Sou péssimo em português: Chega de sofrimento! Aprenda as principais regras de português dando boas risadas
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Sobre este e-book
Em Sou péssimo em português, a professora Cíntia Chagas usa histórias divertidas de sua própria vida para ensinar regras da língua portuguesa. São contos e microcontos com lições de gramática misturadas a relacionamentos, a viagens e a recordações, ensinadas de um jeito que você nunca vai esquecer.
Aprenda o uso correto das palavras de forma dinâmica e divertida. Com a ajuda deste livro, as regras do português se tornarão mais memoráveis, e melhorar suas habilidades de comunicação e escrita será muito mais fácil.
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Avaliações de Sou péssimo em português
8 avaliações4 avaliações
- Nota: 5 de 5 estrelas5/5Adorei, fiquei curiosa e terminei de ler super rápido. É um livro prazeroso de se ler
- Nota: 5 de 5 estrelas5/5Que livro maravilhoso!!! Conseguiu despertar minha curiosidade em voltar a estudar a língua portuguesa.
- Nota: 3 de 5 estrelas3/5autora é meio vilão pá das idéias, visto que há muitas referências à machismo, sexismo e doutrinação. definitivamente não é pra crianças, apesar de ser um livro informativo.
- Nota: 5 de 5 estrelas5/5Realmente aprendi muitas regras de português dando boas risadas! Amei!
Pré-visualização do livro
Sou péssimo em português - Cíntia Chagas
Copyright © 2018 por Cíntia Chagas
Todos os direitos desta publicação são reservados à Casa dos Livros Editora LTDA.
Diretora editorial
Raquel Cozer
Gerente editorial
Renata Sturm
Assistente editorial
Marina Castro
Copidesque
Opus Editorial
Revisão
Rafaela Biff Cera e Thais Rimkus
Capa, projeto gráfico e diagramação
Anderson Junqueira
Fotos da autora
Angelo Pastorello
Os pontos de vista desta obra são de responsabilidade da autora, não refletindo necessariamente a posição da HarperCollins Brasil, da HarperCollins Publishers ou de sua equipe editorial.
CIP-Brasil. Catalogação na Publicação
Sindicato Nacional dos Editores De Livros, RJ
C424s
Chagas, Cíntia
Sou péssimo em português : chega de sofrimento! aprenda as principais regras de português dando boas risadas / Cíntia Chagas. - 1. ed. - Rio de Janeiro: HarperCollins, 2018.
Inclui bibliografia
ISBN: 9788595084100
1. Língua portuguesa - Gramática. I. Título
Leandra Felix da Cruz - Bibliotecária - CRB-7/6135
HarperCollins Brasil é uma marca licenciada à Casa dos Livros Editora LTDA.
Todos os direitos reservados à Casa dos Livros Editora LTDA.
Rua da Quitanda, 86, sala 218 – Centro
Rio de Janeiro, RJ — 20091-005
Tel.: (21) 3175-1030
www.harpercollins.com.br
Ao grande amor da minha vida, vovó Orlandina.
Ao incentivador da escrita desta obra, Pe. Fábio de Melo.
Aos seres que passaram pela minha vida e transformaram-se em personagens deste livro.
Eu queria ter tido uma professora como Cíntia Chagas. E nem precisava ser tão bonita. Nem tão elegante. Queria ter uma professora antenada como Cíntia. Comprometida com o aprendizado. Disposta a usar todos os recursos possíveis para manter o aluno ligado na língua pátria. Que bom que ela escreveu um livro. Que bom que posso ser aluna dela, hoje, através das aulas que escreveu. E, melhor ainda, posso saborear por inteiro as histórias divertidas que ela usou para tornar maior a intimidade entre nós, seus alunos e suas alunas, com as regras do bom português. Que maravilha poder ser aluna de Cíntia Chagas.
— Lega Nagle
Português sempre foi a minha matéria preferida. Entender suas regras e labirintos era fascinante pra pirralhinha aqui, que sonhava virar escritora um dia. Quando terminei de ler o livro da Cíntia (que fala de regras sem parecer que está falando de regras, uma coisa de louco!), eu quis voltar no tempo. A menina que mora em mim ficou #chateada por não ter lido um livro tão bacana quando era estudante (e por não ter sido aluna de uma
fessora maluquinha como ela). De forma leve, inusitada, única e, acima de tudo, divertida (prepare-se para dar boas risadas), Cíntia Chagas – essa surra de talento, carisma e beleza – mostra que aprender a nossa língua é muito mais simples do que a maioria das pessoas pensa. A gente é que complica! Ainda bem que tem a Cíntia para descomplicar e, de quebra, fazer rir com esta delícia recheada de histórias cheias de humor, gaiatice e personalidade.
— Thalita Rebouças
AGRADECIMENTO
Se analisarmos a regência do verbo agradecer em diferentes gramáticas tradicionais, encontraremos normas distintas entre si, situação que denota a pluralidade das interpretações possíveis para as regras da nossa língua portuguesa. E, graças a esse tipo de divergência, nós, professores de português, temos de estudar os grandes gramáticos a fim de transmitir, aos alunos, as regras que nos parecem mais sensatas. Ademais, temos de nos abster de uma preferência cega por um determinado gramático, para que possamos, imparcialmente, chegar às conclusões mais lúcidas sobre as polêmicas linguísticas.
Diante disso, agradeço os ensinamentos aos grandes gramáticos normativos da língua portuguesa e assumo o compromisso de levar adiante o primoroso trabalho desses estudiosos.
Muito obrigada!
SUMÁRIO
PREFÁCIO
1. SOBRE O USO DO MESMO
Mesmo?
2. SOBRE METONÍMIAS
A regra dos chicletes
3. SOBRE FALSOS COGNATOS
Todo mundo fala inglês
4. SOBRE PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Tiro e queda
5. O ÓCULOS OU OS ÓCULOS?
Santos
6. SOBRE CLICHÊS
O falecimento da esperança
7. POR CAUSA QUE OU POR CAUSA DE?
Túlio
8. AO ENCONTRO DE OU DE ENCONTRO A?
Hoje ele crê
9. SOBRE O MODO IMPERATIVO
Cinquenta tons de Cíntia
10. SOBRE VOCATIVOS
Fé e balada
11. HAVIA OU HAVIAM?
Não duvido de que haviam
12. SOBRE PLEONASMOS
A vida é uma só
13. SOBRE AMBIGUIDADES
O cachorro do seu irmão
14. NO VOLANTE OU AO VOLANTE?
Perigo constante?
15. SOBRE EUFEMISMOS
Suave como uma brisa...
16. SOBRE O USO DOS PORQUÊS
Você sabe por quê...
17. BASTANTE OU BASTANTES
Bastantes momentos de paz?
18. ASSISTIR O OU ASSISTIR AO?
Os filmes a que assisti
19. VENDE-SE OU VENDEM-SE?
Obscenidade linguística
20. A LONGO PRAZO OU EM LONGO PRAZO?
Os homens de 51 anos
21. SE NÃO OU SENÃO?
Se não congelar... Congele, senão...
22. SOBRE CHAMPANHE E SAUDADE
Quando me torno aluna
23. CHEGAR EM OU CHEGAR A?
Obrigadão!
24. PREFIRO Y DO QUE X OU PREFIRO Y A X?
As propagandas de margarina
25. SOBRE A CONJUNÇÃO MAS
Uma pecaminosa conjunção
26. CASAR OU CASAR-SE?
Let’s get married!
27. SOBRE VERBOS DERIVADOS DE VER
Uma panela de brigadeiro e o meu sofá
28. O QUANTO OU QUANTO?
Uma raivosa docente
29. SOBRE ERROS EM DISCURSOS
Irrefutável?
30. A NÍVEL DE OU EM RELAÇÃO A?
A rústica sou eu
POSFÁCIO
Mas por que português? Fabrício
BIBLIOGRAFIA
PREFÁCIO
Pe. Fábio de Melo
Eu sempre compreendi as regras da língua portuguesa como metáforas da vida. Pontuar o texto, ajeitar a concordância, distinguir o sujeito, identificar o plural para cada singular, tudo me reporta à dinâmica do cotidiano em que experimento o meu existir. Há sempre um cordão imaginário a atar as regras da gramática com as regras da vida. A língua portuguesa é uma experiência cotidiana. É por meio dela que alcançamos os significados dos mundos que nos cercam, que compreendemos nossos mundos interiores e construímos a trama verbal que derrama sentido sobre tudo o que fazemos, pensamos, falamos e sentimos.
A língua portuguesa é o exercício literário que se confunde com a rotina da vida. Não foi sem motivo que Graciliano Ramos, um dos grandes mestres da nossa literatura, comparou o ofício de lidar com as palavras com o ofício das lavadeiras da sua terra. Ele disse: Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer
.
O mestre alagoano se referia ao exercício literário. Mas eu ouso desdobrar a sua reflexão. Toda vez que precisamos nos comunicar, recrutamos naturalmente a língua que nos pertence. É nessa hora que o emaranhado de informações recebido com os anos de estudos abre caminhos para que o nosso dizer de fato diga. O conhecimento da língua também nos facilita o enfeite da palavra, mas a facilidade que nos torna comunicadores é a clareza, a expressão verbal do pensamento, que foi alvejada pelo conhecimento.
Mas não é fácil ensinar a alvejar as palavras. Por isso é tão necessário aproximar a língua do cotidiano das pessoas. É mister arrancar o tesouro das formulações teóricas do baú hermético, dos gabinetes acadêmicos, e expô-lo nas praças, nas casas, nos bares, nos lugares onde enfrentamos a vida que precisamos viver.
O trabalho primoroso de Cíntia Chagas corrobora minha compreensão. Ela descobriu que a incorporação intelectual das regras e das exceções, nem sempre fáceis, postuladas pela nossa última flor do Lácio, fica mais palatável quando feita a partir da dinâmica existencial que nos envolve.
Faz muito sentido. O conhecimento é uma experiência viva, visceral, pois nos coloca na aridez do desconhecido, no desafio de arrancar de dentro de nós pressupostos que viabilizem a apreensão do novo, o desvelamento que possibilita um saber que à identidade se incorpora.
Somos o que sabemos. Somam-se em nós os inúmeros e frutuosos esclarecimentos que pudemos viver. Influenciado pela belíssima premissa socrática, que compreende o aprendizado como um infindo processo de nascer, intuo que a sala de aula seja o ambiente privilegiado para este vir à luz.
Estimulados pelos especialistas em partejar o que em nós já se configura como possibilidade, o conhecimento, somos canteiros férteis, constantemente aptos à experiência epistemológica que nos livra da ignorância.
Para muitos, essa função maiêutica, pedagógica, só é possível quando feita sob a proteção da sisudez. Para outros, não. Recrutando a leveza e o humor, também são capazes de criar a ambiência favorável ao conhecimento. É sob essa aparente transgressão que um novo tempo irrompe diante de nós. Sabedores de que o saber não dispensa o