Para Sempre Comigo
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Para Sempre Comigo - Cacilda Tanagino
Para Sempre Comigo - Cacilda Tanagino
Cacilda Tanagino
Para Sempre
Comigo
1ª Edição
2015
2
Para Sempre Comigo - Cacilda Tanagino
Título original: Para Sempre comigo
Diagramação:Thiago Carvalho
Design de capa: Cildinha_may
Imagem: Licença: CC0 Public Domain / FAQ
www.pixabay.com
Revisão: www.ortografa.com
Publicação Eletrônica: Clube de Autores Publicações S/A.
Publicação Eletrônica
Clube de Autores
1ª Edição : 2015
Contatos com o autor:
tanaginoc@gmail.com
©2015 by Cacilda Tanagino. Todos os direitos reservados ao
autor.Proíbida a reprodução, no todo ou em parte,através de quaisquer
meios. Todos os livros no Clube de Autores são de responsabilidade
editorial e legal dos usuários que os publicaram, sendo o papel do site
exclusivamente de permitir a publicação e de comercializar e entregar as
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Atendimento e venda direta ao leitor:
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Todos os personagens e nomes desta obra são fictícios. Qualquer
semelhança com pessoas vivas ou mortas. É mera coincidência.
© By Cacilda Tanagino
Todos os direitos reservados ao autor.
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Para Sempre Comigo - Cacilda Tanagino
Os pés e as mãos conhecem o desejo da alma.
Fechemos, pois, a boca e conversemos através da alma.
Só a alma conhece o destino de tudo, passo a passo.
Vem, se te interessas, posso mostrar-te.
Rumi
4
Para Sempre Comigo - Cacilda Tanagino
Nota da autora
Quem já não viveu um turbilhão de emoções? Os
relacionamentos não seguem uma regra, e toda história de
amor tem seus encantos e desencantos.
Este segundo livro vem contando a história de Leila e
Nicholas. Dois personagens já apresentados a vocês no livro
Uma noite em teus braços
. Vocês se lembram deles? Pois
então, Leila e Nicholas, tiveram uma história tumultuada,
confusa, mas muito linda.
Particularmente, surpreendi-me com o desenvolvimento
dos personagens. Escrever este livro foi muito especial, pois a
inspiração brotou lentamente, quase sobrenatural, os
personagens se manifestavam em minha imaginação como se
realmente existissem, foi muito surreal, estranho, mas muito
prazeroso; narrar à história de Nicholas e Leila trouxe-me
algumas considerações muito importantes sobre o destino,
sobre a vida, sobre o tempo. O tempo às vezes é o melhor dos
conselheiros, ele pode fazer maravilhas na vida de uma pessoa,
como também pode destruir sonhos. Então, cheguei à conclusão
que devemos sempre pensar no que realmente é melhor para a
gente, pois se deixarmos o tempo passar, perderemos as
oportunidades verdadeiras de ser feliz.
Ao lerem este livro, vocês perceberam que tive todo o cuidado
do mundo para trazer até vocês mais uma história quente e
surpreendente. Espero que gostem desta nova aventura. Este é
meu pequeno presente para vocês.
Um beijo no coração ...
Cacilda Tanagino.
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Para Sempre Comigo - Cacilda Tanagino
Pensando em você. Querido amigo, amado e eterno
amante.
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Para Sempre Comigo - Cacilda Tanagino
Prólogo
Quando tudo começou...
O sol já estava alto no deserto, a caravana havia partido a
pouco mais de duas horas de Mopti, cidade de Mali. A região
seca e extremamente árida era interessante no princípio, mas
depois de duas horas andando de carro, aquilo já não
apresentava tanto interesse, a poeira e o calor já começavam a
incomodar, Leila estava em silêncio, ouvia atentamente a
conversa baixa e melodiosa do velho tuaregue chamado Moussa,
ele estava radiante em participar do Festival do deserto que era
promovido todos os anos no Deserto de Essakane, uma região
próxima a Timbuktu, a cidade Tuaregue; Leila ficou se
perguntando por que estava ali, sempre que agia por impulso se
arrependia amargamente das decisões que tomava.
Seu silêncio aos poucos foi percebido pelo seu meio-
irmão Adonai, que também participava do festival, porém ao
contrário dos outros anos em que participava bem mais
animado, neste ano ele estava com o semblante bem mais
carregado que o de costume, aquilo não passou despercebido
aos olhos de Leila, que o conhecia na palma da mão.
O comboio era bem grande, além dos alimentos e produtos
de primeiras necessidades, eles também transportavam o
material para fazer montagem das tendas, a equipe que formava
a caravana era especialista em dormir ao relento, grande parte
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Para Sempre Comigo - Cacilda Tanagino
do pessoal, haviam sido recrutados pelo deserto alguns anos
antes pelo antigo chefe da segurança de Adonai, hoje seu sócio
em alguns empreendimentos, era um homem irritante e ao
mesmo tempo sedutor, ele a ignorava, era como se ela não
existisse, aquilo a incomodava extremamente. Enquanto
pensava no sócio de Adonai, ela ouvia a voz dele através do
rádio, no interior do carro.
— Bbrrzz... Bbrrzz... Lobo falando! Bbrrzz! Câmbio...
— Bbrrzz... Bbrrzz...Alcateia na escuta ! Bbrrzz! Prossiga...
— Bbrrzz! Bbrrzz... Já estamos... Bbrrzz! ... No lugar
combinado! Bbrrzz! Câmbio...
— Bbrrzz! Na escuta lobo, estamos atravessando, nos
encontramos em aproximadamente... Bbrrzz... 45 minutos...
Bbrrzz... Bbrrzz!
— Bbrrzz! Bbrrzz... Ok!
— Bom meus amigos vocês ouviram o rádio dentro de
quarenta e cinco minutos faremos uma pausa para esticarmos as
pernas. Adonai anunciou aos integrantes.
Leila continuava a olhar a paisagem árida, o verde que
surgia rasteiro era sem-vida, embaçado dava um contraste
misterioso naquela poeira vermelha; "como pode alguém
sobreviver neste lugar?
Não dá para imaginar minha mãe
vivendo num lugar como este,
cuidando de cabras; e Adonai?
Como será que ele conseguiu sobreviver a este calor
escaldante? " Leila pensava distraída, fazendo um paralelo da
vida confortável que tinha em San Antonio e a vida esquálida
das mulheres daquele lugar abandonado.
— Menino Adonai?
— Diga Velho Moussa.
— Já está na hora do Menino Adonai arrumar casamento a
vossa irmã?
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Pelo retrovisor Adonai viu a careta de desagrado de Leila
com o comentário do velho Tuaregue, Adonai coçou o queixo
coberto por uma barba por fazer, enquanto continuava a olhar
pelo retrovisor os olhos âmbar da irmã, pensou bem nas palavras
para responder ao velho Tuaregue.
— Leila vive na América, e como tal seguirá os padrões a
que está acostumada.
— Como irmão mais velho, e como seguidor de nossa
cultura, é preciso indicar um marido, afinal, a Menina Leila já
está ficando velha para o casamento. O velho tuaregue falava
como se ela não estivesse por perto e não demorou muito para
haver uma explosão de palavras:
— Não faltando com respeito aos seus cabelos brancos
gostaria que você prestasse a atenção no que vou lhe dizer seu
velho tuaregue intrometido! Não vou me casar com ninguém
que não seja aquele que eu desejar. Adonai, já estava rindo, e
ela continuou...
— Se você não foi escolhido para desposar ninguém, por
que vou ser escolhida? E olhando para o irmão continuou a
desferir sua falta de paciência.
— Não me façam nenhuma surpresa neste quesito, por que
vocês dois se arrependeram amargamente, vão passar vergonha,
por que eu não me dobro. Não me casarei com ninguém,
principalmente se for alguém dessas redondezas.
— Menino Adonai. O velho tuaregue começou a falar
novamente.
— Veja, se ela estivesse casada, seria mais branda,
respeitaria mais, principalmente anciões como eu e com certeza
o seu marido já teria lhe ensinado bons modos. Sorrindo Adonai
concluiu:
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Para Sempre Comigo - Cacilda Tanagino
— Ou ela teria lhe deixado manso como um carneiro. Peço-
lhe perdão Velho Moussa, mas conhece muito bem o
temperamento de nossas mulheres...
— Perdoe-me Senhor, não quis ser intrometido.
Balançando a cabeça como forma de negação Leila não
acreditava no rumo daquela conversa, e tentando controlar sua
irritação crescente cortou a conversa dos dois homens:
— Senhores! Estou aqui! Adonai, você quer dizer a esse
rabugento que eu não mordo, ele age como se eu estivesse
invisível.
Adonai balançou a cabeça, e falou com Leila.
— Leila não seja dura com Moussa. Ele está
apenas preocupado. Você já não é uma menina. Aqui no deserto
uma mulher de vinte e cinco anos já está preparando a filha para
o casamento, então...
— Você disse certo, Uma mulher aqui no deserto
essa
não sou eu. Não vivo de acordo com os costumes do deserto,
então não quero um marido do deserto. Ok!
— Ok! Agora por hora vamos encerrar este assunto.
Adonai falou abruptamente. Enquanto olhava o GPS, e indicava
ao motorista a trilha dos carros que seguiam na frente deles.
O silêncio voltou a reinar novamente dentro do veículo,
mesmo
com
o ar-condicionado ligado,
o
calor
estava
insuportável, Leila já havia tomado mais de duas garrafas de
água, e começava a se preocupar com aquela sede insuportável,
de repente o velho tuaregue lhe estendeu algumas tâmaras, ela
olhou desconfiada, e então ele falou:
— Às vezes menina Leila, é muito teimosa.
Ela sorriu para ele com total desdém e teve vontade de pegar as
tâmaras com a mão esquerda, mas desistiu provavelmente ele a
repreenderia e ela não achava isso muito bom, então o deixou
falar.
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Para Sempre Comigo - Cacilda Tanagino
— Isso se deve ao fato de ser uma muwallad1.
Ela não gostou do que ouviu, não gostava de ser chamada de
mestiça, muito menos mulata, virou-se para a janela controlando
para não explodir mais uma vez. Ele por sua vez estendeu-lhe as
mãos com as tâmaras e as ofereceu.
— Coma algumas, sua sede vai amenizar, as tâmaras
podem ser milagrosas, experimente!
Leila pegou algumas e começou a comer, depois sorrindo
disse um obrigado ao velho tuaregue, do espelho Adonai
observava a situação se acalmar entre os dois. Era difícil fazer o
velho entender que ele não iria se meter na vida da meia irmã,
como também era difícil Leila entender que para o velho
tuaregue ela não passava da filha bastarda de Karin al-Wafiq ibn
Karin, isso no deserto tinha peso, por isso preferia deixá-la
como estava, ele próprio não tinha interesse em se casar.
Embora, muitas vezes pensava como seria a vida se amasse
apenas uma mulher ou como seria amar uma mulher, porque até
então ele ainda não tinha experimentado o doce sabor do amor.
O carro já estava se aproximando do local combinado. O rádio
novamente fez contato.
— Bbrrzz! Bbrrzz... Bbrrzz... Câmbio! Alcateia se
aproximando? Lobo na escuta.
— Bbrrzz! Bbrrzz... Bbrrzz... Sim, Lobo! Estamos
chegando, câmbio. Finalizando
— Bbrrzz... Bbrrzz... Ok!
A paisagem com tonalidades exuberante mostrava a beleza
oculta da aridez, ora um rosa escuro, ora um amarelo ouro, o
vento levava a areia de um lugar para o outro, cinquenta graus o
termômetro apontava, a camisa cor de areia de Leila estava
colada na pele, esperava ansiosa pelo oásis no qual iriam parar;
1 Mestiça.
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a viagem era longa, então deveria aproveitar o pouco que seria
oferecido. Conforto? Nem pensar, Adonai, havia lhe avisado
sobre as condições da viagem, ela pensou que ele estava apenas
tentando assustá-la, agora via com desespero que deveria ter
ficado em San Antonio, o cabelo dela estava protegido por um
lenço, mas mesmo assim já estava ficando ressecado, ela passou
a mão nele e percebeu que já estava todo empoeirado.
Permaneceu em silêncio até ao final do trajeto, divagando
seus pensamentos nas condições precárias daquele lugar, o carro
chacoalhava de um lado para outro no terreno íngreme. Então,
logo após uma subida íngreme, avistaram o oásis, e nele alguns
dos carros que estavam no comboio.
A imagem era bonita de se ver, por um momento pegou-se
imaginando em uma cena do filme o céu que nos protege
,
sorriu diante do pensamento, tempo suficientemente rápido
colhido pelos olhos de águia que a observavam ao longe, ela
sentiu a intensidade daquele olhar ao longo de sua omoplata,
então desceu da ranger e se preparou para pisar naquele terreno
árido e sem-vida. Suas pernas estavam sem firmeza no primeiro
instante, e dolorida, sentiu o principio de formigamento, a
coluna também estava dolorida, mas ao passo que foi se
alongando ela foi voltando ao normal, caminhou lentamente nas
proximidades da Ranger, olhando o local e ao mesmo tempo
observando o intruso olhar que lhe incomodava. Ela se fez de
desentendida e deliberadamente olhou para aqueles olhos que a
observava sem disfarce. Sem demonstrar nenhuma reação
começou a falar com seu irmão que estava ao seu lado.
― Meu Deus que sol escaldante é esse? Perguntou olhando
para o irmão.
― É o deserto. Caríssima!!! É o deserto.
― Nossa! Estou fritando, a temperatura aqui parece ser
bem maior que no Texas.
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Para Sempre Comigo - Cacilda Tanagino
― Sim, essa é impressão que temos, mas pode apostar que
o deserto do Texas é tão quente quanto aqui. Adonai lhe
explicava enquanto lhe ajudava a caminhar até uma das tendas
montadas para recebê-los.
― Aproveita para esticar as pernas... E também se hidratar,
pois um dos fatores determinantes de sobrevivência no deserto é
justamente a hidratação e o descanso, não se aventure nesse sol
sem uma proteção, apenas alguns minutos debaixo dele podem
debilitar por dias aquele que não está acostumado a viver em
altas temperaturas.
― Eu preciso de um banheiro... Leila falou olhando ao
redor, viu apenas os homens conversando, alguns empunhavam
rifles, outros estavam com submetralhadoras. ― Por que estão
tão armados?
― Porque aqui a lei é o que temos em nossas próprias
mãos. Quanto ao banheiro terá que ser ao ar livre, temos um
pequeno lago, mas não aconselho a se aventurar, é perigoso
demais, pode ter animais peçonhentos entre outras coisas.
― Arrrg! Só de pensar já me deu arrepios... Leila falou
com uma careta