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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

A Pinga


Acredito que todos vocês leitores já presenciaram médiuns ou incorporados por certas entidades consumindo cachaça ou utilizando-as nas feituras de firmezas e oferendas. É um elemento assim tal qual o tabaco, muito presente nos terreiros de umbanda.
O uso destes elementos é muito recriminado até mesmo por religiões irmãs, sendo associado ao “baixo espiritismo”, ou seja, espíritos que partiram mas que continuam apegados aos vícios da carne. Criticam, por desconhecerem todo o fundamento que existe por trás de sua utilização e cujas energias são apenas encontradas aqui no plano material. Certas essências por não estarem disponíveis no plano etéreo, necessitam de serem manipuladas pelos guias em terra para que sejam cortadas as demandas em certos trabalhos espirituais.
Saibam que muitas destas entidades há muito tempo, tamanha a sua luz, já não precisariam mais estar neste Plano da Criação, mas optam por aqui permanecerem em virtude dos intensos desejos de amor ao próximo e de praticar a caridade, que adquiriram ao longo de sua evolução.
Mas voltando ao assunto em questão, falar de um dos elementos preferidos daquele Orixá que está mais próximo de nós, remete-nos ao tempo da escravidão durante o Brasil-Colônia. Existem muitas controvérsias sobre a origem da cachaça, no entanto estejam certos de que é um produto genuinamente nacional.  
Diz a história acerca da sua descoberta que um dia escravos a preparar o melado da cana no engenho descuidaram-se, deixando que passasse do ponto, desta maneira estragando-o. Com muito medo que seu erro fosse descoberto acarretando no seu açoitamento no tronco pelo feitor, os escravos esconderam-no.


Escravos trabalhando no engenho

                         No dia seguinte pegaram aquele melado que fermentara durante a noite  e misturaram ao melado novo que estavam preparando.
            Algum tempo depois os escravos notaram que começou a formar gotículas no teto do engenho as quais ficavam pingando sobre os seus corpos. Daí o nome de Pinga. Quando estas gotas caiam sobre as feridas causadas pelas chibatadas nas costas, sentiam um grande ardor. Daí o nome Água Ardente. Este líquido também escorria pelos seus rostos, chegando até as suas bocas e então perceberam que quando o engoliam, ficavam mais alegres. Deste momento em diante começaram a beber para esquecer do frio, da saudade de sua terra natal e do seu pobre destino nas poucas festas que lhes eram permitidas fazer pelos senhores de engenho.
Um dia um senhor de engenho curioso com a bebida que os deixava naquele estado de euforia experimentou a misteriosa bebida e creio que a história de aqui em diante, já pode ser contada por vocês…..


Fonte: Jornal Nacional de Umbanda Ed. 42 - 01/08/2012

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Exu o Guardião do Templo


exu
Tenho recebido muitos e-mails solicitando textos e orientações sobre Exu.
Exu é uma linha de trabalho bastante complexa e polêmica, e devido a falta de informações e preconceitos que foram se formando durantes os anos, desperta muita curiosidade entre os umbandistas e demais estudiosos da Umbanda.
Pretendemos iniciar uma série de textos doutrinários sobre estes incansáveis trabalhadores que atuam na Umbanda.
Fazemos logo de início um alerta: É muito importante não misturarmos os conceitos da Umbanda, com os conceitos do Candomblé e nem da Quimbanda.
Iniciamos, portanto nosso estudo com algumas premissas:
1)Exu na doutrina Umbandista é considerado um Guardião.
2)Existem visões totalmente diferentes entre os cultos de Umbanda, Quimbanda e Candomblé.
3)Muito diferente é o conceito de Exu, espírito trabalhador da Umbanda e da Quimbanda, do Exu Orixá.
4)Na Umbanda trabalhamos com a linha de Exu, ou seja, espíritos que atuam e possuem trabalho bem definido dentro da religião de Umbanda
5)Exu no Candomblé é um Orixá, idêntico aos demais orixás, irmão de Ogum e Oxossi. Podem ser entendidos como forças universais.
6)Exu na Quimbanda tem um papel bem diferente do Exu na Umbanda.
Para nós tanto faz chamarmos de Quimbanda ou Kimbanda.
Neste caso estamos nos referindo a outro tipo de culto, diferente da Umbanda e que não segue a lei da Umbanda, um culto onde não existem “limites” morais para os “trabalhos espirituais” realizados.
Iremos aos poucos elucidando cada uma das questões apresentadas acima.
Hoje quero iniciar esta série de textos com um mito de Oxalá e Exu.
Este mito pode ser encontrado no livro “Mitologia dos Orixás” de Reginaldo Prandi, às fls. 40.
Segue abaixo o mito na íntegra.
Exu ganha o poder sobre as encruzilhadas.

Exu não tinha riqueza, não tinha fazenda, não tinha rio, não tinha profissão, nem artes, nem missão.
Exu vagabundeava pelo mundo sem paradeiro.
Então um dia, Exu passou a ir à casa de Oxalá.
Ia à casa de Oxalá todos os dias.
Na casa de Oxalá, exu se distraia, 
vendo o velho fabricando os seres humanos.
Muitos e muitos também vinham visitar Oxalá,
mas ali ficavam pouco.
Quatro dias, oito dias, e nada aprendiam.
Traziam oferendas, viam o velho orixá,
apreciavam sua obra e partiam.
Exu ficou na casa de Oxalá dezesseis anos.
Exu prestava muita atenção na modelagem
e aprendeu como Oxalá fabricava
as mãos, os pés, a boca, os olhos, o pênis dos homens,
as mãos, os pés, a boca, os olhos, a vagina das mulheres.
Durante dezesseis anos ali ficou ajudando o velho orixá.
Exu não perguntava.
Exu observava.
Exu prestava atenção.
Exu aprendeu tudo.
Um dia Oxalá disse a Exu para ir postar-se na encruzilhada por onde passavam os que vinham à sua casa.
Para fica ali e não deixar passar quem não trouxesse
uma oferenda a Oxalá.
Cada vez mais havia mais humanos para Oxalá fazer.
Oxalá não queria perder tempo
recolhendo os presentes que todos lhe ofereciam.
Oxalá nem tinha tempo para as visitas.
Exu tinha aprendido tudo e agora podia ajudar Oxalá.
Exu coletava os ebós para Oxalá.
Exu recebia as oferendas e as entregava a Oxalá.
Exu fazia bem o seu trabalho
e Oxalá decidiu recompensá-lo.
Assim, quem viesse à casa de Oxalá
teria que pagar também alguma coisa a Exu.
Quem estivesse voltando da casa de Oxalá
também pagaria alguma coisa a Exu.
Exu mantinha-se sempre a postos
guardando a casa de Oxalá.
Armado de um ogó, poderoso porrete,
afastava os indesejáveis
e punia quem tentasse burlar sua vigilância.
Exu trabalhava demais e fez ali sua casa,
ali na encruzilhada.
Ganhou uma rendosa profissão, ganhou seu lugar, sua casa.
Exu ficou rico e poderoso.
Ninguém pode mais passar pela encruzilhada
sem pagar alguma coisa a Exu.
Vamos reinterpretar este mito, através de uma visão umbandista.
Naturalmente que iremos nos referir a linha dos Exus, espíritos e não ao Orixá Exu da Nação.
Iremos destacar alguns trechos do mito acima apresentado:
“Exu não tinha riqueza, não tinha fazenda, não tinha rio, não tinha profissão, nem artes, nem missão.
Exu vagabundeava pelo mundo sem paradeiro.”
Entendemos que todos os Exus que trabalham em Terreiros de Umbanda, possuem compromissos sérios com a lei da Umbanda. São trabalhadores da espiritualidade, chamamos estes exus de Exus de Lei.
Nem sempre estes espíritos foram Exus de Lei, existiu uma época em que eram espíritos que estavam perdidos, sem nenhum compromisso com o bem, com a lei divina, com a evolução e com a espiritualidade. É isso o que diz este trecho “Exu vagabundeava pelo mundo sem paradeiro, Exu não tinha missão”.
Vamos continuar com a leitura:
“Então um dia, Exu passou a ir à casa de Oxalá.
Ia à casa de Oxalá todos os dias.
Na casa de Oxalá, exu se distraia, 
vendo o velho fabricando os seres humanos.”
Aqui vamos, por analogia, chamar de Casa de Oxalá o Terreiro de Umbanda.
Todos sabem que praticamente não existe Terreiro de Umbanda que não tenha no alto, em cima do Congá uma imagem de Oxalá.
Oxalá na Umbanda é sincretizado com Jesus, e com certeza é o principal orixá cultuado na Umbanda.
Podemos afirmar que todo Terreiro de Umbanda é considerado uma Casa de Oxalá, uma casa de caridade, de bênçãos, de amor e espiritualidade.
Voltando ao texto do mito, entendemos então que estes espíritos que vagavam pelo mundo, sem rumo, se aproximaram do Terreiro de Umbanda, e aqui podemos estender o conceito de Terreiro para a própria Umbanda.
Estes espíritos vieram para a Umbanda, e passaram a observar o que se fazia dentro dos Terreiros.
Continuando a leitura do texto:
“Muitos e muitos também vinham visitar Oxalá,
mas ali ficavam pouco.
Quatro dias, oito dias, e nada aprendiam.
Traziam oferendas, viam o velho orixá,
apreciavam sua obra e partiam.
Exu ficou na casa de Oxalá dezesseis anos.
Exu prestava muita atenção na modelagem
e aprendeu como Oxalá fabricava
as mãos, os pés, a boca, os olhos, o pênis dos homens,
as mãos, os pés, a boca, os olhos, a vagina das mulheres.”
Muito são os espíritos que se aproximam dos Terreiros de Umbanda, se aproximam da Lei de Umbanda, mas nada aprendem e se afastam.
Continuam a vagar sem rumo pelo espaço.
Exu por sua vez continuou no Terreiro, observou, prestou atenção, teve paciência,  estudou, aprendeu com o Mestre Oxalá.
“Exu não perguntava.
Exu observava.
Exu prestava atenção.
Exu aprendeu tudo.
Um dia Oxalá disse a Exu para ir postar-se na encruzilhada por onde passavam os que vinham à sua casa.”
Estes espíritos que ficaram, que observavam, que estudavam, que prestavam atenção e que adquiriram o conhecimento maior, ficaram nos Terreiros.
Foi então lhes dado a missão de cuidarem das encruzilhadas, por onde passavam todas as pessoas que se dirigiam a Casa de Oxalá.
São as tronqueiras existentes em todos os Terreiros e que ficam exatamente na entrada do Terreiro, lugar por onde deve passar todos os que entram e todos os que saem.
“Exu mantinha-se sempre a postos
guardando a casa de Oxalá.
Armado de um ogó, poderoso porrete,
afastava os indesejáveis
e punia quem tentasse burlar sua vigilância.”
Aqui verificamos qual a função do Exu da Umbanda, que é a da proteção ao Terreiro, a Casa de Oxalá.
São os Exus os Guardiões do Templo, os Guardiões da Lei da Umbanda.
“Exu trabalhava demais e fez ali sua casa,
ali na encruzilhada.
Ganhou uma rendosa profissão, ganhou seu lugar, sua casa.
Exu ficou rico e poderoso.
Ninguém pode mais passar pela encruzilhada
sem pagar alguma coisa a Exu.”
Verifica-se no texto que os Exus passaram a ser os grandes trabalhadores da Umbanda e passaram a ter um papel muito importante na Umbanda.
Finaliza o mito afirmando que Exu ficou sendo o responsável por todas as encruzilhadas.
Finalizamos este primeiro texto destacando algumas características importantes do Exu de Lei, o Guardião da Umbanda:
1)     Um dia foi um espírito sem rumo, que provavelmente trabalhava negativamente, ou era dominado por espíritos negativos.
2)     Em um determinado momento se aproximaram da Lei da Umbanda e mudaram sua forma de pensar e agir, de “vagabundos” passaram a ser os maiores trabalhadores.
3)     Foi designado a estes espíritos a função de tomarem conta da Casa de Oxalá, ou seja, tomarem conta do Terreiro de Umbanda, da Lei de Umbanda.
4)     São espíritos fortes, e quando necessário, podem usar de meios duros para afastarem e punirem os indesejáveis.
5)     São os espíritos responsáveis por todas as encruzilhadas.
Encerramos aqui esta rápida reflexão sobre o Guardião, nos próximos textos estaremos aprofundando as questões abordadas  acima.
Saravá Exu das Sete Encruzilhadas!
Saravá Umbanda!

sábado, 2 de março de 2013

Obaluaê/Omulú: O Orixá Rei da Terra será o regente de 2013


Você sabe quais são os orixás que regem 2013

Os orixás que regem 2013 terão uma grande influência a respeito do que vai acontecer ao longo do ano. Segundo as crenças das religiões africanas, cada ano é regido por um Orixá. E, este ano, é a vez de Obaluâe, que é o patrono das Santas Almas.
Mas qual será o impacto dos orixás que regem 2013

Pois bem, Obaluâe é o Orixá da morte e representa a passagem da vida para a morte. No entanto, isso não é algo negativo, mas sim um indicativo de mudanças e transformações, que podem tanto ser positivas como negativas.
Além disso, Obaluâe também tem um lado que representa o materialismo. Isto faz com que 2013 seja um ano favorável para ganhar dinheiro e melhorar sua vida profissional. Contudo, Obaluâe é um orixá severo e insensível, não se importando muito com o cumprimento de nossas expectativas e esperanças.
Omolú/Obaluaiê regente do Ano pede atenção redobrada pois neste ano é regido pelo Materialismo.
Também é bom lembrar que no seu lado positivo, Obaluâe é consolidador dos projetos e representa o nosso lado mais realizador e empenhado em construir algo de sólido em nossa vida. Ele tem um papel importante também em tudo o que diz respeito à nossa vida profissional, à nossa carreira e ao espaço que ocupamos na sociedade com nossa atividade e nosso trabalho. E o tempo (“cronos”, o nome grego de Saturno), é um fator fundamental na maturação de tudo o que esperamos na vida, portanto a paciência e a perseverança também são elementos indispensáveis para podermos extrair o melhor que Obaluâe pode nos oferecer.
Obaluâe por ser o senhor da transformação mostrará que a terra precisa transformar, e como consequência nós homens estaremos mais suscetíveis a essas transformações principalmente climáticas e telúricas (Terremotos) há um índice alto também de erupções vulcânicas para o segundo bimestre do Ano de 2013.
Apesar de Obaluâe ser o orixá da Morte, 2013 nãos erá um ano de mortes como 2012, será um ano mais passível pois é regido pela Razão. Omolú/Obaluaiê é filho de Nanã, irmão de Oxumarê e sua figura é cercada de mistérios. A Ele é atribuído o controle sobre todas as doenças, especialmente as epidêmicas. O poderoso orixá tem tanto o poder de causar a doença como pode possibilitar a cura do mesmo mal que criou.

HISTÓRIA E PERFIL DO ORIXÁ OBALUAÊ / OMULU ( O REI DA TERRA)


Obaluaê é uma flexão dos termos: Oba (rei) – Oluwô (senhor) – Ayiê (terra), ou seja, “Rei, senhor da Terra”. Omulu também é uma flexão dos termos: Omo (filho) – Oluwô (senhor), que quer dizer ” Filho e Senhor”. Obaluaê, o mais moço, é o guerreiro, caçador, lutador. Omulu o mais velho, é o sábio, o feiticeiro, guardião. Porém, ambos têm a mesma regência e influência. No cotidiano significam a mesma coisa, têm a mesma ligação e são considerados a mesa força da natureza.
Obaluaê (ou Omulu) é o Sol, a quentura e o calor do astro rei. É o Senhor das pestes, das moléstias contagiosas, ou não. É o rei da Terra, do interior da Terra, e é o Orixá que cobre o rosto com o Filá (de palha – da – Costa), porque para os humanos é proibido ver seu rosto, pela deformação feita pela doença, e pelo respeito que devemos a este poderosíssimo Orixá.
Obaluaê está no organismo, no funcionamento do organismo. Na dor que sentimos pelo mal funcionamento dos órgãos, ou por uma queda, corte ou queimadura.
Obaluaê rege a saúde, os órgãos e o funcionamento destes. A ele devemos nossa saúde e é comum, nas Casas de Santos, se realizar os Eboris de Saúde, que fazem pra trazer saúde para o corpo doente.
O órgão central da regência de Obaluaê é a bexiga, mas está ligado a todos os outros. Ele trata do interior, fundamentalmente, mas cuida também da pele e de suas moléstias.
Divide com Iansã a regência dos cemitérios, pois ele é o Orixá que vem como emissário de Oxalá (princípio ativo da morte), para buscar o espírito desencarnado. É Obaluaê (ou Omulu) que vai mostrar o caminho, servir de guia para aquela alma.
Obaluaê também é o Senhor da Terra e das camadas de seu interior, para onde vamos todos nós. Daí a ligação que tem com os mortos, pois ele é quem vai cuidar do corpo sem vida, e guiar o espírito que deixou aquele corpo. É por isso que Obaluaê e Omulu gostam de coisas passadas, apodrecidas.
O sol também tem a sua regência. Ele também é o Calor provocado pelo sol quente. Há quem diga que não se deve sair à rua quando o Sol está quente sem a proteção de um patuá, a fim de não correr o riscos e não sofrer a ira de Obaluaê, geralmente fatal.
Obaluaê está presente em nosso dia-a-dia, quando sentimos dores, agonia, aflição, ansiedade. Está presente quando sentimos coceira e comichões na pele.Rege também o suor, a transpiração e seus efeitos. Rege aqueles que tem problemas mentais, perturbações nervosas e todos os doentes.
Está presente nos hospitais, casa de saúde, ambulatórios, postos de saúde, clínicas, sempre próximo aos leitos. Rege os mutilados, aleijados, enfermos. Ele proporciona a doença mas, principalmente, a cura, a saúde. É o Orixá da misericórdia.
Obaluaê é à força da Natureza que rege o incômodo de um modo geral. Rege o mal estar, o enjôo, o mal humor, a intranqüilidade. É o Orixá do abafamento e está presente nele, bem como na má digestão e na congestão estomacal. Gera o ácido úrico e seus efeitos. 
Obaluaê está presente em todas as enfermidades e sua invocação, nessas horas, pode significar a cura, a recuperação da saúde.
Mitologia 
Filho de Nanã – que abandou por ser doente – foi criado por Iemanjá. É o irmão mais velho de Ossãe, Oxumarê e Ewá; Orixá fundamentalmente Jeje, mas louvado em todas as nações, por sua importância.
Conta-se que, uma vez esquecido por Nanã, fora criado por Iemanjá, que curou das moléstias. Cresceu forte, desenvolveu a arte da caça, tornando-se guerreiro e viajante.
Certo dia, numa de suas jornadas, chegou até uma aldeia, coberto de palha, como sempre viveu. Como todos conheciam sua fama, suas ligações com as moléstias contagiosas, foram barradas antes mesmo de penetrar na aldeia.
-Não o queremos aqui! – disse o dirigente da tribo.
- Mas quero apenas água e um pouco de comida, para prosseguir minha viagem. Apenas isso! – respondeu Obaluaê, ou melhor, dizendo Xapanã, nome pelo qual era chamado.
- Vá-se embora, Xapanã! Não precisamos de doença, nem de mazelas em nossa aldeia. Vá procurar água e comida em outro lugar!
E Xapanã, então foi sentar-se no alto do morro próximo. A manhã mal começara e ele ficou, sentado, envolto em palha da costa, observando a subida do sol.
O tempo foi passando, as horas foram-se passando e, ao meio-dia, exatamente, o Sol já escaldante, tornou-se insuportável. A água ficara quente, o alimento se estragava e toda a tribo se contorcia de dor, aflição e agonia. Xapanã a tudo observava, imóvel, como um totem, como um símbolo de palha.
Na aldeia um alvoroço se fez. Uns tinham dores na barriga, outros tinham forte dores de cabeça. Outros, ainda, arrancavam sangue da própria pele, numa coceira incontrolável. Outros agiam como loucos incontrolados. Aos poucos, a morte foi chegando para alguns.
Xapanã apenas assistia…
Parecia que o tempo havia parado ao meio-dia, mas, na verdade, foram três dias de sol quente, pois a noite não chegava. Era apenas sol durante todo o tempo. E durante todo o tempo a aldeia viu-se às voltas com doenças, loucura, sede, fome, morte!
Xapanã, inerte, via tudo, imóvel…
Não agüentando mais, e vendo que Xapanã continuava do alto do pequeno morro observando, o dirigente de aldeia foi até ele suplicar perdão, atirando-se aos seus pés.
- Em nome de Olorun, perdoe-nos! Já não suportamos tanto sofrimento! Tente perdoar, por favor, Senhor Xapanã! Tente perdoar!
De súbito, Xapanã levantou-se, desceu até a aldeia e pisou na terra. Tornou-a fria. Tocou na água, tornou-a também fria; tocou os alimentos e tornou-os novamente comestível; tocou a cabeça de cada um dos aldeões e curou-lhes a doença; tocou os mortos e fez voltar a vida em seus corpos.
Restaurada a normalidade, Xapanã pediu mais uma vez:
-Quero um pouco de água e alguma comida para prosseguir viagem.
Num instante foi-lhe servido o que de melhor havia em toda a aldeia. Deram-lhe, vinhos de palmeira, frutas, carne, legumes, cereais, enfim, o que tinham de melhor.
Voltando-se para os aldeãos, Xapanã deu-lhes uma lição de vida.
-Vivemos num só mundo. Sobre a mesma terra, debaixo do mesmo sol. Somos todos irmãos e devemos ajudar uns aos outros, para que a vida seja mantida. Dar água a quem tem sede, comida a quem tem fome é ajudar a manter a vida.
Voltou-se e partiu. Atrás dele o povo da aldeia gritava:
-Xapanã, Rei e Senhor da Terra! Xapanã, Obaluaê! Xapanã, Obaluaê! Xapanã, Obaluaê!
Obaluaê que sua benção e proteção nos seja dada sempre!.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Os elementais e a hierarquia de Ogum o reino do fogo

dark-ritual
Vamos continuar a estudar os elementais.
Hoje iremos abordar os elementais e o primeiro reino, o reino do fogo.
Se você está chegando agora, recomendamos que leia os artigos que já foram publicados aqui neste blog:
Estamos apresentando uma visão umbandista sobre os elementais e a sua relação com os sete reinos sagrados.
Todos sabemos que embora muito se escreva sobre os elementais, muito pouco se sabe sobre eles e a literatura existente na sua maior parte é somente cópia de cópias de antigos textos ocultistas ou uma literatura fantasiosa  que é explorada pelo comercio de bonecos e coisas do gênero.
A Umbanda por apresentar uma nova visão do universo espiritual, e ao mesmo tempo fazer uma releitura de quase todas as filosofias e religiões existentes, nos permite aprofundar o conhecimento sobre uma imensa quantidade de seres existentes na espiritualidade.
Isso é possível quando nos amparamos na doutrina umbandista, que apresenta fundamentos e princípios que servem de referência para interpretarmos este mundo desconhecido. Podemos afirmar que a doutrina seria como  um mapa, para nos orientar neste mundo desconhecido.
Um destes princípios umbandistas, são os sete reinos sagrados ou as sete linhas da umbanda.
Já sabemos que existe diferença entre ELEMENTAIS e ELEMENTARES e que ambos são fases do processo evolutivo da mônada espiritual antes de atingir a condição de ESPÍRITO no sexto reino ou REINO DA HUMANIDADE.
A visão doutrinária umbandista dos sete reinos sagrados é uma doutrina evolucionista e apresenta um único caminho evolutivo e que é conhecido como ARAPÉ  o Caminho da Luz.
Todos nós participamos deste caminho evolutivo e estamos, nesta fase do nosso desenvolvimento, estagiando no sexto reino,REINO DA HUMANIDADE.
Já passamos portanto pelas fases evolutivas anteriores; já fomos elementais e percorremos os quatro primeiros reinos:REINO DO FOGO, REINO DA TERRA, REINO DO AR E REINO DA ÁGUA.
Também já ultrapassamos a fase de elementares quando estagiamos pelo REINO DA ÁGUA E REINO DAS MATAS.
Agora estamos cumprindo nosso destino pelo REINO DA HUMANIDADE e caminhamos para o sétimo reino,o REINO DAS ALMAS, o reino onde estaremos totalmente livres da MATÉRIA, o reino da ANGELITUDE.
Durante todo este processo, que pode demorar bilhões anos, estaremos atuando em estruturas, que no estudo umbandista, chamamos de CAMPOS ESTRUTURAIS.
Percorremos a eternidade atuando sobre estruturas, sejam elas simples ou complexas, e de natureza física, etérea, mental, emocional ou espiritual.

A Mônada, ainda em seu estado inicial de criação, possui todas as características espirituais conhecidas por nós e outras ainda desconhecidas pela Humanidade, mas todas em estado latente.
É através desta atuação, da Mônada,  em CAMPOS ESTRUTURAIS  que estas forças, qualidades  e capacidades espirituais serão liberadas ou desenvolvidas, da mesma forma que nós seres espirituais que estagiamos no REINO DA HUMANIDADE,  presos a pesadas estruturas materiais, estamos aos poucos desenvolvendo novas capacidades e qualidades espirituais que se encontram em estado dormente em nosso íntimo.
Já sabemos que a Mônada atua nos quatro primeiros reinos como um Elemental, e já estudamos as possíveis combinações de prováveis tipos de elementais.
Para facilidade de estudo criamos uma matriz numérica para facilitar o entendimento.
Fizemos uma matriz agrupando os quatro reinos, onde a mônada recebe a nomenclatura de Elemental,  e os sete reinos sagrados com suas varias formas de expressão e manifestação.
Representamos a mônada utilizando a letra “M” e cada reino foi representado pelo número correspondente ao reino: fogo (1), Terra(2), Ar(3), Água(4), Matas(5), Humanidade(6), Almas(7).
Por exemplo:
M12 => representa uma mônada do reino do fogo (1) atuando no reino da Terra (2)
Vamos determinar inicialmente quantas mônadas podem existir nas condições apresentadas acima: Mônadas pertencentes aos quatro primeiros reinos ( 1,2,3,4) que atuam nos sete reinos (1,2,3,4,5,6,7)
Uma matriz 4×7
M11, M12, M13, M14, M15, M16, M17
M21, M22, M23, M24, M25, M26, M27
M31, M32, M33, M34, M35, M36, M37
M41, M42, M43, M44, M45, M46, M47
Verificamos que possuímos 28 tipos diferentes de mônadas atuando como elementais.
Sabemos que podemos combinar estes 28 elementos primordiais, formando milhões de combinações possíveis o que torna quase impossível o estudo detalhado de todos estes seres elementais.
Mas vamos estudar melhor  estes 28 seres elementais.
Lembramos que os sete reinos sagrados, estão relacionados a SETE HIERARQUIAS ESPIRITUAIS que são regidas por SETE ORIXÁS REGENTES.
Como os elementais são seres espirituais ligados aos quatro primeiros reinos, eles estão subordinados as quatro primeiras hierarquias espirituais:
1)Hierarquia espiritual do Reino do Fogo – Orixá regente é Ogum sua cor é vermelha.
2)Hierarquia espiritual do Reino da Terra – Orixá regente é Xangô sua cor é Marrom.
3)Hierarquia espiritual do Reino do Ar – Orixá regente é Iansã sua cor é amarelo.
4)Hierarquia espiritual do reino da Água –  Orixá regente é Iemanjá sua cor é Azul Claro
As Mônadas neste estagio de Elemental não possuem o livre arbítrio, e suas forças espirituais são muito fracas e praticamente não possuem condição alguma de alterar, por sua livre vontade, seu padrão vibratório.
Somente através dos bilhões de anos é que estarão se desenvolvendo e caminhando para sua individualidade e livre arbítrio.
Podemos dizer que são núcleos espirituais, que possuem determinado padrão vibratório, conforme seu reino ou campo de atuação e que estão subordinadas a forças espirituais de maior magnitude espiritual e são por estas forças utilizadas na manutenção dos diversos  CAMPOS ESTRUTURAIS  naturais.
Vamos conhecer algumas delas e estudar sua qualidade ou característica principal.
Iremos estudando sequencialmente através dos quatro reinos, começaremos pelo REINO DO FOGO.

festa ogum 324
Mônada M11:
É um Elemental do reino do fogo e que atua diretamente no reino do fogo.
Sua cor é o vermelho .
É um Elemental  regido somente pelo Orixá Ogum.
Na Umbanda podemos afirmar que  este Elemental está sob o domínio, por exemplo,  de um OGUM SETE ESPADAS e daquelas entidades espirituais ligadas diretamente às qualidades deste reino.
Estas entidades espirituais que se manifestam utilizando a nomenclatura de OGUM SETE ESPADAS, OGUM SETE LANÇAS, OGUM SETE ESCUDOS e outros,  possuem todo o conhecimento necessário para utilizarem a força espiritual destes elementais, são especialistas na manipulação destas forças e destes seres.
Atua nos campos estruturais que mantém o fogo; quando acendemos uma vela são estes elementais que  atuam na estrutura da chama da vela.
Na magia umbandista podemos ampliar a ação deste Elemental utilizando, por exemplo, uma vela na cor vermelha.
Estão ligados ao calor, energia, violência, destruição,  iniciativa, liderança etc...
Mônada M12:
É um Elemental do reino do fogo que atua no reino da terra.
Sua cor é o Vermelho e o Marrom, ou uma mistura de ambas as cores.
É um Elemental regido pelos Orixás Ogum e Xangô.
Na Umbanda podemos afirmar que  este Elemental esta sob o domínio, por exemplo,  de um OGUM DAS PEDREIRAS ou um  OGUM DE LEI  e daquelas entidades espirituais ligadas diretamente as qualidades destes dois  reinos.
Estas entidades espirituais que se manifestam utilizando a nomenclatura de OGUM DAS PEDREIRAS, OGUM DE LEI, OGUM DAS MONTANHAS e outros,  possuem todo o conhecimento necessário para utilizarem a força espiritual destes elementais, são especialistas na manipulação destas forças e destes seres.
Atua nos campos estruturais que necessitam da força e da lei, a energia no cumprimento da lei, das regras etc...
Também encontramos estes elementais no magma, nos vulcões, no interior da Terra etc...
Na magia umbandista podemos ampliar a ação deste Elemental utilizando, por exemplo, uma vela marrom ou uma vela na cor vermelha acesa sobre um piso ou um pano marrom; lembramos que a terra é marrom e podemos aumentar a ação acendendo uma vela vermelha diretamente no chão em contato direto com a terra.
Mônada M13:
É um Elemental do reino do fogo que atua no reino do Ar.
Sua cor é o vermelho e o amarelo, ou uma mistura de ambas as cores.
É um Elemental regido pelos Orixás Ogum e Iansã.
Na Umbanda podemos afirmar que  este Elemental esta sob o domínio, por exemplo,  de um OGUM DOS VENTOS ou um  OGUM SETE RAIOS  e daquelas entidades  espirituais ligadas diretamente às qualidades destes dois  reinos.
As entidades espirituais que se manifestam utilizando a nomenclatura de OGUM DOS VENTOS, OGUM TEMPESTADE, OGUM VENTANIA, OGUM SETE RAIOS e outros,  possuem todo o conhecimento necessário para utilizarem a força espiritual destes elementais, são especialistas na manipulação destas forças e destes seres.
Atua nos campos estruturais que necessitam da força e da expansão, a energia na comunicação etc...
Também encontramos estes elementais nas tempestades, nos furacões, no som, nos mantras etc...
Na magia umbandista podemos ampliar a ação deste Elemental utilizando, por exemplo, uma vela amarela ou uma vela na cor vermelha acesa sobre um piso ou um pano amarelo. Muito utilizado quando precisamos forçar, aumentar  ou expandir determinada situação.
Mônada M14:
É um Elemental do reino do fogo que atua no reino da água.
Sua cor é o vermelho e o azul, ou uma mistura de ambas as cores.
Aqui fazemos um parêntese para comentar sobre o reino da água e a cor azul.
Muitas são as forças que atuam neste reino, mas todas possuem a cor no tom azul.
Podemos por exemplo, lembrar Iemanjá azul claro, Oxum azul escuro, Nanã Violeta.
É um Elemental regido pelos Orixás Ogum e Iemanjá.
Na Umbanda podemos afirmar que  este Elemental esta sob o domínio, por exemplo,  de um OGUM BEIRA MAR  ou um OGUM IARA  e daquelas entidades espirituais ligadas diretamente as qualidades destes dois  reinos.
As entidades espirituais que se manifestam utilizando a nomenclatura de OGUM BEIRA MAR, OGUM IARA, OGUM SETE ONDAS e outros,  possuem todo o conhecimento necessário para utilizarem a força espiritual destes elementais, são especialistas na manipulação destas forças e destes elementais.
Atua nos campos estruturais que necessitam da força e da emoção, a energia no amor, na geração, na concepção  etc...
Também encontramos estes elementais na água quente, no vapor , nas nuvens, no sangue  que é vermelho quente e líquido etc...
Na magia umbandista podemos ampliar a ação deste Elemental utilizando, por exemplo, uma vela azul ou uma vela na cor vermelha acesa sobre um piso ou um pano azul, também podemos acender a vela vermelha na praia, na beira de um rio, na cachoeira, em uma fonte ou dentro de uma vasilha que contenha água etc...
Estes elementais estão ligados com o sangue e com a vitalidade.
Mônada M15:
É um Elemental do reino do fogo que atua no reino das Matas.
Sua cor é o vermelho e o verde, ou uma mistura de ambas as cores.
É um Elemental regido pelos Orixás Ogum e Oxossi.
Na Umbanda podemos afirmar que  este Elemental esta sob o domínio, por exemplo,  de um OGUM ROMPE MATO  ou um  OGUM DAS MATAS  e daquelas entidades espirituais ligadas diretamente as qualidades destes dois  reinos.
Todas as entidades espirituais que se manifestam utilizando a nomenclatura de OGUM ROMPE MATO, OGUM ARRANCA TOCO e todos os Guerreiros das Matas,  possuem todo o conhecimento necessário para utilizarem a força espiritual destes elementais, são especialistas na manipulação destas forças e destes elementais.
Atua nos campos estruturais que necessitam da força e da fartura, a energia na individualidade, nos alimentos, na tecnologia  etc...
Também encontramos estes elementais nas flores vermelhas, frutas vermelhas, animais e aves que possuem a cor vermelha,  incêndios na floresta etc...
Na magia umbandista podemos ampliar a ação deste Elemental utilizando, por exemplo, uma vela verde ou uma vela na cor vermelha acesa sobre um piso ou um pano verde, também podemos acender a vela  verde na floresta, ou uma vela verde rodeada de flores ou frutas vermelhas etc...
Mônada M16:
É um Elemental do reino do fogo que atua no reino da Humanidade.
Sua cor é o vermelho e o branco, ou uma mistura de ambas as cores.
É um Elemental regido pelos Orixás Ogum e Oxalá.
Na Umbanda podemos afirmar que  este Elemental esta sob o domínio, por exemplo,  de um OGUM MATINATA e daquelas entidades espirituais ligadas diretamente as qualidades destes dois  reinos.
Todas as entidades espirituais que se manifestam utilizando a nomenclatura de OGUM MATINATA, OGUM SETE ESTRELAS e todos os OGUNS ligados a situações que envolvam a humanidade e a fé,  possuem todo o conhecimento necessário para utilizarem a força espiritual destes elementais, são especialistas na manipulação destas forças e destes elementais.
Atua nos campos estruturais que necessitam da força e da fé, a energia no relacionamento humano, na fraternidade  etc...
Na magia umbandista podemos ampliar a ação deste Elemental utilizando, por exemplo, uma vela branca acesa sobre um pano vermelho ou uma vela vermelha acesa sobre um piso ou um pano branco, também podemos acender uma vela vermelha  num campo florido, ou rodeada de flores brancas.
Mônada M17:
É um Elemental do reino do fogo que atua no reino das Almas.
Sua cor é o vermelho e o preto, ou uma mistura de ambas as cores.
É um Elemental regido pelos Orixás Ogum e Omulu.
Na Umbanda podemos afirmar que  este Elemental esta sob o domínio, por exemplo,  de um OGUM MEGÊ e daquelas entidades espirituais ligadas diretamente as qualidades destes dois  reinos.
Todas as entidades espirituais que se manifestam utilizando a nomenclatura de OGUM MEGÊ, OGUM NARUÊ, OGUM DE NAGÔ e todos os OGUNS ligados ao cemitério  e demandas,  possuem todo o conhecimento necessário para utilizarem a força espiritual destes elementais, são especialistas na manipulação destas forças e destes elementais.
Atua nos campos estruturais que necessitam da força e da magia, magia negra, mediunidade, na transformação, deterioração,  putrefação   etc...
Na magia umbandista podemos ampliar a ação deste Elemental utilizando, por exemplo, uma vela vermelha acesa sobre um pano preto ou uma vela preta acesa sobre um piso ou um pano vermelho, também podemos acender a vela  diretamente no cemitério.
Finalizamos este estudo inicial sobre os elementais pertencentes aos primeiro reino, o reino do fogo.
Ainda existe muita coisa para ser desvendada, estudada e compreendida.
Além dos aspectos que foram comentados acima, lembramos que estes elementais também estão presentes no corpo humano e cada um atuando em partes de um órgão ou sistema, seja no sangue, nos rins, no intestino na pele etc...
Mas este é outro assunto que em breve estaremos estudando.

Saravá Umbanda!

São Vicente, 07/02/2013
Manoel Lopes – Dirigente do Núcleo Mata Verde