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Paul Durand-Ruel (Paris31 de outubro de 1831 – Paris, 5 de fevereiro de 1922) foi um comerciante de arte francês ligado à primeira geração de impressionistas e à Escola de Barbizon. Foi um dos primeiros marchands da arte moderna a apoiar pintores com salários e exposições individuais.

Paul Durand-Ruel
Paul Durand-Ruel
Nome completo Paul-Marie-Joseph Durand-Ruel
Nascimento 31 de outubro de 1831
Paris, França
Morte 05 de fevereiro de 1922 (90 anos)
Paris, França
Ocupação Comerciante de arte

História

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Nascido como Paul-Marie-Joseph Durand-Ruel em Paris, foi filho de um comerciante de quadros. Em 1865, o jovem Paul assumiu do negócio familiar, em que trabalhou com artistas como Camille Corot e outros pertencentes à Escola de Barbizon. Em 1867, transladou sua galeria do número 1 da Rue de la Paix, em Paris, para o número 16 da Rue Laffitte, com uma sucursal no número 111 da Rue Le Peletier.[1] No final da década de 1860 e início da década de 1870, Durand-Ruel foi um importante defensor e exitoso comerciante da arte da Escola de Barbizon. Cedo estabeleceu uma relação com um grupo de pintores que viria a ficar conhecido como a primeira geração de impressionistas.

Londres

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Durante a Guerra Franco-Prussiana, Durand-Ruel abandonou Paris e fugiu para Londres, onde conheceu um numeroso grupo de artistas franceses, incluindo a Charles-François Daubigny, Claude Monet e Camille Pissarro. Em dezembro de 1870, abriu ao público a primeira das dez Exposições Anuais da Sociedade de Artistas Franceses em sua nova galeria de Londres, localizada no número 168 da rua New Bond.[2]>

 
"Jovem com um chapéu marrom" (também conhecida como Uma parisiana), 1882, pintura de Édouard Manet. Esta obra fez parte da coleção de Paul Durand-Ruel.

Impressionismo

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Desde 1870, Paul já reconhecia o potencial artístico e de popularidade do Impressionismo. Em 1872, obras impressionistas estiveram na primeira grande exposição que organizou em sua galeria de Londres. Durand-Ruel organizou exposições de pintura e outras peças (incluindo peças do pintor norte-americano expatriado James McNeill Whistler, que viveu em Londres) em suas galerias de Paris e Londres. Também levou seu trabalho a Nova Iorque, onde tinha galeria cuidada pelos três filhos Joseph, Charles e George. Inicialmente, alternavam-se em exibição obras de artistas locais conjuntamente com impressionistas franceses, reforçando a popularidade da arte impressionista nos Estados Unidos.[nota 1]

Durante as três últimas décadas do século XIX, Durand-Ruel ficou conhecido como um dos maiores comerciantes de arte e um dos mais importantes defensores do impressionismo francês no mundo. Teve sucesso abrindo o mercado para o impressionismo tanto nos Estados Unidos como na Europa. Edgar Degas, Édouard Manet, Claude Monet, Berthe Morisot, Camille Pissarro, Pierre-Auguste Renoir e Alfred Sisley estiveram entre os artistas impressionistas mais importantes que tiveram em suas carreiras a contribuição de Durand-Ruel.[3]

Sobre os norte-americanos, que se mostraram abertos ao impressionismo, Durand-Ruel uma vez disse: "O público americano não ri. Compra!"[4] “Sem a América”, dizia, “eu estaria perdido, arruinado, depois de ter comprado tantos Monet e Renoir. As duas exposições que realizei em 1886 me salvaram. O público americano comprou moderadamente... Mas graças àquele público, Monet e Renoir ganharam crédito e após isso o público francês fez o mesmo”.[5]

Manteve uma intensa rivalidade com outro comerciante de arte, o parisiense Georges Petit (1856–1920).

Durand-Ruel foi tema para uma importante exposição temporária intitulada "A invenção do impressionismo", organizada pela Galeria Nacional de Londres em 2015.[6]

Notas
  1. Entre 1 e 15 de março de 1897, foram exibidas obras de Adolfo Müller-Ury, precedidas por una mostra de Renoir e seguidas por uma de Pissarro.
Referências
  1. Eric Hazan e David Fernbach (trad.) (2011). The Invention of Paris: A History in Footsteps. Londres; Nova Iorque: Verso Books. ISBN 9781844678006. Consultado em 11 de julho de 2017.
  2. Biography for: Paul Durand-Ruel Arquivado em 6 de novembro de 2007, no Wayback Machine. Universidade de Glasgow. Consultado em 11 de julho de 2017.
  3. «Durand-Ruel: The Art Dealer Who Liked Impressionists Before They Were Cool». NPR. Consultado em 11 de julho de 2017 
  4. Meredith Mendelsohn e Meghan Dailey. “The Purveyor of Modern LifeArt+Auction. Novembro de 2009.
  5. «Paul Durand Ruel, the man who saved the impressionists». The Times. Consultado em 11 de julho de 2017. 
  6. «Inventing Impressionism». Galeria Nacional de Londres. Consultado em 11 de julho de 2017