Bolicho de Campanha
Régis Marques
De pronto me achego ao bar dos calaveiras
Bolicho afamado de rusga e peleia
Pateando sorteiro em tempo marcado
Pra bolear a canha e dançar com a mais feia
Sou de pouca prosa pra agradar barbado
Boliei pro meu lado um perfume de china
Fui me perfilando e rasgando as oreia
Sinchando a maneia dancei com a teatina
Num bolicho de campanha que a noite passa ligeira
No retalho da cordeona, retrucando a mondongueira
Sou penteado e sou bagaço e bom no vanerão
Mais ligero que um curisco no riscar o facão
Num bolicho de campanha que a noite passa ligeira
Cheiro de canha e de china no bufar da botoneira
Dou canseira no chinedo, viro a madrugada
Risco o ferro e largo o touro de venta rasgada
Pateando no más, valseando o chão batido
De mano com a china, bombeando o candeeiro
Parece que a graxa queimando a lo largo
Se encurta e se espicha ao bailar do gaiteiro
No cinchar da farra, no boliar da guampa
A noite se acampa, catingando achego
Anca pros dois lados e a prenda revoando
E eu no más tenteando, arrastando pelego
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