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Analise Maquiavel e o poder da Marketing

Centro Estadual de Ensino Profissional – Pedro Boaretto Neto – CEEP Camila Padilha Izabelly Willhelm Jessica Isis Jessica Zanelatto Maria Eduarda Paiva Marianna Bernartt Pedro Boareto Robson Schlickmann APLICAÇÕES DA TEORIA DE MAQUIAVEL Cascavel 2015 Camila Padilha nº03 Izabelly Willhelm nº10 Jessica Isis nº12 Jessica Zanelatto nº13 Maria Eduarda Paiva nº24 Marianna Bernartt nº28 Pedro Boareto nº33 Robson Schlickmann nº35 APLICAÇÕES DA TEORIA DE MAQUIAVEL Trabalho apresentado ao Centro Estadual de Ensino Pedro Boaretto Neto, como medida de avaliação. Professor Orientador: Ricardo Deves Cascavel 2015 Sumário Introdução Trata-se da análise e estudo das aplicações da teoria filosófica de Maquiavel, na obra Maquiavel, o Poder: História e Marketing (PARTE I), e outras aplicações administrativas (PARTE II), onde apresenta, debate e explica a base que vem da ideia que nada chama mais a atenção dos homens do que o poder, e através de fatores históricos, mostra como a marketing ajuda a exercer poder, poder que promove diferenças e progresso. Também, apresenta fatores administrativos da filosofia de Maquiavel, e comparativos de liderança entre as funções tradicionais do gestor ligadas a conselhos de Maquiavel. PARTE I O príncipe e o marketing do poder Nada exerce mais atração sobre os seres humanos do que essa palavra mágica: Poder. Maquiavel, em seu livro O Príncipe, disserta um manual do que hoje denominamos marketing político. Aborda a mais direta motivação política: o poder. A ação política, mais que o seu objetivo, é o seu conteúdo essencial. Marketing político se caracteriza pelo conjunto de atividades que visa a conquista, a manutenção e a expansão do poder. A partir daí as atividades buscam satisfazer as necessidades da população e conquistar sua adesão. Marketing e propaganda não constituem o poder em si, são instrumentos para exercer o poder. Talvez, mexa tão profundamente com a alma humana por implicar subordinação, onde uma força decide por todos. O livro, O Príncipe é um guia parar a ação e suas palavras visam orientar o acesso e a permanência no poder, dentro de uma perspectiva de política e Estado peculiares ao tempo em que Maquiavel viveu. O fascínio de Maquiavel é o fascínio das coisas práticas voltadas para objetivos elevados; é a atração do marketing do poder. A disputa permanente O marketing político já era praticado há muito tempo, Maquiavel apenas padronizou o poder. De uma forma mal definida atualmente o Marketing político é uma teia de atividades e atitudes que viabiliza o acesso ao poder. Marketing político é um produto antigo com embalagem nova. O poder nunca dispensa seus adereços. Nas sociedades competitivas, os papéis de mando tornaram-se mais justificados. A pratica que denominamos marketing político tornou-se mais importante depois que começaram a surgir grandes impérios multinacionais, multiculturais e multilinguísticos, cuja administração exige um sistema complexo e sofisticado capaz de coordenar as ações, passando pela informação e comunicação. Há na obra de Maquiavel uma forte presença de valores e conceitos que, podem ser aplicados de forma universal. Ele, antecipa aqui que chamamos de marketing eleitoral o esforço para tornar-se príncipe e o marketing administrativo - capacidade de manter-se príncipe. O mergulho de Maquiavel no poder político foi tão produtivo que os princípios enunciados se tornaram aplicáveis. A disputa por poder político se desenvolve em todos os meios da sociedade na família, nos grupos de amigos, nas escolas, entidades, empresas ou instituições. A disputa pelo mando é permanente em todos os lugares. Todo exercício de poder exige autoridade de quem manda e cumplicidade de quem é mandado. Poder é tensão permanente. Jogo sem intervalo. O poder como ele é Na sociedade competitiva, o poder vem seguido de outras duas maiores aspirações: a riqueza e o prestígio. Riqueza, prestígio e poder andam juntos, aonde um chega outros chagaram. Para compreendermos a luta permanente pelo poder, devemos enfatizar o homem como único ser capaz de transformar a natureza, contudo ele ainda faz parte dela e está submetido a suas regras. A disputa pelo poder ocorre em todos os escalões, faz com que todos sejam participantes do jogo. Para que os seres humanos fossem excluídos totalmente do jogo do poder, teriam de passar toda a vida acorrentados em uma solitária. Como os seres humanos participam das disputas pelo poder, todos praticam no seu dia-a-dia um pouco de marketing político. A moral do poder concreto O príncipe revela um Maquiavel obcecado pelo poder concreto, tal como este se apresenta nas sociedades e não como deveria se apresentar. Em nenhum momento se preocupa com a moral como limitadora das ações humanas, com a ética de cada ato, com a política voltada para o bem. Ele funda uma nova moral que é a do homem que constrói Estados, uma moral mundana que emerge das relações reais que se estabelecem entre os seres humanos. A falta de associação entre ética e poder é um dos pontos que incomodam e provocam reações a obra maquiaveliana. A lei básica da natureza é a mutação competitiva, onde tudo se transforma o tempo inteiro e nada se define por ser melhor ou pior. Sobreviver é glória, não importa de que modo ela foi alcançada. O homem é o único que criou critérios de julgamentos éticos e morais para valorar as suas atividades, inclusive as ações políticas. Com Maquiavel, o Estado é o espaço de poder puramente humano, onde não há lugar para fantasias, para discursos bonitos ou palavras empoladas. Não foi exterminada a ética no pensamento político de Maquiavel, considera-se que ele transfere a ética dos meios para os fins. Visto como maus por natureza, a única salvação para a sociedade é um Estado centralizado simbolizado por um governo forte, capaz de tudo pela glória, pela vitória. Sobre este alicerce Maquiavel constrói seu projeto de poder, definindo suas fórmulas básicas. O marketing de Maquiavel é o marketing dos resultados. “Virtude, sorte, audácia, maquiavelismo: atributos do poder, a maior necessidade dos seres humanos” Os modelos de Maquiavel As situações empíricas são as principais fontes de inspiração para Nicolau Maquiavel, no seu livro O Príncipe, busca a “verdade efetiva” e estuda a História expondo que ao longo do tempo as situações vividas se repetem. Portanto, quem quiser ter êxito na política deve conhecer as histórias do passado e aproveitar ao máximo essa privilegiada fonte de ensinamentos. O marketing dos heróis é lição que interessa a todo homem público. Estudar o passado é uma busca por experiências para a vida prática. O conhecimento dos exemplos dos grandes personagens é essencial para a política. Portanto, aquele que estudar cuidadosamente o passado pode prever os acontecimentos que se produzirão em cada estado e utilizar os mesmos meios que os empregados pelos antigos. Imaginar novas soluções para os problemas da sociedade, procurar satisfazer sempre as necessidades e os desejos dos consumidores ou dos governantes, é o mais puro marketing de Maquiavel. O poder é o desejo número um dos seres humanos e a necessidade mais iminente de toda organização social. Pois, sem poder a sociedade não se mantém nem se reproduz. No caso do marketing político, a interação governantes/governados é fundamental, estes exercitam uma troca constantemente. Mesmo que não seja possível seguir fielmente veredas alheias nem alcançar a virtude do modelo imitado, quem age desta forma sempre tira algum proveito. O pensamento de Maquiavel não tem lugar para predestinação divina. A atividade política era uma prática do homem livre de freios extraterrenos, que exigia virtù, o domínio sobre a fortuna. A sorte é mulher Virtù e fortuna são palavras fundamentais para se compreender o marketing maquiaveliano. Para que os homens conquistem e conservem o poder é necessário a combinação desses dois elementos básicos, a virtù é a energia, a capacidade, o empenho, a eficácia, a vontade dirigida para o objetivo, e a fortuna é a sorte, que pode ser boa ou má, é o acaso, são as circunstâncias, a oportunidade. A combinação da virtude e da sorte decide o destino dos políticos. O pré-requisito da liderança é a motivação interior, a força de vontade que induz os homens, individualmente ou em grupo, a enfrentarem a fortuna. O poder vem da força, mas sem virtude o governante não a conserva. O político que se apoia na sorte arruína-se quando esta muda. Maquiavel reconhece que não existe uma forma universal de se alcançar a honra, a riqueza, a glória e o poder, que são os bens da fortuna: “Um com cautela o outro com impulso, um com violência, o outro com astúcia um com paciência o outro com forma contrária; e cada qual por esses diversos meios, pode alcançar o objetivo. ” Saber decidir conforme suas qualidades e as circunstancias, esta é a chave do sucesso. “Porque a fortuna é mulher e consequentemente se torna necessária, querendo dominá-la, bater lhe e contrariá-la; e ela se deixa vencer mais facilmente por estes do que por aqueles que procedem friamente. ” Para Maquiavel, a sorte, como mulher, sempre é amiga dos jovens, pois são menos cautelosos, mais impacientes e com maior audácia a dominam. Heróis do passado clássico Moisés, Ciro, Rômulo, Teseu, Alexandre Magno, Dario III, César, Pompeu, os irmãos Graco, Pirro, Filipe da Macedônia, Davi e Golias, Aquiles, Cipião, Xenofonte, Aníbal, Hierão de Siracusa, Pelopídas e Epaminondas, Marco Aurélio, Alexandre Severo, Cômodo, Caracala, Juliano, Heliogábalo, heróis do passado clássico invocados por Maquiavel, com os quais dialogou imaginariamente em busca de arrancar a melhor experiência da política de cada um, assinalaram, nas páginas da História, sua passagem pela vida e pelo poder. Emergem em maquiavelismo e marketing. Tudo para o poder! Tudo pelo poder! A inspiração dos príncipes modernos A análise do comportamento dos príncipes modernos, os quais Maquiavel conviveu e conheceu de perto, que se articulavam no terreno movediço da política renascentista, eram capazes de usar todos os meios para alcançar e manter o poder. Esta é a definição mais utilizada para o termo maquiavelismo. Francesco Sforza, típico condottieri, traiu seus chefes, uniu-se aos inimigos, conquistou a cidade e se fez proclamar Duque. Fernando, o Católico, é fundador de um Estado nacional moderno, a Espanha. O conflito com os muçulmanos na península, que depois estendeu para a África, forneceu-lhe seu elemento de marketing mais significativo, a religião. Ele usou o cristianismo como bandeira e também para acobertar sua conduta de “piedosa crueldade”. Porém, Fernando não costumava cumprir os acordos nos quais empenhava sua palavra. Sisto IV recorre ao nepotismo para atingir seus objetivos. Ele não conseguiu expandir o território da Igreja, como pretendia, nem estabelecer plenamente sua autoridade. Sua sucessão foi marcada pela disputa entre os clãs dos Bórgia e dos Della Rovere, sendo que este elegeu seu candidato, Inocêncio VIII, um papa sem dinamismo. A ascensão dos Bórgia ao trono papal marca um momento culminante do maquiavelismo, na Igreja e na vida política italiana. Rodrigo Bórgia tornou-se papa à base do dinheiro, deu início a um pontificado de cinismo, falsidade, traições e assassinatos. Lucrécia é a mais expressiva figura feminina do cenário político da época. É um instrumento das ambições do pai, Paul Larivaille, e de seu irmão César. Casa-se sucessivas vezes com figuras importantes, cujas alianças interessam à família. César Bórgia, nascido em 1475, cardeal desde 1493. Ele foi o executor da política de hegemonia traçada pelo pai. Seus tenentes tramaram contra ele, mas César consegue dividi-los e atraí-los para uma armadilha onde seriam assassinados. Feito que impressiona vivamente a Maquiavel. Morreu em combate, em 1507. Júlio II, chamado de “o Terrível”, é um obcecado pela grandeza da Igreja. Faz do seu pontificado uma sucessão de guerras. Impôs a ordem e a paz, e consolidou os territórios pontifícios. Comercializa tudo, desde os altos cargos aos benefícios, passando pelas indulgências. Deixa a Igreja em excelente situação financeira e política. Estes e muitos outros dão bem a dimensão e a complexidade do cenário humano das formulações de Maquiavel. “Podendo, o Príncipe não deve se afastar do bem. Se necessário, não pode ter dúvida em praticar o mal. ” Lições ao Príncipe Príncipe, na obra maquiaveliana, é o principal cidadão do Estado, de acordo com o sentido que o vocábulo tinha na Roma Antiga. Príncipe, hoje, é todo aquele que detém o poder executivo, em qualquer dos escalões, quer seja no espaço público ou na área privada, príncipe é todo aquele que conquistou, de alguma forma, autoridade legítima sobre outros seres humanos. Para Maquiavel, todos os Estados que existem ou já existiram foram repúblicas ou monarquias. As monarquias ou são hereditárias ou fundadas recentemente, sendo que estas últimas podem ser totalmente novas ou acréscimos anexados a um domínio hereditário. Onde o poder deriva do patrimônio e os privilégios do mando, da decisão, se transmite hereditariamente é muito menor a dificuldade para manter o poder: “Basta para isso evitar a transgressão dos costumes tradicionais e saber adaptar-se a circunstâncias imprevistas. ” Nos espaços políticos onde, embora não haja uma hereditariedade formal, o exercício do poder por uma pessoa ou um grupo tornou-se tradicional. Não é fácil perder o controle de um espaço onde o poder é consolidado. Quando eventualmente ocorre, o mais comum é a sua reconquista. As dificuldades aparecem nas monarquias novas, ou seja, nos espaços de poder onde é possível a renovação dos governantes. Ninguém ocupa o poder sem desalojar privilégios, assim, os que foram prejudicados se transformam em adversários ou continuam inimigos. Mas o governante sofre também o desgaste por não poder contentar todos os que o apoiam e nem agir severamente contra esses, em função dos compromissos e obrigações contraídos. Essa realidade se verifica muitas vezes no Terceiro Mundo, onde as expectativas do povo em relação ao governo são muito fortes. Em uma sociedade frágil, todas as esperanças e responsabilidades são depositadas aos governantes, que só consegue fazer o seu sucessor. Corrigir os pontos fracos é uma questão fundamental na política, é uma preocupação constante para quem exercita o marketing do poder. A guerra da informação Na conquista de um espaço com língua, leis e costumes diferentes, cujos códigos são diversos dos utilizados pelo conquistador, são grandes as dificuldades a vencer, sendo necessários boa sorte e muito trabalho para mantê-lo. A informação é matéria-prima essencial para o bom governante. Atualmente ele pode contar com sofisticados métodos de pesquisas que possibilitam o conhecimento das tendências e opiniões do seu público interno, do mercado e do eleitorado. Através disso, percebe logo e rapidamente pode corrigir os problemas, prevenir distúrbios e combater as insatisfações. Aquele que governa deve manter canais de comunicação de mão dupla e possibilitar aos súditos a manifestação de suas opiniões, inclusive para verificar se o seu projeto administrativo está sendo bem executado e bem assimilado. Maquiavel compara os assuntos do Estado com a tuberculose em sua época. No princípio, é fácil a cura e difícil o diagnóstico. Com o decorrer do tempo, é fácil o diagnóstico e difícil à cura. Só os políticos prudentes conseguem ver de longe os males que virão e providenciar, assim, a cura rápida. A boa informação e a prudência do governante conduzem à decisão acertada. “As guerras não podem ser evitadas e, quando adiadas, só trazem benefício para o inimigo. ” Não se deve contemporizar, os problemas devem ser enfrentados de imediato, encarando-se logo as realidades desagradáveis. Os limites da ambição Outro remédio eficaz para a manutenção dos espaços conquistados consiste na implantação de colônias em um ou dois lugares que constituem posição-chave no território conquistado. Criar colônias, hoje, representaria a instalação de núcleos que executem a linha política do governante. “Nota-se que é preciso tratar bem os homens ou então aniquilá-los. Eles se vingarão de pequenas injúrias, mas não poderão vingar-se das grandes; por isso, só devemos injuriar alguém se não tememos sua vingança. ” A conquista é o objetivo do jogo político. É legítimo que todos os participantes pretendam o poder. Mas é preciso que o candidato saiba avaliar muito bem as suas possibilidades, porque nada desgasta mais o político do que perseguir um objetivo muito acima de suas forças. O bom senso dá o limite da ambição. Sorte, força, crueldade Quem cria o poder de outrem se arruína, pois, de fato, ninguém governa o governante. Maquiavel também analisa o quadro onde o governante é obrigado a impor sua autoridade sobre um espaço acostumado à liberdade ou às suas próprias leis. Nesse caso, ele coloca três hipóteses: a destruição do espaço conquistado; a decisão de ocupa-lo fisicamente, indo habitar ou conviver pessoalmente; ou, preserva-lo na sua integridade, instituindo uma administração composta por poucas pessoas do próprio lugar conquistado que mereçam a confiança do príncipe. Ascender à condição de príncipe pressupõe virtude ou boa sorte. O povo muda facilmente de opinião, sendo assim, os profetas armados venceram e os desarmados fracassaram. Além das virtudes e da sorte, o cidadão pode chegar ao principado por meio de crime e com armas alheias. As crueldades bem usadas (se do mal for lícito falar bem) são as que se praticam pela necessidade de chegar ao poder ou nele se firmar, mas que depois são abandonadas em troca de ações úteis para os súditos. Na vida cotidiana e na política são muitas as circunstancias em que pessoas chegam ao poder sem ter se preparado para isso. A força do povo Maquiavel chama de governo civil aquele no qual o governante chega ao poder pelo favor dos seus concidadãos. O povo sempre deseja evitar a opressão dos poderosos. Ele considera que quem chega ao poder com a ajuda dos ricos tem mais dificuldades de se manter do que quem é apoiado pelo povo, já quem se apoia na força popular governa por si só. As tropas e o cuidado da guerra O príncipe deve providenciar para que seus súditos não temam as crises e tenham como sobreviver por um bom tempo, independentemente das circunstancias desfavoráveis. A base de todo poder, segundo Maquiavel, são boas leis e boas armas, só pode haver boas leis onde há boas armas. “Um príncipe inteligente nunca permanece ocioso nos tempos de paz, mas com habilidade procura formar cabedal para poder utilizá-lo na adversidade. ” Maquiavel recomenda a caça como exercício para a guerra, pois ela ensina a natureza da terra, a posição das montanhas, a abertura dos vales, a extensão das planícies, muito útil em tempos de guerra. Ser ou parecer: as qualidades do príncipe Para Maquiavel, os homens não são bons. Portanto, quem quiser praticar sempre a bondade em tudo o que faz está condenado a penar entre tantos que são maus. Os homens ofendem mais a quem amam do que a quem temem. As aparências e os resultados A preocupação principal deve ser com a aparência, suas palavras e suas ações devem transparecer virtudes, de modo a que aqueles que o vejam e ouçam fiquem com a imagem de ter piedade, fé, integridade, humanidade e religião. No marketing maquiavélico, os fins justificam os meios, este é seu princípio mais discutido e mais praticado. Os caminhos do ódio Quando o príncipe conta com o povo ao seu lado, o governante nada tem com que se preocupar, em termos de conspiração, mas quando os súditos o odeiam as ameaças vêm de todos os lados. Fortalezas e as grandes obras No marketing maquiaveliano não há lugar ao “dividir para reinar”. Essas divisões no interior do seu próprio território podem ser úteis para manter o poder em tempo de paz, mas nos momentos decisivos demonstram sua fraqueza. Os príncipes somente adquirem grandeza quando conseguem superar oposição e dificuldades. Não existe glória sem sacrifício. Pode-se dizer que a melhor fortaleza é construída com o afeto dos súditos, pois as fortificações não salvarão um príncipe odiado pelo povo. A grandeza do príncipe Nenhum governante deve abrir mão de grandes empreendimentos e bons exemplos. A neutralidade e a dubiedade não costumam conduzir ao poder e a glória. Liderar é impor confiança, governar é decidir. Maquiavel recomenda ainda aos governantes que se mostrem amantes da virtude, deem preferência aos mais capazes e honrem os melhores em cada atividade. A grandeza do príncipe depende muito dos seus auxiliares. Ninguém governa só e cada qual monta sua equipe à sua imagem e semelhança. Apenas com marketing não se governa, e sem marketing não é possível governar. Decidir o destino de terceiros, distribuir o bem e o mal, eis o que aproxima os príncipes dos deuses e dos demônios. É isso, que os liga a Maquiavel e ao marketing político. O marketing do herói Charles De Gaulle foi um general muito admirado pela sua audácia e patriotismo a sua terra natal, a França. Após ter uma experiência em 1915, já como capitão, de ser aprisionado e levado a Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial, em 1930 aos 40 anos, já era tenente-coronel. Em sua época de exército, tinha fama de não-conformista e excêntrico, e seu pensamento militar pode ser resumido em três palavras: contingência, caráter e máquina. Seus subordinados sofriam com seu rigor e os superiores se irritavam com a sua fraqueza. A primeira vez que o mundo soube da existência do general, foi em meados de 1940, época da introdução a Segunda Guerra Mundial comandada pelos alemães nazistas. De Gaulle, aos 49 anos, não era aclamado por multidões, suas primeiras aparições foram pela rádio BBC de Londres, aonde fez um apelo épico ao povo francês, suplicando para todos os patriotas a unirem-se a ele na resistência ao governo legal do seu país (comandado pelo general Pétain, na época), em completa submissão ao invasor nazista, que em junho de 1940, ataca a França, que, atrelada a conceitos defensivos arcaicos e com um exército despreparado, foi uma presa fácil. O General Pétain, figura da Primeira Guerra Mundial, comandava um governo sem fibra, incapaz de um gesto de grandeza diante a situação, que após salivar sua frase de derrota “lhes digo que devemos abandonar a luta’’, os franceses se rendem ao nazismo. Desse modo, a França cai de joelhos ante o invasor, Pétain inicia uma prática colaboracionista. De Gaulle, com todo o seu entusiasmo, salienta que “nem tudo estava perdido, que a sua confiança e esperança na França não estavam mortas”. Porém, ao ver que a França desmoronava, ele rejeitou a capitulação e decidiu continuar a luta da Grã-Bretanha e da África do Norte, mas não deixou de usar sua voz de comando no rádio para convocar militares franceses para lhe ajudar nessa luta, o general se recusava a seguir em comando de militares não franceses. De Gaulle aproveitara todas as suas oportunidades de comandar que lhe apareciam na época, acreditava no marketing do herói que assumia. Devemos colocar em pauta que, uma guerra não se vence sem marketing, sem posicionamento, pois marketing é estratégia e tática. O rádio era o maior aliado de De Gaulle durante a ocupação nazista na França, e foi por meio do rádio que suas palavras de proclamação davam esperança aos franceses, mas infelizmente eram apenas frases de efeito, ou seja, seu reconhecimento como líder de todos os franceses livres. Mais tarde, o general sentiu-se guiado por uma “força do destino”, uma visão providencialista. E, no seu marketing pessoal se colocava em mesma linha aos grandes salvadores da pátria, como Joanad’Arc e Napoleão. Então, De Gaulle ocupou o espaço vaziou da liderança francesa, e partiu decidido a busca do seu destino que, conforme entendia, era também o destino da França. Na rádio, referiu-se a França como um governo em dissolução, escravizado pelo inimigo, pois nem suas instituições estavam ativas, e aos líderes franceses, esta realidade chegou como ofensa, colocando todos contra De Gaulle, chegando até a sua proibição de discursar na rádio. Porém, foi através da sua força que De Gaulle sustentou durante a guerra inteira uma verdadeira ficção, uma França que, de fato, não existia. Por força de seus argumentos, ele conseguiu comandar um sentimento de resistência, empalmando um comando que, na verdade, não exercia. Pela rádio, que também estimulou os maquis; que a operação Overlord fora lhe apresentada pronta e acabada. E concluíram que, De Gaulle era o governo francês, era ele a verdadeira encarnação da legitimidade francesa. Em 1946, o general, contrariado com as diferenças que separavam o governo da Assembléia, retirou-se para meditar, proclamando que deveria sair de cena, mas, todos sabiam que ele voltaria, e em 1958, pela rádio e pela televisão, volta-se a se comunicar com a nação. Em alto a crise argelina, em 1960, através dos meios de comunicação, se colocou de fronteira para impedir os rebeldes. Foi através da comunicação que ele venceu a questão argelina, tirou a França da era colonial e provocou o elogio de Mao Tsé-tung, que o considerou o maior estadista do seu tempo, porque dissera ‘’Não’’ aos nazistas, e além de chefe do governo, De Gaulle era seu próprio porta-voz. Ao se candidatar presidente da França, a novidade chegou nos políticos de oposição que o atacaram na televisão, causando um forte impacto, que em quinze dias, De Gaulle perdeu 15% das preferências, mas acabou ganhando no segundo turno. Na crise de 1968, quando a juventude se rebelara, De Gaulle volta a televisão, e admitiu mudar o que fosse necessário, ” abrir para o futuro um caminho mais largo para o sangue novo da França”. Após passar uma figura esgotada e deprimida, De Gaulle volta com sua voz na rádio, e em 1969, sua força se esgotara. Jesus Cristo e o marketing da salvação Os Evangelhos de Marcos, Lucas, Matheus e João, podem ser consideradas as passagens mais bem-sucedidas peças de propagandas da fé produzidas no mundo ocidental, e são consideradas por estudiosos como a pedra angular do marketing cristão, dentro do ambiente hostil do Império Romano. Nenhum evangelista conheceu Cristo, eles apenas tiveram acesso ás suas palavras através de terceiros, pois Cristo nada escreveu, apenas falou. O objetivo primordial dos Evangelhos não era documentar a história, e sim o de fazer propaganda da fé, não se preocupavam eles com a precisão biográfica, mas com a essência do testemunho religioso. O cristianismo primitivo usou do marketing e da propaganda para sobreviver, difundir a sua fé, acrescentá-la e fortalecê-la. Cristo era a combinação de uma vida em carne e osso, com a aura de divindade, e expressava a encarnação de antigas visões messiânicas do povo judeu. O “Filho do Homem” emerge, agora, como ser sobrenatural, que existia desde a criação do mundo e seria enviado à Terra para cumprir os desígnios de Deus. O povo judeu admitia o advento de um Messias, um cordeiro a ser imolado para purgar os pecadores, e que ressuscitaria após a sua execução. Cristo, nos momentos finais e decisivos da sua vida, assumiu de modo claro, incisivo e indiscutível o caráter da sua missão. A mensagem do reino que não é deste mundo foi apreendida e assimilada pelos discípulos, após o impacto inicial da prisão, julgamento e execução do Mestre. Os que condenaram Cristo pensavam que sal morte por crucificação estaria desmoralizando um falso Messias, por sinônimo do mais doloroso martírio, a cruz virou símbolo do passaporte para o Reino Eterno. A prática do fazer o bem, e o perdão, eram elementos marcantes na doutrina de Cristo, especialmente se considerarmos que a vingança era consagrada pela lei e pelo costume. O cristianismo estava aberto a todos os seres humanos, sem restrições de sexo, raça, classe, ou nação, a igualdade fundamental entre todas as pessoas, e se isto não mudou as condições de vida das camadas sofredoras, pelo menos lhes deu um pouco de respeito e esperança. Os seus sucessores, traçaram a estratégia correta para a expansão da tal doutrina: encarar o centro do mundo, o coração do Império. Eleger como adversário o inimigo mais forte. No início, as pregações do cristianismo anunciavam o breve retorno de Cristo para estabelecer o Reino do Céu sobre a Terra, e depois vieram os Atos dos Apóstolos e as Epístolas, para convencer pessoas de lugares remotos. A originalidade era indispensável, e o celibato e a virgindade foram erigidos em ideal, porém, símbolos que não existiam, foram surgindo com a necessidade de propagação da fé. Podemos analisar e que um fator para a divulgação do cristianismo foi fornecido pelos próprios inimigos. Quando o Império Romano lançava os cristãos a morte publica, na arena, estava formada a audiência decisiva para o triunfo do cristianismo. O estoicismo dos cristãos diante da morte, a confiança na vida eterna demonstrava por levas inteiras de homens e mulheres de todas as idades. No momento em que a vida ficou difícil neste mundo, também os romanos sucumbiram à atração da promessa de uma vida eterna, a cruz ocupou o lugar. O marketing das trevas Através do trabalho o homem alcançou a condição de único ser capaz de impor transformações sociais à natureza, e junto a isso veio a consciência das circunstâncias de sua existência e o entendimento da morte. Conhecimento e angústia são companhias inseparáveis. E, para amenizar as rudes relações com o meio físico e com os demais seres humanos, o homem inventou o marketing, muitos milênios atrás. A princípio, não tinha esse nome e não sabiam a dimensão que alçaria na sociedade capitalista. Mas era bastante usado, principalmente pelos círculos de poder, tanto político quanto religioso. As religiões em geral, desenvolveram, de forma eficiente, um sistema de marketing e propaganda, com o intuito de envolvê-las nos seus princípios e ensinamentos, conquistar seus corações e mentes. Esse marketing religioso trazia a imagem de recompensas a ser obtidas nesta vida ou em outra, prometida para depois da morte. Essa ideia de uma vida melhor nessa vida, ou no mundo após a morte persiste até hoje. Recente pesquisa realizada nos Estados Unidos mostrou que uma grande maioria das pessoas acredita em Deus, mas também crê na existência do demônio, do Satanás. E para muitas pessoas o demônio é uma força viva e presente no dia a dia, capaz de seduzir e conquistar homens e mulheres, e que exige, para que haja libertação, complexas operações de exorcismo, combinando rituais da Idade Média com os requintes eletrônicos da mídia contemporânea. E, mesmo sem ter uma instituição que disciplinasse e coordenasse as ações do “Marketing das Trevas”, ele sobreviveu. O mito da propaganda nazista A Segunda Guerra Mundial foi, sem dúvidas, um conflito peculiar, pois certamente nenhuma outra guerra anterior mobilizou um aparato técnico e humano tão significativo, incluindo uma estrutura de propaganda capaz de administrar sentimentos e reunir multidões. Cada época encontra a maneira adequada de grupos “venderem” suas verdades, transformando-as, mesmo que momentaneamente a tese válida para todo o corpo social. Sendo assim, o nazismo também encontrou o seu caminho, e de forma bastante criativa e competente. A propaganda de massa foi explorada de modo extremamente eficaz, com ênfase na mídia eletrônica, mais especificamente pelo rádio, e ajudou no avanço significativo da comunicação. Um fato bastante questionado é de como Hitler e seus seguidores conseguiram enganar por tanto tempo um povo culto, como o alemão. Mas na verdade, não foram enganados pela propaganda nazista, foram manipulados seus sentimentos de maneira bastante eficaz. É preciso ressaltar que Hitler alcançou grande êxito somente após 1929, quando a crise que abalou o capitalismo mundial se abateu vigorosamente sobre a Alemanha, que ainda não havia se recuperado de 1914-18. Foi então que o nazismo ganhou impulso, em poucos anos, de um partido sem expressão transformou-se em grande força. Apesar de nem todos os alemães apoiarem o nazismo, como democratas, comunistas e socialistas, a maioria era favorável. Goebbels, o grande feiticeiro da propaganda nazista, afirmava que “uma mentira dita uma vez é apenas uma mentira, mas repetida mil vezes se converte em verdade”, mas Hitler não enganou os alemães, já que propaganda não transforma mentira em verdade. A força ideológica Ideologia é um sistema de ideias que justifica as relações dos homens entre si ou com a natureza. Sendo assim, pode-se perceber que a preocupação da ideologia nazista estava moldada para justificar suas posturas e atitudes. A superioridade racial era muito bem acolhida pelo povo alemão, além dos judeus serem alvos, e da ideia da traição imposta por Hitler. No entanto, a população não é enganada, mas estabelece, com seus ideólogos uma postura de cumplicidade, quer no futuro pode dar margem a ideia de “eu não sabia”. No caso do nazismo, o povo alemão participou do processo, sabendo muito bem o que fazia. Hitler e Goebbels: a máquina de conquistar mentes Uma grande e genial criação do nacional-socialismo foi a propaganda, que construiu uma larga rede de convencimento político do nosso século, mobilizando mentes de um povo inteiro. Por trás dessa rede de convencimento havia duas mentes brilhantes. Uma que formulou os conceitos e outra que as colocou em prática. Hitler e Goebbels. Hitler, um grande formulador e conhecedor das técnicas e estratégias da comunicação. Propaganda política representa uma mistura de técnica, arte e ideologia. A diferença desta está na arte de quem executa e na ideologia que dissemina. PARTE II A administração Maquiavélica O objetivo é apresentar uma pequena análise do comportamento de Maquiavel, grande pensador político da Idade Média. Guerra, liderança, empresas, mercado concorrido, executivos cada vez mais preparados para qualquer desafio, espionagem, compra de informações, chantagem, corrupção, compromisso, trabalho. Varias destas ações são corriqueiras no meio administrativo. Tudo tem dois lados, pontos de vista, meios de se chegar lá. Não diferente de uma guerra prestes a estourar, administrar grandes patrimônios se faz cada vez mais difícil. Executivos de hoje são como os príncipes da Idade Média aconselhados por Nicolau Maquiavel. Estão cada vez mais visados, cada vez com mais campos de trabalho e a cada dia se abrem novas áreas pra se administrar. Analisando com um olhar administrativo, concluiu-se que Maquiavel olhava a política de com um olhar de administrador. Isso na Idade Média, onde sequer havia uma teoria para o conceito de administrar. Com um incrível poder de observação Nicolau formulou uma maneira atemporal de administrar tanto impérios como indústrias, empresas, lojas e até lares. Para tudo se tem um jeito de administrar. Enquanto usamos o termo “maquiavélico” para uma ação ou um plano maléfico, analisando a fundo podemos mudar essa ideia. “Maquiavélico” pode ser usado no meio administrativo como um conceito da boa arte de administrar. Confrontando os conselhos de Nicolau aos seus líderes compreendemos melhor como suas ideias eram atemporais. As cinco funções do administrador x Conselhos maquiavélicos. Um administrador eficiente e eficaz que atinge a excelência tem cinco funções: planejar, organizar, dirigir, gerar e controlar. 29.1. Planejar. Sem planejamento não há concretização. Só se mantém no poder quem sabe planejar seu ataque. Do contrário conquistará poder mas não saberá se manter nele por muito tempo visto que não sabe o próximo passo. “Procederá, assim agindo, como um prudente arqueiro, que, sabedor da distância que a qualidade de seu arco permite-lhe atingir, e, reconhecendo como demasiado longínquo o alvo escolhido, fixa a pontaria num ponto muito mais alto que o estipulado, esperando, não que a sua flecha alcance uma tamanha altura, mas poder, ajudado pela mira mais alta, atingir o ponto visado. ” (O Príncipe, pag. 24) 29.2. Organizar. Como se encontrar em meio um lugar sem começo nem fim? Não há quem possa exercer qualquer comando executivo em um lugar sem organização. Administrativamente temos como conceito de organização o agrupamento de tarefas Em equipes ou departamentos e alocação dos recursos necessários nas equipes e nos departamentos. A organização, portanto, é o processo de engajar as pessoas em um trabalho conjunto de uma maneira estruturada para alcançar objetivos comuns. Não é algo de pouca importância para um príncipe [executivo] a escolha de seus ministros... O primeiro juízo que, por conjectura, formamos das faculdades intelectuais de um soberano ampara-se no conceito que fazemos dos homens que ele tem em torno de si. (O Príncipe, pag. 112) 29.3. Dirigir. O objetivo que falamos no processo de organização é o foco do processo de direção. Encaminhar a organização empresarial para um foco é uma qualidade nata de um líder. Maquiavel, agia, com seus conselhos, exatamente nesta área. Fazia a concepção de todo o processo, mas, como um pensador da arte de liderar, olhava sempre pra onde queria chegar. Direção é o centro de todo um processo que quer culminar na excelência de uma caminhada até as conquistas. Requer a união da eficácia com a eficiência. Requer excelência para atingir objetivos. 29.4. Gerar. Das funções esta é a que menos cabe ao administrador. Neste ponto de ação a geração de recursos só vai se concretizar se todos os passos anteriores forem bem colocados. Neste ponto vemos uma parte das qualidades do administrador, é aqui que veremos se foram bem plantadas as sementes nos processos anteriores. Nicolau baseasse em experiências de grandes homens para dar seus conselhos muito bem observados. Os reinados da época não exigiam de um príncipe um dom de gerar recursos como exige hoje de um administrador. Mas exigia que seus governantes gerassem outras coisas que não recursos monetários que eram extorquidos da população com os impostos, exigiam a geração da segurança para o povo e da paz através da diplomacia. 29.5. Controlar. Aí está uma qualidade rara nos executivos contemporâneos, mas um adjetivo nato para os príncipes em comparação, executivos controlam através de seu modo de liderança. Os príncipes controlavam através de seus exércitos. Muitos souberam ser mais inteligentes e controlar com seu carisma ou bondade. Controle é a função administrativa relacionada com a monitoração das atividades a fim de manter a organização no caminho adequado. Maquiavel e a liderança. Não há conselhos “maquiavélicos” que possam dar certo sem o espírito de liderança. Príncipe ou CEO precisam saber fazer com que todos confiem neles e trilhem o caminho que foi indicado. Maquiavel demonstra em toda sua obra um amplo mapa de caminhos a serem tomados, estratégias para ganhar poder nas entrelinhas do bem ou do mal. Mas nada seria possível sem ter no Nobre a saliência nata de liderança. Conclusão. Do conhecimento capitado do estudo e analise da obra Maquiavel, o Poder: História e Marketing é possível se extrair inúmeras características para se levar para a vida particular, para o trabalho, ou seja, lá qual for a situação que se encontra, pelo motivo de que através de sua filosofia amoral Maquiavel passa a ideologia de homem, e as informações ideais para um líder, governante, ou gestor conseguir ter sucesso mostrando também como a sua estratégia e auto publicidade, ou marketing pessoal moveram multidões e mudaram consideravelmente o futuro da história, como exemplo disto, o livro estudado aborda a vida e obra de alguns líderes, entre eles, Jesus Cristo que principalmente nos evangelhos de Marcos, Lucas, Matheus e João, consegue se apresentar a ideia das propagandas de fé produzidas no mundo, ou então o que se considera seu oposto, Hitler que foi um dos maiores “vilões” do fascismo pelo mundo ajudado por Goebbels, que na sua pregação, mobilizou todo uma nação dentro de seu pensamento, que fez isso através de um genuíno pensamento de técnicas e estratégias de comunicação. O que pode se conceitualizar como propaganda política, ou seja, uma mistura de técnica, arte e aplicação ideológica. Porem deste também se extrai benefícios para empresários, como formas de liderar, de pensar, de gerar objetivos cooperativos, ou até mesmo como apoio motivacional para se pôr em obra aquilo que como gestor se teme. Referencias Disponível em: <http://www.administradores.com.br/> acesso em: 12 ago. 2015. JUNIOR JOSE, Nivaldo. Maquiavel o Poder – História e Marketing – Col. A Obra – Prima de Cada Autor. 3ª. São Paulo. Editora Martin Claret Ltda., 2005. 68 pag. 1