Chorrochó
Chorrochó é um município brasileiro no interior e norte do estado da Bahia. Sua população, segundo o censo de 2022 do IBGE, é de 10.579 habitantes.[5]
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | chorrochoense | ||
Localização | |||
Localização de Chorrochó na Bahia | |||
Localização de Chorrochó no Brasil | |||
Mapa de Chorrochó | |||
Coordenadas | 8° 58′ 48″ S, 39° 05′ 38″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Bahia | ||
Municípios limítrofes | Macururé, Rodelas, Abaré, Curaçá, Uauá e Canudos em território baiano. Belém de São Francisco em território pernambucano | ||
Distância até a capital | 493 km | ||
História | |||
Fundação | 20 de setembro de 1891 (133 anos) | ||
Emancipação | 12 de setembro de 1954 (70 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Humberto Gomes Ramos[1] (PP, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [2] | 3 005,319 km² | ||
População total (Censo IBGE/2022[2]) | 10 579 hab. | ||
Densidade | 3,5 hab./km² | ||
Clima | Árido (BWh) | ||
Altitude | 346 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[3]) | 0,6 — médio | ||
PIB (IBGE/2021[4]) | R$ 105 494,31 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2021[4]) | R$ 9 401,51 |
Topônimo
editarO topônimo Chorrochó é derivado do termo tupi xoró, que significa "jorrar, correntoso, ruidoso", em referência às cachoeiras existentes nas proximidades.[6]
História
editarA povoação de Chorrochó surgiu na primeira metade do século XIX, na fazenda de mesmo nome, originalmente pertencente a Francisco Alves de Carvalho, José de Sá e Antônio de Sá Araújo. Em 1842, esse povoado era constituído de oito casas e era habitado por algumas famílias e seus agregados e escravos, dentre as quais estava a família Pires de Carvalho, de Belém do São Francisco. Nas décadas seguintes, pessoas vindas de localidades próximas, acompanhadas de suas famílias, se fixaram no povoado de Chorrochó e seus arredores.[7][8]
Em 1876, Chorrochó recebeu sua primeira escola, sendo nomeado para a cadeira de professor ali Evaristo Cardoso Varjão Patte, natural de Uauá. Em 1877, quando o povoado de Chorrochó já possuía uma feira semanal, por ali passou o líder messiânico cearense Antônio Conselheiro, que construiu um cemitério e uma igreja em louvor ao Senhor do Bonfim.[8]
Por meio de Ato de 20 de setembro de 1891, Chorrochó foi elevada à categoria de distrito, ainda pertencente a Curaçá. Em 1906, esse distrito também passu a ser distrito policial.[7][8]
A Lei Estadual nº 1371, de 22 de agosto de 1919, elevou Chorrochó à categoria de município, desmembrando-se de Curaçá, e o líder da causa emancipacionista chorrochoense, o comerciante Francisco Pacheco de Menezes, natural de Areia Branca (SE) e radicado no município baiano desde 1871, foi nomeado o seu primeiro intendente. No entanto, em 1924, Chorrochó foi extinta e novamente anexada a Curaçá.[8][9]
Durante os tempos do Cangaço, o atual município de Chorrochó foi visitado por Lampião em 28 de julho de 1928, quando este chegou ao arraial de Várzea da Ema.[8]
A Lei estadual nº 510, de 12 de dezembro de 1952, desmembrou de Curaçá os distritos de Chorrochó e Ibó, para compor o novo município de Chorrochó, o qual foi instalado em 12 de setembro de 1954, com a posse de seu primeiro prefeito, Eloy Pacheco de Menezes.[8][9]
Em 1962, os distritos de Abaré e Ibó foram desmembrados de Chorrochó para formar o novo município de Abaré.[9]
Geografia
editarO município de Chorrochó é banhado pelo Rio São Francisco. O município não possui muitos acidentes geográficos além do Velho Chico e rios de menor importância.[7]
Em 2023, foi detectada, pelo INPE, uma área de 5,7 mil km² de clima árido no norte da Bahia, detectada pela primeira vez no Brasil, na qual o território de Chorrochó está inserido em sua totalidade. O aparecimento de clima árido no Brasil se deve às mudanças climáticas provocadas pelo homem.[10][11]
Organização Político-Administrativa
editarO Município de Chorrochó possui uma estrutura político-administrativa composta pelo Poder Executivo, chefiado por um Prefeito eleito por sufrágio universal, o qual é auxiliado diretamente por secretários municipais nomeados por ele, e pelo Poder Legislativo, institucionalizado pela Câmara Municipal de Chorrochó, órgão colegiado de representação dos munícipes que é composto por 9 vereadores também eleitos por sufrágio universal.[12]
Atuais autoridades municipais de Chorrochó
editar- Prefeito: Humberto Gomes Ramos - PP (2021/-)[1]
- Vice-prefeito: Uilde Irla de Oliveira "Dilan" - PC do B (2021/-)[1]
- Presidente da Câmara: Joelson Alves Moreira "Joelson de São José" - PC do B (2021/-)[1]
- ↑ a b c d «Prefeito e vereadores de Chorrochó tomam posse; veja lista de eleitos». G1. 1 de janeiro de 2021. Consultado em 2 de novembro de 2022
- ↑ a b «Chorrochó (BA) - panorama». IBGE Cidades. Consultado em 21 de janeiro de 2024
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 16 de agosto de 2013
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios - Chorrochó (BA)». IBGE Cidades. Consultado em 21 de janeiro de 2024
- ↑ «População de Chorrochó (BA) é de 10.579 pessoas, aponta o Censo do IBGE». G1. 28 de junho de 2023. Consultado em 21 de janeiro de 2024
- ↑ Ramos, Ricardo Tupiniquim (2008). Toponímia dos municípios baianos: descrição, história e mudanças (Tese de doutorado). Salvador: UFBA. p. 304
- ↑ a b c Enciclopédia dos Municípios Brasileiros 🔗 (PDF). 20. Rio de Janeiro: IBGE. 1958. pp. 159–160
- ↑ a b c d e f «História». Prefeitura Municipal de Chorrochó. Consultado em 21 de janeiro de 2024
- ↑ a b c «Chorrochó (BA) - histórico». IBGE Cidades. Consultado em 21 de janeiro de 2024
- ↑ Peixoto, Roberto (21 de janeiro de 2024). «Como a recente descoberta do primeiro clima árido no Brasil pode impactar o restante do país». G1. Consultado em 21 de janeiro de 2024
- ↑ Rodrigues, Léo (19 de novembro de 2023). «Estudo identifica, pela primeira vez, região árida no Norte da Bahia». Agência Brasil. Consultado em 21 de janeiro de 2024
- ↑ MEIRELLES, Hely Lopes. Direito municipal brasileiro. 18. ed. São Paulo: Malheiros, 2017.