VESTIBULAR 2018.1
P R O V A O B J E T IV A D E T E O R IA E P E R C E P Ç ÃO M U S IC A L
Prova Objetiva de Teoria e
Percepção Musical
NOME DO(A) CANDIDATO(A)
Instruções
___________________________________________
Atenção!
___________________________________________
Para fazer a prova você usará:
■ Não é permitido qualquer tipo de consulta durante
a realização da prova.
■ Para cada questão são apresentadas 5 (cinco)
alternativas diferentes de respostas (a, b, c, d, e).
Apenas uma delas constitui a resposta correta em
relação ao enunciado da questão.
■ A interpretação das questões é parte integrante
da prova, não sendo permitidas perguntas aos
fiscais.
■ Não destaque folhas da prova.
■ Você somente poderá entregar sua prova após 60
(sessenta) minutos do início.
■ Os três últimos candidatos somente poderão
retirar-se da sala simultaneamente.
■ Ao se retirar da sala não leve consigo nenhum
material de prova, exceto o quadro para
conferência de gabarito.
■ este caderno de prova;
■ um cartão-resposta que contém o seu nome,
número de inscrição e espaço para sua
assinatura.
Verifique, no caderno de prova, se:
■ faltam folhas e a sequência das questões está
correta;
■ há imperfeições gráficas que possam causar
dúvidas.
Comunique imediatamente ao fiscal qualquer
irregularidade.
Ao terminar a prova, entregue ao fiscal o caderno de
prova completo e o cartão-resposta devidamente
preenchido e assinado.
QUADRO PARA CONFERÊNCIA DE GABARITO
SOMENTE ESTA PARTE PODERÁ SER DESTACADA
01
02
03
04
05
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08
09
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15
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_ Q ue st ã o 1
Abaixo são apresentadas três frases rítmicas de melodias de tradição popular brasileira que possuem muitas similaridades. Você
as ouvirá em ordem embaralhada.
( O áudio desta questão será tocado três vezes)
Maracatu Rural (ou de Orquestra)
I
Balaio
II
Boi de Mamão
III
Assinale a alternativa que apresenta a ordem tocada.
A. (
B. (
C. (
D. (
)
)
)
)
III
II
III
II
II
I
I
III
I
III
II
I
E. (
)
I
II
III
_ Q ue st ã o 2
“Morning has Broken” é um hino cristão originado das ilhas escocesas. Ficou popularizado pela versão do cantor inglês Cat
Stevens, em 1971, no álbum Teaser and the Firecat, atingindo a 6ª colocação no U.S. Billboard Hot 100.
Abaixo a partitura desta melodia é apresentada em quatro fragmentos desordenados. Cada fragmento está identificado por um
número. Analise com atenção os trechos abaixo, em seguida escute atentamente o trecho de “Morning Has Broken” e então
marque a alternativa que apresenta a ordem correta dos fragmentos tocados no áudio.
( O áudio desta questão será repetido 3 vezes).
– C AT S TEVENS
–
A. (
)
B. (
)
C. (
)
D. (
)
E. (
)
Morning Has Broken
Versos de Eleanor Farjeon (1881 - 1965)
Morning has broken, like the first morning
Blackbird has spoken, like the first Bird ...
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_ Q ue st ã o 3
Comentando a trilha sonora de “Star Wars”, Lehman observa que a partitura sinfônica de John Willians é “idiomaticamente
eclética”, pois mescla diversos gêneros e estilos em busca de uma “energia impetuosa” condizente com as aventuras de “heróis
que são maiores do que a própria vida”.1
Ouça um fragmento do famoso tema, e assinale a transcrição correspondente (o áudio desta questão será repetido três vezes).
1
LEHMAN Frank. Hollywood cadences: Music and the structure of cinematic expectation. Music Theory Online, v. 19, n. 4, 2013.
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_ Q ue st ã o 4
Você ouvirá uma melodia de tradição popular alemã em modo menor. Assinale a alternativa que apresenta a correta partitura
desta melodia. ( O áudio desta questão será repetido 3 vezes).
A. (
)
B. (
)
C. (
)
D. (
)
E. (
)
_ Q ue st ã o 5
Johann Sebastian Bach (1685-1750), compositor alemão do período Barroco compôs em 1722 um livro
de prelúdios e fugas em cada uma das tonalidades maiores e menores, O Cravo Bem Temperado (Das
Wohltemperierte Clavier).
Abaixo é apresentado o tema da Fuga nº1 em Dó Maior, do Volume I do Cravo Bem Temperado,
transcrito para uma voz, porém, não apresenta as barras divisórias de compasso nem o correto
agrupamento rítmico que organiza a métrica correspondente. Assinale a alternativa que apresenta a
notação rítmica correta deste tema. ( O áudio desta questão será tocado uma vez).
A. (
)
B. (
)
C. (
)
D. (
)
E. (
)
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_ Q ue st ã o 6
“A Sagração da Primavera” é um balé do compositor russo Igor Stravinsky (1882-1971), estreado em Paris em 29 de
maio de 1913. Foi encomendado pela companhia dos Balés Russos de Sergei Diaghilev, com coreografia de Vaslav
Nijinsky. Devido à sua inovação em complexas estruturas rítmicas, instrumentação, uso de dissonâncias e coreografia
não convencional, a estreia causou um grande choque no público presente no Teatro dos Campos Elíseos. No início
da estreia alguns membros começaram a vaiar alto, enquanto outros aplaudiam de pé. Contudo, Diagilev completou
sua tourneé, sem novos tumultos da audiência. Devido à sua originalidade “A Sagração da Primavera” se tornou um
“divisor de águas” da música do século XX.
Abaixo são apresentados 9 compassos, da melodia da abertura do balé, tocada pelo fagote e transcritos para a clave
de sol. Todavia, as fórmulas de compasso estão omitidas. Tomando como unidade de tempo a semínima marque a
alternativa que apresenta a correta sequência das fórmulas de compasso omitidos abaixo. ( O áudio desta questão
será tocado uma vez).
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_ Q ue st ã o 7
Estude o trecho abaixo, a frase inicial do choro “Sururú na Cidade” de Zequinha de Abreu (1880-1935) e marque a alternativa
que define corretamente as ligaduras que aparecem nos compassos de 1 a 6. ( O áudio desta questão será tocado uma vez).
A. (
)
São síncopes, ligadura que produz um deslocamento de acentuação.
B. (
)
São ligaduras de prolongamento de tempo.
C. (
)
As ligaduras representam contratempos, pois deslocam os tempos.
D. (
)
São ligaduras de fraseado, indicando o início das frases.
E. (
)
São ligaduras de anacruse, pois deslocam o tempo, formando motivos fragmentados.
_ Q ue st ã o 8
“Tico-tico no Fubá”, choro composto por Zequinha de Abreu, ficou imortalizado na voz de Carmen Miranda, e tornou-se uma
das canções brasileiras mais conhecidas no mundo, fazendo parte da trilha sonora de vários filmes de Hollywood.
Analise o trecho abaixo de “Tico-tico no Fubá” e assinale a alternativa que define corretamente as ligaduras que aparecem nos
compassos 1, 2, 5 e 6. ( O áudio desta questão será tocado uma vez).
A. (
)
São síncopes, sons articulados sobre um tempo fraco, ou parte fraca de tempo que se prolongam até
o próximo tempo forte, ou parte forte de tempo, produzindo um deslocamento de acentuação
métrica natural.
B. (
)
São ligaduras chamadas “brandas”, pois suavizam a fluidez rítmica.
C. (
)
De acordo com o teórico musical austríaco Otto von Burnstein são ligaduras chamadas
“intermediárias”, pois se situam bem no meio do compasso.
D. (
)
As ligaduras representam “contratempos”, pois iniciam na parte fraca do tempo.
E. (
)
São ligaduras de articulação, pois ligam notas diferentes.
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_ Q ue st ã o 9
Faça uma análise desta partitura. Trata-se de uma versão da conhecida “Ode à Alegria” de Beethoven elaborada por Frederick
Pease para o livro Jazz composition: theory and practice (Boston, MA: Berklee Press, 2003, p. 168). ( O áudio desta questão será
tocado uma vez).
Assinale a versão com as cifras correspondentes.
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_ Q ue st ã o 1 0
Faça uma leitura silenciosa da partitura abaixo, e assinale a alternativa que identifica o título desta música. O arpejo do tom
principal será tocado para você imaginar o centro tonal da melodia. ( O arpejo desta questão será tocado duas vezes).
A. (
)
Garota de Ipanema, Tom Jobim e João Gilberto
B. (
)
Hino Nacional Brasileiro, Francisco Manuel da Silva
C. (
)
Parabéns a Você, Mildred Hill e Patty Hill
D. (
)
Eu sei que eu vou te amar, Tom Jobim e Vinícius de Moraes
E. (
)
Noite Feliz, Franz Gruber
_ Q ue st ã o 1 1
“Brejeiro” foi o primeiro tango brasileiro de Ernesto Nazareth e foi publicado em 1893 alcançando grande sucesso. Analise o
ritmo da clave de sol da partitura para piano abaixo e assinale a alternativa correta.
A. (
)
São chamados de ritmos “articulados”, todos os valores são colcheias positivas
e negativas.
O ritmo apresentado na clave de sol caracteriza contratempos, em que as partes
fortes dos tempos apresentam pausas e as partes fracas ocorrem notas causando
um deslocamento métrico.
É um padrão rítmico característico da região norte de São Paulo, denominado
kalungobó, em que todas as figuras de duração possuem os mesmos valores, ou
seja, pausas alternadas com notas.
B. (
)
C. (
)
D. (
)
O ritmo apresentado na clave de sol caracteriza contratempos, em que as partes
fortes dos tempos são preenchidos por notas e as partes fracas por pausas.
E. (
)
São ritmos chamados anacrúsicos, ou seja, sempre ocorrem em partes binárias
dos compassos.
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_ Q ue st ã o 1 2
Abaixo é apresentada a partitura de um trecho da Sinfonia nº4 de Franz Schubert (1797-1828). Todavia, o trecho original é para
flauta e soa 3 oitavas acima do que está escrito na transposição abaixo. Assinale a alternativa que mostra corretamente a
partitura original para flauta em clave de sol e 3 oitavas acima do trecho abaixo.
A. (
)
B. (
)
C. (
)
D. (
)
E. (
)
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_ Q ue st ã o 1 3
Analise atentamente a grafia musical dos trechos abaixo. Observe o posicionamento e a direção de hastes,
agrupamentos rítmicos, posição de alterações. Assinale a alternativa que indica o(s) trecho(s) com a correta grafia
musical.
I
II
III
IV
V
A. (
)
Apenas I
B. (
)
Apenas I e III
C. (
)
Apenas II e IV
D. (
)
Apenas III
E. (
)
Apenas III e V
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As questões 14 a 16 referem-se à partitura abaixo, excerto final do movimento IV das
“Seis Peças para Piano opus 19”, do compositor austríaco Arnold Schoenberg (1874-1951).
_ Questão 14
Marque a alternativa que apresenta corretamente todos os intervalos melódicos na ordem indicada no primeiro compasso do
trecho acima:
A. (
B. (
C. (
D. (
E. (
)
)
)
)
)
I.
15ª menor
16ªmenor
15ª menor
16ªmaior
16ªmenor
II.
2ª maior
2ª menor
2ª menor
2ª menor
2ª maior
III.
3ª maior
3ª maior
3ª maior
3ª aumentada
3ª menor
IV.
2ª aumentada
2ª aumentada
2ª maior
2ª aumentada
2ª maior
_ Questão 15
Assinale a alternativa que apresenta corretamente todos os intervalos harmônicos do primeiro acorde do segundo compasso
(do grave ao agudo).
A. (
B. (
C. (
D. (
E. (
)
)
)
)
)
4ª justa
5ª justa
4ª justa
5ª justa
4ª diminuta
4ª justa
5ª justa
4ª aumentada
5ª aumentada
4ª aumentada
3ª menor
3ª maior
4ª justa
3ª aumentada
3ª maior
2ª maior
2ª maior
2ª maior
2ª aumentada
2ª maior
3ª maior
3ª maior
3ª maior
3ª menor
3ª maior
4ª diminuta
4ª aumentada
4ª aumentada
4ª aumentada
4ª justa
_ Questão 16
Analise as proposições e marque (V) para verdadeiro e (F) para falso, e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta,
escrita de cima para baixo.
[
]
[
]
[
]
[
]
A. (
B. (
C. (
D. (
E. (
Nos dois primeiros compassos aparecem tercinas. A tercina do compasso 1 ocupa dois tempos e a do compasso 2
ocupa 1 tempo.
Nos dois primeiros compassos aparecem tercinas. A tercina do compasso 1 ocupa um tempo e a do compasso 2
ocupa 2 tempos.
O símbolo “ > ” que aparece acima do primeiro acorde do segundo compasso é um acento que indica a execução
mais suave que as demais notas.
O símbolo “ ” apresentado no último compasso chama-se fermata e significa um prolongamento temporal que
escapa da regularidade normal dos tempos.
)
)
)
)
)
F–V–F –F
V–F–F–F
V–F–F–V
F–V–V–F
V–F–V–V
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_ Q ue st ã o 1 7
Estude atentamente os quatro trechos melódicos abaixo, e analise as proposições e marque (V) para verdadeira e (F) para falsa.
I
II
III
IV
[
]
No trecho I a classificação métrica é binário simples, a unidade de tempo é uma mínima, a unidade
de compasso é uma semibreve.
[
]
No trecho II a classificação métrica é quaternário composto, a unidade de tempo é uma semínima
pontuada, a unidade de compasso é uma semibreve pontuada.
[
]
No trecho III a classificação métrica é quaternário simples, a unidade de tempo é uma semínima, a
unidade de compasso é uma semibreve.
[
]
No trecho IV a classificação métrica é ternário simples, a unidade de tempo é uma colcheia, a unidade
de compasso é uma semínima pontuada.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, escrita de cima para baixo.
A. (
) V–V–F–V
B. (
) F–V–V–F
C. (
) F–V–V–V
D. (
) V–V–V–V
E. (
) V–F–F–F
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_ Q ue st ã o 1 8
Considerando o intervalo característico que se forma entre a 4 e a 7 notas da escala maior, associe essas sete armaduras de
clave aos intervalos correspondentes.
Armaduras de clave (modo maior)
Intervalo que se forma entre a 4ª e a 7ª notas da escala maior
Assinale a alternativa com a sequência correta, da esquerda para a direita.
A. (
)
3–4–2–6–7–1–5
B. (
)
7–2–4–1–5–6–3
C. (
)
4–2–5–7–6–3–1
D. (
)
6–2–4–7–1–3–5
E. (
)
3–1–2–4–6–5–7
_ Q ue st ã o 1 9
Analise os seguintes acordes:
Considerando os graus que tais acordes podem ocupar no diatonismo maior e no diatonismo menor, marque (V) para verdadeiro
e (F) para falsa.
[
[
[
[
[
] O acorde 1 é encontrado no VII grau de Lá maior e no II grau de Fá# menor.
] O acorde 2 é encontrado no IV grau de Sib maior e no III grau de Dó menor.
] O acorde 3 é encontrado no VI grau de Dó menor, no V grau de Réb maior e no IV de Mib maior.
] O acorde 4 é encontrado no II grau de Fá menor, no VI de Si menor e no V de Ré menor.
] O acorde 5 é encontrado no VI grau de Mi maior, no III grau de Lá maior e no I grau de Dó# menor
Assinale a alternativa com a sequência correta, de cima para baixo.
A. (
)
V –V –F –F –V
B. (
)
F –V –F –V –V
C. (
)
V –F –F –V –F
D. (
)
V –V –V –F –V
E. (
)
V –F –V –V –F
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_ Q ue st ã o 2 0
O termo “politonalidade” diz respeito a um inovador recurso de escrita musical empregado desde as primeiras
décadas do século XX. “Em linhas gerais, a politonalidade consiste na superposição de uma ou mais tonalidades”
(NORONHA, 1998: 22).2 Pode-se então considerar que, na escrita politonal, vamos encontrar a justaposição de
figuras melódicas e harmônicas que, em separado, foram compostas com notas de diatonismos distintos. Analise os
05 trechos musicais, observando os diatonismos superpostos em cada caso.
Após a análise dos 05 trechos que aparecem na página anterior marque [V] para verdadeira e [F] para falsa.
Esta definição e todos os exemplos citados nesta questão encontram-se comentados em NORONHA, Lina Maria Ribeiro.
Politonalidade: discurso de reação e transformação. São Paulo: FAPESP: Annablume, 1998.
2
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[
] No trecho a) a voz mais aguda emprega notas da tríade de Dó maior. Enquanto que,
simultaneamente, a segunda voz arpeja as notas da tríade de Fá# maior. Considerando que estes
dois centros tonais estão bastante distantes e que os intervalos resultantes são predominantemente
dissonantes, esta passagem é lembrada como um famoso marco na história da politonalidade.
[
] No trecho b), na clave de sol, destacam-se notas básicas do diatonismo de Ré maior. Enquanto
que, simultaneamente, na clave de fá, uma estereotipada figura de acompanhamento se mantém em
Lá menor.
[
] Nos primeiros dois compassos do trecho c), na clave de sol, a melodia mostra notas diatônicas de
Dó maior. Enquanto isso, na clave de dó, uma segunda melodia está no diatonismo de Mib maior.
Contudo, nos compassos 3 e 4 desse trecho, as gamas diatônicas se entrecruzam. Na clave de sol,
a melodia agora mostra notas de Mib Maior. E, na clave de dó, é a segunda melodia que agora se
apoia no diatonismo de Dó maior.
[
] No trecho d), na clave de sol, uma melodia se desenvolve no tom de Fá# menor. Enquanto que,
simultaneamente, na clave de fá, uma estereotipada figuração de acompanhamento se conserva em
Fá menor.
[
] No trecho e), na pauta superior, acordes em semínimas tocam notas do diatonismo de Réb menor.
Enquanto que, simultaneamente, na pauta inferior, uma melodia transita pelas notas de Dó maior.
Vale notar também a superposição de compassos diferentes: na pauta superior as barras de
compasso respeitam os limites de um dois por quatro e, simultaneamente, na pauta inferior, as
barras de compasso mostram que a melodia se divide em compassos de cinco por quatro.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
A. (
) V–F–V–V–F
B. (
) F–V–F–V–V
C. (
) V–F–F–V–F
D. (
) V–V–V–F–V
E. (
) V–F–V–V–V
POLITONALIDADE:
Este procedimento trouxe consigo um recurso inesperado, algo assim
como uma injeção reanimadora no corpo da antiga tonalidade tradicional.
Puseram-se em circulação linhas melódicas superpostas, cada uma em sua
própria tonalidade, estabelecendo uma polimelodia virtual, ao mesmo tempo
que se cultivava a justaposição de acordes de diferentes tonalidades, dando
lugar à poliharmonia ou ao contraponto de harmonias. [...] Trata-se de uma
música de formação intelectualista, feita não para sonhar e sim para
apreciar e compreender (PAZ, 1977, p. 189).3
3
PAZ, Juan Carlos. Introdução à música de nosso tempo. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 1977.
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_ Q ue st ã o 2 1
As notas auxiliares (também conhecidas como “notas estranhas ao acorde”, “notas de ornamentação”, “notas acidentais”, “notas
de jogo melódico”, “notas melódicas estranhas a harmonia”, “notas de figuração melódica” etc.) são recursos que possibilitam
o desdobramento das tríades em um número ilimitado de figuras musicais. As notas auxiliares atuam tanto na construção da
melodia quanto na condução das vozes internas da harmonia, e também na elaboração da linha de baixo. Algumas das notas
auxiliares são:
Nota de
Passagem
A nota de passagem liga duas notas diferentes de um mesmo acorde, ou de acordes diferentes, através de
intervalos de segunda entre estas notas. Apresenta-se em posição métrica mais fraca do que as notas dos
acordes. Não se salta de uma nota de passagem, nem para uma nota de passagem.
Bordadura
A bordadura aparece entre uma nota de acorde e sua repetição imediata. Encontra-se sempre a distância
de uma segunda inferior ou superior da nota do acorde. Apresenta-se em posição métrica mais fraca do
que as notas dos acordes. Não se salta de uma bordadura, nem para uma bordadura.
Apojatura
A apojatura é uma nota estranha que precede a nota de acorde por uma distância de segunda superior ou
inferior. A apojatura se apresenta em posição métrica mais forte do que a nota do acorde. Não se salta de
uma apojatura, nem para uma apojatura.
Retardo
O retardo precede a nota de acorde por uma distância de segunda superior ou inferior. Essa nota estranha
deve ser preparada, isto é: estar ligada a uma nota consonante do acorde imediatamente anterior. O
retardo é resolvido por grau conjunto descendente ou ascendente sobre a nota do acorde correspondente.
Ocorre em posição métrica mais forte que a nota do acorde. Não se salta de um retardo, nem para um
retardo.
Antecipação
A antecipação é uma nota que já pertence ao acorde seguinte, que é antecipada, como nota estranha, em
posição métrica mais fraca. A antecipação pode até ser alcançada por salto.
Considerando essas breves definições,4 analise as figuras abaixo.
As notas circuladas mostram as seguintes notas auxiliares:
4
Fig u ra 1
Fig u ra 2
Fig u ra 3
Fig u ra 4
Fig u ra 5
A. (
)
Bordadura
Nota de Passagem
Apojatura
Retardo
Antecipação
B. (
)
Retardo
Bordadura
Apojatura
Nota de Passagem
Bordadura
C. (
)
Nota de Passagem
Antecipação
Apojatura
Retardo
Antecipação
D. (
)
Bordadura
Nota de Passagem
Retardo
Antecipação
Apojatura
E. (
)
Nota de Passagem
Bordadura
Nota de Passagem
Antecipação
Retardo
Definições baseadas em HINDEMITH, Paul. Curso condensado de harmonia tradicional. São Paulo: Irmãos Vitale, 1998.
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_ Q ue st ã o 2 2
Associe estes 7 (sete) termos musicais aos comentários e definições correspondentes.
Termos musicais
1.
Dodecafonismo
2. Suíte
3.
Cantochão
4.
Sonata
Forma
5.
Divertimento
6.
Glissando
7.
Estudo
Comentários e definições 5
[
]
Música vocal medieval sem acompanhamento, com textura do tipo monofônica. Consistia em uma única melodia
que fluía livremente, quase sempre no âmbito de uma oitava, com ritmos irregulares, de acordo com as acentuações
das palavras e o ritmo natural da língua latina.
[
]
Sistema no qual o compositor ordena as 12 notas da escala cromática segundo uma ordem de sua própria escolha.
Essa sequência é a “série fundamental”. As 12 notas têm igual importância e nenhuma delas deve aparecer antes de
que todas as anteriores tenham sido ouvidas. A série pode aparecer ainda nas formas: retrógrada, invertida ou em
inversão retrógrada.
[
]
Grupo de peças ou conjunto de danças para um ou mais instrumentos. O esquema mais comum durante o período
barroco era: Allemande, Courante, Sarabande e Giga (às quais poderiam ser adicionados um Prelúdio, além de outras
danças, como Minueto, Passepied etc.).
[
]
Consiste de três seções principais: exposição, desenvolvimento e recapitulação. Na exposição o compositor apresenta
seu material musical (em geral, 2 temas ou grupos de ideias em tonalidades e caráter contrastantes). No
desenvolvimento o compositor explora e desenvolve as possibilidades das ideias apresentadas na exposição, passando
por diferentes regiões tonais. Na recapitulação o compositor reexpõe os temas iniciais na tonalidade principal,
podendo seguir-se uma coda.
[
]
Significa, literalmente, deslizando. Indicação que deve resultar em uma variação contínua de altura entre duas notas
determinadas. No caso dos instrumentos de cordas, requer o movimento contínuo de deslizar do(s) dedo(s) sobre a
corda, impossibilitando que se distingam as notas intermediárias.
[
]
Típico da época clássica (Haydn, Mozart), é um gênero de composição que dá uma impressão mais leve do que as
sinfonias ou quartetos, seja pela sucessão menos rígida de seus numerosos movimentos (vestígio da antiga suíte), seja
pelo uso de instrumentos solistas, seja como resultado de sua destinação social.
[
]
São peças centradas em determinado problema técnico de execução, como os de Czerny, mas não necessariamente
incompatíveis com os mais elevados valores musicais, como aqueles escritos para piano por Liszt, Chopin e Debussy.
Assinale a alternativa com a sequência correta, de cima para baixo.
A. (
)
3– 4– 7– 2– 1– 5– 6
B. (
)
7– 2– 4– 1– 5– 6– 3
C. (
)
4– 2– 5– 7– 6– 3– 1
D. (
)
6– 2– 4– 7– 1– 3– 5
E. (
)
3– 1– 2– 4– 6– 5– 7
Os comentários e definições baseiam-se em Roy Bennett (Uma breve história da música, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Ed., 1986),
e Jean e Brigitte Massin (História da música ocidental, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1997).
5
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_ Q ue st ã o 2 3
Entre 1923 a 1925, o compositor Alban Berg, um dos membros da chamada Escola de Viena, escreveu o Kammerkonzert für
Klavier und Geige mit 13 Bläsern (Concerto de Câmera para piano, violino e 13 instrumentos de sopro). A obra comemora o
aniversário de 50 anos de seu mestre: Arnold Franz Schoenberg. Empregando um sistema de notação alfabética, Berg elaborou
a série dodecafônica do Kammerkonzert a partir de letras selecionadas no nome do célebre aniversariante:
A partir da Série Original, marque [V] para verdadeira e [F] para falsa.
[
] A versão 1 mostra uma Transposição da Série Original. Tal transposição se dá uma 5ª justa abaixo.
[
] A versão 2 mostra a Série Invertida, ou apenas Inversão (I). Aqui as distâncias intervalares da Série Original
[
] A versão 3 mostra a Série Retrógrada, ou apenas Retrógrado (R). Aqui a Série Original é escrita de trás
[
] A versão 4 mostra o Retrógrado da Inversão (RI). Aqui a Série Invertida é escrita de trás para frente.
[
]
se conservam, mas o sentido descendente ou ascendente de cada intervalo está invertido.
para frente. Por isso, essa forma é também chamada de “Caranguejo” ou “Cancrizante” (que se move
como caranguejo).
Com algumas notas enarmonizadas, na Série Original podemo-se dizer que: as notas 1, 2 e 3 formam uma
tríade menor; as notas 6, 7 e 8 formam uma tríade maior; e as notas 9, 10 e 11 formam uma tríade
aumentada.
Assinale a alternativa com a sequência correta, de cima para baixo.
A. (
)
V–V–F–F–V
B. (
)
F–V–F–V–V
C. (
)
V–F–F–V–V
D. (
) V–F–V–F–V
E. (
)
F–V–V–V–F
O dodecafonismo (do grego dodeka: 'doze' e fonos: 'som') é um sistema de
organização de alturas musicais criado na década de 1920 e atribuído ao
compositor austríaco Arnold Schoenberg. No dodecafonismo as 12 notas
da escala cromática são tratadas como equivalentes, ou seja, sujeitas a uma
relação ordenada e não hierárquica. As notas são organizadas em grupos
de doze notas denominados séries as quais podem ser usadas de quatro
diferentes maneiras; 1) Série Original, 2) Série Retrógrada, 3) Série Invertida e
4) Retrógrado da Inversão. Todo o material de alturas utilizado em uma
composição dodecafônica, seja melódico ou harmônico deve estar
baseada em uma dessas quatro formas da série.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre
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_ Q ue st ã o 2 4
Considerando as armaduras de clave e suas respectivas notas, intervalos, graus e modos diatônicos, analise as proposições e
marque [ V ] para verdadeira e [ F ] para falsa.
[
]
Na Armadura 4, os 3 modos que possuem terça maior são: Láb jônico, Réb lídio e Mib mixolídio.
[
]
Considerando apenas o modo maior, é verdadeiro afirmar que a tríade sobre o ii grau da Armadura 2 possui as
mesmas notas da tríade sobre o iii grau da Armadura 4.
[
]
Na Armadura 2, os 3 modos que possuem terça menor são: Dó dórico, Ré lídio e Sol eólio.
[
]
Na Armadura 5, o acorde que não possui quinta justa é o F#m7(b5).
[
]
Na Armadura 3, os 2 modos que contêm nota sensível são: Mi jônico e Lá lídio.
[
]
Na Armadura 1, os 2 modos que começam com um intervalo de segunda menor são: Dó# frígio e Sol# lócrio.
[
]
Na Armadura 5, os 4 modos que possuem a 6ª maior são: Sol jônico e Lá dórico, Dó mixolídio e Mi eólio.
[
]
Considerando apenas o modo maior, é verdadeiro afirmar que as tríades sobre os graus I, iii, V e vi da Armadura 1
possuem as mesmas notas que as tríades IV, vi, I, ii da Armadura 3.
[
]
A tríade sobre o iii grau da Armadura 1 possui as mesmas notas da tríade sobre o ii grau da Armadura 5.
Assinale a alternativa com a sequência correta, de cima para baixo.
A. (
)
V–V–F–F–V–V–V–F–F
B. (
)
V–V–F–V–V–V–F–V–F
C. (
)
V–V–F–V–V–F–V–V–F
D. (
)
V–F–V–F–V–F–V–V–V
E. (
)
F–F–V–V–F–V–V–V–F
Armadura: (substantivo feminino).
1 Conjunto das armas metálicas defensivas que
protegiam o corpo dos antigos guerreiros,
especialmente a vestimenta constituída de elmo,
couraça, cota de malha etc.
Derivação: sentido figurado.
Sistema de proteção; envoltura, defesa.
Na teoria musical chamamos “armadura de clave” o
conjunto de sustenidos e bemóis relativos a uma
dada escala escritos junto à clave no começo de cada
pauta. Se a tonalidade mudar no decorrer da música,
a armadura também pode mudar, comportando,
conforme o caso, outros acidentes.
A armadura é idêntica nas escalas relativas maior e
menor: por exemplo, tanto a escala de Mi bemol
maior como a de Dó menor têm uma armadura
formada por três bemóis
Dicionário Houais
MASSIN, Jean e Brigitte. História da música ocidental
Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1997, p. 49
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_ Q ue st ã o 2 5
Analise as proposições e marque [ V ] para verdadeira e [ F ] para falsa.
Assinale a alternativa com a sequência correta, de cima para baixo.
A. (
) V–V–F–V–V
B. (
) V–F–V–V–V
C. (
) V–F–V–F–V
D. (
) V–F–V–F–V
E. (
) V–F–V–V–F
D I A T Ô N I C O [que procede de acordo com a sucessão dos tons e
semitons] vem do Grego DIATONIKÓS, “relativo a certas escalas
musicais”, de DIA, “através”, mais TONOS, “modo de fazer, tom”,
literalmente ”estiramento”, de TEÍNEIN, “esticar, estender”. Aqui se faz
uma comparação com o esforço da voz para emitir um som.
Fonte: Origem da Palavra – Site de Etimologia
(http://origemdapalavra.com.br/site/#home_desc)
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_ Q ue st ã o 2 6
Analise as proposições e marque [ V ] para verdadeira e [ F ] para falsa.
Assinale a alternativa com a sequência correta, de cima para baixo.
A. (
) V–V–F–V–V
B. (
) F–V–V–F–V
C. (
) V–F–V–F–V
D. (
) V–F–V–F–V
E. (
) V–F–V–V–F
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_ Q ue st ã o 2 7
O termo História da Música Ocidental, de forma geral, diz respeito ao estudo das origens e transformações da arte musical
em correlação com as etapas da história sociocultural centro europeia. Insere-se no campo da história das artes e, tomando parte
da musicologia e da teoria musical, é uma das matérias dos cursos superiores em música que estimulam o hábito da leitura. A
História da Música Ocidental comumente é dividida em períodos que, com datas aproximadas e contando com subdivisões
internas e fases de transição, nos ajudam a lidar com uma grande quantidade de personagens, contextos, fatos e informações
acerca de um vasto repertório de técnicas e obras musicais.
Associe os seguintes períodos da História da Música Ocidental aos comentários e às definições correspondentes.
Períodos da história da música
1. Período
2. Música
3. Música
4.
5.
Clássico
Barroca
Medieval
Romantismo
Renascimento
Comentários e definições6
[
]
Trata da produção musical situada entre o surgimento da ópera na viragem para o século XVII até a morte de Johann
Sebastian Bach, um de seus maiores expoentes, em 1750. O período foi dos mais criativos – de Shakespeare e
Cervantes na literatura a Newton e Galileu na Ciência. Na música, o período assistiu à gênese da ópera, o surgimento
do baixo contínuo, à consolidação da tonalidade harmônica, o florescimento da música instrumental e à expansão da
orquestra. Embora as práticas musicais italianas tenham prevalecido, outros estilos caracteristicamente nacionais se
destacaram no fim do período. Algumas das principais formas musicais instrumentais que caracterizam este período
são: a fuga, a suíte, o concerto para solista e o concerto grosso.
[
]
Geralmente considera-se que o período tem início com a queda do Império Romano terminando, aproximadamente,
em meados do século XV. Na música sacra, destaca-se como a época do Canto Gregoriano e, na música profana, é
lembrada como a época que ouviu os trovadores, troveiros e menestréis. O período assistiu o surgimento da música
polifônica, ouviu a música da chamada “escola de Notre Dame” e acompanhou os debates entre a Ars Antiqua e a
Ars Nova. Alguns dos principais expoentes deste período são: Hildegard von Bingen, Guido de Arezzo, Léonin,
Pérotin, Adam de la Halle, Philippe de Vitry, Guillaume de Machaut, Guillaume Dufay, Johannes Ockeghem e John
Dunstable.
[
]
Tanto o seu começo como o seu final estão inextrincavelmente ligados a outras correntes. No seu início destaca-se
o Rococó, um requintado afunilamento do barroco, e no seu final os primórdios do romantismo. Devido ao grande
número de compositores austríacos que ocuparam posição de relevo na época, e ao papel proeminente que Viena
teve na vida musical, o período é também conhecido como Escola Vienense. Algumas das principais características
da música desse período são: o emprego da melodia acompanhada; o acompanhamento passa a ser explicitamente
escrito, causando um gradual desuso do baixo continuo; as melodias adquirem maior carácter cantábile e se tornam
mais simétricas, com tendência para as frases estruturadas em grupos de quatro compassos; no piano, torna-se típico
o acompanhamento arpejado chamado “baixo de Alberti”; amplia-se a orquestra e sua margem de sonoridades; a
escrita passa a detalhar uma maior variedade de dinâmicas e articulações, deixando menos espaço para a livre
interpretação do executante; se usam formas estandardizadas (em particular a chamada forma sonata) porém com
grande interesse e variedade na estrutura interna da música.
[
]
Trata da música escrita entre os anos 1400 e 1600, aproximadamente. Em linhas gerais, a textura polifônica é uma
das características estilísticas que definem a música desse período. Tal polifonia segue as leis do contraponto e é
regida pelo sistema modal herdado do Canto Gregoriano. Entre as formas musicais mais difundidas dessa época
encontram-se: a missa e o motete no gênero religioso, o madrigal, o villancico e a chanson no gênero profano, e as danças,
o ricercare e a canzona no âmbito da música instrumental. Entre os compositores mais destacados deste período estão
Josquin des Prés, Orlando di Lasso, Tomás Luis de Victoria e Palestrina. O incremento notável da atividade musical
em toda a Europa, tão característico desse período, está correlacionado a uma combinação de desenvolvimentos
sociais, culturais e tecnológicos. A expansão da classe dos comerciantes já vinha ocorrendo desde o século XV e, no
século XVI, tal fenômeno se ampliou ainda mais. Os interesses culturais desse grupo, que buscava tanto a
consolidação de seu status social quanto a sustentação de seu poder político e econômico refletiram-se em um
currículo educativo que pôs nova ênfase nas práticas musicais.
Nos textos encontram-se informações obtidas em fontes como: BURROWS, John (Ed.). Guia ilustrado Zahar de música clássica.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 2006; MOORE, Douglas. Guia dos estilos musicais: do madrigal à música moderna. Lisboa: Ed.
70, 1991; PLATZER, Frédéric. Compêndio de música. Lisboa: Edições 70, 2001; WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre.
6
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[
]
Pode-se dizer que inclui todo o século XIX estendendo-se até a revolução artística que se manifestou durante os
primeiros anos do século XX. Esse período, em que se sucederam rápidas mudanças políticas, sociais e econômicas,
abarca várias etapas e apresenta uma série de tendências contraditórias. Realçando essas contradições que marcam a
época, Löwy e Sayre observam que esse período desafia a análise, não só porque sua diversidade superabundante
resiste às tentativas de redução a um denominador comum, mas também e, sobretudo por seu caráter fabulosamente
contraditório, sua natureza de coincidentia oppositorum: simultaneamente (ou alternadamente) revolucionário e
contrarrevolucionário, individualista e comunitário, cosmopolita e nacionalista, realista e fantástico, retrógrado e
utopista, revoltado e melancólico, democrático e aristocrático, ativista e contemplativo, republicano e monarquista,
vermelho e branco, místico e sensual (LÖWY e SAYRE, 1995: 16). 7
Tais contradições permeiam não só o período em seu conjunto, mas também “a vida e obra de um único e mesmo
autor, e por vezes uma única e mesma obra. Alguns críticos parecem estar inclinados a ver a contradição, a
dissonância, o conflito interno como os únicos elementos unificadores” desse período. “Mas é difícil considerar essa
tese como algo diferente de uma confissão de perplexidade” (LÖWY e SAYRE, 1995: 16).
Assinale a alternativa com a sequência correta, de cima para baixo.
A. (
)
3– 4– 5– 2– 1
B. (
)
2– 3– 4– 1– 5
C. (
)
3– 5– 1– 2– 4
D. (
) 2– 3– 1– 5– 4
E. (
)
2– 3– 1– 4– 5
7 LÖWY, Michael e SAYRE, Robert. Revolta e Melancolia. Petrópolis: Vozes, 1995.
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_ Q ue st ã o 2 8
A estrutura intervalar da tétrade diminuta permite várias analogias sugestivas. Uma delas é a comparação entre os “acordes
diminutos” e as “palavras homófonas”, isto é: palavras que soam iguais, mas que são escritas de forma diferente e possuem
significados diferentes. Como ocorre, por exemplo, com as palavras “acento” (sinal gráfico) e “assento” (cadeira, lugar); “voz”
(som humano) e “vós” (pronome); “cem” (100) e “sem” (indica falta); “houve” (verbo haver) e “ouve” (verbo ouvir) etc.
Com essa comparação em mente, analise os seguintes acordes diminutos, observando quais são os que soam iguais embora
escritos de forma diferente. Notando que alguns acordes estão invertidos, e respeitando as diferentes grafias das notas, relacione
cada acorde à sua respectiva “escala menor harmônica”.
Após a análise marque [V] para verdadeira e [F] para falsa.
[
] O Acorde 1 possui o mesmo som que os Acordes 2, 3 e 4, mas se diferencia por sua forma de escrita. O
[
] O Acorde 2 possui o mesmo som que os Acordes 3, 4 e 5, mas se diferencia por sua forma de escrita. O
[
] O Acorde 3 possui o mesmo som que os Acordes 1, 2 e 4, mas se diferencia por sua forma de escrita. O
[
] O Acorde 4 possui o mesmo som que os Acordes 1, 2 e 3, mas se diferencia por sua forma de escrita. O
[
] Os Acordes 5 e 6 possuem o mesmo som, mas se diferenciam por sua forma de escrita. O Acorde 5 está
[
] Os Acordes 5 e 6 possuem o mesmo som, mas se diferenciam por sua forma de escrita. O Acorde 5 está
Acorde 1 está relacionado à área tonal de Ré menor, se encontra no VIIº grau da escala Ré menor
harmônica. A nota Sib corresponde a armadura de clave de Ré menor e a nota Dó# é a sensível deste tom.
Acorde 2 está relacionado à área tonal de Sol menor, encontra-se no VIIº grau da escala Dó menor
harmônica. A nota Mi natural é a sensível deste tom.
Acorde 3 está relacionado à área tonal de Si menor, encontra-se no VIIº grau da escala de Si menor
harmônica. A nota Lá# é a sensível deste tom.
Acorde 4 está relacionado à área tonal de Láb menor, encontra-se no VIIº grau da escala de Láb menor
harmônica. A nota Sol natural é a sensível deste tom.
relacionado à área tonal de Fá menor, encontra-se no VIIº grau da escala Ré menor harmônica. O Acorde
6 está relacionado a área tonal de Mi menor, encontra-se no VIIº grau da escala Mi menor harmônica.
relacionado à área tonal de Dó menor, encontra-se no VIIº grau da escala Dó menor harmônica. O Acorde
6 está relacionado a área tonal de Lá menor, encontra-se no VIIº grau da escala Lá menor harmônica.
Assinale a alternativa com a sequência correta, de cima para baixo.
A. (
)
V–F–V–V–F–V
B. (
)
F–V–F–V–V–V
C. (
)
V–F–F–V–F–V
D. (
) V–V–V–F–V–F
E. (
)
V–F–V–V–F–V
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_ Q ue st ã o 2 9
Leia o comentário que o professor José Miguel Wisnik elaborou a respeito de uma famosa escala musical:
Claude
Debussy
(1862 - 1918)
Trata-se de uma escala [...] que divide a oitava em seis tons iguais [...]. Ao contrário da
diatônica, é uma escala que não comporta nenhuma diferenciação interna: tudo nela se
equivale, não há possibilidade de hierarquia. [Tal escala] não possui nenhuma quinta justa,
nenhum semitom, e nela proliferam trítonos. É uma escala onde não pode se dar nenhum
tipo de resolução ou repouso, mas onde também não se tem como articular a tensão (não
há solução, porque não chega a poder formular a evolução de um problema). Ela
exemplifica bem capacidade que tem o contexto intervalar de projetar uma dinâmica, um
jogo de forças que advém de sua configuração interna, criando um tempo/espaço
próprio e uma forma particular de semântica implícita. O sentido do modo, nesse caso,
é a imagem ambígua do deserto utópico, versão moderna de um modalismo
dessacralizado onde, na falta de fundamento mítico que ritualize a recorrência, e de
perspectiva que projete desenvolvimento, cria-se um tempo onde não há nem futuro,
nem eterno retorno a uma fundamental (pois não há fundamental). O tempo sem
perspectiva resolutiva, e sem centro fixo, gerado por essa escala [...] usada por Debussy,
está na entrada da música contemporânea como uma verdadeira alegoria (WISNIK, José
Miguel. O Som e o sentido. São Paulo: Companhia das Letras, 1989: 79-80)
Levando em conta esse comentário, analise o trecho musical abaixo e, considerando que todas as notas pertencem a mesma
escala, procure identificar qual é a escala empregada. O trecho mostra os compassos iniciais de “Cloches à travers les feuilles”
(literalmente “sinos através das folhas”), a primeira das três peças que compõem a segunda série de “ Images” para piano
compostas por Claude Debussy em 1907.
Note que, como não há um estrito compromisso
com as normas da tonalidade tradicional, na escrita
da música que utiliza tal escala a equivalência
enarmônica é livremente empregada.
Após a análise do trecho musical que aparece na página anterior, marque [V] para verdadeira e [F] para falsa.
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O trecho musical está inteiramente baseado na seguinte escala de tons inteiros:
[
]
O trecho musical está inteiramente baseado na seguinte escala octatônica:
[
]
O trecho musical está inteiramente baseado na seguinte escala pentatônica:
[
]
O trecho musical está inteiramente baseado na seguinte escala hexafônica:
[
]
O trecho musical está inteiramente baseado na seguinte escala cromática:
[
]
Assinale a alternativa com a sequência correta, de cima para baixo.
A. (
)
V–F–V–V–F
B. (
)
F–V–F–V–V
C. (
)
V–F–F–V–F
D. (
) V–V–V–F–V
E. (
)
V–F–V–V–V
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_ Q ue st ã o 3 0
Essa questão baseia-se nos compassos finais da primeira parte do choro “Acerta o passo” de Pixinguinha e Benedito
Lacerda, de 1949. Aqui o trecho foi transposto, a devida armadura de clave foi omitida, e a cada versão a melodia
sofreu modificações. Considere a seguinte progressão harmônica:
A melodia que, quando tocada por um instrumento solista e sem nenhum tipo de acompanhamento, melhor expressa
essa progressão harmônica acima é:
A. (
)
B. (
)
C. (
)
D. (
)
E. (
)
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Vestibular de Verão 2018.1
Gabarito OFICIAL
Prova Objetiva de Música
01. D
16. C
02. E
17. D
03. C
18. A
04. D
19. D
05. D
20. Anulada
06. C
21. D
07. B
22. E
08. A
23. E
09. D
24. B
10. E
25. E
11. B
26. B
12. E
27. D
13. C
28. A
14. B
29. C
15. A
30. B
Universidade do Estado de Santa Catarina/UDESC
Coordenadoria de Vestibulares e Concursos/COVEST
Av. Madre Benvenuta, 2007 – Itacorubi – Florianópolis – SC
E-mail: vestiba@udesc.br
Fones (48) 3664-8090 / 8091 / 8092