Nothing Special   »   [go: up one dir, main page]

Iamade[3] (Yamḫad) foi um antigo reino semítico centrado em Halabe (atual Alepo), na Síria.[4] O reino emergiu ao fim do século XIX a.C. e foi governado pela dinastia iamádida, que contou com a diplomacia e a guerra para expandir seu reino. Desde seu nascimento, o reino resistiu às investidas dos vizinhos Mari, Catna e Assíria e tornar-se-ia no mais poderoso reino sírio de seu tempo através das ações do rei Iarinlim I. Por meados do século XVIII a.C., boa parte da Síria exceto o sul permaneceram sob controle de Iamade como possessão direta ou mediante vassalagem, e por quase um século e meio, Iamade dominou o norte, noroeste e oeste da Síria e influenciou pequenos reinos na Mesopotâmia nas fonteiras do Elão. O reino foi posteriormente destruído pelos hititas e então anexado por Mitani no século XVI a.C..

Reino de Iamade
c. 1 810 — ca. 1 525 a.C.[a] 

Iamade em sua maior extensão ca. 1 752 a.C.
Região
Capital Halabe
Países atuais

Línguas oficiais amorita
Religião levantina

Forma de governo Monarquia
Grande rei[1][2]
• c. 1 810 – c. 1 780 a.C.  Sumuepu
• c. 1 780 – c. 1 764 a.C.  Iarinlim I
• Meados do século XVI – c. 1 525 a.C.[a]  Ilim-Ilima I

Período histórico Idade do Bronze
• c. 1 810  Fundação
• ca. 1 525 a.C.[a]  Destruição pelos hititas

Área
 • 1 750 a.C.   43 000[1] km²

A população de Iamade era predominantemente amorita e teve uma típica cultura síria da Idade do Bronze. Iamade também foi habitado por uma substancial população hurrita que assentou-se no reino, adicionando a influência de sua cultura. Iamade controlou uma ampla rede comercial, sendo a passagem entre o planalto Iraniano no leste e o mar Egeu no oeste. No rei cultuavam-se as tradicionais divindades semíticas do noroeste e sua capital Halabe foi considerada santa entre outras cidades sírias devido ao culto de Hadade, que foi reconhecido como a principal divindade do norte da Síria.[5]

História

editar

Pouco de Halabe tem sido escavado pelos arqueólogos, pois ela nunca foi abandonada durante sua longa história e a cidade moderna está situada sobre o sítio antigo.[6] Portanto, muito do conhecimento sobre Iamade vem dos tabletes descobertos em Alalaque e Mari.[7]

Estabelecimento

editar

O nome Iamade foi presumivelmente um nome tribal amorita e foi utilizado como sinônimo de Halabe quando referindo-se ao reino.[1][8][9] A cidade de Halabe foi um centro religioso no norte da Síria e foi mencionada pelo nome Ha-lam[10] como vassala do Império Eblaíta, que controlou boa parte da Síria em meados do III milênio a.C..[11] Sua fama como cidade santa contribuiu para sua proeminência posterior,[12][13] e o principal templo nortenho do deus dos trovões sírio Adade estava situado na cidade,[14] que foi conhecida como "Cidade de Adade".[12] Ebla foi destruída duas vezes no fim do III milênio a.C.,[15] e o vácuo do poder na região causado por sua queda pavimentou o caminho para a ascensão posterior de Halabe.[16]

O nome Halabe, bem como Iamade, apareceu pela primeira vez durante o Antigo Período Babilônico,[8] quando Sumuepu, o primeiro rei iamádida, foi atestado num selo de Mari como governante da terra de Iamade,[17] que incluía, além de Halabe, as cidades de Alalaque e Tuba.[18][19] Sumuepu consolidou o reino e ligou-se a Iadum-Lim de Mari mediante uma aliança dinástica para opôr-se a Assíria,[20] porém o último posteriormente realizaria uma campanha ao norte que ameaçaria seu reino.[21] O rei iamádida apoiou as tribos iaminitas e formou uma aliança com outros Estados sítios, incluindo Ursu, Hassum e Carquemis,[22][23] contra o rei mariota que derrotou seus inimigos,[24] mas foi mais tarde morto por seu filho Sumu-Iamã.[25]

Rivalidade com Assíria e expansão

editar
 
Caso legal de Niquemiepu de Iamade ao rei de Alalaque

A ascensão de Sansiadade I da Assíria provou-se mais perigosa para Iamade do que Mari. o rei assírio foi um conquistador ambicioso com o objetivo de governar a Mesopotâmia e Levante, e chamou-se rei do mundo.[26] Ele cercou Iamade com seus aliados Carquemis, Hassum e Ursu ao norte e ao conquistar Mari a leste, forçando o herdeiro mariota Zinrilim a fugir. Sumuepu recebeu Zinrilim e ajudou-o contra a Assíria uma vez que era o herdeiro legítimo de Mari.[25] A aliança mais perigosa de Sansiadade foi com Catna, cujo rei Isiadade tornar-se-ia agente assírio nas fronteiras de Iamade e casou sua filha com Iasma-Adade, filho do rei assírio que foi instalado pelo pai como rei em Mari.[27]

Sumuepu foi aparentemente morto durante sua luta com Sansiadade e foi sucedido por seu filho Iarinlim I,[28] que consolidou o reino de seu pai e transformou-o no mais poderoso Estado na Síria e norte da Mesopotâmia.[5][29][30] Iarinlim cercou Sansiadade com seus aliados Hamurabi da Babilônia e Ibalpiel II de Esnuna e então em 1 777 a.C. avançou para leste, conquistando Tutul e instalando Zinrilim como governador da cidade. A morte do rei assírio ocorreu um ano depois. Iarinlim então enviou seu exército com Zinrilim para restaurar o trono ancestral dele como aliado-vassalo,[31] cimentando a relação através dum casamento dinástico entre o novo rei mariota e Sibetu, a filha de Iarinlim.[32]

Iarinlim ocupou-se nos anos seguintes de seu reinado com a expansão de seu reino, que alcançou o alto vale do Cabur no leste,[33] e Mama no norte.[34] As cidades-Estado sírias foram subjugadas através de alianças ou pela força; Mama, Ebla e Ugarite tornaram-se vassalas de Iamade,[1][35] enquanto Catna permaneceu independente mas foi forçada a fazer a paz, uma vez que havia perdido seu aliado assírio e havia ficado sozinha para enfrentar Iamade.[27][36] Uma amostra da política diplomática e militar de Iarinlim pode ser lida num tablete descoberto em Mari, que foi enviado ao rei de Der ao sul da Mesopotâmia, que incluía uma declaração de guerra contra Der e seu vizinho Dinictum e as menções do estacionar de 500 navios de guerra iamádidas por 12 anos em Dinictum e o apoio militar iamádida prestado a Der por 15 anos. As realizações de Iarinlim elevaram Iamade ao estatuto de grande reino e o rei iamádida seria intitulado grande rei.[1][37]

"Não há rei que é poderoso sozinho. 10 ou 15 reis seguem Hamurabi, o governante da Babilônia, um número similar [aqueles] de Rim-Sim de Larsa, um número similar de Ibalpiel de Esnuna, um número similar de Amudepiel de Catanum, mas 20 seguem Iarinlim de Iamade."

Tablete enviado para Zinrilim de Mari descrevendo a autoridade de Iarinlim I.[5]

Iarinlim I foi sucedido por seu filho Hamurabi I, que reinou pacificamente. Ele foi capaz de forçar Carquemis a submissão,[31] e enviou tropas para ajudar Hamurabi da Babilônia contra Larsa e Elão.[38] A aliança terminou, contudo, quando o rei babilônio saqueou Mari e destruiu-a. A Babilônia não atacou Iamade, e as relações entre os reis permaneceram pacíficas nos anos posteriores.[27] Hamurabi I foi sucedido por seu filho Abael I, cujo reinado testemunhou a rebelião da cidade de Irridu, que estava sob autoridade do príncipe Iarinlim, irmão de Abael. O rei respondeu a rebelião destruindo Irridu e compensando seu irmão com o trono de Alalaque, criando assim um ramo cadete da dinastia.[39]

Declínio e fim

editar
 
Cabeça de um deus descoberta próximo de Jabul (ca. 1 600 a.C.)

A era dos sucessores de Abael I é precariamente documentada,[39] e pelo tempo de Iarinlim III em meados do século XVII a.C., o poder de Iamade declinou devido a conflitos internos.[40][41] Iarinlim III governou um reino enfraquecido, e embora impôs a hegemonia iamádida sobre Catna,[39] a fraqueza era óbvia, pois Alalaque tornou-se independente sob o alto-declarado rei Amitacum.[40] Apesar desta regressão, o rei de Iamade permaneceu o mais forte entre os Estados sírios, uma vez que foi referido como grande rei pelos hititas,[29] a contraparte diplomática equivalente do rei hitita.[2]

A ascensão do Império Hitita no norte representou a maior ameaça para Iamade,[42] embora Iarinlim III e seu sucessor Hamurabi III foram capazes de resistir as agressões do rei hitita Hatusil I através de alianças com os principados hurritas.[39] Hatusil escolheu não atacar Halabe diretamente e passou a conquistar os vassalos e aliados de Iamade, começando com Alalaque no segundo ano de suas campanhas sírias ca. 1 650 a.C. (cronologia média) ou ligeiramente depois.[43][44] Hatusil então dirigiu seus ataques aos hurritas em Ursu, a nordeste de Halabe, que foram derrotados apesar do apoio militar de Halabe e Carquemis.[45] O rei hitita então derrotou Iamade na Batalha do Monte Atalur, e saqueou Hassum junto com várias outras cidades hurritas no sexto ano de suas guerras sírias.[43] Após muitas campanhas, Hatusil I finalmente atacou Halabe. O ataque foi fracassado e o rei hitita foi ferido, vindo a morrer mais tarde, em ca. 1 620 a.C..[46][47] As campanhas de Hatusil enfraqueceram consideravelmente Iamade, causando seu declínio em estatuto: o monarca deixou de ser estilizado como grande rei.[48]

Hatusil foi sucedido por seu neto Mursil I, que conquistou Halabe ca. 1 600 a.C. e destruiu Iamade como grande poder no Levante.[49] Mursil então partiu para a Babilônia e saqueou-a, mas foi assassinado em seu retorno à capital hitita de Hatusa, e seu império desintegrou.[50] Halabe foi reconstruída e um reino expandiu-se a partir dela e novamente incluiu Alalaque.[51] O reino restabelecido foi governado por reis sobre quem nada se sabe, exceto seus nomes; o primeiro é Sarrael, que pode ter sido filho de Iarinlim III.[52] O último rei da dinastia a governar como rei de Halabe foi Ilim-Ilima I,[53] que foi morto durante uma rebelião orquestrada pelo rei Parsatatar de Mitani, que anexou Halabe ca. 1 525 a.C.. O filho de Ilim-Ilima, Idrimi, fugiu para Emar e então tomou Alalaque ca. 1 518 a.C..[54][55] Sete anos após sua conquista, Idrimi fez paz com Mitani e foi reconhecido como vassalo,[a][56] permitindo o controle hurrita sobre Halabe, embora teve que realocar a residência da dinastia para Alalaque e reivindicou o título de "rei de Halabe"; o uso do nome Iamade também terminou.[57]

Reis de Iamade

editar

As datas são estimadas e fornecidas segundo a cronologia média.[2]

 
Selo de Abael I
 
Selo de Niquemiepu

Povo e cultura

editar
 
Selo de Abael II; o ankh egípcio foi um substituto da taça geralmente segurada pela divindade

Os habitantes de Iamade eram amoritas e falavam a língua amorita, e além de algumas influências mesopotâmicas, egípcias e egeias,[67] Iamade pertenceu principalmente à cultura síria da Idade do Bronze Média. Esta cultura influenciou a arquitetura e função dos templos, que foram principalmente cúlticos, enquanto a autoridade política foi investida num palácio real, em contraste à importância política desempenhada nos templos na Mesopotâmia.[68]

Uma vez que a capital Halabe não foi escavada, a arquitetura do reino é arqueologicamente melhor representada pela cidade de Alalaque,[69] que foi subordinada de Halabe e governada por um rei pertencente à casa real iamádida.[70] Os amoritas em geral construíram grandes palácios que portavam similaridades arquiteturais com os antigos palácios do período babilônico. Eles foram adornados com grandes pátios centrais, salas do trono, chãos pavimentados, sistemas de drenagem e paredes emplastradas, o que sugere o emprego de trabalho especializado. A evidência existente indica a presença de artistas de afrescos minoicos que pintaram elaboradas cenas nos muros dos palácios em Alalaque.[71]

Iamade tinha uma distintiva iconografia síria, que é evidente nos selos dos reis que deram proeminência aos deus sírios. A influência egípcia foi mínima e limitada ao ankh, que não podia ser interpretada como uma emulação dos rituais egípcios, mas meramente como uma substituta para o taça segurado pelas divindades em outros locais.[72] Iamade tinha um padrão especial elegante chamado "estilo de Iamade", que foi privilegiado em Mari durante o reinado do rei Zinrilim, cuja rainha Sibtu era filha de Iarinlim I.[73]

Após a queda do Império Acádio, hurritas começaram a se assentar na cidade e suas proximidades,[74] e desde cerca de 1 725 a.C. constituíram uma porção bastante grande da população.[75] A presença de uma grande população hurrita trouxe a cultura e religião hurrita para Halabe, como evidenciado pela existência de certos festivais religiosos que portam nomes hurritas.[76]

Economia

editar
 
Selo de Iarinlim II

A localização de Halabe sempre foi um fator em sua proeminência como um centro econômico.[77] A economia de Halabe baseava-se no comércio com o planalto Iraniano, Mesopotâmia, Chipre e Anatólia,[78] com a cidade de Emar como seu porto no Eufrates,[27][79] e Alalaque, por sua proximidade com o mar, como seu porto mediterrânico.[80]

As ações de Iarinlim I e sua aliança com a Babilônia se mostrou vital para a economia do reino, pois assegurou o comércio entre a Mesopotâmia e norte da Síria, com o rei de Mari protegendo as caravanas que cruzada do golfo Pérsico à Anatólia. Emar atraiu muitos mercadores babilônicos, que viveram na cidade e tiveram um impacto duradouro nas convenções escribais locais. Tão tarde quanto o século XIV a.C., textos do chamado tipo sírio de Emar preservaram traços babilônicos distintos.[81]

Os mercados de Iamade se tornaram fonte de cobre, que foi importado das montanhas (provavelmente anatólicas) e Chipre.[82] Contudo, a invasão babilônica de Mari teve impacto negativo no comércio entre os dois reinos, pois a estrada tornar-se-ia perigosa devido à perda da proteção de Mari das caravanas. Isso levou o rei babilônico Samsuiluna a construir muitas fortalezas rio acima e estabelecer colônias de mercadores conhecidas como "casas cassitas" para proteger a área do médio Eufrates. Estas colônias mais tarde evoluíram em Estados semi-independentes que travaram guerra contra o rei babilônico Amisaduca, o que provocou o cessar temporário do comércio.[81]

Religião

editar
 
Templo de Adade, Cidadela de Alepo

As pessoas de Iamade praticaram a religião amorita,[83] e principalmente cultuaram as divindades semíticas do noroeste. As mais importantes delas foram Dagom, que foi considerado pai dos deuses,[84] e Adade, que foi a mais importante divindade e chefe do panteão. O reino foi conhecido como "terra de Adade", que foi famoso como deus dos trovões de Halabe desde meados do III milênio a.C..[85] Seu principal templo estava localizado na colina cidadela no centro da cidade e permaneceu em uso do século XXIV a.C.[86] até ao menos o século IX a.C..[87]

O título "amado de Adade" foi um dos títulos reais.[85][88] Adade era o deus patrono do reino, e todos os tratados foram concluídos em seu nome, e ele foi também utilizado para ameaçar outros reinos[89] e declarar guerras.[90] A medida que a presença hurrita aumentou, a influência religiosa deles também, com algumas das divindades hurritas encontrando lugar no panteão iamádida. O rei Abael I mencionou ter recebido o apoio do deusa hurrita Hebate em um de seus tabletes de Alalaque (Hebate era a esposa da principal divindade hurrita Tesube, mas no tablete de Abael I, ela é associada com Adade).[76] Mais tarde, os hurritas começaram a identificar Tesube com Adade, que tornar-se-ia o deus dos trovões de Halabe.[91]

Além dos deuses gerais, os reis tinham um "deus da cabeça" com o qual possuíam íntima conexão. O rei Iarinlim I descreveu Adade como o deus do Estado, mas a divindade mesopotâmica Sim como o deus de sua cabeça. Seu filho Hamurabi fez o mesmo.[92]

[a] ^ Michael C. Astour considerou que o reinado de Ilim-Ilima I iniciou ca. 1 524 a.C. e teria terminado em ca. 1 517 a.C.. Nesta data, seu herdeiro Idrimi fugiu para Amia, onde viveria entre os habiru por sete anos conforme sua própria inscrição. Em ca. 1 510 a.C., Idrimi reuniu um exército e retomou Alalaque e após sete anos de conflito com o rei de Mitani Paratarna, ele reconheceu a suserania dos hurritas em ca. 1 503 a.C..[93]
Referências
  1. a b c d e Young 1981, p. 7.
  2. a b c Hamblin 2006, p. 253.
  3. Aharoni 1995, p. 24.
  4. Sicker 2000, p. 4.
  5. a b c Dalley 2002, p. 44.
  6. Pioske 2015, p. 188.
  7. Grabbe 2007, p. 58.
  8. a b Hawkins 2000, p. 388.
  9. Potts 2012, p. 781.
  10. Archi 1994, p. 250.
  11. Hamblin 2006, p. 240.
  12. a b Feliu 2003, p. 192.
  13. Oldenburg 1969, p. 65.
  14. Bryce 2014, p. 111.
  15. Matthiae 2010, p. 253.
  16. Dawson 2009, p. 13.
  17. Frayne 1990, p. 780.
  18. Ring 1995, p. 10.
  19. Melville 2010, p. 376.
  20. Liverani 2013, p. 354.
  21. Wossink 2009, p. 128.
  22. Sasson 1969, p. 45.
  23. Wu 1994, p. 131.
  24. Frayne 1990, p. 606.
  25. a b Coogan 2001, p. 68.
  26. Aruz 2013, p. 9.
  27. a b c d e Liverani 2013, p. 234.
  28. Bryce 2009, p. 773.
  29. a b Coogan 2001, p. 70.
  30. Fronzaroli 2003, p. 383.
  31. a b Hamblin 2006, p. 254.
  32. Radner 2011, p. 257.
  33. Meyers 1997, p. 287.
  34. Instituto Britânico 2005, p. 210.
  35. Hansen 2000, p. 61.
  36. Coogan 2001, p. 71.
  37. Sasson 1969, p. 2.
  38. Charpin 2010, p. 102.
  39. a b c d Hamblin 2006, p. 255.
  40. a b Thomas 1967, p. 121.
  41. Ring 2013, p. 12.
  42. Bryce 2014, p. 27.
  43. a b Liverani 2013, p. 260.
  44. Collon 1995, p. 97.
  45. Hamblin 2006, p. 289.
  46. Bryce 2014, p. 29.
  47. Burney 2004, p. 107.
  48. Bryce 1999, p. 152.
  49. Hamblin 2006, p. 256.
  50. Payne 2012, p. 3.
  51. Bryce 1999, p. 126.
  52. a b c Astour 1969, p. 382.
  53. Edwards 1973, p. 433.
  54. Collon 1995, p. 109.
  55. Nelson 2008, p. 393.
  56. Podany 2010, p. 136.
  57. Young 1981, p. 9.
  58. Frayne 1990, p. 783.
  59. Teissier 1996, p. 28.
  60. Frayne 1990, p. 788.
  61. Frayne 1990, p. 792.
  62. Teissier 1996, p. 26.
  63. Soldt 2000, p. 106.
  64. Frayne 1990, p. 795.
  65. Soldt 2000, p. 107.
  66. Astour 1989, p. 19.
  67. Aruz 2013, p. 3; 10.
  68. Liverani 2013, p. 232.
  69. Heinz 2007, p. 55.
  70. Soldt 2000, p. 109.
  71. Steiner 2013, p. 409.
  72. Teissier 1996, p. 38.
  73. Dalley 2002, p. 51.
  74. Freedman 2000, p. 618.
  75. Nathanson 2013, p. 72.
  76. a b Edwards 1973, p. 41.
  77. Zohar 2013, p. 95.
  78. Sicker 2003, p. 32.
  79. Heinz 2007, p. 23.
  80. Collins 2007, p. 46.
  81. a b Leick 2009, p. 212.
  82. Leick 2009, p. 213.
  83. Insoll 2011, p. 896.
  84. Fleming 2000, p. 90.
  85. a b Taracha 2009, p. 121.
  86. Kennedy 2006, p. 166.
  87. Necipoğlu 2010, p. 114.
  88. Oldenburg 1969, p. 67.
  89. Oldenburg 1969, p. 160.
  90. Green 2003, p. 181.
  91. Green 2003, p. 170.
  92. Toorn 1996, p. 77; 88.
  93. Astour 1989, p. 92.

Bibliografia

editar
  • Aharoni, Yohanan; Avi-Yonah, Michael; Rainey, Anson F.; Safrai, Ze'Ev (1995). Atlas Bíblico. Rio de Janeiro: CPDA 
  • Archi, Alfonso (1994). Orientalia: Vol. 63. [S.l.: s.n.] 
  • Aruz, Joan; Graff, Sarah B.; Rakic, Yelena (2013). Cultures in Contact: From Mesopotamia to the Mediterranean in the Second Millennium BC. [S.l.]: Metropolitan Museum of Art. ISBN 978-1-58839-475-0 
  • Astour, M. C. (1969). Orientalia. 38. [S.l.]: Pontificium Institutum Biblicum 
  • Astour, Michael C. (1989). Hittite history and absolute chronology of the Bronze Age. [S.l.]: P. Åström. ISBN 978-91-86098-86-5 
  • Bryce, Trevor (2014). Ancient Syria: A Three Thousand Year History. Oxford: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-964667-8 
  • Bryce, Trevor (2009). The Routledge Handbook of the Peoples and Places of Ancient Western Asia: The Near East from the Early Bronze Age to the Fall of the Persian Empire. [S.l.]: Routledge. ISBN 1134159080 
  • Bryce, Trevor (1999). The Kingdom of the Hittites. Oxford: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-924010-4 
  • Burney, Charles (2004). Historical Dictionary of the Hittites. Lanham, Marilândia; Toronto; Oxford: The Scarecrow Press 
  • Charpin, Dominique (2010). Writing, Law, and Kingship in Old Babylonian Mesopotamia. Chicago: University of Chicago Press. ISBN 978-0-226-10159-0 
  • Collins, Billie Jean (2007). The Hittites and Their World. [S.l.]: Society of Biblical Literature. ISBN 978-1-58983-672-3 
  • Collon, Dominique (1995). Ancient Near Eastern Art. Berkeley e Los Angeles: University of California Press. ISBN 978-0-520-20307-5 
  • Coogan, Michael David (2001). The Oxford History of the Biblical World. Oxford: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-513937-2 
  • Dalley, Stephanie (2002). Mari and Karana: Two Old Babylonian Cities. [S.l.]: Gorgias Press. ISBN 1931956022 
  • Dawson, Tess (2009). Whisper of Stone: Natib Qadish: Modern Canaanite Religion. [S.l.]: John Hunt Publishing. ISBN 978-1-84694-190-0 
  • Edwards, Iorwerth Eiddon Stephen (1973). The Cambridge Ancient History - Vol. II Part 1 - The Middle East and the Aegean Region ca. 1800-1380 B.C. Cambridge: Cambridge University Press. ISBN 0-521-08230-7 
  • Feliu, Lluís (2003). The God Dagan in Bronze Age Syria. Leida e Nova Iorque: BRILL. ISBN 90-04-13158-2 
  • Fleming, Daniel E. (2000). Time at Emar: The Cultic Calendar and the Rituals from the Diviner's Archive. [S.l.]: Eisenbrauns. ISBN 978-1-57506-044-6 
  • Frayne, Douglas (1990). Old Babylonian Period (2003–1595 BC). Toronto: University of Toronto Press. ISBN 978-0-8020-5873-7 
  • Freedman, David Noel; Myers, Allen C. (2000). Eerdmans Dictionary of the Bible. Amsterdã: Amsterdam University Press. ISBN 9053565035 
  • Fronzaroli, Pelio (2003). Semitic and Assyriological Studies. [S.l.]: Otto Harrassowitz Verlag. ISBN 978-3-447-04749-4 
  • Grabbe, Lester L. (2007). Ancient Israel: What Do We Know and How Do We Know It?. [S.l.]: A&C Black. ISBN 978-0-567-03254-6 
  • Green, Alberto Ravinell Whitney (2003). The Storm-god in the Ancient Near East. [S.l.]: Eisenbrauns. ISBN 978-1-57506-069-9 
  • Hamblin, William J. (2006). Warfare in the Ancient Near East to 1600 BC - Holy Warriors and the Dawn of History. Londres e Nova Iorque: Routledge. ISBN 0-415-25589-9 
  • Hansen, Mogens Herman (2000). A Comparative Study of Thirty City-state Cultures: An Investigation. 21. [S.l.: s.n.] ISBN 978-87-7876-177-4 
  • Hawkins, John David (2000). Inscriptions of the Iron Age: Part 1. [S.l.]: Walter de Gruyter. ISBN 3110804204 
  • Heinz, Marlies; Feldman, Marian H. (2007). Representations of Political Power. [S.l.]: Eisenbrauns. ISBN 157506135X 
  • Insoll, Timothy (2011). The Oxford Handbook of the Archaeology of Ritual and Religion. Oxford: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-923244-4 
  • Instituto Britânico (2005). Anatolian Studies, Volumes 55–57. Ancara: Instituto Britânico de Arqueologia em Ancara 
  • Kennedy, Hugh N. (2006). Muslim Military Architecture in Greater Syria. Leida e Nova Iorque: BRILL. ISBN 90-04-14713-6 
  • Leick, Gwendolyn (2009). The Babylonian World. Londres e Nova Iorque: Routledge. ISBN 9780203946237 
  • Liverani, Mario (2013). The Ancient Near East: History, Society and Economy. [S.l.]: Routledge. ISBN 978-1-134-75091-7 
  • Matthiae, Paolo; Romano, Licia (2010). 6 ICAANE. [S.l.]: Otto Harrassowitz Verlag. ISBN 978-3-447-06175-9 
  • Melville, Sarah; Slotsky, Alice (2010). Opening the Tablet Box: Near Eastern Studies in Honor of Benjamin R. Foster. Leida e Nova Iorque: BRILL. ISBN 90-04-18652-2 
  • Meyers, Eric M. (1997). The Oxford encyclopedia of archaeology in the Near East. 3. Oxford: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-511217-7 
  • Nathanson, Michael (2013). Between Myth & Mandate. [S.l.]: Author House. ISBN 1491823100 
  • Necipoğlu, Gülru; Leal, Karen (2010). Muqarnas. Leida e Nova Iorque: BRILL. ISBN 90-04-18511-9 
  • Nelson, Thomas (2008). The Chronological Study Bible. [S.l.]: Thomas Nelson Inc. ISBN 978-0-7180-2068-2 
  • Oldenburg, Ulf (1969). «The Conflict Between El and Ba'al in Canaanite Religion». Diss Ertationes. Leida e Nova Iorque: Brill Archive 
  • Payne, Annick (2012). Iron Age Hieroglyphic Luwian Inscriptions. Atlanta, Geórgia: Society of Biblical Literature. ISBN 978-1-58983-658-7 
  • Pioske, Daniel (2015). David’s Jerusalem: Between Memory and History. [S.l.]: Routledge. ISBN 1317548914 
  • Podany, Amanda H. (2010). Brotherhood of Kings: How International Relations Shaped the Ancient Near East. [S.l.]: Oxford University Press. ISBN 978-0-199-79875-9 
  • Potts, D. T. (2012). A Companion to the Archaeology of the Ancient Near East. [S.l.]: John Wiley & Sons. ISBN 978-1-4443-6077-6 
  • Radner, Karen; Robson (2011). The Oxford Handbook of Cuneiform Culture. Oxford: OUP Oxford. ISBN 0199557306 
  • Ring, Trudy; Salkin, Robert M. ; Boda, Sharon La (1995). International Dictionary of Historic Places: Southern Europe. [S.l.]: Taylor & Francis. ISBN 978-1-884964-02-2 
  • Ring, Trudy; Watson, Noelle; Schellinger, Paul (2013). Southern Europe: International Dictionary of Historic Places. Londres e Nova Iorque: Routledge. ISBN 978-1-134-25965-6 
  • Sasson, Jack M. (1969). The Military Establishments at Mari. [S.l.]: Gregorian Biblical BookShop 
  • Sicker, Martin (2000). The Pre-Islamic Middle East. [S.l.]: Greenwood Publishing Group. ISBN 0-275-96890-1 
  • Sicker, Martin (2003). The Rise and Fall of the Ancient Israelite States. [S.l.]: Greenwood Publishing Group. ISBN 978-0-275-98012-2 
  • Soldt, Wilfred Van (2000). «Syrian Chronology in the Old and Early Middle Babylonian Periods». Fondation assyriologique Georges Dossin. Akkadica. 119-120 
  • Steiner, Margreet L.; Killebrew, Ann E. (2013). The Oxford Handbook of the Archaeology of the Levant: c. 8000–332 BCE. Oxford: Oxford University Press 
  • Taracha, Piotr (2009). Religions of Second Millennium Anatolia. [S.l.]: Otto Harrassowitz Verlag. ISBN 978-3-447-05885-8 
  • Teissier, Beatrice (1996). Egyptian Iconography on Syro-Palestinian Cylinder Seals of the Middle Bronze Age. [S.l.]: Saint-Paul. ISBN 3525538928 
  • Thomas, David Winton (1967). Archaeology and Old Testament study: jubilee volume of the Society for Old Testament Study, 1917–1967. [S.l.]: Clarendon P. 
  • Toorn, K. Van Der (1996). Family Religion in Babylonia, Ugarit and Israel. Leida e Nova Iorque: BRILL. ISBN 9004104100 
  • Wossink, Arne (2009). Challenging Climate Change: Competition and Cooperation Among Pastoralists and Agriculturalists in Northern Mesopotamia (c. 3000-1600 BC). [S.l.]: Sidestone Press. ISBN 9088900310 
  • Wu, Yuhong (1994). A Political History of Eshnunna, Mari and Assyria During the Early Old Babylonian Period: From the End of Ur III to the Death of Šamši-Adad. [S.l.: s.n.] 
  • Young, Gordon Douglas (1981). Ugarit in Retrospect. [S.l.]: Eisenbrauns. ISBN 0931464072 
  • Zohar, Tsevi; Zohar, Zvi (2013). Rabbinic Creativity in the Modern Middle East. [S.l.]: A&C Black. ISBN 978-1-4411-3329-8