Jairo Pires

Iniciou a carreira como produtor da gravadora Discos CBS nos anos 1960, quando trabalhou especialmente com nomes ligados à Jovem Guarda. No final da década, iniciou um envolvimento com artistas que estariam ligados ao nascente movimento de música negra brasileira, o que viria a ser chamado de Black Rio.^[1] Assim, quando André Midani assumiu a CBD-Philips, no final de 1968, ofereceu-se para ser diretor artístico de um selo de cantores populares ligados à gravadora. Nascia, assim, o selo Polydor. Neste selo, contratou diversos artistas ligados à música negra - cujo principal nome era Tim Maia - e à música brega - como Odair José. Com esta política, ajudaria a sustentar o seu selo irmão - o Philips - que era deficitário ao buscar dar prestígio à gravadora comercializando artistas ligados à nascente MPB, que não vendia grandes quantidades de discos.^[2][3] Em meados dos anos 1970, voltou à CBS para dirigir o selo Epic, lançando Zé Ramalho, Fagner e Elba Ramalho. No final da década, voltaria à Polygram e contrataria Angela Ro Ro e Eduardo Dusek. No início da década de 1980, trabalha como produtor no disco Erasmo Convida e desenvolve amizade com Erasmo Carlos que se torna seu sócio no lançamento de um selo independente, o Lança. Com este selo, passa a produzir discos e vendê-los para as grandes gravadoras distribuírem, trabalhando, por exemplo, com Tim Maia, em O Descobridor dos Sete Mares. Nos anos seguintes, continua dirigindo seu selo que presta, também, serviços de editoria musical e agenciamento e promoção de carreiras artísticas.^[1]