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Soma Das Horas
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E-book119 páginas1 hora

Soma Das Horas

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Sobre este e-book

Ao iniciar a escrita desse livro, não sabia que seria agradecida coma revelação de um acontecimento que mudou o rumo da minha vida. Muitos anos após sua morte, Celso Franco de Oliveira, meu esposo, que desencarnou em 1996, vítima de AVC hemorrágico, após alguns anos veio me contar o que sentiu ao deixar a vida que amava e como foi a sua jornada na dimensão espiritual.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento20 de mai. de 2024
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    Soma Das Horas - Maria Edna Holer De Oliveira

    Soma das Horas

    Maria Edna Holer de Oliveira

    Soma das Horas

    o iniciar a escrita desse livro não sabia que seria Aagraciada com a revelação de um acontecimento que me abalou e mudou o rumo da minha vida.

    Muitos anos após sua morte, Celso Franco de Oliveira, meu esposo que desencarnou em 1996, vítima de AVC

    hemorrágico, voltou após alguns anos para me contar o que sentiu ao deixar a vida que amava e como foi sua jornada na dimensão espiritual. Escrever essas páginas me custou muitas lágrimas, eu simplesmente não conseguia escrever o livro, e resolvi apagar o que estava escrito, em dado momento criei força e coragem para

    Maria Edna Holer

    Dedicatória

    Dedico essas páginas aos meus filhos Celso Franco de Oliveira Junior, Danielle Franco de Oliveira e Monica franco de Oliveira. A minha amiga Agda Julieta Martins que acolheu a mim e a minha família. Agradeço imensamente os benfeitores espirituais da Casa do Caminho Curitiba pela paciência e apreço.

    Reflexão a Meia Luz

    Viver no passado é sofrer sobre restos de ilusão.

    Na soma dos dias é necessário revestir a alma de amor, pois, somente o amor tem o poder de desfazer a amargura e permitir que a essência divina se manifeste em nossa vida. No raiar da nova aurora construímos um futuro de bênçãos que nos chegam nítidas como as cores do arco-íris que margeiam nosso caminhar pelo mundo. Ao interiorizar o amor estaremos aptos a compreender o que transcende a vida. O tempo e o espaço fluem juntos, o oculto é desvendado e o véu da sabedoria nos cobre como um manto de proteção celestial. O ontem é apenas uma lembrança, o presente reveste-se de esperança e o amanhã é promissor...

    É indescritível a sensação de bem-estar que inunda meu ser. Distraído, olho para os meus pés que deslizam sobre uma espessa nuvem branca e macia. Isento-me de indagar o motivo de estar ali e deixo-me seduzir pelo embalo do vento soprando suave em meu rosto. Acompanho o movimento acariciante da brisa e o alvorecer de um novo dia inunda meu ser de tranquilidade e amor.

    O sol transpassa as nuvens espargindo raios multicoloridos em todas as direções. A luz radiante proporciona um espetáculo inigualável de cores iridescentes, verdadeiro prodígio da natureza.

    Minha única alternativa é seguir a simetria perfeita do universo, imerso na paz reinante contemplo a 6

    magnífica visão com o desejo de fixar para sempre as cores do arco-íris em minhas retinas.

    O som e as cores da natureza despertam meus sentidos e vejo como me ative de perceber as dádivas do universo. Diante dos meus olhos desvenda-se um mundo novo e repleto de novas possibilidades, as sensações que experimento são tão intensas que percebo estar atravessando uma ponte para o céu.

    Por alguns instantes, usufruo a liberdade plena de compreender o incompreensível, de sentir o pulsar da vida em sua plenitude, posso enxergar o oculto e escuto o que mais ninguém pode ouvir. A recente sensação preenche todos os espaços em minha alma, quando dou por mim, estou no ponto mais alto do arco-íris, as imagens, assim como os sons absorvem completamente minha atenção e esqueço porque estou ali.

    7

    No exato momento em que tomo consciência do meu corpo, num piscar de olhos, despenco vertiginosamente. Automaticamente fecho os olhos e seguro a respiração, estou caindo em queda livre e logo será o meu fim. Em vez disso, desperto com o som de um baque surdo.

    Confuso, não reconheço o local onde estou, sinto que alguém tenta me reanimar. Do alto, observo a movimentação de pessoas ao meu redor sem compreender o que se desenrola ante meus olhos atônitos. Penso se tratar de uma experiência extrassensorial, ou um sonho interminável.

    Totalmente lúcido, ouço a voz de um homem que fala com determinação e não compreendo suas palavras. Em vão tento ordenar meus pensamentos, todavia, a confusão mental é enorme e nada faz sentido para mim. Por algum motivo, a cena que 8

    assisto não se encaixa em minha vida, não nesse momento.

    Apuro os ouvidos e ouço pela décima vez uma voz

    feminina

    relatando

    minuciosamente

    um

    acidente. Tento reconhecer a voz que diz em alto e bom som que segundo testemunhas, na manhã de segunda feira eu trafegava numa via rápida dentro do

    limite

    permitido,

    quando

    um

    automóvel

    atravessou a avenida e colidiu violentamente com o carro que eu dirigia.

    Não tenho qualquer lembrança do acidente, muito assustado, ouço a mulher dizer que fui lançado fora do veículo e cheguei ao hospital desacordado. Abro os olhos, alheio a tudo que acontece ao meu redor, não sei quem sou e nem o que aconteceu comigo, muito menos sei informar a pessoa que me assiste, o nome de uma pessoa da minha família.

    9

    Meus devaneios acabam abruptamente quando me deparo com pessoas vestidas de branco, são médicos e enfermeiras conversando sobre mim e logo se dão conta que abri os olhos. Mais tarde, fui diagnosticado com amnésia parcial, apesar de estar desperto e falante, não reconheço minha esposa e não lembro sequer o seu nome, ou o nome dos meus filhos. Fisicamente estou bem, a marca do acidente está ao lado esquerdo da minha cabeça, a pancada foi violenta e resultou num pequeno corte lateral acima da orelha. Depois de uns dias, soube que estive ausente durante vinte e quatro horas, quando minha consciência retornou, minha esposa afirmou que eu estava confuso e falava coisas estranhas. Eu estava longe da normalidade, queria fugir do hospital e todo o tempo falava em ir embora, o que não fazia sentido para ela, mas eu 10

    só queria muito voltar para o lugar onde estivera antes.

    Há medida que minha memória clareava, eu queria contar onde estive, pois precisava explicar o que vi e o que senti, mas minhas palavras eram desconexas e sem sentido e não retratavam com exatidão o que eu desejava dizer. Para meu espanto, minha memória recente não existia mais, isso me deixava ainda mais confuso, minhas lembranças pareciam rabiscos de lápis meio apagados numa folha em branco.

    Em poucos dias me senti melhor, foi uma surpresa saber que a copa do mundo de 1990 havia terminado e que assisti a final. Assim como não lembro o que aconteceu comigo, não lembro o que aconteceu dois dias antes, nem o que aconteceu no acidente, tão pouco dois dias depois do acidente.

    Esqueci tudo que vi, falei e fiz nos dias de confusão 11

    mental, foram dois dias de vida que se apagaram para sempre da minha memória.

    Restou o prejuízo material, pois o causador do acidente evadiu-se do local, no restante nada mudou. Em poucos dias estava bem e agia normalmente. Foi uma enorme satisfação reconhecer minha esposa e lembrar da minha família, esse detalhe foi muito importante para o médico realizar mais alguns exames e

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