Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
2020, Anais do 1º Congresso Estadual de Ciências do Estado
O presente trabalho faz uma análise dos fatos históricos mundiais que ensejaram a proposta de flexibilização do Direito do Trabalho contemporânea, propuseram uma verdadeira reforma trabalhista, tanto no âmbito internacional quanto nacional, fazendo um paralelo entre Trabalho e Direito, expondo a ligação destes dois institutos com o Estado que tem como um de seus fins a reprodução capitalista. Expondo a evolução dos meios de regulação, primeiramente, pelo fordismo que marcou o período moderno e contribuiu para a implementação das leis trabalhistas garantindo aos trabalhadores direitos e garantias fundamentais, bem como, a evolução do sindicalismo de caráter combativo, que no Brasil teve seu auge com a criação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) na “Era Vargas” e inserção do Direito do Trabalho no corpo da Constituição Federal de 1988 no ramo que trata de “Direitos Sociais”. E, posteriormente, o toyotismo que surgiu após diversas crises sofridas no período fordista, propondo contratos laborais mais flexíveis, maior especialização dos trabalhadores, a produção sob demanda (“just in time”), e a adoção de métodos por parte das empresas que vinculavam subjetivamente o trabalhador ao ambiente das fábricas, intensificando cada vez mais a alienação do trabalhador, juntamente, com o aparato das ideologias neoliberais que de forma conjunta com o Estado concede a “permissão” para que o modelo toyotista prospere sob o argumento de fim do desemprego e adaptação à globalização como quesito necessário para a sobrevivência das empresas no campo concorrencial. Destacam-se as consequências do neoliberalismo no meio social, principalmente, nos movimentos sindicais em que é evidenciada uma mudança do caráter em que operam, mudando sua forma combativa, outrora, existente para uma forma participava, e, que esta mudança foi ponto-chave para a implantação do neoliberalismo e do toyotismo como modelo econômico/produção. Quanto ao plano nacional é exposto demonstrando os fatos políticos e econômicos de como o governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC) tornou o neoliberalismo hegemonia no país e as medidas caracterizadoras desse feito. E por fim, destaca-se as polêmicas envolvidas quanto ao tema reforma trabalhista, principalmente à respeito da flexibilização das normas trabalhistas e as possíveis consequências, como a precarização do trabalho, cerceamento dos direitos e garantias fundamentais do trabalhador em função do capital, dignidade da pessoa humana, os efeitos sociais da proposta de flexibilização, por exemplo.
Dissertação de mestrado - UFPR, 2020
O presente trabalho consiste em um estudo não dogmático a respeito da principal mudança operada pelo marco regulatório do trabalho terceirizado no Brasil, ocorrida em 2017: a inédita possibilidade de subcontratação da atividade-fim empresarial. Levando-se em consideração uma preocupação ética com a vida dos trabalhadores possivelmente afetados pela nova legislação, objetiva-se construir uma investigação crítica sobre o processo de expansão da relação jurídico-trabalhista “triangular”, tendo-se como principal referência o contexto socioeconômico brasileiro. Para tanto, parte-se da premissa de que o referido processo está, de alguma maneira, relacionado à difusão e fortalecimento do neoliberalismo, nada obstante a imprecisão e a elevada carga retórica que envolvem esse conceito. Diante disso, ao observar que parcela dos teóricos do Direito do Trabalho adota uma postura refratária à disseminação do emprego terceirizado de modo a recorrer à Sociologia do Conflito Social para interpretá-la, optou-se por explorar a chamada corrente do pensamento que concebe o neoliberalismo como espoliação social com o escopo de compreender a maneira pela qual os autores influenciados pelas teorizações marxianas trilham caminhos de oposição ao marco regulatório em apreço. Por outro lado, julgando-se possível enquadrar o conceito de neoliberalismo em uma outra tradição filosófica de pensamento, mormente aquela representada por Michel Foucault, entendendo-o como racionalidade governamental, buscou-se perquirir de que forma esse deslocamento poderia influenciar a percepção crítica a respeito das recentes mutações no mundo do trabalho que redundam na ampliação e naturalização da relação jurídica trilateral. Tal abordagem tem o mérito de incentivar uma reflexão sobre a própria reflexão que se faz sobre um dos temas típicos da flexibilização do Direito do Trabalho ao mesmo tempo em que, noutra direção, favorece uma discussão aprofundada sobre os dilemas socioeconômicos da ampliação do trabalho terceirizado. Metodologicamente, a pesquisa pautou-se pela análise descritiva, com ampla revisão bibliográfica de fontes primárias e secundárias, inspirando-se em duas facetas essenciais de qualquer estudo crítico: a discussão embasada de ideias ou afirmações que apresentem erros ou incoerências e a busca de desvendamento do oculto, propulsionada pelo desconforto perante o que existe. Tem-se como resultado que investigar a temática da terceirização utilizando como referência diferentes noções de neoliberalismo – política econômica, doutrina ou ideologia, para os adeptos da corrente da espoliação, ou arte de governo, para os adeptos da corrente da racionalidade governamental – afeta tanto a identificação de diferentes dimensões de seu impacto social quanto a forma de interpretar a origem do marco regulatório brasileiro. Não necessariamente excludentes, as diferentes escolas do pensamento evidenciam, ao mesmo tempo, o caráter destrutivo da subcontratação ilimitada em relação ao contrato de trabalho clássico (bilateral) e o seu papel construtivo numa sociedade de Direito Privado marcada pela subjetivação empresarial, bem como orientada pela concorrência como norma de conduta. A despeito disso, conceber o neoliberalismo como racionalidade governamental permite focalizar o fenômeno jurídico sob nuances pouco comuns no âmbito do Direito do Trabalho, possibilitando pesquisas interdisciplinares mais desafiadoras.
O artigo analisa o direito à moradia no Brasil atual, apontando que, apesar da produção em massa de moradias com subsídios públicos por meio do Programa Minha Casa, Minha vida, não cede o déficit habitacional. Contra o uso especulativo da propriedade urbana, em detrimento de quem precisa de moradia, defende-se a necessidade de aplicação de sanções ao descumprimento da função social da propriedade e dos diversos instrumentos da política urbana para a viabilização de uma cidade mais democrática.
FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS, VOL III, 2021
O artigo analisa a relação intrínseca entre o neoliberalismo e a nova extrema direita brasileira no processo político-jurídico que culmina na neoliberalização das relações de trabalho da contemporaneidade nacional. O estudo foi desenvolvido a partir do método de pesquisa qualitativo do materialismo histórico-dialético, por meio de ampla pesquisa teórica bibliográfica, durante um período histórico determinado entre as "Jornadas de Junho" de 2013 e o início da pandemia de covid-19 em março de 2020. A problemática da pesquisa revolve em torno da elucidação das implicações da ascensão da nova extrema direita brasileira no processo político-jurídico de neoliberalização das relações de trabalho e do Direito do Trabalho na história recente do país. Observou-se, ao final, que a relação entre o neoliberalismo e a extrema direita, apesar de contraditória, é profunda e duradoura, em uma espécie de simbiose dialética em que uma dá causa e, ao mesmo tempo, alimenta a outra, de forma a inflingir duras feridas ao corpo do Estado de Bem-Estar Social.
Revista Enfil, 2023
O presente trabalho tem como ambição explorar a emergência do bloco neoliberal neoconservador a partir dos seus intelectuais formuladores, especialmente Ludwig von Mises e, diante disso, compreender sua proposição de formação para o ideário de um novo sujeito: o empreendedor. Nessa nova dinâmica, o Estado burguês assume a função de potencializar o homem-empresa e desloca-lo de qualquer concepção que o sintonize à condição consciente de trabalhador, ou seja, o afasta de um propósito coletivo e transformador de mundo para o fortalecimento da meritocracia. Nesta empreitada, o artigo se divide em três partes: uma breve introdução acerca da decadência do bloco histórico social democrata keynesiano, a formulação do pensamento de Mises para a construção desse novo sujeito e, por fim, comentários reflexivos em torno do que foi acumulado. Palavras chave: Empreendedorismo, Ludwig von Mises, Neoliberalismo LA IDEA NEOLIBERAL: LA FORMACIÓN DEL SUJETO EMPRENDEDOR Resumen El presente trabajo tiene como objetivo explorar el surgimiento del bloque neoliberal neoconservador a partir de sus intelectuales formuladores, especialmente Ludwig von Mises y, desde allí, comprender su propuesta de formación para el ideal de un nuevo sujeto: el empresario. En esta nueva dinámica, el estado burgués asume la función de empoderar al hombre emprendedor y desplazarlo de cualquier concepción que lo sintonice con la condición consciente de trabajador, es decir, el fortalecimiento de la meritocracia. En este empeño, el artículo se divide en tres partes: una breve introducción sobre la decadencia del bloque histórico socialdemócrata keynesiano, la formulación del pensamiento de Mises para la construcción de este nuevo tema y, finalmente, comentarios reflexivos sobre lo que se ha acumulado.
O neoliberalismo, máxime pelos efeitos da globalização, repercute profundamente na visão que é conferida ao trabalho. A Constituição brasileira de 1988 estabelece, paralelamente, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa como fundamentos da República Federativa do Brasil. Nesse cenário que a presente pesquisa qualitativa, através do método de abordagem dedutivo e do método de procedimento monográfico, objetiva analisar se e como o trabalho serve de limite ao neoliberalismo e à livre iniciativa.
Direito do Trabalho Como Instrumento de Civilização - homenagem ao professor Maurício Godinho Delgado, 2022
Esta pesquisa objetiva analisar a correlação do neoliberalismo com a precarização dos Direitos Fundamentais Trabalhistas e identificar os efeitos dessa precarização na democracia brasileira. Para tanto, utiliza o método sócio-jurídico crítico, com a análise de indicadores sociais e índices estatísticos, e a pesquisa bibliográfica. Aponta a contradição do pensamento neoliberal - firmado no lucro excessivo, na valorização do indivíduo ensimesmado, no livre mercado e no Estado mínimo - com a estrutura da Constituição de 1988 que instituiu o Estado Democrático de Direito - firmado na dignidade da pessoa humana, no valor social do trabalho e numa sociedade democrática e inclusiva. Analisa os efeitos sociais acarretados pela inefetividade dos Direitos Fundamentais. Por fim, conclui que a desconstrução justrabalhista afeta a democracia, pois cria uma lacuna na efetividade dos direitos fundamentais; desmonta a solidariedade de classe; utiliza os Poderes Constituídos como instrumentos de desconstrução constitucional; e, impulsiona a perda de credibilidade do próprio Estado.
Editora Humanidades, 2003
Texto dos anos 2000, datado, com enfoque no tema da globalização. O texto deve ser revisitado, com referências ao tema do globalismo.
Nildo Aparecido de MELO
Com a implementação de um amplo conjunto de políticas neoliberais na economia brasileira, a partir da década de 1990, sob o governo Collor e nos dois mandatos do Presidente Fernando Henrique Cardoso, chegou ao fim o movimento histórico de formalização das relações de trabalho no Brasil, além do desencadeamento de transformações profundas na estrutura produtiva e econômica nacional. Num contexto de abertura comercial e financeira indiscriminada, de altas taxas de juros, de valorização das importações, de desmonte do Estado Nacional e de manutenção do câmbio sobrevalorizado, assistiu-se a explosão do desemprego sem precedentes na história do país, da precarização das condições e relações e trabalho e da informalidade do trabalho. Mesmo com a posse de um governo dito “popular”, sob a liderança do Presidente Luís Inácio Lula da Silva, com a continuidade do processo de assalariamento verificado a partir do ano 2000, permaneceram os problemas históricos do mercado de trabalho nacional, apontando para a emergência de transformações na luta e na representatividade sindical e política dos trabalhadores, além da necessidade de criação de novas formas de (re) inserção e permanência no mercado de trabalho para amplas camadas de trabalhadores diante da adoção dos preceitos da reestruturação produtiva do capital no Brasi
Oxford University Press eBooks, 2007
Representaciones simbólicas y alegóricas en el monacato femenino hispánico siglos XVI-XX, 2024
Displacing Theory Through the Global South, 2024
Ars Adriatica, 2023
BAR INTERNATIONAL SERIES, 2007
מקור ראשון, מוסף שבת, 2024
PLOS ONE, 2022
Climate change, 2001
EPPO Bulletin, 2011
Journal of nuclear medicine : official publication, Society of Nuclear Medicine, 2020
Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, 2013
https://www.sismel.it/pubblicazioni/2028-el-comentario-legitur-a-terencio
Gynecological Surgery, 2012
Annals of Clinical and Translational Neurology, 2015