MIGRACIDADES
RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO
2020
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SP
Informações gerais
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SP
Região: Sudeste
População estimada em 2020 (IBGE)1: 464.983
População de migrantes internacionais registrados de
2000 a março/2020 (NEPO/UNICAMP)2: 2.754
Data de fornecimento das informações pelo governo local:
14/09/2020
Dados estimados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
para 2020.
1
Número de migrantes internacionais cadastrados no Registro Nacional
Migratório (RNM) (antigo Registro Nacional de Estrangeiro – RNE) como
habitantes de São José do Rio Preto entre os anos de 2000 e 2020, obtido
através do banco interativo do Núcleo de Estudos de População da Universidade
de Campinas (NEPO/UNICAMP). O banco interativo da NEPO/UNICAMP é
formado a partir de dados públicos do Sistema de Registro Nacional
Migratório (Sismigra) disponíveis no Portal de Imigração do Ministério da
Justiça
e
Segurança
Pública
(MJSP).
Acesso
o
banco
em:
<www.nepo.unicamp.br/observatorio/bancointerativo/numeros-imigracaointernacional/sincre-sismigra/>.
2
Sumário
O MigraCidades ................................................................ 4
O Relatório de diagnóstico ............................................. 7
Diagnóstico geral do governo local ............................... 9
Boas práticas do governo local .................................... 10
As 10 dimensões .............................................................. 11
Estrutura institucional de governança e estratégia
local ................................................................................ 11
Capacitação de servidores públicos e
sensibilização sobre direitos dos migrantes .......... 13
Participação social e cultural de migrantes ........... 14
Transparência e acesso à informação para
migrantes ..................................................................... 15
Parcerias institucionais .............................................. 16
Acesso à saúde............................................................ 17
Acesso e integração à educação ............................. 19
Acesso à assistência social........................................ 21
Acesso ao mercado de trabalho ..............................23
Acesso e acolhimento a vítimas de violência de
gênero migrantes aos serviços de proteção ..........25
Prioridades do governo local ........................................ 27
O MigraCidades
A Organização Internacional para as Migrações (OIM)
está implementando o projeto “MigraCidades –
Aprimorando a Governança Migratória Local no Brasil”
em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande
do Sul (UFRGS), e com apoio da Escola Nacional de
Administração Pública (ENAP), e financiamento do
Fundo da OIM para o Desenvolvimento.
O projeto visa a informar e fortalecer a capacidade de
governança local das migrações, a partir da verificação
da presença de 10 dimensões de governança
migratória. As dimensões estão divididas em dois
grupos. O primeiro, dimensões de governança, se
dedica a analisar o desenho institucional das políticas
locais. O segundo, dimensões de acesso a direitos,
avalia o acesso à saúde, à educação, ao mercado de
trabalho, dentre outros aspectos relacionados
à integração e ao bem-estar dos migrantes
internacionais.
A OIM define migrante como uma pessoa que se move
do seu local habitual de residência, seja dentro de um
país ou através de fronteiras internacionais, de forma
temporária ou permanente, por uma variedade de
razões. Para os fins deste relatório, cujo enfoque são as
migrações internacionais, o termo migrante será
doravante utilizado para se referir a uma pessoa
nacional de outro país ou apátrida que se estabelece
temporária ou definitivamente no Brasil (nos termos da
definição de imigrante da Lei de Migração nº
13.445/2017).
Esse relatório apresenta um consolidado do
diagnóstico situacional das 10 dimensões de
governança migratória, de modo a auxiliar o poder
público local no aferimento, planejamento e
monitoramento de suas políticas públicas para
migração, destravando o potencial benéfico que as
migrações podem trazer para os migrantes e para as
comunidades de acolhida.
4
O MigraCidades
O MigraCidades faz parte dos esforços globais da OIM
para atingir os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS), em conjunto com o sistema ONU e
seus parceiros. São 17 Objetivos ambiciosos e
interconectados que abordam os principais desafios
de desenvolvimento enfrentados por pessoas no Brasil
e no mundo. O MigraCidades contribui principalmente
para a concretização meta 10.7 dos ODS.
Meta 10.7 – Facilitar a
migração e a mobilidade
ordenada, segura, regular e
responsável das pessoas,
inclusive por meio da
implementação
de
políticas
de
migração
planejadas e bem geridas.
Em uma tentativa de definir o conceito de “políticas de
migração planejadas e bem geridas” conforme a Meta
10.7, a OIM desenvolveu o Marco de Governança da
Migração (Migration Governance Framework – MiGOF),
que estabelece os elementos essenciais da boa
governança migratória.
Com base no MiGOF, a OIM também desenvolveu os
Indicadores da Governança Migratória (Migration
Governance Indicators – MGI), um conjunto de 90
indicadores que ajudam os governos a apreciarem a
abrangência de suas estruturas de governança de
migração.
5
O MigraCidades
O MigraCidades parte da experiência da OIM com
estas iniciativas, adaptando-as para criar um processo
de certificação adequado para o contexto brasileiro
que contribua para o mesmo objetivo em comum:
facilitar a migração e a mobilidade ordenada, segura,
regular e responsável das pessoas.
ODS – Meta 10.7
MiGOF
MGI
MigraCidades
6
O Relatório
de diagnóstico
A certificação MigraCidades envolve cinco etapas: a
inscrição, o diagnóstico, a priorização, a certificação e
o monitoramento. Na etapa de inscrição, foi aberta
uma chamada pública para municípios e estados
brasileiros se candidatarem, apontando uma pessoa de
referência local para acompanhamento do processo.
Após ser selecionado, o governo local foi convidado a
preencher o Formulário de Diagnóstico, composto por
uma série de perguntas sobre cada uma das 10
dimensões de governança migratória. Após o
preenchimento do Formulário, deu-se início à etapa de
priorização, na qual o governo local identifica quais as
prioridades para o desenvolvimento de políticas
migratórias no próximo período. Nesses dois
momentos, a pessoa de referência local foi
responsável por articular o diálogo com as diferentes
áreas do governo local que executam atividades
relacionadas à migração, com o objetivo de coletar
respostas para o formulário e insumos para a
priorização.
Este relatório consolida as respostas do governo local
nas etapas de Diagnóstico e Priorização, incluindo
revisões e recomendações realizadas pela equipe do
MigraCidades. Exceto quando citada a fonte, todas as
informações contidas neste relatório foram fornecidas
pelos próprios governos locais, através de suas
pessoas de referência apontadas no início do processo.
A realização do relatório é uma exigência para
obtenção da certificação, e servirá de base para a
etapa de monitoramento.
7
O Relatório
de diagnóstico
Conheça as 10 dimensões de governança migratória:
Estrutura
institucional de
governança
Acesso
à saúde
Capacitação
de servidores
públicos
Acesso
e integração
à educação
Participação
social e
cultural de
migrantes
Acesso à
assistência
social
Acesso
ao mercado
de trabalho
Transparência
e acesso à
informação
Serviços de
proteção para
mulheres e LGBTI+
Parcerias
institucionais
8
Diagnóstico geral
do governo local
São José do Rio Preto é um município localizado no
interior do estado de São Paulo, na região sudeste
do Brasil. Segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), a população estimada
no município era de 464.983 em 2020.
De 2000 a 2020, 2.754 migrantes obtiveram o Registro
Nacional Migratório como habitantes do município, de
acordo com dados do Sistema de Registro Nacional
Migratório (Sismigra) (NEPO/UNICAMP, 2020). Entre
abril de 2018 e agosto de 2020, São José do Rio
Preto recebeu cerca de 231 venezuelanos por meio
da estratégia de interiorização do Governo Federal
(Operação Acolhida, 2020).
O município de São José do Rio Preto indicou realizar
pelo menos uma ação nas seguintes dimensões de
Governança: Estrutura institucional de governança;
Capacitação de servidores públicos; Transparência
e acesso à informação para migrantes; e Parcerias
institucionais. E nas seguintes dimensões de Acesso:
Acesso à saúde; Acesso e integração à educação;
Acesso a assistência e proteção social; Acesso ao
mercado de trabalho; e Acesso e acolhimento a
vítimas de violência de gênero migrantes aos serviços
de proteção.
9
Boas práticas
do governo local
Destacam-se como práticas positivas do governo
local: o desenvolvimento de ações de mapeamento
e caracterização do perfil da população migrante do
município, em parceria com organizações da sociedade
civil; na estrutura de governança, a criação de um
grupo gestor intersetorial que tem como objetivo
realizar a articulação de políticas públicas, inclusive
para a população migrante.
10
Estrutura institucional de governança
e estratégia local
Esta dimensão busca compreender se o governo
possui estratégia local ou setores ou referências
locais dedicadas à formulação, ao acompanhamento
e à implementação de políticas públicas e serviços
voltados à migração.
Nesta dimensão, o município indicou possuir, em sua
estrutura institucional, fluxo ou rede estabelecida entre
diferentes setores para encaminhamento e acesso de
pessoas migrantes aos serviços de referência.
Para aprimorar esta dimensão, o governo local pode
por exemplo, designar em sua estrutura institucional
um setor ou gestor dedicado à formulação e ao
acompanhamento de políticas públicas sobre
migração, ou até mesmo estabelecer um mecanismo
de coordenação das ações e políticas de diferentes
setores para o tema da migração.
Em relação ao acolhimento e integração de pessoas
migrantes, é recomendado que seja definida uma
estratégia local descrita em política, plano ou
documento público, construída em articulação com
diferentes setores da gestão pública e com participação
social, que abranja diversos setores e esteja alinhada
com o planejamento plurianual do governo local. É
importante que essa estratégia local esteja alinhada
com a lei nacional de migração (Lei 13.445/2017) e com
as agendas mundiais de desenvolvimento, como os
Objetivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações
Unidas. Como diferencial, essa estratégia também
pode englobar planos e ações para acolhimento de
migrantes em situações de crise.
11
Estrutura institucional de governança
e estratégia local
Outra prática que o governo local pode adotar
futuramente é estabelecer um plano de monitoramento,
planejamento e destinação de aporte orçamentário
voltado aos custos relacionados à integração de
pessoas migrantes. Também pode empreender
esforços para aprimorar a coordenação com outros
entes federativos em temas relacionados à migração.
Caso deseje aprimorar essa dimensão, poderá consultar
experiências inspiradoras nesse documento.
12
Capacitação de servidores públicos e
sensibilização sobre direitos dos migrantes
Esta dimensão busca compreender se o governo local
oferta capacitações regulares para servidores públicos
da gestão e dos serviços sobre a temática migratória,
incluindo questões de sensibilidade cultural, gênero e
direitos humanos.
Embora ainda não existam capacitações específicas
voltadas à temática da migração, o município informou
que foram realizadas capacitações junto aos servidores
públicos que abordaram discussões sobre diversidade
cultural, gênero e direitos humanos.
O governo local informou que tem em seu município
uma Escola de Gestão Pública que demonstrou
interesse em desenvolver cursos voltados para a
temática migratória aos servidores públicos que
realizam atendimentos à população migrante. É
recomendado, portanto, que se explore essa parceria
para desenvolver capacitações em caráter permanente
que sejam voltadas tanto aos servidores da atenção
e assistência quanto aos servidores da gestão. Para
mapear os temas específicos que serão abordados,
o governo local poderá monitorar as demandas junto
aos servidores.
Caso deseje aprimorar essa dimensão, poderá consultar
experiências inspiradoras nesse documento.
13
Participação social e cultural
de migrantes
Esta dimensão busca compreender se há incentivos
para participação social e cultural de migrantes junto
à comunidade de acolhida.
O governo local indicou ainda não possuir ações ou
políticas na dimensão da Participação social e cultural
de migrantes. Diante disso, algumas ações potenciais
podem ser adotadas futuramente pelo governo para
desenvolver e aprimorar essa dimensão.
Dentre as ações com potencial de desenvolvimento
está a adoção de medidas para informar e empoderar
pessoas migrantes sobre seus direitos de participação
social. O município pode realizar consultas públicas
junto às pessoas migrantes para conhecer suas
demandas, bem como fomentar a representação
de migrantes nos conselhos municipais, incluindo
medidas para garantir a igualdade de gênero no âmbito
da participação social de migrantes.
Em relação à participação cultural, o governo local pode
implantar editais de fomento culturais e interculturais
para a realização de festas e feiras de migrantes, além
de fomentar a divulgação dessas atividades culturais.
Caso deseje aprimorar essa dimensão, poderá consultar
experiências inspiradoras nesse documento.
14
Transparência e acesso à informação
para migrantes
Esta dimensão busca compreender se o governo
local disponibiliza, de forma presencial ou virtual,
informações compreensíveis e transparentes sobre
direitos e obrigações dos migrantes e sobre acesso a
serviços públicos. Também considera se isso é feito
em outros idiomas além do português.
O município indicou que disponibiliza informações
compreensíveis sobre direitos e deveres dos migrantes,
e sobre acesso a serviços públicos em locais de
atendimento presencial, de forma gratuita.
Embora disponibilize informações sobre direitos e
deveres e sobre acesso a serviços públicos em locais
presenciais, é recomendado que o governo local
disponibilize essas informações também em meios
eletrônicos ou em outros canais. É importante que
essas informações sejam disponibilizadas nos idiomas
falados pelas pessoas migrantes, e como diferencial
podem também ser disponibilizadas em formatos
acessíveis, como áudio ou vídeo.
Caso deseje aprimorar essa dimensão, poderá consultar
experiências inspiradoras nesse documento.
15
Parcerias institucionais
Esta dimensão busca compreender se o governo local
possui parcerias com instituições-chave para tratar
da agenda de migrações e questões relacionadas (ex.:
grupos de trabalho ou convênio para execução de
serviços).
O município indicou haver parcerias entre o governo
local e organizações da sociedade civil (OSCs).
Destaca ações realizadas para mapear e identificar o
perfil da população migrante que está estabelecida
no município. Essa ação já permitiu identificar
os locais do município que apresentam maior
concentração de pessoas migrantes, permitindo assim
o estabelecimento de ações voltadas para a oferta de
cursos de língua portuguesa para essa população.
Outras possibilidades para aprimoramento futuro
da governança migratória nesta dimensão são o
estabelecimento de parcerias com associações de
migrantes, organismos internacionais, universidades,
outros entes federativos e setor privado.
Caso deseje aprimorar essa dimensão, poderá consultar
experiências inspiradoras nesse documento.
16
Acesso à saúde
Esta dimensão busca compreender se o governo local
adota medidas para facilitar o acesso de migrantes a
serviços públicos de saúde, em especial os de atenção
primária em saúde.
O município indicou que as pessoas migrantes têm
acesso a serviços de atenção primária em saúde, e a
encaminhamento para serviços de atenção ambulatorial
e hospitalar. Para isso, conta com orientações, fluxos
ou protocolos estabelecidos na rede de saúde para
facilitar e qualificar o acesso, o acolhimento e o
atendimento em saúde para migrantes. Informou,
ainda, que os profissionais de saúde são capacitados
para compreender as diferenças culturais que podem
estar relacionadas a questões de gênero, bem como
para identificar casos de violência doméstica ou de
gênero.
Para aprimorar esta dimensão, o governo local pode
demandar esforços para que os serviços de atenção
primária em saúde estejam regionalizados de modo
a terem equipes atuantes em todos os locais onde
residem migrantes. É importante também que esse
acesso seja feito de forma desburocratizada, sem
exigir, por exemplo, documentos nacionais, e facilitar
o cadastro para o cartão SUS. O governo local pode,
ainda, ofertar capacitações sobre acolhimento e
atenção à saúde junto aos servidores da área, incluindo
comunicação em diferentes idiomas; compreensão da
diversidade cultural; e identificação casos de tráfico
de pessoas.
É recomendado também que o governo local realize
campanhas junto aos migrantes que abordem temas
acerca do direito à saúde, dos serviços de saúde
local e do funcionamento do SUS, buscando sempre
promover a diversidade, fortalecer a sensibilidade
cultural e coibir qualquer forma de discriminação.
17
Acesso à saúde
No âmbito da produção de informação, recomendase a coleta de dados desagregados sobre o perfil
de acesso a serviços e as demandas de saúde de
migrantes, que permitam ao governo local identificar
se há uma demanda reprimida de acesso, bem como
propor mudanças nos fluxos, programas e políticas do
município.Também é importante que exista um canal
para receber demandas e denúncias de discriminação
e xenofobia. Outra possibilidade para aprimoramento
futuro é designar um setor ou pessoa de referência
responsável pela promoção de ações voltadas a
qualificar o acesso à saúde por migrantes, que trabalhe
em conjunto com outros setores, alinhando demandas
e ações entre secretarias e órgãos.
Caso deseje aprimorar essa dimensão, poderá consultar
experiências inspiradoras nesse documento.
18
Acesso e integração à educação
Esta dimensão busca compreender se o governo local
adota medidas para facilitar o acesso e a integração
de migrantes à educação.
O município indicou que as pessoas migrantes têm
acesso a vagas desde a educação infantil até o ensino
fundamental e médio de forma desburocratizada,
e que não houve casos de negativa de matrícula a
migrantes no ensino municipal, no último ano. Para
aprimorar essa dimensão, o governo local pode, por
exemplo, garantir a disponibilização de vagas também
no ensino técnico profissionalizante e no ensino
superior, além de oferecer atividades extracurriculares
e cursos de idiomas para migrantes. É recomendado
que o governo local estabeleça orientações, fluxos
ou protocolos para a rede de ensino facilitar o acesso
e integração de migrantes no sistema educacional,
bem como assessorar e acompanhar os processos de
revalidação de diploma.
Os profissionais da área de educação do município
de São José do Rio Preto são capacitados para
compreender diferenças culturais que podem estar
relacionadas a questões de gênero e identificar casos
de violência doméstica ou de gênero. É recomendado
que esses profissionais sejam também capacitados
para se comunicar em diferentes idiomas; acolher
migrantes considerando a dimensão da diversidade
cultural e promover a integração dessa população nos
estabelecimentos de ensino.
Recomenda-se também a realização de capacitações e
campanhas informativas voltadas aos migrantes sobre
temas como direito ao acesso à educação, oferta de
cursos e funcionamento do sistema de matrículas,
buscando sempre celebrar a diversidade, fortalecer
a sensibilidade cultural e coibir qualquer forma de
discriminação.
19
Acesso e integração à educação
No âmbito da produção de informação, recomendase a coleta de dados desagregados sobre o perfil
de acesso e demandas de educação de migrantes,
sempre respeitando o sigilo e anonimato dos usuários,
que fornecem também importantes insumos para o
desenvolvimento de políticas do governo.
Outra possibilidade para aprimoramento futuro
é o estabelecimento de um setor ou ponto focal
responsável por promover ações que facilitem o acesso
e a integração de migrantes no sistema educacional. É
importante que esse setor trabalhe em conjunto com
outros setores, alinhando demandas e ações entre
secretarias e órgãos.
Caso deseje aprimorar essa dimensão, poderá consultar
experiências inspiradoras nesse documento.
20
Acesso à assistência social
Esta dimensão busca compreender se o governo local
adota medidas para facilitar o acesso de migrantes a
serviços públicos de assistência e proteção social, tais
como os Centros de Referência de Assistência Social
(CRAS) e os Centros de Referência Especializado de
Assistência Social (CREAS), seus programas e benefícios.
O município informou que as pessoas migrantes têm
acesso ao Sistema Único da Assistência Social (SUAS),
através de serviços como o Centro de Referência de
Assistência Social (CRAS) e o Centro de Referência
Especializado de Assistência Social (CREAS), a cadastros
para benefícios sociais como o Bolsa Família, e a iniciativas
de apoio à moradia, de forma desburocratizada.
Informou, ainda, que os profissionais dos serviços de
assistência e proteção social são capacitados para
acolher as pessoas migrantes considerando a dimensão
da diversidade cultural; para compreender diferenças
culturais que podem estar relacionadas a questão de
gênero; e identificar casos de tráfico de pessoas e de
violência doméstica e de gênero.
O município informou que conta com treze CRAS, dois
CREAS, um Centro Pop – voltado para a população
de rua, e três Centros de Convivência – do Idoso, da
Juventude e da Família. Além de departamentos como
Vigilância Socioassistencial e Gestão de Cadastro Único
e Benefícios que auxiliam na execução de ações de
proteção e acesso à população, incluindo migrantes.
De acordo com o município, atualmente cerca de 500
migrantes estão inscritos no CadÚnico.
21
Acesso à assistência social
Para aprimorar esta dimensão, o governo local pode
estabelecer orientações, fluxos ou protocolos na rede
de assistência social para facilitar e qualificar o acesso
e acolhimento a migrantes nesses serviços. Pode ainda,
adotar medidas específicas para a proteção e garantia
dos direitos de crianças migrantes e estabelecer que a
secretaria de assistência social acompanhe as demandas de
atendimento especializado apresentadas por migrantes.
Outras ações que podem ser desenvolvidas são a realização
de capacitações sobre acolhimento de migrantes junto aos
profissionais dos serviços de assistência e proteção social,
para que eles possam também realizar a comunicação
com migrantes em diferentes idiomas.
Além disso, é recomendado que sejam realizadas
campanhas ou ações informativas junto aos migrantes, que
abordem temas como direito à assistência e à proteção
social, benefícios e serviços ofertados no âmbito local e
funcionamento do SUAS.
No campo da produção de informação, o município indicou
que coleta dados sobre o perfil de acesso a assistência e
proteção social de migrantes. É importante que os dados
coletados possam também ser desagregados de acordo
com o país de origem da pessoa migrante, e que respeitem
sempre o sigilo e anonimato dos usuários. Esses dados
podem ser utilizados para identificar se há uma demanda
reprimida de acesso, bem como para subsidiar a criação
de fluxos, programas e políticas.
Por fim, o município indicou que há setor ou referência
local dedicado ao acesso a assistência e proteção social
pelas pessoas migrantes. É recomendado que esse setor
trabalhe em conjunto com outros setores, alinhando
demandas e ações entre secretarias e órgãos.
Caso deseje aprimorar essa dimensão, poderá consultar
experiências inspiradoras nesse documento.
22
Acesso ao mercado de trabalho
Esta dimensão busca compreender se o governo local
adota medidas para facilitar o acesso de migrantes ao
mercado de trabalho (setor público, setor privado ou
empreendedorismo).
O município indicou que as pessoas migrantes têm
acesso a aconselhamento ou orientação profissional,
a uma central de vagas de emprego, e a vagas de
emprego no setor privado. Que adota medidas
específicas para favorecer o acesso de mulheres
migrantes ao mercado de trabalho, e que o acesso
é feito de forma desburocratizada. Informou
também que há orientações, fluxos ou protocolos
estabelecidos para apoio à integração de migrantes
ao mercado de trabalho. Para aprimorar o acesso de
migrantes ao mercado de trabalho, o governo local
pode adotar medidas específicas de assistência para
o empreendedorismo por migrantes, garantir o acesso
a vagas de emprego no setor público e acompanhar
situações de revalidação de diplomas de pessoas
migrantes.
Foram realizadas, de acordo com o informado pelo
município, capacitações para servidores sobre o
acesso de migrantes ao mercado de trabalho, além de
campanhas sobre o tema junto ao setor privado. Para
avançar nesse tema, uma possibilidade é ampliar a
capacitação de servidores para contemplar temáticas
como: a comunicação em diferentes idiomas; a
compreensão de diferenças culturais relacionadas
ao ambiente de trabalho; a identificação de casos
de discriminação de gênero; e a identificação de
potenciais casos de trabalho em condições análogas
à escravidão, tráfico de pessoas e exploração laboral.
23
Acesso ao mercado de trabalho
Outras áreas com potencial de desenvolvimento são a
realização de capacitações e ações informativas junto
aos migrantes sobre o acesso ao mercado de trabalho
e legislação trabalhista. Essas ações podem incluir
oficinas de currículos, orientação vocacional, cursos
de treinamento para negócios, entre outros, buscando
celebrar a diversidade, fortalecer a sensibilidade
cultural e coibir qualquer forma de discriminação.
No campo da produção de informação, o município
indicou que coleta dados sobre o perfil de acesso ao
mercado de trabalho por migrantes, e que esses dados
são publicados respeitando sempre o sigilo e anonimato
dos usuários. Para aprimorar esta dimensão, o governo
local pode coletar dados que possam ser desagregados
por país de origem da pessoa migrante e utilizá-los
para o aprimoramento de ações e políticas públicas.
Outra política recomendada é o estabelecimento
de um setor que receba demandas e denúncias de
discriminação e xenofobia nos serviços de trabalho e
emprego, e também nas empresas locais.
Por fim, o município indicou que há setor ou referência
local na gestão dedicado a promover ações de
facilitação do acesso ao mercado de trabalho pelas
pessoas migrantes, trabalhando em conjunto com
outros setores e coordenando demandas e ações com
outras secretarias.
Caso deseje aprimorar essa dimensão, poderá consultar
experiências inspiradoras nesse documento.
24
Acesso e acolhimento a vítimas
de violência de gênero migrantes
aos serviços de proteção
Esta dimensão busca compreender se o governo local
adota medidas para facilitar o acesso e acolhimento
de migrantes mulheres e LGBTQIA+ (lésbicas,
gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexuais e
assexuais) a serviços de proteção, tais como casas de
acolhimento, canais telefônicos de apoio e delegacias
especializadas.
No município de São José do Rio Preto, há uma
Secretaria Municipal dos Direitos e Políticas para
Mulheres, Pessoas com deficiência, Raça e Etnia,
além de uma OSC que atua na defesa dos direitos
humanos, na cidadania e na melhoria da qualidade
de vida das pessoas portadoras de HIV/AIDS. Frente a
isso, as mulheres e LGBTQIA+ migrantes têm acesso a
delegacias especializadas, a casas de acolhimento e a
outros canais de proteção, como números telefônicos
de apoio ou iniciativas locais que realizam essa
acolhida, de forma desburocratizada e respeitando
o sigilo da pessoa. Há ainda, orientações, fluxos ou
protocolos estabelecidos nos serviços de proteção
para o acolhimento a mulheres e LGBTQIA+ migrantes
que sofrem violências.
O município indicou que realizou campanhas voltadas à
população que abordaram temas como não-violência,
não-discriminação e proteção de mulheres e LGBTQIA+
migrantes, bem como ações informativas junto a essa
população acerca de temas como mecanismos de
denúncia de situações de violência, diretos das pessoas
migrantes e serviços de proteção disponíveis. Uma
possibilidade de aprimoramento futuro é a realização
de capacitações sobre acolhimento e proteção de
mulheres e LGBTQIA+ junto a servidores dos serviços
de proteção locais, para que esses profissionais possam
realizar a comunicação com migrantes em diferentes
idiomas e acolhê-las considerando a dimensão da
diversidade cultural.
25
Acesso e acolhimento a vítimas
de violência de gênero migrantes
aos serviços de proteção
No campo da produção de informação, o município
informou que coleta dados sobre acesso a serviços
e demandas de proteção de mulheres e LGBTQIA+
migrantes e que esses dados são utilizados para
propor mudanças nos fluxos, programas e políticas
do governo, sempre respeitando o sigilo e anonimato
dos usuários. Como diferencial, o governo local pode
coletar dados de modo que possam ser desagregados
por país de origem da pessoa migrante.
Por fim, o município indicou que há um setor ou
referência local na gestão dedicado à proteção contra
violência contra as migrantes mulheres e LGBTQIA+,
que trabalha em conjunto com outros setores e
coordena demandas e ações com outras secretarias.
Caso deseje aprimorar essa dimensão, poderá consultar
experiências inspiradoras nesse documento.
26
Prioridades
do governo local
A partir dos resultados identificados através do
Formulário de Diagnóstico, os governos locais foram
convidados a indicar as prioridades para elaboração,
implementação e monitoramento de políticas públicas
relacionadas à migração durante o próximo período.
Esse exercício foi feito através do preenchimento de
uma Matriz de Priorização, que solicitava as seguintes
informações para cada proposta prioritária: 1) Dimensão
do MigraCidades priorizada; 2) Detalhamento das ações
planejadas dentro da dimensão; 3) Justificativa; 4)
Atores locais potencialmente envolvidos na execução
e acompanhamento das ações priorizadas.
Como requisito, o governo local deveria incluir no mínimo
três dimensões priorizadas, sendo necessariamente
ao menos uma dimensão de governança institucional
e uma de acesso a direitos. Não havia limite máximo
para a priorização.
DIMENSÃO PRIORIZADA
Acesso à assistência e proteção social
DETALHAMENTO DAS AÇÕES
Aprimorar o registro e a coleta de dados de
modo a permitir enxergar demandas de acesso
à assistência e proteção social de migrantes, de
forma desagregada por país de origem.
JUSTIFICATIVA
Qualificar as informações dos migrantes atendidos
pelos serviços da política de assistência e proteção
social, permitindo direcionar ações específicas, de
acordo com as demandas de cada perfil/país.
ATORES LOCAIS ENVOLVIDOS COM A DIMENSÃO
Equipes de Proteção Social Básica e Especial,
Vigilância Socioassistencial e Cadastro Único.
27
Prioridades
do governo local
DIMENSÃO PRIORIZADA
Parcerias institucionais
DETALHAMENTO DAS AÇÕES
Aprimorar ações conjuntas com organizações da
sociedade civil que atuam no atendimento e atenção
aos migrantes, bem como instituir parcerias com
universidades.
JUSTIFICATIVA
Desenvolver e ampliar as ações iniciadas com
Organizações da Sociedade Civil (OSCs) para
mapeamento e identificação do perfil e principais
demandas do público migrante e buscar parcerias
com universidades locais para acesso a cursos de
língua portuguesa.
ATORES LOCAIS ENVOLVIDOS COM A DIMENSÃO
Secretarias Municipais, Escola de Gestão Pública,
Organizações da Sociedade Civil, Universidades.
DIMENSÃO PRIORIZADA
Transparência e acesso à informação
para migrantes
DETALHAMENTO DAS AÇÕES
Disponibilizar informações gerais acerca dos serviços
e direitos em língua espanhola e inglesa ou ainda
outra que for identificada como mais relevantes de
acordo com a característica da população migrante.
JUSTIFICATIVA
Possibilitar autonomia e compreensão das pessoas
migrantes dando mais acesso aos serviços e direitos.
ATORES LOCAIS ENVOLVIDOS COM A DIMENSÃO
Gestores públicos, Comunicação, Universidades e
sociedade civil.
28
Prioridades
do governo local
DIMENSÃO PRIORIZADA
Participação social e cultural de
migrantes
DETALHAMENTO DAS AÇÕES
Realizar ações de fomento financeiro (direto ou
indireto) para trocas interculturais entre o país de
origem e o Brasil.
JUSTIFICATIVA
Reconhecimento da origem do indivíduo em todos
os seus costumes e valores e, proporcionar o
conhecimento da cultura brasileira e regional.
ATORES LOCAIS ENVOLVIDOS COM A DIMENSÃO
Secretarias (Cultura, Meio Ambiente, Agricultura,
Turismo, Educação, Esporte, Trabalho, Assistência
Social e Saúde).
29
Prioridades
do governo local
DIMENSÃO PRIORIZADA
Capacitação de servidores públicos
e sensibilização sobre direitos dos
migrantes
DETALHAMENTO DAS AÇÕES
Serão realizadas capacitações no ambiente
virtual da Escola de Gestão Pública (plataforma
Moodle), que ficarão disponíveis por todo o ano. As
capacitações terão como público alvo servidores
que trabalham com atenção/assistência direta a
migrantes, priorizando aqueles que trabalham nas
áreas de saúde, assistência social e educação nos
bairros com maior concentração de residentes
imigrantes. As capacitações também poderão ser
realizadas por conselheiros tutelares e participantes
dos grupos intersetoriais, que atuam diretamente
nos territórios. Serão realizadas duas capacitações
por ano, uma por semestre, sendo uma com foco
em aspectos da legalidade e outra com foco nas
relações humanas e sociais dos migrantes.
JUSTIFICATIVA
Não há registro de treinamentos específicos
realizados anteriormente, muito embora algumas
ações pontuais já tenham sido realizadas; assim é
necessário criar a capacitação, tornando-a contínua,
com o objetivo de qualificar servidores e agentes
públicos para a garantia dos direitos humanos e
efetividade do acolhimento e acesso a direitos
civis, políticos, sociais e culturais de migrantes.
ATORES LOCAIS ENVOLVIDOS COM A DIMENSÃO
Secretaria Municipal de Assistência Social,
Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal
de Educação, Organizações da Sociedade Civil
(OSCs), Universidades locais, Escola de Gestão
Pública Ana Maria Vilela.
30
Prioridades
do governo local
DIMENSÃO PRIORIZADA
Acesso e integração à educação
DETALHAMENTO DAS AÇÕES
“Coleta de Dados – Cadastro de Alunos”. Serão
aprimoradas as informações constantes no Sistema
de Cadastro de Alunos da Secretaria Municipal
da Educação, incluindo as seguintes opções: país
de origem; geolocalização dos alunos migrantes;
emissão de relatórios que identifiquem em
quais escolas se encontram ou se concentram os
estudantes migrantes e relatórios por macrorregião
para detectar se há concentração de maior número
de imigrantes em uma ou mais regiões do município.
JUSTIFICATIVA
O atual Sistema de Cadastro de Alunos da Secretaria
Municipal da Educação apresenta somente a
opção nacionalidade. A coleta e o uso de dados
e relatórios gerados, permitirão o aprimoramento
das informações e auxiliarão no planejamento e no
acompanhamento das ações entre os diferentes
departamentos e setores da Secretaria Municipal
da Educação junto às unidades escolares, além
da possibilidade de utilização dos mesmos para
subsidiar a formulação de políticas públicas, propor
mudanças nos fluxos e programas do governo
local de acesso e integração da pessoa imigrante,
qualificando as ações implantadas e implementadas
pelo poder público.
ATORES LOCAIS ENVOLVIDOS COM A DIMENSÃO
Secretaria Municipal de Educação, Gerência de
Planejamento e Demanda Escolar e Empresa de
processamento de dados (EMPRO).
31
Prioridades
do governo local
DIMENSÃO PRIORIZADA
Acesso e integração à educação
DETALHAMENTO DAS AÇÕES
“Centro de formação em línguas”. Implantação de
um Centro de Formação em Línguas com o objetivo
de disponibilizar aos alunos migrantes, professores
e comunidade em geral (pais e familiares) cursos e
oficinas, em diferentes idiomas. Proporcionar um
espaço de trocas aos alunosmigrantes, visando a
aprendizagem da segunda língua e da formação
cultural.
JUSTIFICATIVA
Os migrantes chegam com o idioma de origem
(primeira língua), há necessidade de comunicarse de forma simples, de compreender e utilizar
expressões familiares correntes. Para os professores
da Rede Municipal, participar das oficinas e
conhecer a língua materna dos alunos facilitará a
comunicação e o ensino – aprendizagem.
ATORES LOCAIS ENVOLVIDOS COM A DIMENSÃO
Complexo Integrado de Educação Ciência e Cultura
Dr. Aziz Ab Saber (CIECC), Secretaria Municipal de
Educação, Coordenadoria Pedagógica, Chefe de
Coordenadoria do CIECC, Departamento de Ensino,
Gerência de Ensino Fundamental e Gerência de
Capacitação e Professores de Língua estrangeira.
32
Prioridades
do governo local
DIMENSÃO PRIORIZADA
Acesso à saúde
DETALHAMENTO DAS AÇÕES
Incluir no Sistema de Prontuário Eletrônico do Serviço
de Saúde Municipal o campo para o RNE.
JUSTIFICATIVA
Garantia do cadastro de prontuário individualizado
para o cuidado em saúde na rede.
ATORES LOCAIS ENVOLVIDOS COM A DIMENSÃO
Secretaria Municipal de Saúde.
DIMENSÃO PRIORIZADA
Acesso à saúde
DETALHAMENTO DAS AÇÕES
Realizar ações informativas sobre o direito de
migrantes ao acesso à saúde pública.
JUSTIFICATIVA
Garantir acesso a todos os níveis de assistência à
saúde.
ATORES LOCAIS ENVOLVIDOS COM A DIMENSÃO
Grupos Intersetoriais.
33
Prioridades
do governo local
DIMENSÃO PRIORIZADA
Acesso à saúde
DETALHAMENTO DAS AÇÕES
Formação dos profissionais dos serviços de saúde,
garantindo o preenchimento correto das informações
de nacionalidade, visando garantir um banco de dados
fidedigno da realidade local.
JUSTIFICATIVA
Muitas vezes, os profissionais não ficam atentos às
informações de nacionalidade, focando na assistência.
Mas essas são informações importantes para o
planejamento de ações mais focadas nesse público.
ATORES LOCAIS ENVOLVIDOS COM A DIMENSÃO
Secretaria de Saúde e parcerias.
DIMENSÃO PRIORIZADA
Acesso e acolhimento a vítimas de
violência de gênero migrantes aos
serviços de proteção
DETALHAMENTO DAS AÇÕES
Campanha permanente de não violência de gênero
“DIA LARANJA”. Serão realizadas ações abrangentes
durante todo o ano, mas pontualmente, todo dia 25
de cada mês, serão executadas ações específicas
nas redes e mídias sociais da Administração Pública
Municipal, Portal da Prefeitura de São José do
Rio Preto e Equipamentos públicos municipais,
nos idiomas português e espanhol. Na internet,
as postagens serão marcadas com as hashtags:
#dialaranja,
#vocetemvoz,
#falesemmedo,
#meescutetambem,
#fimdaviolenciadegenero,
#fimdaviolenciacontraamulher,
#dianaranja,
#tienesunavoz,
#hablasinmiedo,
#escuchametambien, #findelaviolenciadegenero e
#findelaviolenciacontralamujer.
34
Prioridades
do governo local
JUSTIFICATIVA
A campanha será realizada prioritariamente nas redes
e mídias sociais, entende-se que as tecnologias de
comunicação em rede podem ser uma ferramenta
eficiente para promover a comunicação. As novas
tecnologias permitirão a criação de meios de
comunicação mais interativos, liberando os indivíduos
das limitações de espaço e tempo, tornando a
comunicação mais flexível. Com apenas um clique,
qualquer pessoa pode acessar uma informação
específica e manter contato com pessoas que estão
distantes [1]. A violência contra a mulher (de gênero)
é considerada um problema de saúde pública global.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, 1 em
cada 3 mulheres em todo o mundo já sofreram algum
tipo de violência física ou sexual, seja em casa, em suas
comunidades ou mesmo no ambiente de trabalho [2].
Desde 2008, há uma campanha do Secretário-Geral da
ONU intitulada “UNA-SE” pelo Fim da Violência contra
as Mulheres” com o objetivo de gerar mais consciência
pública e incrementar a vontade política e os recursos
designados a prevenir e responder à violência contra
mulheres e meninas [3]. A campanha do DIA LARANJA
em nossa cidade, vem de encontro com o ODS 5 que
se destaca entre os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável que essa Secretaria implementa. São José
do Rio Preto é signatária dos ODS da agenda 2030 da
ONU desde 2017.
Fonte:
[1] doi.org/10.1590/S0101-73302014000100011
[2] actionaid.org.br/noticia/16-dias-de-ativismo
[3] nacoesunidas.org/16dias
ATORES LOCAIS ENVOLVIDOS COM A DIMENSÃO
Secretarias Municipais dos Direitos e Políticas para
a Mulheres, Pessoa com Deficiência, Raça e Etnia;
Secretaria Municipal de Saúde; Secretaria Municipal
de Assistência Social; Secretaria Municipal de
Comunicação Social; Secretaria Municipal de Educação;
e Organizações da Sociedade Civil.
35
Como citar esse documento:
MIGRACIDADES. Perfil de Governança Migratória Local do Município de São José do Rio
Preto. Porto Alegre: Organização Internacional para as Migrações (OIM) e Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), 2020.
As opiniões expressas nas publicações da Organização Internacional para as Migrações
(OIM) são dos autores e não refletem necessariamente a opinião da OIM ou de qualquer
outra organização à qual os participantes possam estar profissionalmente vinculados.
As denominações utilizadas no presente relatório e a maneira como são apresentados
os dados não implicam, por parte da OIM, qualquer opinião sobre a condição jurídica
dos países, territórios, cidades ou áreas, ou mesmo de suas autoridades, nem tampouco
a respeito da delimitação de suas fronteiras ou limites.
A OIM está comprometida com o princípio de que a migração segura, ordenada
e digna beneficia os migrantes e a sociedade. Por seu caráter de organização
intergovernamental, a OIM atua com seus parceiros da comunidade internacional
para: ajudar a enfrentar os crescentes desafios da gestão da migração; fomentar a
compreensão das questões migratórias; alentar o desenvolvimento social e econômico
através da migração; e garantir o respeito à dignidade humana e ao bemestar dos
migrantes.
Editorial
Organização Internacional para as Migrações (OIM) – Brasil
SAS Quadra 05, Bloco N, Ed. OAB, 3º Andar
Brasília-DF - 70070-913
iombrazil@iom.int
CHEFE DE MISSÃO DA OIM NO BRASIL
Stéphane Rostiaux
Expediente técnico
COORDENAÇÃO
Isadora Steffens
Marcelo Torelly
Roberta Baggio
ANÁLISE
Ana Laura Anschau
Anelise Dias
REVISÃO
Fabian Scholze Domingues
Pâmela Marconatto Marques
Verônica Korber Gonçalves
APOIO METODOLÓGICO
Laura Boeira
BOLSISTAS DE EXTENSÃO
Ana Paula Santos
Julia Silveira
© Organização Internacional para as Migrações (OIM)
Esse relatório foi publicado sem edição formal pela OIM.
migracidades@ufrgs.br
www.ufrgs.br/migracidades
@migracidades
Migra Cidades