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Este livro reúne, num único volume com cerca de 1200 páginas, os papéis que o autor de Luuanda escreveu e coligiu durante 10 anos de prisão. São 17 cadernos de sonância diarística cuja materialidade é composta por aproximadamente 2000 frágeis folhas manuscritas constituídas por diversos fragmentos: anotações diarísticas, correspondência, postais e desenhos, cancioneiros populares recolhidos junto de outros prisioneiros, esboços literários e exercícios de tradução, ditos e textos em quimbundo, recortes jornalísticos, apontamentos. São um depósito de material fecundo, onde Luandino Vieira expôs as suas angústias, os seus sonhos, os seus projetos políticos e literários, e evidenciou o projeto comunitário de Angola como o veículo da união e resistência coletiva. Além do extremo interesse e valor documental, testemunhal, da obra para o conhecimento da História de Angola e de Portugal, e da luta anticolonial – mormente da importância da luta política clandestina – , os escritos aqui reunidos têm igualmente uma não despicienda vertente literária.
Papéis da prisão, de Luandino Vieira: ensaio de narrativa documental, 2021
Literatura e Autoritarismo, 2018
Neste trabalho, seguindo as linhas mestras definidas por pesquisas históricas (Buntman 2003; McEvoy 2015), exploro o conceito de resistência no contexto da prisão, destacando como as condições materiais são essenciais para que haja resistência, e para determinar a forma que esta assume. À luz des-tas considerações, procedo à análise de alguns aspetos da obra Papéis da Prisão (2015), de José Luandino Vieira. Feito preso político durante a luta pela independência de Angola, José Luandino Vieira escreveu a maior parte de sua literatura de ficção durante a reclusão, além de dezessete cadernos de apontamentos que foram recentemente publicados com o título Papéis da Prisão. O meu objetivo não é só analisar os Papéis como exemplo de resistência em si, mas também observar as diferentes práticas de resistência que a obra descreve
Literatura como instrumento de revolução – a reflexão de José Luandino Vieira a partir dos Papéis da prisão, 2021
Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, Transições, 2023
Capítulo no livro Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, Transições, organizado por Silvio Renato Jorge, Renata Flávia da Silva e Daniel Laks
Veredas - Revista da Associação Internacional de Lusitanistas, 2023
Papéis da Prisão (2015), do angolano José Luandino Vieira, publicação que reúne material produzido ao longo de 12 anos de reclusão, permite ao leitor não só o contato com a própria prática da escrita como artifício de resistência ao cárcere – uma vez que eram necessárias estratégias que afrontavam o contexto para a produção, preservação e circulação dos Papéis – mas também com a busca pelo desenvolvimento de uma estética que atendesse à necessidade expressiva da complexidade que o escritor tencionava figurar. A reinvenção linguística e formal exercitada ao longo dos 17 cadernos permite notar a apropriação da língua portuguesa como “despojo de guerra” (VIEIRA apud. CHAVES, 1999, p. 167) e o investimento em sua transformação, convocando outras matrizes de pensamento e expressão como forma propositiva de arquitetar uma dicção que desafiasse os limites do idioma da ordem colonial. Valorizando elementos outrora subjugados pela dinâmica do império, a radicalidade do projeto literário permite afirmar um empenho do escritor, “dentro de [seu] particular campo de acção – o estético” (LABAN, 1977, p. 91), em construir uma obra capaz de contestar o projeto de dominação em sua integridade.
Abril – NEPA / UFF
O estudo focaliza as estratégias adotadas pelo narrador para narrar o vivido na obra O livro dos guerrilheiros – 2º volume da Trilogia De rios velhos e guerrilheiros (2009), de Luandino Vieira. Parte da hipótese de que o ato de narrar o vivido, proposto pelo narrador, pode ser pensado como um tipo de “escrita de si”, na perspectiva de Judith Butler, por meio da qual ele se institui como um sujeito reflexivo, que conta sua história e a dos guerrilheiros imbuído de um valor ético que envolve um compromisso consigo mesmo, com o outro e com a história de Angola.
Importantes fontes para o trabalho historiográfico, os diários, cartas e outros escritos da prisão estão longe de estar mapeados nos vários arquivos institucionais e privados de Portugal e dos países do seu antigo império. Dois diários do cárcere recentemente publicados em Lisboa e um conjunto de relatórios prisionais apreendidos pela PIDE são o mote para uma reflexão sobre a importância desse empreendimento, promovido pelo IHC da FCSH/Universidade Nova de Lisboa. PROGRAMA RELATÓRIOS DE PRISÃO: UMA OUTRA FACE DE DIÁRIOS DO CÁRCERE, por Irene Flunser Pimentel, IHC-FCSH/NOVA ESCREVER É RESISTIR – PRÁTICAS DE RESISTÊNCIA NOS PAPÉIS DA PRISÃO DE JOSÉ LUANDINO VIEIRA, por Elisa Scaraggi, CEC-FL/UL DIÁRIO DE PRISÃO, ESPAÇO DE LIBERDADE, por Luaty Beirão, músico, activista de direitos humanos e autor de "Sou eu mais livre, então" DEBATE Moderação: Helena Pinto Janeiro, IHC – FCSH/NOVA 5 de Junho de 2017, 18.30h | FCSH/Universidade Nova de Lisboa |Av. de Berna, 26 C | Sala T12 (Torre B, 3º Piso) | Entrada livre, sujeita à lotação da sala | Informações: helena.pinto.janeiro@fcsh.unl.pt
Patricia Alejandra Faúndez Ríos, 2019
Восток (Oriens), 2022
International Journal of Academic Research in Business and Social Sciences
La scelta della nostalgia, 2024
História Geral da África X: África e suas diásporas, 2023
International journal of GEOMATE : geotechnique, construction materials and environment, 2016
Annals of the Rheumatic Diseases, 2020
Journal of Korea Facility Management Asoociation, 2019