Wilson Figueiredo
Wilson Figueiredo (Castelo, 29 de Julho de 1924) é um jornalista, poeta e escritor brasileiro. Nascido em 1924[1] no Espírito Santo e criado em Minas Gerais, foi para o Rio de Janeiro na década de 50. Viúvo e pai de 4 filhos, continua em atividade como jornalista e escritor.
Wilson Figueiredo | |
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Nome completo | Wilson Augusto Figueiredo |
Nascimento | 29 de julho de 1924 (100 anos) Castelo, ES |
Nacionalidade | Brasileiro |
Ocupação | Jornalista e escritor |
Cônjuge | Maria de Lourdes Salles Coelho |
Filho(s) | 4 |
Carreira
editarPor quase 50 anos foi editorialista, redator, colunista e comentarista político do Jornal do Brasil.[2] Neste tempo, trabalhou com nomes como Fernando Sabino, Henfil, Ricardo Boechat, Antônio Calado, Ferreira Gullar, Alberto Dines e outros nomes da imprensa brasileira.
A sua longa trajetória no Jornal do Brasil foi marcada pela reforma gráfica e editorial,[3] iniciada por Reynaldo Jardim, no Suplemento Dominical e Odilo Costa Filho, no próprio Jornal do Brasil, que levou este veículo a se consolidar com uma das vozes mais relevantes na imprensa brasileira no século XX, com capas e opiniões marcantes.[4]
Além do Jornal do Brasil, passou por várias redações, como a Agência Meridional, dos Diários Associados, Folha de Minas, foi diretor de redação do O Jornal e trabalhou uma curta temporada nos últimos tempos do Última Hora, com Samuel Wainer. Em revistas, trabalhou na Manchete e Mundo Ilustrado, editada pelo Diário de Notícias.
Poeta[5] na juventude em Belo Horizonte - no tempo em que seus amigos Fernando Sabino, Otto Lara Rezende, Paulo Mendes Campos, Sabato Magaldi e Hélio Pellegrino também se iniciavam na literatura - lançou o livro de poesias "A Mecânica do Azul" (1946), com capa de Burle Marx e apresentação de Tristão de Athayde. Esta obra é citada no livro de memórias de Fernando Sabino, o "Jogo de Damas" e elogiada por Mário de Andrade, por quem era chamado de "Figueiró".
Segundo Nelson Rodrigues, Wilson Figueiredo conseguiu fazer jornalismo com uma percepção mais sensível da realidade: “Geralmente, nós jornalistas modernos, temos a mania da objetividade, por isso, não enxergamos nada, somos cegos para as evidências mais ululantes. O Wilson não. É poeta e, como tal, está sempre a um milímetro de delírio”.[6]
Ainda em atividade, é jornalista na FSB Comunicação e mora no Rio de Janeiro. Em 2011, foi lançada sua biografia profissional "E a vida continua: a trajetória profissional de Wilson Figueiredo" pela Editora Ouro Sobre Azul. Em parceria com a historiadora Vanuza Moreira Braga, vem organizando em livros, os textos escritos ao longo de 70 anos de carreira.
Obras
editarPoesia
- A Mecânica do Azul (1946)
- Poemas narrativos (1947)
Política
- Os idos de março e a queda em abril (1964), em conjunto com oito autores, redatores do Jornal do Brasil
Jornalismo
- 1964: o último ato (Gryphus, 2015)
- De Lula a Lula (Gryphus, 2016)
- Os mineiros: modernistas, sucessores & avulsos (Gryphus, 2018)
Referências
editar- ↑ «Jornalista Wilson Figueiredo conta sua história ao 'JB'». Jornal do Brasil. Consultado em 9 de maio de 2016
- ↑ «Wilson Figueiredo | Centro de Cultura e Memória do Jornalismo». www.ccmj.org.br. Consultado em 9 de maio de 2016
- ↑ Fonseca, Letícia. «A Construção visual do Jornal do Brasil na primeira metade do século XX.» (PDF). A Construção visual do Jornal do Brasil na primeira metade do século XX. PUC-Rio. Consultado em 10 de maio de 2016
- ↑ «Jornal do Brasil 1891 – 2010 | Diário do Rio». Diário do Rio. 14 de julho de 2010. Consultado em 10 de maio de 2016
- ↑ «Biblioteca Nacional»
- ↑ «Jornal da ABI 387». Issuu. Consultado em 9 de maio de 2016