 4 pacientes enquanto 2 no apresentavam essa condio.
Perdas foram encontradas em 2 dos pacientes manobra de Valsalva enquanto 4 no apresentavam as perdas em
presses menores de 60 mmHg.
Todos os pacientes apresentavam fluxo alargado e entrecortado sugestivo de obstruo urinaria. Mais compatvel
com aumento do volume prosttico do que alteraes neurognicas no msculo detrusor da bexiga.
3 pacientes apresentavam resduos ps-miccional enquanto 3 no apresentavam resduo.
Nesse perodo, alguns dados foram levados para a estatstica, para compor o projeto final em que os dados de no
diabticos ser contraposto aos dados j encontrados pelos pacientes no diabticos.
Concluso
Pode-se ver que os pacientes no apresentam condies associados neuropatia autonmica diabtica levando a
incontinncia urinria. Contudo, os dados obtidos so insuficientes para se chegar a uma concluso estatisticamente
significativa. Dessa forma preciso que o trabalho seja continuado para que o nmero de pacientes estudados seja maior e
maiores concluses possam ser estabelecidas.
Participantes:

Discente: Renan Clemente Nespoli


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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Ronnis Martins da Silva
Ttulo: Avaliar a frequncia de infeces em paciente portadores de Imunodeficincia
Comum Varivel e de Agamaglobulinemia ligada ao X tratados com infuses regulares
de imunoglobulina intravenosa e em uso profiltico de antibitico
Palavras-Chave: Imunodeficincia Comum Varivel (ICV) e a Agamaglobulinemia ligada ao X(XLA)
As imunodeficincias primrias (IDP) so caracterizadas por insuficincias qualitativas ou quantitativas no sistema
imunolgico apresentando um amplo espectro clnico. Atualmente, j foram descritas mais de 180 IDPs sendo que
aproximadamente 50% delas compreendem as Deficincias de Anticorpos como a Imunodeficincia Comum Varivel (ICV)
e a Agamaglobulinemia ligada ao X(XLA) caracterizadas por nveis sricos de imunoglobulinas reduzidos e aumento da
suscetibilidade a infeces. Pacientes com essas patologias so tratados com infuses regulares de imunoglobulina
intravenosa, com a finalidade de repor IgG para uma grande variedade de antgenos, evitando infeces grave(Chapel H et
al, 2008; Cunningham-Rundles C et al, 1999) .
Os pacientes com ICV e XLA tm boa sobrevida e qualidade de vida se receberem reposio adequada com
imunoglobulina humana, ilustrando o benefcio clnico significativo do conhecimento de mecanismos imunol?gicos bsicos.
O tratamento baseia-se na administrao endovenosa de imunoglobulina (IgIV) infundindo-se basicamente imunoglobulina
G (IgG), sendo que a dose ser determinada pelo peso do paciente, dos nveis sricos mnimos de IgG aps o incio do
tratamento, e da resposta clnica do paciente ao tratamento. Sendo importante tambm, o tratamento de outras
comorbidades associadas.
Neste trabalho, procuramos quantificar e avaliar a frequncia do uso de antibiticos e de infeces em paciente com
Imunodeficincia Comum Varivel e com Agamaglobulinemia ligada ao X tratados com infuses regulares de
imunoglobulina intravenosa.
Foram selecionados 15 pacientes que fazem uso regular de IgIV h pelo menos 5 anos. Sendo que a coleta dos
dados s foi iniciada aps inicio do tratamento com IgIV e dos pacientes que frequentam o servio regularmente. Foram
coletados dados de consultas mensais relativos a dados demogrficos, infeces, comorbidades, uso de
antibiticos, uso
de outras medicaes, dose de IgIV e visitas mdicas a outras especialidades ou servios de emergncia.. Para cada
paciente, foram coletados em mdia 60 consultas(12 consultas/ano) por paciente, temos ao final cerca de 900 consultas a
serem analisadas.
Os dados,
j coletados
por meio de pronturios dos pacientes e registrados em planilhas, sero analisado na
prxima etapa, na qual esperamos traar um perfil do uso de medicamentos em pacientes com ICV e XLA que fazem uso
regular de IgIV, quantificando e avaliando a frequncia do uso de antibiticos e de infeces nos pacientes
Participantes:

Discente: Ronnis Martins da Silva

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Tamy Oishi
Ttulo: Aspectos clnicos cirrgicos e epidemiolgicos em crianas menores de 12
anos com osteossarcoma
Palavras-Chave: osteossarcoma menores 12 anos
Introduo: O osteossarcoma o tumor maligno primrio do osso mais freqente na infncia. O pico de incidncia
ocorre na adolescncia, sendo raramente diagnosticado em pr-adolescentes. O local mais acometido regio metafisria
dos ossos longos dos membros inferiores e superiores. O comportamento biolgico do osteossarcoma agressivo com
tendncia a invaso dos tecidos circunvizinhos e metstases sistmicas, especialmente para pulmo. O tratamento
realizado com quimioterapia intensiva e o controle local com cirurgia que geralmente conservadora.
O diagnstico deste
tumor sseo maligno, em crianas em fase de crescimento, que no atingiram a estatura
adequada, suscita inmeras
questes relativas ao controle local, viabilidade de colocao de prteses sseas e importncia de utilizar protocolos
intensivos de drogas quimioterpicas.
Entretanto, pela raridade dos casos, poucos estudos sobre as caractersticas
clinicas e biolgicas do
osteossarcoma nesta faixa etria so publicados, sendo necessrio maior conhecimento para o
planejamento teraputico clinico e cirrgico deste grupo especial de pacientes.
Objetivo: Estudar aspectos clnicos, cirrgicos e epidemiolgicos de crianas com osteossarcoma e idade inferior a
12 anos. Avaliar o subgrupo de crianas menores ou iguais a 5 anos, realizando anlise comparativa dos resultados obtidos
entre 2 grupos: 0 a 5 anos e 6 a 11 anos.
Materiais e Mtodos: Anlise retrospectiva dos pronturios de 167 crianas menores de 12 anos, admitidos em
protocolos cooperativos do Grupo Brasileiro de Tratamento do Osteossarcoma (GBTO), no perodo de 1991-2005. Os
pacientes foram subdivididos em dois grupos: menores ou iguais a 5 anos e de 6-11 anos e os resultados do estudo
clnicos, cirrgicos e de sobrevida foram comparados
por anlise
estatstica. Para as comparaes, foi utilizado o teste
exato de Fisher e o nvel de significncia de 5%.
Resultados: Dos pacientes estudados 19/167 (%) tinham idade inferior ou igual a 5 anos (grupo 1) e 148/167 (
%)
apresentavam 6 a 11 anos(grupo 2). No primeiro grupo, 10/19 (52,6%) eram masculinos e os locais mais acometidos pelo
tumor foram o fmur (52,6%) e a tbia (31,6%). No segundo grupo, 71/148 (48%) eram masculinos e os stios de tumor mais
frequentes foram o fmur (63,5%), a tbia (21,6%). Ao diagnstico, 4/19 (21%) dos pacientes do grupo 1 e 39/148(26,4%) do
grupo 2 apresentavam metstase ao diagnstico ( p=0,78). O tamanho do tumor era menor do que 12 cm em 71,4% e
57,1% dos casos do grupo 1 e 2 respectivamente (p= 0,30). Dos pacientes que foram para controle local, a cirurgia foi
conservadora em 10/18 ( 55,6%) dos pacientes do grupo 1 e em 87 / 141(61,7%) dos casos do grupo 2 (p= 0,61). O grau
de necrose do tumor aps a quimioterapia foi III ou IV em 5/15 (33,3%) dos pacientes menores ou iguais a 5 anos e 32/104
(30,8%) nos maiores de 5 anos (p= 0,84) . A sobrevida global em 5 anos dos pacientes de 0-5 anos foi de 8/19 (42,1%) e
na faixa etria de 6 a 11 anos foi de 60/148 (40,5%).
Discusso: Em pr adolescentes, o ostesssarcoma raro, especialmente em menores de 5 anos onde predominam
os tumores embrionrios. Entretanto, este diagnstico deve ser sempre considerado em crianas com tumor maligno que
compromete metfises de ossos longos dos membros inferiores ou superiores. Avaliando fatores prognsticos bem
estabelecidos como presena de metstases ao diagnstico, tamanho do tumor e grau de necrose no encontramos
diferenas significativas nas duas faixas etrias que estudamos. A cirurgia foi conservadora na maioria dos casos, apesar
da dificuldade tcnica e da morbidade do procedimento nesta faixa etria.
Concluso: Por este estudo podemos concluir que as caractersticas clinicas e o prognstico de crianas menores de
5 anos com osteossarcoma no
apresentam diferenas estatisticamente significantes em relao pacientes na faixa
etria de 6 a 12 anos.
Participantes:

Orientador: Antonio Sergio Petrilli

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Tania Topis
Ttulo: Avaliao do grau de satisfao entre as usurias de mtodos contraceptivos
no Setor de Planejamento Familiar da UNIFESP
Palavras-Chave: Mtodo contraceptivo hormonal; satisfao; qualidade de vida
Introduo: Os contraceptivos hormonais possuem alta eficcia quanto proteo sobre gestaes no desejadas.
No entanto estima-se que em torno de dois milhes de gestaes no planejadas ocorram no mundo anualmente em
usurias de anticoncepcional hormonal oral. No Brasil, cerca de 28% dos nascimentos no foram planejados e 18 %
indesejados. Acredita-se que muitas dessas gestaes no sejam resultantes de falhas do mtodo, mas sim de uso
irregular ou incorreto, que pode ser decorrente da insatisfao da paciente.
Objetivo: Para avaliar o grau de satisfao de mtodos hormonais podemos aplicar questionrios como o
ORTHO-BC, e assim intervir sobre pacientes no satisfeitas, diminuindo o nmero de gestaes no planejadas.
Material e mtodos: Foram avaliadas 47 pacientes utilizando contraceptivos hormonais atravs do questionrio de
satisfao ORTHO-BC no servio de Planejamento Familiar da Universidade Federal de So Paulo. Para grau de
comparao foi aplicado tambm o questionrio WHOQOL ? Abreviado, para anlise de qualidade de vida das pacientes.
Resultados: A idade mdia das pacientes foi de 30,61 anos, o tempo mdio de utilizao de mtodos foi de 4
anos.61,7% das pacientes referiam que seu mtodo era conveniente, para 59,6 % delas o uso do mtodo era fcil, mas
somente 57,4% faziam uso correto do mtodo sem esquecimento. Sobreos sintomas que surgiram aps uso de
contraceptivo o maisfreqente foi irritao (31 pacientes),alterao de humor (28 pacientes),clicas/dor plvica e mamas
doloridas (27 pacientes).Entre todas mulheres 66 % delas estavam satisfeitas com o mtodo utilizado.
Em relao ao questionrio WHOQOL-Abreviado os resultados apontam que o domnio que, em mdia, apresentou
maior pontuao foi o de Relaes Pessoais(67,4) e o que apresentou pior pontuao foi o de Meio Ambiente(56,3), quanto
mais prximo a 100 o valor, maior a qualidade de vida.
Concluses: Apesar de bons valores de satisfao de uso do mtodo contraceptivo, ainda precisamos compreender
os motivos que levam a melhora do uso do anticoncepcional para melhor aderncia a eles.
Participantes:

Orientador: Cristina Aparecida Falbo Guazzelli


Discente: Ohanna Ana Terasaka

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Tarciana de Souza Soares
Ttulo: Potencial visual evocado em pacientes com suspeita de dficit visual
psicognico ou simulao
Palavras-Chave: acuidade visual, baixa de viso inexplicvel, potenciais visuais evocados
Propsito: Em vrias especialidades mdicas, especialmente na oftalmologia, ocorrem casos de pacientes com
queixas visuais sem evidncia concreta de presena de doenas oculares ou no oculares que as justifiquem. O potencial
visual evocado um mtodo eletrofisiolgico e objetivo que avalia a via visual e, por conseguinte, pode contribuir na
avaliao de baixa de viso inexplicvel. Este estudo visa avaliar a utilidade clnica da acuidade visual medida
objetivamente por potenciais visuais evocados de varredura (PVE de varredura) no diagnstico de deficincia visual
psicognica e ou de simulao de baixa de viso. Mtodos: Estudo prospectivo observacional transversal aprovado pelo
Comit de tica em Pesquisa da UNIFESP (CAAE 04171712.3.0000.5505). Os critrios de incluso foram: suspeita de
baixa de viso inexplicvel, ausncia de doena ocular (exceto os erros de refrao corrigidos por culos), potenciais
visuais evocados transientes por reverso de padres com amplitudes e latncias normais para o componente P100 e
assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. A acuidade visual com a melhor correo corrigida foi medida
para cada olho com tabela de optotipos ETDRS retro-iluminada distncia de 4 metros. A determinao objetiva da
acuidade visual foi realizada por PVE de varredura usando o sistema PowerDiva (fase de reverso de grades de ondas
senoidais; luminncia mdia : 80% de contraste). A comparao da acuidade de optotipos com a acuidade de grades foi
realizada pelo teste de Wilcoxon. A significncia foi fixada em P<0,05. Resultados: Um grupo consecutivo de 12 pacientes
(7 do sexo masculino-53%) com idades de 21 anos a 56 anos (mdia= 44,6 10,9; mediana= 51,6) foram testados. O ganho
material foi a motivao de simular baixa de viso para 8 pacientes (7 homens, 1 mulher) enquanto as quatro mulheres
foram classificadas como baixa de viso psicognica. A baixa de acuidade visual foi bilateral em 7(58%) e unilateral em
5(42%) dos sujeitos (em um total de 19 olhos). A acuidade de optotipo variou de 0.5 logMAR a ausncia de percepo
luminosa (mdia=1.350.87 logMAR). A acuidade de grades variou de 0.01 logMAR a 0.18 logMAR(mdia= =0.110.06
logMAR). A AV de grades foi significantemente melhor do que a de optotipos (P?0.001). Concluses: A medida objetiva da
acuidade visual de grades pelo teste do PVE de varredura foi til para auxiliar no diagnstico de simulao de baixa de
viso ou de perda visual psicognica em adultos. Embora esta tcnica eletrofisiolgica tenha sido desenvolvida para
avaliao de acuidade de grades em crianas e bebs, sua importncia clnica para decises judiciais em casos de baixa
de viso funcional deve ser considerada. O PVE de varredura pode ser uma alternativa til para a medio objetiva da
acuidade visual na caracterizao de perda visual funcional.
Participantes:

Orientador: Solange Rios Salomo


Docente: Adriana Berezovsky
Docente: Paula Yuri Sacai
Discente: Josenilson Martins Pereira

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Thauana Dela Santina Torres Oliveira
Ttulo: Morbidade e mortalidade no setor da retaguarda do Pronto Socorro de Pediatria
do Hospital So Paulo no ano de 2012
Palavras-Chave: perfil epidemiolgico, PS pediatria
Apesar da necessidade de pesquisas na rea de emergncia peditrica, ainda existem limitaes significantes nos
dados disponveis quanto a caractersticas demogrficas, taxas de utilizao e evoluo dos pacientes que utilizam os
servios de emergncia. A disponibilidade de dados permitiria a uniformizao de orientaes e assim comparaes entre
servios , identificao de falhas, trazer solues futuras, e elaborar uma estratgia para servios de emergncia de
primeira linha.
Atravs dos dados obtidos no SAME (Servio de Arquivamento Mdico e Estatstico) do Hospital So Paulo,
referente aos atendimentos realizados no perodo de 01/07/2011 a 30/06/2012, foi encontrado o seguinte perfil nas
internaes: 56,06% masculino,
34,5% com idade entre 1 e 4 anos e 27,18% menores que 1 ano; quanto durao da
internao, 19,2% ficaram internados por 1 dia e 14,68% por 2 dias; observou-se pico de internaes entre os meses de
maro e maio; havia acompanhamento prvio dos pacientes em 60,97% dos casos, sendo que 26,62% dos pacientes j
eram acompanhados previamente em 4 ou mais ambulatrios, desses ambulatrios, os mais frequentes foram: CRIE,
Hematologia, Cirurgia Peditrica, Gastropediatria; quanto aos diagnsticos,
os captulos mais frequentes do CID-10 de
entrada
e de sada foram coincidentes: X (Doenas do Aparelho Respiratrio) e III (Doenas do sangue e dos rgos
Hematopoiticos); diagnsticos mais frequentes de entrada foram os transtornos falciformes (11,66%) e bronquiolite aguda
(9,72%), sendo que os CID-10 de entrada e sada foram coerentes em 63,14% das vezes.
Houve algumas mudanas nesse perfil quando comparado ao trabalho realizado em 2006: na faixa etria (eram 36%
menores de 1 ano e 30% entre 1 e 4 anos), tempo de internao (eram 35,11% por menos de 24 horas e 22,95% por 1 dia),
distribuio mensal das internaes (houve um pico de abril at junho e outro pico em outubro), diagnsticos de entrada ?
pneumonia por microoganismos no especificada (14,15%) e transtornos falciformes (9,38%). Fato que chama a ateno
que no estudo atual menor nmero de crianas est permanencendo por 1 ou 2 dias, ou seja, foi prolongada a permanncia
possivelmente devido insuficincia de leitos.
necessria uma anlise mais profunda das caractersticas atuais do servio analisado bem como da rede de
servios de sade a ele associada para entendermos os motivos dessas mudanas. Alm disso, seria interessante estudos
realizados em servios com graus de complexidade diferente do encontrado no do presente estudo (hospitais gerais), para
que fosse possvel comparar os perfis de internaes nos servios de emergncia peditrica de acordo com o grau de
complexidade do servio.
Participantes:

Discente: Thauana Dela Santina Torres Oliveira

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Thiago Sanchez Pires Bueno
Ttulo: Anlise exploratria da correlao entre o nvel de controle da presso arterial
e a funo do endotlio vascular em pacientes hipertensos, utilizando um novo ndice
de avaliao de disfuno endotelial fluxo-mediada.
Palavras-Chave: Hipertenso; Funo Endotelial
OBJETIVO
Este projeto tem por objetivo estudar as implicaes de um novo tratamento farmacolgico nos nveis de controle da
presso arterial em pacientes hipertensos, e busca correlacionar esse tratamento e esses nveis de controle com a
funcionalidade do endotlio vascular dos pacientes hipertensos.
MATERIAL E MTODO
O mtodo de pesquisa se baseia na anamnese, exame fsico e administrao de medicao direcionados para
a avaliao clnica da hipertenso arterial e da resposta vasomotora fluxo-mediada de pacientes hipertensos do ambulatrio
da hipertenso arterial. Sero utilizados aproximadamente 40 pacientes, distribudos aleatoriamente em 2 grupos, e o
tratamento antihipertensivo ter durao de 20 semanas. O primeiro grupo ser tratado inicialmente com um anlodipina
5mg, por 30 dias. Passado esse perodo, esse grupo receber candesartana 16mg em combinao com o tratamento
anterior, por mais 30 dias. Depois disso, vai adicionar mais uma medicao, alm das anteriores, rosuvastatina 20mg, por
mais 30 dias. Passado esse perodo, ser suspensa a rosuvastatina, e passados mais 30 dias, o tratamento ser
encerrado. No outro grupo, o tratamento inicial ser com hidroclorotiazida 25mg, por 30 dias. Aps isso receber
candesartana 16mg junto com a hidroclorotiazida, por 30 dias. Depois disso, receber rosuvastatina 20mg, em combinao
com as medicaes anteriores. Depois de 30 dias, a rosuvastatina ser suspensa, e depois disso se encerra o tratamento.
No exame fsico, sero realizadas aferies da presso arterial, por meio de um esfigmomanmetro
mecnico de coluna de mercrio, com 3 aferies em cada membro superior, com 1 minuto de intervalo entre cada uma.
Alm disso, no exame fsico tambm consta a mensurao da dilatao fluxo-mediada, cujas informaes fornecidas sero
aprimoradas e complementadas, de forma inovadora, pelo exame da constrio baixo-fluxo-mediada, a qual confere maior
acurcia na avaliao da funo endotelial do paciente. Essa mensurao ser realizada por meio do exame de
ultra-sonografia de alta resoluo com Doppler contnuo e pulsado e mapeamento de fluxo cores de alta definio,
utilizando-se transdutores do tipo setorial adulto de 7,5 MHz. Nele, sero mensuradas as medidas do dimetro da artria
braquial a cada 30 segundos, por aproximadamente 3 minutos.
Dessa forma, pode-se mensurar os seguintes ndices: L-FMC, calculado a partir dos dados adquiridos durante
os ltimos 30 segundos de insuflao do manguito; e FMD, calculado pela variao percentual mxima no dimetro da
artria braquial, em relao ao dimetro basal, aps a desinsuflao do manguito. Os valores de dimetro so expressos
em milmetros, e o de FMD e L-FMC, em porcentagens.
Com o resultado dessas medidas, avalia-se a capacidade do endotlio vascular de responder s alteraes
do fluxo sanguneo, por meio do controle do tnus vasomotor, podendo denunciar uma possvel deficincia nessa
responsividade funcional endotelial a estmulos, a qual denominamos de disfuno endotelial. No estudo ser pesquisada
uma possvel correlao entre o tratamento antihipertensivo utilizado em estudo, o nvel de controle da presso arterial
derivado desse tratamento e o grau de disfuno endotelial do paciente hipertenso que recebe esse tratamento.
RESULTADOS
A idade mdia da populao selecionada foi de 62,85 6,16 anos. 57,14% dos pacientes eram Caucasianos, 75,76%
eram mulheres, das quais 57,14% eram casadas e 24,24% eram homens.
Todos pacientes selecionados apresentavam doenas associadas Hipertenso Arterial Sistmica, dos quais
57,14% apresentam Diabetes Mellitus e 85,71% apresentam Dislipidemia, estando esta controlada em todos os pacientes.
Em relao ao Histrico Familiar, 71,42% dos pacientes apresentam Histrico Familiar de HAS, 57,14% apresentam
Histrico Familiar de Diabetes Mellitus e 42,85% apresentam Histrico Familiar de Dislipidemia.
O ndice de Massa Corporal (IMC) mdio dos pacientes foi de 28,91 1,57. O Escore de Risco de Framingham
mdio dos pacientes foi de 8%. Em relao ao Tabagismo, 28,57% dos pacientes foram fumantes durante a vida e deles
nenhum parou de fumar at o dia da consulta.
Dos 35 pacientes selecionados e, mais especificamente dos 18 que compareceram no ambulatrio para incluso no
estudo, 7 tiveram de ser excludos inicialmente por apresentarem quadros como Chagas, Esquistossomose, Hepatite C,
Insuficincia Renal Crnica e Microalbuminria, Revascularizao e Infarto Agudo do Miocrdio.
Uma paciente apresentou-se intolerante Hidroclorotiazida, apresentando um quadro de nusea e vmito intenso,
tendo que ser excluda do estudo. Esta paciente apresentava refluxo Gastroesofgico, que no se caracteriza como
contra-indicao tanto para o estudo quanto para qualquer um dos medicamentos utilizados no estudo. O medicamento
utilizado contra o Refluxo pela paciente a Bromoprida, que no apresenta interaes medicamentosas com nenhum dos
medicamentos utilizados no estudo.
CONCLUSES
Encontramos dificuldades para atingir um nmero estatisticamente vlido de pacientes participantes que permitisse o
incio do estudo, devido a certas dificuldades encontradas, como a no aceitao de muitos pacientes em participar do
estudo e assinar o termo de consentimento livre e esclarecido, a falta de aderncia de alguns pacientes (no compareceram
no local e hora marcada para atendimento mdico) e tambm o fato de muitos dos pacientes atendidos terem sido
excludos do estudo por no satisfazerem os critrios de incluso e excluso especficos do estudo.
Alm disso, tivemos o contratempo de mudana de local do laboratrio onde estavam sendo realizados os exames
para o Prdio de Pesquisa II da UNIFESP, o que atrasou por cerca de 4 meses as atividades do projeto.A finalizao da
mudana do laboratrio se deu no meio de Abril, momento no qual retornamos s atividades em ritmo acelerado,
procedendo com a chamada dos pacientes para as primeiras consultas e seguimento do estudo.
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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Thiago Sanchez Pires Bueno
Participantes:

Orientador: Francisco Antonio Helfenstein Fonseca


Discente: Carolina Nunes Frana

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Vinicius Campos Bergamo
Ttulo: \""ESTUDO DA RESSONNCIA MAGNTICA FUNCIONAL CEREBRAL EM
ADOLESCENTES COM FIBROMIALGIA JUVENIL\""
Palavras-Chave: Fibromialgia Juvenil, Artrite Idioptica Juvenil, Dor, Ressonncia Magntica Funcional,
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SO PAULO
ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA
DEPARTAMENTO DE PEDIATRIA
SETOR DE REUMATOLOGIA
?ESTUDO DA RESSONNCIA MAGNTICA FUNCIONAL CEREBRAL EM ADOLESCENTES COM FIBROMIALGIA
JUVENIL?.
Aluno: Vinicius Campos Bergamo
Orientador: Prof. Dr. Cludio Arnaldo Len
Colaboradora: Juliana Molina
Relatrio Parcial de Projeto de Iniciao Cientfica apresentado Pr-Reitoria de Graduao.
Data de ingresso CNPq: Agosto/2011
Curso: Medicina
Perodo: 9 Semestre
So Paulo
2013

Paulo;

1. Identificao
1.1. Nome do Bolsista: Vinicius Campos Bergamo;
1.2. Nome do Orientador: Prof. Dr. Cludio Arnaldo Len;
1.3. Local de Execuo: Ambulatrio de Dor do Setor de Reumatologia Peditrica da Universidade Federal de So

1.4. Ttulo
Fibromialgia Juvenil?.

do

Projeto:

?Estudo

Da

Ressonncia

Magntica

Funcional

Cerebral

Em

Adolescentes

Com

2. Introduo
2.1. Contextualizao da Literatura Pertinente
A fibromialgia juvenil (FMJ) uma sndrome de etiologia multifatorial, caracterizada por dor musculoesqueltica
difusa e crnica/recorrente, especialmente em pontos dolorosos pr-determinados. Estmulos externos, como traumas e
estresse, podem contribuir para o desencadeamento da fibromialgia. Contudo, uma sensibilizao do sistema nervoso
central considerada como um aspecto maior da doena. Estudos sugerem que um funcionamento anormal do sistema
nervoso central, resulta na amplificao na transmisso e interpretao da dor.
Baseando-nos em estudos com uso de
ressonncia magntica funcional (RMf), que sugerem que mudanas estruturais e funcionais possam ser observadas em
reas cerebrais que no esto diretamente implicadas no processamento da dor ?clssico? e
que o sistema nervoso
central sofra uma reorganizao funcional e estrutural em pacientes adultos com dor crnica, supomos encontrar em
crianas/adolescentes com dor crnica estas alteraes. Alm disso, esta plasticidade central poderia, por sua vez,
influenciar as percepes sensoriais, afetivos e cognitivos relacionados a dor
2.2. Contextualizao dos Objetivos Propostos
Este estudo tem como objetivo principal avaliar e comparar a ativao cerebral de adolescentes com dor crnica
por meio RMf diante de estmulos pressricos discretos. A amostra ser composta por 30 indivduos com idades entre 14 e
17 anos, de ambos os sexos, pareados por idade, gnero, nvel socioeconmico e escolar, dispostos em 3 grupos: a) FMJ,
diagnosticados h pelo menos 6 meses, segundo os critrios do Colgio Americano de Reumatologia; b) AIJ poliarticular
em atividade (com durao da doena acima de 6 meses), com diagnstico segundo os critrios da ILAR e; c) Controle,
composto por crianas/adolescentes aparentemente saudveis, sem queixas de dor.
Os objetivos secundrios so:
a) Comparar os nveis de resposta apresentadas entre os grupos;
b) Inferir os nveis subjetivos de dor.
2.4. Atividades Desenvolvidas
Para o incio do Projeto, foi desenvolvida uma planilha eletrnica, em que h o levantamento de todos os casos do
Ambulatrio de Dor, com os perfis dos pacientes, alm de dados clnicos e demogrficos. So, no total, 181 pacientes, dos
quais 140 so do sexo feminino e 41 so do sexo masculino. A faixa etria varia de 6 a 24 anos, com a mdia de idade de
14,9 anos. Os exames-piloto de RMf j foram iniciados no Hospital Israelita Albert Einstein e estamos aguardando as
definies dos primeiros parmetros para a elaborao das anlises. O Projeto j fora aprovado pelo CEP.
3. Materiais e Mtodos
3.1. Materiais e Equipamentos Utilizados na Pesquisa
O aparelho de RMf encontra-se no Hospital Israelita Albert Einstein. Utilizamos o computador do Ambulatrio da
Dor para a incluso dos dados dos pacientes.
3.2. Mtodos
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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Vinicius Campos Bergamo
Todos os dados foram coletados por meio da reviso dos pronturios do Ambulatrio de Dor e a elaborao de
uma planilha eletrnica, que contm todos os dados clnicos e demogrficos dos pacientes em questo.
4. Resultados
A reviso dos pronturios nos sugere a anlise de algumas variveis, so elas: Mdia de Idades, Sexo, Tempo
de Interconsulta, Tratamento Multidisciplinar, Faltas Escolares, Histria Familiar, Sono, Parestesias, Nmero de Pontos de
Hipermobilidade, Nmero de Pontos de Fibromialgia, Diagnsticos, Aderncia Multiprofissional, Caracteres da Dor, Fatores
Desencadeantes e de Melhora, Histrico de Dor, Antecedentes, Uso de Computador, Cirurgia Prvia, Escala de Dor Pais e
Pacientes, Alteraes Ortopdicas e Exames de Coluna, Fora Muscular e Marcha.
Dentre os 181 pronturios analisados, 19 encontravam-se incompletos e no apresentavam todos os dados para que
pudessem ser inseridos no estudo. Dessa forma, a reviso fora feita com os 162 pronturios restantes, totalizando um n =
162.
4.1. Sexo
Dos 181 pacientes do nosso Ambulatrio, 141 (77,9%) so do sexo feminino e 40 (22,1%) so do sexo masculino.
4.2. Idades e Mdia de Idades
No grfico abaixo, temos uma relao das idades dadas em meses, cuja variao se encontra no intervalo de 76 e
283 meses (6 anos e 4 meses; 23 anos e 7 meses, respectivamente). A linha vermelha corresponde mdia de idades dos
pacientes do Ambulatrio, 179,9 meses (aproximadamente, 15 anos).
4.3. Tempo de Interconsulta
Essa varivel relaciona o nmero de consultas desde o primeiro preenchimento do pronturio do Ambulatrio at o
presente momento. Obtemos, assim, uma mdia do tempo passado entre as consultas. Essa varivel encontra-se no
intervalo de 1 ms a 65 meses (5 anos e 5 meses) e temos a mdia desses tempos representada pela linha vermelha: 13,1
meses (aproximadamente, 1 ano e 1 ms)
4.4. Tratamento Multidisciplinar
Dos 181 pacientes de nosso Ambulatrio, 86 (53,09%) realizam tratamento multidisciplinar, que envolvem: 54
(33,33%) realizam Fisioterapia, 64 (39,51%) Psicologia, 49 (30,25%) Nutrio, 12 (7,41%) Odontologia e 8 (4,94%)
Acupuntura; 76 (46,91%) no realizam nenhum tratamento multidisciplinar.
Aderncia Multi
N de pctes Percentagem
Fisio 54 33,33%
Psico 64 39,51%
Nutri 49 30,25%
Odonto
12 7,41%
Acupuntura
8
4,94%
Total 86 53,09%
4.5. Faltas Escolares
Dos 162 pacientes do Ambulatrio, 45 (27,78%) referiram que, alguma vez durante o perodo da doena, j
deixaram de ir escola devido dor referida; 117 (72,22%) no se utilizaram de faltas escolares.
4.6. Histrico de Dor
A tabela abaixo relaciona quatro critrios referentes aos histrico de dor dos 162 pacientes estudados, so eles: Dor
Abdominal, Cefalia, Claudicao e Histria Familiar.
Histrico de Dor
N de pctes Percentagem
Dor Abdominal 42 25,93%
Cefalia
91 56,17%
Claudicao
52 32,10%
Histria Familiar
46 28,40%
4.7. Sono
Dos 162 pacientes do nosso Ambulatrio, 94 (58,02%) no apresentaram nenhum problema relacionado ao sono;
62 (33,7%) referiram sono anormal durante a noite; e 88 (54,32%) referem ter um sono restaurador, como mostra a tabela
abaixo.
Sono N de pctes Percentagem
Normal
94 58,02%
Anormal
62 38,27%
Restaurador
88 54,32%
4.8. Parestesias
Dos 162 pacientes do Ambulatrio, 43 (26,54%) referiram ter tido algum tipo de parestesia nas mos ou nos ps; 119
(73,46%) no tiveram nenhum tipo de parestesia.
4.9. Pontos de Hipermobilidade
O grfico abaixo relaciona os Pontos de Hipermobilidade dentre os 162 pacientes do Ambulatrio. A varivel
encontra-se no intervalo de 0 a 9 pontos, em que 106 pessoas (65,43%) no obtiveram nenhum ponto (valor zero) e 7
pessoas (0,03%) obtiveram pontuao mxima (9 pontos). A linha vermelha corresponde mdia de pontos: 2,86.
A tabela abaixo expe as caractersticas percentuais da Hipermobilidade Articular:
Hipermobilidade
N de pctes Percentagem
Sim 56 34,57%
1 ponto
5
3,09%
2 pontos
22 13,58%
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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Vinicius Campos Bergamo
3 pontos
1
0,62%
4 pontos
16 9,88%
5 pontos
2
1,23%
6 pontos
19 11,73%
7 pontos
4
2,47%
8 pontos
16 9,88%
9 pontos
7
4,32%
Extenso do Punho 53
Polegar-Antebrao
68
Hiperextenso Cotovelo
Hiperextenso Joelho
Palma da Mo-Cho

32,72%
41,98%
65 40,12%
41 25,31%
16 9,88%

4.10. Pontos de Fibromialgia


O grfico e a tabela abaixo relacionam os Pontos de Fibromialgia dos 162 pacientes do Ambulatrio. A varivel
encontra-se no intervalo de 0 a 18 pontos, em que 110 pessoas (67,90%) no obtiveram nenhum ponto (valor zero) e 15
pessoas (9,26%) obtiveram pontuao mxima (18 pontos). A linha vermelha corresponde mdia de pontos: 5,48.
Fibromialgia
N de pctes
Sim 53 32,72%
1 ponto
2
1,23%
2 pontos
6
3,70%
3 pontos
9
5,56%
4 pontos
6
3,70%
5 pontos
2
1,23%
6 pontos
8
4,94%
7 pontos
1
0,62%
8 pontos
10 6,17%
9 pontos
6
3,70%
10 pontos 4
2,47%
11 pontos 5
3,09%
12 pontos 5
3,09%
13 pontos 3
1,85%
14 pontos 3
1,85%
15 pontos 0
0,00%
16 pontos 5
3,09%
17 pontos 1
0,62%
18 pontos 15 9,26%
Pontos Falsos 28 17,28%

Percentagem

4.11. Diagnsticos
A tabela abaixo nos fornece os dados referentes aos diversos achados diagnsticos dos 181 pacientes. Eles foram
separados em 6 categorias: Dor Msculo-esqueltica Idioptica (DMI), Fibromialgia Juvenil (FMJ), Hipermobilidade Articular
(HMA), Cefalia, Sndrome de Amplificao Dolorosa (SAD) e Outros.
Diagnsticos
N de pctes Percentagem
DMI 94 51,93%
FMJ 51 28,18%
HMA 25 13,81%
Cefalia
9
4,97%
SAD 55 30,39%
Outros
44 24,31%
4.12. Aderncia Multiprofissional
Dentre os 162 pacientes estudados, 86 (53,09%) realizam algum tipo de tratamento multidisciplinar, sendo eles:
Fisioterapia, Psicologia, Nutrio, Odontologia e Acupuntura. A tabela abaixo traz os resultados:
Aderncia Multi
N de pctes
Fisio 54 33,33%
Psico 64 39,51%
Nutri 49 30,25%
Odonto
12 7,41%
Acupuntura
8
4,94%
Total 86 53,09%

Percentagem

4.13. Caracteres da Dor


Os Caracteres da Dor estudados foram: Dor Bilateral, Unilateral, Articular ou Extra-Articular, Horrio da Manh,
Tarde, Noite ou Constante, Freqncia Diria, Semanal ou Mensal, Durao de Minutos, Horas ou Dias. Segue abaixo a
tabela com os resultados.
Caracteres da Dor
N de pctes
Bilateral
113 69,75%
Unilateral 33 20,37%
Articular
85 52,47%

Percentagem

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Vinicius Campos Bergamo
Extra-Articular 96
Horrio da Manh
Horrio da Tarde
Horrio da Noite
Horrio Constante
Freqncia Diria
Freqncia Semanal
Freqncia Mensal
Durao Minutos
Durao Horas 76
Durao Dias
30
Faltas Escolares

59,26%
33 20,37%
40 24,69%
68 41,98%
43 26,54%
74 45,68%
42 25,93%
28 17,28%
48 29,63%
46,91%
18,52%
46 28,40%

4.14. Fatores Desencadeantes e de Melhora


A tabela abaixo traz os resultados referentes
estudados:

aos

Fatores

Desencadeantes

de

Melhora

dos

162 pacientes

Fatores
N de pctes Percentagem
Desencadeantes
106 65,43%
Melhora
119 73,46%
4.15. Antecedentes
Referente aos Antecedentes dos pacientes, foram questionados antecedentes Traumticos, Infecciosos e Vacinais.
Segue abaixo a tabela com os resultados.
Antecedentes
N de pctes Percentagem
Trauma
16 9,88%
Infeco
5
3,09%
Vacinao 12 7,41%
4.16. Uso de Computador
O quesito Uso de Computador foi dividido em 3 categorias: Ausncia de uso, At 1 hora/dia e Mais de 1 hora/dia.
Segue abaixo a tabela:
Uso de Computador
N de pctes
No 94 58,02%
At 1 hora/dia 29 17,90%
Mais de 1 hora/dia
29 17,90%

Percentagem

4.17. Cirurgia Prvia


Dentre os 162 pacientes, 23 (14,20%) realizaram cirurgia prvia; 139 (85,90%) no realizaram qualquer cirurgia,
como mostra a tabela abaixo.
Cirurgia Prvia N de pctes
Sim 23 14,20%
No 139 85,80%

Percentagem

4.18. Escala de Dor Pais


A Escala de Dor dos Pais se refere a uma escala que varia de zero (0) a dez (10), em que o pai da criana sugere
uma nota dor do filho. Com isso, obtivemos a seguinte tabela:
Escala de Dor Pais
0 26 16,05%
17
4,32%
26
3,70%
39
5,56%
45
3,09%
5 15 9,26%
66
3,70%
7 20 12,35%
8 18 11,11%
98
4,94%
10
8
4,94%

N de pctes

Percentagem

4.19 Escala de Dor Pacientes


Assim como a escala acima, a Escala de Dor dos Pacientes varia de zero (0) a dez (10), em que a prpria criana
quantifica sua dor atravs de uma nota. Seguem abaixo os resultados.
Escala de Dor Pctes
0 28 17,28%

N de pctes

Percentagem
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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Vinicius Campos Bergamo
18
25
36
48
5 15
6 10
7 10
8 22
96
10

4,94%
3,09%
3,70%
4,94%
9,26%
6,17%
6,17%
13,58%
3,70%
9
5,56%

4.20. Alteraes Ortopdicas e Exames de Coluna


A tabela abaixo relaciona as Alteraes Ortopdicas e Exames de Coluna dos 162 pacientes do nosso Ambulatrio.
Coluna
N de pctes
Alteraes Ortopdicas
Exame Coluna normal
Exame Coluna anormal

Percentagem
65 40,12%
95 58,64%
65 40,12%

4.21. Fora Muscular e Marcha


As tabelas abaixo relacionam a Fora Muscular e a Marcha dos 162 pacientes estudados.
Fora Muscular
N de pctes
Normal
154 95,06%
Anormal
7
4,32%
Marcha
Normal
Anormal

N de pctes
152 93,83%
8
4,94%

Percentagem

Percentagem

5. Comentrios sobre as atividades do aluno bolsista


No decorrer dos ltimos 12 meses, o aluno Vinicius Bergamo acompanhou regularmente o Setor de Reumatologia
Peditrica, especialmente no Ambulatrio de Dor, que ocorre s teras-feiras das 8:00 s 10:30. Neste perodo, ele
desenvolveu as seguintes atividades:
? Observao das consultas e das discusses de caso;
? Participao das reunies clnicas e cientficas do Setor;
? Realizao de levantamento bibliogrfico para elaborao de artigo cientfico sobre o tema do projeto;
? Interao com a equipe multidisciplinar do Setor, que atende a casos complexos de dor musculoesqueltica
crnica.
Participantes:

Discente: Vinicius Campos Bergamo

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Aplicada
Autor: Vinicius de Aquino Calasso Correa Gomes
Ttulo: Avaliao da toxicidade do Sunitinibe nos pacientes com carcinoma de clulas
renais no Ambulatrio de Quimioterapia da UNIFESP
Palavras-Chave: Toxicidade, Sutent, Sunitinibe, Carcinoma de clulas renais
O Malato Sunitinibe (Sutent) um medicamento utilizado no ambulatrio de Quimioterapia da UNIFESP para o
tratamento de carcinoma
metasttico de clulas renais (CCR), agindo na angiognese tumoral. O carcinoma de clulas
renais est associado com alta incidncia de metstases e, quando metasttico, de mau prognstico, em parte devido
resistncia aos agentes quimioterpicos tradicionais.
Esse medicamento um exemplo de droga-alvo molecular especfica e apresenta uma grande atividade
anti-angiognica e anti-tumoral por ser um inibidor de tirosina quinase do receptor do fator de crescimento endotelial
(VEGFR) e do receptor do fator de crescimento derivado de plaquetas (PDFGR). Inibindo esses receptores, o Sunitinibe
capaz de afetar a angiognese e, assim, inibir o crescimento tumoral e a ocorrncia de metstases.
Os medicamentos usados para combater as neoplasias no tem ao restrita s clulas tumorais. Eles afetam
tambm os tecidos normais, principalmente aqueles que se renovam constantemente, como medula ssea, plos e mucosa
do tubo digestivo.
A literatura aponta que esse medicamento pode ocasionar diversas reaes adversas durante o tratamento, como,
por exemplo, fadiga, nusea, diarria, descolorao da pele, anorexia, dispepsia, hipotiroidismo e constipao. Durante
estudos de fase I, a fadiga foi o efeito mais relatado pelos pacientes, ocorrendo em 70% dos pacientes, composta por
astenia, letargia e mal-estar, em grau 3, pela tabela CTCAE.
A grande variedade da toxicidade dos frmacos utilizados um grande obstculo para os pacientes com cncer
durante o tratamento, tornando-se um problema de grande impacto na vida dos pacientes tratados.
O projeto tem o objetivo de avaliar a toxicidade do Sutent ao longo do tratamento do CCR, visando fazer uma
comparao entre os efeitos adversos descritos na literatura com os principais e mais prevalentes efeitos encontrados nos
pacientes que sero acompanhados durante o projeto. O projeto apresenta um objetivo epidemiolgico importante, pois
ser feita uma avaliao da toxicidade do Sutent na populao brasileira. Diferentemente do que ocorre atualmente, uma
vez que os estudos sobre a toxicidade dessa droga so de fora do pas.
Foi feita uma pesquisa prospectiva, por meio de acompanhamento dos pacientes em tratamento no Ambulatrio de
Quimioterapia da UNIFESP, mantendo-se contato semanal atraves de telefonemas e mensalmente no ambulatorio, para
avaliar o aparecimento dos efeitos adversos durante a realizao do tratamento. Os pacientes so acompanhados no
momento em que vierem ao ambulatrio passar por acompanhamento e tambm por meio de telefonemas. Uma vez que os
efeitos colaterais geralmente aparecem alguns dias aps a administrao do medicamento, a entrevista ser feita
posteriormente ao trmino do ciclo do medicamento.
Durante o tratamento, os pacientes recebem uma tabela contendo os efeitos colaterais mais comuns, que servir
como guia para o paciente anotar o aparecimento de algum efeito colateral no perodo em que estiver em sua residncia,
para garantir que qualquer sintoma que aparea seja mencionado pelo paciente e, consequentemente, seja contabilizado
pela pesquisa. A tabela tambm pode ser usada para tentar estabelecer um padro no momento em que aparecem os
sintomas.
Os efeitos colaterais mencionados pelos pacientes tem seus graus quantificados de acordo com a tabela Common
Terminology for Adverse Events v3.0 (CTCAE), garantindo que os resultados obtidos estejam padronizados com os dados
internacionais.
Durante o projeto, muitos sujeitos de pesquisa foram a bito ou progrediram e no puderam mais ser
acompanhados pela pesquisa, pois interromperam o uso do medicamento. Espera-se traar um melhor panorama dos
efeitos txicos do Sutent conforme mais pacientes entrarem no estudo. Pois o conhecimento ser de grande importncia
para essa populao, possibilitando preparar os pacientes que iro iniciar o tratamento quanto aos principais efeitos
colaterais. Esperando-se com isso, prevenir e/ou diminuir o impacto desses efeitos ao longo do tratamento.
Participantes:

Orientador: Srgio Daniel Simon


Discente: Vinicius de Aquino Calasso Correa Gomes

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Experimental
Autor: BRUNO RAFAEL MULLER
Ttulo: EXPRESSO GNICA DE INTERLEUCINA-1 BETA EM FIBROBLASTOS
DRMICOS E QUERATINCITOS PRIMRIOS CULTIVADOS DE PACIENTES COM
QUEIMADURA.
Palavras-Chave: Queimadura; Interleucina-1; Fibroblastos; Queratincitos; Inflamao
INTRODUO: A resposta inflamatria desencadeada por queimadura essencial para a cura, porm o aumento da
sua intensidade e da sua extenso pode dificultar o processo. A interleucina-1 beta (IL-1) uma citocina com um papel
central no incio da inflamao. O objetivo do presente estudo foi avaliar a expresso gnica de IL-1 beta em fibroblastos
drmicos e em queratincitos primrios cultivados de pacientes com queimadura, comparando com um grupo sem
queimadura.
MTODOS: O presente estudo possui um desenho de pesquisa experimental, in vitro, transversal, analtico,
controlado, realizado em centro nico. Foram includos trs pacientes com pequena queimadura (queimadura de 2 ou 3
grau acometendo menos que 5% superfcie corprea), trs pacientes com grande queimadura (queimadura de 2 ou 3 grau
acometendo entre 25% e 50% da superfcie corprea) e dois pacientes controles, sem queimadura. A cultura celular foi
realizada seguindo o mtodo padronizado no laboratrio para cultura de queratincitos e fibroblastos. Aps a extrao e
purificao do mRNA, qPCR foi usado para avaliar a expresso do gene IL-1 beta. Todos os experimentos foram realizados
em triplicata.
RESULTADOS: As solues de mRNA extrado das clulas apresentaram valores da razo 260nm/280nm entre 1.9
e 2.1, um intervalo de pureza considerado adequado para anlise da expresso do gene. Em fibroblastos drmicos, a
expresso gnica de IL-1 beta esteve reprimida nos pacientes com grande queimadura (Fold Change = -2,0 0,40; p<0,05;
n=3), e muito mais reprimida em pacientes com pequena queimadura (Fold Change = -687 213; p <0,05; n=3) quando
comparados ao grupo controle. Em queratincitos, a represso da expresso gnica de IL-1 beta ocorreu no grupo pequena
queimadura (Fold Change = -28.33 0.33; p<0,05; n=3), enquanto que no grupo grande queimadura a expresso deste
gene esteve aumentada (Fold Change = 15.7 9.7; p<0,05; n=3).
CONCLUSES: Os resultados mostraram um padro qualitativo da expresso do gene da IL-1 beta. Esta foi
significativamente suprimida em pacientes com queimaduras menores comparados ao grupo controle, tanto em fibroblastos
drmicos quanto em queratincitos. Em queratincitos de grandes queimaduras, houve um aumento na expresso do gene.
Participantes:

Orientador: ALFREDO GRAGNANI FILHO


Docente: LYDIA MASAKO FERREIRA

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Experimental
Autor: Camila Pivari Pedroso Sakoda
Ttulo: Sakuranetina derivada da Baccharis Retusa (Asteraceae) reduz inflamao e
remodelamento de vasos peribrnquicos em modelo experimental de asma alrgica
Palavras-Chave: Sakuranetina, Flavonoide, Asma, Remodelamento e Inflamao vascular
Sakuranetina derivada da Baccharis Retusa
peribrnquicos em modelo experimental de asma alrgica.

(Asteraceae)

reduz

inflamao

remodelamento

de

vasos

Autores: 1Sakoda, C.P.P.*, 2Toledo, A.C., 2Pinheiro, N.M., 2Perini A., 1Grecco, S., 2Tiberio, I.F.L.C., 2Hiyane, M.I.,
2Camara, N.O.S., 2Martins, M.A., 1Lago, J.H.G., 1Prado, C.M.; 1Universidade Federal de So Paulo ? Diadema/SP/Brasil,
2Universidade de So Paulo ? So Paulo/SP/Brasil.
Introduo: Asma definida como uma doena inflamatria crnica que pode levar a alteraes estruturais
pulmonares, incluindo inflamao e remodelamento vascular e tecidual. Demonstramos anteriormente que a Sakuranetina
foi eficaz na reduo da
inflamao e do remodelamento das vias areas em modelo experimental de asma. Objetivo:
Nossa hiptese que a Sakuranetina (5,4'-diidroxi-7-metoxiflavanona), um composto flavonodico derivado de uma planta,
possa tambm reduzir as alteraes vasculares no pulmo neste modelo murino de asma. Mtodos: Camundongos Balb-C
machos (6-8 semanas) foram sensibilizados por injeo via intraperitoneal de ovoalbumina (OVA)+alumen nos dias 0 e 14 e
posteriormente receberam inalao com OVA 1% nos dias 22, 24, 26 e 28. Sakuranetina (20mg/Kg/animal-intranasal) ou
dexametasona (5mg/Kg/animal-sc) foram administradas diariamente, iniciando no dia 22. No dia 29, os pulmes foram
removidos e submetidos s tcnicas histolgicas convencionais e colorao histoqumica com Picrossrius (fibras
colgenas), Resorcina-Fucsina (fibras elsticas) e LUNA (eosinfilos). Foi ainda realizada imunohistoqumica para visualizar
a ativao de NFkB e 8-isoprostano (marcador indireto de estresse oxidativo). Foram utilizadas anlises morfomtricas para
quantificao. Foram dosadas citocinas (RANTES, IL-5, IL-4, Eotaxina, TNF-a, IFN-g, IL-10 e VEGF) por BioPlex no
homogenato pulmonar. Resultados: A sakuranetina reduziu o nmero de eosinfilos, o contedo de fibra elstica, a
espessura da camada muscular lisa, as clulas positivas para NFkB e a rea positiva para 8-isoprostano na parede de
vasos peribrnquicos induzidos pela exposio repetida a ovoalbumina. No homogenato de pulmo, a Sakuranetina reduziu
RANTES, IL-5, Eotaxina e VEGF nos animais expostos OVA. No houve diferena significativa dos animais sensibilizados
com OVA e tratados com Sakuranetina daqueles tratados com dexametasona. Concluso: Nossos dados demonstram que
a Sakuranetina reduziu inflamao e remodelamento vascular neste modelo experimental de asma, sugerindo uma
atividade anti-inflamatria e antioxidante observada pela reduo da ativao de NFkB, citocinas Th2, VEGF e estresse
oxidativo. Este composto deve ser mais investigado a fim de ser considerado como uma abordagem teraputica alternativa
na asma dado que seus efeitos foram semelhantes aos observados pelo tratamento com corticosterides. Apoio Financeiro:
FAPESP, CNPq, LIM-20 HCFMUSP.
Participantes:

Orientador: Carla Mximo Prado

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Experimental
Autor: Daliana Christine Silva
Ttulo: Estudo de mtodos de preparao de amostra para microscopia de
fluorescncia e deteco de lipdeos
Palavras-Chave: microscopia de fluorescncia, LDL, placas de ateroma
Visando dar continuidade ao projeto iniciado em 2011, percebeu-se a necessidade de buscar por novos mtodos
para se preparar amostras para microscopia de fluorescncia, a fim de se analisar tecidos enriquecidos em lipdeos para a
visualizao com marcadores fluorescentes. Assim, foram sintetizados e caracterizados para espectroscopia complexos de
Eurpio-Cloroetraciclina (EuCTc), que foram utilizados neste projeto como marcadores fluorescentes de lipoprotenas de
baixa densidade (LDL), e da Tioflavina tambm como marcador fluorescente de LDL. Induziu-se hipercolesterolemia em
coelhos por administrao de uma dieta rica em colesterol, e depois de pesquisada a melhor tcnica de preparao de
amostras para o caso j citado, constatando-se ser melhor a tcnica de congelamento, retirou-se alguns tecidos de
interesse dos animais estudados (olhos (crnea) e artria aorta) e preparou-se lminas deste tecidos para microscopia de
fluorescncia. Por fim, promoveu-se a colorao das lminas com complexo EuCTc e Tioflavina, fazendo a anlise das
imagens de fluorescncia obtidas das lminas. Ao longo do processo, pode-se perceber que a Tioflavina no mostrou-se
to eficiente quanto o complexo de Eurpio-Clorotetraciclina para marcador de LDL.
Participantes:

Discente: Daliana Christine Silva

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Experimental
Autor: Danilo Vinicius da Silva Dias
Ttulo: ESTUDO EXPERIMENTAL SOBRE O EFEITO DA INGESTO HDRICA NO PESO
E UMIDADE FECAL EM RATOS
Palavras-Chave: ingesto, hdrica, gua, restrio, constipao, peso, umidade, fecal, ratos
Constipao intestinal um problema prevalente na populao que pode desencadear graves complicaes tanto na
infncia como na adultidade. Estudos mostram prevalncia de constipao em cerca de 20 a 30% da populao peditrica.
Nesta faixa etria, em geral, so atendidos nos servios especializados, os casos mais graves que podem apresentar
incontinncia fecal por reteno, fecaloma, dor abdominal grave e distrbios emocionais, entre outras complicaes que
ocasionam reduo na qualidade de vida.
A etiopatogenia da constipao funcional envolve a interao de mltiplos fatores e acredita-se que envolve fatores
alimentares, constitucionais, genticos e comportamentais. Na criana muito importante o circulo vicioso de dor
provocando reteno de fezes endurecidas que progressivamente aumentam de tamanho e provocam evacuaes cada
vez mais dolorosas. Entretanto ainda no existem comprovaes definitivas sobre a contribuio das fibras alimentares e do
volume hdrico consumido diariamente na gnese da constipao.
O tratamento bsico da constipao o mesmo h vrias dcadas e inclui a reeducao quanto a prticas de
evacuao (respeitar a vontade de evacuar), utilizao prolongada em dose adequada de laxantes por via oral e
esvaziamento de fecaloma, quando necessrio. A efetividade da recomendao de aumentar o consumo de fibras, na dieta
ou na forma de suplementos, e o aumento na ingesto de lquidos, apesar de fazerem parte das diretrizes teraputicas,
ainda no tem demonstrao cientfica de sua eficcia.
No Laboratrio de Pesquisa em Pediatria da Escola Paulista de Medicina ? Universidade Federal de So Paulo,
foram realizados, vrios estudos avaliando a interao de fibras alimentares e absoro intestinal de ferro alm do
desenvolvimento de um modelo experimental para avaliar o efeito de frmulas fludas na biodisponibilidade de ferro. Estes
projetos tem em comum a utilizao de gaiolas metablicas individuais que proporcionam a possibilidade de coletar
separadamente fezes e urina, assim como a quantidade de rao e gua consumidas pelos animais de experimentao. Ao
avaliar o efeito positivo da goma guar parcialmente hidrolisada na absoro intestinal de ferro, foi constatado que os ratos
que recebiam este tipo de fibra ingeriam maior volume de gua oferecida ?ad libitum?.
Considerando a experincia adquirida nesta linha de pesquisa experimental e a escassez de informaes a respeito
da relao entre ingesto de lquidos no tratamento da constipao intestinal, foi elaborado este projeto com o objetivo de
avaliar o efeito da ingesto hdrica no peso e umidade fecal de ratos.
Em relao aos materiais e mtodos, teremos 3 grupos de estudo com 4 a 8 animais machos da linhagem Wistar
com idade de 21 dias, recm desmamados, em cada grupo.Os grupos de estudo sero divididos da seguinte forma: um
grupo controle, no qual os animais recebero rao padro AIN-G 93 com 50 g de celulose e oferta de gua ?ad libitum?;
um grupo controle com restrio de gua, no qual os animais recebero rao padro AIN-G 93 com 50 g de celulose e
restrio de gua (75% da ingesto do par do grupo 1) e finalmente um grupo controle com ingesto pareada com o grupo
com restrio de gua, no qual os animais recebero rao padro AIN-G 93 com 50 g de celulose na mesma quantidade
ingerida pelo grupo com restrio de gua, no entanto, a oferta de gua ?ad libitum?. A realizao do experimento usando
trios de animais seguir a seguinte dinmica: o animal nmero 1 do grupo A inicira o experimento um dia antes do animal
do grupo B para definir o volume de gua a ser ofertado para este. O animal do grupo C iniciar o experimento no terceiro
dia, ou seja, quando se obetve a quantidade de rao consumida pelo animal correspondente, com restrio hdrica, no dia
anterior. Os animais sero mantidos por 5 dias nas referidas dietas quando ento, ser iniciado o perodo de aferio das
seguintes variveis pelo perodo de 3 dias: ingesto da rao e gua; peso, volume e umidade fecal; volume urinrio,
osmolaridade e eletrlitos na urina e coleta de fezes e, se possvel, anlise da microbiota e do perfil de cidos graxos de
cadeia curta.
O tamanho da amostra foi estimado considerando a disponibilidade de 12 gaiolas para realizao dos experimentos.
Com base nos resultados a serem obtidos na primeira etapa do projeto ser definido o nmero total de animais. Com base
em outros estudos com modelos semelhantes estima-se que sero necessrios 12 a 24 animais.
No presente estudo, um perodo de treinamento foi necessrio para nos familiarizarmos com a dinmica das gaiolas
metbolicas. Para tanto, acompanhamos os trabalhos de ps-graduandos que desenvolviam projetos com experimentao
em animais idnticos aos de nossa proposta de estudo no Laboratrio de Pesquisa em Pediatria da Escola Paulista de
Medicina - Universidade Federal de So Paulo. Avaliamos possveis vises que poderiam surgir e tambm a resposta
fisiolgica dos animais, para predefinir com mais certeza as quantidades de alimento oferecido/ingerido e os valores mdios
de ingesto diria de gua pelos animais para ento concluir a quantidade que seria restrita diariamente. Avaliar a
adaptao e o comportamento fisiolgico dos animais no ambiente da gaiola metablica era de crucial importncia para que
pudssemos dar seguimento ao nosso projeto. Foi um perodo de grande aprendizado, pois conseguimos definir melhor os
parmetros a serem estudados bem como definir metas e respeitar as respostas fisiolgicas dos animais estudados.
Participantes:

Orientador: Mauro Batista de Morais


Orientador: Patrcia da Graa Leite Speridio

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Experimental
Autor: Denis Gonalves Silva
Ttulo: THE ROLE OF OBESITY AND CYTOKINES IL12/ IFN-g IN THE MODULATION OF
ULCERATIVE COLITIS INFLAMMATORY RESPONSE AND TREATMENT WITH SHORT
CHAIN FATTY ACIDS.
Palavras-Chave: COLITIS, IL12, INFg, OBESITY, SCFA
Introduction: The precise etiology of ulcerative colitis (UC) remains unclear, although it is believed that intestinal
inflammation results from dysregulated mucosal immune responses and a hypertrophy of mesenteric adipose, besides a
deficiency of short chain fatty acids (SCFA) may play an important role. Thus, this work aimed to study the role of obesity
and cytokines IL12/ IFNg in ulcerative colitis severity and possible mechanisms of the disease, as well as a possible
treatment with SCFA.Methods: Male mice, IL-12KO, IFN-g KO and WT, all C57BL/6J were used and obesity induced with a
high-fat diet (HF) (45% kcal from fat) for 8 weeks. After this time, UC were induced by 25g/L dextran sulfate sodium (DSS)
and sacrificed on the ninth day or the survival analyzed. The score was made daily for stool consistency, presence of blood
in stool, and mice general appearance. On the final day was collected serum (for circulating cytokine and protein analysis by
Bioplex), colon tissue (histological analysis to gauge disease severity), and mesenteric lymph nodes (FACS analysis of
mucosal lymphoid tissue responses, was analyzed the expression of cell surface markers: F4/80, CD11b, MIG, CD206, CD4
e SSC). For the study of SCFA, WT were divided into groups with acetate or with propionate or with butyrate or without
SCFA (CTL); all groups had 5 days of pretreatment with its respective SCFA, diluted in water at a concentration of 150 mM
or CTL , and also the same concentration in the 40 days of induction of colitis. Results: The groups WT HF and IFN-g HF
displayed higher weight compared with their controls (p<0.001) and IL12KOs (p <0.001), on the other hand the knockout for
IL-12 does not gain weight compared to controls or the other two groups. The UC results showed that WT obese mice by HF
diet has lower survival than the control animals (p<0.001) and knockouts for IL-12 (p<0.001) and IFN-g (p<0.001) and
showed a decrease in mesenteric lymph nodes of WT HF group in macrophages CD11b+F4/80+ (p<0.05) and CD4+ T cells
(p<0.05). And finally, the results showed less weight loss (p<0.001) and a significant reducing of death in all groups of SFCA,
highlighting the butyrate group, which survived 40 days (CTL mean of 14 days). Conclusion: In WT obese mice, induced by
diet, the low state of chronic systemic inflammation increases the severity of colitis, and IL-12 and IFN-g KOs showed a
lower severity of UC, demonstrating the importance of these pro-inflammatory cytokines in the disease. Moreover, the antiinflammatory effects attributed to SFCA are actually doing effect, protecting mice against the death and proved to be a
promising treatment of UC.
Financial support: FAPESP
Participantes:

Orientador: Niels Olsen Saraiva Camera

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Experimental
Autor: Fernanda Badiani Roberto
Ttulo: PODOCITRIA PODE SER UM MARCADOR DE DANO RENAL EM GESTANTES
HIPERTENSAS CRNICAS?
Palavras-Chave: Podcitos; hipertenso; pr eclmpsia
Podocitria em gestantes portadoras de hipertenso arterial crnica pode predizer nefropatia crnica?
Roberto FB, Facca TA, Pereira ARPR, Sato JL, Nishida SK, Teixeira VP, Kirsztajn GM, Sass N.
(Projeto apoiado pela FAPESP. Processo 08/56338-1).
Introduo: Existem evidncias consistentes que alteraes glomerulares induzidas inicialmente por pr-eclmpsia
podem determinar leses renais definitivas cujas manifestaes clnicas podem ser detectadas dcadas aps. Da mesma
forma, a sobrecarga funcional especfica da gestao pode determinar dano orgnico especialmente em pacientes com
riscos pr-existentes, como por exemplo, em portadoras de hipertenso crnica ou nefropatias. A perda de podcitos,
clulas especializadas da filtrao glomerular, parece estar associada instalao insidiosa de nefropatia crnica, uma vez
que perda da arquitetura glomerular desencadeia uma srie de processos locais que culminam com a falncia funcional do
glomrulo. No existem estudos consistentes que possam esclarecer se em grupos de risco especfico existe podocitria
relevante de forma a possibilitar intervenes que possam minimizar problemas futuros.
Objetivos: Verificar e quantificar a presena de podcitos na urina de gestantes hipertensas no terceiro trimestre da
gestao e avaliar eventual associao entre os nveis de presso arterial e ndice de massa corprea do incio da
gestao, intensidade de proteinria, caso ocorra e presso arterial no momento da coleta.
Mtodo: Trata-se de estudo transversal, tipo caso-controle, onde foi quantificada a podocitria em 42 gestantes
portadoras de hipertenso arterial crnica, identificadas no primeiro trimestre da gestao, seguidas no ambulatrio de
hipertenso arterial e nefropatias do Departamento de Obstetrcia, no perodo de 20/09/2011 a 23/04/2013. O diagnstico
de hipertenso seguiram os critrios da ISSHP. O grupo controle foi constitudo por gestantes normais. Amostras de urina
foram colhidas no terceiro trimestre da gestao, aps consentimento esclarecido. Aps centrifugao, o material foi fixado
e submetido ao mtodo de imunofluorescncia com anticorpo anti-podocina produzido em coelho e anticorpo secundrio
anti-IgG de coelho produzido em cabra conjugado com FITC e analisadas segundo um critrio semiquantitativo (1-10
podcitos: +, 10 - 20: ++, > 20: +++) a partir de fotografias em 30 campos diferentes.
Resultados: A mdia de idade materna 33.83 (mx:41/mn:22) e de idade gestacional na coleta foi de 34.74 semanas
(mx:40.1/mn:29). A mdia da presso arterial no incio da gestao foi de 132x85 mmHg (mx:160x110/mn:100x60) e o
IMC foi de 30,19 kg/m2 (mx:44/mn:19,7). A anlise de podocitria em mulheres com hipertenso arterial pr-existente no
teve significncia estatstica, sendo que apenas quatro pacientes apresentaram perda significante. A excreo urinria de
podcitos em gestantes portadoras de hipertenso arterial crnica parece se comportar de modo similar a gestantes
hgidas.
Concluso: At o presente momento, o estudo no identificou um padro especial de podocitria em gestantes
hipertensas que possa justificar a adoo deste procedimento de forma rotineira no seguimento pr-natal. Porm ainda
necessria a continuidade do estudo at completar um tamanho amostral suficiente para concluses definitivas.
Participantes:

Orientador: Nelson Sass

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Experimental
Autor: Fernando Costa
Ttulo: Caracterizao dos parmetros metablicos e estresse oxidativo em rato
Zucker obeso submetido ao exerccio aerbio no limiar anaerbio
Palavras-Chave: Zucker, Obesidade, Estresse Oxidativo
CARACTERIZAO DOS PARMETROS METABLICOS E ESTRESSE OXIDATIVO EM RATO ZUCKER OBESO
SUBMETIDO AO EXERCCIO AERBIO NO LIMIAR ANAERBIO
Introduo: O quadro epidmico de obesidade e seu impacto sobre a morbimortalidade se tornou prioridade de
sade pblica mundial. Dentre os agravos sade, a hipertrofia do tecido adiposo est associada ao estresse oxidativo e
afeces crnicas cardiovasculares, hepticas e renais, assim como, ao diabetes mellitus tipo 2 (DM2). No tratamento da
obesidade, resistncia insulina e DM2, o exerccio fsico mostrou desempenhar um importante papel teraputico
adjuvante, porm, existe uma carncia de estudos avaliando a intensidade metablica relativa entre obesos e magros. O
limiar de lactato um marcador da transio aerbio-anaerbio, o qual considerado uma intensidade de baixo estresse
metablico e bastante adequado a populaes especiais como obesos e diabticos. Portanto seria de fundamental
importncia padronizar a intensidade do exerccio fsico aerbio de acordo com o perfil metablico nos obesos. Objetivo:
Caracterizar os parmetros metablicos e estresse oxidativo em rato Zucker obeso submetido ao exerccio aerbio no limiar
anaerbio. Mtodo: Esta pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comit de tica em pesquisa da Escola Paulista de
Medicina ? UNIFESP, (CEP1852/11). Utilizamos para este trabalho o modelo experimental rato Zucker (fa+/fa+) e seu
controle heterozigoto Lean (fa+/fa-). Os animais foram mantidos em ciclo claro escuro de 12 horas e acesso a rao ad
libitum no biotrio da disciplina de Nefrologia da UNIFESP. Todos os animais iniciaram o estudo com 10-12 semanas de
idade e foram randomizados nos respectivos grupos: Lean controle (LCTL), Lean treinado (LTRD), Zucker controle (ZCTL) e
Zucker treinado (ZTRD), n=10 por grupo.
Nsta primeira etapa do estudo, foi realizado em todos os grupos o teste de
tolerncia glicose e teste de resistncia insulina aps jejum de 8 horas. J a presso arterial caudal e a freqncia
cardaca foram mensuradas por meio de pletismografia computadorizada com o mtodo Tail Cuff. Para determinao do
limiar de lactato foi utilizado esteira adaptada para ratos, na qual realizamos o teste de mxima fase estvel de lactato (gold
standard), sendo este um parmetro para prescrio da intensidade do treinamento. Discusso e Perspectiva: O limiar de
lactato realizado pelo teste da mxima fase estvel entre os animais obesos mostrou-se menor (122) em relao aos
animais magros (161). Estudos sobre exerccio fsico e Zucker no delimitam uma intensidade especifica para a condio
de obesidade. Entretanto, em outra pesquisa recente verificou-se a mxima fase estvel de lactato entre Wistar (20 m/min)
e Zucker (12/5 m.min) fmeas de peso mdio (390,018,8 g) e (227,326,2 g) respectivamente. No presente estudo,
avaliamos at o momento, massa corporal entre Zucker (35911,7) e Lean (34211,8), assim como, presso arterial caudal
(14010,2) e (1165,7), frequncia cardaca (41334,4) e (40227,7) respectivamente. No teste de tolerncia glicose e
resistncia insulina o animal obeso mostrou nvel glicmico maior que seu controle magro. As prximas anlises a serem
realizadas, sero feitas ps o treinamento de oito semanas, utilizando o limiar de lactato que ser determinado previamente.
Participantes:

Orientador: Elisa Mieko Suemitsu Higa


Docente: Benedito Srgio Denadai
Discente: Thiago dos Santos Rosa
Discente: Anderson Sola Haro
Discente: Rodrigo Vanerson Passos Neves
Discente: Claudio de Oliveira Assumpo

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Experimental
Autor: Flora Frana Nogueira Mariotti
Ttulo: Efeitos do tratamento com lactulose sobre parmetros comportamentais e
controle osmtico cerebral no modelo experimental de encefalopatia associada
cirrose
Palavras-Chave: Encefalopatia Heptica, Lactulose, Edema Cerebral, Aquaporina-4, Hiperamonemia, C
Encefalopatia heptica (EH) uma desordem que se manifesta por sintomas neurolgicos decorrentes da
incapacidade do fgado cirrtico em metabolizar compostos txicos, como a amnia. Esta, produzida principalmente no
intestino, metabolizada no crebro pelos astrcitos, resultando em edema citotxico e afetando a neurotransmisso e a
expresso da protena aquaporina-4 (AQP-4), principal componente dos canais de gua. A lactulose, um dissacardeo no
absorvvel, prescrita desde a dcada de 1960 como tratamento para encefalopatia. Ao ser fermentada por bactrias
colnicas utiliza amnia como substrato, reduzindo a sua produo neste local e consequentemente a hiperamonemia. Este
trabalho investigou a atividade exploratria e a expresso de AQP-4 em diferentes regies cerebrais em animais
submetidos EH experimental, aps tratamento com lactulose. Ratos Wistar adultos machos foram divididos em dois
grupos. A EH foi induzida no grupo BDL (n=15) pela ligao e seco do ducto biliar (bile duct ligation; BDL). No grupo
SHAM (n=15), os animais foram submetidos ao mesmo procedimento cirrgico embora sem a ligao e seco do ducto
biliar. Aps 21 dias, os ratos foram subdivididos em quatro grupos: Os animais dos subgrupos BDL+Lac (n=9) e SHAM+Lac
(n=8) foram tratados com lactulose (Lactulona; 1,52ml/Kg), por meio de gavagem, do 21 ao 28 dia de experimento. Ao
29dia os animais foram anestesiados e sacrificados por decapitao. A atividade exploratria foi avaliada atravs do teste
de Campo Aberto. A hiperamonemia induzida pela cirrose foi obtida atravs da determinao dos nveis plasmticos de
amnia, enquanto a expresso de AQP-4 foi avaliada por imunotransferncia (Western Blotting). Nossos resultados
mostraram aumento significativo na concentrao de amnia plasmtica no grupo BDL (p<0.05) quando comparado ao
SHAM no 21 dia. No 29 dia observamos aumento nos nveis de amnia nos grupos BDL e BDL+Lac, embora no
significativo em relao aos grupos SHAM. O teste de Campo Aberto mostrou diminuio significativa do nmero de
cruzamentos (p<0,05) apenas no grupo BDL quando comparado ao SHAM ao final do experimento. No houve alterao
significativa na expresso de AQP-4 no crtex, hipocampo, diencfalo e cerebelo em nenhum dos grupos analisados. Em
concluso, a lactulose foi eficaz na reverso do prejuzo motivacional exploratrio quando comparado ao grupo com
encefalopatia no tratado, embora os nveis de amnia plasmtica tenham se mantido elevados.
Participantes:

Orientador: Luciana Le Sueur Maluf


Docente: Mrcia Regina Nagaoka
Discente: Natlia Ferreira Mendes

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Experimental
Autor: Lvia Maria Valim
Ttulo: Fadiga em pacientes portadores de Hipertermia Maligna
Palavras-Chave: Fadiga, Hipertemia Maligna
Resultados: O estudo foi realizado at agora com 23 pacientes. Desses 23 pacientes, 15 eram mulheres (65,2%) e 8
homens (34,8%), cuja mdia de idade foi 42,65 anos+ 13,95 desvio padro? (min: 21 anos / max: 68 anos).Seis pacientes
eram MHS (26%), 8 MHE (34,7%) e 9 MHN (39%), com um total de 14 pacientes positivos (60,8%) e 9 negativos (39,1%). A
classificao socioeconmica da amostra foi 34,7% nasclasses B1 e B2, seguidas por 8,6% nas classes A2,C1 e D e
finalmente por 4,3% na classe C2. Grau de escolaridade da amostra: 60,8% dos pacientes concluram Ensino Superior,
21,7% concluram o Ensino Mdio, 4,3% concluram o Ensino Fundamental, enquanto 13% tinham o Ensino Fundamental
incompleto. Dos entrevistados 26% repetiu ao menos 1 vez durante o curso dos estudos. A realizao de exerccios fsicos
regulares atinge 39% da amostra, com mdio de 220 minutos/semana de exerccio. No houve diferena significante no
grau de depresso(2.341+10.23 no grupo suscetvel versus 0.6859+ to 9.314 no grupo negativo, teste t no pareado, p: no
significante).
Concluso: At o presente momento, nesta amostra parcial, os testes de fadiga e depresso no foram capazes de
demonstrar diferenas entre os pacientes portadores de HMe os controles. necessrio completar o estudo com o aumento
da amostra para chegar a resultados definitivos.
Participantes:

Orientador: Helga Cristina Almeida da Silva


Docente: Beny Schmidt
Docente: Acary Souza Bulle Oliveira
Docente: Jos Luiz Gomes do Amaral
Discente: Lvia Maria Valim
Discente: Helosa Baccaro Rossetti
Discente: Rita de Cssia Caramez Saraiva Santos
Discente: Pamela Vieira de Andrade
Discente: Joilson Moura Santos

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Experimental
Autor: Maria Angelica Torneli Ribeiro
Ttulo: Curva de evoluo do beta-HCG aps transferncia embrionria nas tcnicas
de Reproduo Humana Assistida
Palavras-Chave: beta-HCG, transferncia embrionria, reproduo
Curva de evoluo dos ttulos de beta-HCG aps transferncia embrionria nas tcnicas de Reproduo Humana
Assistida
A dosagem dos ttulos da frao beta do hormnio gonadotrfico humano (beta-HCG) tem sido utilizada na prtica
mdica como forma precoce de estimar o prognstico gestacional, antes que seja possvel visualizar um saco gestacional
por Ultrassom. A elevao dos ttulos da beta-hCG numa gravidez vivel muito caracterstica, cursando com duplicao
dos ttulos a cada 48h. Evolues em que h crescimento mais lento da curva, ou diminuio da mesma, so altamente
sugestivas de uma gravidez invivel. essencial o conhecimento preciso das taxas de evoluo do hormnio para instituir a
orientao adequada frente ao diagnstico precoce. Identificando as gestaes inviveis no seu incio possvel tomar
medidas que visam garantir o futuro reprodutivo e evitar
complicaes da sade materna.
As tcnicas de Reproduo Humana Assistida (RHA) tem sido utilizadas de forma cada vez mais freqentes. Nesses
casos, a medida dos ttulos da beta-HCG mais precisa pois a data da transferncia embrionria conhecida.
O estudo visa obter uma curva padronizada de evoluo desses ttulos e correlacion-la a informaes de
prognstico gestacional segundo as variveis: abortamento, gravidez ectpica e gravidez vivel, distinguindo-se, nessas
ltimas, gestaes nicas de mltiplas. Sero feitas 3 coletas de sangue, em intervalos regulares de 48h, 12 dias aps a
transferncia embrionria, em 200 gestantes do Ambulatrio de Reproduo Humana da EPM/Unifesp. A anlise dos ttulos
da beta-HCG fornecer dados para a construo de uma curva de evoluo do hormnio. O objetivo do estudo relacionar
essa curva com o desfecho gestacional, proporcionando um mtodo simples e eficaz de avaliao precoce do prognstico
dessas gestaes.
Introduo
A monitorizao dos valores seriados da beta-HCG durante o incio da gestao um importante instrumento para
avaliao do prognstico gestacional. Diversos estudos demonstram que valores iniciais baixos da beta-HCG sugerem uma
possvel gestao invivel e, a partir da, torna-se necessrio definir o prognstico da gestao para que se tomem as
medidas adequadas, a fim de evitar morbi-mortalidade materna e garantir um futuro reprodutivo (1, 2, 3, 4). A dosagem da
beta-HCG em amostras de sangue mostrouse mais precisa do que em amostras de urina (5). Em gestaes obtidas por
mtodos de Reproduo Humana Assistida (RHA), o conhecimento preciso da data de transferncia embrionria possibilita
o diagnstico da gestao por uma avaliao precoce da beta-HCG (2). Com a popularizao dos mtodos de RHA,
torna-se importante a obteno de uma curva especfica em que compare-se a evoluo dos nveis da beta-HCG e o
prognstico gestacional nesses casos. Tambm questiona-se a existncia de correlao entre os nveis do hormnio e
gestaes mltiplas, muito frequentes na RHA, devido transferncia de mais de um embrio (6).
Objetivos e Metas
O estudo tem como objetivo definir curva de evoluo da beta-HCG srico ps transferncia de embries por tcnica
de RHA. Outrossim, correlacionar a curva de
evoluo da beta-HCG com o prognstico gestacional, considerando as seguintes variveis: abortamento, gravidez
ectpica e gravidez intra-uterina vivel, nica e mltipla.
Metodologia e Estratgia de Ao
Ser realizado um estudo prospectivo em pacientes com o diagnstico de infertilidade tratadas no Ambulatrio de
Reproduo Humana da EPM/Unifesp. Os critrios de incluso no estudo sero: casos em que foi realizada a tcnica de
Injeo Intracitoplasmtica de Espermatozide (ICSI), com transferncia de embries frescos ou congelados. Sero
excludas do estudo pacientes que evolurem com Sndrome de Hiperestimulao Ovariana.
O tamanho da amostra, baseado em dados da literatura e estudos especficos, para a obteno de significncia
estatstica, ser de 200 pacientes (1, 2). Este estudo ser submetido ao Comit de tica em Pesquisa da Unifesp e aps
aprovado as gestantes que concordarem em participar do estudo assinaro o termo de consentimento livre e esclarecido.
Todas as pacientes realizaro a primeira dosagem da beta-HCG aps 12 dias da transferncia embrionria. Ser
coletado 10ml de sangue perifrico e ser utilizada tcnica de radioimunoensaio com kit e equipamento disponveis no
Laboratrio Central. Caso os ttulos da beta-HCG sejam superiores a 5mUI/mL, a paciente ser submetida a 2 dosagens
seriadas da beta-HCG em intervalos regulares de 48h. Os dados obtidos nas coleta sero arranjados em forma de grfico e
submetidos a anlise estatstica, em que ser utilizado o teste do qui-quadrado, comparando as curvas com o desfecho
gestacional. Alm disso, procuraremos estabelecer um valor de corte da beta-HCG inicial para o prognstico de uma
gestao.
Resultados Esperados
Espera-se encontrar nas gestaes viveis uma boa adaptao do trofoblasto, representada por uma curva
ascendente dos ttulos da beta-HCG, em que os valores dobram a cada 48 horas (2), como j demonstrado em alguns
estudos da literatura. Por outro lado, uma curva de crescimento mais lento da beta-HCG pode ser sugestiva de abortamento
ou gravidez ectpica (6).
Caso a curva de evoluo da beta-HCG apresente uma taxa de evoluo acima do esperado de uma gravidez vivel
(em que os valores duplicam a cada 48h) podemos supor tratar-se de uma gravidez mltipla.
Riscos e Dificuldades
A principal dificuldade encontrada at o presente momento vem sendo estimular a adeso das gestantes, dado que
participar do estudo implica se submeter a 2 novas coletas de sangue. Com isso, torna-se mais difcil a obteno de um
tamanho significativo de amostra.
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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Experimental
Autor: Maria Angelica Torneli Ribeiro
Programao
At Abril/2013 foram feitos ajustes no desenho do projeto para que ele se adequasse
Reproduo Humana, de forma a estimular as gestantes a participarem do projeto.
A partir de Maio/2013 sero iniciadas as coletas de sangue, seguindo o esquema proposto.
de obteno de tamanho amostral.
em Maro/2014 pretendemos encerrar as coletas e iniciar o processamento dos dados
resultados do projeto. Aps isso, enviaremos os resultados para congressos e publicaes
internacionais.

rotina do ambulatrio de
Ressalta-se a dificuldade
para a formulao dos
tanto nacionais, quanto

Referncias Bibliogrficas
(1) Elito Junior J, Montenegro NA, Soares Rda C, Camano L. [Unruptured
ectopic pregnancy: diagnosis and treatment. State of art]. Revista Brasileira de
Ginecologia e Obstetrcia. 2008 Mar;30(3):149-59.
(2) Fujiwara H, Motoyama M, Koike T, Ogawa S, Shibahara H, Suzuki M. [Doubling time of
urine human chorionic gonadotropin after assisted reproductive technology]. Sterility and
Fertility, 2005, october; 84(4): 1040-1042.
(3) Banhart K, Morse CB, Sammel M, Shaunik A, Allen-Taylor L, Oberfoell N, Takacs P,
Chung K. [Performance of human chorionic gonadotropin curves in women at risk for
ectopic pregnancy: exceptions to the rules]. Fertility and Sterility, 2012, january; 97(1):
101-106.
(4) Stone BA, Vargyas JM, Ringler GE, March CM, Marrs RP. [The rate at which serum
total beta-subunit human chorionic gonadotropin increases after embryo transfer is a
predictor of the viability of pregnancy and an identifier of determinants of pregnancy].
Fertility and Sterility, 2006, december; 86(6): 1626-1633.
(5) Banhart K, Seeber B, Sammel M, Guo W, Zhou L, Hummel A. [Application of redefined
human chorionic gonadotropin curves for the diagnosis of women at risk for ectopic
pregnancy]. Fertility ans Sterility, 2006, august; 86(2): 454-459.
(6) Ertzeid G, Tanbo T, Dale PO, Storeng R, Moorkrid L, Abyholm T. [Human chorionic
gonadotropin levels in successful implantations after assisted reproduction techniques].
Gynecology and Endocrinology, 2002, 14: 258-263.
Participantes:

Orientador: Julio Elito Junior

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Experimental
Autor: Nathalia Trasmonte da Silva
Ttulo: RESPOSTAS MORFOLGICA E INFLAMATRIA DO MSCULO ESTRIADO
ESQUELTICO DE RATOS SUBMETIDOS LESO TRMICA POR ESCALDADURA
Palavras-Chave: Leso trmica; msculo estriado; morfologia; COX-2; 8OHdG
Introduo: O estresse traumtico ocasionado pela leso trmica resulta em uma resposta metablica sistmica.
Estudos comprovam que quando a leso trmica abrange 40% ou mais da superfcie corporal, no h danos somente no
local da leso, mas tambm em locais distantes da mesma, devido ao aumento do catabolismo proteico, comprometimento
do sistema imunolgico, resposta inflamatria sistmica e prejuzo na cicatrizao de feridas. Dentre as principais
consequncias sistmicas das leses trmicas, est a resposta inflamatria sistmica, a produo de espcies reativas de
oxignio levando ao aumento do estresse oxidativo e a diminuio da massa muscular, que pode persistir por anos aps a
leso. Objetivos: Baseado nos efeitos sistmicos da leso trmica, o objetivo do presente estudo analisar o msculo
estriado esqueltico localizado distante do local da leso de ratos jovens submetidos leso trmica. Dessa maneira, os
seguintes parmetros sero investigados: anlise histopatolgica e morfomtrica das fibras musculares, anlise
imunohistoqumica do mediador inflamatrio COX-2 e do marcador para estresse oxidativo 8-OHdG. Metodologia: Foram
utilizados 16 Rattus norvegicus da linhagem Wistar (CEP UNIFESP nmero 158/12), machos, com 30 dias de vida e
divididos em dois grupos: controle (C) e submetido leso trmica por escaldadura (LTE). Aps a eutansia dos animais 14
dias aps a leso, foi coletado msculo gastrocnmio (cabea medial), o qual foi imediatamente fixado em soluo de
formalina 10% tamponada com fosfato durante 24h para as anlise histolgica (Hematoxilina-eosina) e imunohistoqumica
(COX-2 e 8-OHdG). A investigao morfomtrica foi realizada atravs da anlise da rea do perfil das fibras musculares e
da densidade (nmero de fibras/mm2). Todas essas avaliaes foram feitas atravs de fotomicrografias das lminas
coradas com hematoxilina-eosina, obtidas atravs de um sistema de imagem acoplado a um microscpio. A anlise
estatstica dos dados foi realizada atravs do teste t de Student e foram apresentados na forma de mdia +/- desvio padro.
Resultados: As fotomicrografias das seces transversais do msculo gastrocnmio do grupo C coradas em H.E. revelaram
padro normal de distribuio das fibras musculares organizadas em fascculos. J no grupo LTE observou-se clulas
inflamatrias invadindo o espao entre os fascculos musculares e em determinadas situaes, invadindo tambm o espao
intercelular no interior dos fascculos musculares. Verificou-se ainda que os fascculos musculares invadidos pelas clulas
inflamatrias possuem clulas musculares com aumentado espao intercelular, como se estivessem retradas, e com sua
rea de perfil diminuda. Ainda no grupo LTE, a fibras musculares adquiriram aspecto arredondado, sendo que observou-se
algumas fibras cercadas por clulas inflamatrias e em aparente processo de degenerao. A marcao imunohistoqumica
com COX-2 foi positiva em ambos os grupos, porm verificou-se maior imunoreatividade no grupo LTE. Nos animais do
grupo controle no foram verificados ncleos imunoreativos para o marcador 8-OHdG. J no grupo LTE, encontrou-se uma
pequena quantidade de ncleos marcados. Na anlise morfomtrica, a rea do perfil das fibras celulares obtida do grupo
LTE (470,0+/-104,35m2) foi menor que a do grupo C (763,3+/-124,71m2), p<0,05. J a densidade de fibras musculares
do grupo LTE (1647+/-426 fibras/mm2) foi significantemente maior quando comparada ao controle (1292+/-277 fibras/mm2).
Concluses: O modelo experimental investigado revelou que houveram alteraes nas clulas do msculo localizado
distante da leso trmica como resposta sistmica. Tais alteraes foram caracterizadas pela perda da massa muscular,
aumento da expresso do mediador inflamatrio COX-2 e do marcador para estresse oxidativo 8-OHdG.
Participantes:

Orientador: Flavia de Oliveira


Docente: Daniel Araki Ribeiro
Discente: Hananiah Tardivo Quintana
Discente: Jeferson Andr Bortolin
Discente: Nathalia Trasmonte da Silva

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Experimental
Autor: Rafael Saurim Coquim
Ttulo: Repercusso sistmica da isquemia e reperfuso intestinal: papel do
precondicionamento isqumico e da heparina
Palavras-Chave: Isquemia e reperfuso, corao, extresse oxidativo
Introduo: A reposta inflamatria sistmica, decorrente do trauma e de cirurgias de grande porte responsvel pelo
agravo de situaes clnicas, alm de representar uma sria dificuldade recuperao morfolgica e funcional de rgos na
leso tecidual aguda. Em perodos isqumicos, a cadeia catablica do trifosfato de adenosina leva ao acmulo de
metablitos advindos das purinas, xantina e hipoxantina, juntamente com a converso da enzima xantina-desidrogenase em
xantina-oxidase. No processo de reperfuso, que responsvel pelo aporte de oxignio, ocorre a converso de hipoxantina
em xantina, e esta em cido rico. Como subprodutos dessas reaes, aparecem os uratos e espcies reativas de oxignio,
como os superxidos e o radical hidroxil, altamente txicos. As leses decorrentes deste processo ocorrem tanto localmente
como distncia do rgo em que foi induzida a ocluso vascular. Considerando o comprometimento de rgos
sistemicamente, procuram-se estratgias que possam evitar ou reduzir estas leses. Destaca-se na literatura o
Precondicionamento isqumico (PCI), que consiste na induo de curtos perodos de isquemia, seguidos de reperfuso,
previamente isquemia sustentada de um rgo, associado ou no a frmacos que possam atuar no processo de leso,
modulando-o favoravelmente. Objetivo: o propsito deste trabalho foi avaliar o papel do PCI e da Heparina na estrutura
cardaca aps evento de isquemia e reperfuso intestinal, buscando estabelecer um possvel efeito citoprotetor. Mtodos:
Para tanto, foram utilizados 54 ratos adultos, machos, linhagem Wistar EPM-1, distribudos em nove grupos. Os animais,
exceto os do grupo controle, foram submetidos a isquemia intestinal atravs da ocluso da artria mesentrica superior por
perodo predeterminado de 60minutos, seguido de 120 minutos de reperfuso, em quatro dos grupos. Nesse processo,
foram utilizados PCI, Heparina (100U/kg), soluo salina, e PCI e Heparina concomitantemente. Foram avaliados aspectos
morfolgicos, na colorao pelo HE, e MDA, pela tcnica das substncias reativas ao cido tiobarbitrico. Resultados:
Devido a problemas tcnicos parte da amostra est em processamento histolgico e a quantificao das substncias
reativas ao cido tiobarbitrico est em andamento.
Porm a anlise morfolgica realizada a partir de amostra parcial
revelou reduo do infiltrado inflamatrio nos grupos submetidos isquemia e isquemia e reperfuso, quando
comparados os grupos I+heparina x I+soluo salina (p=0.033), I/R+heparina x I/R+soluo salina (p=0.0105) , I+PCI x
I+soluo salina (p=0.0339) e I/R+PCI x I/R+soluo salina (P=0.0432). Concluso: Tanto a heparina quanto o
precondicionamento isqumico diminuiram o infiltrado inflamatrio cardaco induzido tanto pela isquemia quanto pela
isquemia e reperfuso intestinal.
Participantes:

Orientador: Edna Frasson Montero


Docente: Murched Omar Taha
Discente: Wesley Guedes Sava Bonzervizi

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Experimental
Autor: Renata Oliveira Abro
Ttulo: A exposio ao estresse crnico brando e imprevisvel altera respostas de
esquiva inibitria, a imunorreatividade protena fos e a neurognese hipocampal
adulta
Palavras-Chave: Estresse crnico brando imprevisvel; Esquiva; Fuga; fos-imunorreativa; neurognese
Evidncias prvias demonstram que respostas de esquiva inibitria dos braos abertos do modelo do labirinto em T
elevado (LTE) so facilitadas pelo procedimento de restrio. As respostas de fuga de um dos braos abertos do LTE, por
outro lado,
se mantm inalteradas. Para investigar se a magnitude do estressor um fator importante para a obteno
desses resultados, o presente estudo investigou os efeitos do estresse crnico brando e imprevisvel (ECBI) sobre as
medidas de esquiva e fuga do LTE. Anlise da imunorreatividade protena Fos (Fos-ir) foi utilizada para mapear reas
ativadas pelo estresse e pela exposio prvia ao LTE. Adicionalmente, os efeitos do ECBI sobre o nmero de clulas que
expressam o marcador de neurognese doublecortina no hipocampo foi investigado. Medidas de corticosterona srica em
animais submetidos ou no ao procedimento de ECBI foram tambm realizadas. Os resultados obtidos mostram que,
semelhana do procedimento de restrio, o ECBI facilitou a resposta de esquiva do LTE, no alterando a fuga. Em animais
no estressados, a tarefa de esquiva inibitria aumentou a Fos-ir no crtex cingulado, amigdala basomedial e hipocampo
(giro denteado), e a tarefa de fuga acarretou aumento de Fos-ir na coluna dorsolateral da substncia cinzenta periaquedutal
e locus coeruleus. Em animais estressados submetidos tarefa de esquiva do LTE, foi observado aumento de Fos-ir no
crtex cingulado, septo ventrolateral, hipocampo, amigdala, hipotlamo, ncleos dorsal e mediano da rafe. Em animais
estressados submetidos tarefa de fuga do LTE, foi observado aumento de Fos-ir no crtex cingulado, substncia cinzenta
periaquedutal e locus coeruleus. Alm disso, a exposio ao ECBI diminuiu o nmero de clulas positivas para
doublecortina no hipocampo dorsal e ventral e aumentou as concentraes de corticosterona srica. Estes dados sugerem
que os efeitos comportamentais do ECBI esto relacionados ativao de estruturas enceflicas especficas,
tradicionalmente relacionadas modulao da ansiedade, e confirmam que esse protocolo de estresse ativa o eixo
hipotlamo-hipfise-adrenal e induz efeitos neurodegenerativos no hipocampo de animais adultos. Apoio financeiro:
FAPESP, CNPq.
Participantes:

Orientador: Milena de Barros Viana


Docente: Isabel Cspedes
Docente: L. Britto
Docente: Liana Melo
Docente: Regina Barbosa da Silva
Discente: Renata Oliveira Abro
Discente: Jos Andrade
Discente: Thays dos Santos
Discente: Leila Diniz

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Experimental
Autor: Rosngela Ramos da Cunha
Ttulo: Mecanismos que afetam o balano hidromineral durante apneia obstrutiva no
rato no anestesiado
Palavras-Chave: Apneia, diurese, hormonio natriurtico atrial, angiotensina
Introduo: Apneia de sono leva a hipertenso, mas no entendemos bem os mecanismos envolvidos. A hipertenso
em pacientes com apneia de sono muitas vezes resistente a drogas. Para entender melhor os efeitos da apneia sobre o
balano hidromineral, coletamos urina e amostras de sangue em ratos submetidos apneia intermitente.
Mtodos: Utilizamos ratos Wistars adultos. Eles foram anestesiados com cetamina e xilazina e um balo traqueal foi
implantado. O balo estava contido num tubo rgido de Teflon permitindo o fechamento da traqueia sem induzir dor traqueal.
Os experimentos iniciaram aps 1 semana de recuperao da cirurgia. A urina foi coletada em gaiolas metablicas.
Resultados: Induzimos apneias de 14 s cada 2 min por 8 horas, com restrio alimentar de gua e comida. O volume
urinrio aumentou de 3,7 0,3 mL no controle para 13,0 1,8 mL com apneia (mdia EP, p < 0.003, n = 6/6). Excreo de
Na+ aumentou de 223 40 mol no controle para 942 110 mol com apneia (p < 0.003) e excreo de K+ de 538 116
no controle para 1228 137 mol com apneia (p < 0.02). Aumentos da excreo de gua, sdio e potssio foram
significantes aps a 3 h de apneia.
Pensamos que o esforo respiratrio durante apneia pode levar ao estiramento dos trios, e liberao do hormnio
natriurtico atrial. Para testar esta ideia, coletamos amostras de sangue aps 2 h de apneia intermitente, 10 - 20 s aps a
ltima apneia. O volume urinrio foi maior nos ratos submetidos a apneia (4,7 1,0 mL em ratos submetidos apneia e 0,9
0,5 mL em ratos controle, p < 0,01, n = 5/5). A concentrao plasmtica do hormnio natriurtico atrial (HNA) e de
angiotensina II (AII) foi medido atravs de radioimunensaio. HNA no mudou (133 21 pg/mL em ratos com apneia, 114
18 pg/mL em ratos com balo traqueal no submetidos apneia, p > 0.05). Apneia tambm no mudou AII (47 18 pg/mL
em ratos com apneia, 30 15 pg/mL em ratos com balo traqueal no submetidos apneia, p > 0.05).
Quando os ratos (n = 4) foram sujeitos a 8 h de apnia intermitente por 4 dias com acesso gua e comida s nos
16 h entre os perodos com apnia, observamos que a excreo de gua (9,7 1,9 mL em ratos com apneia e 3,7 0,7 mL
em ratos controle, p > 0,05), sdio ( 537 59 mol ratos com apneia e 382 26 mol em ratos controle, p < 0,04) e
potssio ( 1022 159 mol em ratos com apneia e 425 28 mol em ratos controle, p < 0,04) foi aumentado durante o
primeiro perodo de 8 h com apnia, mas nos dias seguintes a apneia no estimulou a diurese. A perda de minerais durante
o primeiro perodo de apneia foi restaurado parcialmente ou completamente na noite seguinte.
Concluso: Apnia intermitente induz diurese intensa e perda de Na+ e K+ no primeiro dia de apneia, mas o balano
hidromineral restaurado aps o fim das apnias. A diurese parece menos intensa em dias seguintes, mas o mecanismo
da reduo da intensidade da diurese no est claro.
Nossos resultados mostraram que a diurese no dependeu do hormnio natriurtico atrial. Tambm parece que no
foi causado por reduo da atividade do nervo renal, porque sabe-se que a apneia aumenta atividade do nervo renal.
Portanto, talvez a diurese depende de aumentos da presso arterial induzidas por apneia. Em estudos futuros planejamos
investigar o papel da presso arterial na diurese induzida por apneia. Adicionalmente queremos comparar a diurese
observada com apneias feitas no sono e durante viglia.
Apoio Financeiro: CNPq 472187/2010-4
Participantes:

Orientador: Gus H. M. Schoorlemmer


Docente: Cassia Bergamaschi
Docente: Jose Antunes Rodrigues
Docente: Sergio L. Cravo
Discente: Rosangela Ramos da Cunha

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Experimental
Autor: Soraia Alves Manoel
Ttulo: Avaliao de Protena C reativa e adiponectina na predio do Diabetes Mellitus
Gestacional
Palavras-Chave: mediadores inflamatrios, diabetes mellitus gestacional, protena c reativa
Introduo: A incidncia de obesidade em mulheres vem crescendo em todo o mundo, aumentando os riscos de
Diabetes Mellitus Gestacional (DMG). As duas condies so caracterizadas pelo desenvolvimento de reao inflamatria,
envolvendo a participao de diversos mediadores tais como a adiponectina e a protena C reativa (PCR). A adiponectina
possui propriedades anti-inflamatrias e entre outras funes promove a sensibilizao insulina. J a PCR, um marcador
inespecfico de inflamao encontra-se elevado em diversas patologias. Os nveis sricos de PCR parecem ser
proporcionais quantidade de tecido adiposo, alm de estarem associados a altas concentraes de insulina.
Polimorfismos genticos podem influenciar a produo de adiponectina e de PCR. Diversas observaes sugerem que
adiponectina assim como a PCR, desempenhem um importante papel na fisiopatologia do DMG, em especial quando
associado obesidade. Porm, ainda no est esclarecido se alteraes na produo destes fatores so preditivos ou
decorrentes do DMG.
Objetivos: Avaliar os nveis sricos de adiponectina e protena C reativa na 1 metade da gestao em mulheres com
sobrepeso, assim como os polimorfismos do gene da Adiponectina -4522 C/T (rs822393) e do gene da PCR +1846 G/A
(rs1205), procurando associar os achados com o subsequente desenvolvimento de Diabetes Mellitus Gestacional.
Mtodos: Trata-se de um estudo do tipo coorte prospectivo. Foram coletadas amostras de sangue perifrico de
gestantes com sobrepeso (IMC?25) e com idade gestacional inferior ou igual a 20 semanas. Posteriormente, todas as
participantes realizaram curva glicmica de 75g e foram diagnosticadas ou no com DMG, conforme os critrios da
International Association for Diabetes and Pregnancy Study Group (IADPSG). Os nveis sricos de Adiponectina e PCR
foram determinados por mtodo de ELISA de captura utilizando kits comerciais (R&D Systems USA, Chemicon
International e Linco Research). Alm disso, DNA genmico foi extrado e amplificado pela tcnica de PCR-RFLP, seguido
do uso de enzima de restrio. Para anlise comparamos o grupo de gestantes que desenvolveu DMG com o grupo que
no apresentou a doena, quanto s dosagens sricas e resultados de genotipagem. Para comparao das concentraes
das adipocinas utilizamos os testes de Mann-Whitney e t de Student; e, as frequncias genotpicas, foram analisadas pelos
testes qui-quadrado ou exato de Fisher.
Resultados: Foram recrutadas 65 mulheres com sobrepeso at a 20 semana, destas 20 (30.8%), foram
diagnosticadas com DMG (DMG) e 45 foram consideradas gestantes saudveis (C). No foram detectadas diferenas
significantes entre Os grupos DMG e saudvel, quanto aos nveis de adiponectina (C x DMG: 10512 x 8657 ng/mL, p=0.26)
e PCR (C x DMG: 7001 x 6025 ng/mL, p=0.36). Tambm no foram identificadas diferenas significantes quanto s
frequncias genotpicas e allicas entre os dois grupos para os dois polimorfismos genticos estudados.
Concluso: Nossos resultados sugerem que a avaliao da adiponectina e de PCR em amostras sricas coletadas
at a 20 semana da gestao no distingue as pacientes que viro ou no a desenvolver DMG. Alm disso, os
polimorfismos estudados no parecem ter associao com DMG. Estes dados sero futuramente reavaliados com a
incluso de um maior nmero de participantes. Este estudo faz parte de um projeto maior que ainda est em andamento.
Participantes:

Orientador: Silvia Daher


Orientador: Thalita Frutuoso Lobo
Orientador: Victor Hugo Saucedo Sanchez
Docente: Maria Regina Torloni
Docente: Rosiane Mattar

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Experimental
Autor: Tamiris Borges da Silva
Ttulo: Papel das Microvesculas derivadas das clulas tronco mesenquimais em um
modelo de ligadura unilateral do ureter
Palavras-Chave: Microvesculas, doena renal crnica, ligadura unilateral do ureter
Papel das microvesculas derivadas das clulas-tronco mesenquimais em modelo crnico de ligadura unilateral do
ureter (LUU)
Pesquisador: Tamiris Borges da Silva
Orientador: lvaro Pacheco e Silva Filho
Co-orientador: Niels Olsen Saraiva Cmara
Resumo:
A terapia com clulas-tronco vem surgindo como uma nova estratgia para a reduo da progresso de doenas
renais crnicas, e a administrao de clulas-tronco mesenquimais (CTMs) tem se revelado eficiente na diminuio da
fibrose
e
melhora
de
parmetros
funcionais
e
histolgicos.
Recentemente,
pesquisadores
demonstraram
que
microvesculas derivadas de CTMs desempenham importante papel na transferncia de informao e na intercomunicao
clula-clula, sendo to eficientes quanto as prprias CTMs no reparo renal. O presente estudo buscou investigar o papel
benfico das microvesculas isoladas a partir de CTMs de tecido adiposo (MV) em um modelo animal de nefropatia
obstrutiva. Camundongos C57Bl/6 machos foram submetidos ligadura unilateral do ureter (LUU) e receberam quatro
doses de 300 ?l de MVs, administradas aps seis horas, 1, 3 e 6 dias aps a LUU. Os animais foram sacrificados 7 dias
aps a cirurgia e tiveram rins, urina e sangue coletados. Observamos que os animais tratados com MVs apresentaram
reduo significativa de proteinria e relao proteinria/creatinria em comparao com o grupo de animais no tratados.
A anlise dos rins por Picro-Sirius demonstrou reduo da deposio de matriz extracelular e manuteno da
histoarquitetura renal no grupo tratado com microvesculas. Conclumos ento, que a administrao de MVs derivadas de
CTMs promoveu melhora dos parmetros histolgicos, como a deposio de colgeno, e funcionais, como a proteinria.
Experimentos adicionais, por meio de imunohistoqumica e biologia molecular, esto sendo feitos para maior elucidao do
mecanismo renoprotetor efetuado pelas MVs.
Apoio: CNPq
Participantes:

Discente: Tamiris Borges da Silva

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Experimental
Autor: Tatiana Wscieklica
Ttulo: Resposta dos Circuitos Neurais Associados ao Estresse, Ingesto Crnica e
Retirada do lcool
Palavras-Chave: alcoolismo, CRF, ingesto crnica de lcool, retirada de lcool
Introduo A dependncia de lcool desenvolve-se a partir de caractersticas neurobiolgicas e ambientais que
promovem a caracterizao de diversos fentipos para a dependncia. Dos fatores ambientais, os fatores estressantes so
os mais importantes. Dos fatores biolgicos, os mecanismos neurais envolvidos no processo de dependncia de lcool
dividem-se de forma geral em duas categorias principais. Primeiro, de forma similar a outras drogas de abuso, o lcool pode
ativar as vias cerebrais da recompensa levando a um reforo positivo pela busca e uso do lcool. Secundariamente, o
lcool pode suprimir emoes negativas que resultam do estresse ou da retirada do lcool em si (ansiedade e disforia),
definindo assim o cenrio para o uso do lcool como reforo negativo.
Objetivo: Analisar parmetros comportamentais nos testes de Labirinto em Cruz Elevado (LCE) e Campo Aberto
(CA), assim como a imunorreatividade protena fos nos circuitos neurais associados ao estresse, em ratos submetidos
ingesto crnica de lcool e sua retirada em comparao a um estmulo de estresse psicognico.
Metodologia: 32 ratos Wistars adultos machos foram divididos em quatro grupos: Controle (CO); estresse por
Restrio (R) durante 3 dias, 30min/dia ao final da manh; lcool (A), com ingesto oral crnica e crescente atravs do uso
do paradigma das duas garrafas; Retirada (RA) aps ingesto crnica de lcool, retirada por trs dias.
Resultados: No teste do CA o grupo A apresentou no parmetro Rearing aumento em relao aos demais grupos e
no parmetro Grooming aumento no grupos R e RA em relao aos grupos CO/A. Na anlise no LCE a percentagem de
entradas no Brao Aberto no grupo R apresentou diminuio quando comparado aos demais, e na percentagem de
permanncia no Brao Aberto, o grupo R apresentou diminuio quando comparado ao A. No parmetro Grooming neste
teste, o grupo R apresentou aumento quando comparado aos demais grupos. O nmero de neurnios Fos-ir no Ncleo
Paraventricular do Hipotlamo foi menor no grupo CO quando comparado com os demais; no Ncleo Mediano da Rafe
houve aumento no grupo R quando comparado ao grupo CO, e RA quando comparado ao grupo A; no Ncleo Intersticial da
Estria Terminal houve aumento do grupo R e RA quando comparado aos grupos CO/RA; na Amgdala Central onde houve
diminuio entre CO e os demais grupos (*p<0,05; ANOVA com ps teste de Newmam-Keuls).
Concluso: Nas reas associadas resposta central de estresse analisadas, o NPV e o AMIce so ativados pela
ingesto crnica de lcool assim como em sua retirada, de forma equivalente a um potente estressor crnico psicognico
como a restrio. O MRN ativou-se mais expressivamente no grupo retirada, e no grupo lcool de forma equivalente ao
estresse por restrio. J o BNST ativou-se de forma significativamente maior no perodo de retirada do lcool, maior ainda
que a ativao promovida pelo estressor psicognico aplicado. Estas duas ltimas reas podem assim estar mais
envolvidas na recada ingesto de lcool aps sua retirada e as duas primeiras reas tambm envolvidas nos efeitos
promovidos pelo lcool durante a sua ingesto crnica. Observa-se nos testes comportamentais a ausncia de efeitos
ansiognico e locomotor nos grupos lcool e retirada, porm com o esperado efeito ansiognico no grupo restrio nos
parmetros avaliados.
Participantes:

Orientador: Isabel Cristina Cspedes


Docente: Milena Barros Viana
Docente: Regina Clia Spadari
Discente: Kathlein Cristiny Peres Pouza
Discente: Jos Simes de Andrade

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Experimental
Autor: Thays de Souza Lopes
Ttulo: MORFOLOGIA DAS FIBRAS MUSCULARES DE RATOS WISTAR SUBMETIDOS
DESNUTRIO PROTICA PR E PS-NATAL E REABILITAO NUTRICIONAL
Palavras-Chave: desnutrio protica, renutrio, msculo esqueltico, morfologia
Introduo:
A desnutrio uma doena que decorre do aporte alimentar insuficiente em energia e nutrientes ou
do inadequado aproveitamento biolgico dos alimentos ingeridos. Se a causa da desnutrio for deficincia de protena no
perodo gestacional ocasiona em alteraes nos tecidos e estruturas dos rgos. O tecido muscular esqueltico afetado
por esta deficincia por ser um reservatrio de protena e a falta deste composto orgnico leva a alteraes nas fases de
crescimento e diferenciao das fibras musculares. Objetivo: O presente trabalho tem o objetivo de investigar os efeitos da
desnutrio protica seguida da reabilitao nutricional na morfologia do msculo estriado esqueltico. Metodologia: Foram
utilizados 12 Rattus norvegicus, machos, da linhagem Wistar (CEP UNIFESP nmero 187/12). Os animais foram divididos
primeiramente em dois grupos: nutridos (N), n=4, receberam uma rao protica (AIN93G com 20% de casena);
desnutridos (D), n=8, os quais receberam uma rao hipoprotica (AIN93G com 5% de casena). Esta dieta foi mantida at
completarem 21 dias de vida, quando 4 animais do grupo desnutrido receberam rao protica, formando um terceiro
grupo, o grupo renutrido (R). Quando completaram 42 dias de vida, foram submetidos a eutansia com dose excessiva de
anestsico para que o tero medial do msculo sleo fosse removido, fixado em formaldedo, desidratado e submetido a
impregnao com Paraplast. Os blocos foram cortados em micrtomo a 4m de espessura e corados com
hematoxilina-eosina (H.E.) a fim de realizar a anlise histopatolgica do tecido e avaliar a morfometria das fibras
musculares atravs da investigao da rea do perfil das fibras musculares e da densidade (nmero de fibras/mm2).
Resultados: As fotomicrografias das seces transversais do msculo sleo do grupo N coradas em H.E. revelaram padro
normal de distribuio das fibras musculares com aspecto normal e poligonal, organizadas em fascculos musculares
eqidistantes. J as fibras musculares do grupo D apresentaram aspecto arredondado com perda do aspecto geomtrico
normal, fascculos musculares desorganizados e com diferentes distncias entre os mesmos. O grupo R apresentou fibras
musculares com formato mesclado entre o poligonal e o arredondado e alguns fascculos musculares iniciando o processo
de reorganizao. No entanto, o distanciamento entre esses fascculos ainda foi verificado. Na anlise morfomtrica, a rea
do perfil das fibras celulares obtida do grupo N foi 1229,2m+/-61,12m2; No grupo D foi 163,18+/-52,55m2; e no grupo R
foi 381,79+/-26,62m2. Pudemos observar que a desnutrio provocou uma drstica perda da rea do perfil da fibra
muscular e que a reabilitao nutricional no perodo investigado no foi suficiente para recuperar tal perda, apesar de ter
aumentado em relao ao grupo D. J a densidade de fibras musculares do grupo N foi 830+/-113 fibras/ mm2; no grupo D
foi 3.369+/-1226 fibras/ mm2; e no grupo R foi de 1979+/-28 fibras/ mm2. Foi observado que apesar da desnutrio
provocar diminuio da rea do perfil das fibras musculares, a densidade das mesmas responde de forma inversamente
proporcional. Concluso: A desnutrio foi capaz de alterar o msculo sleo de maneira a modificar o aspecto geral de
organizao das fibras desse msculo bem como o tamanho e a quantidade das mesmas, quando comparadas ao controle
nutrido. A reabilitao nutricional utilizada no presente estudo mostrou iniciar o processo de organizao das fibras
musculares e de retorno ao tamanho e quantidade das mesmas, mas ainda foi diferente do apresentado pelos animais
nutridos. Dessa maneira, futuros estudos so necessrios para investigar perodos mais longos de reabilitao nutricional a
fim de evidenciar se em algum momento da renutrio, h o retorno das caractersticas normais do msculo estriado
esqueltico.
Participantes:

Orientador: Flavia de Oliveira


Discente: Nathalia Trasmonte da Silva
Discente: Hananiah Tardivo Quintana
Discente: Jeferson Andr Bortolin
Discente: Thays de Souza Lopes

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Experimental
Autor: Thiago Henrique de Toledo Frana
Ttulo: Evapormetro - mensurao de taxas de evaporao lacrimal em pacientes com
sndrome de disfuno lacrimal.
Palavras-Chave: Evaporimetro , SDA
A Sndrome de Disfuno Lacrimal(SDL), mais conhecida como Olho Seco, obtm-se de uma classificao pontuada
por DEWS (Dry Eye Workshop). Segundo a nova cassificao a doena originada por multifatores lacrimais na superficie
ocular que gera desconfortos, pertubaes visuais, danos vigorosos na superficie ocular e a instabilidade do filme lacrimal
concomitante a sua alta osmolaridade acompanhada por inflamao da superficie ocular.
A instabilidade do filme lacrimal, na maioria dos casos de olho seco, segue com hiper-osmolaridade que um
mecanismo da lgrima essencial nos danos na superfice ocular. A hiper-osmolaridade surge como resultado da evaporao
da gua da superfcie ocular exposta, em situaes de baixo fluxo aquoso de lgrima, como resultado de evaporao
excessiva, ou da combinao desses eventos.
Esse aumento da osmolaridade estimula uma cascata de eventos inflamatrios nas clulas da superfcie epitelial,
envolvendo ativao de vias de sinalizao por MAP quinases e NFkB, gerao de citocinas inflamatrias (IL-1?; -1?;
TNF-?) e metaloproteinases (MMP9), as quais tm origem em ou ativam clulas inflamatrias em seu permetro.
A mensurao da evaporo do filme lacrimal vem sendo bastante estudada como um fator importante na dinmica
lacrimal, para auxiliar nos exames e na diviso de subcategorias de olho seco: deficincia lacrimal aquosa (DLA) e
deficincia lacrimal evaporativa (DLE). A DLA implica em uma falha de secreo lacrimal, enquanto a DLE ocorre como
consequncia a evaporo excessiva da agu na superficie ocular exposta, contudo com suas secrees normais. Em
qualquer forma de olho seco devido destruio ou disfuno de cinos lacrimais, o ressecamento resulta da reduo de
secreo lacrimal e volume de lgrima. Esta obstruo ou destruio, diminui ou inibe respectivamente, a produo de
lipdios, gerando assim, uma instabilidade na lgrima e perda de lubrificao, acarretando dandos na superficie epitelial
ocular promovendo o aparecimento dos sintomas. As medies desta taxas evaporativas no so invasivas.
Participantes:

Discente: Thiago Henrique de Toledo Frana

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Medicina Experimental
Autor: Vitor Neves Sato
Ttulo: A Ativao Farmacolgica da Via de RNA de Interferncia Mimetiza os Efeitos
da Restrio Calrica Sobre o Aumento da Expectativa de Vida em C. elegans
Palavras-Chave: C. elegans, Dicer, Enoxacino, Envelhecimento, Restrio calrica, RNAi
Introduo: A restrio calrica promove efeitos benficos sade e prolonga a expectativa de vida em diversas
espcies, de levedura a primatas. Recentemente nosso grupo identificou um fenmeno conservado evolutivamente que
est diretamente associado ao processo de envelhecimento e que pode ser revertido pela restrio calrica. Este fenmeno
caracterizado pela disfuno progressiva da via de RNA de interferncia (RNAi) em tecidos responsveis pelo controle
no-autnomo da expectativa de vida, dentre eles o tecido adiposo.
Objetivos: No presente projeto, formulamos a hiptese de que drogas que notoriamente promovem o fenmeno de
RNAi podem servir como mimticos dos efeitos da restrio calrica.
Mtodos: Assim, utilizamos o modelo C. elegans para: 1) Avaliar a expectativa de vida e a resistncia ao estresse de
animais em resposta ao tratamento com Enoxacino, um antibacteriano de amplo espectro que foi demonstrado potenciar o
processo de RNAi em clulas de eucariotos; e (2) Investigar a interao entre os efeitos do Enoxacino, a via de RNAi e a
ingesto calrica de animais.
Resultados: Primeiramente, determinamos a expectativa de vida mdia de C. elegans selvagens (N2) cultivados em
meio de crescimento de nematoides contendo Enoxacino, que foi 13,3% maior do que a de vermes no tratados (15 dias
contra 17 dias). Para testar a dependncia da via de RNAi para esse fenmeno, investigamos o efeito do Enoxacino sob
mutantes de perda de funo de Dicer (dcr-1), uma protena que reconhece dsRNAs (RNAs dupla fita) e os cliva, dando
origem aos produtos maduros dessa via (como microRNAs, endo e exo-siRNAs). Portanto, esses vermes so incapazes de
realizar RNAi. Interessantemente, o Enoxacino no teve efeito nesses mutantes, indicando que o aumento da expectativa
de vida em vermes N2 dependente de Dicer. Em seguida, testamos o efeito do Enoxacino sob mutantes eat-2, que
ingerem menos comida por apresentarem uma deficincia no bombeamento da faringe e, portanto, servem como um
modelo gentico de restrio calrica. Como resultado, no observamos aumento aditivo da expectativa de vida de vermes
dessa linhagem com o tratamento com Enoxacino, sugerindo que os efeitos benficos da restrio calrica e do Enoxacino
so resultado da ativao de um mecanismo comum. Tomados em conjunto, nosso resultados indicam que a via de ao
da restrio calrica dependente da via de RNAi, corroborando dados recentes da literatura que mostram que ao bloquear
a via de RNAi, bloqueia-se tambm os efeitos benficos da restrio calrica. Para elucidar melhor a via pela qual o
Enoxacino est agindo, utilizamos vermes rde-4, gene responsvel por codificar uma protena essencial para o
processamento de siRNAs, mas no de microRNAs. Curiosamente, observamos aumento de 9% na expectativa de vida
mdia dessa linhagem quando tratada com Enoxacino (27,5 dias contra 30 dias), sugerindo que a droga no est agindo via
siRNAs e, possivelmente, deva estar agindo via microRNAs.
Concluses: Nossos dados sugerem a utilizao do Enoxacino na mimetizao farmacolgica dos efeitos benficos
da restrio calrica, desvinculando-a assim das exigncias metablicas e comportamentais que acompanham a
auto-restrio alimentar.
Participantes:

Orientador: Marcelo Alves da Silva Mori


Discente: Silas Pinto da Silva

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rea: Neurocincias
Autor: Alexandre Venturi
Ttulo: Validao in vivo da ao de inibidores de fibrilas amiloidais no crebro de
camundongos
Palavras-Chave: Alzheimer, thioflavina S, validao, in vivo
Validao in vivo da Ao de Inibidores de Fibrilas Amiloidais no Crebro de Camundongos
Venturi, A.1; Buck, H.S.1; Malavolta, L.1; Nakaie, C.R.2
1Depto. de Cincias Fisiolgicas da Faculdade de Cincias Mdicas da Santa Casa de So Paulo, So Paulo, SP,
Brazil. 2Depto. de Biofsica da Universidade Federal de So Paulo, So Paulo, SP, Brazil.
Os casos mais conhecidos de doenas relacionadas com agregaes de segmentos peptdicos e protenas no
organismo so as denominadas amiloidoses que se caracterizam pelo depsito de fibrilas amiloidais no organismo e est
associado com dezenas de doenas degenerativas humanas entre elas o mal de Alzheimer1. A Doena de Alzheimer (DA)
est entre as principais doenas neurodegenerativas que levam a demncia adquirida. Por se tratar de uma doena
cerebral progressiva e degenerativa, a deteco inicial da DA crucial no entendimento e tratamento clnico dessa
desordem, bem como, para prevenir sua progresso2. A doena histologicamente caracterizada pela presena de
numerosas placas senis e enovelamentos neurofibrilares no crebro, acompanhado de perda neuronal macia, onde o
peptdeo beta-amilide, um peptdeo contendo entre 39 e 43 aminocidos, o maior componente dessas placas3. O
presente trabalho teve como objetivo principal a validao in vivo (no crebro de camundongos) de inibidores que in vitro
apresentaram alta capacidade de desagregao/dissoluo de fibrilas amiloidais relacionadas com o peptdeo beta-amilide
(1-42). Primeiramente, para determinarmos quais compostos promoveriam a desagregao das placas amiloidais,
camundongos C57BI/6, machos, com 12 semanas de idade foram selecionados pelo seu desempenho no aprendizado em
esquiva ativa. Os animais que apresentaram respostas condicionadas entre 30 e 70% foram separados em 4 grupos, cada
qual contendo 7 animais sendo 1 grupo para a avaliao de um potencial inibidor, 1 grupo para avaliao de um tratamento
padro e 2 grupos controle sendo um positivo e um negativo. Aps anestesiar os animais, os camundongos receberam o
equivalente a 800 pmol de peptdeo beta-amilide (1-42) em sua forma agregada e 1,6 nmol dos possveis inibidores
diretamente no hipocampo utilizando um instrumento de estereotaxia com intervalo de 24 horas em cada procedimento.
Para a avaliao de presenas e/ou quantificao de placas amiloidais, aps 24 horas da injeo dos possveis inibidores,
os crebros foram removidos e imediatamente congelados a -80C para posterior processamento histolgico. O tecido foi
cortado em criostato a 20?m e as fatias obtidas incubadas em Hematoxilina de Harrys e Vermelho Congo para deteco
dos depsitos da protena beta-amilide e localizao neuroanatmica4. Os cortes histolgicos foram quantificados por
densidade ptica relativa atravs do sistema MCID de anlise densitomtrica digital e os valores obtidos entre os grupos
controle e tratados foram comparados. Resultados preliminares mostraram uma inibio da formao de placas amiloidais
de aproximadamente 60% e 85 a 90% nos grupos onde foi utilizado o tratamento padro e os possveis inibidores,
respectivamente. Assim, atravs das metodologias utilizadas, foi possvel de maneira preliminar, validar in vivo os principais
compostos sintetizados que foram capazes de inibir a formao de fibrilas amiloidais relacionadas com a doena de
Alzheimer que afeta atualmente entre 17-25 milhes de pessoas no mundo inteiro.
1. Kelly, J.W. (1998). Curr. Opin. Struct. Biol. 8: 101-106.
2. Malavolta L.; Nakaie, C.R. Neur.Sci. 2011, 32, 1123.
3. Glenner, G.G.; Wong, C.W. (1984). Biochem. Biophys. Res. Commun. 120: 885-890.
4. Viel, T.A.; Lima Caetano, A.; Nasello, A.G.; Lancelotti, C.L.; Nunes, V.A.; Araujo, M.S.; Buck, H.S. (2008).
Neurobiol Aging 29: 1805-1814.
Supported by FAPESP and CNPq.
Participantes:

Discente: Alexandre Venturi

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Neurocincias
Autor: Ana Cludia Rodrigues
Ttulo: Anlise da Exposio ao Ambiente Enriquecido na Reverso dos Sinais da
Neurotoxicidade Induzida pela Cuprizona: Parmetros Inflamatrios
Palavras-Chave: Esclerose mltipla, cuprizona, desmielinizao, citocinas
Introduo
A Esclerose Mltipla uma doena inflamatria, de provvel origem auto-imune, que atinge o Sistema Nervoso
Central. O ataque auto-imune ir desencadear a destruio da bainha de mielina e, em consequncia, a morte do
oligodendrcito, ocasionando a desmielinizao. Sabe-se que a remielinizao possvel, em um processo que envolve a
proliferao, migrao e diferenciao das clulas precursoras de oligodendrcitos para que a funo e estrutura sejam
recuperadas. Estmulos externos sensoriais, motores, cognitivos e sociais modulam o SNC ao longo da vida. conhecido
que a habitao enriquecida proporciona melhor desenvolvimento motor e cognitivo. Neste contexto, a exposio ao
ambiente enriquecido (AE) proporciona aos animais maior estimulao sem que ocorra habituao aos estmulos. Assim, a
nossa hiptese que o ambiente enriquecido pode auxiliar no processo de remielinizao. Baseados em resultados
anteriores que demonstram a recuperao dos sinais clnicos e alteraes comportamentais decorrentes da
desmielinizao induzida pela cuprizona, em animais expostos aos AE, avaliamos a desmielinizao e o perfil de citocinas
do SNC de animais submetidos desmielinizao crnica com cuprizona e expostos ao AE.
Material e Mtodos
Ratos machos da linhagem Lewis, 7 semanas de idade, alimentados com 0,6% de cuprizona na rao durante 4
semanas, expostos a 1 hora diria de ambiente enriquecido com estmulos trocados diariamente. Foi coletado o soro para
anlise de citocinas IL-1 beta, TNF-alfa e TGF-beta, atravs do mtodo ELISA. Aps perfuso, o encfalo foi congelado
para anlises morfolgicas (Luxol Fast Blue e imunoistoqumica para astrcito).
Resultados
Com objetivo de avaliar a Ao trmino do perodo experimental foram quantificadas as concentraes sricas o TGFbeta, o TNF-alfa e a IL-1 beta. Em relao s concentraes de TGF-beta verificou-se no grupo controle AE uma mdia de
1231,63+137,3pg/mL, o grupo cuprizona apresentou a mdia de 824,05+215,4pg/mL e o grupo cuprizona AE apresentou a
mdia de 886,65+239,1 pg/mL. O TNF-alfa do grupo controle AE apresentou mdia de 12,3+3,4pg/mL, j o grupo cuprizona
obteve mdia de 19,4+4,4pg/mL e o grupo cuprizona AE a mdia de 11,6+1,6pg/mL. Em relao a IL1-beta o grupo controle
AE apresentou mdia de 120,5+19,2 pg/mL, j o grupo tratado com cuprizona apresentou mdia de 57,5+25pg/mL e o
grupo cuprizona AE uma mdia de 77,8+14,9 pg/mL. Atravs da colorao Luxol Fast Blue foi avaliada a intensidade da
colorao como indicativo da densidade de substncia branca no corpo caloso e no cerebelo. Os animais controle AE
apresentam mdia de 121,6+37,7, diferentemente dos animais pertencentes ao grupo cuprizona que apresentam mdia de
135+ 12 e os tratados com cuprizona AE apresentam mdia de 116,6+13,5. No cerebelo, local de recentes estudos sobre
desmielinizao, resultados parciais indicam no haver diferenas significativas entre os grupos, no entanto outras anlises
sero realizadas. A avaliao da ativao astrocitria, foi realizada por meio de imunoistoqumica para GFAP (protena
acdica fibrilar glial), atravs da quantificao e a medida da rea dos astrcitos no corpo caloso. Nossos resultados
demonstraram valores significativamente maiores (p<0,01) dos astrcitos do grupo cuprizona (4,6+0,01 clulas/100?m)
quando comparado ao grupo controle (7,1+0,07 clulas/100?m). Tambm foi medida a rea astrocitria que apresentou
aumento significativo do grupo cuprizona, com mdia de rea de 225,2+26.5?m, comparada ao grupo controle com mdia
de 116,5+6,7 ?m(p<0,01).
Discusso
A Cuprizona, um quelante de cobre, induz desmielinizao, num processo pelo qual se acredita que afete o
metabolismo dos oligodendrcitos, com a perda de mielina semelhante Esclerose Mltipla. Visto que a exposio ao AE
apresentou efeitos positivos nos sinais clnicos e alteraes comportamentais, procedeu-se a anlise do processo
inflamatrio envolvido. A quantificao de TGF-beta mostra que o grupo controle tem nveis elevados quando comparado
com os grupos cuprizona e cuprizona AE. As concentraes de TNF-alfa so significativamente mais elevadas no grupo
cuprizona em relao aos grupos controle e cuprizona AE, sendo este sugestivo da influncia do AE na modulao
imunolgica. Sugere-se que a elevao desta citocina relacionada ao aumento da ativao astrocitria, em razo da
desmielinizao induzida pela cuprizona. De forma semelhante, as concentraes de IL-1 beta entre os grupos controle e
tratado AE se assemelham, j o grupo cuprizona revelou tendncia ao aumento. A determinao da desmielinizao no
corpo caloso demonstrou perda mielnica significativa dos animais tratados em comparao ao grupo controle, porm a
anlise cerebelar no apresentou diferenas significativas. Nossos resultados sugerem que a exposio ao ambiente
enriquecido tem reflexos na desmielinizao induzida pela cuprizona, revertendo alguns sinais da perda mielnica.
Participantes:

Orientador: Glucia Monteiro de Castro


Docente: Luciana Le Sueur Maluf
Discente: Ana Cludia Rodrigues
Discente: Danielle Mayumi Takaeshi Osanae
Discente: Thas Torres Soares
Discente: Nathlia Serra de Oliveira

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Neurocincias
Autor: Anderson Bruno Pellanda
Ttulo: Mediadores inflamatrios e fator neurotrfico derivado do crebro em
pacientes crnicos portadores de esquizofrenia vs no primeiro episdio de psicose
Palavras-Chave: Inflamao, Citocinas, Esquizofrenia, Primeiro episdio psictico
Objetivos: Investigar o impacto dos nveis sricos de mediadores inflamatrios e BDNF na performance cognitiva de
pacientes crnicos com esquizofrenia e comparar os seus nveis com os de pacientes no primeiro episdio psictico.
Mtodos: Um grupo de indivduos com esquizofrenia e outro em primeiro episdio psictico (PEP) foram includos no
estudo e os nveis plasmticos dos seguintes marcadores foram determinados atravs de kits padronizados em dosagens
duplas: IL-2, IL-4, IL-6, IL-10 e IL-17, TNF-?, INF-? e BDNF. Testes neuropsicolgicos selecionados foram administrados
para avaliar as funes cognitivas: Inteligncia no verbal, Fluncia verbal, Ateno e Memria de Curto Prazo e Controle
Inibitrio Semntico. At o presente momento, foram testados 30 indivduos com esquizofrenia. Os indivduos em PEP no
foram includos nesta anlise, pois o processo de coleta ainda encontra-se em curso, no tendo sido concludo at o
momento.
Resultados: Dentro do grupo com esquizofrenia, alguns marcadores apresentaram uma associao estatisticamente
significante com o desempenho cognitivo. Os nveis de IL-2 tiveram correlaes positivas com Span de dgitos direto W
(CC=0,416, p=0,025), que uma medida de ateno e memria de curto prazo, e com o percentil do teste R1 (CC=0,464,
p=0,011), que avalia a capacidade de estabelecimento de relaes e pensamento abstrato. INF-? correlacionou-se
negativamente com a Fluncia total (CC=-0,379, p=0,043). Por fim, os nveis de IL-4 apresentou correlao positiva com o
Span de dgitos direto (CC=0,382, p=0,041), e negativa com o Efeito GERA (CC=-0454, p=0,013), que avalia o controle
inibitrio semntico.
Concluso: Nossos resultados indicam que a performance cognitiva na esquizofrenia est associada a mediadores
de neuroplasticidade e inflamao que podem ser mensurados perifericamente. Com a continuidade da coleta dos
pacientes em primeiro episdio psictico, espera-se encontrar possveis diferenas nos nveis de biomarcadores entre estes
e os pacientes crnicos.
Participantes:

Orientador: Elisa Brietzke


Docente: Rodrigo Bressan
Discente: Elson de Miranda Asevedo
Discente: Ary Gadelha
Discente: Cristiano Noto
Discente: Anderson Bruno Pellanda

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rea: Neurocincias
Autor: Bianca Avansi Camerini
Ttulo: Efeitos da Papaverina sobre a Memria Emocional e a Ateno em um Modelo
Animal de Esquizofrenia
Palavras-Chave: esquizofrenia, papaverina, SHR, memria emocional
Introduo: Antipsicticos tpicos so amplamente utilizados no tratamento da esquizofrenia. Essas drogas atuam
bloqueando os receptores dopaminrgicos D2 no estriado, desse modo aumentando os nveis de AMPc intracelular. A
papaverina conhecida por seu efeito inibitrio sobre a enzima fosfodiesterase 10A, a qual hidrolisa AMPc no estriado,
tendo como efeito final
o aumento de seus nveis. Desse modo, sugerido que a papaverina possa produzir efeitos
antipsicticos. Recentemente, a linhagem SHR (Spontaneously Hypertensive Rats) vem sendo sugerida como um modelo
animal para o estudo da esquizofrenia. Essa linhagem apresenta diversos comportamentos ligados a esta doena, tais
como dficit de medo condicionado ao contexto, dficit de interao social e reduo de inibio latente. Todos esses
prejuzos foram revertidos com a administrao de antipsicticos. Considerando as caractersticas comportamentais dos
SHR, sua resposta adequada a antipsicticos tpicos e atpicos e os efeitos moleculares da papaverina no estriado, este
estudo piloto objetiva investigar o potencial efeito antipsictico da papaverina no dficit de medo condicionado ao contexto
apresentando pela linhagem SHR.
Materiais e mtodos: Ratos de diferentes linhagens (Wistar e SHR, n=8 a 10 por grupo) foram tratados com salina
como controle, papaverina (P) 10mg/kg, P 30mg/kg e P 60mg/kg. Trinta minutos depois da administrao da droga, os
animais foram submetidos aos testes comportamentais. No teste de medo condicionado ao contexto, no primeiro dia
(treino), aps o tratamento, os animais foram colocados individualmente em um compartimento escuro (22 x 22 x 22 cm) de
uma caixa de esquiva passiva, adaptada para avaliao desse paradigma (Insight). Dois minutos e meio aps o incio do
treino, os animais receberam choques de 0,4 mA por 5 segundos a cada 30 segundos at completar os 5 minutos da
sesso. Vinte e quatro horas aps, os animais foram mais uma vez individualmente colocados no mesmo compartimento,
sem a apresentao dos choques (teste). O tempo de congelamento, definido como a completa ausncia de movimentos
exceto pela respirao, foi quantificado por 5 minutos.
Considerando que o aumento de tempo de congelamento poderia ser confundido com uma inibio motora induzida
pela droga, um teste de campo aberto foi realizado nos mesmos moldes do teste de medo condicionado. Assim, ratos de
diferentes linhagens (Wistar e SHR, n=8 a 10 por grupo) foram tratados com salina como controle, P 10mg/kg, P 30mg/kg e
P 60mg/kg e trinta minutos aps, submetidos ao teste de campo aberto. O teste do campo aberto consistiu na colocao
dos animais individualmente em uma arena redonda, clara, com o cho marcado em reas simtricas. Foram quantificados,
durante 5 minutos, os seguintes parmetros: locomoo central e perifrica, levantar, cheirar e tempo de imobilidade.
Resultados: A ANOVA de duas vias revelou efeitos significativos dos fatores linhagem e tratamento no teste de medo
condicionado ao contexto. A linhagem SHR apresentou dficit no medo condicionado. A administrao de papaverina nas
trs doses aumentou o tempo de congelamento em ambas as linhagens. Na primeira exposio ao campo aberto, aps os
tratamentos, o tempo de imobilizao total na dose P60mg/kg foi significativamente aumentado em relao aos controles e
s outras doses de papaverina. No 2 dia no houve diferena significativa entre as linhagens e as doses, mostrando que,
embora a papaverina promova um dficit motor no primeiro dia, o mesmo no acontece 24h aps.
Concluso: Este estudo preliminar mostra que a papaverina consegue melhorar o dficit de processamento
emocional observado na linhagem SHR, sugerindo seu perfil antipsictico, que no est relacionado com um dficit motor.
Participantes:

Orientador: Mariana Bendlin Calzavara


Docente: Vanessa C Ablio
Docente: Rodrigo A Bressan
Discente: Bianca Avansi Camerini
Discente: Natlia Cristina Zanta
Discente: Filipe M Hungria

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rea: Neurocincias
Autor: Bruce Yassuhiro Kano
Ttulo: EFEITOS DO LTIO SOBRE FATORES DE MORTE E SOBREVIVNCIA CELULAR
EM RATOS SUBMETIDOS AO MODELO FARMACOLGICO PARA A DOENA DE
HUNTIGTON (3-NP)
Palavras-Chave: ltio, corpo estriado, autofagia
Orientador (a): Prof Dra Soraya Soubhi Smaili
Co-orientadores: Dr. Katiucha Rocha e Dr. Rodrigo P. Ureshino
O papel neuroprotetor do ltio tem sido associado sua influncia sobre a expresso de protenas das vias
apopttica e autofgica. Foi demonstrado que o ltio promove a ativao da via de sinalizao fosfatidilinositol
3-quinase/Akt, que induz a diminuio da expresso de protenas pr-apoptticas, como p53 e Bax, entretanto, a
concentrao de ltio, bem como seu mecanismo de ao ainda no foram elucidados. O objetivo deste estudo foi
determinar a concentrao neuroprotetora de ltio no corpo estriado de animais experimentais. Foram utilizadas 12 ratas
Wistar de 6 meses de idade divididas em 4 grupos (n=3): C, grupo considerado controle, que recebeu gua destilada; LI
que recebeu soluo aquosa de ltio (350mg/L); LII que recebeu soluo aquosa de ltio com concentrao de 1,05g/L e
grupo LIII que recebeu soluo aquosa de ltio na concentrao de 3,15g/L. Todos os animais receberam dieta padro. Os
animais foram pesados semanalmente e o consumo de solues e rao foram medidos a cada 3 dias. Anlise estatstica:
teste t (Students test) com p<0,05. Perodo de tratamento total: 30 dias. Os resultados foram analisados atravs de
testes comportamentais em Campo Aberto e por meio de tcnicas de Western Blot para as protenas autofgicas p62, LC3,
Beclina 1, bem como a protena supressora tumoral p53 no corpo estriado dos animais experimentais. As ratas no
apresentaram alteraes no consumo de rao e em parmetros comportamentais durante o perodo experimental. Foi
observado no grupo LI reduo na expresso de protenas Beclina 1 e p62 em relao ao controle. Animais do grupo LII
apresentaram reduo do consumo lquido em relao ao controle e aumento do consumo de ltio quando comparado ao
grupo LI. O grupo LII tambm apresentou aumento da expresso de protenas Beclina 1, reduziu a expresso de protenas
LC3-1 e p62 quando comparado ao controle, alm de
reduzir a expresso de p53 em relao aos demais grupos em
estudo . O grupo que recebeu a menor concentrao de ltio, grupo LI, poderia induzir autofagia atravs do aumento na
expresso de protenas autofgicas. Entretanto, o ltio na concentrao administrada ao grupo LII foi mais efetivo em induzir
autofagia no corpo estriado, uma vez que foi capaz de reduzir a expresso de protenas p62, LC31, p53, bem como
aumento na expresso de Beclina 1, atuando como indutor do processo autofgico e neuroprotetor nesta concentrao.
Participantes:

Discente: Bruce Yassuhiro Kano

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Neurocincias
Autor: Bruno Aranha Pereira
Ttulo: EFEITO DA ADMINISTRAO DE CRF E DE ANTAGONISTAS CRFR1 E 2 NO
HIPOTLAMO DORSOMEDIAL SOBRE O COMPORTAMENTO DE ANIMAIS
SUBMETIDOS AO MODELO DO LABIRINTO EM T ELEVADO
Palavras-Chave: Ansiedade, Pnico, CRF, Hipotlamo Dorsomedial
Nos ltimos anos, diferentes estruturas tm sido relacionadas modulao de respostas comportamentais de
defesa, que acompanham o medo e a ansiedade. Dentre estas estruturas destaca-se o hipotlamo dorsomedial. A
estimulao eltrica e qumica desta estrutura evoca uma srie de respostas comportamentais e neurovegetativas que se
assemelham quelas evocadas durante um ataque de pnico. Alm da nfase em aspectos neuroanatmicos, alguns
estudos nos ltimos anos tem se voltado para a investigao da participao de sistemas neuroqumicos na modulao do
medo/ansiedade.
Neste sentido, tem sido demonstrado que a administrao IP do fator liberador de corticotrofina (CRF) apresenta
efeito ansiognico em modelos animais de ansiedade. O objetivo do presente trabalho investigar o efeito da administrao
de CRF no hipotlamo dorsomedial sobre o comportamento de ratos submetidos ao modelo do labirinto em T elevado
(LTE). O LTE avalia a fuga dos braos abertos, uma medida naturalstica de fuga, e tambm permite a medida de uma
resposta relacionada inibio comportamental (a esquiva inibitria dos braos abertos do modelo). Essas respostas vm
sendo respectivamente associadas, em termos de psicopatologia, ao transtorno do pnico e ao transtorno da ansiedade
generalizada.
No presente estudo, grupos independentes de animais (ratos Wistar machos) foram administrados intra-hipotlamo
dorsomedial com CRF e 10 min depois submetidos ao LTE. Para a avaliao da atividade motora, aps os testes com os
modelos de ansiedade, os animais foram submetidos a um campo aberto.
O CRF facilitou as latncias de esquiva no modelo do LTE, no alterando a fuga ou a atividade motora dos animais.
Estes resultados esto de acordo com outros dados obtidos com a administrao da droga na amgdala e substncia
cinzenta periaqueductal.
Participantes:

Orientador: Milena de Barros Viana


Discente: Bruno Aranha Pereira

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rea: Neurocincias
Autor: Bruno Assumpo Gomes da Silva
Ttulo: Anlise de Conectividade Funcional em Pacientes com Epilepsia usando
Ressonncia Magntica Funcional
Palavras-Chave: Epilepsia, RMF, Conectividade
A ressonncia magntica funcional (RMF) uma tcnica que permite a medio da atividade cerebral de forma no
invasiva. Isto se d a partir da utilizao de campos magnticos para gerar imagens do tecido biolgico, identificando
diferentes partes do crebro onde os processos mentais particulares ocorrem. Sendo assim, caracterizam-se os padres de
ativao cerebral, que podem ser associados aos mapas de ativao na conexo com sua funo. Para isso utiliza-se o
sinal BOLD (Blood-Oxigenation-Level Dependent), que registra o nvel de oxigenao do fluxo sanguneo nas reas
funcionais do crebro. A epilepsia um distrbio cerebral que envolve crises espontneas de qualquer tipo que so
causadas por sinais eltricos anormais no crebro. Existem diversos tipos de epilepsia, contudo o estudo a epilepsia do
lobo temporal, que pode ser tratada cirurgicamente. Atualmente, em torno de 40% das epilepsias de adultos so originrias
dos lobos temporais, sendo que alguns pacientes so farmacorresistentes e, dessa forma, precisam ser submetidos
cirurgia de retirada do lobo temporal. O processo cirrgico consiste na remoo da parte do lobo temporal que gera as
convulses, tendo de 70 a 90% de chance de sucesso, ou seja, de cessar os ataques epilticos. As imagens de RMF so
obtidas utilizando o resting state ? tipo de anlise cuja caracterstica permanecer em repouso dentro da ressonncia
magntica e tem-se tornado uma importante ferramenta para diversos tipos de anlise de correlao - pelo grupo de
pesquisa em epilepsia da USP Ribeiro Preto onde so organizadas, pr-processadas e analisadas. As regies
epileptognicas so empregadas como seed para o mtodo seed-based onde se identificam os circuitos funcionais a partir
da anlise baseada em correlaes. Sendo assim, tem-se como objetivo auxiliar futuras utilizaes no planejamento
cirrgico assim como o entendimento dos mecanismos envolvidos nas crises. Os resultados mostram um aumento na
conectividade do FEF contralateral direita no grupo de pacientes com lateralidade esquerda do lobo temporal epiltico, e um
aumento de conectividade do PCC no grupo com lateralidade dextra. Estes resultados juntamente com pesquisas anteriores
na literatura suportam a hiptese que FEF e PCC podem ser um mecanismo compensatrio para os lobos temporais.
Participantes:

Orientador: Jaime Shinsuke Ide

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rea: Neurocincias
Autor: Carollina Ribeiro Greco
Ttulo: Anlise do perfil imunolgico perifrico ao longo do desenvolvimento de
metstases experimentais de melanoma murino B16F10 em animais submetidos
privao de sono paradoxal.
Palavras-Chave: privao de sono; sistema imunolgico; cncer
A privao de sono considerada um fator estressante, uma vez que induz aumento das concentraes de
glicocorticides (GC), em humanos (cortisol) e em roedores (corticosterona), por meio da ativao do eixo
hipotlamo-pituitria-adrenal (HPA). Considerados efetores finais, a ativao crnica do sistema pode levar a uma srie de
distrbios que resultam na secreo prolongada e/ou aumentada de efetores produzidos ao longo da ativao do eixo HPA.
Sendo assim, possvel aferir que a intensificao da ativao do eixo HPA promove alteraes no padro de sono, as
quais, por sua vez, elevam as concentraes de cortisol, gerando, portanto, um crculo vicioso em que a dificuldade para
dormir torna-se o prprio fator estressante. Tendo em vista que, o estresse est associado com a reduo funcional de
clulas T citotxicas e clulas NK, processos como a vigilncia imunolgica contra tumores, mecanismos de estabilidade
genmica e mutaes somticas so afetados. Dessa maneira, a ativao persistente do eixo HPA em resposta ao estresse
crnico, poderia contribuir para o desenvolvimento e progresso de alguns tipos de cncer. Sendo assim, o objetivo deste
trabalho foi o de avaliar o desenvolvimento de metstases, bem como as alteraes nas populaes imunolgicas
esplnicas em animais submetidos privao de sono paradoxal. Neste trabalho, o desenvolvimento de metstases
pulmonares foi acompanhado at o dcimo primeiro dia subsequentemente a um perodo de 72 horas de privao de sono
paradoxal ( grupo PSP) com o objetivo de averiguar seus efeitos sobre a modulao das populaes imunolgicas
esplnicas e da produo de citocinas e hormnios perifricos durante a implantao e o desenvolvimento tumoral. Para
isso, camundongos machos da linhagem C57BL/6, receberam 1. 105 clulas da linhagem de melanoma murino B16F10,
por via endovenosa e foram submetidos ao protocolo de privao de sono paradoxal por 72 h, pelo mtodo das plataformas
mltiplas modificado. Grupos de 5 animais foram eutanasiados nos dias 2, 4, 6, 8 e 11 aps a injeo do tumor. Os pulmes
foram retirados para contagem dos ndulos de metstases e as populaes celulares esplnicas foram avaliadas por
citometria de fluxo. Os dados foram analisados com o software FCS express v.4.0.Foi realizado o teste t de Student para
comparar os grupos CLT e PSP que receberam as clulas B16F10, nos dias 6 e 8. O nvel de significncia foi estabelecido
em 0,05. Os resultados mostraram que as metstases apareceram em todos os grupos somente no ltimo dia de avaliao
(dia 11), sendo que os animais CTL apresentaram maior nmero de metstases do que os animais PSP(mdia d.p.: CTL
= 80,8 1,4 e PSP = 36,2 0,6; p < 0,0001). Este resultado deveu-se, provavelmente, ao maior nmero de clulas
citotxicas observado nos animais PSP nos dias 6 e 8, em relao aos animais CTL. Os animais PSP apresentaram
aumento nos linfcitos TCD8 nos dias 6 (mdia d.p.: CTL = 4,4 0,3 e PSP = 10,6 0,3; p < 0,0001) e 8 (mdia d.p.:
CTL = 13,6 0,3 e PSP = 16,7 0,3; p < 0,001), nas clulas NK (mdia d.p.: CTL = 13,4 0,3 e PSP = 15,5 0,3; p <
0,01, no dia 8) e em clulas NKT (mdia d.p.: CTL = 2,0 0,3 e PSP = 6,0 0,3; p <0,001, no dia 8). As clulas
dendrticas tambm estavam aumentadas nos animais PSP em relao aos CTL no dia 8 (mdia d.p.: CTL = 0,32 0,04 e
PSP = 0,96 0,13; p < 0,05), o que pode ter aumentado a eficincia de apresentao de antgenos e ativao de clulas
efetoras nestes animais.
Em conjunto, os dados sugerem que a privao de sono paradoxal induz aumento nas clulas
citotxicas nos dias 6 e/ou 8 aps a injeo de clulas tumorais, levando ao controle do desenvolvimento de metstases
pulmonares nestes animais em relao aos animais no privados de sono.
Participantes:

Orientador: Deborah Suchecki


Discente: Beatriz Helena Pizarro De Lorenzo
Discente: Carollina Ribeiro Greco
Discente: Las Marchioro

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Neurocincias
Autor: Eduardo Menegatti Marques
Ttulo: Classificao de estmulos visuais a partir de sinais cerebrais obtidos por
ressonncia magntica funcional
Palavras-Chave: machine learning, pattern recognition, fMRI, decoding
Por muitos anos, vrios cientistas se sentiram intrigados a conhecer profundamente o rgo mais importante do
corpo humano, o crebro, sendo assim, surgiu a Neuroscincia que tem se beneficiado com o advento de novas tecnologias
relacionadas imagens biomdicas em diversas reas mas, principalmente na rea mdica e experimental.
Na literatura cientifica encontramos resultados de experimentos com Ressonancia Magnetica funcional, que se difere
da Ressonancia Magntica no fato de que na funcional, mostrado a atividade do crebro. Esta tcnica mostra a
funcionalidade do crebro atravs do BOLD (blood-oxygenation-level-dependent), ou seja, o fluxo sanguneo aumenta em
determinadas reas do crebro quando uma pessoa pratica uma ao motora ou cognitiva e, com o aumento do fluxo
sanguneo, isso faz com que o nvel de oxignio (presente na hemoglobina) tambm aumente.
O presente projeto tem por objetivo principal aplicar tcnicas de aprendizado de mquinas e reconhecimento de
padres na classificao de estmulos visuais, a partir de sinais cerebrais obtidas por ressonncia magntica funcional
(fMRI), visando a produo de softwares capazes de ?decodificar? sinais cerebrais, ou seja, programas capazes de
aprender padres de ativao cerebral associados a diferentes estmulos visuais.
A metodologia aplicada a realizao do experimento ?Stop-signal task?, que consiste em um indivduo, em uma
mquina de Ressonncia Magntica funcional, que vendo as imagens de um X ou um O, e provido de um joystick, ele
dever apertar o boto quando visualizar o O e, no apertar quando aparecer o X. Os dados de fMRI sero obtidos em
colaborao com o pesquisador Chiang-shan Ray Li, da Yale University.
O tratamento do resultados esta sendo trabalhado
em duas etapas principais, a primeira ser a obteno das
ativaes cerebrais e, a segunda, a implementao do Reconhecimento de Padres.
A obteno das atividades cerebrais se dar atravs da localizao das ativaes cerebrais:
a) O pr-processamento consiste em alinhar todas as imagens obtidas no experimento por fMRI, seguida de uma
normalizao de um template e, posteriormente, ser feito uma suavizao (smoothing) utilizando um kernel (filtro
Gaussiano).
b) Modelamento das ativaes so equacionadas por modelos de regresso.
c) Ativaes significativas so obtidas a partir de testes estatsticos das imagens obtidas em todo o grupo.
Essas anlises so realizadas atravs do programa Brain Decoder Toolbox, um pacote do MATLAB que possibilita a
implementao e anlise de dados de neuroimagem.
Sobre a Implementao do Reconhecimento de Padres, realizada atravs do:
a) Calculo do sinal mdio BOLD dentro das regies de interesse.
b)
Reconhecimento de Padro pela criao de um modelo preditivo do sinal visual, utilizando as regies de
interesse.
c)
A Validao a etapa final, que consiste em testar a acurcia do modelo criado, pela comparao entre o
resultado previsto e os dados obtidos no teste. Este teste vlido, sabendo-se que os pesquisadores sabem exatamente a
sequncia em que as imagens aparecero e, ento, calcula-se a uma taxa de acerto.
O projeto encontra-se na etapa de implementao dos dados e reconhecimento dos padres, quando esto sendo
testados a acurcia dos testes e sendo comparados com os dados coletados pelo pesquisador Chiang-shan Ray Li da Yale
University.
Participantes:

Discente: Eduardo Menegatti Marques

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Neurocincias
Autor: Estvo Carlos Lima
Ttulo: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE DIFERENTES LINHAGENS DE
CAMUNDONGOS DIANTE DO PARADIGMA DA SENSIBILIZAO COMPORTAMENTAL
INDUZIDA POR ETANOL
Palavras-Chave: c57bl/6; DBA; Suios; GWAS; Western Blotting; sensibilizao; Etanol; polimorfismo; g
Estudos de variabilidades em polimorfismos figuram atualmente como um futuro promissor na teraputica de
inmeras doenas. Trabalhos recentes apontam no alcoolismo uma diversidade de polimorfismos em diferentes genes que,
juntos, poderiam expressar o fentipo do transtorno. A sensibilizao locomotora uma ferramenta comumente utilizada
para avaliar o efeito motivador das drogas de abuso em roedores. No presente projeto buscamos comparar a expresso da
sensibilizao locomotora (fenotpica) com o padro de polimorfismos gnicos em diferentes linhagens de camundongos.
Utilizamos para o estudo comparativo camundongos suos (outbred), camundongos c57bl/6 e camundongos DBA/2. As
linhagens DBA/2 e c57bl/6 so linhagens endogmicas e apresentam gentipo similar devido aos prolongados
endocruzamentos, enquanto que a linhagem Sua, sendo heterogmica, apresenta grande variao de seus genes,
assemelhando-se assim da populao humana. Sendo assim, os camundongos Suios sero divididos em dois grupos de
acordo com o desenvolvimento ou no da sensibilizao locomotora (Sens e NSens, respectivamente). O grupo NSens ser
comparado linhagem c57bl/6, j que a mesma apresenta baixa propenso ao desenvolvimento da sensibilizao ao
etanol. J o grupo Sens ser comparado aos camundongos da linhagem DBA/2; j que a mesma propensa ao
desenvolvimento da sensibilizao ao etanol. Todas as linhagens, alm dos respectivos grupos Controle (tratados
cronicamente com soluo salina) tero um N=10. Para o protocolo de sensibilizao, os animais sero injetados com
etanol a 15% (ou soluo salina no caso dos grupos Controle). Nos dias 1, 7, 14 da fase de aquisio a dose de etanol ser
de 2 g/kg, i.p. Nestes dias, logo aps as injees, os animais sero colocados em uma caixa de atividade, onde ser
mensurada a locomoo por 15 minutos. Nos demais dias da fase de aquisio, os animais sero tratados com etanol na
dose de 2,5 g/kg, i.p. e logo em seguida colocados nas suas respectivas caixas moradias. Passados 3 dias de abstinncia,
todos os animais, incluindo os do grupo Controle, sero injetados com etanol (2 g/kg, i.p.) e logo em seguida colocados na
caixa de atividade para a mensurao da locomoo por 15 min. A anlise estatstica ser feita por ANOVA de medidas
repetidas para avaliar o efeito sensibilizador do lcool em comparao aos animais tratados com salina. Noventa minutos
aps o desafio, os animais sero profundamente anestesiados, seus crebros retirados e ser obtida uma amostra do
sangue de decapitao. Para a extrao do DNA, tanto o crebro quanto o sangue sero armazenados em freezer -80oC.
Os crebros sero microdissecados e os ncleos de interesse
separados para uma futura anlise. Divididos os grupos,
sero analisados os polimorfismos presentes em seus genomas, atravs da tcnica GWAS, buscando assim identificar
genes que possam ter relao com a expresso ou no de sensibilizao locomotora induzida pelo etanol nas linhagens de
camundongos estudadas. Descrito os padres polimrficos especficos de cada linhagem, sero analisadas, pela tcnica
western blotting, as principais protenas identificadas nesta avaliao genmica. O projeto encontra-se na fase de anlise
comportamental. Obtivemos dados da linhagem c57bl/6. Os encfalos foram dissecados e armazenados. Nesta linhagem,
como era esperado, no houve diferena estatstica entre os grupos no dia basal. [F(1,18) =0,185; p>0,05] Ainda, a ANOVA
de medidas repetidas no encontrou diferena estatisticamente significativa na sensibilizao locomotora dos grupos ao
longo do tratamento [F(1,18) =0,141; p>0,05]. Porm na interao dos fatores encontramos diferena estatstica entre os
animais tratados com etanol, que apresentaram aumento na atividade locomotora em relao aos animais salina. [F(1,18)
=7,260; p<0,05] Os animais Suos esto na fase de aquisio do comportamento. A etapa comportamental do trabalho
deve ser terminada no primeiro semestre de 2013. No segundo semestre o aluno se dedicar as atividades de biologia
molecular.
Participantes:

Orientador: PROF. DR. LUIZ EUGNIO DE ARAJO M


Orientador: PROF. DR. JAIR GUILHERME DOS SANT

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Neurocincias
Autor: Fernanda Sayuri Nagamatsu Nakao
Ttulo: Dietas hiperlipdicas pr-natais: estudo da morfologia dos ncleos dorsal e
mediano da rafe na prole de ratos adultos
Palavras-Chave: dietas hiperlipdicas, ncleo dorsal da rafe (DR), gestao, ratos, prole
Introduo: Estudos demonstraram que a exposio materna durante a gestao e/ou lactao (perodos de grande
vulnerabilidade para o desenvolvimento enceflico dos filhotes) a dietas hiperlipdicas (DHL) afeta o sistema
neurotransmissor serotoninrgico da prole (SULLIVAN et al., 2010, PELEG-RAIBSTEIN et al., 2012) resultando em
transtornos comportamentais na idade adulta. Os ncleos dorsal (DR) e mediano (MnR) da rafe mensenceflica apresentam
a maioria dos neurnios serotoninrgicos no sistema nervoso central (JACOBS e AZMITIA, 1992 ; STAMP e SEMBA, 1995).
Ambos os ncleos esto envolvidos na fisiopatologia de transtornos comportamentais (depresso, ansiedade e
agressividade) e no mecanismo de ao de drogas antidepressivas (KAMALI et al., 2001, SILVA et al., 2010).
Objetivo: Assim sendo, o objetivo do presente projeto de pesquisa foi investigar aspectos morfolgicos macro e
microscpico (morfologia de neurnios nos ncleos DR e MnR) do encfalo na prole adulta de ratas-mes submetidas a
trs diferentes tipos de DHL com diferentes fontes de gordura (banha, leos de soja e canola) durante o perodo de
gestao ou prenhes.
Materiais e Mtodos: As proles adultas (idade mdia de 120 dias ps-natais) foram divididas em 4 grupos
experimentais de acordo com a dieta materna pr-natal: 1- Dieta controle (DC, n=6); 2- DHL banha (DHL-b, n=6); 3- Dieta
canola (DHL-ca, n=6) e 4- Dieta soja (DHL-so, n=6). Foram investigados o peso corporal, o peso do encfalo e os eixos
enceflicos ltero-lateral (ELLE) e ntero-posterior dos hemisfrios esquerdo (EAPE/HE) e direito (EAPE/HD), como
parmetros macroscpicos do encfalo, e a morfologia do corpo celular de neurnios nos ncleos DR e MnR no tronco
enceflico, investigando rea, Dimetros mximo/mdio/mnimo e Permetro. Todos os dados esto expressos como
mdias desvio padro da mdia. Para anlise estatstica empregou-se o modelo de anlise de varincia (ANOVA) com
medidas repetidas e o mtodo de comparaes mltiplas de Bonferroni.
Resultados e Discusso: Os resultados macroscpicos demonstraram diferenas no peso corporal (p < 0,05) entre o
grupo DHL-b (523,33 24,34) em relao aos demais grupos, DC (472,83g 32,81); DHL-ca (489,17g 24,33) e DHL-so
(488,00g 29,72), no peso do encfalo (p? 0,05) do DHL-so (1,87g 0,11) em relao aos outros grupos DC (2,05g 0,17),
DHL-b (2,03g 0,15) e DHL-ca (2,08g 0,09), e no ELLE (p<0,04) do grupo DHL-ca (15,92mm 0,59) em relao aos
grupos DC (14,94mm 0,82) e DHL-so (15,01mm 0,47). Em relao aos dados microscpicos, o presente estudo est em
fase final de anlise e processamentos dos dados. Contudo, os resultados parciais demonstram que o grupo DHL-b
apresenta o dimetro mximo (15,99?m 4,55) e o permetro (43,47?m 14,07) de corpos celulares de neurnios no DR
menores (p< 0,002) quando comparados aos animais controles (16,64 ?m 5,14; 47,03?m 17,66) respectivamente. Os
resultados sugerem que a supernutrio materna pela exposio a DHL durante a gestao (perodo de vulnerabilidade
para o encfalo) ao que parece compromete o desenvolvimento enceflico da prole adulta, o que possivelmente pode
ocasionar eventuais transtornos morfofuncionais e patologias na idade adulta, conforme alguns estudos recentes j tm
demonstrado (TOZUKA
et al., 2009; NICULESCU AND LUPU, 2009; SULLIVAN et al., 2010; PELEG-RAIBSTEIN et al.,
2012; DONG et al., 2013).
Participantes:

Orientador: Prof. Dr. Cristiano Mendes da Silva

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Neurocincias
Autor: Filipe de Mattos Hungria
Ttulo: Participao da adenosina no desenvolvimento emocional em um modelo
animal de esquizofrenia
Palavras-Chave: Esquizofrenia, SHR, cafena, adenosina, interao social, medo condicionado ao conte
Introduo: Recentemente o foco do estudo da esquizofrenia tem sido voltado para o neurodesenvolvimento.
Acredita-se que o estado hiperdopaminrgico estriatal e, por consequncia, a manifestao da esquizofrenia, seja o
resultado final de alteraes que resultam da interao entre fatores genticos, ambientais e relacionados ao
desenvolvimento neural ao longo da vida. Ratos da linhagem SHR ? spontaneously hypertensive rats ? apresentam dficits
na tarefa de medo condicionado ao contexto (um modelo para o estudo de processamento emocional) e na interao social
(um modelo para estudo de sintomas negativos da esquizofrenia) que so revertidos por antipsicticos (drogas utilizadas na
teraputica da esquizofrenia), o que sugere que estes animais sejam um bom modelo de estudo para a esquizofrenia. No
estriado, foi proposta uma interao entre os receptores A2a e D2, que esto co-localizados e formam complexos
heteromricos em neurnios desta regio, o que sugere um possvel efeito modulador da adenosina sobre a dopamina.
Neste contexto, a cafena tem a capacidade de bloquear o receptor A2a interferindo da regulao do receptor D2. Desta
forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da cafena sobre dficits de interao social e de medo condicionado
ao contexto apresentados por ratos SHR adolescentes.
Material e Mtodos: Ratos de 20 a 30 dias de diferentes linhagens (Wistar e SHR, n=6 a 10 por grupo) foram
tratados com salina, cafena 1mg/kg, 3mg/kg ou 10mg/kg. Trinta minutos depois da administrao da droga, os animais
foram submetidos aos testes comportamentais. No teste de medo condicionado ao contexto, no primeiro dia (treino), aps o
tratamento, os animais foram colocados individualmente em um compartimento escuro (22 x 22 x 22 cm) de uma caixa de
esquiva passiva, adaptada para avaliao desse parmetro (Insight). Dois minutos e meio aps o incio do treino, os
animais receberam choques de 0,4 mA de 5 segundos de durao a cada 30 segundos at completar os 5 minutos da
sesso, totalizando 4 choques. Vinte e quatro horas aps, os animais foram mais uma vez individualmente colocados no
mesmo compartimento, sem a apresentao dos choques (teste). O tempo de congelamento, definido como a completa
ausncia de movimentos exceto pela respirao, foi quantificado por 5 minutos. No teste de interao social, pares de ratos
de mesma linhagem, mesmo tratamento e que no se conhecem previamente foram observados em uma arena por 10
minutos. Nesse tempo os animais foram observados quanto ao tempo de cheirar, seguir, permanecer junto ao outro,
locomoo e levantar. A soma de todos os tempos em interao foi denominada interao total.
Resultados: A ANOVA de duas vias mostrou um efeito significante do fator linhagem para o tempo de congelamento.
Ratos SHR independentemente do tratamento apresentam diminuio do tempo de congelamento. Na interao social,
houve efeito significante para o fator linhagem e uma interao entra os fatores linhagem e droga. Ratos SHR apresentam
um dficit de interao social. A cafena prejudica a interao social na linhagem Wistar e melhora na linhagem SHR. O
mesmo foi visto para os fatores levantar e locomoo.
Concluso: A cafena parece ter um efeito reversor de sintomas negativos (interao social e levantar) e positivos
(locomoo), mas no emocional, em ratos modelos de esquizofrenia em desenvolvimento, sugerindo um potencial efeito
protetor para crianas e adolescentes em risco.
Participantes:

Orientador: Mariana Bendlin Calzavara


Docente: Vanessa Abilio
Discente: Bianca Avansi Camerine
Discente: Natlia Cristina Zanta
Discente: Aline Camargo Ramos

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Neurocincias
Autor: Jssica Elias Vicentini
Ttulo: efeitos da Administrao de Antagonistas de CRF na amigdala basolateral
sobre respostas comportamentais de Defesa no modelo do labirinto em T elevado
Palavras-Chave: Ansiedade, CRF, Labirinto em T elevado
Ttulo: Efeitos da administrao de CRF e de antagonistas de receptores CRF na amgdala medial sobre respostas
comportamentais de defesa no modelo do labirinto em T elevado
Introduo: O Fator de Liberao de Corticotrofina (CRF) tem sido associado aos transtornos relacionados ao
estresse, como o caso dos transtornos de ansiedade. Tem sido sugerido que o CRF contribui para o desenvolvimento de
transtornos de ansiedade pela hiperexcitao de seus receptores no neocrtex, amgdala, hipocampo e ncleos do tronco
enceflico. O CRF exerce seus efeitos biolgicos ligando-se a dois principais tipos de receptores: CRFR1 e CRFR2, os
quais possuem perfis farmacolgicos distintos no que se refere modulao de mecanismos de estresse e ansiedade. A
amgdala uma estrutura chave para a modulao do medo/ansiedade. Apesar disso, o papel da neurotransmisso
CRFrgica nessa estrutura ainda pouco explorado.
Objetivos: Investigar se a administrao de CRF ou de antagonistas de receptores CRFR1 ou CRFR2 na amgdala
medial altera respostas comportamentais de defesa relacionadas ansiedade.
Mtodos: Ratos Wistar machos (270 g-320 g) foram submetidos cirurgia estereotxica bilateral para implantao
de cnulas-guia. Uma semana aps a cirurgia, foi realizada a microinjeo bilateral de CRF (125 ng/0,2 ul ou 250 ng/0,2
ul),antalarmina (25 ng/0,2 ul), um antagonista de receptores CRFR1, ou de anti-sauvagina 30 (440 ng/0,2 ul), um
antagonista de receptores CRFR2, ou de veculo (0,2 ul). Posteriormente (10 min), os ratos foram submetidos ao modelo de
Labirinto em T Elevado (LTE). O modelo gera em um mesmo rato dois tipos de respostas comportamentais de defesa: uma
relacionada inibio comportamental (a esquiva inibitria dos braos abertos do LTE) e uma relacionada ativao
motora (a fuga). Estas respostas tm sido respectivamente relacionadas, em termos clnicos, ao Transtorno de Ansiedade
Generalizada e ao Transtorno do Pnico. Para avaliao da atividade motora, aps os testes com o LTE, os animais foram
submetidos a um campo aberto (5 min), para registro do nmero de cruzamentos e levantamentos. Aps os experimentos,
os ratos foram perfundidos intracardiacamente e os encfalos foram cortados em seces coronais e preparados em
lminas de microscopia para anlise precisa do local da microinjeo. Apenas animais microinjetados bilateralmente na
amgdala medial foram includos na anlise estatstica.
Resultados: O CRF, nas duas doses administradas (125 ng: n=6; 250 ng: n=8), aumentou significativamente as
latncias de esquiva 2, um efeito ansiognico (Esquiva 1: veculo: 15,4+/-1,81, CRF 125 ng: 165,5+/-60,69, CRF 250 ng:
176,5+/-48,41; Esquiva 2: veculo: 26,6+/-9,18, CRF 125 ng: 228,67+/-45,21, CRF 250 ng: 230,62+/-45,42; P<0.05) quando
comparado ao grupo controle (n=5). O grupo administrado com o antagonista de receptores CRFR1 antalarmina (n=6)
apresentou uma diminuio significativa das latncias de esquiva 1 e 2, quando comparado com o grupo veculo (n=7)
(Esquiva 1: veculo: 152,43+/-53,09, antalarmina: 15,17+/-4,28; Esquiva 2: veculo: 300+/-0, antalarmina: 139,33+/-57,60; P<
0,05). A anti-sauvagina 30 no alterou o comportamento dos animais no modelo. Nem as respostas de fuga do LTE nem o
nmero de cruzamentos e levantamentos no campo aberto foram alterados por nenhum dos tratamentos farmacolgicos.
Concluso: Os resultados obtidos no presente estudo sugerem que a administrao de CRF intra-amgdala medial
facilita uma resposta comportamental de defesa relacionada ao transtorno de ansiedade generalizada e que esse efeito
possivelmente mediado por receptores CRFR1. Essas observaes contribuem para um melhor entendimento do papel
desenvolvido pelo CRF na ansiedade.
Apoio Financeiro: CNPq e FAPESP
Participantes:

Orientador: Milena de Barros Viana


Docente: Isabel Cristina Cspedes
Docente: Jackson Cioni Bittencourt
Discente: Juliana Olivetti Guimares Nascimento

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Neurocincias
Autor: Letcia Sumiko Kikuchi
Ttulo: PARTICIPAO DOS RECEPTORES SEROTONRGICOS 1A E 2A DO
HIPOTLAMO DORSOMEDIAL EM DIFERENTES RESPOSTAS COMPORTAMENTAIS
DE DEFESA
Palavras-Chave: ansiedade, pnico, hipotlamo dorsomedial, serotonina
O estudo da fisiopatologia da ansiedade tem, nos ltimos anos, dedicado ateno considervel ao envolvimento de
diferentes sistemas neuroqumicos na gnese de respostas a estmulos aversivos. A participao do sistema serotonrgico
tem sido ressaltada pela eficcia clnica em diferentes transtornos de ansiedade de compostos farmacolgicos que
interferem com esse sistema de neurotransmisso. O objetivo deste trabalho foi investigar a modulao exercida pelo
sistema serotonrgico de um ncleo hipotalmico implicado com a defesa, o ncleo dorsomedial (HDM). Tem sido
demonstrado que a administrao de agonistas glutamatrgicos e de antagonistas GABArgicos intra-HDM induz
comportamento de fuga semelhana do observado com a estimulao eltrica do ncleo. Corroborando estas
observaes, um estudo prvio realizado por nosso grupo de pesquisa demonstrou que a inativao reversvel do HDM
prejudica as respostas de fuga induzidas por uma situao mais naturalstica: a fuga de um dos braos abertos do modelo
do labirinto em T elevado (LTE). Alm da fuga, o LTE tambm permite a medida de uma resposta relacionada inibio
comportamental (a esquiva inibitria dos braos abertos do modelo). Essas respostas vm sendo respectivamente
associadas, em termos de psicopatologia, ao transtorno do pnico e ao transtorno da ansiedade generalizada. No presente
estudo, ratos Wistar machos foram administrados intra-HDM com drogas que atuam sobre receptores serotonrgicos do
tipo 1A (agonista 1A 8-OH-DPAT e antagonista 1A WAY 100635) e 2A (agonista preferencial 2A DOI e antagonista 2A/2C
quetanserina) e, em seguida, submetidos ao LTE. Para investigar o efeito das drogas sobre a atividade exploratria, todos
os animais foram testados em um campo aberto aps os testes com o LTE. Os resultados demonstraram que a
administrao de 8-OH-DPAT (4 nmoles) e DOI (8 nmoles) prejudicou resposta de fuga do LTE, sem alterar a tarefa de
esquiva. Este efeito panicoltico foi revertido pela administrao intra-HDM do antagonista 1A WAY 100635 (0,74 nmoles) e
do antagonista 2A quetanserina (10 nmoles), respectivamente. Para concluir, possvel afirmar que os receptores
serotonrgicos do tipo 1A e 2A do HDM modulam uma resposta comportamental de defesa relacionada, em termos clnicos,
ao transtorno do pnico. Esses resultados contribuem para um melhor entendimento da neuroqumica da ansiedade e da
fisiopatologia de um subtipo especfico de transtorno de ansiedade encontrado na clnica, o transtorno de pnico.
Participantes:

Discente: Letcia Sumiko Kikuchi

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Neurocincias
Autor: Lucas Pires dos Santos
Ttulo: Desenvolvimento de Tecnologia Assistiva para Incluso Digital de Deficientes
Fsicos Utilizando Sinais Cerebrais
Palavras-Chave: biofeedback, EEG, incluso digital , tecnologia assistiva.
A partir da dcada de 1990 houve uma asceno em termos de desenvolvimento tecnolgico que mantm um ritmo
acelerado de inovao gerando produtos cada vez mais modernos at os dias atuais e que tende a perdurar por muitos
anos desde que se tenha recursos para a sua manuteno. Curiosamente este processo de desenvolvimento tecnolgico
acelerado veio acompanhado da introduo tambm em escala cada vez maior da internet, recurso que certamente facilitou
o acesso informao e permite manter-se atualizado perante s novas ferramentas tecnolgicas lanadas. Por esta razo
o acesso informao atravs da incluso digital tornou-se algo fundamental para o cidado melhor preperar-se para os
desafios de sua vida profissional e social. Entretanto h pessoas com deficincias motoras que no podem fazer uso deste
recurso.
Neste contexto, a soluo o desenvolvimento de tecnologias assistivas
que permitam a incluso digital de
pessoas com deficincias fsicas ou psquicas, incapacitadas ou pessoas idosas. Este projeto tem por finalidade produzir e
aplicar conhecimentos de engenharia biomdica em tecnologias assistivas para deficientes fsico/motores, utilizando sinais
cerebrais obtidos por eletro-encefalografia, um tipo de biofeedback. Biofeedback o termo usado para tcnicas de
utilizao de dispositivos de monitoramento para aquisio de informaes fisiolgica a respeito de uma funo corporal.
So exemplos de biofeedback a condutncia da pele, batimento cardaco, tenso muscular, ativaes cerebrais, etc.
Portanto o objetivo utilizar o EEG(eletroencefalograma) para manusear o mouse e assim realisar a incluso digital dessas
pessoas e posteriormente aplicar esta tecnologia em outras modalidades como cadeiras de rodas e robs.
A proposta do projeto utilizar uma tecnologia acessvel, para isso utilizou-se um equipamento EEG de baixo custo.
Os sinais cerebrais so obtidos atravs de um EEG neuroheadset de 14 canais da Emotiv, o qual capta as tenses em
tempo real dos canais em contato com o usurio. Atravs de um sistema de treinamento sincronizado realiza-se um ciclo de
operaes em funo da inteno em relao ao movimento da esquerda, da direita,
para frente e para baixo. Estas
operaes podem estar vinculadas a qualquer ao captada pelo aparelho EEG. Neste caso obteve-se uma resposta
evidente em termos de variao de amplitide da onda de tenso em canais especficos do EEG quanto piscada de olho e
quanto contrao do msculo masseter esquerdo e direito. Estes dados so gravados em um arquivo que
pr-processado em Matlab e posteriormente feito o reconhecimento de padro num classificador que no caso utilizado
o software Weka. Atravs desta etapa ento de desenvolvido o aprendizado de mquina para atribuir movimentos
direcionais s ondas cerebrais obtidas com EEG.
Participantes:

Orientador: Jaime Shinsuke Ide

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Neurocincias
Autor: Milena Trevisan Pelegrino
Ttulo: Efeito do extrato padronizado de Ginkgo biloba na aquisio do medo
condicionado: papel das cinases reguladas por sinais extracelulares (ERK).
Palavras-Chave: Egb; ERK; memria; medo condicionado.
Pesquisas feitas anteriormente pelo grupo evidenciaram que o extrato padronizado de Ginkgo biloba (EGb) est
relacionado com alteraes na atividade do hipocampo, complexo amigdaloide e crtex pr-frontal e modificaes na
expresso de genes e protenas envolvidas na aquisio do medo condicionado. Contudo, no esclarecem os mecanismos
celulares envolvidos neste processo. Uma possvel explicao a interao do fitoterpico na via das cinases reguladas por
sinais extracelulares (ERKs). A sinalizao da ERK importante para funes celulares como o crescimento neuronal,
sobrevivncia e plasticidade neural, dentre os quais destacamos os eventos celulares necessrios para a formao da
memria Para verificarmos o efeito modulatrio do EGb na via da ERK e sua relao com a aquisio da memria do medo
avaliamos a aquisio do medo condicionado por meio da
supresso da resposta de lamber.Para isso, utilizamos ratos,
Wistar, adultos atribudos aleatoriamente em 6 grupos experimentais (n=10), sendo: i-antagonista da ERK (U0126); iiU0126 + EGb 250 mg.Kg-1; iii- U0126 + EGb 500 mg.Kg-1; iv- U0126 + EGb 1000 mg.Kg-1, v- Tween 80 -12% ( solvente do
EGb); vi- salina (solvente agonista). O procedimento experimental envolveu aquisio da resposta de lamber (1 -5 dia),
condicionamento CS-US (Treino, Som-choque nas patas, respectivamente) (6 dia), recuperao da resposta de lamber (7
dia), Teste 1 (8 dia, aquisio do medo condicionado). O tratamento com uma nica dose do antagonista foi administrado
20 minutos antes do condicionamento; j ratos tratados com antagonistas + EGb , receberam as drogas 50 minutos antes
do treino. No Teste foram apresentadas 10 tentativas do CS, sendo que para cada tentativa se avaliou a taxa de supresso
da resposta de lamber, calculada a partir do tempo utilizado para completar 10 lambidas na ausncia do CS e na presena
do CS. Os resultados sugerem que os ratos tratados com o antagonista da via da ERK, antes do tratamento com EGb, no
aprenderam a associao CS-US, indicando que o extrato de Ginkgo biloba age na via da ERK na etapa da aquisio da
memria do medo condicionado.
Participantes:

Orientador: Suzete Maria Cerutti

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Neurocincias
Autor: Styfany Corra Batista Machado
Ttulo: Estudo da aplicabilidade da bateria DLOTCA-G (Avaliao Cognitiva Dinmica
de Terapia Ocupacional de Loewenstein - para a populao geritrica) em uma
populao de idosos com alterao cognitiva..
Palavras-Chave: alterao cogniiva, idoso, avaliao
Introduo:A Avaliao Cognitiva Dinmica de Terapia Ocupacional de Loewenstein verso geritrica (DLOTCA-G)
um instrumento de avaliao cognitiva para idosos, especifico da rea de Terapia Ocupacional (TO). Avalia habilidades
cognitivas em 8 reas: orientao(temporal e espacial), percepo visual e espacial, prxis, construo visuomotora,
operaes de pensamento, memria e conscincia. Como avaliao dinmica, a bateria permite obter um perfil esttico dos
domnios cognitivos e o nvel de mediao necessrio para um melhor desempenho das tarefas. Objetivos:Verificar a
aplicabilidade da verso disponvel em portugus em uma amostra de idosos com alteraes cognitivas, considerando o
tempo mdio de aplicao, o desempenho dos idosos nos domnios e o uso da mediao como estratgia para melhorar o
desempenho.Populao e Mtodos:Foram avaliados 30 idosos com alteraes cognitivas oriundos da comunidade. Foram
considerados idosos com alterao cognitiva os que possuam pontuao menor a nota de corte no Mini Exame do Estado
Mental (MEEM) de acordo com a escolaridade e considerados idosos, os indivduos com 60 anos ou mais. Como
instrumentos de avaliao foram utilizados:questionrio de perfil sociodemogrfico, MEEM e a bateria DLOTCA-G.
Resultados:Os idosos da amostra so na maioria do gnero feminino (60%). A mdia de idade foi de 74,56 6,84 e a de
escolaridade 8,53 4,90. O tempo de aplicao da bateria completa em minutos foi em mdia 68,3 15,53.
Os idosos
apresentaram dificuldades em 46 das 48 tarefas da bateria. Os domnios mais comprometidos foram prxis (imitao
motora (96,6%) e aes simblicas (50%)), construo visuomotora(modelo bidimensional (66,6%), blocos coloridos
(76,6%), quebra cabea (73,3%), desenho do relgio (80%)), operaes de pensamento (categorizao (90%), sequncia
de figura (83,3%)) e memria (objetos pessoais (46,6%) e objetos de uso dirio (40%)). Apesar das dificuldades
apresentadas, o uso da mediao proporcionou melhora estatisticamente significativa no desempenho dos idosos em 90%
dos casos e em todos os domnios.As tarefas de construo visuomotora e operaes de pensamento requisitaram o mais
alto nvel de mediao,nvel de mediao V (auxiliando ou subtraindo quantidade). Concluses: A bateria DLOTCA-G a
primeira avaliao dinmica dos componentes cognitivos disponvel em portugus.Auxilia na identificao dos domnios
cognitivos comprometidos no envelhecimento com alterao cognitiva. As estratgias de mediao empregadas pela
bateria nos permitem melhorar significativamente o desempenho do idoso mesmo que ele no alcance a pontuao
mxima.
Participantes:

Discente: Styfany Corra Batista Machado

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Neurocincias
Autor: Vitor Villar Scattone
Ttulo: Conjunto de expresses faciais Nim Stim: uma adaptao para uso no Brasil
Palavras-Chave: NimStim, Expresses Faciais
Muitos estudos empregam fotografias de faces que expressam emoes para avaliar a capacidade de pessoas de
identificarem os sentimentos de outrem. O presente projeto tem por objetivo obter avaliao de expresses faciais do
conjunto de estmulos NimStim por uma populao brasileira de modo a determinar se este conjunto de estmulos
adequado para pesquisas realizadas neste pais. Este conjunto inclui 646 fotografias de faces de atores expressando vrias
emoes. O estudo envolver 60 estudantes universitrios saudveis de ambos os sexos que tenham o portugus como
primeira lngua. Eles sero testados em grupos de cerca de 10. Devero ver cada uma das faces projetadas na tela e
avaliar qual dentre as seguintes emoes melhor descreve a emoo expressa nas faces: raiva, felicidade, tristeza, medo,
surpresa, no jo, calma, neutra ou ?nenhuma das anteriores?. Devero tambm determinar numa escala analgica visual de
100 mm a intensidade da emoo expressa (variando de 0=mnima emoo possvel; a 100=mxima emoo possvel) de
modo que se possa elencar as expresses em termos desta varivel. Atualmente o experimento est em fase inicial. J foi
elaborado e impresso todo o material necessrio (termos de consentimento livre e esclarecido, questionrio de informaes
demogrficas e de histrico e estado clnico, gabaritos para que os participantes do teste respondam). O programa para
apresentar aleatoriamente as faces j foi preparado usando o software e-prime. Um estudo piloto foi realizado para
determinar o tempo mnimo necessrio para apresentao de cada face (3 s). O local de aplicao j foi designado e a
infra-estrutura checada, tendo sido considerados adequados para a realizao do projeto. O prximo passo ser a
convocao dos participantes.
Apoio Financeiro: AFIP, CAPES e CNPq.
Participantes:

Orientador: Vnia D'Almeida


Orientador: Sabine Pompia
Discente: Vitor Villar Scattone
Discente: Giuliano E. Ginani

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rea: Nutrio e Metabolismo
Autor: Bruna Vitria Neves
Ttulo: Desenvolvimento de Preparaes para a Alimentao Escolar a partir de Polpa
de Frutos de Juara (Euterpe edulis Mart.) e Avaliao de seu Potencial Bioativo e
Nutricional
Palavras-Chave: Polpa de Juara, compostos bioativos, alimentao escolar
Nativa da mata atlntica, a palmeira juara era utilizada para a extrao de palmito, atualmente essa atividade
extrativista considerada ilegal. No entanto o fruto da palmeira de juara pode ser uma alternativa sustentvel para
comunidades extrativistas, alm de a sua produo ser economicamente vivel e a polpa de fcil consumo para a
populao em geral. A frutificao ocorre em maior quantidade no perodo de maro a junho, sua colorao durante o
processo de maturao varia de verde a roxo. A polpa do fruto da juara pode ser utilizada como alimento funcional devido
suas propriedades antioxidantes que so atribudas ao elevado teor de antocianinas (201 mg de cianidina 3-glucosdeo/100
g de polpa fresca) e de compostos fenlicos totais (553,7 mg AGE/100 g de polpa fresca) presente na fruta. Devido a essas
propriedades, o emprego da polpa de juara na alimentao escolar torna-se interessante, pois alm de nutritiva a polpa
levemente adocicada. Alm disso, a extrao e o processamento dos frutos pode ser realizada em comunidades
extrativistas. Desta forma, a polpa congelada pode ser adquirida pelos municpios ou entidades executoras com recursos
destinados para a compra de produtos da agricultura familiar, que obrigatoriamente devem perfazer 30% dos recursos
repassados pelo FNDE- Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educao. Neste contexto, o principal objetivo deste
estudo foi desenvolver preparaes alimentcias com a polpa de juara para a introduo na alimentao escolar. Foram
desenvolvidas seis preparaes alimentcias, sendo trs salgadas (Strogonoff de carne com molho de juara, macarro de
juara e po de juara) e trs doces (sorvete de juara, bolo de juara e vitamina de juara). Ao final de cada preparao o
grupo realizou uma anlise sensorial e uma discusso procurando caractersticas sensoriais que precisavam ser
melhoradas. Foram elaborados cardpios escolares incluindo as preparaes de juara, e posteriormente avaliou-se a
qualidade nutricional do cardpio atravs de comparao com a Resoluo no 38 /2009 do FNDE. As recomendaes desta
resoluo para crianas de 6 a 10 anos, que permanecem na escola em perodo parcial so: 300 kcal, 48,8 g de
carboidratos, 9,4 g de protenas, 7,5 g de lipdios e 5,4 g de fibras, que correspondem a 20% das necessidades dirias. A
composio dos cardpios demonstrou que todas as preparaes podem sem introduzidas na alimentao escolar, uma
vez que atendem as recomendaes em todas as suas exigncias. Por exemplo, nas preparaes salgadas, Strogonoff de
carne com molho de juara (100 g), arroz (60 g), salada (40 g) e uma ma alcanou 377 kcal, 61,3 g de carboidratos, 5,3 g
de fibras, 12 g de protenas e 9,2 g de lipdeos. A refeio constituda de po de juara (80 g), requeijo (30 g) e suco de
laranja (120 mL), alcanou 401 Kcal, 59,1 g de carboidratos, 2,4 g de fibras, 8,6 g de protenas e 13,7 g de lipdeos. Nas
preparaes doces os valores encontrados tambm foram proporcionais e se enquadram nas exigncias da legislao, por
exemplo, o bolo de Juara (80 g) servido com leite achocolatado (120 mL) alcanou 346 kcal, 55,9 g de carboidratos, 1,79 g
de fibras, 9,49 g de protenas e 9,58 g de lipdeos enquanto o cardpio constitudo de arroz (50 g), feijo (50 g), bife
grelhado (50 g), salada (40 g) e sorvete de juara (50g) alcanou 402 Kcal, 63,24g de carboidratos, 8,02 g de fibras, 23,03 g
de protenas e 5,92 g de lipdios. Alm disso, foi calculada a quantidade de sal presente nas preparaes, e verificou-se
que nenhum cardpio alcanou o limite mximo estabelecido na resoluo no 38/2009 que de 1 g de sal na refeio
servida aos escolares. Desta forma, podemos concluir que as preparaes de juara so adequadas para introduo na
alimentao escolar, sob o ponto de vista tecnolgico, pois a presena da polpa influenciou de modo positivo as
caractersticas de panificao do po e do bolo de juara, alm disso, o gosto adocicado da polpa conferiu caractersticas
sensoriais adequadas a todas as preparaes, contudo
a aceitao das preparaes pelos escolares ser avaliada na
prxima etapa do trabalho. Sob o ponto de vista nutricional, as preparaes foram introduzidas com sucesso em cardpios
escolares, que por sua vez atenderam as necessidades nutricionais dos escolares entre 6 e 10 anos, fixadas na resoluo
no 38/2009 pelo FNDE.
Participantes:

Orientador: Veridiana Vera de Rosso


Discente: Samantha dos Santos Azevedo

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Nutrio e Metabolismo
Autor: Camilly Fratelli Pereira
Ttulo: A cincia dos alimentos em benefcio da sade e do convvio social:
desenvolvimento de preparaes doces para diabticos
Palavras-Chave: doces dietticos, aceitabilidade, ndice glicmico, carga glicmica, contagem de carboi
Conviver com o diabetes envolve compreenso e controle da doena, que objetiva a adequada manuteno da
glicemia por meio da atividade fsica, dieta e medicao em alguns casos. Em relao dieta, destacam-se a quantidade e
o tipo de carboidrato ingerido a cada refeio, sendo os principais determinantes do aumento da glicemia ps-prandial.
Neste contexto, frequentemente os diabticos so aconselhados a restringir o consumo de alimentos fontes de carboidratos
rapidamente absorvveis, o que os priva do consumo de doces, culminando no isolamento social desses indivduos e seus
familiares; gerando frustraes que podem resultar em altas taxas de no aderncia dieta. Assim, este trabalho teve como
objetivo desenvolver e avaliar a aceitabilidade e a resposta glicmica de doces de festa sem acar. Este estudo foi
aprovado pelo Ncleo de Biotica do campus Baixada Santista da UNIFESP (protocolo 193/11) e pelo Sistema Plataforma
Brasil (CAAE: 01174412.7.0000.5505). Primeiramente, foram realizados testes preliminares para definio das formulaes
dietticas de doces de festa. Para tanto, foram utilizados ingredientes culinrios e diferentes produtos comerciais
elaborados a partir de edulcorantes de alta intensidade, apropriados para uso domstico. Ao final, optou-se pela
padronizao dos doces, substituindo-se a sacarose somente pela sucralose, em funo de suas propriedades tecnolgicas
e segurana para o consumo. Posteriormente, foi realizada a anlise sensorial das formulaes. Cada doce foi avaliado por
cinquenta provadores no treinados de ambos os sexos e com idade entre 16 e 58 anos. Cada provador avaliou o grau de
aceitao dos atributos aparncia, textura, sabor e aspecto global dos doces por meio de escala hednica estruturada de
nove pontos (1- desgostei muitssimo, 5- no gostei/ nem desgostei, 9- gostei muitssimo). Os doces tambm foram
avaliados quanto aos seus teores de carboidratos, fibra alimentar, protenas e lipdeos e valor energtico. O clculo diettico
foi realizado com o auxlio dos dados disponveis na Tabela Brasileira de Composio de Alimentos - TACO ou nos rtulos
dos ingredientes. Visando a incluso dessas preparaes no planejamento diettico dos diabticos, tambm foram
calculados o ndice Glicmico ponderado (IG) e a Carga Glicmica (CG); por meio da utilizao dos dados disponveis na
Tabela Internacional de ndice Glicmico e Carga Glicmica dos Alimentos. O IG um indicador de qualidade de
carboidratos. A CG dos alimentos reflete a qualidade e a quantidade de carboidrato glicmico consumido. O IG dos
alimentos pode ser classificado em baixo (IG menor ou igual a 55), mdio (IG maior ou igual a 56 e menor ou igual a 69) ou
alto (IG maior ou igual a 70), e a CG em baixa (CG menor ou igual a 10), mdia (CG maior ou igual a 11 e menor ou igual a
19) ou alta (CG maior ou igual a 20). Tambm foi realizada a contagem de carboidratos em unidades de insulina (UI). Este
um mtodo de planejamento alimentar que consiste em calcular os gramas de carboidratos glicmicos que sero ingeridos,
possibilitando ao indivduo diabtico estabelecer quantas UI ter que aplicar aps o consumo de determinado alimento ou
refeio. Os resultados mostraram que por meio da combinao de diferentes ingredientes de uso culinrio, foi possvel
substituir algumas funes tecnolgicas da sacarose na formulao de seis tipos de doces de festa: brigadeiro, beijinho,
cajuzinho, moranguinho, doce de limo e de abacaxi. A anlise sensorial mostrou que os seis doces foram bem aceitos,
apresentando de 70% a 100% dos valores hednicos maiores ou iguais a 7, com mediana de 7,5 a 9, para as
caractersticas de aparncia, textura, sabor e aspecto global. De 82 a 94% dos provadores responderam que consumiriam
normalmente os seis doces avaliados. Quanto composio dos doces (uma unidade = poro de 20g) apresentaram de
43,15Kcal a 71,76Kcal de valor energtico; 4,25g a 6,19g de carboidratos; 0,26g a 0,85g de fibra alimentar; 2,43g a 4,19g
de protenas; de 1,12g a 4,31g de lipdeos. Os doces, na poro de 20g, foram caracterizados como produtos de baixo
ndice glicmico (IG = 19-32), baixa carga glicmica (CG= 1-2) e baixa contagem de carboidratos (~0,4 UI em mdia). Alm
disso, apresentaram custo acessvel (R$0,40-R$0,60/ poro). Conclui-se que a partir da utilizao de ingredientes
culinrios de uso domstico possvel elaborar doces dietticos de elevada aceitabilidade, que apresentam baixa resposta
glicmica e custo acessvel; podendo fazer parte do planejamento diettico dos pacientes diabticos, proporcionando o
prazer do gosto doce sem comprometer o controle glicmico. Como continuidade, ser realizada a anlise sensorial com
indivduos diabticos, e se necessrio, as formulaes sero ajustadas, de modo a tornar os doces aceitos por indivduos
diabticos e no diabticos, favorecendo o convvio social. Tambm ser elaborado e divulgado um livro contendo a receita
e o modo de preparo destes doces, possibilitando a reproduo dos mesmos pelos indivduos diabticos e seus familiares.
Participantes:

Orientador: Vanessa Dias Capriles

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rea: Nutrio e Metabolismo
Autor: Carlos Augusto Meinberg Porto
Ttulo: Responsividade vascular de ratos espontaneamente hipertensos tornados
obesos e tratados com antagonista do receptor AT1 da Angiotensina II (AII).
Palavras-Chave: SHR;CAFETERIA;HIPERTENSO
Responsividade Vascular de Ratos Espontaneamente Hipertensos (SHRs) tornados obesos com uma dieta cafeteria
Carlos Augusto Meinberg Porto, Desire Lee, Aline Martins1, Milton Gionza1, Aline Voltera1, Osvaldo Kohlmann Jr1
Mrio Cesaretti1.
Disciplina de Nefrologia, Universidade Federal de So Paulo
Objetivo
Em ratos espontaneamente hipertensos, avaliar o efeito da dieta cafeteria (hipercalrica) sobre o peso corporal,
presso arterial de cauda, vasodilatao endotlio dependente e independente, peso ventricular esquerdo e contedo de
gordura visceral.
Material e Mtodos
Ratos SHRs (SHR, n=9) foram tratados com dieta cafeteria (amendoim, chocolate, bolacha maizena e rao padro
Nuvilab (SHR+Caf, n=10). Todos os animais tiveram mensurados sua presso arterial de cauda e peso corporal duas vezes
por semana. Ao final de 12 semanas, todos os animais foram sacrificados e as aortas foram submetidas a teste de
responsividade (curves dose-respostas Acetilcolina (10 -6, 10-5, 10-4 M), Noradrenalina (10-3 M) e nitroprussiato de sdio
(10-7, 10-6, 10-5, 10-4 M. Tambm determinamos o peso ventricular relativo e o peso da gordura visceral (peso da gordura
periepidimal) . Os resultados foram analisados pelo teste ?t?de Student
Resultados
No foram observadas diferenas entre o peso corporal e a presso arterial de cauda dos animais. Entretanto, os
animais que receberam dieta cafeteria apresentaram aumento significante da gordura visceral (SHR= 0.98 0.12; SHR+Caf
= 2 .12 0.15 g/100g, p<0.05) e aumento glicemia de jejum (SHR= 84.9 0.48; SHR+Caf=
106.1 0.98, p<0 .05). A
anlise das curvas dose-respostas mostraram que os animais do grupo SHRCaf tiveram uma reduzida vasodilatao
endotlio dependente, mas no atingiram significncia estatstica (SHR -20.3 3.25; SHRCAF -30.85 5.15%, ns). A
vasodilatao endotlio independente foi semelhante entre os dois grupos. Tambm no encontramos diferenas entre os
pesos ventriculares relativos dos animais
Concluso
Apesar da dieta cafeteria ter provocado intelerncia glicose e aumentado o contedo de gordura visceral, no
verificamos diminuio no relaxamento vascular. A ausncia de resposta pode ser atribuda ao curto tempo de
administrao da dieta cafeteria.
Participantes:

Discente: Carlos Augusto Meinberg Porto

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rea: Nutrio e Metabolismo
Autor: Gabriela Gonzalez
Ttulo: Alimentao coletiva nos diferentes cenrios: caracterizao, conhecimentos,
atitudes e prticas.
Palavras-Chave: Alimentao coletiva, manipulao de alimentos, higiene dos alimentos
Introduo: No h estudos que avaliam as condies higinico-sanitrias nos diferentes cenrios da alimentao
coletiva com o intuito de compar-los e evidenciar suas especificidades. Neste sentido, a populao pode estar sob- risco
de doenas transmitidas por alimentos (DTAs) decorrentes da falta de boas prticas de manipulao de alimentos e
inadequao s legislaes sanitrias. Objetivo: Avaliar as condies higinico-sanitrias segundo grau de risco nos
diferentes cenrios da alimentao coletiva em Santos-SP e a influncia do nutricionista neste contexto. Metodologia:
Foram avaliados 68 estabelecimentos, ambulantes (n=22), quiosques (n=24), restaurantes comerciais (n=17), hospitais
(n=3) e escolas (n=2), sendo nove estabelecimentos com a presena de nutricionista, destes quatro eram restaurantes.
Para a avaliao dos estabelecimentos utilizou-se uma lista de verificao. Esta lista composta por doze blocos temticos:
edifcios e instalaes, higiene ambiental, controle Integrado de pragas, gua, resduos, manipuladores, matria-prima,
preparo, armazenamento, exposio, documento e responsabilidade. Primeiramente comparou-se os dados obtidos no
cenrio: restaurante comercial, visto ser o nico apresentar locais com e sem nutricionista e em seguida foram comparados
todos os cenrios com e sem nutricionista. Os grupos (com e sem a presena de nutricionista) foram comparados por meio
do teste U de Mann Whitney. Resultados e discusso: Verificou-se menor risco sanitrio com a presena do nutricionista
nos restaurantes comerciais nos blocos de edifcios, controle integrado de pragas, preparo de alimentos, armazenamento e
documento, em relao aos locais sem a presena do nutricionista (p<0,05). Entretanto, os blocos higiene ambiental,
matria-prima, resduos, gua, manipuladores, responsabilidade e exposio no apresentaram diferena em relao aos
locais sem a presena do nutricionista (p>0,05). A mdia do percentual de adequao geral (DP) foi de 60,9% (14,5) que
representa uma situao de risco sanitrio regular. Verificou-se que os itens que caracterizaram o bloco gua e documento
representaram a situao de menor (88,2%) e maior (39,7%) risco sanitrio quando avaliados todos os cenrios em
conjunto.
Notou-se menor risco sanitrio com a presena do nutricionista nos blocos de preparo (88,8% x 53,3%),
exposio (87,0% x 40,1%), higiene ambiental (80,2% x 42,2%), edifcios e instalaes (63,1% x 46,0%), resduos (88,8% x
55,0%), manipuladores (80,5%x59,7%), matria-prima (83,3% x 60,1%), armazenamento (94,4% x 55,0%) e gua (100% x
86,4%),em relao aos locais sem a presena do nutricionista (p<0,05). Entretanto, os blocos controle integrado de pragas
(71,42% x 64,4%) e responsabilidade (83,3% x 62,7%) no apresentaram diferena em relao aos locais sem a presena
do nutricionista (p>0,05). Concluso: A varivel presena do nutricionista no cenrio: restaurante comercial parece ser
significativa para a adequao das boas-prticas, uma vez que este possui conhecimentos tcnicos para garantir uma
alimentao segura do ponto de vista higinico-sanitrio. Outras varveis tambm so importantes a serem avaliadas, entre
elas: idade, tempo de realizao de treinamento e conhecimento, atitudes e prticas dos manipuladores.
As doenas
transmitidas por alimentos (DTAs) tm consequncias graves como a morte e poderiam ser evitadas com mudanas de
hbitos dos manipuladores, como a adoo de prticas de higiene dos alimentos. Dessa forma, evidencia-se a importncia
do nutricionista nos diferentes cenrios da alimentao para instruir os manipuladores quanto ao controle higinico-sanitrio
por meio do controle de qualidade, manipulao e conservao dos alimentos.
Participantes:

Orientador: Prof. Dra. Elke Stedefeldt


Discente: Diogo Thimoteo da Cunha

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rea: Nutrio e Metabolismo
Autor: Gabriela Mori Hagihara
Ttulo: Anlise sensorial de formulaes com condimentos tradicionais da culinria
brasileira para o preparo de carnes bovinas e sunas.
Palavras-Chave: aminas heterocclias, hidrocarbonetos policiclicos aromticos, compostos bioativos, ca
O processo de preparao de alimentos pode ser realizado por meio de diferentes tipos de coco. Quando se
emprega a coco seca em altas temperaturas em alimentos ocorre a produo de compostos txicos que trazem risco
sade do consumidor como, por exemplo, o desenvolvimento de cncer.
Nas ltimas dcadas o cncer tornou-se um evidente problema de sade pblica mundial. Vem se observando um
aumento progressivo de cnceres de reto, clon, mama e pulmo em pases em desenvolvimento, como o caso do Brasil.
Alguns condimentos tradicionais da culinria brasileira, possuem compostos bioativos como o caso do alho,
cebola, gengibre e manjerico que se destacam por conter substncias antioxidantes com capacidade de diminuir a
produo de compostos txicos como os hidrocarbonetos aromticos policclicos (HPAs) e as aminas heterocclicas (HAs)
produzidos no processo de coco de alimentos como as carnes, alm de conferir sabor, aroma e aparncia desejvel na
produo desses alimentos.
Sabe-se que a utilizao de condimentos e tcnicas de preparo adequadas, tem efeito protetor sobre a formao de
compostos txicos no preparo de carnes bovinas e sunas; a diminuio da exposio a agentes carcinognicos uma
estratgia para promover qualidade na alimentao, consequentemente promovendo sade e contribuindo com a economia
local e de forma mais ampla com a economia nacional.
Tendo em vista a escassez de trabalhos sobre o tema, esto sendo padronizados procedimentos de preparo e
estudadas as caractersticas sensoriais de carne bovina e suna preparadas com condimentos e avaliar a aceitao dessas
preparaes.
Esse estudo est sendo realizado a partir de testes descritivos com provadores treinados e o teste de aceitao (por
escala Hednica) no Laboratrio de Diettica da Universidade Federal de So Paulo.
Desta forma, espera-se avaliar a qualidade sensorial dos cortes de carne condimentados com alho, cebola, alecrim,
e gengibre isoladamente e em combinaes dois a dois, a fim de orientar o preparo de carnes com vistas a promover
diminuio da produo de agentes txicos com potencial carcinognico provenientes do preparo. Por serem estes
condimentos representantes da biodiversidade brasileira, espera-se tambm contribuir para o desenvolvimento da
economia local de pequenos e mdios produtores, estimulando o consumo desses alimentos contribuindo para alimentao
adequada.
Este estudo foi aprovado em janeiro pelo Comit de tica Plataforma Brasil e maio, pela Fundao de Amparo
Pesquisa do Estado de So Paulo - FAPESP.
Participantes:

Discente: Gabriela Mori Hagihara

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rea: Nutrio e Metabolismo
Autor: Gabriella Alencar Alves Marian
Ttulo: Efeito do tratamento com extrato de Ginkgo biloba sobre a inflamao heptica
em ratos com obesidade induzida pela dieta
Palavras-Chave: Obesidade; Dieta hiperlipdica; Inflamao heptica; Extrato padronizado de Ginkgo bi
Os lipdeos so de extrema importncia para o suporte da vida e desempenham diversas funes vitais. Apesar
disso, seu acmulo excessivo no organismo resulta na obesidade, uma doena multifatorial que desencadeia diversas
co-morbidades provocando reduo na qualidade e expectativa de vida dos indivduos. Dentre as diversas complicaes
metablicas ocasionadas, destaca-se a doena heptica no alcolica (DHNA), que envolve principalmente esteatose e
cirrose decorrentes do processo inflamatrio.
Tendo em vista que as morbidades associadas obesidade prejudicam no s os afetados, mas tambm o sistema
pblico de sade, uma terapia alternativa ou adjuvante para minimizar a patologia acima registrada seria de extrema valia.
O extrato padronizado de Ginkgo biloba, por exemplo, se apresenta promissor: acessvel pela populao, de fcil
administrao e, de acordo com a literatura, apresenta um efeito hepatoprotetor, podendo constituir uma terapia eficiente
para a DHNA. H indcios de que esse extrato melhora o metabolismo lipdico do fgado, alm de exercer efeitos
anti-oxidantes. Dentre as suas outras propriedades, destaca-se a ao anti-inflamatria, demonstrada em estudos atravs
da interferncia sobre a via de sinalizao de receptores do tipo "Toll", envolvidos diretamente na resposta inflamatria
decorrente da obesidade. Apesar disso, no h indcios na literatura da ao deste fitoterpico sobre a cascata inflamatria
heptica induzida pela obesidade.
A fim de elucidar os mecanismos de ao deste fitoterpico sobre a inflamao heptica promovida pela obesidade,
utilizamos ratos Wistar com obesidade induzida pela dieta (DIO) submetidos a um tratamento dirio via oral com 500 mg/kg
de extrato padronizado de Ginkgo biloba (EGb), durante 14 dias. Os parmetros de massa corporal e ingesto energtica
foram analisados antes e durante o tratamento. Foram mensurados a massa adiposa, o perfil lipdico e os nveis sricos de
enzimas hepticas ao trmino dos 14 dias de gavagem. Avaliamos, pela tcnica de Western Blotting, a quantidade heptica
do receptor TLR4. Realizamos tambm uma anlise histolgica para evidenciar o grau de comprometimento heptico em
termos de esteatose e cirrose.
Observamos, a partir deste estudo preliminar, que o EGb reduz o consumo alimentar e os depsitos de gordura
visceral de ratos obesos tratados, em relao aos no tratados. O fitoterpico tambm protegeu os animais da
hiperglicemia. Houve uma melhora nas taxas de HDL-colesterol porm as tendncias anti-inflamatrias do EGb no foram
evidenciadas no fgado. O modelo no evidenciou inflamao e cirrose heptica e o teor enzimtico tambm no
apresentou alteraes significantes. Como no houve desenvolvimento de inflamao heptica nos animais obesos, no foi
possvel avaliar o efeito anti-inflamatrio
do EGb neste modelo de DHNA. H evidncias na literatura que os ratos da linhagem Sprague Dawley so mais
susceptveis a DHNA induzida pela obesidade e assim, a prxima etapa dos estudos ser desenvolver um modelo de DHNA
para estes ratos podendo, ento, avaliar melhor os efeitos do EGb.
Participantes:

Orientador: Mnica Marques Telles


Discente: Bruna Kelly Hirata
Discente: Samira Alves Castiglione
Discente: Renata Mancini Banin

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Nutrio e Metabolismo
Autor: GRAZIELE COSTA SANTOS
Ttulo: Estudo em ratas dos efeitos da ovariectomia e dietas hiperlipdicas sobre a
sinalizao insulnica do tecido adiposo e fgado
Palavras-Chave: tecido adiposo, resistncia insulina, gordura poliinsaturada n-3, gordurada saturada
A menopausa um marco na vida da mulher repleto de importantes alteraes endcrinas. Destacadamente
ocorrem mudanas provocadas pela variao na fonte produtora e nos nveis de estrgeno. O estrgeno um hormnio
esteride produzido pelos folculos ovarianos, associado a vrios importantes processos como a inibio tanto da deposio
de gordura na regio abdominal como tambm na ao dos osteoclastos sobre os ossos. Nveis anormais desse hormnio
e/ou na atividade do seu receptor esto envolvidos no desenvolvimento da resistncia insulina. A insulina um hormnio
polipeptdeo que desempenha papel chave no metabolismo de todos os macronutrientes. A sua atividade depende da
ligao com o seu receptor, uma protena do tipo tirosina quinase que se auto-fosforila aps a ligao do hormnio,
desencadeando uma cascata de ativao da via de sinalizao. O objetivo desse trabalho ser avaliar as possveis
alteraes na via de sinalizao insulnica no tecido adiposo e no fgado induzidas pelo tratamento com dietas hiperlipdicas
ricas em cidos graxos saturados ou poliinsanutados da srie n-3 (PUFA-3) em ratas ovariectomizadas.
Participantes:

Orientador: Eliane Beraldi Ribeiro

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Nutrio e Metabolismo
Autor: Jssica Costa Ferreira de Jesus
Ttulo: Sistema Informatizado de Avaliao e Monitoramento do Risco Sanitrio em
Servios de Alimentao Coletiva
Palavras-Chave: Alimentao coletiva, Higiene dos alimentos, Lista de verificao
Introduo: Adquirir uma alimentao equilibrada e saudvel vem sendo o objetivo de polticas pblicas e aes
empresariais devido ao notvel crescimento da alimentao coletiva nas ltimas dcadas. Essa busca tambm demanda
garantir que os alimentos produzidos no representem algum tipo de contaminao que possa levar a uma Doena
Transmitida por Alimentos (DTA). Portanto, as Boas Prticas de manipulao de alimentos (BPs) e as condies
higinico-sanitrias dos estabelecimentos de alimentao coletiva so de grande relevncia para a sociedade e para a
comunidade cientifica. A primeira etapa para implantar as BPs a aplicao de uma lista de verificao para avaliar as
no-conformidades do estabelecimento, possibilitando assim intervenes para as no-conformidades observadas. Alguns
estudos evidenciam que locais que passaram por inspeo mais vezes, tendem a ser mais seguros do aspecto sanitrio, do
que os que foram inspecionados poucas ou nenhuma vez, antes mesmo que houvesse alguma interveno nesse perodo
entre as inspees. possvel notar a diferena no rigor dos inspetores de sade para o tradicional sistema de pontuao
de inspeo sanitria, resultando em uma disparidade entre os mtodos de pontuao. Assim, fica evidente a necessidade
de um sistema capaz de padronizar a etapa de pontuao dos itens existentes no instrumento de pesquisa. O Sistema de
avaliao e monitoramento do risco sanitrio em servios de alimentao coletiva trata-se de uma ferramenta informatizada,
de linguagem amigvel, que colaborar no acompanhamento da manipulao dos alimentos de forma segura, nos seus
diversos ambientes oferecidos. Objetivos: Elaborar uma lista de verificao das Boas Prticas; Desenvolver um sistema de
informao computadorizado para monitoramento e emisso de relatrios para servios de alimentao coletiva; Avaliar o
sistema quanto sua aplicabilidade e linguagem amigvel. Mtodos: O projeto aconteceu em duas etapas: 1) elaborao
da lista de verificao para Boas Prticas na alimentao coletiva, por meio de itens selecionados como crticos e no
crticos nas legislaes sanitrias vigentes que foram pontuados de acordo com seu risco por nutricionistas; 2) elaborao
de um sistema informatizado de avaliao e monitoramento do risco sanitrio em servios de alimentao coletiva, com
linguagem amigvel em plataforma web e na sua avaliao valores mdios acima de 3,5 nas dimenses estudadas:
contemplao e inovao, benefcio, adequao, utilidade, acessibilidade, igualdade e transferncia. Resultados Parciais: O
projeto encontra-se em andamento. A plataforma foi desenvolvida em linguagem MySQL em PHP com acesso online, onde
possvel, aps o preenchimento da lista de verificao elaborada, emitir relatrios indicando pontos inadequados, blocos
temticos com maiores inadequaes e escores de risco. Inicialmente esto disponveis quatro telas: Cadastro (cadastro do
nutricionista responsvel pelo servio de alimentao com dados bsicos e contatos); Nova avaliao (preenchimento da
lista de verificao aplicada no seu servio de alimentao); Resultados (dados das avaliaes realizadas, apresentando
pontos crticos, escores de risco e inadequaes); Formulrio (lista de verificao no formato de impresso para aplicao
in-loco). O sistema foi desenvolvido em um servidor particular para elaborao e testes. Para verificar a aplicabilidade da
plataforma, nutricionistas atuantes na regio da Baixada Santista foram convidados, atravs de publicaes feitas em uma
rede social, a avaliar o sistema respondendo um questionrio que avaliou: contemplao e inovao, benefcio, adequao,
utilidade, acessibilidade, igualdade e transferncia. Foi enviado email contendo o link do sistema e do questionrio de
avaliao, alm de instrues, a 24 profissionais que demostraram interesse em participar da avaliao. Dentre esse total,
apenas 7 nutricionistas responderam ao questionrio num perodo de 25 dias. Em todos os quesitos avaliados, o sistema
obteve avaliao positiva (mdia superior a 3,5), no apresentando mdias inferiores a 4. A mdia geral adquirida por meio
da avaliao dos nutricionistas foi de 4,66, representando avaliao positiva do sistema. Consideraes Finais: Nesse
primeiro momento possvel observar uma aceitao positiva dos nutricionistas ao sistema de avaliao apresentado.
Embora os resultados adquiridos no sejam definitivos, pode-se afirmar o potencial do projeto desenvolvido, que colabora e
apoia os gestores no tratamento adequado dos pontos fortes e fracos de risco, indicando quais so os fatores a serem
tratados prioritariamente. Porm se faz necessria nova forma de abordar possveis participantes da avaliao, j que a
abordagem anterior no possibilitou uma quantidade representativa de avaliaes.
Participantes:

Discente: Jssica Costa Ferreira de Jesus

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Nutrio e Metabolismo
Autor: Las dos Santos Puchetti
Ttulo: Estresse oxidativo e alteraes cardiovasculares em modelo animal de
hiper-homocisteinemia
Palavras-Chave: hiper-homocisteinemia, estresse oxidativo, alteraes cardiovasculares
Nveis elevados de Homocistena (Hcy) plasmtica tem sido associados a risco de doenas coronarianas,
independente de outros fatores, em que danos endoteliais e estresse oxidativo podem estar envolvidos. Apesar destas
relaes j estabelecidas, os mecanismos envolvidos ainda so pouco compreendidos. Sabe-se que a administrao
crnica de Hcy em animais de experimentao aumenta a peroxidao lipdica e diminui as defesas antioxidantes
enzimticas e que o corao extremamente suscetvel ao ataque de radicais livres, sendo assim, o estresse oxidativo
um denominador comum em muitos aspectos nas doenas vasculares. Evidncias apontam que a alta prevalncia de
hiper-homocisteinemia associada aos determinantes genticos e hbitos adquiridos fazem com que este aminocido seja
considerado um alvo ideal para intervenes em pacientes vasculares. Entretanto, para que estas estratgias produzam os
efeitos desejados, de grande importncia conhecer os mecanismos bioqumicos e moleculares que participam dos danos
cardiovasculares causados pela hiper-homocisteinemia. Objetivos: Sendo assim, o objetivo do estudo foi analisar como
nveis elevados de Hcy plasmtica influenciam os danos cardiovasculares, levando em considerao alteraes
bioqumicas decorrentes desse aumento, em camundongos. Para tanto foram quantificados: atividade da superxido
dismutase e catalase em tecido cardaco e eritrcitos; expresso gnica da superxido dismutase e catalase em tecido
cardaco; nveis de homocistena, cistena plasmticas e de glutationa eritrocitria. Metodologia: Foram utilizados
camundongos machos da linhagem C57Black (n=40), recm desmamados, mantidos em ciclo claro/escuro de 12 horas,
com umidade e temperatura controladas (22 2C) e acesso gua e comida vontade durante o experimento. Para o
aumento de homocistena, foi realizada uma curva de dose a fim de se alcanar aumento significativo dos nveis
plasmticos. Foram utilizadas solues de Metionina (Met) 0,5%, Met 1% e Homocistena (Hcy) 0,09% utilizadas como gua
de beber por um perodo de 2 meses. Os animais foram medidos e pesados ao longo de todo procedimento. Para as
dosagens bioqumicas foram utilizados mtodos espectrofotomtricos e para a expresso gnica, PCR em tempo real. Os
dados foram apresentados como mdia e erro padro da mdia (ou desvio padro, quando indicado). Os resultados foram
analisados pelo teste de ANOVA seguido, quando necessrio, pelo teste de Tukey. Foi estabelecido em 5% o valor de
rejeio da hiptese de nulidade (p < 0,05). Resultados: O tratamento dos animais, durante 2 meses, no foi capaz de
alterar a razo entre peso e comprimento dos animais; tambm no pudemos observar diferena significante entre a massa
corprea aps eutansia, assim como no observamos diferena na razo entre o peso dos rgos em relao ao peso do
animal, porm houve uma diferena significante em relao ao peso relativo da gordura entre os grupos Controle e Met 1%.
Ao analisarmos a mdia do consumo das solues ingeridas pelos animais, observamos mdias semelhantes, mostrando
que no houve rejeio das solues pelos animais. Tanto a glutationa total, quanto a glutationa reduzida tiverem uma
diferena significante (p>0,05) dos animais tratados em relao ao grupo controle. Os resultados obtidos das concentraes
de glutationa total mostram que os grupos Met 0,5% e Met 1% foram estatisticamente maiores que os valores do grupo
controle, j os resultados do grupo Hcy 0,09% foram estatisticamente menores. Os valores de glutationa reduzida foram
menores quando comparados com o grupo controle. Os nveis de homocistena plasmtica mostraram um progressivo
aumento, mostrando que os tratamentos a que os animais foram submetidos foram eficientes em aumentar a Hcy
plasmtica dos mesmos. J os valores de cistena apresentaram um declnio. Houve ainda um aumento estatstico nos
valores de catalase. Porm no obtivemos diferena significante na atividade da enzima superxido dismutase em
eritrcitos. Concluso: Com este estudo, pudemos constatar uma diferena significante encontrada entre os grupos controle
e os tratados com metionina e homocistena nos valores de glutationa total e reduzida, um progressivo aumento dos nveis
de homocistena e um aumento nos valores de catalase indicando que o modelo serviu para demonstrar que o aumento da
homocistena plasmtica produz alteraes significativas nos parmetros avaliados corroborando a participao do estresse
oxidativo nos danos cardiovasculares induzidos pela hiper-homocisteinemia.
Apoio financeiro: FAPESP, CNPq e AFIP
Participantes:

Orientador: Vnia D'Almeida


Discente: Marina Mastelaro Rezende
Discente: Ana Luiza Dias Abdo Agamme

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Nutrio e Metabolismo
Autor: Livia Yume Tanizaki
Ttulo: ESTUDO DA APLICAO DIETTICA DO MAROLO (Annonacrassiflora Mart.) E
DA AMNDOA DE BARU (Dipteryxalata Vog.)
Palavras-Chave: marolo, baru, receitas, anlise sensorial, cerrado
O marolo (Annona crassiflora Mart.) uma fruta rica em vitaminas e minerais, com destaque para o fsforo e o
clcio. O marolo apresenta os maiores ndices de aproveitamento culinrio, dentre as frutas nativas brasileiras. O baru tem
polpa e amndoa comestveis alm de compostos que podem ter ao antinutricional, como taninos, cido ftico e inibidor
de tripsina. O tratamento trmico o mtodo mais utilizado a fim de eliminar ou diminuir o teor de antinutrientes e,
consequentemente, aumentar a biodisponibilidade dos nutrientes. A presena de compostos que desempenham funes
bioativas como o fortalecimento do sistema imunolgico, a diminuio do risco de doenas crnicas, como a doena
cardiovascular e o cncer, a degenerao macular e a formao da catarata, ampliam o interesse pelo consumo destes
alimentos.
Este projeto visa testar o marolo e a amndoa de baru como ingredientes principais para aplicao diettica por meio
de receitas que visem promover a reteno de nutrientes e minerais em alinhamento s orientaes da literatura, bem como
para valorizar suas caractersticas sensoriais. Alm disso, espera-se tambm o conhecimento e divulgao de preparaes
que envolvam o marolo e a amndoa de baru.
Foram realizados ensaios culinrios no Laboratrio de Diettica da UNIFESP, Campus Baixada Santista. As
preparaes de marolo selecionadas foram: bolo de marolo, sorvete de marolo, biscoito de marolo e panqueca de frango
com marolo. As preparaes com amndoa de baru selecionadas foram: barra de cereais com amndoa de baru, biscoito
de aveia com amndoa de baru e arroz integral com alho-por e amndoa de baru;
As preparaes selecionadas sero submetidas anlise sensorial por escala hednica estruturada realizada por
julgadores voluntrios no treinados, adultos de ambos os sexos. As amostras sero oferecidas em pratos brancos
codificados com algarismos de trs dgitos. Os provadores sero convidados a preencher fichas de avaliao de Teste de
aceitao (com escala hednica de nove pontos), Teste de atitude e Teste de perfil de caractersticas, para registrar
aceitao.
Participantes:

Discente: Livia Yume Tanizaki

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Nutrio e Metabolismo
Autor: Luana Cristina de Almeida Silva
Ttulo: Influncia da ingesto de precursores dietticos sobre o comportamento
alimentar e o estado de ansiedade em ratos
Palavras-Chave: Triptofano, Serotonina, cido Linolico, Endocanabinides, Comportamento Alimentar
A homeostase energtica do corpo depende do equilbrio entre a ingesto alimentar e o gasto energtico que, por
sua vez, so influenciados por mltiplos fatores, de natureza gentica, metablica, endcrina, neural, comportamental e
ambiental. Todos esses fatores podem ser potencialmente envolvidos na patognese da obesidade. O Sistema Nervoso
Central (SNC) controla a ingesto e o gasto de energia por meio de um complexo circuito de neurotransmissores e
neuromoduladores. Dentre esses mediadores destacam-se a serotonina e os endocanabinides que atuam em reas
especficas do sistema mesolmbico podendo, assim, regular a ingesto alimentar e o gasto de energia. Evidncias
neurolgicas sugerem que esses dois sistemas podem sinergisticamente modular o comportamento alimentar. Os nveis e
as possveis funes de diversos neurotransmissores so influenciados pelo estoque de seus precursores dietticos. O
triptofano o principal precursor da serotonina e responsvel por induzir a atividade serotoninrgica no crebro. cidos
graxos poliinsaturados de cadeia longa, como o cido linolico, so apontados como precursores dos principais agonistas
endgenos dos receptores canabinides. Logo, os efeitos desses precursores podem ser suficientes para influenciar o
comportamento em algumas circunstncias, sendo a administrao de componentes dietticos tais como triptofano e cido
linolico, uma possvel forma de alterar parcialmente o metabolismo dos neurotransmissores, em experimentos ou
procedimentos teraputicos com animais e humanos. O objetivo deste trabalho tem sido analisar a influncia da ingesto de
precursores dietticos relacionados serotonina e aos endocanabinides sobre: a ingesto alimentar e sobre a
imunorreatividade protena fos em reas cerebrais associadas ao comportamento alimentar. No caso da serotonina, sero
analisados os ncleos da rafe, principal fonte serotoninrgica do SNC e associado ao estado de ansiedade, e no caso dos
endocanabinides sero analisadas as reas onde os endocanabinides e o receptor CB1 tambm esto presentes em
altas concentraes, ou seja, reas hipotalmicas como ventromedial, dorsomedial e lateral, alm dos ncleos arqueado e
paraventricular do hipotlamo. Para isso, foram constitudos quatro grupos com oito ratos Wistar assim denominados:
controle (CO), dieta enriquecida com triptofano (T), dieta enriquecida com cido linoleico (AL), dieta enriquecida com
triptofano+cido linoleico (TAL). At o presente momento, foi acompanhado o ganho de peso corporal em gramas dos
animais de todos os grupos e o consumo das dietas enriquecidas, sendo que no foram observadas alteraes nestes
aspectos metablico e comportamental. Com relao ao teste comportamental de ansiedade do Labirinto em T Elevado, as
dietas contendo os precursores dietticos no promoveram alterao comportamental detectvel pelo teste utilizado.
Portanto, at o presente momento, observa-se que o enriquecimento da dieta com estes precursores no influenciou o
comportamento de ingesto alimentar e em teste de ansiedade. Na etapa seguinte ser analisada a imunorreatividade
protena Fos para anlise dos aspectos neurofisiolgicos nas reas acima discriminadas.
Participantes:

Orientador: Vnia D'Almeida


Docente: Isabel Cristina Cspedes
Docente: Milena de Barros Viana
Discente: Jos Simes de Andrade

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Nutrio e Metabolismo
Autor: Luana Pilon Jrgensen
Ttulo: Mapeamento Nutricional de Atletas de Alto Rendimento
Palavras-Chave: nutrio, imagem corporal, esportes coletivos, esportes de combate e ginastica ritmica
A relao entre a nutrio e o desempenho esportivo est bem estabelecida na literatura. Compreender as questes
que permeiam as escolhas alimentares de atletas fundamental para definir as melhores estratgias de orientao e
educao alimentar e nutricional. O objetivo deste estudo transversal foi mapear questes nutricionais de atletas de alto
rendimento do municpio de Santos/SP. Foram realizadas as seguintes avaliaes: antropomtrica (massa corporal e
estatura para a o clculo do ndice de Massa Corporal - IMC); avaliao da composio corporal (estimativa do percentual
de gordura - %G a partir dos valores de dobras cutneas utilizando-se equaes adequadas a adolescentes ou adultos);
avaliao das prticas alimentares e conhecimento nutricional, utilizando o questionrio desenvolvido para este estudo e o
consumo alimentar por meio do recordatrio de 24h para anlise do consumo de energia e macronutrientes em um dia de
treino habitual; avaliao da percepo corporal utilizando uma escala silhuetas (insatisfao corporal = diferena entre a
silhueta desejada e a silhueta atual) e o questionrio sobre imagem corporal (BSQ), alm de testes para identificao do
risco de transtornos alimentares (EAT26 e BITE) e avaliao da inteno de mudana de comportamento por meio do
modelo transterico. Do total de 190 atletas avaliados, conveniados FUPES, apenas 97 (51,1%) completaram o protocolo
completo proposto. Os esportes avaliados foram coletivos (grupo COL: voleibol feminino n=15 e masculino n=10; handebol
feminino n=12 e masculino n=13; futsal feminino n=11; basquete feminino n=8), combate (grupo COM: jud feminino n=7 e
masculino n=3; karat feminino n=2 e masculino n=2) e individual (GR: ginstica rtmica n=14). Devido ao
desbalanceamento da amostra em relao ao sexo (feminino n=69, 71,1%, masculino n=28; 28,9%) foram apresentados
resultados comparativos e de correlao apenas para o sexo feminino. Entre as atletas dos trs observou-se diferena de
idade (COL:17,31,46; COM:20,65,66; GR:16,04,64; p=0,003), tempo de prtica (COL:5,892,77; COM:13,005,52;
GR:7,574,16; p=0,001), competio (COL:4,712,43; COM:10,55,3; GR:6,144,33; p=0,001) e horas/semana de treino
especifico (COL:9,472,43; COM:6,751,91; GR:15,865,35; p=0,001). Quanto antropometria, atletas GR apresentaram
IMC (19,91 kg/m22,88) e %G (18,83,82) diferente de COL (23,262,65kg/m2, p=0,01 e %G=23,985,31,p=0,03) e COM
(22,962,75kg/m2, p=0,021 e %G=25,033,88, p=0,015). O consumo de energia foi sub-relatado (=ingesto energtica/taxa
metablica basal ??1,05) para 35% do grupo GR e o consumo deste grupo foi o menor (1533kcal 533). Embora no tenha
sido observada diferena no consumo de macronutrientes entre esportes, nos trs grupos observou-se consumo mdio de
carboidratos (<5g/kg), abaixo da recomendao para atletas. O consumo proteico foi elevado para 44,5% e 35,7% das
atletas de COM e GR, respectivamente. Apenas 5,2% de toda a amostra recebe orientao alimentar por nutricionista, e
66% relata pais ou os prprios como responsveis pelas decises sobre a alimentao. O consumo de suplementos foi
relatado por 39,2%, sendo os proteicos os mais frequentes (44,7%). Quanto s prticas alimentares, alguns aspectos
nutricionais so comuns aos atletas: fracionamento alimentar inadequado (63,9%), alto consumo de alimentos ricos em
gorduras (62,9%) e de refrigerantes e/ou sucos em p (51,6%), falta de refeies pr e ps-treino (52,6%) e do desjejum
(30,9%), baixo de hortalias e/ou frutas (73,2%) e baixo consumo de leite e derivados (27,8%). A mdia do escore de
conhecimento nutricional apresentado pelos grupos esteve entre 29,3 e 31,0 pontos. Houve associao entre o escore e a
escolaridade dos atletas, sendo que as atletas com ensino superior apresentaram escores superiores. As principais crenas
apresentadas pelos grupos esto relacionadas supervalorizao proteica e ao consumo de suplementos. Dos 97 atletas,
54,6% apresentaram insatisfao com o excesso de peso (variando de -1 a -6) e 23,2% apresentaram insatisfao com a
magreza (variando de 1 a 9). Entre as mulheres, observou-se correlao em a silhueta atual e IMC (COL r=0,72; COM
r=0,72; GR r=0,55). Alm disso, 30,9% apresentaram distoro da imagem corporal sendo desses, 3,3% classificada como
grave. O risco para transtornos alimentares apareceu em 7,2 e 1,0% dos atletas de acordo com EAT e BITE,
respectivamente. No foi observada correlao entre o IMC e o risco de transtorno alimentar. Os atletas foram classificados
de acordo com o estgio de mudana de hbito de acordo com o modelo transterico. O estgio de ?ao? foi o mais
frequente (25,6%), seguido por deciso (22,1%). O diagnstico realizado por meio deste estudo permite afirmar que o grupo
apresenta caractersticas nutricionais inadequadas ao treinamento esportivo. Esses resultados permitem o desenvolvimento
de aes de educao alimentar e nutricional desenhadas de acordo com a necessidade especfica dos grupos.
Participantes:

Orientador: Claudia Ridel Juzwiak

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Nutrio e Metabolismo
Autor: Marcella Passaro Siqueira
Ttulo: Efeito da farinha de banana verde nas propriedades tecnolgicas e nutricionais
de po sem glten
Palavras-Chave: Musa spp, doena celaca, modelagem de mixtura, metodologia de superfcie de respo
O trigo o nico gro cuja protena capaz de formar glten em quantidade suficiente para produzir pes
fermentados. A rede de glten se forma quando a farinha de trigo, a gua e os demais ingredientes sofrem a ao de um
trabalho mecnico. O glten confere propriedades nicas massa, como a extensibilidade, elasticidade, viscosidade e
capacidade de reteno dos gases formados durante a fermentao e o forneamento. Durante o forneamento ocorre a
desnaturao e coagulao do glten formando um filme responsvel pela estrutura do po. Nesta etapa tambm ocorre a
gelatinizao do amido contribuindo para a formao da estrutura do miolo. O glten responsvel pela estrutura e,
consequentemente, pela qualidade e aspecto de pes. Entretanto, uma parcela da populao, os doentes celacos,
apresenta intolerncia ao seu consumo, o que exige o desenvolvimento de produtos panificados sem glten, que um
grande desafio tecnolgico. Os substitutos da farinha de trigo mais utilizados so as farinhas e amidos refinados obtidos a
partir de gros, razes e tubrculos isentos de glten. Portanto, pes sem de glten geralmente apresentam baixos teores
de fibra alimentar e de micronutrientes. Deste modo, o desafio atual agregar ao mesmo tempo qualidade tecnolgica,
sensorial e nutricional a estes produtos. Considerando este contexto, a farinha de banana verde pode ser um ingrediente
atrativo uma vez que no contem glten e apresenta elevado teor de amido resistente, cor e sabor neutros. Este trabalho
teve como objetivo investigar os efeitos da farinha de banana verde nas propriedades tecnolgicas e nutricionais de po
sem glten. Para tanto, foi utilizado o planejamento experimental centride simplex para misturas ternrias com o objetivo
de avaliar os efeitos da interao entre os componentes farinha de arroz (x1), fcula de batata (x2) e farinha de banana
verde (x3) nas propriedades tecnolgicas dos pes sem glten. Foi adotado o modelo cbico especial, que contm alm
dos termos do modelo aditivo, termos cruzados que descrevem a interao entre dois e trs componentes. Foram
realizadas duas repeties do ponto central e incluso de trs pontos axiais, totalizando doze formulaes. A nica
diferena entre os produtos era a proporo entre os componentes farinceos, cujo somatrio representava 35,8% da
formulao dos pes sem glten. Foram utilizadas as mesmas quantidades dos demais ingredientes e o mesmo
processamento para todas as formulaes. A qualidade dos modelos ajustados aos dados experimentais foi avaliada por
meio da anlise de varincia, do coeficiente de determinao, e anlise visual da distribuio dos resduos. Utilizamos a
farinha de banana verde obtida por liofilizao uma vez que esse o processamento que possibilita a maior reteno dos
teores de amido resistente encontrados na matria-prima. Na etapa atual foi avaliada a aceitabilidade dos doze pes
desenvolvidos. Para tanto, foi realizado sorteio para definio das trs formulaes que seriam avaliadas pelos provadores
em cada uma das quatro sesses de anlise sensorial. A ordem de apresentao das formulaes foi definida por meio de
blocos balanceados. Cada formulao foi avaliada por cinquenta provadores no treinados que analisaram a aceitao dos
atributos aparncia, cor, aroma, textura, sabor e aspecto global dos pes em uma escala hednica hbrida de 10 cm
semi-estruturada: 1 ? desgostei muitssimo, 5 ? no gostei/ nem desgostei, 10 ? gostei muitssimo. Os modelos obtidos para
a aceitao do aroma (Y1 = 6,98x1 + 7,64x2 + 5,16x3 +
3,73x1x2+
7,32x1x3+ 4,59x2x3 ? 15,92 x1x2x3, R2= 98%), da
textura (Y2 = 7,14x1 + 6,01x2 + 6,27x3 +
3,16x2x3 + 11,67 x1x2x3, R2= 84%), do sabor (Y3 = 7,74x1 + 7,79x2 + 5,69x3
+3,99x1x3+ 3,96x2x3 ? 16,67 x1x2x3, R2= 98%) e global
(Y4 = 7,50x1 + 7,30x2 + 5,58x3 +
4,88x1x3+ 3,68x2x3 ? 18,86
x1x2x3, R2= 98%) explicaram de 84 a 98% da variao observada, foram significativos (p< 0,01) e no apresentaram falta
de ajuste (p> 0,05). Os modelos mostraram que quanto maior o teor de farinha de banana verde na formulao, menor a
aceitabilidade dos pes (aceitao global =5,6); possivelmente por se tratar de uma nova matria prima, que no faz parte
dos hbitos de consumo da populao, resultando em menor aceitao das caractersticas de cor, aroma e sabor que foram
conferidas ao produto final. J os pes elaborados apenas com farinha de arroz ou com fcula de batata foram aceitos
(aceitao global de 7,5 e 7,3, respectivamente). As interaes entre a farinha de banana verde e a farinha de arroz ou a
fcula de batata maximizam a aceitabilidade dos pes, havendo necessidade de combinar a farinha de banana verde a uma
dessas matrias primas para a obteno de pes aceitos (aceitao global >7,0). Os modelos foram utilizados para a
elaborao das superfcies de respostas e por meio da sobreposio destas realizou-se a otimizao simultnea dos
parmetros de aceitabilidade dos pes sem glten. Foram selecionadas trs formulaes timas: formulao 1: x1= 69%,
x3= 31%; formulao 2: x1= 41%, x3= 59%; formulao 3: x2= 63%, x3= 37%, com aceitao estimada para o aroma de 7,7
a 8,0, para a textura de 6,6 a 6,9, para o sabor de 7,5 a 8,0 e global de 7,5 a 8,0. Na prxima fase deste estudo, ser ento
realizada a validao dos modelos por meio da execuo de experimentos confirmatrios e comparao dos valores obtidos
experimentalmente com os previstos pelos modelos ajustados. Os resultados parciais indicam que possvel incorporar at
60% de farinha de banana verde na formulao de po sem glten, obtendo-se um produto de boa aceitao. Este trabalho
mostra a viabilidade tecnolgica, nutricional e comercial do aproveitamento da farinha de banana verde na formulao de
po sem glten; atendendo as expectativas dos consumidores que procuram por alimentos que associem convenincia a
sade e possibilitando maior variao e adequao da dieta dos pacientes celacos.
Participantes:

Discente: Marcella Passaro Siqueira

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Nutrio e Metabolismo
Autor: Marcelle Spina Donadio
Ttulo: Efeitos de longo prazo do estresse sobre parmetros alimentares e metablicos
de ratos com acesso a comfort food
Palavras-Chave: comfort food, estresse
Efeitos de longo prazo do estresse sobre parmetros alimentares e metablicos de ratos com acesso a comfort food.
Donadio, MS; Ribeiro, PM; Ortolani, D; Garcia, MC; Melo-Thomas, LL; Spadari-Bratfisch, RC. Laboratrio de Biologia do
Estresse, Depto. Biocincias, Universidade Federal de So Paulo, Campus Baixada Santista, Santos, SP, Brasil.
Objetivos: a ingesto de rao comercial reduzida durante o perodo em que ratos so submetidos a estresse por
choques nas patas (ST), mas a ingesto de comfort food no se altera. Esta tambm atenua o aumento na concentrao
srica de corticosterona induzido pelo ST (ORTOLANI et al., 2011). No foi ainda avaliado se estes efeitos so duradouros
ou se limitam ao tempo de durao do estresse. Neste trabalho propomos investigar os efeitos de longo prazo do estresse
por choque nas patas sobre parmetros alimentares e hormonais de ratos com acesso a comfort food. Mtodos: Ratos
Wistar (200-250 g) tiveram livre acesso rao comercial (Labina) e a comfort food (rao comercial, Labina; chocolate
ao leite, Chocolates Garoto; amendoim, Hikari e biscoito maisena, Tostines) na proporo de 3:2:2:1 durante 27 dias.
Os ratos foram submetidos a 3 dias consecutivos de estresse (ST: choque nas patas inescapvel, 1 mA, 1 s, 15-25 s de
intervalo, 30 min, n=10/grupo). Ratos no submetidos a ST foram usados como controle (CO, n=10/grupo). A ingesto
alimentar e o peso foram monitorados diariamente durante o perodo de estresse e nos 24 dias subsequentes. No 27 dia,
os ratos foram eutanasiados por decapitao, o sangue do tronco foi coletado, centrifugado e o soro armazenado ? 80C
para posterior anlise de corticosterona. Os dados esto expressos em mdia erro padro da mdia e foram comparados
por ANOVA e teste de Bonferroni. As diferenas foram consideradas significativas quando p<0,05. Resultados: ratos
submetidos a ST ingeriram menor quantidade de rao comercial (ST 21,90 0,61 g/dia, n=20) do que ratos CO (24,05
0,77 g/dia, n=20). Ratos de ambos os grupos preferiram comfort food (CO 28,00 0,91; ST 23,50 1,11 g/dia) em relao
rao comercial (CO 2,83 0,87; ST 2,61 1,00 g/dia) durante o ST. Aps o perodo de estresse, ambos os grupos
continuaram preferindo a comfort food (rao comercial: CO 2,48 0,27; ST 2,28 0,24; comfort food: CO 23,29 1,13; ST
23,68 0,86 g/dia). O estresse no foi efetivo em alterar a massa corporal em ambos os grupos (rao comercial: CO 10,80
1,14; ST 8,95 1,70 g/3 dias; comfort food: CO 8,43 0,83; ST 6,53 1,20 g/3 dias). Durante o perodo ps-estresse,
houve aumento da massa corporal em ambos os grupos, porm sem diferena estatstica (rao comercial: CO 84,30
10,00; ST 91,40 7,13 g/27 dias; comfort food: CO 90,40 7,85; ST 96,60 13,84 g/27 dias). Os dados mostraram que
ratos submetidos ao ST apresentaram aumento na concentrao srica de corticosterona (rao comercial: CO 118,30
21,76; ST 448,70 65,59 ng/ml). A ingesto de comfort food atenuou este aumento induzido pelo ST (comfort food: CO
100,00 32,75; ST 255,70 3 3,51 ng/ml). Aps o perodo de estresse os animais reduziram a concentrao de
corticosterona a valores semelhantes ao grupo CO (rao comercial: CO 75,97 2,12; ST 89,73 12,02 ng/ml). A ingesto
de comfort food durante 27 dias no alterou as concentraes sricas de corticosterona. Concluso: os efeitos de longo
prazo do ST no alteraram o comportamento alimentar e a preferncia por comfort food. O aumento da concentrao de
corticosterona induzido pelo ST foi cancelado aps 25 dias.
Apoio financeiro: Fapesp e CNPq/PIBIC.
Participantes:

Orientador: Regina Clia Spadari-Braficsh


Docente: Liana L Mello-Thomas
Docente: Marcia Carvalho Garcia
Discente: Marcelle Spina Donadio
Discente: Daniela Ortolani
Discente: Paola Moniz Ribeiro

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Nutrio e Metabolismo
Autor: Natasha Scaranello Cartolano
Ttulo: Efeitos da ovariectomia e dietas hiperlipdicas sobre o estado inflamatrio do
tecido adiposo de ratas
Palavras-Chave: Inflamao, ovariectomia, tecido adiposo, Toll-like receptor 4 cidos graxos poli-insatu
A menopausa definida pela ausncia de ciclos menstruais por durante, no mnimo, doze meses. A partir desse
evento uma srie de alteraes ir ocorrer; notadamente a mulher se tornar mais suscetvel ao desenvolvimento de
diversas doenas, entre elas a osteoporose, coronariopatias, resistncia insulina e obesidade. Esta ltima, que vem
progressivamente se tornando uma das afeces mais prevalentes no mundo ocidental, decorrente do balano energtico
positivo, no qual a quantidade de energia consumida supera a quantidade gasta. Observa-se que as implicaes da
obesidade vo desde o estigma social e doenas psquicas at graves desordens metablicas. Vrias descobertas tm sido
feitas a respeito do depsito de gordura humano na forma de tecido adiposo. Hoje se sabe que mais do que um mero
estoque energtico trata-se de um verdadeiro rgo endcrino, responsvel pela produo de diversas substncias.
Ademais, um consenso o fato de que a obesidade um estado crnico de inflamao, que uma resposta orgnica a
uma agresso, na tentativa de restabelecer o equilbrio anterior. Assim, observa-se que diversos marcadores inflamatrios
podem ter sua expresso aumentada na vigncia da obesidade. Neste trabalho, foram quantificadas as seguintes protenas:
pNF-KB p 50, pNF-KB p 65 e TLR-4, em tecido adiposo retroperitoneal de ratas previamente submetidas ovariectomia e
tratadas com dietas hiperlipdicas ricas em PUFA-3 e cidos graxos saturados, com a finalidade de observar se ocorrem
alteraes na expresso de tais protenas.
Participantes:

Orientador: Prof. Dra. Eliane Beraldi Ribeiro


Orientador: Ana Paula Segantine Dornellas
Discente: Graziele Costa Santos

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Nutrio e Metabolismo
Autor: Nathalia Fischer Finazzi Porto
Ttulo: Anlise de Lipdios em Plasma de Ratos: Efeito do Consumo Prolongado de
Dieta Hiperlipdica Saturada
Palavras-Chave: Glicerofosfolipdios; Dieta Hiperlipdica; LC-MS
Os lipdios compreendem uma classe de molculas que possui diversos papeis importantes nos organismos, como
armazenamento energtico, composio de membranas celulares e sinalizao celular. A composio dos lipdios
bastante varivel e o grau de hidrofobicidade varia de acordo com as pores que constituem a estrutura.
Os lipdios so divididos em oito grupos diferentes, sendo uma delas a dos glicerofosfolipdios (GP). Estes, por sua
vez, podem ser ainda divididos em subclasses, sendo as glicerofosfocolinas (PC) a mais abundante na maioria dos
mamferos.
O objetivo desse trabalho estudar a variao dos GP em plasma de ratos submetidos a dieta hiperlipdica saturada.
Com esta determinao lipdica se pretende adquirir mais informaes sobre a correlao entre a dieta hiperlipdica e
indicadores precoces de obesidade, diabetes e depresso.
A tcnica instrumental de escolha para as anlises foi a espectrometria de massas sequencial (MS/MS). As
caractersticas moleculares dos GP so altamente compatveis com esta estratgia analtica, uma vez que so facilmente
ionizadas em soluo e possuem nveis de concentrao elevados em algumas matrizes biolgicas.
Inicialmente foram definidos os parmetros de deteco dos GP no espectrmetro de massas (LCMS-8040,
Shimadzu) para permitir a avaliao dos protocolos de extrao. Todos os testes iniciais utilizaram amostras de "pool" de
plasma humano.
Foram testados diferentes agentes extratores, compostos tanto por solventes orgnicos puros como por misturas dos
mesmos (metanol, IPA, acetona/metanol, clorofrmio/IPA e acetato de etila/metanol). Todas as solues testadas
apresentaram eficincia semelhante quanto extrao de PC. As anlises por ESI(+)-MS/MS tm sido feitas por infuso
direta e diferentes fases mveis foram testadas. Quando comparado com ACN e MeOH, o IPA foi o melhor eluente, pois
no foi observado efeito de memria. As anlises envolvendo o on (M+H)+ foram realizadas com fase mvel composta por
IPA/formiato de amnio 20 mM (70:30).
Conforme os dados da literatura sobre o espectro de massas das PC em presena de H+, sabe-se que gerado o
fragmento de m/z = 184.1 (grupamentos fosfato e colina). Foram realizadas anlises no modo Precursor Ion Scan, com o
intuito de se avaliar qual a molcula de PC mais abundante. Chegou-se ao resultado de que o precursor mais significativo
desse fragmento foram as molculas de m/z = 758.0. Para a identificao estrutural dos precursores, foi testado o efeito da
adio de carbonato de ltio s amostras. O ltio se complexa com o PC e induz uma fragmentao diferencial das cadeias
acclicas ligadas ao glicerol.
Atualmente esto sendo analisados os resultados de extrao e as estruturas dos GP que compe a frao lipdica.
Os prximos passos sero os testes de cromatografia lquida de alta eficincia acoplada espectrometria de massas
sequencial (LC-MS/MS) com fase reversa e posterior anlise das amostras de plasma e de hipotlamo de ratas fmeas
Wistar EPM-1 alimentadas com dieta hiperlipdica.
Participantes:

Orientador: Diogo de Oliveira Silva


Docente: Eliane Beraldi Ribeiro

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Nutrio e Metabolismo
Autor: Paola Moniz Ribeiro
Ttulo: Avaliao da ansiedade em ratos submetidos ao estresse com acesso a
comfort food
Palavras-Chave: comfort food, estresse
AVALIAO DO PERCENTUAL DE GORDURA E PROTENAS DA CARCAA DE RATOS SUMETIDOS A
DIFERENTES TIPOS DE ESTRESSE E COM ACESSO A COMFORT FOOD. Ribeiro, PM; Pereira, S.; Ortolani, D; Spadari,
RC; Garcia, MC. Laboratrio de Biologia do Estresse, Depto. Biocincias, Universidade Federal de So Paulo, Campus
Baixada Santista, Santos, SP, Brasil.
Introduo: quando submetidos a estresse, indivduos podem ganhar ou perder peso, e aumentar a preferncia por
comfort food. Trabalhos tm mostrado que a exposio ao estresse por choque nas patas e ao estresse crnico brando e
imprevisvel promovem reduo da ingesto alimentar e diminuio do ganho de massa corporal (Farias-Silva et al., 2002;
Ortolani et al., 2011; 2013). Entretanto ainda no foi avaliado se estes agentes estressores promovem alteraes na
composio corporal. Objetivos: neste trabalho propomos investigar os parmetros alimentares e analisar as diferenas no
percentual de gordura e protena de carcaas de ratos submetidos ao estresse por choque nas patas e ao estresse crnico
brando e imprevisvel, ambos com acesso comfort food. Mtodo: ratos Wistar (200-250 g) foram divididos em grupos:
controle (CO), choque inescapvel nas patas (CH, 3 dias, 1 mA, 1 s, 15-25 s de intervalo, 30 min) e estresse crnico brando
e imprevisvel (ECBI, 14 dias) alimentados com rao comercial ou com opo entre rao comercial e comfort food
(chocolate ao leite, Chocolates Garoto; amendoim, Hikari e biscoito maisena, Tostines) na proporo de 3:2:2:1. A
ingesto alimentar e a massa corporal foram monitorados diariamente. Aps a ltima sesso de estresse, os ratos foram
eutanasiados por decapitao, os rgos foram retirados e a carcaa foi armazenada a -20C para posterior anlise do
perfil lipdico e protico. Os resultados expressos em mdia erro padro da mdia, foram comparados por ANOVA e
posteriormente pelo teste de Bonferroni. As diferenas foram consideradas significativas quando p<0,05. Resultados:
animais dos grupos CH e ECBI consumiram menos rao comercial em relao aos animais do grupo CO. Os ratos que
tiveram acesso comfort food preferiram esta e, dentre os grupos, o ECBI foi o que apresentou menor consumo. O choque
nas patas no alterou o peso corporal, mas em contrapartida o ECBI resultou em um ganho menor de peso tanto no grupo
com opo de dieta quanto no grupo alimentado somente com rao comercial. Em relao porcentagem de gordura
corporal, os dados no mostram diferenas significativas entre os grupos. Acreditamos que ser necessrio aumentar o
nmero de animais por grupo nas prximas anlises. A anlise da composio protica das carcaas dos animais ser
realizada na prxima etapa dos experimentos. Concluso: o CH e o ECBI promoveram um efeito anorexgeno, mas apenas
o ECBI alterou a ingesto de comfort food, e ambos no alteraram a composio corporal de gordura dos animais. Apoio
Financeiro: FAPESP e PIBIC.
Participantes:

Orientador: Marcia Carvalho Garcia


Docente: Regina Clia Spadari
Discente: Daniela Ortolani
Discente: Sara Pereira da Silva

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Nutrio e Metabolismo
Autor: Samantha Jsica Sales Andrade; Diogo Thimteo da Cunha; Elke
Stedefeldt
Ttulo: Percepo de Risco para Doenas Transmitidas por Alimentos e as
Caractersticas do Trabalho e do Trabalhador: O manipulador de Alimentos em Foco.
Palavras-Chave: MANIPULADOR DE ALIMENTOS, ALIMENTAO COLETIVA, PERCEPO DE RIS
INTRODUO: Durante as ltimas dcadas houve uma mudana significativa nos hbitos alimentares. Como
exemplo dessa mudana, tm-se o crescimento do setor conhecido como Alimentao Coletiva, englobando as reas
comercial e institucional. Inseridos na alimentao comercial, esto os restaurantes self-service, os quiosques e o comrcio
ambulante de alimentos. J no setor institucional incluem-se escolas e hospitais.. Entretanto, todos os cenrios de
alimentao coletiva devem realizar as Boas Prticas (BP) em todas as etapas de produo das refeies. Com base no
conceito do alimento seguro, o manipulador de alimentos caracteriza-se como uma varivel que pode afetar a adequao
das BP. Existe uma relao intrnseca do processo de trabalho dos manipuladores, o ambiente em que esto inseridos e a
relao destes com a qualidade dos alimentos. Entender como se do essas relaes e sua consequncia para a
percepo do risco assumido por estes manipuladores necessria. No que se refere percepo de risco, ela no deve
ser entendida isoladamente ou dissociada das questes concretas que a envolvem, estando diretamente ligados s
situaes a que os indivduos esto submetidos. Trata-se de uma interao constante com inmeros processos sociais.
OBJETIVO: Avaliar a percepo de risco de doenas transmitidas por alimentos por manipuladores de alimentos
enfatizando os processos de trabalho, nos diferentes cenrios da alimentao coletiva na cidade de Santos, SP. MTODO:
A pesquisa caracteriza-se por ser exploratria de delineamento transversal. Participaram do estudo estabelecimentos de
alimentao coletiva; comercial (restaurante comercial, comrcio ambulante de alimentos, quiosque de praia) e
estabelecimentos de alimentao coletiva institucional (escola da rede pblica e hospital). O manipulador foi questionado
sobre o risco de doena transmitida por alimentos oriundo de suas atitudes e procedimentos durante o trabalho e a
percepo de letalidade de uma DTA, sendo questionado o quanto o manipulador acredita que uma DTA pode ser grave ou
letal a sade dos indivduos. A percepo de risco de doena transmitida por alimentos foi avaliada por meio de uma escala
estruturada de 10 centmetros ancorada nos descritores de intensidade variando de ?nenhum? ?muito grande?. Para a
anlise dos dados, foram usados os testes de correlao de Spearman,U de Mann Whitney e Kruskall Wallis. A amostra foi
calculada levando em considerao: intervalo de confiana de 95%, erro ? (tipo II) mximo de 10%. RESULTADOS E
DISCUSSO: O nmero de manipuladores de alimentos participantes da pesquisa foi de 157. Os valores de mdia e desvio
padro foram analisados para todas os cenrios Foi constatado que no h diferena quanto percepo de risco de
acordo com o cenrio (p=0,23). No que se refere
a percepo de risco
e o entendimento do quanto
uma doena
transmitida por alimentos pode ser grave ou letal, quanto maior o entendimento da letalidade, menor o risco percebido pelo
manipulador de alimentos (r=-0,20; p<0,05). Com relao a idade e a percepo de risco, quanto maior a idade menor a
percepo de risco,(r=-0,24; p<0,05). Provavelmente os indivduos mais velhos se sentem empoderados, do ingls
empowerment, e, portanto acreditam que os alimentos que manipulam possuem menor risco de DTA. Foi observada
diferenas significativas em relao a percepo de risco em manipuladores que participaram de treinamento e dos que no
participaram. Observou-se que a frequncia de treinamentos inversamente proporcional percepo de risco do
manipulador (p=0,04). Isto se deve ao fato de terem participado de um nmero maior de treinamentos, acreditam que os
alimentos que manipulam possuem baixo risco de ocasionar DTAs. Possivelmente estes manipuladores utilizam o ?outro?
como modelo comparativo para reflexo de suas prprias atitudes. Essa comparao tende a ser feita considerando
esteretipos de alto risco que neste caso so manipuladores que no participaram de treinamentos ou com baixo
conhecimento de manipulao de alimentos. CONCLUSO: Os indivduos geralmente selecionam alguns riscos para dar
maior ateno, ignorando os demais. Essa escolha pode ser encarada como reflexo da interao social, crenas, do
empowerment dentre outras e so decisivas para a determinao da subestimao e/ou superestimao da percepo de
risco. A escolha do risco que exige maior ateno, no est ligada somente com preocupao dos manipuladores com a
sade ou a segurana, mas pode ser reflexo dos valores impostos pela sociedade como correto, bem como de suas
experincias anteriores. Tais posicionamentos de seleo e de iluso de controle por parte dos manipuladores de alimento
podem culminar com prticas inadequadas que tendem a negligenciar medidas corretivas e de preveno de DTA. A
importncia de conhecer os riscos que podem comprometer a sade dos manipuladores e consumidores fundamental
para avaliar as atitudes, conhecimentos e prticas dos manipuladores e obter informaes fidedignas a respeito de seus
mecanismos organizacionais. Tais informaes podem ser usadas em programas futuros de formao com o objetivo de
garantir a segurana dos alimentos.
Participantes:

Orientador: Elke Stedefeldt


Discente: Diogo Thimteo da Cunha

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Nutrio e Metabolismo
Autor: Silas Pinto da Silva
Ttulo: Efeitos epigenticos transgeracionais da restrio calrica em nematoides C.
elegans
Palavras-Chave: Epigentica; C elegans; Herana
Efeitos epigenticos transgeracionais da restrio calrica em nematoides C. elegans
Silva S. P., Sato V. N., Mori M. A.
Departamento de Biofsica ? Universidade Federal de So Paulo - SP
Introduo: A restrio calrica (RC) aumenta a expectativa de vida em vrias espcies desde leveduras at
primatas, assim como aumenta a resistncia ao estresse e previne inmeras doenas relacionadas ao envelhecimento.
Seus mecanismos de ao, ainda que pouco conhecidos, incluem alteraes epigenticas clssicas como modificaes de
histonas, metilao de DNA, regulao da expresso de microRNAs, dentre outros. Est demonstrado que algumas
modificaes em complexos de histonas podem aumentar a expectativa de vida em nematoides C. elegans, efeito que
ainda pode ser transmitido de maneira transgeracional at a quinta gerao do verme. Desse modo, usando modelos
genticos de RC em C. elegans, buscou-se neste trabalho avaliar a possvel transmisso epigentica hereditria dos efeitos
da restrio calrica s geraes subsequentes.
Objetivo: Investigar se os efeitos proporcionados pela RC podem ser transmitidos transgeracionalmente de maneira
epigentica em C. elegans.
Mtodos: Vermes eat-2 (modelo gentico de RC que apresenta bombeamento da faringe reduzido) foram cruzados
com vermes selvagens. A partir da terceira gerao seguindo at a quinta (F3, F4 e F5), foram medidas as expectativas de
vida dos vermes com gentipo selvagem, porm descendentes dos vermes eat-2, e estas foram comparadas com a
expectativa de vida de vermes selvagens no descendentes dos que haviam passado por RC. Tambm foram analisados
os efeitos transgeracionais da RC sobre a atividade fsica dos vermes, a frequncia de bombeamento da faringe (o que
proporcional ingesto alimentar) e a fertilidade.
Resultados: Comparadas as expectativas de vida das duas linhagens mencionadas, no foram observadas
diferenas estatsticas em nenhuma das geraes. Da mesma forma no foram observadas diferenas na frequncia de
bombeamento da faringe e na movimentao dos vermes, as quais foram quantificadas em diferentes idades. No entanto,
quando analisada a fertilidade dos mesmos, a linhagem selvagem descendente de vermes que passaram por restrio
calrica apresentou um retardo de aproximadamente 60% no tempo de desenvolvimento e de ecloso dos ovos
(caracterstica tpica de vermes que passam por RC) na gerao F3 e de aproximadamente 25 % na gerao F4, mas
nenhuma diferena foi observada na gerao F5.
Concluso: Esses dados indicam uma possvel herana epigentica transgeracional dos efeitos heterocrnicos
resultantes da restrio calrica, o que, no entanto, no parece afetar a expectativa de vida ou a sade em modelos
genticos de RC em C. elegans.
Participantes:

Orientador: Marcelo Alves da Silva Mori


Discente: Vitor Neves Sato

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Saude Coletiva
Autor: Alana Lusa Calixto Carlos da Silva
Ttulo: O Projeto Pr-Sade como um dispositivo de mudana curricular no curso
mdico da Escola Paulista de Medicina
Palavras-Chave: EDUCAO MDICA, POLTICA DA FORMAO DOS PROFISSIONAIS DE SADE
O PROJETO PR-SADE
ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA

COMO

UM

DISPOSITIVO

DE

MUDANA

CURRICULAR

NO

CURSO

MDICO

DA

Relatrio Parcial
Alana Lusa Calixto Carlos da Silva
Orientadora
Profa. Rosemarie Andreazza
Pesquisadores Associados
Prof. Dr. Tarcsio de Oliveira Barros Braz
Acad. Albanett Barreto Nestor
Acad. Wumathylla Silva Santana
Departamento de Medicina Preventiva da Escola Paulista de Medicina
Universidade Federal de So Paulo
So Paulo
2013
Introduo
A aproximao do curso de Medicina da realidade do Sistema nico de Sade (SUS) ponto importante colocado
na reestruturao do currculo mdico. A Constituio Federal de 1988 coloca o SUS como responsvel por ordenar a
formao profissional na rea de Sade, entretanto a despeito do preceito constitucional o estudante de medicina tem se
mantido distante do perfil de mdico que a maioria da populao necessita.
nesta direo que Governo Federal abre um contingente de polticas institucionais visando transformao na
formao dos profissionais de sade. O
lanamento pelo Ministrio da Sade (MS) em conjunto com o Ministrio da
Educao do Programa Nacional de Reorientao da Formao Profissional em Sade (Pr-Sade), que visa adequao
da graduao dos profissionais da rea da sade s necessidades do SUS., em 2005 um exemplo destas iniciativas
O curso mdico da Escola Paulista de Medicina vem experimentando, desde o final dos anos 90, modificaes em
seu currculo tendo participando de todos os editais lanados pelo MS e MEC visando transformao dos processos de
ensino desde 2001, ainda, com o Promed.
Objetivo
Buscar
compreender como os professores vivenciam e/ou vivenciaram as aes colocadas por estas polticas
e
com as percebem na sua prtica docente .
Percurso Metodolgico
Desde o comeo da pesquisa, em meados de 2012, j foi percorrido um longo caminho, no qual um dos obstculos
foi o trmite deste no Comit de tica em Pesquisa da Unifesp (CEP- no 103403). Aps esta tramitao pde-se dar
efetivamente o andamento esta investigao de carter qualitativo a partir de um estudo de caso.
Todas as entrevistas foram realizadas
por dois pesquisadores-acadmicos, a partir do roteiro elaborado
previamente, e foram gravadas em meio digital com anuncia dos entrevistados que assinavam o Termo de Consentimento
Livre Esclarecido. Todas elas foram transcritas na integra pelos mesmos pesquisadores-acadmicos.
A primeira entrevistada formada em Medicina pela EPM em 1981, fez residncia em Pediatria em 1983 e atua
como professora, trabalhando no Ambulatrio de Pediatria Geral e no Programa de Assistncia no Embu. Coordenadora do
curso mdico da Unifesp de 2002 a 2006, acompanhou a instalao do Promed, programa federal precursor do Pr-Sade,
e acabou acumulando o cargo de Coordenadora do prprio programa na Escola.
A segunda entrevistada tambm formada em Medicina pela EPM, em 1980, fez residncia em Clnica Mdica
(Endocrinologia) em 1983, atua como professora dentro da Disciplina de Clnica Mdica, em Semiologia, e a presente
Coordenadora Adjunta do Pr-Sade Unifesp.
O ltimo entrevistado,
nesta fase, formado em Medicina pela Faculdade do ABC em 1985, fez doutorado em
Infectologia na EPM em 1993, professor da disciplina de Infectologia e ex Coordenador do curso mdico da EPM, cargo
que ocupou at 2012.
Para a anlise do material emprico inicialmente os entrevistadores relatavam oralmente a situao da entrevista.
Posteriormente a transcrio elas foram lidas e discutidas por todos os membros do grupo, levando-se para os seminrios
de pesquisa os principais pontos que chamavam ateno nas falas do entrevistados, destacando-se os temas comuns e
convergentes como tambm identificando-se-se as diferentes vises dos entrevistados.
Neste momento iniciou-se
a segunda fase da investigao onde sero entrevistados os professores da ?ponta? a
serem indicados por estudantes do curso identificados pelos pesquisadores acadmicos como ?estudantes
ativamente
empenhados no currculo, em sua educao mdica?. No decorrer
das conversas com eles para a escolha dos
professores, como
aqueles que representassem
um lder instigante didtico, mas
que tambm fossem identificados
como um espelho para o aluno, um futuro almejado ? o grupo de pesquisa percebeu que seria difcil a equiparao (em
termos quantitativos) de professores dos 3 ciclos dentro do curso mdico. Isso porque h notadamente uma grande
aproximao dos alunos com os professores durante a ltima ciclo do curso ? o internato.
Resultados preliminares
Podemos assim os sumarizar os principais resultados preliminares da pesquisa, a partir apenas da anlise das
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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Saude Coletiva
Autor: Alana Lusa Calixto Carlos da Silva
entrevistas com os atores institucionais:
a. A fase exploratria no s indicou questes para a prxima etapa, como tambm trouxe elementos descritivos e
analticos para entender a implantao de uma poltica externa Escola Mdica visando formao deste profissional de
sade.
b. Os primeiros achados
parecem indicar
que o Pr-Sade na EPM no representou
um dispositivo para
as
mudanas curriculares no curso. Dois elementos nos do pistas dos motivos para tal evidncia:
1. a exterioridade do Programa em relao a escola mdica e a instituio mdica, nos revelada por diferentes
aes.
2. a pouca capilaridade do Pr-Sade para o conjunto de professores, em pelo menos duas vertentes.
Participantes:

Orientador: ROSEMARIE ANDREAZZA


Docente: TARCISIO DE OLIVEIRA BARROS BRAZ
Discente: ALBANETT BARRETO NESTOR
Discente: WUMATHYLLA SILVA SANTANA

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Saude Coletiva
Autor: Alyne Hevellen Ferreira
Ttulo: Investigao da depresso, ansiedade e qualidade de vida em pacientes
portadores de osteoartrite no joelho: um estudo comparativo
Palavras-Chave: Osteoartrite, ansiedade, depresso, mulheres, idade, qualidade de vida
Objetivos: Esse estudo buscou investigar se as reaes emocionais caracterizadas como ansiedade e depresso
so mais expressivas em pacientes portadores de osteoartrite (OA) no joelho, quando comparados com indivduos sem este
diagnstico, e o quanto esta doena reumtica compromete a qualidade de vida desses pacientes O projeto foi aprovado
pelo Comit de tica da Universidade Federal de So Paulo, sob nmero 10894.
Mtodos: Participaram deste estudo 43 mulheres, com idade acima de 50 anos, sendo 29 mulheres com diagnstico
de OA no joelho e 14, sem este diagnstico. Para avaliar as variveis emocionais foram utilizados os seguintes
instrumentos: Inventrio de Ansiedade Trao e Estado e Inventrio de Depresso de Beck. Para avaliar a qualidade de vida
dos pacientes foi utilizado o SF-36, questionrio de qualidade de vida. Os instrumentos foram aplicados individualmente, em
uma nica sesso, com durao mdia de 30 minutos, em uma sala de atendimento designada pela instituio de ensino.
Resultados: Foram analisados dados sobre o perfil dos participantes, como idade, ndice de Massa Corporal (IMC) e
profisso. A mdia da idade das participantes com OA foi de 68 anos, enquanto que das participantes do grupo sem o
diagnstico foi de 61 anos. A mdia do IMC do primeiro grupo foi de 29 enquanto a do segundo grupo foi de 25. O grupo de
OA formado com maior nmero de donas de casa, enquanto do grupo controle formado por aposentadas. Com a
anlise dos instrumentos Inventrio de Ansiedade Trao e Estado e Inventrio de Depresso de Beck foi possvel ver que
as pacientes do grupo experimental, apresentaram ndices maiores tanto de depresso, quanto de ansiedade-trao e
ansiedade-estado, quando comparados com o grupo controle. No primeiro grupo, a mdia dos resultados obtidos no
inventrio de ansiedade trao de 50,13, no inventrio de ansiedade estado de 40,65, e no inventrio de depresso de
21,51. Em contraste, o segundo grupo obteve mdias de 36,21 no inventrio de ansiedade trao, de 33,78 no inventrio de
ansiedade estado e de 7,42 no inventrio de depresso. Com a anlise do questionrio de qualidade de vida foi possvel
verificar que as paciente do grupo experimental apresentaram uma pontuao significativamente inferior nos oito domnios
compreendidos no questionrio quando comparados com o grupo controle.
Concluso: Nossos resultados mostraram que o grupo de pacientes com (OA) de joelho possui um ndice de
depresso e ansiedade significativamente maior do que o grupo sem a patologia, assim como a qualidade de vida do grupo
experimental visivelmente inferior do grupo controle, apesar da faixa etria ser a mesma. O tratamento recebido pelos
portadores de OA dificilmente se coloca altura da complexidade do transtorno, que deveria ser tratado em diversas frentes
para que o paciente possa atingir uma boa qualidade de vida. Considerando que o transtorno de origem multifatorial onde
os fatores biolgicos e ambientais parecem estar associados seria razovel propor estratgias teraputicas mais eficazes
no tratamento deste transtorno envolvendo a combinao de farmacoterapia, psicoterapia, orientao e suporte a familiares
e pessoas prximas.
Participantes:

Orientador: Regina Cludia Barbosa da Silva


Docente: Ricardo da Costa Padovani
Discente: Priscilla Brandi Gomes Godoy

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Saude Coletiva
Autor: Ana Beatriz da Costa Franceschini
Ttulo: Narrativas em Adultos Obesos Portadores de Sintomas Depressivos
Ingressantes de uma Terapia Interdisciplinar: Um Estudo Fenomenolgic
Palavras-Chave: fenomenologia, narrativas, obesidade, sintomas depressivos
Narrativas em Adultos Obesos Portadores de Sintomas Depressivos Ingressantes de uma Terapia Interdisciplinar:
Um Estudo Fenomenolgico
A obesidade doena crnica que incide mundialmente em homens e mulheres de todas as raas, trata-se de um
estado inflamatrio caracterizado pelo acmulo excessivo de tecido adiposo. Outra doena tambm muito presente na
sociedade contempornea a depresso, um transtorno de humor multifatorial que pode estar associado obesidade
numa relao bidirecional. Por conta dessa relao, importante a produo de um estudo que realize uma compreenso
das vivncias de indivduos obesos com sintomas depressivos e um entendimento do significado atribudo a essas
experincias.
Essa pesquisa tem como objetivo realizar um estudo fenomenolgico das vivncias e dos significados de sintomas
depressivos em indivduos obesos participantes de uma terapia interdisciplinar, voluntrios do Grupo de Estudos da
Obesidade da UNIFESP, Campus Baixada Santista.
O Grupo de Estudos da Obesidade (GEO) ? campus Baixada Santista - um projeto composto por profissionais de
diversas reas da sade que visa promover mudanas de hbito para um tratamento eficaz da obesidade e suas
comorbidades. Na Baixada Santista atuam profissionais de Psicologia, Nutrio e Educao Fsica.
O estudo foi realizado com cinco mulheres, entre 30 e 50 anos de idade com ndice de massa corprea entre 30 e 40
kg/m, participantes do Grupo de Estudos da Obesidade da UNIFESP, Campus Baixada Santista, no ano de 2012. Dentre
os voluntrios que apresentam sintomas depressivos de acordo com o Inventrio de Depresso de BECK ? BDI (CUNHA,
2001), aplicado no incio do perodo das intervenes, foram selecionados aqueles com maior pontuao com
disponibilidade para comparecer s entrevistas fora do horrio de interveno e interesse de participar da pesquisa. As
entrevistas foram gravadas, transcritas e, em seguida, as vivncias foram analisadas a partir da abordagem
fenomenolgica. Unidades de significado foram identificadas nas narrativas e organizadas a partir de suas convergncias,
divergncias e idiossincrasias (MARTINS & BICUDO, 1994).
Em geral, as mulheres entrevistadas enfatizaram em suas narrativas um momento especfico de suas vidas que
tornou o passado, a partir daquele evento, um perodo ruim e o tempo anterior a esse evento descrito com indiferena. As
significaes feitas sobre esse passado desenvolveram-se dentro das seguintes categorias: amargura, arrependimento,
comodidade, controle, culpa, frustrao e sentimento de incapacidade. Porm, essas significaes se desenrolaram em
duas direes, mostrando duas formas diversas de lidar com o momento ruim do passado: passivamente, vendo o passado
como algo que no pode ser mudado; ou ativamente, utilizando-o como motivao para transformar o presente e o futuro.
Referncias bibliogrficas:
CUNHA, J. A. Manual da verso em portugus das Escalas Beck. So Paulo: Casa do Psiclogo, 2001.
MARTINS, J.; BICUDDO, M. A. VIGGIANI. A pesquisa qualitativa em psicologia. Fundamentos e recursos bsicos.
2. Ed. So Paulo: Moares, 1994.
Participantes:

Orientador: Marcos Alberto Taddeo Cipullo


Discente: Ana Beatriz da Costa Franceschini

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Saude Coletiva
Autor: Ana Beatriz Pacito Almeida
Ttulo: Avaliao do comportamento alimentar de estudantes da Universidade Federal
de So Paulo - Campus Baixada Santista
Palavras-Chave: comportamento alimentar, consumo alimentar, adulto jovem
Introduo: O ingresso na universidade uma etapa marcada por intensas modificaes na vida do estudante que
pode passar a morar sozinho ou na companhia de outros, representando o primeiro momento em que ter que se
responsabilizar, dentre muitos outros afazeres, por sua alimentao. Desse modo, vrios fatores podem influenciar o
comportamento alimentar resultando em prticas que representam risco sade e que podem se estender vida adulta,
como alimentao inadequada. Objetivos: Avaliar o comportamento alimentar de estudantes da UNIFESP BS. Mtodos: O
estudo, feito com 374 estudantes, teve sua coleta de dados realizada por meio de um questionrio semi-estruturado que foi
preenchido pelos prprios alunos, composto por trs partes: caracterizao sociodemogrfica (identificao e
caracterizao do aluno), hbito alimentar (local, forma, hbito e freqncia de realizao das refeies, seguimento de
dietas) e frequncia alimentar (consumo semanal de alimentos e bebidas). As variveis de frequncia alimentar (feijo,
leguminosas, legumes e verduras cozidos, saladas cruas, frutas frescas ou salada de frutas, alimentos ou produtos
integrais, carnes bovina, suna, aves, pescados e frutos do mar) e as variveis de hbito alimentar (realizao de caf da
manh, almoo e jantar) tiveram suas freqncias agrupadas em consumo > ou = 5 dias na semana. Preparaes fritas ou
salgados fritos, alimentos ou produtos embutidos, salgadinhos de pacote tipo snack, biscoitos salgados, biscoitos doces e
bolachas recheadas, guloseimas, refrigerantes e bebidas aucaradas e substituies alimentares (almoo ou jantar por
lanche) foram agrupados em consumo > ou = 3 dias na semana. Para as anlises de associao entre as variveis
sociodemogrficas e de hbito e frequncia alimentar utilizou-se o teste do qui-quadrado de Pearson e o teste exato de
Fischer, considerando nvel de significncia p <0,05. Resultados: Em relao ao consumo de alimentos relacionados a um
padro alimentar saudvel a maior frequncia de consumo (> ou = 5 dias na semana) foi encontrada para o consumo de
saladas cruas (55,9% dos estudantes), entretanto a maioria deles no consome regularmente feijo (44,3%), legumes e
verduras cozidos (39,5%); frutas (33,8%) e alimentos integrais (27,6%). Em relao frequncia de realizao das
refeies, a maior parte dos alunos relatou realizar caf da manh (71,9%) e almoo (90,6%), porm apenas 57,5%
relataram realizar frequentemente o jantar e 47,4% dos estudantes referiram substituir o jantar por lanche frequentemente.
Na avaliao do consumo de alimentos associados a um padro alimentar no saudvel, categorizado em consumo > ou =
3 dias na semana, observou-se que o consumo de bebidas aucaradas em associao com refrigerantes foi elevado
(82,3% dos estudantes), assim como o de guloseimas (61,6%); outros alimentos que tambm se destacaram foram as
frituras (48%); embutidos (49,6%), e biscoitos doces e bolachas recheadas (32,8%). Nas anlises de associao, os
homens apresentaram consumo significativamente maior para feijo (60%) e refrigerantes (52,3%) e as mulheres
consumiam mais guloseimas (66,4%), biscoitos salgados (31,5%) e snack (10,5%). Quando se analisou o local de
realizao das refeies, os estudantes que realizavam as refeies fora de casa revelaram maior porcentagem de
consumo habitual de feijo (52,4%), frituras (57,5%) e refrigerantes (40,1%). Na anlise de associao entre hbito e
frequncia alimentar, os estudantes que tinham hbito de realizar caf da manh apresentaram maiores porcentagens de
consumo habitual de frutas (39,9%) e integrais (34,9%); aqueles que no tinham esse hbito exibiram maiores percentuais
de consumo habitual de frituras (56,4%), snack (13,8%), refrigerantes (49%) e bebidas aucaradas em associao com
refrigerantes (90,3%). Aqueles que no tinham hbito de substituir o almoo por lanche revelaram porcentagens mais
elevadas de consumo habitual de feijo (46,1%), legumes e verduras cozidos (41,7%), saladas cruas (57,8%) e carnes
(92,7%); os que substituam habitualmente essa refeio apresentaram maiores percentuais de consumo habitual de snack
(20%), biscoitos doces e bolachas recheadas (50%) e refrigerantes (54,3%). Concluso: Os estudantes apresentaram um
alto consumo habitual de alimentos relacionados a um padro alimentar no saudvel em detrimento do consumo de
alimentos como feijo, legumes e verduras cozidos, frutas e alimentos integrais. O sexo, local de realizao das refeies,
realizao do caf da manh e substituies alimentares influenciaram os hbitos e consumo de alimentos, demonstrando a
importncia do ambiente alimentar e da realizao das grandes refeies para as escolhas alimentares.
Ana Beatriz Pacito Almeida recebe bolsa PIBIC- Institucional Unifesp.
Participantes:

Orientador: Daniel Henrique Bandoni


Docente: Ana Maria de Souza Pinto

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Saude Coletiva
Autor: Ana Raquel Viegas de Assis
Ttulo: Estudo piloto para validao de instrumento de identificao das aes para o
controle do cncer de mama em unidade bsica de sade
Palavras-Chave: cncer de mama, validao de instrumento
Introduo: Dados epidemiolgicos estimaram para 2012 a ocorrncia, no Brasil, de 260.640 casos novos de cncer
para o sexo feminino, sendo o de mama o terceiro mais incidente, com previso de 52 casos a cada 100 mil mulheres. A
Organizao Mundial da Sade (OMS) estima que um tero de todos os casos de cncer podem ser prevenidos e considera
a deteco precoce um fator importante para um melhor prognstico da doena. Frente realidade de que o cncer de
mama ainda diagnosticado tardiamente no Brasil e sendo que mais de 50% da populao SUS dependente, levantamos
a hiptese de que poderiam existir falhas na implementao das aes propostas pelo Ministrio da Sade para o
rastreamento desta doena na rede bsica de sade, portanto trs instrumentos de coleta de dados foram construdos na
tentativa de responder a esta hiptese de estudo. Objetivo: Validar instrumentos de coleta de dados destinados s usurias,
gestor e enfermeiros de Unidades Bsicas de Sade e caracterizar a populao entrevistada. Mtodo: Estudo descritivo de
validao de instrumentos de coleta de dados, a ser utilizado no projeto ?Aes para o controle do cncer de mama na
ateno bsica nos municpios de So Paulo, Diadema e Ribeiro Preto?, aprovado pelo Comit de tica ? CEP 115.964.
Neste trabalho, os questionrios, anteriormente validados para a cidade de So Paulo, foram aplicados no municpio de
Diadema. Sua aplicao envolveu 49 usurias de duas Unidades Bsicas (UBS 1 e UBS 2), tendo sido utilizada uma
amostra por convenincia de pronturios de 10 destas usurias para complementar os dados a serem obtidos; alm de 5
enfermeiros e 1 gerente da UBS 2. A coleta ocorreu no primeiro semestre de 2013. O critrio de incluso utilizado para
escolha das usurias entrevistadas foi de idade igual ou superior a 35 anos, e para os enfermeiros e gerentes, estar atuante
na UBS no momento da pesquisa. Resultados: A idade das usurias variou de 35 a 70 anos, sendo que na UBS 1, a
mesma porcentagem (47,8%) delas eram solteiras e casadas, 47,8% se consideravam da raa parda, 39% possuam o
ensino mdio completo, 56,5% no trabalhavam no momento, 34,8% tinham como mdia de renda familiar um salrio
mnimo e 78,3% no possuam plano de sade; j na UBS 2, 53,9% das usurias entrevistadas eram casadas, 46,1% se
consideravam brancas, 30,9% possuam ensino fundamental I completo, 73,1% no trabalhavam no momento, 30,9%
tinham como mdia de renda familiar um salrio mnimo e 80,8% no possuam plano de sade.
A gestora entrevistada possua 48 meses de atuao naquela UBS e sua maior titulao era de especialista. 80%
dos enfermeiros entrevistados eram bacharis e 20% especialista em Programa Sade da Famlia (PSF), e o tempo de
atuao destes na UBS, em meses, variou de dois a 72, com mdia de 24 meses.
No questionrio destinado aos enfermeiros, nenhuma questo foi excluda, 03 foram includas, 28 tiveram uma ou
mais de suas alternativas modificadas e 07 perguntas foram alteradas. J no questionrio dos gestores 02 questes foram
excludas, 09 foram includas, 06 tiveram uma ou mais de suas alternativas modificadas, 06 questes foram alteradas e 02
foram agrupadas em uma s, alm da insero de um novo campo de identificao. E no das usurias 12 questes foram
includas, 40 tiveram uma ou mais de suas alternativas modificadas, 42 perguntas foram alteradas e 07 excludas, alm da
incluso de um campo de identificao da usuria. Concluso: A partir da anlise dos questionrios respondidos pelos
enfermeiros, gestores e usurias, foram realizadas modificaes na redao de algumas questes para melhor
compreenso por parte dos entrevistados; outras foram excludas, no implicando, no entanto, em dficit ao contedo dos
instrumentos, pois seus temas foram realocados e abordados em outras questes. Alm destas alteraes, foram tambm
includas novas questes visando otimizar a obteno de informaes referentes pesquisa.
Participantes:

Discente: Ana Raquel Viegas de Assis

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Saude Coletiva
Autor: Beatriz Ayumi Sakamoto Kakuda
Ttulo: Estudo da dissoluo intrnseca de frmacos para avaliao da solubilidade
conforme o Sistema de Classificao Biofarmacutica
Palavras-Chave: dissoluo intrinseca, pirimetamina, solubilidade, SBC
Estudos de prformulao farmacutica so aqueles que antecedem o desenvolvimento de uma forma
farmacutica por meio da avaliao das propriedades fsicas e fsico-qumicas de um material, sendo sua realizao
essencial para a tomada de decises na indstria farmacutica. Entre as propriedades fsico-qumicas, a avaliao da
solubilidade e/ou velocidade de dissoluo intrnseca (VDI) do frmaco constitui propriedade fundamental para prever a sua
absoro e, consequentemente, o seu efeito biolgico no organismo. O Sistema de Classificao Biofarmacutica consiste
em uma ferramenta regulatria que permite a predio do comportamento in vivo de substncias bioativas, auxiliando na
aprovao de medicamentos e concesso de registros. Este sistema considera que a dissoluo e a permeabilidade
intestinal da substncia ativa so parmetros fundamentais na velocidade e extenso de absoro. Os frmacos so
classificados em quatro classes conforme as caractersticas de solubilidade e permeabilidade. So considerados de Classe
I as substncias ativas que apresentam alta solubilidade e alta permeabilidade; Classe II, quelas que apresentam baixa
solubilidade e elevada permeabilidade; Classe III, para as substncias ativas que apresentam alta solubilidade e baixa
permeabilidade e finalmente, Classe IV, para aquelas que apresentam baixa solubilidade e baixa permeabilidade [1]. Este
trabalho teve como objetivo estudar o ensaio de dissoluo intrnseca para avaliao da solubilidade do frmaco
pirimetamina, agente antiparasitrio, no contexto do Sistema de Classificao Biofarmacutica. Para tanto, foi utilizado o
equipamento de dissoluo Logan modelo D-800 (Logan Instruments Corp, Somersel, USA) empregando aparato de disco
rotativo [2]. O planejamento experimental do tipo fatorial fracionado dos ensaios foi realizado por meio do programa
STATISTICA 11.0 empregando trs variveis e trs nveis, resultando em nove experimentos. As variveis utilizadas foram
o meio de dissoluo, onde foram utilizados tampo pH 1,2, pH 4,5 e pH 7 preparados segundo a Farmacopea Americana,
presso de compactao, variando em 500 psi, 1000 psi e 2000 psi, e velocidade de rotao, com variao de 50 rpm, 100
rpm e 200 rpm. Os resultados foram examinados atravs da velocidade de dissoluo intrnseca (VDI). Um frmaco
apresenta elevada solubilidade quando a sua velocidade de dissoluo intrnseca maior que 0,1 mg min 1 cm-2/0,0017
mg s-1 cm-2. Para efeitos de comparao, foi realizado o ensaio de solubilidade da pirimetamina por meio do mtodo de
agitao em frascos (Shake-Flask method), onde excesso de frmaco foi adicionado em frascos contendo 20 mL de
soluo tampo no intervalo de pH 1,2 a 8,0, a 37C. Para que um frmaco seja considerado de alta solubilidade, a sua
maior dose deve ser solvel em volume igual ou menor a 250 mL, de um meio aquoso em pH entre 1,0 e 8,0. Os resultados
sugerem que o meio de dissoluo tem maior influncia sobre a velocidade de dissoluo intrinseca (VDI) da pirimetamina
comparado a velocidade de agitao ou fora de compactao. Entre os trs meios estudados, a pirimetamina mostrou
maior solubilidade em meio cido, preferencialmente em tampo acetato pH 4,5 e insolvel em meio neutro. A avaliao da
solubilidade da pirimetamina empregando o mtodo de agitao em frascos no intervalo de pH 1,0 a 7,5 indicam que a
pirimetamina apresenta baixa solubilidade. Os valores de VDI obtidos no mesmo intervalo de pH mostraram resultados
concordantes com aqueles obtidos pelo mtodo de agitao em frascos, com a vantagem de empregarem menor tempo de
anlise, pequena quantidade de amostra e facilidade de realizao, entre outros fatores.
Segundo a literatura, o coeficiente de partio leo/gua (LogP) da pirimetamina 2,69 em pH 7, a 20C,
apresentando boa permeabilidade atravs de membranas biolgicas. Dessa forma, os resultados de solubilidade obtidos
por meio do mtodo de agitao em frascos ou da velocidade de dissoluo intrnseca (VDI), e os valores de LogP descritos
na literatura, permitem classificar a pirimetamina entre os frmaco de Classe II no Sistema de Classificao
Biofarmacutica. Assim, possvel concluir que o ensaio de dissoluo intrnseca consiste em uma alternativa vivel para a
caracterizao da solubilidade da pirimetamina no Sistema de Classificao Biofarmacutica.
[1] AMIDON, G.L.; LENNERNS, H.; SHAH, V.P.; CRISON, J.R. Pharm. Res. 12(1), 413-420, 1995.
[2] UNITED STATES Pharmacopeial Convention. The United States Pharmacopeia USP 36: the National Formulary:
NF 31. 36th ed. Rockville, 2013.
Participantes:

Orientador: Letcia Norma Carpentieri Rodrigues


Docente: Michele Georges Issa
Docente: Marcelo Dutra Duque
Discente: Beatriz Ayumi Sakamoto Kakuda
Discente: Natalia Vieira de Souza

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Saude Coletiva
Autor: Beatriz Charran Vichr
Ttulo: Proj Estatinas, cromatografia lquida, validao
Palavras-Chave: estatinas, cromatografia lquida e validao
Doenas como a hipercolesterolemia e a hiperlipidemia so cada vez mais prevalente na populao mundial e so
consideradas o principal fator de risco para desenvolvimento da aterosclerose1. Por isso h um aumento na utilizao dos
frmacos anti hiperlipoproteinmicos, como sequestrante de cidos biliares, fibratos, niacina e ezetimibe e inibidores da
HMG-CoA redutase (estatinas). As estatinas ligam-se de maneira reversvel e competitiva com a enzima HMG-CoA
redutase, impedindo a sequncia de formao do colesterol2, reduzindo assim os nves de hipercolesterolemia. Atualmente
h no mercado farmacutico brasileiro, diversas formulaes manipuladas com estatinas, principalmente genricos e
similares, que no possuem informaes sobre sua qualidade.
Desta forma, se faz necessrio uma avaliao destes
medicamentos atravs de uma metodologia rpida e simultnea. Entre as tcnicas analticas utilizadas em laboratrio
farmacutico, a cromatografia lquida de alta eficincia (CLAE) uma das opes rpidas e confiveis para este estudo.
Neste sentido, o presente projeto props validar um mtodo que separe 6 inibidores da HMG- CoA redutase
simultaneamente utilizando a cromatografia lquida de alta eficincia (CLAE): pravastatina, rosuvastatina, fluvastatina,
atorvastatina, lovastatina e sinvastatina.
A validao seguiu a RE 8993, sendo realizados os seguintes parmetros: seletividade, linearidade, preciso
(intra-corrida e inter-corrida), exatido, robustez e estabilidade. A seguinte condio cromatogrfica usada na separao
das 6 estatinas: fase mvel composta de uma mistura de gua acidificada (pH 3,9), tetraidrofurano e acetonitrila na
proporo de
55:18:27, com variao de vazo de 0,8 mL/min (0 -20 minutos) a 1,5 mL/min (21 ? 33minutos), volume de
injeo de 5?L, detector UV a 238 nm, coluna C8 de 25 cm x 4,6mm, partcula de 5 m e temperatura da coluna de 35C4.
No estudo da seletividade no foram observadas interferncias do diluente e placebo (excipientes) na separao dos
frmacos estudados. A linearidade foi avaliada no intervalo de concentrao de 70% a 120%, obtendo-se equaes da reta
com R2 acima de 0,94. No estudo da preciso, foi obtido coeficiente de variao (CV) menor que 5,5% para todos os
compostos. Para a exatido do mtodo, calculada a partir da recuperao dos frmacos adicionados ao placebo, foram
obtidas recuperaes entre 83,8% a 114,9%. Variaes no mtodo foram testadas na avaliao da robustez e observou-se
que variaes de 3% no pH da fase mvel so bem aceitas. Com relao estabilidade, as solues das amostras (padro
mais placebo) e dos padres se mostraram estveis durante um perodo de 48h quando armazenadas temperatura
ambiente.
Conclui-se que o mtodo avaliado possui alguns resultados dos parmetros no to satisfatrios como o esperado
para uma validao. A prxima etapa do trabalho ser avaliar medicamentos industrializados e manipulados, comparando o
teor obtido para as estatinas e, desta forma, avaliando a qualidade dos mesmos.
Bibliografia
1. POLONINI, H. C., SANTOS, F. C., VAZ, U. P., BRANDO, M. A. F., RAPOSO, N. R. B., FERREIRA, A. d. O.,
Desenvolvimento e validao de mtodo analtico para determinao do teor de sinvastatina em cpsulas magistrais.Quim.
Nova, Vol. 34, No. 3, 516-519, 2011
2.FONSECA, F. A. H., Farmacocintica das estatinas. Arq. Bras. Cardiol. vol.85 supl.5 So Paulo Oct. 2005.
3-Anvisa- Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria. Resoluo 899 de 29 de maio de 2003- Guia de Validao
4-ROSA, P.C.P.; JARDIM, I.C.S.F.. Separao e determinao de estatinas em produtos farmacuticos por
CLAE-FR utilizando coluna C8 com grupo polar uria. In: 14 Encontro Nacional de Qumica Analtica, 2007, Joo Pessoa.
14 Encontro Nacional de Qumica Analtica, 2007.
Participantes:

Orientador: Paulo Cesar Pires Rosa

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Saude Coletiva
Autor: Beatriz Tavares Ferreira
Ttulo: Estudo de compatibilidade entre a isoniazida e excipientes farmacuticos
empregando tcnicas termoanaliticas e complementares
Palavras-Chave: isoniazida, excipientes farmacuticos, compatibilidade
Autores: Ferreira, B.T.; Carpentieri-Rodrigues, L.N.
Bolsista: Beatriz Tavares Ferreira - UNIFESP
Orientador: Letcia Norma Carpentieri Rodrigues
Departamento: Cincias Exatas e da Terra
Estudo de compatibilidade entre a isoniazida e excipientes farmacuticos empregando tcnicas termoanaliticas e
complementares
Nos estudos de prformulao de formas farmacuticas a compatibilidade entre a substncia ativa e excipientes
objeto de preocupao. Incompatibilidades podem levar a diminuir a potncia, a formao de complexos, a interao
cido/base ou a formao de composto euttico. Esses diferentes tipos de incompatibilidades podem ter diferentes
significados resultando em produtos de pobre estabilidade ou baixa biodisponibilidade. As tcnicas termoanalticas tm sido
utilizadas para estudos de prformulao, sendo possvel extrair informaes sobre o potencial de incompatibilidades fsicas
ou qumicas entre as substncias ativas e os chamados excipientes "inertes". Dentre estas tcnicas, calorimetria
exploratria diferencial (DSC) e termogravimetria (TG) tm sido amplamente exploradas como um meio de prever
compatibilidade frmaco-excipiente, j que constituem mtodos simples, rpidos, sensveis, que necessitam de pequena
quantidade de amostra, fator este desejvel pelas indstrias farmacuticas. Apesar das inmeras vantagens, a
interpretao dos dados obtidos por DSC/TG deve ser criteriosa e tcnicas complementares, tais como espectroscopia no
infravermelho, cromatografia liquida, entre outras tcnicas, podem ser teis para certificao das informaes. A isoniazida
(INH) continua sendo o frmaco de escolha no tratamento de todos os tipos de tuberculose, sendo recomendado o uso em
associao com outros tuberculostticos. A instabilidade da isoniazida relatada por vrios autores. O objetivo do presente
estudo foi estudar a compatibilidade entre a isoniazida e excipientes farmacuticos empregando tcnicas termoanalticas e
cromatografia liquida. As curvas DSC e TG/DTG, e os cromatogramas da isoniazida ? substncia qumica de referncia ?
foram comparadas com as misturas-fsicas INH:excipiente 1:1 obtidas por malaxagem por 15 minutos. Os excipientes
estudados
foram:
amido,
lactose,
estearato
de
magnsio,
HPMC
(hidroxipropilmetilcelulose),
croscarmelose,
polivinilpirrolidona (PVP), talco, celulose microcristalina, copolmero de metacrilato (Eudragit L 100), glicolato de amido
sdico, metabissulfito de sdio e dixido de sillcio. Nos ensaios com DSC, aproximadamente 3 mg de amostra foi
cuidadosamente pesada e transferida para um cadinho de alumnio hermeticamente selado. Os ensaios foram realizados
em sistema de calorimetria exploratria diferencial Shimadzu modelo DSC-60 sob atmosfera dinmica de nitrognio (100
mL min-1) e razo de aquecimento de 10C min-1, no intervalo de temperatura de 40 a 240C. Para obteno das curvas
TG, amostras com massa entre 0,5 e 5 mg foram pesadas e transferidas para o cadinho de alumina. Os ensaios foram
realizados em sistema de Anlise Trmica Diferencial/Termogravimtrica Shimadzu DTG-60 sob atmosfera dinmica de
nitrognio (100 mL min-1) e razo de aquecimento de 10C.min-1, no intervalo de temperatura de 40 a 600C. As curvas
DSC e TG/DTG obtidas receberam tratamento utilizando o software TA-60WS. Para os ensaios de cromatografia liquida
uma quantidade equivalente a 0,32 mg de isoniazida foi convenientemente diluda em fase mvel constituda de tampo
fosfato:metanol (95:5, pH 6,9). Os ensaios foram realizados em cromatgrafo Shimadzu mod. LC-20AT empregando coluna
Kromasil C18 (5 m, 24x4mm) e velocidade de fluxo de 1,5 mL/minuto. A curva DSC da isoniazida (INH) mostrou um
evento endotrmico entre 50 a 80C, referente desidratao do material, seguido de evento trmico de fuso em 173,13C
(?H = 194,90 J.g-1). As curvas TG/DTG mostraram decomposio trmica concordantes com os eventos entlpicos
observados para a curva DSC. Nos estudos de compatibilidade para misturas binrias excipiente/INH 1:1 (p/p) empregando
tcnicas termoanalticas ? DSC e TG/DTG -, entre os 12 excipientes analisados, - talco, estearato de magnsio e glicolato
de amido sdico ? no mostraram interao com o frmaco ? INH. Os cromatogramas obtidos a partir das misturas-fisicas
INH:excipiente 1:1 apresentaram comportamento idntico ao da isoniazida ? substncia qumica de referncia ? indicando a
presena de isoniazida na sua forma inalterada em todas as misturas, entretanto reduo da quantidade de isoniazida foi
observado em algumas misturas-fisicas sugerindo interao entre a INH e alguns excipientes. A anlise cromatogrfica
forneceu dados qualitativos e quantitativos do processo de degradao.
Participantes:

Orientador: Letcia Norma Carpentieri Rodrigues


Discente: Ana Paula Oliveira Vilela Tibola

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Saude Coletiva
Autor: Bruna de Souza
Ttulo: Gestao, pr-natal e alimentao: relatos de gestantes de um territrio de
elevada vulnerabilidade
Palavras-Chave: Gestao, pr-natal, alimentao
Importantes alteraes no perfil demogrfico, epidemiolgico e nutricional brasileiro, tem caracterizado o fenmeno
da transio nutricional e apontam as gestantes como um dos grupos de vulnerabilidade em sade. Esta transio
influenciada por questes sociais, econmicas e de sade, incluindo alimentao e nutrio, com impacto significativo no
desfecho gestacional e na sade materno-infantil. Conhecidamente, durante a gestao podem-se estabelecer padres
alimentares inadequados, permeados por fatores como renda, hbitos, crenas e conhecimentos sobre alimentao e
nutrio que interferem diretamente na escolha e composio da alimentao. Uma ateno pr-natal e puerperal de
qualidade e humanizada fundamental para garantir a sade materna e neonatal, especialmente em situaes de
vulnerabilidade, como a regio Noroeste de Santos, caracterizada pela grande quantidade de moradias irregulares
(palafitas). Neste contexto, este trabalho tem como objetivo descrever a percepo de gestantes, usurias de uma Unidade
Bsica de Sade da regio Noroeste de Santos, sobre sua gestao, sua alimentao, bem como sobre o pr-natal
vivenciado. Usando metodologia qualitativa, foram realizadas 45 entrevistas semiestruturadas, individualmente e as
gestantes foram divididas em dois grupos: residentes em palafitas e em casa de alvenaria, na medida em que estes
territrios refletem diferentes condies de vulnerabilidade. Quando questionadas sobre a gestao, as mulheres relatam
que a gravidez no foi planejada, sendo que as gestantes residentes em palafitas apontam maior incidncia de depresso
associada a falta de apoio da famlia e do parceiro. A rotina fora de casa das gestantes residentes em palafitas no sofreu
alterao, todas continuaram trabalhando para manter a renda familiar, enquanto as gestantes da alvenaria, o abandono do
emprego esteve mais presente. Em relao aos hbitos alimentares, as mulheres referiram mudanas na alimentao
durante a gestao, ingesto de substncias no alimentares e consumo freqente de alimentos industrializados, sendo
poucas as associaes de mudanas na alimentao com o intuito de suprir as demandas da gravidez. Observou-se
elevado consumo de refrigerante, doces, frituras, entre outros, sem diferena em relao idade ou tipo de moradia. Esse
alto consumo de produtos industrializados, caracterizado pelas gestantes como ?besteiras? est diretamente relacionado
com o baixo custo que representam quando comparados com os alimentos in-natura. Verificou-se a prtica de picamalcia,
no havendo diferena entre o tipo de residncia, poder econmico, raa ou idade. Foi possvel observar grande influncia
familiar e cultural nas escolhas alimentares das gestantes, como por exemplo, o consumo de canjica e arroz doce para
aumento da quantidade de leite. No que diz respeito ao pr-natal da UBS, as gestantes referem ser insatisfatrio uma vez
que o atendimento mdico no lhes proporciona a oportunidade de falar sobre sua experincia e que saem da consulta com
inmeras dvidas. Foi possvel notar grande aproximao e vnculo entre as mulheres e o agente comunitrio de sade
(ACS), nas referncias quanto aos sentimentos de conforto durante as conversas e abertura para esclarecimento de
dvidas. Quanto s aes direcionadas s gestantes, freqentes na UBS, 56% das mulheres relatam participar,
especialmente das aes em grupo. A partir do estudo possvel perceber o impacto da gestao na vida dessas mulheres,
sendo que as gestantes residentes em alvenaria tiveram maior apoio social e familiar neste perodo. Quanto alimentao,
independente da rea em que residem, o grupo apresentou hbitos inadequados que podem influenciar nas condies de
sade tanto da me quanto do beb. Em relao a qualidade do pr-natal oferecido pela unidade de sade foi unanime a
insatisfao das usurias, porm os ACS aparecem nas falas conferindo ateno necessria as gestantes e esclarecendo
suas dvidas. Portanto, conclui-se que necessrio repensar as prticas de cuidado a gestante, desde o atendimento na
unidade de sade at as visitas domiciliares, adotando prticas singulares que propiciem uma melhor qualidade gestao.
Para o profissional da Nutrio, este grupo representa um desafio no que diz respeito a condutas que garantam a promoo
de sade e preveno de doenas que faam sentido no contexto de vida e territrio onde residem.
Participantes:

Orientador: Maria Fernanda Petroli Frutuoso

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Saude Coletiva
Autor: Daniela Rodrigues de Caires
Ttulo: O Yoga e sua Teraputica em Dores Crnicas: Reviso de literatura para
desenvolvimento de protocolos
Palavras-Chave: Exerccio fsico e Dor, Yoga e Dor
O Yoga e sua Teraputica em Dores Crnicas:
reviso de literatura para desenvolvimento de protocolos

Discente: Daniela Rodrigues de Caires


Orientador: Prof. Dr. Vincius Demarchi Silva Terra
RESUMO PIBIC
A busca de recursos complementares aos tratamentos convencionais tm levado os pacientes com dor crnica a
optarem por abordagens alternativas e complementares e, dentre estas, o Yoga pode ser uma opo. Nos ltimos anos tm
se observado um crescente nmero de trabalhos acerca dos benefcios da prtica de Yoga. Torna-se importante para o
especialista da rea de sade conhecer os potenciais benefcios desta modalidade como recurso complementar no
tratamento da dor crnica. O presente estudo uma reviso de literatura sobre o estudo dos protocolos de interveno com
o Yoga no tratamento de pessoas com dores crnicas. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliogrfica com abordagem
qualitativa, a metabusca foi feita no portal de Peridicos CAPES, utilizando-se dos seguintes termos: exerccio fsico e dor,
utilizando as seguintes bases: LILACS, IBECS, MEDLINE, Biblioteca Cochrane. A partir dele, encontramos 85 estudos e a
partir destes foram selecionados 16 estudos que abordavam os efeitos do exerccio fsico na dor crnica com o objetivo de
analisar os protocolos utilizados e desenvolver um protocolo clnico de tcnicas de Yoga baseado em exerccios de
fortalecimento e alongamentos para futura aplicao em indivduos (adultos jovens) que frequentam o grupo de extenso
Agoras da Unifesp Baixada Santista e apresentam dores crnicas. Para a elaborao do estudo revisou-se a literatura sobre
a dor e sua relao com os exerccios, tanto na sua dimenso fsica (exerccios aerbicos, alongamento, fora) quanto na
contemplativa (prticas contemplativas, meditao), levando em conta estudos baseados em evidncias sobre estes
assuntos composio de um protocolo de Yoga que integrasse de modo adequado estes aspectos psicofsicos. As anlises
e discusses confirmam o potencial de analgesia da pratica de Yoga e meditao em quadros de dores
musculoesquelticas e apontam o Yoga como um recurso importante para reduzir a intensidade da dor. Considerou-se, por
fim, o carter subjetivo e multifatorial da dor, o que requer uma abordagem de tratamento especializada e multidisciplinar,
sendo a prtica de Yoga um potencial tratamento coadjuvante no alvio da dor, no apenas na sua dimenso fsica, mas na
percepo de si e da conscincia da dor.
Participantes:

Discente: Daniela Rodrigues de Caires

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Saude Coletiva
Autor: Danilo Prudncio Silva
Ttulo: Enriquecimento e isolamento de culturas de microrganismos estritamente
anaerbios de clulas de compostagem e fezes de animais selvagens
Palavras-Chave: Microbiologia Ambiental, Microbiologia Sanitria, Arqueias Metanognicas, Metanogn
A Fundao Parque Zoolgico de So Paulo (FPZSP) faz a compostagem diria de cerca de duas toneladas de
resduos compostos por restos vegetais do parque, fezes de animais selvagens, restos de alimentao animal, resduos de
tratamento de gua e esgoto, lixo produzido pelos visitantes e animais mortos. A compostagem um processo de
degradao microbiana da matria orgnica, que ocorre em at quatro fases distintas: psicrfila, mesfila, termfila e de
maturao. Apesar da operao do sistema ser planejada para induzir um processo essencialmente aerbio, variaes na
porosidade e umidade do composto e a prpria atividade microbiana permitem a formao de nichos anaerbios, onde
podem crescer arqueias metanognicas. A particular combinao de materiais e a dinmica do processo de compostagem
faz com que o composto gerado constitua-se em uma fonte diversa de micro-organismos com grande potencial de aplicao
biotecnolgica e adaptaes a condies termoflicas.
Este projeto teve como objetivo detectar, cultivar e caracterizar micro-organismos estritamente anaerbios, com foco
nas arqueias produtoras de metano, um importante gs estufa e principal componente do biogs. Esta uma triagem
indita a partir do sistema de compostagem da FPZSP . Para isso, amostras de composto foram inoculadas em frascos de
antibitico lacrados contendo meio mineral enriquecido com acetato de sdio em atmosfera de N2:CO2 (70:30) ou
empregando atmosfera de H2:CO2(80:20). Os frascos foram incubados a 37 e 50 C. O crescimento de clulas
metanognicas foi monitorado por determinaes de metano atravs de cromatografia gasosa (GC/FID) e observaes em
microscpio de contraste de fase e fluorescncia (esse grupo de microrganismos apresenta autofluorescncia sob luz UV).
A tcnica de hibridizao fluorescente in situ (FISH) foi selecionada para identificao dos grupos metanognicos nas
culturas. A purificao das culturas est sendo realizada em meio slido pela tcnica do roll tube e repique em meio lquido
contendo vancomicina, antibitico ao qual as arqueias metanognicas so resistentes.
As determinaes de metano indicaram que em todas as condies houve metanognese a partir do inculo inicial,
confirmando a presena de arqueias metanognicas no composto estudado. Sucessivos repiques das culturas originais
tambm permitiram o estabelecimento de cultivos com produo estvel de metano em ambos os substratos e
temperaturas. Nas culturas alimentadas com acetato, houve primeiramente um acmulo maior de metano na atmosfera do
frasco incubado a 50oC (49%, contra 23% da cultura a 37oC, aps 49 dias). Entretanto, ao longo dos repiques ambas as
culturas estabeleceram uma produo equivalente de metano.
No cultivo em hidrognio a 37 C ficou claro o aumento progressivo da produo de metano conforme o avano dos
repiques. No primeiro repique a produo de metano foi quase nula, no segundo houve acmulo de 15% em 40 dias, no
terceiro 37% em 37 dias e finalmente 30% em 14 dias de incubao no quinto repique. Este padro parece indicar uma
relao de competio por substrato com outros microrganismos, reduzida conforme a cultura foi sendo purificada. De
forma semelhante, nota-se o aumento progressivo na produo de metano ao longo dos repiques na cultura de 50 C, mas
a produo de metano resultou j em um acmulo de 37% nos primeiros 45 dias aps o primeiro repique, indicando que a
temperatura de 50 C pode ter servido como agente seletivo sobre microrganismos competidores. O ltimo repique da
cultura gerou um acmulo de 49% de metano na atmosfera do frasco em 14 dias de incubao.
As observaes em microscpio de contraste de fase revelou uma grande variedade de morfologias em todas as
culturas, com predomnio de cocos e bacilos de tamanhos. Sob luz UV, as morfologias fluorescentes (metanognicas) mais
encontradas foram cocos e bacilos pequenos e aglomerados de clulas semelhantes aos formados por Methanosarcina sp.
Nas culturas em acetato a 37 C, principalmente aps o segundo repique, encontrou-se uma comunidade dominada por
diplococos irregulares fluorescentes, alm de cocos e bacilos pequenos. Na cultura de acetato a 50 C no houve
dominncia de morfologias especficas, sendo observados bacilos e cocos fluorescentes pequenos. O cultivo em hidrognio
a 37 C apresentou a formao de biofilmes e grumos, sendo visveis ao microscpio partes de biofilme, bacilos, cocos e
clulas grandes, esfricas, translcidas e fluorescentes com pontos slidos em sua superfcie (cerca de quatro por clula).
Na cultura de 50 C de mesmo substrato tambm foram observadas as clulas esfricas vistas na de 37 C, cocos e
bacilos.
Os experimentos de FISH esto sendo realizados. A primeira anlise confirmou morfologias fluorescentes como
sendo arqueias e a presena de clulas pertencentes ordem Methanobacteriales em culturas crescidas em hidrognio a
30oC. Os resultados demonstram que as condies adotadas permitiram o cultivo de arqueias metanognicas a partir do
sistema de compostagem da FPZSP, com o enriquecimento de diversas morfologias acetotrficas e hidrogenotrficas, de
crescimento mesoflico e termoflico.
Agradecimentos: FPZSP, CNPq.
Participantes:

Orientador: Cristina Rossi Nakayama


Orientador: Suzan Pantaroto Vasconcelos

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Saude Coletiva
Autor: Dbora Neves Costa Joi
Ttulo: Acidose tubular renal distal em crianas: um estudo retrospectivo.
Palavras-Chave: ATR distal
Este projeto visa avaliar a frequncia de Acidose Tubular Renal (ATR) distal em crianas. Devido alta prevalncia
de nefrocalcinose na ATR, optamos por correlacion-las, avaliando em conjunto o desenvolvimento pndero-estatural e o
impacto do distrbio na depurao de creatinina.
As tubulopatias primrias so doenas raras que so evidenciadas principalmente na faixa etria peditrica. Dentre
as tubulopatias relacionadas ao distrbio cido-bsico, existem as alcalticas e as acidticas.
A Acidose Tubular Renal (ATR) uma tubulopatia acidtica, que, em crianas, ocorre por um defeito hereditrio
(primria) ou adquirido e afeta a capacidade dos rins na reabsoro de bicarbonato filtrado, ou na excreo de amnia e/ou
cido titulvel. A ATR primria se caracteriza por anion gap srico normal, acidose metablica hiperclormica e potssio
plasmtico normal, diminudo ou aumento (dependendo do tipo de ATR) e tem padro gentico de transmisso autossmico
dominante ou recessivo. Existem trs subgrupos de ATR: ATR Distal (tipo 1), ATR Proximal (tipo 2) e Hipoaldosteronismo
(ATR tipo 4).
A ATR distal foi descrita inicialmente em 1946 por Albright e colaboradores, e se caracteriza por normo ou
hipocalemia, acidose metablica hiperclormica, incapacidade de tornar o pH urinrio menor que 5,5, nefrocalcinose e
nefrolitase. Fatores adicionais incluem osteomalcia ou raquitismo. A acidose resulta da incapacidade de secreo de ons
hidrognio pelos tbulos coletores. Esta diminuio na secreo de ons hidrognio pelo tbulo renal, provoca aumento
considervel do pH urinrio durante a acidose sistmica.
A ATR distal resulta da incapacidade de secreo distal de ons hidrognio, causada por um dos seguintes fatores:
diminuio na atividade da H-ATPase, o que diminui a secreo de ons H+ pelas clulas intercaladas A do tbulo coletor;
aumento na permeabilidade da membrana luminal com retorno dos ons hidrognio;
reduo da reabsoro tubular distal de ons sdio, o que provoca diminuio no gradiente eltrico da membrana,
prejudicando a secreo de prtons; mutao no trocador de Cl-HCO3 (AE1) na membrana basolateral causando acidose e
anemia pelo aumento da fragilidade do eritrcito.
Pacientes com ATR distal frequentemente apresentam hipercalciria, devido aos efeitos que a acidose metablica
crnica tem na reabsoro de clcio pelos ossos e pelos tbulos renais. Tanto a hipercalciria como a hipocitratria
contribuem para o desenvolvimento de nefrolitase e de nefrocalcinose, uma complicao comum dessa doena.
Hipocalemia, s vezes grave, frequentemente observada na ATR distal e pode levar a fraqueza muscular.
A acidose tubular renal distal (ATR) a causa mais comum de nefrocalcinose (principalmente em crianas), devido
hipercalciria sem hipercalcemia. A teraputica ideal a introduo de lcali, causando a normalizao do equilbrio
cido-bsico e, geralmente, a melhora do balano de clcio e potssio, prevenindo, com isso, a formao de clculos e de
nefrocalcinose.
A nefrocalcinose caracterizada pela deposio de clcio no parnquima renal e nos tbulos. Ela pode provocar
leso renal aguda ou crnica, ou ser detectada radiologicamente ao acaso em um paciente com funo renal normal. A
deposio de clcio pode ocorrer na medula renal ou, muito menos frequente, no crtex.
A nefrocalcinose pode ser classificada quanto apresentao em: molecular ou qumica (h um aumento
mensurvel na concentrao intracelular de clcio, mas ele no visvel microscopicamente ou por imagem radiolgica),
microscpica (depsitos minerais so visveis em tecido obtido de bipsia por microscpico de luz, mas no por imagem
radiolgica) e macroscpica (calcificao visvel por imagem radiolgica).
Existe a associao da nefrocalcinose com condies que causam hipercalcemia, hiperfosfatemia e o aumento da
excreo de clcio, fosfato e/ou oxalato na urina. A hipocitratria tambm pode contribuir, principalmente em pacientes com
ATR distal. O citrato normalmente inibe a formao de cristais devido capacidade de formar um complexo solvel com
clcio. A ausncia do mesmo propicia a deposio de clcio nos tbulos.
Vrios fatores cooperam para a relao entre a ATR distal e formao de litase ou nefrocalcinose. Em algumas
famlias,a hipercalciria parece ser o distrbio primrio, com danos intersticiais e possivelmente tubulares induzidos por
clcio, sendo estes os responsveis pela ATR.
A prevalncia de nefrocalcinose em pacientes com ATRs distais de 60-80%. No entanto, difcil interpretar esta
estimativa j que a nefrocalcinose frequentemente causa defeitos na acidificao distal.
Os pacientes com nefrocalcinose, na maioria dos casos, no progridem para a fase terminal da doena renal, porm,
so mais susceptveis caso a doena primria no seja tratada adequadamente. Por este fato, evidencia-se a importncia
de avaliar a frequncia de nefrocalcinose nos pacientes com ATR tipo 1 em nosso meio, correlacionando-a com a
depurao renal e o controle do distrbio metablico associado doena.
Objetivo geral do projeto: avaliar a frequncia de Acidose Tubular Renal Distal no ambulatrio de tubulopatias do
Setor de Nefrologia da Disciplina de Especialidades Peditricas do Departamento de Pediatria da EPM-UNIFESP.
Objetivos especficos: correlacionar os
creatinina e desenvolvimento pondero-estatural.

pacientes

portadores

de

ATR

distal

com:

nefrocalcinose,

depurao

de

O estudo observacional e retrospectivo. Foram analisados pronturios de pacientes do Ambulatrio


Tubulopatias do Setor de Nefrologia da Disciplina de Especialidades Peditricas do Departamento de Pediatria
EPM-UNIFESP portadores de ATR distal atendidos no perodo de outubro de 2000 a maio de 2012.

de
da

Foram includos na coleta de dados os pronturios de pacientes com ATR distal primria. Este diagnstico foi
estabelecido por mdicos do servio e se caracteriza por acidose metablica hiperclormica, normo ou hipocalmica, com
anion gap urinrio positivo e pH urinrio alcalino.
Os pronturios excludos da coleta de dados foram os de pacientes com ATR secundria ou tipo 2 ou 4, de pacientes
com tubulopatias no acidticas e de pacientes com menos de 2 consultas no ambulatrio.
Foram excludos 177 pacientes e includos 28. A coleta de dados foi finalizada sob proposta de dispensa do TCLE
para a Plataforma Brasil por se tratar de um estudo retrospectivo.
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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Saude Coletiva
Autor: Dbora Neves Costa Joi
Estamos no incio da anlise bioestatstica, que consta da comparao de cada parmetro no incio do tratamento e
na ltima consulta do seguimento, sendo utilizadas mdias, medianas, desvios padro mnimo e mximo, para resumir e
caracterizar os pacientes. Para comparar as variveis quantitativas nos dois momentos do estudo (incio e fim), aplicar-se-
o teste de Wilcoxon, adotando-se o limite de 5% (p<0,05) para rejeio da hiptese de nulidade.
O trabalho ainda no foi finalizado, por isso no h uma concluso at o momento.
Participantes:

Orientador: Joo Toms de Abreu Carvalhaes


Orientador: Marta Liliane de Almeida Maia

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Saude Coletiva
Autor: Eduardo Sales Brito
Ttulo: Estgios da Identidade de Adolescentes em Situao de Abrigamento
Palavras-Chave: Abrigamento, adolescncia, EOMEIS II, Identidade
Resumo - UNIFESP maio de 2013
Dentre muitas tarefas psicossociais prprias do perodo da adolescncia destacam-se aquelas relacionadas ao
desenvolvimento da identidade, incluindo delimitaes de valores e de filosofia de vida, bases para a subjetividade ao longo
da vida adulta. O desenvolvimento de adolescentes abrigados (aqueles que vivem fora do convvio familiar) tem
caractersticas peculiares no tocante a seus contextos cotidianos de desenvolvimento, sendo considerados sujeitos que
vivenciaram uma condio de alta vulnerabilidade social e uma propenso ao desenvolvimento de problemas psicolgicos e
menores indicadores de competncia.
O desenvolvimento da identidade parte do desenvolvimento global do ser humano, dentre diferentes teorias acerca
do desenvolvimento, encontra-se a Abordagem Ecolgica do Desenvolvimento Humano (AEDH) de Bronfenbrenner que
freqentemente utilizada para sistematizao de fatores de proteo e de risco em diferentes segmentos ambientais
interconectados, considera o desenvolvimento fruto de um processo contnuo de interao entre a pessoa e o seu contexto,
formado de sistemas ambientais concntricos e interconectados chamados de sistemas ecolgicos (micro, meso, exo e
macro sistemas). O desenvolvimento ocorrer atravs de interaes individuo/sistemas, nas quais o individuo influencia e
influenciado pelos contextos ambientais. Por parmetros da teoria ecolgica, o abrigo tido como importante microssistema
de desenvolvimento, caracterizado por relaes face a face significantes e estveis, aquelas que so geralmente vividas na
famlia.
Tambm pelos parmetros psicossociais de Erikson sobre formao da identidade (desde a infncia e durante toda a
vida, mas especialmente na adolescncia) pode se depreender que os microssistemas familiares (campos cotidianos de
relaes face a face) tm, junto aos grupos dos iguais, parte constituinte nessa formao. A partir de Erickson e sua teoria
psicossocial, o psiclogo James Marcia sistematiza em duas diferentes dimenses na formao de identidade pelo
adolescente, sendo eles, capacidade de EXPLORAO e o COMPROMISSO de questes experienciadas.
Com referncias tericas de Erikson e Marcia, o presente estudo tem como objetivo avaliar estgios de identidade
numa amostra de adolescentes abrigados, de caracterstica exploratria e descritiva, prope a avaliao de estgios de
identidade numa amostra de 50 adolescentes de 14-19 anos, distribudos por diversos abrigos dos municpios da baixada
santista. O instrumento utilizado foi o Extended Objective Measure of the Ego Identity Status2 ? EOMEIS II. Trata-se de uma
escala autoaplicvel, que demora cerca de 20 minutos para o preenchimento das 64 afirmaes que abrangem os domnios
Ideolgico e Interpessoal. Cada uma das afirmaes reflete caractersticas de um dos quatro estgios de identidade
(difuso, pr-fechamento, moratria e identidade estabelecida). Os resultados sero tratados a partir da relao dos
estgios de identidade considerando faixa etria, sexo, tempo de abrigamento e de escolaridade.
A proposta deste trabalho insere-se num conjunto de estudos do Laboratrio de Psicologia Ambiental e
Desenvolvimento Humano da Universidade Federal de So Paulo campus Baixada Santista (LADH/UNIFESP-BS). A reviso
da literatura sobre estgios de identidade de adolescentes ainda no indicou contribuies voltadas especificamente para
adolescentes abrigados. O projeto poder ser uma contribuio nesse sentido.
Participantes:

Orientador: Nancy Ramacciotti de Oliveira-Monteiro

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Saude Coletiva
Autor: Fernanda Felcio de Lima
Ttulo: BATERIA DOTCA - CH (DYNAMIC OCCUPATIONAL THERAPY COGNITIVE
ASSESSMENT- FOR CHILDREN): TRADUO E ADAPTAO TRANSCULTURAL
PARA A LNGUA PORTUGUESA
Palavras-Chave: Terapia Ocupacional, dficit cognitivo, adaptao de instrumento.
LIMA, F. F.1; ALMADA, H. S.2; MARQUES, N. C. F.2; MATTEUCCI, M.2; MENDES, R. S.2; NOVELLI, M. M. P. C.3;
UCHA-FIGUEIREDO, L. R.4
1 Bolsista discente do curso de Terapia Ocupacional (T.O.) da Universidade Federal de So Paulo (UNIFESP)
2 Voluntria na Pesquisa - Terapeuta Ocupacional
3 Docente do curso de T.O. da UNIFESP
4 Orientadora e docente do curso de T.O. da UNIFESP
CNPq/PIBIC
Introduo: A Avaliao Cognitiva Dinmica de Terapia Ocupacional para crianas (DOTCA-Ch) foi construda, em
2004, com a proposta de avaliar o desempenho cognitivo de crianas com idade de 6 a 12 anos, permitindo a identificao
das potencialidades e das limitaes nas reas cognitivas primrias; relacionadas funo, assim como em termos de seu
desempenho na memria de curta durao. baseada na Avaliao de Terapia Ocupacional de Loewenstein (LOTCA),
uma avaliao cognitiva para adultos com dficits neuropsicolgicos e tambm na bateria LOTCA-G, verso para idosos.
Derivada do acmulo de experincias clnicas, assim como de teorias neuropsicolgicas e de desenvolvimento, bem como
de procedimentos de avaliao, a Bateria DOTCA - Ch um instrumento de avaliao dinmica, composto por 22 subtestes
em cinco reas cognitivas: Orientao, Percepo Espacial, Prxis, Construo Visuomotora e Operaes de Pensamento.
Para cada subteste existe uma opo estruturada de cinco nveis de mediao. Alm disso, memria imediata e tardia so
medidas em 05 subtestes de Construo Visuomotora e o tempo de reao medido nos subtestes de Construo
Visuomotora e Operaes de Pensamento. A finalidade da avaliao identificar as habilidades e incapacidades da criana
em diferentes reas, e mensurar o potencial de aprendizado e estratgias de reconhecimento do pensamento. A Bateria
DOTCA-Ch administrada a fim de permitir a identificao do potencial de aprendizado de crianas e, atravs da anlise do
processo de mediao das tarefas, de suas estratgias de pensamento. um instrumento promissor e especfico para a
rea de Terapia Ocupacional, na qual no foram desenvolvidos instrumentos padronizados apropriados para este tipo de
avaliao no Brasil, podendo ser efetiva nos diferentes setores de atuao teraputica que visem sade da criana. Pois,
os terapeutas ocupacionais ocupam uma posio nica para tratar crianas com dficits cognitivos, de modo a facilitar sua
participao em todas as reas de desempenho ocupacional, tais como auto-cuidado, educao, brincar, lazer e
participao social. Objetivos: O objetivo da presente pesquisa foi traduzir e adaptar transculturalmente a Bateria DOTCA Ch, para a lngua portuguesa. Mtodos: A Bateria DOTCA - Ch, tanto o instrumento de avaliao, quanto as Folhas de
Pontuao e o Manual de Instrues foram traduzidos para a lngua portuguesa e adaptados segundo uma metodologia
rigorosa, a partir da traduo, retrotraduo, avaliao das equivalncias conceitual, cultural idiomtica e semntica feita
por um comit de especialistas. Resultados: A Bateria DOTCA - Ch foi traduzida para o portugus, sendo que a traduo foi
feita por trs tradutores independentes, comparadas item a item e combinadas para constituir uma verso nica. Esta
verso
foi submetida retrotraduo, tambm denominado back-translation, que consiste em traduzir o contedo do
instrumento na segunda lngua para o idioma de origem. A partir disto, o contedo do Manual de Instrues, referente a
cada domnio cognitivo (Orientao, Percepo Espacial, Prxis, Construo Visuomotora e Operaes de Pensamento), foi
comparado ao da Bateria DLOTCA-G (Avaliao Cognitiva Dinmica de Terapia Ocupacional Loewenstein - para a
populao geritrica); a fim de padronizar os itens iguais, visto que o mesmo j foi adaptado transculturalmente para a
lngua portuguesa, pelo mesmo grupo de pesquisa. Nessa perspectiva, de 375 itens, da Avaliao Semntica e Idiomtica,
foram padronizados 17 itens. Durante o processo de retrotraduo foi necessrio adaptar transculturalmente outros 24 itens
para a lngua portuguesa, por meio de modificaes como incluso e excluso de palavras visando manuteno do
sentido e do contedo da frase para o portugus. Assim, a partir da obteno desta verso, a Bateria DOTCA - Ch, as
Folhas de Pontuao e o Manual de Instrues foram encaminhados para um comit de especialistas, composto por cinco
profissionais da rea, de modo a avaliar as equivalncias conceitual, cultural, idiomtica e semntica. A Bateria DOTCA Ch, doada pela prof. Dra. Noomi Katz, criadora da Bateria, e pela Maddak Inc., produtora do mesmo, chegou ao Brasil, via
navio, apenas nos ltimos dias do ms de abril (2013); o que ocasionou atraso no envio do material ao comit de
especialistas, visto que era necessrio, ter acesso ao Kit de Materiais do Teste referente s provas da avaliao, para que
cada prova fosse contextualizada por meio de fotografias. Por conta disso, o cronograma da pesquisa foi reorganizado e
no pde viabilizar em tempo adequado a realizao do pr-teste, que utilizaria a tcnica da prova a fim de avaliar 11
crianas saudveis para identificar a compreensibilidade da Bateria e propor ajustes, se necessrio. Concluso: Espera-se
que o estudo possa disponibilizar o primeiro instrumento padronizado de avaliao da capacidade cognitiva de crianas,
especfico para os terapeutas ocupacionais brasileiros, que auxiliar na prtica clnica e pesquisadores nos estudos
cientficos.
Participantes:

Orientador: Lcia da Rocha Ucha Figueiredo


Docente: Marcia Maria P. Camargo Novelli

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Saude Coletiva
Autor: Graciana Santos Martinho
Ttulo: ASSOCIAO ENTRE A INGESTO DE REFRIGERANTES E A FUNO
PULMONAR DE TABAGISTAS ADULTOS
Palavras-Chave: refrigerantes, funo pulmonar, tabagistas
ASSOCIAO
ADULTOS

ENTRE

INGESTO

DE

REFRIGERANTES

FUNO

PULMONAR

DE

TABAGISTAS

Introduo: A doena pulmonar obstrutiva crnica (DPOC) caracterizada pela obstruo das vias areas. Esta
Obstruo progressiva e est relacionada a uma resposta inflamatria anormal dos pulmes inalao de partculas e/ou
gases txicos, sobretudo fumaa de cigarro. Sabe-se que o principal fator de risco para o desenvolvimento da DPOC o
tabagismo e a inalao de gases txicos. Entretanto, outros fatores ainda pouco identificados podem ter influncia na
funo pulmonar. Levantamos a hiptese de que o consumo excessivo de refrigerantes pode ter associao negativa com a
funo pulmonar de tabagistas adultos. Objetivo: avaliar a associao entre a ingesto de refrigerantes e a funo pulmonar
de tabagistas adultos. Mtodos: Foram avaliados 20 tabagistas adultos (9 homens e 11 mulheres). Todos fizeram
inicialmente uma anamnese sobre problemas de sade prvios e o uso de medicamentos. O tabagismo e o consumo de
refrigerantes foram investigados por auto-relato. A funo pulmonar foi avaliada pela manobra de capacidade vital forada
(CVF) na qual foram determinados, principalmente, o volume expiratrio forado no primeiro segundo (VEF1), a CVF, a
relao VEF1/CVF, o pico de fluxo expiratrio (PFE) e os fluxos entre 25 e 75% do total da manobra forada (FEF 25-75).
Os testes foram realizados utilizando-se espirmetro porttil (Microquark; COSMED, Pavona di Albano, Itlia), de acordo
com os critrios estabelecidos pela American Thoracic Society (ATS, 2002). Resultados: Os participantes apresentaram
mdia de idade de 53 14anos; IMC de 26 4 kg/m2, indicativo de sobrepeso; VEF1 de 78 19 % do predito; CVF de 83
14 % do predito; relao VEF1/CVF de 75 10 % e carga tabgica mdia de 30 25 anos-mao. No houve uma
associao positiva entre a ingesto de refrigerantes e a funo pulmonar dos indivduos avaliados. Dos 20 indivduos,
cinco apresentaram relao VEF1/CVF menor que 70% do previsto, sugestivo de DPOC. Concluso: Com a amostra
estudada no foi possvel estabelecer a relao entre o consumo de refrigerantes e a funo pulmonar de tabagistas
adultos.
Participantes:

Discente: Graciana Santos Martinho

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Saude Coletiva
Autor: Jacqueline Oliveira Lacerda Silva
Ttulo: Incidncia de anemia em pacientes pr-idosos e idosos atendidos nas UBS da
rede bsica de sade de Diadema
Palavras-Chave: Anemia
O envelhecimento da populao brasileira reflexo do aumento da expectativa de vida, devido ao avano no campo
da sade e reduo da taxa de natalidade. Hoje, a populao idosa, de acordo com o ltimo censo de 2010, representa
12% da populao brasileira, o que resulta numa nova realidade para o Sistema nico de Sade. Nos idosos, a anemia
est associada com uma sobrevida comprometida, diminuio do desempenho fsico, limitaes na vida diria,
comprometimento cognitivo, depresso, diminuio da qualidade de vida e aumento das admisses hospitalares. Portanto,
se consideramos a alta prevalncia de anemia em indivduos acima de 60 anos e o aumento do nmero de idosos na nossa
sociedade, a anemia em idosos ter um significativo impacto nos custos de sade pblica no futuro prximo. Desse modo,
foi objetivo deste estudo avaliar a incidncia de anemia, e correlacionar com o estado funcional, nutricional e de sade geral
em pacientes pr-idosos (de 50 a 59 anos) ou idosos (idade >60 anos) atendidos nas Unidades Bsicas de Sade (UBS) do
municpio de Diadema, So Paulo. Durante o perodo de novembro de 2012 a abril de 2013, foram analisados os
pronturios de 96 pacientes (40 pr-idosos e 56 idosos) da Unidade Bsica de Sade (UBS) Eldorado e 277 pacientes da
UBS Piraporinha (115 pr-idosos e 162 idosos).
Para a coleta de dados clnicos foi utilizado uma ficha clnica laboratorial
para caracterizao da populao do estudo, com variveis scio-demogrficas, clnicas, hematolgicas e bioqumicas. A
anemia foi determinada de acordo com o critrio da Organizao Mundial de Sade: hemoglobina <12 g/dL para mulheres e
<13 g/dL para homens. Aps entenderem e assinarem o termo de consentimento livre e esclarecido, os pacientes foram
submetidos a dois questionrios: um utilizando a Escala OARS (Older Americans Resources And Services), para avaliar o
grau de dependncia do idoso no desempenho das atividades dirias.
Questionrio SRQ-20 (Self-Reporting
Questionnaire), para rastreamento de transtornos mentais no-psicticos. Para anlise estatstica foram usados os testes
do chi-quadrado e Teste t. Para as anlises de correlao foi usado o coeficiente de correlao de Pearson. Consideramos
como significativo um valor de P <0,05. Foi observado que na UBS Eldorado os valores de idade foram significativamente
menores, quando comparados com Piraporinha (P=0,009). Entretanto, a escala OARS revelou que a porcentagem de
pacientes da UBS Eldorado com dificuldades em suas atividades dirias significativamente maior, quando comparado
com Piraporinha (P<0,05). Do mesmo modo, observamos que na UBS Eldorado h um aumento significativo nos pacientes
com transtornos mentais no psicticos (P<0,05). Em relao aos dados clnicos, no houve diferena significativa entre as
UBS nas variveis laboratoriais. A prevalncia de anemia em ambas as UBS estudadas foi em torno de 11,5%, sem
diferenas significativas entre os sexos. Esses dados corroboram um estudo americano de 2004 "National Healthy and
Nutrition Examination Survey", no qual a prevalncia da anemia em adultos, com idade igual ou maior que 65 anos, era de
11% nos homens e de 10,2% nas mulheres. Ao classificarmos as anemias de acordo com o ndice hematimtrico Volume
Corpuscular Mdio (VCM), foi observado que as anemias microcticas (VCM <80fL) eram em torno de 30% e mais de 50%
dos casos de anemias eram normocticas (VMC 80-100fL) em ambas as UBS. Houve uma correlao negativa dos valores
de hemoglobina com a idade dos pacientes estudados (r=-0,25; P<0,0001). Alm disso, os valores de hemoglobina foram
significativamente menores no grupo dos idosos quando comparados com o grupo de pr-idosos. A principal causa da
anemia microctica a deficincia de ferro. Num estudo apresentado por Price e colaboradores, apenas uma minoria de
idosos com anemia ferropriva apresentou um VCM <80fL e microcitose no esfregao sanguneo, sugerindo uma dificuldade
de diagnstico deste tipo de anemia em idosos utilizando os mtodos atuais. Alm disso, a metade dos pacientes idosos,
com anemia ferropriva, no apresentou melhora da anemia aps reposio de ferro, apontando outras causas alm de
deficincia nutricional de ferro. Este resultado corrobora nossos achados em que a frequncia de microcitose nos pacientes
anmicos foi muito parecida entre as duas UBS, embora os pacientes da UBS Eldorado apresentem mais dificuldades em
atividades dirias e transtornos mentais no psicticos, o que poderiam comprometer a qualidade nutricional e das
atividades rotineiras como realizar as refeies. A principal causa de anemia normoctica a presena de doena crnica
(distrbios infecciosos crnicos, inflamatrios ou doenas neoplsicas) ou doena renal (associada a baixos nveis de
eritropoetina). As causas de anemia de doena crnica ou renal esto significativamente associadas com aumento de
mortalidade entre os idosos. A queda dos valores de hemoglobina medida que a idade aumenta corrobora alguns
trabalhos que tentam justificar o uso de limites inferiores para os estudos de anemia em idosos. Por fim, se ressalta que
verificar as incidncias das taxas de hemoglobina e classificar a etiopatogenia das anemias relacionando com o
envelhecimento podem auxiliar as melhorias da qualidade de vida de indivduos pr-idosos e idosos do municpio de
Diadema.
Participantes:

Orientador: Patricia Favaro


Orientador: Fernando Luiz Affonso Fonseca
Discente: Matheus Rodrigues Lopes
Discente: Douglas Patriota Ferreira

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Saude Coletiva
Autor: Larissa Arajo Ribeiro
Ttulo: Relaes psquicas entre a autopercepo da imagem corporal e as atitudes
alimentares, em atletas do sexo feminino
Palavras-Chave: Atletas, auto-imagem corporal, atitudes alimentares, psicanlise
Diversos autores consideram que as mulheres, no Brasil, so mais suscetveis s presses sociais para a
assuno de um corpo, considerado perfeito pelos padres estticos. Tais autores ainda afirmam que essa suscetibilidade
seria importante fator envolvido nos transtornos alimentares. Afirmaes como essas levam ao questionamento sobre a
autoimagem corporal, em mulheres atletas de alto rendimento, uma vez que nesses esportes h grande busca pela
superao dos limites corporais e pela alta competitividade. Os corpos dessas atletas so vulnerveis s constantes
modificaes, decorrentes de alteraes hormonais e nutricionais, uma vez que so submetidos a treinos exaustivos, s
exigncias de limites de peso para competies, ou mesmo s presses da mdia e de treinadores. Considerando que as
atitudes alimentares constituem possveis indicadores de caractersticas das relaes psquicas dessas atletas com seus
corpos, este estudo prope investigar se h e quais seriam as relaes entre as atitudes alimentares e a autoimagem
corporal, em mulheres atletas de alto rendimento. Para levantar hipteses passveis de responder a essa investigao,
foram entrevistadas 50 atletas de alto rendimento do sexo feminino, conveniadas Fundao Pr-Esportes de Santos
(FUPES), com idades entre 12 e 23 anos, das modalidades: handebol, vlei e ginstica rtmica. Foram utilizados como
instrumentos: Eating Attitudes Test (EAT-26), para avaliar as atitudes alimentares e o controle do peso; Bulimic Investigatory
Test Edimburgh (BITE), para avaliar a existncia de comportamentos sugestivos de bulimia; Body Shape Questionnaire
(BSQ) e o Teste de Silhuetas proposto por Kakeshita (2008), para avaliar o grau de insatisfao corporal. Alm desses
instrumentos autoaplicveis, foram utilizadas informaes de entrevistas realizadas a partir de um questionrio geral, que
identifica: as crenas relativas alimentao, os dias de treino e a alimentao da atleta. As coletas de dados, realizadas
dessa maneira, foram feitas por meio do projeto "Mapeamento nutricional de atletas de alto rendimento - diagnstico para o
desenvolvimento de futuras aes em educao alimentar e nutricional e em sade" (aprovado pelo Comit de tica da
Unifesp, CEP 2087/11), ao qual esta pesquisa vinculada. Os resultados dessa pesquisa mostram que 40%, das 50 atletas
participantes, apresentou indicativo de padro alimentar no usual e/ou risco de distoro da autoimagem corporal, dentro
da escala de sintomas. Dentre essa porcentagem (40%), os grupos de voleibol e ginstica rtmica apresentaram maiores
concentraes de atletas com alterao em pelo menos um teste, e 50% desses grupos apresentou tambm escores
maiores que 80 no BSQ. Todas as atletas participantes da pesquisa que apresentaram padro alimentar no usual no EAT
e/ou BITE, apresentaram tambm scores maiores que 80 no BSQ. Esse resultado sugere que atitudes alimentares de risco
estariam relacionadas a uma possvel distoro da autoimagem corporal. Contrastando com o dado anterior, o grau de
diferena entre as silhuetas foi baixo, com maior concentrao entre os graus 1 e 2. Essa pesquisa entende que esses
resultados esto de acordo com a tese psicanaltica de Freud, segundo a qual o corpo psquico e o corpo fisiolgico so
interligados, ou seja, alteraes fisiolgicas podem causar alteraes psquicas e vice-versa. Freud (1905/1980) afirma que
as atitudes alimentares no se referem somente a funes fisiolgicas instintivas, mas tambm aos afetos. Com efeito, a
alimentao est no centro das primeiras relaes afetivas com outro ser humano (que cuidador e tambm primeiro objeto
de amor). E segundo a psicanlise de Lacan, as primeiras relaes afetivas fornecem as imagens, com as quais a criana
se identifica, construindo assim sua autoimagem, a qual influenciada no decorrer da vida por relaes afetivas posteriores.
Assim, de acordo com tais teses psicanalticas, autoimagem corporal e atitudes alimentares so intimamente interligadas.
Participantes:

Orientador: Lara C. d'Avila Loureno

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Saude Coletiva
Autor: Mariana Madeira Cruz
Ttulo: Avaliao Microbiolgico de gel e sabonete intmos contendo extratos de
goiaba e pitanga
Palavras-Chave: atividade antimicrobiana; goiaba; pitanga; formulaes cosmticas
Avaliao Microbiolgica de gel e sabonete ntimo contendo extratos de pitanga e goiaba
Mariana Cruz, Ana Clara Carvalho de Castro, Veronica Dermendjian. Vania Rodrigues Leite e Silva, Gislaine Ricci
Leonardi, Mrcio Adriano Andreo, Patricia Santos Lopes
UNIFESP - Universidade Federal de So Paulo- Brasil
Mariana Cruz: mamcrz@gmail.com
Atualmente, com a grande demanda de formulaes cosmticas com apelo fitoterpico, os cosmticos, alm de
proporcionar hidratao, limpeza, proteo e embelezamento da ctis, tambm devem ser grandes aliados na preveno,
retardo, e at mesmo no tratamento do envelhecimento precoce da pele. O projeto objetivou
a avaliao da ao
antimicrobiana do gel formulado para uso ntimo com pH adequado, contendo extrato de folhas de goiaba (Psidium guajava
L.) e pitanga (Eugenia uniflora L.) atravs da determinao da concentrao mnima inibitria com o uso de microplacas, e
avaliao em meio slido usando discos de papel contendo os extratos, e tambm com aplicao dos gis formulados. Para
a realizao do experimento utilizou-se os microrganismos Pseudomonas aeruginosa ATCC 9027, Staphylococcus aureus
ATCC 6538, Escherichia coli ATCC 8739 e Candida albicans ATCC 1023, alm de diferentes gis com extrato de folha de
pitanga, de goiaba e conservante como controle. Em uma microplaca foram adicionados nas fileiras 1 e 12 meio de cultura
respectivo para o microrganismo utilizado (TSB nas bactrias e SDB no fungo). Na 2 e 11 fileiras, foram adicionadas meio
de cultura com o microrganismo desejado. 3 e 10 fileira da placa adicionou-se meio com o microrganismo desejado e
solvente. Nas fileiras 4, 5 e 6, foi adicionado o meio de cultura com o microrganismo e extrato de goiaba. Nas fileiras 7,
8 e 9, foi adicionado meio de cultura com o microrganismo e extrato de pitanga. Na avaliao em meio slido, em uma
placa de Petri com meio solidificado inoculou-se o micro-organismo com uma ala descartvel, perfurando-se 4 poos, onde
acionou-se o gel estudado (gel controle, com extrato de pitanga ou de goiaba. Aps incubao de 16 horas, mediu-se os
halos de inibio observados. Os resultados obtidos com no experimento em meio liquido, indicou maior ao
antimicrobiana do extrato de pitanga em relao ao extrato de goiaba, frente principalmente a Levedura testada. Quando os
extratos foram adicionados aos gis testados esse resultado se repetiu, mostrando ser possvel o uso desses extratos em
produtos cosmticos com apelo fitoterpico.
Participantes:

Orientador: Patricia Santos Lopes


Docente: Vania Rodrigues Leite e Silva
Docente: Gislaine Ricci Leonardi
Docente: Mrcio Adriano Andreo
Discente: Ana Clara Carvalho de Castro
Discente: Veronica Dermendjian

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Saude Coletiva
Autor: Meire Kelly da Silva Scalia Carvalho
Ttulo: Crescimento, desenvolvimento e aptido fsica relacionada sade de crianas
e adolescentes da cidade de Santos/SP - Estudo Longitudinal (subprojeto)
Palavras-Chave: Crescimento, desenvolvimento, aptido fsica, sade.
Introduo: Identificar grupos populacionais de risco e fatores que possam influenciar na presena de hbitos
malficos sade na infncia e na adolescncia so medidas importantes para desenvolver intervenes relevantes no
controle das doenas crnicas na vida adulta. Objetivo: Analisar o comportamento das variveis associadas ao crescimento,
desenvolvimento e aptido fsica relacionada sade, de acordo com a idade cronolgica e/ou biolgica e ao gnero de
crianas e adolescentes. Metodologia: 1 amostra (coleta de dados concluda) - 48 crianas (23 masc. e 25 fem.) entre 08 e
12 anos de idade, estudantes da UME Mrio de Alcntara, Santos-SP. 2 amostra (coleta de dados no concluda) - 64
estudantes (26 masc e 38 fem) entre 08 e 12 anos de idade, estudantes da UME Pedro II. Variveis investigadas: massa
corporal [MC (kg)], estatura [E (m)], ndice de Massa Corporal [IMC (kg/m2)], percentual de gordura (%G), testes motores
como flexibilidade [Flex (cm)], aptido aerbia [AA (m)], velocidade [Vel (m/s)], fora de membros inferiores [FMMII (cm)],
membros superiores [FMMSS (kg/f)] e abdominal [ABD (rep)]; alm de avaliao socioeconmica e nvel de atividade fsica.
Critrios de excluso: a) recusa em participar da coleta de dados; b) no autorizao dos pais ou responsveis; c) algum
problema fsico que impea temporria ou definitivamente de realizar as avaliaes; d) no comparecimento escola no dia
marcado para a coleta de dados. Foram assinados os termos de compromisso livre e esclarecido e de assentimento (CEP
234/11). Anlise estatstica: anlise descritiva (mdia e desvio padro [dp]) e aplicao do teste Kruskal-Wallis para verificar
as possveis alteraes das variveis para o perodo etrio estudado. Resultados Parciais (referentes aos dados da 1
amostra): Para as crianas do sexo feminino os valores mdios encontrados foram: 08 anos MC (32,7511,34); E
(1,330,08); IMC (18,034,14); %G (23,0810,71); Flex (26,633,09); AA (1066,88232,23); Vel (4,930,44); FMMII
(113,009,20); FMMSS (13,754,79); ABD (18,506,14). 09 anos 26,32,9; 1,320,03; 15,81,8; 13,781,70; 29,214,74;
1125,88239,62; 4,960,54; 117,5020,09; 13,001,15; 20,255,06. 10 anos 36,109,68; 1,410,07; 17,903,22;
17,045,73; 28,387,04; 1137,88169,85; 4,740,36; 122,7511,59; 19,383,64; 21,258,77. 11 anos 44,446,84;
1,520,04; 19,293,31; 26,066,70; 25,856,45; 22,304,03; 5,140,49; 117,2021,04; 20,501,96; 22,304,03. 12 anos
40,804,55;
1,490,09;
18,581,83;
22,503,83;
27,676,21;
1195,0063,64;
4,970,66;
112,3315,95;
19,672,52;
21,003,61, respectivamente. Crianas do sexo masculino: 08 anos MC (28,682,98); E (1,330,07); IMC (16,321,00);
%G (14,223,70); Flex (20,753,86); AA (1128,1377,67); Vel (4,760,49); FMMII (109,005,83); FMMSS (13,501,00); ABD
(25,252,22). 09 anos 38,219,28; 1,390,09; 19,673,29; 27,1114,25; 29,476,83; 1224,00140,56; 4,990,30;
128,0022,72; 16,434,61; 23,0013,55. 10 anos 39,055,02; 1,41 0,11; 20,305,59; 27,99 17,27; 28,504,95;
1249190,92; 4,820,17; 123,0011,31; 24,757,42; 27,009,90. 11 anos 41,425,65; 1,550,08; 17,541,52; 16,203,69;
28,087,38; 1299,33187,93; 5,660,8546; 141,5020,73; 20,674,18; 29,175,34. 12 anos 45,8312,35; E 1,56 0,08;
18,53 3,15; 13,525,71; 25,336,33; 1204,3385,32; 5,511,77; 143,0016,82; 25,674,04; 29,337,23, respectivamente A
maioria dos escolares foi classificada na classe scio-econmica C1 (59,57%). O IMC (69%) e %G (52%) encontram-se
dentro do padro de normalidade para gnero e idade. Nvel de AF: 41,30% foram classificados como irregularmente ativos
e 2,17% como sedentrios. Testes motores em % de resultados abaixo do esperado: 56% (AA), 68,08% (Vel), 73% (ABD),
33% muito fraco e 31% fraco (FMMII), 41,17% (FMMSS). Foram observadas diferenas significativas apenas para E, MC e
FMMSS; as demais variveis se manifestaram similares. Assim, os dados apontaram para um nvel de AFRS sem evoluo
apesar do aumento da idade. Concluso: Apesar dos estudos apontarem que uma criana ativa ou com boa aptido fsica
no significa um adulto mais ativo ou com melhor condio fsica, cabe ressaltar que os dados disponveis sustentam a
idia de que uma criana sedentria tem maior probabilidade de ser um adulto sedentrio. Nesse sentido, um bom
programa de educao fsica pode representar a melhor oportunidade para a melhoria do nvel de aptido fsica relacionada
sade. Status atual do projeto: Devido aos entraves ocasionados pela greve dos professores das universidades federais,
o que ocasionou a no compra de vrios materiais necessrios para as coletas de dados; e, em sequncia, o final do ano
letivo das escolas pblicas a 2 coleta de dados no pode ser realizada em 2012. Neste ano, demos prosseguimento ao
processo de recrutamento de voluntrios na UME Pedro II, e conseguimos o retorno de cerca de 64 anamneses e TCLEs
assinados. Ainda estamos aguardando o retorno de mais alguns TCLEs para o incio desta coleta de dados, a qual est
prevista para a primeira quinzena do ms de maio/2013.
Participantes:

Orientador: Emilson Colantonio

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rea: Saude Coletiva
Autor: Ndia Aparecida Mendes Sanches
Ttulo: Aderncia s praticas formais e informais aps participao num programa de
?mindfulness? (ateno plena) voltado promoo da sade
Palavras-Chave: Prticas integrativas e complementares em sade; meditao; pesquisa qualitativa
Dentre as Prticas Integrativas e Complementares em Sade (PIC) destaca-se a Meditao. Tais prticas envolvem
abordagens que estimulam a promoo, preveno de agravos e a recuperao da sade, por meio de tecnologias eficazes
e seguras, como homeopatia, fitoterapia e outras. Aplicam-se com nfase no vnculo teraputico, na integrao do ser
humano com o meio ambiente e na sociedade, na viso ampliada do processo sade-doena e na promoo global do
cuidado humano, especialmente do autocuidado. Perante estes aspectos implementou-se a Poltica Nacional de Prticas
Integrativas e Complementares no SUS, garantindo populao o acesso a essas intervenes. Existem evidncias
cientficas crescentes de que a prtica regular de meditao pode contribuir para o tratamento e reabilitao de diversas
doenas, crnicas no transmissveis principalmente, fato este associado ao aumento da qualidade de vida e do estado de
sade. O objetivo do presente projeto foi compreender e avaliar a aderncia a um programa de meditao tipo ?
mindfulness? voltado promoo da sade e preveno de doenas. O mtodo empregado foi o qualitativo e quantitativo,
com entrevistas semidirigidas na plataforma "Survey Monkeys" com questes a grupos focais de diferentes populaes e
usurios do sistema de sade que passaram pelo programa ?Mindfulness?, e assim constituram uma amostra intencional.
A partir dos resultados, espervamos aumentar o conhecimento cientfico sobre os fatores sociais e psicoculturais
envolvidos na aderncia meditao voltada a sade. Verificou-se que 70,6% dos participantes so mulheres, 47,1%
apresentam ensino superior completo. A tcnica "mindfulness" mais utilizada a ateno plena na respirao,sendo que
53, 8% pratica diariamente e sozinho
por um perodo entre 10 e 15 minutos. Um grande percentual declarou dificuldade
para manter a prtica frequente (87,5%) alegando falta de disciplina.Nas questes abertas destaca-se como elemento
promotor prtica a possibilidade de o fazer em grupo. Quanto a dificuldade os entrevistados expressaram que as tarefas
dirias os impedem de meditar. Infere-se que nesta amostra pesquisada h fatores que impedem a plena aderncia ao
programa, embora haja prtica de parte das tcnicas e considerem obter seus benefcios.
Participantes:

Orientador: Marcelo Marcos Piva Demarzo

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Saude Coletiva
Autor: Nathalia Gioia
Ttulo: "Perfil Epidemiolgico e Estratgias de Informatizao em Centro de Referncia
em Atendimento de Adolescentes"
Palavras-Chave: Adolescentes, Centro de Referncia, Estado Nutricional, Diagnsticos, Epidemiolgico
Introduo: O Centro de Apoio e Atendimento ao Adolescente da UNIFESP referncia no acolhimento de jovens de
diversos setores da UNIFESP e de outros servios especializados. Conta com equipe multiprofissional capacitada a abordar
as queixas e aspectos socio-ambientais e psicolgicos que tm impacto na qualidade de vida e que se relacionam com
morbidades prevalentes nessa faixa etria. A etapa anterior do estudo consistiu no primeiro levantamento do perfil
epidemiolgico dos usurios do setor e revelou importante prevalncia de distrbios do estado nutricional entre os usurios.
Revelou ainda falhas nos instrumentos de atendimento e coleta de dados. A presente etapa do estudo objetivou a
identificao de determinantes epidemiolgicos dos distrbios do estado nutricional e a elucidao das falhas no
instrumento de coleta de dados, concernindo as possibilidades de preveno de morbidades a partir da interveno nos
determinantes identificados e de formulao de estratgias para aprimoramento do atendimento ao adolescente no setor.
Objetivos:
1. Detalhamento do perfil epidemiolgico dos usurios do CAAA-UNIFESP iniciado no projeto "Perfil
Epidemiolgico de Adolescentes Atendidos em Centro de Referncia". 2. Modificao do instrumento de coleta de dados
nas consultas com reformulao de pronturio manual e implantao de pronturio eletrnico.
Metodologia: Foi realizado estudo retrospectivo a partir da avaliao dos pronturios de todos os adolescentes
atendidos de Jan/2000 a Dez/2010 no CAAA-UNIFESP. Foi necessrio treinamento em software de anlise estatstica para
estudo das diferenas de proporo encontradas nos cruzamentos de variveis qualitativas com categorias de estado
nutricional. Foram considerados os motivos principais de perda de amostra e as variveis cujos levantamentos foram mais
comprometidos. Foram discutidos com membros do setor os aspectos determinantes dessas dificuldades. A ficha de
atendimento ser reformulada at a concluso dessa etapa do estudo e ser programada a implantao de pronturio
eletrnico.
Resultados: Entre os grupos com e sem diagnsticos de distrbio do estado nutricional, houve diferena
estatisticamente significante da distribuio das variveis Gnero, Vacinao e da frequncia de morbidades
Gastrointestinais (p=0,0006), de Dificuldade de Aprendizado (p=0,0084), Neurolgicas (p=0,0106), Psiquitricas e
Comportamentais (p=0,0008), Metablicas (p<0,0001) e Dermatolgicas (p=0,0239). No houve diferena de distribuio
das variveis Idade, Prtica de Atividade Fsica, Dificuldade Escolar, iniciao Sexual e presena de distrbio de
Desenvolvimento NPM. Houve mais adolescentes sem morbidades - que buscavam acompanhamento de rotina - no grupo
que no tinha diagnstico de Distrbio do Estado Nutricional.
O principal motivo de excluso de amostra foi passagem por menos que 2 consultas no setor, sendo pelo menos 1
com especialidade mdica, aps Janeiro de 2008. As variveis "Condio Socioeconmica" e "Composio Familiar",
apesar de relevantes e includas no levantamento de dados, no foram estudadas estatisticamente devido falha no
instrumento de coleta de dados nas consultas; os registros dessas variveis como so feitos nas fichas de atendimento no
permitiram categorizao dos dados para anlise. Os distrbios metablicos (DM, HAS, Dislipidemia), a antropometria
(Peso, Estatura, IMC) e a maturao sexual foram as variveis cujos levantamentos foram mais comprometidos por falha no
instrumento de coleta de dados nas consultas, no havendo registros desses aspectos em grande parte das fichas.
Concluso e Discusso:
Os distrbios do estado nutricional foram mais prevalentes entre adolescentes do sexo
feminino. Foi revelada importante associao de distrbios do estado nutricional com morbidades Psiquitricas,
Gastrointestinais, Metablicas e Dermatolgicas, bem como com Dificuldade de Aprendizado.
No grupo de adolescentes com vacinao em dia, predominaram os que no tinham diagnstico de distrbio do
estado nutriciononal.
O pronturio manual falho como instrumento de coleta e registro de dados. Este instrumento deve ser adequado a
rotina dos atendimentos, o que implica envolvimento e treinamento dos membros do setor, alm de aprimoramento
tecnolgico.
Participantes:

Discente: Michelle Castro

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Saude Coletiva
Autor: Nathan de Cerqueira Leite Scherer
Ttulo: Padronizao da tcnica de infeco de macrfago por Cryptococcus
neoformans
Palavras-Chave: Cryptococcus neoformans, macrfago, co-cultivo
Com o aumento da populao mundial imunocomprometida, principalmente relacionada imunossupresso causada
por HIV, houve um aumento no nmero de casos de micoses causadas por fungos oportunistas, como o Cryptococcus
neoformans.
No caso desse fungo, sua capacidade de invadir, sobreviver e causar doena depende da expresso de uma srie
de fatores de virulncia, como: capacidade de crescer na temperatura fisiolgica dos mamferos (37C), produo de
cpsula polissacardica, produo de melanina, protease, urease, dentre outras caractersticas. A deleo de genes que
controlam esses processos celulares pode levar a reduo da sobrevivncia do patgeno no hospedeiro e na virulncia das
cepas, auxiliando, portanto, a compreenso dos mecanismos biolgicos responsveis pela patogenicidade, aumentando
assim as possibilidades de tratamento. A deteco e confirmao de genes importantes para virulncia e sobrevivncia do
patgeno dependem de teste das linhagens mutantes em modelo animal e celular. No caso deste estudo, usou-se uma
linhagem celular de macrfago (J774) derivada de camundongo BALB/C. O Laboratrio de Interaes Microbianas da
UNIFESP-Diadema possui uma coleo de mutantes de C. neoformans que afetam diversos fatores de virulncia nesta
levedura oportunista, no entanto, estes mutantes nunca foram testados em modelo celular. Portanto, o objetivo deste
projeto implementar um protocolo de infeco de macrfagos para testar mutantes que apresentem alterao para um ou
mais fatores de virulncia ou sobrevivncia em C. neoformans. Espera-se desta forma, identificar genes que sejam
relevantes para patognese e que contribueam para o desenvolvimento de novas formas de tratamento.
Participantes:

Orientador: Profa. Dra. Renata Castiglioni Pascon

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Saude Coletiva
Autor: Philipe Riskalla Leal
Ttulo: Estrutura de um sistema de informaes geogrficas aplicado a elaborao de
mapas de sensibilidade ambiental a floraes massivas de cianobacterias
Palavras-Chave: Florao Massiva de Cianobactrias; Mapas de Sensibilidade Ambiental; Represa Gua
O uso de sistemas de Informaes Geogrficas (SIG) tem sido considerado uma alternativa ecolgica para manejo
ambiental. Esses sistemas esto presentes desde questes urbanas, at as florestais. Um dos maiores impactos
ambientais em que so aplicadas as tcnicas de SIG a contaminao de guas de mares, rios e represas. A grande So
Paulo, utilizando-se da Represa Guarapiranga como uma de suas fontes principais de suprimento de gua, hoje sofre
grandes dificuldades de tratamento e controle da qualidade desse grande abastecedouro. Isso se deve a vrias razes,
como o uso inadequado da gua, moradias no regulamentadas, falta de saneamento bsico ainda presente em muitas
moradias e manejo ambiental precrio no local. Utilizando-se da metodologia SIG, este projeto tem como objetivo gerar um
mapeamento que possa auxiliar no tratamento e controle da qualidade da represa Guarapiranga via uma combinao de
quatro principais variveis levantados e/ou mensurados: morfologia da borda da represa, estado trfico dos diferentes
pontos coletados para amostra e quantificao da qualidade da gua, presena/ausncia de efluentes, uso direto/indireto
do manancial pela populao local. Os resultados obtidos at o momento mostram que a represa sofre de significativa
contaminao de seu corpo dgua; com uma alta frequncia de interaes diretas e indiretas de seus moradores
prximos sua orla; somado a uma morfologia relativa complexa, contendo muitos pontos de baixo fluxo de gua (alta
resilincia do corpo dgua) resultando numa baixa troca de substncias o que favorece acentuadamente floraes
massivas (blooming) de cianobactrias, uma das principais causas de contaminao da represa e diminuio da qualidade
da gua potvel para toda a populao paulista e o principal foco de controle deste projeto.
Participantes:

Orientador: Professor Doutor Danilo Boscolo


Orientador: Professor Doutor Dcio Luis Semensatto J
Discente: Adriana Rodrigues

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Saude Coletiva
Autor: Rafael Barty Dextro
Ttulo: Influencia de nutrientes e luminosidade na morfologia de Anabaena sp
Palavras-Chave: Eutrofizao, Cianobactria, Microbiologia
O gnero Anabaena, pertencente a famlia Nostocales, uma das cianobactrias que exerce dominncia em
reservatrios de gua doce, formando, assim como outras algas, grandes florescimentos. No Brasil estes corpos de gua
so geralmente rasos e com tempo de residncia longo, situaes que favorecem o desenvolvimento e dominncia delas.
Ao lado desses fatores relacionados com a dinmica das represas, h a ocupao desordenada pelo homem ao redor
desses corpos de gua, que tem como consequncia direta a acelerao da eutrofizao, outro fator de relevncia na
proliferao de cianobactrias. A condio eutrfica de um corpo de gua implica no estabelecimento de vrios fatores
ambientais, tais como, alta concentrao de fsforo e nitrognio totais, temperatura e pH elevados e luminosidade reduzida.
Cianobactrias do gnero Anabaena sp., tem a propriedade sintetizar clulas especiais, tais como, hetercitos
(clulas capacitadas captao de nitrognio atmosfrico) e acinetos (clulas de resistncia que acumulam grande material
de reserva). Tais estruturas contribuem, entre fatores, para o sucesso adaptativo dessas cianobactrias em ambientes
eutrofizados.
O objetivo deste estudo foi compreender a dinmica de produo destas clulas especiais, hetercitos e acinetos, no
filamento da Anabaena sp. em condies laboratoriais controladas e submetidas a diferentes meios de cultura e diferentes
intensidades luminosas.
Com relao aos experimentos relativos aos meios de cultura, a cianobactria Anabaena sp. foi cultivada em meio
AA e WC. O primeiro, um meio mais rico, gerou mais clulas e mais hetercitos, no entanto ambos obtiveram a mesma
tendncia de crescimento. Os dados permitem concluir que o uso de diferentes meios de cultura (com diferenas nas
concentraes de nutrientes) pode produzir algumas variaes em filamentos de microalgas.
Com relao s intensidades luminosas, utilizaram-se trs tratamentos: um com iluminao normal (100% da
luminosidade fornecida pelas lmpadas, 11,0 lux), um com metade da intensidade luminosa (50%) e outro com intensidade
sete vezes menor (13,5%). A intensidade total produziu um maior nmero de clulas, sendo que a tendncia da curva variou
pouco entre os tratamentos. Com relao aos acinetos (clulas de resistncia) houve uma maior concentrao no
tratamento com menor intensidade luminosa (13,5%). Estes resultados indicam a importncia da produo de acinetos em
condies de luminosidades limitantes e, portanto na preservao da espcie.
Participantes:

Discente: Rafael Barty Dextro

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rea: Saude Coletiva
Autor: Stephanie Frabetti
Ttulo: Comportamentos Pr-sociais em Adultos
Palavras-Chave: Comportamentos pr-sociais, adultos, desenvolvimento humano
Como em todo desenvolvimento humano no transcorrer do ciclo vital, tambm na vida adulta ocorre aquisio de
competncias e tambm manifestaes de disfunes no desenvolvimento. Essas disfunes so dificuldades em manter o
controle e a integrao do comportamento em diferentes situaes e domnios evolutivos, incluindo o domnio
scio-emocional (Bronfenbrenner, 2002). Problemas emocionais e comportamentais, como os de internalizao (aqueles
mais associados ao mundo interno, como na depresso e ansiedade) e de externalizao (aqueles associados ao mundo
exterior, como nos comportamentos antissociais), segundo a teoria ecolgica do desenvolvimento, emergem de
interconexes dinmicas entre as particularidades do indivduo e os contextos ambientais de sua vida. Essas disfunes do
desenvolvimento, de forma interativa, podem ser amenizadas por diferentes fatores de proteo, tambm da ordem
individual ou ambiental. Comportamentos pr-sociais so tidos no rol da aquisio de competncia, como fatores protetivos
para o desenvolvimento. Para Roche (2004, 2010), o comportamento pr-social aquele que, sem buscar recompensas
externas, favorece outras pessoas ou grupos, aumentando a probabilidade de gerar reciprocidade positiva e de qualidade
solidria nas relaes interpessoais ou sociais. Os comportamentos pr-sociais abarcam dimenses de ajuda, partilha,
cuidado e empatia e so a anttese de comportamentos antissociais. O objetivo desta pesquisa foi avaliar problemas
internalizantes, problemas externalizantes, e graus de pr-socialidade em adultos inseridos em diferentes condies
psicossociais (de escolaridade e de classe econmica) numa amostra de adultos da Baixada Santista (SP). Com uso do
ASR (Adult Self-Report), da EMPA (Escala de Medida de Pr-socialidade) e do Critrio Brasil, instrumentos auto referidos,
foram avaliados 240 sujeitos, idades de 18 a 59 anos. Resultados preliminares do estudo indicaram faixas de normalidade
para a populao investigada quanto a problemas internalizantes e externalizantes. Problemas internalizantes foram
identificados na faixa limtrofe em mulheres, com ensino mdio completo/superior e classes econmicas C, D e E.
Problemas externalizantes foram indicados em homens e mulheres de meia idade (40-59 anos), das classes A/B, com o
ensino fundamental incompleto ou mdio completo.
Problemas externalizantes foram identificados na faixa limtrofe em
mulheres de meia idade (40 ? 59 anos), das classes C, D e E, analfabetas ou com ensino fundamental incompleto. Os
comportamentos pr-sociais de Ajuda, Cuidado e Empatia no pareceram associados classe econmica, porm mais
presentes nas classes C, D e E. Comportamento Partilha foram mais auto referidos nas classes A e B. Discusses acerca
dos resultados esto sendo realizadas luz da literatura pertinente.
Participantes:

Orientador: Nancy Ramacciotti de Oliveira-Monteiro


Discente: Carolina Porto Ribeiro

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rea: Saude Coletiva
Autor: Tamires de Menezes Frana
Ttulo: A percepo dos mdicos sobre seu trabalho nas equipes de sade da famlia.
Palavras-Chave: Trabalho mdico, Programa Sade da Famlia
A estratgia Sade da Famlia (ESF) surgiu como um eixo norteador para a reorganizao e consolidao da
Ateno Bsica de Sade (ABS) bem como, para a viabilizao do Sistema nico de Sade (SUS). Essa estratgia
entendida pelo Ministrio da Sade e os gestores estaduais e municipais como mecanismo para a expanso, qualificao e
fortalecimento da ateno bsica, pois esta favorece a reorientao do processo de trabalho, com maior potencialidade
para aprofundar os princpios, diretrizes e fundamentos da ateno bsica de ampliar a resolutividade e impacto na situao
de sade das pessoas e coletividades, alm de propiciar uma importante relao custo-efetividade.
A equipe multiprofissional um ponto importante para a implementao desse projeto a equipe de Sade da Famlia
composta por, no mnimo: (I) mdico generalista, ou especialista em Sade da Famlia, ou mdico de Famlia e
Comunidade; (II) enfermeiro generalista ou especialista em Sade da Famlia; (III) auxiliar ou tcnico de enfermagem; e (IV)
agentes comunitrios de sade. Podem ser acrescentados a essa composio os profissionais de Sade Bucal:
cirurgio-dentista generalista ou especialista em Sade da Famlia, auxiliar e/ou tcnico em Sade Bucal.
De acordo com a Poltica Nacional de Ateno Bsica (PNAB) prevista, a implantao da Estratgia de Agentes
Comunitrios de Sade nas Unidades Bsicas de Sade como uma probabilidade para a reorganizao inicial da ateno
bsica visando implantao gradual da ESF ou para agregar os agentes comunitrios a outras maneiras de organizao
da ateno bsica.
Cada equipe de Sade da Famlia segundo essa poltica, deve ser responsvel por, no mximo, 4.000 pessoas,
sendo a mdia recomendada de 3.000 pessoas, respeitando critrios de equidade para essa definio. Recomenda-se que
o nmero de pessoas por equipe considere o grau de vulnerabilidade das famlias daquele territrio, sendo que, quanto
maior o grau de vulnerabilidade, menor dever ser a quantidade de pessoas por equipe.
Entretanto, essa estratgia enfrenta desafios e dilemas que so permeados pela conjuntura histrica, as
construes sociais e as impresses pessoais dos trabalhadores das equipes com relao as suas prprias prticas.
Mediante esse quadro, e verificada a dificuldade de adeso dos mdicos a esse programa, faz-se necessrio o presente
estudo, que visa contribuir para maior compreenso dos entraves existentes para a insero e manuteno desses
profissionais na ABS.
Alm desse quadro de extrema relevncia, a minha vivncia no estgio de campo da disciplina ?Sade Coletiva II?
propiciou-me um contato singular com o trabalho mdico estabelecido na rede primria de sade, e fiquei incitada a
entender melhor as questes acerca das atividades realizadas por esse profissional nesse nvel de cuidado, em particular
como ele se v realizando essa atividade, inclusive considerando essa direo profissional como possibilidade para minha
carreira.
Esse estudo objetiva caracterizar o significado que o profissional mdico atribui ao seu trabalho numa equipe de
sade da famlia na Ateno Bsica de Sade e tambm, contribuir para melhorar o planejamento e a gesto do trabalho
mdico na produo do cuidado e um sistema municipal de sade.
Para alcanar tais pretenses, foi realizado estudo descritivo e exploratrio, de natureza qualitativa, que parte da
realizao de entrevistas semiestruturadas abertas com cinco mdicos da rede bsica, de duas Unidades Bsicas de Sade
distintas do municpio de Diadema-SP. Essas entrevistas foram gravadas, aps assinatura do Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido. A seleo dos mdicos ocorreu de forma conjunta com a diretoria da Ateno Bsica da Secretaria de
Municipal da Sade de Diadema. Para evitar vis de seleo devido implicao da secretria no municpio, foram
selecionadas UBS de forma randmica, respeitando apenas o critrio de que as unidades deveriam possuam de mdicos
que estavam na UBS h pelo menos dois anos e que recebem alunos da Graduao em Medicina da Universidade Federal
de So Paulo.
Os primeiros achados revelam que existe forte influncia da formao prvia, inclusive durante a formao mdica
ou nos primeiros anos de exerccio profissional na escolha pelo trabalho no PSF. Os mdicos reconhecem e valorizam a
formao continuada em servio ofertada pelos gestores, para terem uma prtica de ?generalista?, suprindo dficits de sua
formao anterior revelam a importncia da
rede de contatos profissionais para seu ?recrutamento? para o Programa
Sade da Famlia. A autopercepo de serem vistos como mdicos de segunda categoria pelos profissionais da rea, a
insatisfao com o excesso de pacientes e a rotinizao do trabalho so as maiores queixas, todavia, h satisfao com os
salrios, com o reconhecimento e proximidade com a populao. Nos profissionais em questo, existe forte critica a prtica
mdica tecnolgica, especializada e hospitalar, quando se referem aos outros colegas, e existe o predomnio do que
poderia ser denominado como ?discurso preventivista?, Isso , uma supervalorizao das medidas preventivas, da
educao em sade, em detrimento da ?medicina curativa?, embora suas atividades sejam fundamentalmente clnicas.
Participantes:

Discente: Tamires de Menezes Frana

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Saude Coletiva
Autor: Thas de Moura Neves
Ttulo: Alimentao coletiva nos diferentes cenrios: identificao dos nveis de
estresse percebido em manipuladores de alimentos em Santos/SP
Palavras-Chave: Estresse; Manipuladores de alimentos; Alimentao coletiva
Introduo: O estresse uma reao com alteraes psicofisiolgicas que ocorrem quando o indivduo precisa
encarar situaes que ultrapassam sua habilidade de enfrentamento. modulado por caractersticas individuais e
situacionais. De acordo com a Organizao Mundial da Sade uma epidemia global, resultando em prejuzos desde a
ordem familiar at ao trabalho, onde pode causar absentesmo, rotatividade e queda no desempenho e produtividade,
repercutindo na vida do trabalhador, no rendimento das empresas e na economia. No Brasil, encontram-se trabalhos sobre
o tema com mdicos, policiais, professores, entre outros. Porm, pouco se sabe sobre o estresse em manipuladores de
alimentos: profissionais que manipulam alimentos, equipamentos e utenslios relacionados, tendo funo caracterizada por
rotinas padronizadas, responsabilidade com a higiene e tempo limitado.
Objetivo: Identificar os nveis de estresse percebido em manipuladores de alimentos em Santos/SP, comparando os
cenrios da alimentao coletiva e caractersticas dos manipuladores.
Mtodos: Esse estudo transversal, descritivo e quantitativo foi desenvolvido do ms de Julho do ano de 2012 a
Maro do ano de 2013 em Santos/SP. Compuseram a amostra 120 manipuladores de alimentos de estabelecimentos de
alimentao coletiva comercial (restaurantes, ambulantes e quiosques de praia) e institucional (escolas da rede pblica e
hospitais). O Questionrio de Estresse Percebido (QEP), instrumento validado e com traduo para o portugus, foi
utilizado para identificar os nveis de estresse percebido dos manipuladores. O QEP composto por 30 itens relacionados
aceitao, alegria, ansiedade, energia, fadiga, irritabilidade, medo, sobrecarga, tenso, realizao e satisfao. Os
respondentes indicam a frequncia com que cada item se aplica a sua vida: quase nunca (1), s vezes (2), frequentemente
(3) ou quase sempre (4), 08 itens so escritos com referencial positivo, portanto estes itens so somados de forma inversa.
Somando-se os valores correspondentes a todos os itens tem-se a pontuao total. O resultado obtido pela equao
[(Pontuao Total-30)/90], variando de 0 a 1,0, sendo que quanto mais prximo de 1,0 maior o nvel de estresse
percebido. Tambm foram avaliadas outras caractersticas dos manipuladores, como a participao em formao em Boas
Prticas. A anlise estatstica dos dados foi realizada pelo programa SPSS 16, com os testes paramtricos de ANOVA e t
Student, e nvel de significncia adotado de 5%.
Resultados e discusso: A distribuio dos resultados em quartis permitiu a criao de pontos de corte em baixo
(0-0,16), regular (0,17-0,26), moderado (0,27-0,40) e alto (0,40-1,00) nvel de estresse percebido. A mdia no QEP foi de
0,290,15, o que classifica os manipuladores de alimentos da cidade de Santos de modo geral em nvel moderado de
estresse percebido. Os manipuladores da alimentao comercial: quiosques (QEP 0,360,16), restaurantes (QEP
0,300,13) e ambulantes (QEP 0,270,12), tambm se enquadram em nvel moderado, com nveis mais altos que os da
alimentao institucional: escolas (QEP 0,250,21) e hospitais (QEP 0,220,08) (p=0,03), em nvel regular. Tal contraste
pode se dar devido s diferenas entre os servios, a maior delas em relao a autonomia do cliente, na alimentao
institucional o cliente cativo enquanto na comercial deve ser conquistado, o que tem impacto sobre o processo de
trabalho, com rotinas mais organizadas em relao ao nmero de refeies na alimentao institucional, influenciando no
tempo e nas prticas, e demanda instvel e papis variados na alimentao comercial. Manipuladores com formao em
Boas Prticas (QEP 0,260,12) se classificaram em nvel regular, enquanto os que no apresentaram formao (QEP
0,360,18) tiveram nveis mais elevados (p<0,01), classificando-se em nvel moderado de estresse percebido. A formao
um elemento que, pelo conhecimento que agrega, pode vir a aumentar o controle do trabalho, o que pode trazer maior
tranquilidade e segurana aos manipuladores.
Concluso: Observou-se que os manipuladores de alimentos da cidade de Santos/SP apresentam nvel moderado
de estresse percebido, sendo que manipuladores da alimentao comercial obtiveram nveis mais altos que os da
institucional, devido provavelmente ao processo de trabalho. Os manipuladores que possuem formao em Boas Prticas
apresentaram menores nveis de estresse percebido, possivelmente pelo conhecimento que possuem acerca dos
procedimentos. Conclui-se que identificar esses ndices importante para entender como podem afetar a produo de
refeies em relao a gesto das unidades e aos trabalhadores, recursos humanos importantes para a viabilidade da
qualidade, tendo se mostrado a formao em Boas Prticas uma medida significativa no s por melhorar a segurana dos
alimentos, como conhecido pela literatura, mas tambm por ter demonstrado impacto positivo sobre os nveis de estresse
percebido dos manipuladores de alimentos em Santos/SP.
Participantes:

Orientador: Elke Stedefeldt


Orientador: Diogo Thimoteo da Cunha

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Saude Coletiva
Autor: Thais Pereira Fernandes
Ttulo: Desenvolvimento e validao de ensaios de dissoluo para formas
farmacuticas slidas orais
Palavras-Chave: dissoluo, fembendazol, comprimidos
O ensaio de dissoluo in vitro um requisito considerado fundamental na indstria farmacutica para assegurar a
qualidade das formas farmacuticas slidas de uso oral. utilizado para garantir a qualidade lote a lote, orientar o
desenvolvimento de novas formulaes e assegurar a uniformidade da qualidade e do desempenho do medicamento
mesmo aps modificaes. O ensaio de dissoluo baseia-se no fato de que para que um frmaco seja absorvido por meio
do trato gastrointestinal (TGI) necessrio que ele se dissolva no fluido gastrointestinal. Atualmente o ensaio de dissoluo
tem sido considerado um ensaio preditivo da biodisponibilidade de frmacos. As agncias regulatrias no tem medido
esforos no desenvolvimento e validao de ensaios de dissoluo para garantia de qualidade dos medicamentos [1,2]. O
fembendazol um antiparasitrio oral da famlia dos benzimidazis indicado para ces, cavalos, sunos, bovinos, ovinos,
caprinos, lhamas e alpacas, no tratamento das infeces causadas por vermes redondos (nematdeos) e pela Girdia, um
protozorio intestinal muito frequente e de difcil tratamento. sabido que a exposio aos antimicrobianos em nveis
inferiores aos necessrios conduz a uma maior probabilidade de resultar em resistncia a esses medicamentos e
conseqentemente a ineficcia clnica. Antihelmiticos extremamente insolveis, os benzimidazis podem ser ineficazes,
uma vez que no absorvidos so excretados na sua forma inalterada nas fezes. Quando absorvidos, os benzimidazis so
extensivamente metabolizados em todas as espcies animais e, seus metablitos primrios, produzidos por oxidao ou
hidrlise, so mais polares e menos ativos [3]. Apesar de amplamente empregado na teraputica veterinria, ensaio de
dissoluo in vitro para formas farmacuticas contendo fembendazol no so descritos em compndios oficiais e outras
literaturas de apoio para a indstria farmacutica. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um ensaio de dissoluo in vitro
para avaliao de comprimidos de fembendazol de liberao convencional. A solubilidade do fembendazol foi avaliada
empregando o mtodo de agitao em frascos (Shake-Flask Method), no intervalo de pH 1 a 8 (37C). O desenvolvimento
dos ensaios de dissoluo seguiu as recomendaes da Farmacopia Americana [4]. O planejamento dos experimentos foi
realizado empregando delineamento experimental do tipo fatorial por meio do programa Design-Expert? 6.0 (Stat-Ease),
empregando duas variveis independentes trs nveis - meio biorrelevante (HCl 0,01M, gua purificada e tampo fosfato pH
6,8) e velocidade de dissoluo (50, 75 e 100 rpm) -, resultando em nove experimentos. As respostas foram avaliadas em
termos de eficincia de dissoluo (%) e quantidade de fembendazol dissolvido em 30 minutos (%). Comprimidos contendo
500 mg de fembendazol (Fenzol?) foram submetidos ao ensaio de dissoluo empregando aparato 2 (p) em aparelho de
dissoluo Ethic Tecnhology mod. 299/6TS por 60 minutos. As alquotas foram filtradas em membrana 0,45 m,
convenientemente diludas e quantificadas empregando cromatgrafo Shimadzu mod. LC-20AT. A fase mvel consistiu de
acetonitrila:tampo sulfato de amnio (52:48, v/v) mL/minuto a temperatura ambiente. A coluna (Kromazil RP-18, 5m,
25x4mm) foi equilibrada e eluda sobre condies isocrticas utilizando fluxo de 1,0 mL/minuto. O comprimento de onda de
deteco foi 294 nm. Para o ensaio de solubilidade, maior solubilidade foi observada em pH 1,2 (42,36 g mL-1), sofrendo
oxidao para as suas formas sulfxido e sulfona mais solveis, em valores mais elevados de pH. O doseamento dos
comprimidos de fembendazol 500 mg resultaram em 101,32%. Maior valor de eficincia de dissoluo (6,8%) foi observado
quando o meio de dissoluo empregado foi HCl 0,01M e velocidade de agitao de 100 rpm. Os resultados dos ensaios de
dissoluo indicam que a baixa solubilidade do fembendazol impede a sua dissoluo nos diversos meios biorrelevantes
empregados. Tendo em vista que meios biorrelevantes refletem as condies de dissoluo do frmaco in vivo podemos
sugerir que o fembendazol apresenta problemas de biodisponibilidade quando administrado na forma farmacutica slida
de uso oral.
[1]
Brasil.
Lei
n
12.689,
de
19 de
julho
de
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12689.htm. Acesso em: 29/04/2013.

2012.

Disponvel

em:

[2] Martinez, M.; Augsburguer, L.; Johnston, T.; Jones, W.W. Adv. Drug Deliver. Rev., v.54, p.805-824, 2002.
[3] Gokbulut, C.; Akar, F.; McKellar, Q.A. The Veterinary Journal, v.172, p.166-172, 2006.
[4] UNITED STATES Pharmacopeial Convention. The United States Pharmacopeia USP 36: the National Formulary:
NF 31. 36th ed. Rockville, 2013.
Participantes:

Orientador: Letcia Norma Carpentieri Rodrigues


Discente: Beatriz Tavares

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Saude Coletiva
Autor: Thais Reichert
Ttulo: Monitoramento de cianobactrias em uma estao da Represa Billings e sua
correlao com parmetros fsico-qumicos.
Palavras-Chave: Monitoramento; Cianobactrias; Parmetros fsico-qumicos; Eutrofizao
A represa Billings representa um dos maiores reservatrios de gua artificial da Regio Metropolitana da cidade de
So Paulo. Ela responsvel pelo abastecimento de milhes de pessoas e vem sofrendo grande influncia de fatores
antrpicos. Uma das consequncias desta atuao a eutrofizao de suas guas, o que resulta em um meio repleto de
nutrientes (compostos ricos em fsforo ou nitrognio) e que responsvel pela proliferao da comunidade fitoplanctnica.
As cianobactrias apresentam dominncia marcante em reservatrios eutrofizados. As floraes de cianobactrias
acarretam sabor e odor desagradvel gua potvel, bem como a produo de compostos txicos caractersticos, as
cianotoxinas, que podem inviabilizar a utilizao desta para abastecimento pblico.
O presente estudo objetiva a anlise quantitativa e qualitativa de indivduos do filo Cyanobacteria, que so
comumente encontrados nas guas da represa Billings. As coletas mensais foram realizadas durante o perodo de
dezembro de 2012 a abril de 2013, em uma estao localizada em Diadema e prximo ao Stio Morungaba (pertencente
UNIFESP/Campus Diadema).
Para a anlise qualitativa as amostras de fitoplncton foram coletadas com rede de 20?m atravs de um arrastro
vertical. Para a anlise quantitativa, as amostras foram coletadas na superfcie com garrafa de Van Dorn. Todas as
amostras de fitoplncton foram preservadas em formaldedo 4%. Nas coletas mensais tambm so obtidos dados de pH,
temperatura, condutividade, potencial redox e oxignio dissolvido da gua, medidos com sonda multiparmetros. Estes
dados sero posteriormente confrontados com os as anlises quantitativas das cianobactrias atravs de analise
estatstica, para verificar sua influncia na presena das diferentes espcies deste grupo da comunidade fitoplanctnica.
As anlises qualitativas das amostras no perodo de dezembro a fevereiro destacaram das seguintes cianobactrias:
Microcystis panniformis; Microcystis aeruginosa; Arthrospira platensis. E em menor nmero os seguintes organismos:
Spirulina platensis; Pseudanabaena mucicola; Pseudoanabaena galeata; Planktothrix isothrix; Planktothrix agardhii;
Microcystis wesenbergii; Microcystis botrys; Geitlerinema anphibium e Cyanodictyon planctonicum.
A anlise quantitativa est sendo realizada. Das amostras analisadas, a coleta de dezembro/2012 revelou a
predominncia de Microcystis aeruginosa (1000 indivduos/mL). No perodo de janeiro houve a dominncia de Planktothrix
agardhii (7400 indivduos/mL) com a presena em menor nmero de: Planktothrix isothrix (2200 indivduos/mL),
Geitlerinema unigranulatum (2800 indivduos/mL) e Arthrospira platensis (2200 indivduos/mL).
No ms de dezembro/2012 os parmetros fsico-qumicos obtidos foram: pH ? 8,34; Temperatura ? 26,2C; Potencial
Redox ? 76,3; Condutividade ? 226,0; Oxignio Dissolvido (mg/L) ? 7,4; Oxignio Dissolvido (%) ? 100,4. Para o ms de
janeiro os dados obtidos foram: pH ? 6,7; Temperatura ? 23,8C; Potencial Redox ? 240,8; Condutividade ? 205,6; Oxignio
Dissolvido (mg/L) ? 1,61; Oxignio Dissolvido (%) ? 20,9. No ms seguinte a este os parmetros fsico-qumicos obtidos
foram: pH ? 9,33; Temperatura ? 26,8C; Potencial Redox ? 106,0; Condutividade ? 196,0; Oxignio Dissolvido (mg/L) ?
11,42; Oxignio Dissolvido (%) ? 150.
Importante ressaltar que os dados dos meses de abril e maro sero posteriormente acoplados s anlises do
projeto e includos no relatrio final, bem como as correlaes com os parmetros fsico-qumicos.
Participantes:

Discente: Thais Reichert

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Saude Coletiva
Autor: Veronica Dermendjian
Ttulo: Desenvolvimento de gel contendo extratos de pitanga e goiaba
Palavras-Chave: gel intimo, desenvolvimento de gel, extratos vegetais, conservantes
Desenvolvimento de gel contendo extratos de pitanga e goiaba
Veronica Dermendjian, Mariana Cruz, Ana Clara Carvalho de Castro. Gislaine Ricci Leonardi, Mrcio Adriano Andreo,
Patrcia Santos Lopes, Vnia Rodrigues Leite e Silva,
UNIFESP ? Universidade Federal de So Paulo ? Campus Diadema ? Brasil
Veronica Dermendjian: vero_der@hotmail.com
Atualmente, com a grande demanda de formulaes cosmticas com apelo fitoterpico, os cosmticos, alm de
proporcionar hidratao, limpeza, proteo e embelezamento da ctis, tambm devem ser grandes aliados na preveno,
retardo, e at mesmo no tratamento do envelhecimento precoce da pele. Com a inteno de atender este pblico o trabalho
avaliou formulaes de gis para uso ntimo com o pH adequado, contendo extrato de folhas de goiaba (Psidium guajava L.)
e de folhas de pitanga (Eugenia unifloa L.). O estudo de plantas com propriedades teraputicas tem crescido
significativamente e mostrado uma grande vantagem frente a antimicrobianos convencionais.. Dessa forma o
desenvolvimento de uma formulao que mantenha o pH e proteja a mucosa de patgenos interessante e de elevado
apelo comercial. Alm da propriedade antimicrobiana, a alta concentrao de taninos nos extratos podem proporcionar ao
adstringente. H estudos que comprovam a ao antibacteriana frente a microrganismos, do extrato de folhas da goiabeira,
a Psidium guajava (L.) (Myrtaceae) e da pitangueira, a Eugenia uniflora(L.) (Schapoval et al.,1994).Os extratos vegetais em
estudo foram veiculados em gis com formulaes e texturas diferentes, para uso vaginal. O gel vaginal tem como principal
ao a hidratao e lubrificao em caso de vaginas ressecadas em mulheres ps menopausa. Para as formulaes em
forma de gel, foram testadas no s as variaes das gomas utilizadas como matria prima, mas tambm a concentrao
das mesmas, pH e diferentes aditivos umectantes e modificadores de deslizamento. O projeto foi desenvolvido em quatro
etapas: 1) Desenvolver e caracterizar a composio qumica dos Extratos de Goiaba e Pitanga; 2) Desenvolver frmulas
cosmticas estveis formuladas com extratos de goiaba e pitanga; 3) Avaliar a atividade anti microbiana dessas
formulaes contendo os extratos em anlise; 4) Realizar Anlise sensorial para escolha das formulaes mais comerciais.
Neesa etapa, foram desenvolvidos 4 tipos de gel: 1) Gel com Carbomer (0,7%); 2) Gel com Hidroxietilcelulose (2,0%); 3) Gel
com Goma Xantana modificada (1,5%) e com Carrageena (0,5%); 4) Gel com Goma Xantana transparente (1%) e CMC (
carboxi metil celulose) de alto peso molecular (1%). O Carbomer um polmero de origem sinttica de poliacrilato
reticulado. um modificador de reologia extremamente eficiente, capaz de proporcionar alta viscosidade e formas
espumante de gua limpa ou gis hidroalcolicos e cremes. O Hidroxietilcelulose um polmero no inico, solvel em
gua e obtido por reao de xido de etileno com lcali-celulose, sob condies rigorosamente controladas. facilmente
dissolvido em gua fria ou quente para dar solues cristalinas de diferentes viscosidades. A Goma Xantana um
polissacardeo natural de elevado peso molecular produzido por fermentao microbiana. usado para espessar,
estabilizar suspenses, emulses de leo em gua e espumas contra separao. Solvel em gua quente ou fria, estvel
ao longo de uma ampla gama de pH, temperaturas e limites de degradao sob presso. A Goma xantana transparente,
possui grau de viscosidade padro e a Goma Xantana modificada, reduz a viscosidade e a torna menos pegajosa. Para
melhorar ainda mais a aparncia e sensorial de um produto cosmtico, pode-se considerar misturas de xantana e
carrageena, como foi feito no Gel 3. A Carrageena extrada de algas vermelhas e utilizada como espessante,
estabilizante e gelificante. Forma gis transparentes termicamente reversveis, produz uma ampla variedade de texturas,
estvel em condies neutras e alcalinas e natural. As formulaes que apresentaram o melhor desempenho quanto ao
aspecto e sensorial e eficcia microbiolgica, tanto com a adio do extrato de Goiaba quanto para o extrato de Pitanga,
sero selecionadas para realizao de estudo de estabilidade acelerada segundo guia de estabilidade ANVISA (Agencia
Nacional de Vigilncia Sanitria), que nessa primeira fase no foi efetuado. Como resultado do trabalho, desenvolvemos 4
gis com sensoriais distintos, gomas diferenciadas, umectantes tradicionais e de fcil obteno para aplicao dos extratos
em estudo para uso do apelo fitoterpico. Tcnicas de formulao tradicionais tm-se centrado na criao de produtos com
melhor desempenho com o menor custo. Pouco respeito tem sido dada fonte a partir das matrias-primas. No entanto, as
questes de sustentabilidade, os desejos dos consumidores e presses regulatrias levaram necessidade de
desenvolvimento de cosmticos, utilizando principalmente a base de plantas e matrias-primas renovveis. A utilizao de
folhas de rvores nativas propicia um impacto ambiental baixo, contribuindo para a manuteno da biota nacional, alm de
levar a algumas comunidades a possibilidade de crescimento sustentvel
Participantes:

Orientador: Vnia Rodrigues Leite e Silva


Docente: Patricia Santos Lopes
Docente: Gislaine Ricci Leonardi
Docente: Marcio Adriano Andreo
Discente: Mariana Cruz
Discente: Ana Clara Carvalho

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Sade do Trabalhador
Autor: Breno Ayres Chaves Rodrigues
Ttulo: Oficinas de criao e msica com trabalhadores em situao de afastamento
do trabalho
Palavras-Chave: oficinas de criao e msica; cuidados sade do trabalhador em situao de afastam
Poucos so os artigos cientficos publicados sobre uma Clnica Ampliada com trabalhadores em situao de
afastamento, como tambm, sobre a experincia com oficinas de criao e msica no campo da Sade do Trabalhador. O
objetivo deste projeto foi oferecer oficinas de criao e msica como dispositivo para o acolhimento e o cuidado ao
sofrimento dos trabalhadores em situao de afastamento. Neste sentido, a proposta deste projeto de iniciao cientfica
avanar nas discusses acerca da clnica ampliada em suas articulaes com oficinas de criao. Partiu-se de duas
hipteses: a) os encontros com a arte, nas oficinas de criao e msica, seriam dispositivos para os usurios se
sensibilizarem a movimentos de resistncia frente situao de adoecimento, fortalecendo suas singularidades; b) os
encontros poderiam funcionar como intercessores, extrapolando os limites dos estilos e contedos que atravessam as
oficinas, para assim se recombinarem em novos movimentos clnicos. E por acreditar que nas oficinas esses dois
movimentos (de dispositivo e de intercessor) podem acontecer ao mesmo tempo, essas atividades poderiam ser chamadas
de dispositivos-intercessores. Foram utilizados vrios instrumentos do mtodo qualitativo de pesquisa em sade, tais quais:
a pesquisa bibliogrfica em quatro dissertaes, seis artigos cientficos e um documento do ministrio da sade; a
observao participante; a elaborao de dirios de campo e a produo de oficinas. Este conjunto de instrumentos foi
utilizado para acompanhar o percurso da pesquisa de maneira ativa, de modo a praticar o mtodo da cartografia. As etapas
da pesquisa foram assim distribudas: 1) Pesquisa bibliogrfica sobre temticas envolvidas no projeto (oficinas de criao,
de arte e de msica e sade; clnica ampliada; sade do trabalhador; oficinas de criao e produo de subjetividade;
oficinas de criao como dispositivo); 2) Interveno por meio de oficinas de criao e msica com um grupo de oito
trabalhadores em situao de afastamento; 3) Anlise dos dados produzidos foi realizada por meio tanto da leitura atenta do
material elaborado nos dirios de campo, quanto por meio da audio dos acontecimentos nas oficinas, levando-se em
conta o que sobressaiu e o que se repetiu nas atividades desenvolvidas com os trabalhadores (suas vozes e expresses no
material das gravaes); 4) Os pontos sobressalentes foram discutidos luz das leituras realizadas na etapa da pesquisa
bibliogrfica com vistas produo de analisadores. Como resultados da pesquisa bibliogrfica, nossos achados foram: I A expresso e criao artsticas nas oficinas de msica buscam produzir, entre tantos efeitos, fatos de cultura; II - Seria no
campo das diversas formas de linguagem (verbal e artstica), do homem na cultura, que poderamos pensar a criao de
novos modos de existncia e de produo de subjetividades; III - nesse campo que as dimenses da arte e da clnica se
tensionam, mutam, recombinam, hibridizam e se reinventam; IV- Estes movimentos dizem respeito a clnica e podem
produzir sade, logo, enunciam uma prtica de liberdade para a constituio de novos territrios existenciais; V ? Foi criado
um grupo de estudo composto por outros estudantes interessados na temtica Arte e Sade, alm do estudante e
professora/orientadora proponentes desta pesquisa. O grupo, intitulado ?Arte e Clnica?, por meio de reunies quinzenais,
discutiu textos, participou da pr-oficina e colaborou com ideias e sugestes. Deste modo, os dados desta pesquisa esto
repercutindo em outros projetos e, assim, a divulgao cientfica da pesquisa est acontecendo
de forma compartilhada e
de modo a acompanhar processos.
Como resultados das oficinas, podemos afirmar que os trabalhadores se apropriaram
de estilos de vida mais inventivos no sentido de poder criar estratgias de enfrentamento das ideologias da culpa, da
sensao de inutilidade e da passividade em seus cotidianos, reinventando e transformando os modos como percebem
suas vidas. Os impactos cientficos foram relevantes, pois este estudo se insere em diversos campos de saber: arte e
sade; arte e psicologia; oficinas de arte e Clnica Ampliada nas prticas do SUS na rea da Sade do Trabalhador; como
tambm, se insere em um campo de criao e de consolidao de novas formas de cuidado em Sade do Trabalhador,
realizando novos agenciamentos com os campos da Terapia Ocupacional, Sade Mental e Musicoterapia. Mais do que isso,
esta pesquisa contribuiu com a prtica de uma clnica ampliada com trabalhadores em situao de afastamento, utilizando
as oficinas de msica como dispositivo na criao de espaos pblicos de partilha de experincias entre os participantes.
Trata-se de potencializar prticas e aes que apostem em experincias nas quais o exerccio da criatividade seja
importante fator para a promoo de sade.
Participantes:

Orientador: Jaquelina Maria Imbrizi


Discente: Amanda Giron Galindo
Discente: Grupo de estudos "Arte e Clnica"

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Sade do Trabalhador
Autor: Daniel Weffort Schneider
Ttulo: A Notificao de Acidentes de Trabalho no Porto de Santos sob a Perspectiva
dos Trabalhadores Porturios e Gestores da Sade
Palavras-Chave: Porto de Santos; Trabalhador Porturio; Acidente; Notificao;
O Porto de Santos, maior porto da Amrica Latina, durante dcadas foi considerado como a principal atividade
econmica da regio da Baixada Santista. A atividade porturia altamente diversificada e distintos recursos so utilizados
no trabalho porturio. O carter sazonal do trabalho acarreta grande instabilidade na oferta de emprego, gerando
insegurana social. Particularmente o Trabalhador Porturio Avulso (TPA) enfrenta complexidade maior nas suas relaes
trabalhistas; exemplificado pelo vnculo temporrio com a operadora porturia intermediado pelo rgo Gestor de Mo de
Obra-OGMO-Santos. Com o advento dos contineres, dcada de 70, a atividade porturia sofreu modificaes com a
introduo de ritmo acelerado de trabalho, ganho por produo e organizaes rgidas, o que pode gerar perturbaes na
relao do trabalhador com sua tarefa, bloquear o uso pleno de suas capacidades e ?automatizar? o pensamento, levando
a ocorrncia de adoecimento e acidentes de trabalho (AT). O AT se apresenta como um problema de sade coletiva e deve
ser comunicado Previdncia Social e ao Ministrio da Sade, por meio da Comunicao de Acidente de Trabalho (CAT).
Contudo pesquisadores do campo da Sade e Trabalho reconhecem o evento de subnotificao de acidentes e a
interferncia desta no conhecimento da magnitude do problema, limitando aes preventivas mais eficazes.
A partir dos dados de acidentes de trabalho gerados pela pesquisa Processo de Modernizao Porturia em Santos:
implicaes na sade e no adoecimento dos trabalhadores (2008-2011), realizada por pesquisadoras da Unifesp-BS,
desenvolveu-se a presente pesquisa que teve como objetivo conhecer a questo da subnotificao de acidentes de trabalho
no Porto de Santos, do ponto de vista dos TPA, Gestores dos Setores da Vigilncia do municpio de Santos, do Centro de
Referncia em Sade do Trabalhador (CEREST) e OGMO-Santos.
O mtodo pautou-se em uma abordagem qualitativa. Foram feitas entrevistas semi-abertas, contendo questes
disparadoras que remetiam temtica de notificao e subnotificao dos AT no Porto de Santos.
Foram entrevistados quatro (4) TPA (estivadores), uma (1) gestora do servio de vigilncia da secretaria de sade de
Santos e uma (1) mdica do trabalho do ,OGMO-Santos e do CEREST-Santos. A seleo dos entrevistados teve como
base a acessibilidade aos trabalhadores.
Nas entrevistas, foram exploradas conversas com o intuito de conhecer sobre ?acidente de trabalho e procedncia
ps-acidente?; ?registro dos acidentes?. O trabalhador contou com detalhes o ambiente de trabalho, suas relaes sociais
e os motivos da existncia de sub-registro de acidentes de trabalho.
As entrevistas foram gravadas em gravador digital e posteriormente transcritas. Foram desenvolvidas leituras das
entrevistas e procedeu-se a anlise do contedo procurando agrupar falas que abordavam temticas semelhantes.
Todos os entrevistados assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Resultados
A anlise das entrevistas apontou preocupaes comuns dos trabalhadores e gestores, no que diz respeito a
importncia da notificao de um acidente de trabalho, a morosidade do INSS frente ao acidente com o TPA, a existncia
de subnotificao dos acidentes e a negao do registro do acidente por parte dos TPA e por parte das empresas. A partir
destas anlises pode-se entender como os trabalhadores veem o registro do acidente e sua repercusso na vida diria de
trabalho. Todos os TPA entrevistados reconhecem que registrar o acidente importante pois trata-se de uma garantia, mas
o fato de assegurar-se oficialmente apresenta-se como um abalo a sua sobrevivncia. Por exemplo, o trabalhador refere o
medo do afastamento: ?Mas ento, no caso nosso, existe esse medo, ?p, vou entrar com a CAT, vo me segurar, tenho
que fazer exame... voc acaba, pela cultura, focando no dinheiro (E1).? A questo em ser um TPA no comporta os 15
dias de afastamento garantidos pela empresa, pois seu vinculo s acontece nas 6 horas em que ele est trabalhando no
cais. Assim, registrar o acidente um processo moroso em que o trabalhador no recebe salario, ou seja, a lentido do
INSS os afeta negativamente, acentuando a insegurana financeira a que esto submetidos. A fala de uma gestora
corrobora com esta questo ... acho que tem toda a questo do INSS que demora pra fazer uma percia....(G1). Ao mesmo
tempo a gestora afirma que no cais do Porto eu acho que no existe esse problema de subnotificao, porque sempre que
um TPA se acidenta e sai de ambulncia ele bloqueado, e s pode trabalhar de novo se ele passar pelo mdico do
trabalho (G1). Denota-se uma dificuldade na compreenso do que uma subnotificao, uma vez que o acidente grave no
porto notificado mas acidentes leves, e as vezes mdios, no so registrados. Os TPA referem existir acidentes e seu
subregistro, porque, segundo eles, a empresa no quer mostrar o que acontece (E2). Conclui-se que os dados apontam
distanciamento entre a necessidade do registro do acidente e a necessidade salarial do TPA em tempos de modernizao
do porto de Santos.
Participantes:

Discente: Daniel Weffort Schneider

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Sade do Trabalhador
Autor: Maria do Carmo Baracho de Alencar
Ttulo: O trabalho de cozinheiras em escolas e os disturbios osteomusculares:
relaes com aspectos da organizaco do trabalho
Palavras-Chave: transtornos traumticos repetitivos, organizao e administrao, manipulao de alim
Introduo: Para Casarotto e Mendes (2003) a realizao de tarefas de cozinheiros vem acompanhada de
movimentos repetitivos de membros superiores e coluna, levantamento de pesos excessivos e permanncia na postura em
p por perodos prolongados de tempo. Cozinheiras em escolas so geralmente chamadas de merendeiras, e segundo
Takahashi (2010) h uma intensificao do trabalho em decorrncia de expressivas modificaes qualitativas e
quantitativas na merenda escolar. O desenvolvimento das LER/DORT multicausal, para Chiavegato Filho e Pereira Jr.
(2004) h fatores psicolgicos, biolgicos e sociolgicos envolvidos na gnese desses distrbios. Objetivo: Investigar sobre
os distrbios osteomusculares em cozinheiros de Escolas Pblicas na Baixada Santista, e as relaes com aspectos da
organizao do trabalho. Materiais e mtodos: Foram selecionadas trs (n=3) escolas: intituladas ?A?, ?B? e ?C?, sendo o
critrio de seleo das escolas pblicas do ensino infantil, com nmero de alunos igual ou superior a duzentos (n=200), da
Baixada Santista, e que ofereciam alimentao aos alunos em cozinha no local, com cozinheiros de ambos os gneros. Na
primeira etapa foram levantados os dados gerais das escolas, como: horrios de funcionamento, nmero de alunos, nmero
de cozinheiros, nmero de turmas, entre outros. Foi elaborado um questionrio e aplicado sob forma de entrevista junto aos
cozinheiros, contendo questes como: dados demogrficos (idade, gnero, estado civil, escolaridade), relacionados ao
trabalho, tais como: profisso, tempo de atuao na profisso, tarefas realizadas, sobre exigncias fsicas, dificuldades no
trabalho, e queixas de sintomas osteomusculares com base no Questionrio Nrdico de Sintomas OsteomuscularesQNSO. Na segunda etapa, e para este estudo, foi selecionado aleatoriamente uma dessas escolas, escola ?C?. Ocorreu o
levantamento das tarefas e observaes sistemticas de atividades de trabalho, com base na Ergonomia (GURIN et al.,
1997). Posteriormente foi elaborado um roteiro com questes semiestruturadas para entrevistas: como o seu trabalho,
como se sente no trabalho, sobre as divises das tarefas, relacionamentos, sintomas osteomusculares no trabalho, entre
outras. As entrevistas semiestruturadas tiveram uma durao mdia de 60 minutos, e foram transcritas na ntegra para
anlise de contedo por categorias (BARDIN, 2010). Resultados: Da primeira etapa participaram 17 cozinheiras, todas do
gnero feminino, idade de 24 a 64 anos, 64,7% com escolaridade de ensino mdio completo, 52,9% com tempo de atuao
na escola inferior doze meses, e 70,6% com tempo de atuao na profisso inferior quatro anos. Dessas, 64,7% eram
contratadas, as demais concursadas. Todas apresentaram sintomas osteomusculares, sendo as regies corporais mais
acometidas nos ltimos sete dias: 35,3% membros inferiores, 17,6% em lombar e ombros, sendo que algumas
apresentaram mais de um sintoma. Da segunda etapa, em relao aos dados obtidos junto Escola ?C?: quatro
cozinheiras, idade de 24 a 63 anos, sintomas osteomusculares nos ltimos sete dias na regio lombar, em todas. Alguns
aspectos da organizao do trabalho foram encontrados: ritmo acelerado de trabalho e repetitividade, falta de equipamentos
e de manuteno, falta de treinamento prvio, diferentes exigncias de trabalho entre contratadas e concursadas, entre
outras, com presena de sintomas osteomusculares no trabalho em determinadas tarefas. Concluso: Distrbios
osteomusculares foram encontrados junto s cozinheiras de escolas pblicas infantis, e houve relaes entre aspectos da
organizao do trabalho e os sintomas na escola ?C?. Aspectos da organizao do trabalho devem ser considerados na
preveno de distrbios osteomusculares.
Palavras-chave: transtornos traumticos repetitivos, organizao e administrao, manipulao de alimentos, escola.
REFERNCIAS
BARDIN, L. Anlise de Contedo. Lisboa: Edies 70, 2010.
CASAROTTO, R.A.; MENDES, L.F. Queixas, doenas ocupacionais e acidentes de trabalho em trabalhadores de
cozinhas industriais. Revista Brasileira de Sade Ocupacional, v.28, n.107, p.119-126, 2003.
CHIAVEGATO FILHO, L. G.; PEREIRA JR., A. LER/DORT: multifatorialidade etiolgica e modelos explicativos.
Interface- Comunicao, Sade, Educao, v. 8, n.14, p. 149-162, 2004.
GURIN,F.; LAVILLE, A.; DANIELLOU,F.; DURAFFOURG, J.; KERGUELEN, A. Compreender o trabalho para
transform-lo: a prtica da ergonomia.So Paulo: Ed. Edgard Blucher Ltda, 1997.
TAKAHASHI, M. A. B. C.; PIZZI, C. R.; DINIZ, E. P. H. Nutrio e dor: o trabalho das merendeiras nas escolas
pblicas de Piracicaba ? para alm do po com leite. Revista Brasileira de Sade Ocupacional, vol.35, n.122, p.362-373,
2010.
Participantes:

Discente: Hellen Suzel Carmona

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Sade do Trabalhador
Autor: Mariana Silva Ferreira
Ttulo: Suicdio no trabalho bancrio: histrias no reveladas sobre o sofrimento no
trabalho.
Palavras-Chave: Suicdio, sade mental e trabalho, sofrimento psquico
Resumo do Projeto: Suicdio no trabalho bancrio: histrias no reveladas sobre o sofrimento no trabalho.
A dinmica do trabalho vem sendo mudada ao longo da histria. No Brasil, a situao no diferente: houve
grandes mudanas no universo produtivo, industrial e de servios ao longo das dcadas de 1980 e 1990. Nessa poca
ocorreu no pas a chamada reestruturao produtiva, esta levou muitas empresas a adotarem novos padres tecnolgicos e
organizacionais para aumentar a produtividade, e a sada foi a reorganizao do trabalho. As mudanas que ocorreram no
mbito do trabalho tiveram o intuito de diminuir os custos e aumentar os lucros. Nos dias atuais, essa nova conjuntura do
trabalho aparece fortemente vinculada s novas formas de gesto, que incentivam formas patognicas de relaes dos
trabalhadores consigo mesmos, com os pares, as chefias e empresa. As trs caractersticas desse tipo de gesto
consideradas como fatores altamente patognico so: a exigncia de qualidade total, a falta de reconhecimento e a
avaliao individualizada de desempenho.
Esses trs aspectos da gesto atual do trabalho fazem com que o tecido social deste esteja em crise, pois a
cooperao e a solidariedade, que so pontos fortes da convivncia no trabalho, ficam desestruturados. a partir desses
pontos que a gesto preconiza e, se a pessoa foge desses aspectos, ela j no mais consegue ?sobreviver? no mundo do
trabalho e termina excluda de algum modo.
Devido a essa organizao do trabalho, h um agravamento dos problemas de sade no espao deste;
trabalhadores sofrem cada vez mais nesses ambientes aversivos. Muitas vezes, eles se culpam quando ficam doentes, pois
a doena pode ser considerada como um empecilho para o trabalho. Quando os trabalhadores ficam sofrendo calados
durante muito tempo, esse sofrimento pode por vezes levar a consequncias drsticas, como o suicdio.
O iderio suicida pode vir a ser a vlvula de escape de pessoas que esto a todo instante pressionadas pela nova
organizao do trabalho, pois o trabalho desempenha um papel protagonista tanto na construo da sade, como na
construo da economia das relaes na esfera privada.
O presente projeto visa entender, a partir do estudo de caso, a relao entre a organizao do trabalho do setor
bancrio (tipo de chefia e de gesto, relao entre pares, presso por metas a serem atingidas, entre outras caractersticas)
com o suicdio de trabalhadores atuando em bancos situados na cidade de Santos/SP.
A partir de uma parceria da UNIFESP com o Sindicato dos Bancrios de Santos conseguimos ter acesso ao caso
de Ktia*, uma bancria que se suicidou. A partir desse caso foi realizada uma entrevista com um ex-colega de trabalho, na
qual foram tomados todos os cuidados para preservar sigilo e confidencialidades da entrevista. Alm da entrevista,
bibliografias sobre o tema foram estudadas com a finalidade de enriquecer o entendimento sobre o caso de Ktia.
Ktia era bancria h cerca de 25 anos, trabalhadora dedicada e que gostava do que fazia. Pouco antes de se
suicidar, estava sofrendo auditoria do banco onde trabalhava, devido a um desfalque que estava ocorrendo na agncia, na
qual era gerente. Desfalque que estava relacionado uma rea que no competia Ktia, porm o banco estava
acusando-a. Devido essa situao, era iminente que seria despedida. Enquanto sofria essa auditoria, acabou
suicidando-se. Aps sua morte, os trabalhadores de sua agncia foram realocados para outras agncias e, pouco a pouco,
cada um foi desligado do banco. Tal situao peculiar demonstra o quanto o banco queria que o caso de Ktia fosse
apagado de uma vez, tirando de cena cada um daqueles que participou de alguma maneira do ocorrido.
A dificuldade que encontramos para realizar a entrevista demonstra o quanto um suicdio pode mexer com as
pessoas, um incmodo que se expressa no silncio e na ausncia do que dizer. Consegui apenas uma entrevista, e com
grande insistncia. Quando eu falava sobre o assunto com outras pessoas que frequentavam o Sindicato, notava o quo
desconfortvel ficavam ao tocar no assunto.
Pelo tema do suicdio ser complexo, complicado fazermos concluses acerca do caso de Ktia, pois
normalmente so vrios os motivos, mas a organizao do trabalho e a gesto deste podem ser um desses motivos, fato
qual nos leva a estudar mais profundamente esse caso.
O suicdio mesmo sendo um ato isolado no pode ser tomado como apenas um ato de uma s pessoa, por
depender das causas sociais, passa a no ser um ato de apenas um, mas sim um fenmeno coletivo. No podemos,
portanto, descartar a possibilidade de que o ato de Ktia tenha sido apenas dela, mas sim uma demonstrao da
degradao coletiva do trabalho, de uma denncia de uma gesto perversa.
Um nico suicdio no local de trabalho, ou por causa deste, revela a desestruturao profunda da ajuda mtua e da
solidariedade entre os pares, ou seja, demonstra a intensa degradao do viver-junto. Por isso a importncia de estudar o
suicdio, mesmo que o caso seja isolado, as razes dessa escolhas so sempre mais profundas do que podemos visualizar
quando olhamos de uma maneira mais superficial.
*Nome fictcio
Participantes:

Orientador: Laura Camara Lima

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Sade Mental
Autor: Brbara Souza Rodriguez Covelo
Ttulo: Famlia e Sofrimento Psquico: o desafio de cuidar quando tambm se precisa
de cuidado
Palavras-Chave: Famlia; Cuidador; Sade Mental; Reforma Psiquitrica; Rede ; Psicossocial.
Fica cada vez mais evidente a desmobilizao dos familiares nas polticas de sade mental, o que dificulta avanos
na desinstitucionalizao, pelo fato do envolvimento do familiar ser algo importante para o cuidados destes indivduos.
Atravs de atividades dentro dos servios de ateno psicossocial, como grupo de famlia, os familiares poderiam encontrar
um suporte para lidar com o impacto do sofrimento psquico em suas vidas e se informar sobre as propostas de ateno
psicossocial e formas de construir uma rede cuidados. A formao de um rede de cuidados eficiente, que envolvesse
recursos no territrio, evitaria a sobrecarga dos familiares e ajudaria os usurios em seu tratamento. Nota-se que est
havendo uma falta de potencializao da famlia no campo da sade mental. So pessoas importantes para o plano de
cuidados e apresentam demandas de falar sobre seus sofreres cotidianos, contudo os servios substitutivos de ateno
psicossocial no esto criando novas estratgias para atra-los a participar integradamente com esses servios.
Consequentemente, os familiares no so informados a cerca das propostas antimanicomiais e psicossociais, fazendo com
que eles no tenham contato com a poltica de sade mental de fato, o que dificulta os avanos da reforma psiquitrica.
Esta pesquisa objetivou investigar a participao da famlia no plano de cuidados de pessoas com sofrimento psquico
grave inseridas em um servio de ateno psicossocial, por meio de debates em grupos focais. Entretanto, os grupos no
se realizaram, pois os familiares justificavam no terem tempo para participar. Esta realidade foi uma fala muito comum na
pesquisa anterior entre os familiares e um fato visto como limitante para participao de atividades. Diante disso buscamos
espaos facilitadores de conversas informais e outras trocas que indicaram que os familiares demandam falar sobre seu
sofrer cotidiano em contato com a loucura, mas no reconhecem os espaos oferecidos para uma escuta como potentes a
ponto de fazerem questo de participar. possvel notar como novos estudos sobre a temtica so necessrios para
elucidar questes de forma mais profunda sobre esses familiares, especialmente a forma como eles lidam com o sofrimento
psquico grave em sua vida a fim de instrumentalizar polticas pblicas que os protejam e apoiem. Frente aos desafios
dessa pesquisa e dificuldade de explor-la com maior profundidade junto aos familiares, buscaremos
aprofundar esta
temtica em torno do conceito ferramenta sofrimento.
Participantes:

Orientador: Prof. Dr. Maria Ins Badar Moreira

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Sade Mental
Autor: Caio Vinicius Infante de Melo
Ttulo: Mapeamento do uso de jogos eletrnicos e redes sociais por estudantes
universitrios
Palavras-Chave: INTERNET, ESTUDANTES, ANSIEDADE
As novas tecnologias desencadearam mudanas profundas em todos os cenrios sociais. H mais de uma dcada,
o uso da internet tornou-se comum e parte das manifestaes culturais, especialmente entre a populao mais jovem. No
entanto, a incidncia de uso abusivo da rede tem se destacado nos ltimos anos. Essa pesquisa busca lanar um olhar
sobre tais questes no segmento de jovens universitrios. Investigaes recentes apontam para uma associao importante
entre o uso abusivo de internet e transtornos mentais. O objetivo deste estudo foi mapear o comportamento de uso da
internet e da ansiedade de estudantes universitrios. Participaram do estudo 256 estudantes universitrios (71 homens e
185 mulheres) da Universidade Federal de So Paulo ? Campus Baixada Santista. A amostra foi composta por estudantes
dos cursos: Educao Fsica, Fisioterapia, Nutrio, Psicologia, Terapia Ocupacional. A coleta de dados foi realizada de
forma coletiva e em sala de aula, com autorizao do professor ocupando os minutos finais de sua aula. Instrumentos
utilizados na coleta de dados: IAT ? Internet Addiction Test, verso em portugus, Inventrio de Ansiedade ? Trao e
Estado (IDATE). Para responder os instrumentos, os sujeitos levaram em mdia 15 minutos. O estudo foi aprovado pelo
Comit de tica em Pesquisa da UNIFESP (152209). A mdia de idade dos participantes foi de 21,13 (DP=2,41). O escore
mdio no IAT foi de 28,10 (DP=11,33), mnimo de 11 e mximo de 65. 91 participantes apresentaram escores acima de 30.
O escore mdio no IDATE-E foi de 43,81 (DP=9,12), mnimo de 24 e mximo de 73. J o IDATE-T foi 43,49 (DP=9,84),
mnimo de 22 e mximo de 75. 56 participantes apresentaram escores acima de 50 no trao de ansiedade e 58 no estado.
Os resultados indicam que, embora a mdia do IAT esteja no intervalo considerado normal, merece ateno o fato de que
35,54% (n=91) dos estudantes apresentaram um padro de uso da internet que merece ateno. No que se refere ao
IDATE, 21,87% (n=56) dos participantes indicaram trao de ansiedade e 22,65% (n=58) estado de ansiedade clinicamente
relevantes. Tais resultados revelam a importncia de se investigar o uso da internet e da ansiedade na populao
universitria, como indicadores relevantes do perfil desta populao. Adicionalmente, tais achados podem se constituir
como importantes variveis a serem consideradas no planejamento de aes acadmicas e definio de polticas sade
estudantil.
Participantes:

Orientador: NARA REJANE CRUZ DE OLIVEIRA


Docente: RICARDO DA COSTA PADOVANI

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Sade Mental
Autor: CAROLINA DE TOLEDO PIZA KLEINER
Ttulo: FISSURA E ESTRATGIAS DE MANEJO EM USURIOS DE CRACK NO
MUNICPIO DE SANTOS
Palavras-Chave: crack, estratgias, fissura
Introduo: O crack, com seu grande poder de dependncia, uma ameaa sade pblica em nosso pas, pois
gera problemas de ordem poltica, social e de sade mental. Os usurios dessa substncia ficam mais suscetveis a contrair
DSTs e sofrerem violncia, alm de ficarem mais agressivos, normalmente devido fissura e aos sintomas paranides que
os acometem. A fissura (craving) o desejo compulsivo por usar determinada substncia que ocorre devido presena de
fatores psicolgicos e fisiolgicos, ela dificulta a permanncia do usurio em tratamentos e tambm dificulta a abstinncia.
Objetivo: compreender a fissura e as estratgias de manejo dessa entre usurios de crack no municpio de Santos.
Metodologia: estudo transversal, exploratrio e com metodologia de natureza qualitativa. Foram entrevistados usurios de
crack de ambos os sexos, com 18 anos ou mais. O projeto foi aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa da UNIFESP e
todos os entrevistados assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram realizadas at o momento 15
entrevistas em profundidade (oito homens e sete mulheres) norteadas por um roteiro semiestruturado. As entrevistas
ocorreram em uma unidade de internao fechada (trs entrevistas), uma ONG frequentada por usurios de crack (seis
entrevistas) e na rua, em locais pblicos onde os usurios consomem a droga (seis entrevistas). A anlise dos dados se
deu a partir de leitura exaustiva, estabelecimento de categorias temticas e cotejamento dos mesmos com a literatura
existente. Resultados: a faixa etria dos entrevistados variou de 22 a 38 anos. A maioria dos usurios relatou que na
ausncia do consumo de crack sente-se ?nervoso?, tambm houve relatos de sentir-se agitado, vontade de sentir o gosto
do crack e at sentir dores fsicas na ausncia deste. A estratgia mais utilizada pelos usurios para lidar com a fissura, ou
diminurem o desejo de usar o crack ou ainda no consumirem a droga, foi o consumo de maconha, seguido pelo uso de
medicamentos, sendo que alguns relataram utilizar ambos. A realizao de atividades fsicas, isolamento, apego religio,
relembrar ms situaes do uso de crack e ?sentar e contar at 10? tambm foram mencionados como formas de enfrentar
a fissura e no consumirem a droga. O consumo de lcool foi tambm citado por alguns usurios como auxiliador no
controle da fissura. Houve relatos de padres de uso controlado, principalmente relacionados pouca disponibilidade
financeira. Ter dinheiro em mos foi relatado como um fator que desencadeia o desejo de consumo da droga, sendo que
alguns referiram que na ausncia desse no sentem vontade de consumi-la. Discusso: A literatura tem apontado que o
uso de maconha e lcool comum entre usurios de crack, principalmente, quando esses desejam ter mais controle do
consumo do crack. A maconha tem sido relacionada como uma forma auto-referida pelos usurios no intuito de reduzir os
danos trazidos pelo consumo abusivo de crack, sendo que a partir do consumo dessa substncia tais usurios conseguem
se alimentar e dormir em funo dos efeitos que a droga tem no organismo. Por outro lado, apesar do consumo de lcool
tambm ter sido referido para se controlar o consumo de crack, a combinao dessas substncias forma um composto
chamado ?cocaetileno? que bastante danoso para o organismo, especialmente para o sistema cardaco. Estudos
apontam a presena de morte cardaca sbita entre usurios de crack que fizeram o uso combinado de crack e lcool.
Concluso: os dados do presente estudo apontam para a presena de forte sensao de fissura entre usurios de crack
provocada pela ausncia da droga (abstinncia) ou desencadeada por cenrios, objetos, assuntos que os relembrem a
cena de consumo, sendo que as principais estratgias desenvolvidas pelos usurios para o enfrentamento da fissura foi o
consumo de outras drogas, principalmente maconha. Nesse sentido, refora-se a necessidade de se discutir com os
usurios de crack os efeitos do uso combinado de diferentes substncias, assim como de se implantar para esses usurios
intervenes baseadas na reduo de danos. O resultado deste estudo poder auxiliar na implantao de novas formas de
interveno e tratamento junto aos usurios de crack, fortalecendo uma poltica pblica mais adequada e baseada nas
necessidades desses usurios.
Participantes:

Orientador: Adriana Marcassa Tucci

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Sade Mental
Autor: Caroline Ciardi Varanda
Ttulo: Avaliao do estresse entre estudantes universitrios da UNIFESP-Campus
Baixada Santista
Palavras-Chave: estresse, ansiedade, qualidade de vida, estudantes universitrios
O conceito de estresse baseia-se na observao de que diferentes tipos de mudanas ambientais, sejam elas
externas ou internas, podem ameaar a homeostase do organismo. Quando a estimulao aversiva se d por perodo
prolongado ou excede a capacidade do organismo de manter a homeostase, o estresse pode acarretar sequelas
patolgicas, como transtornos de ansiedade e depresso. Tem sido demonstrado que estudantes universitrios apresentam
frequentemente nveis elevados de estresse em funo de diversos fatores como, por exemplo, dvidas e desiluses com
relao carreira escolhida, exigncia de longas horas de estudo e o distanciamento de amigos e familiares. O objetivo do
presente estudo foi avaliar o estresse, a ansiedade e a qualidade de vida entre estudantes universitrios de um campus
novo, ainda em fase de implantao, da Universidade Federal de So Paulo. Foram avaliados 170 estudantes do primeiro
ano dos cursos de Psicologia, Educao Fsica, Nutrio, Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Campus Baixada Santista.
Os instrumentos utilizados na coleta de dados foram: Questionrio de Estresse Percebido (QEP), Inventrio de Ansiedade
Trao-Estado (IDATE) e Questionrio de Qualidade de Vida (SF-36). A aplicao se deu coletivamente nas salas de aula.
Do total dos 170 alunos participantes, 140 (82,35%) foram do sexo feminino e 30 (17,65%), do sexo masculino. A mdia de
idade foi 19,85 (DP=2,2). Os resultados mostraram que independente do gnero e do curso, a ansiedade trao foi mais
elevada que a ansiedade estado. No que se refere ao gnero, os ndices de ansiedade trao e estado foram superiores
entre as mulheres. O escore mdio do estresse na amostra foi de 0,40 (DP= 0,15). O escore mdio de estresse dos
participantes do sexo masculino (0,33) foi menor que o escore mdio do sexo feminino (0,44), ambos com desvio padro de
0,14. No que se refere qualidade de vida, as mulheres universitrias apresentam escores inferiores quando comparado
aos homens universitrios. Os participantes do curso de Educao Fsica apresentaram os melhores ndices de qualidade
de vida. Os participantes do curso de Psicologia apresentaram os escores mais baixos nos domnios relacionados sade
emocional. Tal estudo deixa evidente a necessidade de novas investigaes referentes qualidade de vida e sade mental
da populao universitria.
Participantes:

Orientador: Prof. Dr. Ricardo da Costa Padovani


Docente: Profa. Dra. Milena de Barros Viana
Discente: Anglica da Silva Lantyer

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Sade Mental
Autor: Natlia Estorino da Costa
Ttulo: Avaliao da memria de trabalho e do volume do hipocampo em pacientes
vtimas de violncia
Palavras-Chave: Transtorno de estresse ps traumtico, memria de trabalho, hipocampo, neuroimage
Introduo: Transtorno de estresse ps-traumtico (TEPT) uma doena que causa alm do sofrimento um prejuzo
de funes cognitivas em seus portadores. Diversos estudos demonstram que h diminuio da capacidade de memria
operacional em pacientes com TEPT. Sabe-se que o hipocampo est envolvido com a memria de trabalho e contribui para
a recuperao de memrias carregadas emocionalmente. Estudos de neuroimagem tm descrito diminuio do volume do
hipocampo em pacientes com TEPT. O objetivo deste estudo avaliar se existem correlaes entre o volume do hipocampo
com prejuzo da memria de trabalho em pacientes vtimas de violncia. Mtodos: Foram identificados, por meio de um
levantamento epidemiolgico realizado na cidade de So Paulo, vtimas de violncia urbana maiores de 18 anos de idade,
sendo estes encaminhados para avaliao no PROVE. Foram avaliados com relao a presena de transtorno de estresse
ps-traumtico e sintomas depressivos, assim como histria de abuso sexual na infncia (independente da presena de
violncia urbana atual). Foram avaliadas a memria atravs de um teste neuropsicolgico o RAVLT.
As imagens do
hipocampo foram adquiridas por Ressonncia Magntica. Resultados: Foram includos 64 vtimas de violncia, sendo 32
com diagnstico de TEPT e 32 sem diagnstico (controles). Destes 19 eram do sexo masculino e 45 mulheres, no
havendo diferenas entre os grupos (TEPT: 10 homens e 22 mulheres, controles 9 homens e 23 mulheres). No houve
diferenas entre os grupos do tempo passado entre o trauma e a avaliao (Grupo total=2.562,30 (+/-3.127,9) dias,
Controles=2.375,1 (+/-3.129,5) dias e TEPT=2.749,5 (+/-3.165,0) dias (p=0,63). Encontramos diferenas esperadas entre os
grupos com relao gravidade dos sintomas de TEPT [(Casos: CAPS= 64,56(+/-30,1; =19,5(+/-25,3, p<0,0001)] e
depresso [(Casos: BDI-23,6(+/-14,2); Controles: BDI=12,5(+/-11, p<0,001)]. Com relao memria encontramos
diferenas entre os grupos com relao evocao [(RAVLT Soma A: Casos=39,7(+/-14,1; Controles=46,2(+/-8,6), p=0,05].
Com os controles com uma melhor memria. No encontramos diferenas entre os grupos com relao ao volume do
hipocampo
esquerdo
[(Controles=4138,8(+/-416,9);
Casos=4054,4(+/-455,4),
p=0,44]
e
do
hipocampo
direito
(controles=4225,8(+/-429,5); Casos=4152,8(+/-519,3), p=0,55]. Encontramos uma correlao entre a idade de incio de
abuso sexual durante a infncia com o volume de hipocampo esquerdo (-0,031, p=0,014), com o hipocampo direito (-0,258,
p=0,039) e com RAVLT_A1 (aprendizado) (0,286, p=0,022), quanto mais tarde o incio do abuso sexual menor o volume do
hipocampo e pior a memria. Encontramos correlaes significativas entre volume do hipocampo esquerdo e RAVL_A4
(-0,30,
p=0,04);
RAVL_A6 (-0,35,
p=0,015);
RAVL_A7 (-0,29,
p=0,054);
Reconhecimento
A
(-0,31.
P=0,032);
reconhecimento B (-0,28, p= 0,052) e do volume do hipocampo direito com RAVL_A6 (-0,31, p=0,031) e reconhecimento A
(0,32.p=0,030). Quanto pior a memria menor o volume do hipocampo. Concluses: Os achados confirmam que a
capacidade mnmica das vtimas de violncia est correlacionada ao volume do hipocampo, quanto pior a memria destas
menor o volume do hipocampo. Apesar da memria de evocao dos pacientes que desenvolveram TEPT ser pior do que
os que no desenvolveram o quadro, no encontramos diferenas entre o volume do hipocampo dos mesmos. Contudo
encontramos que existem correlaes entre tanto do volume do hipocampo esquerdo quanto do direito com o histria de
abuso sexual na infncia de incio mais tardio (na adolescncia), quando este abuso ocorre neste perodo os indivduos
tiveram um menor volume hipocampal e um pior aprendizado. No tivemos um grupo controle sem trauma para podermos
afirmar se existe uma diminuio tanto do hipocampo como uma piora da memria quando h o trauma da violncia urbana
independente da presena do TEPT.
Participantes:

Orientador: Marcelo Feij de Mello


Docente: Leonardo Baldaara
Docente: Thas Rabanea
Discente: Natlia Estorino da Costa

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Sade Mental
Autor: Raul Franklin Sarabando de Moura
Ttulo: Articulao entre Sade Mental e Sade da Famlia: percepes dos Agentes
Comunitrios de Sade
Palavras-Chave: Agente Comunitrio de Sade; Sade Mental; Ateno Bsica
INTRODUO
A partir da implementao da Estratgia de Sade da Famlia, a Ateno Bsica (AB) se tornou o foco das aes em
sade. Nela, o Agente Comunitrio de Sade figura central, constituindo uma ttica importante de aproximao entre
servio e comunidades. Em 2003, estabelecem-se diretrizes para a incluso de aes de sade mental (SM) na AB.
Em Santos, a Universidade Federal de So Paulo, campus Baixada Santista (UNIFESP-BS), desenvolve iniciativas
no sentido de aproximar-se do sistema pblico de sade atravs de mltiplas frentes. O Programa de Residncia Integrada
Multiprofissional em Ateno Sade (PRIMAS) da UNIFESP-BS uma frente de atuao deste campus, especificamente
por meio de aes que pretendem articular diferentes nveis de ateno. Neste contexto, o PRIMAS vem contribuindo para
a consolidao de aes que promovam a integrao entre os equipamentos de AB e SM. Isto se deu a partir de uma
parceria com a Coordenadoria de Sade Mental de Santos (COSMENTAL), que resultou na elaborao de propostas para
este campo da sade. Entre estas, esto discusses de casos e momentos de aproximao entre as equipes dos CAPS e
USFs.
OBJETIVOS
Estudar os sentidos possveis que os ACS atribuem s necessidades e demandas de SM provenientes da atuao
destes junto ESF nos Morros Vila Progresso e Santa Maria, em consonncia com as aes do Programa de Residncia
Integrada Multiprofissional em Ateno Sade.
METODOLOGIA
Estudo qualitativo de carter exploratrio e descritivo. Dados colhidos atravs da observao participante em
reunies entre os servios, registradas em dirios de campo, e entrevistas semiestruturadas e em profundidade com 6 ACS,
cujo udio foi gravado em equipamento digital, amparadas por assinatura do TCLE. As entrevistas e outros dados foram
analisados tendo por referencial a Hermenutica de Profundidade segundo Pedro Demo (2001).
RESULTADOS
Observou-se o NAPS (Ncleo de Apoio Psicossocial) como lugar principal de cuidados em SM, centrado em
medicao de casos leves e atendimento ambulatorial a casos graves.
O ACS encontra situaes relativas a SM em seu cotidiano, mas no se sente preparado para lidar com elas alm de
fazer encaminhamentos. O PRIMAS constitui um importante apoio nestes momentos, ao atuar como matriciamento e
promover troca de informaes ao longo do convvio.
O reconhecimento e atuao nestas situaes se d atravs da sensibilidade e do vnculo que o ACS estabelece
com os muncipes acompanhados, por meio da escuta e aconselhamento. Sente-se, muitas vezes, sobrecarregado com
estas demandas que no consegue resolver. H um processo em fase inicial de aproximao entre a USF e o NAPS de
referncia que auxilia a compreenso do ACS sobre estas demandas.
CONCLUSO
Percebe-se o papel de apoio matricial exercido pela Residncia, atravs da escuta e acompanhamento do ACS.
Aponta-se a necessidade de processos de educao permanente que o auxiliem na identificao e compreenso destes
casos. A Residncia pode ser um articulador deste processo, atravs das iniciativas que promoveu de aproximao entre
servios.
Participantes:

Orientador: Carlos Roberto de Castro e Silva

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PROJETO Iniciao Cientfica


rea: Sade Mental
Autor: Rayssa Ramos Barja
Ttulo: O processo de desinstitucionalizao em Santos: A insero social dos
egressos do Hospital Anchieta atravs dos NAPS.
Palavras-Chave: Insero social, desinstitucionalizao, egressos, reabilitao psicossocial, qualidade d
Este projeto um estudo descritivo do processo de desinstitucionalizao de Santos atravs de um usurio de cada
um dos cinco servios abertos municipais ? os Ncleos de Apoio Psicossocial ? e egressos do Hospital psiquitrico
Anchieta, que ao ser fechado foi substitudo por uma rede de servios territoriais e, tambm, atravs de um trabalhador de
cada um destes servios. Nosso objeto a insero social do egresso e temos como objetivo a anlise da mesma nestes
egressos atravs dos NAPS. Para isto utilizaremos diversos instrumentos das cincias sociais tais como a observao
participante, entrevistas focadas, construo de narrativas e rodas de conversas, alm da pesquisa bibliogrfica e
documental. Os dados sero organizados levando em conta os seis domnios propostos pela OMS em sua avaliao de
qualidade de vida. Sero feitas devolutivas do trabalho tanto em reunies para os servios e usurios deles, quanto em
reunies cientificas e congressos. O projeto est em andamento, j tendo sido realizadas observaes participantes com
trs usurios e na residncia de um deles, tambm j sido realizados contatos com funcionrios dos NAPS.
Participantes:

Orientador: Florianita Coelho Braga Campos


Docente: Fernando Kinker
Discente: Andressa Karoline de Souza Avelino
Discente: Isabelle Arajo
Discente: Roberto Damiani Junior

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PROJETO Jovens Talentos


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Alexandre Loos Agra
Ttulo: Clonagem, Expresso e Purificao de uma Protena Processadora de cidos
Nuclicos em Bactrias
Palavras-Chave: Clonagem Expresso Purificao Protena
O fenmeno do RNA inibitrio tem recebido ateno elevada na rea de biomedicina nos ltimos anos. Este projeto
visa analisar uma protena do sistema CRISPR/Cas (Clusters of Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats / CRISPR
associated protein). Protenas deste grupo participam no processamento do RNA inibitrio em bactrias. Neste projeto,
clonamos, expressamos de forma recombinante e purificamos uma protena da famlia Cas de um organismo termoflico.
Aps a clonagem do gene especfico em um vetor de expresso bacteriano, expressamos a protena em pequena escala
em E.coli BL21(DE3). Depois de identificados os parmetros timos de expresso, expressamos e purificamos a protena
em larga escala (2 l). A protena foi ento purificada com cromatografia de afinidade e gel filtrao. Como o sistema
CRISPR participa na defesa de bactrias contra bacterifagos, este trabalho pode abrir caminho para estudos de
estratgias que possam contribuir para o tratamento de doenas causadas por estes organismos.
Participantes:

Orientador: Martin Rodrigo Alejandro Wurtele Alfonso

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PROJETO Jovens Talentos


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Bruna Salles Martins
Ttulo: Estudo do Peristeo de Ossos Cranianos e Ossos Longos
Palavras-Chave: oesteognese, dura mater, peristeo, perfil transcricional
O peristeo um tecido conjuntivo que recobre todos os ossos e possui funo essencial no desenvolvimento e
crescimento sseo. A dura-mter uma das meninges que reveste a parte interna dos ossos cranianos e da cavidade
medular, e protege o sistema nervoso central.
A dura mater desempenha tambm uma funo osteognica j bem
conhecida. Entretanto, apesar da localizao anatmica e da funo similar aos peristeos, uma correlao molecular ainda
no existe entre a dura mater e os peristeos. Nosso objetivo
investigar essa relao atravs do estudo do perfil
transcricional da dura mater comparado ao perfil do peristeo calvarial e de ossos longos, alm de investigar a presena de
clulas esqueletognicas na dura mater. Para tanto, foi avaliada a expresso de marcadores periosteais, de osteognese e
condrognese na dura mater (Dura), peristeo calvarial (Po.C) e peristeo da tbia, um exemplo de osso longo (Po.L). As
amostras foram coletadas de 27 camundongos selvagens C57Bl6 com 15 dias de idade; e cada experimento foi realizado
em duplicata. A expresso gnica da periostina, fator de crescimento fibroblastide 18 (FGF18), tenascina C (TNC), Sox9 e
Runx2 foram mensuradas atravs da reao em cadeia da polimerase em tempo real (PCR tempo-real) (Applied) utilizando
Sybr green e primers especficos. Os dados foram analizados utilizando o mtodo delta-delta CT e comparados por Anova.
A expresso da periostina foi detectada na dura mater, no peristeo da calvria e no peristeo de osso longo. A Dura e o
Po.C apresentam nveis de expresso dessa molcula similares, enquanto o Po.L apresenta aumento significativo da
expresso quando comparada com os dois anteriores. Foi detectada a expresso de FGF18 nas trs amostras, porm o
Po.C apresenta significativo aumento em relao ao nvel de expresso da Dura e do Po.L, que so similares. A expresso
de tenascina C foi detectada na Dura, Po.C e Po.L, estando significativamente reduzida no segundo em comparao aos
outros. Nossos resultados indicam que a dura mater tenha no somente a anatomia e a funo similares ao PO, mas
tambm que as caractersticas moleculares sejam similares. Apesar da comprovada funo osteognica, ainda no havia
sido demonstrada a presena de clulas esqueletognicas na dura mater. Sendo assim, investigamos a expresso de
genes marcadores de clulas osteognicas (Runx2) e condrognicas (Sox9) nas mesmas amostras. Foram detectadas
expresso tanto de Sox 9 quanto de Runx2 na Dura, Po.C e Po.L. Em relao primeira molcula h significativo aumento
dos nveis de expresso desta no Po.L em relao aos outros dois. Entretanto, quanto a expresso de Runx2, na Dura h
um significativo aumento quando comparada aos dois anteriores.
Conclumos que a dura mater apresenta perfil transcricional similar ao dos peristeos e os dados sugerem que
existo clulcas esquelotegnicas na dura mater. Alm disso, as diferenas nos nveis de expresso dos peristeos de
calvria e dos ossos longos denota que possa haver heterogeneidade molecular entre os peristeos.
Participantes:

Orientador: Luciane P. Capelo


Discente: Samar Nasser

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PROJETO Jovens Talentos


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Gabriel Avelar Colozza Gama
Ttulo: Efeito adjuvante da Propionibacterium acnes na induo de resposta imune
antitumoral por clulas dendrticas em modelo experimental
Palavras-Chave: adjuvante, P. Acnes, clula, dendrtica, cncer, vacina, antitumoral, imunologia
Efeito adjuvante da Propionibacterium acnes na induo de resposta imune antitumoral por clulas dendrticas em
modelo experimental
Programa Jovem Talento para Cincia (PJTC) - CAPES
Bolsista Gabriel Avelar Colozza Gama
Orientadora: Professora Dra. Ieda Maria Longo Maugri
Colaborao: Mayari Eika Ishimura, Liane de Abreu Butin, Mnica Gambero, Gabriela da Paz Silveira, Daniela
Teixeira, Rafael Oliveira Margatho
Disciplina de Imunologia do Depto de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da Escola Paulista de Medicina da
Universidade Federal de So Paulo
A linha de pesquisa coordenada pela Profa. Ieda Maria Longo Maugri no laboratrio da Disciplina de Imunologia
consiste no estudo dos efeitos imunomoduladores da suspenso de Propionibacterium acnes sobre a resposta imune inata
e adaptativa em diferentes modelos experimentais.
Neste sentido, com o auxlio dos diferentes alunos de iniciao cientfica, mestrado e doutorado e com orientao da
Profa. Ieda, foi elaborado um programa para cumprir as diretrizes do programa JTC, realizando a leitura e compreenso dos
diferentes trabalhos e teses publicadas e defendidas referente ao tema e concomitantemente realizando treinos dos
mtodos laboratoriais utilizados para alcanar os objetivos dos diferentes projetos.
A primeira etapa do PJTC consistiu em:
1Treino para manipular os animais de experimentao;
2Obteno de clulas do lavado peritoneal dos animais;
3Obteno de clulas da medula ssea e bao dos animais;
4Coleta de sangue dos animais;
5Utilizao da cmara de CO2 para eutanasia dos animais;
6Tcnicas de imunizao intraperitoneal e subcutnea;
7Treino para trabalhar em ambiente estril utilizando capelas de fluxo laminar;
8Processamento de cultura de clulas;
9Tcnicas para utilizar citometria de fluxo;
10Dosagem de protenas em diferentes suspenses.
A segunda etapa foi o acompanhamento terico e prtico especificamente do projeto intitulado Efeito adjuvante da
Propionibacterium acnes em vacinas de clulas dendrticas na profilaxia e terapia do melanoma murino.
Objetivo
Este projeto tem como objetivo avaliar o papel das clulas dendrticas maturadas em cultura com Propionibacterium
acnes ou com a frao polissacardica solvel purificada, extrada da membrana bacteriana, na terapia e ou profilaxia
antitumoral empregando como modelo o melanoma murino.
Metodologia
Obteno de cultura de clulas dendrticas para serem utilizadas na imunizao dos animais:
Clulas dendrticas obtidas da medula ssea de camundongos C57Bl6 foram colocadas em placas contendo meio
DMEM de forma que a concentrao final fosse de 5x105 clulas por orifcio e maturadas acrescentando-se GM-CFS (20ng
por mL) no dia 0 e 4o dia de cultura. As clulas foram pulsadas no 7o dia com antgenos tumorais solveis e a maturao
foi finalizada acrescentando-se no 8o dia 2ug de protena da P.acnes por mL de meio. Durante os nove dias de cultura as
clulas foram mantidas em estufa a 37C e 5% CO2
Para obteno do antgeno tumoral, foram utilizadas clulas de melanoma murino B16F10, obtidas do Banco de
Clulas do Rio de Janeiro, que foram expandidas e lisadas por choque trmico em cinco ciclos de banho em nitrognio
lquido seguido de banho a 37C. Aps centrifugao do lisado foi obtido o sobrenadante rico em antgenos tumorais
solveis. As clulas dendrticas foram pulsadas como sobrenadante do lisado correspondente
a uma concentrao de 1 x
106 clulas tumorais por orifcio da placa de cultura.
Esquema de Imunizao dos animais:
Os camundongos foram divididos em 4 grupos, sendo estes:
1o. Animais que receberam 03 vacinas por via intraperitoneal de clulas dendrticas pulsadas e maturadas com
antgenos tumorais e P.acnes respectivamente.
2o. Animais que receberam 03 vacinas por via intraperitoneal de clulas dendrticas maturadas com P.acnes e no
pulsadas com antgenos
3o. Animais que receberam 03 vacinas por via intraperitoneal de clulas dendrticas pulsadas com antgenos
tumorais e que no foram maturadas com P.acnes.
4o. Animais que receberam 03 vacinas por via intraperitoneal de clulas dendrticas que no foram maturadas e
nem pulsadas com P.acnes e antgenos tumorais respectivamente.
Os grupos 2,3 e 4 foram utilizados como controles.
Aps a imunizao, os animais foram desafiados com clulas de melanoma por via intravenosa para ser observada a
implantao do tumor no pulmo. A avaliao ser feita pela contagem de ndulos tumorais pulmonares.
Espera-se que nos animais do grupo 1 no sejam encontrados ndulos tumorais ou que seja em nmero
significantemente menor que nos outros grupos.
Este acompanhamento do projeto e o treino das diferentes metodologias permitiro a elaborao de um projeto de
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PROJETO Jovens Talentos


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Gabriel Avelar Colozza Gama
iniciao cientifica a ser desenvolvido por mim no mesmo laboratrio.
Participantes:

Orientador: Ieda Maria Longo Maugri


Discente: Gabriela da Paz Silveira
Discente: Mnica Gambero
Discente: Mayari Eika Ishimura
Discente: Liane de Abreu Butin
Discente: Daniela Teixeira
Discente: Rafael Oliveira Margatho

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PROJETO Jovens Talentos


rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Giovana Letcia Barriviera
Ttulo: Estrutura e Dinmica de Misturas Lquidas Binrias
Palavras-Chave: Simulao computacional, misturas binrias, dinmica molecular, misturas de gua e n
As atividades se iniciaram com uma palestra da Orientadora sobre a importncia da Simulao computacional e suas
aplicaes no meio cientfico-acadmico, para que houvesse uma primeira familiarizao do seu grupo de orientados com o
assunto. Afim de um aprofundamento pessoal do tema, foi realizado pelos estudantes um levantamento bibliogrfico sobre
?Dinmica Molecular?.
Com a participao de palestras e minicursos ministrados na II Escola Brasileira de Modelagem Molecular, evento
ocorrido na UFABC durante os dias 28 de janeiro e 01 de fevereiro de 2013, os alunos tiveram uma ampliao de seus
conhecimentos, alm de terem contato com diversos pesquisadores da rea e com a lngua estrangeira (ingls).
Aps o evento, se iniciou um novo levantamento bibliogrfico com nfase nas misturas binrias especficas
escolhidas para cada integrante do grupo.
Participantes:

Orientador: Thaciana Malaspina

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Giovanna Sayuri Azarias Utsumi
Ttulo: Estrutura e Dinmica de Misturas Lquidas Binrias
Palavras-Chave: Simulao computacional, misturas binrias, dinmica molecular, mistura de gua e m
Estrutura e Dinmica de Misturas Lquidas Binrias
Giovanna Sayuri Azarias Utsumi, giovanna.utsumi@unifesp.br e Thaciana Malaspina
Dep. de Cincias do Mar, Unifesp ? Baixada Santista. Av. Alm. Saldanha da Gama, 89, Santos-SP. CEP: 11030-400.
Palavras Chave: Simulao computacional, misturas binrias, dinmica molecular, mistura de gua e metanol.
Resumo das atividades desenvolvidas
A familiarizao com a rea de pesquisa e tcnicas utilizadas pela simulao computacional iniciou-se com um
levantamento bibliogrfico em torno do tema "dinmica molecular", juntamente com uma pesquisa na web sobre um
programa gratuito que realiza simulaes moleculares. No entanto, o conhecimento bsico necessrio para o
desenvolvimento do projeto foi adquirido na segunda edio da Escola de Modelagem Molecular Brasileira, um evento
realizado na Universidade Federal do ABC (UFABC) onde foram oferecidos
quatro cursos, dos quais o participante deveria escolher dois, e treze palestras com enfoque em tcnicas, mtodos e
aplicaes na rea de modelagem molecular.
Aps a participao no evento, foi escolhida a mistura lquida binria a ser analisada, e foi realizado um
levantamento bibliogrfico para elaborao do projeto.
Resumo do projeto a ser desenvolvido
Este projeto prope o uso de simulaes de dinmica molecular para elucidar a estrutura e a dinmica de misturas
binrias de gua e lquidos orgnicos. A determinao de propriedades termodinmicas e do comportamento da mistura
quando se variam as condies de temperatura, presso da mistura sero tambm avaliados.
A tcnica computacional a ser empregada nesta proposta tem a vantagem de lanar mo somente de conceitos
bsicos de fsica e qumica, de forma que mesmo o aluno iniciante poder compreender de maneira ampla o projeto. Isto
possibilitar ao aluno o bom desenvolvimento do projeto bem como a assimilao de novos conhecimentos atravs do
contato com a prtica cientifica.
Sistema de interesse
Durante quatro dcadas, diversos estudos envolvendo misturas de gua e lcool foram realizados, no entanto,
nenhum consenso a respeito das propriedades estruturais de lcoois lquidos e suas solues com gua foi alcanado.
Prontamente, para sistemas mais simples, como a mistura de gua e metanol, concluses contraditrias foram
encontradas mesmo utilizandose das mesmas tcnicas experimentais.
Diante desta realidade, estudos abordando misturas de gua e metanol tm sido publicados para que um consenso
seja alcanado e, principalmente, para compreender o comportamento de molculas de gua em torno de grupos
hidrofbicos, uma das questes mais intrigantes envolvendo fsica do estado lquido.
Resultados esperados
Os resultados obtidos para as misturas sero comparados e discutidos tomando como referncia seus respectivos
valores para cada substncia pura.
Relaes entre as interaes intermoleculares e as propriedades das misturas sero obtidas a fim de se
compreender o comportamento da fase lquida em nvel molecular.
Agradecimentos
Agradecemos CAPES pela bolsa concedida e UNIFESP pelo suporte necessrio.
Participantes:

Orientador: Thaciana Malaspina

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Ingrid de Lima Hernandes
Ttulo: Ansiedade e Cuidado Materno em fmeas LG/J x SM/J
Palavras-Chave: Labirinto em Cruz Elevado; Camundongos; Comportamento Materno.
Em mamferos, o cuidado materno essencial para a sobrevivncia e crescimento dos filhotes nos estgios iniciais
de vida. Em roedores, a postura materna padro envolve caractersticas como construo de ninho, agressividade contra
intrusos e amamentao. A emocionalidade da me um fator importante que tambm pode afetar o desenvolvimento
inicial dos filhotes e a emocionalidade dos mesmos na idade adulta, alm de poder alterar aspectos do cuidado materno
como a construo de ninho e agresividade contra intrusos. O presente trabalho investigou a variao de ansiedade em
fmeas F1 ps-parto do cruzamento entre as linhagens endogmicas de camundongos LG/J e SM/J. A ansiedade foi
investigada por meio de anlise de vdeos de ~30 fmeas submetidas ao teste de labirinto em cruz elevado, no quarto dia
aps o parto, e comparada com o desempenho das mes LG/J e SM/J, nesse mesmo teste. Vrios aspectos do cuidado
materno das fmeas F1 (construo de ninho, ejeo de leite, agressividade contra intrusos e tamanho de ninhada) foram
contrastados com a ansiedade, a fim de verificarmos a existncia de alterao no cuidado materno dependente da variao
da ansiedade da fmea. Nossos resultados revelaram que as fmeas F1 apresentaram uma menor frequncia relativa nos
braos abertos (FRBA=12,772,93) e tempo relativo nos braos abertos (TRBA=6,292,69) quando contrastadas com as
fmeas SM/J (FRBA=35,866,73; TRBA=35,767,85) e LG/J (FRBA=17,512,79; TRBA=7,293,89), porm diferindo
significativamente apenas das fmeas SM/J (p<0,005; p<0,005). Esse comportamento mais ansioso das fmeas F1 e LG/J,
em contraste com o desempenho emocional das fmeas SM/J e F2 permitiu verificar a Herdabilidade (H2) dessas
caractersticas (FRBA=0,43; TRBA=0,39) indicando que a variao encontrada para a frequncia e tempo relativos nos
braos abertos, nesse intercruzamento, apresenta influncia gentica. Todas as fmeas F1 construram ninho e tiveram
ejeo de leite, porm a agressividade contra intrusos estava presente apenas em 40% das fmeas, mas no apresentou
associao significativa com a frequncia e tempo relativos no brao aberto (p=0,53; p=0,71, respectivamente). O tamanho
de ninhada mdio das fmeas F1 foi de 10,84 e no encontramos relao entre esse nmero de filhotes com a variao na
ansiedade nas fmeas analisadas (FRBA, p=0.92; TRBA, p=0,60). Nossa prxima etapa ser a procura por regies no
genoma associadas com essas caracterticas em fmeas F2 LG/J x SM/J.
Apoio Financeiro: FAPESP e CAPES (Programa Jovens Talentos para a Cincia)
Participantes:

Orientador: Andra Cristina Peripato


Discente: Ingrid de Lima Hernandes

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Ingrid Fernandes dos Santos
Ttulo: 'Desenvolvimento de uma construo gene-reportadora para identificao de
axnios de neuronios Cd36 (mRNA)-positivos in vivo'
Palavras-Chave: CD36, sequenciamento, plasmdeo
No incio do
regulatria do gene
agarose, no qual foi
as enzimas XmnI e
plasmdeo pEntr4.

projeto, durante os meses de setembro e


CD36 seguido da sequncia codificante da
feita posteriormente uma gel purificao da
EcoRV. A restrio foi necessria para a

outubro, foi realizado um PCR para amplificar a regio


fuso Tau-EGFP. Este PCR foi analisado em gel de
amostra para utilizao da mesma em uma restrio com
realizao da ligao do cassete de expresso ao vetor

Em seguida, nos meses de novembro e dezembro, foi feita a ?ligao Blunt? do inserto ao vetor plasmdeo pEntr4,
seguida por uma transformao bacteriana por eletroporao, a fim de que as bactrias incorporassem o plasmdio
contendo a construo com a regio de interesse do gene. As bactrias transformadas foram colocadas para crescer a
37C. Foram realizados minipreps (isolamento do plasmdeo) a partir de cultura com as colnias de bactrias que
cresceram, para que o vetor plasmdeo fosse concentrado e purificado. Uma anlise de restrio deste plasmdeo foi feita
com as enzimas NcoI e SacI/NcoI para verificar a presena do inserto nele. Esta restrio foi analisada em gel de agarose e
foi constatada a presena do cassete de expresso gene-reportador no vetor plasmdeo pEntr4.
Nos meses de janeiro e fevereiro, foi feito o sequenciamento deste miniprep de cultura, a fim de verificar se o inserto
se posicionou corretamente ao vetor plasmdeo pEntr4. A partir deste sequenciamento, pode-se realizar uma nova
transformao bacteriana por quimiocompetncia com o produto da recombinao LR para transferir o cassete
gene-reporter do vetor plasmdeo pEntr4 para o vetor plasmdeo pLent6-Blockit. Essas bactrias foram colocadas para
crescer a 30C, a fim de se evitar recombinaes no plasmdeo.
Em maro e abril, foram realizados minipreps de cultura das colnias de bactrias que cresceram, para se
concentrar o novo vetor plasmdeo pLent6 contendo o gene CD36. Destes minipreps, foi feito um novo sequenciamento
para verificar a condio de insero da ligao ao vetor plasmdeo pLent6.
Participantes:

Discente: Ingrid Fernandes dos Santos

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Luciana Chagas Caperuto e Mnica Marques Telles
Ttulo: Estudo das vias de Sinalizao da insulina: AKT e JNK
Palavras-Chave: Sinalizao Insulina
INTRODUO
De acordo com os dados da Organizao Mundial da Sade (OMS), o Diabetes Mellitus uma doena que afeta
cerca de 8,3% da populao mundial. Segundo a Federao Internacional de Diabetes (IDF), o diabetes reconhecido
como um grupo de distrbios heterogneos com os elementos comuns de hiperglicemia e intolerncia glicose, devido
deficincia de insulina, a efetividade prejudicada da ao da insulina ou ambas.
O Diabetes pode ser classificado em quatro tipos, de acordo com a etiologia e apresentao clnica, sendo os mais
prevalentes o Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) e o Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2). O DM1 ocorre quando h destruio
autoimune das clulas beta do pncreas, caracterizando falta de insulina no organismo, enquanto o DM2, que representa
cerca de 90% dos casos de diabetes, caracterizado pela resistncia insulina e relativa deficincia de insulina, sendo que
tanto resistncia quanto a deficincia podem estar presentes quando a doena apresenta as manifestaes clnicas. As
razes para o desenvolvimento dessas anormalidades ainda no so conhecidas.
O trabalho teve como objetivo aprofundar os conhecimentos sobre as vias de sinalizao da insulina, com nfase
nas vias da AKT e JNK.
A AKT uma serina/treonina quinase, responsvel por mediar a maior parte das aes metablicas da insulina
mediadas pela PI3K atravs da fosforilao de vrios substratos, incluindo outras quinases, protenas de sinalizao e
fatores de transcrio.
A JNK, tambm conhecida como c-Jun NH2-terminal quinase, faz parte da famlia das MAP quinases. Estudos
mostram que a ativao dessa protena ocorre por citocinas e exposio ao estresse ambiental. A JNK contribui para a
supresso da transduo de sinal pelo receptor de insulina, estando envolvida assim, na resistncia insulina, na sndrome
metablica e no DM2.
MATERIAL E MTODOS
As atividades realizadas incluram leitura e apresentao de artigos cientficos para aprofundar os conhecimentos
sobre as vias de sinalizao. As atividades prticas do laboratrio incluram cultura de clulas beta do pncreas. A cultura
de clulas torna possvel realizar experimentos em que seja analisada a expresso das protenas AKT e JNK. Como
mtodos, utilizamos o Western Blotting e a protemica.
A tcnica de Western Blotting utilizada para verificar as diferenas existentes entre a amostra controle e as
amostras em tratamento, sendo um mtodo para anlise quantitativa, a fim de comparar a expresso e/ou fosforilao das
protenas em estudo. Quanto mais forte a intensidade da banda, maior a expresso e/ou fosforilao da protena em
anlise. Possibilita tambm determinar a presena ou no de determinada protena na amostra, sendo considerada uma
anlise qualitativa
A protemica visa estudar e verificar a expresso de protenas a partir da separao pelo ponto isoeltrico de cada
uma delas e por peso molecular, de modo a identificar as modificaes ps-traducionais das protenas em uma clula.
CONCLUSO
O estudo das vias de sinalizao da insulina se torna importante, j que faz parte de um complexo mecanismo de
que culmina na captao de glicose, entre outras diversas aes da insulina, possibilitando assim uma nova viso para
tratamentos teraputicos a pacientes que apresentem resistncia insulina e que podem evoluir para o DM2.
Participantes:

Orientador: Luciana Chagas Caperuto


Docente: Mnica Marques Telles

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Tobias Emanuel Portis
Ttulo: Estrutura e Dinmica de Misturas Lquidas Binrias
Palavras-Chave: simulao computacional, dinmica molecular, misturas binrias, sistema gua trimetil
Aps discutir sobre os objetivos gerais do
programa o grupo de quatro bolsistas orientado pela
professora Thaciana Valentina Malaspina Fileti
definiu que trabalharamos ao decorrer do programa
com o objetivo de agregarmos os conhecimentos
necessrios para que ao final do programa
consegussemos elaborar um projeto de pesquisa e
delineou seu mtodo de trabalha para alcanar este
objetivo. Em um primeiro momento, o grupo
trabalhou em um levantamento bibliogrfico do tema
a ser abordado. Num segundo momento os alunos
passaram por uma fase de imerso na rea para
que pudessem se familiarizar com o tema proposto.
O grupo participou da II Escola Brasileira de
Modelagem Molecular que ocorreu do dia
28/01/2013 ao dia 01/02/2013 na UFABC. No
evento o grupo teve contato com diversos
pesquisadores de referncia internacional no tema e
com diversas linhas de pesquisa na rea. Num
terceiro momento, o trabalho voltou-se para o
desenvolvimento de um projeto de pesquisa que
neste caso, dedica-se do estudo do sistema binrio
gua-trimetilfosfina.
Participantes:

Orientador: Thaciana Valentina Malaspina Fileti

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Wellington Wincius Ferreira Fonseca
Ttulo: Estrutura e Dinmica de Misturas Lquidas Binrias
Palavras-Chave: Simulao computacional, misturas binrias, dinmica molecular, misturas de lcool e
Aps discutir sobre os objetivos gerais do programa, o grupo de quatro bolsistas orientado pela professora Thaciana
Valentina Malaspina Fileti definiu que trabalharamos ao decorrer do programa com o objetivo de agregarmos os
conhecimentos necessrios para que ao final do programa consegussemos elaborar um projeto de pesquisa, e delineou
seu mtodo de trabalho para alcanar este objetivo. Em um primeiro momento, o grupo trabalhou em um levantamento
bibliogrfico do tema a ser abordado. Em um segundo momento, os alunos passaram por uma fase de imerso na rea
para que pudessem se familiarizar com o tema proposto. O grupo participou da II Escola Brasileira de Modelagem Molecular
que ocorreu do dia 28/01/2013 ao dia 01/02/2013 na UFABC. No evento, o grupo teve contato com diversos pesquisadores
de referncia internacional no tema e com diversas linhas de pesquisa na rea atravs de palestras e minicursos ofertados
no evento. Em um terceiro momento, o trabalho voltou-se para o desenvolvimento de um projeto de pesquisa abordando um
mesmo tema. Porm, cada bolsista focou em uma mistura especfica, que neste caso dedica-se ao estudo do sistema
binrio gua-lcool.
Participantes:

Orientador: Thaciana Valentina Malaspina Fileti

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rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: William Candiotto Luders
Ttulo: Desenvolvimento de Nanopartculas aplicadas Medicina Regenerativa
Palavras-Chave: nanoparticulas, medicina regenerativa
O presente projeto prope o desenvolvimento de nanopartculas (NPs) de ouro para
aplicao em scaffolds injetveis para regenerao da cartilagem articular. Esses scaffolds
sero preparados com quitosana contendo NPs de ouro recobertas por colgeno. O scaffold
resultante dever apresentar melhores propriedades mecnicas, maior adeso e proliferao
celular comparado a scaffolds produzidos apenas com quitosana, porm mantendo a
biocompatibilidade e capacidade absortivas de nutrientes, caractersticos desse material.
Neste trabalho ser apresentada a sntese de NPs de ouro pela reduo de HAuCl4 com
citrato de sdio em soluo aquosa, o que resultou em NPs de dimetro mdio de 52nm
utilizando. Em seguida, apresentamos a funcionalizao das NPs de ouro com colgeno. Essa
substncia foi caracterizada por estimular o crescimento de condrcitos, induzir a secreo de
componentes da matriz extracelular e manter o fentipo morfolgico dessas clulas. Para a
ligao de colgeno superfcie das NPs de ouro foram realizadas trs etapas de reaes
qumicas. A primeira foi uma modificao superficial com cido mercaptoundecanico. Em
seguida, os grupos carboxila ligados superfcie reagiram com hidrocloreto de 1-etil-3-[3dimetilaminopropil] carbodiimida e N-hidroxisuccinimida, ativando o grupo carboxila do cido
mecarptoundecanico. Por fim, os grupos ativados reagiram com molculas de colgeno tipo I.
As NPs resultantes foram caracterizadas por espectroscopia UV-Vis e a quantificao do
colgeno ligado as NPs foi realizada por meio do teste de Bradford. Tamanho e carga
superficial das NPs foram observadas por espalhamento de luz dinmico. Mudanas dessas
propriedades aps a funcionalizao das NPs com colgeno tambm demonstraram o sucesso
da etapa de funcionalizao.
Participantes:

Discente: William Candiotto Luders

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rea: Cincias Bsicas Morfologicas
Autor: Ana Laura e Silva Aidar
Ttulo: Mtodos de Estudo do Olho de Vertebrados em Biologia Estrutural e Funcional
Palavras-Chave: olho, biologia estrutural, histologia
O trabalho consiste no aprendizado terico e prtico de mtodos e tcnicas utilizadas em biologia estrutural e
funcional para o estudo do olho de vertebrados. Destina-se a desenvolver fundamentos tcnicos e tericos, habilitando o
jovem pesquisador para a participao em atividades cientficas relacionadas ao tema. O programa de atividades consiste
em: mtodos de eutansia em animais de laboratrio (ratos); dissecao e coleta de material para processamento
destinado microscopia de luz e eletrnica de transmisso; tcnica histolgica geral para microscopia de luz; tcnicas de
processamento de material destinado microscopia eletrnica de transmisso; microtomia e ultramicrotomia; tcnicas de
colorao histolgica e coloraes especiais; histoqumica; fundamentos tericos da imunohistoqumica; leitura de livros e
artigos cientficos relacionados ao estudo comparativo do olho de vertebrados; mtodos de estudo do olho de vertebrados
em histologia, biologia estrutural, celular e molecular; discusso dos temas em grupo de pesquisa.
Participantes:

Orientador: Prof. Dr. Robson Campos Gutierre


Docente: Prof. Dra. Mizue Imoto Egami
Docente: Prof. Dr. Ricardo Mrio Arida
Discente: MSc. Wemeson Ferreira da Silva

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rea: Cincias Bsicas Morfologicas
Autor: Ana Paula Mayumi Kawachi
Ttulo: AQUISIO DE COMPETNCIAS ENVOLVIDAS EM UM PROJETO DE REA
BSICA - HISTOLOGIA
Palavras-Chave: tcnicas histolgicas e laboratoriais; prtica cientfica; manipulao de animais; produ
A Histologia uma matria bsica de grande importncia na rea da sade, devido principalmente ao seu impacto
em disciplinas futuras. Alm disso, um campo bastante interessante para inserir um aluno do primeiro ano de graduao
no meio cientfico, uma vez que consegue abranger os principais mecanismos envolvidos em uma pesquisa de rea bsica.
Assim sendo, os objetivos traados para a realizao do projeto no perodo de agosto de 2012 a junho de 2013 foram: 1Introduo do aluno na prtica cientfica e apresentao das diversas etapas presentes em uma pesquisa de rea bsica histologia; 2- Aquisio de competncias envolvidas em um projeto dessa modalidade de pesquisa; 3- Desenvolvimento de
uma rotina de leitura de artigos cientficos e aperfeioamento da lngua inglesa; e 4- Aproximao e estmulo docncia. A
partir do acompanhamento do projeto de mestrado intitulado "Efeitos do ranelato de estrncio associado vibrao
mecnica de baixa intensidade no tecido sseo de ratas osteopnicas" foi possvel adquirir e exercitar trs grandes
competncias: a) da pesquisa bibliogrfica, produo terica e apresentao de seminrios em journal clubs realizados
semanalmente, fornecendo o suporte terico, o exerccio da lngua inglesa, a prtica da elaborao de projeto e relatrios e
o estmulo docncia; b) da manipulao de animais, por meio da realizao dos procedimentos de ooforectomia, exame
colpocitolgico, densitometria ssea, administrao de ranelato de estrncio por gavage, vibrao mecnica em gaiola com
plataforma vibratria, eutansia e disseco das amostras de tecido sseo (Projeto aprovado no comit de tica ? 1095/11);
e c) das tcnicas histolgicas e laboratoriais, pelo preparo das solues qumicas utilizadas no processamento do material
de estudo e a realizao do prprio processamento, que inclui fixao, descalcificao, desidratao, diafanizao,
impregnao e incluso em parafina, microtomia, colorao e montagem das lminas para anlise. Por fim, todas as
atividades realizadas ao longo de um ano foram importantes para a aquisio de competncias no desenvolvimento de um
projeto na rea de morfologia - histologia, aprendizado das tcnicas que o compe, expanso dos conhecimentos de
prticas histolgicas, insero no campo da produo cientfica, aproximao docncia e qualificao para realizar uma
iniciao cientfica.
Participantes:

Orientador: Rejane Daniele Reginato

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PROJETO Jovens Talentos


rea: Cincias Bsicas Morfologicas
Autor: Jhony Everson Gonalves
Ttulo: Estudos de anatomia topogrfica atravs de imagens obtidas de peas
anatmicas - o cerebelo
Palavras-Chave: Anatomia
Este projeto prev o uso de peas anatmicas para o estudo da anatomia topogrfica de uma determinada regio do
corpo humano; no caso, o cerebelo . Atravs de fotografias, visa-se aprofundar o conhecimento topogrfico do corpo
humano, muitas vezes perdido em atlas de anatomia, buscando mostrar as relaes entre diferentes estruturas, em ngulos
e abordagens que facilitem sua a visualizao e o posterior estudo.
Participantes:

Orientador: Alexandre Augusto Pinto Cardoso


Orientador: Luis Garcia Alonso

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rea: Cincias Bsicas Morfologicas
Autor: Mriam Fang Castro
Ttulo: UMA DIFERENTE DOCUMENTAO FOTOGRFICA DE REGIES
ANATMICAS (CANAL INGUINAL)
Palavras-Chave: DOCUMENTAO FOTOGRFICO-ANATMICA
RESUMO:
Esse trabalho tem como meta ultrapassar os registros anatmicos dos clssicos atlas e agregar a eles a
noo de trs dimenses. Essa viso essencial para a prtica mdica, na qual de alguma forma esse patamar deve ser
vencido. Assim, o projeto requer do aluno o conhecimento bsico de todas as regies e, mais detalhado, daquelas em cujo
estudo se apronfundar. Isso permitir a iniciao de um acervo fotogrfico que ser tanto disponvel para os prximos
alunos no site da disciplina (que poder inclusive ser acessado no interior do laboratrio) quanto em impresses que sero
plastificadas e acessveis no laboratrio enquanto estudam no corpo. Compreende, pois, um novo aprendizado, de forma tal
que mesmo alunos principiantes j assimilem tal ideia.

PLANO DE TRABALHO:
princcio, o aluno dever ir praticando, tirando fotos de diferentes caractersticas, ngulos, nveis;
observ-las como um todo e pensar em como aperfeio-las. Dentre as centenas de fotos, escolher aquelas (cerca de uma
dezena) que forneam melhor aproveitamento e informao, seguindo as premissas do projeto. J sabendo quais sero
utilizadas, marcar e indicar os nomes das estruturas. Posteriormente, sero impressas e disponibilizadas no site da
disciplina. Adicionalmente, o estudante participar da monitoria at julho, o que inclusive proporciona maior participao nos
resultados do trabalho e pode incitar novas ideias para a continuao do acervo.

RESULTADOS ESPERADOS:
Com a proposta, espera-se que o aluno aprofunde seus conhecimentos na rea e explore o trabalho em
equipe e a importncia de se transmitir o conhecimento ao prximo. Quanto ao projeto propriamente dito: traz uma
renovada fonte, sob um prisma e tcnica no usuais, de se perceber as estruturas anatmicas. O objetivo de que esse
registro fotogrfico privilegie a profundidade e o aspecto tridimencional em que as estruturas realmente se distribuem e se
apresentam, perpassando, pois, o devido conhecimento topogrfico e funcional. Por fim, aguarda-se as vantagens que a
documentao traga no aprendizado dos prximos estudantes de anatomia e que estes se entusiasmem em fazer trabalho
parecido para ampliao do acervo.
Participantes:

Docente: Prof. Dr. Alexandre Augusto Pinto Cardoso


Docente: Prof. Dr. Luis Garcia Alonso
Discente: Matheus Barros
Discente: Johnny Gonalves

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rea: Cincias Bsicas Morfologicas
Autor: Priscila Toledo Marcondes
Ttulo: ESTUDO DO MECANISMO DE AO ANTIINFLAMATRIA DO LASER DE BAIXA
POTNCIA EM MODELO EXPERIMENTAL DE INFLAMAO PULMONAR ALRGICA
Palavras-Chave: asma, reatividade brnquica, permeabilidade vascular, eosinfilos, citocinas Th1/Th2,
A inflamao pulmonar alrgica crnica como a asma uma condio com alto ndice de mortalidade.
caracterizada pela
broncoconstrio e perda da capacidade de relaxamento das vias areas. O aumento da presso de perfuso
tambm
caracterstica da asma, e se apresenta como exacerbao da reatividade pulmonar aos estmulos contrteis. A
presena de clulas
inflamatrias no lavado broncoalveolar tambm caracteriza a asma, e geralmente acompanha a gravidade da
doena. Algumas
clulas inflamatrias tais como, as clulas dendrticas e eosinfilos, tm destaque na sinalizao antignica e na
resposta alrgica,
respectivamente. A exposio a essas clulas causa leso pulmonar, e isso estimula o tecido das vias areas
remodelao, e assim
com a reduo da luz das vias areas, h a reduo do fluxo de ar. O balano entre as citocinas Th1/ Th2 se faz
bastante importante
na asma, e por isso a IL-10 tem destaque. Alm disso, diversos mediadores qumicos como, por exemplo, os
leucotrienos, e as
interleucinas -4, -5 e -13 liberados pelos eosinfilos na vigncia da asma contribuem para o desencadeamento e
desenvolvimento
deste tipo de inflamao pulmonar. Esses mediadores qumicos induzem aumento da permeabilidade vascular
pulmonar, o que causa
edema; e contribuem para a perpetuao da inflamao pulmonar com o aumento da secreo de muco.
Considerando o alto custo,
direto e indireto, do tratamento da asma, e a grande diversidade de efeitos colaterais da terapia farmacolgica
convencional, novas
terapias vm sendo desenvolvidas, principalmente aquelas com efeito teraputico na hiperreatividade das vias
areas e no edema
pulmonar; e que apresentem poucos efeitos colaterais, como por exemplo, a laserterapia.
Diversos estudos clnicos mostram que
o LBP reduz a resistncia das vias areas, aumenta a complacncia pulmonar e a capacidade de troca gasosa em
pacientes
asmticos. Os autores que investigam o mecanismo de ao do LBP admitem que a laserterapia reduza as
alteraes na reatividade
das vias areas e a inflamao pulmonar aguda a partir da modulao da expresso de citocinas pro- e
antiinflamatrias. Dessa
forma, o presente projeto tem como objetivo caracterizar o mecanismo de ao antiinflamatria do LBP em modelo
experimental de
asma.
Participantes:

Orientador: Flvio Aimbire Soares de Carvalho


Discente: Priscila Toledo Marcondes

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rea: Cincias Bsicas Morfologicas
Autor: Vinicius Tayra
Ttulo: Imunolocalizao de IGF-II e IGF-IIR no cone ectoplacentrio de ratas no 9,5 e
10,5 dias de prenhez, previamente induzidas diabetes
Palavras-Chave: Cone Ectoplacentrio, Decdua, IGF-II, IGF-IIR, Ratas
A diabetes materna responsvel por complicaes durante o perodo gestacional, que podem levar a alteraes
patolgicas durante o desenvolvimento embrionrio e at mesmo morte do feto. As complicaes em geral so
decorrentes do acmulo anormal de glicognio na placenta de animais diabticos, interferindo nas trocas entre me e feto.
Partindo desses conhecimentos, nos empenhamos em avaliar morfolgica e imunologicamente os efeitos da diabetes
durante a placentao no 9,5 e 10,5 dias de prenhez (dp), com nfase no estudo das clulas trofoblsticas glicognicas e
clulas e vasos deciduais. Foram utilizadas 6 ratas Wistar, sendo que 4 foram induzidas diabetes atravs de injeo
intraperitoneal de 55mg/kg de Streptozotocin em soluo tampo citrato, e 2 animais selecionados como controle foram
submetidos s mesmas condies de estresse e receberam apenas soluo tampo. Os animais diabticos receberam
10L de insulina duas vezes ao dia, uma de manh e outra noite. Em seguida, os animais (tanto ratas diabticas quanto
controles) foram acasalados e sacrificados contando-se os dias aps observao de testes de prenhez positivos. Aps o
sacrifcio, foram retirados os stios de implantao, que foram fixados em formol 10% tamponado e processados para a
incluso em parafina. Para as observaes morfolgicas foi utilizado o mtodo de colorao por hematoxilina-eosina. Para
as reaes imunolgicas, foram utilizados marcadores para IGF-II e IGF-IIR. Nas reaes imunocitoqumicas foram
utilizados, como controles negativos, cortes em que a incubao do anticorpo primrio foi omitida. Todos os animais foram
induzidos diabetes e acasalados com sucesso; em todas as fmeas (em no. de 5) que apresentaram prenhez em
observao macroscpica, notou-se aumento de peso; um animal morreu no decorrer do experimento e um animal controle
apresentou regresso macroscpica da prenhez. Foi realizada a imunolocalizao de IGF-II e iniciamos a padronizao da
reao imunocitoqumica para a localizao de IGF-IIR nos stios de implantao. Observamos expresso de IGF-II no
citoplasma de clulas da decdua mesometrial, na parede de vasos sanguneos dilatados, alm de evidente marcao nas
clulas musculares; detectamos ausncia de imunomarcao nos controles negativos. A padronizao de IGF-IIR est em
andamento.
Agncia Financiadora: CAPES
Participantes:

Orientador: Katz, SG
Discente: Arruda, JR
Discente: Tayra, V

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rea: Cincias do Movimento Humano
Autor: CAIO RAMOS DE TOLEDO
Ttulo: PRTICA PEDAGGICA EM LUTAS:ENSINO DO KUNG FU E SUAS
INTERRELAES COM A SADE
Palavras-Chave: Lutas. Kung Fu. Pedagogia. Educao Fsica. Ensino
INTRODUO
O objetivo deste Plano de Atividades consistiu em desenvolver uma aproximao entre o campo cientfico da
pedagogia e das lutas, bem como compreender os limites e possibilidades do ensino do Kung Fu em diversos contextos
sociais e sua inter-relao com a sade.
MATERIAL E MTODO
Para tanto o aluno cumpriu um cronograma sistematizado de atividades que consistiu em/na: acompanhar o
desenvolvimento de duas iniciaes cientficas, a saber: Pedagogia do esporte e taekwondo: possibilidades de interveno
em sade; e Proposta pedaggica para o ensino da natao: um dilogo com a sade; insero no Grupo de Estudo e
Pesquisa Corpo e Cultura, o qual participou de todas as reunies cientfico-acadmicas, bem como acompanhou o
desenvolvimento de uma pesquisa que abordava o tema da Formao profissional em Educao Fsica e Sade; cumprir
um cronograma de leitura de bibliografia especializada na temtica, principalmente aquelas em dilogo com o referencial
das cincias humanas, e; cumprir um cronograma de leitura e estudo de bibliografia em mtodos de pesquisa qualitativa,
busca em bases de dados eletrnica, bem como produo de textos acadmicos com a finalidade de elaborar um projeto de
pesquisa, sendo este com possibilidade de ser submetido ao PIBIC 2013/2014 da Universidade Federal de So Paulo
(UNIFESP).
RESULTADOS E DISCUSSO
O principal resultado obtido foi a elaborao de um projeto de pesquisa intitulado Pedagogia do esporte e Kung Fu:
possibilidades de ensino. O mesmo tem por objetivos: desenvolver uma proposta de ensino do Kung fu calcada nos
princpios da pedagogia do esporte, e; compreender as possibilidades didtico-pedaggicas do ensino do Kung fu. O
mtodo de pesquisa est previsto em quatro partes, sendo estas: 1 - Reviso de literatura com os termos artes marciais,
lutas e kung fu nas bases de dados do Lilacs e Pubmed; 2 - Estudo e descrio de uma proposta de ensino, a qual contar
com a sistematizao de 16 aulas de uma hora e trinta minutos de durao; 3 - Desenvolvimento da proposta, que
consistir na aplicao dessas aulas para um grupo de voluntrios; 4 - Anlise dos dados produzidos. Em relao aos
voluntrios, os mesmos devero ser alunos, professores e demais funcionrios da UNIFESP - Campus Baixada Santista
com idades entre 18 e 60 anos. O nico critrio de no incluso ser presena inferior a 75% das aulas. Com esse projeto
de pesquisa espera-se colaborar para a ressignificao das prticas corporais na atual sociedade, as quais tem sido
extremamente massificadas. O motivo de realizao da pesquisa deveu-se ao fato de que o estudo das lutas/artes
marciais/modalidades esportivas de combate em sua vertente pedaggica, de acordo com Correia e Franchini (2010), ainda
uma rea pouco desenvolvida no Brasil. Tal compreenso foi ampliada pela leitura da bibliografia especializada. No que
se refere ao tema sade, o mesmo foi retirado do projeto de pesquisa devido ao entendimento - permitido pela concluso da
Iniciao Cientfica Pedagogia do esporte e taekwondo: possibilidades de interveno em sade (2012) - que o escopo da
pesquisa ficaria muito amplo, impedindo alguns desdobramentos importantes, como por exemplo, melhor compreenso do
processo de ensino-aprendizagem. Entretanto, isso no significa que o contexto da sade seja menos importante no
contexto das prticas corporais, mas, para que possa ser melhor aprofundada, acredita-se que possa ser contemplada em
futuros trabalhos. At porque, no desenvolvimento desse Plano de Atividades, as leituras desenvolvidas permitiram verificar
proximidade e legitimidade no debate acerca das prticas corporais, em especfico, o Kung Fu, com a sade.
CONCLUSO
Conclu-se que h possibilidade de desenvolver uma proposta de ensino do Kung-Fu que seja mais ampla que a
perspectiva tradicional de ensino dessa prtica corporal, a qual calcada, principalmente, no desenvolvimento de tcnicas
(golpes) como finalidade da aprendizagem corporal. Numa perspectiva mais ampla, a tcnica passa a ser entendida partir
da compreenso de Daolio (2002), para o qual se traduz no modo de fazer, ou seja, o meio pelo qual as pessoas
conseguem desenvolver qualquer prtica corporal, mas no sua finalidade ltima. Assim, h possibilidade de formarmos
pessoas mais autnomas frente massificao das prticas corporais.
REFERNCIAS
CORREIA, W.R.; FRANCHINI, E. Produo acadmica em lutas, artes marciais e esportes de combate. Motriz, Rio
Claro, v.16, n.1, p.01-09, jan./mar., 2010.
DAOLIO, J. Jogos esportivos coletivos: dos princpios operacionais aos gestos tcnicos - modelo pendular a partir
das ideias de Claude Bayer. Revista Brasileira de Cincia e Movimento, Braslia, v.10, n.4, p.99-104, out., 2002.
Participantes:

Orientador: ROGRIO CRUZ DE OLIVEIRA

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rea: Cincias do Movimento Humano
Autor: Cristhina Bonilha Huster Siegle
Ttulo: Observao e Avaliao do Desenvolvimento Infantil
Palavras-Chave: desenvolvimento infantil; fisioterapia neuropeditrica; Alberta Infant Motor Scale;
As atividades da bolsa do programa Jovens Talentos para Cincia tiveram incio em setembro de 2012. Nesse ms,
houve o incio do acompanhamento do estgio de neuropediatria, realizado pelos alunos do quarto ano do curso de
fisioterapia da UNIFESP. O acompanhamento do estgio teve durao de 9 semanas, e ocorria as quintas a tarde. Nele,
so atendidas crianas que possuem comprometimento neurolgico, como paralisia cerebral, mielomeningocele e sindrome
de Down, ou atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. Por meio de diversas atividades, estimula-se o aprendizado
motor, promovendo maior funcionalidade e independncia criana. Utilizam-se atividades ldicas, que tambm
proporcionam criana maior integrao social.
Em outubro de 2012, houve o incio da participao no projeto de extenso realizado na Santa Casa de Misericrdia
de Santos, as segundas tarde. Este projeto acompanha o desenvolvimento neuropsicomotor de crianas nascidas
prematuramente. Bebs prematuros so considerados de risco para o neurodesenvolvimento, pois nascem ainda com seu
sistema nervoso imaturo, e sofrem influncias do meio em que vivem; estes riscos biolgicos tornam a criana vulnervel e
fazem com que ela tenha maior probabilidade de atraso no desenvolvimento motor do que crianas nascidas a termo. Por
meio do acompanhamento desses bebs, possvel identificar precocemente alteraes e atrasos motores, e se
necessrio, o encaminhamento para interveno de fisioterapia, alm de aconselhamentos e orientaes aos seus pais. A
participao neste programa de extenso ocorre at os dias atuais.
De novembro de 2012 ao fim de maro de 2013, houve a participao em um segundo projeto de extenso, realizado
na Seo Ncleo Integrado de Atendimento Criana (SENIC) de Santos. Nesse projeto realizado o acompanhamento do
desenvolvimento neuropsicomotor de crianas filhas de mes soropositivas para o vrus HIV. O HIV tem atrao pelo
sistema nervoso, podendo provocar sequelas neurolgicas na criana, que muitas vezes j esto expostas a outros fatores
de risco. Assim, a mesma poder ter prejuzos no desenvolvimento neuropsicomotor. O projeto avalia mensalmente essas
crianas, que podem ou no ser soropositivas, e em caso de identificao de atraso motor, essas crianas so
encaminhadas interveno.
Em ambos os projetos de extenso a principal ferramenta utilizada a Alberta Infant Motor Scale (AIMS), que
promove a observao e avaliao do desenvolvimento neuropsicomotor de crianas de at 18 meses. Com ela, torna-se
possvel a identificao de atrasos e anormalidades motoras, por meio da analise do percentil obtido na avaliao. Se o
mesmo for abaixo de 5%, a criana apresenta desempenho motor anormal, de 5% a 25%, desempenho motor suspeito; e
acima de 25%, desempenho motor normal.
Os primeiros sintomas de alteraes no desenvolvimento so percebidos por atrasos nas aquisies motoras.
Ressalta-se a importncia de identificar precocemente essas anormalidades motoras na criana, pois assim, haver
interveno precoce, que poder amenizar distrbios futuros. Sendo assim, o fisioterapeuta tem papel fundamental na
identificao de desvios nos padres de desenvolvimento motor da populao peditrica.
Durante o perodo do programa, tambm houve o preenchimento do banco de dados dos projetos de extenso, com
informaes e resultados de cada atendimento realizado, para posterior acompanhamento e analise da evoluo das
crianas. Alm disso, tambm foi realizado o estudo de artigos relacionados aos temas de desenvolvimento infantil.
Participantes:

Orientador: Cristina dos Santos Cardoso de S


Discente: Cristhina Bonilha Huster Siegle

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rea: Cincias Sociais Aplicada - Administrao
Autor: Beatriz Trostli Costella
Ttulo: Avaliao do estresse em funcionrios administrativos da Universidade Federal
de So Paulo - UNIFESP
Palavras-Chave: estresse ocupacional, funcionrios administrativos, sade no trabalho
O projeto desenvolvido teve como objetivo avaliar o estresse de funcionrios administrativos da Universidade Federal
de So Paulo, mais precisamente no campus Osasco. Essa avaliao se baseou nos resultados apresentados aps a
concluso das respostas desses profissionais ao instrumento de estresse ocupacional EET (Escala de Estresse no
Trabalho). Para tanto a pesquisa se realizou em trs etapas. A primeira parte do trabalho teve como foco a introduo do
assunto, discutindo a importncia do tema na atualidade e seus efeitos sobre a sade e qualidade de vida do empregado.
Na sequncia os questionrios foram aplicados aos funcionrios, com itens de escala Likert presentes no EET. Por fim, os
resultados foram analisados por meio do pacote estatstico Minitab a fim de se chegar a concluses finais sobre o nvel de
estresse do perfil profissional da Universidade em questo.
Participantes:

Orientador: Marcia Carvalho de Azevedo


Discente: Beatriz Trostli Costella

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rea: Cincias Sociais Aplicada - Administrao
Autor: Natlia Yamaguchi Samora
Ttulo: Estudo Exploratrio do Perfil dos Empreendedores de Incubadora de Empresas
da Grande So Paulo.
Palavras-Chave: empreendedorismo; perfil do empreendedor; incubadora
Introduo: As incubadoras de empresas foram criadas nos pases desenvolvidos no sculo XX como meio de
reduzir a mortalidade dos empreendimentos nascentes. Estima-se que no Brasil a taxa de mortalidade dos novos
empreendimentos seja de 50% em dois anos, taxa reduzida a metade nas incubadoras de referncia. Estudos recentes no
campo da Administrao e do Empreendedorismo apontam que o perfil do empreendedor pode estar relacionado ao
sucesso do empreendimento. Este estudo busca responder a seguinte pergunta: Qual o perfil dos empreendedores de uma
incubadora de empresas da grande So Paulo?
Objetivo: Descrever o perfil dos empreendedores de uma incubadora de empresas da grande So Paulo, e tendo em
vista o contexto apresentado, os objetivos especficos deste estudo so: a) descobrir as caractersticas dos
empreendedores da Incubadora de empresas da grande So Paulo; b) relacionar as caractersticas dos empreendedores;
c) identificar semelhanas e proximidades das caractersticas; d) classificar um possvel perfil nico de empreendedor da
incubadora de empresas da grande So Paulo; e) verificar se esse possvel perfil corresponde s influncias da regio onde
se encontra.
Mtodo: A pesquisa de natureza exploratria, por abordar uma varivel que no est totalmente definida. Atravs
de um levantamento de campo e uma anlise quantitativa dos dados ser possvel alcanar um resultado esperado. Foram
definidas cinco caractersticas significativas ao empreendedor que sero avaliadas atravs do teste TEG (Tendncia
Empreendedora Geral). A amostra intencional constituda por todos empreendedores da Incubadora de empresas da
grande So Paulo, no entanto, a amostra real ser constituda por aqueles que se dispuserem a responder o questionrio.
Resultados esperados: O resultado esperado para este estudo encontrar caractersticas predominantes dos
empreendedores da Incubadora de empresas da grande So Paulo e chegar a uma concluso sobre um perfil nico destes.
Desta maneira, ser possvel classificar o perfil do empreendedor da regio da Incubadora de empresas da grande So
Paulo.
Participantes:

Orientador: Ricardo LP Bueno

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rea: Cincias Sociais Aplicada - Cincias Economicas
Autor: Eliandra Maiara Vieira Cabral
Ttulo: Um Estudo Exploratrio Sobre Aspectos Legais e Normativos no Sistema
Financeiro Brasileiro para Dados de Alta Frequncia
Palavras-Chave: Finanas, Dados de Alta Frequncia, Sistema Financeiro Brasileiro
A teoria de investimento tenta maximizar os lucros e minimizar o risco pela escolha cuidadosa de diferentes ativos. A
fim de construir um portflio timo precisamos comprar ou vender ativos especficos, e assim enviar ordens ao
corretor/revendedor ou diretamente para os mercados. O risco (ou volatilidade) importante, pois mostra o quanto o preo
de cada ativo pode mudar. Entretanto, os retornos so um pouco menos importantes, j que estamos focados em executar
as ordens dadas, muitas vezes nos prximos minutos, segundos ou horas. Em vez disso, o custo se torna mais importante.
A execuo de cada ordem tem um custo associado, a partir do impacto que tem sobre o preo do ativo as taxas de
corretagem e de cmbio. Negociar rpido com grandes encomendas ou preos agressivos geralmente tm mais impacto e
assim podem custar mais, embora a velocidade de execuo reduza o risco. Considerando que uma negociao mais lenta
ou passiva custe menos, mas expe mais ao risco da volatilidade dos preos do ativo.
Desde que Markowitz, Tobin, Sharpe, Lintner, Mossin e Black apresentaram as principais ideias que constituram a
base do Capital Asset Pricing Model, este se tornou a principal referncia usada por acadmicos e prticos de finanas na
analise da relao entre risco e retorno de ativos. Em equilbrio, o retorno esperado de um ativo deveria ser igual ao retorno
de um ativo livre de risco, mais um prmio pelo risco.
A negociao de alta freqncia visa tirar partido das oportunidades intraday. As escalas de tempo envolvidas
variam de horas at segundos ou at fraes de segundo. uma forma de negociao especializada do tipo
black-box/quantitativa focada em explorar os ganhos de curto prazo. Algumas estratgias de alta freqncia adotam um
estilo semelhante a um market maker, tentando manter uma posio relativamente neutra, exceto para tirar proveito de
todas as discrepncias de preos. Para tais estratgias, o monitoramento da posio global/risco e incorporar esta
informao precificao/negociao vital s decises.
Agncias de negociao tambm podem ser classificadas pelo mtodo de execuo utilizado. Negociao do tipo
"high-touch" aquela em as ordens so trabalhadas manualmente por um operador. A negociao algortmica algumas
vezes definida como negociao do tipo "low-touch", uma vez que requer pouca ou nenhuma manipulao pelos traders e
por isso pode ser oferecida como um servio de menor custo de agncia. A ltima pea do esquema o DMA, que
tambm definido como "zero touch". Com o DMA o prprio acesso eletrnico do corretor aos mercados estendido aos
seus clientes. Os traders do lado da venda no tem nada a ver com a ordem, em vez disso, a execuo feita
manualmente pelo cliente.
Neste trabalho so estudadas as principais mudanas que esto acontecendo no mercado financeiro brasileiro com
relao aos aspectos legais e normativos para as empresas que operam com dados financeiros de alta de freqncia. So
estudadas as Leis:
- Lei no. 10.406 de 10 de Janeiro de 2002;
- Ata de 01/03/2011
BM&BOVESPA ? acesso direto ao mercado (DMA) via co-location modalidade corretora, segmento BOVESPA ?
proc. sp2009/0125''. reg. n 7178/10. Relator: SMI
- Lei no. 6385, de 7 de Dezembro de 1976.
Dispe sobre o mercado de valores mobilirios e cria a Comisso de Valores Mobilirios;
- Lei no. 6404, de 15 de Dezembro de 1976.
Dispe sobre as Sociedades por Aes.
- Lei no. 4728, de 14 de Julho de 1965.
Disciplina o Mercado de capitais e estabelece medidas para o seu desenvolvimento.
Alm disso so construdas carteiras de varincia mnima considerando as empresas: Petrobras, Ita, Bradesco,
Vale, Po de Acar e Lojas Americanas. Com os dados do retorno esperado e o desvio padro so construdos os grficos
denominados de preo do risco, uma vez que nos mostram a relao entre o quanto o aumento do retorno do ativo varia
com o aumento do risco.
Participantes:

Discente: Eliandra Maiara Vieira Cabral

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rea: Cincias Sociais Aplicada - Contabilidade
Autor: Beatriz Salton Santos Anjos
Ttulo: Auditoria e Aspectos Previdencirios
Palavras-Chave: Auditoria, Aspectos Previdencirios
No contexto atual da Contabilidade a Auditoria, por ser uma tcnica contbil que avalia informaes sobre a estrutura
da empresa sendo uma ferramenta de apoio fundamental Administrao das organizaes, vem tendo uma grande
relevncia devido a importncia de se proporcionar credibilidade s demonstraes financeiras das empresas.
O projeto se d em torno do estudo de Auditoria onde sero ressaltados leis relacionadas Auditoria, sua origem e
evoluo tanto em mbito nacional quanto internacional, suas diferentes classificaes e aplicaes.
Devido a crescente importncia de temas previdencirios as questes corporativas sero pesquisadas com o intuito
de se analisar os impactos nas folhas de salrios e o contingenciamento previdencirio no balano contbil nas empresas.
A Auditoria Trabalhista/Previdenciria ser estudo com o intuito de se analisar os benefcios s empresas que tal processo
traz e como deve ser executado nas empresas.
Participantes:

Discente: Beatriz Salton Santos Anjos

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rea: Cincias Sociais Aplicada - Contabilidade
Autor: Natlia Cristina Torres Cabido
Ttulo: Custeio Baseado em Atividade e Tempo - Aplicao em Consultrio Mdico
Palavras-Chave: Custos; Mtodos de Custeio
O mtodo de Custeio Baseado em Atividade e Tempo uma variao do modelo ABC e que busca diminuir os
custos e as dificuldades enfrentadas pelo modelo anterior. Utiliza-se do tempo como direcionador dos custos atividades.
Busca-se definir o tempo para que certa atividade seja feita, por exemplo, o tempo de um pedido concreto de um cliente e a
partir da, forma-se uma equao de tempo, que pode ser utilizada para os prximos clculos de custo. O objeto do trabalho
a utilizao desse mtodo em um Ambulatrio Mdico calculando o custo dos consultrios do mesmo. Pretende-se
verificar a praticidade do mtodo e suas dificuldades.
Participantes:

Discente: Natlia Cristina Torres Cabido

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rea: Cincias Sociais Aplicada - Contabilidade
Autor: Tathiane Bretone Silva
Ttulo: AS DIFICULDADES DE IMPLANTAO DO SISTEMA PBLICO DE
ESCRITUAO DIGITAL EM EMPRESAS DE PEQUENO E MDIO PORTE
Palavras-Chave: contabilidade, SPED, implantao SPED
Essa pesquisa consiste em avaliar o impacto da implantao do SPED, o Sistema Pblico de Escriturao Digital,
nas empresas de pequeno e mdio porte, este novo sistema busca unificao de distintas obrigaes advindas de
diferentes rgos em uma nica transmisso, alcanando, portando, maior efetividade no cruzamento de dados, diminuindo
as chances de fraudes contra o sistema tributrio nacional.
Foram utilizados os mtodos de pesquisa exploratrio e bibliogrfico.
O presente estudo tem como resultado
esperado a mensurao das consequncias operacionais e estratgicas do SPED, uma vez que com este novo sistema de
escriturao contbil, as empresas reconheceram que h a necessidade de se adequar ao SPED, entretanto esta transio
lhes causa impactos, e em sua maioria, tais impactos no se mostram extremante positivos, deste modo o SPED tem
pressionado as empresas a se adaptarem a essa nova realidade, investindo em tecnologia e em sistemas competentes,
buscando alcanar o controle eficaz e evitar desenquadramentos.
Participantes:

Orientador: Prof Dr Ricardo Hirata Ikeda


Discente: Tathiane Bretone SIlva

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rea: Cirurgia Experimental
Autor: Matheus Simonato dos Santos
Ttulo: O STENT CONTRATIL
Palavras-Chave: endoprtese, stent, nitinol, insuficincia cardaca
O uso de prteses para vasos sanguneos, as chamadas endoprteses ou stents, muito importante para o
tratamento de aneurismas de aorta, problemas de circulao coronariana, entre outras doenas. Este trabalho trata da
observao dos estudos para fornecer uma nova funo para as endoprteses, utilizando princpios estabelecidos nos
bales intra-articos para tratamento ambulatorial de insuficincia cardaca. Para confeco da prtese, foi utilizado um
material inteligente, denominado nitinol, capaz de alterar sua forma aps estmulos eltricos. Resultados preliminares
obtidos com base em prottipos mostraram que este uso para as endoprteses uma forte possibilidade para um auxlio
extra-ambulatorial para a insuficincia cardaca. Os estudos devem prosseguir com o objetivo de se obter uma prtese
implantvel na prtica.
Participantes:

Orientador: Jos Honrio Palma


Docente: Enio Buffolo
Docente: Diego Gaia
Docente: Guido Caputi
Docente: Guilherme Agreli
Docente: Jos Ccero Stocco Guilhen
Docente: Yuri Matsumoto
Docente: Domingo Braile

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PROJETO Jovens Talentos


rea: Cirurgia Experimental
Autor: Otvio Augusto Barbosa Breda
Ttulo: Relao entre as novas tecnologias de Neuronavegao e o quadro
ps-cirrgico dos pacientes brasileiros e holandeses, vtimas de Epilepsia.
Palavras-Chave: neurocirurgia; neurologia; epilepsia; neuronavegao
Este projeto prev a breve relao entre diversos tpicos que envolvem os pacientes vtimas de Epilepsia: os
princpios moleculares e neurofisiolgicos responsveis pelos distrbios, os mecanismos de ao das principais drogas
antiepilpticas, os principais procedimentos cirrgicos aos quais os pacientes so submetidos, o impacto da cirurgia na
qualidade de vida dos pacientes e a contribuio dos atuais mtodos de neuronaveo utilizados no aprimoramento das
tcnicas cirrgicas, tanto no Brasil como na Holanda.
Participantes:

Discente: Otvio Augusto Barbosa Breda

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PROJETO Jovens Talentos


rea: Educao em Sade
Autor: Tain Batista Pedroso
Ttulo: Teoria da Mente
Palavras-Chave: teoria da mente, bullying
As atividades atribudas ao programa Jovens Talentos para a Cincia consistem no aluno ter um contato precoce
com o meio cientfico no ensino superior e, para tal, era necessrio a escolha de um orientador. Com o intuito de assimilar
o projeto ao curso de psicologia, foi escolhido o estudo da Teoria da Mente, na rea de desenvolvimento sociocognitivo, no
grupo de pesquisa orientado pela Profa. Dra. Sara Del Prete Panciera. Neste grupo, uma das tarefas de cada integrante era
trazer em cada reunio alguma produo em relao a desenvolvimento cognitivo ou teoria da mente, sempre relacionados
com os seus projetos de pesquisa. Em relao ao bolsista do projeto Jovens Talentos para a Cincia, coube a funo de
trazer a cada reunio anlises esquemticas de artigos cientficos sobre os temas.
O passo inicial dado foi a familiarizao com a linha de pesquisa atravs de leituras de aproximao a Teoria da
Mente. O primeiro artigo trabalhado foi Falando sobre a mente: algumas consideraes sobre a relao entre a linguagem e
a teoria da mente, de Dbora de Hollanda Souza. Este texto contextualiza o estudo da teoria da mente no Brasil, assim
como os processos utilizados no usos de instrumentos de avaliao, alm de definir teoria da Mente como a habilidade para
explicar e predizer o comportamento humano atravs de fenmenos mentais - intenes, crenas e emoes (Souza,
2006).
Depois da familiarizao com o tema, o prximo texto trabalhado foi A compreenso da gratido e teoria da mente
em crianas de cinco anos, dos autores Lia Beatriz de Lucca Freitas, Marion OBrien, Jackie A. Nelson e Stuart Marcovitch.
Este artigo tem como objetivo estudar se h relao direta ou indireta da compreenso da gratido e um desenvolvimento
da Teoria da Mente, e sua esquematizao foi apresentada ao grupo em uma das reunies.
O terceiro texto trabalhado e apresentado no grupo foi o captulo ToM goes to school: social cognition and values in
bullying, do livro Individual differences in Theory of Mind: Inplications for a typical and atypical development, de Betty
Repacholi e Virginia Slaughter. Este fragmento do livro caracteriza o bullying como um problema comum na sociedade
atual, mostra os possveis efeitos dessa prtica para a criana vitimizada, alm de traarem um perfil do praticante de
bullying como uma criana que deve ter j desenvolvido aparatos sociais tais como empatia, cognio social, conhecimento
emocional e competio social.
Outros integrantes do grupo apresentaram nas reunies, durante o decorrer do ano, seus projetos de pesquisa
sobre o tema da teoria da mente. Uma das integrantes, Ariane Zeller, discutiu no grupo sua pesquisa apresentada no
congresso PIBIC 2012 sobre Habilidades sociais e teoria da mente de ttulo Teoria da Mente e Habilidades Sociais:
Desenvolvimento de pr-escolares em situao de vulnerabilidade social. Neste estudo, o objetivo geral era identificar a
existncia de uma possvel relao entre o desenvolvimento de uma teoria da mente e das habilidades sociais
demonstradas por crianas em situao de vulnerabilidade social, em contexto escolar, a partir de relatos dos professores
(Zeller, 2012).
Este foi um debate particularmente importante, pois a partir das discusses geradas pela pesquisa de Zeller,
aliadas ao estudo do capitulo ToM goes to school: social cognition and values in bullying, configurou-se um interesse
especfico em investigar a relao entre o desenvolvimento de uma teoria da mente e a prtica do bullying, ou seja,
pesquisar a relao entre a construo cognitiva da compreenso do mundo social e sua expresso nas relaes
interpessoais cotidianas.
A partir da comeou-se a desenhar um projeto de pesquisa de iniciao cientfica sobre o tema. O passo seguinte
foi a explorao de bases de peridicos nacionais e internacionais, em especial o scielo e a PsycInfo. Com o decorrer das
leituras, definiu-se por um projeto de pesquisa bibliogrfica, levando-se em conta a divulgao dos estudos nos mais
importantes peridicos nacionais e estrangeiros, em lngua portuguesa e em lngua inglesa, de diferentes pases de origem,
tratando sobre o tema: teoria da mente e bullying. Esse projeto ser submetido avaliao para concorrer a uma bolsa de
iniciao cientifica ainda em 2013.
Participantes:

Docente: Sara Del Prete Panciera


Discente: Tain Batista Pedroso

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PROJETO Jovens Talentos


rea: Exatas
Autor: Brbara Aline Balderramas Gonalves
Ttulo: Purificao de Anticorpos Monoclonais Anti-Interferon Gama por Cromatografia
de Afinidade com Corantes Imobilizados
Palavras-Chave: Cromatografia por Afinidade, Anticorpos Monoclonais anti-interferon gama, Corantes Im
Anticorpos monoclonais (AcMos) so imunoglobulinas secretadas por clones de linfcitos B normais, tumorais ou
hibridomas que so obtidos pela fuso de uma clula normal produtora de anticorpos (linfcito B) com uma clula tumoral
de mesma linhagem (mieloma). Os AcMos so empregados em testes imunoqumicos e imunodiagnsticos que detectam e
caracterizam uma diversidade de molculas em rea de pesquisas biolgicas. Por esta razo, estes anticorpos necessitam
de um elevado grau de pureza, alm da manuteno de suas principais propriedades biolgicas (reconhecimento, deteco
e neutralizao de antgenos).
Uma das formas de se purificar os AcMos a cromatografia de afinidade, uma tcnica baseada na adsoro, que
tem como princpio a habilidade de molculas se ligarem especificamente molculas complementares, os ligantes,
imobilizados em uma matriz slida. Consiste de quatro etapas: injeo e adsoro, lavagem, eluio e regenerao do
adsorvente. A adsoro representa o primeiro passo da separao, onde as molculas que possuem afinidade com os
ligantes so adsorvidas e as que no possuem so removidas pela lavagem do adsorvente numa outra etapa do processo.
A eluio o terceiro passo, onde se realizam mudanas na fase mvel (como o pH do tampo utilizado), de forma a
dessorver a molcula previamente adsorvida. A ltima etapa da cromatografia a regenerao do adsorvente.
Uma das
variantes da tcnica de cromatografia de afinidade o uso de corantes imobilizados, que apresentam a caracterstica
deinteragir com os stios ativos de protenas e enzimas, mimetizando a estrutura de seus substratos.
O presente trabalho, parte do programa Jovens Talentos, teve como principal objetivo a recuperao e purificao de
anticorpos monoclonais anti-interferon gama a partir do sobrenadante de cultura celular visando uma posterior aplicao na
composio de kits de diagnstico. Experimentos foram realizados visando-se obter a melhor estratgia de purificao em
uma nica etapa por cromatografia por afinidade utilizando o adsorvente quitosana/alginato com o corante reativo verde.
Visando obter uma familiarizao coma tcnica experimental, foram realizados experimentos preliminares
alimentando-se na coluna soluo de imunoglobulina G (IgG) humana comercial diluda em diferentes tampes (Tris HCl
25mM e fosfato de Sdio 25 mM em pH 6,0, 7,0 e 8,0). Para cada experimento foi realizado o balano de massa de protena
total em cada etapa da cromatografia, com os quais se pode determinar a quantidade de protenas ficaram adsorvidas.
Em uma segunda etapa do projeto, alimentou-se uma soluo de sobrenadante de cultura celular contendo
anticorpos monoclonaisanti-interferon gama, diluda em tampo fosfato de sdio 25 mM em diferentes valores de pH (6,0,
7,0 e 8,0). A eluio foi feita pelo acrscimo de NaCl (1 mol/L). Fraes de 2,0 mL foram coletadas em cada experimento e
a concentrao de protena total foi determinada pelo mtodo de Bradford. As amostras mais concentradas foram
submetidas ao processo de eletroforese SDS-PAGE, em condies desnaturantes nas quais todos os polipeptdeos
adquirem a mesma densidade de carga e a separao depender na maior parte do seu tamanho. Resultados mostraram
que a maior capacidade de adsoro foi obtida em pH 6,0 (0,10 mg de protena total/mL de adsorvente) e ao aumentar o pH
esta capacidade diminuiu, tambm evidenciado pelo resultado da eletroforese SDS-PAGE.
Experimentos adicionais sero realizados visando a avaliao de outros sistemas tamponantes e, na melhor
condio experimental, os anticorpos sero quantificados pela tcnica de ELISA.
Brbara Aline Balderramas Gonalves
Unifesp - Campus Diadema
Farmcia e Bioqumica - 3 Termo - 2013
Participantes:

Discente: Brbara Aline Balderramas Gonalves

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PROJETO Jovens Talentos


rea: Exatas
Autor: fjgfjfgj
Ttulo: Jovens Talentos dsadas
Palavras-Chave: jgfjfgjf
jfgjfgj
Participantes:

Discente: fjgfjfgj

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PROJETO Jovens Talentos


rea: Exatas
Autor: Rafael Bellini Begosso
Ttulo: Desenvolvimento de Tecnologia Assistiva para Incluso Digital de Deficientes
Fsicos Utilizando Sinais Cerebrais
Palavras-Chave: tecnologia assistiva, EEG,
No mundo atual, tecnologias das mais variadas naturezas esto presentes no cotidiano das pessoas. Algumas
tecnologias, porm, no so acessveis a todos. Pessoas com deficincias motoras podem apresentar dificuldades para
realizar tarefas dirias, como mover o mouse de um computador ou at mesmo mover uma cadeira de rodas, nos casos de
tetraplegia. Sendo assim, o objetivo do presente estudo verificar a necessidade real das pessoas com esse tipo de
deficincia e oferecer uma alternativa para controlar o mouse do computador sem a necessidade de movimentar nenhum
membro, utilizando ondas eltricas emitidas pelo crebro.
At o presente momento, sinais eltricos, emitidos pelo crebro dos sujeitos, foram adquiridos utilizando um
aparelho de Eletroencefalografia (EEG) de baixo custo (Emotiv EPOC Neuroheadset). Os sujeitos executaram uma rotina
predeterminada de aes: contrao dos msculos da mandbula esquerda, contrao dos msculos da mandbula direta e
piscada forte, o que gera um sinal que obtido como potencial de evento relacionado. A resposta clara nos canais FC6,
F4 e F8 quando o sujeito contrai os msculos da mandbula esquerda. Quando ele contrai os msculos da mandbula
esquerda, a resposta notada nos canais FC5, F7 e F3. A piscada forte, por sua vez, causa uma resposta nos canais F7 e
F8. O nome e a posio dos canais segue o Sistema Internacional 10-20.
Em seguida, esse sinal preprocessado utilizando um toolbox do Matlab, EEGLAB. So passados dois filtros: um
filtro passa-alta a 1 Hz e um filtro passa-baixa a 60 Hz. O filtro passa-baixa permite a passagem de baixas frequncias e
atenua a amplitude das frequncias maiores que a frequncia de corte ? no caso, 60 Hz. Reciprocamente, o filtro passa-alta
permite a passagem de frequncias altas e atenua a amplitude das frequncias menores que a frequncia de corte. Os
filtros so utilizados pois as frequncias que so desprezadas (menores que 1 Hz e maiores que 60 Hz), no so vitais para
o projeto em questo.
Posteriormente, o sinal preprocessado armazenado em um vetor matriz e, em uma linha adicional, so designados
valores arbitrrios que correspondem aos instantes em que as aes foram executadas. Cada linha da matriz representa
um canal de EEG, enquanto cada coluna representa um valor obtido. A linha adicional utiliza valores arbitrrios para
designar valores aos eventos coletados. As posies com valor 1 se referem contrao dos msculos da mandbula
esquerda, as posies com valor 2 se referem contrao dos msculos da mandbula direita, as posies com valor 3 se
referem piscada forte e as demais posies recebem valor 0. Essa matriz ento exportada para um arquivo de texto.
A prxima etapa do projeto , a partir do arquivo texto citado anteriormente, reconhecer padres utilizando um
classificador (Weka Workbench). Software que contem uma coleo de algoritmos que permite efetuar data mining e
aprendizado de mquina. O aprendizado de mquina feito a partir da ?minerao? de uma grande quantidade de dados
obtidos experimentalmente e do reconhecimento de padres presentes nesses dados.
Participantes:

Orientador: Jaime Shinsuke Ide


Docente: Kelly Cottosk
Discente: Lucas Pires dos Santos

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rea: Exatas - Cincias Ambientais
Autor: Fabio Adriano Queirolo Taves
Ttulo: Projeto Avaliao ECOtoxicolgica do Impacto de Poluentes Emergentes
Associado ao Emissrio SubMARino de Santos ? ECOMAR
Palavras-Chave: poluentes emergentes, testes de toxicidade, anlise de risco; ecotoxicologia
A questo da sustentabilidade ambiental no planejamento e execuo das atividades humanas - tema da maior
relevncia e atualidade - torna imperativa a avaliao dos impactos ambientais gerados pelo crescimento populacional nas
zonas costeiras, entre os quais se destaca a disposio inadequada de efluentes industriais e domsticos em guas dessas
reas. Apesar das diretivas ambientais que regulam esse processo (aprovao, comercializao e descarte), existe ainda
uma grande lacuna na avaliao de seus efeitos sobre organismos aquticos. Alteraes biolgico-ecolgicas sensveis
exposio e ao efeito de xenobiticos proporcionam relevante informao sobre biodisponibilidade e toxicidade; como
representam importante ferramenta para avaliao ambiental, justifica-se assim a necessidade de desenvolverem-se e
validarem-se ensaios de toxicidade agudos e crnicos que proporcionem informaes efetivas sobre os possveis efeitos
adversos destes compostos no meio ambiente.
A metodologia prevista contempla todas as etapas relacionadas anlise
de risco: da identificao e quantificao desses compostos em matrizes ambientais e biolgicas avaliao
ecotoxicolgica empregando diferentes ensaios de toxicidade e biomarcadores. Trata-se de um estudo hierrquico que
abrange uma variedade de compostos farmacuticos, processos biolgicos e rotas de exposio, possibilitando
avaliarem-se os diversos nveis de organizao biolgico-ecolgicos (clula, organismo, populao e comunidade). Por
levar ainda em conta o aspecto socioeconmico, permite a gerao de subsdios para tomadas de decises voltadas ao
tratamento e lanamento de efluentes urbanos em ecossistemas costeiros marinhos. A primeira etapa das atividades
consistiu em um criterioso levantamento bibliogrfico sobre a presena de frmacos em ambiente marinho, suas respectivas
concentraes e seus possveis impactos ambientais. A proposta de Projeto de Iniciao Cientfica que est sendo
desenvolvida, a ser submetida na prxima chamada do PIBIC, insere-se no Projeto Avaliao ECOtoxicolgica Escalonada
do Impacto de Poluentes Emergentes Associado ao Emissrio SubMARino de Santos ? ECOMAR (Processo:
481553/2012-6 Chamada Universal CNPq), coordenado pelo Prof. Dr. Augusto Cesar, do Instituto do Mar Universidade
Federal de So Paulo IMar/UNIFESP, Campus Baixada Santista.
Participantes:

Orientador: Augusto Cesar


Discente: Fabio Adriano Queirolo Taves

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rea: Exatas - Cincias Ambientais
Autor: Nathalia Clyo Rizzo de Freitas Neves
Ttulo: Impactos da explorao do petrleo da reserva pr-sal sobre os ecossistemas
marinhos da regio da cidade de Santos
Palavras-Chave: impactos; petrleo; pr-sal; CO2; acidificao; metais
Programa Jovens Talentos
Impactos da explorao do petrleo da reserva pr-sal nos ecossistemas marinhos da regio da cidade de Santos
Nathalia Clyo Rizzo de Freitas Neves
Bacharelado Interdisciplinar em Cincia e Tecnologia com nfase em Cincias do Mar
Universidade Federal de So Paulo - Departamento de Cincias do Mar, Campus Baixada Santista.
Palavras-chave: impactos; petrleo; pr-sal; CO2; acidificao; metais
Resumo das atividades desenvolvidas
Inicialmente ocorreu um acompanhamento da proposta do
contaminantes em Sedimentos Marinhos associados a vazamentos
trabalhos realizados pelo grupo envolvido no projeto ECO2Mar
artigos relacionados e busca por conhecimento terico na rea
pretende avaliar o impacto das prticas de explorao de petrleo
de Santos, mais especificamente da regio de Santos (SP).

projeto : Efeito do CO2 sobre a biodisponibilidade de


de reservatrios petrolferos (ECO2Mar). Ao observar os
juntamente com as pesquisas bibliogrficas, leitura de
em questo, foi elaborada a proposta de projeto que
da reserva pr-sal nos ecossistemas marinhos da Bacia

Resumo do projeto
A extrao petrolfera da camada pr-sal, de alta profundidade, se torna mais eficiente com o auxilio do mecanismo
de injees do CO2, retirado da prpria reserva, que pressuriza os poos fazendo com que o material se torne liquefeito e
mais fcil de ser extrado. O mecanismo de re-injeo de CO2 pode ser passvel de vazamentos do gs para a gua do
mar. Caso haja esse vazamento, o CO2 dissolve-se na gua e promovendo a reao que libera ons hidrognio e forma
cido carbnico, diminuindo o pH da gua, tornando-a um meio acidificado.
A acidificao impacta os contaminantes j presentes na gua
como, por exemplo, os metais provenientes de
efluentes industriais e residenciais. Esses metais so mercrio (Hg), cdmio (Cd), chumbo (Pb) entre outros. Eles
apresentam diferentes nveis de toxicidade em diferentes faixas de pH. Em meio cido, os metais tornam-se mais txicos e
consequentemente mais nocivos aos organismos marinhos. Sero selecionados alguns organismos especficos que melhor
se adequarem ao experimento para verificar como eles respondem toxicidade desses metais nas diferentes faixas de pH.
O objetivo do projeto avaliar os impactos da acidificao da gua do mar devido ao eventual vazamento de CO2
durante o processo de extrao do petrleo da reserva pr-sal e as conseqncias dessa acidificao no ecossistema
marinho da regio da cidade de Santos (SP), pertencente Bacia de Santos.
Resultados esperados
Para o projeto, o resultado esperado que se confirme que acidentes que liberem CO2 no processo de explorao
do petrleo pr-sal afetam diretamente o ecossistema das regies prximas ao ponto do vazamento.
Agradecimentos
CAPES pela bolsa concedida, UNIFESP e aos professores que colaboraram para a elaborao do projeto.
Participantes:

Discente: Nathalia Clyo Rizzo de Freitas Neves

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rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Adelia Maria Narciso
Ttulo: Preparao, caracterizao e avaliao da ao antibacteriana de
nanopartculas polimricas doadoras de xido ntrico
Palavras-Chave: xido ntrico; nanopartculas polimricas; mastite bovina; ao bactericida; alginato; qu
A molcula endgena de xido ntrico (NO) apresenta grande importncia biomdica pois controla vrios processos
fisiolgicos, como o controle do tnus vascular, a inibio da adeso e a agregao plaquetria, a promoo e acelerao
da cicatrizao cutnea, e em altas concentraes possui ao citotxica contra patgenos, como as bactrias. Como o NO
um radical livre, no meio biolgico existem diversas espcies capazes de inativ-lo. Tiis (RSH) de baixa massa molecular
so facilmente nitrosados formando os S-nitrosotiis (RSNOs), os quais atuam como carregadores e doadores de
NO.Devido s aes biomdicas do NO, existe uma grande interesse no desenvolvimento de veculos carregadores e
doadores de NO. Diversas estratgias vm sendo desenvolvidas para obteno de plataformas de liberao de NO para
aplicaes biomdicas. Uma estratgia promissora que vem sendo utilizada a combinao de nanopartculas com
doadores de NO (como os RSNOs). Esses sistemas apresentam grandes chances de sucesso de uso como carregadores e
liberadores de NO em meio biolgico. Nesse trabalho, nanopartculas polimricas biodegradveis e biocompatveis de
alginato/quitosana foram escolhidas para encapsulao de doadores de NO (RSNOs),visando aplicaes biomdicas.
Alginato e quitosana so polmeros utilizados como veculos de liberao controlada de diferentes frmacos.Nanopartculas
polimricas foram preparadas na proporo de 0,75 alginato/quitosana, seguindo o mtodo da gelificao reversa.
Dois
tiis de baixa massa molecular, o cido mercaptosuccnico (MSA) e o cido dimercaptosuccnico (DMSA), foram
encapsulados nas nanopartculas de alginato/quitosana. Os grupamentos tiis (SH) presentes nessas molculas foram
nitrosados, atravs da adio de quantidade equimolar de nitrito de sdio, gerando nanopartculas contendo MSA-NO e
DMSA-NO, os quais atuam como doadores de NO. As nanopartculas foram caracterizadas por medidas de espectroscopia
de correlao de ftons e microscopia eletrnica de varredura. Os resultados mostraram que as nanopartculas
apresentaram um tamanho mdio de 300 nm, monodispersividade, formato quadrangular/retangular e carga superficial
positiva em torno de + 10 mV. As nanopartculas se mostraram estveis em soluo aquosa por vrias semanas. A ao
bactericida de nanopartculas de alginato/quitosana contendo MSA-NO (em diferentes concentraes) foram avaliadas
contra amostras de Staphylococcus aureus resistente a vrios antibiticos e causadora da mastite bovina, doena crnica
que afeta a produo mundial de leite. Os resultados mostraram que nanopartculas de alginato/quitosana contendo
MSA-NO apresentaram um valor de concentrao inibitria mnima (MIC) de 250 g/mL, aps 12 horas de incubao em
cultura contendo Staphylococcus aureus. Alm disso, o valor da concentrao bactericida mnima (MBC) obtido foi de 500
g/mL, aps duas aplicaes (tempo 0 e 12 h) das nanopartculas doadoras de NO em um tempo total de 24 h. Esses
resultados promissores indicam que nanopartculas polimricas de alginato/quitosana doadoras de NO poderiam ser usadas
no combate s bactrias resistentes no tratamento e preveno da mastite bovina.
Participantes:

Orientador: Profa. Amedea Barozzi Seabra


Docente: Prof. Gerson Nakazato
Docente: Profa. Renata Katsuko Takayama Kobayashi
Discente: Nidia Ayumi Kitice
Discente: Viviane Ferreira Cardozo

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rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Amanda Regina da Cunha
Ttulo: OBTENO DE SILICATO DE CLCIO PELO MTODO DA RPLICA
Palavras-Chave: Scaffold cermico, mtodo da rplica, silicato de clcio poroso.
OBTENO DE SILICATO DE CLCIO PELO MTODO DA RPLICA
Amanda Regina da Cunha, Eliandra de Sousa Trichs
Laboratrio de Biocermicas, Instituto de Cincia e Tecnologia, Universidade Federal de So Paulo, So Jos dos
Campos (SP), Brasil
Resumo: Na engenharia tecidual, as cermicas porosas so utilizadas como scaffolds, os quais tm a funo de
promover o crescimento, a migrao e a adeso celular, podendo agir como substitutos temporrios do osso. Os materiais
utilizados para a fabricao de scaffolds cermicos podem ser: os fosfatos de clcio, os silicatos de clcio, wollastonita
(CaSiO3), entre outros. Um dos mtodos estudados para a produo dos scaffolds o mtodo da rplica, o qual consiste
na impregnao de esponjas polimricas com uma suspenso cermica, seguido do tratamento trmico para eliminar a
parte orgnica (esponja) e sinterizar a matriz cermica. O objetivo deste trabalho a produo de silicato de clcio poroso
pelo mtodo da rplica. A suspenso cermica foi obtida a partir do p comercial de silicato de clcio da marca Vetec,
sendo que foram testadas suspenses contendo diferentes teores de slidos(35%, 40% e 42,5%), adicionados de
PVA(acetato de polivinila) como ligante e poliacrilato de amnia como dispersante. As esponjas de poliuretano foram ento
impregnadas com as suspenses de silicato de clcio, e submetidas ao tratamento trmico (1250 C/2h). Foram utilizadas
esponjas de poliuretano com diferentes tamanho de poros (pequeno, mdio e grande). Como resultado, observou-se que a
suspenso feita com 40% de slidos foi mais adequada, pois permitiu um recobrimento homogneo dos filamentos
polimricos. . Outro ponto observado foi que as esponjas impregnadas duas ou trs vezes mostraram-se mais resistentes,
sendo ainda necessrio o ensaio mecnico para a confirmao deste resultado, j aquelas que foram impregnadas
somente uma vez se quebraram durante a sinterizao. As amostras de silicato de clcio poroso ainda sero caracterizadas
por difrao de raios X para a determinao das fases cristalinas formadas; microscopia eletrnica de varredura para
anlise da microestrutura e morfologia das amostras; mtodo de Arquimedes para a determinao da porosidade, alm dos
ensaios de compresso uniaxial para a determinao da resistncia mecnica.
Participantes:

Orientador: Eliandra de Sousa Trichs

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rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Bruno Leandro de Souza Dias
Ttulo: Otimizao de cimento sseo a base de [beta]-fosfato triclcico para o reparo
de defeitos crnio-maxilo-faciais
Palavras-Chave: cido fosfrico, DCPD, [beta]-TCP, cimento de fosfato de clcio, biomateriais
Resumo. Os cimentos sseos a base de fosfato de clcio so materiais cermicos que apresentam elevada
biocompatibilidade devido a sua composio qumica semelhante dos ossos, e bioatividade, promovendo a
osteoconduo. Com essas caractersticas,
possvel a utilizao destes materiais como implantes sseos, pois possuem
a habilidade de formar ligaes com o tecido hospedeiro sem causar rejeio. Entretanto, por apresentarem baixa
resistncia mecnica a aplicao cirrgica fica limitada a pequenos defeitos. Os cimentos de fosfato de clcio so materiais
constitudos por um p e um lquido, que, ao serem misturados formam uma pasta que endurece espontaneamente
temperatura ambiente ou corprea como resultado da precipitao de um ou vrios fosfatos de clcio. O lquido pode ser
gua ou solues aquosas de compostos de clcio ou fosfato. A proposta dessa pesquisa
foi estudar a
influncia de
aditivos a fase lquida para a produo de um cimento baseado no sistema [beta]-Fosfato Triclcio/cido Fosfrico ([beta]
-TCP/H3PO4), que produz hidrogeno fosfato de clcio dihidratado (DCPD). Para a fase lquida, foram preparados quatro
formulaes com cido Fosfrico em concentrao de 2 molL-1 contendo cido sulfrico 0,1 mol L-1 e/ou cido ctrico 0,08
mol L-1 em uma relao lquido p 0,80 mL/g . A fase slida
do cimento ([beta]-TCP) foi sintetizada previamente por
reao no estado slido de uma mistura 1:2 (molar) de CaCO3 e CaHPO4 a 1050C seguido de moagem em moinho de
bolas por 48 horas. Esta fase mais facilmente sintetizvel em relao ao [alfa] - TCP, o cimento produzido tambm mais
reabsorvvel pelo organismo. Os cimentos obtidos foram caracterizados quanto a resistncia a compresso, por difrao de
raios X (DRX), espectroscopia de infravermelho (FTIR)
e microscopia eletrnica de varredura (MEV) da superfcie de
fratura. A fase lquida contendo
cido sulfrico
0,1 molL-1 e cido ctrico 0,08 mol L-1 produziu cimentos com melhores
resultados quanto a resistncia mecnica e ser utilizada para a produo de um cimento final, utilizando a fase slida
([beta]-TCP ) submetida a moagem em alta energia a 250 rpm, por 2 horas com razo bola/p = 10:1. O cimento final ser
avaliado quanto a sua resistncia mecnica e, em seguida, caracterizado por difrao de raios X (DRX) e microscopia
eletrnica de varredura (MEV) da superfcie de fratura.
Participantes:

Docente: Mariana Motisuke


Discente: Bruno Leandro de Souza Dias

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rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Gabriela Moya Pereira
Ttulo: Estudo estatstico de doses equivalentes encontradas pelo protocolo SAR
alquota-nica
Palavras-Chave: datao; protocolo SAR; LOE; alquota nica
O presente projeto tem o objetivo de datar sedimentos atravs do mtodo da Luminescncia Opticamente
Estimulada (LOE) de cristais de quartzo, utilizando o protocolo de regenerao de alquotas nica (SAR).
Neste mtodo usado a LOE de cristais de quartzo e feldspato para datao, complementarmente ao mtodo do
C-14, que utiliza apenas amostras de origem orgnica. No Brasil, devido ao clima tropical e seu intemperismo, os stios
estudados nem sempre tm restos orgnicos que possam ser usados na datao por C-14, enquanto que cristais de
quartzo podem ser encontrados com abundncia em qualquer lugar. Este fato faz com que o mtodo de datao por LOE
seja amplamente utilizado no Pas.
O protocolo SAR vem sendo largamente empregado em casos de datao de amostras que no sofreram queima,
ou seja, cujo ?zero? da LOE ocorre a partir da exposio luz solar - que a maioria dos casos que ocorrem na
geocronologia. Utilizando este protocolo, podemos analisar a flutuao estatstica das idades de aproximadamente 20
alquotas de uma s amostra, atravs de histogramas de frequncias e o ?radial plot?, a fim de discutir a respeito de seu
processo e velocidade de deposio.
Para cada amostra de sedimento so obtidos ~20-40 idades. Posteriormente feito um estudo estatstico com esses
valores para determinar a idade correta. Entretanto, com o desenvolvimento da tecnologia, foi construdo um equipamento
capaz de medir a intensidade LOE de um gro de quartzo, atravs da estimulao tica obtida por um feixe de laser
extremamente colimado (SAR-Single Grain, gro-nico). Os pesquisadores datam em torno de 100-150 gros e processam
os resultados estatisticamente. A vantagem deste mtodo pode ser observada na diminuio das incertezas nos valores
das idades e por sua determinao da concentrao de istopos radioativos naturais nos sedimentos.
As 20 amostras de sedimentos coletados na regio Norte do Brasil tambm foram analisadas pelo mtodo de
regenerao, onde, a exceo de uma pequena poro para medida de LOE natural, todas as outras esto sujeitas ao
decaimento LOE atravs da exposio radiao solar, e ento irradiadas artificialmente com radiao gama regenerando
o crescimento da LOE, isto , ocasionando novamente defeitos e aprisionamento de cargas no cristal. Com as medidas
provenientes das amostras irradiadas em laboratrio, foi possvel construir a curva de calibrao do sinal luminescente em
funo da dose aplicada, e a interseco das curvas com sinal natural determina a Paleodose (P), isto , a dose acumulada
na amostra desde seu soterramento, algumas vezes chamada de dose equivalente (De).
Subsequentemente aplicao do protocolo SAR, a anlise estatstica dos valores das idades fora da mdia foram
desconsiderados, e a idade da amostra foi determinada. Isto se deve ao fato de que alquotas contendo gros de quartzo
que no foram zerados so eliminadas do clculo da idade. No caso do protocolo de Regenerao por Mltiplas Alquotas
(MAR), so usados em torno de aproximadamente 200 mg de quartzo para a determinao da idade, sem haver chance de
eliminao dos gros no zerados.
As idades auxiliaro em estudos geolgicos sobre a mudana na paisagem do local, contribuindo com a preservao
ambiental do mesmo.
Participantes:

Orientador: Sonia Hatsue Tatumi


Docente: Mrcio Yee

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rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Gabriela Paiva Magalhes
Ttulo: SNTESE DE FOSFATOS DE CLCIO
Palavras-Chave: Biomateriais, fosfatos de clcio, beta-fosfato triclcico, hidroxiapatita, pirofosfato de c
O nmero de pessoas com doenas e disfunes musculoesquelticas vem crescendo ao longo dos anos, tornando
necessrio o desenvolvimento de tecnologias para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. Assim, o uso de
biomateriais uma das alternativas mais promissoras para se tratar esse tipo de doenas e disfunes. Dentre os
biomateriais, os fosfatos de clcio tm sido mais utilizados devido suas propriedades bioativas, osteoindutoras,
osteocondutoras e sua degradao "in vivo", alm de permitir a adsoro de fatores de crescimento, biomolculas e
medicamentos. Devido as suas semelhanas de composio qumica com a matriz ssea, eles participam ativamente do
equilbrio inico entre o fluido biolgico e a cermica, apresentando habilidade para formar ligaes com o tecido
hospedeiro com ausncia de toxidade, respostas inflamatrias e tecido fibroso envoltrio. Os fosfatos de clcio podem ser
aplicados como peas densas de scaffolds, grnulos, microesferas. Devido importncia dos fosfatos de clcio, o objetivo
desse projeto foi determinar as temperaturas de sntese de alguns dos principais fosfatos de clcio utilizados para
tratamentos sseos. A metodologia empregada para a produo dos fosfatos de clcio foi a sntese por reao no estado
slido e por decomposio trmica. Os reagentes utilizados foram o carbonato de clcio (CaCO3) e o hidrogeno fosfato de
clcio (CaHPO4), variando a estequiometria de sntese de acordo com o fosfato de clcio desejado. Para a obteno do
beta fosfato triclcico (Beta-TCP), foi utilizada uma razo de 1:2, sendo sintetizado a 1050C por 6 horas em uma mufla. O
Beta-TCP foi ento modo em moinho de bolas por 48 horas. Para a hidroxiapatita (Ca10(PO4)6(OH)2 - HA) a razo foi de
4:6, a 800C por 2 horas e peneirado em peneira de 38 m, enquanto a de hidroxiapatita deficiente em clcio (Ca9(HPO4)
(PO4)5OH - CDHA) com uma razo de 3:6, sendo ento sintetizado nas mesmas condies que a HA. J o pirofosfato de
clcio (Ca2P2O7 - PP) foi obtido pela decomposio trmica do CaHPO4, sendo calcinado a 600C por 5 horas e tambm
foi peneirado. As amostras foram caracterizadas por difrao de raios-x, para determinar as fases cristalinas;
espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier, para saber os grupos funcionais presentes nas amostras; e
granulometria, para analisar o tamanho das partculas.
Participantes:

Orientador: Mariana Motisuke

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rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Gustavo Oliveira de Souza
Ttulo: Simulao Monte Carlo de gases rarefeitos
Palavras-Chave: Monte Carlo; Dinmica de Gs
O estudo da dinmica de gases pode ser feito atravs da mecnica dos meios contnuos, que considera que o gs
se comporta como um meio contnuo. Outro tratamento o da teoria cintica dos gases, que visa determinar as
propriedades macroscpicas de um gs atravs do estado do sistema formado pelas molculas que o compem. Este
mtodo leva em conta a composio microscpica dos gases e descreve a dinmica atravs de recursos estatsticos.
Sob a hiptese de o gs ser suficientemente rarefeito para que apenas colises moleculares binrias sejam
importantes, a equao de Boltzmann pode ser utilizada para descrever a dinmica do gs, fornecendo uma evoluo
temporal da distribuio de velocidades das molculas do gs. Uma vez conhecida tal distribuio de velocidades, as
principais propriedades macroscpicas do gs podem ser calculadas atravs de mdias apropriadas, tais como presso e
densidade. Esta distribuio de velocidades pode ser simulada utilizando mtodos estatsticos, como por exemplo DSMC
(Direct Simulation Monte Carlo), objetivo deste trabalho.
Participantes:

Orientador: Francisco das Chagas Carvalho


Discente: Gustavo Oliveira de Souza
Discente: Joo Victor Bateli Romo

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rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Jessica de Oliveira Silva
Ttulo: DEPOSIO DE FILMES FINOS DE SiC SOBRE LIGAS DE Ti-6Al-4V PELA
TCNICA MAGNETRON SPUTTERING
Palavras-Chave: Sputtering; Perfilometria; HIPIMS; Filme fino; Carbeto de Silcio; Ti-6Al-4V
O objetivo deste trabalho a anlise da espessura e da taxa de deposio de filmes finos de carbeto de silcio (SiC)
depositados
sobre a liga Ti-6Al-4V, sob diferentes condies experimentais, com a tcnica magnetron sputtering. O
sputtering consiste no bombardeamento inico para retirada de material do alvo (onde um disco de carbeto de silcio est
posicionado), arrancando suas molculas e fazendo-as aderirem superfcie da amostra, colocada em frente ao alvo. Na
configurao denominada magnetron sputtering ms so posicionados atrs do alvo, de maneira a produzir um campo
magntico, que ao interagir com o campo eltrico da descarga eltrica, promove um aumento na densidade de plasma e
consequentemente na taxa de deposio do filme.
A fonte de potncia eltrica utilizada nas deposies denominada HiPIMS (High Power Impulse Magnetron
Sputtering), que responsvel pela aplicao de uma tenso pulsada em curtos perodos de tempo (?s). A utilizao desse
tipo de fonte em sistemas de sputtering recente e propicia a produo de filmes altamente densos e cristalinos. No
presente trabalho trabalhou-se com trs valores de potncia mdia (200W, 300W e 400W), mantendo-se a presso de
trabalho em 5mTorr. O gs usado foi o argnio, com fluxo mantido em 20,0 scm. O substrato no foi aquecido nem
polarizado eletricamente e o tempo de deposio foi de 60 minutos para todas as amostras. Para cada valor potncia foram
realizadas duas deposies, sendo uma com a amostra posicionada a 155 mm do alvo e outra a 75 mm . A espessura dos
filmes depositados foi medida com um perfilmetro ptico e a partir desses resultados foi possvel calcular a taxa de
deposio dos filmes.
Este trabalho est sendo desenvolvido na Universidade Federal de So Paulo (UNIFESP), em parceria com o
Instituto Tecnolgico de Aeronutica (ITA), com o objetivo geral de se produzir camadas de proteo trmica em substratos
de titnio de uso aeronutico.
Participantes:

Discente: Jessica de Oliveira Silva

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rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Jssica Silva Marques
Ttulo: Estudo dos pr-tratamentos superficiais para obteno de revestimento com
boa aderncia e melhor acabamento
Palavras-Chave: revestimentos, pr-tratamentos, alumnio
Este projeto teve como principal objetivo analisar o melhor tipo de pr-tratamento para liga de alumnio 2024 T3,
entre os estudados foram: (1) Polimento mecnico: o corpo-de-prova (cp) da liga de Al foi levado para politriz onde foi
submetido a desbaste com lixas de CSi de granas 360 e 600, nessa sequncia. Para finalizar os cps foram polidos com
pasta de diamante (1m) em uma manta de tecido adequada para o alumnio; (2) Desengraxe com acetona: o cp foi levado
para o banho ultrasnico em acetona por quinze minutos, sem aquecimento; (3) Tratamento qumico alcalino: o cp foi
lavado com lcool e acetona antes de ser imergido em soluo 2,5% de NaOH por 30 segundos, a temperatura ambiente.
Todas as amostras, exceto a tratada com NaOH, foram lavadas com sabo neutro e gua destilada. Posteriormente foi seco
em corrente de ar quente. Os ensaios eletroqumicos foram obtidos no potenciostato PGSTAT 302N da marca
Metrohm-Autolab e realizados numa clula de trs eletrodos para amostras planas, em soluo naturalmente arejada e no
agitada de NaCl 0,1 mol L-1, temperatura ambiente. Como eletrodo de referncia foi utilizado um eletrodo de
Ag/AgCl/KClsat, como eletrodo auxiliar uma folha de platina com rea de 16,5 cm2 e cp's da liga Al com reas expostas de
1,0 cm2 utilizados como eletrodo de trabalho. O tempo para estabilizao do potencial de circuito aberto (Eoc) para os cp's
tratados foi de 1 hora. As tcnicas eletroqumicas empregadas foram: monitoramento do potencial de circuito aberto (Eoc x
tempo), espectroscopia de impedncia eletroqumica (EIS) e levantamento das curvas de Polarizao Potenciodinnica
(EP), ramos catdicos e andicos separadamente, em soluo de NaCl 0,1 mol L-1. Os resultados obtidos foram
comparados com anlise visual dos cps aps ensaios eletroqumicos. Alm do trabalho realizado em laboratrio, houve a
participao na palestra ministrada pelo Professor Fernando Galembeck, realizada pela Associao Brasileira de
Tratamentos de Superfcie em abril de 2013 com o tema "Nanotecnologia em Tratamentos de Superfcie - Triboqumica,
triboeletricidade e tribologia".
Participantes:

Orientador: Cristiane Reis Martins

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rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Joo Victor Bateli Romao
Ttulo: Simulao Monte Carlo de gases rarefeitos
Palavras-Chave: Monte Carlo; Dinmica de Gs
O estudo da dinmica de gases pode ser feito atravs da mecnica dos meios contnuos, que considera que o gs
se comporta como um meio contnuo. Outro tratamento o da teoria cintica dos gases, que visa determinar as
propriedades macroscpicas de um gs atravs do estado do sistema formado pelas molculas que o compem. Este
mtodo leva em conta a composio microscpica dos gases e descreve a dinmica atravs de recursos estatsticos.
Sob a hiptese de o gs ser suficientemente rarefeito para que apenas colises moleculares binrias sejam
importantes, a equao de Boltzmann pode ser utilizada para descrever a dinmica do gs, fornecendo uma evoluo
temporal da distribuio de velocidades das molculas do gs. Uma vez conhecida tal distribuio de velocidades, as
principais propriedades macroscpicas do gs podem ser calculadas atravs de mdias apropriadas, tais como presso e
densidade. Esta distribuio de velocidades pode ser simulada utilizando mtodos estatsticos, como por exemplo DSMC
(Direct Simulation Monte Carlo), objetivo deste trabalho.
Participantes:

Orientador: Francisco das Chagas Carvalho


Discente: Gustavo Oliveira de Souza
Discente: Joo Victor Bateli Romo

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rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Lucas Barbosa
Ttulo: OBTENO E CARACTERIZAO DE ? ? FOSFATO TRICLCIO POROSO
PELO MTODO DA RPLICA
Palavras-Chave: scaffold cermicos, mtodo da rplica, beta-fosfato triclcio poroso
Os biomaterias podem ser definidos como a combinao de materiais naturais ou sintticos que podem ser
empregados por um perodo de tempo para melhorar, aumentar ou substituir, parcial ou inteiramente, tecidos ou rgos. A
porosidade em um implante pode, isoladamente, diminuir a resistncia mecnica do material, porm a existncia de poros
com dimenses adequadas permitem, "in vivo", o crescimento do tecido sseo ocasionando o entrelaamento
tecido/implante aumentando a resistncia do material. O uso de biomateriais cermicos base de fosfato de clcio para
implantes se destacam, pois possuem biocompatibilidade e composio mineralgica semelhante a do tecido sseo. Estes
implantes podem ser aplicados em casos decorrentes do envelhecimento do tecido, ou at mesmo em fraturas e leses
visando reparao ou substituio temporria do tecido sseo. Alm da biocompatibilidade, o fosfato triclcio tem como
caracterstica ser bioativo e reabsorvvel "in vivo", dentre as fases - fase beta, fase alfa, fase super alfa ou alfa' e fase gama
- deste mineral a fase beta-TCP desperta maior interesse, pois apresenta estabilidade qumica e velocidade de reabsoro
mais adequada para aplicaes em implantes. Uma das formas de utilizao de biocermicas como implantes sob a
forma de scaffolds, suportes capazes de servir como substrato para o crescimento, proliferao e diferenciao celular,
promovendo a formao do tecido em trs dimenses. De acordo com o exposto tomou-se como objetivo deste trabalho
estudar a viabilidade da produo de beta-TCP poroso pelo mtodo da rplica, o qual com o uso de uma esponja polimrica
faz-se a impregnao desta com uma suspenso de beta-TCP, remove-se o excesso de suspenso na esponja e com o
auxlio de um secador secam-se as amostras, as quais posteriormente passam por um tratamento trmico. A obteno do
beta-TCP d-se por meio da reao no estado slido da mistura de CaCO3 (Synth) e CaHPO4 (Synth) na razo molar de
1:2 e calcinado a 1050 C por duas horas, posteriormente o p modo em moinho de bolas por 48 horas. A suspenso
cermica preparada, em meio aquoso, com 40% de teor de slido em volume de beta-TCP, utilizando como dispersante
poliacrilato de amnio e como ligante carboximetilcelulose (CMC), finalmente a suspenso desaglomerada em moinho de
bolas por 15 minutos. O tratamento trmico nas amostras tem por objetivo eliminar as cadeias polimricas - 450 C por uma
hora - e sinteriz-las - 1200 C por duas horas. Das caracterizaes realizadas, o beta-TCP caracterizado por difraes de
raios X e distribuio granulomtrica, as amostras so caracterizadas por difraes de raios X, microscopia eletrnica de
varredura, mtodo de Arquimedes para a determinao da densidade e porosidade e ensaios de compresso uniaxial.
Participantes:

Orientador: Eliandra de Sousa Trichs

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rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Paulo Ricardo Pamio Lopes
Ttulo: CAPTAO E CONDICIONAMENTO DE SINAL ELETROCARDIOGRFICO PARA
ANLISE POR REDE NEURAL ARTIFICIAL
Palavras-Chave: eletrocardiograma; rede neural artificial; aquisio de sinal bioeltrico; condicionament
Este trabalho est inserido em um projeto mais amplo intitulado "Simulador Computacional para Anlise e
Interpretao de Sinais do Eletrocardiograma e Animao Tridimensional do Corao" (Projeto Fapesp; auxlio regular; proc.
num: 2012/1505-6) em desenvolvimento no ICT. Este projeto mais amplo visa o desenvolvimento de um software para fins
didticos de animao tridimensional (3D) do corao, tendo como base a classificao do eletrocardiograma (ECG) a partir
do uso de uma rede neural artificial (RNA). Este novo recurso permitir uma abordagem mais anatmica, funcional e
didtica da anlise e estudo do Eletrocardiograma, pois disponibilizar ao profissional mdico ou educador a imagem do
corao em movimento, condizente com o ECG. Tendo em vista dar apoio implementao daquele projeto, o objetivo do
presente trabalho foi prover amostras apropriadas de sinais do ECG para que as mesmas pudessem ser adequadamente
utilizadas como entrada na RNA. Para isto, foram feitos: 1- estudos da origem do ECG e do processo de sua captao por
instrumentos eletrnicos e 2- avaliao e testes em bancada de um sistema de aquisio de sinais bioeltricos comercial
(ADinstruments PowerLab 4/35) e do software comercial ADinstruments LabChart). Visava-se num primeiro momento a
obteno de ECG com qualidade suficiente para medio da frequncia cardaca. Os resultados dos testes em bancada
(registros pilotos de ECG) mostraram que a frequncia cardaca, obtida a partir da medio do intervalo R-R do
eletrocardiograma (derivao II) na condio de repouso, variou, no perodo de 300 segundos, de 72 a 80 batimentos por
minuto (bpm). Imediatamente aps caminhar por 10 minutos (exerccio fsico moderado), a frequncia cardaca foi de 104
bpm, diminuindo durante o descanso, atingindo valor mnimo de 80 bpm aos 210 segundos e 86 bmp aos 300 segundos.
Estes sinais, embora ainda possam ter sua qualidade melhorada em termos de rudo e flutuao da linha de base, j esto
sendo utilizados e processados pela RNA. No momento, estamos estudando os diferentes mtodos de filtragem e
acondicionamento de sinal de ECG disponveis no sistema de aquisio de sinais bioeltricos. Visa-se melhorar a qualidade
do sinal de ECG captado, compondo um conjunto padro de filtros de sinal que possam torn-los mais adequados anlise
pela RNA. Conclumos que nestes testes experimentais foi possvel adquirir a experincia e a maturidade cientficas para a
aquisio de sinais bioeltricos reais. As amostras de sinais eletrocardiogrficos experimentais mostraram-se apropriadas
para uso na RNA em desenvolvimento.
Participantes:

Orientador: Carlos Marcelo Gurjo Godoy

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rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Rafael Belo Da Silva
Ttulo: Processamento de Termoplsticos
Palavras-Chave: Termoplsticos,Engenharia,Materiais,Fibras,Calandra,Drais,
Este trabalho vinculado ao Programa Jovens Talentos para a Cincia foi realizado em 5 etapas. Na primeira foram
apresentadas as ferramentas de metodologia cientfica adequada para reviso de artigos cientficos sobre a utilizao de
alguns resduos agrcolas na produo de termoplsticos principalmente o bagao da cana de acar. Na sequncia foi
desenvolvido um cronograma para acompanhamento das atividades da aluna de mestrado, Renata Barros, do PG-CTS,
para extrao e tratamento de fibras de bananeira, in natura e tratada com soluo de NaOH, para uso em compsitos de
elastmeros termoplsticos. Adicionalmente, aproveitou-se a oportunidade para participao do evento de Compsitos,
Poliuretanos e Plsticos de Engenharia (FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR) realizada na Expo Center Norte em 8 de
novembro de 2012, conhecendo e visualizando vrios equipamentos em funcionamento.
Tambm acompanhou a instalao, treinamento e normas de segurana para uso do equipamento Calandra para
Termoplsticos presente no Laboratrio didtico de Cincia e Engenharia de Materiais (CEMat- Curso de Engenharia
Qumica), sendo responsvel pela confeco do manual do equipamento. Posteriormente, teve oportunidade de visitar a
empresa responsvel pela fabricao da calandra, MH Equipamentos na Vila Galvo (SP). Nesta empresa visitou o show
room e acompanhou demonstrao do uso do equipamento Drais (homogeneizador de alta rotao) para disperso e
mistura com pigmentos e diversos aditivos, assim como o uso da prensa com aquecimento e resfriamento. Os resultados
preliminares das atividades com o tema Processamento de polmeros termoplsticos (PEAD e PEBD) a partir de tcnicas
utilizadas em indstrias de processamento de plsticos, ainda no esto finalizadas, pois houve um atraso na entrega dos
termopares de temperatura da prensa. Em breve estar sendo realizada a preparao dos corpos-de-prova destes
termoplsticos e treinamento na mquina de ensaio de trao existente no Laboratrio de Manufatura Mecnica e Materiais
(LMM&M), para avaliao e comparao das propriedades mecnicas.
Participantes:

Orientador: Cristiane Reis Martins


Discente: Renata Barros

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rea: Exatas - Fisica e Matemtica
Autor: Rodolfo Jordo
Ttulo: Sobre Modelos Alternativos Para o Problema de Roteamento
Palavras-Chave: otimizao, modelos matemticos, problema de roteamento
Um modelo alternativo ao tradicional usado para o problema de roteamento em otimizao estabelecido e sua
correspondncia com o tradicional demonstrada. testes computacionais so feitos e constatam a demonstrao feita
anteriormente alm de mostrar a diferena de custo computacional entre ambos, suas vantagens e desvantagens.
Participantes:

Orientador: Luiz Leduno Salles Neto


Orientador: Washington Alves Oliveira
Discente: Rodolfo Jordo

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rea: Exatas - Fisica e Matemtica
Autor: Sara Robert Nahra
Ttulo: Misturas Binrias
Palavras-Chave: Mistura binria, gua, metanol, cloroformio, dmso
Congresso de Iniciao Cientfica
Resumo do Projeto
Misturas binrias so muito utilizadas para fins industriais. Tais misturas geralmente apresentam propriedades
fsicas e qumicas distintas das propriedades de seus constituintes puros. Sabe-se que alguns lquidos conseguem se
misturar e outros no. Em muitos casos, dois lquidos se misturam para temperaturas elevadas e se separam para baixas
temperaturas.
Neste trabalho realizamos estudos de simulao de dinmica molecular para investigar as propriedades estruturais,
energticas e dinmicas de misturas entre gua e solventes orgnicos. As misturas estudadas aqui foram gua-metanol,
gua-DMSO e gua-clorofrmio. Lquidos puros foram simulados tambm para servirem de base para comparaes
estruturais e dinmicas. As simulaes foram realizadas no ensemble NPT em temperatura e presso ambiente. A
concentrao escolhida para as simulaes foi de 50%. Todas as simulaes foram realizadas por 1 ns alm do intervalo de
equilibrao.
As propriedades analisadas foram a entalpia de vaporizao, a densidade, volume, funes de distribuio radial
(RDFs) e coeficiente de difuso.
Nossos resultados para os lquidos puros mostraram um bom acordo com resultados experimentais bem como
resultados previamente simulados. Para as misturas encontramos valores condizentes com os valores previamente
simulados.
Este trabalho permitiu um primeiro contato com as tcnicas de simulao computacional, em especial a dinmica
molecular.
Participantes:

Discente: Sara Robert Nahra


Discente: Lara Robert Nahra

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rea: Exatas - Informtica e Cincias da Computao
Autor: Daniel Renato Oliveira Salgado
Ttulo: Curso Python e Projeto sobre Redes Complexas
Palavras-Chave: python, redes, grafos
Criar um curso prtico, usando a linguagem Python, que sirva de introduo s linguagens de programao e auxilie
no entendimento desse assunto visto que pessoas no familiarizadas com computao tem grandes chances de apresentar
dificuldade em cursos mais avanados. O projeto de redes complexas visa compreender a interao entre componentes
que interagem em sistemas dinmicos.
Participantes:

Orientador: Arlindo Flavio da Conceio

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rea: Exatas - Informtica e Cincias da Computao
Autor: Magno Lamas Oliveira
Ttulo: Projeto de banco de dados de equipamentos.
Palavras-Chave: Banco de dados, SQL, Java
Em uma universidade diversos equipamentos so adquiridos e instalados em laboratrios de pesquisa ou ensino.
de extrema importncia para uma universidade ter um controle sobre os equipamentos que possui, suas caractersticas e
localizao fsica. Portanto, existe uma necessidade de um sistema que permita a realizao de consulta a estes dados.
Atualmente o cadastro destes dados realizado em uma planilha eletrnica por um nico funcionrio. Desta forma,
os dados ficam centralizados em um nico local e o acesso a estes dados de difcil acesso. Alm disso, toda vez que um
novo equipamento comprado este deve ser informado para o funcionrio responsvel pelo cadastro, que muitas vezes
no tem conhecimento tcnico sobre o equipamento e cadastra apenas as informaes bsicas.
Um sistema de banco de dados a soluo mais adequada para este problema. Com este sistema, professores e
pesquisadores podero consultar os equipamentos existentes na universidade e sua localizao.
Participantes:

Orientador: Daniela Leal Musa

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rea: Exatas - Informtica e Cincias da Computao
Autor: Murilo Flores Alves Pereira
Ttulo: Ordem de Teste de Componentes, Classes e Mtodos de um Programa
Orientado a Objetos
Palavras-Chave: Teste de software, orientao a objetos
Programas orientados a objetos utilizam os conceitos de classes e mtodos. Essas classes podem ter relaes de
dependncia entre si tais como herana, agregao e associao. Os mtodos tambm podem invocar outros mtodos,
seja da mesma classe ou de classes distintas. A partir disso, surgem as relaes de dependncia interclasse e intraclasse
de um programa orientado a objetos. Esses programas tambm podem ser modularizados em forma de componentes de
maneira que cada um possua suas interfaces de entrada para as funcionalidades requisitadas de outros componentes e
suas interfaces de sada para as funcionalidades disponibilizadas para outros componentes.
No desenvolvimento de programas orientados a objetos e baseados em componentes, usualmente realiza-se a
atividade de teste sem uma definio da ordem em que os componentes bem como as classes e seus mtodos sero
testados. Essa ordem de teste para componentes, classes e mtodos importante para auxiliar o testador na escolha por
quem iniciar os testes. mais fcil testar primeiro o componente mais independente que no requer funcionalidades de
outros componentes do que um componente que requer funcionalidades de vrios componentes que podem no ter sido
testados ainda. Classes mais independentes, que no possuem relaes de dependncia com outras classes ainda no
testadas tambm so mais fceis de testar que, por exemplo, uma classe com relao de agregao que ainda no tenha
sido testada. Um mtodo, que no invoque outro mtodo, seja da mesma classe ou de classe distinta, mais fcil de ser
testado do que um mtodo que invoque outros mtodos.
O incio do teste com um componente A que requeira funcionalidades de um componente B ainda no testado exige
o desenvolvimento de um componente simulado C, ou seja, um componente stub que simule o comportamento requerido
pelo componente A a ser testado. Alm do esforo para o desenvolvimento de um stub, isso tambm gera retestes, pois no
momento em que o componente B for testado, o componente A dever ser retestado para garantir que funciona
corretamente com o componente B real e no mais com o seu stub.
Stubs e retestes tambm so necessrios em classes testadas que sejam dependentes de classes ainda no
testadas. O incio do teste com uma classe A que dependa da classe B ainda no testada gera a necessidade de
desenvolver uma classe C que simule o comportamento da classe B ainda no testada. Esse teste com o uso de um stub
gera, posteriormente, um reteste da classe A com a classe real B aps testada. Testar uma classe significa testar os seus
mtodos. Logo, os mtodos tambm devem possuir uma ordem de testes que reduza a quantidade de stubs e retestes
feitos.
Considerando tal contexto, neste trabalho ser apresentada a implementao na linguagem JAVA de um algoritmo
que permita o planejamento da atividade de teste do programa orientado a objetos que seja baseado em componentes. O
propsito fornecer a ordem de teste de componentes, classes e mtodos de maneira que reduza os esforos na
construo de stubs e na realizao de retestes.
A implementao ser feita em JAVA utilizando conhecimentos de estruturas de dados das disciplinas de Lgica de
Programao e Algoritmos e Estruturas de Dados I, tais como ponteiros, listas e arquivos.
Participantes:

Discente: Murilo Flores Alves Pereira

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rea: Exatas - Qumica
Autor: Elaine Fernandes de Morais
Ttulo: Investigaes sobre a Reatividade de Extratos Aquosos e Metanlicos de
Sementes de Cumaru (Dipteryx odorata) frente a radicais ABTS.Palavras-Chave: Cumaru, reatividade, radicais ABTS.O cumaru (Dipteryx odorata) uma leguminosa pertencente famlia Fabacea, tambm conhecida como
amburana-de-cheiro, cumaru-verdadeiro e cumaru-do-Cear, com ocorrncia natural no Nordeste ao Brasil Central. Seu
valor comercial se d pelo uso de sua madeira e sementes, sendo estas ltimas constitudas de cumarinas, isoflavonas e
outros compostos fenlicos, fato que as torna promissoras como fontes de antioxidantes naturais. Este trabalho apresenta
os resultados de estudos sobre a reatividade de extratos brutos aquosos e metanlico de sementes de cumaru frente aos
radicais livres 2,2-azinobis (3-etilbenzotiozolina-6-sulfonato) (ABTS.-), visando avaliar a potencialidade dos referidos
extratos na reduo de radicais livres.
Sementes de cumaru, adquiridas no comrcio local de Braslia, foram trituradas em moinho de facas a fim de
preparar os extratos, os quais foram obtidos atravs da extrao assistida por ultrassom durante 15 minutos. Foram
empregados 5,0 gramas das sementes trituradas e 50,0 mL dos diferentes solventes (gua e metanol). Os extratos foram
filtrados, armazenados em tubos Falcon e guardados em geladeira para posteriormente serem utilizados nos ensaios de
reatividade.
Os ensaios de reatividade foram realizados por espectroscopia de absoro no UV-vis, monitorando a reduo dos
radicais aninicos ABTS.-, que absorvem no visvel (728 nm = 15000 mol-1.L.cm-1), aos nions ABTS-2, que so incolores.
A reatividade dos extratos de cumaru frente ao ABTS.- foi comparada de uma soluo aquosa 1,92 mol.L-1 de Trolox
(6-hidroxi-2,5,7,8-tetrametilchroman-2-cido carboxlico), um anlogo hidrossolvel da vitamina E, muito utilizado como
antioxidante padro.
Decaimentos representativos da absorbncia em 728 nm, caracterstica dos radicais ABTS.-, em funo do volume
de extrato metanlico adicionado mostram que os radicais so reduzidos por um ou mais compostos do extrato de acordo
com um decaimento exponencial de segunda ordem, constitudo de uma etapa rpida, caracterizada por um tempo de
decaimento T1, e uma mais lenta, caracterizada por T2. Ambos os tempos de decaimento decrescem com o aumento do
volume de extrato adicionado, indicando que as etapas rpida e lenta so dependentes da dose do extrato. Enquanto o
Trolox reduz os radicais nos primeiros 4 segundos de reao, segundo um decaimento monoexponencial, a reduo pelos
extratos aquosos e metanlicos de cumaru mais lenta.
A partir dos decaimentos, foi possvel construir curvas de concentrao de radicais ABTS.-reduzidos em funo dos
volumes adicionados dos extratos e da soluo aquosa de Trolox, que mostram que os extratos metanlicos e aquosos de
sementes de cumaru so mais eficientes na reduo dos radicais ABTS.- que a soluo de Trolox a 1,92 mol.L-1, o que
est relacionado presena de compostos fenlicos, (como o j identificado cido clorognico), flavonoides, e cumarinas
nos extratos. O cido clorognico puro, por exemplo, reagem rpida e eficientemente com os radicais ABTS.-, podendo a
presena deste cido nos extratos estar relacionada etapa rpida da reduo dos radicais. Por outro lado, a cumarina
pura (1-benzopirano-2-ona) reage com ABTS.- lentamente e com baixa eficincia, podendo sua presena nos extratos estar
relacionada etapa lenta do processo de reduo do ABTS.-.
Estudos em andamento, relativos identificao dos componentes dos extratos aquosos e metanlicos, bem como a
obteno, quantificao e caracterizao da composio qumica dos resduos secos dos mesmos, permitiro uma anlise
mais aprofundada da reatividade dos extratos das sementes de cumaru.
Participantes:

Orientador: Maria de Lourdes L. de Moraes


Docente: Daniel Rettori
Docente: Carolina Vautier-Giongo
Discente: Neivan R. N. Silveira

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rea: Exatas - Qumica
Autor: Flavia Rodrigues Braz
Ttulo: Perfil de metablitos secretados de plaquetas humanas aps a ativao por
trombina: desenvolvimento de estratgias de extrao e identificao
Palavras-Chave: identificao, metablitos, plaquetas
Este trabalho se insere dentro da rea da metabolmica, definida como a anlise qualitativa e quantitativa de
molculas de baixa massa molar (<1500 Da) presentes em sistemas biolgicos [1,2]. Essas molculas, conhecidas como
metablitos, so espcies orgnicas (aminocidos, cidos graxos, carboidratos, vitaminas, lipdeos, etc.) e inorgnicas.
Atualmente, as plataformas analticas e metodolgicas da metabolmica so aplicadas nas mais variadas clulas e fluidos
biolgicos, porm, pouca informao relatada a respeito de metablitos de plaquetas. As plaquetas humanas
desempenham um papel importante em trombose, hemostasia, inflamao e cicatrizao de feridas, sendo de elevada
importncia conhecer os metablitos envolvidos nestes fenmenos. Neste contexto, os objetivos do trabalho foram: a) obter
metablitos secretados por plaquetas humanas aps a ativao via trombina; b) utilizar a espectrometria de massas,
acoplada ou no com sistemas de separao (cromatografia lquida), como estratgia analtica para a identificao desses
metablitos; e c) comparar os mtodos utilizados na identificao utilizando a ferramenta PCA (do ingls, Principal
Component Analysis) - anlise de componentes principais, para as amostras tratadas com o agonista (trombina) e para as
plaquetas do grupo controle.
O sangue foi coletado de doadores declarados saudveis (sem a ingesto de medicamentos por, no mnimo, dez
dias), em soluo de ACD (cido ctrico 71 mmol/L, Citrato de sdio 85 mmol/L e Dextrose 111 mmol/L, preparada em gua
desionizada) na proporo 1:6 (ACD:sangue). A amostra de sangue era constituda de um pool de trs doadores,
retirando-se cerca de 20 mL de cada doador. Em seguida, foram obtidas plaquetas lavadas de acordo com um protocolo j
estabelecido [3]. As plaquetas lavadas foram contadas usando a cmara de Neubauer e microscpio tico, sendo diludas
para uma concentrao final de 7x108 plaquetas/mL em soluo conhecida como Tyrode com clcio (NaCl 137 mmol/L, KCl
2,7 mmol/L, NaH2PO4 3 mmol/L, MgCl2 1 mmol/L, HEPES 10 mmol/L, dextrose 5,6 mmol/L e CaCl2 2 mmol/L). As
plaquetas foram induzidas a agregao aps a incubao com trombina por 10 minutos a 37C, sob agitao. A
concentrao de trombina foi otimizada a fim de obter uma agregao plaquetria superior a 80%. Os ensaios de
agregao foram realizados utilizando um agregmetro Chronolog modelo 490, com quatro canais (Havertown, EUA). A
seguir, as amostras foram imediatamente resfriadas, em banho de gelo, por 5 min e centrifugadas a 13000 rpm por 1
minuto. Para comparao, foram realizados experimentos controle seguindo as mesmas condies, porm, adicionando-se
soluo tampo de fosfato 0,1 mol/L pH 7,2 no lugar da trombina. O precipitado foi descartado e o sobrenadante foi
submetido a um processo de remoo de protenas utilizando a adio de 8 volumes de acetona mais 1 volume de metanol
(resfriados). Esta mistura foi incubada por 16 horas -18C e, em seguida, centrifugada por 15 min a 4500 g em 4C. As
protenas foram descartadas e o sobrenadante foi seco utilizando um concentrador do tipo speed-vac (CHRIST, modelo
RVC2-18, Osterode, Alemanha). As amostras foram ressuspensas em 50 L de cido frmico 0,1 % (v/v) e injetadas
diretamente no espectrmetro de massas ESI-Q-TOF MS Premier Waters Micromass (do ingls, Electrospray
ionization-Quadrupole-Time-Of-Flight Mass Spectrometer, Manchester/ Inglaterra). A varredura de m/z (massa/carga) para
os espectros de MS foi efetuada de 50-1500 Da, utilizando o modo de ionizao positivo (ESI+) e a voltagem do capilar em
4 kV. Os sinais de m/z foram adquiridos por 1 min aps a sua estabilizao. Alternativamente, tambm foi avaliada a
identificao dos metablitos por LC-MS/MS, utilizando o mesmo espectrmetro citado anteriormente, porm acoplado ao
cromatgrafo lquido nanoACQUITY UPLC (do ingls, Ultra Performance Liquid Chromatography, Manchester/Inglaterra).
A separao cromatogrfica ocorreu a 35 C durante 30 min, utilizando uma coluna nanoAcquity UPLC BEH130 C18 de
100 m x 100 mm x 1,7 m (Waters, Milford, EUA). O gradiente utilizado a uma vazo de 0,5 L/min era composto por
gua(A):acetonitrila(B), sendo 0-1 min a 3% de B, 1-18 min a 80% de B, 18-28 min a 97% de B, 28-29 mim a 3% de B
permanecendo nessa concentrao por 1 min. Os parmetros do espectrmetro de massas utilizados na estratgia por
LC-MS/MS foram estabelecidos conforme citados anteriormente.
A concentrao de trombina foi fixada em 4 nmol/L para 400 L de volume de plaquetas (7x108 plaquetas/mL),
garantindo uma agregao superior a 80%. O espectro de massas obtido por ambos os conjuntos de amostras (controle
versus tratado com trombina) foram comparados visualmente, porm, no se observou uma diferena entre os dois grupos
em relao m/z identificadas tanto pelo mtodo de injeo direta no espectrmetro quanto separando os metablitos por
cromatografia lquida. Ferramentas quimiomtricas, tais como PCA, esto sendo utilizadas para identificar diferenas entre
os grupos.
[1] Dunn, W.B.; Ellis, D.I. Trends in Analytical Chemistry 24 (2005) 285.
[2] Nicholson, J.K.; Lindon, J.C. Nature 455 (2008) 1054.
[3] Yamashita, K.M.; et al. Journal of Thrombosis and Haemostasis 9 (2011) 2057.
Participantes:

Orientador: Aline Soriano Lopes


Docente: Solange Maria de Toledo Serrano
Docente: Heron Dominguez Torres da Silva
Discente: Flavia Rodrigues Braz
Discente: Ana Karina de Oliveira

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PROJETO Jovens Talentos


rea: Exatas - Qumica
Autor: Mariane Gatto
Ttulo: Avaliao de Propriedades Fsicas e Biolgicas de Curativos Comerciais
Palavras-Chave: curativos, queimaduras, propriedades
Filmes polimricos tm sido utilizados como curativos cicatrizantes para queimaduras e ferimentos. A preparao
destes filmes relativamente simples e requerem posterior caracterizao com relao s propriedades mecnicas e de
barreira. Uma vez determinadas estas propriedades, necessrio compar-las com os valores observados para os
curativos comercialmente disponveis no mercado, no entanto, extremamente difcil encontrar estas informaes na
literatura disponvel. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar as propriedades fsicas e biolgicas (in vitro) de dois
curativos comerciais: um curativo de poliuretano (Curativo A) e um curativo de celulose (Curativo B), ambos apresentados
na forma de filmes. A Permeabilidade ao Vapor dgua (PVA) e Capacidade de Movimentao de Fluido (Fluid Handling
Capacity) foram determinadas de acordo com o mtodo padronizado ASTM E96-00 e a norma britnica BS EM 13726-1,
respectivamente. Embora os curativos sejam compostos de polmeros distintos, a Permeabilidade ao Vapor dgua
praticamente no apresentou diferenas significativas entre os curativos. Ambos curativos apresentaram Capacidade de
Movimentao de Fluidos compatvel para aplicao em diversos tipos de feridas e queimaduras. Os testes
antimicrobiolgicos em meio lquido mostraram que os curativos comerciais no apresentam atividade antimicrobiana frente
aos microorganismos estudados (E. coli, S. aureus, P. aeruginosa). Os testes de citotoxicidade com fibroblastos Balb/c 3T3
mostraram que os ambos curativos reduziram viabilidade celular em cerca de 50%. Em uma prxima etapa, sero
realizados testes in vivo com um destes curativos.
Participantes:

Orientador: Classius Ferreira da Silva


Discente: Mariane Gatto

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PROJETO Jovens Talentos


rea: Exatas - Qumica
Autor: Quzia de Angelo Maranezi Camacho
Ttulo: SNTESE E RECOBRIMENTO DE NANOPARTCULAS MAGNTICAS DE XIDO
DE FERRO
Palavras-Chave: nanopartculas magnticas, slica, aplicaes biomdicas
SNTESE E RECOBRIMENTO DE NANOPARTCULAS MAGNTICAS DE XIDO DE FERRO.
Autores: Q. A. C. Maranezi e P. S. Haddad
Bolsista: Quzia de A. Maranezi Camacho
Orientador: Prof. Dr. Paula Silva Haddad Ferreira ? UNIFESP ? Campus Diadema Cincias Exatas e da Terra

Departamento de

O estudo de materiais nanoestruturados vem sendo intensificado com a perspectiva de se produzir sistemas com
propriedades nicas, atravs do desenvolvimento de novos mtodos de sntese e maior controle na obteno desses
materiais.
Devido s caractersticas que nanopartculas magnticas de xido de ferro (SPIONs) apresentam, como grande rea
superficial, monodomnios magnticos e tamanhos comparveis ou menores aos de clulas, h um vasto nmero de
aplicaes das SPIONs1-2 na rea mdica, dentre as quais podemos citar a marcao de clulas, carreadores de drogas,
o aumento do contraste em ressonncia magntica de imagem (RMI), e o uso em terapias fotoativas no tratamento do
cncer e doenas como malria, leishmaniose e tripanossomia.
O presente trabalho teve como objetivo a obteno de SPIONs em meio metanlico (MeOH) e posterior
funcionalizao de sua superfcie com slica pelo processo sol-gel, utilizando tetraortosilicato. (TEOS)3 como fonte de
silcio. Nanopartculas magnticas do tipo Fe3O4 foram sintetizadas pelo mtodo de coprecipitao a partir dos sais
FeCl3.6H2O e FeCl2.4H2O (razo molar 2:1) em soluo cida, utilizando o NH4OH como precipitante. Variaram-se as
razes volumtricas de metanol e base (NH4OH) utilizados na sntese, nas propores: 50, 25 e 12,5% (V:V).
Para o recobrimento com SiO2, foram adicionadas diferentes quantidades de TEOS, variando-se as razes molares
Si:Fe, s SPIONs
sintetizadas com a proporo de 25% de MeOH: NH4OH. As caracterizaes estruturais das SPIONs
foram realizadas atravs da difrao de raios X, mtodo do p (DRX). A morfologia antes e depois do recobrimento foi
verificada pela microscopia eletrnica de transmisso (MET). Foram feitas ainda medidas espectroscpicas atravs da
espectroscopia vibracional na regio do infravermelho (IV) e, finalmente, as caractersticas magnticas foram verificadas
atravs de medidas de magnetizao em um magnetmetro VSM.
Os resultados indicaram que as amostras possuem estrutura espinlio invertido caracterstica da magnetita (Fe3O4)
e que a amostra contendo a proporo de 25% metanol: base resultou na condio mais favorvel para o recobrimento com
o TEOS. Todas as amostras so esfricas e com tamanhos mdios, aps o recobrimento, de 16 nm. As anlises
espectroscpicas corroboraram o recobrimento da slica nas SPIONS, atravs das vibraes Si-O-Fe. As amostras
apresentaram comportamento superparamagntico, mesmo aps o recobrimento com SiO2, havendo uma diminuio do
valores de magnetizao a medida que a quantidade de slica aumenta. O conjunto de dados revela que estes sistemas so
potenciais veculos para o carreamento de drogas.
1. Haddad
PS, Martins TM.
DSouza-Li L,
Li ML, Metze K, Adam RL et al.
Structural and morphological
investigation of magnetic nanoparticles based on iron oxides for biomedical applications. Mater. Sci. and Eng.C 28:489-494,
2008.
2. Haddad,
P.S.,
Seabra,
A.B.:
?Biomedical
applications
of
magnetic
nanoparticles.
In:
Nadya
Gotsiridze-Columbus. (Org.). Iron Oxides: Structure, Properties and Applications (Nova Science Publishers, Inc., Nova York,
2012, vol. 1, 1st edn.), pp. 165?188
3.
Haddad, PS; Duarte, EL; Baptista, MS; Goya, GF; Leite, CAP; Itri, R. Shynthesis and Characterization of
Silica-Coated Magnetic Nanoparticles. Prog. Colloid. Polym. Sci, (2004), 128, 232-238.
Participantes:

Discente: Quzia de Angelo Maranezi Camacho

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PROJETO Jovens Talentos


rea: Exatas - Qumica
Autor: Sabrina Aparecida da Silva
Ttulo: QUANTIFICAO DE CUMARINA EM SEMENTES DE CUMARU (DIPTERYX
ODORATA)
Palavras-Chave: cumaru,cumarina,HPLC
O cumaru (Dipteryx odorata) uma rvore muito abundante na regio norte do Brasil e seu valor comercial se d
pela utilizao da sua madeira e das suas sementes. A semente do cumaru possui alta concentrao de cumarina (at 10%
em peso), sendo a mesma de alto valor comercial. A cumarina possui
ao antimicrobiana, antiviral, antiinflamatria,
antiespasmdica, antitumoral e antioxidante. O extrato aquoso obtido da casca do cumaru popularmente utilizado como
antiespasmdico e geralmente tnico. A cumarina possui um grande potencial de produo e mercado consumidor. Tanto
as sementes cristalizadas do cumaru (com alto teor de cumarina) quanto o leo extrado (leo de Tonka) so exportados
com alto preo.
Neste projeto foi feito um planejamento para a extrao de cumarina em sementes de cumaru (Dipterix dodorata).
Foi utilizado um modelo Simplex Centride com 3 variveis (solventes) a fim de se efetivar qual o melhor sistema de
solventes e a proporo dos mesmos para a extrao da cumarina. A extrao foi realizada utilizando a macerao com
sonicao por dez minutos, na proporo amostra:solvente de 0,5:10 (m/v). As sementes do cumaru foram modas e 0,5 g
da amostra foi submetida extrao em vrios sistemas de solvente de acordo com o planejamento fatorial. Foram
avaliados metanol, gua e acetato de etila e suas misturas. A quantificao foi realizada por HPLC com detector DAD a 274
nm. O uso de planejamento experimental para misturas muito interessante e permitiu encontrar o melhor sistema de
solventes e a proporo dos mesmos para a extrao de cumarina em sementes de cumaru. O sistema que proporcionou o
maior rendimento foi gua:metanol:acetato de etila na proporo 017:017:067, evidenciando a ao do acetato de etila na
extrao da cumarina, tendo em vista sua estrutura qumica e sua polaridade.
Participantes:

Orientador: Maria de Lourdes Leite de Moraes


Discente: Sabrina Aparecida da Silva

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rea: Exatas - Subrea: Engenharia e Materiais
Autor: Leticia Jabase
Ttulo: Efeito da adio de Ag nas transies de fase da liga Cu-11Al-10Mn
Palavras-Chave: Cu-11Al-10Mn, Cu-11Al-10Mn-3Ag, ligas metlicas, adio Ag, transies de fase
No projeto desenvolvido durante o perodo de vigncia da bolsa do programa Jovens Talentos foram efetuados
ensaios que contriburam para o estudo o efeito da adio de 3%Ag sobre as transies de fase da liga Cu-11%Al-10%Mn.
Essa proposta foi conduzida em parceria com um aluno de Iniciao cientfica e uma aluna de Doutorado. Na primeira etapa
do trabalho, as ligas (com Ag e sem Ag) j fundidas e com os corpos de prova prontos foram disponibilizados para a aluna.
Inicialmente os corpos de prova foram submetidos a um tratamento trmico de recozimento, que consiste em deixar a
amostra por 3,0 h a 850 oC, e depois resfri-la a 1,0 oC/min, com o objetivo de produzir as fases estveis do sistema e
aliviar a tenso resultante da produo dos corpos de provas. Em seguida as amostras foram mantidas por 1 h a 850 oC e
resfriadas em banho de gelo. Nesses corpos foram realizadas medidas de microdureza com a temperatura de tmpera a
cada 50 oC no intervalo de 50 a 850 oC. Assim, as amostras foram mantidas no forno na temperatura de interesse por 1 h e
depois resfriadas em banho de gelo. Em seguida, foram lixadas e polidas com alumina, para obteno de uma superfcie
adequada para a medida, e, ento, lavadas com gua. Para cada temperatura foram realizadas dez medidas de
microdureza, ou seja, cada ponto do grfico referente ao valor mdio dessas indentaes. A curva de variao da
microdureza com a temperatura possibilitou a verificao de uma alterao nesta propriedade mecnica em funo da
mudana de fase da liga e o efeito da Ag sobre as transies de fase.
Imagens obtidas por microscopia ptica, com objetivo de caracterizar as fases formadas com a variao da
temperatura, foram realizadas nas temperaturas de 850C aps o tratamento trmico inicial, e, na sequncia a 300 C, 400
C, 500 C e 700 C. Aps o tratamento trmico nas temperaturas citadas, as amostras foram submetidas ao mesmo
processo de polimento descrito para medidas de microdureza. Neste caso, o procedimento foi mais detalhado, sendo
tambm realizado um polimento fino com acetona em outro pano de granulometria menor. Aps isso, as amostras foram
quimicamente atacadas com uma soluo a base de FeCl3.6H2O, para revelar sua microestrutura. J atacadas, vrias
imagens com diferentes resolues foram obtidas.
As ligas foram submetidas a outro tratamento trmico denominado recozimento. Neste, as amostras so inicialmente
tratadas a 850C a vcuo, ou seja, a presso do forno reduzida previamente, por 3 horas, sendo depois resfriadas a
1,0C/min. Foram feitas medidas de microdureza e traou-se uma curva, seguindo-se o mesmo procedimento realizado no
tratamento de tmpera. As imagens de microscopia ptica foram obtidas seguindo o procedimento j citado, agora em
amostras inicialmente submetidas a recozimento e nas temperaturas de 200C, 400C e 650C.
Os grficos obtidos para os dois tratamentos trmicos utilizados (recozimento e tmpera) as micrografias pticas
obtidas e os demais resultados experimentais tm sido correspondentes s transformaes de fases previstas pelo
diagrama de equilbrio usado como referncia para o sistema estudado. Discusses mais aprofundadas ainda esto sendo
realizadas para formulao do relatrio completo.
Participantes:

Orientador: Ricardo Alexandre Galdino da Silva

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rea: Humanas
Autor: Doroth Nogueira de Assis
Ttulo: Refgio no Brasil: uma apropriao do tema
Palavras-Chave: Servio Social, Refugiados
Refgio no Brasil
Doroth Nogueira de Assis
Orientadora: ProfDr Sylvia Duarte Dantas
Universidade Federal de So Paulo ? Servio Social
Instituto Sade, Educao e Sociedade
Departamento Sade, Clnica e Instituies
O trabalho de cunho exploratrio voltou-se para a temtica do refgio no Brasil, rgos internacionais e polticas
sobre o mesmo.
Nos termos do direito internacional, refugiado todo aquele que se encontra fora de seu pas devido a temor bem
fundado de perseguio por razes de raa, religio, nacionalidade, participao em determinado grupo social ou defesa de
determinadas opinies politicas, e no pode ou no quer valer-se de sua proteo, ou aquele que fugiu do seu pas porque
sua vida, segurana ou liberdade estavam ameaadas por violncia generalizada, agresso estrangeira, conflitos internos,
violao massiva dos direitos humanos ou outras circunstncias que tenham perturbado gravemente a ordem pblica
(ACNUR, 1996).
A conjuntura internacional contempornea, caracterizada por conflitos e constantes mudanas polticas, torna
necessria uma profunda ateno populao refugiada. O Brasil conta com uma legislao considerada modelo para o
tema. A proteo jurdica do refugiado no Brasil se d por meio da Constituio Federal de 1988, que determina
indiretamente os fundamentos legais para a aplicao do instituto do refgio, bem como por meio da Lei n. 9.474/97 que
prev e regulamenta os mecanismos para a implementao do Estatuto dos Refugiados de 1951.
A bolsista dedicou-se a conhecer e apropriar-se da temtica, por meio de pesquisa bibliogrfica e participao em
eventos e discusses. As atividades desenvolvidas contemplaram:
- Reunies de discusso com a orientadora sobre o interesse na rea relativa ao tema refgio no Brasil;
- Durante todo o perodo da bolsa, leitura e fichamento de materiais pesquisados pela bolsista e indicados pela
orientadora sobre refgio e interculturalidade. Apropriao sobre normas e metodologias de trabalho cientfico.
Levantamento bibliogrfico sobre o tema refgio e sua conjuntura internacional.
- Ingresso como membro do Ncleo de Orientao Intercultural. Participao nas reunies do mesmo e envolvimento
em suas atividades. Estas reunies so quinzenais e realizam-se no Campus Baixada Santista, sendo voltadas para
discusso de temas pertinentes ao Ncleo, havendo apresentao de projetos de pesquisa em andamento e apresentao
de convidados.
- Participao em eventos e exposies relacionados ao tema, como o lanamento do livro ?Dilogos Interculturais:
O que somos e o que revelamos" em 4 de outubro de 2012 no MAC-USP, o evento realizado pelo CRP Baixada Santista, ?
Polticas pblicas para a sade indgena? em 24 de outubro de 2012 e a exposio ?Portinari? do Museu de Arte de So
Paulo Assis Chateaubriand, contemplando a srie ?Retirantes? em abril de 2013;
- Participao em reunio de preparo para Palestra-Oficina realizada para o ACNUR Brasil pela orientadora. A
orientanda contribuiu com informaes colhidas sobre a situao do refgio no Brasil em outubro de 2012;
- Participao como representante do Ncleo de Orientao Intercultural na reunio do Comit estadual para
Refugiados do estado de So Paulo em 30 de janeiro de 2013. Estavam presentes representantes de entidades estatais e
organizaes no governamentais de diversos setores da sociedade que lidam com a populao refugiada.
- Produo de um projeto de iniciao cientfica PIBIC, cujo recorte temtico foi realizado por meio desta imerso no
tema. O projeto dedica-se a realizar um estudo etnogrfico dos refugiados matriculados em universidades, em harmonia
com a Lei 9474/97 que prope que refugiados tenham acesso facilitado a instituies de ensino.
Referncias Bibliogrficas
ACNUR Brasil. Orientaes para os refugiados reconhecidos pelo Governo Brasileiro: Disponvel em :
<http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas/livretorefugiados.pdf > Acesso em: 1 de maio de 2013.
MILESI, R. ; NUEZ, I. Refugiados e Refugiadas no Brasil :Dados e Polticas Pblicas. Instituto de Migraes e
Direitos
Humanos.
Braslia,
Junho
de
2008.
Disponvel
em
http://www.migrante.org.br/IMDH/ControlConteudo.aspx?
area=001c1b0d-181f-450a-83fb-47915ce5f2eb
SANTANA, Carmem Lucia Albuquerque; Psicodinmica e Cultura: a implantao de um programa de sade mental
para refugiados em So Paulo. In: DeBiaggi, Sylvia (org.) Psicologia, Imigrao e Cultura. Casa do Psiclogo. So Paulo:
2004. pg 134-152.
Miura, I. ; Gonalves, G. O Papel da Organizao no Ajustamento do Expatriado. In: DANTAS, Sylvia (org.). Dilogos
Interculturais: Reflexes interdisciplinares e intervenes psicossociais.
So Paulo: 2012. Disponvel em <
http://www.iea.usp.br/pesquisa/grupos-de-pesquisa/dialogos-intelectuais/publicacoes/dialogosinterculturais.pdf
>
pgs
247-273
SAMPAIO, Cynthia de Albuquerque. Os Direitos Humanos como campo de conflito. A dialtica da afirmao e
negao dos direitos humanos na modernidade. : Servio Social e Direitos humanos: uma anlise sobre os refugiados no
Brasil. Relatrio final das atividades de Iniciao Cientfica ? UFPE/FACEPE/PIBIC: Recife, 2007.
Participantes:

Discente: Doroth Nogueira de Assis

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PROJETO Jovens Talentos


rea: Humanas
Autor: Tiago Passos Bechelli
Ttulo: Jovens Talentos: Passos do Trabalho Cincia
Palavras-Chave: Jovens Talentos; trabalho; Servio Social; ensino, pesquisa e extenso
A insero do estudante Tiago Bechelli no Programa Jovem Talentos para Cincia (JTC), se deu com a elaborao
de um plano de trabalho sob a orientao da Prof. Dr. Priscila Cardoso, tendo como eixo o tema ?Trabalho? e como
objetivo: Propiciar ao estudante a vivncia e conhecimento das vrias dimenses da vida acadmica, instrumentalizando-o
para que no perodo de sua formao possa aprofundar aes em pesquisa, ensino ou extenso de acordo com seus
interesses e aptides. A partir deste tema foram pensadas as atividades do bolsista organizadas em trs eixos a partir do
trip acima anunciado, entendido como dimenses indissociveis ao se pensar o ensino pblico superior.
No ensino o aluno acompanhou a monitoria na UC de Trabalho e Profisso junto ao 8 termo do curso de Servio
Social, o que propiciou entrar em contato com o cotidiano acadmico do ?ser docente?, tendo desenvolvido as seguintes
atividades:
? Acompanhamento das aulas no perodo noturno;
? Participao nas reunies semanais de orientao s monitoras desta UC (do Programa PROGRAD);
? Leitura e discutio dos textos abordados na UC.
Avalia-se que este foi o eixo menos desenvolvido diante do acmulo de atividades do discente no semestre,
funcionando realmente como acompanhamentos, sem a possibilidade de aes mais autnomas e propositivas.
Na pesquisa houve o acompanhamento e participao no Ncleo de Estudos, Pesquisa e Extenso sobre tica e
Trabalho Profissional (NEPETP) que se configura como ?um espao interdisciplinar de reflexo e investigao sobre o
Trabalho enquanto categoria ontolgica na compreenso do ser social e a tica enquanto capacidade humana de elevao
ao ser humano-genrico, promovendo um debate sobre as profisses, especialmente o Servio Social.?
Tal acompanhamento possibilitou que o estudante entrasse em contato com pesquisas em andamento (de iniciao
cientfica e Trabalhos de Concluso de Curso), realizasse estudos e debates ampliando seus conhecimentos tericos e
exercitasse a aplicao de pesquisa em campo, atravs do acompanhamento de projeto de extenso do mesmo Ncleo.
Foram desenvolvidas as seguintes atividades:
? Participao nos eventos e reunies do NEPETP;
? Conhecimento e apropriao das pesquisas em andamento no NEPETP;
? Elaborao de esboo de proposta de pesquisa para o PIBIC;
? Aplicao de questionrio, tabulao e anlise de dados na I edio da Feira RECICLART.
Na extenso o estudante foi inserido em projeto vinculado ao NEPETEP chamado RECICLART ? Feira de
Reciclagem e Talentos da Unifesp que ?visa desenvolver iniciativas que possibilitem a vivncia/experincia e reflexo crtica
dos valores relativos forma de produzir e consumir em nossa sociedade?, desenvolvendo 3 aes integradas: ?Feira
(exposio e venda de produtos produzidos artesanalmente e/ou reciclados - brech/sebo pela comunidade acadmica e
projetos sociais da regio - semestralmente), Debate (evento de dilogo entre tericos, pesquisadores e militantes na rea
do trabalho e tica - durante a feira) e Oficinas (com os expositores de cada edio da feira, possibilitando o
questionamento dos valores presentes na sociedade capitalista relativos ao processo de produo e comercializao, bem
como, a criao de novas sociabilidades no que diz respeito a este processo - mensalmente).?
O estudante acompanhou intensamente as atividades da I Feira em 2012 com 09 expositores e est no preparo da II
Feira a realizar-se em Junho/2013 com 23 expositores.
Sua insero se deu na realizao das seguintes atividades:
? Participao nas reunies da equipe no processo organizativo da Feira;
? Participao na definio dos critrios de seleo dos expositores;
? Participao na seleo dos expositores;
? Acompanhamento da Feira e do Debate nos dias de sua execuo;
? Preparao e acompanhamento das Oficinas;
? Realizao de contato com palestrantes para o debate;
? Contato com os expositores para estmulo de sua participao nas Oficinas;
? Organizao da infra-estrutura das trs atividades.
Avalia-se que neste eixo o estudante demonstrou maior interesse e identidade ao realizar as atividades, tendo
dedicado-se mais fortemente.
De modo geral, avaliamos que a forma como foi proposta insero no projeto, propiciou ao estudante uma viso
mais ampla do que a universidade, entendendo esta como um espao de formao que no se d apenas pelo ensino. A
aproximao com estes trs eixos possibilita formao de um profissional com condies de realizar sua interveno de
maneira crtica e reflexiva, tendo, desde seu primeiro ano de formao, a preparao na relao direta com a comunidade,
as reflexes tericas e a dimenso investigativa que compem o trabalho profissional. Dando sentido crtico formao
profissional e no tecnicista.
Ter elegido um tema central que aglutinou a insero nos trs eixos teve grande importncia no entendimento e
funcionamento de como eles se relacionam, abrindo um maior leque de possibilidades em todas as atividades.
Avaliamos que o JTC potencialmente representa um belo investimento no estudante em seu ingresso na
universidade, abrindo portas para o aprofundamento de seu envolvimento com a pesquisa, o ensino e a extenso.
Participantes:

Orientador: Priscila Cardoso

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rea: Medicina Aplicada
Autor: Isadora Lagreca Garrafa Cardoso
Ttulo: Experincias de mulheres vivendo com HIV/aids quanto gestao e ao
planejamento da vida reprodutiva
Palavras-Chave: Mulheres HIV positivas; Gestao; Planejamento Familiar
fato que muitas mulheres no Brasil ficam sabendo de sua positividade para o HIV nas consultas de pr-natal, ou
em decorrncia do aparecimento de doenas oportunistas, delas ou dos parceiros. Muitas daquelas que conhecem seu
status sorolgico positivo, permanecem sem planejamento familiar. A deciso de ter um filho em vigncia da infeco pelo
HIV influenciada por diversos fatores, sejam econmicos, psicossociais, culturais, de sade, entre outros.
O projeto visa avaliar a freqncia de mulheres que, sabendo-se portadoras do HIV, engravidaram inadvertidamente
ou que planejaram seus filhos; e compreender as concepes dessas mulheres sobre a recente gravidez e se as mesmas
modificaram o planejamento de futuras gestaes.
A discusso das vivncias relatadas sobre a gestao e planos de vida reprodutiva de mulheres vivendo com
HIV/aids, cujos filhos so acompanhados em servio universitrio especializado, pode auxiliar no desenvolvimento de uma
prtica de sade mais integral e contextualizada
Trata-se de um estudo retrospectivo, no-experimental, realizado no centro de Atendimento da Disciplina de
Infectologia Peditrica (CEADIPe) da Universidade Federal de So Paulo (UNIFESP). Todos os procedimentos seguem o
documento que regulamenta as condies para o desenvolvimento de pesquisa envolvendo seres humanos, tendo sido
aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa da instituio. Baseia-se em reviso de pronturios de 67 pacientes peditricos
e recolhimento de dados de um questionrio estruturado, respondido pelas mes durante a primeira consulta da criana ao
servio. Tal instrumento foi elaborado pela equipe do CEADIPe e utilizado rotineiramente desde 1994.
Participantes:

Orientador: Dr Daisy Maria Machado

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PROJETO Jovens Talentos


rea: Medicina Aplicada
Autor: Matheus de Oliveira Barros
Ttulo: ESTUDOS DE ANATOMIA TOPOGRFICA ATRAVS DE IMAGENS OBTIDAS DE
PEAS ANATMICAS (REGIO CERVICAL)
Palavras-Chave: anatomia; topografia; cervical; tridimensional
Este projeto prev o uso de peas anatmicas para o estudo da anatomia topogrfica de uma determinada regio do
corpo humano. Atravs de fotografias, visa-se aprofundar o conhecimento topogrfico do corpo humano, muitas vezes
perdido em atlas de anatomia, buscando mostrar as relaes entre diferentes estruturas, em ngulos e abordagens que
facilitem sua visualizao e o posterior estudo. A regio cervical do corpo humano est sendo abordada de forma que seja
possvel visualizar as relaes de profundidade entre as diferentes estruturas, permitindo uma anlise total da regio,
integrando os conhecimentos dos diversos sistemas que compe o corpo humano.
Participantes:

Orientador: Lus Garcia Alonso


Orientador: Alexandre Augusto Pinto Cardoso

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PROJETO Jovens Talentos


rea: Medicina Aplicada
Autor: Paola Marino Dantonio
Ttulo: Estudo da expresso do gene COX4NB em clulas mononucleares do sangue
perifrico de receptores de transplante renal
Palavras-Chave: COX4NB, expresso gnica, transplante renal
As clulas T regulatrias (Tregs) participam do controle da resposta imune atravs da inibio da ativao ou
supresso das clulas T efetoras. Existem dois subtipos de Tregs, as naturais, cuja maturao ocorre no timo, e as
induzidas, geradas na periferia. Dentre os mecanismos que podem levar induo de Tregs na periferia est o bloqueio da
sinalizao da via da mTOR. A rapamicina, que um inibidor dessa via, uma das drogas imunossupressoras utilizadas no
transplante renal. Estudo anterior realizado em nosso laboratrio sugeriu que a expresso aumentada do gene COX4NB
poderia ser um marcador de clulas Tregs induzidas pela rapamicina. Uma vez que este gene apresenta duas variantes de
mRNA, estudamos a expresso das mesmas em amostras de clulas mononucleares do sangue perifrico de receptores de
transplante renal tratados com esquema de imunossupresso incluindo rapamicina ou inibidores da calcineurina, com o
objetivo de investigar uma possvel relao entre a expresso de COX4NB e funo renal.
O estudo est sendo desenvolvido em duas etapas: a primeira consiste na padronizao e verificao da eficincia
das reaes e, a segunda, na quantificao da expresso gnica nas clulas mononucleares do sangue perifrico dos
pacientes. Os 67 pacientes includos no estudo foram divididos em dois grupos: 23 pacientes em uso de rapamicina
(inibidor da mTOR) e 44 pacientes em uso de ciclosporina ou tacrolimo (inibidores da calcineurina). Para avaliar a funo
renal utilizaremos o clearance de creatinina estimado, calculado com a frmula de Cockroft-Gault. Para a quantificao da
expresso gnica utilizamos a tcnica de PCR (polymerase chain reaction, ou reao em cadeira da polimerase)
quantitativo em tempo real, com primers especficos para cada variante e SYBR Green, no aparelho StepOneTM 2.2.2
(ambos da Applied Biosystems). Para verificar a presena de produtos inespecficos foi realizada a eletroforese em gel de
agarose. Os dados de expresso gnica sero analisados com o mtodo de quantificao relativa 2^-??Ct.
Inicialmente, testamos a concentrao ideal de primers para as reaes. Dentre as concentraes testadas (62,5
nM, 125 nM, 250 nM e 375 nM), a que apresentou a melhor amplificao do produto esperado sem a amplificao de
produtos inespecficos foi a de 125 nM. Em seguida, realizamos a escolha do gene controle, necessrio nas anlises de
expresso gnica para normalizao da expresso do gene alvo. O gene PPIA no apresentou diferena na expresso
entre os dois grupos estudados e, por isso, foi selecionado como gene controle neste estudo. Como para utilizar o mtodo
de quantificao 2^-??Ct necessrio que a eficincia das amplificaes dos genes alvo e controle seja semelhante,
avaliamos a eficincia de amplificao das duas variantes do COX4NB em relao PPIA. Realizamos diluies seriadas
de uma amostra e amplificamos os trs genes em cada diluio. Em seguida, determinamos os valores de ?CT (CTalvo ?
CTcontrole) em cada ponto. Considera-se que as eficincias de amplificao dos genes alvo e controle so semelhantes se
a inclinao da curva, no grfico dos valores de log2 da diluio versus o ?CT for menor que 0,1 (Applied Biosystems, User
Bulletin #2, P/N 4303859B). Obtivemos os valores de 0,0168 para COX4NB variante 1 e PPIA e, 0,0084 para COX4NB
variante 2 e PPIA. Portanto, consideramos que eficincia de amplificao dos nossos genes alvo e controle foram
semelhantes e poderamos realizar a quantificao nas amostras do estudo. At o momento, 14 amostras j foram
quantificadas. Aps o trmino dos experimentos analisaremos os dados para verificar se h associao desse gene com o
tipo de imunossupresso e com a funo renal.
Participantes:

Orientador: Karina Lumi Mine


Orientador: Maria Gerbase-DeLima
Discente: Jessica Amancio Fudimura

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rea: Medicina Aplicada
Autor: Thas Romera Bergamo
Ttulo: Vigilncia Epidemiolgica para hipertermia maligna no perodo 2011-2012 Relato do CEDHIMA (Centro de Estudo, Diagnstico e Investigao de Hipertermia
Maligna)
Palavras-Chave: hipertermia maligna, miopatia da parte central, anestesia, sistemas de notificao de r
Introduo: A Hipertermia Maligna (HM) uma doena farmacogentica, autossmica dominante e caracterizada por
hipercarbia, taquicardia, taquipnia, rigidez muscular, hipertermia e rabdomilise, pela elevada liberao de clcio
sarcoplasmtico. Ocorre pelo contato de anestsicos halogenados e relaxantes musculares despolarizantes com pacientes
suscetveis. A HM rara (2,2 crises:10.000 anestesias gerais no Hospital So Paulo - EPM/UNIFESP,Silva et al. 2013 1),
diagnosticada por teste de contratura muscular in vitro com halotano e cafena (TCIV) e a crise controlada com
dantrolene. O PROPREV-HM (Programa Estadual de Preveno, Diagnstico e Tratamento da Hipertermia Maligna) do
Estado de So Paulo preconiza a investigao dos casos suspeitos de HM e de seus familiares, que realizada pelo
CEDHIMA (Centro de Estudo, Diagnstico e Investigao de Hipertermia Maligna), da Disciplina de Anestesiologia Dor e
Terapia Intensiva da Universidade Federal de So Paulo-UNIFESP, desde 2004.
Objetivos: Levantar dados sobre casos de HM, investigados no CEDHIMA, entre 2011 e 2012.
Material e mtodos: Anlise de pronturios de 14 pacientes com suspeita de suscetibilidade HM que se
submeteram bipsia muscular no CEDHIMA entre 2011 e 2012. Todos esses pacientes assinaram termo de
consentimento livre e esclarecido dentro do projeto matriz "Estudo Multidisciplinar brasileiro de Hipertermia Maligna" (CEP
0970/08).
Resultados: Entre 14 pacientes biopsiados, entre 2011-2012, houve excluso de um parente direto de um dos casos
analisados, resultando em 13 pacientes ndice e respectivas fichas de vigilncia epidemiolgica (VE) do PROPREV-HM.
Nesses 13, a mdia de idade foi de 36,69+_12,45 anos, com 8 homens e 5 mulheres. Nove (69,23%) eram brancos, trs
(23,07%) pardos e um (7,69%) negro. A maioria desses 13 (69,23% ou n=9) era de SP, 7,69% (n=1) do ES, 7,69% (n=1) de
GO, 7,69% (n=1) do PR e 7,69% (n=1) do RS. Anestesias prvias foram relatadas por 61,53% (n=8) e 7,69% (n=1) tinham
miopatia da parte central (Central Core disease - CCD) como antecedente pessoal. Trs (23,07%) possuam histria de HM
em pais, irmos ou filhos; dois (15,38%) possuam relato de HM em outros parentes; trs (23,07%) tiveram morte
intraoperatria na famlia; e um (7,69%) possua histria familiar de CCD. Dentre os 13 pacientes notificados VE, trs
(23,07%) no possuam histria de crise de HM associada a cirurgias (encaminhados por aumento idioptico de CPK); os
outros 10 foram os prprios pacientes que tiveram a crise (4) ou familiares (6).
Nas 10 fichas da VE em que havia histria de crise de HM pessoal ou familiar, 30% (n=3) ocorreram durante
amigdalectomia, 10% (n=1) em colecistectomia, 10% (n=1) em clipagem de malformao arteriovenosa, 10% (n=1) em
cirurgia de adenoide e tmpano, 10% (n=1) em exrese de ndulo subcutneo torcico, 10% (n=1) em gengivectomia e
desobstruo dentria, 10% (n=1) em reviso de colecistectomia e 10% (n=1) em drenagem. Em 10% (n=1) das dez
cirurgias, a crise foi desencadeada pelo uso de halotano, em 50% (n=5) por sevoflurano e para 40% (n=4) das cirurgias no
estava disponvel a informao. Manifestaes clnicas mais comuns nas 10 crises de HM: hipertermia (80%), taquicardia
(70%), rigidez muscular generalizada (30%), sudorese profusa (30%), urina escura (20%), arritmias cardacas (10%), m
perfuso perifrica (10%) e instabilidade hemodinmica (10%). Em duas (20%) das 10 crises foi relatado HCO3 < 20mEq/l e
BE < -8mEq/l, em uma (10%), aumento do nveis de CPK e potassemia> 6mEq/l e em cinco (50%), Petco2 >60mmhg, trs
em ventilao controlada e dois em espontnea. Procedimentos na fase aguda da crise corresponderam a resfriamento
ativo em 60% (n=6) das dez cirurgias, hiperventilao com O2 a 100% e interrupo dos anestsicos inalatrios em 40%
(n=4) e administrao de dantrolene IV e estimulao da diurese em 30% (n=3). Na fase tardia das 10 crises, quatro (40%)
ficaram em observao na UTI pelo menos 24h, trs (30%) tiveram monitorizao da CPK e da temperatura e dois (20%) de
potssio, clcio e gasometria arterial. Quanto recuperao das dez crises, dado disponvel para nove pacientes, 66,7%
(n=6) saram da crise de HM sem sequelas, 11,2% (n=1) saram com sequelas e em 22,1% (n=2) ocorreu bito. Em um dos
casos de bito foi realizado hiperventilao com oxignio a 100%, administrao de dantrolene IV, resfriamento ativo e
interrupo dos anestsicos inalatrios e no outro, administrao de dantrolene IV, resfriamento ativo e estimulao da
diurese.
Dentre os 14 pacientes, quatro eram MHEh (suscetibilidade HM confirmada com
teste de contratura in vitro
positivo para o halotano), cinco MHN (no suscetvel HM) e cinco MHS (suscetibilidade HM confirmada com teste de
contratura in vitro positivo para halotano e cafena).
Discusso e Concluso: O nmero de notificaes (14), entre 2011 e 2012, foi menor do que a frequncia estimada
de HM. Era de se esperar um mnimo de 77 casos de HM por ano, levando em conta o total de anestesias no Sistema nico
de Sade por ano. Silva et al. 20132, mostra os sinais clnicos mais comuns durante uma crise de HM, semelhantes aos
encontrados nos pronturios analisados, bem como a maior frequncia de crises em homens. A maior parte (66,7 % ou
n=6) dos nove pacientes notificados como MHS/MHEh eram homens, conforme relatado tambm por Islander et al. 2007 3.
Muitos hospitais ainda no notificam o que ocorre no momento e na evoluo de crises de HM, embora seja direito do
paciente. Isso torna a qualidade das informaes, fornecidas pelas unidades, insuficientes ou inadequadas. Os tratamentos
foram apropriados durante as crises embora a frequncia do uso de dantrolene e da interrupo de anestsicos inalatrios
tenham sido baixos.
1. Silva et al. Malignant Hyperthermia in Brazil: Analysis of Hotline Activity in 2009. Rev Bras Anestesiol.
2013;63(1):13-26. 2. Islander G, Rydenfelt K, Ranklev E, Bodelsson M. Male preponderance of patients testing positive for
malignant hyperthermia susceptibility.Acta Anaesthesiol Scand. 2007 May;51(5):614-20.
Participantes:

Orientador: Helga Cristina Almeida da Silva


Docente: Acary Sousa Bulle Oliveira
Docente: Jos Luiz Gomes do Amaral
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rea: Medicina Aplicada
Autor: Thas Romera Bergamo
Discente: Jos Apolinrio Silva Neves Jnior
Discente: Pamela Vieira de Andrade
Discente: Joilson Mourados Santos

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rea: Medicina Experimental
Autor: Amarilis Aparecida de Castro Maldonado
Ttulo: Doenas e Emoes:As emoes so capazes de gerar doenas?
Palavras-Chave: doenas; emoes; acupuntura
O modelo vigente na Medicina Ocidental h mais de dois sculos o biomdico. Ele consiste em um princpio bsico
de que o corpo uma mquina, a doena um defeito e o papel do mdico consert-lo. Esta viso tinha a inteno de
tornar a medicina uma cincia exata (De Marco, 2006). Essa exatido ignora o ser humano como um ser social, espiritual,
emocional, capaz de interpretar a realidade com um ''significado pessoal, especial e subjetivo''(Ballone GJ, et al.,2002.) e
enxerga-o apenas na viso fisiolgica. H uma tendncia atual de aceitao da viso integral, apesar de a Medicina
Tradicional Chinesa sempre ter trabalhado com o princpio do tratamento holstico. Objetivo: Relacionar as doenas com as
emoes correspondentes.Metodologia:A inteno do estudo realizar um estudo em Corte Transversal com 40 pacientes
que consiste em questes que envolvem desde o passado do paciente at o momento da entrevista.
Consluses:Realizou-se 15 entrevistas
efetivas , das quais todas indicam uma profunda relao entre o passado dos
pacientes com as emoes vividas e o histrico de doenas.
Participantes:

Discente: Amarilis Aparecida de Castro Maldonado

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rea: Neurocincias
Autor: Amanda Midori Matumoto
Ttulo: Acompanhamento de estudos sobre a neurobiologia do estresse e suas
desordens e incio do projeto cientfico sobre o transtorno de estresse ps-traumtico
Palavras-Chave: Estresse, Psicobiologia, Transtorno de Estresse Ps-Traumtico
A iniciao cientfica se d por acompanhamento da rotina laboratorial do Grupo de Estudos da Neurobiologia do
Estresse e suas Desordens (GENED), no Departamento de Psicobiologia da UNIFESP e por desenvolvimento de um projeto
envolvendo modelo animal para o estudo de Transtorno de Estresse Ps-Traumtico. O acompanhamento iniciou-se em
meados de agosto de 2012, com a participao em reunies semanais, leitura de artigos indicados pela orientadora, sobre
diversos assuntos dentro do mbito do estudo do estresse e da psicobiologia, alm do acompanhamento de estudantes de
ps-graduao durante os experimentos. O objetivo desse acompanhamento foi apresentar a estudante aos conhecimentos
tericos bsicos da rea, assim como o aprendizado dos procedimentos utilizados. O desenvolvimento do projeto se deu
paralelamente ao acompanhamento, porm com um incio mais tardio. Foram realizadas reunies semanais, dedicadas ao
estudo de modelos animais de distrbios psiquitricos, mais especificamente, transtorno de estresse ps-traumtico, com a
finalidade de discutir as etapas a serem seguidas para o delineamento e execuo do projeto. O objetivo do projeto ser
investigar a influncia das situaes peri-traumticas, como a sensao de impotncia e a imprevisibilidade de uma
situao potencialmente traumtica, sobre o desenvolvimento das alteraes comportamentais de longo prazo em um
modelo animal de Transtorno de Estresse Ps-Traumtico, utilizando como estmulo aversivo um choque eltrico intenso
nas patas. O procedimento ser realizado com quatro grupos de animais, sendo que um grupo ter a possibilidade de
escape aps o choque nas patas, outro grupo no ter a possibilidade de escape e esses dois grupos podero explorar o
ambiente (cmara de condicionamento de medo) antes do choque. O terceiro grupo no poder explorar o ambiente antes
do choque, que tambm ser inescapvel. O quarto grupo o grupo controle, que explora a caixa de condicionamento sem
receber choque. Quatorze dias aps a administrao do choque todos os grupos sero re-expostos caixa de
consicionamento (contexto), sem a liberao de choques e comportamento de freezing ser avaliado por 5 min. Sete dias
aps a reexposio os animais sero submetidos a uma srie de testes comportamentais: labirinto de cruz elevado;
avaliao do medo a um estmulo discreto; e resposta de sobressalto a estmulos acsticos, respectivamente, todos com
um espaamento de sete dias, exceto o ltimo teste que ter um espaamento de vinte e um dias. Vinte e um dias aps o
ltimo teste, a bateria comportamental ser reiniciada, com o mesmo espaamento entre si. O intuito do re-teste verificar
a persistncia das alteraes comportamentais para que, em experimentos futuros, seja possvel avaliar a ao de
anti-depressivos na reverso destes efeitos. Com este projeto espera-se confirmar a hiptese de que a possibilidade de
escape durante o perodo peri-traumtico tem grande influncia sobre o desenvolvimento de alteraes comportamentais
semelhantes ao Transtorno de Estresse Ps-Traumtico e que seja possvel, utilizando este modelo, aplicar abordagens
teraputicas que revertam estas alteraes comportamentais.
Participantes:

Orientador: Deborah Suchecki


Discente: Carlos Eduardo Neves Girardi

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rea: Neurocincias
Autor: Ariane Lopes
Ttulo: RESPOSTA NEUROLGICA DE ESTRESSE E SUA RELAO COM A
DEPENDNCIA QUMICA
Palavras-Chave: imunoistoqumica ; protena-fos;neurocincias
A dependncia a drogas um problema mundial e frequente envolvendo jovens e adultos, onde o lcool se destaca
como a droga mais comumente usada. O conceito de dependncia s drogas inclui uma sequncia de eventos: o contato
com a droga; seguido de um estado de recada crnica, que se caracteriza pela compulso ingesto descontrolada e a
busca pela droga; perda do controle em limitar esta ingesto num estado de impulsividade; e a emergncia de um estado
emocional negativo caracterizado por disforia, ansiedade e irritabilidade quando o acesso droga no permitido.
Estabelece-se assim a manifestao da sndrome da retirada ou dependncia. Estes eventos refletem processos de
neuroadaptao e sensibilizao, desencadeados pelo uso crnico da droga. Vrios sistemas neurotransmissores tm sido
envolvidos neste processo. Assim, a ingesto compulsiva de lcool caracterizada pela diminuio da funo da
neurocircuitaria de recompensa (principalmente dopaminrgica) e o recrutamento de mecanismos anti-recompensa, ou seja,
dos sistemas de estresse (com o aumento da atividade do sistema CRFrgico) que seriam os elementos mais importantes
para este comportamento. A combinao entre a perda da funo de recompensa e o recrutamento do sistema de estresse,
fornece uma potente base neuroqumica para a hiptese de que os aspectos motivacionais possuem papel chave no reforo
negativo que leva dependncia. No laboratrio de Biologia do Estresse do campus Baixada Santista da UNIFESP, tm
sido utilizadas tcnicas que permitem o estudo morfofuncional do sistema nervoso, em especfico para o estudo da resposta
central de estresse e sua relao com o desenvolvimento de dependncia de lcool. Para isso, as estudantes do Programa
Jovens Talentos vinculadas a este laboratrio, puderam acompanhar, aprender e discutir os aspectos tericos e prticos
envolvidos neste estudo. Desta forma, alm da participao em reunies cientficas com esta finalidade, puderam
acompanhar e aprender as seguintes tcnicas:
1) perfuso transcardaca de ratos com soluo salina e fixador de formaldedo a 4% em soluo aquosa a partir de
paraformaldedo aquecido a 60-65C, com pH 9,5 a 4C durante 25 minutos;
2) remoo de massa enceflica em ratos perfundidos e ps-fixao em paraformaldedo e crioproteo em soluo
tampo e sacarose 20%;
4) microtomia dos encfalos realizada em criostato para obteno de cortes frontais de 30m e crioproteo em
placas de cultura com 5 sries com soluo de anti-congelamento (sacarose diluda em uma soluo de PBS + etilenoglicol
+ gua);
5) imunoistoqumica pela tcnica de imunoperoxidase, atravs do mtodo free-floating para deteco de
imunorreatividade protena fos; Os neurnios respondem a estmulos extracelulares atravs da expresso de certos genes
de resposta imediata. A transcrio da protena Fos a partir do gene c-fos, est entre as primeiras protenas a aparecerem.
O rpido acmulo desta protena, combinado com mtodos imunoistoqumicos, pode oferecer a possibilidade de deteco
do nvel de atividade celular. Sendo assim, o estudo da imunorreatividade protena Fos tem sido utilizado como um
marcador da atividade neuronal, inclusive na anlise de grupos neuronais especficos em resposta aos estmulos de
estresse.
6) anlise da imunorreatividade protena Fos em microscpio de luz em campo claro e captura das imagens; as
reas analisadas foram aquelas relacionadas aos circuitos lmbicos da resposta de estresse como ncleo paraventricular do
hipotlamo, amgdala, crtex pr-frontal, dentre outras;
7)desenvolvimento em busca e leitura de artigos cientficos: para uma formao completa, as estudantes foram
orientadas a como fazer uma pesquisa correta e eficaz, atentando-se para informaes como fonte, ano de publicao,
revista publicada, entre outros.
Desta forma, podemos concluir que, atravs do Programa Jovens Talentos, as estudantes envolvidas puderam
desenvolver habilidades e um esprito crtico na rea de neurocincias, em particular na resposta de estresse e
dependncia qumica de lcool.
Participantes:

Discente: Ariane Lopes

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rea: Neurocincias
Autor: Arthur de vila Machado Modesto
Ttulo: Anlise dos efeitos da privao de sono paradoxal em roedores associada
administrao de droga epileptognica (pilocarpina).
Palavras-Chave: privao de sono, pilocarpina
A privao de sono reconhecida pela literatura como um fator de risco para iniciar crises convulsivas em pacientes
com epilepsia (Rajna, 1993). Objetivando entender as causas das relaes existentes entre a privao de sono e a
epileptognese, propusemos avaliar se ratos (raa Wistar) machos submetidos privao do sono paradoxal (PSP) teriam
alterao na susceptibilidade ao Status Epilepticus (SE) induzido pela injeo de alta dose de pilocarpina (Pilo). O modelo
da pilocarpina (Turski et al., 1983) foi escolhido para induzir a epileptognese nesse experimento, haja vista sua capacidade
de simular crises convulsivas similares s que ocorrem em humanos, bem como pode simular as caractersticas
histolgicas do sistema nervoso central dos humanos epilpticos em roedores. Assim, aps 96 horas de PSP os animais
receberam uma dose de metil-escopolamina (10mg/kg, ip) seguida por Pilo (320mg/kg, ip). Os animais do grupo controle
no foram privados, isto , mantiveram ciclos de sono e viglia normais. Constatados os aspectos clnicos aps a
administrao da Pilo, os ratos foram eutanasiados e tiveram seus encfalos retirados para futura anlise histolgica. Os
parmetros utilizados para a anlise clnica das crises nos roedores esto descritos pela escala comportamental de Racine
(Racine, 1972, p. 281-294), a qual nos permite classificar os animais quanto gravidade/intensidade das crises. Ao final das
anlises clnicas, estabelecemos relaes estatsticas existentes entre os comportamentos clnicos apresentados pelos
animais do grupo PSP e do grupo controle. O resultado estatstico demonstrou que 70% dos animais PSP apresentaram
SE, contrastando com apenas 36% dos controles, demonstrando uma maior susceptibilidade do grupo PSP a apresentar
SE. No foram observadas diferenas quanto latncia para o incio das crises aps injeo de Pilo e tambm da
gravidade das crises. Observa-se tambm que a PSP no houve influenciou quanto ao numero de bitos entre os animais
que atingiram o SE durante o experimento, visto que 14,3% dos animais PSP que atingiram SE foram a bito, enquanto
33,4% dos controles que atingiram SE morreram, no havendo, portanto, diferena significativa entre os grupos.
Participantes:

Orientador: Luciene Covolan

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rea: Neurocincias
Autor: Daniel Karcher
Ttulo: As influncias contextuais na manuteno da sensibilizao locomotora
induzida pela anfetamina.
Palavras-Chave: sensibilizao locomotora; memria; contexto; anfetamina
Os circuitos corticais e lmbicos recrutados durante os comportamentos de busca e de obteno da droga tm
intensa plasticidade neuronal, caracterstica essencial formao de novas memrias. Apenas o consumo de droga no
suficiente para explicar a dependncia, a qual se associam os fatores sociais, culturais, comportamentais e a ao da
droga, ou seja, existe um forte componente contextual no uso de uma substncia. O uso repetido de uma substncia pode
levar ao abuso e dependncia. Em modelos animais, os efeitos motivadores da droga e o processo de transio entre uso
e abuso da mesma so estudados atravs da sensibilizao locomotora. Alguns estudos apontam para a relao dessa
tarefa com memria e contexto, no entanto poucos desses tm focado nos mecanismos de manuteno dessa
sensibilizao. Nesse sentido, investigamos a influncia do contexto na expresso e manuteno da sensibilizao
locomotora induzida por anfetamina. Foram utilizados 60 camundongos C57bl/6 machos adultos de 90 dias divididos em 6
grupos (10 por grupo) provenientes do CEDEME (COMIT de tica 0280/11) ? UNIFESP e mantidos no biotrio do
Laboratrio de Neurobiologia da UNIFESP, em condies controladas de temperatura (22 1 C) e em ciclo claro-escuro de
12 h com gua e rao ad libitum. O protocolo comportamental foi dividido em trs fases: (1) basal: a atividade locomotora
basal dos animais foi mensurada por 40 minutos livre de droga; (2) aquisio (cinco dias): tantos os animais controle (grupo
SAL+CTX) tratados com salina quanto os animais tratados com anfetamina (1mg/Kg) (grupo ANF+CTX) foram colocados na
caixa contextual (CTX) de atividade locomotora logo aps todas as injees, exceto o grupo Homecage (grupo ANF+HC)
que aps a injeo da droga foi colocado na caixa moradia; (3) desafio: ao trmino da fase de aquisio, os animais foram
mantidos por 3 ou 28 dias de abstinncia quando ento todos foram desafiados com a mesma dose de anfetamina e, em
seguida, colocados na caixa contextual de atividade onde a distncia percorrida pelos animais foi mensurada com auxilio
do programa EthoVision. No experimento 1, os animais foram desafiados com anfetamina aps 3 dias de abstinncia no
contexto A. ANOVA de uma via apontou diferena entre os grupos (F(2, 27)=13,913, p<0,05), sendo que ANF+CTX
manteve a atividade locomotora superior quando comparada aos demais grupos experimentais (post hoc de
Newman-Keuls, p<0,05). No experimento 2, os animais foram desafiados com anfetamina aps 28 dias de abstinncia.
ANOVA de uma via apontou diferena entre os grupos (F(2, 24)=7,8827, p<0,05) e o post hoc de Newman-Keuls apontou
que o grupo ANF+CTX manteve a atividade locomotora superior quando comparada aos demais grupos experimentais
(p<0,05). Nossos resultados sugerem que a sensibilizao locomotora anfetamina possui mecanismos de memria
associativa de longussima durao, uma vez que os animais mantm o aumento na locomoo mesmo aps 28 dias de
abstinncia de maneira dependente de contexto.
Participantes:

Orientador: Dartiu Xavier da Silveira


Docente: Jair Guilherme dos Santos-Junior
Discente: Douglas Senna Engelke
Discente: Estevo Carlos Lima

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rea: Neurocincias
Autor: Marcela do Vale Elias
Ttulo: Avaliao do Neurodesenvolvimento dos 7 aos 14 anos por Imagens de
Ressonncia Magntica
Palavras-Chave: Neurodesenvolvimento; infncia; adolescncia; ressonncia magntica; maturao cer
INTRODUO: O desenvolvimento do crebro humano um processo no-linear, tanto do ponto de vista estrutural
quanto funcional. As reas cerebrais amadurecem em tempos diferentes: primeiramente, as reas sensrio-motoras se
desenvolvem, seguidas pelas reas de secundrias e de associao. Alm disso, as reas cerebrais filogeneticamente
mais antigas maturam antes das mais novas. A trajetria de maturao das substncias cinzenta e branca no igual.
Enquanto a substncia cinzenta apresenta um aumento rpido na infncia seguido de queda at o incio da adolescncia, a
substncia branca aumenta continuamente at a idade adulta. Cada vez mais sugere-se que os transtornos psiquitricos
evoluem a partir de um neurodesenvolvimento atpico. fundamental entender a trajetria tpica do neurodesenvolvimento e
seus perodos de maior vulnerabilidade para estudar as possveis implicaes de seus desvios na fisiopatologia dos
transtornos mentais.
OBJETIVO: Esse estudo tem como objetivo avaliar a trajetria de desenvolvimento cerebral de crianas saudveis
dos 7 aos 14 anos utilizando imagens de Ressonncia Magntica.
MATERIAIS E MTODOS: Foram coletadas imagens de Ressonncia Magntica (RM) de 750 crianas de 7 a 14
anos, recrutadas pelo Instituto Nacional de Psiquiatria de Desenvolvimento (INCT-INPD), nos estados de So Paulo e Rio
Grande do Sul. Em uma primeira fase, as imagens de RM foram realinhadas, isto , posicionadas anatomicamente
conforme o atlas estereotxico de Talairach & Tournoux (1988), utilizando o software Statistical Parametric Mapping (SPM).
Em seguida, as imagens da amostra foram agrupadas em trs faixas etrias (de 6 a 8 anos, entre 8 e 10 anos, entre 10 e
12 anos e maiores de 12 anos). Para cada subgrupo, ser gerada uma imagem que represente a mdia do grupo
(template).
Os templates sero ento comparados entre si a fim de se avaliar as diferenas na maturao cortical de
acordo com a faixa etria e gnero.
Participantes:

Orientador: Andrea Jackowski


Docente: Maria Conceio do Rosrio
Docente: Gisele Manfro
Docente: Euripedes Miguel
Docente: Luis Augusto Rohde
Docente: Rodrigo Bressan
Discente: Lucas Rizzo
Discente: Ary Araripe
Discente: Andr Zugman
Discente: Marco Antonio Del Aquilla
Discente: Giovanni Salum
Discente: Felipe Picon
Discente: Mauricio Anes

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rea: Neurocincias
Autor: Maria Eduarda Tessitore
Ttulo: RESPOSTA NEUROLGICA DE ESTRESSE E SUA RELAO COM A
DEPENDNCIA QUMICA
Palavras-Chave: imunoistoqumica ; protena-fos;neurocincias
A dependncia a drogas um problema mundial e frequente envolvendo jovens e adultos, onde o lcool se destaca
como a droga mais comumente usada. O conceito de dependncia s drogas inclui uma sequncia de eventos: o contato
com a droga; seguido de um estado de recada crnica, que se caracteriza pela compulso ingesto descontrolada e a
busca pela droga; perda do controle em limitar esta ingesto num estado de impulsividade; e a emergncia de um estado
emocional negativo caracterizado por disforia, ansiedade e irritabilidade quando o acesso droga no permitido.
Estabelece-se assim a manifestao da sndrome da retirada ou dependncia. Estes eventos refletem processos de
neuroadaptao e sensibilizao, desencadeados pelo uso crnico da droga. Vrios sistemas neurotransmissores tm sido
envolvidos neste processo. Assim, a ingesto compulsiva de lcool caracterizada pela diminuio da funo da
neurocircuitaria de recompensa (principalmente dopaminrgica) e o recrutamento de mecanismos anti-recompensa, ou seja,
dos sistemas de estresse (com o aumento da atividade do sistema CRFrgico) que seriam os elementos mais importantes
para este comportamento. A combinao entre a perda da funo de recompensa e o recrutamento do sistema de estresse,
fornece uma potente base neuroqumica para a hiptese de que os aspectos motivacionais possuem papel chave no reforo
negativo que leva dependncia. No laboratrio de Biologia do Estresse do campus Baixada Santista da UNIFESP, tm
sido utilizadas tcnicas que permitem o estudo morfofuncional do sistema nervoso, em especfico para o estudo da resposta
central de estresse e sua relao com o desenvolvimento de dependncia de lcool. Para isso, as estudantes do Programa
Jovens Talentos vinculadas a este laboratrio, puderam acompanhar, aprender e discutir os aspectos tericos e prticos
envolvidos neste estudo. Desta forma, alm da participao em reunies cientficas com esta finalidade, puderam
acompanhar e aprender as seguintes tcnicas:
1) perfuso transcardaca de ratos com soluo salina e fixador de formaldedo a 4% em soluo aquosa a partir de
paraformaldedo aquecido a 60-65C, com pH 9,5 a 4C durante 25 minutos;
2) remoo de massa enceflica em ratos perfundidos e ps-fixao em paraformaldedo e crioproteo em soluo
tampo e sacarose 20%;
4) microtomia dos encfalos realizada em criostato para obteno de cortes frontais de 30m e crioproteo em
placas de cultura com 5 sries com soluo de anti-congelamento (sacarose diluda em uma soluo de PBS + etilenoglicol
+ gua);
5) imunoistoqumica pela tcnica de imunoperoxidase, atravs do mtodo free-floating para deteco de
imunorreatividade protena fos; Os neurnios respondem a estmulos extracelulares atravs da expresso de certos genes
de resposta imediata. A transcrio da protena Fos a partir do gene c-fos, est entre as primeiras protenas a aparecerem.
O rpido acmulo desta protena, combinado com mtodos imunoistoqumicos, pode oferecer a possibilidade de deteco
do nvel de atividade celular. Sendo assim, o estudo da imunorreatividade protena Fos tem sido utilizado como um
marcador da atividade neuronal, inclusive na anlise de grupos neuronais especficos em resposta aos estmulos de
estresse.
6) anlise da imunorreatividade protena Fos em microscpio de luz em campo claro e captura das imagens; as
reas analisadas foram aquelas relacionadas aos circuitos lmbicos da resposta de estresse como ncleo paraventricular do
hipotlamo, amgdala, crtex pr-frontal, dentre outras;
7)desenvolvimento em
busca e leitura de artigos cientficos: para uma formao completa, as estudantes foram
orientadas a como fazer uma pesquisa correta e eficaz, atentando-se para informaes como fonte, ano de publicao,
revista publicada, entre outros.
Desta forma, podemos concluir que, atravs do Programa Jovens Talentos, as estudantes envolvidas puderam
desenvolver habilidades e um esprito crtico na rea de neurocincias, em particular na resposta de estresse e
dependncia qumica de lcool.
Participantes:

Discente: Maria Eduarda Tessitore

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PROJETO Jovens Talentos


rea: Nutrio e Metabolismo
Autor: Ana Beatriz Barbosa Mendes
Ttulo: Efeito da depleo de estrgeno associada ingesto de dieta hipercalrica em
ratas ovariectomizadas
Palavras-Chave: obesidade, menopausa, ovariectomia, estrgeno
Os efeitos da depleo de estrgeno na menopausa podem ser observados em diversos tecidos tais como os
tecidos adiposo, muscular e sseo. Mulheres na menopausa podem desenvolver um aumento de adiposidade, sobrepeso e
obesidade. A obesidade est ligada a um estado de inflamao crnica de baixa intensidade.
Acredita-se que a
menopausa tambm exera um papel na perda de massa muscular observada em mulheres com mais de 50 anos.
O objetivo deste projeto avaliar os possveis efeitos de uma dieta hipercalrica sobre as alteraes que podem ser
relacionadas menopausa.
Para isso foram utilizadas ratas wistar com 40 dias de vida, alimentadas com dieta hipercalrica (grupo H) ou dieta
controle (grupo C). Aps 30 dias, os animais foram operados e divididos em: ovariectomizadas (OVX) e sham-operadas (S),
grupos OVXH, OVXC, SH e SC. 30 dias a partir da cirurgia, os animais foram sacrificados e coletadas amostras de soro,
tecido adiposo mesentrico, msculo gastrocnmio e fgado. Foram realizadas dosagens de nveis sricos de IL-6, TNF-alfa
e IL-10 e verificada a expresso proteica da via inflamatria do TLR-4 pela tcnica de Western Blotting. Foram avaliados,
ainda, ganho de massa corprea e os nveis sricos de leptina e insulina.
Observou-se que a ovariectomia no afetou os parmetros analisados quando associada dieta controle.
Entretanto, nos animais alimentados com dieta hipercalrica, a ovariectomia provocou hiperleptinemia e aumento no ganho
de peso. Constatou-se, ademais, que a dieta hipercalrica ocasionou uma reduo nos nveis de IL-6, IL-10 e TNF-? no
tecido adiposo mesentrico, no sendo observados resultados significantes nos demais tecidos.
Estes resultados sugerem que a ausncia de estrgeno por um curto perodo de tempo no produz um estado
pr-inflamatrio nos tecidos avaliados. Ainda, provvel que a dieta hipercalrica potencialize os efeitos da ovariectomia na
gnese da obesidade e hiperleptinemia.
Participantes:

Orientador: Cludia Maria da Penha Oller do Nascimen


Docente: Eliane Beraldi Ribeiro
Docente: Lila Missae Oyama
Discente: Ana Beatriz Barbosa Mendes
Discente: Maria Elizabeth de Sousa Rodrigues
Discente: Nelson Incio Pinto Neto
Discente: Dbora Estadella

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PROJETO Jovens Talentos


rea: Nutrio e Metabolismo
Autor: Estela Mara Dias Ferreira
Ttulo: Participao da enzima NAD(P)H oxidase sobre a expresso de TLRs em ilhotas
pancreticas isoladas de camundongos diabticos/obesos (ob/ob)
Palavras-Chave: NAD(P)H oxidase, insulina, diabetes, TLRs
O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) uma doena de grandeza mundial que afeta milhes de indivduos. Tem por
caractersticas a perda progressiva das clulas beta pancreticas e de sua funcionalidade, bem como a presena de
intolerncia glicose, hiperglicemia e resistncia ao da insulina. Em razo dos elevados nveis de citocinas
pr-inflamatrias circulantes, o DM2 considerado uma doena inflamatria. Tem sido demonstrado que concentraes
altas de glicose comprometem o funcionamento da clula beta pancretica por mecanismos inflamatrios que envolvem a
produo de espcies reativas de oxignio (EROs), sugerindo que este seja determinante para o desenvolvimento do
diabetes. Foi tambm demonstrado que a expresso dos componentes da enzima NAD(P)H oxidase por ilhotas
pancreticas tem funo relevante no processo de secreo de insulina induzido pela glicose. Alm disso, os toll like
receptors (TLRs - parte do sistema imune inato) parecem estar implicados na modulao de vrias doenas inflamatrias
crnicas como obesidade e diabetes. Desta maneira, o projeto tem como objetivo avaliar a participao da enzima NAD(P)H
oxidase sobre a expresso dos TLRs em ilhotas pancreticas isoladas de camundongos diabticos e obesos (ob/ob).
O projeto piloto desenvolvido a ser descrito visou padronizao da dose e do tempo necessrios para que o
inibidor farmacolgico da NAD(P)H oxidase utilizado surtisse o efeito esperado. Como ganho pessoal, o experimento
possibilitou a aprendizagem de todas as prticas laboratoriais bsicas. A droga foi administrada em animais saudveis da
linhagem Swiss (j que a enzima tambm expressa em condies normais), para padronizao do protocolo de inibio
da enzima e posteriormente utilizao dos animais ob/ob.
Com correto manuseio dos animais, foram feitas suas pesagens e mensuras dos nveis glicmicos antes da injeo
intraperitonial de apocinina em trs grupos distintos: um controle, um que recebeu a droga 24h antes da eutansia e um que
recebeu a droga 48h antes. Aps o sacrifcio por deslocamento cervical, foi feito o reconhecimento dos rgos e a sua
retirada. Como a apocinina deve ter ao inibitria em todos os tecidos e rgos em que a NAD(P)H oxidase expressa,
foram retirados e armazenados diversos tecidos, tais como fgado, msculo, tecido adiposo, corao, rim e bao, a fim de
saber se ocorreu alguma diminuio na expresso da subunidade p47phox.
Foram realizados os procedimentos de extrao das protenas totais por ao mecnica e de dosagem bioqumica
por espectrofotometria (em placas de Elisa), cujos resultados foram analisados com base em uma curva padro de
albumina. Deu-se incio ento aos processos de eletroforese e transferncia. As membranas resultantes foram marcadas
com anticorpos para posterior imunodeteco.
A inibio da expresso da enzima NAD(P)H oxidase por apocinina pode ser tecido-especfica. A anlise dos
resultados obtidos por Western Blotting permitir o ajuste do protocolo para o projeto maior de avaliao da expresso dos
TLRs, que ter prosseguimento. Para tal ser necessrio estudar o pncreas endcrino por meio do isolamento e
tratamento das ilhotas de Langerhans, cuja tcnica ainda est sendo aprendida.
Participantes:

Orientador: Aparecida Emiko Hirata

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rea: Nutrio e Metabolismo
Autor: Keila Pereira Leite
Ttulo: Intercorrncias clnicas em crianas com subnutrio em tratamento no Centro
de Recuperao e Educao Nutricional (CREN)/UNIFESP
Palavras-Chave: subnutrio em crianas, recuperao nutricional
Introduo: a subnutrio causada por aporte inadequado de alimentos, em qualidade e quantidade. As formas
agudas mais graves de subnutrio so o marasmo e o kwashiorkor, mas no Brasil, a forma mais frequente e crnica a
baixa estatura. Essa forma de subnutrio traz danos considerveis em longo prazo. Pessoas que sofrem baixa estatura no
incio da vida tm maior probabilidade de desenvolver doenas como diabetes, hipertenso arterial e obesidade na vida
adulta. Tambm podem ter menor desenvolvimento cognitivo e capacidade para o trabalho. A subnutrio tem
consequncias que pesam sobre o sistema de sade e sobre a economia do pas, alm de diminuir a qualidade e
expectativa de vida das pessoas que a enfrentam. uma doena multifatorial, e por isso deve ser tratada por equipes
multiprofissionais.
Objetivo: investigar o perfil de intercorrncias clnicas mais frequentes em crianas em tratamento no regime de
hospital-dia do CREN e correlaes com a recuperao nutricional.
Materiais e Mtodos: os dados foram pesquisados nos pronturios dos pacientes do hospital-dia durante o ano 2012.
As ltimas informaes coletadas foram de novembro de 2012. Os dados foram analisados no programa estatstico SPSS,
atravs de anlises descritivas, testes de correlao e comparao de mdias. As crianas que tinham ndice z score mais
baixo ou igual a -3 foram consideradas subnutridas graves, as que apresentaram
z score entre -3 e -2 (inclusive) foram
consideradas subnutridas moderadas, e as que tinham esse ndice entre -2 e -1 foram classificadas como subnutridas
leves.
Resultados: foram analisados os dados de 51 crianas com mdia de idade de 23,29 meses ao incio do tratamento.
A idade foi encontrada como um dos fatores mais importantes para a velocidade de recuperao da criana e assim para
um maior incremento de estatura para idade (Correlao de Pearson = -0,384, e P= 0,005). Outro determinante foi o estado
nutricional inicial: quanto menor o ndice z score inicial de estatura para idade, maior foi o incremento de estatura
(Correlao de Pearson = -0,603; P = 0,000).
As intercorrncias clnicas mais frequentes foram as infeces, que atingiram todas as crianas. As infeces de vias
areas superiores foram as mais frequentes (afetaram 96,1% das crianas do semi-internato), mas no mostraram
correlao significante com o incremento de estatura (Correlao de Pearson = 0,127, P = 0,384). A quantidade de
infeces de vias areas superiores se mostrou relacionada ao tempo de tratamento no semi-internato (Correlao de
Pearson = 0,535, P = 0,000). O tempo de tratamento estava relacionado tambm ao nmero prescries de antibitico
(Correlao de Pearson = 0,399, P = 0,009), mas o nmero de prescries de antibitico no teve correlao significante
com o incremento de estatura (Correlao de Pearson = 0,160, P = 0,311). O nmero de episdios de diarreia no
apresentou correlao significante com o ganho de estatura (Correlao de Pearson = -0,169; P= 0,347). A dislipidemia foi
frequente entre as crianas, afetando 49% delas, e no teve impacto significante no incremento de estatura (P = 0,9). O tipo
mais frequente de dislipidemia foi a hipertrigliceridemia, que atingiu 27,5% das crianas. Quadro de respirao oral foi
identificado em 23,5% das crianas. O impacto dessa condio sobre o incremento de estatura no foi significante (P =
0,442). Parasitoses afetaram 29,4% das crianas durante o tratamento, e dessas, 80% tiveram apenas um episdio de
parasitose. A presena de parasitose no afetou a mdia de incremento de estatura para idade com significncia estatstica
(P = 0,075). Trinta e trs crianas tiveram pelo menos um episodio de diarreia durante o tratamento, e no alteraram a
mdia de incremento de estatura com significncia estatstica (P = 0,271). A mdia foi de 2,85 episdios de diarreia por
criana entre as que tiveram essa intercorrncia clnica.
Concluso: as crianas subnutridas em tratamento no CREN apresentaram grande frequncia de intercorrncias
clinicas. Verificou-se, porm que as intercorrncias clnicas no tiveram impacto significantemente negativo sobre o
incremento de estatura. Os fatores mais determinantes para maior velocidade de recuperao e assim para um maior
incremento de estatura para idade foram: idade menor e maior gravidade da subnutrio.
Participantes:

Discente: Keila Pereira Leite

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PROJETO Jovens Talentos


rea: Nutrio e Metabolismo
Autor: Lus Augusto Bogalheira
Ttulo: CRIAO E VALIDAO DE UM MODELO LQUIDO DE RESTRIO CALRICA
EM C. elegans
Palavras-Chave: C. elegans, restrio calrica, longividade
Resumo das atividades de pesquisa
Projeto Jovens Talentos para a Cincia
Ttulo: CRIAO E VALIDAO DE UM MODELO LQUIDO DE RESTRIO CALRICA EM C. elegans
Orientador: Prof. Dr. Marcelo A. Mori
Aluno: Lus Augusto Bogalheira
Departamento de Biofsica - UNIFESP
Campus So Paulo
Introduo: Os experimentos usando o modelo nematdeo C. elegans para o estudo de mecanismos genticos tm
se mostrado uma maneira barata, rpida e eficiente de estudar diversas vias metablicas que se conservam
evolutivamente. Dentre elas, a via desencadeada pela restrio calrica, que promove efeitos benficos sade e aumenta
a expectativa de vida em diferentes espcies, ser o alvo desta pesquisa. Assim, muito importante que um protocolo de
restrio calrica seja estabelecido em C. elegans, e que ele resulte em efeitos comparveis aos efeitos da restrio
calrica em outras espcies.
Objetivo: A pesquisa tem como objetivo a reproduo e a validao de um modelo de restrio calrica lquida para
C. elegans baseada na diluio do alimento no meio de cultura.
Mtodos: Para criar e validar esse modelo utilizamos como base o protocolo descrito no artigo "Optimizing Dietary
Restriction for Genetic Epistasis Analysis and Gene Discovery in C. elegans" (Mair et al., 2009), o qual consiste em transferir
os vermes jovens adultos para meios lquidos que contenham quantidades diferentes de alimento, medindo-se ento a
relao entre a quantidade de alimento ingerido e a expectativa de vida do verme. Primeiramente, os meios de cultura
lquida so preparados pela diluio de uma quantidade definida de bactria E. coli em um meio fisiolgico do verme, de
modo que a quantidade de comida ingerida pelo verme varie de ad libitum restrio calrica. Os vermes crescem em
placas slidas de gar com alimento em profuso at atingirem a maturidade, ento so limpos e transferidos para os
meios de cultura lquidos, que possuem Floxuridina (FUDR), uma substncia que impede a proliferao de novos vermes.
Os vermes so transferidos para novas placas com comida duas vezes por semana e monitorados diariamente quanto ao
nmero de mortos em cada meio de cultura. Ao final, quando todos os vermes morrem, o resultado analisado para ver a
influencia da restrio calrica na longevidade.
Resultados: Tanto os vermes em restrio quanto os em ad libitum tiveram praticamente a mesma expectativa de
vida em um ensaio realizado com 40 vermes por grupo (P = 0.25). Os vermes em ad libitum viveram em mdia 13,5 dias,
com um mximo de 18 dias, j os em restrio viveram em mdia 13 dias, com um mximo de 17 dias.
Concluso: Os dados obtidos diferem do publicado na literatura, tanto no que diz respeito expectativa de vida
mxima dos vermes em cultura de meio lquido ad libitum (18 dias versus 32 dias no artigo de Mair et al., 2009), quanto ao
efeito da restrio calrica sobre o aumento da expectativa de vida (0% versus 82,6% no artigo de Mair et al., 2009). No
entanto, experimentos adicionais so necessrios para que uma concluso definitiva seja estabelecida sobre a
reprodutibilidade deste protocolo em nosso laboratrio.
Participantes:

Discente: Lus Augusto Bogalheira

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PROJETO Jovens Talentos


rea: Nutrio e Metabolismo
Autor: Nathlia Almeida dos Santos
Ttulo: AVALIAO DA EXPRESSO DA ENZIMA NAD(P)H OXIDASE EM ILHOTAS
PANCRETICAS DE CAMUNDONGOS DIABTICOS/OBESOS (ob/ob) E POSSVEL
PARTICIPAO SOBRE O PROCESSO SECRETRIO DA INSULINA.
Palavras-Chave: Insulina, NAD(P)H OXIDASE, Western Blot
A diabetes uma doena causada pela disfuno no metabolismo energtico. A insulina, hormnio produzido pelas
clulas beta do pncreas, promove a captao, o armazenamento e a rpida utilizao da glicose por quase todos os
tecidos do organismo, especialmente pelos msculos e tecido adiposo. Em diabticos, h a produo de pouca ou
nenhuma insulina, causando a hiperglicemia (aumento de glicose no sangue), o que frequentemente causa a obesidade.
A secreo de insulina estimulada por substratos energticos metabolizveis pela clula beta pancretica,
principalmente a glicose. A glicose entra na clula beta atravs do transportador de glicose tipo 2 (GLUT-2). A glicose
ento fosforilada a glicose-6-fosfato (G-6-P) pela glicocinase. A glicocinase tem papel fundamental na regulao do fluxo
glicoltico e, portanto, na secreo de insulina. A G-6-P nas clulas beta destinada gliclise. O piruvato formado no
citoplasma transportado mitocndria, onde convertido a acetil-CoA pela piruvato desidrogenase. O acetil-CoA entra no
ciclo de Krebas levando a um aumeto de nicotiamida adenina dinucleotdeo (NADH) e flavina adenina dinucleotdeo
(FADH2). O metabolismo de glicose gera ATP e a frao ATP/ADP aumenta no citoplasma. O aumento dessa relao
ATP/ADP resulta na inibio dos canais KATP e na despolarizao da clula, o que abre canais de clcio sensveis
voltagem, ocorrendo influxo de Clcio e desencadeamento do processo exocittico. O aumento do clcio no citoplasma das
clulas beta ativa protenas cinases que interagem com componentes da maquinaria microtubular exocittica, resultando na
mobilizao e liberao dos grnulos de insulina.
Radical livre um tomo ou molcula altamente reativo, devido a um eltron no emparelhado na ltima camada.
Um exemplo de produo celular de radicais livres, particularmente, espcies reativas de oxignio (EROs), a produo
catalisada pela enzima NAD(P)H oxidase.
EROs alteram a funo da clula beta pancretica provavelmente devido alta susceptibilidade
ao estresse
oxidativo bem como baixa expresso e atividade das enzimas antioxidantes que defendem tais clulas dos agentes
oxidantes. As EROs interferem com enzimas envolvidas no metabolismo da glicose, inibem a sntese de cido
dexorribonuclico (DNA), e causam fragmentao do DNA, provavelmente atravs da ativao da poli(ADP-ribose)
polimerase e diminuem o contedo de NAD+.
Radicais livres inibem a secreo de insulina das ilhotas pancreticas diminuindo a relao ATP/ADP, causando a
abertura de canal KATP e hiperpolarizao da membrana, levando ao fechamento dos canais de clcio sensveis a
voltagem, reduzindo a concentrao de clcio intracelular.
A NAD(P)H oxidase consiste em um complexo enzimtico formado pelo agrupamento de diferentes componentes
citoplasmticos e de membrana associados. Tem como substrato as coenzimas NADH (nicotinamida adenina dinucleotdeo
reduzida) ou NADPH (nicotinamida adenina dinucleotdeo fosfato). A NAD(P)H oxidase formada basicamente por 5
componentes: p40PHOX,
p47PHOX, p67PHOX, p22PHOX e gp91PHOX
(a terminao PHOX refere-se ?Phagocyte
Oxidase?). Esta enzima atua como uma cadeia de transporte de eltrons. A enzima catalisa a produo de nions
superxidos (O2?-) atravs da reduo da molcula de oxignio e utiliza como doador de eltrons, predominantemente,
uma molcula de NADPH.
Sabe-se que h uma possvel relao entre a resistncia insulina com o estresse oxidativo, devido a uma maior
atividade da NADP(H) oxidase, pois a produo de radicais livres leva a uma leso tecidual, podendo alterar o metabolismo
celular, inclusive a produo de insulina. Assim, para avaliar este envolvimento, injetou-se apocinina, um inibidor
farmacolgico da NAD(P)H oxidase, em camundongos swiss (sem a patologia, uma vez que a enzima tambm expressa
em tecidos normais) com o objetivo de padronizar a dose e tempo necessrios para que a injeo de apocinina fosse
suficiente para inibir a expresso da enzima. A apocinina deveria inibir a expresso no organismo como um todo. Assim,
foram extrados diversos tecidos para observar se houve alguma diminuio na expresso da subunidade p47, a partir da
dosagem proteica dos tecidos e sua consequente anlise atravs da tcnica de Western Blot.
Os dados preliminares obtidos esto em fase de anlise. Possivelmente, outra forma de analisar a expresso
protica ser por imunohistoqumica, alm do estudo do pncreas endcrino nestes animais, o que ser feito pelo
procedimento de isolamento, coleta e tratamento das ilhotas, processos estes que esto em fase de aprendizagem.
Participantes:

Orientador: Aparecida Emiko Hirata

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PROJETO Jovens Talentos


rea: Saude Coletiva
Autor: Dbora Lina Nascimento Ciriaco Pereira
Ttulo: Tabela de Composio Qumica dos Alimentos na Web
Palavras-Chave: Tabela de Composio Qumica dos Alimentos; Pesquisa Web; Grupos Alimentares; N
A Tabela de Composio Qumica dos Alimentos (http://www.unifesp.br/dis/servicos/nutri/) um aplicativo, publicado
e mantido pelo Departamento de Informtica em Sade (DIS) da Escola Paulista de Medicina / Unifesp desde 1997.
A
re-estruturao e a atualizao do aplicativo foi realizada pelos docentes e tcnicos administrativos em educao do DIS e
pela aluna do segundo ano do Curso de Tecnologias em Sade, Dbora Lina Nascimento Ciriaco Pereira. Utilizamos a
ltima verso (Standard Release 24) da tabela do Departamento de Agricultura os Estados Unidos (USDA), linguagem de
programao JavaScript e base de dados mongoDB e o OmegaT como ferramenta de traduo para novos termos. Na
presente reformulao foram revisados 3207 e includos
318 novos alimentos de um total de 3525; 34 medidas caseiras;
25 grupos alimentares e 146 nutrientes. Houve tambm uma grande reformulao da interface com o usurio gerando
novas e importantes funcionalidades.
Participantes:

Orientador: Meide Silva Ano


Docente: Kelsy Catherina Nema Areco
Docente: Vitor Tonini Machado
Discente: Fabricio Landi

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PROJETO Jovens Talentos


rea: Saude Coletiva
Autor: Sofia Camargo Collet
Ttulo: Jovens talentos para a cincia - conhecendo o ambiente universitrio
Palavras-Chave: Gnero, direitos das mulheres, cinema, trajetria acadmica
A experincia acadmica teve seu inicio em outubro de 2012, com a escolha
da orientadora e iniciou-se no final de um conturbado perodo de greve dos
docentes das universidades federais. A partir de ento, comeou uma imerso
no ambiente universitrio, com o acompanhamento e participao de vrias
atividades do campo de atuao da professora Cristiane Gonalves.
Uma delas foi participar de encontros do Ncleo de Estudos Heleieth Saffioti:
relaes de gnero, sexualidades e movimentos sociais onde ocorrem
discusses sobre os temas que do nome ao Ncleo. Participar dos encontros
permitiu uma aproximao com material terico, como textos da Joan Scott e
da prpria Heleieth Saffioti.
Outra atividade foi a participao na 1 Semana da Diversidade Sexual de
Santos: concretizando Direitos (Nov/12) colaborando com a realizao de
Oficina promovida pelo Centro de Referncia em Direitos Humanos em
parceria com a Secretaria Municipal de Educao de Santos. Procurou-se
trabalhar com os representantes das escolas municipais, discutindo os temas
"gnero, diversidade e direitos". A aluna fez parte do grupo de relatoria, e
estava presente tambm na ltima reunio de planejamento, na qual se
repassaram as ltimas instrues e se decidiram os detalhes finais.
Alm destas experincias, tentou-se tambm criar alguma proximidade
com o grupo do Projeto de Extenso "Sade e Cidadania: compreendendo
a construo das masculinidade entre homens da Baixada Santista". Logo
no incio do processo, em meados de outubro, houve participao (em
uma posio mais de observadora) de uma reunio de planejamento de
evento, ("caravana de sade do homem") constitudo de vrias oficinas que
procuravam trabalhar os temas da masculinidade e uso prejudicial de lcool.
Todo processo de imerso permitiu contato com diferentes temas e atividades,
o que fez com que a aluna pudesse identificar seus interesses.
Houve enfrentamento de certa um sentimento de incerteza sobre como
prosseguir no decorrer do processo. Esta dificuldade pode ser atribuda
amplitude da proposta do Programa Jovens Talentos para a Cincia,
que prope uma preparao do aluno atravs de diferentes atividades
(no especificadas) para que ele consiga inserir-se futuramente em outros
programas de bolsa,como PET ou iniciao cientfica. Parece ter faltado
um direcionamento mais concreto para os estudantes sobre a proposta do
Programa, j no incio das atividades.
Passada a fase de maiores dvidas e com uma maior clareza dos interesses
foi possvel comear a esboar um projeto de pesquisa que contou com apoio
da participao nos encontros de orientao coletiva com a orientadora. Nesta
atividades vrios orientandos se reuniam com a professora e discutiam seus
projetos. O interessante para a discente foi a oportunidade de estabelecer
uma forma de contato com outros estudantes que elaboravam seu trabalho de
concluso de curso e iniciao cientifica e, assim, adquirindo uma maior noo
de como ocorre uma pesquisa.
O projeto de pesquisa em elaborao, visa trabalhar com a desigualdade
de gnero e direitos da mulher, tendo como foco o aspecto da violncia
(em especial a violncia fsica). A anlise ser feita a partir de produes
cinematogrficas e a questo central a ser estudada seria se o cinema pode
ser utilizado como uma estratgia de luta por direitos. Sendo assim, este
projeto de pesquisa se apresenta como consequncia e resultado final do
percurso como bolsista do Programa Jovens Talentos.
Participantes:

Orientador: Cristiane Gonalves da Silva


Discente: Sofia Camargo Collet

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PROJETO Jovens Talentos


rea: Sade Mental
Autor: Fernanda de Marzio Pestana Martins
Ttulo: Resilincia no Transtorno Bipolar
Palavras-Chave: Resilincia no Transtorno Bipolar
Resumo do Projeto de Pesquisa sobre Resilincia no Transtorno Bipolar com enfoque em crianas e adolescentes
O Transtorno Bipolar (TB) se manifesta por alteraes de humor caracterizadas pela alternncia entres episdios
eufricos (mania ou hipomania) e depressivos. O TB tipo I apresenta episdios de mania e de depresso. Enquanto que o
TB tipo II caracterizado por episdios de hipomania e de depresso.
De acordo com Merikangas et al. (2011), numa recente reviso internacional, usando os critrios diagnsticos do
DSM-IV (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders ? 4th. review), indicaram uma prevalncia estimada de 1,2%
para ambos os tipos de TB.
Diagnosticar o TB em crianas e adolescentes difcil. Isso ocorre porque, alm dele poder ser confundido com
outros transtornos mentais, como o Transtorno do Dficit de Ateno com Hiperatividade (TDAH) e esquizofrenia; h a
necessidade de um longo perodo de avaliao minuciosa por um psiquiatra de crianas e adolescentes para obter seu
diagnstico. Outra questo importante que o quadro clnico na infncia e adolescncia pode ser diferente da apresentao
do TB em adultos, pois as crianas e adolescentes acometidos apresentam mais ciclagem rpida, menor durao de
episdios e mais sintomas psicticos. Porm, os critrios diagnsticos desenvolvidos para adultos so adotados para todas
as faixas etrias. de extrema importncia o desenvolvimento de estudos que visem facilitao do diagnstico de
crianas e adolescentes com TB. Isso porque principalmente, apesar do quadro clnico de TB na infncia e adolescncia
poder ser diferente da apresentao do TB em adultos, os critrios diagnsticos desenvolvidos para adultos so adotados
para todas as faixas etrias. Contudo, se o TB for diagnosticado tardiamente, traz como consequncia prejuzos de ordem
social, cognitiva e financeira.
Em relao carga gentica, quanto maior a proximidade de parentesco, maior o risco de desenvolver TB. Segundo
Birmaher et al. (2009), a frequncia de TB nos filhos de pais com TB de aproximadamente 13% enquanto na prole de
pais saudveis entre 0% e 2%.
A resilincia a capacidade que o ser humano tem de superar traumas, de ser resistente a adversidades. Assim,
apesar do estresse, das condies sociais e emocionais negativas, a pessoa resiliente consegue garantir sua integridade e
a reconstruo da prpria vida.
Os fatores ambientais que parecem sustentar a resilincia de crianas e adolescentes so famlias nas quais pelo
menos um membro estvel e contextos social, poltico e econmico favorveis. J os componentes genticos que
promovem a resilincia nesses perodos da vida humana so os genes relacionados com estruturas e funes enceflicas.
Para buscar a resilincia h a necessidade de desenvolvimento de autoconfiana, autoconhecimento, perspectiva
otimista, flexibilidade, equilbrio, entre outros. Mas, para crianas e adolescentes especificamente, h o processo do
coaching. Este trata-se de um trabalho entre um profissional (coach) e uma criana/adolescente (coachees) em que h a
facilitao do processo de aprendizagem, percepo de informaes antes ignoradas, conscientizao das prprias
capacidades e limitaes em meio a debates sobre problemas naturais da vida em sociedade.
H poucos estudos de resilincia em TB. Sendo que a maioria dessas pesquisas trata de caractersticas estruturais e
funcionais do encfalo. As restantes abordam contedos abstratos
como, por exemplo, componentes empticos das
pessoas que no manifestam TB apesar de serem parentes prximos de pacientes com o transtorno.
A resilincia de algumas pessoas que apresentam predisposio gentica para TB, mas no manifestam essa
doena uma caracterstica que instiga os pesquisadores. Possivelmente, com a evoluo dos estudos acerca desse tema,
haver medidas de tratamento ou de preveno para aqueles que manifestaram ou no a doena, respectivamente.
?
Participantes:

Discente: Fernanda de Marzio Pestana Martins

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PROJETO Jovens Talentos


rea: Sade Mental
Autor: Fernanda Gomes Gualtieri
Ttulo: A Insero do Aluno de Graduao no Aprendizado da Pesquisa e Prtica em
Psiquiatria
Palavras-Chave: Insero e Aprendizado
Orientadora:Elisa Brietzke
Aluna: Fernanda Gomes Gualtieri
Local de trabalho : Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de So Paulo (UNIFESP)
Campus: So Paulo
Este projeto prev que o aluno ingressante no ensino superior tenha contato com atendimento clnico vinculado a
pesquisa cientfica na rea da Psiquiatria. Para tal, a aluna acompanhou atendimento em diversos servios de atendimento
oferecidos populao pela Unifesp e aproximou-se do conhecimento contemplado por essa especialidade atravs de
leituras e extensa bibliografia o tema. Nesse um ano de projeto, a aluna inseriu-se no meio de produo cientfica da
psiquiatria, entre professores, residentes, ps-graduandos e diversos profissionais da rea da sade que conciliam
pesquisa, atendimento e aprendizagem/ensino. Isto possibilita aluna o bom desenvolvimento do projeto bem como a
assimilao de novos conhecimentos atravs do contato com a prtica cientfica.
As seguintes atividades foram e/ou ento sendo desenvolvidas de acordo com a proposta desse projeto:
Reunies Cientficas do Programa de Reconhecimento e Intervenes em Estados Mentais de Risco (PRISMA) e
do Programa de Ateno Psicose na Infncia e Adolescncia (PAPIA), ambos da UNIFESP, s quartas-feiras uma vez ao
ms.
Reunies Clnicas do Programa de Reconhecimento e Intervenes em Estados Mentais de Risco (PRISMA) e do
Programa de Ateno Psicose na Infncia e Adolescncia (PAPIA), ambos da UNIFESP, s quartas-feiras uma vez ao
ms.
Acompanhamento do ambulatrio semanal do Programa de Reconhecimento e Intervenes em Estados Mentais
de Risco (PRISMA) s quartas-feiras.
Visitas ao Ambulatrio Mdico de Especialidades (AME), Unidade Vila Maria, com acompanhamentos das
consultas.
Participao mensal nas atividades de Interatividade na Associao Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores
de Transtornos Afetivos (ABRATA).
Participao mensal nas atividades de Encontros Psicoeducacionais na Associao Brasileira de Familiares,
Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA), na qualidade de ouvinte.
Participao no Encontro Psicoeducacional sobre o tema Estigma, Preconceito e Adeso ao Tratamento nos
Transtornos de Humor na Associao Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA), na
qualidade de palestrante, juntamente com a orientadora deste projeto. Em 24 de Novembro de 2012.
Visitas ao Centro de Ateno Psicossocial (CAPS), Unidade Itapeva, para acompanhamento de consultas e
participao em grupos dinmicos e outras atividades l desenvolvidas, visando interao com pacientes.
Leituras tericas de artigos, de carga horria semanal, com fonte no site da ABRATA (www.abrata.org.br)
Leitura do Livro: GEDDES, John; PRICE, Jonathan; MCKNIGHT, Rebecca. Psychiatry . 4 ed. Oxford.
Leitura do Livro: LEWIS, Shn W; BUCHANAN, Robert W. Esquizofrenia. 3 ed. Fast Facts: 2007.
Leitura do Livro: GOODWIN, Guy; SACHS, Gary. Transtorno Bipolar. Fast Facts: 2010.
Leitura de sries de manuais: ASSIS, Jorge Cndido de; VILLARES, Ceclia Cruz; BRESSAN, Rodrigo Affonseca.
Conversando Sobre Esquizofrenia. Volumes 1, 2, 3, 4, 5 e 6. So Paulo: Segmento Farma.
Leitura do Livro: MELEIRO, Alexandrina; TENG, Chei Tung; WANG, Yuan Pang. Suicdio: Estudos Fundamentais.
So Paulo. Segmento Farma: 2004.
Atender a palestras e encontros para ps-graduandos da psiquiatria.
Participao na redao de manual informativo para profissionais de sade a respeito dos estados de alto risco
para o desenvolvimento de psicose e transtorno bipolar e do trabalho desenvolvido no PRISMA.
Participao na reviso bibliogrfica que fez parte do projeto de doutorado da aluna Emilie Leclerc, do Programa
de Ps-Graduao em Psiquiatria da UNIFESP.
Viagem ao Canad, para estgio de clnica e pesquisa na Universidade de Toronto por 3 semanas.
Acompanhamento semanal do projeto jovens talentos da cincia no Laboratorio Interdisciplinar de Neurocincias
Clnicas (LiNC) do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP.
Espera-se que ao final de um ano de imerso da aluna no meio cientfico e clnico da Psiquiatria, essa esteja
preparada para estagiar em servios com tais propsitos e redigir um projeto de iniciao cientfica na rea.
Participantes:

Discente: Fernanda Gomes Gualtieri

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PROJETO Jovens Talentos


rea: Sade Mental
Autor: Lara Faria Souza Dias
Ttulo: Esquizofrenia e Depresso
Palavras-Chave: espessura cortical, burden da esquizofrenia, depresso
Apesar da esquizofrenia atingir apenas 1% da populao, ela uma das doenas mais caras e com
maiores prejuzos sociais, termo conhecido como 'burden'. Esse transtorno muito dispendioso para a sociedade, visto que
no s fundamental providenciar cuidados para pessoas com esquizofrenia, como tambm deve-se arcar com os custos
indiretos dessa molstia, como a diminuio da produtividade, a incapacidade, a morte prematura, a sobrecarga dos
cuidadores e ainda alguns problemas legais, incluindo violncia. Pacientes com esquizofrenia ocupam cerca de 50% de
todos os leitos de hospitais psiquitricos. Cerca de 75% dos portadores de esquizofrenia grave no podem trabalhar ou
esto desempregados.
Esse alto 'burden' decorrente, sobretudo, de dois fatores: a esquizofrenia se inicia em idade
produtiva, geralmente entre 20 e 30 anos; a maioria dos pacientes com esquizofrenia apresentam depresso.
Depresso e esquizofrenia no so simplesmente duas doenas que ocorrem juntas ao acaso. H uma
conexo entre sintomas depressivos e baixa desenvoltura social, incluindo dificuldade de se relacionar com outros. Os
sintomas depressivos exacerbam os dficits em funes psicossociais e comumente precedem tentativas ou o suicdio
completo. A expectativa de vida reduzida em 10 anos, sobretudo em virtude de suicdios. A depresso fator de risco
para morte por suicdio em esquizofrenia, j que 10% dos pacientes acabam com a sua prpria vida. Algumas pesquisas
demonstram que depresso a principal indicao de 40% das admisses hospitalares de pacientes esquizofrnicos.
Encontrou-se sintomas depressivos em cerca de 50% dos esquizofrnicos em primeiro surto. Na fase de remisso da
doena, a incidncia de depresso foi de 25%, e, ao longo de dois anos, de 70%.
Em virtude do impacto da depresso em esquizofrenia, o objetivo dessa pesquisa analisar novos mtodos
de diagnstico por neuroimagem de depresso em esquizofrenia. Compara-se a espessura cortical de pacientes com
esquizofrenia sem depresso com a de pacientes esquizofrnicos com sintomas depressivos.
Todos os pacientes se submeteram ao exame de ressonncia magntica e foram entrevistados por
mdicos especialistas. O diagnstico foi confirmado usando SCID-1. A depresso foi mensurada pela Escala Calgary de
Depresso na Esquizofrenia.
As imagens foram adquiridas em um scanner 1.5T Siemens usando uma seqncia 3DSPGR para anlise
volumtrica (TE = 3,4 ms, TR = 2000 ms; FoV = 256 mm; ngulo de excitao: 15 ; Tamanho da matriz: 256x256;
Espessura da fatia: 1mm). O processamento das imagens foi feito utilizando o Freesurfer (disponvel em www.free.org).
FreeSurfer um conjunto de ferramentas para anlise e visualizao de dados estruturais e funcionais de imagens
cerebrais. A anlise estatstica para a diferena de espessura foi realizada com a ferramenta QDEC do pacote FreeSurfer.
Diferenas estatisticamente significativas foram identificadas utilizando o mtodo de simulao Monte-Carlo e corrigidas
com p-cluster <0,01.
Ao comparar a espessura cortical de pacientes com esquizofrenia sem depresso com a de pacientes
esquizofrnicos com sintomas depressivos, examinaremos se pacientes com apenas esquizofrenia apresentam funo e
morfologia cerebral presentes em pacientes simultaneamente esquizofrnicos e depressivos. Isso indicaria um mecanismo
fisiopatolgico para esquizofrenia independente de sintomas depressivos.
Participantes:

Discente: Lara Faria Souza Dias

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PROJETO Jovens Talentos


rea: Sade Mental
Autor: Linus Jan No
Ttulo: Evoluo clnica dos casos de Transtorno de estresse ps-traumtico
subsindrmico
Palavras-Chave: Transtorno de estresse ps-traumtico subsindrmico, subclnico, TEPT
A violncia urbana um das principais causas desencadeadoras de eventos traumticos nas grandes cidades,
tanto por meios acidentais quanto intencionais como os acidentes de trnsito e os homicdios. Isso impacta em muito a
sade mental dos indivduos de forma negativa, permitindo o desenvolvimento de diversos tipos de patologias psquicas. O
psiquiatra alemo Carl Moeli, por exemplo, observou a existncia da relao entre esses tipos de patologias com a violncia
em sobreviventes de acidentes ferrovirios.
Na sociedade ocidental, entretanto, a violncia s passou a ser analisada e discutida a partir da dcada de 80,
poca correspondente ao final da ditadura militar e da redemocratizao no Brasil, quando se percebeu a necessidade de
polticas especficas de preveno e interveno violncia, pois ela era uma das principais causas de morbidade e
mortalidade no mundo e estava relacionada aos problemas sociais e de sade.
Os estudos epidemiolgicos sobre a violncia nas ltimas dcadas mostram que ela est presente no mundo todo,
mas as estimativas a respeito das dimenses em que os diferentes tipos de violncia esto presentes nos diferentes
contextos no so precisas em decorrncia da quantidade subestimada de notificaes de casos violentos feitas s
autoridades e pela precariedade de um sistema de registro e de monitoramento da violncia.
Dessa forma, uma das principais formas de se avaliar o grau de violncia atravs da anlise quantitativa de
casos de indivduos com problemas de sade mental, uma vez que esses problemas e a violncia esto interligados numa
relao de causa e efeito, e ums dos principais problemas de sade mental o transtorno de estresse ps-traumtico.
Logo, por meio do estudo de indivduos com TEPT, tanto o total quanto o subsindrmico, possvel quantificar o grau de
violncia urbana.
A diferena entre TEPT total e subsindrmico que o primeiro atende ao mnimo de critrios de diagnstico
estabelecido pelo DSM IV, enquanto o segundo, no.
O objetivo desse estudo analisar como o funcionamento e a qualidade de vida dos indivduos com transtorno
de estresse ps-traumtico, que, por no terem sido diagnosticados com a doena mental, no puderam receber o
tratamento.
Participantes:

Orientador: Marcelo Feij Mello

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PROJETO Jovens Talentos


rea: Sade Mental
Autor: Marco Aurelio Storto Alves
Ttulo: ESTUDO SOBRE A SUBSTITUIO DE ANSIOLTICOS POR ANTIDEPRESSIVOS
NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM CRISES DE ANSIEDADE
Palavras-Chave: Ansiedade e Depresso
O trabalho consiste em uma reviso de artigos de todo o mundo sobre a substituio de ansiolticos por
antidepressivos no tratamento da ansiedade.
Observou-se que ambos os medicamentos tratam uma gama muito parecida de sintomas e, como os antidepressivos
apresentam muito menos efeitos colaterais do que os ansiolticos, comeou-se a substituir as prescries de um pelo outro.
Ento, na compilao desses artigos, pretende-se mostrar o que a comunidade mdica diz sobre essa substituio
medicamentosa: se ela benfica, se ela bem sucedida e se ela consegue suprir as necessidades de um paciente
ansioso.
Participantes:

Orientador: Prof. Dr. Sergio Luis Blay

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PROJETO Monitoria
rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Karina Bortoluci
Ttulo: Monitoria Imunologia Bsica ? 2013
Palavras-Chave: Imunologia
Andressa Scorse Souza; Mariana Marques Geraldo; Guilherme Catarino; Patricia Xander; Karina Ramalho Bortoluci
A Unidade Curricular de Imunologia Bsica proporciona aos alunos conhecimentos bsicos sobre o funcionamento
do sistema imunolgico na sade e na doena. Aborda contedos prticos e tericos, como a ativao, regulao e
mecanismos ao combate de infeces causada por microorganismos, manuteno da homeostase dos organismos,
consequncias
das
falhas
do
sistema
imunolgico
(como
reaes
de
hipersensibilidades,
autoimunidades,
imunodeficincias e tumores) e transplante. Alm de abordar as principais tcnicas em Imunologia aplicadas na pesquisa
bsica. Essa unidade curricular oferecida aos cursos de Farmcia ( integral e noturno) e de Cincias Biolgicas da
Unifesp ? campus Diadema. O programa de monitoria da Imunologia Bsica tem como objetivo envolver os monitores em
atividades prticas e tericas, de forma a promover uma melhor integrao entre docentes e alunos, contribuindo para a
melhoria da qualidade dos cursos de graduao, alm de o monitor adquirir, atravs de suas experincias, habilidades
diretamente relacionadas ao processo de ensino e aprendizagem. O monitor tem como atribuies o comparecimento em
aulas tericas e prticas, bem como a elaborao, aplicao e correo de atividades dadas em aula. Alm de elaborao
de estudos dirigidos, que so ministrados quinzenalmente no incio das aulas, de forma a revisar o contedo anterior sendo
essencial para esclarecimento de dvidas. Alm da dinmica, o monitor tambm interage ativamente com os docentes
acompanhando o planejamento e execuo das atividades, como as atividades prticas e seminrios a serem realizados
por alunos. Ao final do programa de monitoria, os recursos didticos utilizados sero posteriormente avaliados tanto por
monitores quanto por alunos. Portanto, a interao docente-monitor e monitor-aluno permitiu maior conhecimento na
Unidade Curricular de Imunologia bsica pelo monitor, bem como experincia em docncia, alm de auxiliar no
entendimento e melhora no rendimento de alunos e qualidade dos cursos de graduao.
Participantes:

Docente: Patricia Xander Batista


Discente: Andressa Scorse Souza
Discente: Mariana Marques Geraldo
Discente: Guilherme Catarino

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PROJETO Monitoria
rea: Cincias Bsicas Moleculares
Autor: Luciene Cristina de Souza Tambasco, Viviane A.L. Nouailhetas, Jane
Zveiter de Moares,Teresa Feres
Ttulo: Projeto de Monitoria do Departamento de Biofsica-UNIFESP/EPM
Palavras-Chave: monitoria biofsica ensino aprendizagem
MONITORIA DO DEPARTAMENTO DE BIOFSICA-UNIFESP/EPM
Luciene Cristina de Souza Tambasco, Viviane A.L. Nouailhetas, Jane Zveiter de Moares,Teresa Feres
Introduo
Biofsica uma cincia multidisciplinar, que requer o conhecimento de princpios fsicos, qumicos e biolgicos, bem
como da integrao de conhecimentos em diferentes nveis de organizao para a sua compreenso. Tais fatores podem
tornar difcil o aprendizado da disciplina de Biofsica e, por isso, a participao dos monitores no acompanhamento mais
individualizado e constante aos estudantes de grande importncia.
Objetivo
O objetivo primordial deste projeto de monitoria do Departamento de Biofsica foi possibilitar ao acadmico-monitor
certa experincia com o processo de ensino-aprendizagem, proporcionando uma iniciao docncia.
Atividades desenvolvidas
Atividades foram realizadas de modo que vnculos de compromisso e auxlio aos alunos dos diversos cursos do
Campus So Paulo foram estabelecidos. Inicialmente, conforme horrio compatvel ao da minha graduao, acompanhei
aulas tericas e/ou prticas de Biofsica para os diferentes cursos.
Aps estudos individuais mais aprofundados dos contedos abordados na grade curricular da disciplina de biofsica,
encontros semanais foram feitos com os orientadores, para discusso e resoluo de dvidas dos contedos.
Aps estudo
dos contedos foi implantado um planto de dvidas semanal, em local e horrio fixos, para auxiliar os novos alunos de
graduao do Campus So Paulo no esclarecimento de suas dvidas. Estes perodos semanais foram momentos de
construo conjunta do saber, nos quais tambm foram propostos desafios que estimulassem o aprofundamento nos
conhecimentos de biofsica.
Aps os plantes de dvidas com os graduandos, reunies com os orientadores foram feitas a fim de possibilitar o
intercmbio de informaes sobre as principais dvidas dos alunos, os encaminhamentos feitos pelo monitor e a reflexo
sobre os objetivos do projeto alcanados. Paralelamente a isto, outras atividades como correo e atualizao das
apostilas, correo de relatrios e ou avaliaes, fechamento de notas e de provas, foram realizados, conforme a
necessidade, sempre com a superviso dos orientadores.
Pretendemos ainda este semestre acompanhar as aulas prticas, principalmente junto aos cursos mdico e
biomdico, onde o papel dos monitores fundamental na individualizao do atendimento aos alunos, durante a discusso
em pequenos grupos.
Alm disso, participei na tabulao dos dados do Projeto de Avaliao do mtodo de
ensino-aprendizagem da Disciplina de Biofsica para os diferentes cursos ministrados na UNIFESP/EPM.
Concluses
A monitoria permite um acompanhamento do aprendizado dos graduandos sob uma ptica menos hierrquica, e
possibilita a identificao das reais dificuldades encontradas pelos discentes.
Acredito que a participao do monitor de biofsica d ao acadmico um olhar diferencial da relao
docente-discentes, pois lhe permite a experincia do lecionar, da construo e desconstruo do saber contnuo, e da
adequao da linguagem e do mtodo de ensino para quem aprende, e assim permite ao monitor que se avalie
continuamente. O projeto de monitoria tambm permite ao graduando um aprofundamento na matria, contextualizando o
conhecimento que j possua e fundamentou em sua prtica clnica que a Universidade lhe oferece.
Apoio financeiro: CNPq
Participantes:

Orientador: Teresa Feres


Docente: Viviane A.L. Nouailhetas
Docente: Jane Zveiter de Moares
Discente: Luciene Cristina de Souza Tambasco

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PROJETO Monitoria
rea: Cincias Bsicas Morfologicas
Autor: Marcelo Cavenaghi Pereira da Silva
Ttulo: Monitoria em Anatomia Descritiva
Palavras-Chave: Anatomia
Os alunos participantes do projeto de monitoria atuaram junto aos acadmicos primeiro-anistas de todos os cursos
de graduao do campus So Paulo (Vila Clementino) da UNIFESP. As atividades da monitoria ocorreram, diariamente, de
segundas s sextas-feiras, das 12h00min s 14h00min, no Laboratrio de Anatomia da Disciplina de Anatomia Descritiva e
Topogrfica da UNIFESP. No laboratrio, os monitores prestaram assessoria aos acadmicos por meio o estudo das peas
anatmicas seguindo os roteiros previamente determinados pelos docentes responsveis por cada curso. Os monitores
fizeram uma escala semanal no sentido de cumprirem 6 horas semanais de atividade em laboratrio. Alm dessas
atividades, os monitores apresentaram, mensalmente, seminrios de temas anatmicos avanados aplicados Clinica
Mdica e Cirrgica e que foram assistidos pelos docentes e ps-graduandos da Disciplina de Anatomia Descritiva e
Topogrfica. O objetivo desses seminrios foi aprofundar os temas anatmicos e despertar nos monitores a busca por
novas reas de conhecimento e de interligao com a prtica clnica.
No dia 18 de maio de 2013 foi realizado o IV Curso de Vero Intercampus na Disciplina de Anatomia Descritiva e
Topogrfica do Departamento Morfologia e Gentica da UNIFESP Campus So Paulo, no qual os monitores ministraram
aulas tericas e prticas tendo como contedo os diversos sistemas do corpo humano, com enfoque na Anatomia
Descritiva. O curso foi direcionado para alunos de Farmcia e Cincias Biolgicas do Campus Diadema da UNIFESP
tendo-se como objetivo primeiro o contato destes alunos com peas anatmicas visto que nos referidos cursos existe
apenas material sinttico. Estiveram presentes ao evento 70 alunos do Curso de Cincias Biolgicas e de Farmcia da
UNIFESP. Durante o Curso de Frias, todas as aulas ministradas foram acompanhadas pelo Prof. Marcelo C. P. Silva,
Coordenador do Projeto de Monitoria.
Os monitores tambm apresentaram seminrios de reviso para alunos primeiro-anistas do curso de Medicina por
ocasio das vsperas de suas provas regulares. Esses seminrios foram abertos para os acadmicos dos outros cursos de
graduao sendo importante para os alunos que entraram na UNIFESP em listas de chamada aps o incio do curso; o
curso de Medicina foi eleito por ter a carga horria maior e o contedo da Anatomia mais profundo dentre os demais cursos
da universidade. Somadas a essas atividades, os monitores se integraram s atividades de dissecao de peas
anatmicas, acompanhando os docentes, os tcnicos e alunos ps-graduandos. Neste momento, os monitores auxiliaram
na dissecao de peas anatmicas mais desgastadas pelo uso, aprofundando planos pr-existentes de dissecao, no
intuito de restaur-las e voltarem a ser teis para o estudo.
Ser realizada ainda uma visita de alunos do segundo grau UNIFESP onde os monitores participaro do workshop
na Anatomia em dois sbados de junho, esclarecendo estes quanto importncia da utilizao de cadveres na Medicina e
com noes bsicas de Anatomia.
Todas essas atividades compuseram um total de 12 horas/atividades semanais.
Participantes:

Orientador: Luis Garcia Alonso


Orientador: Marcelo Cavenaghi Pereira da Silva
Discente: Tamires de Menezes Franca
Discente: Rafael Dias Romero
Discente: Matheus Pascotto de Salles
Discente: Ellen Rodrigues Cavagis
Discente: Paulo Maranho Gusmo Pincovski de Lima
Discente: Tatiane Lumi Morivwaki
Discente: Jos Arthur Pinto Milhomens Filho
Discente: Luis Felipe Sales Mauricio
Discente: Leonardo Favi Bocca
Discente: Guilherme Portela Perfeito

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PROJETO Monitoria
rea: Cincias Bsicas Morfologicas
Autor: Taiza Stumpp Teixeira
Ttulo: Projeto de Monitoria da Unidade Curricular de Biologia do Desenvolvimento
2012/2013
Palavras-Chave: Biologia do Desenvolvimento
Aulas prticas de Biologia do Desenvolvimento, nas quais se utiliza material embrionrio para estudo, so
ministradas a todos os cursos do Campus So Paulo. Nesse contexto, o monitor desempenha um importante na construo
do processo ensino-aprendizagem, pois auxilia os professores na preparao do material didtico e nos estudos ps-aula.
Assim, o objetivo deste programa de monitoria preparar os monitores para auxiliar o professor no esclarecimento das
dvidas dos alunos e na organizao de material didtico utilizado em aulas. Para isso, os docentes envolvidos realizaram
com os monitores discusses prvias sobre os temas das aulas prticas, relacionando-os ao contedo terico e
demonstraro a esses monitores como cuidar do laminrio utilizado nas aulas prticas e nos plantes de dvidas. Para isto
foram realizadas reunies peridicas para explicao sobre a forma como a Unidade Curricular (UC) de Biologia do
Desenvolvimento ministrada e sobre os cuidados com o material didtico. Os alunos tambm foram orientados com
relao a provvel necessidade manuteno necessria durante o perodo da monitoria. As lminas constituem importante
ferramenta didtica que estimula o aprendizado e a memorizao visual. A realizao deste Projeto de Monitoria mostrou-se
bastante produtivo, proporcionando vivncia da didtica pelos monitores, alm de ser fundamental para o bom andamento
da UC, uma vez que os monitores prestaram auxlio muito valioso aos professores. Isto permitiu que os alunos de
graduao dos cursos Biomdico e Mdico, que representam o pblico alvo deste projeto, pudessem aproveitar melhor o
perodo em que cursam a UC de Biologia do Desenvolvimento.
Participantes:

Orientador: Taiza Stumpp Teixeira


Docente: Sandra Regina Rodrigues Lucas
Docente: Sandra Maria Miraglia Valdeoilivas
Docente: Ivone Martins Cipriano
Discente: Cssia Pereira Leite
Discente: Isabela da Silva Fraso
Discente: Isadora Rossi dos Santos
Discente: Renato Borges Tesser

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PROJETO Monitoria
rea: Cincias Bsicas Morfologicas
Autor: Tartari, R.R.; Peternelli, M. P.; Wu, J. S. A. ; Ando, S. M.; Hirata, W. N.;
Simes, M. J.;Reginato, R.D.;Godosevicius, S.; Gil, C.D.
Ttulo: Programa de Monitoria em Histologia 2012-2013
Palavras-Chave: processo de ensino e aprendizagem; graduao; organizao do laminrio didtico.
As atividades de monitoria em Histologia foram baseadas na comunicao e relao do monitor com os Professores
da Disciplina de Histologia e Biologia Estrutural e com os alunos dos cursos de Medicina, Biomedicina, Fonoaudiologia e
Tecnologias em Sade, resultando em um processo de ensino e aprendizagem. Objetivos: 1. Estmulo docncia, na
medida em que o monitor fica mais prximo da vivncia e campo de atuao dos professores; 2. Colaborao para a
melhoria dos Cursos de Graduao por meio da participao do monitor nas aulas prticas e em horrios de estudos
alternativos, possibilitando um ensino prtico individualizado aos alunos e soluo de dvidas; 3. Cooperao direta e
constante entre os professores e os
alunos da Graduao, facilitando a comunicao e o aprendizado; 4. Estmulo
interao com colegas de outras turmas e de outros cursos, possibilitando um aprimoramento da comunicao e da
habilidade de ensinar; 5. Organizao do material didtico da Histologia para o ensino nas aulas prticas. Materiais e
Mtodos: 1. Seleo de monitores por meio de entrevista pessoal com os Professores visando o interesse e envolvimento
do candidato com a Histologia, bom desempenho nas avaliaes (Histologia e Biologia Celular) e disponibilidade para
desenvolver as atividades de monitoria; 2. Treinamento dos monitores pelos Professores da Disciplina de Histologia para
participao nas aulas prticas dos Cursos de Graduao no laboratrio de microscopia; 4. Participao dos monitores em
horrios de estudo extraclasse e de reviso das lminas didticas (modelo de planto de dvidas); 5. Organizao dos
laminrios didticos e das lminas-estoque de Histologia e Citologia. Resultados: A monitoria expandiu o conhecimento dos
monitores sobre as prticas histolgicas, aprimorando suas habilidades de comunicao e ensino. Alm disso, representou
um suporte valioso aos Docentes para o ensino da Histologia, contribuindo na soluo de dvidas dos alunos e horrios
alternativos de estudo das lminas. Ressaltamos que a avaliao dos alunos de Graduao, realizada por meio de
questionrios, foi positiva, aprovando a presena de monitores nas aulas prticas e concluindo que este trabalho
importante para facilitar o processo de aprendizagem. Concluso: O Programa de Monitoria contribuiu para a integrao
docente-aluno, permitindo melhor qualidade no ensino da Histologia e promovendo uma experincia acadmica positiva
para os monitores.
Participantes:

Orientador: Sima Godosevicius


Orientador: Rejane Daniele Reginato
Orientador: Manuel de Jesus Simes
Orientador: Cristiane Damas Gil
Discente: Raissa Rodrigues Tartari
Discente: Marcella Pedroso Peternelli
Discente: Wilson Nunes Hirata
Discente: Sabrina de Mello Ando
Discente: Jenifer Shen Ay Wu

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PROJETO Monitoria
rea: Cincias Bsicas Morfologicas
Autor: Vera L Flor Silveira e Suzete M Cerutti
Ttulo: Unidade Curricular Estrutura e Funo de Tecidos, rgos e Sistema I e II
(EFTOS I e EFTOS II)
Palavras-Chave: Monitoria, EFTOS
Nome do Projeto/programa: Monitoria de Estrutura e Funo de Tecidos, rgos e Sistemas como forma de facilitar
a aprendizagem dos discentes
Campus:
Diadema
Coordenador:
Vera Lucia Flor Silveira e Suzete Maria Cerutti
Orientadores:
Suzete Maria Cerutti, Vera Lucia Flor Silveira, Luciana Caperuto, Carla Maximo Prado, Fernando
A Oliveira, Cleo A C Leite, Paula M Castelo.
Bolsista (s) Monitoria:
Henrique da Costa Oliveira
Introduo: A monitoria tem um importante papel na formao integral do aluno que est diretamente envolvido na
atividade, servindo como instrumento para a melhoria do ensino de graduao, pois possibilita a integrao entre a teoria e
a prtica e o desenvolvimento de novas experincias pedaggicas, alm de aumentar a interao entre discente e docente.
Durante os meses de novembro de 2012 a abril de 2013 foi realizada a monitoria das unidades curriculares (UCs) Estrutura
e Funo de Tecidos rgos e Sistemas I e II (EFTOS I e II) para as turmas de Cincias Biolgicas e Farmcia e
Bioqumica perodo integral e noturno. H 6 e 8 horas semanais de aulas, respectivamente, para as turmas do perodo
integral e noturno. Estas UCs fornecem aos estudantes os fundamentos da biologia do corpo humano, organizao
morfolgica e funcional dos principais tecidos e sistemas do organismo, e ainda possibilitam uma viso integrativa e
multifatorial dos fenmenos essenciais que ocorrem no indivduo para manuteno da homeostase.
Objetivos: A monitoria tinha o objetivo de ajudar tanto os alunos quanto os professores das UCs, oferecendo
plantes para tirar dvidas antes das provas tericas, fazendo revises das aulas prticas, realizando estudos em grupo e
auxiliando os professores nas aulas prticas sempre que necessrio. A inteno destas atividades, principalmente durantes
as aulas e revises prticas, era despertar no aluno o pensamento crtico e desenvolver o raciocnio que possibilitasse o
estabelecimento de uma relao clara entre estrutura e funo do tecido e/ou sistema.
Metodologia: A monitoria extraclasse das UCs ocorreu semanalmente, de forma a permitir que as turmas dos
perodos diurno e noturno do curso de Farmcia e Bioqumica, e os alunos de Cincias Biolgicas, pudessem acompanhar
as atividades propostas. Tais atividades envolveram projees das lminas dos tecidos em estudo, estudo de peas
anatmicas e anlise de casos relacionados estrutura e funo dos tecidos e sistemas. Outra metodologia utilizada foi o
planto de dvidas online, em decorrncia das inmeras atividades dos alunos e reduzido tempo de estudo e, neste
sentido, criou-se um grupo no facebook e um email. Nas monitorias onde eram discutidos assuntos desenvolvidos nas aulas
tericas, eram utilizadas as anotaes dos alunos e livros que auxiliavam nas dvidas apresentadas, sempre
contextualizando as dvidas dos estudantes na matria como um todo.
O monitor tambm, sempre que possvel, acompanhava as aulas prticas, ajudando na organizao do material para
a aula e sanando as dos alunos que precisassem de ajuda. Foi muito importante este acompanhamento por promover um
contato maior entre os alunos e o monitor, possibilitando uma comunicao maior, mesmo fora da sala de aula, durante
todo o decorrer das UCs.
Concluses: Entendemos que a monitoria das UCs EFTOS I e EFTOS II uma ferramenta didtica de extrema
importncia, pois so disciplinas que envolvem grande quantidade de contedo terico-prtico, com necessidade de
integrao entre esses contedos. Alm de promover essa ligao, a monitoria proporciona aos alunos a discusso dos
assuntos e melhor compreenso dos fenmenos descritos durante as aulas, sendo tambm uma opo mais acessvel para
tirar dvidas e conversar sobre o contedo que est sendo abordado. O nmero de estudantes que buscam essa monitoria
justifica o aumento do nmero de monitores, para que as atividades sejam mais frequentes e a interao ocorra de forma
mais proveitosa a todos os envolvidos. Desta forma, haver maior tempo e mais organizao para formular aulas de reviso
e monitores com maior frequncia durante a semana. Para o monitor, h ainda a possibilidade de rever todo o contedo da
UC, sendo assim um complemento importante na sua formao.
.
Participantes:

Docente: Vera Lucia Flor Silveira


Docente: Suzete M Cerutti
Docente: Luciana Caperuto
Docente: Carla Maximo Prado
Docente: Fernando A Oliveira
Docente: Cleo A C Leite
Docente: Paula Midori Castelo
Discente: Henrique da Costa Oliveira

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PROJETO Monitoria
rea: Cincias da Reabilitao
Autor: Liu Chiao Yi
Ttulo: Monitoria: Propedutica em avaliao musculoesqueltica
Palavras-Chave: propedutica, musculoesqueltica
O diagnstico correto estabelecido atravs de uma avaliao completa e sistemtica a fim de compreender total e
claramente os problemas do paciente, a partir do seu ponto de vista e da base fsica dos sintomas que o levaram a procurar
ajuda mdica. Uma avaliao correta depende de um conhecimento da anatomia funcional, de uma anamnese acurada, da
observao cuidadosa e de um exame minucioso. Para realizar o diagnstico necessrio interpretar os sinais e sintomas
clnicos, exame fsico, conhecimento da patologia e mecanismos de leso, testes provocativos, palpao, tcnicas
laboratoriais e exames por imagem. Sendo assim, a monitoria de propedutica em avaliao musculoesqueltica possui o
objetivo de destacar para os alunos da Unifesp - Baixada Santista do curso de fisioterapia do primeiro ao quarto ano, a
importncia do aprendizado de como avaliar o paciente de forma efetiva e completa.
O ponto fundamental da monitoria
reforar os contedos das aulas, proporcionar experincias prticas para o treino da mo e do olhar clnico dos alunos,
propondo despertar o interesse do aluno ao conhecimento, destacando sua importncia etendo os monitores sempre se
disponveis para esclarecimento de duvidas. As atividades da monitoria so realizadas com uma frequncia de uma vez por
semana, estruturadas atravs de apresentaes de slides com o tema proposto pelo cronograma previamente elaborado
pelos monitores. Inicialmente ocorre a exposio do contedo terico e demonstrao da prtica e em seguida
proporcionado um tempo para os participantes treinarem e tirarem suas dvidas. Todas semanas os monitores elaboram
roteiros com o contedo a ser explorado previamente sendo esses disponibilizados aos alunos, para melhor
acompanhamento do contedo exposto em cada encontro. Nos encontros j realizados foram abordados os seguintes
temas: ombro, cotovelo, punho e mo, colunas cervical, torcica e lombar, quadril e pelve, joelho, tornozelo e p, sempre
seguindo a ordem: (1)anatomia,(2) anamnese, (3)inspeo, (4)palpao e por fim os (5)testes especiais para cada
seguimento. Alm disso so desenvolvidos casos clnicos para cada tema, os quais os monitores se passam por pacientes
e so avaliados pelos alunos, com base no que foi aprendido durante os encontros, depois de concludas as avaliaes
explicado
as principais caractersticas do quadros clnicos naquela determinada situao e suas formas de apresentao.
Ao longo do curso da monitoria uma avaliao foi feita pelos alunos, levantando seus pontos positivos e negativos. De um
modo geral a monitoria foi avaliada como boa ou excelente, o contedo abordado durante as aulas conseguiu
complementar a grade curricular, abordando os temas esperados por eles. Os assuntos foram compreendidos
completamente pelos alunos ou em partes e em relao ao incio da monitoria e o dia da avaliao os alunos relataram
saber um pouco ou muito mais. De acordo com avaliao, os monitores foram claros e souberam demonstrar o contedo.
Como pontos positivos relataram: temas levantados atuais, disponibilidade dos monitores para esclarecimento de dvidas,
domnio dos monitores sobre o contedo, aulas didticas, variedade de testes abordados, enfoque nas atividades prticas,
atividades dinmicas e o complemento grade curricular. Como pontos negativos foram relatados: o pouco tempo para
abordagem de muito contedo e poucas macas para atividades prticas.
Participantes:

Docente: Liu Chiao Yi


Discente: Ana Carolina Serra Lucato
Discente: Ana Lcia Yaeko da Silva Santos
Discente: Daniela Priscila Floriano
Discente: Marcelo Ribeiro Cunha

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PROJETO Monitoria
rea: Cincias do Movimento Humano
Autor: Paula Fernanda Gallani Martin Del Campo
Ttulo: EXERCCIOS TERAPUTICOS NA PREVENO E TERAPUTICA DE
AFECES NEUROMUSCULOESQUELTICAS
Palavras-Chave: monitoria, exerccios teraputicos, neuromusculoesqueltica, musculoesqueltica
A monitoria um ferramenta de ensino e aprendizagem que contribui para a formao integrada do aluno nas
atividades de ensino na graduao, sendo assim entendida como instrumento para a melhoria do ensino, atravs do
estabelecimento de prticas e experincias pedaggicas que visem fortalecer a articulao entre teoria e prtica. A maioria
dos trabalhos feitos so atividades realizadas juntamente com o professor, tendo uma participao mais ativa dos mesmos.
O trabalho da monitoria auxilia o desenvolvimento pedaggica e d o apoio aos graduandos no entendimento e
compreenso do conhecimento das matrias abordadas no mdulo Exerccios teraputicos.
O Mdulo denominado Exerccios Teraputicos envolve a compreenso e domnio do uso dos movimentos e
funcionalidades do corpo humano, com finalidade de preveno, promoo de sade e reabilitao. Envolve, portanto, um
amplo conhecimento prvio no que diz respeito biomecnica e cinesiologia, que demandam, ainda, o estudo da anatomia
e fisiologia de todos os sistemas que envolvem o ser humano. Faz parte do objetivo deste mdulo o aprendizado no sentido
de correlacionar conceitos de neurofisiologia, musculoesqueltica, cinemtica, fisiologia do exerccio, entre outros, aplicar o
conhecimento terico atravs da vivncia da prtica como elemento principal da monitoria no que diz respeito ao papel de
auxiliador .
A aplicao de exerccios teraputicos trata-se de uma tarefa complexa, na qual no apenas o conhecimento e a
relao da teoria devem ser dominados, mas tambm a sensibilidade pelas demandas individuais dos pacientes,
desenvoltura e criatividade para lidar com as limitaes de materiais e espaos utilizveis no contexto apresentado,
capacidade de visualizar evoluo e manter gradativamente o incremento da terapia, mostrando-se um dos mdulos de
maior necessidade de dedicao e envolvimento pelo futuro profissional.
O projeto de monitoria Exerccios Teraputicos nas Afeces Neuromusculoesquelticas composto por 5 monitores
selecionados por meio de avaliao do histrico curricular, carta de interesse e uma entrevista. Os monitores auxiliam os
mdulos: Exerccios Teraputicos, Fisioterapia Neuromuscular I e II (Neuropediatria, Conceito Bobath, Facilitao
Neuromuscular Proprioceptiva, Tcnicas cinesioteraputicas de transferncia e mudana de decbitos e posicionamento e
mobilizao passiva do paciente plgico) e Fisioterapia Musculoesqueltica I e II (Cinesioterapia passiva, ativa e resistida e
treinamento sensoriomotor na preveno e na teraputica de afeces musculoesquelticas, quer de tratamento clnico ou
cirrgico). Foram realizados plantes de estudo livre nos horrios reservados no Laboratrio de Exerccios Teraputicos que
ocorrem de segunda-feira das 14:00h s 18:00h e s quintas-feiras das 9:00h ao 12:00h, alm de alguns plantes s
quartas-feiras das 17:00h s 19:00. Foram atendidos 37 alunos do 2 ano cursando o mdulo de Exerccios Teraputicos e
50 alunos do 3 ano cursando os mdulos: Fisioterapia Neuromuscular I e Fisioterapia Musculoesqueltica I.
O objetivo desse projeto de monitoria foi proporcionar apoio aos estudantes durante a graduao e proporcionar aos
monitores a aproximao e familiarizao com o processo de ensino-aprendizagem, contribuindo para a melhoria do ensino,
estabelecimento de novas prticas e experincia pedaggicas e a cooperao conjunta com os docentes e suas tarefas
tcnico-didticas. Ns cumprimos as seguintes tarefas: acompanhar e ajudar as aulas prticas e tericas dos mdulos
citados acima ? dependendo da disponibilidade na grade horria do monitor - intermediar a comunicao entre discentes e
docentes, montar casos clnicos para os estudantes como forma de discusso dinmica, roteiros de estudos baseados nas
aulas com o levantamento bibliogrfico atualizado da literatura a fim e favorecer o aprofundamento de contedos
ministrados em aula, auxiliar os estudantes na produo do Trabalho de Concluso de Mdulo com plantes mais voltados
prtica, confeco de aulas sobre os temas abordados em sala de aula para serem dadas nos horrios de estudo livre.
Para melhor contato entre os alunos e docente, levantamos as dvidas trazidas pelos estudantes e discutimos com
os professores para posterior devolutiva classe, realizamos reunies com os docentes para estabelecer os tpicos
preferenciais para o estudo dos alunos alm de participao na elaborao de atividades e propostas para melhoria dos
mdulos. Todas as atividades citadas acima foram relevantes para o processo ensino-aprendizagem na rea de Exerccios
Teraputicos e sua relao com as principais afeces dos sistemas neuromuscular e musculoesquelticas.
Participantes:

Orientador: Prof. Dra. Maria Stella Peccin


Docente: Prof. Dra. Maria Stella Peccin
Discente: Tatiana Ciardella Rodarte
Discente: Chao Tsai Ping
Discente: Kathlein Cristiny Peres Pouza
Discente: Talita de Castro Silva

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PROJETO Monitoria
rea: Cincias Sociais Aplicada
Autor: LUCIANA MARIA CAVALCANTE MELO
Ttulo: MDULOS TICA PROFISSIONAL E PESQUISA EM SERVIO SOCIAL
Palavras-Chave: TICA PROFISSIONAL; PESQUISA
O projeto de Monitoria dos Mdulos tica Profissional e Pesquisa em Servio Social tem como objetivo adensar a
experincia estudantil ao exerccio docente e de pesquisa, configurando possibilidades de aprofundamento temtico,
apropriao de metodologias e didticas pedaggicas e o estmulo ao fazer docente com comprometimento terico-crtico e
de qualidade.
No segundo semestre de 2012 a Monitoria foi realizada no Mdulo de tica Profissional do Curso de Servio Social,
matria de extrema densidade e de inmeras oportunidades para exercitar a docncia com criatividade e competncia.
Temos duas monitoras participantes deste projeto: Daniele Kajiya (bolsista) e Elisa Vidal (no bolsista) que vivenciaram o
exerccio da monitoria em vrias dimenses: terica; pedaggica; reflexiva; aprofundando contedos e buscando o
amadurecimento profissional na formao acadmica luz do contato prtico-reflexivo com a docncia.
O processo de monitoria se concretizou atravs de reunies semanais entre docente e monitoras com o objetivo de
discusso, reflexo, planejamento e preparao de aulas, discusso de situaes peculiares na relao professor x
estudante.
A seguir, expressamos essa experincia a partir da elaborao reflexiva das monitoras:
"Ao final do semestre, percebemos que a experincia da monitoria no se resume somente a aproximao com a
docncia - possibilitada com a coordenao de atividades; apresentao de uma aula com a temtica dos "Cdigos de tica
Conservadores" e elaborao/discusso e correo das avaliaes escritas -. entrar em contato com a matria de uma
maneira diferente ? ampliar e aprofundar conhecimento viabilizados com o planto de dvidas e acompanhamento das
atividades em sala. Destacamos, como intrnseco e importante fator ligado a monitoria o estreitamento da relao professor
/ aluno (Reunio/encontro para discusso e esclarecimento do Plano de Ensino e do Cronograma da UC; Reunies
semanais para discusso sobre as atividades e textos e elaborao das aulas; Elaborao de material de avaliao da UC
e sistematizao desses dados coletados). Um outro importante produto foi a materializao do contedo dado ao longo da
UC de tica Profissional na atividade Mostra de Arte ? A Humanidade na Arte, desenvolvida pelos prprios discentes que
acabou por se tornar um evento de troca e aprendizado muito grande. Hoje, situamos a monitoria como um espao
determinante e mpar em nossa formao, um aprendizado mutuo."
O depoimento acima revela a importncia da monitoria como estratgia universitria de criar no apenas futuros
profissionais, mas produzir elementos construtivos de conhecimento crtico para o futuro da formao acadmica. O Projeto
de Monitoria em questo tem continuidade no 1o. semestre de 2013 com o Mdulo Pesquisa em Servio Social.
Participantes:

Orientador: LUCIANA MARIA CAVALCANTE MELO


Discente: DANIELA KAJIYA
Discente: ELISA S VIDAL

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PROJETO Monitoria
rea: Cincias Sociais Aplicada
Autor: Patrcia Siqueira Varela
Ttulo: Pesquisa em Economia, Poltica e Negcios: perspectivas tericas e
metodolgicas
Palavras-Chave: Pesquisa Cientfica; Interdisciplinaridade; Abordagens Tericas e Metodolgicas
A Unifesp - Campus Osasco contempla as reas de Administrao, Cincias Atuariais (curso que est sendo
implantado este ano), Cincias Contbeis, Economia e Relaes Internacionais, no desenvolvimento de atividades de
ensino, pesquisa e extenso. A interdisciplinaridade de tais reas e com outras reas do conhecimento propiciam uma
melhor compreenso dos complexos sociais. nesse contexto que o projeto de monitoria busca se inserir, criando um
espao para o dilogo entre as diferentes reas de conhecimento que compem o Campus Osasco e possibilitando, no
processo de ensino-aprendizagem, enfoques problematizadores, o trabalho em equipe e a interdisciplinaridade.
O projeto conta com duas monitoras, uma bolsista e outra voluntria. Durante o perodo de vigncia do projeto a que
ser refere este resumo (dezembro/2012 a abril/2013), foram realizadas 14 reunies de planejamento e superviso de
atividades de monitoria, sendo elas: pesquisa dos escopos dos peridicos das reas de ?Administrao, Cincias
Contbeis e Turismo? e ?Economia?; plantes de dvidas; organizao do Simpsio de Iniciao Pesquisa no Campus
Osasco; apoio orientao dos projetos de pesquisa desenvolvidos pelos discentes inscritos na disciplina Pensamento e
Metodologia do Trabalho Cientfico; e entrevistas com os docentes do Campus Osasco.
A pesquisa dos escopos dos peridicos, classificados nos extratos A1 e A2 do Qualis/Capes, das reas de ?
Administrao, Cincias Contbeis e Turismo? e ?Economia? foi realizada com o objetivo de identificar os temas de
interesse e as abordagens tericas e metodolgicas com vistas a subsidiar a orientao dos discentes no desenvolvimento
de suas atividades de pesquisa e a elaborao do roteiro de entrevistas a serem realizadas com os docentes do Campus.
Durante o semestre letivo, ocorreram plantes de dvidas com durao de uma hora, duas vezes por semana. Alm
disso, as monitoras apoiaram as atividades de orientao de 20 projetos de pesquisa desenvolvidos pelos discentes de
duas turmas do curso de Economia inscritos na disciplina Pensamento e Metodologia do Trabalho Cientfico, sob
responsabilidade da Profa. Patrcia Siqueira Varela.
Tambm fez parte do escopo do projeto de monitoria a organizao do Simpsio: Avanos e Perspectivas da
Iniciao Pesquisa no Campus Osasco, realizado nos dias 31 de janeiro e 1 de fevereiro de 2013.
No primeiro dia, a conferncia de abertura, ?Educao e Cincia: prioridades para o Brasil?, foi proferida pela Profa.
Dra. Helena Bonciani Nader (Professora Titular do Departamento de Bioqumica da Unifesp e Presidente da Sociedade
Brasileira para o Progresso da Cincia) e, em seguida, o Prof. Dr. Eduardo Luiz Machado (Professor Adjunto do Campus
Osasco e Membro Titular da Comisso Institucional de Iniciao Cientfica) proferiu a palestra ?Histria do Campus Osasco
na Iniciao Pesquisa?. Neste primeiro dia, foram 22 participantes entre docentes e discentes.
No segundo dia foram apresentados pelos discentes (bolsistas e voluntrios) 30 projetos de pesquisa, sendo: 19
vinculados ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Cientfica, 5 ao Programa Jovens Talentos para Cincia, 2 do
Programa de Monitoria, 3 desenvolvidos pelos alunos da disciplina Pensamento e Metodologia do Trabalho Cientfico no
semestre anterior e 1 do Programa Institucional de Bolsas de Iniciao em Desenvolvimento Tecnolgico e Inovao. No
total, 34 discentes apresentaram resultados de suas pesquisas ou projetos em desenvolvimento. As apresentaes foram
realizadas em cinco salas diferentes, com duas sesses de 45 minutos em cada uma delas e trs projetos por sesso,
contando com a participao de dezenove docentes, sendo nove coordenadores e dez debatedores. Foram emitidos e
entregues certificados de apresentao para os discentes e respectivos orientadores, assim como de participao para os
coordenadores/debatedores e para os ouvintes.
Quanto pesquisa com os docentes do Campus Osasco que tem por finalidade subsidiar as atividades de pesquisa
dos discentes dos diversos cursos, o roteiro j foi elaborado e est em fase de pr-teste. Pretende-se terminar a realizao
das entrevistas e anlise dos dados at o final de maio. O objetivo identificar temas de interesse, especficos de cada rea
e interdisciplinares, assim como as principais referncias bibliogrficas, peridicos e eventos cientficos.
Quanto aos plantes de dvidas, no houve uma procura efetiva. Sendo assim, neste semestre ser adotada uma
nova estratgia para interao entre as monitoras e os discentes a partir do uso de ferramentas de educao distncia (foi
solicitado um espao no moodle para a disciplina). As monitoras tambm contriburam para repensar o formato da
disciplina, tanto em relao sequncia dos contedos quanto s atividades a serem desenvolvidas, presencialmente e
distncia.
Participantes:

Discente: Gabriela Bombonato da Silva


Discente: Stephanie Ribeiro Silva

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PROJETO Monitoria
rea: Cincias Sociais Aplicada - Cincias Economicas
Autor: Eduardo Luiz Machado
Ttulo: QUEBRA DE PARADIGMA NA MICROECONOMIA CLSSICA: A TEORIA DA
ORGANIZAO INDUSTRIAL MODERNA
Palavras-Chave: Microeconomia
O presente relatrio busca mostrar de que forma o projeto de monitoria na rea da Microeconomia se aplicou
durante o segundo semestre de 2012 no campus Osasco da Universidade Federal de So Paulo. Com expectativa de
abrangncia a todos os alunos do campus, que somavam 320, em nmeros de 2011, o programa contou com dois
monitores, orientados pelo idealizador do projeto. Na sua primeira fase de execuo, o atendimento aos alunos do curso de
Cincias Econmicas foi a atividade predominante, a partir de plantes de dvidas estruturados durante o lecionamento da
disciplina Microeconomia I.
No perodo, as atividades se deram na cobertura da ementa do curso, a partir de plantes
realizados as quartas e quintas-feiras durante o semestre, visando apoio aos alunos em relao ao contedo explorado em
aula, via soluo de dvidas e auxlio em listas de exerccios, bem como na preparao dos alunos s avaliaes da
disciplina. O controle do nmero de atendimentos foi realizado por via de uma lista de presena. Apesar do relativo nmero
expressivo de atendimentos, como mostrado acima, muito alunos participaram seguidas vezes dos plantes realizados.
Participantes:

Discente: Rafael Caires Rosemberg


Discente: Cssio Murilo Pereira Barbosa de Arajo

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PROJETO Monitoria
rea: Disturbios da Comunicao e Audio
Autor: Raquel de Aguiar Furuie
Ttulo: Articulao entre as disciplinas Teorias da Educao e Avaliao
Fonoaudiolgica
Palavras-Chave: Aprendizagem , Ensino, Prtica Profissional
INTRODUO
A monitoria acadmica representa um passo importante na vida de um estudante universitrio, pois abre caminhos
que possibilitam o aprofundamento do seu conhecimento terico e terico prtico, bem como a formao inicial para a
docncia.
A proposta do projeto ?Articulao entre as disciplinas Teorias da Educao e Avaliao Fonoaudiolgica?, a de
oferecer oportunidades
para que os estudantes monitores participem das atividades docentes desenvolvidas pelos
orientadores desde a sua fase de planejamento at a sua avaliao final, com o propsito de construir uma formao
responsvel em um espao de reflexo crtica sobre a complexidade da docncia.
OBJETIVOS
Propiciar ao estudante de graduao, situaes de vivncia de iniciao docncia, privilegiando a discusso sobre
a prtica educativa, analisando seus determinantes e particularidades da educao no campo da sade.
ESTRATGIAS DE TRABALHO
Para
atingir os objetivos, utilizamos as seguintes estratgias de trabalho: Reunies semanais para planejamento,
acompanhamento e avaliao das atividades de monitoria; Grupos de Estudo com a participao de docentes e monitores
para aprofundamento das temticas trabalhadas em sala de aula; Participao dos estudantes monitores no planejamento
de aulas tericas e prticas e na sua operacionalizao em sala de aula; Realizao de leituras e textos pelos estudantes
monitores para sedimentao dos temas abordados em sala de aula; Estudo de Casos para elaborao de exerccios de
aplicao prtica dos contedos tericos estudados; Discusso de temas especficos da rea pedaggica para subsidiar a
ao docente.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELOS ESTUDANTES MONITORES
Acompanhamento das atividades de planejamento, execuo e avaliao de aulas tericas e prticas ministradas
pelos docentes orientadores; Aulas expositivas dialogadas sob a orientao e na presena dos docentes orientadores;
Elaborao, aplicao e avaliao de exerccios prticos sob a orientao dos docentes; Suporte extra-classe aos
estudantes de graduao na elaborao de trabalhos e
para
estudos; Apoio aos docentes em sala de aula; Aulas de
reviso para estudantes da graduao; Auxlio na correo de avaliaes aplicadas, tabulao de dados e anlise dos
resultados; Elaborao de recursos auxiliares para o desenvolvimento das atividades dos docentes; Participao na
preparao e efetivao de seminrios e na discusso de casos clnicos.
AVALIAO DAS ATIVIDADES DE MONITORIA PELOS ESTUDANTES MONITORES
A participao no projeto de monitoria possibilitou : - Conhecer a realidade das atividades docentes em seus
aspectos positivos e negativos e principalmente aprender a lidar com situaes imprevistas; - Maior contato com os
docentes e com os colegas; - Aprendizado para lidar com as inseguranas; - Oportunidade de vivenciar as diferentes
atividades envolvidas na docncia ; - Aquisio de desenvoltura e de habilidades de comunicao essenciais para as
relaes interpessoais; - Crescimento de conhecimento terico que se refletiu em diferentes disciplinas do curso; Possibilidade de discutir questes de ordem pedaggica a partir de leituras e discusses de textos especficos da rea; Vivenciar o processo de planejar, executar, avaliar e replanejar a atividade docente
e descobrir a sensao
de prazer
proporcionada pela ao docente em sua plenitude.
AVALIAO DOS ESTUDANTES MONITORES REALIZADO PELOS ESTUDANTES
Durante todo o processo, os estudantes monitores foram avaliados pelos demais colegas, visando a obter
informaes que possibilitassem uma reflexo crtica e continuada das aes desenvolvidas pelos estudantes monitores. Ao
final, a maioria dos colegas, um pouco mais de 80%, fez uma avaliao positiva do trabalho dos estudantes, avaliando-os
como bons, timos e excelentes e caracterizando-os como claros, objetivos, empenhados e apresentando domnio de
contedo nas mais diferentes situaes. Tambm foram feitas crticas construtivas que serviram de base para melhorar
aes posteriores.
CONCLUSO
A experincia vivenciada mostrou que a participao e a contribuio dos estudantes monitores tiveram um papel
importante no desenvolvimento das duas disciplinas envolvidas neste projeto. Alm do compartilhamento das experincias,
durante as atividades surgiram questes do gnero : ? Qual a diferena entre ensino e aprendizagem? ? ; ?Quais so as
especificidades
do processo de ensino em sade no curso superior? ?; ?O que so metodologias ativas de
aprendizagem??; ?O que um cenrio diversificado de aprendizagem??; ?Como o docente planeja as suas aes para
atender a atividades de ensino, pesquisa e extenso??, etc. A discusso dessas indagaes oportunizou uma reflexo
crtica e poltica, possibilitando a todos ns realizar correes de rotas pedaggicas, que foram implementadas no nosso dia
a dia.
Participantes:

Orientador: Raquel de Aguiar Furuie


Docente: Ellen Osborn
Discente: Luana Fusco de Melo
Discente: Virgnia Alves de Azevedo
Discente: Pamela de Oliveira Ramos

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PROJETO Monitoria
rea: Educao em Sade
Autor: Vincius Demarchi Silva Terra
Ttulo: Monitoria do Curso de Educao Fsica
Palavras-Chave: Educao; Monitoria; Formao Profissional; Educao Fsica
O Projeto Monitoria do Curso de Educao Fsica o terceiro projeto realizado com os propsitos de: organizar o
trabalho da monitoria, avaliar suas potencialidades e deficincias e desenvolver estudos sobre aes pedaggicas dos
monitores baseadas na mediao docente/discentes. No ano de 2012-2013, projetou-se a realizao de estudos de
formao pedaggica no 2o. semestre letivo de 2012 e um evento para integrao dos mdulos monitorados com o formato
de uma semana da Educao Fsica no 1o. semestre letivo de 2013, mas a mudana do calendrio devido a greve
inviabilizou parte destas intenes. O trabalho realizado, de elaborao de um anteprojeto, ser sugerido para o prximo
ano, a ser realizado no perodo 2013-2014. Neste sentido, o principal ponto positivo da monitoria tem sido a permanncia
de suas aes e o compromisso com a formao dos monitores. O ponto negativo continua sendo a oscilao do calendrio
escolar (greves) e a dificuldade de conciliao da monitoria com a grade horria disponvel aos alunos, questes estas j
abordadas no histrico dos anos anteriores, que segue abaixo.
No projeto de Monitoria 2010-2011, intitulado ?Conexes Didticas: Entremeando os Fundamentos das Atividades
Fsicas e Esportivas I a VII?, o curso de Educao Fsica priorizou o desenvolvimento de estratgias de registro, relato,
anlise e conexes entre os Mdulos (disciplinas) prticas e tericas, contribuindo para que os alunos pudessem articular
melhor os aspectos da interdisciplinaridade presentes no eixo especfico. A avaliao geral desse projeto anterior mostrou
que houve impacto na capacidade dos alunos e monitores perceberem como estes mdulos se articulam, ainda que
houvesse um longo caminho a percorrer para que a formao interdisciplinar se consolidasse. Constatou-se, ao longo das
reunies mensais com a Coordenao, que um n crtico do Projeto Poltico Pedaggico do Curso (PPPC) era a falta de um
modelo unificado de avaliao dos Mdulos (disciplinas) que gerasse parmetros confiveis para aferir o impacto dos
trabalhos de apoio da monitoria e dos professores na formao dos alunos. Outro carncia importante que as reunies com
a coordenao apontaram foi a falta de conhecimento pedaggico dos monitores, explicado pela ausncia de disciplinas de
Licenciatura no curso, uma vez que no objetivo do atual PPPC. A falta desta formao impediu que os monitores
entendessem melhor a didtica de ensino-aprendizagem a partir de situaes problematizadoras que levam a solues
interdisciplinares, entre outros conceitos e estratgias pedaggicas.
No projeto de Monitoria 2011-2012, intitulado ?Didtica e Avaliao do Curso de Educao Fsica?, demos
continuidade a todas as demais atividades j consolidadas no Projeto de Monitoria 2010-2011, tais como: Registro e
Memria das Atividades Didticas, Reunies com a Coordenao e Orientadores e Apoio nos Processos de
Ensino-aprendizagem, mas deflagramos um processo novo de capacitao pedaggica dos alunos monitores (segundo
semestre de 2011), e desenvolvemos estudos sobre a avaliao de ensino-aprendizagem (primeiro semestre de 2012). No
primeiro semestre, fortalecemos a instrumentalizao tcnica dos alunos, ensinando processos organizativos bsicos, tendo
como principal objetivo desenvolver um modelo de instrumento de avaliao dos mdulos (disciplinas) especficos da
Educao Fsica, adequando-o tanto aos mdulos predominantemente prticos quanto os tericos, avaliando a
complexidade de pessoas e situaes envolvidas, tais como docentes, alunos, monitores, recursos didticos, infra-estrutura
de apoio, limpeza, materiais e equipamentos, segurana, manuteno etc. Por uma srie de questes, de natureza tcnica
e poltica, o instrumento de avaliao no foi implementado em todos os mdulos do eixo especfico da Educao Fsica,
mas conseguimos consolidar um instrumento de avaliao online para todo o projeto de monitoria 2011-2012 que subsidiou
o
relatrio
final
(disponvel
em
http://www.123contactform.com/form-335661/M-O-N-I-T-O-R-I-A-Educao-Fsica-2-0-1-1-2012). Alm desta ferramenta possibilitar uma apreciao mais fidedigna de todos os alunos do
curso de Educao Fsica sobre o projeto e o programa de Monitoria, foi um importante balizador para a avaliao
processual e continuada pelos monitores, que tinham reunies mensais com a Coordenao Geral discutindo os itens
avaliativos juntamente com as leituras de formao pedaggica que eram feitas, concentradas na obra de Paulo Freire
denominada Pedagogia da Autonomia. Outro fruto deste processo de reflexo sobre a Avaliao do Curso de Educao
Fsica foi o desenvolvimento de uma segunda ferramenta, tambm um formulrio online, no qual os docentes orientadores
puderam avaliar seus respectivos monitores. Para o desenvolvimento deste formulrio online, os bolsistas elaboraram
discusses sobre aspectos mais relevantes do seu trabalho, sobre quais pontos mereceriam ser qualificados e quais
poderiam ser quantificados nesta valorao dos orientadores, o que foi importante para desenvolver autonomia e
c o - r e s p o n s a b i l i d a d e
e m
s e u
p a p e l
n o
p r o j e t o
( d i s p o n v e l
e m
http://www.123contactform.com/form-335337/Questionrio-Monitoria).
No perodo de 2012-2013, o projeto de monitoria pretendeu consolidar o modo de trabalho que veio se
desenvolvendo nos ltimos trs anos e implementar definitivamente um sistema online de Avaliao completa dos Mdulos
onde esto inseridos a monitoria, englobando desde a fase diagnstica e processual, at a somativa para que os monitores
e docentes possam avaliar e realizar seus planejamentos com subsdios mais objetivos. Alm disso, estabeleceu-se um
processo de capacitao tcnico-instrumental dos monitores em conjunto com os Tcnicos de Apoio Pedaggico do Curso
de Educao Fsica num primeiro momento para, nm segundo momento, trabalhar na capacitao para a produo de
eventos acadmicos, a Semana Acadmica da Educao Fsica, cujo projeto no realizou-se no perodo estipulado, mas
chegou-se a um anteprojeto que poder ser produzido no prximo perodo 2013-2014.
De modo geral, avalia-se que a monitoria tem sido um momento mpar de aprendizado tanto para alunos quanto para
professores. As atividades de monitoria podem auxiliar a planejar melhor as atividades docentes principalmente prticas,
adequando-as e correlacionando-as melhor com possibilidades, aes e contedos. Para o discente, a oportunidade de
aprofundar e complementar a formao vivenciando experincias que contemplam interesses e afinidades prprios,
proporcionando o desenvolvimento de atividades didtico, cientfico, pedaggicas que fazem parte da formao
extracurricular do mesmo.
Participantes:

Orientador: Vincius Demarchi Silva Terra


Docente: Ciro Winckler de Oliveira Filho
Docente: Conrado Augusto Gandara Federici
Docente: Laise Tavares Padilha Bezerra
Docente: Marina Souza Lobo Guzzo
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PROJETO Monitoria
rea: Educao em Sade
Autor: Vincius Demarchi Silva Terra
Docente: Ricardo Lus Fernandes Guerra
Docente: Ronaldo Vagner Tomathieli dos Santos
Discente: Letcia Andrade Cerrone
Discente: Dimas Ramirez
Discente: Sandra Regina Gonalves Cavalcanti
Discente: Flvia Calegari
Discente: Bianca Bittencourt
Discente: Shaeny Gomes
Discente: Rafael Koga Amaral
Discente: Gustavo Souza
Discente: Aguieska Ribeiro
Discente: Bruna Labella

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PROJETO Monitoria
rea: Enfermagem - Clinica e Cirrgica
Autor: Iveth Yamaguchi Whitaker
Ttulo: Desenvolvimento de habilidades para o ensino em Emergncia e Cuidados
Intensivos em Enfermagem
Palavras-Chave: Enfermagem, monitoria, Suporte Bsico de Vida, Ensino
Introduo: A atuao dos monitores nas Disciplinas Curriculares Enfermagem em Cuidados Intensivos,
Enfermagem em Emergncia e Suporte Bsico de Vida tem possibilitado aos alunos a oportunidade de vivenciarem o
ensino e os seus processos didticos. Desde o ano de 2008, possvel perceber por meio da avaliao deste programa de
monitoria a importncia e a necessidade de se mant-lo. Com vistas a oferecer subsdios para a manuteno do
estreitamento das relaes entre docentes e discentes nas atividades de ensino, os resultados da avaliao desse projeto
so apresentados a seguir.
Objetivo Proporcionar vivncia de ensino aos monitores para o desenvolvimento de habilidades didticas na
Disciplina Enfermagem em Emergncia e Cuidados Intensivos do curso de Graduao em Enfermagem.
Mtodo: As atividades desenvolvidas pelos monitores na Disciplina Curricular Suporte Bsico de Vida (SBV) foram:
participao em reunies preparatrias para as atividades relacionadas monitoria em SBV, auxiliar os professores na
reviso dos contedos, no preparo das aulas, nas simulaes de casos atuando como manequins vivos, na orientao e
avaliao dos alunos. Nas Disciplinas curriculares: Enfermagem em Cuidados Intensivos e Enfermagem em Emergncia,
foram desenvolvidas as seguintes atividades: reviso e atualizao do ambiente Moodle das disciplinas, auxlio aos
professores no preparo das aulas terico-prticas, bem como no controle e distribuio de materiais de apoio para o estgio
hospitalar. As atividades do(s) monitor(es) foram avaliadas por meio de questionrio e relatrio.
Resultados: Em SBV, os resultados da avaliao dos alunos relacionados atuao dos monitores, mostraram que
do total de 80 alunos, 88,75% responderam que os monitores auxiliaram ativamente no esclarecimento de dvidas e
orientaes durante as aulas prticas, 81,25% concordaram que os monitores contriburam para o aprendizado, 92,5%
afirmaram que a presena dos monitores foi importante para a realizao das atividades em SBV, 86,25% que as
orientaes dos monitores foram feitas com clareza e objetividade e 80,77% que os monitores apresentaram-se sempre
disponveis e acessveis. Na avaliao dos monitores verificaram-se relatos que ratificaram as respostas dos alunos,
observando-se que monitores eram procurados com mais facilidade para elucidar dvidas. Referiram tambm que a
experincia como monitores possibilitou o amadurecimento e o desenvolvimento de confiana sobre os conhecimentos
adquiridos durante graduao, bem como o desenvolvimento da comunicao e dinamismo para a transmisso de
conhecimentos. Alm disso, relataram satisfao em ter colaborado para a aquisio de conhecimentos e habilidades dos
colegas do primeiro ano de graduao. Alguns mencionaram que a experincia estimulou o interesse pela docncia em
razo do contato prximo com os alunos, bem como com as professoras envolvidas na disciplina. Tambm foi ressaltado
que a presena do monitor possibilita que o contedo seja trabalhado de maneira a ilustrar algumas condies por meio da
simulao e no se restringindo ao mtodo
tradicional e assim facilitando o aprendizado pelos alunos. Nas reas de
Emergncia e Cuidados Intensivos, os monitores auxiliaram os professores no preparo dos materiais utilizados em
atividades terico-prticas e controle e distribuio de materiais de apoio para o estgio hospitalar. O fato dos monitores
serem alunos da quarta srie e as disciplinas em questo serem ministradas nessa srie dificulta em parte a atuao do
monitor. Apesar desse aspecto, julgou-se de fundamental importncia a sua presena no desenvolvimento das atividades e
informamos que j esto sendo elaboradas atividades que possibilite maior atuao dos monitores nessas disciplinas.
Concluso: Os resultados deste projeto endossam resultados anteriores de que as atividades realizadas pelos monitores
nas disciplinas curriculares Enfermagem em Cuidados Intensivos, Enfermagem em Emergncia e Suporte Bsico de Vida,
possibilitam oportunidades de aquisio de habilidades e conhecimentos para o ensino em enfermagem. Alm disso, todos
os monitores valorizaram a experincia da monitoria e os demais alunos reconheceram que os monitores colaboram
ativamente e foram importantes para o seu aprendizado.
Participantes:

Orientador: Cassia Regina Vancini Campanharo


Orientador: Cibele Rizzo Cohrs
Orientador: Meiry Fernanda Pinto Okuno
Orientador: Satomi Mori
Docente: Iveth Yamaguchi Whitaker
Docente: Ruth Ester Assayag Batista
Docente: Suely Sueko Viski Zanei
Discente: Ana Maria Limeira de Godoi
Discente: Anderson Aguiar Junior
Discente: Anna Carolina Martins Silva
Discente: Bruna Emy Ono
Discente: Carolline Machado de Miranda
Discente: Gabriella Campos Ferreira Barbosa
Discente: Leticia de Oliveira Grassi
Discente: Milene de Jesus Santos Cruz
Discente: Samuel Sueharu Oka
Discente: Sylvia Regina Cavalcanti Oca

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PROJETO Monitoria
rea: Exatas
Autor: Gleice Margarete de Souza Conceio
Ttulo: Monitoria em Estatstica
Palavras-Chave: monitoria, estatstica, avaliao, alunos
OBJETIVO: A monitoria em Estatstica foi oferecida, no 2 semestre de 2012, aos alunos do curso de Cincias
Biolgicas do Campus Diadema matriculados na Unidade Curricular (UC) ?Bioestatstica?. As atividades de monitoria tm
por objetivo fornecer ao aluno oportunidades para melhorar seu aproveitamento do contedo da UC e consistem no
esclarecimento de dvidas sobre o contedo visto em aula, no auxlio na resoluo de exerccios (que so uma importante
ferramenta de aprendizado da Estatstica), no preparo de atividades didticas fora da sala de aula, entre outras. Foram
realizados plantes de monitoria com durao de 4h semanais, em duas unidades (Jos de Alencar e Manuel da Nbrega).
O presente projeto pretende avaliar se, do ponto de vista do aluno, as atividades de monitoria contriburam para melhorar
seu desempenho na UC at o presente momento.
MATERIAL E MTODO: Foi elaborado um questionrio com 10 itens visando avaliar a utilidade/contribuio da
monitoria, tais como ?A monitoria contribuiu para melhor compreenso da matria lecionada em aula??, ?A monitoria
contribuiu para melhorar o meu aproveitamento na UC??, etc., e respostas em uma escala de 1 a 5, onde 1 equivale a ?
Discordo Fortemente? e 5 equivale a ?Concordo Fortemente?. Este questionrio foi aplicado aos alunos que cursaram ?
Bioestatstica? no 2 semestre de 2012.
ANLISE ESTATSTICA: Foi feita uma anlise descritiva envolvendo a distribuio de freqncias das respostas a
cada item do questionrio, ilustrada em grficos e tabelas.
RESULTADOS: Entre os que responderam ao questionrio, mais de 85% afirmam que a monitoria apresentou
alguma contribuio para melhorar o entendimento da matria vista em aula, 32% afirmam que a monitoria auxiliou na
resoluo dos exerccios. Cerca de 70% disseram ser sido bem atendidos pelas monitoras, mas 57% afirmam que o tempo
de durao dos plantes de monitoria no atende s suas necessidades. Entretanto, menos de 35% relatam comparecer
assiduamente monitoria e cerca 38% afirmam estar satisfeitos com a Monitoria. Isto deve acontecer, em parte, devido ao
grande nmero de atividades, tarefas e extensa carga horria a que esto sujeitos. Em geral, essa frequncia aumenta
consideravelmente em vsperas de provas. Entre as sugestes dos alunos para os monitores/professores desta UC, foram
solicitadas mais atividades envolvendo a resoluo de exerccios passo a passo, o que dever ser implementado no
prximo semestre.
CONCLUSES: A avalio da monitoria por parte do pblico alvo mostrou ser fundamental para que o programa
possa ser aperfeioado a cada semestre. As solicitaes dos alunos sero levadas em conta com o objetivo de oferecer
mais oportunidades para aumentar o aproveitamento do contedo desta UC.
Participantes:

Discente: Thais Liu

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PROJETO Monitoria
rea: Exatas
Autor: Patrcia Alessandra Bersanetti
Ttulo: Monitoria Integrada em Unidades Curriculares de Cincias Exatas dos Cursos
de Tecnologias em Sade
Palavras-Chave: Monitoria, Cincias Exatas, Clculo, Fsica, Qumica
Os cursos de Tecnologias em Sade da EPM - UNIFESP integram em sua estrutura a rea de cincias exatas,
particularmente, as unidades curriculares (UCs) de Fundamentos de Matemtica e Estatstica, Clculo I, Clculo II, Fsica I,
Fsica II, Fsica III, Fsica Experimental I, Fsica Experimental II, Qumica I e Qumica II. O domnio do conhecimento de
ferramentas avanadas da matemtica e estatstica, associado ao aprendizado terico e experimental das leis fsicas e
qumicas que regem a natureza e dos processos em nvel molecular, do suporte ao aluno que deseja aprimorar-se s
novas tecnologias que so empregadas na rea de sade. Uma das principais dificuldades encontradas pelos estudantes
est na compreenso e operao em nvel mais avanado dos conceitos fundamentais encontrados na rea de cincias
exatas, o que pode comprometer o desenvolvimento de seu raciocnio lgico. Os estudantes apresentam, assim,
dificuldades na reflexo, explorao e deduo, trazendo s vezes a tcnica e no o significado dos conceitos. O objetivo
deste projeto de monitoria em Unidades Curriculares de cincias exatas foi, mediante o apoio organizado e sistemtico,
estimular e orientar o aluno em suas dificuldades, facilitando-lhe as situaes de aprendizagem, alm de estimular a
iniciao docncia aos futuros profissionais do curso. A monitoria foi oferecida semanalmente na forma de plantes de
dvidas nas UCs de Clculo I, Fsica Experimental I e II, Fundamentos da Matemtica e Estatstica, Qumica Geral I e II,
para os alunos de graduao dos cursos de Tecnologias em Sade (Tecnologia em Informtica em Sade, Tecnologia em
Radiologia e Tecnologia Oftlmica). Durante o perodo deste projeto de monitoria (segundo semestre de 2012 e primeiro
semestre de 2013), os monitores focaram na orientao dos alunos na resoluo de problemas, no auxlio ao aprendizado
individualizado, na resoluo e correo de exerccios, estimulando o aprendizado e o aprofundamento dos conceitos j
estudados. Nas UCs de Fsica Experimental I e II e de Qumica Geral I e II os monitores foram responsveis tambm pelo
auxlio nas aulas de laboratrio e na elaborao dos relatrios. No final de cada semestre, foi entregue aos alunos um
questionrio de avaliao sobre a monitoria. Os resultados foram analisados e sero apresentados durante o congresso de
monitoria e no relatrio final. Ficou evidenciado que os principais motivos de procura s monitorias foi o esclarecimento de
dvidas gerais e o apoio resoluo de exerccios e guias de estudo propostos e que na grande maioria das vezes a
monitoria alcanou estes objetivos. Pde-se perceber ainda que os alunos que compareceram s monitorias sentiram-se
mais motivados para realizao de atividades de estudos, o que influenciou diretamente no seu desempenho final. Assim, a
continuidade deste projeto mostra-se importante por contribuir para um melhor aproveitamento dos alunos, motivando-os no
decorrer do curso e para o aprimoramento das atividades curriculares, estimulando o desenvolvimento do raciocnio
cientfico, da criatividade e das capacidades analtica, crtica e de sntese.
Participantes:

Docente: Prof. Dr. Marcelo Baptista de Freitas


Docente: Profa. Dra. Juliana Luporini Dreyfuss
Docente: Prof. Dr. Fernando Martins Antoneli Jr.
Docente: Profa. Dra. Patrcia Alessandra Bersanetti
Docente: Profa. Dra. Raquel Santos Marques de Carva
Docente: Prof. Dr. Silvio Ricardo Pires
Discente: Beatriz Martinez Bido
Discente: Claudia Paim Mandelman
Discente: Eric Hideki Watanabe Fernandes
Discente: Letcia Satsie Ftima de Freitas Yamashita
Discente: Roberta Pinha Crespo

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PROJETO Monitoria
rea: Exatas - Cincias Ambientais
Autor: Cludia Regina Passarelli
Ttulo: Projeto de monitoria da unidade curricular de Geologia
Palavras-Chave: Geologia, dinmica interna e externa da Terra
A Geologia no contexto do Ciclo Bsico do Campus de Diadema fornece uma importante base torica, metodolgica
e prtica envolvendo temas diversos para os cursos de Engenharia Qumica, Qumica, Biologia e Farmcia-Bioqumica,
relacionados s fontes de materiais, energticas e hdricas; evoluo de paisagem, impactos, variaes climticas e
ambientais, poluio; formao, composio e variao de solos. Para as Cincias Ambientais a geologia a base, pois
abrange o estudo dos processos da Dinmica Interna Terrestre (Origem e Estrutura da Terra, Tectnica de Placas,
Terremotos e Vulcanismo), materiais terrestres (Minerais, Rochas gneas, Rochas Sedimentares, Rochas Metamrficas,
Ciclo das Rochas e Ciclo Hidrogeolgico) e processos da Dinmica Externa (Intemperismo, eroso e disperso de massa,
Propriedades texturais e morfomtricas dos sedimentos, Ambientes de sedimentao, Registro geolgico do tempo,
Paisagens: interao da tectnica com clima, Terra sob oceanos e Evoluo dos continentes, Energia e recursos materiais,
meio ambiente, mudana global e impactos ambientais).
Dentro desta UC, que abrange diversas reas, tendo um contedo bastante denso e extenso, os monitores so
fundamentais para o acompanhamento dos alunos nas aulas prticas e tericas. O apoio dos monitores fora do mbito de
sala de aula com os plantes de dvidas, alm de esclarecer dvidas relacionadas ao contedo aplicado, tambm ajudam
em exerccios e trabalhos que so aplicados na UC.
Alm do auxlio nas aulas e acompanhamento nas prticas, os monitores garantem a ateno para os 350 alunos da
Unidade Curricular (distribudos em 4 turmas do perodo Integral e 3 turmas do perodo Noturno), alm dos 50 alunos de
Geologia Geral do Curso de Cincias Ambientais, em horrios e locais especficos para atendimento especial atravs de
planto de dvidas, ?mini-aulas?, e prtica de atividades. A presena dos monitores nos trabalhos em laboratrios e de
campo assegura o trabalho do docente e auxilia o controle e distribuio dos grupos e dos contedos ministrados. A
experincia nos anos anteriores revelou a importncia do auxlio dos monitores na UC, verificado principalmente pela
melhora do desempenho dos alunos. No perodo da monitoria em questo, foram realizadas atividades junto UC
Princpios de Mineralogia atravs da preparao de kits de minerais utilizados em aulas prticas e reforo em temas
abordados na UC Geologia para os alunos de Cincias Ambientais. Este reforo, realizado atravs de diversas aulas
condensadas teve o intuito de aprimorar o conhecimento dos alunos em conceitos importantes na rea da Geologia
primordiais diversas matrias ministradas no decorrer do Curso de Cincias Ambientais. Esta ltima atividade possibilitou
aos monitores desenvolverem melhor suas tcnicas didticas e maior domnio sobre o contedo abordado, alm de
contriburem no aprendizado dos alunos.
Os monitores alm de interagirem diretamente com os alunos, so fundamentais para a montagem de kits de
minerais e rochas utilizados nas aulas prtica das UCs Geologia (Ciclo Bsico e Cincias Ambientais) e Princpios de
Mineralogia. Alm disso, contribuem para a organizao e catalogao do acervo de minerais, rochas e solos da
universidade que aumenta a cada semestre, possibilitando abranger o maior nmero de exemplares possveis para as aulas
prticas. As amostras de rocha, solos e minerais fornecem a possibilidade aos alunos, de diversos cursos, terem acesso e
estudar materiais naturais que so utilizados e transformados para os mais variados fins: na indstria qumica (minerais
metlicos e no metlicos), eltrica (minerais metlicos e no metlicos condutores), farmacutica (sais minerais,
argilominerais,
filossilicatos),
agropecuria
(minerais
fertilizantes),
como
fontes
energticas
(carvo,
petrleo,
hidrocarbonetos em geral), e solos como fonte para anlise de paisagem, geotecnia e qualidade ambiental, entre outras
aplicaes.
Participantes:

Orientador: Claudia Regina Passarelli


Docente: Mirian Chieko Shinzato
Discente: Daniela Hipolito Maggio

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PROJETO Monitoria
rea: Exatas - Engenharia e Materias
Autor: Patricia Fazzio Martins
Ttulo: Projeto de Monitoria em Operaes Unitrias
Palavras-Chave: Monitoria, Operaes Unitrias
Na disciplina de Operaes Unitrias, os alunos estudam os equipamentos mais usualmente encontrados nas
indstrias qumicas, entre eles: bombas, trocadores de calor, colunas de destilao e absoro, entre outros. Para
proporcionar o conhecimento adequado destes equipamentos, a disciplina de Operaes Unitrias no curso de Engenharia
Qumica da UNIFESP foi concebida para abrigar tanto aulas tericas quanto experimentais. Nas aulas tericas, so
realizadas as descries dos equipamentos e abordados os fundamentos termodinmicos, cinticos e de transporte que
permitem o entendimento do funcionamento e o projeto dos mesmos. J nas aulas experimentais, os alunos, organizados
em grupos, podem ter contato prtico com diferentes equipamentos (em escala laboratorial), e realizam, o start up, a
operao, a tomada de dados, a anlise dos processos fsico-qumicos, e o shut down dos equipamentos. A associao de
vrios equipamentos formam um processo industrial. Assim, de grande importncia garantir o bom aproveitamento dos
alunos nestas unidades curriculares (UC) visando, tanto fornecer os pr-requisitos necessrios para outras disciplinas do
curso, como a disciplina de Projetos, quanto possibilitar a formao de bons profissionais, capazes de exercer plenamente
suas funes de projetar, construir, operar plantas industriais, ou implementar melhorias nos equipamentos e processos
existentes. Para isto, um dos recursos utilizados na identificao e superao de problemas no processo
ensino-aprendizagem a monitoria. Durante o andamento do Projeto de Monitoria em Operaes Unitrias 2012-2013,
o
desenvolvimento de atividades didtico-pedaggicas que buscam a constante melhoria do aprendizado e o despertar do
interesse por parte dos discentes foi realizado com a cooperao dos monitores e do docente orientador. Atravs da
monitoria, os monitores puderam ser iniciados docncia, e tiveram a oportunidade de desenvolver e exercitar suas
habilidades pessoais e profissionais com responsabilidade,
trazendo contribuies significativas para a UC, e para os
alunos que puderam receber um atendimento individualizado.
possvel identificar 3 reas de atuao do Projeto de
Monitoria em Operaes Unitrias 2012-2013. Primeiramente, o contato direto dos monitores com os alunos, realizado por
meio de plantes de dvidas e via internet, promoveram um melhor acompanhamento dos alunos e forneceram respostas
referentes qual abordagem seria mais adequada no incentivo continuidade do aprendizado fora de sala de aula. Dessa
forma, surgiu a ideia que deu origem ao segundo ponto de ao: a criao de um espao na plataforma Moodle, chamado
DAMOU (Desenvolvimento de Atividades de Monitoria em Operaes Unitrias), no qual foram criadas atividades de reviso
com datas previstas de entrega referentes a cada tpico estudado na disciplina.
A realizao de atividades de reviso
permite tanto para o aluno quanto para o professor, verificar se houve algum problema na assimilao e aplicao de algum
conceito ao longo do processo de aprendizagem, e no apenas durante as avaliaes. Alm disso, estas atividades
permitem a continuidade do aprendizado, evitando que o aluno deixe para estudar as vsperas das provas. Para estimular a
participao dos alunos na realizao destas atividades uma bonificao extra ao final de cada atividade foi atribuda a cada
discente participante. As atividades de reviso realizadas atravs da plataforma Moodle tiveram boa aceitao por parte dos
discentes, com a participao de mais de 76% dos nmero de matriculados. Entretanto, percebeu-se que alguns pontos
devem ser aprimorados, j que as atividades de reviso so respondidas virtualmente e no h como garantir a identidade
do aluno e a utilizao de um mtodo de estudo idneo. Uma alternativa para esse caso seria, no apenas realizar
questes de mltipla escolha, mas tambm questes abertas, com o envio da resposta correta por parte do discente. Por
fim, o terceiro grupo de atividades consistiu na melhoria do experimento de Anlise Granulomtrica, realizando alteraes
no roteiro experimental com a finalidade de torn-lo mais sucinto e claro quanto s questes a serem abordadas em todo
relatrio. E, tambm, pela preparao de diferentes amostras para cada grupo. Antes do desenvolvimento deste projeto,
todos os grupos de todas as turmas analisavam a mesma amostra de areia, o que favorecia a duplicao de resultados, e,
devido previsibilidade do resultado, no gerava nenhuma expectativa de encontrar algo novo. A ideia de preparar
amostras diferentes para cada grupo motivar e despertar a curiosidade do aluno com relao ao comportamento de sua
amostra e aproximar o experimento da realidade, pois, na prtica, so vrios os materiais slidos particulados encontrados
no ambiente industrial. Alm disso, a
existncia de amostras diferentes favorece a discusso e o intercmbio de
informaes entre os grupos, que buscam explicaes para os diferentes comportamentos de suas amostras. Deste modo,
o Projeto de Monitoria em Operaes Unitrias cumpriu com sucesso seus objetivos e prev a continuidade de suas
atividades para os prximos semestres.
Participantes:

Orientador: Patricia Fazzio Martins


Discente: Felipe Amaral de Moraes
Discente: Patrcia Rie Hara
Discente: rika Sayuri Nishiduka Costa

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PROJETO Monitoria
rea: Exatas - Fisica e Matemtica
Autor: Kelly Cristina Poldi
Ttulo: A Utilizao de Monitores no Aprimoramento do Processo de
Ensino-Aprendizagem das UCs Relacionadas a Matemtica Computacional nos
Bacharelados Oferecidos no Campus So Jos dos Campos
Palavras-Chave: Monitoria; lgebra Linear; Matemtica Computacional
Este projeto tem como principal objetivo auxiliar o processo de ensino-aprendizagem das unidades curriculares
relacionadas a Matemtica Computacional constantes na grade curricular dos Bacharelados oferecidos no ICT, que
reconhecidamente possuem baixas taxas de aprovao, por meio de uma ao coordenada e uniforme dos monitores e
docentes das diferentes reas da Matemtica.
Este projeto visa o alcance dos seguintes objetivos especficos:
* Auxiliar no aprendizado do conjunto de alunos ingressantes na universidade, em especial aqueles com maior
dificuldade, em virtude de uma formao bsica insuficiente.
* Elevar os ndices de alcance de objetivos de aprendizagem e permanncia de alunos na UNIFESP, pelas aes da
monitoria no apoio a grupos de estudo e aos alunos de menor rendimento acadmico, principalmente em unidades
curriculares onde os alunos encontram maiores dificuldades para aprovao.
* Iniciar os alunos/monitores na vida acadmica, incentivando-os nas prticas de pesquisa, atividades de ensino e
de extenso, com aprofundamento terico nos contedos das unidades curriculares dos dois primeiros semestres.
* Estimular a postura profissional e tica, pela valorizao de atitudes de cooperao, responsabilidade, autonomia e
empenho nas atividades acadmicas.
* Incentivar a interao entre alunos, professores e a comunidade acadmica.
Participantes:

Discente: Vinicius Augusto de Souza

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PROJETO Monitoria
rea: Exatas - Fisica e Matemtica
Autor: Luciana Varanda Rizzo
Ttulo: Projeto de Monitoria de Clculo I e Clculo II para os cursos de Engenharia
Qumica, Farmcia e Bioqumica, Qumica e Biologia e Qumica Industrial
Palavras-Chave: clculo matemtica monitoria
A monitoria da Unidade Curricular Clculo II foi realizada duas vezes por semana, tanto no perodo diurno quanto no
noturno. Dois monitores bolsistas atuaram no atendimento aos alunos. A frequncia dos alunos foi maior nos horrios da
noite, com mdia de 3 a 5 alunos por planto. Durante o horrio do almoo, raramente havia alunos frequentando a
monitoria, com no mximo 2 alunos por monitoria. Em vspera de provas o nmero de alunos aumentou consideravelmente,
e em uma das aulas de reviso no perodo noturno cerca de 60 alunos compareceram. Os alunos estudavam para as
provas, em geral, apenas pelos exerccios indicados pelas listas enviadas pelos professores. Os tpicos que geraram mais
dvidas foram: limites, continuidade e definio de derivada; integrais duplas e triplas sobre regies genricas; mudana de
coordenadas em integrais duplas e triplas e matriz Jacobiana; e resoluao de equaes diferenciais pelo mtodo do fator
integrante. Em geral, notou-se uma grande defasagem dos alunos em relao ao conteudo ministrado em Clculo I e
tambm a respeito de contedos ministrados no ensino mdio, como vizualizao e construo de grficos e operaes
algbricas. Este projeto de monitoria continuar ao longo do primeiro semestre de 2013, atendendo UC de Clculo I.
Participantes:

Orientador: Luciana Varanda Rizzo


Docente: Alexandre Alves
Docente: Ren Medrano Torricos
Discente: Felipe Cassio Lima Quinties de Aguiar
Discente: Nathlia de Toledo Pinto

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PROJETO Monitoria
rea: Exatas - Fisica e Matemtica
Autor: Rose Clvia Santos
Ttulo: Monitoria de Fsica I
Palavras-Chave: Fsica I
O propsito bsico desta monitoria auxiliar as turmas do Ciclo Bsico e de Cincias Ambientais no aprendizado de
Fsica I, prestando assistncia contnua para um total de cerca de 300 alunos.
Uma experincia interessante e inovadora
foi adotada ao longo deste perodo: Alm da assistncia estudantil usual nos plantes de dvidas em horrios previamente
programados para o semestre 2012.2, tivemos tambm a criao de um grupo no Facebook com cerca de 150 membros.
Este frum, intitulado MONITORIA DE FSICA I, foi administrado por um dos monitores, o aluno Pietro Ramalho. Os
estudantes trocavam experincias, discutiam, compartilhavam informaes relevantes da UC envolvendo diversas turmas e
distintos professores. Alm disso, o frum serviu para combinarem previamente algumas atividades conjuntas com os trs
monitores. Acredito que o resultado foi bastante satisfatrio e produtivo.
Participantes:

Docente: Rose Clvia Santos


Docente: Lilia Coronato Courrol
Docente: Theotonio Pauliquevis
Discente: Kalvin Sousa Leite
Discente: Pietro Soares Ramalho
Discente: Artur Guiselini Birello

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PROJETO Monitoria
rea: Exatas - Informtica e Cincias da Computao
Autor: Valrio Rosset, Luiz Eduardo Galvo Martins
Ttulo: Suporte para Melhoria da Aprendizagem das UCs Relacionadas rea de
Cincia da Computao nos Bacharelados Ofertados pelo Instituto de Cincia e
Tecnologia
Palavras-Chave: CIncia da Computao
Este projeto tem como principal objetivo auxiliar o processo de ensino-aprendizagem das unidades curriculares
relacionadas a Cincia da Computao constantes na grade curricular dos Bacharelados oferecidos no ICT, que
reconhecidamente possuem baixas taxas de aprovao, por meio de uma ao coordenada e uniforme. Esta ao ser
executada pelos monitores e docentes das diferentes reas do saber da Cincia da Computao. Foram alocadas 2 bolsas
de monitoria para este projeto e os alunos atuaram, durante o segundo semestre de 2012, especificamente nas turmas de
Algoritmos e Estruturas de Dados nos cursos de Bacharelado em Cincia da Computao,
Bacharelado em Matemtica
Computacional e Bacharelado em Cincia e Tecnologia.
Desse modo estimamos que aproximadamente 200 alunos foram
diretamente beneficiados com as atividades desenvolvidas pelos monitores.
A avaliao da monitoria foi realizada
parcialmente, por meio de um formulrio web onde os alunos poderiam preencher voluntariamente. Os resultados da
avaliao apontam que a maioria dos alunos atendidos ficaram satisfeitos com o atendimento, sendo que 100% deles
classificaram a eficincia dos monitores na resoluo das dvidas nos nveis "bom" e "excelente". Alm disso os alunos
indicaram a relevncia da monitoria para o melhor entendimento das UCs, sendo que 50% deles classificaram como "Alta".
33% como "Mdia" e 17% como "Baixa". Os resultados demonstram ainda a total satisfao dos alunos quanto aos horrios
de atendimento dos monitores. E finalmente tambm pode ser observado que maioria dos alunos (93%) procurou os
monitores para esclarecer dvidas quanto aos conceitos e exerccios e poucos (7%) os procuraram para esclarecimentos
de dvidas quanto a provas e exames.
Participantes:

Docente: Mari Cristina Vasconcelos Nascimento


Docente: Ezequiel Roberto Zorzal
Discente: Marcus Vinicius Gomes Vieria
Discente: Kevin Brennan Guzi

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PROJETO Monitoria
rea: Humanas
Autor: Giovanna Feitosa Rossinhole
Ttulo: Monitoria em Lngua Portuguesa
Palavras-Chave: Lngua Portuguesa; Morfologia; Sintaxe
As atividades desenvolvidas no programa de monitoria das Unidades Curriculares Lngua Portuguesa II e III abarcam
o perodo de setembro de 2012 (1 semestre de 2012) a maio de 2013 (2 semestre de 2012). A disciplina Lngua
Portuguesa III ocorreu de setembro a dezembro de 2012. Esta teve como ementa discutir e sistematizar os conceitos
bsicos e os princpios metodolgicos da Sintaxe de base gerativa, apontando interfaces com outros nveis de
conhecimento lingustico, principalmente a Morfologia e a Semntica. Durante esse perodo, optei por assistir novamente s
aulas para relembrar o contedo e, assim, ajudar melhor os colegas. A disciplina Lngua Portuguesa II ocorreu de janeiro a
maio de 2013. Esta tem como objetivo apresentar ao aluno os fundamentos da teoria morfolgica e sua aplicao anlise
do portugus do Brasil. Visa a propiciar familiaridade com conceitos fundamentais tanto para uma investigao mais
profunda na esfera terica quanto para uma prtica docente mais sofisticada e crtica (essa informao foi extrada do
contedo programtico completo da Unidade Curricular). Como eu j havia sido monitora desta disciplina no ano anterior,
no assisti novamente s aulas. Durante a monitoria, reunies foram agendadas (via email) em dias e horrios propcios
tanto para mim quanto para os alunos. Alm das reunies, tambm auxiliei alguns alunos atravs de emails. Estes me
mandaram suas dvidas e eu procurei resolv-las da melhor forma. Com relao disciplina Lngua Portuguesa III, foi
solicitado aos alunos a elaborao de dois artigos. J as avaliaes da disciplina Lngua Portuguesa II foram duas provas.
Atravs da releitura de alguns textos vistos em sala de aula e da leitura de outros includos nos novos cronogramas,
busquei relembrar o contedo j visto e aprender o novo para, assim, sanar as dvidas dos alunos. Pude ento me
aprofundar no contedo terico, tanto de Sintaxe quanto de Morfologia, tendo sempre como apoio a comunicao com o
professor responsvel pela disciplina. Durante o perodo de monitoria de Lngua Portuguesa III, uma quantidade maior de
alunos me procurou solicitando ajuda com o contedo terico do artigo. Enquanto que durante o perodo de monitoria de
Lngua Portuguesa II, apenas alguns alunos procuraram por ajuda. Nos plantes de dvida, fizemos a releitura de trechos
de textos trabalhados em sala e, ento, discutimos os conceitos que estavam gerando dvida. Em suma, tive uma breve
experincia como docente que de grande importncia para a minha formao.
Participantes:

Discente: Giovanna Feitosa Rossinhole

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PROJETO Monitoria
rea: Humanas
Autor: Priscila Cardoso
Ttulo: EIXO DE FUNDAMENTOS DO TRABALHO PROFISSIONAL
Palavras-Chave: Servio Social, formao profisisonal, Trabalho
A monitoria um processo presente na formao acadmica que possibilita ao aluno a aproximao ao exerccio
profissional da docncia, alm de integrar o eixo ensino que compe o trip da formao, um espao que colabora e
incentiva a interao entre estudantes e docente para alm da forma convencional, na qual os discentes participam e
analisam como estar ?do outro lado?.
A prtica da monitoria tambm mais uma maneira dos estudantes
compreenderem a importncia da tica, e da atualizao e formao contnua, onde os monitores podem contribuir com
sugestes didticas e metodolgicas no clssicas para a sala de aula.
A monitoria do Eixo Fundamentos do Trabalho Profissional, que compe as UCs : Trabalho e Profisso (6 e 8
termos vespertino e noturno), FHTM : Renovao e Projetos Profissionais (3 termo vespertino e noturno) e OTP :
abordagens grupais e socioterritoriais (5 termo vespertino e noturno), representa uma oportunidade aos monitores de
aprofundarem conhecimentos j adquiridos anteriormente e estabelecer contato com contedos que faro parte da
formao acadmica. Na UC de Trabalho e Profisso, que teve como monitoras as estudantes Alexia Carvalho, Ana
Carolina Zanluqui e Isabela Pessoni sob a orientao da Prof Dr Priscila Cardoso, foram abordados contedos acerca da
concepo clssica de trabalho, destacando-se a importncia do conhecimento desse tema pela categoria profissional e
contedos mais especficos acerca do trabalho profissional do assistente social, perpassado pelas trs dimenses
componentes do trabalho profissional: tico-poltica, tcnico-operativa e terico-metodolgica.
Foram realizadas diferentes atividades, acompanhando todo o processo de ensino-aprendizagem, compreendendo
os objetivos da UC, e todo o movimento de preparao, elaborao e execuo das aulas at a avaliao dos alunos. Todo
esse movimento envolveu reunies para discutir o que se pensava ser relevante e levantar questionamentos
preponderantes que contribussem para o melhor desenvolvimento das aulas e aprendizado na experincia de monitoria.
Avaliamos ao fim deste semestre, que se faz necessrio definir estratgias que podem ser estudos dirigidos, plantes de
dvidas, contato por redes sociais, entre outros, a fim de aproximar monitores e discentes e criar espaos de reflexo
terica e fixao dos contedos (a se realizar no 1 semestre de 2013), prosseguindo nessa constante anlise
metodolgica, afim de atender as demandas que forem surgindo.
Na UC de Trabalho e Profisso no 6 termo, o estudante Ricardo Vieira foi o monitor sob a orientao da Prof Dr
Tnia Diniz, o planejamento das aulas, o cronograma e contedo programtico, foram construdos conjuntamente para
estabelecer discusso sobre ementa, e o debate contemporneo sobre a prtica do assistente social como trabalho
profissional, abordando os diferentes elementos do processo de trabalho e as especificidades deste processo nos
diferentes espaos scio-ocupacionais.
O processo foi relevante para construir um planejamento alinhado aos processos de avaliaes, entendido como um
processo permanente, que tem por objetivo identificar a capacidade de assimilao, reflexo e sntese dos contedos, bem
como, o interesse e compromisso dos estudantes com sua formao e na relao com o exerccio profissional. Foram
tomados como referncia do processo de avaliao: leitura de textos, participao nos debates coletivos e nos trabalhos em
grupos e realizao de tarefas individuais e de exerccios.
Avaliando todo o processo da monitoria (nas duas UCs), podemos destacar como principais resultados: o
aprofundamento do conhecimento em outros assuntos, j que foi necessrio que os monitores se preparassem para realizar
as atividades referentes monitoria; aprendizagem de novas metodologias e dinmicas para relacionar com os textos;
descoberta de novos enfoques a partir das dvidas dos estudantes; compreender que para que obtenhamos xito nas aulas
preciso comprometimento de ambas as partes. Tambm possvel desatacar alguns pontos que podem ser aprimorados:
maior tempo para a elaborao e preparao das aulas; maior participao dos monitores durante as aulas
expositivas-dialogadas; realizao de novas atividades junto aos discentes para sanar dvidas.
Com base na experincia identificamos como de suma importncia espaos onde o discente se aproxime deste lado
profissional, exercitando suas inmeras capacidades contribuindo para aulas mais reflexivas. Alm disso, o processo de
monitoria ao aproximar o discente da docncia permite que novas habilidades sejam criadas. O aprofundar nos contedos e
o preparar-se para as atividades em aula ampliam o conhecimento do discente que passa a contribuir ainda mais em outras
UCs fazendo ligaes com o que visto na monitoria e que isso compreende o que o docente faz ou tenta fazer em sala.
Participantes:

Docente: Tnia Diniz


Discente: Isabela Pessoni
Discente: Alexia Carvalho
Discente: Ana Carolina Zanluqui
Discente: Ricardo Vieira

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PROJETO Monitoria
rea: Humanas - Cincias Socias
Autor: Marcos Ferreira de Paula
Ttulo: Monitoria em Filosofia para o Servio Social
Palavras-Chave: filosofia, histria, conhecimento, fundamentos filosficos
Este projeto de monitoria pretendeu, desde o incio, possibilitar ao estudante de Servio Social um contato e uma
experincia com o ensino em nvel superior, a partir de um trabalho auxiliar s atividades do docente responsvel pela UC.
Mas tambm visamos oferecer um espao de ensino-aprendizagem que complementasse a formao acadmica do
estudante, seja no que concerne ao curso de Servio Social em geral, seja no que concerne ao aprofundamento dos
contedos das UCs monitoradas. Assim, de maneira mais geral, buscamos possibilitar aos estudantes de Servio
Social, atravs da monitoria, um contato mais aprofundado com o campo da filosofia, a fim de contribuir para a sua
formao especfica.
Participantes:

Orientador: Marcos Ferreira de Paula


Discente: Marcos Vinicius Santos de Barros
Discente: Max Gasparini

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PROJETO Monitoria
rea: Humanas - Cincias Socias
Autor: Raiane Patrcia Severino Assumpo
Ttulo: Monitoria em Sociologia I, Economia Poltica e Teoria Poltica
Palavras-Chave: construo coletiva do conhecimento, postura investigativa, reflexao crtica
A pertinncia e a relevncia da monitoria para o desenvolvimento do aprendizado dos discentes tm sido
evidenciadas na experincia da monitoria nas UCs Teoria Sociolgica, Economia Poltica e Teoria Poltica (edital 2010 e
2011), pertencentes ao ncleo de Fundamentos Terico-Metodolgicos da Vida Social do Curso de Servio Social da
Unifesp/BS. Esta vivncia demonstrou que a monitoria um espao que permite aos estudantes das unidades curriculares
(UCs) um acompanhamento, uma orientao especfica e referncias de apoio para a disciplina de estudos e a construo
do conhecimento. Para os monitores, possibilitou um aprendizado integral - por meio da articulao e indissociabilidade
entre o ensino e a pesquisa, das apreenses e das reflexes, das relaes sociais estabelecidas e das posturas
desenvolvidas: a construo da responsabilidade e da autonomia do futuro profissional -, ou seja, um maior acmulo
intelectual, apropriao terico-metodolgica, postura investigativa e de construo coletiva.
Estas UCs abordam, numa perspectiva crtica, as alternativas tericas para a compreenso e interpretao da
sociedade, introduzindo um instrumental terico-metodolgico por meio dos conceitos e anlises dos autores clssicos da
Sociologia (August Conte, milie Durkheim, Karl Marx e Max Weber); da Economia Poltica (Adam Smith, David Ricardo,
Thomas Malthus, Karl Marx, Marshall, Keynes e Hayek); e da Teoria Poltica (Maquiavel, Hobbes, Locke, Montesquieu,
Rousseau, Lenin e Gramsci). Portanto, so responsveis por introduzir e construir parte dos princpios que fundamentam a
formao profissional do Assistente Social: uma slida apropriao terico-metodolgica, com o desenvolvimento da
capacidade e postura crtica, dialgica, propositiva e articulada com a interveno prtica. Conforme ABEPPS (1996):
...
rigoroso trato terico, histrico e metodolgico da realidade social (...), que possibilite a compreenso dos problemas e
desafios com os quais o profissional se defronta no universo da produo e reproduo da vida social; isso por meio da
indissociabilidade nas dimenses de ensino, pesquisa e extenso. A apropriao do contedo da bibliografia dos autores
considerados clssicos essencial. com eles que aprendemos a formular as questes necessrias para
compreendermos e intervirmos no presente. A isso se acresce o necessrio domnio de mtodos de pesquisa. Nesse
sentido, a monitoria constitui um espao importante para o processo de ensino-aprendizagem, tanto dos monitores como
dos demais estudantes, considerando que estas UCs so oferecidos nos primeiros anos de formao, momento ainda de
aproximao com as temticas do curso e incio do processo de construo do conhecimento cientfico.
Participantes:

Orientador: Raiane Patrcia Severino Assumpo


Discente: Carla Stephanie Soares Medina
Discente: Edson Barbosa Da Rocha

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PROJETO Monitoria
rea: Humanas - Cincias Socias
Autor: Sylvia Duarte Dantas
Ttulo: Projeto Monitoria Psicologia Social
Palavras-Chave: psicologia social
A monitoria proporciona aos discentes uma aproximao com a rotina docente, tendo em vista que a preparao de
aulas e escolhas de textos a serem utilizados em classe compartilhada com os monitores, possibilitando que contribuam
com a reviso do planejamento de uma unidade curricular (UC). Alm de ser um momento de aprendizado, a monitoria
propicia a troca entre monitoras e docente sobre a prpria UC no sentido de sempre aperfeioa-la.
Todas as aulas de
Psicologia Social so acompanhadas pelas monitoras que
contribuem com reflexes e debates
ao longo das aulas
permitindo uma maior apropriao dos assuntos vistos anteriormente. No incio do semestre docente e monitoras discutem
o cronograma e
analisam e avaliam o trabalho realizado anteriormente. Atravs de reunies peridicas fazem-se
consideraes sobre o andamento da UC, desempenho e
compreenso dos alunos para com os contedos tratados na
Unidade Curricular. Isso permite que as monitoras
averiguem quais so os maiores desafios
e quais as possiveis
estratgias para ajuxiliar os alunos. Juntamente docente discutem os critrios de avaliao da UC. Alm de auxiliarem na
composio e na elaborao das aulas, as monitoras tambm so introduzidas ao exerccio da docncia, atravs da
exposio de contedo e organizao das discusses em classe. A realizao dessas atividades exige uma releitura dos
contedos estudados anteriormente. A Unidade Curricular de Psicologia Social trata de temas que
esto intrinsecamente
relacionados ao universo de futuros profissionais da assistncia social.
Construo social da realidade, o processo de socializao do indivduo e a formao da subjetividade humana,
alm de
identidade, papis sociais, preconceito, estigma, funcionamento grupal e novas dimenses da psicologia social
como gnero e migrao a partir da abordagem intercultural so temas tratados na UC.
Participantes:

Discente: Sylvia Duarte Dantas

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PROJETO Monitoria
rea: Humanas - Educao
Autor: Alessandra Secundo Paulino
Ttulo: BRINQUE CEU-UNIFESP: Brinquedoteca, cultura e o ldico.
Palavras-Chave: direito, brincar, infncia e Brinquedotecas
Pensar na infncia compreender e analisar a construo do tempo social e histrico que a criana desenvolve com
seus pares e com os demais indivduos com quem se relaciona. E a partir do brincar possvel construir situaes que
beneficiam os processos de socializao e identidade.
Segundo Paula & Foltran (2008) diante do brincar que a criana recria e inventa situaes que so vivenciadas no
cotidiano, ela capaz de se apropriar de informaes que constantemente so passadas e reconstru-las a partir das suas
concepes. brincando que a criana expressa seus gostos e sentimentos; aprende a partilhar, comandar, obedecer, a
cuidar e desenvolver-se por meio das brincadeiras e da interao com outras crianas. Esse processo de apropriao
denominado por Sarmento (s.d) como culturas infantis, construdas a partir da heterogeneidade e das condies de
existncia de determinados grupos e suas construes histricas e sociais.
O projeto em questo tem vinculao com o Programa A criana, o adulto e o ldico: implicaes culturais na
comunidade que tem por ?finalidade implementar aes educativas e formativas relacionadas s expresses infantis, que
englobam caractersticas e necessidades fundamentais da infncia visando ao seu desenvolvimento e aprendizado? (
Panizzolo, 2013, p.01).
Inicialmente o projeto contou com a participao dos alunos da unidade curricular eletiva: ?Brinquedoteca, brinquedo
e cultura: as possibilidades da brincadeira?, coordenada pela professora Cludia Panizzolo. Participaram cerca de 50
estudantes da rea de Humanas que estudaram e compreenderam o direito do brincar para as crianas, o espao do
brinquedo e dos jogos na brinquedoteca e conceitos para planejamento e construo desse espao.
Objetivo(s):
Quando a criana est num ambiente de vulnerabilidade social alguns direitos lhe so vetados ou em muito
dificultados: cultura, educao e propriamente ao brincar. De acordo com o Estatuto da Criana e do Adolescente, no
processo educacional da criana deve-se respeitar os valores culturais, artsticos e histricos prprios do contexto social em
que ela vivencia a fim de que possa garantir liberdade de criao de escolhas, opinies experincias e acesso s fontes de
cultura e lazer, portanto dever dos prprios Municpios com o apoio dos estados e da Unio ofertar espaos para
programaes voltadas para a infncia. Com o objetivo de disponibilizar um ambiente capaz de proporcionar o
desenvolvimento de valores culturais, a Universidade Federal de So Paulo ? Campus Guarulhos firmou uma parceria com
o CEU-Pimentas, que interessado no projeto destinou uma de suas salas de aula para a implementao da primeira
Brinquedoteca universitria e comunitria da regio, possibilitando um ambiente de estudo e pesquisa para os estudantes
da UNIFESP e professores da Educao Infantil e Fundamental das escolas pblicas, e ao mesmo tempo, provendo um
espao planejado e apropriado que possa garantir o direito do brincar s crianas.
Metodologia:
A construo da Brinquedoteca foi planejada a partir da concepo de que a criana tem o direito da escolha dos
objetos para que possa desenvolver a brincadeira, criar significaes simblicas e expressar gostos e opinies. A criao
dos cantinhos da Brinquedoteca um ponto estratgico para proporcionar ambientes diversos, j que cria a possibilidade
da criana organizar-se mentalmente e ter possibilidade de desenvolver uma relao entre imaginao e a realidade.
A BRINQUE foi dividida em cinco cantinhos com funes que se entrelaam: cantinho da fantasia, cantinho dos
jogos, cantinho do faz de conta, criao e leitura/msica; todos os espaos possuem objetivos diferentes, mas dispem de
um interesse em comum: proporcionar o ldico.
Resultados:
O que foi possvel verificar neste incio de projeto que, cada vez h uma maior preocupao em garantir o direito
que a criana tem de brincar. Por meio de atividades ldicas ela capaz de aprender, de assimilar significados, planejar
investigaes e experincias. Destinar uma Brinquedoteca universitria voltada para a comunidade
favorece uma formao
mais prtica para os estudantes e professores, pois ao prover um espao capaz de produzir pesquisas voltadas para as
brincadeiras das crianas e a construo das diversas culturas infantis, proporciona subsdios para reflexo e investigao.
Sendo assim o Projeto caracteriza-se por instrumentalizar o processo de relao entre teoria/prtica possibilitando uma
viso ampla e integrada da realidade social.
Participantes:

Orientador: Claudia Panizzolo-GEPICH

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PROJETO Monitoria
rea: Humanas - Educao
Autor: Ariadine Zaramella Nogueira
Ttulo: Oficinas ldicas: brincando e construindo a infncia no Bairro dos Pimentas
Palavras-Chave: brincadeiras, ludico, infncia
O Projeto de Extenso Oficinas Ldicas: brincando e construindo a infncia no Bairro dos Pimentas uma ao
promovida pelo Grupo de Estudos e Pesquisas: Infncia, Cultura e Histria ? GEPICH e o Programa de Extenso: A
criana, o adulto e o ldico: implicaes culturais na comunidade, ambos coordenados pela Prof. Dr. Claudia Panizzolo.
Com foco em aprimorar a formao ldica dos estudantes do curso de Pedagogia da UNIFESP e atender as crianas da
comunidade do bairro dos Pimentas, no espao do CEU, que se encontra ao lado da universidade, no municpio de
Guarulhos. Considerando a importncia do brincar, atividade vital para o desenvolvimento emocional, intelectual, fsico e
cultural da criana. No entanto, nem todas as crianas tm seu direito de brincar preservado, sobretudo se considerarmos
que o Bairro dos Pimentas localiza-se em territrio de alta vulnerabilidade social, com poucas reas de lazer. O presente
projeto estruturou-se por meio da oferta de oficinas que ocorreram duas vezes por semana, s quartas e sextas-feiras, nos
horrios das 10h s 11h e das 15h s 16h, durante o ms de abril de 2013, proporcionando lazer e recreao. Elas
abrangeram brincadeiras tradicionais como amarelinha, rouba bandeira, pega-pega, a construo e uso de brinquedos
como petecas, bilboqus e brincadeiras com bolhas de sabo. Tais atividades estimularam a integrao entre as crianas e
desenvolvimento de estudos terico-prticos realizados pelos graduandos. A oficina de bilboqu foi uma oportunidade para
as crianas criarem seus prprios brinquedos e experiment-los, desenvolverem a criatividade, a apropriao simblica e a
imaginao com objetos simples. Elas apreciaram a construo do brinquedo, o desenvolvimento da brincadeira. Foi
observado que alm do significado de bilboqu, as crianas apropriaram-se de diferentes formas, como por exemplo um
jogo de tnis. Outra atividade bastante interessante foi a de brincadeira com bolhas de sabo gigantes, que possibilitou
desenvolver formas singulares na maneira de brincar das crianas, despertando curiosidade acerca da magia e dos efeitos
que a brincadeira possui. As oficinas de peteca possibilitaram as crianas
reinventar, optar e criar, utilizando materiais
como jornais e sacolas plsticas para sua construo. As crianas se relacionaram durante a confeco, no intuito de se
ajudarem, tornaram suas petecas pessoais conforme escolhiam suas cores e formas. Na hora de brincar, convidaram uns
aos outros, interagiram e se divertiram. Tambm se apropriaram do jogo quando utilizaram as prprias petecas como
bandeiras, em outra brincadeira chamada rouba bandeira. Quando foi necessrio que as crianas se dividissem em grupos
para brincar, antes que os estudantes sugerissem uma forma de seleo popular para isso, as prprias crianas passaram
a escolher, apresentando uma nova forma de escolha caracterstica deles e desconhecida por parte dos graduandos. O
lder responsvel por dividir os grupos cantou ?Cinquenta e um, um tiro pra cada um, o tiro mata um, o tiro foi pra tu?,
conforme apontava para cada criana que estava em sua volta, sendo a ultima escolhida, a eliminada da roda, e assim
foram divididos. A realizao das Oficinas Ldicas permitiu a compreenso do brincar como atividade sociocultural das
crianas, alm do reconhecimento das mesmas como sujeitos de direitos sociais. Adultos, pais e graduandos se
interessaram tambm pelas atividades e brincaram juntos. Enquanto algumas crianas se apropriavam das brincadeiras
rapidamente, outras se recusavam, com receio de interagir, mas mudavam de postura quando viam a brincadeira em
desenvolvimento com outras crianas e passavam a participar de forma ativa. Depois interagiam uns com os outros atravs
de apelidos e passaram a sugerir novas brincadeiras, como esconde-esconde, e a perguntar sobre novos dias em que as
oficinas ldicas aconteceriam novamente, demonstrando a importncia exercida pelo Projeto sobre as crianas da
comunidade e quanto formao dos alunos, ao proporcionar reflexes sobre essas interaes infantis e a ludicidade.
Participantes:

Orientador: Claudia Panizzolo-GEPICH


Discente: Claudia Natali

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PROJETO Monitoria
rea: Humanas - Educao
Autor: Erica Aparecida Garrutti de Loureno
Ttulo: A Vivncia da Monitoria no Programa de Residncia Pedaggica em Educao
Infantil em uma Escola-Campo
Palavras-Chave: residncia pedaggica, educao infantil, monitoria
O Programa de Residncia Pedaggica (PRP) da Universidade Federal de So Paulo (UNIFESP) uma modalidade
de estgio inovadora que acontece em parceria com as escolas da Prefeitura de Guarulhos, com o objetivo de proporcionar
aos alunos do curso de Pedagogia, a partir do 5 termo, a experincia de imerso nas prticas pedaggicas cotidianas de
um professor e sua turma de crianas no contexto de instituies de Educao Infantil, dentre outras modalidades como
Ensino Fundamental, Gesto e Educao de Jovens e Adultos. Procura superar os problemas da fragmentao dos
saberes (tericos x prticos) e da distncia entre a universidade e as escolas pblicas.
O objetivo desta monitoria que se insere no contexto de uma instituio de Educao Infantil auxiliar e cooperar
com os alunos/residentes, visando contribuir com o desenvolvimento das atividades realizadas ao longo da imerso na
escola-campo, auxiliar na comunicao das informaes necessrias para o bom funcionamento do PRP, participando
juntamente com os professores-preceptores de momentos de planejamento, desenvolvimento e do processo de avaliao
do (PRPEI), visando estimular a iniciao docncia por meio da cooperao e assistncia entre alunos da graduao e
docentes.
So atribuies da monitora: acompanhar os professores-preceptores nas reunies com os residentes na
universidade e nas Horas-Atividades (HAs) na escola campo com os residentes, as professoras-formadoras e a equipe
gestora da escola; orientar, estimular e fornecer apoio s atividades desenvolvidas pelos residentes principalmente na
elaborao do Plano de Ao Pedaggica (PAP - uma interveno pontual desenvolvida em conjunto com o educador do
grupo) e do Relatrio Final, no qual os residentes escrevem sobre um tema gerado a partir de uma problematizao na
imerso; auxiliar na seleo de materiais para os planos; auxiliar no preenchimento dos documentos essenciais da
residncia pedaggica em Educao Infantil como as Fichas de Relatrios Dirio e Complementar e o Termo de
Compromisso; e participar do processo de avaliao por meio da leitura do Caderno de Campo online (Blog), dos PAPs e
dos relatrios finais.
Participar como monitora da residncia pedaggica em Educao Infantil me proporcionou um contato com os
alunos/residentes, com situaes problemas e com as dificuldades que esta impe, ou seja, em compreender, se fazer
compreender e na medida do possvel conseguir chegar, em algumas situaes, a um consenso. Como resultados dessa
vivncia, observa-se o aprimoramento do dirio de campo online, o incentivo para o aproveitamento da disciplina, devido ao
apoio e estmulo realizado pela monitora durante todo o perodo de residncia.
Participantes:

Orientador: Erica Aparecida Garrutti de Loureno


Discente: Carolina de Oliveira Jimenez e Silvestre

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PROJETO Monitoria
rea: Humanas - Educao
Autor: Jessica Blasques da Silva
Ttulo: Projeto de Monitoria: Programa de Residncia Pedaggica em Educao
Infantil
Palavras-Chave: educao infantil; residncia pedaggica; formao de professores
Projeto de Monitoria: Programa de Residncia Pedaggica em Educao Infantil
UNIFESP ? Guarulhos/SP
Coordenadora: Prof Dr. Maria Ceclia Sanches
Professor colaborador: Prof Dr Claudia Panizzolo
Bolsista: Jessica Blasques da Silva
Desde o incio do curso de Pedagogia em 2007, a Universidade Federal de So Paulo/Campus Guarulhos oferece
por meio da Unidade Curricular Residncia Pedaggica, a oportunidade de aproximao entre a Universidade e a realidade
da Escola Pblica, proporcionando a relao do terico aprendido na universidade e da prtica desenvolvida nas creches e
escolas pblicas.
Como forma de auxlio, os estudantes residentes alm da preceptoria dos professores doutores da Universidade,
contam com monitores ? estudantes que j tiveram a experincia no programa de estgio - que tambm lhes prestam
assistncia durante o perodo de curso da unidade curricular. De forma que os monitores j possuem experincia no
programa de estgio, estes possuem flexibilidade e competncia para trabalhar junto aos residentes.
A proposta de monitoria no Programa de Residncia Pedaggica, neste caso em Educao Infantil, busca valorizar a
imerso na docncia relacionando pesquisa; ensino e extenso de forma a colaborar para um ensino de qualidade. Assim,
apresenta como objetivo a formao de monitores em atividades de assessoria aos estudantes e o apoio a estes, de forma
a implementar prticas de apoio, cooperao e assessoramento tanto dos estudantes como dos docentes envolvidos na
unidade curricular em questo. Desse modo, o projeto se faz de grande importncia, visto a aprendizagem que proporciona
por meio das relaes estabelecidas entre discentes e monitor, bem como entre monitor e docente. Relaes essas que
envolvem cooperao e trocas de experincias principalmente sobre o principal objeto da unidade curricular que so as
vivncias durante o estgio diferenciado oferecido, o qual tem por objetivo aprofundar as experincias dos alunos do curso
de Pedagogia, de forma a proporcionar uma ambientao com o espao e a rotina escolar, tendo como inteno a insero
desses alunos no cotidiano das escolas pblicas que apresentam suas problemticas e suas caractersticas, permitindo a
esses a observao e a vivncia das particularidades e os desafios da educao escolar. Tudo isso de forma a superar a
distncia entre teoria e prtica por meio de uma experincia diferenciada e emprica.
Durante o segundo semestre de 2012 realizamos o atendimento de duas residentes. Para o atendimento dessas,
com o auxlio e cooperao das professoras preceptoras fora montada uma pasta com referncias bibliogrficas, DVDs de
filmes e registros de residentes anteriores, de forma a dar subsdio para toda a experincia pela qual passariam, bem como
para a construo de novas aprendizagens e a construo de um bom trabalho dentro do perodo de imerso. Assim, foram
realizadas reunies tanto de preceptoria com as professoras da Universidade, como com a monitora.
Os horrios de monitoria buscaram atender as possibilidades de todas, sendo um horrio durante a semana em que
foram retiradas dvidas, discutidas as experincias durante a imerso, bem como sobre referncias como filmes e a relao
destes com a vivncia das residentes. Tambm foram realizados encontros em horrios alternativos, nos quais as
residentes puderam tirar dvidas sobre questes como datas de entrega de trabalhos, elaborao e aplicao do Plano de
Ao Pedaggico, como tambm sobre os procedimentos que deveriam ser realizados.
Alm das atividades realizadas com as residentes e a participao nas reunies de preceptoria, durante a monitoria
tambm estiveram presentes atividades como o agendamento de transporte para as residentes; o acompanhamento e
orientao nos trabalhos elaborados pelas estudantes ? caderno de campo, Plano de Ao Pedaggica e relatrio final; a
participao e sugestes nas atividades relacionadas ao Plano de Ao Pedaggica; a organizao, preparao e a
discusso de materiais de base como filmes e textos; alm do contato com a escola campo na qual as residentes estiveram
imersas, para resoluo de questes como datas e o contato com a universidade. Alm disso, houve tambm a participao
em uma oficina de formao, com durao de 5 horas, realizado pela professora Maria Ceclia Sanches, para cerca de 35
professoras da escola Procpio Ferreira.
Durante o perodo de monitoria foram construdas muitas aprendizagens e experincias como a importncia de
planejamento e replanejamento dirio da rotina escolar; o importante papel do educador na participao destas questes,
bem como a necessidade de bons profissionais e boa formao a estes para o desenvolvimento de uma boa prtica
educacional. A construo dessas experincias ocorreu de fato, principalmente por conta da monitoria prestada durante o
Programa de Residncia Pedaggica ter possibilitado o contato com prticas escolares desde o planejamento at
procedimentos burocrticos e o contato com crianas em sala de aula.
Dessa forma, posso dizer que durante a monitoria tambm houve a valorizao de minha participao principalmente
pela oportunidade que fora dada, na qual foram debatidas opinies e realizadas reflexes. Desse modo, foi neste contexto
proporcionado pela monitoria que tive a oportunidade de me tornar mais reflexiva, organizada e efetivamente estudante
ativa de pedagogia.
Participantes:

Orientador: Maria Cecilia Sanches


Docente: Claudia Panizzolo
Discente: Jessica Blasques da Silva

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PROJETO Monitoria
rea: Humanas - Educao
Autor: Juliana Ribeiro Andrade
Ttulo: Brinquedoteca hospitalar: brincar o melhor remdio
Palavras-Chave: Brinquedoteca hospitalar; ludicidade, brincadeira , humanizao.
?O brincar uma atividade essencial para a sade fsica, emocional e intelectual do ser humano? (Paula; Foltran,
s/d), ainda mais no ambiente hospitalar. Definida pela lei n 11.104/2005, a obrigatoriedade em relao s brinquedotecas
em ambiente hospitalar, define:
Art. 1o: Os hospitais que ofeream atendimento peditrico contaro, obrigatoriamente, com brinquedotecas nas suas
dependncias.
Art. 2o: Considera-se brinquedoteca, para os efeitos desta Lei, o espao provido de brinquedos e jogos educativos,
destinado a estimular as crianas e seus acompanhantes a brincar.
Em casos de internao, a criana perde o vnculo com sua rotina. O ambiente ldico e a brincadeira so capazes de
propiciar momentos sem dor, longe da tenso da internao, situaes em que as crianas deixam de ser pacientes para
brincar e serem criana novamente. Alm disso, o brincar no ambiente hospitalar est ligado com a humanizao dos
hospitais.
Humanizar em sade resgatar o respeito a vida humana, levando-se em conta as circunstncias sociais, ticas,
educacionas e psquicas presentes em todo relacionamento humano [...] resgatar a importncia dos aspectos emocionais,
indissociveis dos aspectos fsicos na interveno em sade (BRASIL/PNH, 2001, p.33)
O presente texto diz respeito ao Projeto Brinquedoteca Hospitalar: a criana, o adulto e o ldico, realizado no
Hospital Municipal Pimentas Bonsucesso e teve por finalidade criar espaos e tempos ldicos, aliviando as tenses
causadas pela hospitalizao.
Objetivos
O Projeto Brinquedoteca Hospitalar: a criana, o adulto e o ldico, vinculado do Programa de Extenso: a criana, o
adulto e o ldico: implicaes culturais na comunidade, visa garantir o brincar como um direito de todas as crianas.
Oportunizar situaes ldicas capazes de devolver a identidade de ser criana que, muitas vezes, diluda durante o
perodo de hospitalizao (cf Fontes, 2005; Villela e Marcos, s/d; Fortuna, 2010; Pacheco e Bonassi, 2010)
Atualmente, as atividades do projeto tm garantido um momento para alm da internao, j que ?a brincadeira
permite a adaptao do indivduo a novas situaes e a novos ambientes? (Fortuna, 2005, p.3).
Metodologia
O Projeto Brinquedoteca Hospitalar: a criana, o adulto e o ldico contou com o curso preparatrio oferecido pela
equipe de Enfermagem do hospital, visando esclarecer dvidas e procedimentos para abordagem das crianas
hospitalizadas.
As atividades acontecem na brinquedoteca hospitalar, como tambm na sala de inalao, ala de internao
peditrica e na recepo do Pronto Socorro. Consistem em aes previamente planejadas que renem momentos de
alegria para as crianas. So atividades oferecidas pelos acadmicos como: confeces de brinquedos, contaes de
histrias no leito, jogos no espao da brinquedoteca, teatro de fantoche.
Todas as intervenes realizadas contam com o acompanhamento de monitoras, diante da superviso da
orientadora. O Hospital Municipal Pimentas Bonsucesso fornece a estrutura fsica, alm dos brinquedos e livros que
pertencem brinquedoteca e biblioteca mvel. So feitos relatrios semestrais de acordo com as aes desenvolvidas
pelos graduandos.
Resultados
As mudanas que ocorreram no hospital foram notveis logo nas primeiras semanas. possvel perceber, muitas
vezes, que havia certa dificuldade na relao entre a equipe de Enfermagem e as aes ldicas realizadas. Um dos motivos
para essa tenso exatamente o fato de que a brincadeira diluiu a rotina hospitalar. Como uma atividade que no
controlada, a brincadeira demorou a ser aceita e levada em conta como um processo to importante na hospitalizao.
Esse espao [a brinquedoteca] um lugar de ?vida?, onde tudo se diferencia da rotina hospitalar sem, no entanto,
afastar-se dela. Esse sucesso evolui na medida em que todos os profissionais da instituio o reconheam como legtimo e
pea fundamental no bom resultado do tratamento.
(Percoaro; Mettempergher; et all, 2002)
Muitas crianas foram beneficiadas pelo Projeto e a brinquedoteca ganhou vida. Aos poucos, os graduandos
comearam a ser reconhecidos e, inclusive, solicitados para brincar. As crianas comearam a interagir muito mais,
tornando-se menos chorosas e mais susceptveis ao tratamento. Os pais foram grandes aliados, acompanhando os filhos
na brinquedoteca e incentivando-os.
As intervenes garantiram o direito de brincar de toda a criana e tambm a humanizao do ambiente hospitalar.
Na brinquedoteca, com apresentaes de fantoches, brincadeiras livres com os brinquedos disponveis; tambm na
inalao ou na recepo do Pronto Socorro, muito mais colorido com a confeco de brinquedos confeccionados pelas
crianas. Alm de histrias contadas leito a leito, transformando o hospital em um lugar de cuidado e sorrisos. Medicao e
brincadeira, lugar de continuar sendo criana. ?Quem disse que criana seriamente doente no brinca e no sonha??
(Ferrer; Lisba, et all, 2002).
Participantes:

Orientador: Claudia Panizzolo- GEPICH

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PROJETO Monitoria
rea: Humanas - Educao
Autor: Prof. Dr. Flaminio de Oliveira Rangel
Ttulo: Projeto Unificado de Monitoria: prticas pedaggicas de ensino de cincias
Palavras-Chave: monitoria, ensino de cincias
Objetivo Geral
Este projeto tem por objetivo propiciar aos alunos do curso de Licenciatura Plena em Cincias um programa de
planejamento e realizao de atividades relacionadas docncia, promovendo a cooperao entre alunos, monitores e
docentes no mbito das Unidades Curriculares correspondentes ao ciclo bsico da Licenciatura.
Tambm constitui objetivo deste projeto contribuir para um melhor aproveitamento, por parte dos estudantes, dos
conhecimentos abordados nas UCs, proporcionando-lhes uma melhor formao acadmica e pedaggica.
Objetivos especficos
1. Capacitar discentes do curso de Licenciatura Plena em Cincias para exercerem atividades de monitoria,
assessorados pelo professor da UC;
2. Promover meios e oportunidades para a participao dos monitores em atividades de planejamento,
acompanhamento e avaliao das atividades de docncia vinculadas s UCs participantes do Projeto;
3. Desenvolver atividades de ensino que contribuam para um melhor aproveitamento dos alunos do curso de
Licenciatura Plena em Cincias.
Sntese da avaliao de monitoria e adequaes do projeto:
1- Avaliao da monitoria realizada pelos professores
No segundo semestre de 2012 e no primeiro de 2013, os professores avaliaram que os monitores cumpriram com
interesse, dedicao e competncia as atividades de monitoria. Em alguns casos eles propiciaram maior engajamento dos
alunos em relao s atividades das UCs. Consideraram, tambm, que a monitoria contribui para uma melhor
aprendizagem dos contedos das UCs na medida em que, alm da aula, eles contaram com momentos para tirar dvidas,
resolver exerccios e receber orientao de estudos. Em relao aos monitores, os professores avaliaram que o projeto
permitiu maior engajamento em relao ao curso,
aprofundamento de estudo do contedo das UCs e uma importante
experincia de planejamento, acompanhamento e avaliao das atividades de docncia. Embora atividade tenha sido
considerada globalmente positiva, no foi possvel deixar de notar a baixa procura por parte dos estudantes. Frente a esta
dificuldade, por iniciativa dos monitores, iniciamos a uma nova postura: a monitoria ativa. Com esta postura, ao invs de se
esperar que os alunos procurassem a monitoria, os monitores, munidos de exerccios e atividades previamente preparadas
com os orientadores, propunham atividades para os alunos.
2- Avaliao da monitoria realizada pelos alunos
Nos relatrios parciais de 2012, os alunos afirmaram que a monitoria contribuiu para: tirar dvidas que surgiam
entre uma aula e outra; orientar o estudo com base nas questes essenciais do contedo trabalhado; organizar o material e
as atividades da UC por meio do e-mail coletivo da classe e ter contato com diferentes formas de explicar/ensinar um
contedo o que, muitas vezes, favoreceu a compreenso e a aprendizagem.
As principais sugestes para melhorar a monitoria foram: que o monitor seja ativo; ter uma sala para a realizao
dos atendimentos de monitoria; ter horrios mais rgidos para atendimentos; realizar monitoria em horrio adequado aos
alunos do noturno (sbado).
Apresentaram os seguintes pontos positivos em relao atuao dos monitores: pontualidade, pacincia,
conhecimento do contedo da UC, disponibilidade para auxiliar os alunos, desenvoltura para tratar os contedos da UC,
interesse pelas atividades de monitoria. Como pontos negativos indicaram: pouca presena do monitor nas aulas, faltou
estabelecimento de laos de proximidade entre o monitor e a turma, alguns e-mails no foram respondidos.
3- Autoavaliao do monitor
Em 2012, os monitores fizeram uma avaliao positiva do trabalho que realizaram, entretanto, apresentaram
alguns aspectos que poderiam ser melhorados, entre eles:
? a organizao e o planejamento das atividades a serem desenvolvidas
? aprofundamento do conhecimento dos contedos das UCs
? busca por diferentes formas de abordar os assuntos trabalhados, entre elas:
o Uso do laboratrio
o Uso de recursos multimiditicos (filmes, vdeos, softwares, textos etc.)
o Criao de um ambiente Moodle com uma ?multiteca virtual? com o material de apoio coletado e com orientaes
de estudo.
Em 2013 as medidas sugeridas passaram a ser implementadas. O ambiente Moodle, criado no ano anterior,
passou a ser gerenciado por uma das monitoras voluntrias e dois monitores, com experincia tcnica em laboratrio, que
se dispuseram a atender a essa demanda.
Consideraes finais
Considerado globalmente positivo, por ter completado satisfatoriamente as sete etapas sugeridas no Cronograma
inicial, o projeto demonstrou uma postura proativa de parcela significativa dos alunos, particularmente dos monitores. Os
resultados obtidos, apesar da ausncia de bolsas e da falta de salas, estimularam professores, alunos e monitores a
avanarem na consolidao da monitoria, adequando o antigo projeto para reapresent-lo em 2013-2014.
Participantes:

Discente: Rayssa Santos Moreira


Discente: Eloisa Cristina Gerolin
Discente: Adrille Cristine da Silva
Discente: Luclia Moradei Santos
Discente: Eloisa Neri de Oliveira
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PROJETO Monitoria
rea: Humanas - Educao
Autor: Prof. Dr. Flaminio de Oliveira Rangel
Discente: Cirilo Rodrigo de Aniz Pereira
Discente: Mariana da Silva Braga
Discente: Gabriela Maria Cabral Nascimento
Discente: Carlos Alberto Tavares Dias Filho
Discente: Thiago Graa da Silveira
Discente: Vinicius Lima Machado
Discente: Estela Ferreira Santana
Discente: Carla Vanessa Martinelli Fragoso
Discente: Solange Cristiane de Lima Soares
Discente: Matheus Luciano Duarte Cardoso
Discente: Thamara Cristina da Silveira
Discente: Ariene da Silva Reis Rodrigues
Discente: Liz Caroline Alves Souza
Discente: Gabriela Fiorentin de Oliveira
Discente: Gabriela Maria Cabral Nascimento
Discente: Rafaella Menezes Aylln
Discente: Eduardo Ferreira Caetano
Discente: Thiago Graa da Silveira

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PROJETO Monitoria
rea: Humanas - Filosofia
Autor: PATRICIA FONTOURA ARANOVICH
Ttulo: TICA E FILOSOFIA POLTICA E HISTRIA DA FILOSOFIA NA RENASCENA
Palavras-Chave: RENASCIMENTO POLITICA FILOSOFIA
O presente projeto de monitoria a continuao do projeto apresentado para 2011-2012 que
aperfeioamento do ensino de Filosofia nas reas de tica e Filosofia Poltica e de Histria da Filosofia na Renascena.

consiste

no

O projeto se enquadra ainda na proposta do grupo de estudos "tica e Filosofia Poltica", dirigido por mim, e que se
prope o objetivo de pesquisar e discutir textos relevantes para a formao do pensamento poltico moderno tendo como
texto bsico e fio condutor o livro de Quentin Skinner, A formao do pensamento poltico moderno. Este grupo de estudos
um projeto permanente, voltado formao dos participantes e a acolher aqueles interessados no tema geral ou nas
questes especficas tratadas em um determinado semestre.
A contribuio desse projeto que define o contedo deste projeto de monitoria se d pela pesquisa das obras de
autores de textos de textos de retrica, tica e filosofia poltica da Antiguidade, da Idade Mdia e da Renascena a serem
indicados ao longo dos encontros. At ento, avanamos nas atividades desse grupo com a leitura, alm do comentador
que nos serve como fio condutor, de textos fundamentais para a filosofia poltica e tambm para o pensamento poltico
renascentista.
O objetivo especfico aqui tanto introduzir os monitores atividade docente desde a graduao com o
acompanhamento do docente em sala de aula e colaborao na sua atividade de ensino, sobretudo na mediao com
outros estudantes, como de envolv-los na pesquisa que fornece os contedos fundamentais das reas acima e nas
questes fundamentais tratada pela tica e Filosofia Poltica. Nesse sentido, a monitoria estaria abrindo ainda uma
perspectiva para futuros estudos em nvel de ps-graduao.
Insere-se neste contexto a proposta da atividade de traduo, vinculada ao grupo de estudos, pela necessidade de
ler as fontes primrias e algumas fontes secundrias, em sua maioria em italiano, sem traduo para o portugus. No
exigido dos alunos conhecimento prvio de idiomas, pois se compreende a traduo a ser feita no tanto como um trabalho
de conhecimento da lngua como de compreenso do sentido do texto e de reflexo filosfica. O grande benefcio do
projeto, do ponto de vista da monitoria, que, alm de contribuir para a formao dos estudantes, deixa como legado um
material que poder ser depois utilizado nos cursos de Renascimento e de tica e Filosofia Poltica
Participantes:

Discente: Lilian Aracy Gonzaga da Silva


Discente: Renne Gonzaga Vieira Mazzoco

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PROJETO Monitoria
rea: Humanas - Histria
Autor: Amanda Aparecida Silva de Carvalho
Ttulo: Projeto de Monitoria do Centro de Memria e Pesquisa Histrica
Palavras-Chave: Histria. Patrimnio Histrico. Arquivologia.
O projeto de monitoria do Centro de Memria e Pesquisa Histrica (CMPH) tem como objetivo estimular o contato
entre os monitores e as fontes histricas. Esse contato deve propiciar a prtica de leituras de documentos e a compreenso
das diferentes interpretaes e vises de mundo que os documentos abarcam. Sendo assim, prepara-se os alunos para a
carreira de docncia ao familiariz-los com as fontes histricas, que sero subsdios para a preparao de suas aulas.
O CMPH possui, em seu acervo, parte da documentao histrica da Companhia Editora Nacional (inclui
documentos e livros) e a Biblioteca de Jos Cludio Berghella.
A Companhia Editora Nacional, fruto da parceria entre Monteiro Lobato e Octalles Marcondes Ferreira, iniciou suas
atividades em 1925 e foi incorporada pelo Instituto Brasileiro de Edies Pedaggicas (IBEP) em 1980. Essa editora, de
extrema relevncia para o mercado editorial de sua poca, publicou principalmente livros universitrios, materiais didticos
e obras voltadas para o pblico em
idade escolar. O fundo
documental da editora est organizado em grupos e os
monitores fazem sua catalogao.
A biblioteca do professor Jos Cludio Berghella foi recolhida no incio de 2013. Berghella militou no Partido
Comunista do Brasil e lecionava na Universidade Federal de So Carlos (UFSCAR). Antes de sua mudana para a Itlia,
ele doou boa parte de sua coleo de livros para o CMPH. Esses livros foram, com a orientao dos monitores, catalogados
e organizados pelos alunos de Laboratrio de Ensino e Pesquisa em Histria I e III.
As atividades que esto sendo desenvolvidas pelos monitores do CMPH so as seguintes:
Acondicionamento dos documentos e dos livros da Companhia Editora Nacional;
Higienizao e catalogao desse fundo documental;
Orientao aos alunos das unidades curriculares Laboratrio de Ensino e Pesquisa em Histria I e III;
Conferncia, organizao e catalogao dos livros da Biblioteca Jos Cludio Berghella.
Os documentos da Companhia Editora Nacional estavam, a princpio, acondicionados em envelopes. Para
melhorarmos esse acondicionamento, retiramos os papis dos envelopes
e, para respeitar a separao original, conforme
o princpio de provenincia, colocamos o contedo em papel neutro, e assim os mesmos ficam melhor preservados e
acondicionados. Para viabilizar as pesquisas, e ainda pensando na preservao, colocamos os documentos em caixas de
arquivo, que esto organizadas e seguem uma ordem lgica. Descrevemos esses documentos em uma planilha para
facilitar o acesso dos pesquisadores. Assim, procuramos extrair desses documentos as seguintes informaes: espcie
documental; emissor; destinatrio; o tema; se se trata de correspondncia enviada ou recebida; data tpica; data
cronolgica; nmero de pginas e localizao original.
Junto aos alunos das UCs de Laboratrio de Ensino e Pesquisa em Histria I e III, realizamos a conferncia e
organizao da Biblioteca Jos Cludio Berghella. Orientamos os alunos a conferirem e relacionarem os livros com a lista
elaborada pelo titular da biblioteca. Alguns dos livros dessa lista no foram doados para o CMPH e haviam livros
efetivamente doados, mas que no constavam da lista. Depois que organizamos e separamos alguns livros que esto muito
frgeis, auxiliamos os alunos a construrem uma planilha a partir das informaes levantadas sobre a Biblioteca Berghella
nas atividades anteriores. Essa biblioteca conta com livros clssicos, raros e de vrios tipos, desde literatura infantil, com a
coleo de Monteiro Lobato, aos Autos da Devassa da Inconfidncia Mineira e os discursos de Juscelino Kubitschek. A
biblioteca totaliza 1177 volumes.
Participantes:

Orientador: Marcia Eckert Miranda


Orientador: Jaime Rodrigues
Discente: Amanda Aparecida Silva de Carvalho
Discente: Rodrigo Gomes de Souza

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PROJETO Monitoria
rea: Humanas - Histria
Autor: Jaime Rodrigues
Ttulo: Projeto de Monitoria do Centro de Memria e Pesquisa Histrica
Palavras-Chave: Histria. Patrimnio Histrico. Arquivologia.
O projeto de monitoria do Centro de Memria e Pesquisa Histrica (CMPH) tem como objetivo estimular o contato
entre os monitores e as fontes histricas. Esse contato deve propiciar a prtica de leituras de documentos e a compreenso
das diferentes interpretaes e vises de mundo que os documentos abarcam. Sendo assim, prepara-se os alunos para a
carreira de docncia ao familiariz-los com as fontes histricas, que sero subsdios para a preparao de suas aulas.
O CMPH possui, em seu acervo, parte da documentao histrica da Companhia Editora Nacional (inclui
documentos e livros) e a Biblioteca de Jos Cludio Berghella.
A Companhia Editora Nacional, fruto da parceria entre Monteiro Lobato e Octalles Marcondes Ferreira, iniciou suas
atividades em 1925 e foi incorporada pelo Instituto Brasileiro de Edies Pedaggicas (IBEP) em 1980. Essa editora, de
extrema relevncia para o mercado editorial de sua poca, publicou principalmente livros universitrios, materiais didticos
e obras voltadas para o pblico em idade escolar. O fundo documental da editora est organizado em grupos e os
monitores fazem sua catalogao.
A biblioteca do professor Jos Cludio Berghella foi recolhida no incio de 2013. Berghella militou no Partido
Comunista do Brasil e lecionava na Universidade Federal de So Carlos (UFSCAR). Antes de sua mudana para a Itlia,
ele doou boa parte de sua coleo de livros para o CMPH. Esses livros foram, com a orientao dos monitores, catalogados
e organizados pelos alunos de Laboratrio de Ensino e Pesquisa em Histria I e III.
As atividades que esto sendo desenvolvidas pelos monitores do CMPH so as seguintes:
Acondicionamento dos documentos e dos livros da Companhia Editora Nacional;
Higienizao e catalogao desse fundo documental;
Orientao aos alunos das unidades curriculares Laboratrio de Ensino e Pesquisa em Histria I e III;
Conferncia, organizao e catalogao dos livros da Biblioteca Jos Cludio Berghella.
Os documentos da Companhia Editora Nacional estavam, a princpio, acondicionados em envelopes. Para
melhorarmos esse acondicionamento, retiramos os papis dos envelopes e, para respeitar a separao original, conforme o
princpio de provenincia, colocamos o contedo em papel neutro, e assim os mesmos ficam melhor preservados e
acondicionados. Para viabilizar as pesquisas, e ainda pensando na preservao, colocamos os documentos em caixas de
arquivo, que esto organizadas e seguem uma ordem lgica. Descrevemos esses documentos em uma planilha para
facilitar o acesso dos pesquisadores. Assim, procuramos extrair desses documentos as seguintes informaes: espcie
documental; emissor; destinatrio; o tema; se se trata de correspondncia enviada ou recebida; data tpica; data
cronolgica; nmero de pginas e localizao original.
Junto aos alunos das UCs de Laboratrio de Ensino e Pesquisa em Histria I e III, realizamos a conferncia e
organizao da Biblioteca Jos Cludio Berghella. Orientamos os alunos a conferirem e relacionarem os livros com a lista
elaborada pelo titular da biblioteca. Alguns dos livros dessa lista no foram doados para o CMPH e haviam livros
efetivamente doados, mas que no constavam da lista. Depois que organizamos e separamos alguns livros que esto muito
frgeis, auxiliamos os alunos a construrem uma planilha a partir das informaes levantadas sobre a Biblioteca Berghella
nas atividades anteriores. Essa biblioteca conta com livros clssicos, raros e de vrios tipos, desde literatura infantil, com a
coleo de Monteiro Lobato, aos Autos da Devassa da Inconfidncia Mineira e os discursos de Juscelino Kubitschek. A
biblioteca totaliza 1177 volumes.
Participantes:

Orientador: Jaime Rodrigues


Docente: Marcia Eckert Miranda
Discente: Amanda Aparecida Silva de Carvalho
Discente: Rodrigo Gomes de Souza dos Santos

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PROJETO Monitoria
rea: Humanas - Histria
Autor: Luclia Santos Siqueira
Ttulo: PRACIH - Programa de Acompanhamento aos Ingressantes de Histria
Palavras-Chave: Acesso ao Ensino Superior; Ingressantes do Ensino Superior; Curso de Histria
O PRACIH ? Programa de Acompanhamento ao Ingressante de Histria ? tem como funo dirimir as dificuldades
acadmicas do estudante recm-chegado Universidade. Em reunies com alunos do 1 ano do Curso de Histria, so
realizadas prticas diretamente ligadas rotina de estudos e de sala de aula: entendimento e acompanhamento dos
programas das disciplinas, organizao do material, organizao do tempo de estudo, identificao das referncias
bibliogrficas, pesquisas em meio eletrnico, leitura e escrita em linguagem acadmica etc. Desta forma, intenciona-se
evitar a evaso daqueles ingressantes que desistem por no conhecer os procedimentos bsicos do estudo em nvel
superior e, acima de tudo, garantir que os estudantes que permanecem no Curso de Histria possam faz-lo em melhores
condies. A participao de monitores no PRACIH possibilita a ampliao do atendimento aos ingressantes com
dificuldades e traz aos monitores uma compreenso mais ampla e mais refletida sobre a docncia.
Participantes:

Docente: Luclia Siqueira


Discente: Adriel Jos da Silva
Discente: Jane Mizukami

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PROJETO Monitoria
rea: Humanas - Histria
Autor: Rodrigo Gomes de Souza dos Santos
Ttulo: Projeto de Monitoria do Centro de Memria e Pesquisa Histrica
Palavras-Chave: Histria; Patrimnio Histrico; Arquivologia.
O projeto de monitoria do Centro de Memria e Pesquisa Histrica (CMPH) tem como objetivo estimular o contato
entre os monitores e as fontes histricas. Esse contato deve propiciar a prtica de leituras de documentos e a compreenso
das diferentes interpretaes e vises de mundo que os documentos abarcam. Sendo assim, prepara-se os alunos para a
carreira de docncia ao familiariz-los com as fontes histricas, que sero subsdios para a preparao de suas aulas.
O CMPH possui, em seu acervo, parte da documentao histrica da Companhia Editora Nacional (inclui
documentos e livros) e a Biblioteca de Jos Cludio Berghella. A Companhia Editora Nacional, fruto da parceria entre
Monteiro Lobato e Octalles Marcondes Ferreira, iniciou suas atividades em 1925 e foi incorporada pelo Instituto Brasileiro de
Edies Pedaggicas (IBEP) em 1980. Essa editora, de extrema relevncia para o mercado editorial de sua poca, publicou
principalmente livros universitrios, materiais didticos e obras voltadas para o pblico em
idade escolar. O fundo
documental da editora est organizado em grupos e os monitores fazem sua catalogao.
A biblioteca do professor Jos Cludio Berghella foi recolhida no incio de 2013. Berghella militou no Partido
Comunista do Brasil e lecionava na Universidade Federal de So Carlos (UFSCAR). Antes de sua mudana para a Itlia,
ele doou boa parte de sua coleo de livros para o CMPH. Esses livros foram, com a orientao dos monitores, catalogados
e organizados pelos alunos de Laboratrio de Ensino e Pesquisa em Histria I e III.
As atividades que esto sendo desenvolvidas pelos monitores do CMPH so as seguintes: Acondicionamento dos
documentos e dos livros da Companhia Editora Nacional; Higienizao e catalogao desse fundo documental; Orientao
aos alunos das unidades curriculares Laboratrio de Ensino e Pesquisa em Histria I e III; Conferncia, organizao e
catalogao dos livros da Biblioteca Jos Cludio Berghella.
Os documentos da Companhia Editora Nacional estavam, a princpio, acondicionados em envelopes. Para
melhorarmos esse acondicionamento, retiramos os papis dos envelopes
e, para respeitar a separao original, conforme
o princpio de provenincia, colocamos o contedo em papel neutro, e assim os mesmos ficam melhor preservados e
acondicionados. Para viabilizar as pesquisas, e ainda pensando na preservao, colocamos os documentos em caixas de
arquivo, que esto organizadas e seguem uma ordem lgica. Descrevemos esses documentos em uma planilha para
facilitar o acesso dos pesquisadores. Assim, procuramos extrair desses documentos as seguintes informaes: espcie
documental; emissor; destinatrio; o tema; se se trata de correspondncia enviada ou recebida; data tpica; data
cronolgica; nmero de pginas e localizao original.
Junto aos alunos das UCs de Laboratrio de Ensino e Pesquisa em Histria I e III, realizamos a conferncia e
organizao da Biblioteca Jos Cludio Berghella. Orientamos os alunos a conferirem e relacionarem os livros com a lista
elaborada pelo titular da biblioteca. Alguns dos livros dessa lista no foram doados para o CMPH e haviam livros
efetivamente doados, mas que no constavam da lista. Depois que organizamos e separamos alguns livros que esto muito
frgeis, auxiliamos os alunos a construrem uma planilha a partir das informaes levantadas sobre a Biblioteca Berghella
nas atividades anteriores. Essa biblioteca conta com livros clssicos, raros e de vrios tipos, desde literatura infantil, com a
coleo de Monteiro Lobato, aos Autos da Devassa da Inconfidncia Mineira e os discursos de Juscelino Kubitschek. A
biblioteca totaliza 1.177 volumes.
Participantes:

Orientador: Jaimes Rodrigues


Orientador: Mrcia Eckert Miranda
Discente: Amanda Aparecida Silva de Carvalho
Discente: Rodrigo Gomes de Souza dos Santos

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PROJETO Monitoria
rea: Humanas - Histria
Autor: Samira Adel Osman
Ttulo: Projeto de Monitoria do Departamento de Histria
Palavras-Chave: Ensino de Histria; Pesquisa em Histria; Documento Histrico
O projeto de monitoria do Departamento de Histria volta-se primordialmente s UCs Laboratrios de Ensino e
Pesquisa em Histria I, II e III e Estgios Supervisionados de Licenciatura I, II e III, uma vez que tais disciplinas so
fundantes e estratgicas na formao de nossos graduandos. Seus objetivos so: estimular o aprendizado da docncia no
que concerne s questes prticas, com a devida fundamentao terica; estimular debate a partir e em torno de conceitos
e temas que constituem o contedo programtico das UCs; promover o trabalho crtico e reflexivo com documentos
histricos; comprometer os alunos com a sua prpria formao, qualificando ainda mais o curso. Os alunos selecionados
cumprem um conjunto de atividades pr-estabelecidas para a concretizao dos objetivos propostos, desenvolvidas junto
aos Professores responsveis e junto aos colegas discentes, para as quais dedicam 12 (doze) horas semanais.
Participantes:

Docente: Fabio Franzini


Discente: Celeste Baumann
Discente: Danielle Yumi Suguiama
Discente: Fabiana Oliveira Pinotti
Discente: Juliana Saez de Carvalho

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PROJETO Monitoria
rea: Humanas - Letras
Autor: Carlos Renato Lopes e Lavinia Porto Silvares
Ttulo: Projeto de Bolsa Acadmica de Monitoria de Lngua Inglesa
Palavras-Chave: lngua inglesa; leitura
O projeto buscou fornecer auxlio pedaggico complementar aos alunos do campus Guarulhos que cursam
disciplinas de Lngua Inglesa do curso de Letras, tanto as obrigatrias para a habilitao dupla Portugus/Ingls quanto a
de domnio conexo fixo para a habilitao simples em Portugus, voltada para leitura de textos. Em relao especificamente
a essa disciplina, foram propostas atividades em que se discutissem as estratgias envolvidas no processo de leitura em
uma lngua estrangeira, gerando assim uma conscientizao e uma sensibilidade com relao a elas. Por sua vez, alunos
da dupla habilitao procuraram os monitores a fim de aprofundar seus conhecimentos e ter o mximo contato possvel com
a lngua, indo alm dos contedos propostos em aula. Buscou-se tambm, de um modo mais geral, incentivar uma
independncia maior dos monitorandos em relao aos seus prprios estudos, sugerindo atividades extras e pesquisa de
materiais complementares para superar suas dificuldades. Alm disso, esses alunos foram estimulados a trabalhar de
forma colaborativa, visando ao desenvolvimento e compartilhamento das diferentes competncias comunicativas. As
atividades com os monitorandos se deram em sesses regulares, nas quais os monitores se revezaram atendendo-os em
horrios programados. Alternativamente, algumas atividades e atendimentos eram realizados a distncia, via e-mail, ou
compartilhados em uma comunidade virtual criada para o projeto. Por fim, deu-se nfase particular elaborao de
materiais didticos, o que possibilitou uma reflexo mais detida sobre o trabalho docente, tanto do ponto de vista de atender
as dificuldades especficas dos alunos, quanto de aprimorar a capacidade de pesquisa acadmica e pedaggica dos
monitores no planejamento de suas atividades.
Participantes:

Orientador: Carlos Renato Lopes


Orientador: Lavinia Porto Silvares
Discente: Amanda Cristina Galhardo Siqueira
Discente: Celene Senna Valrio
Discente: Rodrigo Dorival Carvalho Guido

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PROJETO Monitoria
rea: Humanas - Letras
Autor: Glucia Antonovicz Lopes
Ttulo: Monitoria de Lngua Portuguesa
Palavras-Chave: Monitoria, Morfologia e discentes.
O projeto de Monitoria, referente disciplina de Lngua Portuguesa II, teve incio no ms de Janeiro, cujo semestre
letivo o 2 de 2012, ano vigente 2013. Vale ressaltar que seu trmino acontecer no ms de Maio. A disciplina possui
como objetivos a apresentao de conceitos morfolgicos, a fim de que sejam realizadas anlises lingusticas no Portugus
do Brasil.
Atravs de aulas expositivas e as leituras obrigatrias do curso, os alunos foram desenvolvendo seus
conhecimentos na rea ao longo do semestre. No pude estar presente nas aulas, visto que tinha de assistir outras aulas
no mesmo perodo, todavia, estava ciente dos textos utilizados e a total disposio dos alunos, caso estes viessem a
apresentar dificuldades.
Foi disponibilizado aos discentes tanto o nmero de celular, quanto o e-mail das monitoras para que os alunos
pudessem agendar encontros com as monitoras e/ou sanar dvidas. Sempre ressaltamos em sala ? monitoras e docente ?
a importncia dos alunos pedirem nosso auxlio com um perodo que antecedesse as avaliaes, bem como fazendo
indagaes via e-mail caso algum conceito no tenha ficado totalmente esclarecido por meio das aulas e leituras.
Durante estes meses, algumas pessoas nos procuraram, em geral, mandaram mais e-mails a fim de marcar
encontros e ou sanar dvidas. Um grupo de pessoas, no dia da avaliao de meio de semestre, marcaram um encontro
comigo e eu pude auxili-los.
Gostei da experincia, pois me fez recorrer aos materiais j estudados e coloca-los em discusso. Ademais, uma
pequena insero ao mundo acadmico, visto que atuamos como mediadores, nos comunicando e repassando mensagens
entre discentes e docentes.
Sendo assim, a partir de Junho de 2013, retomaremos nossas atividades com o objetivo de auxiliar os alunos da
disciplina de Lngua Portuguesa III, ministrada pelos docentes Janderson Luiz Lemos de Souza e Rafael Dias Minussi.
Destacamos que esta disciplina estar voltada para os estudos da sintaxe do Portugus do Brasil.
Participantes:

Discente: Glucia Antonovicz Lopes

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PROJETO Monitoria
rea: Humanas - Letras
Autor: Janderson Lemos de Souza
Ttulo: Lngua Portuguesa II
Palavras-Chave: Lngua Portuguesa; Morfologia
Conforme previsto no projeto de monitoria de Lngua Portuguesa, coordenado pelo Prof. Paulo Ramos, visa-se a
"criar um ncleo de monitores que atuar em conjunto tanto para a melhoria da qualidade de ensino nas disciplinas de
Lngua Portuguesa (Leitura e Produo de Textos I e II, Lngua Portuguesa I, II, III e IV) do curso de Letras da UNIFESP
quanto para consolidar o trabalho da rea na graduao". As trs discentes cadastradas atuaram como monitoras da
disciplina Lngua Portuguesa II em 2012.2, sob minha orientao.
Participantes:

Discente: Giovanna Feitosa


Discente: Glucia Antonovicz Lopes
Discente: Bruna Millian Padilha Gonalves de Souza

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PROJETO Monitoria
rea: Humanas - Letras
Autor: Paulo Eduardo Ramos
Ttulo: Monitoria em Lngua Portuguesa
Palavras-Chave: Lngua Portuguesa; monitoria; ensino; formao
Pretende-se expor a ideia de que o trabalho desenvolvido na monitoria um importante complemento para a
formao tanto dos alunos que participam do projeto quanto dos docentes orientadores, possibilitando um importante canal
de comunicao entre as partes, no qual todos se beneficiam. A proposta se ancora na experincia relacionada monitoria
nas unidades curriculares (UCs) da graduao em Letras da Universidade Federal de So Paulo desenvolvida durante o
segundo semestre letivo de 2012 ? realizado entre janeiro e maio de 2013. As atividades do programa abarcaram as
seguintes UCs: Leitura e Produo de Textos II e Lngua Portuguesa II. A experincia permitiu aos cinco monitores
envolvidos um aprofundamento no contedo terico e uma breve experincia de como so os procedimentos docentes.
Para atingir os objetivos das UCs, o professor responsvel contava com a participao dos monitores nas orientaes
solicitadas pelos alunos. Uma data e hora especfica eram ento agendadas para a realizao de plantes de dvidas. Por
meio do acompanhamento, foi possvel observar as dificuldades que muitos estudantes encontraram com a escrita e com a
teoria abordada em sala de aula. Aps algumas orientaes, notou-se que os alunos melhoraram a escrita, principalmente
ao desenvolverem os trabalhos solicitados na disciplina Leitura e Produo de Textos II, que tem o objetivo geral de
apresentar diferentes perspectivas sobre gnero e contribuir para que o discente domine a escrita acadmica. Quanto
disciplina Lngua Portuguesa II, que objetiva apresentar ao aluno os fundamentos da teoria morfolgica e sua aplicao
anlise do portugus do Brasil, alguns alunos conseguiram, por meio da monitoria, sanar suas dvidas nos plantes
agendados, com releituras e discusso de textos abordados em sala.
Participantes:

Docente: Paulo Eduardo Ramos


Discente: Lucas Araujo Silva
Discente: Francielle de Queiroz Zurdo
Discente: Diego Francelino dos Santos
Discente: Giovanna Feitosa Rossinhole
Discente: Jssica Mximo Garcia

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PROJETO Monitoria
rea: Humanas - Letras
Autor: Raquel dos Santos Madanlo Souza
Ttulo: Projeto de Monitoria da rea de Estudos Literrios
Palavras-Chave: Literatura; iniciao docncia;
O projeto de monitoria desenvolvido pela rea de Estudos Literrios visava atender aos alunos do curso de Letras do
campus Guarulhos. O objetivo principal desta proposta era contribuir para a melhoria da qualidade dos cursos de Literatura
Portuguesa, Literatura Brasileira, Introduo aos estudos literrios e Teoria da Literatura, oferecidos no 2 semestre de
2012 e no 1 semestre de 2013. Ou seja, atravs das atividades dos monitores, o objetivo principal era oferecer maior
suporte a todos os alunos do curso para o estudo e aprendizagem das diversas literaturas constantes no currculo e das
teorias ligadas aos estudos literrios. Alm disso, pretendia-se estimular os monitores iniciao docncia, articulada
pesquisa em literatura em suas diferentes perspectivas tericas. Atravs da monitoria, objetivamos: facilitar o acesso a
textos, livros e materiais didticos online e offline; proporcionar - aos monitores - a oportunidade de ter as primeiras
experincias na vida acadmica e de adquirir uma formao mais aprofundada, a partir de um contato mais estreito com os
professores da Universidade; contribuir para consolidar a formao cultural e crtica dos alunos.
Participantes:

Docente: Raquel dos Santos Madanlo Souza


Docente: Andr Lus Barros
Docente: Eduino Jos Orione
Docente: Francine Fernandes Weiss Ricieri
Docente: Maria do Socorro Fernandes de Carvalho
Docente: Markus Volker Lasch
Docente: Mirhiane Mendes de Abreu
Docente: Paloma Vidal
Discente: Clarice Fernandes da Silva
Discente: Gustavo Rugiano
Discente: Mariana Amaral
Discente: Mayra Guanaes
Discente: Thiago de Almeida Castor do Amaral
Discente: Cssio de Sousa Rocha

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PROJETO Monitoria
rea: Humanas - Letras
Autor: Simone Nacaguma
Ttulo: Projeto de Bolsa Acadmica de Monitoria de Licenciatura em Letras
Palavras-Chave: estgio supervisionado; licenciatura
O presente projeto visa a contemplar os alunos das Licenciaturas em Letras (Lngua Portuguesa, Lngua Espanhola,
Lngua Francesa e Lngua Inglesa), campus Guarulhos, que estaro realizando o Estgio Supervisionado nas escolas de
educao bsica de Guarulhos, bem como nos Centros de Lnguas, com que foram firmados os acordos de cooperao.
O Projeto Pedaggico Institucional do curso de Licenciatura em Letras, alinhado ao projeto de implantao do
campus Guarulhos da UNIFESP, prev que os acordos de cooperao assinados com as escolas de educao bsica onde
os alunos realizaro os estgios supervisionados sejam, preferencialmente, escolas da rede pblica de Guarulhos, o que
esclarece o eixo em que se fundamenta e, ao mesmo tempo, norteia a parceria firmada entre a Licenciatura em Letras
(UNIFESP) e as escolas pblicas de educao bsica de Guarulhos.
Neste contexto, o Estgio Supervisionado tem seu protagonismo porque significa uma prtica efetiva desta proposta.
Alunos e professores das vrias habilitaes do curso de Letras (Portugus, Ingls, Espanhol e Francs) envolvidos
diretamente na construo da relao universidade-comunidade.
A monitoria de Estgio Supervisionado vai contribuir para as atividades das disciplinas de Estgio Supervisionado de
Lngua Portuguesa e Estrangeira, e com as vrias demandas detectadas neste incio de parceria com as escolas pblicas
nas atividades de extenso.
Participantes:

Orientador: Simone Nacaguma


Docente: Alvaro Caretta
Docente: Sueli Salles Fidalgo
Docente: Neide Elias
Docente: Daniela Hirakawa
Discente: Lincoln Carneiro
Discente: Gabriele Borges
Discente: Vanessa Yamaguti

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PROJETO Monitoria
rea: Medicina - Cirurgia
Autor: Lus Felipe Brandt Ferres
Ttulo: Projeto de Monitoria de Ensino e Pesquisa em Tcnicas Cirrgicas
Video-assistidas na Gastroenterologia Cirrgica
Palavras-Chave: cirurgia minimamente invasiva, colecistectomia, cirurgia digestiva, monitoria, tutoria
O projeto de monitoria referido teve suas atividades iniciadas em setembro do ano de 2012 e est em andamento at
o momento. O projeto tem como principal meta o estmulo ao ensino e pesquisa vinculados difuso da temtica da
Cirurgia Minimamente Invasiva no curso mdico. Os alunos que estejam cursando o mdulo Bases da Medicina por
sistemas e aparelhos Digestrio encontram os monitores dispostos a esclarecer dvidas sobre o tema em horrio das
12h00min s 13h30min, semanalmente, com dia a ser combinado.
Dentro desse mesmo projeto foram acompanhados procedimentos cirrgicos tanto minimamente invasivos, quanto
de abordagem convencional, que tiveram a finalidade de fornecer maior bagagem ao aluno monitor em discusses e
despertar maior interesse pelo tema. Foram discutidos vrios fatores relacionados abordagem escolhida, suas indicaes,
a comparao entre a opo realizada e outra abordagem possvel, entre outros fatores. O aluno monitor adentrava o stio
cirrgico e, se possvel, participava indiretamente, instrumentando o procedimento, sempre com a tutela do Orientador.
Foi apresentada a proposta ao aluno monitor de participar de reunies da Liga de Videocirurgia em que eram
discutidas afeces do aparelho gastrointestinal com apresentao em Datashow e apresentao de vdeo cirrgico obtido
de stios que o disponibilizaram pela Internet. As apresentaes eram sempre realizadas em ingls, acompanhadas pela
professora Karin Posegger, nativa (americana), que acompanhava as discusses e procurava orientar os alunos com
relao lngua, e pelo preceptor da Liga de Videocirurgia, prof. Marcelo Moura Linhares, que discutia o vdeo e a
apresentao juntamente com os alunos. As reunies eram realizadas s quintas-feiras no perodo da noite, das 18h00 min
s 19h30min. Cada aluno da Liga era indicado para apresentar contedo sobre certa temtica.
Dentro do mesmo projeto, foram apresentados ao aluno monitor trabalhos cientficos realizados pelos
ps-graduandos do setor de Gastroenterologia Cirrgica dos quais poderia participar, o que apresentou estmulo pesquisa
cientfica, aspecto atualmente muito importante e valorizado tanto pelo aluno, como possibilidade de se diferenciar, quanto
pela sociedade, que v o aluno de medicina como futuro profissional e formador de opinio cientfica. Visando o enfoque em
pesquisa e abordagem ao tema, foi apresentada tambm a proposta ao aluno de participar das reunies do Grupo do
Fgado do Hospital So Paulo, que revelou para os alunos aspecto importante na abordagem do paciente: o cuidado por
vrias especialidades e por vrios profissionais de sade.
Participantes:

Discente: Lus Felipe Brandt Ferres

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Alexandre Keiji Tashima
Ttulo: Monitoria para as Unidades Curriculares Termodinmica I e Termodinmica II
para o Curso de Engenharia Qumica
Palavras-Chave: Termodinmica, monitoria
A termodinmica uma das disciplinas bsicas do curso de engenharia qumica, por apresentar muitos conceitos
abstratos, esta disciplina possui um elevado grau de dificuldade. Este projeto de monitoria teve como objetivo, fornecer um
apoio adicional aos alunos, melhorando assim a compreenso dos tpicos abordados em sala de aula. A monitoria da UC
Termodinmica I, foi oferecida no segundo semestre de 2012, para a turma do 4o termo de engenharia qumica - integral. O
monitor realizou plantes semanais para tirar dvidas e orientar os alunos na resoluo de listas de exerccios propostas
pelo professor. O monitor tambm realizou testes de simulao com o software livre "Cyclepad" (FORBUS e WHALLEY,
2001). Os resultados deste teste so importantes, pois pretende-se no futuro utilizar este software como ferramenta de
apoio para o ensino de ciclos termodinmicos na UC Termodinmica I. O projeto de monitoria mostrou-se importante no
desenvolvimento desta UC, pois permitiu que os alunos discutissem, solucionassem suas dvidas e consolidassem os
conhecimentos adquiridos em sala de aula.
Participantes:

Docente: Luciana Yumi Akisawa Silva


Docente: Alexandre Keiji Tashima
Discente: Ricardo Popescu Jnior

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Ana Luiza Ramazzina Ghirardi
Ttulo: PROJETO DE BOLSA ACADMICA DE MONITORIA PARA AS UNIDADES
CURRICULARES DE LNGUA FRANCESA 2012 ? 2013
Palavras-Chave: monitoria, lngua francesa, aprendizagem
O Projeto de Bolsa Acadmica de Monitoria em Lngua Francesa dirigido a alunos que cursam disciplinas de lngua
francesa no segundo semestre de 2012 e primeiro semestre de 2013, isto , atende no apenas os alunos do curso de
Letras mas tambm os alunos dos demais cursos da Escola de Filosofia, Letras e Cincias Humanas. Esse projeto tem
como meta contribuir para que: alunos participantes possam desenvolver sua competncia em lngua francesa e consolidar
o aprendizado; monitores aprofundem seus conhecimentos em lngua francesa;
monitores e alunos envolvidos construam
juntos um ambiente colaborativo de aprendizagem; monitores e alunos participantes construam autonomia na
aprendizagem; monitores possam praticar a docncia e desenvolver as habilidades necessrias para seu efetivo exerccio.
No que tange a prtica, os monitores envolvidos participam de encontros com os alunos, preparam material didtico,
ajudam na preparao dos discentes para testes de lngua francesa, criam um espao virtual de comunicao com os
alunos, buscam ferramentas via Internet que facilitem o aprendizado dos alunos. Alm disso, os monitores avaliam seus
prprios desempenhos e aqueles das coordenadoras envolvidas, fazem estudos sobre pesquisa-ao e sua
implementao, participam de reunies peridicas com a coordenadora/orientadora do projeto. Neste trabalho, ser
apresentada uma descrio maior do projeto, da metodologia adotada e tambm das atividades e materias desenvolvidos.
Alm disso, far-se- um balano dos resultados do projeto visando a descrever desafios futuros para o aprimoramento do
projeto bem como para possveis encaminhamentos.
Participantes:

Docente: Ligia Fonseca Ferreira


Discente: Fernanda Pinheiros Barros
Discente: Priscila Mara Guerra Machado

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Arlindo Flvio da Conceio
Ttulo: Projeto de Monitoria: Apoio ao Ensino e Aprendizagem de Sistemas
Computacionais
Palavras-Chave: Ensino, Aprendizagem, Sistemas da Computao, Linux
O presente projeto teve por objetivo desenvolver formas de apoio apredizagem com o uso de recursos
computacionais.
Para isso, o monitor do conjunto das disciplinas relacionadas, a saber: Sistemas Distribudos, Sistemas
Operacionais, Banco de Dados, Multimdia, Redes de Computadores, Programao Paralela, Computao de Alto
Desempenho, criou duas mquinas virtuais de Sistema Operacional Ubuntu 12.10, sendo que uma delas contm todos os
programas necessrios ao estudo das disciplinas supracitadas, evitando que o aluno se depare com o recorrente empecilho
de acompanhar uma aula em cuja mquina esteja faltando algum aplicativo importante. A outra mquina virtual consiste no
sistema operacional zerado, sem nenhum aplicativo extra instalado, que possibilitaria ao aluno instalar seus prprios
programas, bem como utiliz-la como um laboratrio virtual a fim de explorar os recursos do sistema operacional Linux.
As mquinas virtuais esto disponveis no portal do campus de So Jos dos Campos e podem ser baixadas via
Internet pelos discentes e docentes.
Ao monitor tambm coube a tarefa de correo de exerccios via plataforma Moodle, alm da confeco de um vdeo
em que so tratadas tcnicas e bons hbitos de estudo visando auxiliar no apenas os alunos da Unifesp, mas tambm a
sociedade em geral. O vdeo foi postado no Youtube compondo a srie de vdeos educativos Pinguim, idealizada pelo
professor Dr. Arlindo Flvio da Conceio. Esse vdeo aborda tanto a problemtica comum da realidade de um ingressante,
at os meandros rumo concluso do curso. Isso foi possvel dado que o monitor concluiu sua graduao concomitante a
esse projeto.
Participantes:

Docente: Dr. Alvaro Luiz Fazenda


Docente: Dra. Daniela Leal Musa
Docente: Dr. Ezequiel R. Zorzal
Docente: Dr. Valerio Rosset
Docente: Dr. Arlindo Flavio da Conceicao
Discente: Joo Eliakin Mota de Oliveira

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Bianca Fanelli Morganti
Ttulo: Projeto de Bolsa Acadmica de Monitoria da rea de Estudos Clssicos para as
Unidades Curriculares Lngua Latina I e II
Palavras-Chave: lngua latina
Este projeto de monitoria para as unidades curriculares de Lngua Latina destina-se aos alunos do campus
Guarulhos provenientes tanto do curso de Letras quanto dos demais cursos da Escola de Filosofia, Letras e Cincias
Humanas que estejam cursando estas disciplinas e/ou freqentando as reunies semanais dos Grupos de Estudos de
Lngua Latina. O currculo do curso de Letras prev, na rea de Estudos Clssicos, quatro unidades curriculares
obrigatrias: (i) Elementos de Lngua Grega; (ii) Introduo aos Estudos Clssicos; (iii) Lngua Latina I e (iv) Lngua Latina II,
alm de eventuais disciplinas eletivas. O aprendizado de lnguas antigas exige um rduo esforo no sentido de criar as
bases para a aquisio e a compreenso desses complexos sistemas lingusticos, demandando consequentemente a
prtica regular de uma grande quantidade de exerccios guiados e um apoio mais individualizado aos alunos que
apresentem maiores dificuldades de compreenso do contedo. H tambm o caso de alunos que demonstram interesse
em aprofundar seus conhecimentos e em ter o mximo contato possvel com a lngua, indo alm do contedo proposto em
aula e, muitas vezes, buscando o desenvolvimento de pesquisas na rea de estudos clssicos, para as quais o
conhecimento da lngua indispensvel. Dentre os benefcios buscados com a instaurao desse trabalho esto (i) a
possibilidade de apoio aos alunos com problemas em acompanhar o ritmo das aulas, (ii) a criao de um novo grupo de
estudos envolvendo alunos com maior proficincia nas lnguas, (iii) a oportunidade oferecida aos monitores de iniciao
docncia e pesquisa, (iv) maior dilogo e colaborao entre os docentes responsveis, monitores e alunos participantes,
(v) o incentivo para o desenvolvimento da autonomia do monitor e seus colegas, (vi) a criao de um banco de dados
voltado ao estudo das lnguas grega e latina, (vii) um melhor aproveitamento da carga horria do curso e,
consequentemente, uma melhor qualidade no processo de ensino-aprendizagem. O projeto de monitoria est ancorado em
um trabalho desempenhado conjuntamente pelos docentes responsveis, monitores e alunos participantes.
Visa o
desenvolvimento da competncia lingstica dos alunos (monitores e alunos participantes), de conhecimentos e habilidades
para a docncia e a pesquisa acadmica, da autonomia para o estudo e a pesquisa bem como da capacidade de trabalho
colaborativo.
Participantes:

Discente: Adir Fonseca de Oliveira Junior

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Bruna Millian padilha Gonalves de Souza
Ttulo: Lngua portuguesa II
Palavras-Chave: Lngua portuguesa; Morfologia
A Disciplina lngua portuguesa II, que se iniciou em janeiro de 2013 e tem seu trmino em maio deste mesmo ano,
(referente ao 2 semestre de 2012) tem como objetivo apresentar ao aluno os fundamentos da teoria morfolgica e sua
aplicao anlise do portugus do Brasil.
A monitoria, nesta disciplina, objetivou auxiliar os alunos com dificuldades de compreenso terica nos estudos
morfolgicos do portugus brasileiro, e quaisquer outras dvidas relacionadas a esta disciplina. Este o primeiro ano que
atuo como monitora, e percebi, com esta experincia, que esclarecer dvidas tambm uma forma de aprender um pouco
mais sobre o assunto. Assisti, novamente, apenas algumas aulas da disciplina ministrada neste semestre pelo Prof. Dr.
Janderson Lemos de Souza, e reli os textos tericos para auxiliar, da melhor forma possvel, os alunos que me procuraram.
Estive disponvel para os atendimentos todos os dias da semana no horrio das 18h00min s 19h30min. Os textos
tericos para a discusso e os dias propcios aos alunos eram previamente combinados, via e-mail. Algumas dvidas que,
por falha da memria, no consegui responder nos encontros presenciais foram posteriormente respondidas por e-mail.
Poucos alunos buscaram a monitoria nesta disciplina, entretanto foi uma experincia enriquecedora, pois alm de
relembrar o contedo estudado no perodo que cursei esta disciplina, pude aprofundar os estudos tericos e pensar em
futuras pesquisas nesta rea.
Participantes:

Discente: Bruna Millian Padilha Gonalves de Souza

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Cinthia Aguirre Brasileiro
Ttulo: Monitoria na rea de Ecologia - Campus Diadema
Palavras-Chave: Ecologia
As atividades de monitoria realizadas na rea de Ecologia na UNIFESP, campus Diadema contemplam quatro
Unidades Curriculare: Introduo Ecologia, Ecologia de Populaes, Ecologia de Comunidades e Ecologia de
Ecossistemas. A Unidade Curricular Introduo Ecologia faz parte das disciplinas do Ciclo Bsico e atende cerca de 350
alunos a cada ano dos cursos de Graduao em Cincias Biolgicas, Engenharia Qumica, Farmcia-Bioqumica, e
Qumica, no perodo Integral no segundo semestre e Noturno no primeiro semestre. O contedo programtico desta UC
abordado principalmente de forma terica. As formas de avaliao so trs provas e um pster com tema relacionado ao
contedo terico aplicado em aula. A apresentao dos posteres ocorre em um nico dia simulando um congresso. Desta
forma, os alunos comeam a se familiarizar com a apresentao em congressos. Estes alunos esto no primeiro semestre
do curso no Integral e no terceiro semestre noturno, sendo assim uma tima oportunidade de aprendizado. As outras UCS
(Ecologia de Populaes, Ecologia de Comunidades e Ecologia de Ecossistemas) so ministradas apenas para o curso de
Cincias Biolgicas e atende cerca de 50 alunos por UC. Estas UCs so terico/praticas e as avaliaes constam de
provas, apresentao de seminrios e projetos. A atuao de monitores nestas UCs essencial para o desenvolvimento de
todas as atividades programadas. Os monitores realizam plantes de dvidas antes das provas, auxiliam nas atividades
prticas e na correo dos exerccios extraclasse e atuam no controle da frequncia dos alunos. A monitoria nestas UCs
permite aos monitores aprofundar o conhecimento na rea da Ecologia, estimulando a possvel a participao futura em
estgios de iniciao cientfica como vem ocorrendo. Alm disto, o desenvolvimento nas habilidades didticas na escrita e
fala do aluno monitores tende a melhorar.
Participantes:

Orientador: Cinthia Aguirre Brasileiro


Docente: Marcelo Nogueira Rossi
Discente: Juliana Correia Santos
Discente: Camilla Jakelinne Jacintho
Discente: Aymam Cobo de Figueiredo
Discente: Barbara Cristina Alves Nunes

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Cludia Alessandra Tessari
Ttulo: Discutindo a Histria do Capitalismo Mundial e seus impactos nas Relaes
Internacionais numa perspectiva interdisciplinar
Palavras-Chave: histria capitalismo, relaes internacionais, economia
Este projeto tem como objeto a monitoria na rea de Histria Econmica (e Geopoltica) nos cursos de Cincias
Econmicas e Relaes Internacionais do campus Osasco. Estas reas incluem as Unidades curriculares dos cursos acima
relacionados tais como Histria Econmica Geral, Economia Mundial, Economia Internacional e Histria das Relaes
Internacionais.
Nos cursos estas reas tm o objetivo de fornecer fundamentao a fim de permitir ao aluno a compreenso da
formao do capitalismo mundial e seus impactos nas Relaes Internacionais (sua formao ao longo dos sculos XIV e
XVII, sua consolidao ao longo dos sculos XVIII e XIX e suas transformaes, caractersticas e dinmicas ao longo dos
sculos XX e XXI). Enfatiza as transformaes nos processos de produo e de organizao do trabalho, nos sistemas
comercial e financeiro internacional,
nas formas de organizao das empresas e na maneira como os governos das
chamadas Grandes Potncias utilizaram-se dos frutos dessas transformaes na competio geopoltica em mbito global
e regional.
Este projeto tem dois objetivos centrais: 1) estimular a aplicao do conhecimento histrico no campo da Cincia
Econmica e Relaes Internacionais; 2) estimular a interdisciplinarizao, um dos eixos norteadores dos projetos
pedaggicos dos cursos presentes no campus Osasco
Aps iniciadas as aulas dos cursos, notou-se grande interesse e disposio dos alunos tanto do curso de Cincias
Econmicas quanto de Relaes Internacionais para a ampliao da inter-relao entre estas duas reas de formao e
para a promoo de discusses conjuntas. Por isso, o foco interdisciplinar deste projeto.
Participantes:

Orientador: Cludia Alessandra Tessari


Docente: Flvio Rocha de Oliveira
Docente: Fbio Alexandre dos Santos
Docente: Jlio Csar Zorzenon Costa
Discente: Paulo Rogrio Lugoboni Filho
Discente: Mayra Schatzer

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Cristiane Gonalves da Silva
Ttulo: MONITORIA EIXO O SER HUMANO E SUA INSERO SOCIAL
Palavras-Chave: monitoria, processo ensino-aprendizagem
MONITORIA EIXO O SER HUMANO E SUA INSERO SOCIAL
COORDENADORA: Cristiane Gonalves da Silva
ORIENTADORES(AS): Alexandre Barbosa Pereira, Cristiane Gonalves da Silva, Marinez Brando, Rosana Machin
Barbosa, Sara Panciera
BOLSISTAS: Natalia Novaes Pavani Arajo, Vanessa Renata de Almeida e Vincius Andrade.
VOLUNTRIAS: Samantha Jssica Sales e Vivian Fornazier.
APRESENTAO: O presente projeto de monitoria iniciado em 2012 constitudo por alunos(as) de trs (Nutrio,
Psicologia e Servio Social) dos sete cursos do Campus Baixada Santista. Objetiva promover a troca de conhecimentos
dos(as) discentes a partir de seus diferentes campos de conhecimento e promover a interao com docentes do Eixo
Comum ?O Ser Humano e sua Insero Social? (IS) e os demais Eixos, comuns e especficos, que constituem o campus
promovendo a interdisciplinaridade, como preconizado no Projeto Poltico Pedaggico. A atividade da monitoria tambm
tem como objetivo a aproximao da atividade docente, por meio do intermdio da relao entre discentes e docentes. A
dinmica de trabalho da monitoria possui como base fundamental a relao horizontal entre estudantes e professores(as),
no sentido da construo do processo de ensino-aprendizagem. As atividades realizadas pela monitoria esto diretamente
relacionadas s temticas abordadas pelos(as) docentes em sala de aula. No segundo semestre letivo de 2012, foram
trabalhados os mdulos: ?Trabalho, Corpo e Significado? (2 termo) ?e ?Estigma, Preconceito e Direitos? (4 termo).
ATIVIDADES DA MONITORIA: A monitoria prope atividades de orientao para os estudantes sobre o contedo proposto
em aula, acesso bibliografia e cronograma de aulas; planto de dvidas para elaborao de trabalhos e apoio para estudo
(presencial ou atravs do e-mail, facebook ou blog). Utiliza, portanto, ferramentas atuais que facilitam a comunicao com a
comunidade acadmica onde so divulgados cronogramas, planejamento das atividades, bibliografia dos mdulos, dicas
culturais relacionadas aos contedos programticos dos mdulos e onde so respondidas dvidas enviadas online
pelos(as) estudantes. Realiza intermediao na relao entre docentes e discentes (dvidas e solicitaes atravs do
e-mail). Participao em reunies de superviso com os(as) docentes; leitura e discusso de textos considerados
pertinentes aos mdulos. Organizao e promoo do Dilogo Pertinente: Vigiar e Curtir, evento aberto comunidade
acadmica que se prope estimular o senso crtico, bem como a troca de saberes acerca do tema das redes sociais e
suas implicaes na sociedade atual. Participao em atividade da Semana de Integrao dos(as) calouros(as) de 2013
que objetiva discutir aspectos da sade sexual. Trabalho de sistematizao dos instrumentos de avaliao preenchidos
pelos(as) discentes ao trmino dos mdulos. Elaborao de portflio e relatrio final da monitoria
PRXIMAS ATIVIDADES: Realizao de outro ?Dilogo Pertinente? cujo tema ser definido mediante pesquisa de
temticas pertinentes comunidade acadmica do campus; elaborao de portflios e relatrios finais, alm das demais
atividades de rotina que cabem a monitoria (plantes de dvidas, reunies com docentes, divulgao de cronograma e
bibliografia dos mdulos, planejamento das atividades dos mdulos) e participao em outras atividades da universidade de
interesses afins e divulgao de dicas culturais.
CONSIDERAES SOBRE AS ATIVIDADES REALIZADAS: A relao entre monitores(as) e discentes pode
produzir troca de saberes e contribuir para o processo de ensino-aprendizagem. A monitoria entende que o papel do(a)
monitor(a) compreende o dever de ser facilitador(a) desse processo e, juntamente com os(as) docentes, pensar em
ferramentas pedaggicas para que o contato entre os estudantes e os contedos propostos pelo plano poltico-pedaggico
se efetive em uma formao de excelncia. Tambm destaca que o extenso processo de greve vivenciado pela
universidade e o consequente reordenamento do calendrio acadmico em um tempo mais curto, dificultaram a
organizao/planejamento das atividades da monitoria.
Participantes:

Orientador: Cristiane Gonalves da Silva


Discente: Natalia Novaes Pavani Arajo
Discente: Vanessa Renata de Almeida
Discente: Vincius Andrade
Discente: Samantha Jssica Sales
Discente: Vivian Fornazier

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Edilene Santana Santos
Ttulo: Projeto de Monitoria em Contabilidade Financeira I
Palavras-Chave: Contabilidade Financeira
Este projeto de Monitoria em Contabilidade Financeira I foi desenhado para atingir os seguintes objetivos: (1)
Contribuir para a melhoria do desempenho acadmico dos alunos na disciplina Contabilidade Financeira I, cujo aprendizado
demanda intensa dedicao resoluo de exerccios, com atendimento individual ao aluno; (2) Promover o aspecto
multiprofissional e interdisciplinar do campus Osasco, dado que a disciplina Contabilidade Financeira I comum a trs dos
quatro cursos do Campus, propiciando uma maior interao entre os alunos dos cursos de Cincias Contbeis,
Administrao e Economia; (3)
Incrementar a comunicao eficaz junto aos alunos das expectativas de desempenho dos
docentes em relao disciplina, dado que esta disciplina ocorre no primeiro semestre desses cursos, trabalhando com
alunos entrantes, em fase de adaptao nova realidade de cursar uma Universidade; (4) Estimular a iniciao de alunos
de excelente desempenho acadmico docncia, a partir de seu contato com as dvidas dos alunos e mediante uma
relao estreita com os professores responsveis pela disciplina.
Foram utilizadas as seguintes metodologias: interao individual com alunos para soluo de dvidas;
acompanhamento dos alunos na execuo de trabalhos e outras atividades em grupo; acompanhamento dos alunos em
atividades de simulao usando planilhas eletrnicas.
Participantes:

Discente: Edilene Santana Santos

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: FABIOLA FREITAS DE PAULA LOPES
Ttulo: PROJETO DE MONITORIA Biologia do Desenvolvimento e Biologia do
Desenvolvimento de Sistemas
Palavras-Chave: MONITORIA, BIOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
As unidades curriculares (UCs) Biologia do Desenvolvimento e Biologia do Desenvolvimento
de Sistemas so
disciplinas de natureza interdisciplinar que estudam os eventos envolvidos no desenvolvimento dos seres vivos em suas
diversas fases. Estas UCs tiveram como objetivo familiarizar os alunos com os princpios da biologia do desenvolvimento
incluindo gametognese, fecundao, clivagem, gastrulao
e morfognese, neurulao, implantao, placentao e
organognese de sistemas em mamferos. O programa de monitoria
teve a funo de oferecer aos alunos um espao
complementar ao da sala de aula aonde os mesmos tiveram a oportunidades de participar de plantes de dvida quinzenais
e nos dias de vspera de provas bem como realizar listas de exerccios a fim de consolidar o contedo ministrado na UC. A
monitora da UC Biologia do Desenvolvimento participou da preparao do material didtico para as aulas prticas, prestou
auxilio ao docente durante estas aulas e seminrios, realizou a correo prvia dos exerccios e estudos dirigidos e
participou na superviso dos alunos durante as provas. Por fim, alm de todo o contedo assimilado, a participao nesse
programa de monitoria permitiu que a monitora desenvolvesse uma maior habilidade de comunicao, pelo contato com os
alunos, bem como maior experincia laboratorial, colaborando para a formao dos futuros profissionais da rea de
Cincias Biolgicas.
Participantes:

Discente: Kamila Aguiar Rodrigues de Jesus

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Fabricio Ronil Sensato
Ttulo: Bolsa acadmica de monitoria no mbito das UCs pertencentes rea da
fsico-qumica. Campus Diadema
Palavras-Chave: monitoria, fsico-qumica, qumica
Este projeto de monitoria foi desenvolvido no mbito das seguintes Unidades Curriculares: Fsico-qumica (1
Sem/2013), Fsico-qumica 1 (2 Sem/2012; 1 Sem/2103), Fsico-qumica 2 (2 Sem/2012; 1 Sem/2103), Fsico-qumica 3
(2 Sem/2012; 1 Sem/2103), Qumica Quntica (2 Sem/2012), Fundamentos de Qumica Quntica (1 Sem/2013). Entre
bolsistas e voluntrios, 9 discentes se engajaram no desenvolvimento das atividades de monitoria. A monitoria foi oferecida
a um conjunto de aproximadamente 500 discentes matriculados em trs cursos de graduao (Farmcia e Bioqumica,
Bacharelado em Qumica e Qumica Industrial). O projeto contou, ainda, com o efetivo suporte de todos os docentes
vinculados rea da Fsico-qumica. parte ao atendimento presencial, a monitoria disps de um ambiente moodle
configurado de modo a permitir a comunicao privativa entre i) o coordenador do projeto da monitoria e monitores; ii) os
monitores e o docente responsvel pela correspondente UC e iii) os monitores e os discentes utentes da monitoria. Dentre
os recursos empregados, destacam-se o frum de notcias, frum de dvidas, chat e quadro de avisos. Os monitores foram
continuamente avaliados em termos de aspectos comportamentais (assiduidade, pontualidade, cordialidade, entre outros),
bem como em quesitos inerentes prpria atividade de monitoria (domnio do contedo, relao com o responsvel pela
correspondente UC, etc). De uma forma geral, os monitores responderam salutarmente s expectativas do Programa. A
avaliao do desenvolvimento do programa de monitoria por parte dos monitores foi realizada em duas frentes: i) avaliao
espontnea e aberta, na qual os monitores teceram livre e individualmente suas consideraes sobre o desempenho e
relevncia da monitoria e ii) avaliao direcionada e fechada, na qual um questionrio de natureza introspectiva foi
submetido apreciao dos monitores. Outrossim, inquiries no sistemticas junto aos discentes utentes da monitoria
indicaram que os monitores tm exercido um papel de relevo no processo de ensino-aprendizagem, oferecendo auxlio
qualificado aos colegas.
Participantes:

Docente: Carolina Vautier Teixeira Giongo


Docente: Luciano Caseli
Docente: Laura Oliveira Peres Philadelphi
Docente: Lucia Noda
Docente: Norberto Gonalves
Discente: Andrews Loys Silveira Teixeira
Discente: Felipe Vieira Zauith Assad
Discente: Fernando Cassas Salles Machado
Discente: Gabriela Ferreira Soares Monteiro
Discente: Jayr Henrique Marin
Discente: Mariana da Cunha Mantovani
Discente: Mariana Gurgel Rodrigues Massei
Discente: Marina Themoteo Varela
Discente: Marlon Augusto Profeta de Almeida

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Grazielli Lacava Genovez
Ttulo: Observao Prtica das Tecnologias em Sade I e II
Palavras-Chave: Tecnologias em sade
Introduo: A Observao da Prtica Tecnolgica I uma Unidade Curricular (UC) ministrada nos Cursos de
Tecnologia Oftlmica, Tecnologia em Radiologia e Tecnologia em Informtica em Sade da Universidade Federal de So
Paulo (UNIFESP). ministrada no 1 semestre do 1 ano da graduao e tem por principal objetivo aproximar os alunos de
seus futuros cenrios profissionais, assim como prepar-los para um necessrio senso crtico, exercitando a capacidade de
observar a relao entre profissionais e entre profissionais e seu instrumento de trabalho. Para isso, contamos com a
colaborao de diferentes cenrios e profissionais do Hospital So Paulo e de diversos departamentos da UNIFESP. A UC
Observao da Prtica Tecnolgica II ministrada no 2 semestre do 1 ano e tem como objetivo familiarizar os alunos com
temas relevantes para sua formao e amadurecimento profissional. Para que esses objetivos sejam alcanados o trabalho
em conjunto dos coordenadores e da monitoria da UC essencial.
Mtodos e Resultados: A monitoria da UC constituda de 3 alunas de graduao do curso de Tecnologia Oftlmica
(UNIFESP), escolhidas atravs de um processo seletivo baseado em entrevista. A monitoria tem vigncia de julho de 2012
a agosto de 2013 e tem por objetivo incentivar a formao docente, explorando as dificuldades dessa UC. Para isso
reunies semanais so realizadas, onde os coordenadores e monitoras discutem as estratgias a serem tomadas, a
escolha de temas relevantes que contemplem os objetivos da UC, a necessidade de organizao e planejamento de todas
as atividades a serem desenvolvidas, alm da escolha dos cenrios visitados pelos alunos, assim como seus deveres aps
as observaes nos ambientes profissionais. Tambm exigido das monitoras o contato com os alunos de graduao e o
desenvolvimento crtico de como estar do ?outro lado? de uma sala de aula.
Concluso: O trabalho em equipe, realizado pelos coordenadores e monitoras da UC mostrou bons resultados na UC
Observao da Prtica Tecnolgica II (j finalizada), tendo alcanado seus objetivos. A UC Observao da Prtica
Tecnolgica I est sendo ministrada e mostra que os desafios so constantes e que o empenho e dedicao so essenciais
para que os objetivos sejam contemplados.
Participantes:

Orientador: Profa. Dra. Paula Yuri Sacai


Orientador: Filipe de Oliveira
Discente: Smairah Frutuoso Abdallah
Discente: Gisella Grazioli

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Helga Tatiana Tucci
Ttulo: TCNICAS DE ANLISE DO MOVIMENTO HUMANO EM CINESIOLOGIA E
BIOMECNICA
Palavras-Chave: no consta
A universidade busca a melhora da formao do aluno tanto no mbito profissional quanto no pessoal. Sob este
aspecto, a monitoria favorece ao aluno o aprendizado no apenas do conhecimento cientfico, mas tambm a ter
responsabilidades, a respeitar opinies divergentes, a questionar, a interagir, a ensinar e a aprender. Desta forma, as
atividades de monitoria auxiliam, por meio da realizao das atividades prticas, no apenas a complementao do
aprendizado terico, mas tambm o entendimento sobre a importncia da avaliao cintico-funcional. Estes
conhecimentos direcionam a uma melhor escolha dos mtodos de avaliao para obteno do diagnstico funcional, base
necessria para determinar intervenes nas afeces musculoesquelticas e nas estratgias de treinamento esportivo.
Esta monitoria tem o intuito de incentivar a participao do acadmico em atividades de graduao, despertando no mesmo
o interesse em aprender e auxiliar atravs de uma interao aluno-monitor-professor, buscando uma formao diferenciada
na qual o senso crtico e a interdisciplinaridade devam ser propulsores do saber. Os objetivos so voltados a despertar o
papel de educador no monitor, promovendo a vivncia e o auxlio no planejamento e organizao de materiais de apoio,
instigando no monitor a busca pelo saber, pela troca de informaes em grupo e pela participao em eventos cientficos.
Logo, as atividades da monitoria dos Mdulos de Estudo do Movimento Humano dos cursos de Educao Fsica e Terapia
Ocupacional tiveram como tema central e condutor as TCNICAS DE ANLISE DO MOVIMENTO HUMANO EM
CINESIOLOGIA E BIOMECNICA no contexto de adquirir e complementar conhecimentos que possam ser usados na
promoo, preveno, reabilitao e treinamento fsico.
A monitoria tem trazido experincias pedaggicas que visam fortalecer a articulao entre teoria e prtica,
promovendo a cooperao mtua e a interdisciplinaridade. Para o planejamento, discusso, implementao e avaliao das
atividades foram realizadas reunies entre docente e monitores. Os monitores foram envolvidos e acompanhados em
diversas atividades acadmicas. 1) Atividades prticas: os monitores foram mediadores na tarefa de estimular reflexes
sobre a prtica, ratificando a tica interdisciplinar nas intervenes executadas por alunos da educao fsica e terapia
ocupacional; 2) Organizao de roteiro de estudos: realizados em conjunto pelo docente e monitores, tendo como base
aulas previamente ministradas e consultas bibliogrficas. Os roteiros foram elaborados no apenas ao direcionamento do
estudo, mas tambm a aguar o senso crtico do aluno sobre a importncia do conhecimento da cinesiologia e biomecnica
na prtica profissional; 3) Auxlio preparao das atividades prticas: Os monitores participaram no planejamento e
preparao de toda a logstica das atividades prticas, assim como contriburam na busca de material didtico
complementar como imagens, textos, equipamentos para a realizao das mesmas; 4) Apresentao de trabalho de
monitoria no Congresso Acadmico 2012-2013: os monitores auxiliaram na elaborao dos registros escritos sobre as
atividades realizadas na monitoria.
As metas para o ano letivo de 2013 foram estabelecidas com base nas reunies entre docente e monitores, nas
quais foram levantados pontos que poderiam ser melhorados para que o aluno buscasse a monitoria no apenas como
complemento de estudo, mas tambm como atividade que direcione a conhecer e entender o movimento humano na sua
prtica profissional. Sendo assim, ajustes para a continuao da monitoria foram feitos, visando melhora do ensino e a
interao entre alunos, monitores e professor. Desta forma, as seguintes metas foram estabelecidas: 1) Elaborao de
Oficinas de Estudo: a partir de experincias anteriores, percebeu-se a necessidade de incluir nos plantes de monitoria
atividades prticas que visem despertar um maior interesse dos alunos pelo mdulo e, portanto, seu maior envolvimento
com os contedos tericos. Desta forma, foram elaborados roteiros de estudo baseados em casos clnicos centrados em
cada articulao do corpo. Logo, tais casos clnicos objetivam estabelecer correlaes entre o contedo terico e a prtica
profissional da Educao Fsica e da Terapia Ocupacional e sero realizados durante os horrios de monitoria; 2)
Estabelecimento de Planto de Dvidas: ocorrero semanalmente em horrios pr-estabelecidos de acordo com a
necessidade e com a grade letiva dos monitores; 3) Avaliao das atividades: aplicao de uma avaliao das atividades
realizadas pela monitoria, visando obter informaes dos alunos sobre as tcnicas didticas; 4) Elaborao de evento:
proposta de um evento relacionado ao estudo da cinesiologia e biomecnica na prtica profissional dos alunos de Terapia
Ocupacional e Educao Fsica do campus Baixada Santista.
Os resultados obtidos nesta monitoria direcionaram a um questionamento mais amplo sobre as atividades tericas e
prticas voltadas ao ensino interdisciplinar do Mdulo de estudo do Movimento Humano. Desta forma, discusses sobre
atividades prticas complementares foram feitas e das quais puderam ser levantados pontos que necessitavam de um
maior aprofundamento terico e que pudessem trazer mais perto do cotidiano dos alunos a importncia da compreenso e
do estudo do movimento humano na prtica profissional. Sendo assim, ajustes para a continuao da monitoria foram
feitos, visando melhora do ensino e a interao entre alunos, monitores e professor.
Participantes:

Docente: Helga Tatiana Tucci


Discente: Marina Yumi Ono Santos
Discente: Ana Carolina Serra Lucato
Discente: Graciana Santos Martinho
Discente: Isabela Maschk Staboli
Discente: Marcela Luiza De Moraes Gonalves
Discente: Rebeca Palomo Loureno
Discente: Tatiana Wscieklica

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Iara Rosa Farias
Ttulo: Introduo aos Estudos Lingusticos e Lingustica III ? Anlises do Discurso
Palavras-Chave: Lingustica Geral; Escolas Lingusticas; Discurso; Anlise do Discurso francesa; Semi
O campo da Lingustica no curso de Letras se faz presente na constituio da sua matriz curricular, visando a
oferecer ao discente um panorama dos estudos sobre a linguagem e observar de forma mais detida algumas caracterstica
que compe o espectro dos estudos sobre lngua. Neste sentido, a unidade curricular (UC) Introduo aos Estudos
Lingusticos atinge este objetivo. Por ser a primeira disciplina de Lngustica, oferecida aos alunos do 1 termo, apresenta
um histrico dos estudos sobre a linguagem, a definio e diferenciao entre linguagem e lngua, a constituio do campo
de estudos da Lngustica e suas principais correntes, notadamente aquelas que serviro de alicerce terico para as demais
unidades curriculares componentes da matriz curricular do curso de Letras. Noutros termos, a UC Introduo aos Estudos
Lingusticos oferece uma viso ampla dos estudos da linguagem que preparam o aluno para as demais Ucs de Lingustica e
mesmo de Lngua Portuguesa (vide cronograma em anexo). Esta UC tem 200 alunos, divididos entre perodos vespertino e
noturno, ou seja, cada turma tem 100 alunos.
A UC Lingustica III ? Anlises do discurso - encerra o ciclo de estudos lingusticos em Letras. Esta disciplina, bem
como a primeira, oferecida a todos os alunos do curso em questo e est localizada no 8 (oitavo) e ltimo termo. A UC
possui a mesma caracterstica de IEL que oferecer aos alunos um panorama dos estudos discursivos e os conceitos
bsicos da rea em questo. Busca-se nesta disciplina levar o aluno a identificar as diferentes perspectivas dos estudos
discursivos, operacionalizando os conceitos bsicos e os procedimentos metodolgicos apresentados para a realizao de
anlises discursivas de diferentes orientaes. Devido ao seu perfil, anlise de textos/de discurso, segundo as teorias
apresentadas, teremos como exerccios e trabalho final textos narrativo-dissertativo a serem avaliados. O que demandar
tempo e leituras atentas na fase de correo. Esta UC ser oferecida pela primeira vez no 2 semestre de 2012, portanto vai
requerer planejamento cuidadoso tanto na sua apresentao quanto na correo dos exerccios e trabalho final. Ela ter
entre por volta de 90 alunos em cada perodo, ou seja, no total sero de 180 alunos a serem atendidos.
Diante do cenrio apresentado para a UC Introduo aos Estudos Lingusticos, e para Lingustica III, delineam-se os
seguintes objetivos para este projeto de monitoria.
Quanto aos monitores:
? entender o processo de seleo e elaborao dos contedos apresentados em aula (plano de aula, elaborao de
exerccios e critrios para avaliao final, construo de slides);
? compreender que o processo ensino-aprendizagem no a simples exposio de contedos, mas a busca de
consolidao de um saber (elaborao e correo dos exerccios e discusso dos resultados com os alunos),
? entender a interao do professor e aluno enquanto processo pedaggico (professor atento s dificuldades dos
alunos, buscando meios para, se no resolv-los, colaborar na soluo) e
Quanto ao Docente da UC Introduo aos Estudos Lingusticos:
? Atender as necessidades de entendimento, compreenso e, pois, aprendizagem dos alunos (principalmente
daqueles da UC Introduo aos Estudos Lingusticos ingressantes nas chamadas posteriores) e
? Desenvolver habilidades relacionadas ao processo ensino-aprendizagem no monitor.
Participantes:

Orientador: Iara Rosa Farias


Discente: EMLIA CRISTINA ROCHA DE JESUS
Discente: Camila Aparecida Berzuini
Discente: Thais Rodrigues dos Santos

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Ileana G.S. Rubio
Ttulo: Biologia Molecular
Palavras-Chave: Biologia Molecular
Monitoria de Biologia Molecular com intuito de auxiliar na aprendizagem dos discentes.
Aline Pacheco de Oliveira, Magaly Maciel Freitas, Lucas Marino Vivot, Mariana Teixeira Rodrigues, Jlio C.F. de
Oliveira, Ileana G.S. Rubio- UNIFESP-Campus Diadema
Introduo: Durante o perodo de Novembro de 2012 a maio de 2013 foi realizada a monitoria da unidade curricular
(UC) Biologia Molecular, ministrada para os cursos de Cincias Biolgicas e Farmcia e Bioqumica (integral e noturno),
correspondentes ao segundo semestre de 2012, com a carga horria de 4 horas para cada turma.
A UC Biologia Molecular visa proporcionar aos alunos o aprendizado de conceitos bsicos de Biologia Molecular,
dando nfase tecnologia do DNA recombinante e anlise genmica e suas aplicaes. A disciplina objetiva tambm
familiarizar os alunos com as tcnicas bsicas utilizadas em Biologia Molecular, a partir do oferecimento de subsdios
tericos e prticos dos mesmos fundamentos.
Objetivos: Os objetivos da monitoria foram auxiliar os docentes nas aulas prticas e dar suporte aos alunos
esclarecendo dvidas e complementando informaes dos temas ministrados, visando um maior aproveitamento do aluno
na unidade curricular.
Metodologia e Resultados: A monitoria baseaou-se em plantes de dvidas tericos referentes aos temas das aulas
tericas e prticas. Os plantes foram ministrados uma vez por semana, sempre que solicitado pelos discentes, com horrio
marcado. Os alunos que compareciam aos plantes se mostraram muito preocupados com as avaliaes e empenhados
com o aprendizado do contedo que era ministrado em aula. Tambm os monitores ficaram incumbidos de preparar e
apresentar aulas expositivas de reviso antes das avaliaes da UC e elaborar materiais de estudo como resumos e
esquemas relacionados parte terica, alm de roteiros simplificando das aulas prticas. Para facilitar e agilizar a
comunicao com os alunos os monitores fizeram uso de redes scias.
Os monitores tambm foram os responsveis por preparar e testar os matrias das aulas prticas, alm de auxiliar
os docentes durante essas aulas, acompanhando os alunos nos experimentos e esclarecendo suas dvidas. Muitos alunos
interagiam diretamente com os monitores e j sanavam totalmente suas dvidas, apresentando um grande aproveitamento
no prprio perodo da aula prtica.
De acordo com dados obtidos atravs de questionrios aplicados, pode-se perceber que a maior parte dos alunos
tinha a inteno de frequentar os plantes para tirar duvidas conceituais e obter ajuda na resoluo e o gabarito de
exerccios passados em aula. Pode-se tambm conferir que o planto foi classificado como Satisfatrio para
aproximadamente 89% dos alunos frequentadores bem como Necessrio para 78% do total de alunos.
Concluso: Levando-se em conta a carga horria da Unidade Curricular Biologia Molecular e a grande quantidade de
alunos que cursam essa disciplina por semestre (cerca de 180 alunos), a monitoria uma importante ferramenta didtica
para o atendimento aos alunos da graduao e pode ser considerada um mecanismo de ensino individual e coletivo. Alm
disso um veculo rpido e acessvel para o saneamento de dvidas, e permite que o docente tenha maior tempo hbil
para estruturar a aula e por vezes avanar mais rapidamente na aula uma vez que os contedos j lecionados puderam ser
revisados pelo monitor e revisitados pelos alunos.
A monitoria tambm faz com que o monitor trabalhe suas habilidades para tornar as explicaes dos contedos
claras e objetivas. Muitas vezes, o monitor deve explicar um contedo de mais de uma maneira para atender as mais
diferentes necessidades dos alunos. Todo este aprendizado poder ser muito til no futuro professional do monitor, no s
na carreira acadmica mas tambm em entrevistas e processos seletivos no setor privado
Dessa forma a monitoria surge como uma atividade muito importante para discentes, docentes e para o prprio
monitor.
Participantes:

Orientador: Ileana G.S. Rubio


Docente: Jlio C.F. de Oliveira
Discente: Aline Pacheco de Oliveira
Discente: Magaly Maciel Freitas
Discente: Mariana Teixeira Rodrigues
Discente: Lucas Marino Vivot

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Joo Eliakin Mota de Oliveira
Ttulo: Projeto de Monitoria: Apoio ao Ensino e Aprendizagem de Sistemas
Computacionais
Palavras-Chave: Ensino, aprendizagem, computao
Esta monitoria abrangeu as seguintes Unidades Curriculares: Sistemas Distribudos, Sistemas Operacionais, Banco
de Dados, Multimdia, Redes de Computadores, Programao Paralela, Computao de Alto Desempenho.
O projeto teve como objetivo desenvolver formas de apoio apredizagem com o uso de recursos computacionais.
Para isso, criou duas mquinas virtuais de Sistema Operacional Ubuntu 12.10, sendo que uma delas contm todos os
programas necessrios ao estudo das disciplinas supracitadas, evitando que o aluno se depare com o recorrente empecilho
de acompanhar uma aula em cuja mquina esteja faltando algum aplicativo importante. A outra mquina virtual consiste no
sistema operacional zerado, sem nenhum aplicativo extra instalado, que possibilitaria ao aluno instalar seus prprios
programas, bem como utiliz-la como um laboratrio virtual a fim de explorar os recursos do sistema operacional Linux. As
mquinas virtuais esto disponveis no portal do campus de So Jos dos Campos e podem ser baixadas via Internet pelos
discentes e docentes.
Tambm foi confeccionado um vdeo em que so tratadas tcnicas e bons hbitos de estudo visando auxiliar no
apenas os alunos da Unifesp, mas tambm a sociedade em geral. O vdeo foi postado no Youtube compondo a srie de
vdeos educativos Pinguim (www.pinguim.pro.br), idealizada pelo professor Dr. Arlindo Flvio da Conceio. Esse vdeo
aborda tanto a problemtica comum da realidade de um ingressante, at os meandros rumo concluso do curso. Isso foi
possvel dado que o monitor concluiu sua graduao concomitante a esse projeto.
Ao monitor tambm coube a tarefa de correo de exerccios via plataforma Moodle.
Participantes:

Discente: Joo Eliakin Mota de Oliveira

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Jurdi, A.P.S., Borba, P.L.O., Rebelo, N.R., Sousa, P.G., Santos, T.C.,
Murasse, M.S.B.
Ttulo: Monitoria do Curso de Terapia Ocupacional: promovendo encontros, fazeres e
ampliando repertrio de atividades com foco nos ciclos de vida
Palavras-Chave: formao, oficinas de atividades, terapia Ocupacional
O projeto de monitoria do curso de Terapia Ocupacional vem ao encontro da proposta poltico pedaggica da
UNIFESP- Campus Baixada Santista, que busca integrar contedos em eixos e mdulos interdisciplinares. Estes contedos
sustentam pressupostos de uma formao acadmica generalista, humanista, crtica e reflexiva e tem como objeto de
estudo a atividade humana em sua diversidade, na perspectiva da atuao no campo da sade, da rea social e
educacional. O objetivo central foi desenvolver, ampliar e articular os conhecimentos adquiridos ao longo da formao por
meio da proposio de oficinas de atividades semanais, alm do levantamento, identificao e mapeamento dos contedos
desenvolvidos pelos mdulos do eixo especfico. Esse levantamento visa identificar os conceitos centrais trabalhados e
articul-los com contedos de mdulos interdisciplinares para depois disponibilizar o material bibliogrfico por meio da
internet. Vimos trabalhando com oficinas distribudas em trs grandes blocos que, nesse ltimo perodo, foram subdivididas
e correlacionadas a diferentes momentos do clico de vida, a saber: Infncia, Adolescncia e Idoso. Cada bloco propiciou a
experimentao de trs diferentes tcnicas e a reflexo crtica conduzida por um docente especialista na rea acerca da
fase de vida articulado as demandas que o profissional ? terapeuta ocupacional ? dever equacionar a partir da adaptao
do recurso e conhecimento sobre diferentes situaes que poder enfrentar. As oficinas de atividades aconteceram com a
experimentao do recurso, direcionada por um discente ou docente, com a ajuda dos monitores. A dinmica do encontro
pensada a fim de que o discente seja ativo no processo de experimentao e, conjuntamente ao grupo, faa o exerccio de
pensar como eles se sentiram durante as vivncias e como estas poderiam afetar uma populao alvo. Essa ao tem
promovido no curso a cultura do encontro no uso do Laboratrio, a valorizao da atividade para a ao profissional, o
conhecimento da tcnica e a sua explorao para diferentes fins, ampliao do repertrio de atividades, maior integrao
entre todos os alunos de graduao e um aprofundamento em relao s necessidades e s demandas das fases de vida
que nos debruamos. Houve tambm a criao de uma pgina no facebook e uma articulao com um blog virtual j
preexistente sobre atividades e terapia ocupacional, para divulgao das oficinas. Os espaos de experimentao e
articulao de contedos criaram condies para existir um campo potente para a formao dos estudantes, inaugurando
possibilidades de criao e envolvimento, fundamentais para a constituio de terapeutas ocupacionais.
Palavras-Chave: Formao; Oficinas de Atividades; Terapia Ocupacional.
rea: Formao e Pesquisa em Terapia Ocupacional.
Participantes:

Discente: Jurdi, A.P.S., Borba, P.L.O., Rebelo, N.R., So

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Kamila Aguiar Rodrigues de Jesus
Ttulo: Monitoria da Unidade Curricular Biologia do Desenvolvimento
Palavras-Chave: Biologia do Desenvolvimento, Monitoria
A unidade curricular (UC) Biologia do Desenvolvimento uma disciplina de natureza interdisciplinar que estuda os
eventos envolvidos no desenvolvimento dos seres vivos em suas diversas fases. Esta UC tem como objetivo familiarizar os
alunos com os princpios da biologia do desenvolvimento incluindo gametognese, fecundao, clivagem, gastrulao
e
morfognese, neurulao, implantao, placentao e organognese de mamferos. O programa de monitoria
teve a
funo de oferecer aos alunos um espao complementar ao da sala de aula aonde os mesmos tiveram a oportunidades de
participar de plantes de dvida quinzenais e nos dias de vspera de provas bem como realizar listas de exerccios a fim de
consolidar o contedo ministrado na UC. A monitora da UC Biologia do Desenvolvimento participou da preparao do
material didtico para as aulas prticas, prestou auxilio ao docente durante estas aulas e seminrios, realizou a correo
prvia dos exerccios e estudos dirigidos e participou na superviso dos alunos durante as provas. Por fim, alm de todo o
contedo assimilado, a participao nesse programa de monitoria permitiu que a monitora desenvolvesse uma maior
habilidade de comunicao, pelo contato com os alunos, bem como maior experincia laboratorial, colaborando para a
formao dos futuros profissionais da rea de Cincias Biolgicas.
Participantes:

Docente: Fabola Freitas de Paula Lopes

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Karin Argenti Simon
Ttulo: Monitoria de Bioqumica - campus Diadema
Palavras-Chave: monitoria, bioqumica
As UCs de Bioqumica do campus Diadema so divididas em Bioqumica Estrutural e Metablica, que so oferecidas
em semestres alternados para os cursos do perodo integral e noturno. Ambas as UCs so constitudas por aulas tericas e
prticas, alm de apresentao de seminrios ou posters sobre temas especficos. A participao de monitores nos cursos
de Bioqumica tem trs objetivos principais: 1) O auxlio aos docentes responsveis pelas UCs, especialmente na ateno
ao aluno durante as aulas prticas; 2) promover maior entendimento dos alunos com relao ao contedo administrado; 3)
colocar os monitores em contato com a atividade didtica, fortalecendo seus prprios conhecimentos na rea de Bioqumica
e mostrando o ponto de vista do professor com relao administrao de contedo e dificuldades geralmente encontradas
no aproveitamento dos alunos. Para atender esses objetivos foram selecionados 5 monitores, sendo 2 bolsistas, ficando
uma vaga de voluntrio ociosa por falta de voluntrio. No decorrer do semestre, houve mais uma desistncia de um dos
monitores voluntrios, o que sobrecarregou um pouco os monitores ativos. No segundo semestre de 2012, atpico pela
situao de greve deflagrada nas universidades federais nesse ano, a Bioqumica Estrutural foi ministrada para 177 alunos
do Ciclo Bsico (cursos de Farmcia, Qumica, Engenharia Qumica e Cincias Biolgicas) no perodo integral, enquanto a
Bioqumica Metablica foi ministrada a 91 alunos do curso de Farmcia noturno. Para cada turma de cerca de 50 alunos,
em dois laboratrios simultneos, foram realizadas 4 aulas prticas na Bioqumica Estrutural e 3 aulas prticas na
Bioqumica Metablica, totalizando cerca de 44 horas de participao efetiva dos monitores em sala de aula, alm do tempo
de preparo das respectivas aulas prticas e os plantes de dvidas. Esses plantes, no formato de aulas de reviso, foram
oferecidos antes de todas as provas tericas e exame. Os monitores tambm se utilizaram das redes sociais como
ferramenta de interao com os alunos, obtendo uma boa procura. No geral, acreditamos que o projeto de monitoria traz
benefcios concretos aos alunos de graduao mas principalmente, aos monitores, que tm a oportunidade de consolidar
seus conhecimentos na rea e vivenciar a atividade didtica.
Participantes:

Docente: Giselle Zenker Justo


Discente: Caio Csar de Souza Ribeiro
Discente: Rodrigo Abud Quagliano
Discente: Lucia Helena Gonalves Silva
Discente: Patrcia Pereira dos Santos

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Laura Camara Lima
Ttulo: Sade do Trabalhador: ensino, pesquisa e exteso integradas
Palavras-Chave: Sade do Trabalhador
Se acompanharmos a histria do trabalho, percebemos que a dominao e a humilhao social sempre ocorreram e
que algumas profisses so categorizadas como subempregos, gerando a desvalorizao dos profissionais e acarretando
consequncias negativas sobre a sade desses indivduos. Durante o mdulo Psicologia Social e Trabalho?realizamos,
junto com os colegas de sala, uma pesquisa coletiva intitulada: ?Trabalho em manuteno: sade em questo?. O objetivo
da pesquisa foi observar, analisar e discutir coletivamente as respostas dos trabalhadores, atrelando-as com o as teorias
aprendidas no mdulo. Os sujeitos da pesquisa eram trabalhadores e trabalhadoras que exerciam funes pouco
valorizadas socialmente ligadas a servios de manuteno, limpeza, segurana, em que devem permanecer ?invisveis? ;
seja essa invisibilidade real, quando o trabalhador no tem contato direto com o pblico, mas presta servios nos
bastidores, seja quando eles so ignorados durante o servio.
Iniciamos as atividades da monitoria pela organizao, tabulao e estudo desses dados e pudemos concluir que a
invisibilidade no mbito do trabalho pode ser definida como uma situao que envolve a desvalorizao dos trabalhadores,
situaes de humilhao social e sofrimento fsico-psquico. A literatura especializada destaca que a ?invisibilidade? de
certas profisses est atrelada com a desvalorizao social das mesmas. Para Djours a questo da valorizao e
satisfao no trabalho est intimamente relacionada com o reconhecimento. A Psicodinmica do Trabalho considera dois
tipos de reconhecimento: o reconhecimento baseado no julgamento de utilidade, advindo dos superiores (e clientes) e o
reconhecimento de esttica, cuja origem provm dos colegas.
Sistematizamos os dados relativos s vivncias e aos problemas narrados pelos trabalhadores, de modo a conhecer
o lado oculto do trabalho. A anlise das respostas revela, ao contrrio do que era esperado, que apenas uma minoria
apresentou relatos de desvalorizao. Quando questionados, 50% dos trabalhadores responderam que no se sentem
desvalorizados e 35% disseram que se sentem mais ou menos valorizados.
Consideramos significativo que 72,7% dos entrevistados responderam que no possuem autonomia no trabalho,
tendo que de ?fazer como mandam? os chefes. Esse dado se tornou relevante, na medida em que a questo da autonomia
abordada por diversos autores como um elemento de emancipao do trabalhador. A ausncia dessa autonomia
diretamente proporcional ao sentimento de submisso e frustao com a maneira que o individuo trabalha.
O processo sade-doena foi outra questo explorada nas entrevistas. Questionamos se o trabalho desempenhado
afetava a sade dos indivduos e 72,7% dos entrevistados responderam que sua sade tem sido afetada por seu trabalho.
Esse fato um indicador de que o trabalho, que deveria ser fonte de renda, prazer e satisfao, est adoecendo os
trabalhadores, deixando-os a merc de transtornos e patologias que poderiam ser sanadas por uma melhor gesto do
trabalho nas empresas, organizaes e instituies.
Para almejar o objetivo traado pela Organizao Mundial da Sade, - que coloca a sade como um estado de bem
estar fsico, mental e social - seria necessrio modificar esse quadro. Ainda mais quando se considera com Dejours (1986),
que a sade ser sempre um desafio a ser vencido, um alvo a ser atingindo e mantido s custas do trabalho psquico e da
elaborao coletiva.
Ao refletir sobre os resultados produzidos com as informaes e os dados coletados, concluiu-se que a sade tem
que ser discutida em todos os mbitos da vida do ser humano, pautados na Psicologia como forma de instruir e
instrumentalizar trabalhadores e gestores a cuidar da sade no trabalho. ?
Em continuidade do trabalho de monitoria temos os seguintes planos. Realizamos a produo de um artigo que
submeteremos a aprovao e divulgao na ?Revista Psicologia da Universidade de So Paulo (USP), A partir dos
resultados desta pesquisa. Realizaremos, em parceria com grupo de extenso: ?Rede sentinela de sade mental no
trabalho?, o planejamento do evento: "Transtornos mentais relacionados ao trabalho: o que so, de onde vm, para onde
vo?" Este se realizar dia 27 de Maio s 17h30min ?no saguo da Universidade Federal de So Paulo.
Estamos tambm articulando a realizao de um curso de complementar ao mdulo, a ser ministrado pela convidada
Prof M Tnia Maria Crrea Estevaletto Macedo, na rea de Psicologia Organizacional. ?O que nos motivou foi a demanda
dos alunos do mdulo, uma vez que tinham interesse nessa rea e que esta no est contemplada na ementa, que tem
foco na sade. Levantamos vrias informaes, dados e interessados e tentaremos viabilizar, em breve, um curso de curta
durao.
Estamos participando do planejamento do mdulo de Psicologia Social e Trabalho que se iniciar neste primeiro
semestre letivo de 2013. Na medida de nossa disponibilidade e do cronograma, participaremos tambm das atividades e
discusses do mdulo, com o objetivo de compartilhar nossa experincia e conhecimento, fazendo desta participao uma
ferramenta facilitadora do processo ensino-aprendizagem dos discentes.
Participantes:

Discente: Thais Gomes Barriento


Discente: Tatiane Hamada

Ttulo: Sade do Trabalhador: ensino, pesquisa e exteso integradas


Palavras-Chave: Sade do trabalhador, ensino, pesquisa e extenso integradas
Se acompanharmos a histria do trabalho, percebemos que a dominao e a humilhao social sempre ocorreram e
que algumas profisses so categorizadas como subempregos, gerando a desvalorizao dos profissionais e acarretando
consequncias negativas sobre a sade desses indivduos. Durante o mdulo Psicologia Social e Trabalho?realizamos,
junto com os colegas de sala, uma pesquisa coletiva intitulada: ?Trabalho em manuteno: sade em questo?. O objetivo
da pesquisa foi observar, analisar e discutir coletivamente as respostas dos trabalhadores, atrelando-as com o as teorias
aprendidas no mdulo. Os sujeitos da pesquisa eram trabalhadores e trabalhadoras que exerciam funes pouco
valorizadas socialmente ligadas a servios de manuteno, limpeza, segurana, em que devem permanecer ?invisveis? ;
seja essa invisibilidade real, quando o trabalhador no tem contato direto com o pblico, mas presta servios nos
bastidores, seja quando eles so ignorados durante o servio.
Iniciamos as atividades da monitoria pela organizao, tabulao e estudo desses dados e pudemos concluir que a
invisibilidade no mbito do trabalho pode ser definida como uma situao que envolve a desvalorizao dos trabalhadores,
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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Laura Camara Lima
situaes de humilhao social e sofrimento fsico-psquico. A literatura especializada destaca que a ?invisibilidade? de
certas profisses est atrelada com a desvalorizao social das mesmas. Para Djours a questo da valorizao e
satisfao no trabalho est intimamente relacionada com o reconhecimento. A Psicodinmica do Trabalho considera dois
tipos de reconhecimento: o reconhecimento baseado no julgamento de utilidade, advindo dos superiores (e clientes) e o
reconhecimento de esttica, cuja origem provm dos colegas.
Sistematizamos os dados relativos s vivncias e aos problemas narrados pelos trabalhadores, de modo a conhecer
o lado oculto do trabalho. A anlise das respostas revela, ao contrrio do que era esperado, que apenas uma minoria
apresentou relatos de desvalorizao. Quando questionados, 50% dos trabalhadores responderam que no se sentem
desvalorizados e 35% disseram que se sentem mais ou menos valorizados.
Consideramos significativo que 72,7% dos entrevistados responderam que no possuem autonomia no trabalho,
tendo que de ?fazer como mandam? os chefes. Esse dado se tornou relevante, na medida em que a questo da autonomia
abordada por diversos autores como um elemento de emancipao do trabalhador. A ausncia dessa autonomia
diretamente proporcional ao sentimento de submisso e frustao com a maneira que o individuo trabalha.
O processo sade-doena foi outra questo explorada nas entrevistas. Questionamos se o trabalho desempenhado
afetava a sade dos indivduos e 72,7% dos entrevistados responderam que sua sade tem sido afetada por seu trabalho.
Esse fato um indicador de que o trabalho, que deveria ser fonte de renda, prazer e satisfao, est adoecendo os
trabalhadores, deixando-os a merc de transtornos e patologias que poderiam ser sanadas por uma melhor gesto do
trabalho nas empresas, organizaes e instituies.
Para almejar o objetivo traado pela Organizao Mundial da Sade, - que coloca a sade como um estado de bem
estar fsico, mental e social - seria necessrio modificar esse quadro. Ainda mais quando se considera com Dejours (1986),
que a sade ser sempre um desafio a ser vencido, um alvo a ser atingindo e mantido s custas do trabalho psquico e da
elaborao coletiva.
Ao refletir sobre os resultados produzidos com as informaes e os dados coletados, concluiu-se que a sade tem
que ser discutida em todos os mbitos da vida do ser humano, pautados na Psicologia como forma de instruir e
instrumentalizar trabalhadores e gestores a cuidar da sade no trabalho. ?
Em continuidade do trabalho de monitoria temos os seguintes planos. Realizamos a produo de um artigo que
submeteremos a aprovao e divulgao na ?Revista Psicologia da Universidade de So Paulo (USP), A partir dos
resultados desta pesquisa, realizaremos, em parceria com grupo de extenso: ?Rede sentinela de sade mental no
trabalho?, o planejamento do evento: "Transtornos mentais relacionados ao trabalho: o que so, de onde vm, para onde
vo?" Este se realizar dia 27 de Maio s 17h30min ?no saguo da Universidade Federal de So Paulo.
Estamos tambm articulando a realizao de um curso de complementar ao mdulo, a ser ministrado pela convidada
Prof M Tnia Maria Crrea Estevaletto Macedo, na rea de Psicologia Organizacional. ?O que nos motivou foi a demanda
dos alunos do mdulo, uma vez que tinham interesse nessa rea e que esta no est contemplada na ementa, que tem
foco na sade. Levantamos vrias informaes, dados e interessados e tentaremos viabilizar, em breve, um curso de curta
durao.
Estamos participando do planejamento do mdulo de Psicologia Social e Trabalho que se iniciar neste primeiro
semestre letivo de 2013. Na medida de nossa disponibilidade e do cronograma, participaremos tambm das atividades e
discusses do mdulo, com o objetivo de compartilhar nossa experincia e conhecimento, fazendo desta participao uma
ferramenta facilitadora do processo ensino-aprendizagem dos discentes.
Participantes:

Discente: Tatiane Hamada


Discente: Thais Gomes Barriento

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Luciana Le Sueur Maluf
Ttulo: MONITORIA NO EIXO BIOLGICO COMO INSTRUMENTO FACILITADOR DO
PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM - MDULOS: DO TOMO CLULA, DOS
TECIDOS AOS SISTEMAS, APARELHO LOCOMOTOR
Palavras-Chave: Anatomia, Histofisiologia, Mdulo Do tomo Clula
O Campus Baixada Santista da Universidade Federal de So Paulo tem a interdisciplinaridade como princpio
norteador do processo de ensino-aprendizagem. Seguindo esse modelo, o Eixo "O Ser Humano em sua Dimenso
Biolgica", comum aos cursos de Educao Fsica, Fisioterapia, Nutrio, Psicologia e Terapia Ocupacional, engloba desde
as macromolculas at a integrao dos diferentes rgos e sistemas, atravs dos mdulos: "Do tomo Clula" (MAC),
"Dos Tecidos aos Sistemas" (MTS 1 e MTS 2) e "Aparelho Locomotor" (MAL). Devido grande diversidade de alunos e foco
de atuao, a presena de monitores, atuando como auxiliares didticos, fez-se necessria como facilitadores e promotores
da interao professor-aluno, alm de proporcionar a vivncia didtico-pedaggica que far a diferena na integralidade da
sua formao. O projeto de monitoria do Eixo Biolgico possui trs subreas: Mdulo do tomo Clula (MAC),
Histofisiologia (que atendeu aos mdulos MTS 1 e 2) e Anatomia (que atendeu aos mdulos MTS 1, MTS 2 e MAL).
De modo geral, os monitores das trs subreas desenvolveram as seguintes atividades: intermediao entre
discentes e docentes, esclarecimento de dvidas provenientes do contedo ministrado em aula, controle dirio da conta de
e-mail criada para cada monitoria, divulgao de materiais disponibilizados pelos docentes aos alunos, sugestes com
experincias pessoais para a melhoria dos mdulos e confeco de um banner interdisciplinar com a proposta de
integrao dos contedos referentes aos mdulos que compem o projeto de monitoria do Eixo. As atribuies especficas
de cada subrea encontram-se descritas a seguir.
No projeto atual de monitoria (2012-2013), a subrea do MAC contou com 8 monitores (7 voluntrios e 1 bolsista),
cujas atribuies especficas foram: planejamento, em paralelo com os docentes, das atividades a serem desenvolvidas
com a turma 2013 do Mdulo; planejamento e execuo dos plantes de dvidas semanais; dar subsdios s discusses a
respeito dos moldes do Trabalho de Concluso do Mdulo (TCM), criao e monitoramento dirio de um "perfil" dos
Monitores de MAC criado na rede social Facebook; auxlio na discusso e resoluo das Situaes-Integradoras
pr-avaliao; auxlio na busca de informaes e orientaes para o preparo das apresentaes das Situaes-Problemas;
auxlio na busca de informaes e preparo do TCM. Os monitores atuaram em conjunto com Ps-Graduandos do Programa
de Aperfeioamento Didtico (PAD), coordenando aes e somando esforos na construo e inovao do Mdulo.
J a monitoria da rea de Histofisiologia foi composta por 8 estudantes, sendo 6 voluntrias e 2 bolsistas. As
atividades especficas dessa subrea foram: organizao de grupos de estudos semanais de Histologia e Fisiologia com
cerca de 2 horas de durao, reviso do contedo terico e das lminas histolgicas estudadas nas aulas prticas,
preparao de estudos dirigidos e divulgao dos mesmos aps correo pelos docentes do mdulo, organizao de
simulados das avaliaes prticas de Histologia, auxlio nas aulas prticas de microscopia de acordo com a disponibilidade
dos monitores, discusso e reviso dos roteiros das aulas prticas de Histologia e dos preparados histolgicos de cada aula
com as docentes responsveis pela rea, mediao da comunicao entre docentes e discentes atravs de e-mail,
desenvolvimento de um Blog contendo curiosidades e comentrios acerca de reportagens divulgadas na mdia referentes
ao contedo abordado no Mdulo, alm da elaborao de simulados de prova desenvolvidos em plataforma Moodle.
A subrea de Anatomia contou com a participao de 10 monitores (8 voluntrios e 2 bolsistas). Os monitores se
organizaram em duplas para cumprir plantes de estudo livre, que ocorreram cinco vezes por semana no Laboratrio de
Anatomia. De acordo com a disponibilidade da grade horria de cada monitor, esses acompanharam as aulas prticas e
tericas de Anatomia. Auxiliaram juntamente com os monitores de Histofisiologia a confeco das apresentaes dos
seminrios relacionados atividade "O MTS em uma Abordagem Profissional", Alm disso, os monitores participaram da
disseco de peas cadavricas e da organizao da "II Semana de Anatomia e Sade da Unifesp Baixada Santista". Na
primeira atividade, cada monitor apresentou para os demais colegas e responsveis pela subrea, uma pea anatmica
dissecada sob superviso docente, atividade importante para desenvolver o aprofundamento do estudo da Anatomia alm
de contribuir para o aumento do acervo e recuperao das peas cadavricas para uso em aulas. J na segunda atividade,
os monitores foram os responsveis pela elaborao e organizao de um importante evento para a comunidade do
campus.
Segundo depoimento dos prprios monitores (bolsistas ou no), a monitoria configurou-se uma experincia
extremamente enriquecedora, que possibilitou o aprofundamento dos conhecimentos acerca dos assuntos abordados no
mdulo, proporcionando crescimento pessoal, bem como a aproximao prtica docente.
Financiamento: Programa Acadmico de Bolsas de Monitoria - UNIFESP
Participantes:

Orientador: Carolina Prado de Frana Carvalho


Orientador: Camila Aparecida Machado de Oliveira
Orientador: Flvia de Oliveira
Orientador: Isabel Cristina Cspedes
Orientador: Marcos Leoni Gazarini Dutra
Discente: Aline Reis Santos
Discente: Andressa Christine Iacabo Correia
Discente: Camila Vidal Realle
Discente: Cssio Vincius Afonso Viana
Discente: Eduardo Signorini Bicas Franco
Discente: Flora Frana Nogueira Mariotti
Discente: Gabriela Harada
Discente: Gesi Castro
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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Luciana Le Sueur Maluf
Discente: Isadora Barbosa
Discente: Jackeline Harumi Yonobi
Discente: Johny Nelson de Almeida
Discente: Karina Godoy Brando de Frana
Discente: Karina Yumi Tashima Honda
Discente: Letcia Lopes Megale
Discente: Lcio Costa Girotto
Discente: Maria Stephani L. Buso
Discente: Marian T. Parisi
Discente: Mariany Alves F. Santos
Discente: Mayara Lima Ferreira da Silva
Discente: Nathalia Trasmonte da Silva
Discente: Patricia Rocha Alves Ferreira
Discente: Priscila G. Correa
Discente: Stfanie Balestrin Viudes
Discente: Tnia C. Pereira
Discente: Thatiane Lopes Valentim Di Paschoale Ostol
Discente: Thayna S. Pedro

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Luciene Andrade da Rocha Minarini
Ttulo: Monitoria em Microbiologia Bsica
Palavras-Chave: Bacteriologia; Micologia; Virologia
A unidade curricular (UC) de Microbiologia Bsica ministrada por docentes vinculados ao Departamento de
Cincias Biolgicas do campus e oferecida anualmente aos cursos de Cincias Biolgicas (Integral) e Farmcia e
Bioqumica (Integral e Noturno). O intuito da monitoria estabelecer vnculo entre o corpo docente e os discentes de
graduao, contribuindo assim, com o melhor desenvolvimento da UC atravs do aprimoramento das atividades de ensino
visando aprendizagem na busca da excelncia na qualidade didtico-pedaggica. As atividades de monitoria iniciaram no
ms de dezembro (2012) obedecendo a um cronograma previamente estipulado que compreendeu na elaborao/execuo
de atividades como: o treinamento e melhor familiarizao da monitora com tcnicas importantes em laboratrio de
microbiologia; elaborao de apostilas tericas, e estudos dirigidos. O treinamento da monitora ocorreu nos laboratrios
didticos da instituio e foi realizado por cada um dos docentes desta unidade curricular nas suas diferentes expertises
(bacteriologia e micologia bsica), de forma que permitiu aluna/monitora solidificar os conhecimentos terico-prticos
adquiridos em aula. Alm disso, a monitora realizou a manuteno da bacterioteca e da micoteca com diversos exemplares
de espcies de bactrias e fungos, respectivamente. Vale ressaltar que os micro-organismos mantidos na bacterioteca e na
micoteca so muito importantes para a realizao das aulas prticas desta UC. A partir das atividades realizadas pode-se
afirmar que o Programa de Monitoria em Microbiologia alcanou os objetivos propostos contribuindo de forma significativa
na formao da monitora com a finalidade de atuar no primeiro semestre de 2013 (que se inicia em maio/2013) nas aulas
prticas e plantes de dvida nas turmas de Cincias Biolgicas e Farmcia e Bioqumica.
Participantes:

Orientador: Luciene Andrade Rocha Minarini


Docente: Cristina Viana Niero
Docente: Karen Spadari Ferreira
Docente: Renata C. Pascon
Docente: Wagner Luiz Batista
Discente: Smia El Hajj

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Mrcia Romero
Ttulo: Alfabetizao em processo: a formao lingustica ao p da letra
Palavras-Chave: Alfabetizao, Fontica, Fonologia, Didtica
O projeto de monitoria ALFABETIZAO EM PROCESSO: A FORMAO LINGUSTICA AO P DA LETRA, que,
nesse semestre, subsidiou, mais especificamente, a UC Relaes entre fala e escrita: conceitos linguisticos aplicados a
atividades de alfabetizao, teve como objetivo auxiliar os alunos a desenvolver suas competncias discursivas na
produo de textos acadmicos, assim como promover a discusso de conceitos lingusticos fundamentais para uma
abordagem mais eficiente e consciente em relao ao posicionamento do futuro professor diante de alunos alfabetizandos.
A partir da bibliografia selecionada, que tratava de questes especficas ao campo da fontica e fonologia aplicadas
alfabetizao, foram produzidos, ao longo do semestre, dois fichamentos, que funcionaram como um primeiro contato dos
alunos com uma escrita mais formal. O primeiro fichamento baseava-se em um nico texto. A produo foi feita pelos
alunos e corrigida pela monitora. A correo levava em considerao no somente os aspectos especficos do contedo
abordado, mas tambm a estruturao do texto, visto que saber utilizar os recursos oferecidos pela lngua para se construir
um texto mais coesivo e coerente essencial para o desenvolvimento da competncia escritora. A correo de cada
trabalho apresentava comentrios especficos e sugestes de melhorias no texto, para que, aps a devolutiva, os alunos
pudessem reescrever suas produes e produzir uma nova verso, que era igualmente corrigida levando em considerao
as reestruturaes baseadas nos comentrios feitos. O mesmo procedimento foi realizado para corrigir o segundo
fichamento, que pedia que se relacionassem conceitos explicados em quatro textos sobre a concepo do erro na escrita
infantil e hipteses do que poderia levar as crianas a cometer certos equvocos durante a aprendizagem. O mtodo
escolhido para as produes textuais permitiu tambm aos graduandos valorizar o prprio processo de escrita, alm de
refletir sobre os elementos lingusticos que sustentam o processo de construo de significao de seu prprio texto.
A passagem da discusso das dicotomias saussurianas, uma dos assuntos abordados no curso, para o
entendimento de sua relao com a fontica e a fonologia uma parte muito delicada do processo de aprendizagem e, para
que as dvidas fossem sanadas e no prejudicassem o desenvolvimento do graduando, foram realizados encontros de
estudo, nos quais os alunos puderam recorrer monitora para discutir os conceitos aprendidos. Os encontros ocorreram
uma vez por semana durante todo o curso, sendo intensificados em perodos especficos. A monitoria tambm contemplou
a elaborao de material de reviso do contedo de modo que fosse possvel tratar dos conceitos com uma linguagem mais
objetiva, alm de trazer novos exemplos e exerccios complementares, estes realizados durante os encontros.
Em seu 3 ano de funcionamento, percebe-se a importncia do projeto, no somente no auxlio aos graduandos, mas
tambm para a ampliao e aprofundamento dos conhecimentos da monitora, em relao aos contedos lingusticos e,
sobretudo, a respeito do desenvolvimento de prticas pedaggicas cada vez mais eficientes para atender necessidade
dos discentes. Nesse sentido, a monitoria, como seria esperado, permite a prpria formao docente dos envolvidos, pois
leva em conta o planejamento das aulas e encontros de estudo, alm da elaborao dos materiais de reviso. A vivncia
das experincias didticas faz com que o monitor coloque em prtica a metodologia estudada na licenciatura e aprenda a
lidar com as situaes-problemas que vai enfrentar, diariamente, em sua vida profissional. O desenvolvimento das prticas
pedaggicas dos monitores no se d somente em sua relao com os alunos, mas tambm com a proximidade que passa
a ter com os docentes, uma vez que acompanha o desenvolvimento das aulas, os planejamentos e os mtodos de
avaliao. Em relao aos conhecimentos dos conceitos estudados, por sua vez, tambm h um acentuado crescimento
dos domnios que os monitores devem ter sobre o prprio funcionamento da linguagem. O processo de reescrita, realizado
pelos alunos, tambm permite uma reflexo diferenciada sobre a construo do texto, uma vez que so evidentes o domnio
que os alunos passam a ter sobre o seu texto e, mais ainda, a percepo de seu prprio desenvolvimento.
Por fim, a partir das atividades desenvolvidas e das discusses evidenciadas, foi possvel notar a importncia de se
auxiliar o processo de formao na graduao. O projeto de monitoria um dos meios a partir do quais se pode dar ateno
necessria s dvidas e dificuldades que surgem ao longo do aprendizado, possibilitando um debate interessante fora do
horrio de aula, permitindo a troca de aprendizado e de experincias entre monitor e aluno.
Participantes:

Discente: Camila Beatriz da Silva Arajo

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Marco Andr Ferreira Dias
Ttulo: Monitoria de lgebra Linear e Geometria Analtica
Palavras-Chave: lgebra Linear, Monitoria, Geometria Analtica
A monitoria consiste em um processo onde estudantes auxiliam outros estudantes em situaes didticas. Ela
possibilita a troca de experincias entre os estudantes,
facilitando a integrao entre eles e contribuindo para o processo Ensino-aprendizagem. Outra funo importante da
monitoria a de inserir a figura do monitor na prtica do exerccio da docncia e formao didtica.
As Unidades Curriculares (UCs) lgebra Linear e Geometria Analtica fazem parte de grade curricular de diversos
cursos de graduao do chamado Ciclo Bsico do Campus Diadema, que congrega os cursos de Farmcia e Bioqumica,
Engenharia Qumica, Cincias Biolgicas e Quimica, atendendo tambm o curso de Qumica Industrial, e historicamente
apresenta alto grau de dificuldade entre os alunos, necessitando de um complemento de aulas prticas pertinentes ao seu
contedo, tanto pela abstrao exigida pela primeira, quanto pelo fato de ser uma das unidades curriculares de exatas aos
ingressantes pela segunda.
Observamos que a(o)s
monitora(e)s alm dos atendimentos peridicos,
utilizaram recursos como as redes sociais
para ampliar a abrangncia de seu trabalho. Em estratgias em conjunto com os docentes foram firmadas atividades de
avaliao para que os discentes sempre estivessem em contato com os monitores, se possvel para auxili-los em
possveis dvidas.
Ao final do projeto so levantados alguns dados de
desempenho dos alunos e correlacionados participao destes nessas atividades, possibilitando aferir o efeito da
monitoria em relao aos ndices de reprovao.
Participantes:

Docente: Maria Celia Leme da Silva


Docente: Karen de Lolo Guilherme Paulino
Docente: Leonardo Sioufi Fagundes dos Santos
Discente: Juliana Naomi Tanaka
Discente: Ludmila Santos da Silva
Discente: Jssica Ribeiro Galdini
Discente: Nathlia Romanzini Bastos
Discente: Bianca dos Santos Oliveira Mate

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Marielle Cristina Schneider
Ttulo: Monitoria nas Unidades Curriculares: Gentica, Gentica Humana e Evoluo
Palavras-Chave: Ensino, Projeto de Extenso, Monitoria
As atividades de monitoria realizadas nas Unidades Curriculares (UCs) Gentica, Gentica Humana e Evoluo,
atendem cerca de 450 alunos a cada ano, na UNIFESP, campus Diadema. A Gentica uma das UCs que constitui o
conjunto de disciplinas do Ciclo Bsico e ministrada aos alunos dos cursos de Graduao em Cincias Biolgicas,
Engenharia Qumica, Farmcia-Bioqumica, e Qumica, no perodo Integral e Noturno. A Gentica Humana e a Evoluo
so UCs obrigatrias para os graduandos em Cincias Biolgicas, Integral. Uma caracterstica comum a todas estas UCs
que grande parte dos contedos tericos abordados em aula so trabalhados pelos alunos atravs da resoluo de
problemas extraclasse. Alm disso, nas UCs Gentica e Evoluo, os alunos apresentam trabalhos, na forma de pster ou
seminrio, relacionados a pesquisas bibliogrficas de temas complementares queles ministrados em aula. Na UC Gentica
Humana, uma atividade obrigatria para todos os alunos a participao no projeto de extenso ?Teste do Pezinho Para
Todos?. Tal projeto visa abordar os conceitos das doenas genticas de uma forma diferenciada, atravs da elaborao de
uma pesquisa cientfica sobre as doenas que podem ser diagnosticadas pelo teste do pezinho, e posterior apresentao
destes temas a gestantes, familiares e agentes comunitrios de Unidades Bsicas de Sade, de Diadema. Desta forma, a
atuao de monitores nestas UCs essencial para o desenvolvimento de todas as atividades programadas. Os monitores
tm realizado plantes de dvidas semanais para orientao na resoluo de estudos dirigidos e exerccios extraclasse,
aulas de reviso dos contedos ministrados pelos docentes, auxiliado na correo dos exerccios, controle da frequncia
dos alunos e aplicao de avaliaes, e na UC Gentica Humana, os monitores tambm ajudam a coordenar o projeto de
extenso, so responsveis pelo acompanhamento e orientao das atividades que os alunos precisam preparar para os
eventos, estabelecem datas de entrega de materiais e corrigem o contedo das pesquisas bibliogrficas. Alm da
contribuio dos monitores no cumprimento de todas as atividades planejadas para as UCs acima mencionadas, este
projeto de monitoria tambm tem proporcionado aos alunos monitores a possibilidade de reviso de contedos previamente
estudados, um treinamento em atividades didticas e na coordenao de projetos de extenso.
Participantes:

Orientador: Ileana Gabriela Snchez de Rubi


Orientador: Katia Cristina Machado Pellegrino
Orientador: Marielle Cristina Schneider
Discente: Amanda Rodrigues da Silva
Discente: Guilherme Souza de Lima
Discente: Kamila Aguiar Rodrigues de Jesus
Discente: Vitor Hugo Melo de Almeida
Discente: Juliana Figueiredo de Lima
Discente: Marcelo Pires Amaral
Discente: Rafael Lucena Lomazi

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Paula Yuri Sacai ,
Ttulo: Monitoria de Observao da Prtica Tecnolgica: aspectos organizacionais e
estratgicos da integrao aluno e professor
Palavras-Chave: observao da prtica, monitoria, docncia, tecnologia
INTRODUO: As unidades curriculares de Observao da Prtica Tecnolgica I e II (OPT I e II) so comuns aos
trs cursos tecnolgicos em sade da UNIFESP (Tecnologia Oftlmica, Tecnologia em Radiologia e Tecnologia em
Informtica em Sade) e so ministradas em dois semestres distintos (1 e 4). Os objetivos dessas unidades curriculares
so a aproximao do aluno prtica e a integrao da formao obtida em sala de aula e o campo de atuao
profissional. O carter interdisciplinar dessas unidades curriculares envolve cenrios profissionais das trs reas e favorece
a atuao dos monitores, pois estimula a prtica da docncia, com estratgias de coordenao, amadurecimento crtico
para tomada de deciso e de aproximao dos alunos e professores. MTODOS E RESULTADOS: A monitoria das
unidades curriculares OPT I e OPT II foi constituda por trs alunos de graduao do curso de Tecnologia Oftlmica que
foram aprovados em processo seletivo. A monitoria vigorou no perodo de julho de 2012 a agosto de 2013 e teve como
meta principal propiciar atividades docentes pelo contato dos monitores com os professores no processo de planejamento,
conduo e superviso das unidades curriculares. Esse processo envolveu reunies peridicas do grupo de monitores e
coordenadores e os resultados estabelecidos foram a determinao de temas de aula que fossem importantes para a
formao tecnolgica, o planejamento de material informativo para alunos e a definio de critrios da escala de cenrios a
serem visitados na prtica. O contato dos monitores com os alunos de graduao tambm foi incentivado para o
desenvolvimento do senso crtico e das habilidades de instruo e comunicao. CONCLUSO: A participao de
monitores no processo de planejamento, conduo e superviso das unidades curriculares OPT I e OPT II foi fundamental
para o funcionamento adequado das estratgias propostas, pois favoreceu a manuteno dos objetivos dessas disciplinas.
O carter interdisciplinar e a complexidade de ambas as unidades curriculares contribuiram para a atuao dos monitores,
pois alm de promover a cooperao contnua entre alunos e coordenadores permitiu aproxim-los das funes docentes
dos cursos tecnolgicos em sade.
Participantes:

Orientador: Paula Yuri Sacai


Orientador: Filipe de Oliveira
Docente: Paulo Bandiera Paiva
Docente: Nitamar Abdala
Discente: Gisella Grazioli
Discente: Smairah Frutuoso Abdallah
Discente: Grazielli Lacava Genovez

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Pedro Luz Soares de Azevedo
Ttulo: Constituio e Emergncia do Psicolgico I
Palavras-Chave: Arte - Interveno - Monitoria - Mapa - tico-Conceitual
MONITORIA ? CONSTITUIO E EMERGNCIA DO PSICOLGICO I
Carolina Linhares ? Pedro Luz
Prof Alexandre Henz
RESUMO DO PROJETO
O Mdulo Constituio e Emergncia do Psicolgico I ministrado pelo docente Alexandre Henz tem como base o
estudo das concepes de Humano, Sociedade e Loucura atravs dos sculos, abordando basicamente os perodos da
Grcia Antiga at meados do sculo XIX e incio do sculo XX. O mdulo utiliza uma metodologia ativa e estratgia de
avaliao que neste semestre utilizou mais recursos do campo das artes do que mtodos tradicionais de provas escritas.
A monitoria, composta pelos alunos Carolina Linhares e Pedro Luz, ambos do 4 termo de Psicologia, teve como
principais metas auxiliar os alunos em trs frentes; primeiramente, a monitoria coordenou a construo de um diagrama
tico- conceitual feito no fundo da sala dos alunos. Este Mapa seria no s um grande resumo dos principais temas e
conceitos abordados no mdulo, mas tambm uma maneira colaborativa de alunos, monitores e professores
estabelecerem diferentes relaes entre os assuntos, de forma a instigar o pensamento e a crtica, premissa bsica do
mdulo.
No que se refere construo propriamente dita do diagrama, os monitores encontraram uma certa dificuldade de
engajar os alunos a realizar a atividade. Nos anos anteriores, este mapa de foras era feito individualmente por cada aluno,
que ao final do mdulo deveria entregar seu trabalho ao professor. Ao passar o diagrama do nvel individual para o coletivo,
no houve a mesma assiduidade dos alunos, o que ficou claro na organizao do mapa. A monitoria interveio diversas
vezes reorganizando-o de forma a fazer sentido. Apesar destes contratempos, o diagrama foi interessante, pois gerou
grande debate e, consequentemente, enriquecimento do conhecimento dos alunos.
Outro trabalho acompanhado pela monitoria foi a elaborao dos seminrios dos alunos. Sem dvida, este foi o
projeto mais bem sucedido, tanto para a monitoria quanto para os alunos e para o prprio mdulo, pois os seminrios foram
muito bem realizados e mostraram boa apreenso dos contedos por parte dos alunos. A monitoria foi bastante requisitada
para as supervises dos seminrios, e pode-se dizer que as orientaes dos monitores realmente foram fecundas.
Por fim, a monitoria acompanhou o desenvolvimento de dois projetos artsticos desenvolvidos pelos alunos. O
primeiro tinha como premissa a prtica de uma interveno no
Campus, de forma que esta interveno incitasse o
questionamento e a exposio pontual de determinados contedos abordados no mdulo. Para tanto, foram usados
cartazes, lonas, fotos e outros materiais espalhados no campus ao longo de uma semana. As intervenes foram
acompanhadas, aps o tempo de exposio dos projetos, de duas sesses de Rodas de Conversa, que tinham como
premissa a discusso dos materiais expostos e o esclarecimento de possveis perguntas, questionamentos e dvidas que
poderiam ter surgido devido s Intervenes. De maneira geral, este foi o projeto mais polmico, que incitou muitos
questionamentos em todo o Campus e rendeu debates, crticas e elogios. Este projeto foi acompanhado de um segundo
trabalho, a Sada Esttica, na qual os alunos desenvolveram materiais (vdeos, objetos, canes, roupas, etc) que, assim
como as Intervenes, tambm expressavam a sntese de determinados contedos do mdulo. Os materiais produzidos na
Sada Esttica esto expostos no Laboratrio de Sensibilidades.
De maneira geral, a monitoria contribuiu muito para o desenvolvimento de alguns trabalhos, principalmente a
superviso dos seminrios, e serviu tambm para auxiliar os alunos a organizar seus saberes de forma a tornar-se mais
claro em suas respectivas Intervenes.
Participantes:

Discente: Carolina Linhares

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Regina Claudia Barbosa da Silva
Ttulo: Monitoria Psicologia Experimental
Palavras-Chave: Monitoria Psicologia Experimental
O projeto de monitoria para o mdulo de Psicologia Experimental: Aprendizagem e Psicologia Experimental:
Motivao e Percepo se desenvolvem em dois semestres consecutivos, sendo que o incio do programa de monitoria
acontece no segundo semestre do ano letivo (agosto 2012). O mdulo de Psicologia Experimental: Aprendizagem, se
desenvolve no segundo semestre do ano letivo e est subdividido em 4h semanais de aula terica (em sala de aula) e 8h
semanais de aulas prticas, ministradas no Laboratrio de Psicologia Experimental (LPE), que ocorrem de tera a
sexta-feira, divididas em 2h dirias. A carga horria das aulas prticas perfaz um total de 60% da carga horria total deste
mdulo. Trata-se, portanto, de um mdulo eminentemente prtico. O mdulo de Psicologia Experimental: Motivao e
Percepo acontece no primeiro semestre do ano letivo e devido a grave de 2012, excepcionalmente no ano de 2013, este
mdulo deu incio as atividades no ms de Maio. O mesmo composto por aulas tericas ministradas uma vez por semana
(4 h) em sala de aula. Neste contexto, torna-se indispensvel o apoio de monitores e tcnico de laboratrio para a conduo
de forma tranqila e coerente das aulas desenvolvidas no LPE. O apoio dos monitores importante e se faz presente, em
outras atividades como: auxlio na redao do relatrio cientfico referente s aulas prticas, ajuda na preparao de
seminrios, criao de plantes de dvidas etc. Segue a descrio, mais detalhada, das atividades desenvolvidas pelo
monitores.
Atividades Presenciais
- Acompanhamento e auxlio aos alunos durante as aulas prticas com ratos realizadas no LPE (4 horas semanais);
- Criao de plantes de dvidas para auxlio dos alunos na apreenso do contedo ministrado em sala de aula, que
aconteceu em qualquer horrio ps-aula, de acordo com a solicitao do aluno;
- Auxlio e orientao na preparao de seminrios e confeco do relatrio cientfico, envolvendo todas as prticas
realizadas no LPE, que foi entregue no final do semestre pelos alunos;
- Acompanhamento das aulas ministradas pelo professor (1 hora semanal);
- Aula expositiva esclarecendo os procedimentos a serem adotados pelos alunos durante as aulas prticas no LPE
(ex: uso obrigatrio de jaleco; manejo dos ratos e da aparelhagem utilizada (caixas de Skinner), forma como prender o
cabelo, manter as unhas cortadas (no caso das alunas) importncia de se manter o silncio no ambiente experimental, bem
como, o esclarecimento sobre as atividades prticas que seriam realizadas seguindo o contedo pr-estabelecido em uma
Apostila de Aulas Prticas (1h uma nica vez);
- Aula expositiva, sob a orientao e na presena do orientador, onde os monitores ministraram as aulas de
Modelagem e Controle de Estmulos e Esquemas de Reforamento do mdulo de Psicologia Experimental: Aprendizagem.
Atividades no Presenciais
- Reformulao da Apostila das Aulas Prticas;
- Preparao para auxiliar em plantes de dvidas, seminrios e relatrios;
- Pesquisa e estudo de contedos apresentados oralmente para os interessados no aprofundamento da Abordagem
Comportamental;
-Criao de um e-mail da Monitoria de Psicologia Experimental (monitoria.psicoexperimental@gmail.com) para
facilitar a comunicao entre os monitores e os alunos do curso. Este e-mail tornou-se um grande facilitador nas relaes
entre os monitores e os alunos, e muitas dvidas foram esclarecidas online;
Avaliao da Monitoria
As atividades realizadas pelos monitores contemplaram as expectativas em todos os nveis.
Foi gratificante poder
contar com a participao e o apoio deles nas diversas tarefas que envolviam o mdulo. De extrema importncia foi a
participao dos monitores nas aulas prticas no LPE. Em uma turma composta por quarenta e cinco alunos seria invivel
organizar as prticas contando apenas com o apoio de um tcnico de laboratrio. Desta forma, os monitores
acompanharam os alunos no laboratrio orientando-os nas atividades prticas, tirando as dvidas e organizando o espao
experimental. Como sempre acontece, no incio, alguns alunos tinham medo de manipular os animais e os monitores
acompanharam de perto estes alunos dando uma ateno especial para que as prticas pudessem ocorrer normalmente. A
turma foi dividida em dois grupos e os monitores se revezaram no acompanhamento dos alunos. Adicionalmente, sua
participao na criao de planto de dvidas, orientao na preparao de seminrios e confeco de relatrio cientfico
foi fundamental. Para o monitor a experincia da monitoria possibilitou um aprofundamento no contedo do mdulo
oferecendo oportunidade para o ensino, planejando do mdulo e servindo como elo entre alunos e docentes.
Participantes:

Docente: Regina Claudia Barbosa da Silva


Discente: Hellen Carolina dos Santos Martins
Discente: Renata Alves da Costa
Discente: Gisele Cristina Shikako
Discente: Viviane Yumi Hatano

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Samantha Koehler
Ttulo: Monitoria para Unidades Curriculares do Ncleo de Botnica
Palavras-Chave: plantas, fisiologia, anatomia, morfologia, biologia vegetal
Este projeto de monitoria contemplou trs unidades curriculares includas do ncleo de Botnica referentes ao 2
semestre/2012: Estrutura e Desenvolvimento Vegetal, Fisiologia Vegetal
e Botnica II. As unidades curriculares
contempladas abrangem dois cursos de graduao do Campus Unifesp/Diadema, Cincias Biolgicas e Licenciatura Plena
em Cincias. Participaram do projeto dois alunos bolsistas e trs voluntrios. As atividades dos monitores compreenderam
a coleta e anlise de material botnico in situ, a anlise de espcimes e lminas permanentes e exsicatas, bem como no
auxlio na elaborao de experimentos sobre fisiologia vegetal. Os objetivos do projeto foram alcanados de forma plena e
satisfatria. A presena de um monitor nas Unidades Curriculares contempladas foi bem avaliada pelos alunos e
definitivamente permitiu melhor compreenso do contedo por parte dos alunos, alm de proporcionar uma experincia
nica para os alunos monitores.
Participantes:

Orientador: Aline Andria Cavalari Corete


Orientador: Maria Beatriz Rossi Caruzo
Orientador: Samantha Koehler
Discente: Fernanda Petrongari
Discente: Michele Silva
Discente: Moiss Omar de Souza Silva
Discente: Nara Oshiro dos Santos
Discente: Vitor Hugo Melo de Almeida

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Sidnei Jos Casetto
Ttulo: Projeto de monitoria de Teoria Freudiana 2012-2013
Palavras-Chave: psicanlise, Freud
Os dois mdulos sobre teoria freudiana que integram o currculo visam apresentar um painel da obra fundante da
psicanlise, de forma a abordar seus principais conceitos, os casos clnicos que se tornaram referncia, e tambm o
processo de construo da teoria, que sofreu alteraes significativas ao longo de seu desenvolvimento. Desse modo, no
se busca somente ?ensinar conceitos?, mas colocar o estudante em contato com um modo de investigao e produo de
conhecimentos sobre o psiquismo, formas de sofrimento e tratamento que chamamos de psicanlise. Afinal, a histria no
acabou; este conhecimento precisa ser reinventado a todo o momento para que se mantenha eficaz na clnica e
instrumental na cultura.
Trata-se de um contedo cujo aprendizado mostra-se mais efetivo se o estudante convidado a ter uma atitude ativa
em relao a ele, no o ?recebendo? somente em aulas expositivas. Assim, montamos uma estratgia didtica na qual o
docente aparece mais como um mediador do que um transmissor do conhecimento. Nela, a turma, dividida em grupos,
assume o contedo de cada aula, prepara-o, apresenta-o com o auxlio de diversos recursos didticos e o coloca em
debate na primeira metade do tempo. Na segunda metade o professor complementa, esclarece conceitos, faz relaes que
os estudantes ainda no conseguiriam fazer. Note-se que os estudantes so colocados na situao de apresentar o
contedo, e no apenas de ilustr-lo, o que exige estudo condizente. Os conceitos se sucedem no cronograma de modo
que a compreenso de cada um depende do entendimento dos anteriores. para ajudar na preparao destes seminrios
que o monitor seria fundamental. Realizamos para isto supervises com os grupos, indicando leituras, esclarecendo
dvidas e estimulando a criao de estratgias didticas. O monitor ajuda em todas estas tarefas, mas, sobretudo, faz
mediaes com os estudantes, por compartilhar seu universo, saber de suas principais dificuldades, inquietaes e
resistncias mais frequentes que o contedo tende a produzir. Trata-se de um conhecimento que provoca reflexes e pode
modificar a viso que se tem de si mesmo, o que nem sempre confortvel. O monitor torna-se um importante ponto de
apoio neste processo, alm de aprimorar seu conhecimento conceitual.
Participantes:

Discente: Denise dos Santos Coutinho


Discente: Letcia Silveira

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Silvia Etel Giutirrez Bottaro
Ttulo: Programa de Monitoria Lngua Espanhola
Palavras-Chave: ensino aprendizagem espanhol lngua estrangeira
Resumo
O projeto de monitoria por ns desenvolvido teve incio em setembro de 2012 e, durante esse perodo, demos
continuidade s atividades das monitorias anteriores e estabelecemos encontros semanais nas dependncias da
Universidade para auxiliar os alunos com habilitao em espanhol em suas dvidas e dificuldades no idioma.
Com o objetivo de criar um vnculo entre alunos e monitoria, estabelecemos locais e horrios fixos de atendimento;
os encontros puderam ser individuais ou em grupo, de acordo com a demanda e as dificuldades identificadas.
Buscando comtemplar os dois turnos letivos oferecidos pela Universidade, nos colocamos disposio em dois
horrios de atendimento semanal: um no perodo vespertino, antes das 14:00 hs, e outro no perodo entre aulas, aps s
18:00 hs.
Durante os atendimentos, pudemos identificar as dificuldades gramaticas e/ou conceituais de cada aluno e, assim,
desenvolver atividades extras com retomada do contedo gramatical e exerccios. Para auxiliar na produo oral,
propusemos exerccios de pronncia, acompanhamento de msicas e leitura de textos em voz alta. Alm disso, tambm
auxiliamos em atividades e trabalhos propostos pelo curso.
Como forma de dilogo entre professores, monitores e alunos, mantivemos o e-mail criado no incio do projeto de
monitoria em 2010 e demos continuidade ao desenvolvimento do boletim mensal do curso nomeado ?AltaVoz?. Alm de
divulgar os horrios de atendimento da monitoria, o ?AltaVoz? tambm tornou-se um meio de interao entre os alunos de
habilitao em espanhol, porque destina-se a divulgar novidades e curiosidades do mundo hispnico de acordo com o ms
da edio, poesias, biografias, lendas e charges, alm de uma seo com informaes e eventos culturais relacionados ao
espanhol em Guarulhos, So Paulo e arredores.
As atividades desenvolvidas buscaram dar continuidade ao projeto de monitoria de espanhol e estabelecer maior
dilogo entre docentes e discentes na rea de lngua espanhola na Universidade.
Participantes:

Discente: Camili D. M. Alvarenga


Discente: Silvia Amancio Oliveira

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Tartari, R. R.; Peternelli, M. P.; Wu, J. S. A.; Ando, S. M.; Hirata, W. N.;
Simes, M. J.; Reginato, R. D.; Godosevicius, S.; Gil, C.D.
Ttulo: Programa de Monitoria em Histologia 2012-2013
Palavras-Chave: Processo de ensino e aprendizagem; Graduao; Organizao do laminrio didtico.
As atividades de monitoria em Histologia foram baseadas na comunicao e relao do monitor com os Professores
da Disciplina de Histologia e Biologia Estrutural e com os alunos dos cursos de Medicina, Biomedicina, Fonoaudiologia e
Tecnologias em Sade, resultando em um processo de ensino e aprendizagem. Objetivos: 1. Estmulo docncia, na
medida em que o monitor fica mais prximo da vivncia e campo de atuao dos professores; 2. Colaborao para a
melhoria dos Cursos de Graduao por meio da participao do monitor nas aulas prticas e em horrios de estudos
alternativos, possibilitando um ensino prtico individualizado aos alunos e soluo de dvidas; 3. Cooperao direta e
constante entre os professores e os
alunos da Graduao, facilitando a comunicao e o aprendizado; 4. Estmulo
interao com colegas de outras turmas e de outros cursos, possibilitando um aprimoramento da comunicao e da
habilidade de ensinar; 5. Organizao do material didtico da Histologia para o ensino nas aulas prticas. Materiais e
Mtodos: 1. Seleo de monitores por meio de entrevista pessoal com os Professores visando o interesse e envolvimento
do candidato com a Histologia, bom desempenho nas avaliaes (Histologia e Biologia Celular) e disponibilidade para
desenvolver as atividades de monitoria; 2. Treinamento dos monitores pelos Professores da Disciplina de Histologia para
participao nas aulas prticas dos Cursos de Graduao no laboratrio de microscopia; 4. Participao dos monitores em
horrios de estudo extraclasse e de reviso das lminas didticas (modelo de planto de dvidas); 5. Organizao dos
laminrios didticos e das lminas-estoque de Histologia e Citologia. Resultados: A monitoria expandiu o conhecimento dos
monitores sobre as prticas histolgicas, aprimorando suas habilidades de comunicao e ensino. Alm disso, representou
um suporte valioso aos Docentes para o ensino da Histologia, contribuindo na soluo de dvidas dos alunos e horrios
alternativos de estudo das lminas. Ressaltamos que a avaliao dos alunos de Graduao, realizada por meio de
questionrios, foi positiva, aprovando a presena de monitores nas aulas prticas e concluindo que este trabalho
importante para facilitar o processo de aprendizagem. Concluso: O Programa de Monitoria contribuiu para a integrao
docente-aluno, permitindo melhor qualidade no ensino da Histologia e promovendo uma experincia acadmica positiva
para os monitores.
Participantes:

Orientador: Manuel de Jesus Simes


Orientador: Rejane Daniele Reginato
Orientador: Sima Godosevicius
Orientador: Cristiane Damas Gil
Discente: Raissa Rodrigues Tartari
Discente: Marcella Pedroso Peternelli
Discente: Jenifer Shen Ay Wu
Discente: Sabrina de Mello Ando
Discente: Wilson Nunes Hirata

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PROJETO Monitoria
rea: Monitoria
Autor: Vanessa Dias Capriles
Ttulo: Prticas com Alimentos
Palavras-Chave: cincia de alimentos, nutrio e preparo de alimentos, gesto de a
O projeto de monitoria Prticas com Alimentos tem como foco central o estudo dos alimentos, abrangendo
composio, cadeia produtiva, segurana sanitria e toxicolgica, valor nutritivo, funcional e teraputico, prticas culturais e
processos de transformao, custo, elaborao e composio de cardpios, tcnicas de preparo de grupos de alimentos,
rotulagem e legislao de alimentos, caractersticas fsico-qumicas e sensoriais de alimentos e engloba os mdulos de
Nutrio e Preparo de Alimentos - NPA, Cincia dos Alimentos - CA e Gesto de Alimentao Coletiva ? GAC do curso de
Nutrio. Tem como objetivo contribuir para os processos de ensino e de aprendizagem, fortalecendo as relaes
aluno-aluno e aluno-professor, tornando mais dinmicos os estudos e planos de trabalho, auxiliando no planejamento dos
mdulos e ampliando a articulao entre os mdulos NPA, CA e GAC, bem como com outros mdulos do curso. Alm de
auxiliar os professores nas atividades pedaggicas, o projeto proporciona ao aluno uma aproximao com a rea
acadmica. As atividades realizadas pelos monitores foram: palestra sobre elaborao de relatrios de aulas prticas,
testes e alteraes de protocolos de aula prtica, realizao de plantes de dvidas e auxlio na organizao da visita
tcnica CEAGESP em So Paulo e na confeco dos certificados. Alm disso, deu-se continuidade aos projetos iniciados
pelo grupo anterior de monitores: "Tabela de Pesos e Medidas Caseiras", que contm registros dos pesos das medidas
caseiras de alguns alimentos e de suas respectivas fotos, representando uma importante ferramenta para as reas de
Alimentos e Nutrio, e o ?Portal da Monitoria Prticas com Alimentos? que possui informaes referentes aos mdulos,
atividades da monitoria e legislaes relacionadas a Nutrio. Foi iniciado o projeto ?Dicionrio Gastronmico? que consta
da elaborao da descrio das principais caractersticas das receitas culinrias de algumas preparaes. O planejamento
e acompanhamento das atividades da monitoria realizado por meio de reunies mensais entre monitores e docentes. Em
todos os anos, a monitoria Prticas com Alimentos vem alcanando seus objetivos, alm de proporcionar uma contribuio
importante para os mdulos por meio do relato de experincias dos monitores e demais alunos. O aprendizado ativo
fornecido pela monitoria promove o desenvolvimento de habilidades e a apropriao de competncias necessrias para o
nutricionista, em especial para aquele que tem interesse pela docncia.
Participantes:

Docente: Ana Maria Souza Pinto


Docente: Daniel Henrique Bandoni
Docente: Elke Stedefeldt
Docente: Semramis Martins lvares Domene
Docente: Veridiana Vera de Rosso
Discente: Cindy Midori Hisamatsu
Discente: Diego Watson Bergamin
Discente: Helosa de Paula Pinto
Discente: Luana Cristina de Almeida Silva

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PROJETO Monitoria
rea: Neurocincias
Autor: Milena de Barros Viana
Ttulo: Monitoria em Neurocincias I e II
Palavras-Chave: Mecanismos neurais, psicofrmacos, farmacorapia
O mdulo "Introduo s Neurocincias I" fornece ao aluno substratos para a compreenso da organizao e funo
do sistema nervoso, introduzindo-o ao campo moderno das neurocincias a partir de seus antecedentes histricos.
Especificamente, esse mdulo fornece ao aluno substratos para a compreenso dos principais mecanismos neurais
envolvidos na regulao do comportamento, dos quadros patolgicos que podem decorrer de alteraes no seu
funcionamento e das abordagens teraputicas, em especial as farmacoterpicas, atualmente utilizadas.
Por sua vez, o mdulo "Introduo s Neurocincias II", tem como objetivo principal fornecer ao aluno substratos
para a compreenso das drogas psicotrpicas e seu modo de ao, introduzindo-o ao campo moderno da
Psicofarmacologia. Mais especificamente, os alunos recebem substratos para a compreenso do mecanismo de ao dos
psicofrmacos, da farmacoterapia e do abuso de drogas.
Os monitores so facilitadores e promotores da interao professor-aluno, alm de promoverem esclarecimentos que
ajudaro na integralidade de sua formao.
Os monitores desenvolveram as seguintes atividades: intermediao entre discentes e docentes, esclarecimento de
dvidas provenientes do contedo ministrado em aula, controle da conta de e-mail criada para a monitoria, controle do
grupo de uma rede social criado com o objetivo de facilitar a comunicao entre monitores e alunos, divulgao de materiais
disponibilizados pelos docentes aos alunos e fornecimento de sugestes com experincias pessoais para a melhoria dos
mdulos, bem como para melhoria do rendimento dos alunos.
Foram realizados plantes de dvidas presenciais de acordo com a disponibilidade dos alunos, com durao de
duas horas cada um. Alm disso, dvidas eram sanadas atravs do e-mail da monitoria e do grupo da rede social. O uso de
outra ferramenta, que no o e-mail, facilitou de forma notria a comunicao entre os alunos e os monitores.
Segundo os monitores, a monitoria foi uma experincia rica, a qual permitiu no apenas auxiliar no conhecimento
dos alunos, mas aprofundar os prprios conhecimentos, aproximando-os da prtica docente.
Participantes:

Docente: Milena de Barros Viana


Discente: Katherine Teixeira Passos
Discente: Carolina de Toledo Piza Kleiner

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PROJETO Monitoria
rea: Saude Coletiva
Autor: Virginia Junqueira
Ttulo: Trabalho em Sade
Palavras-Chave: Trabalho. Sade. Formao interprofissional
O Projeto Poltico Pedaggico- PPP do Campus Baixada Santista aposta na formao interprofissional na atuao
em sade e se estrutura de modo inovador. Alm dos eixos especficos, os cursos de Educao Fsica, Fisioterapia,
Nutrio, Psicologia, Servio Social e Terapia Ocupacional tem, com cargas horrias diferenciadas, 3 eixos comuns, dentre
os quais o eixo Trabalho em Sade (TS), que se estende pelos 3 primeiros anos, em mdulos semestrais, buscando levar
alunos a campo desde o 1 ano da graduao, aproximando-os da prtica dos servios pblicos de sade, das condies
de vida e dos problemas de sade da populao.
Nos mdulos do 1 ano, Sade como processo: contextos, concepes e prticas I e II, 340 estudantes, em turmas
mistas, visitam regies com diferentes condies scio-econmicas e servios do SUS municipal. O objetivo conhecer,
alm dos servios pblicos, os diversos modos de vida da populao e suas implicaes para o processo sade-doena e
cuidado,
No 2 ano, tambm com 340 alunos, seguem-se os mdulos Prtica
integrada: anlise de demandas e
necessidades em sade e Prtica integrada: atuao em grupos populacionais. No 1 semestre, duplas de alunos
acompanham pessoas, em visitas domiciliares quinzenais. Este acompanhamento proporciona interao e convivncia fora
do espao pr-codificado das instituies de sade, vivncia que deve ser apresentada na forma de narrativa da vida e das
questes de sade daquelas pessoas, visando compreender as necessidades de sade e dos recursos e servios de sade
utilizados. O objetivo o desenvolvimento da escuta, do vnculo, da prtica clnica comum aos diversos profissionais.
No 2 semestre, equipes mistas de alunos realizam atividades de preveno e promoo com diferentes grupos
populacionais. Objetiva-se dar continuidade formao clnica comum, ampliando a experincia de trabalho em equipe
interprofissional, e abordando questes referentes dimenso grupal e educacional das prticas em sade.
No terceiro ano, os mdulos do 5 e 6 semestres ?Clnica integrada: produo de cuidado? visam propiciar aos
estudantes a realizao de intervenes especficas e em comum na produo do cuidado. Duplas/equipes de estudantes
das diferentes profisses acompanham usurios/famlias/grupos, elaborando projetos teraputicos. A orientao e
superviso das atividades so realizadas por equipes compostas por docentes de diferentes reas profissionais.
Para que os objetivos do eixo se cumpram eficazmente, no final de cada semestre so avaliados os mdulos que
esto se encerrando. Os monitores tm desempenhado importante papel no processo de avaliao, alm das tarefas de
responderem s consultas e pedidos de orientao e esclarecimento por parte dos estudantes, bem como participarem de
vrias formas de apoio s atividades de ensino.
Neste resumo enfatiza-se o processo de avaliao que vem sendo realizado. As avaliaes so feitas analisando
resultado de entrevistas com alunos e com docentes, e tambm por meio de trocas de experincias nas reunies de
planejamento dos professores.
Em 2012, a avaliao do 2 termo se baseou em anlise quali/quantitativa das respostas obtidas em entrevistas com
151 estudantes e com 10 docentes. O material foi categorizado em nove grandes temticas: 1-polticas pblicas de Sade e
o SUS, 2- Epidemiologia e transies demogrfica e epidemiolgica, 3- encadeamento (relao entre dinmicas e contedo,
e entre prticas de campo), 4- desempenho do docente, 5- atividades de campo, 6- materiais didticos (textos, filmes,
casos) utilizados, 7- avaliaes do mdulo (dirios, resenhas, provas), 8- avaliao do aluno do seu desempenho no
mdulo em relao ao interesse e participao nas discusses, 9- avaliao do aluno sobre o prprio desempenho em
leituras e trabalhos.
A avaliao do 4 termo, abrangendo os envolvidos no desenvolvimento do mdulo, docentes e alunos, foi
operacionalizada pela construo de instrumentos em ao conjunta entre professores e monitores do eixo, visando coleta
de opinies, Foi aplicado questionrio aos estudantes uma semana antes da finalizao das aulas, e recolhido no ltimo dia
de aula. A avaliao com os professores foi realizada no inicio de dezembro de 2011. Os aspectos avaliados foram
categorizados em 4 temas: comunicao e interao, teoria e desempenho na prtica, contribuies prtica especfica,
desempenho do aluno. Os dados foram sistematizados e discutidos em reunio ampliada com os monitores do eixo.
Na avaliao do 6 termo foi constatada dificuldade de comunicao entre alunos e trabalhadores do SUS
municipal. Buscando aperfeioar a gesto participativa do mdulo, envolvendo alunos, professores, equipe de sade e
acompanhados, foi sugerido que as monitoras pesquisassem como profissionais de sade vem os acompanhamentos dos
alunos aos usurios dos servios. Alm disso, a proposta inclui acrescentar o olhar do acompanhado.
Nos anos de 2012 e 2013 ampliamos o escopo da avaliao inserindo tambm o Levantamento de Expectativas
tanto para o primeiro quanto para o segundo ano do Eixo TS. Em linhas gerais este levantamento contou com quatro
questes abertas, relacionadas s expectativas dos estudantes quanto ao Eixo, especificidade de seus cursos e s
atividades desenvolvidas pelos monitores, havendo ainda espao para sugestes e comentrios dos estudantes a respeito
das temticas a serem abordadas nos mdulos. Os dados relativos a 2013 ainda esto sendo analisados.
Os resultados dessas avaliaes devem orientar o redirecionamento dos mdulos em 2013.
Foi construdo um blog, onde so colocados planejamentos, cronogramas, textos, avisos, dvidas e respostas. O
nmero de acessos comprova o valor desse meio de comunicao.
Participantes:

Orientador: Virginia Junqueira


Orientador: Rosilda Mendes
Orientador: Angela Capozzolo
Discente: Carolina de Castro Mioni
Discente: Mayara Lima F. Silva
Discente: Priscilla B. G. Godoy
Discente: Thais Sanches Silva
Discente: Alessandro Demel Lotti
Discente: Bruna Nubile M. Lemos
Discente: Janaina Traversim G. de Lima
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PROJETO Monitoria
rea: Saude Coletiva
Autor: Virginia Junqueira
Discente: Larissa Baraal Bordon
Discente: Thais Caetano de Vasconcelos
Discente: Patricia Andrade Teixeira
Discente: Luiza Escardovelli

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PROJETO PET
rea: Educao em Sade
Autor: ROSANA ROSSIT
Ttulo: PET SADE DA CRIANA: FORMAO INTERPROFISSIONAL NO CONTEXTO
HOSPITALAR
Palavras-Chave: Educao em Sade, Hospitalizao, Brincadeiras, Sade da Criana
O objetivo deste projeto incentivar processos formativos voltados para a qualificao na ateno s demandas
Sade, Educao e Social da populao infantil hospitalizada, envolvendo docentes e estudantes dos cursos de graduao
da sade da UNIFESP campus Baixada Santista e profissionais da Santa Casa de Santos, bem como estimular a formao
profissional com competncias para o trabalho em equipe interprofissional e para a integralidade e a humanizao no
cuidado ao paciente. A equipe do PET Sade da Criana/UNIFESP constituda por 14 estudantes dos cursos de
graduao da sade (Educao Fsica, Fisioterapia, Nutrio, Psicologia, Servio Social e Terapia Ocupacional). Reunies
quinzenais so realizadas para estudo, oficinas, cursos e seminrios de preparao da equipe, alm do planejamento e
avaliao das aes. Semanalmente as equipes se renem para organizar as atividades, dividir os papis e
responsabilidades para a atuao, e atuar na Pediatria/SUS junto s crianas, acompanhantes e profissionais. Para revelar
as competncias adquiridas, semestralmente, so realizadas avaliaes individuais, por pares e intragrupo. Para que se
promova a integralidade no cuidado e a prtica colaborativa, necessrio desenvolver competncias comuns a todas as
profisses da sade, competncias especficas de cada profisso e competncias colaborativas, a fim de identificar e
atender s demandas do servio e pacientes, respeitando a autonomia e o domnio de cada profisso. O ensino por
competncias integra a aquisio de conhecimentos, habilidades, atitudes e a sua aplicao, de forma que os estudantes
sejam estimulados a buscar ativamente os conhecimentos e a desenvolver-se pessoal e profissionalmente a partir da
prtica. Nesse processo importante a aprendizagem cooperativa e colaborativa, na qual os estudantes so ?
auto-responsabilizados? pela sua aprendizagem e pelo desenvolvimento de suas competncias. O PET Sade da Criana
preza o trabalho em equipe interprofissional, favorece as trocas, respeita a diversidade de opinies e conhecimentos e
oportuniza a prtica nos princpios da educao interprofissional. Nos cenrios de aprendizagem so trabalhadas diversas
competncias: comunicao; abertura ao dilogo; escuta qualificada e acolhimento; observao; flexibilidade para aceitar a
colaborao dos colegas; identificao de demandas; tomada de deciso; domnio da prpria especialidade; capacidade de
posicionar-se de forma responsvel e ativa; capacidade de auto-avaliao e avaliao do grupo; habilidade de dedicar-se a
uma forma de trabalho ainda no conhecida completamente. Os componentes da equipe desenvolvem a habilidade para
trabalhar juntos e de forma muito prxima, com espao privilegiado para as trocas de experincias sobre sua atuao com
estudantes de outras reas. Alm disso, o desenvolvimento de habilidades de liderana fundamental para o sucesso do
trabalho. O lder deve ser capaz de identificar o estgio de desenvolvimento dos integrantes para saber a dimenso de sua
interveno, no sentido de estimular o crescimento da equipe, a integralidade do cuidado e a humanizao do servio. O
Sistema nico de Sade (SUS) reconhece a ampla dimenso do sujeito e incorpora um conceito mais amplo de sade com
a integralidade no cuidado. A educao profissional desde o incio da graduao essencial para se estabelecer as
competncias essenciais para o trabalho colaborativo. A formao de vnculos entre a equipe de sade e os usurios
favorece os relacionamentos e amplia a busca por solues de forma compartilhada. Assim, constata-se o desenvolvimento
de competncias como favorecedor de um atendimento em equipe integral e de qualidade aos usurios do sistema de
sade.
Participantes:

Docente: Marta Ortiz Meirelles


Discente: Jessica Tamy Oliveira Nakayama
Discente: Fabola Epifanio dos Santos
Discente: Laryssa Moraes Soares Martins
Discente: Gabriela Donadon Ferreira
Discente: Stfanie Balestrin Viudes
Discente: Stephanie Witzel Esteves Alves
Discente: Iago Martins de Moraes
Discente: Letcia Silva Coelho
Discente: Mario Augusto Medeiros
Discente: Samara Quintanilha
Discente: Jssica Zorzi
Discente: Marina Sanches Pereira

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PROJETO PET
rea: Humanas - Histria
Autor: Marcia Eckert Miranda
Ttulo: Arquivo Histrico da Diocese de Guarulhos
Palavras-Chave: Guarulhos, Igreja Catlica, Arquivos, Demografia Histrica, Histria da Famlia
O projeto do Arquivo Histrico da Diocese de Guarulhos desenvolvido pelo grupo PET-Histria-Unifesp em parceria
com a Cria Diocesana de Guarulhos. Esta ltima foi criada em 1981 para o gerenciamento e administrao da Diocese,
bem como a custdia dos documentos produzidos naturalmente em suas atividades. Pretendemos desenvolver atividades
que permitam o reconhecimento dos tipos documentais e elaborar uma descrio do acervo, tendo em vista a
conscientizao das comunidades acadmica e dos responsveis pela sua cus tdia acerca da a importncia da sua
preservao.
Devido ao regime do Padroado, at 1890, a Igreja Catlica foi a responsvel pela produo de documentos relativos
a vrios aspectos do cotidiano da populao brasileira, como batizados, casamentos e bitos. Esses registros foram
classificados pela legislao brasileira como de interesse pblico e social. Destacamos a importncia destas fontes para o
entendimento da histria administrativa da Igreja, do fenmeno da imigrao na cidade, das histrias de famlia, da
demografia histrica, da histria da escravido e das relaes entre brancos, ndios administrados, negros escravizados e
negros forros na regio. O acervo tambm relevante para a populao catlica guarulhense, por acumular parte do seu
patrimnio documental.
Para atingir os objetivos do projeto, tornou-se necessrio conhecer os preceitos da Arquivstica. Assim, lemos as
consideraes de Helosa Liberalli Bellotto contidas no livro Arquivos Permanentes; as de Janice Gonalves, no livro
intitulado Como classificar e ordenar documentos de arquivo. Alm disso, leituras acerca da histria da famlia e da Igreja
foram realizadas. Pretendemos ainda fazer um estudo da histria administrativa da Igreja Catlica em Guarulhos. Para este
fim, fazemos reunies de estudos peridicas, inclusive com a colaborao da hierarquia local da Igreja.
Passo fundamental para atingir os objetivos deste projeto foi a identificao das informaes bsicas de cada
unidade documental, a partir de uma ficha que contm os seguintes dados: entidade ou parquia que produziu o registro,
autoridades responsveis por cada documento, nmeros de flios, datas cronolgica e tpica, termos de abertura e
encerramento, estado de conservao e outras informaes relevantes para o entendimento da fonte. A partir de tais
informaes, poderemos conhecer melhor o acervo, algo crucial pa ra que atinjamos os nossos objetivos.
Participantes:

Orientador: Marcia Eckert Miranda


Docente: Jaime Rodrigues
Discente: Alexandre Queiroz de Oliveira
Discente: Alice Reis Silva
Discente: Amanda da Silva Brito
Discente: Amanda Leisa Martins da Silva
Discente: Juliana Saez de Carvalho
Discente: Katheryn Wiganckow
Discente: Malena Teixeira Valrio
Discente: Roger Camacho Barrero Junior
Discente: Samuel Rocha Ferreira
Discente: Tuanny Folieni Antunes Lanzellotti

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PROJETO PET
rea: PET
Autor: Ana Luisa Vietti Bitencourt
Ttulo: Palinomorfos de fungos da fase de humificao da rizosfera da Composteira Fundao Parque Zoolgico de SP - Pet Cincias Biolgicas
Palavras-Chave: Palinomorfos, fungos, rizosfera, composteira
O Estudo da rizosfera da composteira (composto orgnico) da Fundao Parque Zoolgico de So Paulo vem sendo
desenvolvido no mbito do Programa de Educao Tutorial - PET (Cincias Biolgicas), objetivando a elaborao de uma
coleo de palinomorfos de fungos em ambiente controlado (rizosfera da composteira). O interesse desse trabalho
destaca-se, principalmente, para a rea ambiental, no que se refere ao estudo de marcadores (esporos) oriundos de
fungos, ainda pouco aplicado como indicadores geoambientais. A palinologia, ramo da botnica e da paleobotnica que
estuda palinomorfos, entre eles esporos produzidos por fungos, que se encontram em sedimentos, solos, dispersos em
ambientes ou na atmosfera. A disperso dos palinomorfos realizada tanto pelo vento (anemfila) ou por insetos
(entomfila), estando relacionada s condies ambientais, envolvendo o tipo de clima, estaes do ano e o tipo de
vegetao. O estudo dos fungos no ambiente da composteira permite balizar as condies de seu desenvolvimento,
relacionando-os com a temperatura e as fases de maturao do composto. O trabalho engloba a coleta do material na
composteira, o isolamento das colnias e anlise de dados. A coleta na fase de humificao da rizosfera envolveu amostras
aleatrias em clulas ps-revirada e no depsito do material maturado. Aps a coleta, realizou-se o isolamento dos fungos
em meios de culturas, onde se utilizou malt extract agar (MEA) e potato dextrose agar (PDA) como meios nutritivos para a
proliferao das colnias. O MEA proporciona maior crescimento da colnia e o PDA maior esporulao dos fungos, sendo
ambos os processos importantes na anlise. Como forma de evitar o crescimento de bactrias, foi utilizado o antibitico
Clorofenicol nos meios. Uma vez isoladas, as colnias foram analisadas morfologicamente segundo critrios da Society for
General Microbiology, envolvendo a forma, a cor, o relevo, a textura e o tamanho que atingiam na placa (dimetro e rea). A
anlise dos morfotipos de esporo foi realizada segundo Saccardo, que considera o nmero de clulas de cada esporo, a
forma, presena de poros e/ou fendas germinativas, ornamentao e o tamanho. A observao microscpica realizada
mediante microscopia ptica (Nikon E 200), utilizando-se a fixao das colnias em lminas por lactofenol azul de algodo
e, posteriormente, o material acetolisado para o armazenamento em lminas definitivas, destinada coleo. Todo o
material descrito fotografado e armazenado em banco de dados para posterior publicao de um atlas. Dados de biologia
molecular sero empregados como complementao taxonmica. A pesquisa permitir responder algumas indagaes de
estudos anteriores sobre a ocorrncia de palinomorfos de fungos disperso na atmosfera: se formas iguais de esporos
podem ser produzidas por fungos diferentes ou se a variedade de esporos compatvel com variedade de famlias de
fungos. Na fase de humificao do composto, em que ainda as temperaturas permanecem elevadas, em torno de 65C,
foram isoladas 32 colnias de fungos, sendo que a anlise morfolgica microscpica possibilitou identificar 5 gneros,
destacando-se os seguintes: Acremonium, 1 colnia, Aspergillus, 9 colnias; Mucor, 1 colnia; Paecilomyces, 1 colnia e
Penicillium, 1 colnia. A anlise morfolgica das colnias possibilitou identificar estgios diferentes de crescimento de
alguns esporos, que produzem tipos morfolgicos distintos. Percebem-se indcios de que alguns tipos morfolgicos distintos
podem ser gerados a partir de um mesmo tipo de fungo. Por exemplo, um amerosporo (1-clula), pode evoluir para um
didimosporo (2-clulas) ou at fragmosoro (3-clulas) a partir do desenvolvimento das clulas atravs do poro germinativo.
Por outro lado, situaes opostas foram verificadas, onde o mesmo morfotipo de esporo foi gerado em colnias diferentes,
produzidas pelo mesmo meio de cultura. Dessa forma, possvel concluir que cerca de 40% das colnias puderam ser
identificadas quanto ao gnero, tendo como base critrios morfolgicos. A fase inicial do processo de humificao, ainda
com temperaturas elevadas, apresentou a ocorrncia de pelo menos 5 gneros de fungos, j citados anteriormente, com a
predominncia do gnero Aspergillus. Finalmente, alguns morfotipos de esporos analisados, indicam diferentes formas em
relao ao estgio de crescimento, podendo no oferecer uma correspondncia entre a diversidade de fungos e a
diversidade morfolgica de palinomorfos. Este monitoramento importante para alicerar o questionamento sobre a relao
entre a diversidade morfolgica de esporos e a de fungos.
Participantes:

Discente: Marina Valente Navarro


Discente: Herbert Rocha Viana
Discente: Fernando Henrique Cortez de S Marques

Ttulo: Classificao de palinomorfos de fungos atravs da anlise de morfotipos


Palavras-Chave: Morfotipos, palinomorfos fungos
Palinomorfos de fungos so frequentes no registro de precipitao atmosfrica (chuva polnica), em amostras de
solos ou sedimentos quaternrios (turfeiras, manguezais e banhados). O estudo dessas partculas, consideradas como
palinomorfos no polnicos (NPPs), muito empregado para reconstituies de ambientes passados ou recentes, incluindo
caractersticas ambientais, como clima ou domnio florestal. No entanto, os palinomorfos de fungos possuem restries
quanto a sua classificao taxonmica, quando analisados exclusivamente a partir de dados morfolgicos. Dessa forma,
alguns estudos vm sendo realizados no sentido de identificar morfotipos atravs de letras e cdigos numricos, gerando
uma classificao parataxonmica (sistema de classificao artificial baseado em morfotipos). Destacam-se alguns
trabalhos que iniciaram esse processo, como Saccardo, do incio do sculo XX, e Van Geel, mais recente dos anos 1970. O
primeiro baseia-se somente em caractersticas relacionadas ao nmero de clulas, ornamentao, nmero de aberturas e a
dimenso do esporo. O segundo, alm desses aspectos, inclui cdigos numricos, os quais no so atribudos a um txon
biolgico particular, mas podem apresentar correlao de tipos, gneros ou espcies com base em trabalhos de taxonomia
molecular. O presente estudo vem sendo realizado pelo Programa de Educao Tutorial ? PET Cincias Biolgicas, que
postula a elaborao de atlas polnicos, incluindo palinomorfos de fungos, como fonte de dados cientficos e didticos,
tendo como base a identificao de morfotipos de esporos de fungos e suas reas de provenincia. Estudos de
palinomorfos de fungos so importantes a fim de relacionar a ocorrncia de morfotipos em determinados sistemas
vegetacionais, associados a um clima, podendo-se correlacion-los a uma distribuio regional ou a um bioma. Alm disso,
a caracterizao de morfotipos pode fornecer dados para estudo de indicadores geoambientais, podendo-se corresponder
dados de outras regies, inclusive em mbito global. A anlise dos morfotipos realizada mediante microscopia ptica
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PROJETO PET
rea: PET
Autor: Ana Luisa Vietti Bitencourt
(Nikon E200), seguindo-se o critrio de Saccardo e de Van Geel, considerando-se as seguintes siglas: HdV (Hugo de
Vries-Laboratory, Amsterdam University); UG (Universiteit Gent), EMA (Ernst-Moritz-Arndt University). Por outro lado, os
morfotipos provenientes da NPP de chuva polnica da regio sul metropolitana de So Paulo esto sendo identificados com
a sigla local LPE (Laboratrio de Paleoecologia e Ecologia da Paisagem - UNIFESP). No presente estudo conseguimos
identificar correspondncias entre os morfotipos com a sigla HdV (01 amerosporo, 02 didimosporos, 03 fragmosporos,
sendo estes dos gneros Curvullaria, Meliola e Clasterosporium, 02 estaurosporos, sendo eles Diplocadiella e Tetraploa e
01 dictiosporo). Na sigla UG, identificamos um menor nmero de correspondncias (01 amerosporo e 01 fragmosporo, sem
indicao de gneros correlatos). Demais morfotipos, que esto na faixa de 150 a 200, no possuem correlao com os
publicados. Assim sendo, recebero a proposta da sigla LPE, adicionada a um cdigo numrico estabelecido em ordem
crescente ao seu registro. Desta forma, o catlogo sugere caracterizar os morfotipos da chuva polnica analisada e
estabelecer correlaes com outras regies e ambientes no Brasil ou do mundo.
Participantes:

Discente: Fabiana Campagnoli Schmidt Longobardi

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PROJETO PET
rea: PET
Autor: Ana Paula Santos Francisco
Ttulo: IMPLANTAAO DAS PESQUISAS PALEONTOLGICAS DA UNIFESP - CAMPUS
DIADEMA
Palavras-Chave: Coleo Paleontolgica, pesquisa cientfica
O Programa de Educao Tutorial (PET) de Cincias Biolgicas, em conjunto com projetos apoiados pelo CNPq
(processos 401831/2010-8 e 553033/2011-5), vem implantando a nica coleo paleontolgica da UNIFESP desde
novembro de 2011. Esta coleo tem como objetivos a facilitao das pesquisas cientficas e o apoio as atividades
didticas. No segundo semestre de 2012 houve aumento de 217,14% nas amostras inseridas (333 amostras), o que
permitiu atender a demanda por projetos de pesquisa, que por se iniciarem neste momento ainda apresentam dados
preliminares. As pesquisas atualmente desenvolvidas pelo PET e estagirios dos projetos colaboradores envolvem os
seguintes grupos: crinoides, trilobitas, ostectes, bivalves e escolecodontes. Os fsseis procedem das formaes Ponta
Grossa (Bacia do Paran) e Trememb (Bacia de Taubat) e foram coletados nos afloramentos Rio Cani (crinoide e
bivalve), Vila Francelina (bivalve e trilobita), Desvio Ribas- Tibagi (bivalve e escolecodonte), Sutil (escolecodonte), Tibagi 2
(escolecodonte) e Fazenda Santa F (ostectes). Com relao aos crinoides, uma classe de equinodermas, duas amostras
(UNIFESP/In302 e UNIFESP/In303) foram identificadas, at o momento, como Laudonomphalus sp., com base em uma
parassistemtica. Estes espcimens apresentaram pednculo circular, heteromrfico, noditaxe 212N; nodais com grande
epifaceta, com tubrculos. Faceta com crenulrio amplo, composto por aproximadamente 32 clmens, finos, retos, simples
e longos, que se estendem da margem externa at o perilmen; lmen pequeno e circular. Entre os trilobitas, uma classe
extinta de artrpodes marinhos, quatro amostras foram preliminarmente identificadas: a amostra UNIFESP/In326 possui o
pigdeo e o trax, e devido forma do pigdeo e ao tamanho do lobo axial em relao aos lobos pleurais, foi atribuda a
famlia Calmoniidae. A UNIFESP/In327 consiste somente em um fragmento do cfalo, que possu a borda anterior larga e o
sulco dorsal direito evidenciado, porm raso, o que indica que esta amostra pode pertencer famlia Homalonotidae. A
UNIFESP/In329 possui somente o pigdeo, e o estreitamento dos anis axiais ao se aproximar da extremidade e ao espinho
posterior indicam que esta amostra pertence a famlia Homalonotidae. Futuramente pretende-se refinar o posicionamento
sistemtico, tentando realizar inferncias em relao tafonomia, paleoecologia e biogeografia deste material. Osteichthyes
so os peixes que possuem um esqueleto formado por ossos e at o momento quatro amostras foram identificadas: duas
da ordem Characiformes (UNIFESP/Vt15 e UNIFESP/Vt17), caracterizada por possurem nadadeiras sem espinhos
compostas apenas de raios segmentados, sendo que na amostra UNIFESP/Vt17 foi possvel identificar uma nadadeira
dorsal situada no tero posterior do corpo, caracterstico da espcie Lignobricon ligniticus; uma da ordem Perciforme
(UNIFESP/Vt10), caracterizada pela presena de espinhos lisos sem ornamentaes nas nadadeiras; e uma da ordem
Siluriforme (UNIFESP/Vt21), caracterizada pela presena de espinhos ornamentados em suas nadadeiras. Os bivalves,
uma classe do filo, Mollusca, apresentaram, at o momento, trs amostras identificadas como Nuculites sharpei
(UNIFESP/In330, UNIFESP/In331 e UNIFESP/In332), caracterizados por uma clavcula partindo do umbo, na regio anterior
da concha, que ocupa 2/3 da altura da concha, linhas de crescimento bem definidas, com algumas mais evidentes e razo
comprimento altura de aproximadamente 1,7. Uma outra amostra (UNIFESP/In333) foi identificada como Nuculites brannei,
caracterizada pela clavcula fina partindo do umbo, na regio anterior da concha e ocupando metade da altura da concha.
Outras amostras se encontram ainda em anlise, mas j possvel inferir que mais espcies esto presentes na coleo
cientifica da UNIFESP. Os escolecodontes so aparatos dentrios de poliquetos, uma classe de aneldeos, que variam de
50 ?m a alguns milmetros. Foram encontrados 93 pinas, 30 placas dentrias, cinco placas mpares, sete placas incisivas,
uma mandbula e quatro suportes (UNIFESP/Mi304 a UNIFESP/Mi325). Esses escolecodontes so atribudos a espcie
Paulinites paranaensis, cujas feies so: pinas denticuladas em toda margem interna, com grande gancho anterior;
placas dentrias denticuladas e com esporo na margem externa; suportes curtos, lisos e delgados; placas incisivas
denticuladas; e placa mpar denticulada. Este material ser fotomicrografado e ter suas dimenses aferidas, buscando
realizar discusses paleoambientais, tafonmicas e principalmente ontogenticas. Como comentado anteriormente estes
resultados so apenas preliminares, devido a recente formao da coleo paleontolgica de macrofsseis da UNIFESP. O
refinamento das identificaes sistemticas, aliado com anlises tafonmicas e paleoambientais iro gerar novas
informaes a respeito destes grupos pouco estudados de fsseis brasileiros.
Participantes:

Orientador: Ana Luisa Vietti Bitencourt


Docente: Sandro Marcelo Scheffler
Discente: Fernanda Ramos Fernandes de Oliveira
Discente: Isabela Kukimodo
Discente: Larissa Leggieri Coa
Discente: Raquel Riyuzo de Almeida Franco

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PROJETO PET
rea: PET
Autor: Fabiana Campagnoli Schmidt Longobardi
Ttulo: Classificao de palinomorfos de fungos atravs da anlise de morfotipos
Palavras-Chave: classificao, morfotipos, esporos, fungos
Palinomorfos de fungos so frequentes no registro de precipitao atmosfrica (chuva polnica), em amostras de
solos ou sedimentos quaternrios (turfeiras, manguezais e banhados). O estudo dessas partculas, consideradas como
palinomorfos no polnicos (NPPs), muito empregado para reconstituies de ambientes passados ou recentes, incluindo
caractersticas ambientais, como clima ou domnio florestal. No entanto, os palinomorfos de fungos possuem restries
quanto a sua classificao taxonmica, quando analisados exclusivamente a partir de dados morfolgicos. Dessa forma,
alguns estudos vm sendo realizados no sentido de identificar morfotipos atravs de letras e cdigos numricos, gerando
uma classificao parataxonmica (sistema de classificao artificial baseado em morfotipos). Destacam-se alguns
trabalhos que iniciaram esse processo, como Saccardo, do incio do sculo XX, e Van Geel, mais recente dos anos 1970. O
primeiro baseia-se somente em caractersticas relacionadas ao nmero de clulas, ornamentao, nmero de aberturas e a
dimenso do esporo. O segundo, alm desses aspectos, inclui cdigos numricos, os quais no so atribudos a um txon
biolgico particular, mas podem apresentar correlao de tipos, gneros ou espcies com base em trabalhos de taxonomia
molecular. O presente estudo vem sendo realizado pelo Programa de Educao Tutorial ? PET Cincias Biolgicas, que
postula a elaborao de atlas polnicos, incluindo palinomorfos de fungos, como fonte de dados cientficos e didticos,
tendo como base a identificao de morfotipos de esporos de fungos e suas reas de provenincia. Estudos de
palinomorfos de fungos so importantes a fim de relacionar a ocorrncia de morfotipos em determinados sistemas
vegetacionais, associados a um clima, podendo-se correlacion-los a uma distribuio regional ou a um bioma. Alm disso,
a caracterizao de morfotipos pode fornecer dados para estudo de indicadores geoambientais, podendo-se corresponder
dados de outras regies, inclusive em mbito global. A anlise dos morfotipos realizada mediante microscopia ptica
(Nikon E200), seguindo-se o critrio de Saccardo e de Van Geel, considerando-se as seguintes siglas: HdV (Hugo de
Vries-Laboratory, Amsterdam University); UG (Universiteit Gent), EMA (Ernst-Moritz-Arndt University). Por outro lado, os
morfotipos provenientes da NPP de chuva polnica da regio sul metropolitana de So Paulo esto sendo identificados com
a sigla local LPE (Laboratrio de Paleoecologia e Ecologia da Paisagem - UNIFESP). No presente estudo conseguimos
identificar correspondncias entre os morfotipos com a sigla HdV (01 amerosporo, 02 didimosporos, 03 fragmosporos,
sendo estes dos gneros Curvullaria, Meliola e Clasterosporium, 02 estaurosporos, sendo eles Diplocadiella e Tetraploa e
01 dictiosporo). Na sigla UG, identificamos um menor nmero de correspondncias (01 amerosporo e 01 fragmosporo, sem
indicao de gneros correlatos). Demais morfotipos, que esto na faixa de 150 a 200, no possuem correlao com os
publicados. Assim sendo, recebero a proposta da sigla LPE, adicionada a um cdigo numrico estabelecido em ordem
crescente ao seu registro. Desta forma, o catlogo sugere caracterizar os morfotipos da chuva polnica analisada e
estabelecer correlaes com outras regies e ambientes no Brasil ou do mundo.
Participantes:

Orientador: Ana Luisa Vietti Bitencourt


Discente: Fabiana Campagnoli Schmidt Longobardi

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PROJETO PET
rea: PET
Autor: Lucas Souza de Araujo
Ttulo: Palinomorfos de fungos em amostras de chuva polnica Parque Estadual Itapu
Porto Alegre ? RS
Palavras-Chave: Palinomorfos, chuva polnica, Parque Estadual Itapu
Palinomorfos de fungos em amostras de chuva polnica Parque Estadual Itapu Porto Alegre ? RS
Orientador: Ana Luisa Vietti Bitencourt
Alunos: Lucas Souza e Sabrina Arakaki
O estudo de palinomorfos de fungos tem como objetivo apresentar dados sobre a diversidade morfolgica de
esporos provenientes da chuva polnica do Parque Estadual de Itapu, situado em uma unidade de conservao no sul do
Brasil. O Parque abriga uma das ltimas amostras dos ambientes naturais da regio de Porto Alegre, possuindo cerca de
5.500 hectares, com diversidade de paisagens e ecossistemas. O clima predominante subtropical mido, com
caracterizao de remanescente de floresta atlntica, campos rupestre, mata de restinga, vassoural, campo misto, plancies
midas, banhados e juncal. Anlise do material realizada pelo Programa de Ensino Tutorial ? MEC (PET - Cincias
Biolgicas), que visa a criao de um atlas de plens e esporos de fungos para futuras pesquisas e como fonte didtica. A
obteno de esporos de fungos foi realizada por meio de coleta de chuva polnica, atravs de coletores fixados ao longo de
um transecto com 20 pontos, distanciados a cada 30 m, durante janeiro de 2002 janeiro de 2003. O levantamento de campo
foi realizado pela tutora do Programa, atravs de um projeto financiado na ocasio pela FAPERGS, processo n. 00/1972.8.
Os coletores, denominados Old Field, consistem em mecanismo simples, com um funil de 9 mm de dimetro, l de vidro em
seu interior, para o armazenamento dos palinomorfos precipitados ao longo do perodo, sendo fixados no solo com uma
garrafa pet. Na base do funil colada uma tela com 0,0062 mm para evitar a fuga do material durante as chuvas. Uma rede
externa de pescador fixada no coletor para evitar a perda da l de vidro. Aps o perodo de 1 ano de coleta, o material foi
armazenado e congelado. O processamento recente das amostras se realizou no Laboratrio de Paleoecologia e Ecologia
da Paisagem do Instituto de Cincias Ambientais, Qumicas e Farmacuticas, com auxlio do Edital MCT/CNPq n 023/2011,
em que participa um bolsista de apoio tcnico. A partir do material coletado e processado, realizada a observao em
lminas com o auxlio de um microscpio ptico, (Nikon E200) nos aumentos de 40X a 100X, levando em considerao o
critrio de classificao morfolgica de Saccardo: forma, ornamentao, aberturas, nmero de clulas, colorao e
dimenses. Estes so catalogados, descritos e registrados em fotografias com aumento de 100X. At o momento, como
resultado parcial, foram identificados 23 Amenosporos, 12 Didimosporos, 12 Fragmosporos, tendo predominncia de
amerosporos, com ornamentao psilada, inaperturados e coloraes variadas entre hialinos e escuros. O estudo permite
verificar a predominncia de morfotipos que esto relacionados a essa rea, que possui caractersticas geogrficas e
climticas prprias, assim como fonte de dados para estudos geoambientais em que esporos de fungos so utilizados como
marcadores. O estudo indicar, alm da variedade dos tipos morfolgicos de esporos de fungos produzidos neste local,
possveis correlaes com outras reas estudadas no sul e sudeste do Brasil.
Participantes:

Orientador: Ana Luisa Vietti Bitencourt


Discente: Sabrina Silva Arakaki

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PROJETO PET
rea: PET
Autor: Marcelo Baptista de Freitas
Ttulo: Formao Ampliada e Interdisciplinar em Cincias Exatas para Estudantes da
rea da Sade
Palavras-Chave: interdisciplinar, cincias exatas, sade, graduao
O Programa de Educao Tutorial (PET) um programa acadmico do governo federal direcionado a alunos
regularmente matriculados em cursos de graduao de uma Instituio de Ensino Superior. Os alunos, organizados em
grupos, recebem orientao acadmica de professores-tutores para desenvolver aes de ensino, pesquisa e extenso, de
maneira articulada. Este programa do governo visa oferecer aos alunos de graduao uma formao acadmica e cidad
diferenciada em relao s estruturas curriculares convencionais, permitindo que os alunos se tornem mais crticos e
atuantes diante da realidade social e profissional do seu dia a dia. Considerando que os Cursos Superiores de Tecnologia
em Sade (CSTS) da Escola Paulista de Medicina da UNIFESP, grande rea formada pelos Cursos Superiores de
Tecnologia em Informtica em Sade, Tecnologia Oftlmica e Tecnologia em Radiologia, tm como objetivo formar
profissionais aptos a desenvolver de forma plena e inovadora as atividades de um determinado eixo tecnolgico, aliando o
conhecimento s necessidades do mercado e gerando crescimento econmico e social, foi criado em janeiro de 2013 o
grupo PET Tecnologias. Este grupo tem
realizado atividades de acordo com o projeto "Formao Ampliada e
Interdisciplinar em Cincias Exatas para Estudantes da rea da Sade". Esta proposta enquadra-se na formao
acadmica
que valoriza o desenvolvimento de habilidades interdisciplinares, pensamento crtico e fixao de valores que
reforam a cidadania e conscincia social de todos os participantes. A temtica escolhida para o desenvolvimento destas
caractersticas est centrada no eixo de formao em Cincias Exatas dos CSTS, no qual tradicionalmente os estudantes
encontram dificuldades de aprendizado. Esta proposta tem contribudo para o enfrentamento do desafio de ensinar, discutir,
refletir e divulgar temas ligados s reas tradicionais do conhecimento como Fsica, Qumica, Matemtica e Computao de
uma maneira inovadora entre estudantes da rea da Sade e a comunidade, usando como temtica o funcionamento do
corpo humano. Esta temtica envolve o estudo de temas ligados aos diversos sistemas que compem o corpo humano:
motor, metablico, visual, auditivo, fonador, respiratrio, cardiovascular, circulatrio, nervoso, entre outros; sendo as
abordagens feitas de modo interdisciplinar e com o uso de tecnologias e metodologias de apoio aprendizagem e de
divulgao do conhecimento contemporneas. As principais atividades que o grupo PET Tecnologias tem desenvolvido so:
Estudo e Discusses em grupo (Journal and Book Clubs), em que so envolvidos docentes, colaboradores e estudantes
proporcionando um ambiente participativo para as discusses dos temas de interesse e construo de conhecimento
interdisciplinar; Programao de Sries e Filmes (CinePET) em que so apresentados os episdios da srie da BBC ?Inside
de Human Body? e vdeos da conferncia TED (Technology, Entertainment, Design): ideas worth spreading; Seminrios e
Debates, em que so apresentados
temas especficos de interesse do grupo por especialistas convidados, sendo que o
primeiro seminrio foi apresentado pela Profa. Dra. Emico Okuno (IFUSP), abordando a produo de conhecimento em
Cincias Exatas para pblico da rea da Sade; Apoio aos CSTS com a realizao de monitorias voluntrias, participao
na semana de recepo aos calouros e construo da biblioteca PET (fsica e virtual); Estudos sobre a implantao de
Novas Tecnologias no Ensino com a visita do grupo a eventos da rea, como a Semana Internacional de Tecnologia
Educacional (SINTED), onde puderam conhecer algumas das tecnologias educacionais que foram recentemente lanadas
no mercado; Mini-Cursos anuais, com temas de interesse para alunos da rea de tecnologias e sade, como "tratamento
estatstico de dados com o uso de softwares livres"; Divulgao Cientfica e Extenso que aproxima o grupo s escolas de
ensino mdio, como estratgia para implementar a temtica desenvolvida no ensino tradicional de cincias. O grupo vem
desenvolvendo suas atividades em um ambiente participativo e colaborador, procurando respeitar as diversas competncias
e interesses de seus participantes. A conduo do grupo pelo Tutor em parceria com os Colaboradores tem facilitado a
gesto, realizao das atividades e tornado o ambiente de discusso mais proveitoso e dinmico. A estratgia de estudo
dos alunos participantes e o envolvimento nas atividades propostas reflete suas caractersticas pessoais e dedicao ao
projeto. Embora ainda na fase inicial, percebe-se que as estratgias de aprendizado empregadas nas discusses sofrem
grande influncia dos modelos disciplinares utilizados tradicionalmente, configurando-se num desafio que o grupo precisa
enfrentar para atingir os objetivos propostos no projeto. Espera-se que as atividades desenvolvidas ao longo do projeto
tornem os alunos mais proativos e crticos, preparando-os para situaes que demandem discusso e interao com grupos
de profissionais multidisciplinares, com valores que reforcem a cidadania e conscincia social.
Participantes:

Docente: Linda Omar Bernardes (TA)


Docente: Marcelo Mariano da Silva (TAE)
Docente: Maria Elisabete Salvador Graziosi
Docente: Raquel Santos Marques de Carvalho
Discente: Paula Gabrielly Rodrigues
Discente: Anglica Pontes Batista
Discente: Beatriz Martinez Bido
Discente: Cristina Miyori Ishimatsu
Discente: Eric Hideki Watanabe Fernandes
Discente: Paula Baptista Eliseo da Silva
Discente: Teresa Raquel de Moraes Andrade

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PROJETO PET
rea: PET
Autor: Marina Valente Navarro
Ttulo: Palinomorfos de Fungos da fase de humificao da rizosfera da Composteira Fundao Parque Zoolgico de SP - Pet Cincias Biolgicas
Palavras-Chave: palinomorfos, fungos, rizosfera, composteira
O Estudo da rizosfera da composteira (composto orgnico) da Fundao Parque Zoolgico de So Paulo vem sendo
desenvolvido no mbito do Programa de Educao Tutorial - PET (Cincias Biolgicas), objetivando a elaborao de uma
coleo de palinomorfos de fungos em ambiente controlado (rizosfera da composteira). O interesse desse trabalho
destaca-se, principalmente, para a rea ambiental, no que se refere ao estudo de marcadores (esporos) oriundos de
fungos, ainda pouco aplicado como indicadores geoambientais. A palinologia, ramo da botnica e da paleobotnica que
estuda palinomorfos, entre eles esporos produzidos por fungos, que se encontram em sedimentos, solos, dispersos em
ambientes ou na atmosfera. A disperso dos palinomorfos realizada tanto pelo vento (anemfila) ou por insetos
(entomfila), estando relacionada s condies ambientais, envolvendo o tipo de clima, estaes do ano e o tipo de
vegetao. O estudo dos fungos no ambiente da composteira permite balizar as condies de seu desenvolvimento,
relacionando-os com a temperatura e as fases de maturao do composto. O trabalho engloba a coleta do material na
composteira, o isolamento das colnias e anlise de dados. A coleta na fase de humificao da rizosfera envolveu amostras
aleatrias em clulas ps-revirada e no depsito do material maturado. Aps a coleta, realizou-se o isolamento dos fungos
em meios de culturas, onde se utilizou malt extract agar (MEA) e potato dextrose agar (PDA) como meios nutritivos para a
proliferao das colnias. O MEA proporciona maior crescimento da colnia e o PDA maior esporulao dos fungos, sendo
ambos os processos importantes na anlise. Como forma de evitar o crescimento de bactrias, foi utilizado o antibitico
Clorofenicol nos meios. Uma vez isoladas, as colnias foram analisadas morfologicamente segundo critrios da Society for
General Microbiology, envolvendo a forma, a cor, o relevo, a textura e o tamanho que atingiam na placa (dimetro e rea). A
anlise dos morfotipos de esporo foi realizada segundo Saccardo, que considera o nmero de clulas de cada esporo, a
forma, presena de poros e/ou fendas germinativas, ornamentao e o tamanho. A observao microscpica realizada
mediante microscopia ptica (Nikon E 200), utilizando-se a fixao das colnias em lminas por lactofenol azul de algodo
e, posteriormente, o material acetolisado para o armazenamento em lminas definitivas, destinada coleo. Todo o
material descrito fotografado e armazenado em banco de dados para posterior publicao de um atlas. Dados de biologia
molecular sero empregados como complementao taxonmica. A pesquisa permitir responder algumas indagaes de
estudos anteriores sobre a ocorrncia de palinomorfos de fungos disperso na atmosfera: se formas iguais de esporos
podem ser produzidas por fungos diferentes ou se a variedade de esporos compatvel com variedade de famlias de
fungos. Na fase de humificao do composto, em que ainda as temperaturas permanecem elevadas, em torno de 65C,
foram isoladas 32 colnias de fungos, sendo que a anlise morfolgica microscpica possibilitou identificar 5 gneros,
destacando-se os seguintes: Acremonium, 1 colnia, Aspergillus, 9 colnias; Mucor, 1 colnia; Paecilomyces, 1 colnia e
Penicillium, 1 colnia. A anlise morfolgica das colnias possibilitou identificar estgios diferentes de crescimento de
alguns esporos, que produzem tipos morfolgicos distintos. Percebem-se indcios de que alguns tipos morfolgicos distintos
podem ser gerados a partir de um mesmo tipo de fungo. Por exemplo, um amerosporo (1-clula), pode evoluir para um
didimosporo (2-clulas) ou at fragmosoro (3-clulas) a partir do desenvolvimento das clulas atravs do poro germinativo.
Por outro lado, situaes opostas foram verificadas, onde o mesmo morfotipo de esporo foi gerado em colnias diferentes,
produzidas pelo mesmo meio de cultura. Dessa forma, possvel concluir que cerca de 40% das colnias puderam ser
identificadas quanto ao gnero, tendo como base critrios morfolgicos. A fase inicial do processo de humificao, ainda
com temperaturas elevadas, apresentou a ocorrncia de pelo menos 5 gneros de fungos, j citados anteriormente, com a
predominncia do gnero Aspergillus. Finalmente, alguns morfotipos de esporos analisados, indicam diferentes formas em
relao ao estgio de crescimento, podendo no oferecer uma correspondncia entre a diversidade de fungos e a
diversidade morfolgica de palinomorfos. Este monitoramento importante para alicerar o questionamento sobre a relao
entre a diversidade morfolgica de esporos e a de fungos.
Participantes:

Orientador: Ana Luisa Vietti Bitencourt


Discente: Marina Valente Navarro
Discente: Fernando Henrique Cortez de S Marques
Discente: Herbert Rocha Viana

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PROJETO PET
rea: PET
Autor: Mauricio Dias Duarte
Ttulo: Projeto: Arquivo Histrico da Diocese de Guarulhos
Palavras-Chave: Guarulhos, Igreja Catlica, Arquivos, Demografia Histrica, Histria da Famlia
Projeto: Arquivo Histrico da Diocese de Guarulhos
O projeto do Arquivo Histrico da Diocese de Guarulhos desenvolvido pelo grupo PET-Histria-Unifesp em parceria
com a Cria Diocesana de Guarulhos. Esta ltima foi criada em 1981 para o gerenciamento e administrao da Diocese,
bem como a custdia dos documentos produzidos naturalmente em suas atividades. Pretendemos desenvolver atividades
que permitam o reconhecimento dos tipos documentais e elaborar uma descrio do acervo, tendo em vista a
conscientizao das comunidades acadmica e dos responsveis pela sua cus tdia acerca da a importncia da sua
preservao.
Devido ao regime do Padroado, at 1890, a Igreja Catlica foi a responsvel pela produo de documentos relativos
a vrios aspectos do cotidiano da populao brasileira, como batizados, casamentos e bitos. Esses registros foram
classificados pela legislao brasileira como de interesse pblico e social. Destacamos a importncia destas fontes para o
entendimento da histria administrativa da Igreja, do fenmeno da imigrao na cidade, das histrias de famlia, da
demografia histrica, da histria da escravido e das relaes entre brancos, ndios administrados, negros escravizados e
negros forros na regio. O acervo tambm relevante para a populao catlica guarulhense, por acumular parte do seu
patrimnio documental.
Para atingir os objetivos do projeto, tornou-se necessrio conhecer os preceitos da Arquivstica. Assim, lemos as
consideraes de Helosa Liberalli Bellotto contidas no livro Arquivos Permanentes; as de Janice Gonalves, no livro
intitulado Como classificar e ordenar documentos de arquivo. Alm disso, leituras acerca da histria da famlia e da Igreja
foram realizadas. Pretendemos ainda fazer um estudo da histria administrativa da Igreja Catlica em Guarulhos. Para este
fim, fazemos reunies de estudos peridicas, inclusive com a colaborao da hierarquia local da Igreja.
Passo fundamental para atingir os objetivos deste projeto foi a identificao das informaes bsicas de cada
unidade documental, a partir de uma ficha que contm os seguintes dados: entidade ou parquia que produziu o registro,
autoridades responsveis por cada documento, nmeros de flios, datas cronolgica e tpica, termos de abertura e
encerramento, estado de conservao e outras informaes relevantes para o entendimento da fonte. A partir de tais
informaes, poderemos conhecer melhor o acervo, algo crucial pa ra que atinjamos os nossos objetivos.
Participantes:

Orientador: Marcia Eckert Miranda


Docente: Jaime Rodrigues
Discente: Alexandre Queiroz de Oliveira
Discente: Alice Reis Silva
Discente: Amanda da Silva Brito
Discente: Amanda Leisa Martins da Silva
Discente: Katheryn Wiganckow
Discente: Malena Teixeira Valrio
Discente: Juliana Saez de Carvalho
Discente: Roger Camacho Barrero Junior
Discente: Samuel Rocha Ferreira
Discente: Tuanny Folieni Antunes Lanzellotti

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PROJETO PET
rea: PET
Autor: Raiane Patrcia Severino Assumpo
Ttulo: Educao Popular: criando e recriando a realidade social
Palavras-Chave: onstruo conhecimento, prxis, dilogo, intencionalidade poltica, transformao socia
A pesquisa realizada faz parte de um processo mais amplo de educao popular que busca a construo do
conhecimento e o estmulo ao transformadora, a partir da prxis (movimento de ao-reflexo-ao), fundamentada em
Antonio Gramsci e Paulo Freire.
Objetiva analisar, por meio da sistematizao da prtica, o potencial de experincias de extenso universitria,
pautadas na concepo de educao popular, que atuam com sujeitos da Baixada Santista (SP); tendo como eixos
condutores: o conhecimento, a conscientizao, a atuao poltica; e os direitos humanos.
O referencial terico-metodolgico utilizado, fundamentado na concepo dialtica e histrico-crtica, concebe que a
construo do conhecimento ocorra por meio da investigao dos problemas emergentes no cotidiano, do questionamento,
da teorizao e da realizao de atividades de interveno na realidade. Exige um processo contnuo e permanente de
formao para a transformao da realidade, a partir do protagonismo dos sujeitos envolvidos. Os dados da pesquisa foram
obtidos por meio da sistematizao, registro e interpretao crtica - do processo vivido nas extenses universitrias
realizadas pelo programa Educao Popular - criando e recriando a realidade social, UNIFESP/BS: formao com 180
participantes do Programa Guardio Cidado (SSP/Santos), 80 estudantes de escolas pblicas municipais de Santos e
atuao no Conselho e Conferncia Municipal de Sade.
As experincias de extenso analisadas estimularam reflexes crticas sobre a dinmica e estrutura da sociedade
como construo social - com valores culturais historicamente constitudos e determinados ideologicamente. Os sujeitos
envolvidos se compreenderam como em constante aprendizado e se assumiram responsveis por aes que garantissem
atitudes e vozes, portanto, que rompessem com diversas formas de opresso vigente em nossa sociedade, com a
hierarquizao e fragmentao do saber. Reconheceram o completar-se no processo de socializao e de desvelamento da
realidade, por meio do adentramento crtico. Os jovens participantes apresentaram questionamentos sobre o seu papel
enquanto sujeitos polticos e pertencentes classe trabalhadora ; expressaram poucas perspectivas de futuro, revelaram
grande assdio dos meios de comunicao e da sociedade para o consumo.
A extenso universitria, pautada na concepo de educao popular, potencializadora da produo de
conhecimentos de forma dialogada (entre saber acadmico e popular), provoca os sujeitos para o processo de
conscientizao, atuao poltica e promoo dos direitos humanos.
Participantes:

Orientador: Raiane Patrcia Severino Assumpo


Orientador: Fabricio Gobetti Leonardi
Discente: Elisa Silva Vidal
Discente: Maurcio de Oliveira Filho
Discente: Mayara Alves da Silva
Discente: Suellen Abreu
Discente: Thais Ishimoto Tanabe da Silva
Discente: Natlia Koto Alves
Discente: Aline Rocco
Discente: Brenda Barbosa
Discente: Cesar Henrique de S. Inoue
Discente: Thiago Savieto Polli
Discente: Valria Aparecida de Oliveira Silva
Discente: Marina Mara Stracini
Discente: Edson Barbosa

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PROJETO PET
rea: PET
Autor: Sionaldo Eduardo Ferreira
Ttulo: PET Educao Fsica
Palavras-Chave: Educao Tutorial, Educao Fsica, Sade
Criado em 1979 e em constante evoluo, o atualmente denominado Programa de Educao Tutorial (PET),
constitui-se em um programa acadmico direcionado a alunos regularmente matriculados em cursos de graduao. O PET
desenvolvido em grupos organizados e orientados pelo princpio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extenso.
Com o objetivo de desenvolver atividades acadmicas em padro de excelncia, mediante grupos de aprendizagem coletiva
e interdisciplinar, contribui para a elevao da qualidade da formao acadmica da graduao, estimulando a formao de
profissionais e docentes de elevada qualificao acadmica e tcnica, pela formulao e implementao de estratgias
para desenvolvimento e modernizao do ensino superior, estimulando o esprito crtico construtivo e a atuao profissional
pautada pela cidadania plena e pela funo social do exerccio profissional obtido na educao superior. Neste contexto, o
grupo PET do Curso de Educao Fsica da UNIFESP (PET-EF), criado em 1o de outubro de 2009, tem como objetivo,
ampliar a oferta de atividades extracurriculares e melhorar as possibilidades e condies de ensino do Campus Baixada
Santista, proporcionando aos alunos do Curso de Educao Fsica, e em especial aos alunos PETianos, formao
acadmica ampla, pelo desenvolvimento de projetos de ensino, pesquisa e extenso, individuais e coletivos, assim como
pelo estmulo participao de atividades como cursos, eventos e competies esportivas. Os projetos, atividades e outras
informaes
do
PET-EF
so
listadas
abaixo
e
mais
detalhes
podem
ser
obtidos
no
blog
do
grupo
(http://peteduca.wordpress.com/).
Projetos de Iniciao Cientfica: A RELAO ENTRE FORA DE MEMBROS SUPERIORES E EQUILBRIO DE
MEMBROS INFERIORES EM IDOSOS PRATICANTES DE SURF; INFLUENCIA DO EXERCCIO FSICO AGUDO NA
COGNIO DE JOVENS; EFEITO DO TREINAMENTO FSICO DE HIDROGINSTICA NA PRESSO ARTERIAL E
APTIDO FSICA DE ADULTOS HIPERTENSOS; ANLISE DA RELAO ENTRE FORA E EQUILBRIO EM ATLETAS
COM DEFICINCIA VISUAL E SEUS GUIAS PARTICIPANTES DA SELEO BRASILEIRA PARALMPICA DE
ATLETISMO.
Projetos
Extenso
Universitria:
ATITUDE
SAUDVEL:
OFICINAS
PARA
A
PROMOO
DA
SADE;
CAPACITAO PARA PREVENO DE ACIDENTES E PARA OS PRIMEIROS SOCORROS; CANOAGEM E EDUCAO
AMBIENTAL NO MEIO URBANO; ADOLESCNCIA E A VULNERABILIDADE SOCIAL: EDUCAO FSICA COMO UM
FATOR MOTIVACIONAL; CLUBE DO PEDAL.
Projetos integrados de Extenso, Pesquisa e Ensino: CLUBE DA CORRIDA; CAPACITAO PARA MEDIDAS E
AVALIAES EM EDUCAO FSICA E SADE.
Projetos de ensino: MONITORIA ACADMICA NO CURSO DE EDUCAO FSICA (Mdulo do tomo Clula do
Eixo Biolgico, Mdulo de Clnica Integrada: produo de Cuidado do Eixo de Trabalho em Sade, Mdulo de Esportes
Individuais, Mdulo de Esportes Coletivos I e II, Mdulo de Socorros de Urgncia, Mdulo de Exerccio Fsico e Doenas
Crnicas, Modulo de Estudo do Movimento Humano IV - Comportamento Motor); SEMANA ACADMICA DO CURSO DE
EDUCAO FSICA 2013.
Outras atividades: estmulo ao aprimoramento da comunicao (Suco com letras, cursos de lnguas estrangeiras e
de computao), Integra-PET (atividade cultural), criao e divulgao da logomarca do grupo, elaborao de materiais
acadmicos de informao geral e educao em sade (cartilhas, artigos, jornal do PET-EF).
Apoio: UNIFESP, SESU/MEC, CAPES, SESC-Santos e Prefeitura Municipal de Santos.
Participantes:

Discente: Bruna Teixeira Labella


Discente: Eduardo Oliveira Borges
Discente: Felipe de Avila Morais
Discente: Lucas Miom Augusto
Discente: Renata Botelho
Discente: Thais Lazaneo Zirnberger
Discente: Vanessa Matos Fraga
Discente: Wladimir Barbosa Reis

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PROJETO PET
rea: PET
Autor: Vanessa Bastos da Silveira, Carolina Miotto Gatti, Patricia Gasparini, Ana
Luisa Vietti Bitencourt.
Ttulo: Diversidade Polnica do Parque Estadual de Itapu - Porto Alegre - RS
Palavras-Chave: Diversidade Polnica
O Parque Estadual de Itapu uma Unidade de Conservao da Natureza (Lei Federal n 9.985/2000) que guarda
uma das ltimas amostras dos ambientes naturais da regio de Porto Alegre, abrangendo cerca de 5.570 hectares, contm
uma diversidade de paisagens e ecossistemas compostos de morros, praias de gua doce, dunas, lagoas e banhados, que
abrigam um conjunto de fito-fisionomias como campo rupestre, mata de restinga, vassoural, campo misto, plancies midas,
banhado e juncal. O parque possui um nmero significativo de espcies raras e ameaadas de extino, entre rpteis,
anfbios, aves incluindo as migratrias, mamferos, entre estes a jaguatirica, a lontra e o bugio-ruivo. O clima caracteriza-se
por tropical mido, sem estao seca, com temperaturas mdias anuais em torno de 17C e precipitao mdia entre 1.100
a 1.300 mm, sendo frequentes nevoeiros no inverno, e ventos fortes predominantes do sul e sudeste. Este trabalho objetiva
apresentar dados iniciais sobre a diversidade polnica do parque, um estudo desenvolvido pelo Programa de Educao
Tutorial - PET Cincias Biolgicas, que tem como meta o levantamento de dados sobre a diversidade polnica em sistemas
vegetacionais do sul e sudeste do Brasil, e a elaborao de atlas polnicos para estas reas. Atlas polnicos so muito
importantes como subsdio para estudos de reconstituio de ambientes recentes da escala geolgica, desenvolvidos ao
longo de perodo Quaternrio. Reconstituies da vegetao atravs de anlises polnicas aliceram-se na premissa de que
a relao plen-vegetao atual aplicvel ao longo do Quaternrio. Neste aspecto a ocorrncia de polens em relao a
vegetao deve ser documentada como forma de calibrao do padro atual, considerando-se o perodo de um ano de
coleta de chuva polnica, a vegetao do entorno e dados climticos. A coleta de chuva polnica do Parque Estadual de
Itapu foi realizada em 2002-2003, na ocasio por um projeto financiado pela FAPERGS, processo n. 00/1972.8. Aps a
coleta, realizada por coletores do tipo "Old Field", o material foi armazenado e congelado, sendo processado recentemente
no Laboratrio de Paleoecologia e Ecologia da Paisagem do Instituto de Cincias Ambientais, Qumicas e Farmacuticas,
com auxlio do Edital MCT/CNPq n 023/2011, participando um bolsista de apoio tcnico. O processamento das amostras foi
realizado atravs do mtodo da acetlise, antecedido por tratamento com HF para eliminao da l de vidro, material
utilizado como armadilha dos palinomorfos. A montagem de lminas foi utilizada gelatina glicerinada de Kaiser e selada com
verniz incolor. Anlise dos gros realizada mediante microscopia ptica (Nikon E200), em que gros de polens so
caracterizados quanto seus aspectos morfolgicos, ornamentao, nmero de aberturas, medidas dimetros polar e
equatorial (P/E), alm da localizao na lmina pela coordenada England Finder e registros fotogrficos. At presente
momento foram identificadas 15 famlias: 02 de Pteridfitas (Dryopteris e Polypodiaceae); 01 Gimnosperma (Pinaceae) 12
Angiospermas
(Anacardiaceae,
Arecaceae,
Asteraceae,
Euphorbiaceae,
Loranthaceae,
Melastomataceae,
Meliaceae,
Moraceae, Myrtaceae, Poaceae, Rubiaceae, Sapindaceae. Alm da contribuio da diversidade polnica para o Parque
Estadual de Itapu e do estabelecimento do padro atual plen-vegetao para esta rea, o atlas servir, igualmente, como
fonte de material didtico e acervo para coleo palinolgica cientfica do Campus Diadema.
Participantes:

Discente: Vanessa Bastos da Silveira, Carolina Miotto

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PROJETO PET
rea: PET
Autor: Viviane Santalucia Maximino
Ttulo: Pet Sade Mental I - Formao para o cuidado em rede psicossocial
Palavras-Chave: Sade Mental
O
Programa
de
Educao
do
Trabalho
para
a
Sade
tem
como
fio
condutor
a
integrao
ensino-servio-comunidade, levando formao de rede de servios no municpio de Santos.
O PET-Saude Mental visa aes em Sade Mental, alm da implementao da Poltica de enfrentamento ao lcool e
outras drogas, desenvolvem-se estratgias visando o matriciamento das aes de sade mental na rede de Ateno Bsica
(AB). Identifica-se a necessidade de construo de uma rede de cuidados integrais que acompanhe os usurios em seu
percurso teraputico incluindo equipamentos da cultura, esporte, educao, e outros disponveis na comunidade. Um novo
modo de produzir sade em que duas ou mais equipes, num processo de construo compartilhada
Como estratgia de funcionamento, o grupo divide-se em um tutor, 12 (doze) alunos bolsistas dos cursos de
Educao fsica, Nutrio, Psicologia, Servio Social e Terapia ocupacional e 6 (seis) preceptores responsveis por cada
servio de sade integrado ao projeto. Os servios de sade bsica e sade mental que so atendidos pelo PET-SADE
so: Unidade de Sade da Famlia do Jardim Castelo , Unidade de Sade bsica do bairro Embar, Servio de Reabilitao
Psicossocial I(SERP) e os Ncleos de Apoio Psicossocial I, III e V.
Cada aluno bolsista fica responsvel por semanalmente visitar duas unidades de sade atendidas pelo projeto,
sendo assim, cada servio conta com 4 (quatro) alunos realizando trabalhos como: oficinas, grupos de acolhimento e
triagem, visando atender o objetivo principal que o matriciamento.
Dessa forma integrando ateno bsica e ateno primria em um modelo de cuidados colaborativos.
Participantes:

Discente: Caio Augusto Colombo


Discente: Rebeca Farias de Oliveira
Discente: Amanda Beatriz Almeida Severo
Discente: Jlia Calixto Colturato
Discente: Gabriela Maciera Gazito
Discente: Tain Moreira Gatti
Discente: Carolina Linhares Nagao
Discente: Victor Linares Soares
Discente: Rita de Cssia Monteiro Cardoso
Discente: Daphini Lima Morais
Discente: Letcia Rodrigues da Silveira
Discente: Fernanda Gama Lessa

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