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Águas jurisdicionais brasileiras

(Redirecionado de Amazônia Azul)
 Nota: Para a estatal brasileira, veja Amazônia Azul Tecnologias de Defesa.

As águas juridiscionais brasileiras (AJB) são as águas interiores e espaços marítimos sobre os quais o Brasil exerce algum grau de jurisdição sobre as atividades, pessoas, instalações e recursos naturais, através do controle e fiscalização pela Marinha do Brasil.[1] Elas abrangem as águas interiores, mar territorial, zona contígua, zona econômica exclusiva (ZEE) e águas sobrejacentes à plataforma continental (PC) onde ela excede a ZEE.[2] Em contextos menos formais, a Marinha batiza essa área de "Amazônia Azul", por analogia com a Amazônia "Verde".[3][4]

Mapa do Brasil no Atlas Geográfico Escolar de 2024, incluindo a ZEE (em fronteira azul-escura) e a plataforma continental até a elevação do Rio Grande

O Livro Branco da Defesa Nacional de 2012 definiu uma área marítima de 4,5 milhões de quilômetros quadrados como parte do território brasileiro, o que incluiria 3,6 milhões de km² até o limite da ZEE (200 milhas náuticas do litoral) e mais 953 525 km² de plataforma continental estendida,[5] ou, por outros dados, 3 539 919 km² de ZEE e 911 847 km² de PC, para um total de 4 451 766 km² de "Amazônia Azul".[6] Em 2018 o Brasil propôs uma revisão da plataforma continental para incluir a elevação do Rio Grande, o que expandiria a área para 5,7 milhões de km²,[7] equivalente a 67% do território nacional (8,5 milhões de km²) e 1,1 vezes o tamanho da Amazônia Legal (5,2 milhões de km²).[8] Cerca de 60 mil quilômetros de hidrovias podem também ser contabilizadas na "Amazônia Azul".[9]

História

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Com a entrada em vigor da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM) em 1995, e de acordo com as suas disposições, pelas quais rochedos sem ocupação humana permanente não dão direito ao estabelecimento de uma Zona Econômica Exclusiva, visando explorar, conservar e gerir os recursos da região, o Brasil - que já ocupava o arquipélago de Trindade e Martim Vaz, passou a ocupar também o arquipélago de São Pedro e São Paulo. Esta decisão elevou-os à condição de arquipélago, permitindo ao país ampliar a sua ZEE em 450 mil quilômetros quadrados, uma superfície equivalente ao estado brasileiro da Bahia.[10]

Ver também

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Referências

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Citações

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  1. Zanella 2018, p. 2834-2836.
  2. «Autorização prévia - Águas jurisdicionais brasileiras, zona de fronteira, entre outros». Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio Grande. Consultado em 9 de outubro de 2024 
  3. Zanella 2018, p. 2831.
  4. Assumpção 2018, p. 37.
  5. Silva 2020, p. 301-302.
  6. Cunha 2015, p. 35.
  7. Silva 2020, p. 302.
  8. Violante 2022, p. 83.
  9. Souza, Beto (24 de junho de 2024). «Amazônia Azul: entenda por que o Brasil é maior do que está no mapa». CNN Brasil. Consultado em 9 de outubro de 2024 
  10. Ilhas do Brasil: O Brasil além das 200 milhas. O Globo, 12 de outubro de 2008, p. 59.

Bibliografia

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Ligações externas

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