RESUMO A partir da análise da trajetória de duas bailarinas, Josephine Baker e Mercedes Baptista, o artigo propõe uma reflexão acerca do conceito de estereótipos de Stuart Hall. Por serem mulheres negras, categorias eram aplicadas às suas movimentações sem maior profundidade: para Josephine, identificação com danças primitivas; para Mercedes, a falta de reconhecimento de um corpo negro em destaque na dança clássica. As formas como elas lideram com estereótipos e se tornaram agentes de seus corpos, além das marcas que deixaram na sociedade ocidental, serão aqui objetos de análise.
ABSTRACT Based on the analysis of the trajectory of two dancers, Josephine Baker and Mercedes Baptista, this article proposes a reflection on the concept of stereotypes as per Stuart Hall. Being Black women, categories were applied to their movements without further depth: for Josephine, there was the identification with primitive dances; for Mercedes, the lack of recognition of a Black body in a leading role in classical dance. The ways in which they dealt with stereotypes and became agents of their bodies, and the marks they left in the western society will be the objects of analysis.
RÉSUMÉ À partir de l’analyse de la trajectoire de deux danseuses, Joséphine Baker et Mercedes Baptista, l’article propose une réflexion sur le concept de stéréotypes dans Stuart Hall. Étant des femmes noires, des catégories ont été appliquées à leurs mouvements sans plus de profondeur: pour Joséphine, l’identification aux danses primitives; pour Mercedes, le manque de reconnaissance d’un corps noir dans un premier rôle en danse classique. Comment elles sont fait face aux stéréotypes et sont devenues des agents de leurs corps et les marques qu’elles ont laissées dans la société occidentale, ils seront ici analysés.