Primavera Árabe: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Etiqueta: Inserção de predefinição obsoleta |
|||
(Há 9 revisões intermédias de 6 utilizadores que não estão a ser apresentadas) | |||
Linha 1:
{{Info/Evento histórico
|nome =
|imagem = Infobox collage for MENA protests.PNG
|legenda = Do topo, em sentido horário: [[Revolução no Egito em 2011|Revolução Egípcia]], [[Revolução de Jasmim|Revolução Tunisiana]], [[Protestos na Líbia em 2011|Revolução Líbia]] e [[Protestos no Iêmen em 2011|protesto no Iêmen]].
Linha 11 ⟶ 9:
|resultado = [[Inverno Árabe]]
}}
'''Primavera Árabe''' ({{Langx|ar|الربيع العربي|ar-rabīʻ al-ʻarabī}}) foi uma série de [[Resistência não violenta|protestos antigovernamentais]], [[Rebelião|revoltas]] e [[Insurgência|rebeliões armadas]] que se espalharam por grande parte do [[mundo árabe]] no início da década de 2010. A [[onda revolucionária]] que [[Revolução de Jasmim|teve início na Tunísia]] em resposta à corrupção e [[estagnação econômica]].<ref>{{Citar jornal|ultimo=|primeiro=|url=https://www.reuters.com/article/tunisia-protests-bouazizi-idAFLDE70G18J20110119/|titulo=Peddler's martyrdom launched Tunisia's revolution|data=19 de janeiro de 2011|acessodata=13 de setembro de 2024|publicado=Reuters|arquivourl=https://web.archive.org/web/20230106020438/https://www.reuters.com/article/tunisia-protests-bouazizi-idAFLDE70G18J20110119|arquivodata=6 de janeiro de 2023|urlmorta=live}}</ref><ref name=":0">{{Citar web|url=http://www.payvand.com/news/11/feb/1080.html|titulo=Uprisings in the region and ignored indicators|acessodata=23 de fevereiro de 2011|website=Payvand|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130425231858/http://www.payvand.com/news/11/feb/1080.html|arquivodata=25 de abril de 2013|urlmorta=dead}}</ref> Da [[Tunísia]], os protestos se espalharam para outros cinco países: [[Líbia]], [[Egito]], [[Iémen|Iêmen]], [[Síria]] e [[Bahrein]]. Os governantes foram depostos ([[Zine El Abidine Ben Ali]] da Tunísia em 2011, [[Muammar Gaddafi]] da Líbia em 2011, [[Hosni Mubarak]] do Egito em 2011 e [[Ali Abdullah Saleh]] do Iêmen em 2012) ou ocorreram grandes revoltas e violência social, incluindo motins, guerras civis, ou insurgências. Manifestações de rua sustentadas ocorreram em [[Marrocos]], [[Iraque]], [[Argélia]], [[Líbano]], [[Jordânia]], [[Kuwait]], [[Omã]] e [[Sudão]]. Pequenos protestos ocorreram no [[Djibouti|Djibuti]], [[Mauritânia]], [[Estado da Palestina]], [[Arábia Saudita]] e no [[Províncias Meridionais|Saara Ocidental ocupado pelo Marrocos]].<ref name="NYRB-Ruthven">{{Citar periódico |url=http://www.nybooks.com/articles/2016/06/23/how-to-understand-isis/ |título=How to Understand ISIS |data=23 de junho de 2016 |acessodata=12 de junho de 2016 |periódico=New York Review of Books |número=11 |ultimo=Ruthven |primeiro=Malise |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160807014415/http://www.nybooks.com/articles/2016/06/23/how-to-understand-isis/ |arquivodata=7 de agosto de 2016 |volume=63}}</ref>
A onda de revoluções e protestos iniciais desapareceu em meados ou finais de 2012, quando muitas manifestações foram recebidas com violência por parte das autoridades,<ref name="Many wounded as Moroccan police beat protestors">{{cite news|url=http://uk.reuters.com/article/uk-morocco-protests-idUKTRE74L2YU20110522 |publisher=Reuters UK |title=Many wounded as Moroccan police beat protestors |date=23 de maio de 2011 |access-date=12 de junho de 2011 |url-status=dead |archive-url=https://web.archive.org/web/20120110041056/http://uk.reuters.com/article/2011/05/22/uk-morocco-protests-idUKTRE74L2YU20110522 |archive-date=10 de janeiro de 2012 }}</ref> milícias pró-governamentais, contramanifestantes e militares. Estes ataques foram respondidos com violência por parte dos manifestantes em alguns casos.<ref name="Syria clampdown on protests mirrors Egypt's as thugs join attacks">{{cite news|url=http://english.ahram.org.eg/NewsContent/2/0/10315/World/0/Syria-clampdown-on-protests-mirrors-Egypts-as-thug.aspx |work=Ahram Online |date=19 de abril de 2011 |access-date=12 de junho de 2011 |title=Syria clampdown on protests mirrors Egypt's as thugs join attacks |url-status=live |archive-url=https://web.archive.org/web/20120222154548/http://english.ahram.org.eg/NewsContent/2/0/10315/World/0/Syria-clampdown-on-protests-mirrors-Egypts-as-thug.aspx |archive-date=22 de fevereiro de 2012 }}</ref> Seguiram-se vários conflitos militares de grande escala após os protestos: a [[Guerra Civil Síria]];<ref name="Fear and Faith in Paradise">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=__lUxmzAZ08C&pg=PA296|título=Fear and Faith in Paradise|ultimo=Karber|primeiro=Phil|data=18 de junho de 2012|editora=Rowman & Littlefield Publishers|isbn=978-1-4422-1479-8|acessodata=23 de outubro de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170228083711/https://books.google.com/books?id=__lUxmzAZ08C&pg=PA296|arquivodata=28 de fevereiro de 2017}}</ref><ref name="Arab Winter">{{Citar web|url=http://americamagazine.org/issue/culture/arab-winter|titulo=Arab Winter|data=28 de dezembro de 2012|acessodata=23 de outubro de 2014|website=[[America (magazine)|America]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141026051005/http://americamagazine.org/issue/culture/arab-winter|arquivodata=26 de outubro de 2014|urlmorta=live}}</ref> a ascensão do [[Estado Islâmico do Iraque e do Levante|Estado Islâmico]],<ref>{{Citation|last=Al-Marashi|first1=Ibrahim|title=Iraq and the Arab Spring: From Protests to the Rise of ISIS|date=2017|url=https://www.taylorfrancis.com/chapters/edit/10.4324/9780429494581-8/iraq-arab-spring-protests-rise-isis-ibrahim-al-marashi|journal=The Arab Spring|pages=147–164|access-date=2023-08-06|edition=2|publisher=Routledge|doi=10.4324/9780429494581-8|isbn=978-0-429-49458-1|archivedate=6 de agosto de 2023|archiveurl=https://web.archive.org/web/20230806223547/https://www.taylorfrancis.com/chapters/edit/10.4324/9780429494581-8/iraq-arab-spring-protests-rise-isis-ibrahim-al-marashi}}</ref> a insurgência e a subsequente [[Guerra Civil Iraquiana (2011–2017)|Guerra Civil Iraquiana]];<ref name="The Jerusalem Post">{{Citar jornal|url=http://www.jpost.com/Middle-East/Analysis-Arab-Winter-is-coming-to-Baghdad-359348|titulo=Analysis: Arab Winter is coming to Baghdad|acessodata=23 de outubro de 2014|website=The Jerusalem Post|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141024013847/http://www.jpost.com/Middle-East/Analysis-Arab-Winter-is-coming-to-Baghdad-359348|arquivodata=24 de outubro de 2014|urlmorta=live}}</ref> a [[Crise Egípcia (2011-2014)|crise]], a [[Eleição presidencial no Egito em 2012|eleição]] e a [[Golpe de Estado no Egito em 2013|destituição]] de [[Mohamed Morsi]] no Egito, e [[Violência política no Egito (2013–2014)|a subsequente agitação]] e [[Linha do tempo do terrorismo no Egito (2013-presente)|insurgência]];<ref name="euronews">{{Citar jornal|url=http://www.euronews.com/2013/02/08/egypt-and-tunisia-s-new-arab-winter/|titulo=Egypt and Tunisia's new 'Arab winter'|data=8 de fevereiro de 2013|acessodata=23 de outubro de 2014|website=Euro news|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141022235641/http://www.euronews.com/2013/02/08/egypt-and-tunisia-s-new-arab-winter/|arquivodata=22 de outubro de 2014|urlmorta=live}}</ref> a [[Crise Líbia (2011–presente)|crise líbia]]; e a [[Crise Iemenita|crise iemenita]] e [[Guerra Civil Iemenita (2014–presente)|a subsequente guerra civil]].<ref name="Yemen's Arab winter">{{Citar web|url=http://www.middleeasteye.net/news/yemen-s-arab-winter-1470341500|titulo=Yemen's Arab winter|acessodata=23 de outubro de 2014|website=Middle East Eye|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141024051417/http://www.middleeasteye.net/news/yemen-s-arab-winter-1470341500|arquivodata=24 de outubro de 2014|urlmorta=live}}</ref> Os regimes que não dispunham de grandes riquezas petrolíferas nem de acordos de sucessão hereditária tinham mais probabilidades de sofrer mudanças de regime.<ref name=":1">{{Citar web|url=https://www.journalofdemocracy.org/articles/tracking-the-arab-spring-why-the-modest-harvest/|titulo=Tracking the "Arab Spring": Why the Modest Harvest?|acessodata=2019-10-27|website=Journal of Democracy|lingua=en-US|arquivourl=https://web.archive.org/web/20200107122840/https://www.journalofdemocracy.org/articles/tracking-the-arab-spring-why-the-modest-harvest/|arquivodata=7 de janeiro de 2020|urlmorta=live}}</ref>
== Início ==▼
Uma luta pelo poder continuou após a resposta imediata à Primavera Árabe. Enquanto a liderança mudava e os regimes eram responsabilizados, [[Vácuo de poder|vácuos de poder]] se abriram no mundo árabe. Em última análise, isto resultou numa batalha contenciosa entre a consolidação do poder pelas elites religiosas e o crescente apoio à [[democracia]] em muitos [[Mundo islâmico|Estados de maioria muçulmana]]. As esperanças iniciais de que estes movimentos populares acabariam com a corrupção, aumentariam a participação política e trariam maior equidade económica ruíram rapidamente na sequência dos movimentos [[Contrarrevolução|contrarrevolucionários]] de intervenientes estatais estrangeiros no Iémen,<ref name=":2">{{Citar revista|sobrenome=Filkins|primeiro=Dexter|data=2 de abril de 2018|título=A Saudi Prince's Quest to Remake the Middle East|url=https://www.newyorker.com/magazine/2018/04/09/a-saudi-princes-quest-to-remake-the-middle-east|urlmorta=live|revista=The New Yorker|língua=en|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180809023149/https://www.newyorker.com/magazine/2018/04/09/a-saudi-princes-quest-to-remake-the-middle-east|arquivodata=9 de agosto de 2018|acessodata=9 de maio de 2018}}</ref> das intervenções militares regionais e internacionais no Bahrein e no Iémen, e das guerras civis destrutivas na Síria, no Iraque, na Líbia e no Iêmen.<ref name="Hassan and Dyer">{{Citar periódico |url=https://www.academia.edu/31029084 |título=The State of Middle Eastern Youth. |data=2017 |acessodata=6 de fevereiro de 2017 |periódico=The Muslim World |número=1 |ultimo=Hassan |primeiro=Islam |ultimo2=Dyer |primeiro2=Paul |paginas=3–12 |doi=10.1111/muwo.12175 |issn=0027-4909 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170403002800/http://www.academia.edu/31029084/The_Muslim_World_CIRS_Special_Issue_The_State_of_Middle_Eastern_Youth |arquivodata=3 de abril de 2017 |volume=107}}</ref>
Alguns referiram-se aos conflitos subsequentes e ainda em curso como o [[Inverno Árabe]].<ref name="Fear and Faith in Paradise"/><ref name="Arab Winter"/><ref name="The Jerusalem Post"/><ref name="euronews"/><ref name="Yemen's Arab winter"/> As recentes revoltas no [[Sudão]] e na [[Argélia]] mostram que as condições que deram início à Primavera Árabe não desapareceram e que os movimentos políticos contra [[Autoritarismo|o autoritarismo]] e a exploração ainda estão a ocorrer.<ref>{{Citar web|url=https://jacobinmag.com/2019/05/sudan-algeria-uprising-bouteflika-al-bashir|titulo=The Long Arab Spring|acessodata=2019-09-17|website=jacobinmag.com|lingua=en-US|arquivourl=https://web.archive.org/web/20200210202420/https://www.jacobinmag.com/2019/05/sudan-algeria-uprising-bouteflika-al-bashir|arquivodata=10 de fevereiro de 2020|urlmorta=live}}</ref> Desde o final de 2018, múltiplas revoltas e movimentos de protesto na Argélia, Sudão, Iraque, Líbano e Egipto têm sido vistos como uma continuação da Primavera Árabe.<ref name=":3">{{Citar web|url=http://www.middleeasteye.net/opinion/no-one-can-predict-where-middle-east-will-be-10-years-now|titulo=From Lebanon to Iraq, the Arab Spring never ended, it just gets bigger|acessodata=28 de agosto de 2020|website=Middle East Eye|arquivourl=https://web.archive.org/web/20240913054113/https://www.middleeasteye.net/opinion/no-one-can-predict-where-middle-east-will-be-10-years-now|arquivodata=13 de setembro de 2024|urlmorta=live}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.trtworld.com/opinion/are-we-seeing-a-new-arab-spring-30904|titulo=Are we seeing a new Arab Spring?|acessodata=29 de outubro de 2019|website=Are we seeing a new Arab Spring?|arquivourl=https://web.archive.org/web/20191029010013/https://www.trtworld.com/opinion/are-we-seeing-a-new-arab-spring-30904|arquivodata=29 de outubro de 2019|urlmorta=live}}</ref>
A revolução democrática árabe é considerada a primeira grande onda de protestos
[[Ficheiro:Hosni Mubarak facing the Tunisia domino effect.png|thumb|Uma [[charge]] política de [[Carlos Latuff]] representando [[Hosni Mubarak]] em frente ao [[Teoria do dominó|efeito dominó]] desencadeado pelos [[Protestos na Tunísia em 2010-2011|protestos na Tunísia]].]]▼
Outras causas das más condições de vida, além do desemprego e da injustiça política e social de seus governos, estão na falta de liberdades, na alta [[Militarismo|militarização]] dos países e na falta de infraestruturas em lugares onde todo o benefício de economias em crescimento fica nas mãos de poucos e corruptos.<ref>[[Juan Goytisolo|Goytisolo, Juan]]; [[El País]]: ''Revolución democrática en el Magreb''. (Consultado em 30 de janeiro de 2011).</ref>▼
Por último, a profunda [[crise econômica de 2008|crise do subprime de 2008]] e a crise climática de 2009-2012<ref>[http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/primavera_arabe_e_mudancas_climaticas_estao_associadas.html Mudanças climáticas precipitaram a Primavera Árabe]</ref> na qual foi muito sentida pelos países [[África do Norte|norte-africanos]], piorando os níveis de pobreza, foi um detonador para a elevação do preço dos alimentos e outros produtos básicos.<ref name="rev" /> A estas causas compartilhadas pelos países da região se somam outras particulares. No caso da [[Tunísia]], a quantidade de [[turismo internacional|turistas internacionais]] e, em especial, os europeus que recebia, promoveu maior penetração das ideias ocidentais; ademais, o governo da Tunísia é um dos menos restritivo.<ref name="rev" />▼
== Histórico ==
{{AP|Revolução de Jasmim}}
[[Ficheiro:Zine El Abidine Ben Ali cropped.jpg|thumb|200px|[[Zine El Abidine Ben Ali]], o primeiro [[chefe de estado]] a ser deposto, em janeiro de [[2011]].]]
Linha 20 ⟶ 37:
Em dezembro de 2010 um jovem [[Tunísia|tunisiano]], [[Mohamed Bouazizi]], ateou fogo ao próprio corpo como forma de manifestação contra as condições de vida no país que morava. Ele não sabia, mas o ato desesperado, que o levaria à própria morte, acabaria culminando no que, mais tarde, viria a ser chamado de Primavera Árabe. Protestos se espalharam pela Tunísia, levando o presidente [[Zine El Abidine Ben Ali|Zine el-Abdine Ben Ali]] a fugir para a [[Arábia Saudita]] apenas dez dias depois. Ben Ali estava no poder desde novembro de 1987.<ref>{{citar web|url=http://topicos.estadao.com.br/primavera-arabe|título=Um ano de Primavera Árabe, a primavera inacabada|publicado=Estadão.com|acessodata=18 de março de 2012}}</ref>
=== Evolução ===
O termo ''Primavera Árabe'', como o evento se tornou conhecido,<ref>{{citar
Até a data, as manifestações resultaram na derrubada de três chefes de Estado: o presidente da [[Tunísia]], [[Zine El Abidine Ben Ali]], fugiu para a [[Arábia Saudita]] em [[14 de janeiro]], na sequência dos protestos da [[Revolução de Jasmim]]; no [[Egito]], o [[Presidente do Egito|presidente]] [[Hosni Mubarak]] renunciou em [[11 de Fevereiro]] de [[2011]], após 18 dias de protestos em massa, terminando seu mandato de 30 anos; e na [[Líbia]], o presidente [[Muammar al-Gaddafi]], morto em tiroteio após ser capturado no dia 20 de outubro e torturado por rebeldes, arrastado por uma carreta em público, morrendo com um tiro na cabeça, terminando seu mandato de 42 anos. Durante este período de instabilidade regional, vários líderes anunciaram sua intenção de renunciar: o presidente do [[Iêmen]], [[Ali Abdullah Saleh]], anunciou que não iria tentar se reeleger em [[2013]], terminando seu mandato de 35 anos.<ref>{{citar
A volatilidade dos protestos<ref>{{citar
=== Situação por país ===
[[File:Arab Spring and Regional Conflict Map.svg|700px|framed|centro|{{legend2|#000018|Governo deposto}} {{legend2|#31002f|Governo derrubado várias vezes}} {{legend2|#800000|Guerra civil}} {{legend2|#008080|Protestos e mudanças governamentais}} <br /> {{legend2|#d43f00|Grandes protestos}} {{legend2|#deaa87|Protestos menores}} {{legend2|#999999|Outros protestos e ação militante fora do [[mundo árabe]]}}]]
{{
{|class="wikitable sortable" style="font-size: 95%"
|-
Linha 49 ⟶ 66:
*[[Protestos na Tunísia em 2013–2014]] contra o governo interino liderado pelos islamitas.
*Adoção de uma nova constituição
* Em outubro de 2011, com a eleição de [[Assembleia dos Representantes do Povo|um parlamento]] e o fim da transição, a Tunísia, torna-se uma república parlamentar unicameral.<ref>{{citar
! style="color:#fff; background:#00112b;"|[[Revolução de Jasmim|<span style="display:none;">E </span><span style="color:white;">governo deposto</span>]]
|-
Linha 66 ⟶ 83:
*Em outubro de 2011, Abdullah demite o primeiro-ministro [[Marouf al-Bakhit|Bakhit]] e seu gabinete depois de queixas do progresso lento das reformas prometidas
*Em abril de 2012, como os protestos continuam, [[Awn Shawkat Al-Khasawneh|Al-Khasawneh]] renunciou, e o rei nomeia [[Fayez al-Tarawneh]] como o novo primeiro-ministro da Jordânia
*Em outubro de 2012, o rei Abdullah dissolve o parlamento para novas eleições antecipadas, e nomeia [[Abdullah Ensour]] como o novo primeiro-ministro da Jordânia<ref>{{citar
! style="color:#fff; background:#00bff3;"|[[Protestos na Jordânia (2011-presente)|<span style="display:none;">C </span><span style="color:black;">protestos e mudanças governamentais</span>]]
Linha 91 ⟶ 108:
*Suspensão do estado de emergência de 31 anos
*[[Eleição presidencial do Egito de 2012|Eleição democrática]] realizada para substituir Mubarak como o novo presidente do Egito; [[Mohamed Morsi]] eleito e empossado
*Morsi removido por militares em [[Golpe de Estado no Egito em 2013|um golpe de Estado]] na sequência de protestos que ocorriam depois de meses de [[Protestos no Egito em 2012–2013|agitação civil]].<ref>{{citar web|url=http://www.theguardian.com/world/2013/jul/03/mohamed-morsi-egypt-second-revolution|
*Repressão sobre a [[Irmandade Muçulmana]] e seus aliados::
**Importantes líderes islamitas foram presos e enfrentaram julgamento.{{refn|ver <ref>{{citar web|url=http://english.ahram.org.eg/NewsContent/1/64/76158/Egypt/Politics-/Prosecution-orders-arrest-of-leading-Brotherhood-m.aspx|
**Dispersão violenta de ''sit-ins'' pró-Morsi em 14 de agosto de 2013.
**Um tribunal proíbe todas as atividades da Irmandade Muçulmana em todo o país e seus ativos são confiscados.<ref>{{citar
**Condenação à morte de centenas de apoiantes da Irmandade Muçulmana.<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.com/news/world-middle-east-26712124|
**[[Violência política no Egito (2013–presente)|Agitação civil contínua]] em resposta ao golpe.
*[[Abdel Fattah el-Sisi]] assume a presidência na sequência de uma [[Eleição presidencial no Egito em 2014|segunda eleição]].
;[[Insurgência no Sinai]]:
*[[Forças Armadas do Egito]] lançam operações militares antiterroristas no Sinai.
*Aumento da violência e ataques por insurgentes desde a queda do Morsi.<ref>{{citar web|url=http://english.ahram.org.eg/NewsContent/1/64/75792/Egypt/Politics-/Clashes-in-Sinai-over-Morsi-removal.aspx|
! style="color:#fff; background:#31002f;"|[[Crise Egípcia (2011-2014)|<span style="display:none;">E</span><span style="color:white;">Dois governos derrubados</span>]]<br /><small>([[Revolução Egípcia de 2011|<span style="display:none;">E</span><span style="color:white;">governo Mubarak deposto</span>]] • [[Golpe de Estado no Egito em 2013|<span style="display:none;">E</span><span style="color:white;">governo Morsi deposto</span>]])</small>
|-
Linha 108 ⟶ 125:
|Dois governos derrubados (em fevereiro de 2012 e janeiro de 2015). [[Guerra Civil Iemenita (2015)|Violência contínua.]]
|'''Derrubada de [[Ali Abdullah Saleh]]; Saleh recebe imunidade judicial. Distúrbios sectários fomentados sob [[Abd Rabbuh Mansur Hadi]], desestabilizam o país e levam a um [[Golpe de Estado no Iêmen em 2014-2015|golpe de Estado]].'''
*Disputas internas no governo contra o presidente; [[Revolução Iemenita|protestos nas ruas e confrontos]] entre opositores e partidários do governo à beira de uma guerra civil.<ref name="Irish Times breaking26">{{citar
*Renúncia do primeiro-ministro [[Ali Muhammad Mujawar|Mujawar]]
*Renúncia de deputados do [[Congresso Geral do Povo|partido governante]]
Linha 143 ⟶ 160:
*Primeiro-ministro [[Nouri al-Maliki|Maliki]] anuncia que não vai concorrer a um terceiro mandato;
*Renúncia de governadores provinciais e autoridades locais
*Libertação de 3.000 prisioneiros,<ref>{{citar web|
*[[Estado Islâmico do Iraque e do Levante|Estado Islâmico]] lança ofensivas no norte do Iraque capturando Mosul e grandes porções do território
*Potências hegemônicas regionais e extra-regionais, incluindo o Irã e os Estados Unidos, entram na guerra ao lado do governo iraquiano para derrotar o Estado Islâmico
Linha 198 ⟶ 215:
|{{dts|format=dmy|27|2|2011}}
|Encerrado em dezembro de 2011
|Protestos se encerram, mas [[Conflito no Líbano (2011–presente)|conflito sectário se agrava]] devido [[Guerra Civil Síria|a violência]] na vizinha Síria.<ref
*Caos no governo, incluindo um [[interregno]] presidencial prolongado e cancelamento das eleições parlamentares.<ref name="Lebanese">{{citar
! style="color:#fff; background:#00bff3;"|[[Protestos no Líbano em 2011|<span style="display:none;">D </span><span style="color:black;">protestos e mudanças governamentais</span>]] <br><small>([[Conflito no Líbano (2011–presente)|<span style="display:none;">E</span><span style="color:white;">conflito civil em curso]]) </small></span>
Linha 244 ⟶ 261:
|
|
|Detenções feitas em nome da segurança nacional e alguns ativistas tiveram sua nacionalidade revogada. Alguns ativistas deportados.<ref>{{citar web|url=http://www.nytimes.com/2011/06/30/world/middleeast/30iht-M30-UAE-POLITICS.html|título=Tensions Beneath the Stability in the U.A.E.}} - NY Times</ref><ref>{{citar web |url=http://www.amnesty.org/en/news-and-updates/uae-end-trial-activists-charged-insulting-officials-2011-07-17 |
! style="color:#fff; background:#eac27c;"|<span style="display:none;">A </span><span style="color:black;">protestos menores</span>
|-
Linha 264 ⟶ 281:
* Três guerras civis (Síria, Iraque, Líbia).
|}
▲A revolução democrática árabe é considerada a primeira grande onda de protestos [[democracia|democráticos]] do [[mundo árabe]] no [[século XXI]]. Os protestos, de índole social e, no caso da Tunísia, apoiada pelo [[exército]], foram causados por fatores demográficos estruturais,<ref>[[Andrey Korotayev]], Julia Zinkina. [http://cliodynamics.ru/index.php?option=com_content&task=view&id=276&Itemid=70 Egyptian Revolution: A Demographic Structural Analysis. ''Entelequia. Revista Interdisciplinar'' 13 (2011): 139-165.]</ref> condições de vida duras promovidas pelo [[desemprego]], ao que se aderem os regimes corruptos e autoritários<ref name="blog">Fuentes, Pedro; [http://redroman.blogspot.com/2011/01/tunez-el-significado-de-la-primera.html Túnez: El significado de la primera revolución democrática árabe del Siglo XXI] (Consultado em 30 de janeiro de 2011).</ref> revelados pelo [[vazamento de telegramas diplomáticos dos Estados Unidos]] divulgados pelo [[Wikileaks]]. Estes regimes, nascidos dos [[nacionalismo árabe|nacionalismos árabes]] dentre as [[década de 1950|décadas de 1950]] e [[década de 1970|1970]], foram se convertendo em governos repressores que impediam a oposição política credível que deu lugar a um vazio preenchido por movimentos islamistas de diversas índoles.<ref name="blog" />
▲[[Ficheiro:Hosni Mubarak facing the Tunisia domino effect.png|thumb|Uma [[charge]] política de [[Carlos Latuff]] representando [[Hosni Mubarak]] em frente ao [[Teoria do dominó|efeito dominó]] desencadeado pelos [[Protestos na Tunísia em 2010-2011|protestos na Tunísia]].]]
▲Outras causas das más condições de vida, além do desemprego e da injustiça política e social de seus governos, estão na falta de liberdades, na alta [[Militarismo|militarização]] dos países e na falta de infraestruturas em lugares onde todo o benefício de economias em crescimento fica nas mãos de poucos e corruptos.<ref>[[Juan Goytisolo|Goytisolo, Juan]]; [[El País]]: ''Revolución democrática en el Magreb''. (Consultado em 30 de janeiro de 2011).</ref>
▲Estas revoluções não puderam ocorrer antes, pois, até a [[Guerra Fria]], os países árabes submetiam seus interesses nacionais aos do [[capitalismo]] estadunidense ou do [[comunismo]] russo.{{carece de fontes}} Com poucas exceções, até a Guerra Fria, maiores liberdades políticas não eram permitidas nesses países. Diferentemente da atualidade, a coincidência com o amplo processo da [[globalização]], que difundiu as ideias do Ocidente e que, no final da [[Década de 2000|primeira década]] do [[Terceiro milênio d.C.|terceiro milênio]], terminaram tendo grande presença as [[rede social|redes sociais]], que em [[2008]] se impuseram na ''[[internet]]''.<ref>[https://newleftreview.org/II/68/perry-anderson-on-the-concatenation-in-the-arab-world ON THE CONCATENATION IN THE ARAB WORLD]</ref> Esta, por sua vez, se fez presente na década de 2000, devido aos planos de desenvolvimento da [[União Europeia]].<ref name="rev">Historia de Ahora; [http://historiaahora.wordpress.com/2011/01/28/la-revolucion-de-tunez-y-su-expansion-por-los-paises-arabes/ La revolución de Túnez y su expansión por los países “árabes”] {{Wayback|url=http://historiaahora.wordpress.com/2011/01/28/la-revolucion-de-tunez-y-su-expansion-por-los-paises-arabes/ |date=20110313191115 }}. 28 de janeiro de 2011 (consultado em 30 de janeiro de 2011).</ref> A maioria dos protestantes são jovens (não em vão, os protestos no Egito receberam o nome "Revolução da Juventude"), com acesso a ''Internet'' e, ao contrário das gerações antecessoras, possuem [[educação básica|estudos básicos]] e, até mesmo, [[ensino superior|graduação superior]]. O mais curioso dos eventos com início na Tunísia foi sua rápida [http://www.estadao.com.br/especiais/a-revolucao-que-abalou-o-mundo-arabe,130095.htm difusão] por outras partes do mundo árabe.<ref>{{citar web|url=http://www.dgabc.com.br/News/5914806/ban-ki-moon-pede-apoio-a-primavera-arabe.aspx|título=Ban Ki-moon pede apoio à Primavera Árabe}}{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }} acessado em [[24 de setembro]] de [[2011]]</ref>
▲Por último, a profunda [[crise econômica de 2008|crise do subprime de 2008]] e a crise climática de 2009-2012<ref>[http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/primavera_arabe_e_mudancas_climaticas_estao_associadas.html Mudanças climáticas precipitaram a Primavera Árabe]</ref> na qual foi muito sentida pelos países [[África do Norte|norte-africanos]], piorando os níveis de pobreza, foi um detonador para a elevação do preço dos alimentos e outros produtos básicos.<ref name="rev" />
== Consequências ==
{{Artigo principal|Inverno Árabe}}
Inverno Árabe<ref name=telegraph>{{citar web|url=http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/middleeast/9753123/Middle-East-review-of-2012-the-Arab-Winter.html|
== Ver também ==
{{dividir em colunas}}
*[[Inverno Árabe]]
*[[Revolta Árabe]]
*[[Guerra Fria Árabe]]
*[[Lista de conflitos em curso|Conflitos em curso]]▼
*[[Nacionalismo árabe]]
*[[Revoluções de 1848]]
*[[Conflitos no Oriente Médio]]
*[[Revoluções coloridas]]
*[[Revoluções do Atlântico]]
Linha 295 ⟶ 304:
*[[Protestos de 1968]]
*[[Revoluções de 1989]]
{{dividir em colunas fim}}
=== Bibliografia ===
▲{{referências|col=3}}
== Further reading ==
{{refbegin|30em}}
* {{Cite book |url=https://books.google.com/books?id=GMY9zhm2KAcC |title=The new Arab revolt: What happened, what it means, and what comes next |date=2011 |publisher=[[Council on Foreign Relations]] |isbn=978-0-87609-528-7 |location=New York}}
* {{Cite journal |last1=Al Mahameed |first1=Muhammad |last2=Belal |first2=Ataur |last3=Gebreiter |first3=Florian |last4=Lowe |first4=Alan |date=2021-06-07 |title=Social accounting in the context of profound political, social and economic crisis: the case of the Arab Spring |journal=[[Accounting, Auditing & Accountability Journal]] |language=en |volume=34 |issue=5 |pages=1080–1108 |doi=10.1108/AAAJ-08-2019-4129 |issn=0951-3574 |s2cid=228819446|url=http://eprints.whiterose.ac.uk/168291/ }}
* {{Cite web |last=Ali |first=Hager |author-link=Hager Ali |year=2020 |title=Egypt after the Arab Spring: A Legacy of No Advancement |url=https://www.giga-hamburg.de/en/publications/giga-focus/egypt-after-the-arab-spring-a-legacy-of-no-advancement |series=GIGA Focus Nahost |publisher=[[GIGA German Institute of Global and Area Studies]] |language=en |issn=1862-3611}}
* {{Cite magazine |last=Abaza |first=Mona |date=7 de maio de 2011 |title=Revolutionary Moments in Tahrir Square |url=https://globaldialogue.isa-sociology.org/articles/revolutionary-moments-in-tahrir-square |magazine=Global DIalogue |pages=3–4 |volume=1 |issue=4}}
* {{Cite journal |last=Abdih |first=Yasser |date=14 de junho de 2011 |title=Arab Spring: Closing the Jobs Gap: High youth unemployment contributes to widespread unrest in the Middle East |url=https://www.elibrary.imf.org/view/journals/022/0048/002/article-A012-en.xml |journal=[[Finance & Development]] |volume=48 |issue=2 |pages=58 |doi=10.5089/9781451953589.022 |isbn=978-1-451-95358-9 |issn=0145-1707}}
* {{Cite book |last=Alfadhel |first=Khalifa A. |title=The failure of the Arab Spring |date=2016 |publisher=[[Cambridge Scholars Publishing]] |isbn=978-1-4438-9789-1 |location=Newcastle upon Tyne, UK |oclc=959034560}}
* {{Cite journal |last=Anderson |first=Lisa |date=junho de 2011 |title=Demystifying the Arab Spring: Parsing the Differences Between Tunisia, Egypt, and Libya |journal=[[Foreign Affairs]] |volume=90 |issue=3 |pages=2–7 |issn=0015-7120 |jstor=23039401}}
* {{Cite book |url=https://books.google.com/books?id=nf4tAAAAQBAJ |title=Social movements, mobilization, and contestation in the Middle East and North Africa |date=2013 |publisher=[[Stanford University Press]] |isbn=978-0-8047-8803-8 |editor-last=Beinin |editor-first=Joel |edition=2nd |series=Stanford studies in Middle Eastern and Islamic societies and cultures |location=Stanford, California |editor-last2=Vairel |editor-first2=Frédéric}}
* {{Cite book |last1=Brownlee |first1=Jason |url=https://books.google.com/books?id=KbxpBgAAQBAJ |title=The Arab Spring: pathways of repression and reform |last2=Masoud |first2=Tarek |last3=Reynolds |first3=Andrew |author-link3=Andrew Reynolds (political scientist) |publisher=[[Oxford University Press]] |year=2015 |isbn=978-0-19-966007-0 |location=Oxford ; New York |oclc=881859066}}
* {{Cite book |last=Browers |first=Michaelle |url=https://www.worldcat.org/title/299717976 |title=Political ideology in the Arab world: accommodation and transformation |publisher=Cambridge University Press |year=2009 |isbn=978-0-521-76532-9 |series=Cambridge Middle East studies |location=Cambridge, UK ; New York |oclc=299717976}}
* {{Cite web |last=Cohen |first=Roger |date=6 de fevereiro de 2011 |title=Opinion {{!}} A Republic Called Tahrir |url=https://www.nytimes.com/2011/02/07/opinion/07iht-edcohen07.html |website=[[The New York Times]]}}
* {{Cite book |last=Dabashi |first=Hamid |url=https://books.google.com/books?id=oN1iDgAAQBAJ |title=The Arab Spring: the end of postcolonialism |date=2012 |publisher=[[Zed Books]] |isbn=978-1-78032-223-0 |location=London}}
* {{Cite book |last=Darwish |first=Nonie |url=https://books.google.com/books?id=9IDuEAAAQBAJ |title=The devil we don't know: the dark side of revolutions in the Middle East |date=2012 |publisher=[[Wiley (publisher)|Wiley]] |isbn=978-1-118-13339-2 |location=Hoboken, N.J |oclc=748330578}}
* {{Cite journal |last=Davies |first=Thomas Richard |year=2014 |title=The failure of strategic nonviolent action in Bahrain, Egypt, Libya and Syria: 'political ju-jitsu' in reverse |url=http://openaccess.city.ac.uk/13046/1/Manuscript-notanonymousREVISED.pdf |journal=[[Global Change, Peace & Security]] |volume=26 |issue=3 |pages=299–313 |doi=10.1080/14781158.2014.924916 |issn=1478-1158 |s2cid=145013824}}
* {{Cite book |last=Gardner |first=David Pierpont |title=Last chance: the Middle East in the balance |publisher=[[I.B. Tauris]] |year=2009 |isbn=978-1-84885-041-5 |location=London}}
* {{Cite journal |last=Gause |first=F. Gregory |date=agosto de 2011 |title=Why Middle East Studies Missed the Arab Spring: The Myth of Authoritarian Stability |journal=[[Foreign Affairs]] |volume=90 |issue=4 |pages=81–90 |issn=0015-7120 |jstor=23039608}}
* {{Cite journal |last1=Goldstone |first1=Jack A. |author-link=Jack Goldstone |last2=Hazel |first2=John T. Jr. |date=junho de 2011 |title=Understanding the Revolutions of 2011: Weakness and Resilience in Middle Eastern Autocracies |journal=Foreign Affairs |volume=90 |issue=3 |pages=8–16 |issn=0015-7120 |jstor=23039402}}
* {{Cite book |title=The dawn of the Arab uprisings: end of an old order? |publisher=[[Pluto Press]] |year=2012 |isbn=978-0-7453-3325-0 |editor-last=Haddad |editor-first=Bassam |location=London |editor-last2=Bsheer |editor-first2=Rosie |editor-last3=Abu-Rish |editor-first3=Ziad |editor-last4=Owen |editor-first4=Roger}}
* {{Cite book |last=Kaye |first=Dalia Dassa |title=More freedom, less terror? liberalization and political violence in the Arab world |publisher=[[RAND Corporation]] |year=2008 |isbn=978-0-8330-4508-9 |editor-last=Kaye |editor-first=Dalia Dassa |location=Santa Monica, CA}}
* {{Cite journal |last1=Krüger |first1=Laura-Theresa |last2=Stahl |first2=Bernhard |year=2016 |title=The French foreign policy U-turn in the Arab Spring – the case of Tunisia |url=https://www.researchgate.net/publication/309756162 |journal=[[Mediterranean Politics]] |volume=23 |issue=2 |pages=197–222 |doi=10.1080/13629395.2016.1253685 |issn=1362-9395}}
* {{Cite journal |last=Lutterbeck |first=Derek |date=Janeiro de 2013 |title=Arab Uprisings, Armed Forces, and Civil–Military Relations |journal=[[Armed Forces & Society]] |volume=39 |issue=1 |pages=28–52 |doi=10.1177/0095327X12442768 |issn=0095-327X}}
* {{Cite book |url=https://archive.org/details/beyondfacadepoli0000otta |title=Beyond the façade: political reform in the Arab world |publisher=Carnegie Endowment for International Peace |year=2008 |isbn=978-0-87003-239-4 |editor-last=Ottaway |editor-first=Marina |location=Washington, D.C |oclc=181079193 |editor-last2=Choucair-Vizoso |editor-first2=Julia }}
* {{Cite journal |last=Pelletreau |first=Robert H. |author-link=Robert Pelletreau |date=24 de fevereiro de 2011 |title=Transformation in the Middle East: Comparing the Uprisings in Tunisia, Egypt and Bahrain |url=http://www.foreignaffairs.com/articles/67546/robert-h-pelletreau/transformation-in-the-middle-east |journal=[[Foreign Affairs]]}}
* {{Cite book |last=Phares |first=Walid |url=https://books.google.com/books?id=5afNb3t17fMC |title=The coming revolution: struggle for freedom in the Middle East |publisher=Threshold Editions |year=2010 |isbn=978-1-4391-7837-9 |location=New York}}
* {{Cite book |title=Authoritarianism in the Middle East: regimes and resistance |publisher=[[Lynne Rienner Publishers]] |year=2005 |isbn=978-1-58826-317-9 |editor-last=Posusney |editor-first=Marsha Pripstein |location=Boulder, Colo. |editor-last2=Angrist, Michele Penner}}
* {{Cite book |last=Rand |first=Dafna Hochman |author-link=Dafna Hochman Rand |url=https://books.google.com/books?id=vL97wF4gYucC |title=Roots of the Arab Spring: contested authority and political change in the Middle East |date=2013 |publisher=University of Pennsylvania Press |isbn=978-0-8122-4530-1 |location=Philadelphia}}
* {{Cite book |url=https://books.google.com/books?id=oqXTCgAAQBAJ |title=Civil Resistance in the Arab Spring: Triumphs and Disasters |date=2016 |publisher=[[Oxford University Press]] |isbn=978-0-19-874902-8 |editor-last=Roberts |editor-first=Adam |editor-link=Adam Roberts (scholar) |location=Oxford |oclc=913852718 |editor-last2=Willis |editor-first2=Michael J. |editor-last3=McCarthy |editor-first3=Rory |editor-last4=Garton Ash |editor-first4=Timothy |editor-link4=Timothy Garton Ash}}
** Arabic language edition: {{Cite book |last=Bassil |first=Antoine |publisher=Muttabaat Company |year=2017 |isbn=978-9-953-88970-2 |location=Beirut |language=ar |script-title=ar:المقاومة المدنية في الربيع العربي الانتصارات والكوارث |trans-title=Civil Resistance in the Arab Spring: Triumphs and Disasters}}
* {{Cite journal |last1=Rosiny |first1=Stephan |last2=Richter |first2=Thomas |date=2016 |title=The Arab Spring: Misconceptions and Prospects |url=https://www.giga-hamburg.de/en/publications/giga-focus/the-arab-spring-misconceptions-and-prospects |journal=GIGA Institute for Middle East Studies |series=GIGA Focus Middle East |language=en-GB |location=Hamburg |publisher=[[German Institute for Global and Area Studies]] |volume=4 |issn=1862-3611}}
* {{Cite journal |last=Struble |first=Robert Jr. |author-link=Bob Struble, Jr. |date=22 de agosto de 2011 |title=Libya and the Doctrine of Justifiable Rebellion |url=http://www.catholiclane.com/libya-and-the-doctrine-of-justifiable-rebellion/ |url-status=live |journal=Catholic Lane |archive-url=https://web.archive.org/web/20110417210536/http://catholiclane.com/libya-and-the-doctrine-of-justifiable-rebellion/ |archive-date=17 de abril de 2011 |access-date=1 de setembro de 2011}}
* {{Cite journal |last=Tausch |first=Arno |year=2015 |title=Globalization, the Environment and the Future 'Greening' of Arab Politics |url=https://ideas.repec.org/p/pra/mprapa/64511.html |journal=MPRA Paper |location=Connecticut |publisher=[[REPEC]] |doi=10.2139/ssrn.2608958 |issn=1556-5068}}
* {{Cite journal |last=Tausch |first=Arno |date=Outubro de 2013 |title=A Look at International Survey Data About Arab Opinion |journal=[[Social Science Research Network]] |volume=17 |issue=3 |pages=57–74 |doi=10.2139/ssrn.2388627 |issn=1556-5068 |ssrn=2388627}}
* {{Cite journal |last=Tausch |first=Arno |date=2016 |title=The Civic Culture of the Arab World: A Comparative Analysis Based on World Values Survey Data |journal=[[Social Science Research Network]] |language=en |volume=20 |issue=1 |pages=35–59 |doi=10.2139/ssrn.2827232 |issn=1556-5068 |s2cid=157863317 |ssrn=2827232}}
* {{Cite book |last1=Tausch |first1=Arno |title=The political algebra of global value change: general models and implications for the Muslim world |last2=Heshmati |first2=Almas |last3=Karoui |first3=Hichem |publisher=[[Nova Publishers]] |year=2015 |isbn=978-1-62948-899-8 |series=Economic issues, problems and perspectives |location=New York}}
* {{Cite book |url=https://www.govinfo.gov/content/pkg/CHRG-112shrg72399/pdf/CHRG-112shrg72399.pdf |title=Women and the Arab Spring: joint hearing before the Subcommittee on International Operations and Organizations, Human Rights, Democracy, and Global Women's Issues and the Subcommittee on Near Eastern and South and Central Asian Affairs of the Committee on Foreign Relations, United States Senate, One Hundred Twelfth Congress, first session, November 2, 2011 |year=2012 |publisher=[[United States Government Publishing Office]] |location=Washington, DC}}
* {{Cite journal |last=Jacoby |first=Tami Amanda |year=2013 |title=Israel's Relations with Egypt and Turkey during the Arab Spring: Weathering the Storm |journal=[[Israel Journal of Foreign Affairs]] |volume=7 |issue=2 |pages=29–42 |doi=10.1080/23739770.2013.11446550 |issn=2373-9770 |s2cid=148402328}}
{{refend}}
==Ligações externas==
Linha 308 ⟶ 359:
{{Protestos Mundo Árabe}}
{{Revoluções}}
{{Ondas revolucionárias}}
{{Conflitos na África do pós-Guerra Fria}}
{{Conflitos na Ásia do pós-Guerra Fria}}
{{controle de autoridade}}
{{Portal3|Política|História|Oriente Médio|África}}
|