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Germânia Inferior

Germânia Inferior foi uma província do Império Romano localizada na margem ocidental do rio Reno, no território da atual Alemanha. De acordo com Ptolemeu (Geografia 2.9), a província abrangia a bacia do Reno desde a sua foz até a foz do Obringa, um rio que tem sido identificado como sendo ou o Aar ou o Mosela.[1] Este território inclui a área do atual Luxemburgo, o sul dos Países Baixos, parte da Bélgica e parte da Renânia do Norte-Vestfália.

Provincia Germania Inferior
Província da Germânia Inferior
Província do(a) Império Romano
 
83295


Germânia Inferior em 120
Capital Colônia Agripinense

Período Antiguidade Clássica
57 a.C. Região conquistada por Júlio César e anexada à Gália Bélgica
83 d.C. Separada da Gália Bélgica
260-274 d.C. Anexada pelo rebelde Império das Gálias
295 d.C. Reformas de Diocleciano

Geografia e história

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O exército da Germânia Inferior aparece nas inscrições tipicamente como EX.GER.INF. (Exercitus Germaniae Inferioris) e incluía diversas legiões, com o número variando de acordo com o período: destas, a I Minervia e a XXX Úlpia Victrix eram as mais que mais frequentemente estavam na Germânia. A frota Classis Germanica da marinha romana, encarregada de patrulhar o Reno e a costa Mar do Norte, estava baseada em Castra Vetera e, posteriormente, e Colônia Agripinense.

Os primeiros confrontos entre o exército romano e os povos da Germânia Inferior ocorreram ainda durante as Guerras Gálicas de Júlio César, que invadiu a região em 57 a.C. e, nos três anos seguintes, aniquilou diversas tribos, inclusive os eburões e os menápios, a quem ele chamou de "germânicos", mas que eram provavelmente celtas ou, pelo menos, celto-germânicas. A influência germânica (principalmente através dos tungros) aumentou durante o período romano, levando à assimilação completa de todas os celtas da região.

A Germânia Inferior já tinha assentamentos romanos em 50 a.C. e foi, a princípio, parte da Gália Bélgica; ela foi separada numa província separada por volta de 80 ou 83 e, posteriormente, tornou-se uma província imperial. Ela estava ao norte da Germânia Superior (o adjetivo "Inferior" é uma referência à posição no curso do Reno, equivalendo ao "baixo Reno") e as duas juntas compunham a Germânia Menor.

Cidades

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Os principais assentamentos romanos na província eram Castra Vetera e a Colônia Úlpia Trajana (Xanten), Corióvalo (Heerlen), Albaniana (Alphen aan den Rijn), Lugduno dos Batavos (Katwijk), Fórum Adriano (Voorburgo), Úlpia Noviômago dos batavos (Nimegue), Trajeto (Utreque), Aduatuca dos Tungros (Tongeren), Bona e Colônia Agripinense (Colônia), a capital da província.

Reforma de Diocleciano

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Provincia Germania Secunda
Província da Germânia Secunda
Província do(a) Império Romano
  
295406  

 
Diocese da Gália, c. 400
Capital Colônia Agripinense

Período Antiguidade Tardia
295 d.C. Reformas de Diocleciano
406 d.C. Conquistada pelos bárbaros

Como se atesta na Notitia Dignitatum do início do século V, a província foi renomeada para Germânia Secunda (ou Germânia II) no século IV durante a reforma administrativa do imperador romano Diocleciano (r. 284–305) e passou a se subordinar à Diocese da Gália. Até o fim do controle romano, ela foi uma província fortemente militarizada habitada por cidadãos romanos e francos ripuários. Sua capital permaneceu sendo Colônia Agripinense, que também tornou-se a sede do bispo cristão encarregado da província eclesiástica que sobreviveu até a época da queda do Império Romano do Ocidente.

Depois que a região foi abandonada pelos romanos, acabou tornando-se a centro do Reino Franco.

Governadores

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Referências
  1. "Obringa" em Bruzen la Martiniere, Le Grand Dictionnaire Geographique Volume 6, 1737; Albert Forbiger, Handbuch Der Alten Geographie Volume 3, Mayer und Wigand, 1848, fn (***) p. 126f.

Bibliografia

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  • Jona Lendering, De randen van de aarde. De Romeinen tussen Schelde en Maas, (2000 Amsterdã)

Ligações externas

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