Books by Filipe Campello
Conceitos como "modernidade" e “modernização” são usualmente associados a uma gradual transformaç... more Conceitos como "modernidade" e “modernização” são usualmente associados a uma gradual transformação em diferentes âmbitos da sociedade e de modos de vida ligados a uma crescente racionalização, industrialização, individuação e secularização. No entanto, as diversas tentativas de definição desse conceito têm demonstrado, antes de tudo, as suas ambivalências, seja nos seus critérios de conceituação, nas dificuldades de diagnóstico de época, ou, ainda, no seu controverso ideal normativo.
A partir da polissemia do conceito de modernidade e da avaliação de processos distintos de modernização, este livro reúne contribuições que colocam em debate o próprio sentido de modernização e de suas possíveis ambivalências. Com uma perspectiva interdisciplinar e transnacional - como nos exemplos do Brasil, da Alemanha e de Moçambique -, o livro apresenta tanto textos-chaves para este debate como ensaios sobre uma variedade de temas que incluem cidade e desenvolvimento urbano, dimensões políticas e culturais de desenvolvimento, processos de modernização no cinema e na literatura. Este leque de temáticas pretende contribuir não só para o debate acadêmico sobre os sentidos controversos de modernização, como também para qualquer leitor interessado nas ambivalências do diagnóstico de nosso tempo.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Filipe Campello arbeitet in diesem Buch eine an Hegel anschließende Auffassung der menschlichen N... more Filipe Campello arbeitet in diesem Buch eine an Hegel anschließende Auffassung der menschlichen Natur für die Skizzierung einer Theorie der Institutionen heraus. Er betrachtet das Verhältnis zwischen Natur und Institutionen in doppelter Weise: Eine deskriptive Perspektive bezieht sich auf die Rolle der Gefühle und Affekte innerhalb sozialer Praktiken. Eine zweite, normative Perspektive untersucht den Beitrag dieser Verständnisweise zu einer Theorie der Institutionen, wenn sie sich nicht nur auf strikt vernünftige und kalkulierende Subjekte bezieht, sondern auch auf deren sozial vermittelte, »zweite Natur« – etwa auf Triebe, Neigungen und Leidenschaften. Es zeigt sich, dass Hegels Sittlichkeitstheorie nicht nur eine historische und immanente Sozialontologie darstellt, sondern auch ein Resultat seiner Kritik an verfälschten Formen sozial orientierter Gefühle ist.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Papers by Filipe Campello
Cadernos Nietzsche, 2021
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Revista Dissertatio de Filosofia, 2017
Com o enfoque na apropriação da psicanálise no contexto da teoria crítica, o presente artigo disc... more Com o enfoque na apropriação da psicanálise no contexto da teoria crítica, o presente artigo discute possíveis ambivalências na conexão entre conceitos psicanalíticos e a teoria social. Para tanto, desdobro a exposição em quatro passos. Inicialmente, pretendo mostrar como Adorno, ao mesmo tempo que encontra em Freud as vantagens de uma perspectiva de descentramento do sujeito, também expõe a crítica a um possível inflacionamento de categorias psicanalíticas no âmbito da sociologia (1). A partir dessa breve reconstrução, discuto em que medida o vínculo entre categorias psicanalíticas e sociais pode permanecer produtivo, considerando o problema do estatuto epistemológico da psicanálise (2). Em um terceiro passo, apresento, de forma sucinta, a recente interlocução com a psicanálise proposta por Axel Honneth, sugerindo que conceitos como reconhecimento e patologia social apontam para um sentido específico de limites à uma teoria social (3). Concluo sugerindo uma distinção entre três sen...
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Societamutamentopolitica, 2011
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Trans/Form/Ação, 2022
Nas últimas décadas, diferentes abordagens ligadas à tradição de(s)colonial têm movido o pêndulo ... more Nas últimas décadas, diferentes abordagens ligadas à tradição de(s)colonial têm movido o pêndulo da crítica de pretensões de universalidade para relatos e experiências particulares. Contudo, nisso que podemos chamar de virada narrativa, não é sempre evidente as justificativas morais de perspectivas em primeira pessoa. A questão que gostaria de explorar neste artigo é se seria possível encontrar relevância epistêmica de relatos e experiências subjetivas na crítica de injustiça. Começo por inverter a questão, partindo do problema da objetividade na crítica diante da particularidade das experiências. A questão, neste caso, é de onde fala o filósofo ou a filósofa na sua intenção de descrever experiências de sofrimento de outras pessoas. Se falamos sempre em primeira pessoa, e se existe algum limite cognitivo ou epistêmico de experiências, de onde viria a capacidade de criticar experiências que não são nossas? Afinal, como podemos compartilhar experiências de injustiça? Em seguida, defendo que podemos avançar se distinguimos duas dimensões de justiça. Seguindo distinções conhecidas de teorias de primeira e segunda ordem, defendo que reinvindicações ligadas à
virada narrativa se referem a demandas de justiça de primeira ordem: trata-se de reconhecer moralmente a pretensão epistêmica dos sujeitos, vendo ali a possibilidade de confrontar noções falhas de universalidade e pontos cegos em teorias da justiça. Contudo, essas pretensões não possuem em si próprias critérios de justificação, requerendo dependências normativas que são externas às próprias experiências – essas, sim, situadas em justiça de segunda ordem. Proponho que esse modelo tem a vantagem de tanto incorporar as vantagens teóricas de teorias de(s)coloniais sem negligenciar os potenciais da crítica da injustiça.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Pragmatism Today, 2021
Over the last decades, different approaches linked to decolonial tradition have shifted the pendu... more Over the last decades, different approaches linked to decolonial tradition have shifted the pendulum of critique from claims of universality towards individual accounts and experiences. However, in what we can call "narrative turn", the moral justifications for first-person perspectives are not always evident. In this paper, I explore the boundaries of epistemic relevance regarding the role that subjective accounts and experiences play in the critique of injustice. For that, I start by inverting the question of objectivity in the critique considering the particularity of different experiences. The issue, in this case, is the position from where philosophers speak in their attempts to describe experiences of suffering. With regards to first-person standpoint, the question that is at stake is whether philosophers are capable of describing others' experiences. In these terms, how can we share experiences of injustice after all? Next, I argue that there ought to be, in the debate, a distinction between two dimensions of justice. According to usual distinctions of "first-and second-order" approaches, I insist that theoretical claims related to the narrative turn refer to demands of first-order justice: it is about moral recognition of individuals' epistemic claims, opening to the possibility to confront defective notions of universality and blind spots in theories of justice. However, these claims do not have justification criteria themselves, requiring, thus, normative dependencies which are external to experiences-these are situated in second-order justice. I argue, then, that this model has the advantage of incorporating the insights of decolonial theories without neglecting the potential for the critique of injustice.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Comparative Sociology, 2020
This article seeks to explore the meaning of emotional content in a transnational public sphere, ... more This article seeks to explore the meaning of emotional content in a transnational public sphere, in particular with regard to the concept of solidarity. The main normative question that the author discusses here is how far it is possible – if it’s the case at all – to move beyond the basic structure of nation-linked patriotic feeling to solidarity as a transnational political emotion. He divides his argument into two steps. First, he analyzes how the concept of constitutional patriotism could be reframed around the contours of post-national contexts. He suggests that Hegel’s concept of patriotism as a political disposition can contribute to a transnational framework. In a second step, the author discusses solidarity as a transnational political emotion, arguing that one should have in view both its formative process and its contingencies in order to understand the institutional and symbolic mediation of affective contents of social praxis.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Por que as instituições da justiça têm dificuldades em lidar com injustiças estruturais?
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Wenn wir uns heute-250 Jahre nach seinem Tod-an Hegel erinnern, ist vielleicht eine der am meiste... more Wenn wir uns heute-250 Jahre nach seinem Tod-an Hegel erinnern, ist vielleicht eine der am meisten beunruhigenden Reaktionen die Frage, wie derselbe Philosoph gleichzeitig geschrieben haben kann, "das was wirklich ist, das ist vernünftig" und dass "nichts Großes in der Welt ohne Leidenschaft vollbracht worden ist". Worauf bezieht sich Hegel denn nun, wenn er von Rationalität spricht? Oder: welche sind diese Leidenschaften, die die Welt bewegen?
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Para transformar mundos (acertadamente no plural), é preciso encontrar novas formas de dizê-los' ... more Para transformar mundos (acertadamente no plural), é preciso encontrar novas formas de dizê-los' Por Filipe Campello* Uma das passagens mais conhecidas de Hegel é a de que "nada de grande no mundo foi feito sem paixão". Não é diferente com a própria atividade filosófica. Se ela é, de fato, grande ou não, quem vai dizer é a sua recepção, mas há sempre algo de apaixonante que nos atrai na filosofia.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Neste artigo, defendo que o uso que tem sido feito das questões identitárias não somente joga for... more Neste artigo, defendo que o uso que tem sido feito das questões identitárias não somente joga fora qualquer possibilidade de liberdade e responsabilidade individual, como acaba por esvaziar o próprio potencial da crítica estrutural.
(Artigo publico em O Estado da Arte, do Jornal O Estado de S. Paulo)
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Qual o papel de sentimentos como raiva e indignação na nos conflitos sociais? Qual a relação sobr... more Qual o papel de sentimentos como raiva e indignação na nos conflitos sociais? Qual a relação sobre paixões e racionalidade política? Neste artigo, discuto essas questões a partir das estratégias de desobediência civil não-violenta adotada por Martin Luther King. Tento mostrar que noções de racionalidade ou realismo político não são contrárias e desprovidas de afetos, mas ligadas a estratégias pragmáticas de mobilização dos afetos políticos.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Artigo publicado no Estado de S. Paulo (Blog Estado da arte)
Bookmarks Related papers MentionsView impact
The paper aims at reconstructing the debate between Nancy Fraser and Axel Honneth through the apo... more The paper aims at reconstructing the debate between Nancy Fraser and Axel Honneth through the aporias in the articulation between subjective experiences and social critique. I develop my argument in three steps. First, I briefly present Fraser’s critique on Honneth. As a second step, I point out some ambiguities of an immanent interpretation of social claims having in mind two examples widely discussed by Fraser: the relation between feminism and capitalism, and the constitution of transnational public spheres. I shall argue that there is a permanent tension in the theoretical proposal of what we can call an affective content of social practices, in which the Fraser and Honneth’s approaches could be viewed not only as antagonistic, but also as complementary. From this argument, I conclude with a brief mention of what I call a critique of affects. I shall recover the idea of social grammar with a double aim: from a descriptive perspective, to show the limits and ambiguities of the articulation of sentiments and subjective experiences; and, on its normative aspect, to grasp a possible institutional framework of formation of affects.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Uploads
Books by Filipe Campello
A partir da polissemia do conceito de modernidade e da avaliação de processos distintos de modernização, este livro reúne contribuições que colocam em debate o próprio sentido de modernização e de suas possíveis ambivalências. Com uma perspectiva interdisciplinar e transnacional - como nos exemplos do Brasil, da Alemanha e de Moçambique -, o livro apresenta tanto textos-chaves para este debate como ensaios sobre uma variedade de temas que incluem cidade e desenvolvimento urbano, dimensões políticas e culturais de desenvolvimento, processos de modernização no cinema e na literatura. Este leque de temáticas pretende contribuir não só para o debate acadêmico sobre os sentidos controversos de modernização, como também para qualquer leitor interessado nas ambivalências do diagnóstico de nosso tempo.
Papers by Filipe Campello
virada narrativa se referem a demandas de justiça de primeira ordem: trata-se de reconhecer moralmente a pretensão epistêmica dos sujeitos, vendo ali a possibilidade de confrontar noções falhas de universalidade e pontos cegos em teorias da justiça. Contudo, essas pretensões não possuem em si próprias critérios de justificação, requerendo dependências normativas que são externas às próprias experiências – essas, sim, situadas em justiça de segunda ordem. Proponho que esse modelo tem a vantagem de tanto incorporar as vantagens teóricas de teorias de(s)coloniais sem negligenciar os potenciais da crítica da injustiça.
(Artigo publico em O Estado da Arte, do Jornal O Estado de S. Paulo)
A partir da polissemia do conceito de modernidade e da avaliação de processos distintos de modernização, este livro reúne contribuições que colocam em debate o próprio sentido de modernização e de suas possíveis ambivalências. Com uma perspectiva interdisciplinar e transnacional - como nos exemplos do Brasil, da Alemanha e de Moçambique -, o livro apresenta tanto textos-chaves para este debate como ensaios sobre uma variedade de temas que incluem cidade e desenvolvimento urbano, dimensões políticas e culturais de desenvolvimento, processos de modernização no cinema e na literatura. Este leque de temáticas pretende contribuir não só para o debate acadêmico sobre os sentidos controversos de modernização, como também para qualquer leitor interessado nas ambivalências do diagnóstico de nosso tempo.
virada narrativa se referem a demandas de justiça de primeira ordem: trata-se de reconhecer moralmente a pretensão epistêmica dos sujeitos, vendo ali a possibilidade de confrontar noções falhas de universalidade e pontos cegos em teorias da justiça. Contudo, essas pretensões não possuem em si próprias critérios de justificação, requerendo dependências normativas que são externas às próprias experiências – essas, sim, situadas em justiça de segunda ordem. Proponho que esse modelo tem a vantagem de tanto incorporar as vantagens teóricas de teorias de(s)coloniais sem negligenciar os potenciais da crítica da injustiça.
(Artigo publico em O Estado da Arte, do Jornal O Estado de S. Paulo)
alternativa a tales dificultades a partir de la idea del «límite» del alcance de una teoría social. Se trata de la sugerencia de que tal marco teórico se refiere a cuestiones específicas, como las vinculadas a concepciones de justicia y al papel de las instituciones, pero que toma distancia frente a otras dimensiones de la subjetividad que no necesariamente se reducen a expectativas normativas. En este sentido, la controversia alrededor del sentido de la paradoja del reconocimiento dependería de la constatación de los límites de una teoría social, es decir, de que el uso de sus conceptos
sea circunscrito a condiciones socialmente mediadas. De ese modo, intento mostrar que las contingencias de la constitución subjetiva y de los proyectos de vida individuales no pueden ser agotadas dentro de las pretensiones de una teoría normativa, en la que el reconocimiento intersubjetivo muestra un límite que se contrapone a dimensiones de la subjetividad no reconocibles socialmente.
Tendo em vista esses eixos amplos de discussão, a disciplina tem como enfoque duas questões. Em um primeiro momento, será discutido em que medida o vínculo entre categorias psicanalíticas e sociais pode permanecer produtivo, considerando o problema do estatuto epistemológico da psicanálise. Em uma segunda parte, serão abordadas as contribuições da psicanálise para concepções de desconstrução de identidade e dissolução de uma unidade rígida do Eu. Destaca-se, aqui, a relação entre estética e composição de novas formas de subjetividade, bem como a problematização de patologias sociais, fundamental para o desenvolvimento das preocupações normativas da tradição da teoria crítica. A partir da leitura de alguns textos-chaves de autores como Theodor Adorno, Michel Foucault, Richard Rorty e Judith Butler, o curso propõe-se a discutir quais possíveis vínculos entre psicanálise, filosofia e teoria social podem ser produtivos para a reformulação de noções de sujeito político e narrativas pós-identitárias.
professionalization. Relying on data from the Ministry of Education’s Annual Higher Education Census, the chapter shows how these two features, rather than being specific to the humanities, are an outgrowth of structural fragilities of higher education in Brazil as whole.