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- Psychiatry is, and has historically been, viewed as controversial by those under its care, as well as some sociologists and psychiatrists themselves. There are a variety of reasons cited for this controversy, including the subjectivity of diagnosis, the use of diagnosis and treatment for social and political control including detaining citizens and treating them without consent, the side effects of treatments such as electroconvulsive therapy, antipsychotics and historical procedures like the lobotomy and other forms of psychosurgery or insulin shock therapy, and the history of racism within the profession in the United States. In addition, there are a number of groups who are either critical towards psychiatry or entirely hostile to the field. The Critical Psychiatry Network is a group of psychiatrists who are critical of psychiatry. Additionally, there are self-described psychiatric survivor groups such as MindFreedom International and religious groups such as Scientologists that are critical towards psychiatry. (en)
- Desde que a psiquiatria existiu, ela foi objeto de controvérsia. Tratamentos psiquiátricos algumas vezes são vistos em última análise como mais prejudiciais do que úteis para os pacientes. A psiquiatria atual baseada em evidências científicas é legitimada e considerada em seu objetivo uma prática médica benigna, mas às vezes é vista por alguns como um instrumento coercitivo de opressão. Ela já foi criticada, dentre outros motivos, como envolvendo uma relação de poder desigual entre médico e paciente; que o processo diagnóstico seria subjetivo, deixando espaço demasiado para opiniões e interpretações; e que sua prática estaria sujeita a abusos através de alienação social, medicalização e medicamentalização excessiva. A história da psiquiatria envolve o que alguns consideram ser tratamentos perigosos. Terapia eletroconvulsiva é um deles, que foi amplamente usado entre as décadas de 1930 e 1960 de forma agressiva, e é ainda utilizada hoje, porém com maior segurança, menos intensidade e visando a nenhum dano (primum non nocere). O procedimento de cirurgia cerebral para fins psiquiátricos é outra prática que acabou sendo vista como muito invasiva e brutal, mas atualmente há critérios bioéticos e protocolos rígidos para a garantia de segurança em psicocirurgia. O uso prolongado de medicações psiquiátricas modernas também já foi criticado, tanto em relação a prescrições nocivas quanto a interesses farmacêuticos de mercado. Já no século XVIII, autoridades médicas na Europa consideravam os doentes mentais como lunáticos, de forma que para alguns considerados incuráveis o único "tratamento" consistia de isolamento da sociedade; houve relatos de métodos agressivos, incluindo castigos físicos. Exemplos notórios ocorreram na Inglaterra, com o hospício Bedlam, em que internados eram submetidos a restrição de dieta, banhos frios, purgantes, além de exposições como zoológico humano; e as chamadas "madhouses", locais particulares convertidos em manicômios rentáveis em meio a demanda, servindo àqueles de condição financeira abastada como asilos de refúgio, enquanto os mais pobres chegavam a ser encarcerados em celas insalubres e sofriam maus tratos - já na época foram levantadas denúncias quanto a esse tipo de confinamento, e apenas com o foram lá consideradas as pessoas doentes como necessitando de tratamento. Novas propostas iluministas para uma psiquiatria moderna surgiram no início do século XIX, o que foi marcante no hospital Bicêtre em Paris, com , e Philippe Pinel, que libertaram cativos de correntes e consideraram os doentes mentais como indivíduos necessitando de condições sociais humanas e afeto, prática que se difundiu na fundação de novos hospitais e levou a uma das primeiras reformas psiquiátricas institucionais, dentre pioneiros em outros países. Críticas à especialidade, como a antipsiquiatria, e buscas de humanização do tratamento levaram a reformas, como o movimento antimanicomial no Brasil, por exemplo, destacando-se, dentre os pioneiros, a atuação de Nise da Silveira. (pt)
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- Psychiatry is, and has historically been, viewed as controversial by those under its care, as well as some sociologists and psychiatrists themselves. There are a variety of reasons cited for this controversy, including the subjectivity of diagnosis, the use of diagnosis and treatment for social and political control including detaining citizens and treating them without consent, the side effects of treatments such as electroconvulsive therapy, antipsychotics and historical procedures like the lobotomy and other forms of psychosurgery or insulin shock therapy, and the history of racism within the profession in the United States. (en)
- Desde que a psiquiatria existiu, ela foi objeto de controvérsia. Tratamentos psiquiátricos algumas vezes são vistos em última análise como mais prejudiciais do que úteis para os pacientes. A psiquiatria atual baseada em evidências científicas é legitimada e considerada em seu objetivo uma prática médica benigna, mas às vezes é vista por alguns como um instrumento coercitivo de opressão. Ela já foi criticada, dentre outros motivos, como envolvendo uma relação de poder desigual entre médico e paciente; que o processo diagnóstico seria subjetivo, deixando espaço demasiado para opiniões e interpretações; e que sua prática estaria sujeita a abusos através de alienação social, medicalização e medicamentalização excessiva. (pt)
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