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Máquinas simples constituem, numa analogia, um como que "vocabulário básico" do qual se compõem todas as demais máquinas mais complexas.

Tábua de máquinas simples, de Cyclopedia de Chambers, 1728.[1]

As máquinas simples são dispositivos que, apesar de sua absoluta simplicidade, trouxeram grandes avanços para a humanidade e se tornaram base para todas as demais máquinas (menos ou mais complexas) criadas ao longo da história pela humanidade.

As máquinas simples são dispositivos capazes de alterar forças, ou simplesmente de mudá-las de direção e sentido.

A ideia de uma máquina simples foi criada pelo filósofo grego Arquimedes, no século III a.C., que estudou as máquinas "Arquimedianas": alavanca, polia (roldana), e parafuso.[2][3]Arquimedes também descobriu o princípio da alavancagem.[4] Mais tarde outros filósofos gregos definiram as cinco máquinas clássicas (exceto o plano inclinado) e foram capazes de calcular sua alavancagem.[5] Heron de Alexandria (ca. 10–75 d.C.), em seu trabalho Mecânica lista estes cinco mecanismos que podem colocar uma carga em movimento: alavanca, molinete, polia (roldana), cunha e parafuso,[3] e descreve sua fabricação e usos.[6] Porém o conhecimento grego se limitava a máquinas simples, que operavam através do balanço de forças, sem incluir a dinâmica, comparações entre força e distância, ou o conceito de trabalho.

Comumente, o termo "máquina simples" refere-se às seis máquinas simples clássicas, conforme definidas pelos cientistas renascentistas:[7]

  1. Alavanca;
  2. Rosca;
  3. Plano inclinado;
  4. Polia ou roldana (pode ser fixa ou móvel);
  5. Roda e eixo.

A cunha é considerada um caso específico de plano inclinado, da mesma forma que a engrenagem é uma aplicação específica da roda com eixo.

Não se tem segurança científica até o presente, senão conjeturas apenas, para afirmar-se sobre a cronologia do seu aparecimento.

Referências
  1. Table of Mechanicks, from Ephraim Chambers (1728) Cyclopaedia, A Useful Dictionary of Arts and Sciences, Vol. 2, London, p.528, Plate 11.
  2. Asimov, Isaac (1988), Understanding Physics, ISBN 0-88029-251-2, New York, New York, USA: Barnes & Noble, p. 88. 
  3. a b Chiu, Y. C. (2010), An introduction to the History of Project Management, ISBN 90-5972-437-2, Delft: Eburon Academic Publishers 
  4. Ostdiek, Vern; Bord, Donald (2005). Inquiry into Physics. [S.l.]: Thompson Brooks/Cole. p. 123. ISBN 0-534-49168-5. Consultado em 22 de maio de 2008 
  5. Usher, Abbott Payson (1988). A History of Mechanical Inventions. USA: Courier Dover Publications. 98 páginas. ISBN 0-486-25593-X 
  6. Strizhak, Viktor; Igor Penkov, Toivo Pappel (2004). «Evolution of design, use, and strength calculations of screw threads and threaded joints». HMM2004 International Symposium on History of Machines and Mechanisms. Kluwer Academic publishers. p. 245. ISBN 1-4020-2203-4. Consultado em 21 de maio de 2008 
  7. Anderson, William Ballantyne (1914). Physics for Technical Students: Mechanics and Heat. New York, USA: McGraw Hill. p. 112–122. Consultado em 11 de maio de 2008 

Ligações externas

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