Carl Gustav Carus

In addition to the over fifty complete translations of Dante Alighieri’s Divine Comedy listed on the website of the German Dante Society (see chapter 7), there are numerous partial translations from the 18th century onwards, among them Carl Gustav Carus’ translation of Paradiso canto I that was inspired by Martin Luther’s translation of Salomo’s “Song of Songs” in the Old Testament.

Carus was a member of the informal Accademia Dantesca who helped reviewing Philalethes’ (pseudonym of King John of Saxony meaning “lover of truth”) translation of the Divine Comedy.

The goal of this online publication is to make Carus’ translation accessible without any commercial interests in mind. The text comparisons with the original Italian text in the second half of this publication shall allow the interested public to make their own analyses and comparisons. In addition, the translation as well as the original Italian text has been colored according to the coloration concept outlined in “La Commedia Colorata”.

Seguendo una suggestione di Karl Löwith, secondo il quale: «l’antropologia diviene filosofica solamente con questa enorme domanda che riguarda il rapporto dell’uomo con il mondo», queste pagine prendono a tema l’eclettica figura di Carl Gustav Carus, in particolare la sua singolare interpretazione del rapporto tra uomo e natura, tra psyche e physis. Si tratta di un plesso tematico del tutto centrale tanto nella sua produzione artistica quanto in quella scientifica quanto in quella strettamente filosofica; plesso retto dalla convinzione che «la chiave per conoscere l’essenza della vita psichica cosciente si trova nella regione dell’inconscio».
Attraverso l’attenzione dedicata al pensiero di Carus, ci si pone anche il più generale obiettivo di battere un “sentiero interrotto” della modernità filosofica: quello di un’antropologia cosmocentrica ("physiologica") nella quale l’intreccio fra uomo e mondo, dell’uomo entro la totalità cosmica non deve essere postulato e costruito, ma vale come la precondizione originaria che di fatto sempre è. Come scrive ancora Löwith, è solo considerando «quei fenomeni ordinari e quotidiani […] i quali collegano le fasi vitali con la natura della vita organica e con il mondo naturale», che  è possibile cogliere «i limiti della tradizionale antropologia filosofica dello spirito o dell’autocoscienza».

Articula-se o conceito de Stimmung (estado de ânimo; atmosfera; caráter) à solidão, condição por vezes necessária à sintonia do ser com o mundo envolvente. As bases de interpretação teórico-metodológicas se circunscrevem em discursos literários e na pintura de paisagem alemães dos séculos XVIII e XIX. São convidados à narrativa textos e imagens de solitários na paisagem, como o Werther de Goethe, quadros de Caspar David Friedrich e as cartas do médico-pintor Carl Gustav Carus, criador do personagem Albertus que dá título ao artigo. O elo que une os seres poéticos e seus criadores é, a título de conjectura, a Stimmung, o trato recíproco entre a solidão (subjetividade) e a paisagem (arte, objetividade). Privilegia-se a análise epistemológica de Stimmung e de paisagem segundo leitura multidisciplinar, lançando luz na literatura, na filosofia (especialmente do Idealismo alemão), na história (social e da arte) e na estética. O título define o recorte cronológico proposto: o início se dá em 1774, quando Goethe publicou o seu "Os sofrimentos do jovem Werther"; o término refere-se ao ano de 1841, data em que Carus reeditou o seu Briefe über Landschaftsmalerei [Cartas sobre pintura de paisagem].

The landscape became a central theme in art and scientific criticism, mainly from the second half of 18th century, when Alexander Gottlieb Baumgarten had signed Aesthetics as the “science of sensitivity”. Among these works, it is situated the Briefe über Landschaftsmalerei (“Letters on landscape painting”) by German painter and naturalist Carl Gustav Carus. Written between 1815-1824, but with final publication in 1831, the nine letters set, by means of art philosophy and theory, a profound bond between understanding of nature and its sensitivity version, the landscape. In this aspect, the paper looks for to comprehend the landscape’s rules within discourse of Carus letters, connecting them with representations of nature during German Romanticism. Besides that, the Carus’ texts of landscape will be contextualized with the works of other artists and naturalists, like the poets Goethe and Schiller, Alexander von Humboldt and the painter Caspar David Friedrich.

"«Di maggiore importanza per lo sviluppo della sua mente e dell’indirizzo della sua cultura fu la circostanza della sua dimora di alcuni anni in Germania, a Monaco e ad Erlangen, dove frequentò le rispettive università in qualità di studente di medicina e di scienze naturali. Tutto quello ch’egli ebbe ad osservare e ad udire in quella sua dimora lasciò tracce vive e durature sull’animo impressionabile e sul versatile spirito di lui, ed è circostanza che ben serve a spiegarci come accadesse ch’egli, in cuore suo sincero patriota italiano sin nell’età più provetta, si fosse immedesimato nel genio germanico e si trovasse in possesso della lingua tedesca a segno da riescire a servirsene di preferenza nella estrinsecazione de’ suoi concetti critici intorno all’arte». (G. Frizzoni, Cenni biografici intorno a Giovanni Morelli, 1897).

Giovanni Morelli (1816-1891) è senz’altro la figura più poliedrica e contraddittoria della connoisseurship storico-artistica ottocentesca. In questo volume si propone uno studio filologico delle opere e della biografia morelliane destinato a rimettere in discussione l’opinione critica tradizionale che vede in Ivan Lermolieff – alias Morelli – e nel suo metodo sperimentale soltanto un prodotto del Positivismo scientifico. Esaminando la fitta trama di relazioni personali e filosofico-letterarie che legano Morelli all’ambiente del primo Romanticismo tedesco, questo studio svela poco a poco l’origine culturale delle teorie e della scrittura di Morelli, «italiano d’animo e tedesco di studii.»
Gli scritti morfologici di Goethe, la fisiognomica di Lavater e Carus, la Naturphilosophie di Schelling, la stravagante amicizia fra Morelli e Bettina von Arnim, e la predilezione tutta romantica del connoisseur per l’elemento ironico, per il frammento e il dialogo. Sono questi soltanto alcuni degli aspetti qui affrontati dall’autrice in un’analisi interdisciplinare che, penetrando sotto la superficie del testo, muove da una prospettiva diacronica disposta ad ammettere ambivalenze e contaminazioni fra arte, letteratura e scienza. Liberate dall’etichetta positivista, la figura e l’opera di Morelli rivelano finalmente tutta la loro essenza romantica."

The conservative thinker Eric Voegelin is frequently credited for being one of the first critics of racism. This is all the more surprising as one of the books such opinion refers to was produced by a publisher with close ties to National Socialism. Beyond that, after the take-over of power by the Nazis in 1933, Eric Voegelin, based on the two books he had published on the topic of race, aspired to an academic position in Germany. Afterwards he sympathized with Austrofascism. After his flight from Austria to the USA in 1938, he reinterpreted his position in the frame of the theory of totalitarianism. Subsequently, his books on race have been wrongly read as anti-racist writings. This view is circulated even in critical contributions to racism analysis until today. The present paper shows that such an assertion is based on a misinterpretation. In fact, Voegelin’s studies on race propagated one of the different versions of racism at that time.

Sobre Carl Gustav Carus:
Carl Gustav Carus nasceu em 3 de janeiro de 1789 na cidade alemã de Leipzig. Seu pai, August Gottlob Carus, veio de uma família de comerciantes dedicada à tinturaria. Para receber uma melhor educação, o pai de Carus decidiu enviá-lo à casa dos avós maternos. Ali, ele receberia, até os 12 anos de idade, aulas domiciliares, bem como passou a admirar o seu tio, Daniel Jäger, naturalista que havia estudado química na França durante o efervescente período da Revolução Francesa. A paixão pela química e ciências humanas foi o legado do tio. Em suas memórias - Lebenserinnerungen und Denkwürdigkeiten -, publicadas em 1865, Carus relembra dos tempos felizes da infância em Leipzig, onde mantinha seus olhos atentos ao cotidiano da cidade, à igreja gótica local, ao mercado medieval, aos jardins e ao tribunal. 
Em 1804, iniciou a educação universitária. Botânica foi sua primeira opção. Assim como Rousseau, ele apreciava herborizar plantas desconhecidas. Depois de um tempo, se matriculou em zoologia, química e física. Mais tarde, em 1809, se formou na faculdade de medicina. Por um tempo, exerceu a docência na Universidade de Leipzig e a medicina no hospital Saint Jacob. Nesse período, há uma rica produção científica, como seu artigo Vorlesungen über einen Teil der vergleichenden Anatomie [Preleções sobre uma parte da anatomia comparada]. Em 1811, se dedicou à filosofia, tendo com o professor Friedrich Wilhelm Joseph Schelling.
Anos mais tarde, mudou-se para Dresden, fazendo parte de um grupo de pintores de paisagem junto com Caspar David Friedrich, seu amigo. Os quadros de Friedrich receberam especial relevo na redação das primeiras cartas de Neun Briefe über Landschaftsmalerei [Nove cartas sobre pintura de paisagem], da qual traduzimos a primeira carta como exercício de uma pesquisa de pós-doutorado realizado no departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP, processos nº 2017/12296-2 e 2018/19708-7) e supervisionada pelo Prof. Titular Marco Aurélio Werle.
Escrita de 1815 a 1824, mas publicada em 1831, a obra Briefe über Landschaftsmalerei estabelece, via teoria, história e filosofia da arte, uma conexão profunda e apaixonada do entendimento das categorias “natureza” e “pintura de paisagem”. As cartas podem ser divididas em dois grupos: as cinco primeiras descrevem a natureza em termos poéticos e religiosos. Há uma aproximação com a maneira de Friedrich representar a paisagem segundo a estética do Romantismo. Nesse aspecto, Carus se distancia do pensamento goethiano ou mesmo de paisagistas do classicismo, como Jakob Philipp Hackert, na medida em que o poeta acreditava que a pintura de paisagem deveria reproduzir com os objetos naturais e seus fenômenos particulares, não cabendo ao pintor comunicar na tela unicamente as aventuras da subjetividade, mas unificar empiria com emoção. Friedrich, ao contrário, apresentava um certo estado de ânimo ou atmosfera [Stimmung] que desafiava as preceptivas da pintura de princípios do século XIX. As quatro últimas cartas, ao contrário das iniciais, indicam a positiva interação entre ciência e sensibilidade, sintonizando-se com a heurística viva de Goethe e com os estudos da natureza de Alexander von Humboldt, amiúde citados nos textos. Em vez de subsumir a natureza desenhada em paisagem numa dimensão mística, como transcorre nas primeiras epístolas, Carus a relaciona à vida, ou como ele denominou, a pintura paisagem seria Erdlebenbildkunst, a representação artística da vida da terra.
A tradução que segue da primeira carta assume a categoria Stimmung como um dos fundamentos, senão o principal, de sua composição literária. Para Carus, é por meio de um certo estado de ânimo que o artista consegue exprimir, em formas, os segredos da natureza entendida como divina. Esta só se revela à alma sensível intimamente relacionada com a atmosfera envolvente. Outro aspecto abordado é a tríade poesia – música – arquitetura, três manifestações do sensível que anunciam a verdade da obra de arte e da natureza.

Best known for his atmospheric landscapes featuring contemplative figures silhouetted against night skies and morning mists, Caspar David Friedrich (1774–1840) came of age alongside a German Romantic philosophical movement that saw nature as an organic and interconnected whole. The naturalists in his circle believed that observations about the animal, vegetable, and mineral kingdoms could lead to conclusions about human life. Many of Friedrich’s often-overlooked later paintings reflect his engagement with these philosophical ideas through a focus on isolated shrubs, trees, and rocks. Others revisit earlier compositions or iconographic motifs but subtly metamorphose the previously distinct human figures into the natural landscape. In this revelatory book, Nina Amstutz combines fresh visual analysis with broad interdisciplinary research to investigate the intersection of landscape painting, self-exploration, and the life sciences in Friedrich’s mature work. Drawing connections between...

Die vorliegende Monographie führt an die Ursprünge von Skacels mährischem Sentiment, an die Verwurzelung seiner Lyrik in den Tiefen von Sprache, Lied und Volksdichtung heran, umreißt aber auch seinen Platz in der Dichtung der mitteleuropäischen Moderne. Und schließlich nachvollzieht sie in einem exemplarischen Segment den "Internationalismus der Dichter" (R. Kunze), einen idealen dichtenden und nachdichtenden Dialog zwischen tschechischen und deutschen Lyrikern vor der Wende.

La puerta es un signo de la interacción entre el ser humano y el espacio en que se encuentra. Las diferentes representaciones de la puerta en la historia de la pintura, muestran rasgos del gusto de sus autores y sus respectivos contextos sociales. En el siglo XVIII el gusto es el protagonista, al adquirir autonomía respecto del ideal de belleza, del cual había dependido hasta entonces. Fruto de las tensiones estéticas aparecen los teóricos del gusto con Addison, Hutcheson, Hume y Kant como principales exponentes. Surgen nuevas categorías estéticas como lo pintoresco, lo interesante y lo sublime; y diferentes maneras de entender la belleza, plasmadas pictóricamente en variedad de corrientes coetáneas: Barroco tardío, Rococó, Neoclasicismo, Prerromanticismo, además de artistas que escapan de catalogaciones como Chardin, Goya y Füssli. Cada expresión artística da diferentes respuestas a las preguntas: ¿qué supone que las puertas representadas estén abiertas o cerradas, ocultas o explícitas?, ¿quién controla el tránsito por las mismas? Abordando esta dimensión política del arte, encontramos una Historia de la puerta, que va de la mano con la Historia del gusto.

Best known for his atmospheric landscapes featuring contemplative figures silhouetted against night skies and morning mists, Caspar David Friedrich (1774–1840) came of age alongside a German Romantic philosophical movement that saw nature as an organic and interconnected whole. The naturalists in his circle believed that observations about the animal, vegetable, and mineral kingdoms could lead to conclusions about human life. Many of Friedrich’s often-overlooked later paintings reflect his engagement with these philosophical ideas through a focus on isolated shrubs, trees, and rocks. Others revisit earlier compositions or iconographic motifs but subtly metamorphose the previously distinct human figures into the natural landscape.

In this revelatory book, Nina Amstutz combines fresh visual analysis with broad interdisciplinary research to investigate the intersection of landscape painting, self-exploration, and the life sciences in Friedrich’s mature work. Drawing connections between the artist’s anthropomorphic landscape forms and contemporary discussions of biology, anatomy, morphology, death, and decomposition, Amstutz brings Friedrich’s work into the larger discourse surrounding art, nature, and life in the 19th century.