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1. Introdução
A raça mediterrânea é um conceito antropológico utilizado para descrever um grupo de populações humanas com características físicas e geográficas comuns. Tradicionalmente, a raça mediterrânea foi associada aos povos que habitam as regiões ao redor do Mar Mediterrâneo, incluindo partes do sul da Europa, norte da África e o Oriente Médio. O conceito foi proposto no final do século XIX e início do século XX por vários antropólogos e racialistas, embora as ideias sobre raça e suas classificações tenham sido amplamente revisadas e criticadas no contexto da antropologia moderna.
2. História do Conceito
O conceito de raça mediterrânea surgiu dentro do campo da antropologia física, particularmente no contexto da teoria da divisão racial de seres humanos. No final do século XIX e início do século XX, antropólogos como Raffaele Sergi, Carleton Coon e outros racialistas propuseram que as populações humanas poderiam ser classificadas em diferentes "tipos raciais" com base em características físicas, como a cor da pele, formato do crânio e outros traços morfológicos.
Raffaele Sergi (1849–1930), um dos principais defensores da teoria da raça mediterrânea, sugeriu que essa raça estava intimamente ligada aos povos do sul da Europa, norte da África e partes do Oriente Médio. Ele acreditava que as populações mediterrâneas compartilhavam uma série de características físicas e culturais comuns, resultado de um longo processo histórico e evolutivo.
Carleton Coon (1904–1981), outro proeminente antropólogo do século XX, também incluiu a raça mediterrânea em sua classificação das "raças humanas", descrevendo-a como uma subcategoria dentro da raça caucasiana.
3. Características Físicas da Raça Mediterrânea (De acordo com os Racialistas)
Os antropólogos racialistas que definiram a raça mediterrânea apontaram várias características físicas que, segundo eles, eram comuns às populações dessa região. As descrições podem ser resumidas nos seguintes pontos:
Cor da Pele: Indivíduos da raça mediterrânea possuem uma pele de tonalidade clara, com uma predominância de tons oliva ou bronzeados. A pele é mais escura do que a das populações nórdicas, mas mais clara do que a das populações africanas.
Cabelos: Cabelos geralmente escuros (negros ou castanhos), lisos ou ligeiramente ondulados. A cor do cabelo tende a ser escura, o que é uma característica frequentemente associada a essa população.
Olhos: Os olhos são predominantemente escuros, variando de castanho a preto. A prevalência de olhos escuros é uma característica comum entre as populações mediterrâneas.
Forma do Crânio e Rosto: Os racialistas associaram a raça mediterrânea a uma forma facial característica, com rostos mais alongados e um nariz reto e fino. A mandíbula é geralmente bem definida. Esses traços foram considerados típicos das populações que habitam o sul da Europa e o norte da África.
Estatura: A estatura das populações mediterrâneas é descrita como média, sendo mais baixa do que a média das populações nórdicas, mas com uma constituição física robusta, mas esguia.
Físico: O físico de indivíduos da raça mediterrânea era frequentemente descrito como proporcional, com uma construção muscular moderada e uma aparência mais leve, adequada ao clima quente da região do Mediterrâneo.
4. Distribuição Geográfica e Populações Associadas
De acordo com os estudiosos da antropologia racialista, a raça mediterrânea é associada a uma vasta área geográfica que inclui:
Sul da Europa: Países como Itália, Grécia, Espanha e Portugal são tradicionalmente considerados partes integrantes da raça mediterrânea.
Norte da África: As populações que habitam áreas do Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia e outras regiões do norte da África também foram associadas à raça mediterrânea devido às semelhanças físicas e culturais com os povos do sul da Europa.
Oriente Médio: Populações de países como Turquia, Síria e partes do Irã e Iraque também são frequentemente incluídas na definição de raça mediterrânea.
Ásia Menor e Levante: O conceito de raça mediterrânea também foi expandido para incluir povos do leste do Mediterrâneo, como os fenícios e semitas.
5. Críticas à Teoria da Raça Mediterrânea
A teoria de que existe uma "raça mediterrânea" homogênea e biologicamente distinta foi amplamente contestada e refutada nos últimos anos, especialmente após os avanços da genética e da antropologia moderna.
Crítica das Categorias Raciais: A antropologia moderna rejeita as classificações raciais rígidas, como as propostas por Sergi e Coon. Estudiosos contemporâneos afirmam que as diferenças genéticas entre grupos humanos são mínimas e que as populações não podem ser facilmente classificadas em "raças" fixas.
Diversidade Genética: A genética moderna mostrou que a diversidade genética dentro das populações do Mediterrâneo é muito maior do que se imaginava, e que muitos dos traços físicos associados à raça mediterrânea variam consideravelmente entre diferentes grupos.
Abandono das Teorias Raciais: As ideias de "raças" fixas foram amplamente abandonadas pela ciência contemporânea, que agora foca em compreender a diversidade humana com base em fatores como evolução, migrações históricas e influências ambientais, e não apenas em características físicas superficiais.
6. Legado e Influência Cultural
Embora o conceito de "raça mediterrânea" tenha sido refutado por muitos antropólogos modernos, a cultura mediterrânea continua a ser um tema importante de estudo. As culturas do Mediterrâneo — incluindo as grega, romana, fenícia, árabe e outras — tiveram um grande impacto na história mundial, especialmente nas áreas de filosofia, ciência, arte e religião. As populações do Mediterrâneo continuam a ter uma identidade cultural e histórica comum, embora a noção de uma "raça" mediterrânea homogênea seja hoje considerada obsoleta.
7. Conclusão
A raça mediterrânea, como definida no passado por racialistas e antropólogos, foi um conceito utilizado para classificar e categorizar populações humanas com base em características físicas comuns. No entanto, com o avanço da ciência genética e a revisão crítica das teorias raciais, a ideia de uma raça mediterrânea distinta foi amplamente superada. Hoje, a diversidade dentro da região do Mediterrâneo é reconhecida, e as classificações raciais tradicionais são vistas com ceticismo pela antropologia contemporânea.
Referências
Sergi, Raffaele. The Mediterranean Race (1901).
Coon, Carleton S. The Races of Europe (1939).
Gould, Stephen Jay. The Mismeasure of Man (1981).
Lahr, M. M.. "The Evolution of Human Populations in Arabia" (1994).
Schuenemann, Verena J. et al. "Ancient DNA from the First European Farmers in 7,000-Year-Old Neolithic Sites" (2017).
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