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A Grande Laura de São Savas, o Santificado (em árabe: دير مار سابا; em hebraico: מנזר מר סבא; em grego: Λαύρα Σάββα τοῦ Ἡγιασμένου), conhecida como Mar Saba, é um mosteiro grego ortodoxo sobre o Vale de Cédron[1] na Cisjordânia, a oeste de Belém. A nomeação Mar Saba, como é comumente referido, refere-se ao nome em aramaico, em que Mar do siríaco-aramaico: ܡܪܝ (Mār) significa “Santo” e o nome do monge, também derivado do aramaico: סָבָא‎ (sāḇā) significa “velho”.[2]

Mar Saba
Mar Saba
Informações gerais
Tipo Mosteiro, Laura
Inauguração c. 483
Religião Ortodoxa Grega
Geografia
País Estado da Palestina
Localização Governo geral de Belém da Palestina, em um ponto entre o Mar Morto e Belém
Coordenadas 31° 42′ 18″ N, 35° 19′ 52″ L
Mapa
Localização em mapa dinâmico
Mosteiro de São Savas visto do alto
Túmulo de São Savas, onde estão as suas relíquias

História

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A data tradicional para a fundação do mosteiro por São Savas é 483[3], após seu fundador ter passado cinco anos como eremita numa caverna, o que o torna o mais antigo monastério do mundo ainda habitado, preservando tradições muito antigas[4]. Uma em particular é a restrição à entrada de mulheres no complexo. O único edifício onde a presença delas é permitida é a Torre das Mulheres, próxima à entrada principal.

Mar Saba também foi a casa de São João Damasceno (676–749), um importante teólogo durante o iconoclasma e que escreveu cartas ao imperador bizantino Leão III, o Isauro refutando seus éditos que proibiam a veneração de ícones. João trabalhou como servidor público para o califa omíada Abedal Maleque ibne Maruane até que migrou para o Deserto da Judeia, onde foi tonsurado monge e ordenado hieromonge no Mosteiro de São Savas. O túmulo do santo está localizado numa caverna nas proximidades.

O mosteiro foi importante no desenvolvimento histórico da liturgia da Igreja Ortodoxa pois o Typicon monástico (a maneira de celebrar os serviços) de São Savas se tornou o padrão por toda a Igreja Ortodoxa e na Igreja Católica Oriental, que segue o rito bizantino. O Typicon se baseou na forma padrão dos serviços que eram celebrados pelo patriarca grego ortodoxo de Jerusalém e adicionou alguns atos especificamente monásticos que eram tradições locais em Mar Saba. Daí, ele se espalhou para Constantinopla e, de lá, para todo o mundo bizantino. Embora este Typicon tenha sofrido evoluções posteriores, particularmente por influência do Mosteiro de Estúdio em Constantinopla, ele ainda é chamado de Typicon de São Savas.

Neste monastério, além das quase duas dezenas de monge que nele vivem, encontram-se também os restos mortais de São Savas que retornaram ao local em 12 de Novembro de 1965 após, segundo a tradição, o Santo aparecer nos sonhos do Papa João XXIII e Paulo VI pedindo para retornar a sua casa após os Cruzados o terem transferido, no Século XI para Veneza, onde ficou disposto na Igreja de Santa Antonina por séculos. [4]

Ver também

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Referências
  1. 'Mar Saba Monastery: No women, meat or apples, Masa Aher Magazine
  2. Sleibi, Francis (2 de março de 2020). «THE MONASTERY OF "MAR SABA"». Bethlehem University (em inglês). Consultado em 14 de maio de 2023 
  3. «Byzantine Monastic Foundation Documents». Consultado em 5 de agosto de 2012. Arquivado do original em 10 de fevereiro de 2012 
  4. a b «Os Monastérios do Deserto de Judá - Israel em Casa - Religião Home». Israel em Casa. 13 de abril de 2021. Consultado em 8 de janeiro de 2022 

Ligações externas

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